são sebastião do paraíso

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Page 1: São Sebastião do Paraíso

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Page 2: São Sebastião do Paraíso

São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

AF II SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO e SIATs

35ª DRE São Sebastião do Paraíso

Administração 2005 - 2008

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Page 3: São Sebastião do Paraíso

São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

ÍNDICE

EDUCAÇÃO INFANTILPROGRAMA EDUCAÇÃO FISCAL - TEMA: BRINQUEDO .............................................................................................................. pág. 7

ENSINO FUNDAMENTAL de 1ª série a 4ª sérieEDUCAÇÃO FISCAL TRIBUTO À VIDA ........................................................................................................................................... pág. 13JUSTIFICATIVA - A EDUCAÇÃO FISCAL COMO TEMA TRANSVERSAL ................................................................................... pág. 15PROPOSTA DO PROJETO PARA FASE INTRODUTÓRIA E FASE I DO CICLO INICIAL DE ALFABETIZAÇÃO

TEMA: A CASA .................................................................................................................................................................... pág. 17FASE II DO CÍCLO INICIAL DE ALFABETIZAÇÃO

TEMA: ÁGUA ....................................................................................................................................................................... PÁG. 22PROPOSTA DO PROJETO PARA FASE III E FASE IV DO CICLO COMPLEMENTAR DE ALFABETIZAÇÃO

TEMA: COMÉRCIO E INDÚSTRIA...................................................................................................................................... PÁG. 31“O TRABALHO DO SR. FERNANDO”............................................................................................................................................... PÁG. 37O COMÉRCIO NO NOSSO MUNICÍPIO............................................................................................................................................ PÁG. 38PROPOSTA DO PROJETO PARA FASE III E FASE IV DO CICLO COMPLEMENTAR DE ALFABETIZAÇÃO......................... PÁG. 39NOTA FISCAL NA MÃO...................................................................................................................................................................... PÁG. 42

ENSINO FUNDAMENTAL de 5ª série a 8ª sérieEDUCAÇÃO TRIBUTÁRIA - SER CIDADÃO - ISTO FAZ A DIFERENÇA ...................................................................................... pág. 45FOLDERS ............................................................................................................................................................................................ pág. 46REVISTAS ........................................................................................................................................................................................... pág. 471 – JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................................................................ pág. 482 – OBJETIVO GERAL ....................................................................................................................................................................... pág. 483 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................................................................................ pág. 484 – DIRETRIZES .................................................................................................................................................................................. pág. 485 – ABRANGÊNCIA ............................................................................................................................................................................. pág. 486 – EIXOS DE CONDUÇÃO DO PLANEJAMENTO ........................................................................................................................ pág. 487 – FONTES DE RECURSOS HUMANOS E FINANCEIROS ........................................................................................................... pág. 498 – ESTRATÉGIA DE AÇÃO ............................................................................................................................................................... pág. 499 – RESULTADOS ESPERADOS ..................................................................................................................................................... pág. 4910 – INDICADORES DE AVALIAÇÃO ............................................................................................................................................... pág. 4911 – MÓDULO II – ESTABELECIMENTOS DE ENSINO FUNDAMENTAL..................................................................................... pág. 4912 – CAFEICULTURA ......................................................................................................................................................................... pág. 5013 – CAFÉ – SAÚDE HUMANA E ECONÔMICA .............................................................................................................................. pág. 5014 - EDUCAÇÃO FISCAL ................................................................................................................................................................... pág. 5115 – TEMAS TRANSVERSAIS .......................................................................................................................................................... pág. 51

MEIO AMBIENTE ................................................................................................................................................................. pág. 51MATEMÁTICA ...................................................................................................................................................................... pág. 52PORTUGUÊS ....................................................................................................................................................................... pág. 53CIÊNCIAS ............................................................................................................................................................................. pág. 53GEOGRAFIA e HISTÓRIA ................................................................................................................................................... pág. 54

16 – SUGESTÕES DE ATIVIDADES DOS CONTEÚDOS:ARTE, MATEMÁTICA, PORTUGUÊS, CIÊNCIAS, HISTÓRIA, GEOGRAFIA ................................................................. pág. 55

17 – ELABORAÇÃO ........................................................................................................................................................................... pág. 5618 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................................................... pág. 5619 – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ............................................................................................................................................ pág. 56

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São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

MATERIAL DE APOIO .......................................................................................................................................................................... pág. 57SUGESTÕES DE TEXTOS PARA ESTUDOHISTÓRICO DA CAFEICULTURA ......................................................................................................................................... pág. 57LENDAS SOBRE A DESCOBERRTA DO CAFEEIRO PELO HOMEM .............................................................................. pág. 57O CAFÉ COMO ESTIMULANTE E ALIMENTO ................................................................................................................... pág. 57DISPERSÃO DO CAFÉ COMO CULTURA EM PAÍSES PRODUTORESE COMO BEBIDA EM PAÍSES CONSUMIDORES EM TODO MUNDO............................................................................ pág. 58IMPORTÂNCIA SÓCIO-ECONÔMICA DA CAFEICULTURA PARA O BRASIL................................................................ pág. 59MINAS GERAIS....................................................................................................................................................................... pág. 60SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS DA CAFEICULTURA NO MUDNO...................................................................... pág. 60O CAFÉ NO VALE DO PARAÍBA .......................................................................................................................................... pág. 61A COLHEITA E O BENEFICIAMENTO DO CAFÉ ................................................................................................................ pág. 61CAFÉ E ESCRAVIDÃO .......................................................................................................................................................... pág. 61

ENSINO MÉDIOEDUCAÇÃO FISCAL TEMA: “COMÉRCIO NOTA DEZ”.................................................................................................................... pág. 63

SITUAÇÃO-PROBLEMA: SONEGAÇÃO DE IMPOSTOS - COMÉRCIO LOCAL .......................................................................... pág. 64CONTEÚDOS DISCIPLINARES - ATIVIDADES ................................................................................................................................. pág. 64PORTUGUÊS: ........................................................................................................................................................................................ pág. 64MATEMÁTICA: ....................................................................................................................................................................................... pág. 64GEOGRAFIA: .......................................................................................................................................................................................... pág. 64EDUCAÇÃO ARTÍSTICA: ..................................................................................................................................................................... pág. 64HISTÓRIA: .............................................................................................................................................................................................. pág. 64CIÊNCIAS: ............................................................................................................................................................................................... pág. 64ENSINO RELIGIOSO ............................................................................................................................................................................. pág. 65NOTA FISCAL OU CUPOM FISCAL - DEVO EXIGIR? ...................................................................................................................... pág. 6510 RAZÕES PARA AJUDAR VOCÊ SE DECIDIR .............................................................................................................................. pág. 65

QUADRINHOSO valor da Nota Fiscal de brinquedo ............................................................................................................................................... pág. 67O combustível ...................................................................................................................................................................................... pág. 68O valor da Nota Fiscal ......................................................................................................................................................................... pág. 69Preservação da Natureza ................................................................................................................................................................. pág. 70Tributo na Gramática .......................................................................................................................................................................... pág. 71

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São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

COLABORADORESEDUCAÇÃO INFANTILELABORAÇÃO DO PROJETO

Educadores das escolas de São Sebastião do Paraíso- Ana Elizabete de Carvalho Pádua- Cleonice F. Franco Bernardes- Elcimar Aparecida dos Reis Garcia- Iara Donisete Caparelli Silva- Karen Angélica Alves Ricz- Lea Aparecida de Carvalho- Luzia Bianquini Oliveira- Maria Alice Alves Rodrigues- Maria Lúcia Porto Ferri- Patrícia Mafra de Souza- Priscila Duarte Silva Cunha

EDUCADORES DAS ESCOLAS DE JACUÍ- Andréa Freire Alcântara Lauria- Vânia Regina de Oliveira

ENSINO FUNDAMENTAL de 1ª série a 4ª sérieEDUCADORES DAS ESCOLAS DE SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO E JACUÍ

Dálete Simão de OliveiraProfessora - Escola Municipal Carvalhães de Paiva - Jacuí

Ivete Pereira dos ReisSupervisora - Escola Estadual Clóvis Salgado e Escola Municipal Campos do Amaral São Sebastião do Paraíso

Joana Donizete Bandeira da SilvaSupervisora - Escola Estadual São José - São Sebastião do Paraíso

Leide Aparecida Bueno PratesSupervisora - Escola Municipal Carvalhaes de Paiva Jacuí

Maria Aparecida Santos Cau - DiretoraEscola Estadual São José - São Sebastião do Paraíso

Maria Madalena de Pádua FurlanGerência de Educação Cultura e Esporte - São Sebastião do Paraíso

Sônia de PáduaCoordenadora da Escola Municipal Napoleão Volpe - São Sebastião do Paraíso

Vera Lúcia Elias RibeiroSupervisora - Escola Municipal Carvalhaes de Paiva - Jacuí

ALUNOS:Amanda, Bethania, Bruno, Mayra, Paulo e Tahis.

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São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

ENSINO FUNDAMENTAL de 5ª série a 8ª sérieAna Elizabete de Carvalho Pádua

Assessora dos Centros de Educação Infantil Municipal e Coordenadora da Escola NovaAparecida Marques Soares Neto

Escola Municipal Wulfida MarcoliniArlete Pereira de Carvalho

Professora da FACEACClélia Lino de Oliveira Borges

Escola Estadual de 1º Grau no Bairro Boa VistaEstela Neves Borges

Professora de Geografia na Escola Estadual Clóvis Salgado – 5ª a 8ª sériese na Escola Estadual Benedito Ferreira Calafiori – Ensino Médio

Jefferson Soares de AvelarCoordenador da Área Profissionalizante – ETFG

Léa Aparecida de CarvalhoCoordenadora do Centro de Educação Infantil Municipal Dª Messias Alves Luiz Cerize

Maria Eunice Pereira RodriguesSupervisora da Escola Municipal Campos do Amaral eProfessora da Escola Estadual Comendadora Ana Cândida de Figueiredo

Maria Madalena de Pádua FurlanGerência Municipal de Educação, Cultura e Esporte

Oliveiros Ramos PereiraInspetor Escolar da SRE – São Sebastião do Paraíso

Sônia de PáduaEscola Municipal Napoleão Volpe e Escola Municipal Campos do Amaral

Terezinha Pimenta Pessoni SobrinhoDiretora da Escola Técnica de Formação Gerencial – SEBRAE/ACISSP

Virgínia Maria Borges de SouzaInspetor Escolar da SRE – São Sebastião do Paraíso

Janette MafraEscola Estadual Coronel José Cândido

Marcia Vera Bueno PereiraEscola Estadual Comª. Ana Cândida de Figueiredo

Sônia de PáduaEscola Municipal Napoleão Volpe e Escola Municipal Campos do Amaral

Leide Aparecida Bueno PratesEscola Estadual Profª. Maria Leonor Nasser – Jacuí

Dálete Simão de OliveiraEscola Estadual Profª. Maria Leonor Nasser – Jacuí

ENSINO MÉDIOEscola Estadual “Paula Frassinetti” - São Sebastião do ParaísoEscola Estadual “Clóvis Salgado” - São Sebastião do ParaísoEscola Estadual “Benedito Ferreira Calafiori” - São Sebastião do Paraíso

EDITORAÇÃO VISUAL / DIAGRAMAÇÃO / CAPA: Vasco Caetano Vasco

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página 7São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO - MG - 2005

Área âncora: Educação FiscalPúblico alvo: Educação Infantil

PROGRAMA EDUCAÇÃO FISCAL

TEMA

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Elaboração do projetoEducadores das escolas de São Sebastião do Paraíso- Ana Elizabete de Carvalho Pádua- Cleonice F. Franco Bernardes- Elcimar Aparecida dos Reis Garcia- Iara Donisete Caparelli Silva- Karen Angélica Alves Ricz- Lea Aparecida de Carvalho- Luzia Bianquini Oliveira- Maria Alice Alves Rodrigues- Maria Lúcia Porto Ferri- Patrícia Mafra de Souza- Priscila Duarte Silva Cunha

Educadores das escolas de Jacuí- Andréa Freire Alcântara Lauria- Vânia Regina de Oliveira

JustificativaO tema foi escolhido porque é envolvente, simples e, ao mesmo tempo, complexo. Através dele há

sempre uma nova descoberta. O brinquedo construído pela criança é prazeroso e propicia seusdesenvolvimento.

Este tema pretende desenvolver a consciência de se exigir a nota fiscal e compreender que este atopode influenciar sua vida.

Através da criatividade poderão surgir confecções de brinquedos, com matérias de baixo ou nenhumcusto – sucatas ou materiais alternativos – reciclando para a preservação do meio ambiente. Permitindovalorizar a invenção e não somente a compra de brinquedos caros e industrializados.

Desse modo haverá participação e interação dos talentos da comunidade, trazendo as famílias paraoficinas de confecções de brinquedos, podendo vir a rever uma renda extra para comunidade.

Objetivos gerais• Participar, reforçar, resgatar brinquedos que fazem parte da história;• Permitir, instigar e valorizar nas crianças a invenção de brinquedos a partir da observação e

experimentação de novos materiais;• Oportunizar integração de atividades que estimulem a criatividade e raciocínio através da

interdisciplinaridade;• Desenvolver a consciência de que o imposto pago pelo cidadão é revertido em infra-estrutura para a

sociedade;• Conscientizar de que pedir a nota fiscal é um meio de se evitar sonegação;• Estabelecer relações entre a preservação da natureza e a reciclagem do lixo, amenizando os problemas

ambientais.

Habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos quanto a Educação Fiscal.• Compreensão do que é tributo;• Conscientização de que nos preços dos brinquedos estão inseridos diferentes tributos;• Conhecimento da desigualdade sócio – econômica cultural;• Percepção de que cada brinquedo tem um custo – barato ou caro;• Orientação sobre a importância do tributo e sua aplicação;• Realização de pesquisas e entrevistas;• Preservação do meio ambiente e conservação dos brinquedos, evitando o consumismo.

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página 9São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

Disciplinas envolvidas (Outras habilidades interdisciplinares Natureza) Natureza e Sociedade• Acompanhamento da leitura de uma linha de tempo simplificada da história do brinquedo;• Compreensão de que as formas de brincar tem o seu tempo e seu contexto social;• Habilidade em lidar de forma adequada com substância e equipamentos potencialmente perigosos

(tinta, tesoura, estilete, cola etc.);• Valorização de atitudes de manutenção e preservação dos espaços coletivos e do meio ambiente;• Reconhecimento do mapa da cidade e localização dos locais que vendem e produzem brinquedos.

Linguagem

• Leitura de vários portadores de texto (poéticos, informativos, narrativas...)• Realização de variadas situações de comunicação oral como entrevista, pesquisa de informações reconto

de histórias...• Interessar-se por escrever palavras e textos ainda que não de forma convencional;• Elaboração de perguntas e respostas de acordo com diversos contextos que participa.

Arte

• Apreciação das suas produções e dos outros, por meio de observação e leitura de alguns dos elementosda linguagem plásticas - cores, formas, texturas...

• Produção de trabalhos individuais por meio de diversas técnicas: sucatas, desenhos, pinturas, modelagens,colagens, origami e outros;

• Identificação dos elementos utilizados nas produções artísticas - papéis palitos, jornais, tintas,decalque...

• Estimulação da auto-expressividade através da dramatização de histórias e músicas relacionadas abrinquedos;

Matemática

• Utilização da contagem oral dos brinquedos construídos;• Reconhecimento dos aspectos físicos dos brinquedos: forma, volume, cor, espessura e outros;• Utilizações de noções simples de cálculo mental como ferramenta para resolver situações - problema;• Identificação de números nos diferentes contextos em que se encontram;

Problematização

O tema do projeto pode ser problematizado (apresentação do tema) de diversas forma de acordo com acriatividade do professor:

• Roda de conversa sobre o tema;• Passeio a uma loja de brinquedos;• Filme (Pinóquio, Toy Story, Soldadinho de Chumbo);• Montagem de brinquedos com a utilização de sucatas.• Através de músicas, criando brinquedos;• Apresentação de compra de brinquedos através da nota fiscal;

Planejamento

Uma vez decidida que irão pesquisa sobre o assunto ainda nas rodas de conversa, planejar com osalunos os temas, as atividades, os recursos necessários, as formas de colaboração, as fontes de informaçãodisponíveis, as visitas a locais significativos (atelier, asilo, fábrica, feiras, lojas); as atividades de produçãode trabalhos de cunho artísticos; a elaboração de murais, portfólios, pesquisas, e a culminância.

Anotar, tem um quadro seriado, as sugestões dos alunos e as tarefas a serem realizadas, enfatizando asnoções sobre a educação fiscal.

Registrar e reorganizar tudo em cartaz/cronograma para ser usado na avaliação do processo. Assim, ascrianças acompanham a realização do que foi planejado, sugerem adaptações e reorientações.

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página 10 São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

DesenvolvimentoVamos apresentar aqui um elenco de atividade exemplares, mas você pode escolher aquelas que mais

se adaptam à sua turma, como também ajustá-las, reformulá-las, ampliando-as ou multiplicando-as comoutros textos, etc.

Escola: ___________ Turma: __________ Professor:_________ Projeto: ________

2º semestreTema Geral: Brinquedos

Mês Agosto Setembro Outubro

Linguagem - Histórias - Músicas - Panfletos- Textos informativos - Poemas - Entrevistas- Filmes - Nota Fiscal

Natureza e sociedade - Origem dos brinquedos - Confecções de Brinquedos- Passeios - Preservação do meio ambiente

Matemática - Conhecimento físico - Identificação de números - Cálculo- Contagem

Arte - Desenhos, pinturas e colagem - Músicas - Dramatização

Produto final

• Exposição dos brinquedos confeccionados com sucata;• Confecção de um mural;• Exposição de fotos e reportagens de jornal;• Construção de panfletos educativos valorizando a nota fiscal para distribuí-lo na comunidade e no dia

da exposição;• Apresentação de um coral com músicas referentes a brinquedos;• Escrita de texto coletivo informativo conscientizando sobre a importância de se pedir a nota fiscal

(professor será o escriba);• Portifólio (pasta organizada cronologicamente com trabalhos, textos, colagens, desenhos, pinturas...).

Sugestões para o educador

• A História do Brinquedo - Cristina Von - Editora Alegro;• Revista AME (Arte e Movimento);• Revista do professor - nº 78 e outras;• PCN - Educação Infantil volume 3;• Baú do Professor;• Revista Nova Escola;• Revista Professora de Ed. Infantil.

Vídeos:• O Menino Maluquinho I e II.

Músicas:• Casa de Brinquedos - Toquinho;• Boneca de Lata;• Enrola Bola - Brinquedos, Brincadeiras e Canções - Rubinho do Vale.

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Site:• www.leaozinho.receita.fazenda.gov.br• www.bugigangue.com.br• www.eduline.com.br• www.e-aprender.com.br• www.saudevidaonline.com.br• www.portaleducacional.com.br

Sugestão para o educando

Filmes:• Soldadinho de Chumbo;• Pinóquio;• Toy Story;• A Revolta dos Brinquedos.

Livros:• A Bonequinha Preta;• A Boneca de Pano - Rubens Alves• Pinóquio;• Soldadinho de Chumbo;• Vida de Brinquedo.

Músicas:• Loja do Mestre André;• Boneca de Lata (cd Baby Hits);• A Bola;• A Bicicleta (cd Casa de Brinquedos - Toquinho Polygram);• Palavra Cantada;• João Bolinha.

Brincadeiras:• Bolas;• Petecas;• Pião;• Carrinhos;• Cavalinho-de-pau;• Pipas;• Bonecas;• Fantoches;• Cata-ventos.

Síntese

As sínteses deverão ser feitas no decorrer dos trabalhos, de forma que os alunos e o professor tenhama perspectiva do que esta sendo apreendido. Ao fim de cada atividade, o professor conduzirá os alunos àrefletirem o que aprenderam.

Essas sínteses podem ser registradas em cartazes, textos coletivos, exposições artísticas. O professorpoderá conduzir a associação de novos conhecimentos que os alunos adquiriram e ao final do projeto, assínteses deverão ser retomadas.

Culminância

O encerramento do projeto poderá ser apresentado para a comunidade escolar, como uma feita cultural.A programação do evento incluirá: preparação criativa do ambiente da escola, exposição dos trabalhos dosalunos, mural sobre o tema estudado, apresentação artística dos alunos (teatro, jornal, dança...), oficina de

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construção de brinquedos aberta aos pais e familiares, palestras sobre educação fiscal (proferidas poradvogados ou representantes da Receita Federal), histórias envolvendo brinquedos, etc...

Avaliação

Requererá dois momentos: é diagnóstica no processo e deverá ser feita com relação aos objetivosestabelecidos do processo. Terá a participação do grupo e será vista com um indicativo de outros caminhosa serem percorridos. Os registros deverão ocorrer durante o projeto, não antes nem depois, tendo suaformalização ao final de todo o trabalho desenvolvido.

Assim, poderemos guardar um registro seguro e objetivo de todo o processo.

Bibliografia

• Von, Cristina, Alegro - A História dos Brinquedos• Programa Educação Fiscal - Pará de Minas / MG 2003• Revistas AMAE Educando• Revista do Professor• Site do Leãozinho• Veredas - Formação Superior de professores: módulo 7 - volume 1/SEE-MG, 2004

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL. Brasília: MEC/SEF, 1998.3 volumes.

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Educação Fiscal

Tributoà Vida

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página 14 São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

ELABORAÇÃO

Educadores das Escolas de São Sebastião do Paraíso e Jacuí

Dálete Simão de OliveiraProfessora - Escola Municipal Carvalhães de Paiva - Jacuí

Ivete Pereira dos ReisSupervisora - Escola Estadual Clóvis Salgado e Escola Municipal Campos do AmaralSão Sebastião do Paraíso

Joana Donizete Bandeira da SilvaSupervisora - Escola Estadual São José - São Sebastião do Paraíso

Leide Aparecida Bueno PratesSupervisora - Escola Municipal Carvalhaes de Paiva Jacuí

Maria Aparecida Santos Cau - DiretoraEscola Estadual São José - São Sebastião do Paraíso

Maria Madalena de Pádua FurlanGerência de Educação Cultura e Esporte - São Sebastião do Paraíso

Sônia de PáduaCoordenadora da Escola Municipal Napoleão Volpe - São Sebastião do Paraíso

Vera Lúcia Elias RibeiroSupervisora - Escola Municipal Carvalhaes de Paiva - Jacuí

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página 15São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

TRIBUTO À VIDA

JUSTIFICATIVA

A EDUCAÇÃO FISCAL COMO TEMA TRANSVERSAL

As escolas da rede pública dos municípios de São Sebastião do Paraíso e Jacuí se unem em torno deum trabalho voltado para o aprimoramento e conscientização social e tributária do cidadão.

Diante dos problemas enfrentados no cotidiano julgamos ser fundamental provocar em nossos alu-nos o desejo de discussão e posicionamento frente às questões polêmicas e altamente reflexivas sobre seusdireitos e necessidades básicas, numa perspectiva de um futuro melhor com qualidade de vida.

A função primeira da escola é preparar as crianças para viver na sociedade a totalidade da vida comosuas benesses e problemas, cabe a ela, também, discutir os conceitos da Educação Fiscal popularizando osmodo que eles sejam capazes de atuarem na sociedade enquanto sujeito pleno: crítico, reflexivo, participativo,autônomo e essencialmente ético.

OBJETIVO GERALDesenvolver a consciência tributária, identificando o tributo como fonte de recursos que se trans-

formem em benefícios públicos possibilitando a vivência e construção do pleno exercício da cidadania.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS• Reconhecer o direito de participar da gestão dos recursos públicos;• Compreender seu dever de compromisso social e individual para com os recursos públicos;• Identificar a diversidade de tributos que permeiam o ambiente em que vivem, formas de arrecada-

ção e aplicação;• Participar do planejamento familiar visando melhoria na qualidade de vida.

Ações para a Educação Fiscal• Entrevista com o funcionário da prefeitura sobre o IPTU;• Quem paga.• Elaborar questionário aos pais sobre tributos pagos.• Discutir os gastos em casa com: alimentos, vestuário, remédios, brinquedos, eletrodomésticos,

eletroeletrônicos, água, luz, telefone, enfatizando a importância de se evitar o desperdício eadquirir apenas o necessário evitando dívidas com o que é supérfluo.

• Comparar contas de água, energia e telefone discutindo maneiras de se economizar;• Trabalhar com os alunos:

Para que serve o tributo?Onde devem ser aplicados os impostos?Qual a importância dos impostos para todos?Que é nota fiscal?Que é sonegação de impostos?O que pode acontecer com quem não paga impostos?

PÚBLICO ALVO:Alunos do Ciclo Inicial e Complementar de Alfabetização, comunidade escolar e sociedade.

SITUAÇÃO PROBLEMA:O que são Tributos? Como são cobrados? Como são calculados? Quem paga? O que acontece com

que não paga? O que é feito com o dinheiro dos impostos? O que é sonegar?

COMPONENTES CURRICULARES (Interdisciplinar)• LÍNGUA PORTUGUESA

Leitura compreensão, interpretação e produção de vários gêneros textuais. Escrita por meio de:

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• Língua oral;• Slogans;• Poemas;• Cartilhas (kit);• Parlendas;• Vídeo;• Panfletos;• Músicas;

• GEOGRAFIA/HISTÓRIA Família; Comunidade; Cidadania (Sonegação) Tipos de tributos e sua história; Serviços públicos e preservação; Poderes.

• MATEMÁTICA Orçamento (Receita e despesas); Tabelas e gráficos; Resolução de situações-problemas; Cálculos; Porcentagem;

• CIÊNCIAS Ambiente: preservação e conservação; Saúde;

TEMAS TRANSVERSAIS• Ética, Cidadania, Meio Ambiente, Saúde, Orientação Sexual (Planejamento familiar).

AÇÕES ESTRATÉGICAS:• Conversas informais;• Pesquisas;• Desenhos;• Produção de textos;• Debates;• Aulas expositivas;• Excursões;• Palestras.

CRONOGRAMA

Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Lançamento do programa X

Desenvolvimento do trabalho na escola X X

Exposições dos trabalhos no Congresso de Educação X

Continuidade do desenvolvimento do projeto na escola X X

Relatório final X

Avaliação: Contínua e Processual.

Culminância: Apresentar maquetes, teatro, música, painéis, portifólios e poesias, ao final do projeto.

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página 17São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

PROPOSTA DO PROJETO PARA FASE INTRODUTÓRIA E

FASE I DO CICLO INICIAL DE ALFABETIZAÇÃO

TEMA: A CASA

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa, Geografia, História,Ciência e Matemática.

Temas Transversais: Ética e Cidadania, Meio Ambiente e Saúde.

Problematização: Observando sua cidade, assistindo a programas detelevisão, vocês acham que todas as pessoas têm uma casa para morar?

Objetivos:• Conhecer os diferentes tipos de casas existentes em nosso município (Pobres, casse média,

ricas, zona rural e urbana);• Identificar os tributos pagos sobre as casas.

Ações:• Conversar com os alunos sobre a casa e sua função;• Montar relatório coletivo após a discussão com ilustração;• Pesquisar na cidade os diferentes tipos de casa para montagem de maquete, enfocando o porquê

da diferença;• Assistir filmes;• Leitura de livros, gibis e panfletos;• Estudo da organização e higiene da casa para se ter uma boa saúde;• Entrevistas com engenheiros ou pedreiros sobre construção de casas;• Elaborar listas de materiais usados na construção de casas;• Pesquisar preços dos materiais de construção;• Conversar sobre a responsabilidade de cada membro da família quanto à conservação da casa.• Entrevistas com a família sobre as casas de seus antepassados.• Trabalhar com músicas e poemas.

Sugestões de Atividade:

1 - Assistir ao filma “A Fuga das Galinha”.♦ Discutir com os alunos sobre a importância de viver em uma casa, porém com liberdade;♦ Discutir sobre o respeito que deve haver entre as pessoas que vivem juntas na mesma casa;♦ Conversar sobre a importância da amizade, amor, solidariedade e cooperação de todos em casa;♦ Analisar o sonho da personagem principal e qual o motivo deste sonho;♦ Montar maquete da casa sonhada.

2 - Leitura do livro: “A casinha do Tatu” ou “A casa do João-de-barro”♦ Discutir o texto;♦ Montar teatro para apresentar na escola.

3 - Entrevistar uma pessoa sobre a organização e higiene da casa.h) Como deve ser a organização de uma casa?i) Como se cuida das roupas?j) O que pode acontecer se o banheiro não estiver bem limpo?k) Como devem ser guardados os alimentos? E após o preparo?l) Com relação às frutas e verduras, como deve ser seu preparo?

Criar outras com participação dos alunos.

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página 18 São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

4 - Trabalhar com os alunos o texto abaixo, enfatizando a necessidade que todos têm de possuir uma casa.

Quem Sabe?

Ethel M. Wergert

Numa casa de vidro eu moro:Não falo, não grito, não rio, nem choro.

Numa casa de ferro a se balançar.Eu vivo a cantar, a cantar, a cantar!

Para a casa de palha em cima de um ramo,Se existe perigo, os filhotes eu chamo.

Numa casa cavada num tronco eu vivo,Eu sou muito esperto, e estousempre ativo.

Numa casa de telhas,tijolos e cimento,Vivemos ao abrigo dachuva e do vento.

(respostas: aquário - peixinho, gaiola - passarinho, ôco da árvore - coruja, casa - menino).

••••• Preparar com os alunos um painel de casas de animais em gravuras, fotos, desenhos ou reálias.

2 - Música A Casa

A CasaEra uma casa muita engraçada Ninguém podiaNão tinha teto Fazer pipiNão tinha nada Porque penicoNinguém podia entrar nela não Não tinha aliPorque na casa não tinha chão Mas era feitaNinguém podia dormir na rede Com muito esmeroPorque na casa Na rua dos bobosNão tinha parede Número zero.

BOCA LIVRO - A Casa. Vinícius de Moraes. [compositor]. In:MORAES, Vincícius A Árcade Noé - Rio de Janeiro: Polygram -1980. 1 CD - faixa 9 (2 min. 13 seg.) Remasterizado em digital.

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••••• Após a música, solicitar que cada criança desenhe sua casa.

Expor em mural.

- Conversar com as crianças sobre as casa desenhadas, observando diferenças e semelhanças.- Entrevistar os pais.1 - Quantos anos tem uma casa?2 - Quem a construiu?3 - Quais materiais foram utilizados?4 - Como era a casa em que você morou quando era criança?5 - Como era a casa de seus avós?

Trabalhar os conceitos:• Qual casa é mais nova? Por quê?• Qual é mais velha? Por quê?• Montar tabela e gráfico conforme a idade das casas.

Realizar uma excursão na cidade e fotografar os vários tipos de casas encontradas.- Discutir com os alunos as diferenças;- Casas novas e velhas;- Casas de favela;- Casas bem cuidadas/mal cuidadas;- Tipos de materiais usados nas construções.

• Montar texto coletivo após as discussões.• Montar painel das casas fotografadas.

6 - Apresentar o poema abaixo.Sem Casa

Tem gente que não tem casa,mora ao léu, debaixo da ponte.No céu a lua espiaEsse monte de gente na ruaComo se fosse papel.

Gente tem que teronde morar, um canto,um quarto,uma cama,para no fim do dia guardar o corpo cansado,com carinho, com cuidado,que o corpo é a casados pensamentos.

Casas - Roseana Murray, Formato

Questionamentos1 - Por que encontramos pessoas sem casa?2 - E você, como colabora com sua família para conservar a casa que tem para morar?3 - Quem organiza seu quarto? Como é utilizado os espaços de sua casa?4 - Quem são os responsáveis pelo cuidado com sua casa?5 - Como está organizada a sua moradias?6 - Como funciona cada uma dessas partes?8 - Faça desenhos e descreva.

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Na minha moradia há:

Quarto: SIM NÃOPara que é utilizado? (Respostas pessoais)__________________________________________________________

Cozinha: SIM NÃOPara que é utilizado?__________________________________________________________

Banheiro: SIM NÃOPara que é utilizado?__________________________________________________________

Quintal: SIM NÃOPara que é utilizado?__________________________________________________________

Jardim: SIM NÃOPara que é utilizado?__________________________________________________________

Outros cômodos: ___________________________________________

7 - Para ler (toda a sala)

A casinha pequenina

Eu quero uma casa linda;A menor que há no mundo;Com paredes vermelhinhas;E telhado verde musgo.

SARRIE, James Matthew. Peter pan e Wendy.São Paulo: Companhia das Letrinhs

• Desenho a casa que você imaginou ao ler a poesia ou então a casa quevocê sonha construir no futuro.

8 - Preparar uma entrevista com um engenheiro, arquiteto ou pedreiro sobre a construção de uma casa.

• Após a entrevista, pesquisar os preços dos materiais utilizados na construção de uma casa. Traba-lhar os conceitos de caro, barato, boa qualidade e má qualidade;

• Conversar com os alunos sobre a importância de exigir a nota fiscal de compra;• Explicar o que é nota fiscal, levando uma nota para a sala de aula;• Explicar o que são impostos e que em cada produto que compramos pagamos impostos. Quem

administra o dinheiro dos impostos.• Explicar como deve ser aplicado o dinheiro arrecadado.

9 - Planejar com os alunos na maquete de uma casa adequada ao lugar onde moram e suas necessidades.

10 - Montar a maquete com os alunos.

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11 - Durante uma brincadeira de roda, recitar essas parlenda para os alunos memorizarem.“Um, dois, feijão com arroz.Três, quatro feijão no prato.Cinco, seis, bolo inglês.Sete, oito, café com biscoito.”

• Conversar sobre os alimentos que aparecem na poesia;• Quais deles vocês comem todos os dias?• Quem compra? Onde compra? Paga-se impostos ao comprar esse alimentos?• Elaborar com os alunos uma lista de compra de alimentos para a família, enfatizando a compra

apenas do que é necessário e útil a todos da casa;• Solicitar às crianças que tragam embalagens vazias de gêneros alimentícios usados pela família;• Discutir o desperdício;• Pesquisar o preço desses produtos;• Montar um mini-mercado na escola para se trabalhar a simulação de compra e venda de produ-

tos alimentícios, emitindo nota fiscal;• Confeccionar frutas, verduras, legumes e produtos de padaria em argila para serem vendidos no

mini-mercado;• Registrar em situações-problema a simulação de compra e venda.• Montar panfletos com promoções visando a publicidade do mini-mercado.

Pedir aos alunos tragam para sala de aula contas de água, luz, telefone... conscientizando-ossobre o tributo pago em cada uma dessas contas e a necessidade de se economizar os gastos.• Elaborar coletivamente dicas de economia de:

- Água- Luz- Telefone

12 - Música:Coloquei meu sapatinhoNa janela do quintalPapai Noel deixou meu presente de Natal

• Solicitar aos alunos que tragam para a sala de aula um brinquedo que alguémcomprou e lhe deu;• Eleger alguns dos brinquedos e pesquisar o preço;• Elaborar situações-problema;• Montar coletivamente uma lista de cuidados que se deve ter um o brinquedo,pois custa dinheiro.

13 - Entrevista ao funcionário da Prefeitura sobre IPTU.

14 - Fazer uma enquete sobre os tributos pagos e o que a comunidade pensa sobre os tributos, e aforma de aplicação como retorno a quem paga.

15 - Fonte de consulta:Filme ou livro. Os três porquinhosLivros: A casa do meu avô, de Ricardo Azevedo - Editora Ática.

A Casa do João-de-barro, de Bellah Leite Cordeiro - Edições Paulinas.Esta casa é minha, de Ana Maria Machado - Editora Moderna.Casas, de Roseane Murray - Belo Horizonte - Formato.

Sites: www.lobato.org.brwww.geocites.comww.ecokids.com.br

Agência local da Administração FazendáriaElaboração: Joana Donizete Bandeira da Silva

- Escola Estadual São JoséMaria Aparecida Santos Cau

- Escola Estadual São José

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PROJETO EDUCAÇÃO FISCAL

FASE II DO CÍCLO INICIAL DE ALFABETIZAÇÃO

TEMA: ÁGUA

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa, Matemática, Ciên-cias, História e Geografia.

Problemização: Observando o nosso dia-a-dia, podemos constatarque a água é muito importante para nós. Então diga: “Quais as utilidadesda água? É possível ficarmos sem água em casa? Quais os benefícios dese ter em casa a água encanada e tratada? O que acontece quando nãopagamos a conta de água?

Objetivos:• Compreender a necessidade de ser ter água tratada e encanada

para uso doméstico;• Conscientizar os alunos da importância de se pagar a conta água para que esse benefício chegue

em nossas casas com qualidade;• Compreender as taxas inerentes à conta de água.

Ações:• Conversar com os alunos sobre a importância e utilidades de água;• Pesquisar as fontes de água, rios, lagos, lagoas, etc;• Leitura e experiências sobre os estados da água;• Analisar contas de água e suas taxas;• Estudo de como a água chega à nossa casa;• Visita à Copasa e capacitação da água;• Palestras ministradas por agentes da Copasa;• Textos informativos, músicas, poesias, acrósticos, paródias, entrevistas, confecção de gibis e

joquinhos.

Sugestões de atividade:

1 - Pedir para cada aluno levar para a sala de aula a conta de água e analisar:

a) Quanto de água a família gastou?b) Quanto ficou a conta de água?c) As taxas inerentes à conta de água?d) Quanto de água as famílias gastaram?e) A data do vencimento?f) Alguma família pagou multa? Por quê? Quanto de multa? E se não tivesse pago, o que aconteceria?g) É vantagem pagar as contas em dia? Por quê?

Texto informativo:

ÁGUAO MAIS SAUDÁVEL E COMPLETO DOS ALIMENTOS

Um dos alimentos mais importantes e saudáveis que existem é a água. Aágua não pode faltar no nosso organismo. Mais de dois terços do nossocorpo são constituídos de água. Quando uma pessoa está doente, princi-palmente criança, e não tem apetite, a maior preocupação do médico nãoé com a alimentação, mas sim a sede. Explicando mais claramente, uma

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pessoa pode ficar quatro dias sem comer. Fica fraca, mas não morre. No entanto, se ela ficar quatro diassem ingerir água ou algum líquido, certamente morrerá. A água de nosso corpo é permanentemente elimina-da e precisa ser continuamente reposta. Todo líquido contém água e qualquer um pode ser usado para ahidratação do corpo, mas nenhum é tão puro, completo e saudável como a água. A água é importante paratodos os seres vivos: pessoas, animais e plantas.

Texto Informativo:

A IMPORTÂNCIA DA ÁGUANO NOSSO ORGANISMO.

Dedicado equilíbrio• Pensando quimicamente, o corpo humano pode ser

encarado como uma grande e complexa “soluçãoaquosa”. A água representa nada menos que 60% emmédia, do peso do adulto. Os outros 40% são gordu-ras, proteínas e outras substâncias.

Sinais de alertaSaiba como o corpo reage à perda de líquidos. Os sinto-

mas valem para todas as faixas etárias, mas são fortes em criança e idosos, ou em casos de vômitos ediarréia.

• Fraqueza generalizada e prostração;• Língua seca;• Olhos fundos;• Pele ressecada e sem elasticidade;• Redução no volume de urina;• Sede intensa.

ENTRADASVeja como nosso organismo adquire água: a fonte de água mais importante do nosso organismo é a

ingestão. E isso só quando tomamos um refrescante copo de água, mas também através dos alimentos.

SAÍDASO corpo tem mecanismos normais e anormais para perder água.• Evaporação. Faça frio ou calor, a água evapora do nosso corpo através da pele;• Suor. Ao contrário da evaporação, a quantidade de suor eliminada pelo corpo é afetada pela tem-

peratura do ambiente. E o volume perdido é muito individual;• Urina. É uma das principais via de eliminação de água do organismo, e o volume depende da

quantidade de líquido ingerido pela pessoa;• Perdas anormais. Vômitos e diarréias são as situações mais comuns. Lesões extensas na pele e

queimaduras (até mesmo as provocadas pela exposição ao sol) também levam à perda de água.

Mais cuiado.• Crianças pequenas e idosos são mais sensíveis à perda de água, por terem menos recursos para

equilibrar a concentração corporal. É comum que a desidratação leve à morte nessas faixas etárias;• Portadores de diabetes não podem descuidar-se;• Quem já teve cálculo renal deve tomar bastante água diariamente;• Fumantes e portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica estão sujeitos a infecções respi-

ratórias quando ingerem pouca água. O mesmo raciocínio explica por que se recomendam líqui-dos em casos de gripe.

Jornal Estado de Minas

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A ÁGUA TAMBÉM TEM DIREITOS

A água é o maior bem da natureza e sem ela não podemos viver. Apesar da Terraestar coberta em dois terços de sua superfície pela água, o homem não dá muito valora ela. Para conscientizar a todos sobre a grande importância da água, foi criada a decla-ração Universal dos Direitos da Água.

Artigo 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cadapovo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsávelaos olhos de todos.

Artigo 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida detodo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfe-ra, o clima e vegetação a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamen-tais do ser humano: o direito à vida, tal que é declarado no artigo 3º da Declaração Universaldos direitos do Homem.

Artigo 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis emuito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Artigo 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso Planeta dependem da preservação da água e dos seusciclos. Esses devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vidasobre a Terra. Esse equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde osciclos começam.

Artigo 5º - A água não e somente uma herança de nossos predecessores; ela é sobretudo um emprés-timo aos nossos sucessos. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moraldo homem para com as gerações presentes e futuras.

Artigo 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico. Precisa-se saberque ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Artigo 7º - A água não deve ser desperdiçada nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, suautilização deve ser feita com consciência e discernimento, para que não chegue a uma situação de esgota-mento ou de deteriorização da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Artigo 8º - A utilização da água implica o respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídi-ca para todo homem ou grupo social que utiliza. Essa questão não deve ser ignorada nem pelo homem nempelo estado.

Artigo 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessi-dades de ordem econômica, sanitária e social.

Artigo 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso emrazão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Artigo 11º - A água tem direito a não ser poluída.

Artigo 12º - A água tem direito de ser tratada.

Artigo 13º - A água tem o direito de ser economizada.

Artigo 14º - A água é o nosso principal alimento de cada dia.

Artigo 15º - A água é o patrimônio que Deus nos deu.

ALUNOS: Amanda, Bethania, Bruno, Mayra, Paulo e Tahis.

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CURIOSIDADES

VOCÊ SABIA COMO DESPERDIÇAMOS A ÁGUA TÃO PRECIOSA DO NOSSO PLANETA?

Lavar roupa em um tanque por 15minutos, consome 135 litros. O melhoré deixar a roupa acumular e usarágua só para enxaguar.

Quem escova os dentes em 5 minutoscom a torneira aberta. Gasta 80 litrosde água. Se fechá-la, economizará 79 litros.

Um banho de chuveiro de 15 minutos,consume 243 litros. Pode cair para81 litros, se a pessoa fechá-laenquanto se ensaboa.

Lavar a louça por 15 minutos, consome243 litros. Se a torneira for fechadapara ensaboar, são gastos 20 litros.

Você sabia que a água também tem mitos?

A ÁGUA E ALGUNS MITOS

Os chamados “repositores hidroeletrolíticos”. Tão em moda, não devem sertomados como se fosse suco. A longo prazo, o abuso dessas bebidas equivale àingestão de muito sal e pode provocar aumento da pressão arterial. São indica-dos apenas para atletas, ou em situações em que a perda de água através do suor,por exemplo, é muito intensa.

Beber muita água não significa criar reser-vas do líquido no organismo a não ser poralguma disfunção. Mesmo que se abuse daágua para acalmar uma sede intensa, o cor-po só retém o que precisa para seu equilí-

brio. Todo o resto é eliminado pela urina. Para desespero da humanida-de, nosso organismo é apenas capaz de estocar gordura.s

Não há qualquer comprovação científica de que as chamadas“águas medicinais”, como as sulfurosas e radioativas, tenham efeitoespecial sobre o organismo ou interfiram na concentração corporal.Embora o assunto ainda seja polêmico, os “impactos” positivos na saú-de do consumidor são mais fortes quanto mais se acredite no poder daágua.

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DICAS PARA USARCONSCIENTIMENTE A ÁGUA:

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ENCONTRE OS CINCO ERROS NAFORMA DE UTILIZAÇÃO DA ÁGUA!

O NOSSO PLANETA AGRADECE...

1 2

3 4

5 6

7 8

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página 29São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

fábula sobre a água”

Certo dia, um pou-co de água desejou sair de seu lugar ha-

bitual, no lindo mar, e voar para o céu.Então, a água pediu ajuda ao fogo. O fogo

concordou e, com seu calor, transformou a águaem vapor, tornando-a mais leve que o ar.

O vapor partiu para o céu, subindo cada vez maisalto, até finalmente atingir a camada mais fria e mais

rarefeita da atmosfera. Então, as partículas de água.Enregelads de frio, tornaram a se unir e voltaram a sermais pesadas que o ar. E caíram sob a forma de chuva.Não se limitaram a cair, mas jorraram como uma cas-cata em direção à Terra.

A arrogante água foi sugada pelo solo seco e, pa-gando caro por sua arrogância, ficou aprisionada naterra.

Fábula recolhida por Leonardo da Vinci naregião da Toscana, na Itália. Nascido em1452 e falecido em 1519, Da Vinci foi inven-tor, Filósofo, Pintor e Escultor.

MÚSICA: PLANETA ÁGUAGuilherme Arantes

Água que nasce da fonte,serena do mundo e que abreo profundo grotão.Água que faz inocente riacho,e deságua na corrente do ribeirão.Águas escuras dos riso,que levam a fertilidade ao sertão.Águas que banham aldeiase matam a sede da população.Águas que caem das pedras,no véu das cascatas, ronco de trovão.E depois dormem tranqüilas,No leito dos lagos. (2 vezes)Água dos igarapés, onde Iara,Mãe D´água, é misteriosa canção.Água que o sol evapora,pro céu via emobra,vivar nuvem de algodão.Gotas de água da chuva são tristes,são lágrimas, na inundação.Águas que movem moinhosão as mesmas águas que encharcam o chãoe sempre voltam, humildes,pro fundo da terra. (2 vezes)Terra, Planeta água.

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Culminância: Apresentação do Teatrinho “Feche a Torneira”. Obs.: poderá também ser feito com fantoches.

“Teatrinho”Feche a Torneira

NARRADOR: Depois de brincar de pique-esconde, Juninho entraem casa corre para o banheiro abre a torneira... Nem uma gota d‘água...Aí, pensa:

— Bem, daqui a pouco ela volta. Resolve dar uma olhada na gela-deira e...

Então sua mãe aparece e diz:— Infelizmente não pude fazer o almoço porque não tem água

para cozinhar, para tomar banho, lavar as mãos e o pior de tudo, ageladeira está vazia!

Juninho: Céus é um complô contra mim, Manhêêê!

Mãe: O que foi isso Juninho, pra que tanta gritaria?

Juninho: O que está acontecendo mamãe, não tem água na torneira, ageladeira está desligada e o pior de tudo, vaziaa...

Mãe: é meu filho a conta de água e de energia do mês ainda não foi paga, por isso foi cortada.

Juninho: E agora mamãe o que vamos fazer?

Mãe: Temos que esperar seu pai chegar do trabalho para efetuar o pagamento.

Juninho: É mamãe, hoje na escola, eu ouvi a professora dizer sobre as taxas, tributos, sei lá um monte decoisas, eu não prestei muita atenção.

Henrique amigo de Juninho bate na porta.— Juninho, Juninho, ouvi seus gritos, o que está acontecendo?

NARRADOR: Então a mãe de Juninho contou toda a história para o Henrique.

Henrique: Bom, eu prestei atenção na aula e vou dizer o que Dona Lílian falou hoje.Então Henrique disse para a família de seu amigo que todos nós temos direitos, mas também deveres.

Que o nosso dever é pagar as contas em dia e exigir sempre nota fiscal. E devemos buscar o equilíbrioentre os direitos e deveres do cidadão, nos empenhando para o aumento de recursos para melhorar a nossaqualidade de vida.

Avaliação: Deverá acontecer processualmente com relatórios, trabalhos em grupo, pesquisas e seminári-os.

Elaboração:Maria Madalena de Pádua Furlan

Gerência de Educação, Cultura e Esporte.Sônia de Pádua

E.M. Napoleão Volpe - São Sebastião do Paraíso.

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Proposta do Projeto para Fase III e Fase IV do Ciclo Complementar de Alfabetização

Tema: Comércio e Indústria.

Componentes Curriculares: Lingua Portuguesa, Geografia, História, Ciência, Matemática.

Tema Transversais: Ética e cidadania, Meio Ambiente, Saúde.

PROBLEMATIZAÇÃO:Caminhando pela cidade, observando o centro da cidade, o seu bairro, outros bairros, que casas

comerciais e indústrias vemos? O que podemos comprar para nossa sobrevivência e nossa necessidade?

Objetivos:• Conhecer os diferentes tipos de indústrias e casas comerciais existente em nosso município

(supermercados, bancos, farmácias, açougues, lojas, padarias, perfumarias, etc.);• Conscientizar sobre: o necessário é o supérfluo em nossa vida;• Identificar as formas de tributos pagos ao adquirir mercadorias.

Ações:• Passear pelo centro da cidade observando as casas comerciais;• Relatar as observações após discussão;• Pesquisar os diferentes tipos de casas comerciais e suas funções;• Manter intercâmbio com cidades vizinhas para informar sobre os tipos de indústrias do local;• Visitar indústrias existentes em nossa cidade, observar mão-de-obra;• Entrevistar os lucros e gastos do estabelecimento;• Pesquisar sobre os impostos pagos para o funcionamento do estabelecimento.

Ações para a Educação Fiscal:• Entrevista com comerciantes sobre o ICMS (quem paga, por quê?);• Refletir com os pais sobre as despesas mensais relacionadas ao comércio e outros serviços

públicos;• Comparar a qualidade de vida da população do município.• Trabalhar com os alunos:

Importância da Indústria e Comércio do município (enfatizar índice de emprego, acrésci-mo, montante de capital que gira para a cidade);Para que serve os tributos?Emissão e recebimento da nota fiscal;Sonegação de impostos;Destino da aplicação dos impostos;Serviço público obtidos no município.

Culminância: Apresentar maquetes, teatro, música, painéis, portifólios, poemas e slogans nofinal do projeto.

Sugestões de atividade:1 - Refletir o tema:Para termos uma vida norma e saudável precisamos de muitas coisas, quais?• Discutir o tema, listar as sugestões e debater;• Trabalhar as questões:

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Para termos uma vida normal e saudável precisamos de muitas caoisas:

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página 33São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

Os alimentas, as roupas, a água, a luz elétrica, entre outras coisas, são produzidas em sua casa?

SIM

NÃO

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Como eles são obtidos por sua família?______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Entretanto, o dinheiro necessário para comprar essas coisas e serviços não cresce em árvores, nemcai do céu.

De que maneira uma pessoa consegue o dinheiro necessário para sobreviver e manter sua família?______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Assim podemos concluir que se uma pessoa deseja suprir suas necessidades, tais como alimenta-ção, vestuário, moradia, transporte e educação, então ela deve conseguir o dinheiro para isso através dotrabalho.

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página 35São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

CURIOSIDADE

Durante muito tempo, a indústria manteve-se pequena, de maneira artesanal, satisfazendo as necessi-dades de uma pequena região.

A agricultura, a pecuária e o extrativismo eram suficientes para a sobrevivência da população quevivia, em grande parte no campo.

Entretanto, as cidades começaram a ficar cada vez maiores. As pessoas de uma cidade grande nãopodiam plantar e criar animais para se alimentar, na sua própria casa, como na zona rural.

Surgiram, então, comerciantes que compravam alimentos no campo para vendê-los na cidade. Com otempo, estes comerciantes ficaram muitos ricos.

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página 36 São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

Entretanto, além de alimentos, as pessoas das cidades precisavam de roupas, calçados e utensíliosdomésticos que eram feitos por artesãos nas pequenas indústrias artesanais. E o que essas pequenas indús-trias conseguiam fazer era pouco diante das encomendas.

Este grupo de pessoas desejavam comprar produtos fabricados em indústrias formava o mercadoconsumidor.

Como resolver esta situação de ter de satisfazer as necessidades destes consumidores?Os grandes comerciantes que havia enriquecido com esse comércio passram a comprar e ampliar as

pequenas fábricas.

Mas havia um problema: para aumentar a quantidade de produtos a serem vendidos era necessárioaumentar a quantidade, a qualidade e a velocidade da fabricação.

E como eles resolveram este problema?Aumentando o número de trabalhadores nas fábricas, é claro. Foi assim que surgiram os operários e

as grandes indústrias. Assim, surgiu a mão-de-obra, ou seja, foi necessário um grande número de trabalha-dores (operários) para aumentar a produção.

Esta necessidade de mão-de-obra numerosa exigiu a construção de indústrias.

RESPONDER AS QUESTÕES:1 - Onde estão concentrados as indústrias do seu município?2 - Que tipos de produtos estas indústrias produzem?3 - Seu município apresenta problemas com a poluição do ar provocada pela fumaça das indústrias?• Para o professor: Texto; • Nota Fiscal - (preenchimento);• Analisar panfletos: Educação Fiscal; • Filme: Educação Fiscal.

Fontes de consulta:• Panfletos Educação Fiscal; • Livro 3 - Objetivo Junior - Professor;• Filme - Educação Fiscal; • Agência local da Administração Fazendária;• Apostilas.

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página 37São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

“O trabalho do Sr. Fernando”

Sr. Fernando queria muita ganhar dinheiro, dar emprego para muitas pessoas e também ajudar seumunicípio crescer. Então escolheu um local grande, espaçoso e disse:

— Aqui vou construir minha fábrica de sucos e geléias.Como tinha algum dinheiro depositado no banco, construiu prédio e comprou máquinas modernas

para transformar os produtos.Para trabalhar na sua fábrica contratou pessoas responsáveis e treinadas para a realização das ativida-

des. As frutas que seriam transformadas em suco e geléia vinha da zona rural e dos grandes pomares, queeram goiabas, mangas, bananas, laranjas, pêssego e muitas outras.

Depois de prontas as geléias e sucos passou a vendê-los para mercado, bares, sorveterias do seumunicípio e dos município vizinhos.

Hoje os seus produtos são vendidos em outros estados e até países.Sr. Fernando é um homem feliz, bem sucedido e um grande empresário.

OBS.: Após a leitura e interpretação, pedir que assinalem no texto, uma a uma, frases importantes e emseguida explicá-las.

Ex. riscar1 - Sr. Fernando - industrial2 - fábrica de sucos e geléia - indústria3 - dinheiro depositado - capital4 - máquinas modernas - tecnologia5 - pessoas competentes e treinadas - mão-de-obra6 - as frutas que seriam transformadas - matéria prima7 - sucos e geléias - produtos industrializados8 - mercados, bares, sorveterias - mercado consumidor

RegistrandoIndústria: é uma atividade que extrai ou transforma a matéria-prima.Matéria-prima: é o produto utilizado na produção de coisas úteis.Capital: é o dinheiro que movimenta uma indústria e a mantém.Tecnologia: são as máquinas usadas para a produção dos produtosMão-de-obra: é o trabalho especializado do ser humano.Mercado consumidor: formado pelas pessoas que vão consumir os produtos.Industrial: pessoa que tem uma indústria.

Trabalho em casa:Vá ao armário da mamãe, escolha um produto industrializado, retire o rótulo ou a embalagem, cole-

o em seu caderno e preencha a ficha abaixo observando dados do produto.

• Nome do produto: _____________________________________

• Matéria-prima utilizada:_________________________________

• Marca do produto: _____________________________________

• Data da fabricação:_____________________________________

• Data da validade: ______________________________________

• Local onde foi produzido: _______________________________

• Utilidade do produto: ___________________________________

• Outras informações: ____________________________________

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página 38 São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

O Comércio no nosso Município

Alguns produtos podem ser feitos em casa. Outros precisam ser comprados. Existem lugares espe-ciais para comprar produtos. Onde você faz compras? Onde papai e mamãe fazem compras?

Coleta de dados: Induzir a classe relacionar e registrar casas comerciais com suas devidas mercadorias.Veja a estorieta: (Escrita dirigida)“Sr. Michel é o dono de uma casa onde se vende ferramentas. Lá tudo se acha: parafusos, martelos,

serrotes, pás, alicates e tudo mais. As pessoas que precisam de qualquer uma dessas ferramentas, vão lá nacasa do Sr. Michel, escolhem a peça, pagam com o dinheiro e levam a peça escolhida. Sr. Michel vende e ooutro compra, satisfazendo suas necessidades.”

Analisando:Sr. Michel - é comerciante.Casa de ferramentas - casa comercial.Pessoal que precisa de qualquer produto - é o freguês ou consumidor.Parafusos, martelo, etc. - mercadorias.Sr. Michel vende e o outro compra, trocando a mercadoria pelo dinheiro - comércio.

Registrando:Comércio - atividade econômica desenvolvida no município, produzindo lucro. É a troca e venda deprodutos.Comerciante - é do dono da casa comercial.Vendedores ou balconistas - são as pessoas que trabalham no comércio. São os comerciantes.Mercadorias - são os produtos comprados ou trocados.

Trabalhando com recortes:Recorte de jornais locais, listas telefônicas antigas ou panfletos de propagandas, nomes de casas

comerciais de nossa cidade e que lhe chamaram atenção. Escolha uma delas e procure saber tudo sobre ela.Vá até o local, ou ligue para se informar melhor e preencha a ficha:

• Nome da casa comercial: _____________________________________• Nome do dono ou grupo: _____________________________________• Nº de comerciários (vendedores): ______________________________• Data de funcionamento:______________________________________• Mercadorias vendidas: _______________________________________• Formas de pagamento: _______________________________________• Local de atendimento: _______________________________________• Telefone: _________________________________________________• Outras informações: _________________________________________

Fontes de consulta:• Panfletos Educação Fiscal.• Livro 3 - Objetivo Júnior - Professor.• Filme - Educação Fiscal.• Agência local da Administração Fazendária.• Apostilas diversas.

Elaboração:Dálete Simão de Oliveira

Professora - Escola Municipal Carvalhaes de Paiva - Jacuí.Ivete Pereira dos Reis

Supervisora - Escola Municipal Campos do Amaral.Vera Lúcia Elias Ribeiro

Supervisora - Escola Municipal Carvalhaes de Paiva - Jacuí.

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página 39São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

Proposta do Projeto para Fase III e Fase IV do Ciclo complementar de Alfabetização

TEMA: Orçamento Familiar

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa, Geografia, História, Ciência, Matemática

Temas Transversais: Ética e Cidadania, Meio Ambiente e Saúde.

Problematização:

Observando cartazes com figuras coloridas e chamativas como: celulares, roupas, casas grandes ecasebres e alimentos saudáveis, direcionar a curiosidade dos alunos para as questões:

• Como conseguimos comprar o que queremos?• Quem paga as contas de casa?• Para onde vai o dinheiro de sua casa?• D onde vem o dinheiro para pagar as contas de nossa cidade?• Para onde vai o dinheiro de nossa cidade?

Objetivos:

• Definir o que é orçamento e qual a sua importância;• Identificar os tipos de orçamento;• Fazer analogia entre orçamento público e orçamento familiar.

Ações:

• Planejar com os alunos uma pesquisa em livros que contêm a história do orçamento. Se possível,planejar uma excursão a uma biblioteca pública;

• Conceituar receitas e despesas (dicionários e livros de pesquisas);• Pesquisar com os pais quais são as fontes de receita da família e quais as despesas da casa;• Realizar um plenário para discussão dos resultados obtidos;• Conduzir o aluno à conceituação de orçamento familiar;• Conduzir o orçamento familiar-receita e despesa;• Filme: Sonho Impossível (a participação feminina no orçamento familiar);• Montar um painel com orçamento de receita e despesas das casas dos alunos;• Realizar gráficos e cálculos de porcentagens relativos à contabilidade;• Planejar uma entrevista com um Agente Municipal da Fazenda, indagando sobre: a situação eco-

nômica do município, fontes econômicas, orçamento participativo, participação da população nagestão dos recursos públicos;

• Conhecer o Orçamento Municipal;• Discutir com os alunos a importância do estudo realizado;• Informar sobre os impostos recebidos pela prefeitura;• Comparar os gastos no município com saúde, educação, funcionalismo e dívidas municipais;• Elaborar relatórios sobre o assunto estudado.

Avaliação:

Contínua e processual.

Culminância:

Divulgação dos trabalhos realizados para a comunidade escolar.

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página 40 São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais

Sugestões de Atividade:

POEMA: Bons e Maus Negócios

Bons e maus negóciosFabricantes de calçados.Ganhariam dinheiro e ficariam gratosÀs centopéias se elas usassem sapatos.

Dentistas e protéticosViveriam na maior farturaSe os jacarés usassem dentaduras.

Lojas de artigos de invernoTeriam muito lugar ao solSe as girafas usassem cachecol.

Mas que seria de nós, eu me perguntoSe os elefantes resolvessemMeter o nariz em nossos assuntos?

Um passarinho me contou, José Paulo Paes - Ática

O que é orçamento?

Segundo o dicionário Aurélio, orçamento é:1) cálculo da receita e da despesa;2) cálculo da receita que se deve arrecadar num exercício financeiro e das despesas quedevem ser feitas pela administração pública, organizada obrigatoriamente pelo Executivo esubmetido à aprovação das respectivas câmaras legislativas.

A construção do orçamento familiar

Agora vamos falar sobre os gastos na família. É de fundamental importância saber para onde vai onosso dinheiro, pois no final do mês, se as despesas foram maiores do que as receitas, estaremos em déficitorçamentário e iremos buscar empréstimos, ou cairemos em cheque especial ou em mãos de agiotas paraefetuarmos os pagamentos a serem feitos.

O perigo mora ai. As dívidas vão se ampliando cada dia mais, transformando-se em uma grande bolade neve e, quando assustamos, não conseguimos mais sair desse endividamento. Para que isso não ocorra,devemos Ter sempre pronto o orçamento doméstico. Planejar sempre, a curto, médio e longo prazo, procu-rando sempre estabelecer os desejos para a aquisição de bens de consumo familiar necessários.

Uma família organizada sempre procura manter o equilíbrio de suas contas, isto é, nunca vai além desuas possibilidades. Precisamos nos fortalecer quanto à nossas reais necessidades, pois adquirir um bem, épreciso o envolvimento de todos os membros da família para essa aquisição.

É preciso buscar a real demanda desse bem, priorizando a sua utilidade, analisando se a condiçãofinanceira é compatível com essa aquisição. Na sociedade consumista atual, em que o apelo da mídia, dacomunidade e dos amigos nos influência e remete a um consumo desenfreado, e na grande maioria dasvezes, desnecessário, os pais devem buscar criticar com os filhos a real necessidade das aquisições.

• Em primeiro lugar precisamos aprender a registrar as receitas deomésticas. E o que são estasReceitas? É tudo que entra como renda, ou seja, salário, pensão, aluguel, recebimento por servi-ços prestados no mês, bolsa-escola, vale gás e cesta básica.

• Depois, precisamos aprender a registrar o que são despesas, ou seja, todos os gastos da família

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no período de um mês: supermercado, água, luz, telefone fixo e celular, aluguel, prestação dacasa própria, IPTU, IPVA, o salário da doméstica, condomínio, perfumaria, escola, plano de saú-de, padaria, transporte, lazer, gás, sacolão, encargos sociais da doméstica, assinaturas de revistase jornais, mensalidades diversas (internet e TV a cabo), pagamento das compras a prazo, taxa eseguros diversos, cursos estra-classe, açougue, compra de livros, CD, cartão telefônico, materi-al escolar e remédios.

Quanto as despesas de casa, podemos adotar alguns comportamentos quem com o costume, tornam-se fáceis e ajudam bastante.

Vejamos a questão da energia elétrica: devido ao “apagão”, as famílias oram chamadas a compreen-der a questão da má política pública relacionada com a produção de energia e a não construção de novasbarragens hidrelétricas para o suprimento do aumento da demanda de consumo de energia. O lado positivodessa situação foi chamamento de todos os membros da família para evitar o desperdício e economizar:aprender a ler a conta de luz, medir o consumo diário, entender o processo de geração de energia e sualigação com a questão ambiental, aprender a manter-se dentro da meta estabelecida pela empresa prestadorade serviços de energia elétrica.

O apagão ensinou-nos: a adquirir produtos que gastam menos energia; trocar a lâmpada incandescentepor lâmpadas fluorescente; e evitar banhos longos; a maximizar a utilização do ferro de passar ligando-oapenas uma vez por semana e passando tudo de uma vez; a determinar períodos para utilização da máquina delavar; a apagar as luzes ao sair do ambiente. São hábitos que toda a família já deveria ter internalizado, comocultura familiar.

Sobre o telefone: aprender a ler a conta; ser objetivo; olhar os horários econômicos; comparar aspromoções para ligações interurbanas; educar as crianças e restringir o uso tanto para telefone fixo quandopara celulares; observar a tarifa de utilização de telefone fixo, fixo para celular e vice-versa; reclamar quan-do tiver os seus direitos não observados, ou seja, a inclusão de planos promocionais e ligações não realiza-das em sua conta.

Vejamos outros procedimentos úteis:

• Aprender a calcular o consumo diário de gás, luz, água, quando;• Para economizar gás: podemos colocar os ingredientes de molho para cozinhar mais rápido,

aprendemos a abafar os alimentos para terminar o cozimento, e buscando sempre manter as vita-minas dos alimentos;

• No supermercado: fazer compras sem estar com fome; comprar o básico e evitar os supérfluos;pesquisar ofertas, buscando sempre a compra de produtos que não agridam a saúde e estimulema vida saudável; observando a disposição dos produtos nas prateleiras e conhecer o porquê daexposição dos produtos nos supermercados.

• No açougue: comprar as ofertas, buscar a qualidade e diversificar o consumo da carne;• No plano de saúde: avaliar qual o melhor em preço e qualidade na prestação do serviço;• No transporte: evitar o uso desnecessário do automóvel; fazer planejamento do roteiro de deslo-

camento; pesquisar preço de combustível, postos autorizados e que vendam combustível nãoadulterado;

• Vale-transporte: utilizar os vales que servem ao trajeto; orientar os filhos na rota a tomar e nautilização da quantidade dos vales durante o mês; explicar que o vale-transporte faz parte dosalário da família.

• Ao ter às propagandas de supermercados, comentar criticamente com a família a necessidadereal do produto, o apelo, o público alvo, enfim, fazer uma análise crítica do que estão tentandovender.

• Na realização de compras: dar prioridade e compras à vista, pechinchar ao máximo e não seenvergonhar de pedir desconto; exigir o documento fiscal sempre. Mudar uma cultura é um pro-cesso lento; portanto, deve-se analisar sempre ao adquirir um bem.

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Nota Fiscal na mão

Uma nota fiscal é um comprovante de compra.Análise esta nota fiscal com seus colegas:

1 - Nessa nota, o comerciante se esqueceu de preencher alguns dados. Quais são eles?

2 - Verificar que o número de série desta nota é 001574. Qual o número de série da nota anterior? Eda posterior?

3 - Qual é o endereço dessa casa comercial?

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Educação FiscalO que este cartaz quer informar?

Agora crie o seu cartaz sobre a Nota Fiscal.

Fontes de conulta:• Livro 3 - Objetivo Júnior - Professor.• Coleção Veredas - Projetos e Trabalhos Interdisciplinares.• Cartilha Educação Fiscal - Tudo às Claras• Apostilas Diversas

Elaboração:Dálete Simão de Oliveira

Professora - Escola Municipal Carvalhaes de Paiva - Jacuí.Ivete Pereira dos Reis

Supervisora - Escola Municipal Campos do Amaral.Vera Lúcia Elias Ribeiro

Supervisora - Escola Municipal Carvalhaes de Paiva - Jacuí.

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EDUCAÇÃOFISCAL

SER CIDADÃO

ISTO FAZ A DIFERENÇA

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FOLDERS:

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REVISTAS:

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1 – JUSTIFICATIVAPara que haja mudança de comportamento na sociedade, com o despertar da consciência de cidada-

nia, é necessária uma ação educativa permanente e sistemática, voltada para o desenvolvimento de hábitos,atitudes e valores. A Educação Fiscal é um trabalho de sensibilização da sociedade para a função socio-econômica do tributo. Nesta função o aspecto econômico refere-se à otimização da receita pública e oaspecto social diz respeito à aplicação dos recursos em benefício da população. Cada cidadão deve buscarser comprometido com o contexto social e a cultura em que vive.

Disseminada em todas as classes sociais, há uma comprovada carência do significado econômico,financeiro e social do tributo. Falta desenvolver uma consciência tributária coletiva, com respectivo con-senso ético.

A contribuição tributária é uma das fontes de recursos que pode se concretizar em obras e serviçospara a coletividade e precisa ser um valor cultural e um hábito generalizado.

É necessário que a contribuição tributária seja consolidada como obrigação individual e que aspessoas estejam empenhadas em acompanhar os meios e os resultados da aplicação dos recursos públicos.

Muitos alegam não confiar na aplicação dos tributos, mas nada fazem de concreto para alterar essasituação. Falta compromisso e ação. Falta valorizar a participação e mesmo reconhecer o direito e o deverde participar.

Para que sejam adotados, pelos cidadãos, novas atitudes e comportamentos, é fundamental que sedesenvolva a Educação Fiscal, atingindo todos os segmentos da sociedade.

2 – OBJETIVO GERALPromover e institucionalizar a educação fiscal para o pleno exercício da cidadania.

3 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS Sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do tributo. Levar conhecimentos aos cidadãos sobre a administração pública.

Incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos.Criar condições para uma relação harmoniosa entre a Nação, o Município e o Cidadão.

4 – DIRETRIZESÊnfase ao exercício pleno da cidadania.Tratamento das questões tributárias e de finanças públicas nos três níveis de governo.Caráter de permanência – Programa desvinculado de campanhas.Busca permanente do controle social (participação do cidadão na questão governamental).Conteúdo programático trabalhado de forma transversal, conforme proposta dos ParâmetrosCurriculares Nacionais.Incentivo à participação comunitária como processo de amadurecimento democrático de cadacidadão.

5 – ABRANGÊNCIAA implantação do programa se fará por meio dos seguintes módulos:Módulo I – Estabelecimentos de Educação InfantilMódulo II – Estabelecimentos de Ensino FundamentalMódulo III – Estabelecimentos de Ensino MédioMódulo IV – Estabelecimentos de Ensino SuperiorMódulo V – Empresários e Sociedade em Geral

6 – EIXOS DE CONDUÇÃO DO PLANEJAMENTOI – CONSCIÊNCIA DE CIDADANIA – Relação do cidadão com a sociedade e o Estado.II – COMPORTAMENTO TRIBUTÁRIO – Envolvimento teórico-prático em relação às questões

fiscais.III – ARTICULAÇÃO COLETIVA CIDADÃ – Expansão articulada com os segmentos institucionais

e sociais de São Sebastião do Paraíso e região.

Obs.: Os temas dos eixos temáticos serão trabalhados em todos os níveis de ensino. O diferencial seráa profundidade e a abordagem metodológica.

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7 – FONTES DE RECURSOS HUMANOS E FINANCEIROS• Patrocinadores• Prefeitura Municipal de São Sebastião do Paraíso• Administração Fazendária• Associação de Pais e Mestres• Colegiado Escolar• FACEAC, Curso de Ciências Contábeis (Empresa Júnior)• Profissionais da Educação das 3 Redes de Ensino• Imprensa falada, escrita e televisiva

8 – ESTRATÉGIA DE AÇÃOImplementação da Educação Fiscal através de:• Sensibilização da equipe de cada instituição (Escolas, Prefeitura Municipal, Associações, etc.).• Apresentação do Programa Educação Fiscal para a comunidade local.• Apoio Técnico de representantes da Secretaria da Fazenda, para implementação do programa.• Criação de boletins informativos.• Estabelecimento de parcerias com entidades diversas.• Aposição de mensagens de Educação Fiscal nos comprovantes de pagamento dos funcionários

públicos.• Estabelecimento de parcerias com os centros acadêmicos para ações conjuntas de Educação

Fiscal.• Inclusão do tema como proposta de monografia de graduação.• Desenvolvimento de projetos, de atividades permanentes e sequenciadas visando a formação so-

cial e pessoal da criança, do jovem e do adulto.• Produção de material para instrumentalização e capacitação de professores, pais e segmentos da

sociedade.

9 – RESULTADOS ESPERADOSO Programa de Educação Fiscal Municipal tem como objetivo a formação de cidadãos críticos e

atuantes, conscientes de seu dever de cumprir as obrigações tributárias e exercendo o direito de acompa-nhar a destinação dos recursos provenientes dos tributos arrecadados.

10 – INDICADORES DE AVALIAÇÃOPara avaliar os resultados da implantação do Programa de Educação Fiscal Municipal, será neces-

sário estabelecer relações entre a situação existente antes de sua implementação e a que vier posteriormen-te. Isso poderá ser feito mais detalhadamente junto ao público-alvo estudantil, utilizando-se os indicadores:

- Número de estabelecimentos abrangidos.- Número de professores participantes.- Número de alunos envolvidos.- Nível de absorção do conteúdo.

A avaliação qualitativa poderá ser efetuada mediante questionários, permitindo informações sobreo aprendizado.

Será feita cumulativamente com uma feira prevista para outubro, na data do Congresso da Educaçãoda SRE. Em dezembro as escolas deverão ter montados portifolios e relatórios de experiências desenvolvi-das.

Nos demais públicos-alvos, os resultados poderão ser avaliados mediante pesquisa de mudança decomportamento.

11 – MÓDULO II – ESTABELECIMENTOS DE ENSINO FUNDAMENTAL

I – Cenário

A implantação deste módulo será nos estabelecimentos de ensino das redes estadual, municipal eparticular.

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II – AbrangênciaAlunos, professores e profissionais do ensino fundamental da rede pública e privada.

III – ObjetivosEste módulo tem por objetivos a implementação, nos estabelecimentos de ensino fundamental, das

atividades voltadas para a Educação Fiscal e, mais especificamente, a inclusão, como tema transversal, nonúcleo “Cidadania e Ética”, de conteúdos diretamente voltados para aspectos tributários e compreensão daaplicação dos recursos públicos.

IV – Ações para o desenvolvimento deste módulo:a) Realização de reunião com os responsáveis pela execução do programa nos estabelecimentos de

ensino;b) Negociação das estratégias ou metodologia de ensino dos temas a serem ministrados;c) Avaliação do material didático a ser utilizado, adequando-o às peculiaridades locais.

12 – CAFEICULTURA

Situação Problema:- A cafeicultura descapitalizada devido a queda do preço do café;- Aplicação de agrotóxicos;- Preço da mão-de-obra;- Competitividade externa e interna.

Objetivos:- Sensibilizar o aluno sobre a importância do café no contexto social;- Demonstrar os efeitos dos agrotóxicos na saúde;- Divulgar a importância do café na arrecadação do ICMS do município;- Realizar trabalhos de sensibilização mostrando aos alunos a importância do café no município, como

meio de geração de emprego.- Exibir filmes sobre o café e sua importância na economia do país;- Entrevistas com representantes da cooperativa regional dos cafeicultores, secretários de meio am-

biente, administração fazendária, produtores rurais e outros.- Conscientizar o aluno quanto aos seus direitos sobre a arrecadação do ICMS na venda do café no seu

município;- Aproveitar o assunto do ICMS e discutir os outros tributos arrecadados dentro do município e Esta-

do;- Identificar as doenças provocadas pelos agrotóxicos no lavrador durante as aplicações nas lavouras

e no meio Ambiental;- Visita a Cooperativa para demonstração do beneficiamento do café.

Ações:- Realizar pesquisa de campo, mostrando aos alunos a real situação das fazendas produtoras de café:- Desenvolver projetos juntamente com a cooperativa dos cafeicultores mostrando a importância da

união cooperativa.

13 – CAFÉ – SAÚDE HUMANA E ECONÔMICA

- Histórico do caféOriginário da Etiópia (África Ocidental) das regiões denominada Kasta, difundido pelos árabes,

introduzidos na Europa pelas regiões portuárias de Veneza e Gênova (Itália), mais tarde nas colônias ameri-canas de clima tropical, introduzido na Brasil através da Guiana Francesa, onde as primeiras mudas foramtrazidas por Francisco de Melo Palheta no Estado do Pará, depois nas terras do centro-sul.

Passando por vários fatores sociais e econômicos, o café tornou uma bebida mundialmenteconsumida e conhecida, passando até por uma grande crise, a famosa crise de 29. Mesmo com o atualpanorama mundial da cafeicultura está assim distribuída em 2 segmentos:

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A – Países Produtores

B – Países Importadores

A – Países Produtores:1. Brasil – Maior Produtor (Segundo maior consumidor)2. Colômbia3. Vietnã4. Indonésia5. México

B – Países Importadores:1. Estados Unidos – Maior Consumidor2. Alemanha3. França4. Japão5. Itália

14 - EDUCAÇÃO FISCAL- Conceituar Taxas e Tributos- Bases de cálculo e isenção tributária

Ressaltar- O papel social do tributo e onde está sendo aplicado- O que é nota fiscal e sonegação

Culminância- Exposição de slogans e propagandas por toda escola- Apresentação de paródias, poemas e peças teatrais- Excursão ao Museu do Café em Ribeirão Preto- Excursão à Cooperativa de Café de São Sebastião do Paraíso

15 – TEMAS TRANSVERSAIS

MEIO AMBIENTE

Destino correto de embalagens vazias agora é lei Federal

ENTROU EM VIGOR desde 1º de junho de 2002 a lei Federal nº 9974 que fala sobre o descarte deembalagens vazias de agrotóxicos. Todas as embalagens vazias de produtos agrotóxicos compradosdentro do território Nacional terão que ser devolvidas em postos ou centrais apropriados para o recebi-mento nas cooperativas.

O comprador terá o prazo de 1 ano para devolver as embalagens vazias, com exceção nos casosem que o produto ainda não foi utilizado e sua validade não estiver vencida. É importante ficar atento noprocesso de devolução destas embalagens. As embalagens rígidas (aquelas que contêm produtos líqui-dos) deverão estar tríplice lavadas, e as contaminadas (sacos de papel, sacos plásticos) deverão serdevolvidas dentro de gig-bags.

O engenheiro agrônomo Frederico Augusto Avelar lembra que é importante guardar a nota fiscalde compra dos produtos fitossanitários. “É importante ressaltar que na entrega das embalagens vazias oprodutor tem que ter a nota fiscal de compra, porque este documento será carimbado e servirá de com-provante nos casos de uma fiscalização pelo IMA”, orienta.

A lei abrange ainda o uso de EPIs - equipamento de proteção individual - o aplicador de agrotóxicotem que estar devidamente protegido. Outro item que deve ser observado é o local de armazenamentodas embalagens vazias dentro da propriedade. “O que se sugere é que os produtores guardem estasembalagens vazias no mesmo local onde se guarda as cheias. Mas é importante lembrar que o lugartem que ser coberto, Ter piso de cimento, e uma boa ventilação”, explica Frederico.

A Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos em São Sebastião do Paraísoestá aberto todos os dias no horário comercial.

ENDEREÇO: Rua Urias Cruz, 160 Parque Industrial II - São Sebastião do Paraíso - MG.

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INFRAÇÃO MULTA (R$)s Não devolver a embalagem vazia comerciante, no prazo estipulado............ 3.298,70s Descartar sobras e resíduos em desacordo com a orientação do fabricanteou dos órgãos de agricultura, saúde e meio ambiente....................................... 3,511,53s Utilizar equipamentos de proteção e de aplicação com defeito ou semmanutenção ...................................................................................................... 3.617,90s Não fornecer equipamento de proteção ao trabalhador ou aplicador............. 4.043,50s Descartar embalagem sem fazer a tríplice lavagem e em desacordo coma orientação do fabricante................................................................................. 4.256,40s Não respeitar o período de carência após a aplicação................................... 4.256,40s Aplicar sem receita ou em desacordo com ela, e não devolver o produtocom validade vencida....................................................................................... 4.788,50s Armazenar de forma inadequada................................................................... 5.320,50s Comercializar produto com resíduo de agrotóxico ou afim acima depermitido........................................................................................................... 6.384,60s Comercializar produto agrícola proveniente de área interditada em razãodo uso inadequado de agrotóxicos ou afim....................................................... 6.491,00s Aplicar agrotóxicos não recomendado para a cultura.................................... 9.576,90s Produzir manipular, comercializar, armazenar e utilizar agrotóxicos semregistro............................................................................................................... 10.610,00s Vender, utilizar ou remover agrotóxicos ou afim interditado........................ 19.153,80

O IMA é o órgão responsável pela fiscalização do comércio, armazenamento e uso de agrotóxicosdestinados à proteção de florestas no Estado de Minas Gerais.

MATEMÁTICA

Sugestões de Atividade• Análise de gráficos• Estatística• Medidas• Safra / Custos• Resolução de Problemas• Probalidade• Preparação de receita

Aprenda a fazer um delicioso MOUSSE DE CAFÉINGREDIENTES:

2 pacotes de gelatina em pó sem sabor1 chávena de Café forte em quente1/2 chávena de leite1 chávena de natas4 ovos separados (gemas/claras)1/4 chávena de açucarRaspa de chocolate

CONFECÇÃO:Numa panela dissolva a gelatina no café quente. Acrescente o leite e as natas. Leve ao fogo baixo

e aqueça, sempre mexendo. Não deixe ferver. Reserve. Bata as gemas até que engrosse. Adicione 3/4de chávena de açúcar, aos poucos, batendo bem. Acrescente essa mistura lentamente ao creme reser-vado ainda quente. Leve ao fogo lento, mexendo sempre. Cozinhe até que engrosse um pouco e até quecura as costas de uma colher. Retire do fogo e deixe no frigorífico até que engrosse ligeiramente. Bata asclaras em neve. Aos poucos acrescente o açúcar restante batendo sempre. Acrescente à mistura decafé e misture cuidadosamente. Despeje numa forma com 2 litros de capacidade.

Leve ao frigorífico até que fique firme. Desenforme e enfeite com raspas de chocolate.

PORTUGUÊS

Sugestões de Atividades:• Produção e interpretação de textos;• Textos informativos;• Recorte de jornais atuais sobre o tema;• Entrevistas com produtores, trabalhadores, técnicos de café;• Paródias e poemas.

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Café em prosa e verso, um jeito mineiro de ensinarContextualizar a cultura do café através da educação escolar, este é o desafio proposto aos

professores de Minas Gerais. As secretarias de Estado de Agricultura e Educação e o Instituo Mineiro deAgropecuária (IMA), numa iniciativa pioneira estão promovendo durante todo o mês de novembro o con-curso Café em Prosa e Verso que deve envolver cerca de 4,6 milhões de alunos das escolas públicasestaduais e municipais do estado.

O concurso faz parte da Campanha para Valorização Educativa dos Café de Minas dentro doPrograma Mineiro de incentivo à Certificação de Origem e Qualidade do Café (Certicafé). O objetivo éestimular a população mineira a conhecer e falar do café, além de conscientizar para a adoção dacertificação de origem e qualidade da bebida. “O mineiro que conhece e sabe falar de café contribui paraque a economia de Minas vá mais longe”, este é o tema desenvolvido durante a campanha. A propostatem por base que o café é o principal produto do PIB agrícola mineiro, gerando receitas para cerca de60% dos municípios e principal fonte de renda para 90 mil propriedades. Durante o lançamento regionaldo Café em Prosa e Verso em São Sebastião do Paraíso, o direitor-geral do IMA, Célio Gomes Floriani,explica que Minas é um estado vendedor, uma vez que apenas 10% do café produzido fica no Estado, porisso, é importante que toda a sociedade saiba da importância do café. Floriani ressaltou ainda que tendocomo pressuposto que o hábito de se tomar café vem da infância, é importante desenvolver mais merca-dos consumidores “não temos excesso de produção, temos baixo consumo per capita” finaliza.

Para o secretário Adjunto de Estado da Educação de Minas Gerais, Agamenon Siqueira, a escolatem que ter autonomia para desenvolver seu projeto pedagógico porque a pedagogia exige umacontextualização, “a carga emocional é dada pelo contexto em que a criança vive” ressalta Agamenon.

Orientados pelas professoras os alunos terão todo o mês de novembro para desenvolveremredações, monografias, desenhos e poesias. Os melhores trabalhos individuais serão premiados comcomputadores, viagens de intercâmbio cultural, bicicletas e aparelhos de videocassete.

Previsão de Safra do CaféPesquisador José Braz Matiello, em entrevista ao Coffee Break (www.coffebreak.com.br), no dia

19 de janeiro, falou sobre a previsão da safra de café deste ano de 2004 feita pela Conab e sobre a atualsituação das lavouras no pais. Ele acredita haver distorções em algumas regiões como São Paulo eZona da Mata de Minas, que sofreram muito com a seca e não têm como produzir o valor estimado pelaConab. Matiello estima que a safra deve ocorrer próxima do limite mínimo da Conab, ou seja, entre 32 e35 milhões de sacas. O agrônomo afirma que muitas lavouras estão debilitada por causa da falta decuidados em função do baixo preço, mas já mostram sinais de recuperação. Ele alerta para que o produ-tor faça o máximo esforço para cuidar das lavouras que têm boa capacidade de produção, pois, combaixa produtividade, tem-se um custo elevado e que torna a atividade inviável economicamente.

CAFÉS ESPECIAISDe acordo com o diretor executivo da SCAA (Associação de Cafés Especiais dos EUA), Ted

Lingle, o mercado de cafés especiais deverá se manter em crescimento em 2004, com a expansão daÁsia e Europa. A expectativa é que o mercado asiático e europeu cresça de 5 a 7% neste ano, enquantoque nos Estados Unidos o crescimento pode ser de 3 a 4%.

CIÊNCIAS

Sugestões de Atividades:• Textos Informativos;• Beneficiamento do café;• Pragas do café.

Evolução no métodos de controle da ferrugem do cafeeiroA ferrugem do café, causada pelo fungo Hemileia Vistatrix, é uma doença previsível, porém após

um período de ataque, ela pode quase desaparecer aos olhos do produtor, para depois ressurgir e preju-dicando principalmente a produção do ano seguinte e alguns cafeicultores se esquecem desta sua ca-racterística traiçoeira.

A gravidade dos ataques depende de diversos fatores, como:- Agente patogênico, com raças mais ou menos virulentas e com menor ou maior presença de inóculos

no início do ciclo agrícola;- Plantas que, com alta carga e/ou afetadas por outros fatores, tornam-se mais suscetíveis;- Condições ambientais, como unidade e temperatura, favorecendo a inoculação e incubação, acele-

rando o processo desinfecção.Nas regiões leste e sudoeste do Brasil, em que se cultiva o café arábica, a ocorrência de condi-

ções favoráveis à doença leva a uma evolução normal no período de dezembro a maio ou junho.A desfolha provocada pela doença, além de reduzir a produção no próximo ano agrícola, acentua

a seca de ramos laterais, levando a uma gradual deformação das plantas.

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OS MÉTODOS DE CONTROLE EVOLUÍRAM MUITODesde a constatação da ocorrência de ferrugem do café no Brasil, em 1970, as medidas de

controle evoluíram bastante em sua tecnologia. Hoje, os cafeicultores têm várias alternativas à sua dis-posição. As pesquisas desenvolvidas visaram a utilização de métodos eficientes e econômicos, aplicá-veis a diversas condições das lavouras. Assim, de acordo com o sistema de plantio e condução docafezal, declividade da área, tipo de produtor, tamanho da lavoura e outros aspectos, deve-se escolher ométodo mais adequado a cada situação.

O primeiro sistema desenvolvido foi o tratamento com fungicidas preventivos, com ação de con-tato, destacando-se aqueles à base de cobre, com aplicação de 6 a 15kg/ha/ano, divididos em 3 a 5pulverizações durante o período infectivo da doença, de novembro ou dezembro até março ou abril. Osegundo sistema, implantado a seguir, foi o uso da fungicidas sistêmicos, aplicados com 1 a 3 pulveriza-ções por ciclo de ferrugem. Inicialmente foram introduzidos produtos à base de Triadimefon e Triadimenol,seguindo-se outros produtos do grupo dos Triazóis, como Cyprocinazole, Hexaconazole, Porpiconazolee Tebuconazole. O mais novo representante desse grupo é o Expoxiconazole.

Esses fungicidas apresentam ação preventiva e/ou curativa, tendo características pouco distin-tas. Seu grau de eficiência varia com as épocas em que são aplicados. Podem ser usados isoladamenteou associados com outros fungicidas, como os cúpricos.

Outros sistemas é o da combinação de fungicidas com inseticidas, ambos com ação sistemáti-ca, aplicados no solos.

Além do controle químico, já existem variedades de cafeeiros resistentes à ferrugem, que vemsendo introduzidos em pequena escala.

Como se vê, existem várias alternativas para o controle da ferrugem, devendo ser escolhidas asque melhor se adaptem às condições de cada lavoura, levando-se em conta a operacionalidade, a rela-ção custo-benefício e o grau de eficiência.

Deve-se considerar a possibilidade da aplicação simultânea, por pulverização, de fungicididascontra a cercosporiose, de inseticidas para o combate do bicho-mineiro, da broca e outras pragas, bemcomo de micronutrientes, visando corrigir deficiências nutricionais. Os diversos fatores que afetam ne-gativamente uma planta de cafeeiro tendem a torná-lo mais suscetível ao ataque de ferrugem.

O produtor brasileiro precisa de alta produtividade e de alta qualidade, a custos razoáveis, paraisso estão disponíveis e devem ser utilizadas de forma racional mediante um planejamento adequado.

GEOGRAFIA e HISTÓRIA

Sugestões de Atividades:• História do café;• Regiões produtoras no Brasil e no Panorama Mundial• O café e a globalização;• Textos informtivos;• Trabalhos com mapas;• Época de safras;• Montagem de painel.

A cafeicultura, o clima e a criseO departamento técnico da Cooparaiso alerta para as condições das lavouras após a colheita. A

Cafeicultura está passando por tempos difíceis, os preços são os mais baixos das últimas décadas.Desde de maio de 2001, quando o valor da saca de 60 kg veio abaixo dos US$ 100.00 (dolar americano),o preço só vem diminuindo, fechando na Segunda feira US$ 35,27 ou R$ 101,00 a saca. O preço éinferior ao custo de produção para os níveis brasileiros de produtividade.

Nestes patamares de preços, o cafeicultor passa a ter dificuldades em manter sua lavoura, pois,os insumos como fertilizantes e defensivos, são cotados em dolar. Com as últimas altas da moedaamericana, seus valores tem tido elevação contínua.

Como a agricultura é uma “indústria a céu aberto”, fatores relacionados ao clima, afetam direta-mente os resultados das lavouras. Tivemos sacas bastante fortes nos anos de 1999 e 2000, que refleti-ram em perda de produção nas safras subsequentes. Nas lavouras mais velhas o reflexo destas secasainda são aparentes, pois, parte das raizes das plantas não se recuperam, principalmente as que alcan-çam partes mais profundas do solo, aumentando o estresse hídrico das plantas.

A safra 2002/2003, que é uma das maiores já produzidas pelo Brasil, 44,6 milhões de sacassegundo o Conselho Nacional de Abastecimento - CONAB - tem apresentado condições delicados noque se refere a possibilidade de manutenção das lavouras e ao clima, fazendo com que a boa parte daslavouras cafeeiras de Minas Gerais, entrem em processo de depauperamento, ou seja, esgotamentonutricional das plantas. Isso é ocasionado por fatores diversos (seca, geada, safra alta, adubação oucontrole de pragas e doenças insuficiente, etc.) não havendo, em muitas situações, possibilidade derecuperação. Nossas lavouras já estão mostrando casos de depauperamento, veja porque:

• Os tratos culturais foram diminuídos, em pelo menos 30% nas adubações e 20% no controle dedoenças e pragas.

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• As estações chuvosa, que teve início em setembro de 2001, começou muito bem, porém a partir demarço de 2002 a situação se inverteu, pois em relação as precipitações médias dos últimos 30 anos, emmarço tivemos 60,9 mm a menos; em abril 76,1 mm a menos; em maio 41,9 mm a menos e em junho31,1 mm a menos, pois neste mês não choveu.

• As altas temperaturas registradas nos meses de março a junho de 2002, também contribuíram demaneira decisiva para o quadro atual das lavouras, já que fazem aumentar a evapotranspiração, ou seja,perda de água pela evaporação do solo e pela transpiração da planta.

Concluindo, a má distribuição de chuvas, as temperaturas mais altas e o menores tratos cultu-rais, terão reflexo direto na produção brasileira para as próximas safras, pois diversos produtores nãoterão lavouras em condições de produção.

ENGENHEIRO AGRÔNOMOS: Cesar A. C. Candiano, Clayton Grillo Pinto, Francisco B. Oliveira e Marcelo M. AlmeidaINFORMATIVO COOPARAISO julho/2002

Pensando no Futuro dos Cafés do BrasilCertamente trata um de nós se lembra muito bem de onde estava e o que fazia no último dia 11 de

setembro, o dia em que o mundo mudou! Nós, do Conselho Nacional do Café, temos nítido na memóriaque nesse dia o café também estava mudando.

Depois de passar pelo Ministério da Agricultura e pelos gabinetes, dos deputados Silas Brasileiroe Carlos Mosconi, já com a visão das duas torres do World Trade Center, atingidas, dirigimo-nos aogabinete do Ministro Carlos Melles, para uma das mais importantes reuniões que a cafeicultura já teve ali,com nosso Ministro cafeicultor, presidente honorário do Conselho Nacional do Café, nos preparamospara uma reunião que demonstraria que as forçaspolíticas do Estado de Minas Gerais estariam todasmobilizadas para dar ao cafeicultor brasileiro a necessária resistência nesse momento de crise Interna-cional do café Carlos Melles, que já fora o criador do Conselho Deliberativo da Política do café, dava maisum importante passo para fortalecer o cafeicultor, para mostrar que nosso setor, devido à sua importân-cia econômica e social, não podia se apequenar, limitando suas ações aos gabinetes de quarto escalãodo Governo Federal.

Usando sua indiscutível bagagem política, Melles mobilizou os também os Ministros Pimenta daVeiga e Roberto Brandt, além do presidente da Câmara Federal Aécio Neves, para um esforço concentra-do visando demonstrar que os mais graduados representantes do povo mineiro estavam decididos agerar as decisões políticas necessárias a resolver o problema da dívida dos cafeicultores. Dali dirigimo-nos ao gabinete do Ministro Pimenta da Veiga, coordenamos nossas ações, foram contatados os minis-tro Marlan e Pratini de Moraes e Pedro Parente, lembro-me como se fosse hoje que o ministro Pimenta,a respeito do ataque terrorista mencionou que “amanhã o mundo será outro!”.

Eu, que há 15 anos atuo diretamente na representação dos cafeicultores pensei: “a cafeiculturatambém, a partir de hoje, será outra” . Nunca se viu tamanho esforço político pelo setor, o que somente seconsegue tendo pessoas realmente identificadas conosco nos mais altas escalões de poder da nação.As ações visando resolver problemas imediatos são sempre muito importantes. Mas o comprometimen-to do Conselho Nacional do Café, orientado pelo Ministro Carlos Melles, não se limita às ações de interes-se imediato. A organização Institucional do setor, iniciada pela constituição do Conselho Deliberativo daPolítica do Café, é nosso grande objetivo. Dotar a cafeicultura de um poder de gestão institucional, com aparticipação de toda a cadeia produtiva, ai incluídos os comerciantes e industriais, ampliando nossocampo de visão e assumindo maiores responsabilidades é nosso objetivo. Para alcança-lo e assimfotalecermos o cafeicultor, é indispensável contarmos com uma grande força política, composta porpessoas realmente comprometidas com a enorme função social desempenhada pela cafeicultura.

Nessa ação a Cooperativa de São Sebastião do Paraíso desempenha um dos mais importantespapéis. O papel de fomentar a união dos produtores e políticos de Minas Gerais, nosso maior e maisimportante estado produtor, que acolhe também as maiores lideranças políticas de nossa cafeicultura,sempre liberadas e coordenadas por nosso mais eminente cafeicultor, o Ministro Carlos Melles.

Manoel Vicente Fernandes Bertone - Presidente da Garcafé - Diretor Superintendentedo Cosnelho Nacional do Café e Membro do Conselho Deliberativo da Política do Café.

16 – SUGESTÕES DE ATIVIDADES DOS CONTEÚDOS: ARTE, MATEMÁTICA, PORTUGUÊS,CIÊNCIAS, HISTÓRIA, GEOGRAFIA

ArteSugestões de Atividades• Teatro• Apresentação das paródias e poemas• Desenhos• Slogans• Criar propagandas

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17 – ELABORAÇÃO

1ª Etapa

1. Ana Elizabete de Carvalho Pádua, Assessora dos Centros de Educação Infantil Municipal e Coorde-nadora da Escola Nova

2. Aparecida Marques Soares Neto, Escola Municipal Wulfida Marcolini3. Arlete Pereira de Carvalho, Professora da FACEAC4. Clélia Lino de Oliveira Borges, Escola Estadual de 1º Grau no Bairro Boa Vista5. Estela Neves Borges, Professora de Geografia na Escola Estadual Clóvis Salgado – 5ª a 8ª séries e

na Escola Estadual Benedito Ferreira Calafiori – Ensino Médio6. Jefferson Soares de Avelar, Coordenador da Área Profissionalizante – ETFG7. Léa Aparecida de Carvalho, Coordenadora do Centro de Educação Infantil Municipal Dª Messias

Alves Luiz Cerize8. Maria Eunice Pereira Rodrigues, Supervisora da Escola Municipal Campos do Amaral e Professora

da Escola Estadual Comendadora Ana Cândida de Figueiredo9. Maria Madalena de Pádua Furlan, Gerência Municipal de Educação, Cultura e Esporte10.Oliveiros Ramos Pereira, Inspetor Escolar da SRE – São Sebastião do Paraíso11. Sônia de Pádua, Escola Municipal Napoleão Volpe e Escola Municipal Campos do Amaral12.Terezinha Pimenta Pessoni Sobrinho, Diretora da Escola Técnica de Formação Gerencial – SEBRAE/

ACISSP13.Virgínia Maria Borges de Souza, Inspetor Escolar da SRE – São Sebastião do Paraíso

2ª Etapa

1. Janette Mafra, Escola Estadual Coronel José Cândido2. Marcia Vera Bueno Pereira, Escola Estadual Comª. Ana Cândida de Figueiredo3. Sônia de Pádua, Escola Municipal Napoleão Volpe e Escola Municipal Campos do Amaral4. Leide Aparecida Bueno Prates, Escola Estadual Profª. Maria Leonor Nasser – Jacuí5. Dálete Simão de Oliveira, Escola Estadual Profª. Maria Leonor Nasser – Jacuí

18 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Plano Nacional de Educação Fiscal• Plano Estadual de Educação Fiscal – MG• Parâmetros Curriculares Nacionais – Temas Transversais• Kit Capacitação de Educação Fiscal – Secretaria de Estado da Fazenda – MG• Verista Super Interessante – Julho/2003, pág. 86-90• Revista Veja – 28/04/04, pág. 40-47• Legislação Tributária• Escola Superior de Administração Fazendária – http://www.esaf.fazenda.gov.br• Lei de Responsabilidade Fiscal para Municípios – http://www.federativo.bndes.gov.br• Ministério da Fazenda/Tesouro Nacional – http://www.tesouro.fazenda.gov.br• Ministério Público (Procuradoria Geral de Justiça de MG) – http://www.pgj.mg.gov.br• Ouvidoria Geral do Estado do Paraná / Cidadania – http://www.pr.gov.br/ouvidoria/cidadanc.html• Portal Minas (Página do Governo de MG) – http:/www.mg.gov.br• Secretaria da Receita Federal – http://www.receita.fazenda.gov.br• Secretaria de Estado da Fazenda de MG/Principal – http://www.sef.mg.gov.br• Secretaria de Estado da Fazenda de MG/Educação Fiscal http://www.sef.mg.gov.br/edutribu/

eduprinc.htm• Secretaria Federal Controle Interno – http://www.sfc.fazenda.gov.br• Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais – http://www.tce.mg.gov.br• Fitas cedidas pela Administração Fazendária

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MATERIAL DE APOIO

SUGESTÕES DE TEXTOS PARA ESTUDO

HISTÓRICO DA CAFEICULTURAA cafeeiro é uma planta originária do continente Africano, das regiões altas da Etiópia (Cafa e Enária),

onde ocorre espontaneamente como planta de sub-bosque A região de Cafa pode ser a responsável pelonome café à planta, ao fruto, à semente, à bebida e aos estabelecimentos que a comercializam.

Segundo uma das “lendas” da descoberta do cafeeiro, um pastor etíope foi quem percebeu que algu-mas de suas cabras mudaram seu comportamento após fazer uso de folhas da planta de café em sua alimen-tação, influenciando o comportamento de monges que o observaram.

Da Etiópia foi levado para a Arábia, Egito, vários países da Europa e depois para possessões ibéricasnas Américas, de onde foi para os Estados Unidos, hoje seu maior consumidor e importador.

No Brasil, o desenvolvimento da cultura confunde-se com a própria história do País, que por adapta-ção e mesmo por vocação, chegou a macar época devido a sua grande importância econômica e social (o“Ciclo do Café”). Coelho Neto, escritor brasileiro, escreveu que “a história do Brasil foi escrita com tintade café”, tamanha foi a importância da cultura para o desenvolvimento do País, misturando-se inclusive coma sua própria história política e econômica.

LENDAS SOBRE A DESCOBERTA DO CAFEEIRO PELO HOMEMUma das lendas conta que um pastor da Etiópia observou que suas cabras se tornavam mais vivas e

saltitantes após comerem folhas e fruto de plantas de café. Vendo isto, o próprio por curiosidade passou acomer folhas dessas folhas dessas plantas, notando seu efeito estimulante e tornando-se mais esperto,inteligente e comunicativo. Um monge, vendo o efeito nas cabras e no pastor, preparou um infusão dasfolhas que, após ingerida, o ajudava a se manter acordado durante as vigílias, lutando contra o sono. Assimoutros monges passaram a fazer uso dessa infusão para suportar melhor as longas vigílias, mas mantiveramo segredo nos conventos por muito tempo, até que chegou ao conhecimento de mercadores que o levaramaos poderosos palacianos e dai difundido junto aos nobres.

Outra lenda conta que o profeta Maomé, que se encontrava com uma enfermidade que o mantinha emconstante estado de sonolência, recebeu a visita do Anjo Gabriel que lhe ofereceu uma bebida de cor pretae gosto amargo e após bebê-la por algum tempo, voltou a ficar lúcido e disposto.

Independentemente de sua real descoberta, fato é que, desde seu começo como alimento e bebida,primeiro na Etiópia e depois na Arábia, o café se converteu na infusão preferida para ser tomada pela manhãe após as refeições. Os árabes, com sua engenhosidade, foram os primeiro a usar o caldo extraído do grão,tornando-o popular e difundido-o por todo o mundo.

O CAFÉ COMO ESTIMULANTE E ALIMENTOConta a história que antigamente o povo etíope em suas peregrinações através dos desertos, costu-

mava levar em bolsas de couro, como seu único alimento, bolos esféricos, do tamanho de bolas de bilhar,que eram assados em mistura com óleos e gorduras.

Da Etiópia o café foi levado para a Arábia por mercadores, onde a planta e o produto foram grandementedifundidos. Ali foi chamado de Kaywa (vinho, na linguagem árabe), podendo também ser esta a origem donome café.

Na medicina árabe a bebida era indicada como preventivo de sonolência, para cura de dores de cabe-ça e tosse e estimulante do cérebro. Tinha indicação também como moderadora para “beberrões”, auxiliarda digestão, para aliviar incômodos periódicos das mulheres árabes, combater vermes das crianças, entreoutras indicações.

Até hoje a bebida de café tem sido indicada para muitas dessas finalidades. Pesquisas recentes têmsido realizadas, como as do Professor Darcy Roberto lima, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, queconcluem que o café atua nos sistema nervoso central, sistema cardiovascular, trato gastroentestinal, rim efígado, pelas seguintes razões:

- Estimula o cérebro;- Tem cafeína e lactonas;- Diminui a apatia e depressão;- Estimula a memória, atenção e concentração;

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- Ajuda a previnir o consumo de drogas e álcool;- Diminui a incidência de cirrose em alcoólatras.

DISPERSÃO DO CAFÉ COMO CULTURA EM PAÍSES PRODUTORESE COMO BEBIDA EM PAÍSES CONSUMIDORES EM TODO MUNDO

Da Etiópia o cafeeiro foi levado para a Arábia, no século XV, sendo primeiramente cultivado pelohomem em infusões com o nome de “Kahvah” ou “Cahue”. Ainda na Arábia essa planta “milagrosa” assumiagrande importância social devido ao seu uso na medicina da época para a cura de diversos males; desdeentão despertava naquele povo um grande interesse econômico, pois vislumbravam a possibilidade de ex-portarem o produto para outros povos, gerando grande capacidade de troca de mercadorias. Os árabes ten-taram manter o privilégio, pois foram os primeiros a cultivar a planta, mas descoberta por poderosospalacianos foi difundida pelas nobrezas do ocidente. Foi levado primeiramente para o Egito no século XVIe logo depois para a Constantinopla (hoje Istambul), importante centro comercial da época.

Na Europa, no século XVII, foi introduzido como bebida na Itália e na Inglaterra. O café era consu-mido por diversas classes sociais, inclusive por intelectuais, concorrendo pelo mercado com outras bebi-das, como cervejas, bebidas alcoólicas em geral e com o chá, tradicionalmente consumido pelos ingleses.Logo depois passou a ser consumido em vários outros países europeus, chegando à França, Alemanha,Suíça, Dinamarca e Holanda. Na França, ficaram famosos os cafés parisienses que eram freqüentados porintelectuais da época. Voltaire, por exemplo, quando alguém lhe afirmava que o café era veneno, dizia:“veneno lento, sem dúvida, pois há 50 anos que bebo sem que ele tenha produzido efeito”, Voltaire morreucom 84 anos de idade. Seguindo sua marcha de dispersão pelo mundo o café chegou nas Américas, atravésde possessões Ibéricas, de onde foi para os Estados Unidos, atualmente o maior consumidor e importadormundial de café.

Foram os holandeses que disseminaram o café pelo mundo; inicialmente transformaram suas colô-nias nas Índias Orientais em grandes plantações de café e junto com franceses e portugueses transportaramo café para a América, através do Atlântico. Na Guiana Holandesa (hoje Suriname), foram introduzidasmudas de uma planta existente no Jardim Botânico de Amsterdã, na Holanda. Daí, chegou à Guiana Francesaatravés do Governador de Caiena que conseguiu, de um francês chamado Morques, algumas sementes dasplantas existentes no Suriname, semeando-as no pomar de sua residência. A partir desse pequeno plantio osargento Mor Francisco de Mello Palheta transportou para o Brasil, na cidade de Belém no Estado do Pará,em 1727, algumas sementes e plantas ainda pequenas.

Em Belém do Pará a cultura não foi muito difundida, sendo levada nos anos seguintes para oMaranhão, chegando à Bahia em 1770. No ano de 1774, o Desembargador João Alberto Castelo Brancotrouxe do Maranhão para o Rio de Janeiro algumas sementes que foram semeadas na chácara do Conven-to dos Frades Barbadinos. Daí, espalhou-se pela Serra do Mar, atingindo o Vale do Paraíba no ano de1825. De São Paulo, foi para Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e mais recentemente para o MatoGrosso e Rondônia.

Acredita-se que as razões que levaram o café a se desenvolver como cultura econômica apenas nocentro-sul do Brasil e não na região norte, onde foi introduzido, sejam ligadas as exigências em clima esolo, além da uniformidade genética do material original (cultivar “Arábica” ou “Típica”) que certamentedificultou sua adaptação. Encontrando solos naturalmente férteis e temperaturas mais amenas, além dasprecipitações pluviométricas semelhantes às da Etiópia, o café teve franca expansão no centro-sul do País.A cultura teve grande expansão a apartir de 1835-40, quando chegou no Oeste Paulista; nesta época, agricul-tores das cidades de Campinas e Ribeirão Preto plantaram seus primeiros cafezais, a Alta Paulista e oEstado do Paraná entre 1928 e 1930. O norte do Estado do Rio de Janeiro e o Espírito Santo já cultivavamgrandes lavouras de café desde 1920.

IMPORTÂNCIA SÓCIO-ECONÔMICADA CAFEICULTURA PARA O BRASIL

Até 1820 o Brasil não era considerado exportador de café, embora em 1800 o café tenha sidoexportado pela primeira vez, quando apenas 13 sacas foram embarcadas no porto do Rio de Janeiro.

Antes da independência, consta que algumas outras partidas de café foram realizadas, tendo comodestino Lisboa e sendo cafés principalmente dos Estados do Norge, mas em pequenas quantidades que nemsequer foram registradas. O Brasil da iniciou realmente sua projeção como grande produtor e exportadorde café após a independência e já em 1845 colhia 45% da produção mundial, sendo a partir dessa data omaior produtor de café do mundo. A produção média anual de café no Brasil nos últimos 35 anos foi de 24,3

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milhões de sacas de 60Kg de café beneficiado, sendo que em 1994/95 atingiu 26,0 milhões e em 1995/96apenas 12,5 milhões, em conseqüência das geadas ocorridas em 1994. O consumo interno tem aumentadonos últimos anos, sendo que em 194 já atingia 9,3 milhões de sacas anuais; a expectativa é de que o Brasilconsuma cerca de 15 milhões de sacas por ano, a partir do ano 2000.

A produção média anual do café no mundo, nos últimos 10 anos é da ordem de 95 milhões de sacas.Em 1992/93 o consumo mundial de café foi de 95,3 milhões de sacas (1,1 kg “per capta”), aumentando para98,1 milhões em 1993/94 e estimado em 97,5 bilhões em 1994/95; a média nos últimos três anos é deaproximadamente 97 milhões de sacas, indicando uma ligeira tendência de alta. O consumo “per capta” noBrasil já foi de 4,5 kg, na década de 1970, mas hoje, com a queda do poder aquisitivo da população e aconcorrência por bebidas alternativas como sucos e refrigerantes, o consumo é de apenas 2,8 kg/habitante/ano. É interessante observar que países como a Finlândia, a Dinamarca, a Noruega e a Holanda consomemmais de 10 kg de café “per catpa” e mesmo o Japão, que não tem tradição no consumo de café, atinge 2,9 kg“per capta”. Em 1994 a receita cambial gerada pelo café na economia nacional foi de 2,53 bilhões dedólares, correspondendo a aproximadamente 6% das exportações brasileiras, porém o café já contribuiucom mais de 75% das exportações, quando o setor industrial tinha menor participação.

As riquezas geradas pela cafeicultura possibilitaram o desenvolvimento e a industrialização de mui-tas regiões. Como exemplo citam-se a criação de rede ferroviária, asfaltamento de estradas, energia elétri-ca e industrialização, nos Estados de São Paulo (Campinas, Ribeirão Preto, por exemplo) e Paraná(regiãode Londrina). Álvaro Gonçalves, em seu trabalho “Aristocracia Rural e Fidalgos do Café” publicado naRevista do Departamento Nacional do Café (junho de 1943), escreveu o seguinte “...O surto ferroviário noBrasil já determinado pelo café; foi ele que apontou a urgente necessidade de um meio mais rápido,mais eficiente, mas prático e, sobretudo, que lograsse maior efeito na sua disseminação no mercadoconsumidor e também nas praças que faziam, à sua custa, os malabarismos de enormes inversões decapitais... A primeira estrada de ferro brasileira, a de Mamá à Raiz da Serra da Estrela, e, depois a deDom Pedro II, teve noventa e nove razões no café para existir. E não apenas isso: ia também o cafédeterminado a abertura de novos outros quilômetros de chão trilhado, rumo aos povoados que sóhaviam conhecido o lombo suarento dos muares...E essa aproximação não vinha à toa, não nascia pormero acaso, ou porque tais zonas eram as melhores para o plantio dos trilhos. Toda vez que o homemsentiu que um elemento do progresso podia aumentar suas possibilidades de lucro, ele se filiou, decidi-damente, a esse elemento. E não fosse assim, aliás, o progresso passaria a ser estático e não-dinâmico,super-dinâmico, como sói ser.”

Sem dúvida, muito do progresso conquistado pelo Brasil nos vários setores da economia, inclusive aprópria industrialização do centro-sul, foi acentado no alicerce de uma cafeicultura forte, competitivainternacionamente e sobretudo geradora de divisas, cujos recursos gerados pelas exportações foram apli-cados em prol do desenvolvimento do País. O café foi para o Brasil e ainda é para várias de suas regiõesprodutoras a força propulsora do desenvolvimento sócio-econômica, produzindo e distribuindo riquezas,além de ter uma grande capacidade geradora de empregos e de ser importante fator de fixação de mão-de-obra na zona rural. No Brasil, para cada hectare de café plantado, são gerados aproximadamente 2,3 empre-gos diretos e pelo menos 4 indiretos.

O parque cafeeiro no Brasil é de aproximadamente 3,5 bilhões de covas, em áreas superior a 2,3milhões de hectares. Cerca de 80% do total produzido é de cultivares da espécie Coffea arabica (caféarábica) e os 20% restante da espécie C. canephora (café robusta). Em que pese o Brasil ser o maior produ-tor mundial de café, sua produtividade é muito baixa, com média móvel girando ao redor de 10 sacas bene-ficiadas de 60 kg/ha/ano. Outros países, como a Costa Rica e a Colômbia chegam a obter acima de 20 sacas/há; uma das principais causas da baixa produtividade brasileira é a pequena população de plantas por hectare,em média inferior a 2.000 covas/ha.

MINAS GERAISO Estado de Minas Gerais é hoje o maior produtor de café do Brasil. Cerca de 45 a 50% do café

brasileiro é colhido nas regiões produtoras de Minas Gerais.A principal e mais tradicional região cafeeira do Estado é o Sul de Minas, com aproximadamente

50% da produção estadual. Caracteriza-se pela produção de cafés de excelente qualidade, devido suas con-dições de clima e solo favoráveis ao desenvolvimento da cultura; o café é produzido em solos sob vegeta-ção de cerrado e em solos mais férteis, nas regiões montanhosas. São mais de 28 mil propriedades quecultivam cerca de 630 milhões de covas de café, numa área de aproximadamente 370 mil ha. Predominamas pequenas e médias propriedades cafeeiras, com poucas Agroindústrias envolvidas na produção; cerca de

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95% das propriedades cafeeiras do Sul de Minas possuem menos de 50ha. O café responde por aproxima-damente 71% da receita bruta e ocupa apenas 17% da receita bruta e ocupa apenas 17,5% da área daspropriedades cafeeiras do Sul de Minas. A região está estrategicamente localizada, eqüidistante de trêsgrandes capitais (São Paulo-SP, Rio de Janeiro-RJ e Belo Horizonte-MG) e dos portos de Santos-SP e doRio de Janeiro-RJ. Os cafeicultores são organizados em Cooperativas, distribuídas nas várias microrregiõesprodutoras; distribuídas nas várias microrregiões produtoras; no Sul de Minas tem-se a maior concentraçãode Cooperativas de Cafeicultores do Brasil, que prestam serviço de assistência técnica, análises de solo efoliar, fomento, beneficio e rebenefício, armazenamento e comercialização de café.

As regiões do Alto Paraíba e do Triângulo Mineiro (região do “café do cerrado”) ocupam hoje osegundo lugar em produção no Estado. Com uma cafeicultura altamente tecnificada, predominam as gran-des propriedades e agroindústrias. Em razão de suas características próprias de clima e solo, favoráveis aodesenvolvimento da cultura, em especial à realização da colheita (em época coincidente com período debaixas precipitações pluviométricas, com reduzida umidade relativa do ar), também produz cafés de exce-lente qualidade. A topografia é muito plana, favorecendo a realização de várias operações com máquinas,inclusive a colheita mecanizada, em expansão na região. A irrigação das lavouras tem sido uma práticacomum em algumas microrregiões, cujo déficit hídrico chega a comprometer o desenvolvimento e a pro-dução do cafeeiro; é uma das regiões do País que mais emprega a irrigação na cafeicultura. Os cafeicultoressão organizados em Associações, por microrregião produtora, reunidas em torno do Conselho das Associ-ações dos Cafeicultores do Cerrado (CACCER). Um agressivo e importante trabalho de ´markentig` érealizado pelo CACCER, que criou a marca ́ Café do Cerrado`, hoje difundida e comercializada em todo omundo.

Outra região cafeeira de Minas Gerais é a Zona da Mata (leste do Estado, divisa com Espírito Santoe Rio de Janeiro). É uma região montanhosa, caracterizada por uma cafeicultura de pequena e média produ-ção, em lavouras com menor espaçamento, onde predominam os tratos manuais e a tração animal. Em razãoda maturação final dos frutos e o período de colheita coincidir com o período de elevada umidade relativado ar, inclusive com freqüente ocorrências de chuvas, a qualidade da bebida do café é comprometida, predo-minando os tipos de bebida rio e riada; a qualidade física, relacionada aos defeitos dos grãos, não é alterada.A Zona da Mata procura hoje comercializar seu café no mercado interno e em países que preferem a quali-dade de bebida ali obtida, como alguns mercados da França e do Oriente. Além da Zona da Mata, outrasregiões de Minas Gerais também produzem café, embora em menor quantidade; as regiões de Minas Geraistambém produzem café, embora em menor quantidade; as regiões do Rio Doce e do Jequitinhonha, nonordeste de Minas e a região noroeste do Estado, são exemplos de áreas em que a cafeicultura se encontraem franca expansão.

SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS DA CAFEICULTURA NO MUNDOAo todo, são mais de cinqüenta países produtores de café no mundo. Na maioria são países em

desenvolvimento e com situação econômica pouco estável, sendo o Brasil o que oferece melhores condi-ções econômicas, considerando-se o café e os demais segmentos da economia. A comercialização é muitasvezes desordenada, particularmente naqueles países mais pobres, que necessitam auferir divisas, promo-vendo a comercialização do produto em grandes lotes, o que às vezes resulta em queda nos preços interna-cionais.

A produção mundial situa-se entre 90 e 95 milhões de sacas beneficiadas por ano. Desse total, maisde 60 milhões de sacas são anualmente exportadas para os Estados Unidos da América e países da Europa,principalmente a Alemanha. O mercado mundial de café tem como grandes compradores e consumidoresos países produtores. Esses países usam sua “condição de força” para impor o preço de aquisição do produ-to e sua estratégia é adquirí-lo pelo menor preço possível. Outro agravante é a cartelização da importaçãode café, pois apenas sete firmas dominam cerca de 80% do mercado mundial, fazendo com a lei de mercadofuncione pura e simplesmente favorecendo o comprador. Articulações são necessárias entre os países pro-dutores para contrabalançar o quase monopólio dos poderosos grupos importadores.

A situação de alguns países produtores também preocupa o mercado. Os países africanos, por exem-plo, produzem mais de 20 milhões de sacas ao ano, a quase totalidade de ´café robusta‘ que é exportado,pois esses países consomem principalmente o chá. Em razão do reduzido custo de produção (cultura explo-rada de maneira extrativista e mão-de-obra farta e barata), esse países muitas vezes vendem o seu café amenores preços no mercado internacional, forçando as baixas e conquistando o mercado quando países,grandes produtores estão com problemas na produção de café, devido a estresses ambientais ou problemasde ordem econômica. Preocupante tambémé a situação de países que não têm tradição como produtores de

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café e hoje ampliam significativamente sua cafeicultura, como o Vietname, por exemplo, que embora aindadetenha pequena participação no mercado internacional, tem aumentado em muito sua produção, cerca dedez vezes em dez anos (de 300 mil sacas em 1985/86 para 3 milhões de sacas em 1994/95), com mão-de-obra farta e de baixo custo.

O Brasil, além de maior produtor mundial é o segundo maior consumidor (em alguns anos situa-seem terceiro em consumo, perdendo para a Alemanha). É um importante mercado em potencial pois ‘percapita´ tem drasticamente. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Torrefação e Moagem de Café(ABIC), de 1965 a 1993 a população brasileira aumentou em quase 88% e o consumo de café cresceu, nomesmo período, apenas 14%. Estratégias de ́ marleting‘ são necessárias para inverter essa situação, pois asubstituição do café por outros tipos de bebidas (especialmente os refrigerantes) é a principal causa daredução do consumo ́ per capita‘ no Brasil.

O CAFÉ NO VALE DO PARAÍBAO café, planta oriunda da Etiópia, começou a ser a grande riqueza do Brasil já no início do século

XIX. A procura do produto no mercado mundial aumentou muito nessa época, pois ao mesmo tempo em quetomar café se tornava um hábito crescente nos países europeus, as regiões cafeeiras originais enfrentavamsérias dificuldades. As plantações no Haiti e de São Domingos se desagregavam em função de rebeliões deescravos, e os americanos boicotavam o comércio inglês, monopolizador da produção de Java e Sumatra.Os primeiro fazendeiros brasileiros de café foram descendentes de portugueses, que vieram para cá duranteo ciclo do ouro no século XVIII e se enriqueceram no comércio. Com a decadência da mineração, aquelasfamílias se transferiram para a Corte no Rio de Janeiro, e resolveram aplicar suas reservas de capital ematividades agrícolas lucrativas. A partir da Baixada Fluminense, ponto inicial da difusão do café, as fazendasse multiplicaram, subiram a Serra do Mar e se espalharam pelo Vale do Paraíba. O sistema de produção decafé foi o mesmo da cana-de-açúcar, isto é, o de plantation: grandes latifúndios monocultores impulsiona-dos pela mão-de-obra escrava. Mas a abundância de terras, doadas pela Coroa aos ricos empresários, indu-ziu também a uma total despreocupação com o aprimoramento das técnicas de cultivo. A erosão e a máutilização do solo prejudicavam os cafezais, expondo suas raízes e enfraquecendo as plantações. No finaldo século XIX, o Vale do Paraíba, seus cafezais e seus barões estavam em franca decadência.

A COLHEITA E O BENEFICIAMENTO DO CAFÉA colheita do café começa em fins de maio. O primeiro trabalho é a varrição, varredura dos grãos que

caíram nos últimos períodos da manutenção. Depois vem a derriça, retirada dos grãos, com o trabalhadorcorrendo a mão pelos galhos do pé de café. Em seguida executa-se a abanação, que é a retirada dos ciscose detritos, com os grãos de café recolhidos sendo movimentados em peneiras. Após esta primeira etapa, ocafé é levado para a região da sede da fazenda, onde é lavado e posto para secar. A secagem leva mais oumenos dez dias. Depois de seco, inicia-se o beneficiamento. Os grãos são descascados e separados emtipos, de acordo com o tamanho. Finalmente o produto é ensacado e está pronto para a torrefação ou para avenda in natura. O único trabalho básico que o cafezal não dispensa é o de carpa, realizado cinco vezes porano para que o mato não cresça entre os corredores da plantação.

CAFÉ E ESCRAVIDÃOO café incrementou a escravidão. No final do século XVIII o tráfico negreiro estava mais ou menos

estacionado, mas o desenvolvimento das lavouras cafeeiras nas primeiras décadas do século XIX provocouum grande aumento da chegada de escravos. Na época da Independência existam cerca de um milhão e meiode escravos no País. Entre 1840 e 1850 calcula-se que desembarcaram no Brasil uma média de quarenta milescravos, e só no ano de 1848 entraram no porto do Rio de Janeiro sessenta mil cativos. Desde 1831 haviauma legislação nacional que deveria inibir o tráfico negreiro, porém o corte efetivo a esse lucrativo negó-cio só começou em 1845.

Nesse ano a Inglaterra promulgou um ato, o Bil Aberdeen, que permitia a seus navios e soldados acaça os traficantes até em terra de outras nações. No Brasil, onde os cafeicultores precisavam cada vez maisde escravos, a perseguição inglesa intensificou o contrabando, com desembarques de trabalhadores negrossendo efetuados em pequenos portos da costa do Sudoeste. Em 1854, a lei “Nabuco de Araújo”, extingiu otráfico, sendo fortalecido, então, o comércio interprovincial. As regiões mais pobres vendiam seus escra-vos, enquanto o Nordeste tinha mais de meio milhão. Cinqüenta anos depois, não viviam nem trezentos ecinqüenta mil cativos na região nordestina, enquanto no Sudeste o número de escravos ultrapassava osoitocentos mil. Mas a economia escravista, já no começo da década de 1880, estava em acentuado declínio.

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Além do enorme preço a que chegaram os trabalhadores, a baixa expectativa de vida, a elevada mortalidadeinfantil e as constantes fugas, faziam os “barões do café” arrancar os cabelos pelos prejuízos. Politicamen-te, crescia a campanha abolicionista e em pouco tempo estaria assinada a lei que abolia a escravidão.

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EDUCAÇÃO FISCAL

TEMA:

“COMÉRCIONOTA DEZ”

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SITUAÇÃO-PROBLEMA: SONEGAÇÃO DE IMPOSTOS - COMÉRCIO LOCAL

OBJETIVOS:* Conscientizar os alunos sobre a questão tributária;* Desenvolver o senso crítico dos nossos alunos;* Sensibilizar alunos e comunidade quanto à importância da exigência da Nota Fiscal, uma vez que,os impostos arrecadados serão revertidos ao bem-estar social.

AÇÕES:• Discutir sobre o tema “tributos” e sua finalidade, sensibilizando os alunos e pais;• Pesquisar sobre a emissão da Nota Fiscal no comércio local;• Levantar dados sobre a necessidade do seus bairro;• Entrevistar fiscais, comerciantes, moradores antigos da cidade;• Exibir filmes relacionados ao assunto.

CONTEÚDOS DISCIPLINARES

ATIVIDADES

PORTUGUÊS:• Análise de uma Nota Fiscal em sala:• Produção de textos, como: estória em quadrinhos paródias e slogans;• Cruzadinha;• Entrevista.

MATEMÁTICA:• Pesquisa sobre a emissão da Nota Fiscal;• Levantamentos de dados;• Gráficos de colunas;• Uso da Matemática Financeira: ICMS, IPI, Taxa e IR.

GEOGRAFIA:• Localizar e mapear os estabelecimentos que emitem Nota Fiscal e os profissionais liberais quanto

à emissão de recibos;• Confecção de mapas;• Construção de maquetes;• Levantamento do número de ruas não pavimentadas e/ou sem rede de esgotos no seu bairro.

EDUCAÇÃO ARTÍSTICA:• Teatro;• Música.

HISTÓRIA:• Filme;• Debate;• Conceitos de tributos, imposto, taxa, contribuição de melhoria;• Linha do tempo mostrando obras de dez anos atrás até nos dias de hoje, fazendo a comparação

entre elas.

CIÊNCIAS:• Doenças resultantes da precariedade do bairro;• Vigilância sanitária;• Atendimento nos Prontos-Socorros.

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ENSINO RELIGIOSO:• Filme: “A Ilha das Flores” / “César o que é de César e Deus o que é deles”• Trabalhar valores.

NOTA FISCAL OU CUPOM FISCALDEVO EXIGIR?

10 RAZÕES PARA AJUDAR VOCÊ SE DECIDIR

1 - É a sua garantia no caso de compras de mercadorias e serviços;2 - É obrigação do estabelecimento fornecer a nota ou cupom fiscal para qualquer comprador;3 - É direito seu como consumidor/comprador;4 - É o comprovante de sua compra;5 - Parte do que você pagou pela mercadoria ou serviço é impostos;6 - É comprovação de que você pagou imposto;7 - Mensalmente, o estabelecimento repassa aos cofres públicos esse imposto pago por você;8 - Se o estabelecimento não lhe entregar a nota ou cupom fiscal o imposto que você já pagou

em sua compra pode não ser repassado ao estado;9 - O produto da arrecadação de impostos é destinado a obras e serviços nas áreas de saúde,

educação, segurança, entre outras;10 - Exigir a nota ou cupom fiscal e um exercício de cidadania.

ELABORAÇÃO:Escola Estadual “Paula Frassinetti” - São Sebastião do ParaísoEscola Estadual “Clóvis Salgado” - São Sebastião do ParaísoEscola Estadual “Benedito Ferreira Calafiori” - São Sebastião do Paraíso

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QUADRINHOS

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