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SÃO PAULO, 10 A 12 DE DEZEMBRO DE 2016

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SÃO PAULO, 10 A 12 DE DEZEMBRO DE 2016

A nossa lista de espécies ameaçadas

11/12/2016

Manaus, AM -- A nova versão do Livro Vermelho da Fauna apresenta 1.173 espécies de vertebrados e invertebrados ameaçadas de extinção no Brasil. A publicação foi apresentada pelo Instituto Chico Mendes na semana passada, durante a 13ª Cúpula das Nações Unidas pela Biodiversidade (COP 13), realizada em Cancún, no México. A lista indica também que 15% destes animais não contam com a proteção legal de áreas protegidas.

Embora a avaliação já tenha levado a recomendações para proteger os animais em risco, como o fortalecimento de áreas protegidas, cerca de 180 das espécies estão foram da guarda de qualquer Unidade de Conservação. E ainda faltam informações para avaliar outras 155, cerca de 13%. E a maior parte da lista não conta com Planos de Ação Nacionais para reduzir as ameaças. Os PANs atualmente abrangem 545 vertebrados e invertebrados, mas a meta é cobrir toda a lista até 2020.

O Brasil é considerado o país com maior biodiversidade do mundo, devido à variedade de espécies e também de ecossistemas terrestres e aquáticos. O estudo é o primeiro passo para o país atingir a Meta 12 de Aichi, que prevê evitar a extinção de espécies ameaçadas e melhorar o status de conservação daquelas que correm risco de

desaparecer. Durante a cúpula, o Ministério do Meio Ambiente se comprometeu ainda a melhorar o status de conservação de 10% da lista até 2020.

Graças ao esforço de 1.270 cientistas para a elaboração da lista, entre 2009 e 2014 foram avaliadas 12.254 espécies, entre elas quase todos os vertebrados brasileiros (8.922 espécies num total aproximado de 9 mil). Embora seja impossível incluir todos os invertebrados que ocorrem no país, o estudo foi considerado bastante abrangente e inclui 3.332 espécies. Entre os invertebrados, estão grupos completos de libélulas (Odonata) e esponjas (Porifera), embora alguns, como os besouros (Coleoptera), tenham uma amostragem incompleta.

Manaus, AM -- A nova versão do Livro Vermelho da Fauna apresenta 1.173 espécies de vertebrados e invertebrados ameaçadas de extinção no Brasil. A publicação foi apresentada pelo Instituto Chico Mendes na semana passada, durante a 13ª Cúpula das Nações Unidas pela Biodiversidade (COP 13), realizada em Cancún, no México. A lista indica também que 15% destes animais não contam com a proteção legal de áreas protegidas.

Embora a avaliação já tenha levado a recomendações para proteger os animais em risco, como o fortalecimento de áreas protegidas, cerca de 180 das espécies estão foram da guarda de qualquer Unidade de Conservação. E ainda faltam informações para avaliar outras 155, cerca de 13%. E a maior parte da lista não conta com Planos de Ação Nacionais para reduzir as ameaças. Os PANs atualmente abrangem 545 vertebrados e invertebrados, mas a meta é cobrir toda a lista até 2020.

O Brasil é considerado o país com maior biodiversidade do mundo, devido à variedade de espécies e também de ecossistemas terrestres e aquáticos. O estudo é o primeiro passo para o país atingir a Meta 12 de Aichi, que prevê evitar a extinção de espécies ameaçadas e melhorar o status de conservação daquelas que correm risco de desaparecer. Durante a cúpula, o Ministério do Meio Ambiente se comprometeu ainda a melhorar o status de conservação de 10% da lista até 2020.

Graças ao esforço de 1.270 cientistas para a elaboração da lista, entre 2009 e 2014 foram avaliadas 12.254 espécies, entre elas quase todos os vertebrados brasileiros (8.922 espécies num total aproximado de 9 mil). Embora seja impossível incluir todos os invertebrados que ocorrem no país, o estudo foi considerado bastante abrangente e inclui 3.332 espécies. Entre os invertebrados, estão grupos completos de libélulas (Odonata) e esponjas (Porifera), embora alguns, como os besouros (Coleoptera), tenham uma amostragem incompleta.

Novo Código Florestal contribuiu para aumento no desmatamento

12/12/2016

A volta do crescimento do desmatamento na Amazônia - 29% em 2016, com perda de 7.989Km², mais de cinco vezes a área da cidade de São Paulo -, está profundamente relacionada às mudanças no Código Florestal em 2012, dizem ambientalistas. O Brasil está comprometido por lei a reduzir a derrubada da floresta amazônica em 80% em relação à média do período entre 1996 e 2005. Os números de desmatamento hoje são praticamente o dobro daqueles que o Brasil precisa ter daqui a 4 anos.

“Os números falam por si. A taxa oficial de desmatamento do governo mostra uma alta de 75% desde que as mudanças do Código Florestal foram aprovadas”, diz Antônio Fonseca, um dos responsáveis pelo boletim de desmatamento do Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia).

A principal queixa dos especialistas em relação ao Código Florestal foi a anistia para quem desmatou até 2008. “Essa decisão passa a mensagem de que desmatar compensa. Porque, assim como houve essa anistia, provavelmente virão outras”, diz Carlos Rittl, secretário-executivo do OC (Observatório do Clima), que reúne 40 organizações ligadas a preservação ambiental.

Segundo dados do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), em 2012 o desmatamento na Amazônia atingiu seu mínimo histórico, com 4.571Km² de área destruída. A aprovação do Código

Florestal, no fim daquele ano, coincide com a inversão da trajetória de queda. Em 2013, já houve alta de 20%.

O impacto fica evidente quando se compara a área total destruída, que teve alta de 74,8% desde a aprovação das novas regras. Além da perda das questões ambientais, o desmatamento na Amazônia pode comprometer também os compromissos de redução de emissão de gases estufa do Brasil. A perda de cobertura florestal é a principal fonte das emissões do território brasileiro.

Os especialistas em conservação afirmam que também há outros fatores envolvidos no crescimento da derrubada. Um deles é o chamado desmatamento especulativo, no qual grandes áreas de floresta são destruídas - em geral substituídas por pastos -com a única função de sinalizar uma ocupação, visando algum benefício futuro com aquele terreno.

Os ambientalistas veem medidas recentes como um sopro de esperança. Uma delas é a implementação e divulgação pública dos dados do CAR (Cadastro Ambiental Rural), cuja implementação sofreu uma série de atrasos. O CAR é uma espécie de mapa das propriedades rurais do Brasil, com informações dos terrenos - áreas de nascente, florestas e pontos desmatados. A plataforma permitirá que o governo compare o estado das ocupações e eventuais irregularidades. Estima-se que 99% dos imóveis rurais passíveis de cadastramento já estejam na base de dados.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

O MMA (Ministério do Meio Ambiente) diz que a alta do desmatamento teve outras razões, como a instabilidade política e a crise econômica. A situação teria “gerado para alguns a sensação de ausência do Estado e de impunidade”, afirma a pasta, em nota. Para o órgão, o Código Florestal, “traz oportunidades de recuperar passivos ambientais e mecanismos de incentivos para a restauração de áreas de preservação permanente e o uso econômico sustentável da reserva legal”. O MMA diz, ainda, que está confiante que já em 2017 possamos ver uma queda forte na taxa de desmatamento.

Brasil lança Livro Vermelho da Fauna na COP 13

Lista de espécies ameaçadas de extinção representa o maior esforço já feito sobre o

tema em todo o mundo. Trabalho foi coordenado pelo ICMBio

Brasília (09/12/2016) – O Brasil lançou na noite dessa quinta-feira (8), durante a

Conferência das Partes (COP 13) sobre Diversidade Biológica, que ocorre em Cancun,

no México, o sumário executivo do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de

Extinção. O levantamento, realizado entre 2010 e 2014, representa o maior esforço já

feito sobre o tema no mundo.

De acordo com o diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em

Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade (ICMBio), Cláudio Maretti, a publicação do estudo é o primeiro passo

para alcançar a extinção zero e funciona como uma das estratégias do País para o

cumprimento de metas internacionais de redução da perda da biodiversidade.

“A pesquisa avalia, pela primeira vez, o risco de extinção de todos os vertebrados que

ocorrem no Brasil e de um grupo selecionado de invertebrados. Ela irá orientar a

criação, ampliação e melhoria de unidades de conservação no Brasil”, ressaltou.

O diretor disse ainda que o levantamento auxiliará o País a alcançar a extinção zero das

espécies nativas e a cumprir a meta de Aichi número 12 (Em 2020, a extinção de

espécies em risco conhecidas deve estar prevenida e sua situação de conservação,

particularmente para aquelas de maior declínio, melhorada e sustentada).

O livro

O estudo é fruto do trabalho de 1.270 cientistas coordenados pelo ICMBio e

colaboração de dezenas de outras organizações, com metodologia globalmente

reconhecida pela União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN, na sigla

original).

O levantamento analisou o status de conservação de 12.254 espécies, incluindo peixes

e invertebrados aquáticos. Na lista anterior, divulgada em 2003, haviam sido avaliadas

816 espécies. O livro aponta um incremento na quantidade de espécies ameaçadas. O

total nessa situação é de 1.173, divididas em três categorias: Criticamente em Perigo

(CR), Em Perigo (EN) e Vulnerável (VU).

Maretti afirmou também que, para alcançar a extinção zero, outras medidas devem

ser adotadas, como a criação e melhoria de unidades de conservação, planos de ação

para redução das ameaças e listas de espécies em risco para adoção de políticas

públicas.

A proteção de habitats por meio de unidades de conservação (UCs) é o meio mais

utilizado no Brasil para reduzir o risco de extinção das espécies. Ao todo, o País tem

2.029 UCs, entre federais, estaduais, municipais e reservas particulares do patrimônio

natural (RPPNs). As 326 unidades federais são geridas pelo ICMBio. Mesmo assim, 180

espécies ainda vivem fora de áreas protegidas.

Corretor mapeia rios e córregos desconhecidos na cidade

Adriano Sampaio começou a 'caçar' nascentes após encontrar oito delas perto de sua

casa

09/12/2016

Há três anos, o corretor de seguros paulistano Adriano Sampaio, de 45 anos, descobriu

que havia oito nascentes em uma praça perto de sua casa, a Homero Silva, no bairro

da Pompeia, na Zona Oeste. Na época, o espaço era inóspito e estava tomado por um

matagal. Com o auxílio de um grupo de amigos, Sampaio cortou o mato, cavou uma

bacia e canalizou a água que brotava ali, formando um lago.

Revitalizado, o lugar passou a ser conhecido como Praça das Nascentes e tornou-se

uma das principais áreas de lazer do bairro. Hoje, é mantido pela prefeitura, que conta

com a ajuda de uma associação formada por cerca de vinte moradores criada depois

da iniciativa de Sampaio. “Isso me fez perceber que, se a cidade tivesse outros rios

abertos, teríamos mais árvores, drenagem de água das chuvas e maior contato com a

natureza”, comenta ele. O episódio o inspirou a buscar outros córregos subterrâneos

escondidos e mapeá-los.

Desde então, já registrou mais de 100 nascentes desconhecidas não apenas em regiões

centrais, mas também em áreas periféricas, como Tremembé e Brasilândia, na Zona

Norte. Ele filma e fotografa as descobertas e posta as imagens na comunidade Existe

Água em SP, que criou em 2014 no Facebook para divulgar o trabalho. Documenta

ainda a localização exata da fonte, seu curso e onde desemboca. “Os arquivos do

município citam cerca de 300 rios, mas, pela minha experiência, esse número deve ser

pelo menos três vezes maior”, calcula. “Há fontes que se mantêm cristalinas por vários

metros. Em determinado ponto, porém, recebem derramamento de esgoto, e a água

se perde.”

Sua página conta atualmente com 12 000 seguidores. Eles contribuem indicando locais

onde existem córregos e pedindo informações sobre a melhor forma de aproveitá-los.

Em casos nos quais o curso passa por dentro do quintal das residências, Sampaio

ensina como fazer a canalização e tirar proveito dela. “A capital está repleta de fontes

de água potável que são desperdiçadas por não receber atenção e um destino

adequado”, lamenta.

Girafa entra para a Lista Vermelha de animais ameaçados de extinção. E

não está sozinha

Depois de passar anos como uma espécie de “menor preocupação”, a girafa acaba de ser incluída na lista vermelha de animais ameaçados de extinção da IUCN – International Union for Conservation of Nature(União Internacional para a Conservação da Natureza). A categoria? Vulnerável. A razão: de 1985 a 2015, sua população foi reduzida em cerca de 40%, passando de 163.452 mil indivíduos para 97.562 mil.

O relatório da ONG – divulgado ontem, 8/12, durante a 13a. Conferência da Biodiversidade (COP13), em Cancún, no México – revela que, das nove subespécies de girafa existentes na Terra, cinco estão em risco e, agora, figuram nessa lista tão temida. Três subespécies, ao contrário, registraram aumento na quantidade de indivíduos e uma está estável. Entre as causas desse cenário estão o aumento da população em vários países africanos, a expansão da agricultura, a caça ilegal, o desmatamento e as guerras civis. E a direção da instituição salientou que até os conservacionistas desconhecem a real situação das girafas em seus habitats naturais.

Aves e plantas também podem desaparecer

Mas não é só a girafa que entrou para a lista vermelha que, hoje, reúne 24.307 espécies entre as 85.604 analisadas. A girafa é o único mamífero – o mais alto do mundo – incluído agora. As demais espécies são aves e plantas.

Aves Esta atualização da Lista Vermelha inclui a reavaliação de todas as espécies de aves. Graças a uma extensa revisão taxonômica realizada pela BirdLife International em parceria com o Manual de Aves do Mundo, o número total de espécies de aves avaliadas atingiu 11.121. A IUCN analisou mais de 742 novas espécies de aves e chegou à conclusão de que 11% está sob ameaça de extinção. Treze aves recém descobertas e endêmicas em ilhas e, certamente, foram “varridas” por espécies invasoras. Várias foram perdidas nos últimos 50 anos como a toutinegra pagã (Acrocephalus yamashinae), O’ahu akepa (Loxops wolstenholmei) e Laysan honeycreeper (Himatione fraithii). A carriça de Antioquia recentemente descrita (Thryophilus sernai) foi listada como ameaçada de extinção, já que mais de metade do seu habitat no Peru poderia ser aniquilado por causa da construção de uma barragem. A perda de habitat para a agricultura, a exploração madeireira e a degradação por espécies invasoras e o comércio ilegal são as principais ameaças e também empurraram o vanga azul de Comoro marcante (Cyanolanius comorensis) para a categoria “vulnerável”, que é considerada ameaçada (ver critérios no final deste post). O estudo ainda revelou que algumas das aves mais populares do mundo também podem desaparecer na natureza, em breve. É o caso do papagaio-cinzento africano (Psittacus erithacus) – um animal de estimação que tem a capacidade de imitar a fala humana – que é capturado com frequência para tráfico e também tem perdido seu habitat. Ele passou da categoria “vulnerável” para “ameaçada de extinção”. Estudo da BirdLife International identificou que, em algumas partes do continente africano, resta apenas 1% da espécie. A situação é ainda pior na Ásia, com espécies como rufor de rufos (Garrulax rufifrons), o lorikeet (Trichoglossus forsteni) e o bulbul (Pycnonotus zeylanicus) entre outras incluídas na categorias de “mais ameaçadas”. Aqui também são os níveis insustentáveis das capturas para o tráfico, em grande parte centradas em Java, que impulsionam a deterioração de muitas espécies. Mas o estudo da IUCN também traz boas notícias: algumas das aves mais raras e mais vulneráveis do planeta – as que existem apenas em pequenas ilhas isoladas, como o bullfinch dos Açores (Pyrrhula murina), a tarambola de Santa Helena (Charadrius sanctaehelenae) e o olho branco das Seychelles (Zosterops modestus)estão entre as espécies que, graças aos esforços incansáveis de conservação, puderam ser rebaixadas na Lista Vermelha. Plantas e frutas Espécies silvestres como mangas, girassóis e aspargos também entraram para a lista

vermelha da IUCN por causa da urbanização, da agricultura intensiva, da fragmentação de habitats e também das mudanças climáticas. Pela primeira vez, a organização avaliou 233 plantas que nascem sem a intervenção do ser humano e que são similares às cultivadas pelo mundo. O resultado revelou que há 4 espécies de mangas “em perigo” e que a manga indonésia Kalimantan já não existe mais.

O desaparecimento dessas espécies silvestres impacta na diversidade genética – fertilidade, valor nutricional e resistência a doenças e à seca – que, por sua vez, influencia a agricultura, um de seus algozes.

Critérios para classificar as espécies Entenda como funciona a classificação da IUCN para incluir ou não uma espécie em sua Lista Vermelha: EM EXTINÇÃO – extinta – extinta na natureza AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO – criticamente em perigo – em perigo – vulnerável FORA DO RISCO – quase ameaçada – pouco preocupante