saiba + copa 24 de junho

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O câncer infantil é a principal causa de mortalidade por doenças nas crianças brasileiras, segundo o In- stituto Nacional do Câncer. Conheça as possíveis causas do desenvolvimento da doença. Pág. 3 Desde 2006 24 de junho de 2014 Faculdade de Jornalismo - Puc-Campinas Estádios têm futuro incerto Com um passado cheio de histórias, casas dos times campineiros podem ser vendidas pág. 11 A Basílica do Carmo, primeira Igre- ja-Matriz de Campinas, está em refor- ma. Conheça melhor o projeto que prevê, entre outras ações, um novo sistema de iluminação. Pág.12 Próximo jogo de Portugal será contra Gana, no dia 26 às 13h, no Estádio Mané Garrincha em Brasília Foto: André Montejano Confira toda a movimentação de Campi- nas entorno do Mundial da FIFA e o dia a dia das seleções de Portugal e Nigéria, que estão hospedados na cidade. Pág. 7 Basílica do Carmo passa por reformas Foto: Nathália Lopes Foto: Acervo do clube Foto: Pontepretano Campinas na Copa: Fachada terá ornamento de concreto e nova iluminação

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Jornal laboratorial produzido por alunos do 7º semestre de Jornalismo da PUC-CAMPINAS. Sob orientação do professor Luiz Roberto Saviani Rey

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Page 1: Saiba + Copa 24 de Junho

O câncer infantil é a principal causa de mortalidade por doenças nas crianças brasileiras, segundo o In-stituto Nacional do Câncer. Conheça as possíveis causas do desenvolvimento da doença. Pág. 3

Desde 2006 24 de junho de 2014 Faculdade de Jornalismo - Puc-Campinas

Estádios têm futuro incerto

Com um passado cheio de histórias, casas dos times campineiros podem ser vendidas pág. 11

A Basílica do Carmo, primeira Igre-ja-Matriz de Campinas, está em refor-ma. Conheça melhor o projeto que prevê, entre outras ações, um novo sistema de iluminação. Pág.12

Próximo jogo de Portugal será contra Gana, no dia 26 às 13h, no Estádio Mané Garrincha em Brasília

Foto: André Montejano

Confira toda a movimentação de Campi-nas entorno do Mundial da FIFA e o dia a dia das seleções de Portugal e Nigéria, que estão hospedados na cidade. Pág. 7

Basílica do Carmo passa por reformas

Foto: Nathália Lopes

Foto: Acervo do clube Foto: Pontepretano

Campinas na Copa:

Fachada terá ornamento de concreto e nova iluminação

Page 2: Saiba + Copa 24 de Junho

Página 2 Editorial 24 de junho de 201424 de junho de 2014 Saúde Página 3

Com o tema “Leitura sem margens”, o 19º Congresso de Leitura do Brasil (Cole) acontece de 22 a 25 de junho de 2014, no Centro de Convenções da UNICAMP. Dessa vez o evento quer dar vez e voz aos dizeres que habitam terceiras margens – palavras, sopros, sussurros, sibilos, ventanias, líquidas superfícies, se fazem (in)visíveis. As inscrições podem ser feitas pela internet. A programação do 19º COLE contará com minicursos, conferências além da Feira de Literária e Cultural. O evento é uma realização da Associação de Leitura do Brasil.

19° COLE – Congresso de Leitura do Brasil

A cantora Maria Rita se apresenta na Red Eventos, em Jaguariúna, no próximo dia 19 de julho. A abertura dos portões é às 22h, e no repertório do show, músicas do novo álbum de Maria Rita, “Coração a Batucar”.

Maria Rita em Jaguariúna

Chega aos palcos de Campinas, no Teatro Amil o espetáculo “Festival Terça Insana”, dentro da mostra Grandes Baratos. Trazendo o elenco diferente a cada apresentação e esquetes interativas, o espetáculo foi re-sultado da escolha dos espectadores através da página oficial do grupo no Facebook. As apresentações duram 90 minutos e serão realizadas até o dia 29 de junho.

Festival Terça Insana chega à CampinasNunca assisti a um jogo

da Copa do Mundo de Fu-tebol inteiro. Nunca torci numa Copa. Ou melhor, torci apenas no dia 2 de julho de 2010, quando o Brasil disputou as quar-tas-de-final e fui convidada para assistir ao jogo na casa de uma família de corin-tianos. Até esse dia nunca tinha tido a sensação de como era torcer num jogo de futebol. Antes acredi-

tava ser quase impossível ficar 90 minutos em frente à TV vendo a bola rolar de um lado para o outro. Mas, repare: eu disse quase.

Naquele jogo estavam os avós, pais, filhos, tios, primos e dois intrusos: meu amigo e eu. Nós dois éramos completos alheios até a tal vuvuzela e gritos sinceros encherem nos-sos corações e nos fazer perceber a união e felici-

A primeira vez na torcidaPor Marina Filippe

dade daquela família que tinha no futebol uma rep-resentação que não é pra qualquer um. Para eles a Copa de 2014 será a pri-meira do bisneto. Para mim será uma série de partidas que motivam e unem pessoas. E dessa vez eu torcerei, não por algum time, mas para que todos tenham a sorte de encon-trar um grupo de pessoas como as quais encontrei.

Faltam apenas vinte minutos para passar o cartão. Nada podia ti-rar minha alegria, pois era quase 17h20 de sex-ta-feira, dali dez minutos iria embora e estaria tudo bem.

Eis que ouço o estron-do, penso comigo “vai chover, melhor eu já me preparar para ir embora”. Não deu tempo. Quan-do vi estava na porta de saída observando os au-tomóveis que paravam na Avenida. Olho à frente e vejo meu carro: a água estava no nível da porta.

“Tenho compromisso inadiável, não posso des-marcar” e com esse pens-amento resolvo enfrentar

o desafio. Pergunto a um amigo como fazer para conseguir sair com o car-ro, pois nunca havia pas-sado por aquela situação. “Engata a primeira, acel-era, acelera, até você sair da água”.

Saio. Faço um show a parte, até chegar ao carro, com funcionários do alto escalão me observando, afinal, passo em frente à prefeitura.

Dou partida, acelero, acelero, engato a pri-meira. O carro começa a andar, acelero um pou-co mais e pronto. Saí da Avenida. Aumento o som e entre gritos de alegria, bato no volante em come-moração: tudo deu certo.

Ao chegar em casa re-cordo que não peguei a chave ao sair. Faço com-petição entre os trovões e a buzina. Nada, minha mãe não ouve, aperto a campanhia. Após alguns minutos ela aparece na varanda e aos gritos peço: joga a chave para mim.

De maneira súbita ela lança a chave na minha direção... A bendita passa pela minha cabeça e se-gue na direção da calça-da. Em câmera lenta cai perto da correnteza, corro para tentar pegar, chego perto e como quem olhasse para mim e risse de manei-ra mordaz, ela se vai com a água.

Joga a chavePor Mirela Das Neves

Câncer é principal causa de morte de crianças no Brasil, indica estudo

Ser jornalista em plena Copa do Mundo no Brasil

Era começo do 7º seme-stre do curso de jornalis-mo da PUC-Campinas, quando foi sorteado entre os alunos da turma, qual grupo seria o primeiro, o segundo e o último a pro-duzir o jornal Saiba + da universidade. Queríamos ser os primeiros, mas calhou de sermos os úl-timos e, particularmente, que bom que foi assim. Ter a oportunidade de ser repórter, editor e di-agramador de um jor-nal especial da Copa do Mundo no Brasil, ainda como estudantes, talvez seja e não sabemos quan-do a Copa voltará à nos-sa terra, para que outros formandos tenham esse mesmo trabalho. Pois é deu trabalho!

Policiais militares que não podiam conceder informações sobre os possíveis trajetos que as delegações da Nigéria e Portugal fariam ao che-gar, na cidade; Pautas que caíram, por exemplo, a da estátua do jogador por-tuguês Eusébio, consid-erado um dos melhores futebolistas da história, segundo a Federação In-ternacional de História e Estatísticas do Futebol (IFHHS); Os números da expectativa de movimen-to em Campinas, que a cada dia diminuía e tor-nava a matéria instável; A necessidade de encon-trar novas pautas de últi-ma hora para preencher páginas adicionais que há nesta edição – detalhe

que não contamos com publicidade; Além de responsabilidades com outros trabalhos do se-mestre.

Hoje, mesmo tendo a consciência de que não somos perfeitos, apenas futuros jornalistas, ao ter esse material em mãos temos aquela sensação de dever cumprido, porém sabendo que ainda temos e vamos melhorar mui-to. Essa edição do Saiba + ficará guardada na es-tante e na memória dos alunos que colaboraram para que ela seja final-izada, afinal, pode ser que somente daqui a 64 anos ela se repita, e ser jornalista em plena Copa do Mundo no Brasil não é nada fácil.

Fatores ambientais influenciamno surgimento do câncer infantil

Uma das causas para o maior desenvolvi-mento de tumores em crianças e adolescentes é a poluição ambiental e outros fatores exter-

nos. A conclusão é da Agência Internacion-al para Pesquisa sobre Câncer (IARC), órgão da Organização Mun-dial da Saúde. No últi-mo relatório mundial da agência, foi apontado

como causas do surgi-

mento de t u m o r e s em cri-anças nos EUA o uso de drogas e hormô-nios pela gestante, poluição u r b a n a ,

além de pes t ic idas

e agrotóxi-cos presentes

nos alimentos. Esses fatores contribuem ain-da para a má formação do feto e surgimento de doenças congênitas. Foi detectado também aumento da incidência do câncer em crianças de 0 a 14 anos de idade, principalmente leuce-mia e linfomas.

No Brasil existem es-tudos semelhantes que confirmam essa tendên-cia. Segundo a presi-dente do Centro Infantil Boldrini de Campinas, Silvia Brandalise, pesqui-sas da área médica no país comprovam que existe influência do meio ambiente durante a gestação que afetam diretamente na possib-ilidade de desenvolver

o câncer. “A má for-mação durante o perío-do da gravidez tem uma ligação com o câncer, que envolve diversas condições, dentre elas fatores externos à mãe e ao feto”, explica.

Frente a isso a Or-ganização Mundial da Saúde (OMS) deter-minou ao centro a re-alização de um estudo contínuo para detectar até que ponto o ambi-ente pode influenciar nos índices de cânc-er infantil. A pesqui-sa acompanha desde 2012 cerca de 100 mil crianças nascidas na região de Campinas des-de o pré-natal até os 18 anos. Haverá também questionários estatísti-cos durante o início e o segundo trimestre da gravidez, e depois nos primeiros meses da vida da criança.

O estudo tem orça-mento calculado em R$

12 milhões, que será custeado pela iniciati-va pública e privado. O objetivo é apresentar estatísticas que serão fundamentais para de-tectar possíveis fatores que dão origem ou acel-eram o desenvolvimen-to de tumores e direcio-nar ações de prevenção.

Além da pesquisa também foi lançado em Campinas um fórum permanente para debat-er os assuntos relacio-nados ao meio ambiente e o câncer da criança. Durante quatro meses entidades públicas e privadas se reunirão para divulgar pesqui-sas e resultados da área, além de sugerir ações públicas para apoiar ações de prevenção ao câncer infantil. Essas propostas serão divul-gadas no último evento do fórum, previsto para o final deste ano.

Por Jéssica Fontoura

O câncer infantil é a principal causa da mortalidade por

doença das crianças bra-sileiras de todas as regiões do país, segundo o Insti-tuto Nacional do Câncer

(INCA). O mais recente estudo do instituto aponta que de 2012 a 2013 foram registrados 11.530 novos casos da doença em cri-anças e adolescentes no Brasil. A pesquisa tem como base o Registro de

Câncer de Base Popula-cional (RCBP) formado por hospitais, clínicas e laboratórios distribuídos em todo o país.

O câncer infantil é con-siderado raro quando com-parado ao aparecimento de

tumores em adultos. Além disso, os tumores mais fre-quentes em crianças a par-tir do primeiro ano de vida até o final da adolescência são os que atacam os glób-ulos brancos e o sistema nervoso central e linfático.

O INCA aponta tam-bém que, embora seja alta a incidência de morte por câncer infantil, se de-tectada precocemente, a doença apresenta chance de 70% de cura.

ExpedienteJornal laboratório produzido por alunos da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas. Centro de Comu-nicação e Linguagem (CLC): Diretor: Rogério Bazi; Diretora-Adjunta: Cláudia de Cillo; Diretor da Facul-dade: Lindolfo Alexandre de Souza. Tiragem: 2 mil. Impressão: Gráfica e Editora Z

Professor responsável: Luiz Roberto Saviani Rey (Mtb 48.375).

Edição: Mayara DiasDiagramação: Beatriz Santos e Evandro Sabbatini

Foto: divulgação

Foto: divulgação

Foto: divulgação

Foto: Reprodução

Centro Infantil Boldrini de Campinas realiza estudo para detectar até que ponto o ambiente influencia no desenvolvimento do câncer

Page 3: Saiba + Copa 24 de Junho

Página 4 24 de junho de 201424 de junho de 2014 Curiosidades Cultura

Documentário propõe discussões sobre o rap nacional

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Lançado no primeiro semestre deste ano, com exibição exclu-

siva para festivais, o docu-mentário O Rap Pelo Rap, dirigido por Pedro Hen-rique Fávero, tem como proposta colocar em pau-ta discussões que assom-bram o rap nacional. Para isso, depois de um ano de trabalho, foram reunidos depoimentos de mais de quarenta nomes que tran-sitam pela cena Hip Hop, entre eles alguns bastante expressivos, como KL Jay, Criolo, Daniel Ganjaman, Sandrão, Kamau, De Leve, Dexter e GOG.

O Rap Pelo Rap é fruto do trabalho de conclusão de curso de Pedro, forma-do em Rádio e TV pela UNESP, e a produção foi completamente indepen-dente. Porém as limitações técnicas e os poucos anos de experiência não atra-palharam o andamento das filmagens, até porque, segundo o diretor, as pes-

42 nomes da velha e nova escola falam sobre temas como a atual relação do rap com a mídia e a aceitação do estilo como musica popular brasileira

soas envolvidas com o rap são bastante acessíveis e dispostas a colaborar. “In-crível como os MCs, DJs e produtores que eu conheci são humildes. Não digo mais humildes do que os artistas em geral, mas sim mais do que as pessoas em geral.”

Agora recém-formado, o diretor viu no TCC a pos-sibilidade de trabalhar com um produto que permite maior liberdade de criação em seu desenvolvimento, oportunidade encontrada com mais dificuldade no mercado de trabalho. A escolha também teve uma motivação pessoal, já que há alguns anos ele está di-retamente envolvido com a cultura hip hop. Além de ser fã de rap, Pedro é baterista e já participou de diversos projetos music-ais, inclusive fazendo raps e participando de rodas de improviso. “Na época estava gostando muito de rap, participando de diver-sos shows, rodas de rima, de improviso... Cada vez escutando, estudando o gênero, me envolvendo

Por Bruno Garcez

Foto: divulgação

O documentário foi apresentado Festival Interna-cional de Documentário Musical

Baixas temperaturas fazem aumentar a procura pelo reconfortante cafezinhoProprietário do Café Regina, o mais tradicional da cidade, estima aumento de ate 30% nas vendas

Por Mayara Dias

Com a chegada do inverno no dia 21 de Junho, as lan-

chonetes e cafeterias da cidade começam a se preparar para aumentar o trabalho no atendimento de clientes que pedem um ‘cafezinho’ ao longo do dia. O consumo da bebi-da quente nessa época do ano pode chegar a 30% a mais que em outras es-tações, estima Jorge Vaz, proprietário do Café Re-gina, em Campinas (SP), o estabelecimento mais tradicional do ramo e considerado o ponto de encontro de profission-ais liberais e uma espé-cie de “Boca Maldita” da cidade.

“Diariamente, em outras épocas que não o inverno, vendemos cer-ca de mil xícaras com café, e com a chegada da estação esse número pode ultrapassar a marca de 1300 xícaras por dia, principalmente em dias nublados, com chuva fina, propício para uma xícara de café”, afirma dono da cafeteria, que diz ainda que os preferidos dos cli-entes são com conhaque ou licor.

Nos anos 1980, a procura era maior, porque a concorrência também não era tão grande, “mas a saída nessa época do ano ainda aumenta”, lembra Jorge que ainda diz que o consumo de cappucci-nos, chocolates quentes e xícaras de chá também crescem com a estação mais fria do ano.

Um café no coador, por favor!Uma das tradições da

cafeteria é o café feito no coador de pano, segundo Jorge as xícaras de café expresso saem menos de 80 por dia, enquanto que os cafezinhos de coador cerca de 1.000 são con-sumidos por dia. A expli-cação da preferência é o processo. “Nós aqui no Café Regina aumentam-os a qualidade do café cuidando para escaldar os utensílios usados para ele sair sempre quente, a

No inverno, o estabeleci-mento chega a vender 1300 xícaras de café por dia

mesmo no rap.” O conhecimento e vivencia do dire-tor foram essenciais para o resultado final da produção.

O único lamento de Pedro em relação ao conteúdo foi a impossi-bilidade de entrevistar outros nomes impor-tantes como Emicida, Mano Brown, Black Alien, entre outros. Ele também gostar-ia de ter entrevistado mais mulheres da cena. As representantes dessa ala do rap presentes no documentário são Karol Conka e Lívia Cruz.

Através dos temas dis-cutidos, o documentário tenta traçar um panorama das contradições e dogmas presentes no meio do rap. “Creio que ele é um im-portante registro das mui-tas ideias de figuras im-portantes do rap nacional e levanta questões a meu ver pertinentes e mal resolvi-das dentro do rap nacional hoje”. Entre estas questões Pedro cita “a relação rap e mídia, diferenças entre rap novo e antigo, preconceito dentro e fora do rap, a difí-cil aceitação do rap como música popular brasileira, entre outros”.

O documentário já foi exibido no , nas edições de São Paulo e Salvador, de-

pois de ser escolhido para inte-grar o sele-to grupo de 23 produções partic-ipantes. Por enquanto, a íntegra não está disponível na internet, nem sendo comercializada, pois os festivais exigem que o ma-terial seja inédito.

O lançamento na rede e em DVD está previsto para 2015, pois além da exclusividade exigida pe-los festivais, ainda estão em busca de um patrocínio para lançar o material físi-co a preço acessível. Mas na página do facebook do

filme são divulgados

teasers e extras, além

de uma série semanal, que

será lançada em breve. A divulgação bem pensada do material tem causado muita expectativa na inter-net. Um dos teasers, que conta com uma declaração do rapper Neto, já tem por volta de dez mil visual-izações. As páginas ofi-ciais onde este material e mais informações podem se encontrados são www.youtube.com/orappelorap e www.facebook.com/orap-pelorap.

Show de Helião, um dos personagens do documentário

uma temperatura de 96 a 98 graus, nós investi-mos em uma máquina norte-americana e por isso as pessoas têm essa preferência”, afirma.

Em 1984 Jorge Vaz passou a comandar a ad-ministração do Café Re-gina quando comprou dos antigos donos, e no dia 20 de setembro deste ano ele completará 30 anos a frente da cafeteria, e como de costume esse ano tam-bém terá uma comemo-

ração, porém, ainda não foi definida qual atividade será feita, mas a ideia é preservar a interação com o cliente.

O Café Regina foi fun-dado em 1952. O nome deriva de um prédio que existiu no local onde ele está instalado. Ao longo de várias décadas, abrigou políticos e empresários e muitas decisões foram tomadas em seus bal-cões. Consta no histórico político da cidade que a

candidatura a prefeito de Orestes Quércia, em 1968, saiu de uma reunião em seu recinto. Quércia, pos-teriormente, foi senador e governador paulista. Para se esquentar nesse inverno já sabe aonde chegar: Rua Barão de Jaguara, 1302, Centro de Campinas. A cafeteria fica aberta de se-gunda a sábado, das 6h às 22h15 e aos domingos e feriados das 8h às 22h.

Shaolin, um dos entrevistados do documentário

Foto: divulgação

Foto: Nathália Lopes

Foto: Reprodução

Foto: divulgação

Page 4: Saiba + Copa 24 de Junho

Copa Copa24 de junho de 201424 de junho de 2014 Página 7Página 6

Campeã da última Copa Africana de Nações, a Nigéria

decidiu, após indefinição, que Campinas seria a ci-dade em que fariam a preparação para a Copa do Mundo. Os locais escolhi-dos para treino e estadia de toda delegação foram, respectivamente, o Estádio Brinco de Ouro da Princ-esa, do Guarani, e o Hotel Vitória. Além dos jogos, os ni-gerianos prom-etem aproveit-ar tudo o que a cidade tem a oferecer.

Por Pedro Lopes Por Vinicius Falavigna

Dono de uma casa avaliada em 5,4 milhões de eu-

ros no bairro madrilenho de Pozuelo de Alarcón, o português Cristiano Ron-aldo desfruta de uma in-fraestrutura luxuosa du-rante sua permanência em Campinas. Escolhido após uma triagem criteriosa da delegação lusitana, o The Palms – hotel reservado dentro do complexo do resort Royal Palm Pla-za –, casa de CR7 du-rante a Copa do Mun-do, preparou uma recepção à altura do futebol do principal destaque da Seleção Portuguesa.

Desde o dia 11 de junho – data do desembarque da equipe em Campinas –, 116 quartos estão à disposição dos comandados do técni-co Paulo Bento. Diferente-mente dos nigerianos, que reservaram uma das quatro torres do Hotel Vitória, os portugueses exigiram a in-terdição do The Palms para outros hóspedes. O objeti-vo é garantir o silêncio e a privacidade para que os atletas tenham tranquil-idade nos momentos de preparação das partidas. Responsável por monitorar os corredores e assegurar que os hóspedes dos out-ros setores do complexo não tenham contato com os jogadores, uma equipe de segurança 24 horas foi acionada pelo corpo direti-vo do hotel.

As exigências não ter-minam aí. Em dezembro, após a confirmação de que Campinas seria a base da

Após iniciar com o pé esquerdo, seleções continuam preparação em Campinas

Seleção da Nigéria pede dicas para passeios durante estada em Campinas

Luxo e discrição marcam ambiente de hotel que recebe Seleção Portuguesa

A delegação nigeriana chegou à Campinas no dia 10 de junho. O diretor de marketing do Hotel Vitória Eduardo Porto, garantiu qualidade e preparo para a recepção. Ao todo, são 45 quartos utilizados para os africanos. “Nosso staff é qualificado e treinado con-stantemente para receber com excelência e receptiv-idade. O hotel passou por adaptações, readequações e modernizações para o conforto da seleção”, explica. Ele ainda res-salta que os jogadores não estão tendo conta-to com os hóspedes. “Todo período da

estada será seguro e reservado, de

acordo com as normas da FIFA”.

As exigências dos nige-rianos para a estadia foram poucas, porém curiosas. Segundo Porto, em relação ao cardápio, conforto nos quartos e instalação de equipamentos, não houve nenhum pedido especial. A real cobrança foi dire-cionada para dicas pas-seios em Campinas. “Eles querem con-hecer festas, restaurantes e shoppings da cidade e nos pediram pra preparar dicas de lug-

ares para eles conhecerem, como um city tour mes-mo”, disse.

Por se tratar de uma Copa do Mundo, o hotel está organizando estraté-gias de segurança no “pa-drão FIFA”. Foram con-tratados 15 seguranças terceirizados, o triplo do que se costuma trabalhar. “As pessoas vão ter muita curiosidade nos jogadores e nós resolvemos aumen-tar a segurança para blin-dar os jogadores mesmo”, explicou o diretor.

Curiosidades da seleção

O campeonato na-cional da Nigéria - chamado de Pre-

mier League - não é muito famoso mundo a fora. Por essa razão, apenas três jogadores dos

Entre os funcionários do complexo, a palavra de ordem é seriedade. Há recomendações da direção para que os jogadores não sejam abordados nos corredores. Nem fotogra-fias com os membros da delegação serão permiti-das. “Só temos pessoas que são da nossa confiança. Estamos trabalhando com um pessoal que tem um pouquinho mais de tempo na casa, uma vez que será nossa primeira experiência em Copa do Mundo”, con-

ta Cintia Miranda, gerente do The Palms.

Acostumado às duas piscinas de sua residência em Madri, Cristiano Ron-aldo, caso queira dar um mergulho no complexo, terá que enfrentar o frio campineiro – a média de temperatura na cidade é de 18°C para esse mês, até ju-lho – e o assédio dos fãs.

Mesmo sem as di-mensões do Moisés Lu-carelli e do CT da Ponte

Preta – locais em que Por-tugal está realizando os treinamentos -, um campo de society foi reformado para que os gajos possam mostrar suas habilidades.

Há diárias no resort a partir de R$ 700. A asses-soria do The Palms, entre-tanto, não divulga os va-lores envolvidos no pacote solicitado pela Seleção Portuguesa.

equipe, os atletas so-licitaram tele-visões com entrada com-patível para videogames em todos os quartos. Tudo para que os portugueses possam simular virtual-mente as jogadas que po-dem ser feitas nessa pri-meira fase do torneio.

Em seu cômodo, Cris-tiano Ronaldo, frequen-temente associado à sua vaidade, usufrui de um espelho que não embaça; travesseiros com aroma – da alfazema à camomila – e uma cama king size. O conforto não se restringe às acomodações. Com isolamento dos demais hóspedes, o spa disponibi-liza aos atletas uma sauna e sessões de massagem em horários exclusivos.

23 convocados pelo técni-co Stephen Keshi atuam no país, enquanto o restan-te joga na Europa. Os prin-cipais destaques ficam por conta do goleiro Vincent Enyeama (Lille-FRA), do volante camisa 10 John Milek Obi (Chelsea-ING) e dos atacantes Victor Moses (Liverpool-ING) e Ahmed Musa (CSKA Moscou-RUS).

Esta será a quinta par-ticipação dos nigerianos em Copa do Mundo. As primeiras aparições foram em 1994 e 1998 e em am-bas avançaram até as oi-tavas-de-final. Já em 2002 e 2010, não passaram da primeira fase. O grupo da Nigéria não é dos mais fáceis, porém mesmo ini-ciando o torneiro com o pé esquerdo, em um empate de zero a zero contra o Irã, venceu a Bósnia por um a zero e terá pela frente a

Argentina.

Palm Plaza reserva o que há de melhor

para atender a seleção portuguesa

em Campinas

Espaços do Hotel Vitória em Campinas, onde John Obi Mikel (imagem) e a delegação nigeriana estão instalados

Page 5: Saiba + Copa 24 de Junho

Copa Copa24 de junho de 201424 de junho de 2014 Página 9Página 8

Com a estada das seleções de Portu-gal e Nigéria em

Campinas, as conexões das seleções de Costa do Marfim, Honduras, Japão, Argélia e Rússia no Aero-porto Internacional de Vi-racopos e a expectativa de 40 mil turistas na cidade, o município integrou to-das as forças de segurança como a Polícia Federal e Militar, Exército, Secretar-ia de Segurança, Guarda Municipal e outros órgãos e desenvolveram um plano de segurança para atender todas as demandas durante a Copa do Mundo.

O relatório elaborado pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIn) traz medidas de segurança para serem tomadas durante a escolta com as seleções de Portugal e Nigéria. Para isso, há uma coordenação no Centro Integrado de Monitoramento de Campi-nas (CIMCAMP) para fiscalizar 24 horas toda a movimentação das áreas de trajeto das seleções.

A seleção nigeriana está hospedada no Hotel Vitória, próximo ao Está-dio Brinco de Ouro, local onde estão sendo realiza-dos treinos para os jogos. Já na área noroeste da

Campinas reforça segurança para recepcionar seleções e turistas

Por Bianca de Paula

A Copa do Mundo no Brasil já começou e dois dias antes do

evento começar Campi-nas (SP) ainda não havia terminado de arrumar para receber os turistas, princi-palmente quando o assun-to é o transporte público. A cidade é sub-sede das seleções de Portugal, que desembarcou no dia 11 de junho, às 12h05, e da Nigéria que tem chegou à cidade na terça-feira, dia 10.

Segundo dados da As-sociação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), passarão pela ci-dade, durante a Copa, cer-

Transporte público de Campinas está longe do “padrão Fifa”

Sub-sede da Copa, a cidade não investiu em melhorias no transporte coletivo, mas afirma que isso não será problema

ca de 40 mil turistas, entre brasileiros e estrangeiros. E eles poderão ter transtor-nos ao utilizar o transporte público, pois os pontos de ônibus não estão devida-mente sinalizados e nem todos possuem placas de informação ao usuário.

Para o secretário de transportes e diretor-presi-dente da Empresa Munici-pal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) Carlos José Barreiro, haverá ôni-bus suficientes nas ruas para atender a demanda de turistas, pois não se projeta grande impacto no sistema de transporte coletivo mu-

nicipal e que o município recebe cerca de 90 mil tur-istas mensalmente, ou seja, no período da Copa esse número caíra pela metade.

“O estudo realizado pela Administração Mu-nicipal aponta que esses turistas são organizados em grupos e viajam princi-palmente de ônibus freta-do, com menor impacto no trânsito”, explica ele.

Com relação à movi-mentação dos turistas, a Emdec afirmou que di-sponibilizará, caso seja necessário, mais agentes de trânsito para auxilia-rem os 328 que já estão

responsáveis pela Mobil-idade Urbana. Esses fun-cionários são pessoas que cumprem funções inter-nas dentro da empresa e poderão ser remanejados para dar um reforço aos orientadores de trânsito.

O turista podem ter problemas nos pontos de ônibus também, pois dos 5,2 mil pontos, muitos não possuem demarcações su-ficientes, ou não possui in-formativos. E em alguns, a cobertura está danificada. De julho do ano passado até agora, apenas 400 pon-tos foram reformados e tiveram sua comunicação visual atualizada. Esse tra-balho vem sendo feito em várias regiões da cidade e segundo o secretário, um novo lote de adesivos es-tão sendo implantados.

Para a estudante Giselle Freitas Eler, Campinas não se preparou o suficiente para a Copa. “Sincera-mente em todos esses anos que se passaram desde que foi decidido que a Copa seria no Brasil, eu não vi nenhum tipo de melhoria ou preparação do trans-porte público. A única coi-sa que vi de diferente foi um ônibus com as cores da bandeira e com os temas

cidade, a seleção de Por-tugal está no The Royal Palm Plaza e os treinos es-tão ocorrendo no Estádio Moisés Lucarelli. Todo o trajeto é monitorado por câmeras de segurança para acompanhar e fiscalizar as seleções. Por questão de segurança, não foi divul-gado (até o dia da entrev-ista) o trajeto a ser utiliza-do para fazer o transporte das seleções, mas foi dis-ponibilizado três possíveis rotas. Além disso, o dele-gado da Polícia Federal, Hermógenes de Freitas Leitão Neto explica que há duas frentes de se-gurança: a primeira no Aeroporto de Viracopos e segunda refere-se a escol-ta das seleções na área da Delegacia de Campinas: Portugal e Nigéria, instal-ados em Campinas e Cos-ta do Marfim, hospedados em Águas de Lindóia. “A Polícia Federal conta com duas viaturas com 6 poli-ciais para cada seleção. Além dos dois delega-dos da P.F, denominados como oficiais de ligação, que permanecem o tem-po todo com cada uma das seleções, andando nos mesmos ônibus, ficando hospedados, acompanhan-do os treinamentos, e man-

tendo contato direto com a base da polícia militar sobre as demandas e pos-síveis remanejamentos.”, afirma Hermógenes.

Os times da Argélia, Honduras, Japão e Rússia, que utilizaram o Aeroporto Internacional de Viracopos entre os dias 6 e 11 de jun-ho, também passaram pelo novo terminal com acesso restrito ao público.

Trajeto entre Aeroporto, hotel e centro de treinamento da seleção portuguesa

Reforço de segurança

Para garantir a segu-rança das seleções e dos turistas, a Polícia Federal recebeu um reforço signif-icativo e expressivo de três viaturas ostensivas, que serão somadas às 10 viatu-ras ostensivas e descarac-terizadas já existentes, que acompanha nos trajetos das seleções.

Em trabalho conjunto com a Polícia Federal, a Militar através do Batal-hão de Ações Especiais (BAEP), responsáveis pela locomoção das seleções via Aeroporto-Hotel- Cen-tro de Treinamento au-mentaram cerca de 10% o reforço de policiais mili-tares.

Já a Secretaria de Se-gurança da Prefeitura de Campinas juntamente com a Guarda Municipal elaborou um plano de fis-calização, incluindo mais cinco novas câmeras, além das 372 já existentes, em lugares estratégicos na ci-dade, como a Av. Norte Sul, Centro de Convivên-cia e Av dos Esportes. Todo o expediente será composto por 700 guardas municipais, número sem novas contratações.

Além disso, a Empresa de Trânsito de Campinas,

EMDEC, diz estar coor-denando todo o projeto de trânsito e movimentação na cidade.

Manifestações

Cada setor apresenta suas estratégias para con-trolar e reverter situações, caso ocorra manifestações na cidade durante a Copa. Para a Polícia Federal, se-gundo delegado Hermó-genes de Freitas Leitão Neto, o problema da man-ifestação está quando vira “bagunça”, e se alguma ação encaminhar para este sentido, já existe um pla-no para intervir. Para o Coronel Marci Elder, há um planejamento foca-do e específico para es-sas ações. “O Batalhão de Ações Especiais está pronto para agir (caso haja manifestação) e a tropa de proteção está posta 24h por dia para garantir a se-gurança.”, afirma Elder. Além disso, a secretaria de segurança de Campinas in-forma que, desde as mani-festações do ano passado, a Guarda Municipal já está treinada para lidar com to-das as possibilidades que um grande evento possa oferecer.

da Copa, minha reação foi rir de nervoso diante de tanta ironia”.

Viracopos

O aeroporto internacio-nal de Viracopos recebe diariamente cerca de 25 mil pessoas, e segundo o diretor-presidente de Vira-copos Luiz Alberto Küster, não haverá grande mov-imento no local, mesmo com a Copa ocorrendo no Brasil. “Nos dias de jogos este movimento deve cair muito no aeroporto. Essa estimativa depende das companhias aéreas, mas podemos estimar que, no geral, o movimento possa crescer em torno de 10% nesse período”, diz.

Küster acrescentou ain-da que Viracopos preparou uma equipe que recebeu as delegações, autoridades e eventuais torcedores. “Foi instalado um telão no saguão de passageiros, que transmite os jogos da Copa. Nas áreas de se-gurança e operações re-forçamos as equipes para atender os passageiros”, explica o diretor.

Rodoviária

A rodoviária de Campi-nas – Terminal Multimodal Ramos de Azevedo, tam-bém está com problemas em sua estrutura física e organização para rece-ber turistas. As placas de sinalização não são bilín-gues, e os funcionários não possuem um segundo idioma. Não há variedade de restaurantes no local, a maioria são redes de fast-food, e uma das escadas rolantes que dá acesso ao terminal urbano está in-terditada. A assessoria de imprensa da Socicam, empresa que administra a rodoviária foi procura-da para falar sobre este assunto, mas até o fecha-mento desta matéria não tivemos retorno.

Por Jéssica Nogueira

Trajeto entre Aeroporto, hotel e centro de treinamento da seleção nigeriana

fotos: Jéssica Nogueira

Usuários criticam o tempo de espera de ônibus em Campinas

Copa

Page 6: Saiba + Copa 24 de Junho

Copa CopaCopa24 de junho de 201424 de junho de 2014 Página 11

Bares de Campinas apostam em novos pratos e superstição para assistir jogos da Copa

Os setores de comér-cio e serviços de Campinas devem

movimentar R$ 300 mil-hões na cidade durante o período da Copa, que ocorre entre os dias 12 de junho à 13 de julho. O número foi estimado pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC). Com essa expec-tativa, bares e restaurantes se preparam para receber os clientes nos dias de jo-gos do Brasil e diversas es-tratégias foram programa-das para isso. “Além do cardápio e das decorações relacionadas ao Brasil e à Copa, resolvemos brincar também com as super-stições e espalhamos pela casa pimenta, sal grosso e fitas de Bonfim”, conta a representante de market-ing de um bar e restaurante da cidade Carol Mancini.

Ela conta ainda que a Copa já faz parte do calendário do estabeleci-mento de quatro em qua-

tro anos. “Já é a quarta Copa que nós fazemos aqui, então já entrou para o calendário de eventos do bar, e este ano criamos drinks pensando no Bra-sil, Espanha, Alemanha, Holanda, decoramos a casa inteira e também va-mos chamar algumas at-rações”, afirma Carol.

Uma das cidades sub-sede, Campinas receberá as seleções de Portugal e Nigéria que estão hospe-dadas e treinam no mu-nicípio. Com a presença de duas das trinta e duas seleções que participarão do evento esportivo, a ACIC estima ainda um acréscimo de 50 mil pes-soas em circulação tanto nos estabelecimentos dos setores comerciais quan-to nos de serviço. Esse aumento pode ocorrer também porque algumas pessoas podem sair do tra-balho horas antes do início dos jogos: “Serei liberado do trabalho com apenas

uma hora de antecedência, não tem como organizar muita coisa. No bar já está tudo pronto, só sentar e as-sistir”, conta o economista Adriano Anesi.

Com toda essa movi-mentação, a inovação para prender os turistas e con-terrâneos é indispensável. E foi pensando nisso que seu Zé, mais conhecido

como Portuga - o nome refere-se a sua naciona-lidade - teve a ideia de criar um lanche em hom-enagem ao melhor joga-dor do mundo, Cristia-no Ronaldo. “A ideia do lanche surgiu exatamente no dia em que ele ganhou a bola de ouro como o melhor do mundo, e é um lanche em homenagem a

todos os portugueses que levam o nome do país aos quatro cantos do mundo”, conta Portuga.

Segundo dados da ACIC a cidade possui 3.710 bares e restaurantes, e a expectativa é que o faturamento destes estabe-lecimentos em 2014 passe de R$5,9 milhões.

Por Nathália Lopes

O livro Renato: o fu-tebol de discreto charme, de autoria

do jornalista campineiro João Nunes, foi lançado no dia 27 de maio, no Giova-netti Cambuí. Boa fonte de informações sobre a história do futebol prati-cado no Brasil, a biogra-fia do jogador, que par-ticipou da Copa de 1982, como reserva de Sócrates e Zico, é bem amarrada e fácil de ler.

A produção do livro foi rápida: apenas quatro meses. Foram entrevis-tadas 21 pessoas, mas o tempo curto impediu que o autor falasse com todos que gostaria. “Por exemp-lo, o ex-jogador Oscar, que levou Renato para o Japão, o apresentador Milton Neves, dirigentes do At-lético Mineiro, o ex-joga-dor Walter Casagrande e mais alguns jornalistas de São Paulo, Belo Horizonte e Campinas”, elenca.

Renato gostou da ex-periência. “Achei muito

Jogador da Copa de 82 tem biografia lançada em Campinas

gratificante. Realmente é o que fica da carreira de um atleta”, diz. O jogador, que começou a carreira profis-sional no Guarani foi uma das grandes revelações do Campeonato Brasile-iro de 1975, aos 18 anos. Venceria o torneio três anos depois, pelo mesmo

time. Ao longo da carreira jogou, também, pelo São Paulo, Botafogo, Atlético Mineiro, Yokohama Mari-nus e Kashiwa Reysol (times japoneses), Ponte Preta e Taubaté, onde se aposentou em 1997.

A biografia de Renato – o Nato de Morungaba – é o

Por Beatriz Santos

quarto livro de Nunes, jor-nalista e escritor, que não para de produzir: já tem uma novela, chamada “O dia em que Paul morreu”, pronta para ser lançada na internet. “Ainda não sei em qual site, mas estou estu-dando algumas possibili-dades. Trata-se da história

de um garoto de 17 anos, nos anos 1960, que tem a vida completamente mod-ificada depois da suposta morte de seu ídolo”, conta.

Apesar de ser fã de fu-tebol, o jornalista não pre-tende ir aos estádios as-sistir aos jogos da Copa do Mundo. “Até gostaria, mas não irei. Além disso estou escrevendo outra novela e vou aproveitar que o Bra-sil vai parar para escrever”. Renato também vai torcer para a seleção brasileira longe dos estádios. Quan-to à escalação de Felipão, Renato apenas diz que “Gostaria de ver o Miran-da na seleção”.

Torcedores poderão fazer pedidos para seleção e amarrar em mural

Renato (esq.) e João Nunes em noite de autógrafos, no Giovanetti Cambuí

Foto: Beatriz Santos

Livro: Renato: o futebol de discreto charmeAutor: João NunesPreço: R$39,00 Editora: Pontes

serviço

Foto: Nathália Lopes

Nos últimos anos a Ponte Preta protagoniza es-

peculações sobre a ven-da do Estádio Moisés Lucarelli. Em 2011, o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (CONDE-PACC) decretou o tom-bamento da fachada do Majestoso, porém alguns elementos da arquitetura não poderão ser mod-ificados independente do estabelecimento que será construído no futu-ro. “Qualquer proposta de construtora que en-volva o Moisés precisa ser avaliada pelo con-selho. Ainda há todo um caminho dentro e fora do clube para isso acon-tecer”, ressalta o histori-ador do clube José Mo-raes Neto.

Apesar de não con-firmada a demolição do Moisés, estima-se que nos próximos anos a “Macaca” receberá em

troca uma Arena Multiu-so com capacidade para 30 mil pessoas, no local do Majestoso um shop-ping poderá ser con-struído. No entanto, o sentimento de perda que a demolição provocará será inevitável, como afirma Neto. “Os pon-tepretanos têm amor pelo local, acredito que eles gostariam que a Ponte conseguisse ter uma are-na, mas continuasse com o Moisés, porém com modernidade para jogos menores”.

O Moisés Lucarelli representa o maior pat-rimônio da Ponte e sua torcida. Inaugurado na década de 40 por inicia-tiva de Moysés Lucarel-li e outros dirigentes do clube, o Majestoso é um dos únicos estádios do Brasil construído por seus próprios torcedores.

Em 46, a “campanha do tijolo” ganhou fama em Campinas. Para con-cluir o levantamento do estádio, durante a sem-

ana caminhões passa-vam na Rua Barão de Jaguara para arrecadar doações de cimento e tijolo. Assim, nos finais de semana os pontepre-tanos organizavam-se em mutirões para aju-dar nas obras. Após seis anos de construção, em 48, o sonho se tornou re-

O estádio do Guara-ni Futebol Clube faz parte da histo-

ria do futebol campineiro e do Brasil. Foi nele que o clube se sagrou campeão brasileiro em 1978. O es-tádio existe há 61 anos, no entanto, os problemas encontrados, principal-mente estruturais, são tantos que a possibili-dade de venda é um pe-sadelo real. Fernando Pereira da Silva, histori-ador do Clube, lamenta: “está caminhando para um ponto que pro Guara-ni é mais negócio vend-er tudo do que concertar o estádio que tem e com esse dinheiro tentar pagar suas dividas e recomeçar em outro lugar.” As in-filtrações são muitas, os canos e fiações antigas e

o tobogã que era sinôni-mo de modernidade na época, está vetado pelo corpo de bombeiros. As reformas são inviáveis, já que o Clube Social, que sustentava o time, deix-ou de ser importante para a população. Diante das dificuldades, a capaci-dade do Brinco de Ouro foi reduzida a menos da metade.

E pensar que este es-tádio já registrou 51.720 pagantes em 1990, quan-do o Brasil venceu a Bul-gária por 2 a 1. A seleção já tinha pisado no grama-do em 1966 durante a preparação para a Copa do Mundo na Inglater-ra, contra um combina-do campineiro, mas nada que atraísse tamanho pu-blico. Sob a luz de seus refletores esteve também o poderoso time do San-

tos, de Pelé e compan-hia. Nesse dia, no ano de 1965, o Guarani obteve uma das suas vitórias mais expressivas, com a goleada de 5 a 1. Jogos que marcaram a história do estádio, inaugurado

em 31 de maio de 1953. Um estádio cheio de

histórias e tesouros, que podem chegar ao fim. Fernando Pereira da Sil-va teme o futuro do Gua-rani: “ele pode perder ainda mais torcedores

com isso. Pode ter um estádio vazio, longe, não conseguir montar times competitivos e tornar-se um clubinho pequeno do interior. É triste ver a situação que chegou, é o sinal dos tempos”.

Históricos, estádios podem desaparecer do cenário da cidade

alidade. A inauguração oficial aconteceu em 7 de setembro, com sol-enidade política e uma Missa. Já no dia 12, a Ponte enfrentou o XV de Piracicaba, protagoni-zando a primeira partida no local.

Para Neto, a inaugu-ração do Majestoso rep-

resentou não só um mar-co grandioso no esporte, mas também auxiliou no desenvolvimento da cidade. “Esse fator fez com que a Ponte jogasse a primeira divisão do paulista, além de agilizar a urbanização da região do Proença, onde é lo-calizado o estádio”.

Majestoso tem fachada tombada, mas não escapa das especulações

Por Ana Benoti

O Brinco de Ouro é o único estádio do interior que já sediou um jogo da seleção brasileira

Por Marina Prado

O Moisés Lucarelli é a casa da Associação Atlética Ponte Preta, um dos clubes mais antigos do país

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Foto: Acervo do clube

Foto: Pontepretano

Page 7: Saiba + Copa 24 de Junho

24 de junho de 2014Página 12 Turismo

Elemento de espiritualidade e de luz, Rosácea será reposta na Basílica do CarmoProjeto de restauro prevê a volta do ornamento de concreto em sua fachada principal e novo sistema de iluminação para realçar o templo à noite

Por Fernanda Martins

Uma das novi-dades que o restauro da

Basílica do Carmo, no centro de Campinas, irá apresentar será a recon-stituição da Rosácea em sua fachada frontal, restituindo sua feição original da reforma dos anos 1920, segun-

HistóricaA Basílica do Carmo

é um templo histórico. Está ligada aos tempos da fundação de Campi-nas. Foi, efetivamente, a primeira Igreja-Ma-triz da cidade. Antes dela, foi erigida a cape-la junto ao Largo Santa Cruz, datada do século 18 e construída por tro-peiros em trânsito pelo caminho de Goiazes e por escravos.

O prédio original da Matriz do Carmo foi inaugurado em 14 de julho de 1774, com a missa celebrada por ocasião da criação da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso, elevada a Vila de São Carlos em 1797. Era uma matriz provisória, coberta de sapé, localizada na praça onde hoje se en-contra o monumento ao compositor campineiro

Antônio Carlos Gomes. Essa matriz pro-

visória funcionou des-de a fundação da ci-dade até que estivesse pronta a matriz defin-itiva, inaugurada em 25 de julho de 1781, a atual Basílica do Car-mo. Esta igreja foi sede da freguesia durante o período do Brasil co-lonial e no Império. As obras da Catedral Met-ropolitana iniciaram-se em 1807.

Em 1870, já como Catedral de Nossa Sen-hora da Conceição e ainda em construção, passou à condição de Matriz, mas como a população à época não quis que a antiga matriz perdesse a condição de paróquia , foi feita a di-visão do núcleo urbano de Campinas em duas paróquias, a da “Matriz Nova” (a Catedral) e a da “Matriz Velha”.

Basílica do Carmo passa por reforma no centro de Campinas

do o arquiteto Marcos Tognon, encarregado do projeto. A Rosácea é elemento de ornamen-tação arquitetônica, ostentado pelas cate-drais europeias durante o período gótico. São peças de cimento arma-do que foram retiradas no passado da parte frontal da Basílica em razão de problemas es-

truturais. Além desse aspecto, o projeto de restauro em andamen-to engloba a instalação de novo sistema de ilu-minação de suas facha-das, visando dar maior visibilidade noturna a um dos templos católi-cos mais relevantes da cidade e local de visi-tação turística.

O conceito da Rosá-

cea é o de transmitir, através da luz e da cor, o contato com a espiri-tualidade e a ascensão ao sagrado. É consti-tuída de abertura cir-cular onde um desenho geométrico de bandas de pedra é preenchi-do por um vitral, cujas cores se projetam no interior da nave.

A previsão de térmi-no do restauro, segundo

Tognon, é para o início de 2015. O processo mais demorado é o dos testes e avaliações dos materiais a serem apli-cados na Basílica, com a finalidade de anal-isar a compatibilidade físico-química entre as partes antigas e novas da construção. Não é possível ainda calcu-lar os custos finais das obras.

A basílica é o único templo gótico da cidade e é tido como ponto turístico muito visitado

Foto: Nathália Lopes

Foto: Nathália Lopes