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SANEAMENTO AMBIENTAL Aula 7 – Saneamento Ambiental Profº Fernando Periard Gurgel do Amaral

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SANEAMENTO AMBIENTAL

Aula 7 – Saneamento Ambiental

Profº Fernando Periard Gurgel do Amaral

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SANEAMENTO AMBIENTAL – AULA 7

SANEAMENTO AMBIENTAL

Conteúdo Programático desta aula

Identificação de mais algumas

características sistema de

coleta, tratamento e

disposição dos esgotos

sanitários.

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SANEAMENTO AMBIENTAL – AULA 7

SANEAMENTO AMBIENTAL

Introdução todos os processos de tratamento

interferem no ciclo hidrológico e geram

um ciclo artificial ou ciclo urbano da água,

como já vimos;

nem todas as cidades contam com ETEs,

e mesmo os métodos convencionais

usados promovem, apenas, uma

recuperação parcial da qualidade da água

original;

o crescimento da população e dos

processos industriais e tecnológicos, e a

urbanização, têm produzido repercussões

sem precedentes sobre o ambiente

humano e sobre o planeta.

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SANEAMENTO AMBIENTAL – AULA 7

SANEAMENTO AMBIENTAL

O Reuso da água

Desde a nascente os rios sofrem captação de água e

devolução de efluentes, sucessivamente (reuso indireto da

água).

Durante períodos com menores índices de chuvas, a

manutenção da vazão mínima, em rios pequenos, depende do

retorno de descargas de esgotos a montante (rio acima), para

que o rio continue existindo e desta forma o ciclo urbano

continue integrado ao ciclo hidrológico natural.

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SANEAMENTO AMBIENTAL – AULA 7

SANEAMENTO AMBIENTAL

Os Processos de Tratamento

Consiste em separar a parte líquida da parte sólida do

esgoto, e tratar cada uma delas separadamente, reduzindo ao

máximo a carga poluidora, de forma que elas possam ser

dispostas adequadamente, sem prejuízo ao meio ambiente.

Imitando a naturezaEm relação à matéria orgânica, a ETE reproduz a

capacidade que os cursos d’água têm naturalmente de decompor a matéria orgânica, porém em menor

espaço e tempo.

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SANEAMENTO AMBIENTAL – AULA 7

SANEAMENTO AMBIENTAL

Os Processos de Tratamento

AGENTES DE TRATAMENTO

As bactérias aeróbias ou

anaeróbias, quando encontram condições

favoráveis, se reproduzem em

grande quantidade, degradando a

matéria orgânica presente nos

esgotos, por isso são conhecidas

como agentes de tratamento.

CONDIÇÕES PARA O TRATAMENTO

As condições para o tratamento do esgoto dependem de planejamento prévio,

dimensionamento das instalações, assim como de alguns outros fatores que são

citados abaixo como:• A carga orgânica presente.

• A classificação das águas do rio que receberá  o efluente tratado.

• A capacidade de autodepuração do rio que receberá o efluente tratado.

• A disponibilidade de área e energia elétrica.

• O tratamento do esgoto sanitário ocorre em um processo de vários níveis

responsáveis por separação ou eliminação de diferentes substâncias.

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SANEAMENTO AMBIENTAL – AULA 7

SANEAMENTO AMBIENTAL

Níveis de tratamento de esgotos sanitários

Tratamento preliminar

Neste primeiro nível são

retirados do esgoto os sólidos

grosseiros, como sacos e garrafas

plásticas, folhas e areia. Este

procedimento preliminar permite que a

eficiência dos próximos seja mantida.

O processo se faz por separação física

mais grosseira são gradeamento,

peneiramento e a sedimentação.

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SANEAMENTO AMBIENTAL – AULA 7

SANEAMENTO AMBIENTAL

TRATAMENTO PRIMÁRIO

O esgoto ainda contém sólidos em suspensão, como estes

sólidos ainda presentes são mais pesados que a parte líquida,

eles sedimentam, indo para o fundo dos decantadores, formando

o lodo primário bruto. Esse lodo é retirado do fundo do

decantador, através de raspadores mecanizados, tubulações ou

bombas. O processo é anaeróbico, pois ocorre através da

fermentação, na ausência de oxigênio.Sistema fossa séptica – filtro anaeróbio

ambientalmente adequado; economicamente viável; normatizado – SNVS e ABNT; sólidos sedimentam – lodo; e líquido para filtro anaeróbio.

Sistema filtro biológico é o mais comum; suportes permeáveis para os

microrganismos, para água passar; e

precisa ser bem dimensionado (tempo de passagem X atividade microbiana).

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SANEAMENTO AMBIENTAL – AULA 7

SANEAMENTO AMBIENTAL

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Remove a matéria orgânica e os sólidos em suspensão

através de processos biológicos, utilizando reações bioquímicas,

realizadas por microorganismos – bactérias aeróbias, aeróbias

facultativas, protozoários e fungos.

No processo aeróbio os microorganismos presentes nos esgotos se alimentam da matéria orgânica ali presente, convertendo-a em gás carbônico, água e material celular. Esta decomposição biológica do

material orgânico requer oxigênio e outras condições ambientais adequadas como

temperatura, pH, tempo de contato, etc.

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SANEAMENTO AMBIENTAL – AULA 7

SANEAMENTO AMBIENTAL

Principais métodos de tratamento secundário

Lagoas de estabilização (ou lagoas de oxidação) e suas

variantes.

São lagoas construídas de forma simples, onde os

esgotos entram em uma extremidade e saem na oposta. A

matéria orgânica, na forma de sólidos em suspensão, fica no

fundo da lagoa, formando um lodo que vai aos poucos sendo

estabilizado.

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SANEAMENTO AMBIENTAL – AULA 7

SANEAMENTO AMBIENTAL

O processo da lagoa de estabilização aeróbia se baseia

nos princípios da respiração e da fotossíntese: as algas

existentes no esgoto, na presença de luz, produzem oxigênio

que é liberado através da fotossíntese. Esse oxigênio dissolvido

(OD) é utilizado pelas bactérias aeróbias (respiração) para se

alimentarem da matéria orgânica em suspensão e dissolvida

presente no esgoto. O resultado é a produção de sais minerais –

alimento das algas - e de gás carbônico (CO2).

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SANEAMENTO AMBIENTAL

Lodos ativados e suas variantes

É composto, essencialmente, por um tanque de aeração

(reator biológico), um tanque de decantação (decantador

secundário) e uma bomba de recirculação do lodo.

O princípio é a recirculação do lodo do fundo de uma unidade de decantação para uma de aeração.

Em decorrência da recirculação contínua de lodo do decantador e da adição contínua da matéria orgânica, ocorre o aumento da biomassa de

bactérias, cujo excesso é descartado periodicamente.

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SANEAMENTO AMBIENTAL

Reator Anaeróbio de Manta de Lodo (UASB)

Inicialmente os UASBs foram nomeados de

digestor anaeróbio de fluxo ascendente (DAFA),

quando desenvolvidos na Holanda,

para clarificação de águas

residuais industriais concentradas.

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SANEAMENTO AMBIENTAL – AULA 7

SANEAMENTO AMBIENTAL

Neste sistema, a biomassa

cresce dispersa no meio, e não

aderida, como nos filtros

biológicos. Esta biomassa, ao

crescer, forma pequenos

grânulos, que por sua vez, tende

a servir de meio suporte para

outras bactérias. O fluxo do

líquido é ascendente e são

formados gases – metano e

carbônico, resultantes do

processo de fermentação

anaeróbia.

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SANEAMENTO AMBIENTAL – AULA 7

SANEAMENTO AMBIENTAL

Neste sistema a água residuária segue uma trajetória

ascendente passando primeiro pelo lodo e depois para a zona de

sedimentação. Ao passar pelo lodo, a água residuária incorpora a

ele, seus sólidos orgânicos, que serão biodegradados e digeridos

em um processo anaeróbico que resultará na produção de

biogás, que tem trajetória ascendente com o líquido e depois é

eliminado, e no crescimento da biomassa bacteriana.

Vantagens• Baixo custo de implantação e

operação• Baixa produção de lodo

• Baixo consumo de energia• Sistema compacto

• Necessidade de pouco espaço para sua implantação e funcionamento

Desvantagens• Possibilidade de emanação

de maus odores• Baixa capacidade do sistema

para tolerar cargas tóxicas• Muito tempo para a partida

do sistema

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SANEAMENTO AMBIENTAL – AULA 7

SANEAMENTO AMBIENTAL

Tratamento aeróbio com biofilme

Neste sistema, o esgoto é aplicado

sobre um leito de material grosseiro, como

pedras e ripas ou material plástico, e

percola em direção a drenos no fundo.

Este fluxo do esgoto permite o

crescimento de bactérias na superfície do

leito, formando uma película de

microorganismos aeróbicos. O ar circula

nos espaços vazios entre as pedras ou

ripas, fornecendo oxigênio para os

microorganismos decomporem a matéria

orgânica.

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SANEAMENTO AMBIENTAL

TRATAMENTO TERCIÁRIO

Remove poluentes específicos (micronutrientes e

patogênicos), além de outros poluentes não retidos no

tratamento primário e secundário. Este tratamento é utilizado

quando se deseja obter um tratamento de qualidade superior

para os esgotos.

Neste tratamento se remove compostos como nitrogênio e fósforo, além da remoção completa da

matéria orgânica. Este processo utiliza procedimentos como radiação ultravioleta e outros

produtos químicos.

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SANEAMENTO AMBIENTAL

Tratamento de lodo

Todos os processos de tratamento de esgoto resultam em

subprodutos: o material gradeado, areia, espuma, lodo primário

e lodo secundário, que devem ser tratados para poder ser

lançados adequadamente, sem que provoque prejuízos ao meio

ambiente.

O tratamento do lodo é parte integrante do processo de

lodo ativado, para isso ele deve passar por diferentes etapas;

algumas das principais estão explicadas abaixo:Lodo não estabilizado:

• Adensamento, para remoção da umidade.• Estabilização, para remoção da matéria orgânica.

• Condicionamento, para preparar para a desidratação.• Desidratação, nesta fase o lodo perde mais umidade e há redução do volume, ocorre em leitos de secagem, lagoas de

lodo ou com auxílio de equipamentos mecânicos.• Disposição final em aterros sanitários, aplicação no solo etc.

Lodo estabilizado:• Nesta fase, o lodo já

estabilizado pode ser disposto em aterros sanitários ou

aplicado como fertilizante na agricultura, após tratamento

adequado.