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OPINIÃOSALVADOR SEXTA-FEIRA 29/12/2017A2
Os artigos assinados publicados nas páginas A2 e A3 não expressam necessariamente a opinião de A TARDE.Participe desta página: e-mail: [email protected]: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900
Prefeito, tome juízo. Nãoé prometendo muitafesta que o senhor vaiser governador. Vai étomar um cacete solene.Não é muita festaque o baianoconsciente deseja
ESPAÇO DO LEITOR
TEMPO [email protected] Vasconcelos
POUCAS & BOAS
. Fim de ano, muitos doadores de san-gue da Hemoba se mandam por aí e oresultado é que o estoque lá desaba. Porisso a direção apela: façam doação. Adiretora Iraildes Santana diz que, ‘alémda ausência de voluntários assíduos, há aprobabilidade do aumento no número deacidentes, o que gera mais demanda.
. Os preparativos para a festa do NossoSenhor do Bonfim já foram iniciados epela primeira vez o andor que conduz aimagem do Senhor do Bonfim, da Con-ceição da Praia à Colina Sagrada, durantea Caminhada Lavagem (dia 11), terá espaçopara que os fiéis possam amarrar as tra-dicionais fitinhas e fazer os pedidos.
. A novidade foi apresentada pelo padreEdson Menezes Silva, reitor da Basílica. Elediz que as fitinhas expressam a religio-sidade popular. O andor ficará exposto naPraça do Bonfim a partir de hoje.
Lógico que o pior de 2017 para Michel Temerfoi a denúncia de Joesley Batista, da JBS, quelevouderoldãoparaolimboosenadorAécioNeves. A pancada foi violenta, mas ele so-breviveu. Chegou a dezembro alegre e atédisse que o povo gosta do governo dele, ‘masnão diz porque tem vergonha’. Mas acabafechando o ano sofrendo duas derrotas.
1 – Rachel Dodge, a substituta de RodrigoJanot na Procuradoria Geral da República,mostrou que não está lá para fazer o jogopresidencial, ao questionar o indulto de Na-tal no qual ele alivia para os autores decrimes de colarinho-branco.
2–CármenLúcia,presidentedoSTF,atendeuRachel dizendo que o decreto do indulto ‘for-talece a sensação de impunidade’.
Ora, o decreto de Temer dá o indulto deNatal a quem cumpriu um quinto da penapara crimes sem violência ou grave ameaça,e não mais um quarto da pena para con-denados até 12 anos (tirou o limite).
O ministro Torquato Jardim (Justiça) dizque isso nada tem a ver com a Lava Jato.Agora, não. Mas dentro de algum tempo, sim.Até parece que Temer quis se vacinar.
Bolsonaro na PMUm grupo de policiais da PM de Santa Maria daVitória e São Félix do Coribe, cidades separadasapenas pelo rio Corrente, posou para foto atébatendo continência para um outdoor de JairBolsonaro no qual está escrito:
Eu apoio político honesto. E você?Jair BolsonaroDeus, pátria, família.Santa Maria da Vitória e São Félix do Coribe.
NO COMANDO — Alguém mandou ima-gens dos policiais diante de Bolsonaro parao governo, que enviou para o comando daPM. Resposta: “O comando da PM já estáciente e vai mandar apurar o caso”.
“Indulto não é prêmio aocriminoso nem tolerânciaao crime. Nem pode serato de benemerência oucomplacência com delito”CÁRMEN LÚCIA, presidente do STF, ao conceder liminarque anula parte do indulto natalino de Michel Temer
“Pratique corrupção earque com só 20% dasconsequências. Issoquando pagar pelo crime”DELTAN DALLAGNOL, procurador-coordenador da LavaJato, no Twitter, criticando o indulto de Temer
Guerra no MarisolAs obras de macrodrenagem e pavimentação detrês ruas no Condomínio Marisol provocaramuma guerra pela paternidade. O deputado Ma-nassés (PROS) divulga nas redes sociais e emimpressos que é o pai da criança.
Moradores soltaram nota ontem dizendoque a obra é fruto de uma emenda de R$ 700mil do deputado Nelson Pelegrino (PT) evem sendo executada pela Conder.
No gatilhoO deputado do DEM, que, segundo publi-cado nesta coluna ontem, não teria cum-prido a promessa de destinar R$ 600 mil ememendas para a restauração do altar da Igre-ja do Bonfim, diz que está ‘pagando’, sim, oprometido.
O edital para as obras, que incluem oCaminho da Fé, será lançado dia 10.
Temer tentou agraciarcorruptos, mas perdeu
Adilton Venegeroles / Ag. A TARDE
TARTARUGA MORTA | Após as baleias encontradas mortas no fim deste ano na orla deSalvador, agora são as tartarugas. Ontem, uma delas, de muito bom tamanho, apareceuna praia de Amaralina. Especialistas dizem que foi alguma agressão, como redes de pesca
ChantagensAs formas de pressão exercidas pelo go-verno para que os governadores convençamos deputados aliados a aprovarem a reformada Previdência se assemelham a chanta-gens, uma situação inaceitável num sistemademocrático.Aliberaçãodefinanciamentospela Caixa Econômica Federal tem sido agrande arma e mostra que efetivamente oatual sistema político está superado. O ocu-pantedoExecutivo,sejamunicipal,estadualou federal, tem de se submeter aos par-lamentos, nem sempre atuantes de formacoordenada. Temos de pensar efetivamenteno sistema parlamentarista. URIEL VILLASBOAS, [email protected]
Germano TabacofA hombridade em pessoa faz aniversárioneste 29 de dezembro: doutor Germano Ta-bacof. Com muitas décadas de sucesso pro-fissional e pessoal, o magnífico ex-reitor daUniversidade Federal da Bahia, professorEmérito da mesma universidade, ex-verea-dor da Câmara Municipal de Salvador,ex-presidente da Fundação Casa de JorgeAmado, dentre muitas outras consagrações,é também um bom amigo, sempre solícitoe elegante. Sua trajetória confunde-se comsua longevidade, prolífico e incansável queé. Sendo uma pessoa pública, justifica-se ahomenagem. Sua prosa simples e eficaz éum poço de sabedoria. Que sua simplici-dade seja coroada neste feliz aniversário!HELLMUT CONTREIRAS, HELLMUT.JORNALIS-
Manoel Vitório e a criseSecretário, gostei do seu escrito. O senhorfala da crise, melhor dizendo, reconhece.Entendi que o senhor fez um “mea-culpa”,desde quando fez e faz parte de governospetistas. Para um bom entendedormeia-palavra basta. Faz um balanço do go-verno Rui Costa, dizendo os feitos e a boaadministração. Mas não cita Jaques Wag-ner, que o senhor e Rui fizeram parte dele.Se vangloria de pagar salários em dia. Comose isso não fosse uma obrigação de todoempregador. Mas a reposição salarial dosfuncionários públicos, quando sai, é es-calonada. A inflação já comeu tudo. O se-nhor fala que economizou 1,2 bilhão, maseles saíram das costas dos funcionáriospúblicos. Muito me admira isso ser feitopor um partido que se diz dos Trabalha-dores. Ah! fala em combate a sonegação.
Camarote com BrownA Camarote Marketing está ampliando suaatuação no cenário nacional de entreteni-mento e show business. Além de produzirgrandes eventos, com um vasto portfólio aolongo de seus 25 anos, a empresa agora passaa contar com um departamento comercialpararepresentaçãodeartistas,bemcomodaÁrea Verde do Othon.
A concretização do projeto chegou ao rit-mo da Bahia e do timbal. Em dezembro aCamarote Marketing passou a respondercom exclusividade pela gestão comercial docast da Candyall Entertainment, sob as co-ordenadas empresariais de Andrea Mota, quegerencia a carreira artística do cantor Car-linhos Brown, Timbalada e Electrotimba.
NO COMANDO — As ações inovadoras sãocomandadas pelos empresários Alex Ama-ral, Clínio Bastos e Nei Ávila.
Thiago Paivaadvogado tributarista do BCM [email protected]
Controvérsia no ICMS
A Secretaria Estadual da Fazenda (Se-faz-BA) noticiou que o Tribunal deJustiça do Estado da Bahia, o Mi-
nistério Público, a Procuradoria Geral doEstado e as secretarias estaduais da Fa-zenda e da Segurança Pública tomariammedidas visando à recuperação de cré-dito tributário.
No dia 13 de novembro, o MinistérioPúblico da Bahia veiculou em seu site que“dezenas de ações penais foram ajuizadas
contra empresários dos ramos de com-bustíveis, alimentos, vestuário e brinque-dos que não repassaram à Fazenda Pú-blica o Imposto sobre Circulação de Mer-cadorias e Serviços (ICMS) recolhido dosconsumidores”. Para o Ministério Públicobaiano, ao vender mercadoria para o con-
sumidor final as empresas repassam oencargo do ICMS e, por conta disso, o nãorecolhimento do tributo declarado é con-siderado crime contra a ordem tributá-ria.
O entendimento está consubstanciadoem recentes decisões proferidas pelo Su-perior Tribunal de Justiça (STJ), mas amatéria é extremamente discutível. Issoporque, ao estabelecer esse raciocínio,cria-se uma nova relação jurídica tribu-tária sem previsão legal. O sujeito passivoda relação tributária é a empresa, não oconsumidor, não podendo, desta forma,falar em retenção e recolhimento, mas nodever legal de recolhimento dos débitosdeclarados. Além disso, o instrumento
adequado para a cobrança de crédito tri-butário é a execução fiscal. A utilização deações criminais para alcançar este fim édesmedida, pois o fato relatado acima seconfigura em inadimplemento de obri-gação tributária, ao contrário dos casosem que o contribuinte omite informaçãodo fisco suprimindo e reduzindo tribu-to.
O fato de não recolher o tributo de-clarado ao fisco não pode ser consideradocrime contra a ordem tributária, mas siminadimplência de obrigação pecuniáriasujeita a execução fiscal, protesto e ins-crição no Cadin (Cadastro Informativo deCréditos não Quitados do Setor PúblicoFederal).
Esta matéria éextremamentediscutível, porquecria-se uma novarelação jurídica
Muito bem. Esse é um bendito remédiopara governos perdulários. Mal gastador. Éa solução, meter a mão no bolso do povo. E,quem sabe, até culpá-los! Secretário falarde saúde, educação, segurança etc. aqui nonosso estado. Não precisa, sabemos muitobem o que sofremos. Esse filme que o se-nhor nos narra que está tudo às mil ma-ravilhas, já vimos na reeleição de Dilma, aanta, com todo o respeito à anta. Botar aculpa nesse bendito 600 milhões, tambémjá vimos. Não há uma boa administraçãopública com o aparelhamento do estado. Eo senhor bem sabe. Pelo que me consta, osenhor é técnico. CARLOS ALBERTO RIBEIRO,[email protected]
OlimpíadaVim ao mundo para competir, enfrentarobstáculos, subo e desço, caio, levanto, en-frento poeira, tempestades mar revolto, tur-bulência, mas vou vencendo, às vezes saiodo cotidiano para buscar ar puro e limpar ospulmões. A corrida continua incansável porlongas veredas, trilhas escalando monta-nhas e desviando do veneno das cobras. Eassim tem sido a vida, numa olimpíadaconstante competitiva, até o último suspiro.“Sempre confiante para saber lidar com opior”, não desistindo da corrida, mas comcautela para não cair nas armadilhas, re-nunciandoamaldadeealcançandoapurezaque faz bem para alma e espírito. Não preo-cupamos correr para chegar na frente, po-demos cair e perder a corrida. PEDRO CAL-MON, [email protected]
Empresas-zumbiA revista Época (18/12) divulga uma inves-tigação sobre empresas-zumbi, ou seja, fan-tasmas e que só existem no papel, mas quesão mantidas ativas para desviar dinheiro efugir do Fisco. Servem de fachada para ou-tros negócios ilícitos e dificultam a fisca-lização da Receita Federal. No bairro do Mo-rumbi, em São Paulo, foram identificadasdez empresas-zumbi com uma dívida so-mada de R$ 1 bilhão. Em Salvador, no JardimArmação, procuradores mapearam três des-sas empresas, pertencentes a um deputadofederal pela Bahia. Elas usam o Refis paranegociar suas dívidas bilionárias. JOSÉ CAS-TELLI, [email protected]
Cacete solene“Quem sai aos seus não degenera”. A fraseque se aplica bem ao nosso prefeito. Herdoubem a demagogia do avô. Enquanto outrosgovernantes tentam evitar despesas maio-res neste fim de 2017, nosso alcaide alardeiacom todo orgulho que Salvador terá cincodias de festa. Para que toda essa megalo-mania? Não é muita festa que o baiano cons-ciente deseja. Este quer uma cidade limpa,sem mendigos e drogados por todos os can-tos que passa; quer postos de saúde e escolasfuncionando bem; quer professores, guar-das e profissionais de saúde bem remu-nerados para que prestem um bom serviço.Prefeito, tome juízo. Não é prometendo mui-ta festa que o senhor vai ser governador. Vaié tomar um cacete solene. MANFREDO BIT-TENCOURT, [email protected]