san bas aula 02 gestao do saneamento

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA – ESTÁCIO/FIB CAMPUS GILBERTO GIL CURSO ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA – SANEAMENTO BÁSICO (7º semestre) AULA 02 Prof. Cássio Castro e-mail: [email protected]

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Aula da disciplina de Saneamento Básico do curso de Engenharia da Estácio.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA – ESTÁCIO/FIB CAMPUS GILBERTO GIL CURSO ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA – SANEAMENTO BÁSICO (7º semestre)

AULA 02

Prof. Cássio Castro

e-mail: [email protected]

► Antecedentes: breve histórico da gestão do saneamento;

► Componentes do Saneamento Básico: Coleta de resíduos sólidos; Esgotamento sanitário; Drenagem e manejo de águas pluviais; Abastecimento de água.

► Diagnóstico: Dados censitários sobre saneamento/Fontes de dados em saneamento no Brasil.

Conteúdo

-Abastecimento de

água;

-Esgotamento

sanitário;

-Limpeza urbana e

manejo de resíduos

sólidos;

-Drenagem e

manejo de águas

pluviais urbanas.

• Abastecimento de

água

• Esgotamento

sanitário;

• Manejo de águas

pluviais;

• Manejo de

resíduos sólidos;

• Controle de

vetores;

• Poluição

atmosférica;

• Controle em áreas

de risco.

Institucional

SA

NE

AM

EN

TO

SIC

O

SA

NE

AM

EN

TO

AM

BIE

NTA

L

Saneamento Ambiental Controle de vetores de doenças

transmissíveis

Institucional

Saneamento Ambiental Educação ambiental

Institucional

Considerações

Antecedentes: breve histórico

Breve histórico do Saneamento

Antecedentes: breve histórico

Antecedentes: breve histórico

Antecedentes: breve histórico

A estruturação dos serviços de água e esgoto e intervenções de saneamento ocorridas no Brasil é notadamente marcada por três grandes períodos:

-a partir da segunda metade do século XIX;

-de 1930 a 1964;

-pós 1964.

Antecedentes: breve histórico

Primeiro, a partir da segunda metade do século

XIX, quando estava em andamento o processo de

industrialização e seus reflexos no país, e em que a

implantação dos sistemas de saneamento ocorreu,

juntamente com outros sistemas de infra-estrutura,

como estradas de ferro, geração de energia,

iluminação pública e transportes urbanos de um

modo geral, dentre outros.

Antecedentes: breve histórico

Nessa época, o Estado incentivou a formação de empresas privadas, visando garantir o modus capitalista e adotando, para tanto, a política de concessão de serviços públicos a empresas privadas estrangeiras.

Esse período extinguiu-se em 1927, em decorrência da crise mundial da economia capitalista (crack da bolsa de NY em 1929).

Antecedentes: breve histórico

O segundo período teve início na década de 1930, um período de centralização do governo, que levou a uma ditadura.

Nesse tempo, as obras públicas foram implementadas basicamente com recursos públicos a fundo perdido.

O Estado assumiu a execução e a gestão dos sistemas de serviços urbanos por meio desses investimentos públicos.

Antecedentes: breve histórico

-Código das Águas, Lei Federal de 1934, que dava ao governo federal o poder de fixar as tarifas.

O Código das Águas, apesar de sua ótica voltada para uma política de produção de hidroeletricidade, foi de fundamental importância para a gestão pública do setor de saneamento, pois estabeleceu os primeiros instrumentos de controle do uso dos recursos hídricos.

Antecedentes: breve histórico

Ao longo desse período, as empresas concessionárias estrangeiras foram nacionalizadas e estatizadas e os serviços de água e esgoto foram assumidos pelas prefeituras dos municípios.

Antecedentes: breve histórico

Para a implantação desses serviços em regiões menos desenvolvidas do país, o governo criou a Fundação de Serviços de Saúde Pública. Essa política em relação ao saneamento se estendeu até meados da década de 1960.

Antecedentes: breve histórico

Já o terceiro período, pós-1964:

-criação do Banco Nacional de Habitação – BNH, responsável pelo Sistema Financeiro da Habitação, que passou, em 1968, a se responsabilizar também pelo o Sistema Financeiro do Saneamento – SFS, instituindo então, em 1971, o Plano Nacional de Saneamento - PLANASA.

Antecedentes: breve histórico

Plano Nacional de Saneamento – PLANASA: O Plano foi

um instrumento que o governo federal criou para que os

Estados brasileiros implementassem, em suas cidades,

sistemas de abastecimento de água e de esgoto.

Com esta nova forma de gestão, os investimentos por parte

do governo puderam ter condições de retorno, pois foram

feitos a título de empréstimo.

Para obter o financiamento, cada estado da federação deveria

criar, com base em seus recursos orçamentários, um Fundo

de Financiamento para Águas e Esgotos (FAE), além da

companhia estadual de saneamento.

Antecedentes: breve histórico

Os municípios não receberiam recursos financeiros do governo federal. Muitos municípios aderiram, outros não, pois decidiram manter a forma de gestão municipal dos serviços de saneamento básico, apesar das fortes pressões políticas para aderirem ao plano (FUNASA, 1996).

Antecedentes: breve histórico

Em todas as regiões do Brasil, as companhias estaduais têm presença marcante. Entretanto, muitas delas ainda não conseguiram superar a crise econômica que se iniciou nos anos de 1980, principalmente devido às dificuldades em adequar os seus custos à arrecadação tarifária.

A falta de adesão ao PLANASA por parte dos municípios de médio e grande porte, como também outros fatores, como o desemprego e conseqüentemente a queda salarial, levaram à extinção, em 1986, do BNH, executor do PLANASA, e a responsabilidade quanto ao financiamento do saneamento ficou a cargo da Caixa Econômica Federal.

Antecedentes: breve histórico

A Constituição de 1988 trouxe o fortalecimento da estrutura federativa, aumenta-se o número de atores políticos a negociar na provisão do bem público.

A descentralização e o fortalecimento do papel dos municípios: oportunidade de interferir nos rumos da política de saneamento, nos problemas e carências de suas regiões.

Antecedentes: breve histórico

Depois da extinção do PLANASA, ocorreram reformas administrativas e os recursos financeiros foram repassados para as prefeituras e companhias estaduais, através de programas instituídos pelo governo federal.

Antecedentes: breve histórico

1992, o Projeto de Modernização do Setor de Saneamento - PMSS.

Representou a primeira medida “privativista” do governo FHC para o setor de saneamento.

Ênfase na articulação intersetorial no plano federal e

nos demais níveis de governo.

MINISTÉRIO DAS CIDADES (2003)

SECRETARIA NACIONAL DE SANEAMENTO

AMBIENTAL

Órgão coordenador da preparação e execução da

política nacional de saneamento ambiental

e gestor dos recursos

no âmbito do Ministério das Cidades.

Institucional

Antecedentes: breve histórico

Brasil – Necessidade de Investimentos

(em milhões de reais)

Brasil - Investimentos em Sistemas de Água e Esgotos por Região

Expansão e Reposição

R$ 420 bilhões até 2030 para alcançar:

98% - abastecimento de água

88% - esgotamento sanitário

100% - tratamento e disposição resíduos sólidos

Alguns indicadores

Fonte: Ministério das Cidades (2012)

Diagnóstico: Dados sobre a situação do saneamento no Brasil;

INDICADORES EM SANEAMENTO

SITUAÇÃO DO SANEAMENTO

SITUAÇÃO DO SANEAMENTO

DOENÇAS RELACIONADAS COM SANEAMENTO

SITUAÇÃO DO SANEAMENTO

SITUAÇÃO DO SANEAMENTO

SITUAÇÃO DO SANEAMENTO

DRENAGEM

INDICADORES EM SANEAMENTO

Ausência de política e programas para o manejo das águas pluviais;

A ausência de políticas de urbanização e planos diretores são responsáveis pela má utilização do uso do solo, comprometendo as nascentes e as áreas de preservação ambiental.

INDICADORES EM SANEAMENTO

fonte: Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2007

– ABRELPE.

INDICADORES EM SANEAMENTO

INDICADORES EM SANEAMENTO

INDICADORES EM SANEAMENTO

Coleta de resíduos sólidos

INDICADORES EM SANEAMENTO

Coleta de resíduos sólidos

INDICADORES EM SANEAMENTO

INDICADORES EM SANEAMENTO

INDICADORES EM SANEAMENTO

INDICADORES EM SANEAMENTO

INDICADORES EM SANEAMENTO

INDICADORES EM SANEAMENTO

INDICADORES EM SANEAMENTO

Projeto de SIAA Estudo Preliminar Levantamento de dados:

• Topográficos e cartográficos; • Sócio-econômicos; • Consumo de água; • Hidrológicos e hidrogeológicos; • Energia elétrica. • Estudos demográficos; • Parâmetros de consumo (Q, k1, k2); • Cálculo das demandas; • Diagnóstico do sistema existente; • Disponibilidades hídricas; • Concepção e dimensionamento dos esquemas alternativos; • Estudos econômicos e seleção de alternativas.

INDICADORES EM SANEAMENTO

A água que abastece todo a sede da cidade de Bom Jesus da Lapa é captada do Rio São Francisco, na sua margem direita, com uma vazão de 413 m³/h durante todos os dias do ano. Esta Captação está outorgada pela ANA(Agência Nacional de Águas) através da resolução 239 de 20 de junho de 2005.

INDICADORES EM SANEAMENTO

A CONCEPÇÃO DE UM SES

Quantificação da Vazão de contribuição de um sistema Para se executar um projeto de esgotamento sanitário é necessário determinar o volume de líquido a ser coletado ao longo da rede. Esse volume é função de uma série de critérios: qualidade do sistema de abastecimento de água, hábitos da população, contribuições diversas. A contribuição do esgoto doméstico depende dos seguintes fatores: •População de projeto; •Coeficiente de retorno; •Contribuição per capita; •Taxa de infiltração; •Contribuições concentradas; •Coeficientes de variação de vazão.

INDICADORES EM SANEAMENTO

AMPLIAÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE LAURO DE FREITAS

Para a implantação, a EMBASA dividiu o município em “bacias”. Cada bacia terá elevatórias onde os dejetos serão coletados, através da rede, seguindo depois para uma elevatória central, na entrada da cidade, seguindo até o interceptor da Avenida Paralela, daí para o Emissário Submarino da Boca do Rio:

• 287 km de rede coletora de esgoto;

• 33 estações elevatórias (bombas);

• 33 km de linha de recalque (ligação da rede ao interceptor da Paralela);

• 40.800 ligações domiciliares;

• 315 metros de túneis em cinco travessias na Estrada do Coco e uma na Avenida Praia de Itapuã, em Vilas do Atlântico;

• Áreas atendidas: Itinga, Centro, Ipitanga, Vilas do Atlântico, Portão e Buraquinho (bacias Joanes e Sapato);

• Em 2030 (ano horizonte), deverá atender 310.00 habitantes;

• Previsão de cobertura de 95% da cidade, com a conclusão das obras.

INDICADORES EM SANEAMENTO

SALVADOR DADOS DA EMBASA ÁGUA (2008) população atendida: 2.448.548 extensão da rede de água: 4515 km volume de água produzido: 277.341 km³ volume de água tratado em ETA’s : idem

ESGOTO (2008) população atendida: 1.954.691 extensão da rede de água: 3.461 km volume de esgoto coletado: 138.358.000 m³/ano volume de esgoto tratado: 137.242.000 m³/ano

INDICADORES EM SANEAMENTO

SALVADOR 2.075.273 hab. (censo 1991) 2.443.107 hab. (censo 2000) 2.675.656 hab. (censo 2010)

INDICADORES EM SANEAMENTO

INDICADORES EM SANEAMENTO

INDICADORES EM SANEAMENTO

INDICADORES EM SANEAMENTO

INDICADORES EM SANEAMENTO

INDICADORES EM SANEAMENTO

SITUAÇÃO DO SANEAMENTO