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2011 Relatório e Contas SATA Internacional

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2011

Relatório e Contas SATA Internacional

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Contents

Disclaimer ............................................................................................................................................................ 3

Mensagem do Presidente .................................................................................................................................... 4

A nossa Missão… .......................................................................................................................................... 10

............................................................................................................................................................................. 11

A nossa Visão…a nossa rota…................................................................................................................... 11

Principais Acontecimentos do Ano | Financeiros ............................................................................................ 13

Principais Acontecimentos do Ano | Não Financeiros ..................................................................................... 15

........................................................................................................................................................................ 15

Entrevista do Presidente ................................................................................................................................... 16

Frota ................................................................................................................................................................... 24

PARTE I – Relatório de Gestão ......................................................................................................................... 26

1.1) Descrição do Grupo SATA ................................................................................................................... 26

1.2) Pessoas, ambiente e comunidade ....................................................................................................... 30

1.3) Estrutura Orgânica e Governo Societário .......................................................................................... 34

........................................................................................................................................................................ 34

........................................................................................................................................................................ 34

2) O Negócio do Grupo SATA ........................................................................................................................ 38

2.1) Enquadramento macroeconómico ..................................................................................................... 38

2.2) Enquadramento regulamentar ........................................................................................................... 43

2.3) SATA: A nossa estratégia .................................................................................................................... 45

2.4) Áreas de negócio do Grupo SATA ...................................................................................................... 49

Transporte aéreo ....................................................................................................................................... 50

2.5) Gestão de Risco e Controlo Interno ................................................................................................... 59

PARTE II – Análise Económica e Financeira ................................................................................................... 63

Aplicação de Resultados .................................................................................................................................... 71

Glossário ..................................................................................................................................................... 72

Glossário – Terminologia sector da aviação ........................................................................................... 72

Glossário - Terminologia geral ................................................................................................................. 74

PARTE III – Demonstrações Financeiras e Anexos ......................................................................................... 75

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Disclaimer

Na preparação do presente relatório, foram adoptados pressupostos e estimativas que impactam

o conteúdo reportado. A informação foi analisada e preparada com base no melhor

conhecimento existente, à data de publicação do relatório, dos eventos já em curso ou

perspectivados no curto prazo (6 meses). Foi tida igualmente em conta toda a informação

disponível à data da publicação do relatório e o melhor conhecimento e experiência de eventos

passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que,

não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nas informações reportadas.

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Mensagem do Presidente

Vivemos no País uma das três maiores crises económicas dos últimos 150 anos. Em Portugal a

produção de riqueza regressou aos valores de há 10 anos. Em todo o mundo acentuaram-se

incertezas de natureza política, derivadas dos normais processos da democracia ou de lutas pela

sua conquista.

Às consequências deste ambiente e do recuo da actividade económica procurámos responder,

prosseguindo uma estratégia assente em 3 eixos fundamentais:

• Redução de custos;

• Inovação nos serviços e nos processos,

• Aposta em mercados externos menos expostos à crise económica, em particular, os mercados

estratégicos da América do Norte e da Alemanha, importantes mercados emissores para os

Açores.

Os resultados líquidos da SATA foram 500 mil euros positivos, aos quais se chegou a partir de

um resultado de 900 mil euros negativos na SATA Internacional (-1,04€ por passageiro) e de

um resultado positivo de 1 milhão e 400 mil euros na SATA Air Açores (3,0€ por passageiro).

A actividade da SATA foi influenciada muito negativamente pela evolução dos custos do crédito

e do combustível, que em 2011 tiveram um comportamento altamente desfavorável para o

negócio do transporte aéreo.

Fruto da renovação da sua frota, a SATA Air Açores possui, em condições favoráveis, uma dívida

de longo prazo junto do BEI, da Caixa BI e do BES, da qual amortizou em 2011 mais de 5,3

milhões de euros. Por seu lado, a SATA Internacional praticamente não tem dívida de longo

prazo. No entanto, a atividade de transporte aéreo é sazonal, razão pela qual se torna inevitável

o recurso à banca, para efeitos de gestão de tesouraria, o que nas circunstâncias atuais é

oneroso.

Muito importante, durante todo o ano de 2011, o preço do combustível apresentou uma forte e

consistente tendência de subida. De facto, em 2011, o valor médio do Brent em euros foi de

79,92 €, valor recorde histórico, 20% acima do valor registado em 2009, de 66,21 €.

É certo que em 2008 o preço do Brent chegou a atingir os USD147 o barril, o que correspondeu,

de certa forma, a um episódio concentrado no tempo. Na realidade, a cotação média do Brent

desse ano foi de USD96,94, valor muito inferior aos USD111,26 de 2011. Ademais, a recente

desvalorização do Euro face ao USD penalizou o preço do jet-fuel em euros em 2011.

O comportamento adverso destas variáveis exógenas determinou ainda mais empenho no

programa de redução de custos, que abrangeu a diminuição do consumo de combustível, através

da utilização mais intensa das aeronaves energeticamente mais eficientes (Airbus A320 e

Bombardier Q400 NextGen), com a redução da nossa pegada ambiental, bem como a adopção

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de processos e rotinas que melhoraram, sobremaneira, o consumo de combustível por tonelada

quilómetro voada.

A renegociação transversal de contratos de aquisição e fornecimento de serviços constitui um

contributo importante à redução de custos obtida, que foi facilitada, ainda, pela introdução de

práticas e serviços inovadores.

O sucesso da nossa política de redução de custos pode ser avaliado pela evolução do nosso custo

unitário excluindo combustível (CASK non-fuel) em 2011, que foi de 4,10 cêntimos de euros na

SATA Internacional, inferior em 10% ao valor de 4,56 cêntimos de euros registado em 2010.

Aliás, o custo unitário excluindo combustível de 2011 na SATA Internacional é o mais baixo

registado na última década, o que demonstra que, neste particular, a SATA Internacional está

mais competitiva do que nunca, por via de laborar com menor custo unitário.

De igual modo, o CASK non-fuel da SATA Air Açores desceu de 0,47€ em 2010 para 0,37€ em

2011, o que perfaz uma descida de 22%. Com esta descida, a SATA Air Açores regista, agora, o

CASK non-fuel mais baixo desde pelo menos 2006.

Os custos operacionais da SATA Internacional desceram de 181,23 M€ em 2010 para 168,48 M€

em 2011, enquanto na SATA Air Açores os custos operacionais desceram de 70,93 M€ em 2010

para 61,11 M€ em 2011. Por conseguinte, no conjunto das duas transportadoras, temos que os

custos operacionais desceram 22,57 M€.

Esta descida dramática dos custos operacionais permitiu, não só, fazer face à elevada descida da

receita regular, mas, também, aumentar os resultados operacionais de -1,696 M€ para 3,153 M€

na SATA Air Açores e de -3,979 M€ para 0,438 M€ na SATA Internacional. Assim, temos um

aumento de 9,266 M€ nos resultados operacionais combinados de ambas as transportadoras,

sendo que cada qual regista agora resultados operacionais positivos.

De referir, ainda, que a melhoria dos resultados operacionais da SATA Internacional beneficiou

de um aumento da produção no segmento Charter/ACMI, área onde a SATA Internacional tem

melhorado a sua performance e visibilidade no mercado europeu.

A gestão integrada das frotas no que respeita à utilização do Q400 NextGen por substituição do

Airbus A320 na rede que liga Açores-Madeira-Canárias-Algarve proporcionou uma melhoria do

resultado operacional, criou novos fluxos e potenciou o papel de Ponta Delgada como gateway

de ligação entre as Canárias e a Madeira e a América do Norte.

A melhoria dos resultados operacionais das transportadoras está na base da melhoria registada

no EBITDA e no EBITDAR do Grupo SATA, bem como na estabilidade, em torno dos valores

médios históricos, dos rácios de saúde financeira, nomeadamente, autonomia financeira,

endividamento e solvabilidade.

Assim, o notório e eficaz esforço de redução de custos permitiu melhorar a função económica,

que regista, agora e a contra-ciclo, um valor marginalmente equilibrado, mas crescente,

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enquanto os indicadores financeiros e a estrutura do balanço demonstram a devida estabilidade

e robustez.

Este esforço de redução de custos será ainda mais eficaz em 2012, fruto dos graus de liberdade

acrescidos, em particular no que concerne a negociação de importantes contratos de

fornecimentos, como de leases de aeronaves e de engenharia e manutenção, bem como o uso

mais eficiente dos ativos mais onerosos, nomeadamente, aeronaves e tripulações.

Assim, em 2012 tudo indica que quer a SATA Air Açores quer a SATA Internacional terão custos

unitários, excluindo combustível, mais baixos, pelo que serão transportadoras mais competitivas

e mais rentáveis.

No entanto, a competitividade não se alcança tão-somente pela via da redução de custos, mas

também por uma política de inovação que nos torna mais próximos dos nossos clientes e

beneficiados por processos mais simples.

Neste espírito, em 2011 a nossa política de inovação permitiu o início da oferta do Mobile

Boarding Pass e do Mobile Check-In, que completaram a experiência paperless na fase pré-voo.

Neste âmbito registo, igualmente, o desenvolvimento de uma plataforma de gestão dos

aeródromos, que, mais tarde, produziu receita para a Empresa, através da venda de licenças

para o exterior da sua utilização por outras empresas de gestão de aeroportos.

Todos estes desenvolvimentos inovadores foram concretizados pela nossa equipa de IT, que,

utilizando uma metodologia Agile, também ela inovadora, conseguiu dois prémios.

O objecto social e a estratégia da SATA estão centrados nos Açores, que só poderão ser bem

servidos se a Empresa obtiver escala. Historicamente, a SATA tem procurado alcançar

economias de escala desenvolvendo operações a partir de Lisboa e Madeira, locais onde tem,

para além de São Miguel, bases operacionais.

A grande novidade em 2011 foi, contudo, a saída da rota Lisboa/Funchal, que viu as suas taxas

de ocupação e tarifa média reduzirem-se, fruto da sazonalidade que chegou por via da crise

económica no mercado português, principal mercado emissor da SATA para esta rota. Focámo-

nos, pois, nas ligações da Madeira com o Continente Europeu, para países menos expostos à

crise, sobretudo com operações charter, possibilitando a redução riscos comerciais e financeiros.

Também nas ligações do nosso mercado natural, os Açores, executámos uma política de reforço

das operações para a Europa, onde as economias estão mais saudáveis.

A nossa oferta para a Alemanha vai crescer, por força do aumento de 47% dos lugares colocados

na rota Ponta Delgada/Frankfurt, igualmente através da introdução de dois voos semanais

Ponta Delgada/Munique, via Porto.

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Em 2011 colocámos muito empenho no aprofundamento da utilização de Frankfurt para

encaminhamento de passageiros dos países do Leste Europeu para os Açores, concretizando

acordos de interline com companhias originárias desses países, como o é o caso da Aeroflot. Este

trabalho será alargado, agora, a Munique, que também capta passageiros na Suíça e na Áustria.

É com igual abordagem, mas em relação aos países escandinavos, que olhamos para o Aeroporto

de Copenhaga, para onde já temos um voo semanal de Ponta Delgada, que também opera via

Porto.

Madrid, Barcelona, Amesterdão, Londres e Manchester foram outras cidades tocadas em 2011

com voos para os Açores, concretamente para a Terceira, no caso de Madrid, e para São Miguel

nos restantes.

As operações de Portugal, sobretudo dos Açores, para o Canadá e os EUA foram concretizadas

dentro deste mesma óptica de consolidação e reforço da posição da SATA em mercados menos

agastados pela crise económica mundial.

Quer num caso quer no outro, os focos da atenção foram a promoção comercial dos voos e

assinatura de acordos de interline que aumentassem a conectividade dos voos da SATA para

cidades além de Boston e Toronto, nossas gateways na América do Norte. No Canadá foi

assinado um acordo de interline com a WestJet e nos EUA assinado outro com a USAirways.

Em 2012 a SATA proporcionará a maior conectividade de sempre entre os Açores e o Mundo,

por via de novas rotas, reforço de frequências, representações comerciais em novos mercados e

estabelecimento de parcerias com outras companhias aéreas de referência. É, pois, notório e

muito significativo o contributo dado pela SATA, a contra-ciclo, para o estabelecimento de mais

ligações entre os Açores e o Mundo, o que potenciará, sem dúvida, o crescimento do sector do

turismo.

A SATA só tem dois ativos verdadeiramente seus: a sua Marca e os seus Colaboradores.

Nos Recursos Humanos a acção da Empresa tem um largo espectro e traduz a preocupação que

existe em manter os níveis de emprego, as obrigações contratuais assumidas, nomeadamente

em relação ao seu fundo de pensões, ou de valorizar os seus trabalhadores, possibilitando-lhes

formação que melhore o seu desempenho e lhes dê mais oportunidades de realização

profissional e pessoal. Neste caso destaco o programa The Quality and You, que visa colocar o

cliente e as suas necessidades no centro da atenção de todos quantos fazem a SATA e alinhar por

aí todos os processos de Recursos Humanos.

Registo, igualmente, o início da instalação do Centro de Formação Aeronáutica, que irá abrir em

2012, que permitirá a SATA ministrar formação de excelência.

A qualidade dos nossos Recursos Humanos e do seu trabalho, bem como o nível de

concretização dos valores corporativos – Fiabilidade, Simpatia e Inovação – são bem

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demonstrados por alguns acontecimentos de 2011, ano em que atingimos índices de

performance operacional muito elevados, nalguns casos, históricos:

• A pontualidade na SATA Internacional aumentou de 69,5%para 81,9%, enquanto na SATA

Air Açores aumentou de 74,9% para 87,7%;

• A regularidade na SATA Internacional aumentou de 97,5% para 99,5% e na SATA Air Açores

de 92,9% para 96,5%;

• A fiabilidade de despacho do Bombardier Q200 e do Bombardier Q400 NextGen aumentou

de 99,08% para 99,70% e de 99,12% para 99,81%, respectivamente. Aliás, a fiabilidade de

despacho do Bombardier Q400 NextGen na SATA Air Açores é das mais elevadas no

universo de todos os operadores destas aeronaves, sendo que atualmente há mais de 300

destas aeronaves em operação um pouco por todo o mundo;

• O consumo de combustível por tonelada quilómetro voada na SATA Internacional atingiu o

valor mínimo de sempre, graças a uma gestão eficiente neste importante domínio;

• Com a melhor performance operacional, registou-se uma drástica redução de gastos com

irregularidades com os passageiros, bem como no número de reclamações, sinónimo,

portanto, de maior qualidade oferecida.

O Grupo SATA foi distinguido com prémios, como a atribuição de 2 Agility Awards, que

reconheceram a capacidade de inovação e desenvolvimento de software da SATA, bem como a

decisão Microsoft de utilizar a SATA como case study para práticas de Green IT.

A European Regional Airlines Association (ERA), que congrega cerca de 65 companhias aéreas

europeias regionais, decidiu atribuir à SATA Air Açores o prestigiante prémio “ERA Airline of

the Year 2011 Bronze Award”, que reconheceu a eficácia e eficiência da SATA na gestão do

complexo projecto de renovação da sua frota.

Foi a primeira vez que uma companhia aérea em Portugal recebeu um prémio da ERA, que

entendeu que a SATA Air Açores experimentou, em 2011, uma melhoria significativa dos seus

índices de qualidade (fiabilidade de despacho, regularidade e pontualidade), ao mesmo tempo

que reduziu a sua pegada ecológica, no âmbito de um projeto de renovação de frota que permitiu

um salto qualitativo na sua operação, a criação de uma nova rede inter-regiões insulares, tendo,

ainda, a ERA distinguido a capacidade da SATA Air Açores em assegurar condições favoráveis

de financiamento subjacente ao projeto de renovação da frota (financiamento do Banco Europeu

de Investimento), num contexto nitidamente desfavorável. É, pois, um prémio que honra todos

os colaboradores do Grupo SATA.

Em 2012 a SATA aprofundará a estratégia que tem sido seguida, procurando consolidar uma

cultura de inovação e redução de custos, que viabilize uma diferenciação de serviço full-service e

torne possível a continuação da diminuição das suas tarifas, factos que fortalecerão a capacidade

competitiva da Companhia. Manteremos a dinâmica de crescente internacionalização nos

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mercados externos, para equilibrar a nossa exposição à crise que se vive em Portugal, nosso

principal mercado emissor, e para contribuir activamente para o desenvolvimento dos fluxos

turísticos que demandam os Açores.

Em nome do Conselho de Administração, manifesto o devido reconhecimento ao esforço

colectivo dos colaboradores do Grupo SATA que permitiu que o Grupo SATA apresentasse em

2011 resultados líquidos consolidados positivos durante o que pode ser justamente considerado

uma tempestade perfeita. É este espírito de dedicação colectiva e de apreço à Companhia que

nos permite, com confiança, antecipar, a esta data, que no futuro próximo do biénio 2012-2013

o Grupo SATA continuará a sua trajetória de reforço de competitividade e de sustentabilidade,

ao serviço dos seus acionistas, os Açorianos, continuando a apresentar resultados positivos e a

proporcionar mais e melhor conectividade entre os Açores e o Mundo.

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A nossa Missão…

Por que a empresa existe? A empresa existe com o objectivo de trazer a cada dia, o Mundo aos Açores e levar os Açores ao resto do Mundo, tendo como objectivo final garantir que os clientes se deslocam e transportam os seus bens em perfeitas condições de segurança

O que a empresa faz?

O Grupo SATA presta um serviço de transporte aéreo, assim como todas as actividades que lhe estão ligadas, operando com vocação atlântica assente num serviço fiável, hospitaleiro e inovador

Para quem?

O público-alvo são todos os Açorianos, e todos aqueles que desejam visitar os Açores. No entanto, num mundo exigente e global a nossa ambição é tornarmo-nos mais fortes e mais competitivos, capazes de construir uma companhia aérea de referência para o público em geral

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A nossa Visão…a nossa rota….

Construir uma companhia aérea do Atlântico,

onde se cultiva o rigor e o profissionalismo;

onde se encontra um serviço cuidado, simples,

mas atento; onde se acolhe cada cliente de

forma amável e disponível; onde se cultiva o

respeito pelo planeta numa perspectiva de

total apreço pelo bem-estar das populações

nas gerações vindouras.

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Os Nossos valores

A SATA e todas as empresas que constituem o

Grupo SATA, valorizam a reputação de ser uma

companhia de referência dos Açores, assente nos

Valores da Fiabilidade, Inovação

e Simpatia

Inovação

Fiabilidade

Simpatia

são os nossos valores.

Em terra e no ar, a vontade de fazer sempre melhor.

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Principais Acontecimentos do Ano | Financeiros

Apesar da conjuntura económica e financeira, marcada pelo aumento das cotações

internacionais do jet fuel em cerca de 40% e pela contracção da procura, é de destacar a

performance financeira da SATA, Grupo a que pertence a SATA Internacional, que atingiu em

2011 um lucro total de 527 milhares de euros.

O contributo individual1 de cada uma das empresas do Grupo SATA para o resultado líquido de

2011 apresenta-se da seguinte forma:

1 Os dados apresentados referem-se aos resultados líquidos individuais de cada empresa do Grupo,

excluindo o efeito do Método de Equivalência Patrimonial

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Os principais indicadores financeiros da SATA Internacional a destacar no ano de 2011 são

(dados em milhares de euros):

-10.000

0

10.000

20.000

Resultadooperacional

EBITDA EBITDAR

2009 2010 2011

0

2.000

4.000

6.000

Dívida líquida

2009 2010 20115,02 4,56 4,1

6,3 6,16 6,13

0

5

10

15

2009 2010 2011

CASK (Non fuel) (c€) CASK (Total) (c€)

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Fev. /2011 Parceria com a Aigle Azur

Esta parceria possibilita à SATA Internacional emitir bilhetes para os voos da Aigle Azur e vice-versa, o que, na prática, permite aos passageiros viajarem com o mesmo bilhete electrónico em rotas operadas por ambas as companhias, proporcionando, assim, uma melhor oferta aos clientes das duas companhias.

Jan. /2011

Sata lança Extra leg room seat.

O Extra Leg Room Seat possibilita a aquisição de um lugar nas filas mais espaçosas dos aviões.

Fev. /2011 Web check-in implementado no site Com o web check-in implementado no Grupo SATA os seus clientes estão convidados a efectuar o seu check- -in à distância, dispensando as filas nos aeroportos.

Mar. /2011 Mobile check- -in e Mobile boarding pass

Estes serviços inovadores oferecem ao cliente uma forma ainda mais cómoda, rápida e versátil de fazer o check-in e o embarque através do telemóvel, evitando filas e o uso de milhares de cartões de embarque.

Ago. /2011 SATA Forest

Promovendo a sensibilização ambiental, criou-se a SATA Forest que se traduz na plantação de uma floresta que simboliza todas as rotas da SATA.

Ago. /2011 Happy Flyer

O Happy Flyer é um programa disponibilizado pela SATA para ajudar todos aqueles que têm medo de voar.

Mar. /2011 Novas rotas

Em Março de 2011 foi anunciada a ligação dos Açores e o importante mercado da Escandinávia, nomeadamente as cidades de Copenhaga, Estocolmo e Oslo.

Nov. /2011 Parceria com a West Jet

Ao estabelecer parceria com a West Jet (2ª maior transportadora canadiana), a SATA cria tarifas mais económicas para todas as províncias do Canadá.

Jul. /2011 Agility Award

A SATA foi novamente distinguida pela multinacional Outsystems com o prémio Agility Award, graças ao desenvolvimento da aplicação da gestão de informação dos aeródromos.

Ago. /2011 Case study A Microsoft tomou a decisão de utilizar a SATA como case study para práticas de green IT/virtualização.

Principais Acontecimentos do Ano | Não Financeiros

Out. /2011

SATA Air Açores foi distinguida pela ERA

A ERA - European Regions Airline Association (Associação Europeia de Companhias Aéreas Regionais), que congrega 65 associadas, elegeu a SATA como a 3ª melhor companhia aérea regional da Europa, tendo recebido o

prémio “Airline of the Year 2011/2012 Bronze Award”.

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Entrevista do Presidente

Vive-se um momento de crise. Crise esta que é internacional, que envolve todos os sectores de actividade e cujos reflexos não têm sido fáceis principalmente para Portugal. Como é que a SATA está preparada para enfrentar esta crise?

Estamos a viver uma crise que se assume como a 3ª maior crise em Portugal dos últimos 150 anos. Ao analisarmos as estimativas do PIB per capita para Portugal em 2012, verificamos que teremos o mesmo nível que tivemos em 2002: ou seja, em termos económicos recuamos 10 anos!

Segundo a IATA, nos últimos 40 anos, sempre que a economia mundial cresceu abaixo de 2% ao ano, a indústria apresentou um prejuízo. A variação do PIB é, pois, o grande driver dos resultados na nossa indústria. Em Portugal vamos assistir a uma grande redução do rendimento disponível, aumento do desemprego, bem como a uma contracção do PIB entre 3 a 5 pontos percentuais em 2012. Esta conjuntura macroeconómica nacional terá, necessariamente, reflexos muito negativos nos proveitos da SATA. Adicionalmente, e em contra-ciclo, assistimos à subida do preço do petróleo em dólares, do preço do dólar face ao euro, e do preço do dinheiro, factores que afectam de modo muito negativo a aviação europeia em geral, e a SATA em particular. A nível político, as eleições de 5 de Junho de 2011 provocaram compassos de espera e de incerteza, que paralisaram variadíssimas intenções de viagem no mercado doméstico. À crise económica e financeira, adicionou-se, pois, uma crise política e social, que veio a agravar ainda mais o sentimento de confiança dos consumidores portugueses. Apesar de todos estes condicionalismos, a SATA atingiu resultados líquidos marginalmente positivos em 2011, devido a uma muito eficiente prossecução da sua estratégia. Esta estratégia assentou na redução de custos, tendo-se verificado uma diminuição dos custos operacionais em cerca de 22 milhões de euros, superior ao projectado em orçamento. Os custos unitários excluindo combustível baixaram drasticamente, recuando para valores de 2006 ou mesmo mais atrás ainda. Em 2012 teremos custos unitários, excluindo combustível, ainda mais baixos. No entanto, temos que lutar para fazer crescer os proveitos fora de Portugal. A confiança da SATA para ultrapassar a crise reside na sua capacidade colectiva em aumentar a sua eficiência, como demonstrado em 2011, e em procurar cimentar a sua posição em mercados internacionais, como a América do Norte e a Europa, onde temos que destacar a Alemanha, mercados que poderão oferecer hipóteses de crescimento a contra-ciclo.

É possível afirmar-se que a SATA atingiu em 2011 os objectivos propostos?

Sim, a vários e objectivos níveis. Senão vejamos. A SATA desenvolveu uma operação incrivelmente eficiente em 2011, tendo obtido índices históricos recorde de regularidade e de pontualidade, bem como de abaixamento dos seus custos unitários. Atingimos resultados líquidos

consolidados positivos de cerca de meio milhão de euros. Os resultados operacionais aumentaram em 9 milhões de euros, tendo sido positivos em ambas as transportadoras. O EBITDA e o EBITDAR aumentaram por via desta redução de custos operacionais. Os capitais próprios mantiveram-se constantes, o que permitiu manter bons níveis de autonomia financeira e de solvabilidade. A SATA Air Açores amortizou cerca de 5,3 milhões de euros de dívida bancária de longo prazo da nova

Q1

A1

Q2

A2

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frota Bombardier, como previsto. Na SATA Air Açores aumentamos as provisões em cerca de um milhão de euros. Assim, chegamos ao fim de 2011 com custos unitários mais competitivos, índices financeiros estabilizados, menor endividamento de longo prazo e com resultados líquidos consolidados marginalmente positivos. No que respeita ao nosso objecto social, nunca a SATA ofereceu tantas ligações entre os Açores e o Mundo: estamos melhor posicionados do que nunca para crescermos e trazermos mais pessoas da América do Norte e da Europa para os Açores. Assim, a resposta é sim, embora a descida dos proveitos fruto da crise nacional e a subida dos custos derivado da subida recorde do preço do jet-fuel tenha impedido que a redução drástica que conseguimos nos nossos custos operacionais se tivesse traduzido num maior aumento dos resultados líquidos.

Focando a performance financeira. Qual foi o impacto na performance da SATA em 2011 decorrente dos atrasos no pagamento dos subsídios à exploração das rotas de serviço público do Estado?

Significativo, necessariamente. A 31 de Dezembro de 2011 a dívida combinada da República e da RAA às transportadoras ascendia a cerca de 41,48 milhões de euros, pelo serviço público prestado. A SATA Gestão de Aeródromos também assume um esforço financeiro na execução de

investimentos nos aeródromos que explora. Dada a expressividade destes valores e a sazonalidade da operação de transporte aéreo, a SATA recorre à banca para financiar a sua atividade na dita época baixa, o que hoje em dia acontece por via de linhas de curto prazo caras, dada a situação financeira portuguesa.

E em 2012, o que se pode esperar da SATA?

Uma SATA mais competitiva, com custos unitários ainda inferiores, margens mais positivas, estrutura financeira igualmente equilibrada e uma proposta de valor para o passageiro com ainda melhor relação qualidade/preço. Em 2012 prosseguiremos uma estratégia de actuação assente em três eixos:

(i) Redução de custos;

(ii) Inovação de serviços e processos e

(iii) Reforço da nossa presença em mercados internacionais críticos para os

Açores, em particular, América do Norte e Europa, com destaque para a

Alemanha.

Em relação ao eixo redução de custos, de referir que o nosso custo unitário (excluindo combustível) em 2012 voltará a descer, o que reforçará a nossa competitividade, bem como a nossa capacidade de continuarmos a oferecer melhores tarifas ao mesmo tempo que melhoramos a nossa margem económica (EBITDAR). Em relação ao eixo de inovação de serviços e processos, a nossa acção reforçará o posicionamento do nosso produto, enquanto companhia full-service portadora de uma proposta de valor com competitivo value-for-money. A título exemplificativo, temos hoje uma experiência de voo totalmente paperless, fruto de inovações como Web Check-in e Mobile Check-in, matérias em que fomos pioneiros em Portugal. Em 2012 inovaremos com esta sanha, de ficarmos mais próximos dos nossos passageiros, a quem queremos melhorar a experiência de voar connosco. Por fim e mais importante, reforçaremos a nossa presença em importantes mercados emissores estratégicos para os Açores, como a América do Norte e Europa, onde destacamos a Alemanha. Este reforço da nossa presença significa um maior contributo para o nosso objecto social, de ligar os Açores ao Mundo, e, com tal,

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potenciarmos os fluxos turísticos para os Açores. A maior exposição a mercados como a Alemanha significa que estaremos expostos a mercados mais resistentes. A esta data, prevemos atingir em 2012 resultados líquidos positivos, custos unitários inferiores e melhor exposição a interessantes mercados internacionais.

Para garantir o crescimento do mercado da América do Norte, a SATA vai continuar a apostar em parcerias, como existe hoje com a TAP?

A estratégia na América do Norte visa aproveitar as oportunidades obtidas com a recente passagem da SATA nesses mercados a operadora regular. Com a passagem de operadora charter a operadora regular, a SATA modernizou o seu modelo de distribuição e vendas na América do Norte, nomeadamente, com a distribuição de assentos e tarifas nos GDSs, a passagem de off-line para on-line, com site próprio e presença em portais de terceiros e o estabelecimento de parcerias com outras transportadoras. Além da parceria com a TAP, com quem trabalhamos em code-share, recentemente e mais concretamente a 19 de Janeiro de 2012, firmamos um acordo de interline com a WestJet, que é a segunda maior companhia do Canada, a mais competitiva e a que mais cresce nesse país. Este acordo permite à SATA oferecer tarifas para todo o Canadá, mais competitivas, com vantagens para os passageiros, nomeadamente, comodidade (um só check-in de passageiro e bagagem) e segurança/protecção. Também nos EUA foi assinado um acordo com a US Airways e em 2012 vamos lançar um acordo com mais uma companhia de referência norte americana, a pensar na comunidade da Califórnia, que será anunciado em breve. Toda esta evolução positiva permite manter os níveis de crescimento que temos tido para os EUA e Canadá, sendo certo que o desafio passa muito pelo próprio desafio da notoriedade do destino Açores, como um destino emergente a comunicar e a vingar na América do Norte.

E na Europa? Como pretendem concretizar a estratégia de crescimento?

A Alemanha e os Países Nórdicos são mercados onde os turistas apreciam a unicidade da proposta de valor do destino Açores e nós existimos para servir os Açores. Queremos, pois, crescer ao serviço dos Açores, de modo sustentável. Na Alemanha temos a operação de Frankfurt há 12 anos e temos condições para

crescer. Em 2012 oferecemos mais 47% de lugares, em relação ao valor registado em 2011. Interpretaremos, ainda, Frankfurt como um hub que pode captar passageiros para os Açores, em mercados como a Europa Central e de Leste. É com este racional que temos estabelecido presenças em mais mercados (BSPs e GSAs), bem como parcerias de interline com companhias como a Aeroflot. Concomitantemente com este aumento da oferta em Frankfurt, está o aparecimento da operação de Munique, via Porto, com dois voos semanais em 2012, que podem crescer já em em 2013, ao longo de todo o ano, o que faz com que a SATA passe a oferecer os Açores bem como o norte do país à saída de Munique. Munique é uma cidade rica, tal como toda a Baviera. A zona de captação de Munique abrange ainda a zona ocidental da Áustria e o norte da Suíça. Também Copenhaga passa a ter uma operação de ano inteiro, via Porto, e interpretamos Copenhaga como um hub que abre à SATA toda a zona do norte da Europa, em particular da Escandinávia e do Báltico. Teremos ainda outros destinos, como por exemplo Madrid (via Terceira), Barcelona, Amesterdão, Estocolmo e Londres com voos directos de Ponta

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Delgada, diversificando este leque de mercados emissores mas também diminuindo a exposição ao risco de apostar num só mercado. A verdade é que estamos presentes nos Billing and Settlement Plan (BSP) de mais países, contratamos General Sales Agents (GSA), firmamos interlines com companhias aéreas de referência que permitem à SATA ter e utilizar mais canais de distribuição a servir mais mercados emissores que, num futuro próximo, poderão abrir portas a novas operações com voos próprios da SATA. Todas estas iniciativas são acções de baixo custo num modelo que é remunerado em função das receitas incrementais. Com todas estas iniciativas, poderemos dizer que em 2012 os Açores terão a sua conectividade máxima. Nunca os Açores estiveram tão conectados com a Europa, em especial a Europa do Norte (apenas da Alemanha a SATA oferecerá quatro voos semanais para os Açores!) e a América do Norte.

O crescimento das low-costs nos últimos anos na Europa e nos USA tem sido bastante significativo. Quais os impactos deste crescimento na vossa estratégia?

Na SATA existem duas realidades distintas. A SATA Air Açores opera num regime quase exclusivamente de serviço público. Em regime livre só opera entre as Canárias e Madeira e entre esta e o Algarve.

A SATA Internacional é diferente. Hoje, é responsável por cerca de 75% da facturação do Grupo SATA e não há nenhum subsídio à exploração na SATA Internacional, com o Accionista proibido de apoiar directamente a companhia, pela lei europeia. O que existe são obrigações de serviço público, assentes num subsídio não à exploração mas sim ao residente nas operações da rede regular doméstica entre a RAA/Continente e a RAA/RAM. Em regime liberalizado encontramos toda a operação desenvolvida entre os Açores e a Europa, entre a Madeira e a Europa, entre Portugal e a América do Norte, assim como toda a operação Charter/ACMI. Os subsídios são dados aos residentes dos Açores e correspondem a apenas 4% da facturação da SATA Internacional. Mais, o subsídio ao residente consiste em cerca de 11 euros por lugar oferecido na rede regular doméstica: um valor que não é de primeira ordem de importância, como, por exemplo, é o preço do jet-fuel. Isto para dizer que 96% da facturação da SATA Internacional vem do mercado, pelo que a SATA Internacional entende que tem que ser competitiva. Posso também referir que apenas 18% dos passageiros da SATA Internacional são residentes nos Açores. Temos competido com diversas companhias, LCCs inclusive, em dezenas de rotas, em 3 continentes. Temos que ser ainda mais competitivos, o que explica a nossa estratégia de redução de custos, a nossa política de inovação de serviços e processos para estarmos mais próximos do nosso passageiro, a partir de uma proposta de valor full-service com competitivo value-for-money, bem como reforçar o posicionamento da SATA em mercados internacionais, como a América do Norte e a Alemanha, o que, sem dúvida, capitalizará a nossa vantagem competitiva que decorre da nossa geografia distinta atlântica, ao mesmo tempo que concorre para a feliz consecução do nosso objecto social, de ligar os Açores a ambos os lados do Atlântico e estimular os fluxos turísticos para os Açores. Por conseguinte, há vários anos a esta parte que a sorte económica da SATA depende de si própria e há que promover incessantemente o aumento da nossa competitividade. Algumas das LCCs são concorrentes formidáveis e os impactos na nossa estratégia traduzem-se na busca de menores custos e da oferta de um serviço diferenciado, com melhor proposta value-for-money. Obviamente que também temos que diversificar a nossa operação, apostando em mercados robustos onde podemos crescer, como a América do Norte e a Alemanha.

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E as tarifas que as low-cost praticam? Existe a ideia generalizada que as tarifas que a SATA pratica são desajustadas, comparando-as sempre com as tarifas low-cost. O que tem a dizer sobre isto?

Recentemente o portal edreams publicou um estudo que comparou milhões de tarifas vendidas por 50 companhias de todo o mundo para voos comparáveis, com menos de 1.000 milhas náuticas. A SATA ficou em 21º lugar, a Easyjet em 18º lugar, que cobra na sua rede para sectores

inferiores a 1.000 milhas náuticas 13,49€ enquanto a SATA cobra 14,91, ou seja, uma diferença de 10%. Obviamente que SATA é full-service, tem uma classe económica e uma outra executiva, tem um modelo de distribuição muito mais amplo, tem um produto com mais qualidade do que uma LCC, protege mais os seus passageiros e oferece mais serviços, como transporte de bagagem (22 kgs/passageiro), refeição e pre-seating, entre outros serviços. De forma muito reveladora, no dito estudo, temos companhias como a TAP em 25º lugar, a Vueling em 28º, Jet2.com em 31º, a Air Lingus em 33º, ou seja, pode haver essa percepção por parte de determinados segmentos de passageiros, mas a verdade é que em termos médios, as tarifas da SATA são competitivas. Dito isto, hoje em dia estamos conscientes que existe uma grande dispersão tarifária para uma dada rota e um leque tarifário muito heterogéneo já que, num determinado voo, há passageiros que pagam tarifas muito baixas e passageiros que pagam tarifas muito elevadas. Desde há uns anos a esta parte, a SATA tem oferecido tarifas promocionais. No actual contexto, de menor rendimento disponível e maior desemprego, sentimos forte pressão para oferecermos ainda mais tarifas promocionais. No entanto, o custo do jet-fuel está mais caro do que nunca. Assim, temos que continuar a baixar os custos não-fuel, a usar menos fuel, para baixarmos os custos unitários, o que permitirá baixar tarifas. É igualmente importante operarmos sempre com elevadas taxas de ocupação, para que o custo por passageiro seja mais baixo. Por fim, temos que ter uma proposta de valor que nos distinga, de acordo com os nossos valores de Fiabilidade, Simpatia e Inovação de modo a que ao mesmo preço o passageiro opte pela SATA pela sua qualidade. Então pode-se concluir que a SATA continuará a trabalhar para conseguir tarifas baixas?

Na Rede Regular Doméstica, entre os Açores e o Continente e entre os Açores e a Madeira, em 2010, aquando da última revisão das Obrigações de Serviço Público, foram introduzidas tarifas promocionais para os Açores que não existiam: a 62€ e 73€, que totalizam 88,5€ e 99,5€

valores ida e volta com todas as taxas incluídas, respectivamente. As restantes tarifas não são actualizadas desde 2008 e a SATA tem sido incrivelmente agressiva nas tarifas para os Tour Operadores. Assim, temos assistido a uma fortíssima descida das tarifas a contra-ciclo. No entanto, a taxa de combustível tem vindo a aumentar, é um facto, fruto de questões exógenas à SATA, nomeadamente a subida do preço do jet-fuel em USD e do câmbio USD/Euro. Todavia, ainda neste particular há que notar que a SATA decidiu isentar as tarifas de 62€, 73€ e de 120€ da taxa de combustível, que resulta num significativo esforço em prol dos nossos passageiros e da sua satisfação. Nas restantes rotas, o ambiente é liberalizado e procura-se uma gestão sustentável das rotas, sendo que sabemos que os nossos passageiros do mercado da saudade e leisure são sensíveis ao preço, pelo que não temos espaço para subir as tarifas. Como se disse, temos os custos unitários mais baixos e em 2012 serão ainda mais baixos, pelo que trabalharemos arduamente para termos sempre as melhores

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tarifas possíveis, mas tememos que o preço do jet-fuel condicione os resultados finais. Na Madeira assiste-se a uma abertura do espaço aéreo. Qual a orientação que a SATA seguiu nesse mercado e como comenta a entrada das low-cost? A rendibilidade da operação da SATA na Madeira tem vindo a aumentar gradualmente através de várias decisões. A alteração do ATP para o Bombardier Q200 no serviço da linha de serviço público Funchal/Porto Santo e a passagem do A320 para o Bombardier Q400 NextGen na ligação Ponta Delgada/Funchal) foram altamente positivas em termos de eficiência operacional e da rendibilidade económica destas linhas. Com o Q400 NextGen, os voos Ponta Delgada/Funchal/Las Palmas/Funchal/Ponta Delgada permitem:

Dos Açores oferecer não só a Madeira, mas também as Canárias;

Da Madeira oferecer as Canárias e os Açores e;

Das Canárias oferecer a Madeira e os Açores.

Estas ligações, com os novos horários, permitiram conjugar vários fluxos de passageiros, o que permitiu aumentar a taxa de ocupação média nesta rede. Mais, esta rede não vive isolada. Vive de forma articulada com a rede da SATA Internacional com os voos da América do Norte para Portugal, que tipicamente chegam aos Açores cerca das 7H00 da manhã, vindos de Boston e Toronto. Estes voos dão ligação, a partir de Ponta Delgada, à Madeira e às Canárias, potenciando, assim, o papel dos Açores como Gateway do Atlântico. A linha PDL/FNC/Faro/FNC/PDL aparece na mesma lógica. Ainda na Madeira temos uma vasta operação entre a Madeira e a Europa, em formato essencialmente charter, o que permite evitar riscos financeiros, que são assumidas pelos fretadores/operadores e não pela SATA. É uma operação que contribuiu cerca de 2 milhões de euros de margem para a SATA em 2011. Mas a grande novidade foi obviamente a saída da SATA da linha Lisboa/Funchal. Apesar das boas taxas de ocupação conseguidas nos últimos anos, percebeu-se que havia muita sazonalidade, agravada pela crise no Continente. Como não há obrigações de serviço público entre o Continente e a Madeira, a SATA não era obrigada a voar de Inverno e voou no Verão quando a tarifa média é bem mais elevada. De Inverno temos usos alternativos para o A320 mais rentáveis, desde logo o próprio Continente/Açores, que por uma questão de eficiência energética implica o uso mais intensivo do A320 e não do A310. A entrada da Easyjet no espaço aéreo da Madeira é uma novidade no mercado até porque se comenta qual o impacto que uma mudança destas traria para os Açores. Nos Açores estamos habituados a um determinado modelo que assegura regularidade no número de voos, no número de lugares oferecidos, nos horários, nas ligações e nos preços. Todas as ilhas têm acesso para o Continente no próprio dia e há um preço único, máximo, durante o ano inteiro associado a uma tarifa hiper-flexível que não se encontra em mais parte alguma. Num regime liberalizado estas garantias deixarão de existir. Há trade-offs económicos e sociais a considerar e o melhor modelo poderá variar de agente económico para agente económico ou mesmo de ilha para ilha. Ser sustentável é uma preocupação da SATA. Aparentemente e resposta é óbvia mas seria relevante concretizar qual o focus dessa preocupação e de que forma, a vossa actuação social e ambiental a reflecte.

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Tendo em conta o nosso sector, estamos preocupadíssimos com o nosso impacte ambiental. Em 2010, deu-se a renovação da frota da SATA Air Açores, com a introdução de turbo hélices de última geração, Q400 NextGen. O BEI validou in loco a nível dos planos técnico, operacional,

económico, financeiro, ambiental e social, que o Bombardier foi a melhor escolha em relação ao status quo do ATP e da alternativa hipotética do ATR. Inclusive, fizemos prova que reduzimos, com a nova frota, a nossa pegada ecológica. Adicionalmente, e como prova deste acréscimo de eficiência, recebemos um prémio da European Regional Airlines Association (ERA) (“ERA Airline of the Year Bronze Award”), inédito em Portugal – um prémio patrocinado pela ATR –, reconhecendo os resultados positivos alcançados com a renovação da frota, inclusive, como se disse, em matéria de eficiência energética. Na SATA Internacional destaco a nossa eficiência na redução da factura energética, em que o consumo de combustível por Revenue Tonne Kilometer (RTK) alcançou uma redução de 2%. Seguimos as melhores práticas do sector, destacando os trabalhos da IATA – Fuel Efficiency Gap Analysis (FEGA) –, e também do Dynamic Efficiency Project, projecto interno e transversal a todo o Grupo. Apesar da descida do tráfego, em 2011 alcançamos uma taxa de ocupação recorde de 76%, o que significa uma melhor performance energética por passageiro. Adicionalmente, fomos case-study da Microsoft ao nível das práticas de Green IT. Proporcionamos uma experiência de voo paperless. Criamos ainda o SATA Forest. Podia continuar. Ao nível social a nossa acção é incrivelmente díspar e profunda e apoiamos iniciativas de várias naturezas. Gostaria de destacar as iniciativas Flying Dreams e a Flying 2 Save, de acção humanitária desenvolvidas voluntariamente pelos colaboradores da SATA. Ao nível institucional, as iniciativas apoiadas são diversas e deveras abrangentes. Temos um cuidado ímpar com as comunidades que servimos, em matérias tão sensíveis como o transporte de doentes, macas, urnas, passageiros com mobilidade reduzida, menores não acompanhados, incubadoras, etc., que outras companhias nem se dignam a servir pela complexidade e pelo custo inerente (vide as LCCs). A SATA Internacional foi pioneira em Portugal no uso de disfribilhadores automáticos externos a bordo, o que é sintomático do brio que colocámos no nosso serviço. E os colaboradores SATA, com o que podem contar em 2012?

Costumo dizer que a SATA só tem dois activos propriamente seus que são as suas pessoas e o seu nome e é neles que temos que investir. Tudo o resto é reproduzível. Qualquer companhia pode ter um A320 mas os

nossos colaboradores e o nosso nome são únicos e só nossos. Nós temos investido na SATA como marca, como pista mental para os valores corporativos da fiabilidade, da simpatia, nossos valores legítimos e matriciais, aos quais adicionamos inovação, porque, de facto, nós temos que mudar tal como o mundo está mudar e tem de ser uma mudança centrada no passageiro, a razão da nossa existência. Por isso, em 2011 desenvolvemos um projecto estratégico de Recursos Humanos de nome Quality & You: trabalhamos o modo como cada colaborador condiciona a qualidade percebida pelo passageiro. Temos bons resultados, como, por exemplo, melhorias da pontualidade e das reclamações. Adicionalmente vamos continuar a investir na formação, onde destaco a abertura de um centro de formação próprio, na Ilha de Santa Maria, onde queremos promover o reforço da cultura SATA e ministrar formação de excelência. Os colaboradores serão convocados para um desempenho ainda mais agressivo no que respeita a eficiência e ainda mais disponível para o passageiro.

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Como gostaria de ver a SATA projectada nos próximos anos a nível local e internacional?

Vivemos em Portugal uma crise sem precedentes e uma incerteza asfixiante sobre o projecto do Euro. Adicionalmente, o sector da aviação vive mutações estruturais, com as LCCs a crescerem e as legacy como a TAP a serem privatizadas.

As falências espectaculares da American Airlines (em protecção de credores no Chapter 11), da Malev e da Spanair do Grupo SAS, entre outras, lembram-nos que não podemos confundir ambição com fantasia. Queremos continuar a melhorar as ligações dos Açores ao Mundo e a operar estas ligações com custos inferiores, que permitam tarifas inferiores e margens positivas e balanços equilibrados. É o que alcançamos em 2011 – abaixamento dos nossos custos unitários e obtenção de resultados líquidos consolidados positivos – e queremos reforçar em 2012, através de uma política de crescente internacionalização, alicerçada numa política de redução de custos e numa política de inovação que melhore a nossa proposta de valor. Queremos ter uma actuação à semelhança da nossa imagem, de inequívoca raiz identitária Açoriana e forte apelo ao exigente passageiro da actualidade.

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Frota

Actualmente, a SATA Internacional dispõe de uma frota composta por um total de 8 aeronaves

modernas, eficientes e confortáveis. As recentes aquisições visam proporcionar aos passageiros

a melhor experiência de voo, enquanto posicionam a SATA como uma companhia aérea

ecologicamente eficiente e adaptada quer às exigências das operações entre ilhas, quer ao

alargamento da sua operação atlântica.

A frota da SATA Internacional é composta pelas seguintes aeronaves, com as seguintes

designações:

3 Airbus A310-304 | Autonomia, Terceira e São Miguel

1 Airbus A310-325 | Macaronésia

3 Airbus A320-214 | Diáspora, S.Jorge e Pico

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1 Airbus A320-212 | Pico

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PARTE I – Relatório de Gestão

1) O Grupo SATA

1.1) Descrição do Grupo SATA

O Grupo SATA surgiu da necessidade de servir os Açorianos, acabar com o isolamento

destes ou, simplesmente, encurtar distâncias para dar a conhecer ao resto do Mundo

uma herança que, afinal, é de toda a Humanidade. Este instrumento de consolidação e de

desenvolvimento do turismo da Região Autónoma dos Açores continua a ser actualmente um

veículo fundamental enquanto meio regulador das acessibilidades dos habitantes das ilhas dos

Açores.

Desta forma, o Grupo SATA, grupo de transporte aéreo, é composto por seis empresas,

nomeadamente a SATA Air Açores, SATA Internacional, SATA Express, Azores

Express, SATA Gestão de Aeródromos e SATA SGPS, cujo centro de decisão está

localizado no Arquipélago dos Açores, ilha de São Miguel, cidade de Ponta Delgada.

Figura 1. Enquadramento das áreas de negócio na estrutura accionista

A Companhia, através das empresas supramencionadas, é composta por quatro áreas de negócio

conforme a imagem supra, sendo que a área de negócio Transportes Aéreos é partilhada pela

SATA Air Açores e pela SATA Internacional. Para uma melhor compreensão das mesmas,

consultar o capítulo de Áreas de Negócio, do presente relatório.

Nos finais de 2006, aquando da constituição da SATA SGPS, o Grupo SATA alterou a sua

lógica de funcionamento e organização interna, de forma a responder a novos desafios. Desta

forma, organizada numa lógica de holding, a SATA SGPS, sociedade gestora de

participações sociais detida em 100 % pela Região Autónoma dos Açores, adoptou a

estrutura de sociedade anónima, o que lhe permite usufruir de uma maior rendibilização

dos recursos, bem como de uma maior flexibilização de gestão, transparência

organizacional e aproveitamento de novas oportunidades de negócio.

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De seguida, será apresentado o perfil das empresas do Grupo SATA, com especial destaque para

as respectivas características, principais factos históricos e outros acontecimentos relevantes

que marcaram a sua actividade até ao momento presente.

SATA Air Açores

•Fundada em 1941 com o objectivo de desenvolver uma operação aérea regular entre a ilha de São Miguel e as

restantes ilhas do Arquipélago e entre estas com Portugal Continental;

•Serve actualmente a totalidade do Arquipélago dos Açores, prestando um serviço público indispensável.

Garante também, desde 2007, os voos inter-ilhas entre a Madeira e o Porto Santo. A Companhia aérea

realiza, anualmente, cerca de 15 000 voos e transporta cerca de 450 mil passageiros;

•Tem duas bases operacionais: uma no Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, e outra no Aeroporto da

Madeira afectas à respectiva operação aérea da sua frota, recentemente renovada, constituída pelas

aeronaves Bombardier Q200 e Bombardier Q400 NEXTGEN;

•Em 2011 as suas rotas foram alargadas a outros destinos, destacando-se a rota Açores - Madeira - Canárias -

Algarve, operada em nome da SATA Internacional, incrementando o número e diversidade de destinos

oferecidos aos Açoeranos.

SATA Internacional

•Subsidiária da SATA Air Açores e licenciada para operar voos no exterior dos Açores, a SATA Internacional

resultou da transformação da Oceanair – uma companhia aérea adquirida pela SATA Air Açores, em 1994;

•Desde a sua constituição, a SATA Internacional tem ganho, ano após ano, uma nova dimensão e

reconhecimento no mercado da aviação civil, expandindo a sua rede de rotas. Hoje, opera com frota Airbus

A310 e Airbus A320;

•É responsável por uma rede alargada de voos domésticos para Lisboa, Porto, Funchal, Ponta Delgada, Horta,

Terceira e Santa Maria;

•Além da operação doméstica é ainda responsável pela ponte aérea constante entre os Açores e os Estados

Unidos da América e o Canadá, bem como entre Portugal Continental e o Continente Americano. Para além

dos Estados Unidos, a SATA Internacional voa com regularidade para destinos europeus como Paris,

Londres, Frankfurt, Amesterdão, Dublin, Estocolmo, Madrid, Barcelona, Ilhas Canárias, Copenhaga e Cabo

Verde;

•Paralelamente à operação aérea regular, a transportadora tem ainda cerca de 1/3 da sua actividade afecta a

operações em regime charter para operadores turísticos nacionais e estrangeiros. No ano de 2011 destacam-

se os voos especiais realizados de transporte da Selecção Nacional e de algumas das principais equipas do

futebol nacional, do Cirque du Soleil na sua digressão a Lisboa e de bandas de referência como Britney

Spears e os Paramore.

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SATA Express e Azores Express

•A SATA constituiu, em 1985, os operadores SATA Express (no Canadá) e Azores Express (nos EUA);

•Para acompanhar os movimentos migratórios dos Açorianos para o Canadá e os EUA surgem a SATA

Express e a Azores Express como uma oportunidade comercial de reforçar a marca SATA nesses destinos

e aproximá-los dos Açores e dos Açorianos;

•Inicialmente limitados à operação de voos entre a América do Norte e os Açores, hoje os operadores

turísticos do Grupo SATA alargam a sua actividade também a Portugal Continental.

SATA – Gestão de Aeródromos

•Constituída em 2005, mantém operacionais quatro dos nove Aeródromos das ilhas dos Açores;

•Assume uma vasta experiência fruto da sua herança de mais de meio século de assistência operacional à

aviação;

•Explora os aeródromos do Pico, da Graciosa, do Corvo e de São Jorge, bem como a aerogare das Flores,

todos eles no Arquipélago dos Açores.

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Rede de operações SATA

Após uma breve apresentação das empresas do Grupo SATA, importa referir como fruto da

actividade e trabalho desenvolvido pelas mesmas, o diversificado palco de actuação da

companhia que sempre se pautou por estar próxima dos seus principais pares. Neste sentido, é

apresentada a sua rede de operações.

Figura 2. Rede de operações SATA

De acordo com a estratégia da SATA de procurar responder às necessidades dos

açorianos, através da redução do isolamento entre os Açores e o mundo, a companhia tem

como objectivo para o ano de 2012 alargar e diversificar o seu mapa de operações para

outros destinos, nomeadamente no palco Europeu.

|

Amesterdão Barcelona Cabo Verde Copenhaga Dublin Estocolmo Frankfurt Canárias JerseyLondresMadrid Marrocos Paris

Boston Montreal (Quebec) Oakland (Califórnia)Punta Cana Toronto (Ontário)

CorvoFaroFloresFunchal GraciosaHortaLisboa PicoPonta DelgadaPortoPorto SantoSanta MariaSão JorgeTerceira

A SATA desenvolve a sua

actividade num palco

internacional vasto, exigente e

competitivo, nos espaços aéreos

mais exigentes do Mundo, da União

Europeia, dos EUA e do Canadá.

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1.2) Pessoas, ambiente e comunidade

A SATA assume-se como uma companhia socialmente responsável, que se pauta por elevados

padrões éticos e morais. A sua actividade realiza-se garantindo uma constante preocupação em

três pilares, considerados fundamentais: as pessoas - partes interessadas, clientes e

colaboradores, o ambiente e a comunidade. Desta forma, procura acompanhar e

responder às expectativas dos principais stakeholders envolvidos nestes pilares, assegurando

que a sua actividade está alinhada com os standards e boas práticas do sector.

De seguida serão apresentados os principais aspectos destes pilares, referentes a 2011. Uma vez

que existe um Relatório de Sustentabilidade na SATA, sugere-se a sua consulta para uma análise

mais detalhada.

Pessoas

A companhia preocupa-se em cultivar um

envolvimento forte e robusto com os seus

principais stakeholders. Esta preocupação reflectiu-

se na elaboração do seu primeiro Relatório de

Sustentabilidade em 2011. Este relatório,

assume-se como uma ferramenta de

comunicação entre a SATA e as suas partes

interessadas, assegurando um reporte das actividades

que são anualmente desenvolvidas e do grau de

cumprimento dos objectivos e das melhorias alcançadas

pela SATA nas matérias de Sustentabilidade

Para responder às necessidades dos seus stakeholders, a

SATA dispõe de diversos mecanismos de

comunicação utilizados para dinamizar o diálogo

Principais stakeholders:

Accionista

Colaboradores

Sindicatos

Ex-colaboradores reformados

Comunidade local

Instituições de Ensino

Distribuidores/Representantes

de Vendas

Clientes

Fornecedores/ Prestadores de

Serviços

Associações do Sector

Entidades Reguladoras

Entidades Governamentais

Entidades do Sector Financeiro

Pa

rte

s i

nte

re

ss

ad

as

C

lie

nte

s

Actualmente, a rapidez e a qualidade do serviço assumem-se como os factores críticos na escolha do

serviço pelos clientes. Desta forma, a SATA compromete-se, de forma séria e responsável, a satisfazer as

expectativas dos seus clientes

Objectivo?

Garantir que as melhores condições e a melhor experiência são proporcionadas ao

seu cliente

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31

O índice de satisfação do cliente, na

globalidade dos serviços prestados pela

SATA, apresenta-se como um dos

indicadores fundamentais para medir o

seu grau de satisfação.

A SATA aposta na promoção, formação, avaliação de

desempenho, integração de novos estagiários e ainda

na inclusão no local de trabalho de pessoas com

deficiências, destacando-se a actividade de recursos

humanos em 4 drivers de actuação.

Princípios orientadores da relação da

SATA com os clientes:

Disponibilidade

Pontualidade

Fiabilidade

Flexibilidade

Rigor

Comunicação

Simpatia

Conhecimento.

O respeito e cumprimento destes princípios

efectivam o compromisso com a Qualidade

de Serviço SATA.

Co

lab

or

ad

or

es

No final de 2011 a equipa da SATA

compõe-se por 1.222 colaboradores,

distribuídos pela s diversas empresas

(ver gráfico lateral). Também a SATA

oferece inúmeras vantagens para os

seus colaboradores fruto das suas

parcerias. Adicionalmente tem uma

comissão de trabalhadores que

assegura que todos os deveres e

direitos são respeitados.

A estratégica de Recursos Humanos

assenta em 8 vectores que são

considerados fundamentais para a sua

eficiente gestão:

Descrição de funções e definição de

competências

Recrutamento e selecção

Acolhimento e selecção

Comunicação interna

Sistema de análise para

desenvolvimento

Formação e desenvolvimento

Gestão de carreiras

Sistema de recompensas e incentivos

Cli

en

tes

(c

on

t.)

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32

Ambiente

A SATA é um Grupo em que a cultura ambiental

está presente na actividade e na operação de todas

as suas empresas. A gestão ambiental da SATA cada

vez mais tem um papel essencial no seu dia-a-dia, e

exemplo disso é o Sistema de Gestão Integrado de

Segurança e Ambiente (SGI) que está actualmente a

ser implementado em todas as suas empresas e que

visa uma consciencialização ambiental a todos os

níveis do Grupo SATA.

A biodiversidade é um tema que assume

relevância no dia-a-dia operacional da

SATA. Desta forma, a SATA avalia de forma

recorrente o impacto que a sua actividade

tem nestas matérias garantindo um sistema

de gestão de melhoria contínua, conforme

ilustração.

São várias as iniciativas realizadas pela

SATA com o objectivo de cumprir com esta

missão ambiental como sejam a Sata Forest,

o Fly Greener e ainda um projecto com a

colaboração das Nações Unidas, o “Decade

on Biodiversity”.

Os principais compromissos da SATA com sua Política

Integrada de Ambiente, Segurança e Saúde no

Trabalho são:

Melhorar o desempenho ambiental assegurando a

prevenção da poluição, a utilização sustentável dos

recursos naturais e a gestão da segurança e saúde no

trabalho;

Minimizar os efeitos negativos ambientais, investindo

nos meios técnicos necessários e desenvolvendo os

processos adequados;

Sensibilizar os colaboradores e os seus representantes

na adopção das boas práticas ambientais;

A SATA garante um plano formativo que

assegura a sensibilização de todos os seus

colaboradores aos seguintes temas:

Emissões de CO e CO2

Consumo de JetFuel

Produção de resíduos

Águas residuais

Derrames

Ruídos

Alterações climáticas

Biodiversidade

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33

Comunidade

A SATA adopta uma política de responsabilidade social, reflectida no programa Flying Dreams,

que visa atenuar os efeitos da insularidade através de inúmeras iniciativas desenvolvidas que

visam promover a Região onde se insere. Desta forma, e para garantir o alinhamento desta

politica com a imagem e valores corporativos da SATA, em 2011 foram desenvolvidas várias

iniciativas que se traduzem no apoio a entidades e iniciativas ligadas à solidariedade social, à

cultura, ao desporto e à promoção turística da Região Autónoma dos Açores.

De seguida apresentam-se algumas dessas iniciativas realizadas, por dimensão cultural e social.

Ap

oio

s S

AT

A

Solidariedade

Programa “Saudades dos Açores”

Fundação GIL

Fundação AMI

Kid´s first Fund

Realização de sonhos

Santinhas e o mês das crianças

Projecto flying dreams.

Arte e cultura

Apoios à promoção dos talentos nacionais

Festival de arte urbana “Walk & Talk Azores”

Panazorean Film Festival

Protocolo com a Direcção Regional das

Comunidades

Protocolo com a Associação de Professores de

Português dos Estados Unidos.

Apoio ao desporto

SATA Rally Açores

Clube Kairos

Patrocínio à corrida de S. Silvestre de Ponta

Delgada

Fundação Pauleta

Apoio a atleta com deficiência motora.

Promoção turística regional

Parceria com a Direcção Regional do

Turismo

Parceria com a Associação de Turismo

dos Açores

Protocolo com a Escola de Formação

Turística e Hoteleira.

Doação de sangue

Dádiva colectiva de sangue entre

colaboradores SATA denominada Flying to

Save.

Combate à fobia de voar

Lançamento de um curso terapêutico

especializado em fobia de andar de avião

em pareceria com a Voar sem Medo -

Happy flyer.

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34

1.3) Estrutura Orgânica e Governo Societário

Introdução

Nos últimos anos, o Grupo SATA tem vindo a realizar esforços no sentido de alinhar a sua

estrutura e funcionamento organizacionais com os princípios de Bom Governo e boas práticas

internacionais, seguidas pelos seus principais pares.

Exemplo disso foi o projecto realizado em Dezembro de 2011 pela empresa internacional

PricewaterhouseCoopers intitulado “Diagnóstico às Práticas de Governance e de

Sustentabilidade”.

Este exemplo, a par com todos os esforços que têm vindo a ser efectuados, permitem à SATA

aproximar-se das boas práticas e garantir que o seu padrão de conduta e responsabilidade

organizacional estão alinhados com os valores da companhia assentes na simpatia, na

fiabilidade e na inovação.

Órgãos de Gestão e Fiscalização

A estrutura de governo da SATA Internacional assenta no Modelo Latino que prevê a existência

de uma Assembleia Geral e de um órgão de administração e de fiscalização, sendo estes últimos

representados por um Conselho de Administração e por um Revisor Oficial de Contas, como

evidencia a imagem seguinte.

Figura 3. Órgãos de gestão e fiscalização da SATA Internacional

Assembleia

Geral

Conselho de Administração

Conselho Fiscal

Revisor Oficial de Contas

Dr. Miguel Cymbron

Dra. Rita Dias

Dra. Maria

Alexandra Pacheco

Vieira

Prof. Dr. António de

Gomes Menezes

Dra. Luísa Maria

Estrela Rego

Miranda Schanderl

Dra. Isabel Maria

dos Santos Barata

Dr. Carlos Eduardo da Silva Melo

Bento

Dr. Manuel Herberto de Medeiros

Quaresma

Dra. Celestina Filomena Gonçalves

Oliveira

Dr. José Augusto Gomes (suplente)

Dr. Albino Jacinto

(efectivo)

Cruz das Neves &

Silva Cardoso,

SROC, representado

por Dr. João

Humberto Silva

Cardoso

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35

De seguida, apresentam-se os elementos que compõem a gestão da SATA Internacional, sendo

evidenciado, para cada órgão, as principais funções assim como as suas remunerações totais.

Figura 4. Remuneração e principais funções órgãos de gestão da SATA

Internacional

Posição Nome Principais Funções dos Órgãos Total

Remuneração

Presidente da mesa da

Assembleia Geral Dr. Miguel Cymbron

Convocar, dirigir e orientar os trabalhos da

Assembleia Geral (AG) que são, entre outros,

analisar e aprovar os documentos de

prestação de contas individuais e

consolidadas, deliberar sobre a aplicação dos

resultados e analisar a aprovar as linhas

orientadoras de carácter estratégico.

-*

Vice-presidente da mesa da

Assembleia Geral Dra. Rita Dias

Substituir o Presidente da mesa nas suas faltas

ou impedimentos, assumindo as suas funções

nestas circunstâncias;

-*

Secretária da mesa da Assembleia

Geral

Dra. Maria Alexandra Pacheco

Vieira

Verificar a existência do quórum nas reuniões;

Secretariar as reuniões da AG;

Elaborar e assinar as actas das reuniões da AG;

Preparar as reuniões ordinárias e

extraordinárias da AG;

Exercer outras tarefas que lhe forem confiadas,

pelo Presidente da AG;

-*

Presidente

Membro executivo

Prof. Doutor António José

Vasconcelos Franco Gomes de Menezes

Assume funções de Chief Executive Officer,

gerindo os negócios da nos termos da lei e dos

seus estatutos;

Como Chief Financial Officer supervisiona as

actividades financeiras garantindo e

controlando a saúde financeira da SATA;

Como Chief Information Officer assegura que os

sistemas de informação dão resposta à

estratégia da SATA e permitem a eficiência e

eficácia operacional;

Coordenar a actividade do Conselho de

Administração e zelar pela correcta execução

das suas deliberações. Adicionalmente,

representa o Grupo SATA junto do seu

accionista;

72 661 €**

Vogal

Membro executivo

Dra. Luísa Maria Estrela Rego

Miranda Schanderl

Assume funções como Chief Operating Officer

assegurando não só a definição dos objectivos

estratégicos para cada área de negócio do Grupo

SATA, como também o planeamento e a

monitorização de todas as suas operações;

63 365 €**

*Os membros que compõem a mesa da Assembleia Geral não auferem qualquer remuneração.

**O valor referido inclui a remuneração base, despesas de representação, subsídio de férias, natal e alimentação

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36

Posição Nome Principais Funções dos Órgãos Total

Remuneração

Vogal Membro executivo

Dra. Luísa Maria Estrela Rego

Miranda Schanderl

(cont.)

Assegura a função de responsável pelas

actividades de compras, gerindo as relações com

os fornecedores e assegurando o processo de

gestão de stocks;

Como responsável do Gabinete Jurídico, garante

o compliance com os requisitos e normas com

impactos nas operações do Grupo SATA;

Vogal

Membro executivo

Dra. Isabel Maria dos Santos Barata

Responsável pela Direcção de Recursos

Humanos gerindo todos os processos de

gestão de recrutamento, selecção, formação e

avaliação de desempenho;

Assume funções como responsável de

Marketing e Comunicação, definindo as suas

políticas;

63 365 €**

Conselho Fiscal

Dr. Carlos Eduardo da Silva Melo Bento

Dr. Manuel Herberto de

Medeiros Quaresma

Dra. Celestina Filomena Gonçalves

Oliveira

Dr. José Augusto Gomes (suplente)

Participar nas reuniões do conselho e assistir às

Assembleias Gerais e às reuniões do Conselho

de Administração sempre que solicitado;

Exercer uma fiscalização conscienciosa e

imparcial;

Dar conhecimento ao Conselho de

Administração das verificações, fiscalizações e

diligências que tenham feito e do resultado das

mesmas;

3 000€***

Revisor Oficial de Contas

Dr. Albino Jacinto (efectivo)

Cruz das Neves & Silva Cardoso,

SROC, representado por Dr. João

Humberto Silva Cardoso

Fiscalizar a administração da empresa

relativamente ao cumprimento da lei, estatutos

e regulamentos que lhes são aplicáveis.

14 600€

*** A Dra. Celestina Gonçalves é o único membro remunerado do Conselho Fiscal.

Todos os membros do Conselho de Administração beneficiam ainda de telemóvel e, para

utilização ao serviço da empresa, o cartão de crédito.

Os membros do Conselho de Administração exercem funções nas várias empresas do Grupo,

mas são remunerados apenas na SATA AirAçores.

A SATA, como empresa pública, deverá obedecer ao Decreto Legislativo Regional nº 7/2008/A,

art. 16 que identifica um conjunto de elementos que os relatórios anuais das empresas públicas

devem conter. Uma vez que existe na SATA um Relatório de Governo, a informação referente

aos aspectos abaixo referidos, encontra-se detalhada no mesmo:

Distribuição dos pelouros assumidos pelos membros dos órgãos da administração;

Nº de reuniões realizadas na Assembleia Geral e no Conselho de Administração;

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37

Identificação das funções que são exercidos em outras empresas, por qualquer membro

do órgão de gestão e administração;

Os elementos curriculares e as qualificações dos membros do órgão de gestão e

administração das empresas.

Também importa referir que a SATA desenvolve a sua actividade garantindo os princípios de

bom governo, dentre os quais se destacam a transparência e o respeito pelas diferenças dos seus

stakeholders. Estes princípios baseiam-se na garantia da universalidade e continuidade dos

serviços prestados pela SATA de interesse para a Região onde se insere, cumprindo com o

disposto nos art. 29ºa 31º do Decreto Legislativo Regional nº 7/2008/A.

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38

2) O Negócio do Grupo SATA

2.1) Enquadramento macroeconómico

Conjuntura internacional

Apesar da crise financeira vivida desde 2009, tem-se seguindo a tendência de recuperação

económica já verificada em 2010. Desta forma, em 2011 a economia mundial voltou a crescer,

embora a um ritmo mais moderado do que o verificado no ano anterior. A taxa de crescimento

do Produto Interno Bruto (PIB) mundial situou-se, segundo as estimativas do FMI, nos 3,8%,

valor inferior à taxa de 5,2% registada em 2010. A desaceleração da economia internacional

ficou a dever-se, essencialmente, aos acontecimentos verificados no segundo semestre do ano,

resultantes do agravamento da crise dos mercados financeiros motivado pela crise das dívidas

soberanas, sobretudo no contexto europeu. Em contrapartida, o crescimento verificado ao nível

das economias emergentes, com destaque para a China, Índia, América Latina e África

Subsariana, contribuiu positivamente para a dinamização do crescimento económico mundial.

No caso dos EUA importa destacar, em 2011, a tendência de crescimento económico, embora a

ritmos inferiores aos registados em 2010, em virtude da aceleração do nível de produção

industrial, ao aumento do nível de emprego e recuperação do mercado imobiliário. As previsões

do FMI para o ano de 2012 sinalizam um crescimento potencial da economia de 1,8%, em linha

com os valores apresentados em 2011.

No caso específico da União Europeia, o ano de 2011 constituiu um período marcado pela

estagnação económica, com excepção de países como a Alemanha, que apresentaram tendências

de crescimento. Para tal contribuiu a crise das dívidas soberanas da zona Euro, e consequentes

políticas de austeridade e limitações no acesso ao crédito. À semelhança de 2010, mantiveram-

se os resgates da Troika (União Europeia, Banco Central Europeu e FMI) aos países europeus

com necessidades de auxílio financeiro em virtude das restrições no acesso ao financiamento

externo, o que contribuiu para o aumento do nível de incerteza relativo à solidez do sistema

financeiro europeu. Por outro lado, a generalidade dos governos europeus manteve a tendência

de adopção de fortes medidas de correcção orçamental que permitiram, em 2011, a redução do

défice público em cerca de 2 pontos percentuais, situando-se em 4,7% do PIB da União Europeia

e em 4,1% do PIB da zona Euro. A tomada de medidas desta natureza contribuiu para diminuir o

nível de instabilidade dos mercados financeiros nos últimos meses do ano, que se traduziu na

diminuição gradual dos custos de financiamento e da aversão dos investidores ao risco. Todavia,

o sistema financeiro europeu debate-se, ainda, com taxas de juro de obrigações de tesouro

bastante elevadas em alguns países da zona euro, a par da diminuição do financiamento ao nível

do sector privado.

O clima de instabilidade e incerteza europeu contribuiu para o crescimento das taxas de

desemprego que atingiram, em 2011, níveis próximos dos 10%. O nível de preços, por sua vez,

registou uma tendência de estabilidade na Europa, apesar de se ter registado uma taxa de

inflação de 3% (2,7% na zona Euro), o valor mais alto dos últimos 3 anos.

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39

O crescimento económico das economias emergentes, por sua vez, foi impulsionado pelo

aumento da procura interna que contribuiu para a diminuição do nível de dependência destas

economias face às economias desenvolvidas. O FMI prevê, para 2012, um crescimento médio

das economias dos países emergentes de 5,4%.

O preço tendeu, em 2011 a diminuir motivado sobretudo pela contracção da procura global.

Em sentido inverso estiveram os preços do petróleo nos quais se verificaram aumentos

significativos sobretudo nos últimos meses do ano, motivados pelas tensões geopolíticas no Irão.

A valorização anual do preço do barril de crude foi de 8%, fixando-se nos 99 dólares, no final de

2011. A expectativa do FMI é de que o preço se mantenha próximo deste valor em 2012.

Figura 5. Evolução dos preços do Brent em dólares e em euros

Conjuntura nacional

Em Portugal o ano de 2011 ficou indelevelmente marcado pelo anúncio e a adopção de severas

medidas de austeridade, destinadas a combater a situação de endividamento excessivo da

economia nacional. O recurso do Governo ao programa de auxílio financeiro da Troika implicou

a adopção de políticas exigentes de consolidação orçamental que condicionaram o desempenho

económico do país, conduzindo a um défice público de 4,2% e uma contracção económica de

1,6%.

O conjunto de medidas adoptadas conduziram a um recuo no consumo privado, motivado quer

por impactos nos rendimentos como pela via fiscal. De igual modo, verificou-se o aumento do

desemprego, que atingiu no final do ano uma taxa de 12,7%. A taxa de inflação, por sua vez,

situou-se nos 3,7%, valor superior ao que se verificou na União Europeia.

Ao longo do ano de 2011 persistiu a dificuldade de acesso a financiamento nos mercados

internacionais por parte dos bancos portugueses, o que se traduziu numa limitação significativa

ao financiamento do sector privado.

0

20

40

60

80

100

120

140

Brent (EUR)

Brent (USD)

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40

O sector exportador, por sua vez, registou um comportamento positivo face aos restantes

indicadores económicos, sendo de salientar o crescimento expressivo ao longo do ano e as

previsões de crescimento apresentadas para 2012 e 2013.

Conjuntura da Região Autónoma dos Açores (R.A.A.)

De acordo com os dados publicados no último trimestre de 2011, a actividade económica na

R.A.A. foi impulsionada sobretudo pelos resultados obtidos no sector primário, enquanto que

nos sectores secundário e terciário se registaram variações negativas relativamente ao período

homólogo. A impulsionar os resultados no sector primário estiveram indicadores como a

quantidade de leite de vaca entregue nas fábricas (aumento de 2,3% face ao ano anterior) e para

consumo (aumento de 15,3% face ao ano anterior), bem como o abate de carne (aumento de

5,9% face ao ano anterior).

O desempenho verificado no sector secundário e terciário foi menos positivo, a avaliar por

indicadores como consumo de energia (redução de 1,1% face ao ano anterior), actividade do

sector da construção (diminuição do número de edifícios licenciados e venda de cimento), venda

de automóveis ligeiros e actividades associadas ao turismo.

Verificou-se um acentuado aumento da taxa de desemprego ao longo do ano – encontra-se

actualmente nos 15,1% - enquanto que a taxa média de inflação ao longo do ano foi de 3,4%.

Todavia, o clima económico da R.A.A. em 2011, apesar da tendência negativa, atingiu resultados

mais favoráveis do que os registados a nível nacional.

No caso específico dos indicadores da actividade turística na R.A.A. verificou-se, em 2011, uma

quebra de 0,1% no número de dormidas em estabelecimentos hoteleiros2. Tais resultados

derivam de alterações na procura por parte dos residentes em Portugal, cujo número de

dormidas na R.A.A. registou uma redução na ordem dos 5,9%, contrabalançado pelo aumento

de dormidas por parte dos residentes no estrangeiro – cerca de 5,4%. Os proveitos totais

associados à actividade turística na R.A.A. no ano de 2011 atingiram os 46,8 milhões de euros,

traduzindo uma quebra de 4,2% face ao ano anterior.

2 Por estabelecimentos hoteleiros entende-se: hotéis, hóteis-apartamentos, apartamentos turísticos, pousadas, pensões e estalagens

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41

Figura 6. Taxa de variação homóloga mensal de dormidas na R.A.A.

Fonte: Actividade turística: Janeiro a Dezembro 2011, SREA (Serviço regional de estatística dos

Açores)

O sector do transporte aéreo

Apesar do contexto nacional e internacional de dificuldades económicas, o desempenho geral do

sector do transporte aéreo foi positivo, tendo sido registado um crescimento do tráfego de

passageiros em 5,9%.

Figura 7. Evolução do load-factor de passageiros e carga

Fonte: IATA, 2012, Airlines Financial Monitor (Feb-Mar)

O tráfego de carga apresentou crescimentos positivos na Europa (1,5%), no Médio Oriente

(8,2%), América do Norte (1,5%), América Latina (5,5%), Ásia e Pacífico (4,8%), no entanto

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42

apresentou decréscimos em África (-1,2%), de acordo com os dados divulgados pela IATA. Em

Portugal, o tráfego de carga aérea 0,6% no conjunto dos doze meses.

No caso particular da Europa, verificou-se um crescimento do número de passageiros de 10,5%,

sobretudo devido ao desempenho do tráfego internacional de negócios gerado na Alemanha e

países do norte europeu, segundo dados da IATA.

O mercado norte-americano, por sua vez, voltou a sofrer um processo de contracção, embora a

uma taxa mais reduzida do que a registada em 2010. No entanto, as companhias aéreas a operar

no mercado americano mantiveram o mesmo load-factor registado em 2010 – 80,9% -

conseguindo o valor mais elevado no conjunto do sector – cuja média foi de 76,8%.

Apesar dos dados de tráfego relativos ao ano de 2011 serem positivos, os resultados líquidos da

generalidade das companhias registou uma diminuição, resultante das reduzidas taxas de

crescimento da procura, da pressão existente para redução de tarifas e dos elevados preços dos

combustíveis. De acordo com as previsões da IATA, estima-se que os resultados líquidos tenham

reduzido cerca de 56% para a totalidade da indústria e 23% no conjunto das companhias

europeias.

Em Portugal, é de salientar a diminuição registada ao nível do load-factor de mercadorias em

cerca de 45,9% ao longo do ano de 2011. No sentido de desenvolver esforços para assegurar a

adequação entre a capacidade oferecida e a procura têm sido levadas a cabo medidas que visam

a redução da frota de cargueiros, introduzindo, em simultâneo, aviões de passageiros de duplo

corredor, que constituem aparelhos com significativa capacidade de carga de porão.

Figura 8. Evolução do tráfego comercial nos aeroportos do Continente, Açores e

Madeira, segundo a natureza do tráfego em 2011

Fonte: INE, boletim mensal de estatística, Dezembro 2011

Em Portugal, e de acordo com os dados do INE, verifica-se a existência de uma evolução positiva

dos dados relativos ao tráfego comercial nacional para o mercado doméstico e internacional

(considerando o Continente, Açores e Madeira). Em comparação com os dados de 2010 importa

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43

salientar a redução do tráfego nacional relativo ao transporte de carga (mercadorias e correio)

quer ao nível do tráfego internacional como do tráfego territorial e interior. No que respeita ao

transporte de passageiros, verificou-se um aumento do número de passageiros transportados

em viagens internacionais e, de igual modo, em viagens no interior do território nacional.

Contudo, o transporte de passageiros em território nacional, apesar da tendência de crescimento

apresentada, registou valores de evolução modestos, resultantes do actual contexto de crise

económica e financeira e dos consequentes impactos da mesma ao nível da procura interna.

2.2) Enquadramento regulamentar

A actividade da SATA encontra-se sujeita a um conjunto vasto de normas emitidas quer pelas

entidades reguladoras e fiscalizadoras que regem o sector do transporte aéreo, como pelo

Governo Regional dos Açores, para além das leis gerais aplicáveis às sociedades comerciais

portuguesas.

As principais normas e regulamentos a que a SATA está actualmente sujeita encontram-se

identificados na figura seguinte, sendo que para uma análise mais detalhada, deverá ser

consultado o capítulo 3 do Relatório de Governo da SATA.

Internacional

Europeu

Nacional

Regional

ICAO (International Civil Aviation Organization)

• Instituição das Naçoes Unidas para promoção da cooperação internacional na aviação civil

Comissão Europeia

EASA (European Aviation Safety Agency)

• Instituição responsável pela promoção das normas comuns de segurança e protecção ambientar no sector da aviação civil

ECAC (European Civil Aviation Conference)

• Organização intergovernamental para a promoção do desenvolvimento sustentado no sector do transporte aéreo

INAC (Instituto Nacional de Aviação Civil)

• Instituição responsável pela regulação e fiscalização do sector da aviação civil

Autoridade da Concorrência

• Instituição responsável por assegurar o cumprimento da legislação relativa às políticas deconcorrência

Governo Regional dos Açores

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44

Figura 9: Quadro normativo legal da SATA

No quadro apresentado, as normas e regulamentos encontram-se organizados numa perspectiva

Internacional, Europeia, Nacional e Regional.

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45

2.3) SATA: A nossa estratégia

A SATA assume-se estrategicamente como uma companhia aérea full service que disponibiliza

aos passageiros uma variedade de serviços consistente com a sua proposta de valor – value for

money.

Assim, os objectivos estratégicos que a SATA se propõe a alcançar no médio e longo prazo estão

devidamente alinhados com a proposta de valor definida para o Grupo, para além de terem em

conta os constrangimentos associados ao actual contexto económico nacional e internacional.

A contracção da procura por serviços de transporte aéreo verificada nos últimos anos, tem vindo

a exigir às companhias aéreas o desenvolvimento de esforços acrescidos para, cumulativamente,

promoverem medidas de redução de custos sem colocar em causa a qualidade do serviço

prestado aos passageiros e a variedade dos produtos oferecidos.

Nesse sentido, a SATA assume com objectivos estratégicos a definição de medidas para a

redução de custos, apoio de projectos de inovação para optimização dos recursos existentes,

bem como desenvolvimento de planos de penetração nos mercados internacionais

economicamente menos expostos à crise actual.

Redução de custos

Desenvolver medidas para a redução de custos consiste num dos principais objectivos

estratégicos da SATA, definidos para fazer face à actual conjuntura económica nacional e

internacional. A SATA assume, assim, o compromisso de definir uma cultura de redução de

custos transversal a todas as suas áreas de negócio e a todos os seus colaboradores. Medidas de

redução de custos que visam, essencialmente, promover a optimização dos recursos disponíveis,

nomeadamente através de maiores esforços de planeamento ao nível da frota e tripulações,

visando alcançar a eficiência operacional.

Figura 10: Valores do CASK, para a SATA Internacional (2007-2011)

Estratégia SATA

Novos mercados

Redução de custos

Inovação

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46

SATA Internacional 2007 2008 2009 2010 2011

CASK (Non fuel) (c€) 4,38 4,69 5,02 4,56 4,10

CASK (Total) (c€) 5,95 6,89 6,30 6,16 6,13

Inovação

Desenvolver projectos de inovação, constitui uma das principais orientações estratégicas

assumidas pela SATA como forma de posicionar a companhia aérea nos rankings internacionais

em termos de qualidade e excelência de serviço. Para tal, a SATA pretende desenvolver no médio

e longo prazo projectos de inovação assentes na automatização de processos e business

inteligence, tendo por base as prioridades de desenvolvimento das diversas áreas de negócio.

Nas áreas de serviço de apoio ao cliente, as orientações estratégicas da SATA passam pelo

desenvolvimento de iniciativas assentes na lógica do paperless experience, posicionando,

simultaneamente a SATA como uma companhia inovadora e sustentável.

Crescer nos mercados internacionais

Reforçar a oferta de serviços de transporte aéreo de passageiros e carga no mercado

internacional, com particular incidência nas economias internacionais mais sólidas e menos

expostas aos efeitos da crise económica e financeira, permite à SATA fazer face aos

constrangimentos resultantes da contracção da procura no mercado internacional. Por outro

lado, crescer nos mercados internacionais, passa também, por explorar mercados

estrategicamente associados ao objecto social da SATA Internacional, tais como a América do

Norte (EUA e Canadá) e a Europa (Alemanha e Escandinávia). Desta forma, a SATA consegue

aumentar o seu nível de penetração no mercado internacional, ao mesmo tempo que contribui

para fomentar a notoriedade internacional da Região Autónoma dos Açores, estimulando os

fluxos turísticos para a região. Para promover este crescimento para outros destinos são

fundamentais os esforços e as iniciativas realizadas pela SATA nos acordos e parcerias

estabelecidas com companhias áreas de referência.

Page 47: SATA Internacionalsata.pt/sites/default/files/1 Rel e Contas SATA S4_120430_3.pdf · assinatura de acordos de interline que aumentassem a conectividade dos voos da SATA para cidades

47

Como foi alcançada a estratégia em 2011?

São vários os indicadores utilizados para monitorizar o cumprimento da estratégia

seleccionando-se, para cada objectivo estratégico, aqueles que melhor retratam a actividade da

SATA em 2011.

Objectivo

estratégico

Indicadores

Redução de

custos

Contrato de fretamento

ACMI da SATA Air Açores

para as ligações regulares

PDL/Funchal;

Funchal/Gran

Canaria/Faro, com

substituição da frota A320

pela frota Dash8-Q400

Ganhos de eficiência na ordem

dos 1,9 milhões de euros

Poupança de 308 milhares de euros

Desenvolvimento do

projecto DEP– efficiency

are us (entre a DOV e a

DOT) que permitiu ganhos

significativos de eficiência

Renegociação dos contratos

de handling

Inovação Definição de metodologias

para monitorização de toda

a operação de handling -

Projecto Moving Up

Desenvolvimento de

aplicação própria de gestão

dos terminais de

informação de voo dos

aeródromos regionais, que

mereceu o Prémio Agility

Award

Desenvolvimento de

aplicações mobile: mobile

check-in e mobile boarding

pass, evidenciando a aposta

da SATA em aplicações

informáticas e nos canais de

vendas Web e Mobile.

Canal 2011

Web 55,420

Externo 1,158

Balcão ou Contact Center 1,984,321

Kiosk 199

Mobile 1,903

Total 59.811

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48

Crescer nos

mercados

internacionais

Conclusão das negociações

com 7 novos parceiros para

oferta de tarifas corridas

nas diversas gateways

internacionais

Alargamento das operações

para destinos na Europa e

América do Norte

Estocolmo: + 39% de lugares

oferecidos

Copenhaga: + 16% de lugares

oferecidos

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49

2.4) Áreas de negócio do Grupo SATA

O Grupo SATA é constituído por seis empresas, nomeadamente a SATA SGPS, SATA Air

Açores, SATA Internacional, SATA Gestão de Aeródromos, Azores Express e SATA

Express, que se organizam e estruturam para assegurar o desenvolvimento e realização das

suas principais actividades de negócio:

Transporte aéreo;

Assistência a aeronaves;

Gestão de aeródromos;

Operadores turísticos.

Figura 11. Enquadramento das áreas de negócio na estrutura accionista

De seguida, descreve-se a área de negócio da SATA Internacional, identificando-se os seus

objectivos estratégicos e relatando-se os seus principais indicadores de actividade, que

permitem conhecer o desempenho do ano 2011. Adicionalmente, apresentam-se as perspectivas

para 2012.

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50

Transporte aéreo

Objectivos estratégicos para o negócio

O transporte aéreo de passageiros e carga constitui um dos negócios mais relevantes no contexto

da actividade operacional desenvolvida pela SATA. Esta área de negócio é actualmente

assegurada por duas empresas do grupo - SATA Air Açores e SATA Internacional – e

engloba, para além dos serviços de operações de voo, que asseguram o transporte aéreo de

passageiros e carga, os serviços de suporte associados às operações terrestres e à

manutenção e engenharia de aeronaves.

O actual clima económico promoveu um ambiente de contracção da procura – nacional e

internacional – de serviços de transporte aéreo que exigiu às companhias aéreas o

desenvolvimento de esforços acrescidos na definição de medidas de promoção da redução de

custos sem, no entanto, colocar em causa a qualidade do serviço prestado aos passageiros.

Nesse sentido, a adopção de medidas de controlo de custos (nomeadamente combustível)

tornou-se imperativa, a par da necessidade de desenvolver medidas de optimização dos

recursos existentes através de um maior esforço de planeamento de frota e tripulações.

Para além de seguir a tendência do sector para redução de custos e optimização de recursos, a

SATA pretende apostar na oferta de serviços de transporte aéreo no mercado internacional,

essencialmente nas economias europeias e americanas mais sólidas e menos expostas aos

constrangimentos associados à crise económica e financeira (Estados Unidos, Norte da Europa,

Alemanha e Canadá) fazendo face à contracção da procura na generalidade dos mercados.

Assim, os objectivos estratégicos da SATA para a área de negócio das operações de voo

traduzem-se, no caso do transporte inter-ilhas (SATA Air Açores), na optimização dos custos e

obtenção de ganhos de eficiência nas operações desenvolvidas, sobretudo ao nível da frota e das

tripulações. No caso do transporte doméstico e internacional (SATA Internacional), as

orientações estratégicas visam apostar no reforço da competitividade internacional tirando

partido das vantagens competitivas associadas à sua localização geográfica.

No que respeita aos serviços de suporte relativos às operações terrestres, responsável por

assegurar a totalidade dos serviços de cariz administrativo do controlo ao apoio em terra às

operações de voo (handling, limpeza, catering, alfândega, entre outros), os objectivos

estratégicos foram desenhados tendo em conta os objectivos gerais definidos para o transporte

aéreo – nomeadamente a redução de custos. Para tal, apresenta-se como estratégica a aposta na

renegociação dos principais contratos de suporte à actividade, bem como a conciliação de

esforços com a área das operações de voo, no sentido de promover um serviço de transporte

aéreo mais eficiente e com menores custos associados.

Por sua vez, no que respeita aos serviços de suporte de manutenção e engenharia, a sua

existência deriva da necessidade de assegurar e disponibilizar na SATA os meios essenciais para

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51

a manutenção e reparação dos equipamentos da SATA Air Açores (serviço de manutenção e

engenharia) e para a supervisão da manutenção dos equipamentos da SATA Internacional

(serviço de aeronavegabilidade). Os objectivos estratégicos associados a esta área de apoio

passam por assegurar o cumprimento proactivo das normas e exigências regulamentares

relativas à segurança das aeronaves. Para tal, aposta continuadamente no reforço da qualidade

dos equipamentos e instalações disponíveis, bem como do know-how dos seus colaboradores.

Um indicador analisado nesta área de negócio é a fiabilidade de despacho, que está devidamente

representada nas figuras 11 e 12, da página 44.

Vendas e serviço a clientes

Em 2011 foram emitidos 1.225.867 cupões para viagens na SATA, o que corresponde a

€101.459.111. Estes valores, inferiores aos de 2010 em 7% e 11%, respectivamente, foram

afectados, sobretudo, pelo ambiente recessivo que enquadra a nossa economia, pela redução das

tarifas e pela descontinuação da rota Lisboa/Funchal.

As vendas para a SATA Air Açores diminuíram 2% no ano de 2011 e representaram 18% da

totalidade das vendas do Grupo.

A SATA Internacional, cujas vendas foram 82% das vendas de todo o Grupo SATA, registou um

decréscimo de 12% nas vendas.

A actividade de vendas da SATA continuou a ter o seu pilar fundamental nos Agentes de

Viagens, que foram responsáveis por 55,7% das emissões em 2011. A nossa acção aqui recebeu,

contudo, uma inovação que começou a dar corpo a um trabalho diferenciado com os Agentes de

Viagens on line.

De assinalar o crescimento de 6,5% das vendas dos agentes de viagens sedeados no estrangeiro,

resultado do esforço que fizemos em diversificar os vendedores na nossa operação na América

do Norte e Europa.

Prosseguiu-se, igualmente, a valorização das vendas na

internet, através do www.sata.pt, parte integrante dos

canais de venda directos da SATA, que continuaram a ter

o mesmo mix. Em 2011 o site da Companhia voltou a

crescer, embora a taxa bem mais moderada do que os

crescimentos dos anos anteriores, e foi responsável por 10,4% do volume de vendas.

Os dois outros canais próprios, o Contact Center e a Rede de Lojas, apresentaram decréscimos

de vendas.

A Rede de Lojas, que emitiu em 2011 o valor de €11,2 milhões, é o canal de vendas tradicional

e o seu peso advém em grande medida das vendas que faz para a operação inter-ilhas da SATA

Air Açores, uma vez que está muito bem implantada em todas as ilhas da Região. A redução das

vendas no ano de 2011 está em linha com a tendência verificada nos anos mais recentes, o que

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52

justificou a opção, que tem sido paulatinamente implementada, de acentuar as suas valências de

promoção de serviços e de assistência a clientes.

O Contact Center registou em 2011 e uma perda de vendas de 14,3%, fruto da redução das

vendas da rota Lisboa/Funchal e de alguma migração de clientes para o www.sata.pt.

Esta unidade de serviço assume, igualmente, importância relevante na assistência a clientes, no

âmbito da qual foram realizadas mais de 250000 chamadas telefónicas no ano a que nos

estamos a reportar. Em suma, são 4 os principais canais de venda da SATA, conforme figura

seguinte.

Figura 12. Principais canais de venda da SATA

Reforçou-se o trabalho iniciado em 2010 no segmento corporate o que possibilitou o seu

crescimento em 7%.

O segmento lazer, que teve um desempenho notável no primeiro semestre do ano, sofreu um

decréscimo de 17,4% do volume de vendas e de 0,6% nos cupões emitidos, fruto do

encerramento da rota Lisboa/Funchal. Neste segmento há assinalar os crescimentos obtidos na

rota Lisboa/Porto Santo, operada somente no Verão, e no eixo Ponta

Delgada/Madeira/Canárias, onde a oferta de voos se estendeu a todo o ano.

As dificuldades económicas que Portugal enfrenta sublinharam a importância de outros

mercados que a SATA trabalhou com maior atenção. Para além do mercado alemão, onde se

obteve um crescimento de 32,9% nas vendas, devem destacar-se os desempenhos no Reino

Unido, mais 46,1% de vendas e França, com um crescimento das vendas de 21,4%.

Dinamarca e Suécia foram os países escandinavos para onde a SATA operou em 2011, para cujas

rotas também se registaram crescimentos de vendas interessantes de, respectivamente, 64% e

17%.

Canais de

venda SATA

Web sales

ContactCenter

Agentes de

viagens

Rede de lojas

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53

Os resultados dos inquéritos a bordo, que são feitos periodicamente, e da monitorização das

chamadas telefónicas do Contact Center, bem como os seus índices de desempenho, dos quais

se destacam o nível de serviço, que foi de 76,2%, e a redução das chamadas abandonadas em

35,3%, certificam a eficácia do trabalho realizado e, no caso do Contact Center, os ganhos de

competitividade alcançados por força da não contratação de pessoal sazonal.

Apesar de em 2010, fruto das irregularidades operacionais provocadas pelas cinzas vulcânicas,

se ter registado um volume anormalmente alto de reclamações, a verdade é que em 2011 esse

número reduziu-se em cerca de 50%, o que sendo, igualmente, demonstrativo da melhoria da

qualidade de serviço, também promoveu uma redução do prazo médio de resposta aos clientes

reclamantes, o que é positivo.

Com a preocupação de garantir sempre uma qualidade compatível com o crescente nível de

exigência dos clientes foram actualizados os manuais de atendimento presencial e telefónico e

elaborado um plano de contingência para casos de atrasos prolongados na placa, que o

Departamento de Transportes dos EUA introduziu na lista de requisitos para operar em

aeroportos americanos.

A SATA continuou a acompanhar o programa da IATA, designado Automated Baggage Rules,

destinado a uniformizar as regras aplicáveis ao transporte de bagagem, e a integrar o projecto

inter-empresas destinado a melhorar a qualidade de serviço prestado ao passageiro no

Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada.

Em 2011 o SATA Imagine ganhou 12416 novos

membros e atribuiu 351.946.665 milhas, menos 6% do

que em 2010, facto que é explicado pela redução da

actividade dos membros que voavam na rota

Lisboa/Funchal e também por alguns ajustamentos que foram feitos nas regras de atribuição

das milhas.

Regista-se a evolução muito favorável das actividades em parceiros, mais 34%, que promoveram

um crescimento de 11% das milhas concedidas ao abrigo de parcerias.

O maior número de oportunidades para obtenção de milhas e uma boa dinâmica de campanhas,

resultaram num crescimento de 26,4% de milhas redimidas.

No quadro da política de valorização do nosso site de vendas e dentro do enorme esforço de

inovação que a SATA está a fazer, foi lançado a 10 de Outubro o Award Shoper, o qual

possibilita aos membros do programa de fidelidade da SATA a aquisição online; de forma

cómoda, rápida e segura; de bilhetes com milhas. Desse dia até 31 de Dezembro foram emitidos

465 bilhetes, adquiridos com a redenção de 4.306.700 milhas.

Também no âmbito da política de inovação da Empresa começaram-se os trabalhos de criação

de um programa de fidelidade para o segmento corporate, desenvolveu-se uma plataforma para

suportar a venda de ancillary services.

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54

Em 2011 foram, igualmente, iniciado o

desenvolvimento do SATA4Agents,

um site exclusivo para agentes de

viagens, já lançado em 2012. Visa-se

com esta plataforma reforçar a relação

de cooperação da Companhia com os agentes de viagens. Esta ferramenta, disponível em

português, inglês e alemão, inclui conteúdos multimédia sobre os Açores, fruto da parceria com

a Associação de Turismo dos Açores, e possibilitará a desmaterialização a agilização de um

conjunto de transacções entre a SATA e os agentes de viagens.

O mobile check-in e o mobile boarding pass foram, contudo, as principais inovações lançadas

em 2011, porque se trataram do primeiro passo para uma mudança radical na forma como os

passageiros se vão relacionar com as companhias, nomeadamente com a SATA, porque foi a

SATA a primeira companhia portuguesa a oferecer o serviço e a segunda a oferecê-lo em

Portugal, uma vez que só uma das companhias estrangeiras a operar em Portugal o fazia.

Existem ainda outras iniciativas realizadas em 2011 que dão resposta à filosofia SATA client-

centric, com destaque para o trabalho desenvolvido no âmbito do Customer Experience

Development e no Costumer Care e Regulamentação. As mesmas podem ser consultadas com

detalhe no Relatório de Sustentabilidade da SATA.

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55

Actividade Operacional – o ano de 2011

A área de negócio de transporte aéreo da SATA assegura o transporte de passageiros e carga em

diversas redes:

Rede Doméstica da SATA Internacional: assegura as ligações entre a Região

Autónoma dos Açores, o Continente e a Região Autónoma da Madeira;

Rede Regular Europa da SATA Internacional: assegura as ligações entre as

Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira a diversos países na Europa;

Rede América do Norte da SATA Internacional: assegura as ligações entre a

Região Autónoma dos Açores e o Continente Português com os Estados Unidos da

América e o Canadá;

Actividade Charter da SATA Internacional

Operações de voo

No decurso do ano de 2011 a performance do transporte aéreo (considerando apenas a rede

comercial e não as operações realizadas sob o código de outras companhias) registou melhorias

significativas, essencialmente ao nível dos índices de pontualidade e regularidade, resultado do

trabalho desenvolvido pelas equipas operacionais e da estabilização do processo de renovação

da frota, em 2011. Por outro lado, 2010 foi um ano particularmente afectado por condições

meteorológicas adversas que conduziram ao fecho do espaço aéreo europeu, o que teve impactos

significativos ao nível dos índices de regularidade e pontualidade.

Figura 13: Indicadores gerais de actividade

SATA Internacional 2011 2010 Var (%) 2009 Var (%)

Voos Realizados 7.109 7.717 -9% 7.081 9%

KM percorridos 14.570.171 15.525.524 -7% 13.975.493 11%

ASK (milhões) 2.748 2.940 -7% 2.646 11%

RPK (milhões) 2.106 2.215 -5% 1.868 16%

Load-Factor RPK/ASK (%) 77% 75% 1% 71% 5%

ATK (milhões) 359 385 -7% 360 7%

TKP (milhões) 205 216 -5% 193 11%

Load-Factor TKP/ATK (%) 57% 56% 1% 54% 2%

Pontualidade (%) 82% 70% 12% 73% -3%

Regularidade (%) 100% 98% 2% 99% -2%

Relativamente aos serviços de suporte que constituem o apoio fundamental ao desempenho da

área de negócio de transporte aéreo, importa destacar os serviços associados às operações

terrestres e à manutenção e engenharia.

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Operações terrestres

Relativamente às operações terrestres, constituem um serviço adicional que permite assegurar a

eficiência da actividade associada ao transporte de passageiros e carga.

No que concerne a este tipo de serviços, o ano de 2011 ficou igualmente marcado pelos esforços

desenvolvidos no sentido da racionalização de custos. Neste contexto, importa salientar o

trabalho desenvolvido pelo Departamento de Operações Terrestres, em colaboração com a

consultora JCBA, no sentido de assegurar a diminuição dos custos associados aos contratos de

handling; bem como o conjunto de acções concertadas levadas a cabo entre a Direcção de

Operações de Voo (DOV) e o Departamento de Operações Terrestres (DOT), com vista à redução

dos custos de combustível e manutenção.

No que se refere à renegociação dos contratos de handling, verificou-se uma redução de custos

transversal aos diversos contratos, que totalizou um valor de 308 milhares de euros.

A par dos contratos de handling, importa referir o projecto de renegociação dos principais

contratos de catering existentes, nomeadamente com a Cateringpor. Como resultado do

processo negocial levado a cabo ao longo de 2011, a SATA conseguiu estabelecer novas

condições contratuais com a Cateringpor que se traduziram em reduções significativas.

No seguimento dos esforços desenvolvidos para promoção do ambiente de racionalização de

custos são de salientar, igualmente, as poupanças efectuadas ao nível do catering fornecido a

bordo através de diversas iniciativas como a escolha de menus mais adequados e a aplicação da

filosofia de double catering3.

SATA Internacional

A SATA Internacional procedeu a ajustamentos da sua oferta, com particular incidência nas

rotas domésticas, como medida essencial para fazer face aos constrangimentos económicos

registados.

O foco acentuado na redução de custos traduziu-se no corte de frequências oferecidas e num

esforço de maior utilização da frota narrow-body em detrimento da frota wide-body. Por outro

lado, verificou-se a tendência para utilização dos aviões turbo-propulsores da SATA Air Açores,

nas ligações entre os arquipélagos atlânticos (Açores, Madeira e Canárias) e também entre a

Madeira e Faro, tirando proveito dos seus níveis de eficiência e maior capacidade de adequação

aos volumes de tráfego nas rotas em causa4.

3 Acção desenvolvida nas rotas PDL/MAN, PDL/FRA, PDL/MAD, PDL/BCN, FNC/, FNC, FNC/Províncias Francesas, FNC/ORY, FNC/CDG, FNC/ZRH

4 Tal repercutiu-se num total de 659 voos subcontratados pela SATA Internacional à SATA Air Açores em 2011, num total de 1.154 block-hours.

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57

No que respeita aos principais indicadores operacionais relativos ao transporte aéreo, no ano de

2011, a SATA Internacional realizou mais de 7 mil voos, transportando um total de 889 mil

passageiros e conseguindo níveis de load-factor de 76,6% na SATA Internacional.

Figura 19: Indicadores operacionais do transporte de passageiros por rota

Rota Nº voos Nº passageiros Load-factor

2011 Var (%) 2011 Var (%) 2011 Var (%)

R.A.A. - R.A.M. – Continente 3.364 -1% 422.853 -5,1% 75% 1%

Continente - R.A.M. 971 -36% 103.367 41% 66% 4%

Subtotal 4.335

526.220

Europa - R.A.M. 580 -7% 55.283 3% 77% 14%

Europa - R.A.A. 359 -0,2% 36.207 10% 68% -4%

Subtotal 939

91.490

EUA 449 -4% 69.250 -1% 81% -0,8%

Canadá 491 -6% 77.739 -9% 75% 2% Subtotal 940

146.989

Charter 895 11% 124.362 11% 85% 0,5% Total 7.109

889.061

76,6%

No que respeita aos principais indicadores de desempenho relativos ao ano de 2011, importa

salientar o incremento verificado ao nível da actividade charter desenvolvida pela SATA

Internacional. Nas restantes rotas verificou-se uma ligeira diminuição nos indicadores

operacionais face ao ano anterior, que deriva essencialmente da actual conjuntura económica

actual (e.g.: suspensão da rota Funchal-Lisboa).

No que respeita à actividade de carga e correio são de salientar quebras verificadas ao nível do

serviço prestado pela SATA Internacional – de 12% e 19% respectivamente – motivadas, de igual

modo, pela actual conjuntura económica.

Figura 20: Indicadores operacionais do transporte de carga e correio

Total de carga (kg) 5.251.340 -13%

Total de correio (kg) 1.386.522 -23%

Total 6.637.862 -15%

No que respeita ao volume de receitas registado em 2011, a actividade operacional da SATA

Internacional cifrou-se em cerca de 157,5 milhões de euros, para os quais o tráfego de

passageiros contribuiu em cerca de 80%.

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58

Figura 21: Receitas de actividade operacional

2011 Var (%)

Passageiros 126.245.685 2%

Carga e Correio 6.752.712 -51%

Charter + ACMI 24.457.076 12%

Receita Global 157.455.474 -1%

Perspectivas para 2012

Para o ano de 2012 os responsáveis pelo negócio de transporte aéreo perspectivam a

necessidade de desenvolver acções que visem o cumprimento dos objectivos estratégicos

definidos para o negócio: redução de custos, aposta na inovação e crescimento nos mercados

internacionais.

Ao nível da redução de custos, a área de negócio do transporte aéreo pretende manter a

estratégia seguida em 2011 de aposta na optimização dos recursos existentes, através do

desenvolvimento de esforços ao nível do planeamento de frota e tripulações. No caso da SATA

Internacional, e tirando partido do regime de liberalização em que actua, as perspectivas para

2012 passam pela optimização das rotas existentes, através de ajustamentos à oferta.

No que respeita à inovação, a área de negócio das operações de voo beneficiará, em 2012, de

novos desenvolvimentos ao nível da ubiquidade da internet no PC e nos Smartphones, numa

lógica de paperless experience.

Ao nível do crescimento nos mercados internacionais a SATA prevê, para o ano de 2012, a

consolidação na presença de mercados estratégicos na América do Norte e na Europa. Nesse

sentido, prevê-se a celebração de acordos e parcerias no mercado americano, que visa aumentar

a presença da SATA, enquanto companhia aérea, neste mercado em crescimento, em particular

nos EUA e Canadá.

No caso da Europa, a SATA prevê para 2012 aumentar a presença nos mercados da Alemanha e

Dinamarca. Relativamente à Alemanha, as perspectivas para 2012 incluem o prolongamento da

operação Frankfurt que permitirá um aumento de 48% dos lugares oferecidos em relação a

2010, bem como o aparecimento da operação de Munique (via Porto), permitindo tirar partido

do mercado da Baviera, da zona ocidental da Áustria e do norte da Suíça. Quanto à Dinamarca,

de salientar a operação Copenhaga que surgirá em 2012 com o intuito de funcionar como elo de

ligação da SATA a toda a zona norte da Europa, em particular a Escandinávia e o Báltico.

Para 2012, a SATA pretende ainda, assegurar o investimento contínuo em novas tecnologias de

ponta que garantam a manutenção dos elevados standards de qualidade, rigor e exigência que

têm vindo a ser característicos deste sector de actividade.

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59

2.5) Gestão de Risco e Controlo Interno

Principais riscos da SATA

Para a SATA, a gestão de risco assume uma importância fundamental na sua actividade na

medida em que, diariamente, está exposta a um conjunto de eventos que podem provocar danos

com impactos relevantes nas operações.

Na companhia existe uma metodologia de Gestão de Risco definida bem como os owners pela

sua gestão. Ambos estão descritos no Relatório de Governo da Organização, no capítulo de

Gestão de Risco e Controlo Interno.

De seguida apresentam-se os riscos da SATA, que segundo a Gestão, são aqueles cuja ocorrência

provocaria um dano relevante na preposição de valor da companhia, comprometendo a

execução da sua estratégia. A apresentação dos riscos não pretende ser exaustiva e segue a

Matriz de riscos definida metodologicamente, que os classifica e divide entre riscos Estratégicos,

Operacionais, Hazard e Financeiros.

Riscos Estratégicos

Regulamentação do sector

O sector dos transportes

aéreos é um sector muito

regulamentado, pelo que

quaisquer alterações que

ocorram têm um impacto

significativo nas operações

diárias da SATA.

O Gabinete Jurídico SATA

conta com a colaboração de

um elemento da Gestão que

em conjunto asseguram a

monitorização dessas

alterações regulamentares.

Sindicatos

Existem na SATA várias

unidades sindicais

(percentagem de

colaboradores sindicalizados

representa cerca de 80%)

sendo necessário gerir os

processos de negociação

entre essas unidades e a

SATA de forma a alinhar os

interesses entre as partes.

Na SATA adopta-se uma

postura de comunicação e

diálogo com as unidades

sindicais, assegurada pelo

Gabinete de Relações

Laborais.

Recursos Humanos

Na SATA, este activo assume

uma grande importância

estratégica na medida em

que os seus colaboradores

são considerados um activo

que a SATA pretende reter e

valorizar nos seus quadros.

A SATA promove uma

cultura de “porta aberta” na

qual os colaboradores se

devem sentir à vontade para

contactar e comunicar com a

Gestão.

Marca

A marca SATA tem um valor

elevado para a Região

Autónoma dos Açores, e tem

vindo a assumir--se como

uma marca de destaque nos

mercados onde opera.

No Centro Corporativo da

SATA, existe um

Departamento de

Comunicação e Marketing

que monitoriza regularmente

a marca, os seus atributos e a

sua exposição.

Riscos Operacionais

Safety & security

Para a SATA, a saúde e a

segurança dos colaboradores

e clientes são uma

prioridade.

A SATA tem em curso o

projecto de implementação

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60

do Safety Managament

System (SMS). Este projecto

visa a gestão dos riscos de

safety & security, cobrindo

ainda as áreas de saúde, meio

ambiente e, em geral do sector

aéreo. Os processos de

auditoria interna e externa e

os planos de formação

assumem um papel

importante na mitigação do

deste risco.

Sistemas de informação

Todas as áreas de negócio da

SATA são suportadas por

equipamentos e ferramentas

informáticas, que funcionam

em interfaces definidos para

garantir a fiabilidade, a

segurança e a disponibilidade

da informação de forma

adequada.

A SATA dispõe de um

Departamento de Sistemas de

Informação que monitoriza

todos os sistemas existentes e

apoia as áreas/ departamentos

/gabinetes na implementação

e execução de novos projectos.

Falhas de fornecimento

de terceiros

Como qualquer companhia

aérea, a SATA tem de

subcontratar serviços

externamente que são

fundamentais para garantir o

sucesso das suas operações,

como a segurança, a limpeza

os serviços de catering, a

Polícia, os Bombeiros e os

meteorologistas.

Existe um director em cada

unidade operacional que

assegura a gestão dos

acordos e dos contratos

requisitos definidos. Além

efectuados com os

prestadores de serviço.

Este director conta também

com a colaboração do

membro do Conselho de

Administração, responsável

do pelouro.

Planeamento e rotas

Fazer um bom planeamento

das rotas com os

equipamentos necessários,

com antecedência, é

fundamental para garantir o

sucesso das operações e a

satisfação dos clientes.

Em cada estação IATA é

elaborado o Plano

Operacional que define, para

cada período, quais as rotas a

realizar. Também, na

mitigação deste risco, as

auditorias das entidades

creditadas asseguram o

cumprimento das boas

práticas em planeamento e

rotas nos procedimentos da

SATA.

Riscos Hazard

Desastres naturais e

sociais

Eventos climáticos como

maremotos, terramotos,

nevoeiros fortes e cinzas

vulcânicas e eventos sociais

como guerras civis, greves,

acções terroristas são difíceis

de gerir e além de

provocarem

constrangimentos sociais,

podem acarretar perdas de

receitas significativas e/ou

custos adicionais para a

SATA.

hedging com vista à

mitigação do risco cambial.

Existe na SATA um Grupo

de Gestão de Emergência que

actua em conformidade com

o Emergency Procedures

Manual que identifica para

todas as tipologias de

acidentes/incidentes, as

políticas de actuação, deveres

e responsabilidades, planos

de assistência a passageiros e

famílias, procedimentos de

gestão da relação com os

media e planos de treino e

formação.

Riscos políticos

A SATA é uma empresa

detida a 100% por capitais

públicos que vê a sua

actividade dependente de

alterações políticas regionais

e na legislação nacional.

No sentido de se estar

preparada para estas

eventuais alterações, a SATA

promove uma postura de

diálogo diário com o seu

accionista garantindo-lhe o

feedback sobre o

cumprimento dos objectivos

definidos.

Danos na frota

Para realizar a sua

actividade, a SATA necessita

de dispor dos equipamentos

adequados, aptos e capazes

para garantir que as

operações reúnem todas as

condições de segurança.

As empresas de transporte

aéreo da SATA possuem uma

certificação para a prática de

voos comerciais (AOC – Air

operator’s certificate) que,

para a manter, implica um

esforço diário monitorização

atenta e cuidada com os

diário da receita assegurando

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61

deste, através da

contratualização de seguros,

assegura a sua mitigação.

Riscos Financeiros

Preço do JetFuel

O consumo de JetFuel na

SATA, anualmente, ascende a

cerca de 72 milhões de

toneladas, sendo que

qualquer alteração no seu

preço provoca um impacto

muito significativo nos

resultados operacionais da

SATA.

Para mitigar este risco a

SATA contrata operações de

hedging que podem ir até

80% do valor total de

consumo anual, num

horizonte temporal de 24

meses.

Risco cambial

A exposição da SATA a este

risco ocorre do desequilíbrio

entre receitas e gastos em

moedas estrangeiras. Na

SATA as divisas

transaccionadas são o Dólar

Canadiano, o Dólar

Americano e a Libra

Esterlina.

Para mitigar este

desequilíbrio, é efectuada

uma conciliação entre

pagamentos e recebimentos

nas divisas internacionais

quantificando-se deste modo

a exposição às moedas

referidas, podendo ser

contratadas operações de

Existem ainda transacções

noutras divisas estrangeiras

sem terem no entanto a

relevância das enumeradas,

razão pela qual não é

contratada qualquer

operação de hedging.

Risco de crédito

A SATA, na gestão das

relações comerciais com os

seus clientes, está exposta a

um risco de crédito na

medida e que a sua

contraparte pode não

cumprir com as suas

obrigações contratuais.

Para mitigar este risco, a

SATA conta com um

Departamento de Contas a

Receber que monitoriza o

processo de cobrança,

assegura o cumprimento da

política de crédito definida e

o cumprimento dos termos

contratuais definidos.

Revenue Managment

As receitas da SATA estão

condicionadas pelas

condições económicas e

financeiras dos mercados

onde opera.

Actualmente, destaca-se o

mercado português, pela

crise económica que

atravessa, com impactos

directos no poder de compra

e restantes condições sociais.

O Departamento de Revenue

Managment da SATA

garante a gestão e controlo

que as melhores tarifas são

colocadas à disposição dos

clientes, ao mesmo tempo

que zela pela posição

financeira de médio e longo

prazo da companhia.

Cobertura de CO2

Ao abrigo da legislação

emitida pelo Comércio

Europeu de Licenças de

Emissão (CELE), as

companhias áreas cujos voos

têm destino ou origem num

aeródromo situado no

território de um Estado-

Membro da União Europeia,

devem monitorizar as

quantidades emitidas e

assegurar o seu reporte. A

cada companhia aérea são

atribuídas licenças de

emissão por rateio

proporcional ao valor que as

companhias reportaram

como medida da actividade

no ano anterior (Ton x Km).

Para a monitorizar a SATA

enviou em Março de 2011 o

Relatório de Emissões de

CO2, exigida pela Agência

Portuguesa do Ambiente

(APA). Também para a

contabilização das

quantidades de CO2

emitidas, assegura o seu

registo trimestral, numa

ferramenta desenvolvida

internamente de inventário

dessas quantidades.

Sistema de controlo interno

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Para assegurar a mitigação dos riscos a que está exposta, a SATA adopta um conjunto de

processos e controlos chave que permitem criar um ambiente de controlo, suficientemente

robusto para minimizar essa exposição.

O sistema de controlo interno da SATA assenta em 3 princípios fundamentais:

Focus no cliente – a SATA, através das iniciativas recentemente desenvolvidas a

todos os níveis da organização, nas quais o projecto interno The Quality & You assume

um papel relevante, tem promovido uma cultura client-centric junto dos seus

stakeholders internos. O objectivo, a nível de controlo interno, é garantir que existem

na organização processos, procedimentos e controlos que asseguram a prestação de um

serviço de qualidade ajustado às reais necessidades do cliente SATA;

Eficiência e eficácia operacional – a inovação faz parte da estratégia da SATA,

constituindo inclusive, um dos seus valores corporativos. A aposta da SATA na criação

de novas aplicações e instrumentos, assentes numa forte componente tecnológica, tem-

se revelado bastante positivas já que se traduzem em ganhos de eficiência e eficácia

quer nas actividades operacionais quer nas estruturas de back office;

Divulgação da informação financeira – na SATA são adoptados um conjunto de

controlos que asseguram a fiabilidade das contas e do reporte das demais peças de

informação financeira. Como exemplo apresentam-se, entre outros, a existência de um

Departamento de Controlo de Gestão que garante o controlo orçamental, numa base

periódica; a existência de um Técnico Oficial de Contas que monitoriza e supervisiona,

com a revisão do Revisor Oficial de Contas, todo o processo de elaboração das

Demonstrações Financeiras anuais das empresas individuais do Grupo SATA e ainda a

supervisão do Conselho de Administração da SATA, durante todo o processo de

preparação e revisão dos relatórios de Gestão, Governo e Sustentabilidade elaborados;

Para uma análise mais completa e detalhada do ambiente de controlo interno da SATA bem

como dos seus procedimentos, iniciativas e manuais, consultar o capítulo 2 do Relatório de

Governo.

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PARTE II – Análise Económica e Financeira

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Evolução de Resultados obtidos em 2009-2011 (milhares de euros)

Unidade: mEuros (mil Euros) 2009 2010 2011

Rendimentos Operacionais 167.250 177.248 168.846

Gastos Operacionais 166.794 181.227 168.408

Resultados operacionais 456 -3.979 438

Act. Financiamento (Ganhos/Perdas) -86 -166 -1.195

Resultados Antes de Impostos 370 -4.145 -757

Imp. Rend. Exercício -935 267 -172

Resultado líquido do exercício -565 -3.877 -930

Gastos e Proveitos Operacionais

Unidade: mEuros (mil Euros) 2009 2010 2011

Transp. Reg. PAX 115.310 114.861 101.762

Transp. CH. PAX 16.227 15.508 24.457

Subsidios 6.793 7.237 7.170

Outros Rend. e Ganhos 28.920 39.641 35.457

Rendimentos Operacionais 167.250 177.248 168.846

FSE 126.263 139.905 134.010

Gastos Pessoal 27.294 29.429 28.421

Outros Gastos e Perdas 13.237 11.893 5.977

Gastos operacionais 166.794 181.227 168.408

Res. Operac. antes de Gastos de Financ. e Imp. 456 -3.979 438

Resultado Operacional

Resultado Líquido

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65

Merc.Reg 60% Merc.Cht

15%

Subs. 4%

O.Pv.Op. 21%

2011

Rendimentos Operacionais (mEur)

A evolução dos rendimentos operacionais reflecte

a actual conjuntura económica e respectivo

impacto no volume de passageiros e carga

transportada.

Face ao ano anterior ocorreram reduções de 9% e

14% no volume de passageiros e carga

transportados, respectivamente, variações que

aliadas a novas políticas tarifárias justificam o

decréscimo de 13M de euros nos rendimentos

provenientes do mercado regular.

Importa destacar o crescimento de 6 p.p dos rendimentos

provenientes do mercado Charter no total da estrutura de

rendimentos da Sata Internacional, que face ao registado

no exercício anterior crescem 58%, fruto da aposta na

expansão neste segmento de mercado, no qual se

destacam o transporte das equipas de futebol

portuguesas envolvidas nas competições da UEFA.

Gastos Operacionais (mEUR)

167.250

177.248

168.846

2009 2010 2011

Rendimentos Operacionais

Merc.Reg 65%

Merc.Cht 9%

Subs. 4%

O.Pv.Op. 22%

2010

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66

Face ao ano de 2012 verificou-se um

decréscimo de 13M de euros no total de gastos

operacionais.

Em termos absolutos, a maior redução de

custos verificou-se na rúbrica de F.S.E, com

menos 6M de euros registados em 2011 face ao

valor incorrido em 2010.

Esta redução ocorre não só por força de uma

menor operação face a 2010 e respectivo

impacto nos custos, mas também como

consequência de iniciativas internas de redução

de custos e aumento de produtividade.

Em segundo plano estão as reduções

decorrentes da aplicação das medidas de

redução salarial no âmbito do Orçamento de

Estado de 2012 que face a 2010 apresentam

um decréscimo de aproximadamente 1M de

euros.

Importa destacar o esforço desenvolvido pela

SATA no âmbito do aumento de

competitividade, potenciando iniciativas de

redução de custo, de aumento de eficiência e

optimização da utilização e recursos cujos

resultados se vão apresentando na redução das

diversas rubricas de custos.

166.794

181.227

168.408

2009 2010 2011

Gastos operacionais

FSE 77%

C.C.P 16%

O.C.Op. 7%

2010

FSE 80%

C.C.P 17%

O.C.Op. 3%

2011

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67

Unidade: mEuros (mil Euros) 2009 2010 2011

EBITDAR 18.001 10.958 13.261

O aumento registado nos Resultados antes de Juros, Impostos, Gastos com Amortizações e

Rendas justifica-se sobretudo pela melhoria nos Resultados Operacionais da empresa, que face

ao ano de 2010 melhoram em 4,4M de euros.

A melhoria deste indicador ocorre não só por via redução de Gastos Operacionais, mas também

por um crescimento notável dos Rendimentos provenientes do mercado Charter, revelando

assim uma clara aposta na expansão da força de vendas da SATA no segmento de mercado não

regular.

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68

Activo, Capital Próprio e Situação Financeira

Activo Líquido (mEUR)

A evolução do Activo face aos valores

registados no exercício anterior ascende

aos 0,7M euros.

As maiores movimentações do Activo

prendem-se com a capitalização de

valores referentes a grandes reparações

realizadas na frota A-313 na ordem de

3,6M euros.

A variação da rubrica de Outros Activos

Financeiros refere-se a um depósito a prazo cativo movimentável apenas em Dezembro de 2012,

logo classificado como não corrente.

A nível de Activo Corrente as variações mais significativas prendem-se com um incremento de

0,2M euros na rubrica de Adiantamentos a Fornecedores e uma redução de 1,1M de euros na

rubrica de Outras Contas a Receber, fruto de transacções entre as várias empresas do Grupo

SATA.

Capital Próprio (mEUR)

2011 Apresenta face a 2010 uma diminuição

por força da transferência do Resultado do

Exercício de 2010 para Resultados transitados

e movimentos nos capitais próprios de

instrumentos de cobertura derivados nos

exercícios de 2011 que se encontram

classificados na rubrica de Outras Variações do

Capital Próprio.

57.474

58.217

2010 2011

21.982

20.214

2010 2011

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69

Passivo (mEUR)

No que diz respeito ao Passivo, o crescimento

verificado face a 2010 justifica-se sobretudo

por variações no valor de mercado de

instrumentos derivados de swap de taxa de

juro, entre dólares americanos e canadianos

registados na rubrica de Outros Passivos

Financeiros e incremento na rubrica de

Fornecedores, nomeadamente TAP

Maintenance&Enginnering, que face a 2010

apresentou um crescimento do saldo a

31/Dezembro.

Estrutura Financeira

Estrutura Financeira 2008 2009 2011

Solvabilidade 18,63% 61,93% 53,19%

Endividamento 84,29% 52,29% 59,84%

Autonomia financeira 15,71% 47,71% 40,16%

O decréscimo de 8% no valor do Capital Próprio, por integração dos resultados líquidos

negativos do ano anterior, associado a crescimentos do Activo e Passivo levam a deterioração do

valor dos indicadores de Solvabilidade e Autonomia Financeira.

Uma redução substancial na rubrica de Passivo não corrente, melhora o indicador de

endividamento, incrementando assim o peso dos Capitais Próprios no total dos Capitais

Permanentes a 31 de Dezembro de 2011.

Indicadores de Rendibilidade

Rendibilidade 2009 2010 2011

35.492

38.003

2010 2011

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70

Rendibilidade Operacional 0,27% -2,24% 0,26%

Rendibilidade dos Capitais Próprios -6,21% -17,64% -4,60%

Rendibilidade do Activo -0,98% -6,75% -1,60%

A evolução positiva verificada nos resultados operacional e líquido a 31 de Dezembro de 2011

melhora significativamente os indicadores de Rendibilidade face ao verificado em 2010, com a

consequente melhoria a nível de retorno do capital investido em relação ao verificado no

exercício anterior.

Tendo em conta que face a 2010 não se verificaram alterações de grande significância nas

grandes rubricas de balanço, torna-se evidente o impacto da melhoria de resultados auferidos

em 2011 e a sua importância na actual conjuntura económica em que se encontra inserida a

SATA Internacional.

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Aplicação de Resultados

Nos termos das disposições legais e estatutárias, o Conselho de Administração da SATA

Internacional declara que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação constante na

documentação de prestação de contas foi elaborada em conformidade com as normas

contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira do activo e do passivo, da situação

financeira e dos resultados da SATA Internacional, e que o Relatório de Gestão expõe fielmente

a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Empresa.

Nos termos das disposições em vigor, propõe-se que o Resultado Liquido dos Exercício -

negativo de 929.568,85 euros – seja transferido para a conta de Resultados Transitados.

Ponta Delgada, 23 de Março 2012

O Conselho de Administração

António José Vasconcelos Franco Gomes de Menezes

(Presidente)

Luisa Maria Estrela Rego Miranda Schanderl

(Administradora)

Isabel Maria dos Santos Barata

(Administradora)

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Relatório e Contas 2011

72

Glossário

Glossário – Terminologia sector da aviação

ACMI - Aircraft, Crew, Maintenance, and Insurance, voos contratados em que a

transportadora é responsável pelos custos relativos à aeronave, tripulação, manutenção e

seguros;

Agility Award – Prémio atribuído pela multinacional portuguesa OutSystems;

AFTK - Available Freight Tonne Kilometer;

Airbus – Fabricante de aeronaves;

AOC – Air operator certificate;

APA - Agência Portuguesa do Ambiente;

APCER - Associação Portuguesa de Certificação;

ASK - Available Seat Kilometres, número total de lugares disponíveis para venda multiplicado

pelo número de quilómetros voados;

ASQ - American Society for Quality;

ATK - Available Tonne Kilometres, número total de toneladas disponível para passageiros,

carga e correio a multiplicar pelos quilómetros voados;

Bombardier - Fabricante de aeronaves;

Catering - Serviços de terra responsáveis pelo abastecimento de uma aeronave com víveres,

comidas e bebidas utilizadas no serviço de bordo durante o voo;

CELE - Comércio Europeu de Licenças de Emissões;

Charter - Voo reservado por uma agência de viagens, para a deslocação dos seus clientes;

Check-In - Registo que cada passageiro deve realizar no balcão da companhia aérea antes do

embarque;

CO2 - Dióxido de Carbono;

DEP - Dynamic Efficiency Project;

Double Catering – Serviços de abastecimento único de aeronaves para percursos de ida e

volta;

DOT - Direcção de operações terrestres;

DOV – Direcção de operações de voo;

EASA - European Aviation Safety Agency;

ECAC – European Civil Aviation Conference;

ERA - European Regional Airline Association;

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Relatório e Contas 2011

73

Extraleg room seat – Serviço SATA que possibilita a aquisição de um lugar nas filas mais

espaçosas dos aviões;

Handling - serviço de assistência ao passageiro e às aeronaves durante as operações de partida

e chegada no aeroporto;

Happy Flyer - programa de ajuda a todos os que têm medo de voar;

IATA - International Air Transport Association;

ICAO – International Civil Aviation Organization;

INAC - Instituto Nacional de Aviação Civil;

IOSA - IATA Operational Safety Audit;

ISO - International Organization for Standardization;

Jet Fuel – Combustível utilizado nas aeronaves;

Kg – Quilograma;

Load Factor – Coeficiente de Ocupação - RPK dividido pelo ASK;

Mobile Check-in – Serviço SATA que permite fazer o check-in através do telemóvel;

Mobile Boarding pass - Serviço SATA que permite fazer o embarque através do telemóvel;

MOV – Movimento de aeronaves;

Outsystems – Multinacional Portuguesa que reconheceu a SATA;

PAX – Movimento de passageiros;

RPK – Revenue Passenger Kilometres - Número total de passageiros multiplicado pelo número

de quilómetros voados;

SATA SGPS - SATA Sociedade Gestora de Participações Sociais;

SGI - Sistema de Gestão Integrado;

SGQ - Sistema de Garantia da Qualidade;

SMS – Safety Management system;

t – Toneladas;

Táxi - Circulação da aeronave na pista;

TKP - Número total de toneladas transportadas de passageiros, carga e correio a multiplicar

pelo número de quilómetros voado;

TMA – Técnicos de manutenção de aeronaves;

Web check-in - Check-in na internet;

Web Sales – Vendas na Internet;

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Relatório e Contas 2011

74

Website - Sítio electrónico na internet.

Glossário - Terminologia geral

AG – Assembleia Geral;

Back Office – departamentos de suporte à actividade operacional de uma organização;

CA - Conselho de Administração;

Contact Center - Central de Atendimento;

CEO - Chief Executive Officer;

CFO - Chief Financial Officer;

CIO - Chief Information Officer;

Compliance – Conformidade/ cumprimento;

COO - Chief Operating Officer;

C€ - cêntimos de euro;

E-mail - Correio electrónico;

INE - Instituto Nacional de estatística;

Know how - série de conhecimentos, aptidões e técnicas adquiridos por alguém ou por um

grupo, geralmente através da experiência;

Newsletter - Comunicado, normalmente de carácter periódico, contendo informações sobre a

actividade e/ou serviços de uma organização, enviado por correio electrónico aos seus

subscritores;

pp – Pontos percentuais;

R.A.A. – Região Autónoma dos Açores;

R.A.M. - Região Autónoma da Madeira;

RH - Recursos Humanos;

SREA – Serviço Regional de Estatística dos Açores;

Stakeholders – Pessoas/grupos ou entidades com interesses numa organização;

PIB – Produto Interno Bruto;

FMI – Fundo Monetário Internacional.

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Relatório e Contas 2011

75

PARTE III – Demonstrações Financeiras e Anexos

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Relatório e Contas 2011

76

31 Dezembro 31 Dezembro

ACTIVO Notas 2011 2010

ACTIVO NÃO CORRENTE:

Activos fixos tangíveis 6 14.682.571 13.375.125

Activos intangíveis 8 130.226 262.198

Activos por impostos diferidos 10 3.779.084 3.651.916

Total do activo não corrente 18.591.881 17.289.239

ACTIVO CORRENTE:

Inventários 11 607.909 566.579

Clientes 9 6.740.159 6.783.278

Adiantamentos a fornecedores 9 576.731 368.368

Estados e outros entes públicos 12 170.987 125.560

Outras contas a receber 9 28.127.690 29.253.473

Diferimentos 13 1.534.849 1.205.940

Outros activos financeiros 9 704.287 -

Caixa e depósitos bancários 4 e 9 1.162.143 1.881.600

Total do activo corrente 39.624.755 40.184.798

Total do activo 58.216.636 57.474.037

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO:

Capital realizado 14 5.000.000 5.000.000

Outros instrumentos de capital próprio 14 34.574.469 34.574.469

Reservas legais 14 491.622 491.622

Outras reservas 329.178 329.178

Resultados transitados (18.217.115) (14.339.708)

Outras variações no capital próprio 14 (1.034.952) (196.159)

21.143.202 25.859.402

Resultado líquido do exercício 14 (929.569) (3.877.407)Total do capital próprio 20.213.633 21.981.995

PASSIVO:

PASSIVO NÃO CORRENTE:

Provisões 15 668.942 1.900.963

Financiamentos obtidos 7 2.498.743 3.540.149

Total do passivo não corrente 3.167.685 5.441.112

PASSIVO CORRENTE:

Fornecedores 16 12.135.848 8.825.626

Adiantamentos de clientes 17 46.594 138.985

Estado e outros entes publicos 12 963.778 875.002

Accionistas 16 12.130.226 12.064.264

Financiamentos obtidos 7 1.046.760 1.038.704

Documentos pendentes de voo 3.12 1.362.105 1.479.043

Diferimentos 18 400.610 433.531

Outras contas a pagar 17 4.731.131 4.953.604

Outros passivos financeiros 16 2.018.266 242.171

Total do passivo corrente 34.835.318 30.050.930

Total do passivo 38.003.003 35.492.042

Total do capital próprio e do passivo 58.216.636 57.474.037

O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2011.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

António Jorge Ferreira da Silva António José Vasconcelos Franco Gomes de Menezes

(Presidente)

Luísa Maria Estrela Rego Miranda Schanderl

(Administradora)

Isabel Maria dos Santos Barata

(Administradora)

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

Sata Internacional - Serviços e Transportes Aéreos, S.A.

(Montantes expressos em Euros)

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SATA Internacional

Relatório e Contas 2011

77

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

RENDIMENTOS E GASTOS Notas 2011 2010

Vendas e serviços prestados 19 157.754.353 160.780.354 Subsídios à exploração 19 7.169.935 7.237.100 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 11 (922.689) (1.047.064)Fornecimentos e serviços externos 20 (134.009.950) (139.904.899)Gastos com o pessoal 21 (28.421.446) (29.429.415)Imparidade de inventários ((perdas) / reversões) 11 - 51.564 Imparidade de dívidas a receber ((perdas) / reversões) 9 (220.518) (281.232)Provisões ((aumentos) / reduções) 15 1.132.020 (791.608)Outros rendimentos e ganhos 22 2.789.618 6.699.107 Outros gastos e perdas 23 (2.400.682) (3.966.047)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 2.870.641 (652.140)

(Gastos) / reversões de depreciação e de amortização 24 (2.433.082) (5.806.733)Imparidade de investimentos depreciáveis / amortizáveis ((perdas) / reversões) 6 - 2.479.665

Resultado operacional antes de gastos de financiamento e impostos 437.559 (3.979.208)

Juros e rendimentos similares obtidos 25 3.471 4.213 Juros e gastos similares suportados 25 (1.198.503) (169.798)

Resultado antes de impostos (757.473) (4.144.793)

Imposto sobre o rendimento do exercício 10 (172.096) 267.386

Resultado líquido do exercício (929.569) (3.877.407)

Resultado por acção básico (0,930) (3,877)

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

António Jorge Ferreira da Silva António José Vasconcelos Franco Gomes de Menezes(Presidente)

Luísa Maria Estrela Rego Miranda Schanderl(Administradora)

Isabel Maria dos Santos Barata(Administradora)

Sata Internacional - Serviços e Transportes Aéreos, S.A.

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SATA Internacional

Relatório e Contas 2011

78

Outros Outras

instrumentos variações no Resultado

Capital de capital Reservas Outras Resultados capital líquido do

Notas realizado próprio legais reservas transitados próprio exercício Total

Posição no início do exercício de 2010 5.000.000 17.446.294 491.622 329.178 (13.775.131) 173.901 (564.577) 9.101.287

Aplicação de resultados do exercício findo em 2009 14 - - - - (564.577) - 564.577 -

5.000.000 17.446.294 491.622 329.178 (14.339.708) 173.901 - 9.101.287

Alterações no exercício:

Ajustamentos a instrumentos financeiros de cobertura 14 - - - - - (370.060) - (370.060)

- - - - - (370.060) - (370.060)

Resultado líquido do exercício de 2010 - (3.877.407) (3.877.407)

Resultado integral (370.060) (3.877.407) (4.247.467)

Operações com detentores de capital no exercício:

Realização de prestações suplementares 14 - 17.128.175 - - - - - 17.128.175

- 17.128.175 - - - - - 17.128.175

Posição no fim do exercício de 2010 5.000.000 34.574.469 491.622 329.178 (14.339.708) (196.159) (3.877.407) 21.981.995

Outros Outras

instrumentos variações no Resultado

Capital de capital Reservas Outras Resultados capital líquido do

Notas realizado próprio legais reservas transitados próprio exercício Total

Posição no início do exercício de 2011 5.000.000 34.574.469 491.622 329.178 (14.339.708) (196.159) (3.877.407) 21.981.995

Aplicação de resultados do exercício findo em 2010 14 - - - - (3.877.407) - 3.877.407 -

5.000.000 34.574.469 491.622 329.178 (18.217.115) (196.159) - 21.981.995

Alterações no exercício:

Ajustamentos a instrumentos financeiros de cobertura 14 - - - - - (838.793) - (838.793)

- - - - - (838.793) - (838.793)

Resultado líquido do exercício de 2011 - (929.569) (929.569)

Resultado integral (838.793) (929.569) (1.768.362)

Posição no fim do exercício de 2011 5.000.000 34.574.469 491.622 329.178 (18.217.115) (1.034.952) (929.569) 20.213.633

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

António Jorge Ferreira da Silva António José Vasconcelos Franco Gomes de Menezes(Presidente)

Luísa Maria Estrela Rego Miranda Schanderl

(Administradora)

Isabel Maria dos Santos Barata

(Administradora)

O anexo faz parte integrante da demonstração das alterações no capital próprio para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

Capital próprio atribuido aos detentores do capital da empresa mãe

Capital próprio atribuido aos detentores do capital da empresa mãe

Sata Internacional - Serviços e Transportes Aéreos, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

NOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em Euros)

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SATA Internacional

Relatório e Contas 2011

79

Notas

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 157.357.625 159.000.995

Pagamentos a fornecedores (132.541.450) (138.623.390)

Pagamentos ao pessoal (29.723.655) (29.505.553)

Caixa gerada pelas operações (4.907.480) (9.127.948)

(Pagamento) / recebimento do imposto sobre o rendimento (151.393) (125.496)

Outros recebimentos / (pagamentos) 9.926.989 14.783.196

Fluxos das actividades operacionais [1] 4.868.116 5.529.752

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Pagamentos respeitantes a:

Activos fixos tangíveis (3.602.960) (5.518.572)

Activos intangíveis (5.661) (3.608.621) (120.151) (5.638.723)

Recebimentos provenientes de:

Activos fixos tangíveis - 748

Juros e rendimentos similares 3.471 3.471 4.213 4.961

Fluxos das actividades de investimento [2] (3.605.150) (5.633.762)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos (1.033.350) (1.036.711)

Juros e gastos similares (1.198.503) (2.231.853) (43.494) (1.080.205)

Fluxos das actividades de financiamento [3] (2.231.853) (1.080.205)

Variação de caixa e seus equivalentes [4]=[1]+[2]+[3] (968.887) (1.184.215)

Efeito das diferenças de câmbio 249.430 1.354.948

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 4 1.881.600 1.710.867

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 4 1.162.143 1.881.600

O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

António Jorge Ferreira da Silva António José Vasconcelos Franco Gomes de Menezes

(Presidente)

Luísa Maria Estrela Rego Miranda Schanderl

(Administradora)

Isabel Maria dos Santos Barata

(Administradora)

2011 2010

Sata Internacional - Serviços e Transportes Aéreos, S.A.

(Montantes expressos em Euros)

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

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SATA Internacional

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Sata Internacional – Serviços e Transportes Aéreos, S.A.

Anexo às demonstrações financeiras

em 31 de Dezembro de 2011

(Montantes expressos em Euros)

1 NOTA INTRODUTÓRIA

A Sata Internacional – Serviços e Transportes Aéreos, S.A. (“Empresa” ou “Sata Internacional”) foi constituida em 10 de Dezembro de 1990, tendo sido designada por Oceanair – Transportes Aéreos Regionais, S.A. até 20 de Fevereiro de 1998.

A Empresa é uma sociedade anónima, com sede na Avenida Infante D. Henrique, em Ponta Delgada, e que tem por objecto social a exploração da indústria de transporte aéreo comercial regular e não regular, de passageiros e respectiva bagagem, carga e correio.

Em Dezembro de 2007, a Empresa ganhou o concurso relativo à exploração das rotas de serviço público entre o Continente e a Região Autónoma dos Açores e entre esta e a Região Autónoma da Madeira, em regime de code-share com a TAP para o período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2008. Subsequentemente, no decurso do mês de Dezembro de 2008, a Empresa ganhou a concessão para o exercício de 2009, em Maio de 2009 para o exercício de 2010, e em Dezembro de 2010 para o exercício de 2011. Do mesmo modo, a Empresa em Dezembro de 2011 obteve aprovação da candidatura para as mesmas rotas para o período de 19 de Dezembro de 2011 a 18 de Dezembro de 2012.

Em 31 de Dezembro de 2011, a Empresa operava com: (i) três aviões Airbus A310-304, dois dos quais são propriedade da Empresa e um em regime de locação operacional; (ii) um avião Airbus A310-325 em regime de locação financeira; e (iii) mais quatro aviões Airbus A320 em regime de locação operacional.

As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros e foram aprovadas pelo Conselho de Administração, na reunião de 26 Março de 2012. Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal.

O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras reflectem de forma verdadeira e apropriada as operações da Empresa, bem como a sua posição e desempenho financeiros e fluxos de caixa.

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2 REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, em conformidade com o Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho, e de acordo com a estrutura conceptual, normas contabilísticas e de relato financeiro e normas interpretativas aplicáveis ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, e que se encontram consignadas, respectivamente, nos avisos 15652/2009, 15655/2009 e 15653/2009, de 27 de Agosto de 2009, os quais no seu conjunto constituem o Sistema de Normalização Contabilística (“SNC”). De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas genericamente por “NCRF”.

3 PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais politicas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes.

3.1 Bases de apresentação

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro.

3.2 Activos fixos tangíveis

Equipamento de vôo

O equipamento de vôo, adquirido em estado de uso, encontra-se reflectido no balanço ao custo de aquisição na rubrica “Activos fixos tangíveis – equipamento básico”, o qual inclui o custo de compra, quaisquer custos directamente atribuíveis às actividades necessárias para colocar os activos na localização e condições necessárias para operarem de forma pretendida, deduzido de amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são calculadas sobre o valor de custo de aquisição deduzido do valor residual (10% do custo), segundo o método das quotas constantes e a partir do momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, durante a vida útil estimada e respectivos componentes, nomeadamente:

Reactores: 8 anos

Trens de aterragem: 9 anos

O valor das componentes é estimado com base no custo a incorrer na grande manutenção, sendo a vida útil acima indicada o período estimado que decorre entre cada grande manutenção da referida componente. No decurso do exercício de 2011, a Empresa procedeu à revisão das vidas úteis dos seus componentes nomeadamente reactores e, decorrente da redução no exercício de 2011 do número de horas de voo e expectativas futuras da sua manutenção, a mesma foi estendida até à vida útil total de 8 anos (4 a 6 anos em 31 de Dezembro de 2010).

No caso de aviões adquiridos em estado de uso, é determinado o período remanescente entre a data de aquisição das aeronaves e o termo da sua vida útil estimada, não ultrapassando os 20 anos como vida útil total das aeronaves. Em 31 de Dezembro de 2011, os aviões da Empresa encontram-se totalmente amortizados, excepto o valor residual e parte das grandes manutenções realizadas subsequentemente à aquisição das aeronaves.

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As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são susceptíveis de gerar benefícios económicos futuros adicionais são registadas como gastos no período em que são incorridas.

Atendendo ao facto que os activos fixos relacionados com equipamentos de voo encontram-se componentizados por grandes classes, quando ocorrer uma grande manutenção dos aviões a mesma é registada como activo fixo tangível e amortizada durante o período estimado até à realização da próxima grande manutenção. No caso de a grande manutenção ser antecipada, os valores líquidos contabilísticos da anterior grande manutenção serão anulados, por contrapartida da demonstração de resultados do exercício.

Outros activos fixos tangíveis

Os restantes activos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, a partir do momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, sendo determinadas em função da vida útil estimada dos activos, conforme segue:

As vidas úteis e método de amortização dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido prospectivamente na demonstração dos resultados.

O ganho (ou a perda) resultante da alienação ou abate de um activo fixo tangível é determinado como a diferença entre o justo valor do montante recebido na transacção ou a receber e a quantia escriturada do activo e é reconhecido em resultados no período em que ocorre o abate ou a alienação.

3.3 Locações

As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancialmente todos os riscos e benefícios associados à propriedade do bem para o locatário. As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os activos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos activos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, de modo a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade.

Os pagamentos de locações operacionais são reconhecidos como gasto numa base linear durante o período da locação. Os incentivos recebidos são registados como uma responsabilidade, sendo o montante

Anos

Bem de vida útil

Equipamento básico 5 - 18

Equipamento de transporte 5 - 7

Ferramentas e utensílios 5 - 12

Equipamento administrativo 4 - 10

Outros activos tangíveis 3 - 20

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agregado dos mesmos reconhecido como uma redução do gasto com a locação, igualmente numa base linear.

As rendas contingentes são reconhecidas como gastos do período em que são incorridas.

A Empresa regista como custo do exercício os encargos a incorrer no futuro com revisões gerais dos aviões em regime de locação operacional, os quais são registados na demonstração de resultados dos exercícios em função das horas voadas por cada avião, no âmbito do contrato de manutenção, em que é estabelecido o pagamento de um montante fixo por hora de vôo efectuada pela aeronave (Nota 15).

3.4 Activos intangíveis

Os activos intangíveis que compreendem, essencialmente, licenças informáticas, encontram-se registados ao custo e são amortizados pelo método das quotas constantes durante um período de três anos.

3.5 Imparidade de activos fixos tangíveis e intangíveis

Em cada data de relato é efectuada uma revisão das quantias escrituradas dos activos fixos tangíveis e intangíveis da Empresa com vista a determinar se existe algum indicador de que os mesmos possam estar em imparidade. Se existir algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respectivos activos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um activo individual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse activo pertence.

A quantia recuperável do activo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto antes de impostos que reflicta as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do activo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas.

Sempre que a quantia escriturada do activo ou da unidade geradora de caixa for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos resultados na rubrica de “Perdas por imparidade”, salvo se tal perda compensar um excedente de revalorização registado no capital próprio. Neste último caso, tal perda será tratada como um decréscimo daquela revalorização.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica de “Reversões de perdas por imparidade”. A reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada.

3.6 Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício registado na demonstração de resultados corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando os impostos diferidos se relacionam com itens registados directamente no capital próprio, casos em que são registados no capital próprio.

O imposto corrente a pagar é calculado com base no lucro tributável da Empresa. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis em outros exercícios, bem como gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis.

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Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que estejam formalmente emitidas na data de relato.

Os passivos por impostos diferidos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis e os activos por impostos diferidos são reconhecidos para as diferenças temporárias dedutíveis para as quais existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses activos por impostos diferidos, ou diferenças temporárias tributáveis que se revertam no mesmo período de reversão das diferenças temporárias dedutíveis. Em cada data de relato é efectuada uma revisão dos activos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura.

3.7 Inventários

Os inventários são registados ao menor de entre o custo e o valor líquido de realização. Nas situações em que o valor de custo é superior ao valor líquido de realização, é registado um ajustamento (perda por imparidade) pela respectiva diferença. As variações do exercício nas perdas por imparidade de inventários são registadas na rubrica de resultados “Perdas por imparidade em inventários” e “Reversões de ajustamentos em inventários”.

O método de custeio dos inventários adoptado pela Empresa consiste no custo médio.

3.8 Activos e passivos financeiros

Os activos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Empresa se torna parte das correspondentes disposições contratuais, sendo utilizado para o efeito o previsto na NCRF 27 – Instrumentos financeiros.

Os activos e os passivos financeiros são assim mensurados de acordo com os seguintes critérios: (i) ao custo ou custo amortizado e (ii) ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados.

Ao custo ou custo amortizado

São classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” os activos e os passivos financeiros que apresentem as seguintes características:

Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida; e

Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e

Não sejam um instrumento financeiro derivado ou não incorporem um instrumento financeiro

derivado.

O custo amortizado é determinado através do método do juro efectivo.

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Nesta categoria incluem-se, consequentemente, os seguintes activos e passivos financeiros:

a) Clientes e outras dívidas de terceiros

Os saldos de clientes e de outras dívidas de terceiros são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal.

As compensações financeiras atribuídas pelo Estado Português para contrapartida das obrigações de serviço público são reconhecidas no período em que se origina o direito às mesmas e registadas na rubrica de subsídios à exploração. Estas compensações financeiras são calculadas de acordo com os contratos de concessão de serviços aéreos regulares entre Ponta Delgada e Lisboa, entre Ponta Delgada e Porto e entre Ponta Delgada e o Funchal (Nota Introdutória), em função do número de passageiros transportados, residentes nas Regiões Autónomas.

b) Caixa e depósitos bancários

Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e depósitos bancários” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria.

Estes activos são mensurados ao custo o qual, usualmente, não difere do seu valor nominal.

c) Outros activos financeiros

Os montantes incluídos em outros activos financeiros correspondem a depósitos a prazo cativos no âmbito de uma contratualização de instrumentos financeiros derivados de negociação de taxa de câmbio e são registados ao custo amortizado.

d) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

Os saldos de fornecedores e de outras dívidas a terceiros são registados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes passivos financeiros não difere do seu valor nominal

e) Financiamentos obtidos

Os financiamentos obtidos são registados no passivo ao custo amortizado.

Eventuais despesas incorridas com a obtenção desses financiamentos, assim como os encargos com juros e despesas similares, são reconhecidas pelo método do juro efectivo em resultados do exercício ao longo do período de vida desses financiamentos. As referidas despesas incorridas, enquanto não estiverem reconhecidas, são apresentadas a deduzir à rubrica de ”Financiamentos obtidos”.

f) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros incluem os instrumentos financeiros derivados.

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Imparidade de activos financeiros

Os activos financeiros classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais activos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objectiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afectados.

Para os activos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respectiva taxa de juro efectiva original.

Para os activos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e a melhor estimativa do justo valor do activo.

As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica “Perdas por imparidade” no período em que são determinadas.

Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser objectivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é registada em resultados na rubrica “Reversões de perdas por imparidade”. Não é permitida a reversão de perdas por imparidade registada em investimentos em instrumentos de capital próprio (mensurados ao custo).

Desreconhecimento de activos e passivos financeiros

A Empresa desreconhece activos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade os activos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os activos financeiros transferidos relativamente aos quais a Empresa reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.

A Empresa desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire.

Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são registados inicialmente pelo seu justo valor na data em que são contratados. Em cada data de relato são mensurados ao justo valor, sendo o correspondente ganho ou perda de remensuração registado de imediato em resultados, salvo se for instrumentos financeiros designados como instrumentos de cobertura. Quando forem designados como instrumentos de cobertura, o correspondente ganho ou perda de remensuração deve ser registado em resultados quando a posição coberta afectar resultados.

Um instrumento financeiro derivado com um justo valor positivo é reconhecido como um activo financeiro na rubrica “Outros activos financeiros”. Um instrumento financeiro derivado com um justo valor negativo é reconhecido como um passivo na rubrica “Outros passivos financeiros”.

A Empresa designa como instrumento de cobertura instrumentos financeiros derivados, no âmbito de operações de cobertura dos riscos de exposição à variabilidade de taxa de juro, do risco cambial e do risco de preços de mercadorias (jet fuel) no âmbito de um compromisso ou de uma transacção futura de elevada probabilidade, relativo aos contratos por si celebrados directamente ou por intermédio do seu accionista.

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Os critérios para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura são os seguintes:

Adequada documentação da operação de cobertura;

O risco a cobrir é um dos riscos descritos na NCRF 27 – Instrumentos financeiros;

É esperado que as alterações no justo valor ou fluxos de caixa do item coberto, atribuíveis ao risco a

cobrir, sejam praticamente compensadas pelas alterações no justo valor do instrumento de cobertura.

No início da operação da cobertura, a Empresa documenta a relação entre o instrumento de cobertura e o item coberto, os seus objectivos e estratégia de gestão do risco e a sua avaliação da eficácia do instrumento de cobertura a compensar variações nos justos valores e fluxos de caixa do item coberto.

Cobertura de risco de variabilidade de taxa de juro, risco cambial, risco de preço de mercadorias no âmbito de um compromisso ou de uma transacção futura de elevada probabilidade e risco de investimento líquido numa operação estrangeira

As variações no justo valor dos instrumentos financeiros derivados designados como instrumento de cobertura no âmbito de cobertura de risco de variabilidade de taxa de juro, risco cambial, risco de preço de mercadorias no âmbito de um compromisso ou de uma transacção futura de elevada probabilidade e risco de investimento líquido numa operação estrangeira são registadas no capital próprio na rubrica “Outras reservas”. Tais ganhos ou perdas registados em “Outras variações no capital próprio” são reclassificados para resultados nos períodos em que o item coberto afectar resultados, sendo apresentados na linha afectada pelo item coberto.

A contabilidade de cobertura é descontinuada quando a Empresa revoga a relação de cobertura, quando o instrumento de cobertura expira, é vendido, ou é exercido, ou quando o instrumento de cobertura deixa de se qualificar para a contabilidade de cobertura. Qualquer montante registado em “Outras variações no capital próprio” apenas é reclassificado para resultados quando a posição coberta afectar resultados. Quando a posição coberta consistir numa transacção futura e não for expectável que a mesma ocorra, qualquer montante registado em “Outras variações no capital próprio” é de imediato reclassificado para resultados.

3.9 Transacções e saldos em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da Empresa) são registadas às taxas de câmbio das datas das transacções. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de câmbio dessa data. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao justo valor denominados em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de câmbio das datas em que os respectivos justos valores foram determinados. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao custo histórico denominados em moeda estrangeira não são actualizadas.

As diferenças de câmbio resultantes das actualizações atrás referidas são registadas na demonstração dos resultados do período em que são geradas.

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, foram convertidos para Euros utilizando as taxas câmbio vigentes na data de relato, conforme segue:

2011 2010

USD 0,7732 0,7493

GBP 1,1922 1,1609

CAD 0,7569 0,7498

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3.10 Provisões

São reconhecidas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante dum acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.

O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.

As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a reflectirem a melhor estimativa a essa data.

As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são reconhecidas e mensuradas como provisões. Existe um contrato oneroso quando a Empresa é parte integrante das disposições de um contrato ou acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não é possível evitar, os quais excedem os benefícios económicos derivados do mesmo.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.

3.11 Programa de passageiro frequente “Sata Imagine”

A Empresa segue o procedimento de, em condições definidas e com base nos voos efectuados, atribuir milhas aos clientes aderentes ao programa de fidelização denominado por “Sata Imagine”, as quais podem, posteriormente, ser por estes utilizados na realização de voos com condições preferenciais, nomeadamente, tarifas reduzidas. Com base no número de milhas atribuídas e não utilizadas nem caducadas no final de cada exercício, e na valorização unitária atribuída pela entidade gestora deste programa de fidelização, a Empresa regista uma provisão correspondente à estimativa do justo valor das responsabilidades a incorrer com a facilitação destas condições preferenciais aos clientes aderentes.

3.12 Rédito

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito a reconhecer é deduzido do montante estimado de devoluções, descontos e outros abatimentos. O rédito reconhecido não inclui IVA e outros impostos liquidados relacionados com a venda.

O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas:

Os riscos e vantagens significativos associados à propriedade dos bens foram transferidos para o

comprador;

A Empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos;

O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;

É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a Empresa;

Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade.

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O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da transacção/serviço à data de relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas:

O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;

É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a Empresa;

Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade;

A fase de acabamento da transacção/serviço à data de relato pode ser mensurada com fiabilidade.

O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efectivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade.

Reconhecimento da receita de transportes

O valor de venda do transporte de passageiros é, no momento da venda, registado como um passivo na rubrica de “Documentos pendentes de vôo”. Quando o transporte é efectuado, o valor de venda é transferido da rubrica de “Documentos pendentes de vôo” para receitas do exercício, se prestado pela Empresa, ou transferido para uma conta a pagar, caso o transporte seja efectuado por outra companhia aérea.

Compensações financeiras obtidas como contrapartida de serviço público

As compensações financeiras atribuídas pelo Estado Português para contrapartida das obrigações de serviço público são reconhecidas no período em que se origina o direito às mesmas e registadas na rubrica de subsídios à exploração. Estas compensações financeiras são calculadas de acordo com os contratos de concessão de serviços aéreos regulares entre Ponta Delgada e Lisboa, entre Ponta Delgada e Porto e entre Ponta Delgada e o Funchal (Nota Introdutória), em função do número de passageiros transportados, residentes nas Regiões Autónomas.

Estas compensações apenas são reconhecidas quando existe uma certeza razoável de que a Empresa cumpre com as condições de atribuição das mesmas e de que estas irão ser recebidas.

3.13 Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como gastos à medida que são incorridos.

3.14 Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efectuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afectam as quantias relatadas de activos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do período.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transacções em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transacções em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

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Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na preparação das demonstrações financeiras anexas foram os seguintes:

a) Provisões:

i. A Empresa é uma parte constituinte de alguns processos judiciais em curso, referentes a

responsabilidades perante terceiros, para os quais, com base na opinião dos seus advogados,

efectua um julgamento para determinar se deve ser registada uma provisão para essas mesmas

responsabilidades;

ii. Relativamente ao programa de fidelização de clientes “Clube Sata”, é constituída uma

responsabilidade referente aos encargos estimados com a acumulação de milhas no cartão, na

medida que permite ao detentor do mesmo a acumulação de pontos de acordo com as viagens por

si efectuadas.

b) Perdas por imparidade de contas a receber – são calculadas tendo em consideração o risco global de

cobrança dos saldos a receber.

c) Perdas por imparidade de inventários – são calculadas tendo por base a diferença entre o valor de

custo e o respectivo valor de realização, nos casos em que este é inferior ao custo na data do balanço.

d) Perdas por imparidade de equipamento de voo e componentes – anualmente são realizadas análises à

diferença entre o valor líquido contabilístico das aeronaves e seus componentes, e o respectivo valor de

mercado, no sentido de determinar potenciais perdas de imparidade.

e) Instrumentos financeiros derivados – os instrumentos financeiros utilizados pela Empresa são

avaliados no final do exercício, obtendo-se o valor de mercado dos mesmos.

f) Comissões – respeitam a comissões pagas a agentes, no final de cada ano, com base no volume de

vendas desses agentes, pelo que cabe à Empresa avaliar no final de cada exercício qual a

responsabilidade perante terceiros, relativamente a comissões a liquidar no futuro.

g) Activos por impostos diferidos – Anualmente é realizada a avaliação se as situações geradoras de

activos por impostos diferidos, nomeadamente prejuízos fiscais reportáveis, são recuperáveis no

futuro. Caso sejam, são registados os respectivos activos por impostos diferidos.

3.15 Especialização de exercícios

A Empresa regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual os rendimentos e gastos são reconhecidos à medida que são gerados, independentemente do momento do respectivo recebimento ou pagamento. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes rendimentos e gastos gerados são registadas como activos ou passivos.

3.16 Acontecimentos subsequentes

Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço (“adjusting events” ou acontecimentos após a data do balanço que dão origem a ajustamentos) são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço (“non adjusting events” ou acontecimentos após a data do balanço que não dão origem a ajustamentos) são divulgados nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais.

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4 FLUXOS DE CAIXA

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, caixa e seus equivalentes inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis (de prazo inferior ou igual a três meses) e aplicações de tesouraria no mercado monetário, líquidos de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes. Caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 têm a seguinte composição:

5 ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÕES DE ERROS

No decurso dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, não ocorreram quaisquer alterações às políticas contabilísticas, nem identificados e corrigidos erros materiais.

6 ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o movimento ocorrido na quantia escriturada dos activos fixos tangíveis, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:

2011 2010

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis (Nota 9) 1.162.143 1.881.600

1.162.143 1.881.600

Equipam. Ferramentas Outros Activo fixos

Equipam. de e Equipam. activos fixos em

básico transporte utensílios administ. tangíveis curso Total

Activos

Saldo inicial 46.905.420 177.242 77.046 928.748 752.585 - 48.841.041

Aquisições 2.267.384 21.063 - 62.266 11.754 1.240.493 3.602.960

Transferências e abates - - - (10.574) - (10.574)

Saldo final 49.172.804 198.305 77.046 980.440 764.339 1.240.493 52.433.427

Amortizações acumuladas e

perdas por imparidade

Saldo inicial 33.722.769 140.197 77.046 779.348 746.556 - 35.465.916

Amortizações do exercício (Nota 24) 2.190.803 13.794 - 84.129 6.723 - 2.295.449

Transferências e abates - - - (10.509) - - (10.509)

Saldo final 35.913.572 153.991 77.046 852.968 753.279 - 37.750.856

Activos líquidos 13.259.232 44.314 - 127.472 11.060 1.240.493 14.682.571

2011

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O aumento da rubrica “Equipamento básico” no exercício de 2011, no montante de 2.267.384 Euros, respeita, essencialmente: (i) à capitalização de grandes reparações referentes a inspecções estruturais e trust das aeronaves A310-304 CS-TKN, A310-304 CS-TGV e A310-304 CS-TGU, nos montantes de, aproximadamente, 940.000 Euros, 551.000 Euros e 197.000 Euros respectivamente; e (ii) à aquisição de equipamentos sobressalentes, no montante de, aproximadamente, 300.000 Euros.

A rubrica “Activos fixos em curso” em 31 de Dezembro de 2011, no montante de 1.240.493 Euros, respeita à grande reparação de um reactor, a qual se encontrava em curso no fecho do exercício.

O aumento da rubrica “Equipamento básico” no exercício de 2010, no montante de 5.353.434 Euros, respeita, essencialmente: (i) à capitalização de grande reparação de dois reactores, das aeronaves A310-304 CS-TGU e A310-304 CS-TGV, nos montantes de, aproximadamente, 1.950.000 Euros e 2.235.000 Euros, respectivamente; e (ii) à realização da inspecção C14 à aeronave A310-304 CS-TGU, no montante de, aproximadamente, 600.000 Euros.

A Empresa tem por política registar perdas de imparidade às aeronaves quando o valor líquido contabilístico no fecho de cada exercício é inferior ao respectivo valor de mercado, pelo que em 31 de Dezembro de 2009 existiam perdas por imparidade registadas no montante de 2.849.608 Euros (429.561 Euros registados no exercício findo naquela data), as quais foram revertidas no exercício de 2010 no montante de 2.479.665 Euros e registadas na rubrica “Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)”, por não se verificar aquela condição.

Conforme indicado na Nota 3.2, no decurso do exercício de 2011, a Empresa procedeu à revisão das vidas úteis dos seus componentes, nomeadamente reactores e, decorrente da redução no exercício de 2011 do número de horas de voo e expectativas futuras da sua manutenção, a mesma foi estendida até à vida útil total de 8 anos (4 a 6 anos em 31 de Dezembro de 2010). O efeito da alteração das vidas úteis no decurso do exercício de 2011 correspondeu a uma diminuição dos gastos do exercício, no montante de, aproximadamente, 1.000.000 Euros.

Equipam. Ferramentas Outros

Equipam. de e Equipam. activos fixos

básico transporte utensílios administ. tangíveis Total

Activos

Saldo inicial 41.551.986 177.242 77.046 867.862 752.104 43.426.240

Aquisições 5.353.434 - - 67.192 481 5.421.107

Transferências e abates - - - (6.306) - (6.306)

Saldo final 46.905.420 177.242 77.046 928.748 752.585 48.841.041

Amortizações acumuladas e

perdas por imparidade

Saldo inicial 30.677.168 128.407 77.046 667.065 707.146 32.256.832

Amortizações do exercício (Nota 24) 5.525.266 11.790 - 117.841 39.410 5.694.307

Perdas por imparidade do exercício (2.479.665) - - - - (2.479.665)

Alienações - - - - - -

Transferências e abates - - - (5.558) - (5.558)

Saldo final 33.722.769 140.197 77.046 779.348 746.556 35.465.916

Activos líquidos 13.182.651 37.045 - 149.400 6.029 13.375.125

2010

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7 LOCAÇÕES

Em 31 de Dezembro de 2011, a Empresa operava com aviões em regime de locação operacional e financeira nos termos dos contratos que de seguida se descrevem:

O contrato de leasing operacional do avião A320 (CS-TKJ) foi iniciado em 4 de Maio de 2004, e expirou em Maio de 2008, o qual foi prorrogado por mais 3 anos, até Maio de 2010, e posteriormente prorrogado para Maio de 2012. Tal contrato estabelece o pagamento de rendas mensais acrescidas de uma reserva de manutenção por hora de vôo, não existindo opção de compra no fim do contrato. Para garantia deste contrato a Empresa efectuou um depósito de caução a favor da ILFC no montante de 540.000 USD (Nota 9).

Em Março de 2004, a Empresa assinou um contrato de aluguer operacional de dois novos aviões A320 (“CS-TKK e CS-TKL”) com a ILFC, para substituição dos dois Boeing da frota existente na altura, que entraram ao serviço da Empresa em Abril de 2005.

No decurso do exercício de 2010, a posição contratual do avião A320 CS-TKL passou da ILFC para a Macquarie, tendo o contrato sido prorrogado até Maio de 2013. Para garantia deste contrato, a Empresa efectuou um depósito de caução a favor da Macquarie no montante de 605.000 USD (Nota 9).

Relativamente ao avião CS-TKK, o contratado foi prorrogado até Abril de 2013 pela ILFC, tendo a Empresa efectuado um depósito de caução a favor da ILFC no montante de 600.000 USD (Nota 9).

Em Maio de 2005 a Empresa assinou um contrato de aluguer operacional de um avião A310-304 (CS-TKM”), que expirou em Maio de 2008, o qual foi objecto de prorrogações até Novembro de 2012, e estabelece o pagamento de rendas mensais acrescidas de uma reserva de manutenção por hora do voo, não existindo opção de compra no fim do contrato. Para garantia deste contrato a Empresa apresentou um depósito de caução a favor da ILFC no montante de 360.000 USD (Nota 9).

Em Maio de 2007 a Empresa adquiriu à Austrian Airlines um Airbus A310-325 (“CS-TKN”), tendo no mesmo momento realizado a venda do activo seguido de relocação com a instituição Totta Leasing, operação que não gerou qualquer ganho / perda para a Empresa. O contrato de locação celebrado com o Totta Leasing tem termo em Maio de 2015, tendo a Empresa registado o mesmo como locação financeira.

Em Maio de 2009 a Empresa assinou um contrato de aluguer operacional de um avião A320 (“CS-TKO”), por um período de seis anos. Para garantia deste contrato a Empresa apresentou um depósito de caução a favor da ILFC no montante de 1.100.000 USD (Nota 9).

Locações financeiras

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a Empresa é locatária num contrato de locação financeira relacionado com a aeronave A310-304 TKN, o qual se encontra denominado em Euros. Tal bem detido em regime de locação financeira é detalhado conforme segue:

2010

Amortiz./

perdas imp. Quantia Quantia

Custo acumuladas escriturada escriturada

Equipamento básico 17.850.079 (12.482.489) 5.367.590 5.938.513

17.850.079 (12.482.489) 5.367.590 5.938.513

2011

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Os pagamentos mínimos da locação financeira em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 são detalhados conforme se segue:

No decurso do exercício findo em 2011 e 2010 foram efectuados pagamentos no total de 1.087.326 Euros e 1.073.116 Euros, respectivamente, sendo que tais valores compreendem o pagamento de capital e juros.

Locações operacionais

Os pagamentos mínimos das locações operacionais em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 são detalhados conforme se segue:

O gasto relacionado com locações operacionais reconhecido nos exercícios findos em 31 de Dezembro 2011 e 2010 é detalhado conforme se segue:

Os montantes acima detalhados respeitam à renda mensal paga pela Empresa aos locadores.

2011 2010

2011 2010 (Nota 16) (Nota 16)

Até 1 ano 1.088.692 1.080.736 1.046.760 1.038.704

Entre 1 ano e 5 anos 2.521.609 3.602.298 2.498.743 3.540.148

3.610.301 4.683.034 3.545.503 4.578.853

Valor presente dos

Pagamentos mínimos pagamentos mínimos

2010

Euros Euros

Airbus A310 Airbus A320 Total Total Total

Até 1 ano 660.000 11.583.000 12.243.000 9.466.532 11.245.699

Entre 1 ano e 5 anos - 12.991.000 12.991.000 10.044.901 18.458.738

660.000 24.574.000 25.234.000 19.511.433 29.704.437

Montante (USD)

2011

Pagamentos mínimos não canceláveis

2011 2010

(EUR) (EUR)

Pagamentos mínimos 9.771.758 10.926.049

9.771.758 10.926.049

Gasto do período

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8 ACTIVOS INTANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o movimento ocorrido na quantia escriturada dos activos intangíveis, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade, foi o seguinte:

Relativamente aos intangíveis, as respectivas amortizações foram calculadas de acordo com as vidas úteis estimadas de 3 anos.

Outros

Programas activos

computador intangíveis Total

Activos

Saldo inicial 308.309 97.140 405.449

Aquisições 5.661 - 5.661

Saldo final 313.970 97.140 411.110

Amortizações acumuladas e

perdas por imparidade

Saldo inicial 129.759 13.492 143.251

Amortizações do exercício (Nota 24) 105.253 32.380 137.633

Saldo final 235.012 45.872 280.884

Activos líquidos 78.958 51.268 130.226

2011

Outros

Programas activos

computador intangíveis Total

Activos

Saldo inicial 285.297 - 285.297

Aquisições 23.012 97.140 120.151

Saldo final 308.309 97.140 405.448

Amortizações acumuladas e

perdas por imparidade

Saldo inicial 30.824 - 30.824

Amortizações do exercício (Nota 24) 98.934 13.492 112.426

Saldo final 129.759 13.492 143.250

Activos líquidos 178.550 83.648 262.198

2010

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9-ACTIVOS FINANCEIROS

Categorias de activos financeiros

As categorias de activos financeiros em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 são detalhadas conforme se segue:

Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Outros activos financeiros” no montante de 704.287 Euros, respeita a um depósito a prazo cativo, o qual foi obtido numa operação de contratação de instrumentos financeiros derivados de negociação de taxa de câmbio, como prémio da operação e que apenas poderá ser movimentado com o termo da mesma, a qual terminará em Dezembro de 2012.

Clientes e outras contas a receber

Em 31 de Dezembro de 2011 e em 2010 as contas a receber da Empresa apresentavam a seguinte composição:

ACTIVOS FINANCEIROS

Quantia

bruta

Perdas por

imparidade

acumuladas

Quantia

escriturada

líquida

Quantia

bruta

Perdas por

imparidade

acumuladas

Quantia

escriturada

líquida

Disponibilidades:

Caixa e depósitos bancários (Nota 4) 1.162.143 - 1.162.143 1.881.600 - 1.881.600

1.162.143 - 1.162.143 1.881.600 - 1.881.600

Activos financeiros ao custo:

Clientes 7.445.178 (705.019) 6.740.159 7.420.629 (637.351) 6.783.278

Adiantamentos a fornecedores 576.731 - 576.731 368.368 - 368.368

Outras contas a receber 28.127.690 - 28.127.690 29.253.473 - 29.253.473

Outros activos financeiros 704.287 - 704.287 - - -

36.853.886 (705.019) 36.148.867 37.042.470 (637.351) 36.405.119

38.016.029 (705.019) 37.311.010 38.924.070 (637.351) 38.286.719

2011 2010

Quantia Quantia

Quantia Imparidade escriturada Quantia Imparidade escriturada

bruta acumulada líquida bruta acumulada líquida

Correntes:

Clientes 7.445.178 (705.019) 6.740.159 7.420.629 (637.351) 6.783.278

Adiantamentos a fornecedores 576.731 - 576.731 368.368 - 368.368

8.021.909 (705.019) 7.316.890 7.788.997 (637.351) 7.151.646

Outras contas a receber:

Direcção Geral do Tesouro

Voos regulares e reencaminhamentos 18.472.787 - 18.472.787 18.867.192 - 18.867.192

ILFC 4.556.076 - 4.556.076 3.699.602 - 3.699.602

ATA - Associação Turismo dos Açores 1.676.627 - 1.676.627 904.300 - 904.300

TAP 641.009 - 641.009 637.478 - 637.478

Macquire (Nota 7) 475.093 - 475.093 452.407 - 452.407

Empresas do grupo (Nota 26) 817.419 - 817.419 2.625.308 - 2.625.308

IVA Intracomunitário 415.402 - 415.402 324.674 - 324.674

IVA Canadá 121.782 - 121.782 142.714 - 142.714

Açoreana Seguros 60.565 - 60.565 595.766 - 595.766

Irving Oil - - - 227.165 - 227.165

Outras 890.930 - 890.930 776.867 - 776.867

28.127.690 - 28.127.690 29.253.473 - 29.253.473

36.149.599 (705.019) 35.444.580 37.042.470 (637.351) 36.405.119

2011 2010

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Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o montante a receber da Direcção Geral do Tesouro tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o saldo a receber da ILFC nos montantes de 4.556.076 Euros e 3.699.602 Euros, respectivamente, compreende: (i) depósitos de caução entregues pela Empresa como garantias dos contratos de leasing operacional, no montante de 2.600.00 USD (2.041.723 Euros em 2011 e 1.994.208 Euros); e (ii) valores adiantados pela Empresa referentes a reservas de manutenção, nos montantes de 2.514.353 Euros e 1.705.394 Euros, respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o saldo a receber da ATA – Associação do Turismo dos Açores, nos montantes de 1.676.627 Euros e 904.300 Euros, respectivamente, respeita ao valor pendente de receber de incentivos obtidos daquela instituição para algumas rotas realizadas pela Empresa na Europa, nomeadamente para Suécia, Dinamarca e Inglaterra (Nota 19).

Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo com a TAP no montante de 641.009 Euros respeita a facturas da TAP relacionadas com bilhetes emitidos pela Sata e voados na TAP, que aguardam conferência, para posterior abate de documentos pendentes de voo.

Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo a receber da Açoreana Seguros no montante de 595.766 Euros, respeita a custos incorridos pela Empresa com a manutenção realizada na aeronave TKO, após um acidente ao aterrar em Ponta Delgada, os quais foram recebidos no decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

Perdas de imparidade

A evolução das perdas por imparidade acumuladas de contas a receber nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é detalhada conforme se segue:

2011 2010

Compensações financeiras referentes ao serviço público prestado no exercício de 2011:

Reencaminhamentos (Nota 19) 3.584.999 -

Voos regulares (Nota 19) 6.000.000 -

Codeshare - TAP 1.993.873 -

11.578.871 -

Compensações financeiras referentes ao serviço público prestado no exercício de 2010:

Reencaminhamentos (Nota 19) 2.402.711 3.921.864

Voos regulares (Nota 19) 4.181.647 6.760.000

Codeshare - TAP 309.558 1.346.943

6.893.916 12.028.807

Compensações financeiras referentes ao serviço público prestado no exercício de 2009:

Reencaminhamentos - 2.702.200

Voos regulares - 2.365.270

Codeshare - TAP - 1.770.915

- 6.838.385

18.472.787 18.867.192

Saldo Saldo Saldo Saldo

inicial Aumentos Reversões Utilizações final inicial Aumentos Reversões Utilizações final

Clientes 637.351 220.518 - (152.851) 705.019 382.385 348.726 (67.494) (26.266) 637.351

637.351 220.518 - (152.851) 705.019 382.385 348.726 (67.494) (26.266) 637.351

2011 2010

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O efeito líquido dos aumentos e reversões nos montantes de 220.518 Euros e 281.232 Euros, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, respectivamente, foi registado na demonstração de resultados por naturezas na rubrica “Imparidade de dívidas a receber ((perdas) / reversões)”.

10-IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

A Empresa encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC) à taxa de 17,5%, acrescida em 1,5% sobre o lucro tributável pela aplicação da derrama, resultando numa taxa de imposto agregada de 19%, e que pode ser elevada em 2,5% sobre a parte do lucro tributável que seja superior a 2.000.000 Euros.

No apuramento da matéria colectável, a qual é aplicável a referida taxa de imposto, são adicionados e subtraídos aos resultados contabilísticos montantes não aceites fiscalmente. Estas diferenças entre o resultado contabilístico e o fiscal podem ser de natureza temporária ou permanente.

Nos termos do artigo 88º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

O gasto com impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2011 e em 31 de Dezembro de 2010 é detalhado conforme se segue:

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a reconciliação entre o gasto de imposto e o produto de lucro contabilístico multiplicado pela taxa de imposto aplicável, como segue:

2011 2010

Imposto corrente e ajustamentos:

Imposto corrente do exercício (Nota 12) 80.000 80.000

Ajustamentos a impostos correntes de períodos anteriores 22.510 11.720

102.510 91.720

Impostos diferidos:

Impostos diferidos relacionados com a origem/reversão de diferenças temporárias 69.586 (359.106)

Gasto com impostos sobre o rendimento 172.096 (267.386)

2011 2010

Resultado antes de imposto (685.232) (4.144.793)

Diferenças permanentes:

Benefícios fiscais (749.000) (748.066)

Provisões não aceites fiscalmente (125.197) 86.649

Ajustamentos não aceites fiscalmente - (416.264)

Outros - (44.678)

Diferenças temporárias:

Provisões não aceites fiscalmente (835.879) (668.205)

Ajustamentos não aceites fiscalmente (270.942) (2.578.668)

Instrumentos financeiros derivados 740.579 -

Lucro tributável / (Prejuízo fiscal reportável) (1.925.671) (8.514.025)

Tributação autónoma 80.000 80.000

Ajustamentos relativos ao imposto de exercícios anteriores 22.510 11.720

Total de imposto corrente e ajustamentos 102.510 91.720

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99

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 os prejuízos fiscais reportáveis ascendiam a 29.509.693 Euros e 27.134.648 Euros, respectivamente e detalham-se como segue:

(a) – Valor estimado.

No exercício de 2010, a Empresa não procedeu ao registo de activos por impostos diferidos relativos ao prejuízo fiscal gerado no exercício de 2010, por ser entendimento da Administração da Empresa que o mesmo poderá não vir a ser recuperado durante o seu período de reporte (até 31 de Dezembro de 2014). Por outro lado, no exercício de 2010 foi registado o activo por imposto diferido relativo ao prejuízo fiscal reportável de 2009, no montante de 4.843.109 Euros, dado ser entendimento da Administração da

Empresa, suportada nas projecções por si realizadas com referência ao fecho do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, que será recuperado durante o período de reporte, nomeadamente através da implementação de um plano de redução de custos, o qual se encontra em curso. Tal activo por imposto diferido não havia sido registado em 31 de Dezembro de 2009, por não existir àquela data, expectativa de recuperação do prejuízo, dentro do período de reporte (até 31 de Dezembro de 2015).

Em 31 de Dezembro de 2011, o valor dos prejuízos fiscais reportados para os quais a Empresa registou activos por impostos diferidos ascende a 18.540.429 Euros.

Impostos diferidos

O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é conforme se segue:

Montante Data Montante Data

Gerados em 2008 13.777.514 31-12-2014 13.777.514 31-12-2014

Gerados em 2009 4.843.109 31-12-2015 4.843.109 31-12-2015

Gerados em 2010 8.963.399 31-12-2014 8.514.025 (a) 31-12-2014

Gerados em 2011 1.925.671 (a) 31-12-2015 -

29.509.693 27.134.648

2011 2010

2011 2010

Prejuízos fiscais reportáveis 3.244.575 3.244.570

Provisões não aceites fiscalmente 127.099 285.916

Instrumentos financeiras:

De cobertura (Nota 14) 242.761 46.012

De negociação 140.710 -

Ajustamentos não aceites fiscalmente 23.939 75.418

3.779.084 3.651.916

Activos por impostos diferidos

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100

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 foi como se segue:

11-INVENTÁRIOS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os inventários da Empresa eram detalhados conforme se segue:

A rubrica “Matérias-primas, subsidiárias e de consumo” que em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 apresentam o valor líquido de imparidade no montante de 598.012 Euros e 556.682 Euros, respectivamente, respeita, essencialmente a materiais consumíveis aquando a realização de voos, nomeadamente para o catering.

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas e variação dos inventários de produção

O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas reconhecido nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011e 2010 é detalhado conforme se segue:

Activos por

impostos

diferidos

Passivos por

impostos

diferidos

Activos por

impostos

diferidos

Passivos por

impostos

diferidos

Saldo inicial 3.651.916 3.336.163 130.157

Efeito em resultados:

Prejuízos fiscais reportáveis 5 - 976.012 -

Provisões não aceites fiscalmente (158.817) - (126.959) -

Instrumentos financeiros derivados de negociação 140.710 - - -

Ajustamentos não aceites fiscalmente (51.479) - (489.947) -

(69.581) - 359.106 -

Efeito em reservas:

Instrumentos financeiros derivados de cobertura 196.749 (43.353)

196.749 - (43.353) (130.157)

Saldo final 3.779.084 - 3.651.916 -

2011 2010

Quantia Perdas por Quantia Quantia Perdas por Quantia

bruta imparidade líquida bruta imparidade líquida

Mercadorias 9.897 - 9.897 9.897 - 9.897

Matérias-Primas, subsidiárias e de consumo 650.201 (52.189) 598.012 608.871 (52.189) 556.682

660.098 (52.189) 607.909 618.768 (52.189) 566.579

2011 2010

MP, subsid. MP, subsid.

Mercadorias consumo Total Mercadorias consumo Total

Saldo inicial 9.897 608.871 618.768 9.897 659.705 669.602

Compras - 964.019 964.019 - 996.140 996.140

Saldo final (9.897) (650.201) (660.098) (9.897) (608.871) (618.768)

Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas - 922.689 922.689 - 1.046.974 1.046.974

2011 2010

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Perdas por imparidade

A evolução das perdas por imparidade acumuladas de inventários nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é detalhada conforme se segue:

No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, as reversões de imparidade de inventários no montante de 51.564 Euros, foram registadas na demonstração de resultados por naturezas na rubrica “Imparidade de inventários ((perdas) / reversões)”.

12-ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2008 a 2011 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão.

A Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2011.

Em 31 de Dezembro de 2011 e em 2010 as rubricas de “Estado e outros entes públicos” apresentavam a seguinte composição:

Saldo Saldo Saldo Saldo

inicial Aumentos Reversões final inicial Aumentos Reversões final

Mercadorias - - - - - - - -

Matérias-Primas, subsidiárias e de consumo 52.189 - - 52.189 103.753 - (51.564) 52.189

52.189 - - 52.189 103.753 - (51.564) 52.189

2011 2010

Activo Passivo Activo Passivo

Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas

Pagamentos especiais por conta 147.000 - 98.000 -

Estimativa de imposto (Nota 10) - 80.000 - 80.000

Retenção na fonte - (486) - (608)

Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares - 327.864 - 324.036

Imposto sobre o valor acrescentado 23.987 79.019 27.560 -

Contribuições para a Segurança Social - 477.381 - 471.574

170.987 963.778 125.560 875.002

2011 2010

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13-DIFERIMENTOS ACTIVOS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 as rubricas do activo corrente “Diferimentos” apresentavam a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o valor registado na rubrica “Rendas pagas antecipadamente” nos montantes de 1.534.849 Euros e 1.205.699 Euros, respectivamente, inclui facturação antecipada da ILFC, entidade locadora das aeronaves em regime de locação operacional, das rendas do exercício de 2011 e 2010, nos montantes 1.466.078 Euros e 1.125.772 Euros, respectivamente.

14-INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO

Capital social

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o capital da Empresa, totalmente subscrito e realizado, era composto por 1.000.000 acções com o valor nominal de 5 Euros cada, e é detido a 100% pela Sata Air Açores – Serviço Açoreano Transporte Aéreo, S.A..

Prestações suplementares

Por deliberação da Assembleia Geral de 27 de Dezembro de 2001, o accionista único da Empresa efectuou prestações suplementares no montante de 17.446.294 Euros, as quais foram reforçadas no exercício de 2010, com a conversão de suprimentos em prestações suplementares no montante de 17.128.175 Euros, conforme deliberado em Assembleia Geral de 29 de Dezembro de 2010. As prestações suplementares, de acordo com a legislação em vigor, só podem ser restituídas aos accionistas desde que o capital próprio após a sua restituição não fique inferior à soma do capital e da reserva legal. Em 31 de Dezembro de 2011, as prestações suplementares ascendem a 34.574.469 Euros.

Reserva legal

De acordo com a legislação comercial em vigor, pelo menos 5% do resultado líquido anual se positivo, tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a reserva legal ascende a 491.622 Euros.

2011 2010

Rendas pagas antecipadamente 1.534.849 1.205.699

Outras - 241

1.534.849 1.205.940

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103

Outras variações do capital próprio

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Outras variações do capital próprio” nos montantes de 1.034.952 Euros e 196.159 Euros, respectivamente, respeita ao justo valor das posições em aberto dos instrumentos de cobertura contratados naquelas datas, pela Empresa nos montantes de 1.277.713 Euros e 242.171 Euros, respectivamente (Nota 27), líquido do efeito fiscal no montante de 242.761 Euros e 46.012 Euros, respectivamente (Nota 10). O movimento nos capitais próprios dos instrumentos de cobertura derivados nos exercícios de 2011 e 2010, ascendeu a 838.793 Euros e 370.060 Euros, respectivamente.

Aplicação do resultado

Por deliberação das Assembleias Gerais da Empresa, realizadas em 30 de Março de 2011 e em 30 de Março de 2010, o resultado líquido negativo dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, nos montantes de 3.877.407 Euros e 564.577 Euros, respectivamente, foram transferidos na totalidade para a rubrica “Resultados transitados”.

Distribuições

De acordo com a legislação vigente em Portugal, os incrementos decorrentes da aplicação do justo valor através de componentes do capital próprio, incluindo os da sua aplicação através do resultado líquido do exercício, apenas relevam para poderem ser distribuídos aos accionistas quando os elementos ou direitos que lhes deram origem sejam alienados, exercidos, extintos, liquidados ou quando se verifique o seu uso, no caso de activos fixos tangíveis e intangíveis. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a Empresa não mantém incrementos patrimoniais positivos decorrentes de justo valor.

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, com excepção das reservas legais, a Empresa não tem reservas não distribuíveis.

15-PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES

A evolução das provisões nos exercícios findos em 31 de Dezembro 2011 e em 2010 é detalhada conforme se segue:

Saldo Saldo

inicial Aumentos Reversões Utilizações final

Passageiro frequente 148.921 - (100.000) - 48.921

Phase out e manutenções dos aviões 869.043 146.069 (723.089) - 292.022

Processos judiciais em curso 883.000 - (555.000) - 328.000

1.900.963 146.069 (1.378.089) - 668.942

2011

Saldo Saldo

inicial Aumentos Reversões Utilizações final

Passageiro frequente 998.921 - (850.000) - 148.921

Phase out e manutenções dos aviões 1.120.319 270.944 - (522.220) 869.043

Processos judiciais em curso 362.336 520.664 - - 883.000

2.481.575 791.608 (850.000) (522.220) 1.900.963

2010

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104

A rubrica “Passageiro frequente” refere-se aos encargos estimados com a acumulação dos pontos do cartão dos passageiros “Club Sata”, o qual permite ao detentor do mesmo a acumulação de pontos de acordo com as viagens por si efectuadas. Os aumentos e reversões desta rubrica são registados por contrapartida da rubrica “Vendas e prestações de serviços” (Nota 19).

A rubrica de “manutenção dos aviões” refere-se à estimativa de custos que a Empresa terá de incorrer aquando da preparação dos aviões em regime de locação operacional para entrega às respectivas entidades locadoras e o custo com as próximas grandes manutenções nos aviões. Este montante foi apurado de acordo com as horas de vôo realizadas por cada avião e tendo em conta um custo médio por hora de vôo de cada um dos mesmos.

Garantias prestadas

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a Empresa tinha assumido responsabilidades com garantias bancárias no montante de 11.213.966 Euros e 16.084.884 Euros, respectivamente, como segue:

Entidade beneficiária

Montante em

divisa Euros

Montante em

divisa Euros

Estado Português 4.805.945 EUR 4.805.945 4.805.945 EUR 4.805.945

Estado Português 4.460.227 EUR 4.460.227 4.460.227 EUR 4.460.227

ARC Airline Reporting Corporation 950.000 USD 734.540 950.000 USD 711.835

ExxonMobil Petroleum & Chemical BVBA 250.000 USD 193.300 - -

Massachussets Port Authority 241.910 USD 187.045 241.910 USD 181.263

AENA 120.202 EUR 120.202 120.202 EUR 120.202

The Greather Toronto Airport Auth. 153.393 CAD 116.103 389.091 CAD 291.740

Sata Express 127.560 CAD 96.550

Agência Aviação Civil Cabo Verde 73.000 EUR 73.000 73.000 EUR 73.000

Servisair 90.000 CAD 68.121 90.000 CAD 67.482

Port of Oakland 60.000 USD 46.392 60.000 USD 44.958

Jet Aviation Handling AG 45.000 CHF 37.017 45.000 CHF 35.988

Amsterdam Airport Schiphol 35.000 EUR 35.000 35.000 EUR 35.000

Fundação Inatel 31.895 EUR 31.895 34.571 EUR 34.571

Fraport AG Frankfurt Services wordline 30.000 EUR 30.000 30.000 EUR 30.000

H.M Customs and revenue 24.810 GBP 29.578 24.810 GBP 28.802

Flufhafen Graz Bet MBH 27.700 EUR 27.700 27.700 EUR 27.700

Aviapartner Nantes Atlantique 25.274 EUR 25.274 10.671 EUR 10.671

Government of Canada 30.000 CAD 22.707 30.000 CAD 22.494

Flufhafen Zurique AG 25.000 CHF 20.565 25.000 CHF 19.994

AER Rianta 20.316 EUR 20.316 20.316 EUR 20.316

Ibéria 10.000 EUR 10.000 120.202 EUR 120.202

Aeroport de Paris- Orly 10.000 EUR 10.000 10.000 EUR 10.000

Aeroport Nantes Atlantique 7.500 EUR 7.500 7.500 EUR 7.500

Alfandega de Ponta Delgada 4.988 EUR 4.988 4.988 EUR 4.988

Estado Português 4.909.860 EUR 4.909.860

Região Autónoma da Madeira 10.146 EUR 10.146

11.213.966 16.084.884

2011 2010

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16-PASSIVOS FINANCEIROS

As categorias de passivos financeiros em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 são detalhadas conforme se segue:

Em 31 de Dezembro de 2011, os instrumentos financeiros de negociação respeitam a instrumentos derivados de swap de taxa de juro, entre dólares americanos e canadianos, tendo sido classificado como de negociação, dado que não cumpre com as regras de classificação como de cobertura. O valor de mercado deste instrumento financeiro derivado em 31 de Dezembro de 2011 ascende a 740.553 Euros.

17-ADIANTAMENTOS DE CLIENTES E OUTRAS CONTAS A PAGAR

Em 31 e Dezembro de 2011 e 2010 as rubricas “Adiantamentos de clientes” e “Outras contas a pagar” apresentavam a seguinte composição:

18-DIFERIMENTOS PASSIVOS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a rubrica do passivo corrente “Diferimentos” nos montantes de 400.610 Euros e 433.531 Euros, respectivamente, respeita a facturação referente a voos charter efectuada por antecipação, cujo a receita será reconhecida posteriormente.

2011 2010

Passivos financeiros ao custo ou custo amortizado:

Fornecedores 12.135.848 8.825.626

Financiamentos obtidos (Nota 7) 3.545.503 4.578.853

Accionistas (Nota 26) 12.130.226 12.064.264

Adiantamentos de clientes (Nota 17) 46.594 138.985

Outras contas a pagar (Nota 17) 4.731.131 4.953.604

32.589.302 30.561.332

Passivos financeiros ao justo valor:

Outros passivos financeiros:

Instrumentos financeiros de cobertura (Nota 27) 1.277.713 242.171

Instrumentos financeiros de negociação 740.553 -

2.018.266 242.171

34.607.568 13.646.650

2011 2010

Adiantamentos de clientes (Nota 16) 46.594 138.985

46.594 138.985

Outras contas a pagar (Nota 16):

Empresas do grupo (Nota 26) 1.887.768 71.574

Férias e subsídio de férias 1.570.910 2.898.868

Comissões a pagar a agentes 469.881 600.000

Taxas aeronáuticas 118.398 314.828

Taxa de combustível 108.019 146.347

Fornecedores de investimentos - 1.361

Outros 576.155 920.626

4.731.131 4.953.604

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19-RÉDITO

O rédito reconhecido pela Empresa no decurso dos exercícios findos em 31 e Dezembro de 2011 e 2010 é detalhado conforme se segue:

Vendas e prestações de serviços

As vendas e prestações de serviços realizadas no decurso dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 detalham-se como segue:

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os voos regulares incluem os montantes de 3.584.999 Euros e 3.921.864 Euros (Nota 9), respectivamente, relativos às indemnizações compensatórias referentes a reencaminhamentos.

Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Outros” no montante de 4.635.913 Euros compreende, essencialmente, taxas de segurança (497.897 Euros), excesso de bagagem (1.026.914 Euros), taxas de serviço não regular (2.130.138 Euros).

2011 2010

Vendas e prestações de serviços 157.754.353 160.780.354

Subsídios à exploração 7.169.935 7.237.100

164.924.288 168.017.454

2011 2010

Prestação de serviços:

Voos regulares

- Nacionais 51.515.726 59.917.393

- Mercado externo 50.245.844 54.943.893

101.761.570 114.861.286

Operações charter:

- Mercado externo 24.457.076 15.508.188

Outros:

- Taxa de combustível 24.784.918 18.169.815

- Cedência de pessoal 2.582.691 2.298.586

- Comissões (567.815) (1.743.278)

- Milhas atribuídas (Nota 15) 100.000 850.000

- Outros 4.635.913 10.835.757

157.754.353 160.780.354

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Subsídios à exploração

Os subsídios à exploração nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 têm a seguinte composição:

As indemnizações compensatórias referentes aos exercícios de 2011 e 2010, nos montantes de 6.0000.000 Euros e 6.760.000 Euros, respectivamente, são atribuídas pelo Governo da República, e relativas aos voos regulares realizados nos exercícios de 2011 e 2010, respectivamente.

As regularizações de indemnizações compensatórias no exercício de 2011, no montante de 451.910 Euros, compreende regularizações líquidas relativas ao exercício de 2009 e 2010, nos montantes de menos 151.676 Euros e 603.586 Euros, respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2010, o montante registado em “Outros” de 587.164 Euros respeita, essencialmente, a protocolos celebrados entre a Empresa e a ANA, ATA e Turismo de Portugal.

20-FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

A rubrica de “Fornecimentos e serviços externos” nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é detalhada conforme se segue:

A rubrica “Rendas e alugueres” inclui os valores referentes aos contratos de leasing operacional dos quatro Airbus A320 e um Airbus A310-304 no total de 9.771.758 Euros.

2011 2010

Indemnizações compensatórias:

Referentes ao exercício (Nota 9) 6.000.000 6.760.000

Regularizações 451.910 (629.864)

6.451.910 6.130.136

Incentivo ATA (Nota 9) 718.024 519.800

Outros - 587.164

7.169.934 7.237.100

2011 2010

Combustíveis e lubrificantes 55.621.583 47.403.600

Handling 13.923.490 15.132.350

Reservas de manutenção por horas de voo 12.409.014 14.566.138

Taxas aeroportuárias 10.659.585 12.043.156

Rendas e alugueres 10.390.422 11.610.301

Comissões 6.283.368 7.456.255

Outras taxas 5.378.809 6.655.241

Catering 4.792.372 5.741.685

Manutenção 2.426.452 3.960.872

Cedência de pessoal 1.305.700 1.561.297

Seguros 638.372 862.470

Outros 10.180.783 12.911.534

134.009.950 139.904.899

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21-GASTOS COM O PESSOAL

A rubrica “Gastos com o pessoal” nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e e 2010 é detalhada conforme se segue:

A rubrica “Remunerações dos órgãos sociais” no exercício findo em 2011 refere-se ao pagamento de remunerações aos membros do Conselho Fiscal, sendo que não foram atribuídas remunerações aos outros órgãos sociais da Empresa, uma vez que os seus vencimentos são suportados pela totalidade na Sata Air Açores.

Durante os exercícios de 2011e 2010, o número médio de empregados ao serviço da Empresa foi de 633 e 625 pessoas, respectivamente.

22-OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS

Os outros proveitos e ganhos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, têm a seguinte composição:

A rubrica “Rendimentos suplementares” compreende, essencialmente, a valores obtidas pela Amadeus, derivado da utilização do sistema de reservas desta entidade. A redução face ao exercício de 2011 decorre do facto que, a partir do exercício de 2011, a Empresa deixou de obter tais rendimentos, tendo por sua vez o gasto com a utilização dos serviços da Amadeus reduzido.

2011 2010

Remunerações dos orgãos sociais 3.000 3.218

Remunerações do pessoal 21.988.596 23.095.794

Encargos sobre remunerações 4.423.753 4.459.732

Seguros de ac. trabalho e doenças prof. 125.430 181.476

Gastos de acção social 13.268 70.676

Outros 1.867.399 1.618.519

28.421.446 29.429.415

2011 2010

Diferenças de câmbio favoráveis 2.349.780 5.124.999

Rendimentos suplementares 164.214 1.504.806

Venda de opções de moeda (USD) 158.455 57.131

Ganhos em inventários - 1.057

Recuperação de dívidas a receber - 56

Outros 117.169 11.058

2.789.618 6.699.107

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23-OUTROS GASTOS E PERDAS

Os outros gastos e perdas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, têm a seguinte composição:

24-AMORTIZAÇÕES

A composição da rubrica “Gastos / reversões de depreciação e de amortização” nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é conforme se segue:

25-JUROS E OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS SIMILARES

Os gastos e perdas de financiamento reconhecidos no decurso dos exercícios findos em 2011 e 2010 são detalhados conforme se segue:

Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Outros” no montante de 1.067.707 Euros compreende gastos com comissões bancárias e com garantias bancárias, nos montantes de 914.983 Euros e 152.253 Euros, respectivamente.

2011 2010

Diferenças de câmbio desfavoráveis 2.100.350 3.770.051

Garantias bancárias 158.561 122.455

Venda de opções de moeda (USD) 36.261 -

Impostos 31.943 50.436

Perdas em inventários 1.222 17.822

Outros 72.345 5.283

2.400.682 3.966.047

2011 2010

Activos fixos tangíveis (Nota 6) 2.295.449 5.694.307

Intangíveis (Nota 8) 137.633 112.426

2.433.082 5.806.733

2011 2010

Juros suportados

Financiamentos bancários 100 2.768

Locações financeiras 53.976 36.404

Operações de cobertura de taxa de juro variável 76.720 126.304

Outros 1.067.707 4.323

1.198.503 169.798

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Os juros reconhecidos no decurso dos exercícios findos em 2011 e 2010 são detalhados conforme se segue:

26-PARTES RELACIONADAS

Identificação de partes relacionadas

A Empresa é detida em 100% pela entidade Sata Air Açores, sendo as suas demonstrações financeiras consolidadas na entidade Sata SGPS.

Remunerações do pessoal chave da gestão

No decurso dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, ao pessoal chave de gestão da Empresa (Administração da Empresa) não foram atribuídas remunerações pela Empresa, uma vez que os seus vencimentos, são auferidos pela totalidade na Sata Air Açores.

Transacções com partes relacionadas

No decurso dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 foram efectuadas as seguintes transacções com partes relacionadas:

2011 2010

Juros obtidos:

Depósitos em instituições de crédito 3.236 4.213

Outras 235 -

3.471 4.213

2011 2010

Fornecimentos Fornecimentos

e serviços Prestações de e serviços Prestações de

externos serviços externos serviços

Sata Air Açores 5.851.785 2.466.039 7.685.373 2.210.158

Sata Gestão Aeródromos - 116.652 - 88.428

Sata Express (EUA) - - 643.887 -

Sata Express (Canadá) - - 2.081.186 -

5.851.785 2.582.691 10.410.447 2.298.586

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Saldos com partes relacionadas

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a Empresa apresentava os seguintes saldos com partes relacionadas:

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Accionista” nos montantes de 12.130.226 Euros e 12.064.264 Euros, respectivamente, respeita a empréstimos concedidos pelo accionista para cobertura de necessidades de tesouraria, os quais não vencem juros e não têm prazo de reembolso definido, pelo que a Empresa classificou como passivo corrente.

27- CONTABILIDADE DE COBERTURA

Contabilidade de cobertura

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 existiam as seguintes operações de cobertura relativamente às quais a Empresa aplicava as regras de contabilidade de cobertura:

Cobertura de risco de taxa de juro de um instrumento de dívida mensurado ao custo amortizado

A Empresa encontra-se exposta ao risco de variabilidade da taxa de juro em resultado do contrato de locação financeira para a aquisição da aeronave A310 CS-TKN, no qual a Empresa paga Euribor a 1 mês, acrescida de spread de 0,2%.

Para fazer face ao risco indicado, a Empresa celebrou um contrato de Swap, o qual permite fixar em 3,05% até Maio de 2015 o custo do financiamento da sua dívida para o prazo da vida do contrato de permuta de taxa de juro, desde que o indexante não ultrapasse a barreira de 5,75%.

O instrumento derivado de cobertura atrás indicado, detido no âmbito de operações de cobertura de risco de taxa de juro variável, era, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, caracterizado da seguinte forma:

2011 2010

Outras Outras Outras Outras

contas a contas a contas a contas a

receber Accionista pagar receber Accionista pagar

(Nota 11) (Nota 16) (Nota 17) (Nota 11) (Nota 16) (Nota 17)

Sata SGPS - - 111.240 - - 71.574

Sata Air Açores 817.419 12.130.226 - 98.087 12.064.264 -

Sata Gestão Aeródromos - - 367.394 1.954.739 - -

Sata Express (EUA) - - 298.668 34.944 - -

Sata Express (Canadá) - - 1.110.465 537.538 - -

817.419 12.130.226 1.887.768 2.625.308 12.064.264 71.574

2011 2010 2011 2010 2011 2010

Swaps:

Taxa de juro 3,05% 3,05% 3.423.443 4.425.426 (185.571) (242.171)

3.423.443 4.425.426 (185.571) (242.171)

Taxa fixa contatualizada Valor nocional Justo valor

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Para além do instrumento financeiro derivado acima descrito, em 31 de Dezembro de 2011 a Empresa tinha contratado, instrumentos financeiros derivados relacionados com o risco de preço de mercadorias (jet fuel), cujo justo valor aquela data ascendia a uma perda no valor líquido de 1.092.142 Euros.

O movimento nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, na quantia registada em reservas relacionada com operações de cobertura de risco de taxa de juro variável e jet fuel é detalhado conforme se segue:

28-DIVULGAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS

Honorários facturados pelo Revisor Oficial de Contas

Os honorários totais no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 pelo Revisor Oficial de Contas ascenderam a 14.600 Euros, em cada ano, e respeitam na sua totalidade à revisão legal das contas anuais.

29-ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DE BALANÇO

Após a data de balanço não ocorreram acontecimentos que devam ser alvo de registo ou divulgação das presentes demonstrações financeiras.

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

António Jorge Ferreira da Silva António José Vasconcelos Franco Gomes de

Menezes

(Presidente)

Luísa Maria Estrela Rego Miranda Schanderl

(Administradora)

Isabel Maria dos Santos Barata

(Administradora)

2011 2010

Saldo inicial (242.171) 214.692

Valor contratado:

Preço de mercadorias (jet fuel) (1.092.142) -

Reclassificação para resultados:

Fornecimentos e serviços externos - (613.666)

Juros e gastos similares suportados 56.600 156.803

Saldo final (Nota 14 e 16) (1.277.713) (242.171)

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