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SARNA OTODÉCICA EM CÃO
BOTTON
Palavras-Chave: Ácaro. Pavilhão
INTRODUÇÃO
As otites externas aparecem pela ação de fatores primários que são capazes de
iniciarem a inflamação do ouvido normal. Dentre esses fatores podemos destacar:
hipersensibilidades, atopias, corpos
sebácea (queratinização), doenças auto
(NASCIMENTO, 2007).
O ácaro citado acima é mais comumente visto em gatos e, em menor frequência em
cães com orelhas pendulares.
comum as infecções secundárias por bactérias ou fungos oportunistas.
popularmente conhecida como
infesta o canal auditivo externo e a pele de cães, gatos
irritação (BOWMAN, 2010
Hospital Veterinário da Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ).
METODOLOGIA OU MATERIAL E MÉTODOS
Foi atendido no Hospital Veterinário da U
de idade, a qual apresentava prurido intenso na região auditiva e balançar frequente da cabeça.
1 Acadêmico de Medicina Veterinária da Universidade de Cruz Alta2 Acadêmico de Medicina Veterinária da Universidade de Cruz Alta3Acadêmico de Medicina Veterinária da Unive4Acadêmico de Medicina Veterinária da Universidade de Cruz Alta. E5Docente do curso de Medicina Veterinária da UNICRUZ. E
SARNA OTODÉCICA EM CÃO – RELATO DE CASO
BOTTON, Jéssica Andressa1; PREVEDELLO, Bruna
Guilherme3; POZZEBON, Luan4; DALLA ROSA, Luciana
Pavilhão auditivo. Prurido. Cerúmen.
As otites externas aparecem pela ação de fatores primários que são capazes de
iniciarem a inflamação do ouvido normal. Dentre esses fatores podemos destacar:
hipersensibilidades, atopias, corpos estranhos no interior do ouvido, distúrbio da glândula
sebácea (queratinização), doenças auto-imunes e a presença do ácaro
caro citado acima é mais comumente visto em gatos e, em menor frequência em
has pendulares. Quando há presença desse parasita no pavilhão auditivo é
comum as infecções secundárias por bactérias ou fungos oportunistas.
popularmente conhecida como “sarna do ouvido”, é considerada uma sarna superficial que
canal auditivo externo e a pele de cães, gatos, raposas e furões, causando intensa
2010). O objetivo do trabalho é relatar o caso clinico que ocorreu no
Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ).
MATERIAL E MÉTODOS
Foi atendido no Hospital Veterinário da UNICRUZ, um canino
, a qual apresentava prurido intenso na região auditiva e balançar frequente da cabeça.
de Medicina Veterinária da Universidade de Cruz Alta E-mail: [email protected] Medicina Veterinária da Universidade de Cruz Alta. E-mail: [email protected]
de Medicina Veterinária da Universidade de Cruz Alta. E-mail: [email protected] de Medicina Veterinária da Universidade de Cruz Alta. E-mail: [email protected]
do curso de Medicina Veterinária da UNICRUZ. E-mail: [email protected]
RELATO DE CASO
Bruna2; MEURER SCHEIS,
; DALLA ROSA, Luciana5.
As otites externas aparecem pela ação de fatores primários que são capazes de
iniciarem a inflamação do ouvido normal. Dentre esses fatores podemos destacar:
estranhos no interior do ouvido, distúrbio da glândula
imunes e a presença do ácaro Octodectes cynotis
caro citado acima é mais comumente visto em gatos e, em menor frequência em
Quando há presença desse parasita no pavilhão auditivo é
comum as infecções secundárias por bactérias ou fungos oportunistas. A sarna otodécica
considerada uma sarna superficial que
, raposas e furões, causando intensa
). O objetivo do trabalho é relatar o caso clinico que ocorreu no
, um canino, fêmea, SRD, 3 anos
, a qual apresentava prurido intenso na região auditiva e balançar frequente da cabeça.
[email protected] [email protected]
A tutora do animal relatou que havia notado um excesso de ce
auditivos.
O canal auditivo foi avaliado com otoscópio onde se verificou a
estruturas brancas em movimento
Para o diagnóstico definitivo foi
parasitológica no Laboratório de Parasitologia Veterinária e amostras de ambos ouvidos para
o Laboratório de Patologia Clínica para citologia.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O laudo parasitológico foi positivo para
a suspeita clínica. Segundo Gotthelf e Souza (
hiperemia das orelhas, além de exsudação dura e escura, parecida com “borra de c
produzida pela irritação das glândulas ceruminosas, podendo levar a casos de
hipersensibilidade que variam de aspecto de acordo com a infecção bacteriana secundária.
Com o citológico
ambos os ouvidos apresentaram presença de células de descamação, eventuais bactérias e
Malassezia sp. (FIGURA
colonização por Malassezia pachydermatis
microrganismo é o mais encontrado nas amostras colhidas de ouvidos, até mesmo em cães
saudáveis, por esse motivo foi reconhecido como um patógeno oportunista (MASUDA et al,
2001). Bactérias e fungos são agentes oportun
alterações provocadas pela inflamação, fazendo com que esses agentes se multipliquem
exageradamente, agravando o quadro de otite.
O método diagnótico escolhido foi apropriado, pois, Segundo Pimentel de Souza
(2006), o diagnóstico, em geral, é feito através de otoscopia ou visualização do cerúmen sob
microscópio, já que se trata de um parasita bastante ativo e consideravelmente fácil de
visualizar.
O tratamento ocorreu através da indicação de
das orelhas com solução otológica
medicado com um antiparasitário
tratamento da sarna otodécica
forma de administração é considerada a mais indicada, uma vez que outros tratamentos mais
demorados podem ser difíceis em pacientes pouco cooperativos. Para o controle da infecção
A tutora do animal relatou que havia notado um excesso de cerúmen em ambos os pavilhões
O canal auditivo foi avaliado com otoscópio onde se verificou a
estruturas brancas em movimento, onde se suspeitou de sarna otodécica
definitivo foi realizada a coleta do cerúmen (ouvido direito) para pesquisa
parasitológica no Laboratório de Parasitologia Veterinária e amostras de ambos ouvidos para
o Laboratório de Patologia Clínica para citologia.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O laudo parasitológico foi positivo para Otodectes cynotis (FIGURA
Segundo Gotthelf e Souza (2004) esses ácaros causam prurido intenso e
hiperemia das orelhas, além de exsudação dura e escura, parecida com “borra de c
produzida pela irritação das glândulas ceruminosas, podendo levar a casos de
hipersensibilidade que variam de aspecto de acordo com a infecção bacteriana secundária.
pode-se saber observar a presença de infecção secundária
ambos os ouvidos apresentaram presença de células de descamação, eventuais bactérias e
FIGURA 1b). Segundo Nascimento (2007), as infecções bacterianas e
Malassezia pachydermatis são fatores que perpetuam as otites externas. Este
é o mais encontrado nas amostras colhidas de ouvidos, até mesmo em cães
saudáveis, por esse motivo foi reconhecido como um patógeno oportunista (MASUDA et al,
Bactérias e fungos são agentes oportunistas, que se tornam patogênicos devido às
alterações provocadas pela inflamação, fazendo com que esses agentes se multipliquem
exageradamente, agravando o quadro de otite.
O método diagnótico escolhido foi apropriado, pois, Segundo Pimentel de Souza
), o diagnóstico, em geral, é feito através de otoscopia ou visualização do cerúmen sob
microscópio, já que se trata de um parasita bastante ativo e consideravelmente fácil de
O tratamento ocorreu através da indicação de limpeza diária (2 vezes ao dia)
com solução otológica e utilização de parasiticidas. No paciente em questão foi
medicado com um antiparasitário a base de selamectina (Revolution ® 12%
tratamento da sarna otodécica, dose única, sendo duas gotas em cada pavilhão auditivo
forma de administração é considerada a mais indicada, uma vez que outros tratamentos mais
demorados podem ser difíceis em pacientes pouco cooperativos. Para o controle da infecção
em ambos os pavilhões
O canal auditivo foi avaliado com otoscópio onde se verificou a presença de
onde se suspeitou de sarna otodécica (Otodectes cynotis).
realizada a coleta do cerúmen (ouvido direito) para pesquisa
parasitológica no Laboratório de Parasitologia Veterinária e amostras de ambos ouvidos para
FIGURA 1a) confirmando
) esses ácaros causam prurido intenso e
hiperemia das orelhas, além de exsudação dura e escura, parecida com “borra de café”
produzida pela irritação das glândulas ceruminosas, podendo levar a casos de
hipersensibilidade que variam de aspecto de acordo com a infecção bacteriana secundária.
infecção secundária, pois
ambos os ouvidos apresentaram presença de células de descamação, eventuais bactérias e
infecções bacterianas e
ue perpetuam as otites externas. Este
é o mais encontrado nas amostras colhidas de ouvidos, até mesmo em cães
saudáveis, por esse motivo foi reconhecido como um patógeno oportunista (MASUDA et al,
istas, que se tornam patogênicos devido às
alterações provocadas pela inflamação, fazendo com que esses agentes se multipliquem
O método diagnótico escolhido foi apropriado, pois, Segundo Pimentel de Souza
), o diagnóstico, em geral, é feito através de otoscopia ou visualização do cerúmen sob
microscópio, já que se trata de um parasita bastante ativo e consideravelmente fácil de
2 vezes ao dia) completa
e utilização de parasiticidas. No paciente em questão foi
® 12%), indicado para o
duas gotas em cada pavilhão auditivo. Essa
forma de administração é considerada a mais indicada, uma vez que outros tratamentos mais
demorados podem ser difíceis em pacientes pouco cooperativos. Para o controle da infecção
por Malassezia sp. foi utilizado
Neomicina, Dexametasona e Cloridrato de Lidocaína, duas vezes ao dia.
O retorno do paciente para avaliação clínica ocorreu sete dias após o início do
tratamento. Os exames parasitológico e citoló
ocorrência de Otodectes cynotis,
Desta forma, recomendou-se a continuidade do tratamento por 30 dias.
Após decorrido o período indicado de tratamento, o animal
veterinário e teve seus exames normais, sem a presença do ácaro ou do fungo.
FIGURA 1: a) Otodectes cynotis
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em vista do exposto, pode
Otodectes cynotis, pode ser agravada pela presença de microrganismos oportunistas como a
Malassezia sp.. O tratamento é simples e rápido, sendo necessária uma nova consulta para
assegurar que tenha sido efetivo. Otites externas são casos de rotina na clínica medica de
pequenos animais, por esse motivo ressalta
das mesmas
REFERÊNCIAS
BOWMAN, D. Dwight. Georgis Parasitologia Veterinária. Nona Edição. Editora Elsevier, 2010, cap. 2, pág. 66.
a
sp. foi utilizado o Otodem Plus®, produto a base de Tiabendazol, Sulfato de
Neomicina, Dexametasona e Cloridrato de Lidocaína, duas vezes ao dia.
O retorno do paciente para avaliação clínica ocorreu sete dias após o início do
tratamento. Os exames parasitológico e citológico foram repetidos. Não houve mais
Otodectes cynotis, porém houve continuidade da infecção por
se a continuidade do tratamento por 30 dias.
Após decorrido o período indicado de tratamento, o animal
veterinário e teve seus exames normais, sem a presença do ácaro ou do fungo.
Otodectes cynotis e b)Malassezia sp..
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em vista do exposto, pode-se observar que a otite externa causada pelo ácaro
pode ser agravada pela presença de microrganismos oportunistas como a
O tratamento é simples e rápido, sendo necessária uma nova consulta para
assegurar que tenha sido efetivo. Otites externas são casos de rotina na clínica medica de
pequenos animais, por esse motivo ressalta-se a importância de saber realizar o diagnó
BOWMAN, D. Dwight. Georgis Parasitologia Veterinária. Nona Edição. Editora Elsevier,
b
produto a base de Tiabendazol, Sulfato de
Neomicina, Dexametasona e Cloridrato de Lidocaína, duas vezes ao dia.
O retorno do paciente para avaliação clínica ocorreu sete dias após o início do
gico foram repetidos. Não houve mais
houve continuidade da infecção por Malassezia sp..
Após decorrido o período indicado de tratamento, o animal retornou ao hospital
veterinário e teve seus exames normais, sem a presença do ácaro ou do fungo.
otite externa causada pelo ácaro
pode ser agravada pela presença de microrganismos oportunistas como a
O tratamento é simples e rápido, sendo necessária uma nova consulta para
assegurar que tenha sido efetivo. Otites externas são casos de rotina na clínica medica de
se a importância de saber realizar o diagnóstico
BOWMAN, D. Dwight. Georgis Parasitologia Veterinária. Nona Edição. Editora Elsevier,
GOTTHELF, Louis N. Small Animal Ear DiseasesHealth Sciences, 2004. MASUDA, Akira et al. Attachment of Malassezia pachydermatis to the ear dermal cells in canine otitis externa. Journal of veterinary medical science NASCIMENTO, Martha Julianie sua associação com a infecção por Malassezia pachydermatis (Cryptococcales: cryptococcaceae) no canal auditivo de cães naturalmente infectados. PIMENTEL DE SOUZA, CLARISSA et al. Eficácia do diazinon em uma formulação de uso otológico no tratamento da sarna otodécica em cães. 3-4, p. 176-178, 2006. SOUZA, C. P. et al. Eficácia do fipronil no tratamento da sarna otodécica em cães. Rural, v. 24, n. supl, 2004.
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PIMENTEL DE SOUZA, CLARISSA et al. Eficácia do diazinon em uma formulação de uso ico no tratamento da sarna otodécica em cães. Parasitología latinoamericana
SOUZA, C. P. et al. Eficácia do fipronil no tratamento da sarna otodécica em cães. , v. 24, n. supl, 2004.
Book: An Illustrated Guide. Elsevier
MASUDA, Akira et al. Attachment of Malassezia pachydermatis to the ear dermal cells in , v. 63, n. 6, p. 667-669, 2001.
Epidemiologia de Otodectes cynotis (Acari: Sarcoptiformes) e sua associação com a infecção por Malassezia pachydermatis (Cryptococcales:
2007.
PIMENTEL DE SOUZA, CLARISSA et al. Eficácia do diazinon em uma formulação de uso Parasitología latinoamericana, v. 61, n.
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