saresp por-3 em-tarde 2007

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TARDE 3ª SÉRIE EM 2007 Nome do aluno: 3ª Série Ensino Médio Tarde Nome da escola: Turma: Número triângulo: Língua Portuguesa

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TA

RD

E3ª

SÉR

IEEM

2007

2007

Nome do aluno:

3ª Série

Ensino Médio

Tarde

Nome da escola:

Turma: Número triângulo:

Língua Portuguesa

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Prezado aluno, prezada aluna:

Para que a Secretaria da Educação possa melhorar o ensino, precisamos saber o que você realmente sabe.

Para tanto, pedimos que você responda às questões de Língua Portuguesa que estão no Caderno de Prova

e elabore uma redação. A finalidade desta avaliação é melhorar o ensino de sua escola. Assim, você deve

procurar mostrar o que realmente sabe sobre o conteúdo avaliado, respondendo com cuidado às questões,

não deixando questões em branco e considerando esta prova, enfim, como instrumento importante que lhe

trará benefícios. Antes de dar suas respostas, leia as instruções abaixo.

INSTRUÇÕES GERAIS

1. As questões da prova estão numeradas e apresentam diferentes alternativas de resposta para você

escolher.

2. Antes de responder a cada questão, é importante que você pense sobre as alternativas.

3. Para cada questão, escolha uma única resposta e marque-a no Caderno de Prova.

4. Responda a todas as questões.

5. Após responder a todas as questões, marque suas respostas na Folha de Respostas.

6. Use lápis preto ou caneta preta.

7. Confira se o seu nome está pré-identificado na Folha de Respostas.

8. Para cada questão da Folha de Respostas, preencha o espaço correspondente à letra que indica a

resposta que você assinalou no Caderno.

9. Exemplo: se, na questão 1, você escolheu a letra A, marque sua resposta da seguinte maneira:

01 A B C D

10. Escreva, na capa do Caderno de Prova, seu nome completo, o nome da sua escola, o nome da sua

turma e o seu número triângulo (número que aparece em sua Folha de Respostas entre dois triângulos).

11. A Folha de Respostas não poderá ser devolvida em branco, nem deverá ser rabiscada, amassada,

alterada ou rasurada.

12. Elabore a redação a partir do tema proposto. Faça um rascunho. Passe o rascunho a limpo, no espaço

reservado para a redação.

13. Em caso de dúvida ou engano, solicite ajuda ao professor.

Obrigado

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SARESP-LP-3EM-Tarde 3

LÍNGUA PORTUGUESA

Instruções: Para responder às questões de números 1 a 6, leia o texto abaixo.

Herói da Língua

Vocês se lembram do meu amigo Toninho Vernáculo. Já falei dele uma vez, contei histórias da

mania que tem de corrigir erros de português. Daí o apelido. Cansei de falar: deixa, Toninho, esta

língua é complicada mesmo, até autor consagrado escreve com dicionários e gramáticas à mão.

Pelo menos eles têm a humildade de consultar os mestres antes de dar a público o que

escrevem – respondia o Toninho na sua linguagem em roupa de domingo.

Lembram-se dele? Quando encontra erros de português no seu caminho, telefona para os

responsáveis, exige correções em nome da língua pátria e da educação pública. Coisas assim:

A placa do seu estabelecimento é um atentado contra a língua, induz as pessoas a achar que

o errado é o certo, espalha a confusão.

Ultimamente andava se controlando, me telefonava muito menos do que antes, relatando

atentados mais graves contra a boa linguagem, praticados por quitandeiros, padeiros, donos de

restaurantes, prestadores de serviços em geral – e pasmem: até pela prefeitura (em nomes de ruas),

por publicitários, jornais.

Dom Quixote da gramática, Toninho não se dava descanso. (...) Quixoteava lições, fosse qual

fosse o interlocutor:

Não é "fluído" que se diz, é fluido, com a tônica no u. "Fluído" é verbo, é particípio verbal, não

pode ser uma coisa. "Gratuíto" não existe, é gratuito que se diz, som mais forte no u. Homem não

diz "obrigada", isso é coisa de menino criado entre mulheres; menino fala "obrigado". (...) Bom, um

dia desses, telefonaram-me de madrugada: Toninho havia sido preso como pichador de rua. Quê,

um homem de 70 anos? Havia algum engano, com certeza. Fomos para a delegacia, uma trinca de

amigos.

Engano havia e não havia. Nosso amigo fora realmente flagrado pela polícia com spray e

latinha de tinta com pincel, atuando na fachada de uma casa comercial do bairro onde mora.

Explicou-se: estava corrigindo os erros de português dos pichadores! Começamos os esforços para

livrá-lo da multa e da denúncia, explicamos ao delegado que o ocorrido era fruto de uma mania dele,

loucura leve. Por que penalizá-lo por coisa tão pouca? Não ia acontecer de novo. Aí o delegado

explicou qual era a bronca.

O Toninho havia pedido para ler seu depoimento, datilografado pelo escrivão, e começou a

apontar erros de português no texto do funcionário. A autoridade tinha a pretensão de ser também

autoridade em gramática. Aí melou, "teje" preso por desacato. Com dificuldade, convencemos o

escrivão da loucura mansa do nosso amigo, e ele liberou o herói da língua pátria.

(Ivan Ângelo Veja São Paulo, ano 40, no 2. 17 de janeiro de 2007. p.130)

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4 SARESP-LP-3EM-Tarde

1. Toninho Vernáculo, na narrativa, é

(A) personagem principal.

(B) personagem antagonista.

(C) narrador-personagem.

(D) narrador em terceira pessoa.

2. "Por que penalizá-lo por coisa tão pouca?"

Assim como o lo, outras formas são usadas para referir-se a essa mesma pessoa que, no texto,somente não é chamado de

(A) Toninho Vernáculo.

(B) Dom Quixote da gramática.

(C) amigo.

(D) autoridade.

3. Toninho Vernáculo foi preso porque

(A) se tornou pichador profissional.

(B) desacatou os amigos.

(C) apontou os erros de português do escrivão.

(D) era o Quixote da gramática.

4. A expressão: na sua linguagem em roupa de domingo., significa que Toninho usava

(A) a linguagem de qualquer jeito.

(B) as palavras mais simples.

(C) uma linguagem pouco culta.

(D) a melhor linguagem possível.

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5. "Quê, um homem de 70 anos?"

Na frase acima, o uso do ponto de interrogação produz um efeito de:

(A) espanto.

(B) dúvida.

(C) pergunta.

(D) constatação.

6. No trecho: Explicou-se: estava corrigindo os erros de português dos pichadores!, há uma certadose de

(A) humor.

(B) crítica.

(C) tristeza.

(D) inteligência.

Instruções: Para responder às questões de números 7 a 10, leia o poema abaixo.

Iniciação literária

Leituras! Leituras!

Como quem diz: Navios... Sair pelo mundo

voando na capa vermelha de Júlio Verne*.

Mas por que me deram para livro escolara Cultura dos Campos, de Assis Brasil?

O mundo é só fosfatos lotes de 25 hectares

soja fumo alfafa batata-doce mandioca

pastos de cria pastos de engorda.

Se algum dia eu for rei, baixarei um decretocondenando este Assis a ler sua obra.

(Carlos Drummond de Andrade. Boitempo & A falta que ama. Rio deJaneiro: José Olympio, 2. ed., p. 126)

* Júlio Verne: escritor francês, famoso por seus romances de aventura e fantasia.

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7. Ao estabelecer uma relação direta entre Leituras! e Navios..., o poeta está

(A) alertando para os livros cuja leitura nos afasta da nossa vida, desviando-nos do nosso rumo.

(B) criticando os livros de leitura aborrecida e pesada, em que parecemos naufragar.

(C) elogiando os livros que nos fornecem proveitosos roteiros de viagens de turismo.

(D) enaltecendo a propriedade que têm certos livros, quando nos fazem viver grandesaventuras.

8. No contexto da segunda estrofe do poema, as expressões Mas por que e O mundo é sóacentuam uma relação de

(A) causa e efeito entre ler e viajar.

(B) oposição entre os livros de aventura e um livro técnico.

(C) semelhança entre os autores Júlio Verne e Assis Brasil.

(D) identidade entre livros escolares e livros de ficção científica.

9. A enumeração fosfatos – lotes de 25 hectares – soja – fumo – alfafa – batata-doce – mandioca –pastos de cria – pastos de engorda tem, no poema, a função de

(A) desenvolver um argumento favorável à adoção de um livro escolar.

(B) descrever os tópicos de um livro que encantou o eu poético.

(C) indicar assuntos que não podiam interessar a um leitor de aventuras.

(D) demonstrar que mesmo assuntos técnicos podem despertar emoções.

10. Ao fazer a pergunta Mas por que me deram para livro escolar / a cultura dos Campos de AssisBrasil? O poeta, mais do que formular uma interrogação verdadeira, está buscando expressar

(A) seu estranhamento por lhe indicarem um livro que nada tinha a ver com a escola.

(B) sua frustração por ter que ler um livro cujo assunto sequer é capaz de identificar.

(C) sua indignação por ter que ler um livro que nada tem a ver com os de Júlio Verne.

(D) seu estranhamento por ter que ler livros de ficção numa escola de curso técnico.

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A área de plantações transgênicas em 18 países (em verde, nomapa) chegou a 67,7 milhões de hectares em 2003

Instruções: O texto abaixo serve como base para as questões de números 11 a 14.

Uma tecnologia controversa

Os genomas dos diferentes seres vivos, organizados durante a evolução da vida na Terra,são eventualmente alterados por mutações, mas esse processo é lento e limitado por sistemasinternos de proteção e por barreiras naturais entre as espécies. Nas últimas décadas, porém, oscientistas desenvolveram técnicas – chamadas, em seu conjunto, de biotecnologia – que permitemalterar o material genético e até transferir genes de uma espécie para outra.

As técnicas de transformaçãogenética podem ser consideradas umacontinuação de uma longa lista demétodos tradicionais de melhoramento,como a indução de mutações, ahibridização entre espécies e gêneros, aduplicação de cromossomos, a culturade células e tecidos in vitro e a fusão decélulas somáticas. A modificação debactérias, animais e plantas com essasnovas técnicas, superando as barreirasnaturais, vem gerando muita polêmica.

O ser humano, ao longo de toda asua história, tem aplicado sua engenhosidade para ter acesso à variabilidade genética disponível emorganismos usando diversos métodos, entre eles mutações, seleção artificial, hibridizações e,recentemente, a transgenia. Até há pouco tempo não era comum que mudanças tecnológicasprovocassem grandes discussões na sociedade.

Entretanto, por sua novidade e pelo aumento de sua incidência, a transgenia tem causadopreocupações e transformações, sejam de caráter científico, social, econômico ou cultural. Assim, acontrovérsia provocada pelas novas técnicas da biotecnologia, em especial o uso de organismostransgênicos ou de organismos geneticamente modificados (OGMs), deve ser considerada umamudança na percepção pública sobre a ciência e sobre as conseqüências das suas aplicaçõestecnológicas.

(Obtido em http://cienciahoje.uol.com.br/852 com cortes)

11. Assinale a alternativa que melhor indica o tema do texto.

(A) Como os seres vivos mudam naturalmente seu código genético.

(B) De que modo alguns cientistas tentam subverter a natureza criando seres geneticamentemodificados.

(C) Como se desenvolveram técnicas de modificação genética e sua repercussão na sociedade.

(D) De que maneira alguns cientistas podem beneficiar a sociedade e o planeta com asmodificações genéticas por eles desenvolvidas.

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12. O texto é ilustrado por um mapa. Considerando as informações da ilustração, da legenda domapa e do próprio texto, afirma-se que a utilização de organismos geneticamente modificados

(A) se expande em todo o mundo.

(B) está se restringindo apenas a alguns países.

(C) só preocupa as áreas em que eles de desenvolvem.

(D) está em declínio, visto que a sociedade não os aceita.

13. Releia o seguinte trecho, atentando ao segmento destacado:

I. “O ser humano, ao longo de toda a sua história, tem aplicado sua engenhosidade para ter

acesso à variabilidade genética disponível em organismos usando diversos métodos, entreeles mutações, seleção artificial, hibridizações e, recentemente, a transgenia.”

II. "Entretanto, por sua novidade e pelo aumento de sua incidência, a transgenia tem causado

preocupações..."

Considerando as informações do artigo, conclui-se que

(A) a transgenia é apenas mais uma forma natural de modificação genética.

(B) a transgenia desencadeou as preocupações sociais com as modificações genéticas.

(C) a sociedade não tem se preocupado suficientemente com o desenvolvimento e utilizaçãodos transgênicos.

(D) os transgênicos tornaram-se mais uma fonte de preocupação para a sociedade, que semprecondenou as alterações genéticas.

14. Releia o trecho inicial do texto:

“Os genomas dos diferentes seres vivos, organizados durante a evolução da vida na Terra, são

eventualmente alterados por mutações, mas esse processo é lento e limitado por sistemas

internos de proteção e por barreiras naturais entre as espécies.”

Contextualizando o trecho destacado, deduz-se que as modificações genéticas artificiais têmcomo uma de suas características

(A) a rapidez com que se processam, e por isso diferem das modificações naturais.

(B) a lentidão com que se processam, e por isso diferem das modificações naturais.

(C) a rapidez com que se processam, e por isso são equivalentes às modificações naturais.

(D) a lentidão com que se processam, e por isso são equivalentes às modificações naturais.

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Atenção: As questões de números 15 e 16 baseiam-se na charge abaixo.

(http://www.sedur.ba.gov.br/arquivo_charges/charge.05.06.2007.html)

15. A charge destina-se a

(A) criticar o conflito existente entre gerações.

(B) conscientizar os leitores da importância de preservar a natureza.

(C) apontar o desperdício de um desmatamento mal planejado.

(D) salientar um processo ainda rudimentar de trabalho rural.

16. O humor do texto decorre

(A) da derrubada das árvores, que fornecem matéria-prima para o papel na mão do menino.

(B) da importância de haver um dia dedicado a festejar um meio ambiente preservado e saudá-vel.

(C) na surpresa do pai, por ter um filho preocupado com a necessária conservação ambiental.

(D) do contraste entre a fala do menino e a figura do pai, com o instrumento da devastação namão.

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Instruções: Para responder às questões de números 17 a 19, leia a carta abaixo.

Carta a el-rei D. Manuel sobre o Achamento do Brasil, Pero Vaz deCaminha

“Senhor,

posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães

escrevam a Vossa Alteza a notícia do achamento desta vossa terra nova, que

nesta navegação agora se achou, não deixarei de também de dar minha conta

disso a Vossa Alteza, o que melhor puder, ainda que - para o bem contar e

falar o saiba pior que todos fazer!

Tome vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa vontade, e creia bem por

certo que, para alindar nem afear, não porei aqui mais do que aquilo que vi e

me pareceu.

Da marinhagem e singraduras [navegação diária] do caminho não darei aqui

conta a vossa Alteza - porque o não saberei fazer e os pilotos devem ter este

cuidado. Portanto, Senhor, do que hei de falar começo e digo:

A partida de Belém, como vossa Alteza sabe, foi, segunda-feira 9 de Março.

Sábado, 14 do dito mês, entre as 8 e 9 horas, nos achamos entre as Canárias,

mais perto da Grã-Canária, onde andamos todo aquele dia em calma, à vista

delas, obra de três a quatro léguas. E domingo, 22 do dito mês, às dez horas,

pouco mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, ou melhor, da

ilha de São Nicolau, segundo o dito Pêro Escobar, piloto.

Na noite seguinte, segunda-feira, ao amanhecer, se perdeu da frota Vasco de

Ataíde com a sua nau, sem haver tempo forte ou contrário para que tal

acontecesse. Fez o capitão suas diligências para o achar, a uma e outra parte,

mas não apareceu mais!”

17. Assinale o trecho que contém a finalidade da carta acima.

(A) “Tome vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa vontade”.

(B) “não deixarei de também de dar minha conta disso a Vossa Alteza”.

(C) “se perdeu da frota Vasco de Ataíde com a sua nau”.

(D) “ou melhor, da ilha de São Nicolau, segundo o dito Pêro Escobar, piloto”.

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18. Assinale a sentença que contenha um fato relatado explicitamente.

(A) “o que melhor puder, ainda que - para o bem contar e falar - o saiba pior que todos fazer”.

(B) “e creia bem por certo que, para alindar nem afear, não porei aqui mais do que aquilo que vie me pareceu”.

(C) “Sábado, 14 do dito mês, entre as 8 e 9 horas, nos achamos entre as Canárias, mais pertoda Grã-Canária”.

(D) “Tome vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa vontade”.

19. Assinale a sentença em que haja referência ao destinatário.

(A) “A partida de Belém, como vossa Alteza sabe, foi, segunda-feira 9 de Março.”

(B) ”Na noite seguinte, segunda-feira, ao amanhecer, se perdeu da frota Vasco de Ataíde com asua nau”.

(C) “houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, ou melhor, da ilha de São Nicolau, segundo odito Pêro Escobar, piloto”.

(D) ”Fez o capitão suas diligências para o achar, a uma e outra parte, mas não apareceu mais!”

Instruções: Para responder às questões de números 20 a 25, leia o texto abaixo.

Dr. Mabuse perde (*)

Há alguns anos, numa das raras vezes em que resolvi comprar um DVD pela Internet, mandei

vir um filme italiano de terror, “A máscara do Diabo”, um pequeno clássico do gênero. Bastou essa

compra para que a memória do computador da empresa vendedora decretasse que eu era um

especialista em filmes de terror, principalmente italianos, e passasse a me invadir com as novidades.

Não houve filme de vampiro “al dente”(**), comédia de lobisomem calabrês ou drama envolvendo

raviólis envenenados que não me fosse oferecido.

Estamos deixando a máquina interferir demais na nossa vida. Na Inglaterra, já há uma câmera

de vídeo em circuito fechado para cada 14 cidadãos. A nova carteira de identidade, que todos lá

estão sendo obrigados a tirar, contém mais de 150 informações sobre a pessoa, como endereço

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12 SARESP-LP-3EM-Tarde

particular, registro profissional e DNA. Quando esses dados forem conectados às câmeras, o sujeito

poderá ser vigiado até dentro de casa.

É preciso resistir. De mim, até agora, os mil olhos do ciberespaço só sabem que sou louco pela

múmia e pelo monstro da lagoa negra.

(*) Dr. Mabuse personagem de filme de terror.

(**) al dente ao dente. Na culinária italiana, indica um ponto de cozimento de uma massa.

(Adaptado de Ruy Castro. Folha de S. Paulo, 25/08/2007, p. 2)

20. Sendo coerente com o contexto, pode-se complementar a frase É preciso resistir com osegmento

(A) à mórbida atração por filmes de terror.

(B) a tamanha invasão de nossa privacidade.

(C) às tentadoras ofertas do mercado virtual.

(D) à condição do anonimato moderno.

21. Frases como Estamos deixando a máquina interferir demais na nossa vida e Precisamos resistiratestam que um cronista de jornal

(A) conta com a influência que pode exercer sobre o leitor.

(B) sabe que uma opinião subjetiva não tem efeito social.

(C) deve abster-se de opinar sobre questões polêmicas.

(D) evita comentários que manifestem um gosto pessoal.

22. As informações referentes à Inglaterra servem ao autor do texto para

(A) dar como exemplar o estado avançado da tecnologia naquele país.

(B) negar a eficácia dos meios modernos de comunicação.

(C) demonstrar a excelência do nível de segurança pública.

(D) alertar sobre as intromissões na vida íntima dos cidadãos.

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23. Sobre o fato expresso em ......, o autor manifesta sua opinião, que é a de que .......

Preenchem adequadamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

(A) resolvi comprar um DVD mandei ver um filme italiano de terror.

(B) só sabem que sou louco eu era um especialista em filmes de terror.

(C) contém mais de 150 informações é preciso resistir.

(D) Estamos deixando a máquina interferir demais bastou essa compra.

24. Assinale a alternativa que apresenta duas posições distintas:

(A) I. Quando esses dados forem conectados às câmeras, o sujeito poderá ser vigiado atédentro de casa.

II. É preciso resistir.

(B) I. De mim, até agora, os mil olhos do ciberespaço só sabem que sou louco pela múmia epelo monstro da lagoa negra.

II. Estamos deixando a máquina interferir demais na nossa vida.

(C) I. A nova carteira de identidade, [...], contém mais de 150 informações sobre a pessoa.

II. Bastou essa compra para que a memória do computador decretasse que eu era umespecialista em filmes de terror.

(D) I. E passasse a me invadir com as novidades.

II. Na Inglaterra, já há uma câmera de vídeo em circuito fechado para cada 14 cidadãos.

25. A expressão os mil olhos do ciberespaço está diretamente relacionada à expressão

(A) especialista em filmes de terror.

(B) vigiado até dentro de casa.

(C) a nova carteira de identidade.

(D) só sabem que sou louco pela múmia.

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14 SARESP-LP-3EM-Tarde

(Revista Época. 3 set. 2007 p. 16)

26. O uso do pronome “você” indica que o texto se destina a todos

(A) os fotógrafos profissionais.(B) os que apreciam fotografar.(C) os colecionadores de fotos artísticas.(D) os que freqüentam exposições de fotografia.

Publicitário (a)

Químico (a)

Escritor (a)

Administrador (a)Advogado (a)

Pintor (a)

Jogador (a)Motorista Homenagem da Volkswagen

ao Dia Internacional da Mulher.

(Revista Época, p. 13)

27. Nessa mensagem publicitária percebe-se a intenção do autor de valorizar a mulher pelo uso de

(A) profissões que as mulheres vêm exercendo.(B) uma palavra que não discrimina gênero.(C) uma rigorosa hierarquia das profissões.(D) uma palavra que considera as mulheres mais prudentes ao volante.

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SARESP-LP-3EM-Tarde 15

Instruções: Para responder às questões de números 28 a 30, leia o texto abaixo.

Lembretes para o vestibulando

1. Parte do sucesso de sua prova depende de seu equilíbrio físico e mental, já que você deverá se

concentrar nas questões por um longo período de tempo.

2. Antes da prova, alimente-se com moderação, dando

preferência a alimentos naturais e leves, de digestão

fácil.

3. Não estude na véspera da prova. Dê preferência a

atividades que ajudem no relaxamento e vá dormir

mais cedo.

4. Programe-se para chegar com bastante antecedência

ao lugar da prova e evitar, assim, momentos de

ansiedade.

5. Durante a prova, dê preferência à resolução imediata

das questões que lhe pareçam mais simples.

6. Ao final da prova, não deixe de conferir se respondeu a todas as questões e se transferiu todas

as respostas para a folha indicada.

(Instruções de um curso preparatório)

28. O texto tem como finalidade:

(A) ordenar pelo grau de importância as providências a serem tomadas pelo vestibulando.(B) prevenir o vestibulando para enfrentar situações imprevisíveis durante a prova.(C) orientar o candidato em relação ao método de estudo mais eficaz para a sua preparação.(D) instruir o vestibulando quanto às providências prévias e às relacionadas ao momento da prova.

29. De acordo com o texto, o vestibulando deve:

(A) alimentar-se moderadamente, chegar na hora e conferir as respostas.

(B) alimentar-se moderadamente, chegar com antecedência e resolver antes as questões maissimples.

(C) manter o equilíbrio físico e mental, estudar bastante e controlar a ansiedade.

(D) dormir bem, resolver antes as questões mais difíceis e conferir as respostas.

30. Assinale a alternativa que expressa a justificativa para as recomendações:

(A) Programe-se para chegar com bastante antecedência.(B) Não deixe de conferir se respondeu a todas as questões.(C) Parte do sucesso de sua prova depende de seu equilíbrio físico e mental.(D) Não estude na véspera da prova.

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REDAÇÃO

TEMA I

O texto acima apresenta uma discussão sobre a defesa do orgulho nacional, a necessidade deuma visão crítica dos problemas brasileiros. Reflita sobre esse assunto e redija uma dissertação,apresentando argumentos consistentes para a defesa de um ponto de vista sobre o tema:

Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão (norma culta) da língua portuguesa.

O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.

O texto deve ter no mínimo 15 linhas e, no máximo, 30.

A redação deve ser desenvolvida na folha própria e apresentada a tinta.

O rascunho pode ser feito na última página deste caderno.

“Bem-vindo ao Congo. E daí?”

Que o gerente de imprensa do Comitê Olímpico norte-americano fez uma brincadeira

infeliz ao chegar ao Brasil e escrever “Bem-vindo ao Congo” é fora de discussão.

No entanto, ficam as perguntas: quem se horrorizou com a piada sem graça o fez por

termos sido comparados a um país africano ou com a ignorância do bobalhão? Se ele

tivesse escrito ‘bem-vindo à França’, também haveria reações patrióticas?

O que sei, ainda, é que não há o menor motivo para nos fazermos de indignados

quando verdades são ditas sobre o Brasil, por mais que venham da boca de estrangeiros.

Afinal, a mesma globalização que descaracterizou a seleção brasileira de futebol, permite

que cada um dê sua opinião sobre tudo e sobre todos.

O que não podemos é defender que nossos problemas fiquem escondidos do mundo,

porque sempre haverá alguém para mostrar que o rei está nu. E a nudez nacional é

daquelas de dar vergonha, no esporte e fora dele, em partes iguais.

(KFOURI, Juca. Folha de S.Paulo, 9/8/2007, p.D6)

SER PATRIOTA É FUGIR DA REALIDADE?

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SARESP-LP-3EM-Tarde 17

TEMA II

O texto acima aborda o problema da dependência química que o cigarro provoca. Reflita sobreesse assunto e redija uma dissertação, apresentando argumentos consistentes para a defesa de umponto de vista sobre o tema:

Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão (norma culta) da língua portuguesa.

O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.

O texto deve ter no mínimo 15 linhas e, no máximo, 20.

A redação deve ser desenvolvida na folha própria e apresentada a tinta.

O rascunho pode ser feito na última página deste caderno.

GERAÇÃO CIGARRO GERAÇÃO SAÚDE

Por trás da fumaça

"Conheço os males do cigarro. Mas, hoje em dia, o que não faz algum mal para a

saúde? Não é possível que eu tenha que me privar de tudo para poder chegar aos

80 anos. Prefiro morrer com 50 e ter aproveitado muito bem a vida", diz a carioca Milena

(nome fantasia), 17. Ela fuma regularmente desde os 15 e colocou o primeiro cigarro na

boca aos 12. E não está sozinha.

O depoimento dela reflete a maneira de pensar de muitos jovens que vão contra a

corrente da geração saúde e que entraram na cortina de fumaça antes de completar a

maioridade. É o que comprova um dos estudos mais amplos já feitos no Brasil, cujos

dados começam a ser divulgados nesta quarta. Realizada pela equipe da Umidade de

Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo, a pesquisa mostra

que 20,8% da população brasileira é dependente de tabaco, e a experiência com o

cigarro começa aos 13,5 anos."

(ARAÚJO, Tarso. Folha de S.Paulo, Caderno Folhateen, 03/09/2007, p. 4)

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SARESP-LP-3EM-Tarde 19

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FundaçãoCarlos Chagas