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Ano 29 - Nº 163 Janeiro/Fevereiro/Março - 2003 35 anos do IPEF Saiba como foi a soleni- dade de comemoração dos 35 anos do IPEF. Página 3 Sócios Honorários Saiba quem são os novos homenageados pelo IPEF. Página 5 Prestação de Contas Veja como foi o evento anual e confira o balanço das atividades do IPEF de 2002. Página 6 História Da criação aos últimos anos. Página 4 Novos Serviços do IPEF Registro nacional de Culti- vares e Proteção de Cultiva- res. Página 7 Os Sócios IPEF ................... 02 Notas .................................... 08 Estações Experimentais ..... 09 Integração Institucional ...... 09 Projeto de Pesquisa ........... 10

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Ano 29 - Nº 163

Janeiro/Fevereiro/Março - 2003

35 anos do IPEF

Saiba como foi a soleni-dade de comemoraçãodos 35 anos do IPEF.

Página 3

Sócios Honorários

Saiba quem são os novoshomenageados pelo IPEF.

Página 5

Prestação de Contas

Veja como foi o eventoanual e confira o balançodas atividades do IPEF de2002.

Página 6

História

Da criação aos últimos anos.

Página 4

Novos Serviços do IPEF

Registro nacional de Culti-vares e Proteção de Cultiva-res.

Página 7

Os Sócios IPEF ................... 02

Notas .................................... 08

Estações Experimentais..... 09

Integração Institucional...... 09

Projeto de Pesquisa ........... 10

IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais2 - Janeiro/Fevereiro/Março de 2003

Publicação do Instituto de Pesquisase Estudos Florestais – IPEF, emparceria com o Departamento deCiências Florestais da Escola Superiorde Agricultura “Luiz de Queiroz”,convênio IPEF-ESALQ/USP

Instituto de Pesquisas e EstudosFlorestais - IPEFPresidenteAntônio Joaquim de OliveiraVice-PresidenteJosé Maria de Arruda Mendes FilhoDiretor ExecutivoJosé Otávio BritoVice-Diretor ExecutivoIvaldo Pontes Jankowsky

Universidade de São Paulo - USPReitorAdolfo José MelphiVice-ReitorHélio Nogueira da Cruz

Escola Superior de Agricultura“Luiz de Queiroz”- ESALQDiretorJosé Roberto Postali ParraVice-DiretorRaul Machado Neto

Departamento de Ciências FlorestaisChefeFernando SeixasVice-ChefeJosé Nivaldo Garcia

IPEF NotíciasCoordenaçãoMarialice Metzker PoggianiJornalista ResponsávelFernanda Mannaro - MTB 26.989

DiagramaçãoLuiz Erivelto de Oliveira Júnior

ContatosCaixa Postal 530 – CEP 13.400-970Piracicaba, SP, BrasilFone: 0-xx-19-3436-8618Fax: 0-xx-19-3436-8666E-mail: [email protected]/publicações/ipefnoticias

Tiragem: 4000 exemplares

Gráfica:Elbergráfica

Distribuição gratuita.Reprodução permitida desde quecitada a fonte.

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

Editorial

O IPEF completa, em 2003, 35 anos de atividades, cons-ciente do papel fundamental que a pesquisa florestal teveno avanço do setor florestal brasileiro, notadamente dasflorestas plantadas. Este setor é hoje altamente competi-tivo, com árvores de rápido crescimento, que atingemprodutividade cerca de 10 vezes superior à observadanos países líderes do mercado florestal mundial.

A vitoriosa associação ESALQ-USP com um seleto con-junto de empresas privadas forneceu a base tecnológica adequada, permi-tindo que estas empresas hoje liderem este setor da economia brasileira,desenvolvendo uma atividade florestal dentro de estritos padrõesambientais, usando técnicas que otimizam a relação entre os plantios e omeio ambiente. Nosso sistema de florestas plantadas é hoje “benchmarking”mundial.

Nestes 35 anos, os avanços tecnológicos foram notáveis e espalham-sepor todas as matérias envolvidas, dentre os quais destacamos: solos, ferti-lização, melhoramento genético, biotecnologia, controle de pragas e doen-ças, tecnologia da madeira e manejo ambiental sustentável. Com tudo isto,a produtividade média cresceu 4 vezes em 4 décadas.

Rendemos nossas homenagens aos pioneiros deste instituto na pessoado Prof. Helládio do Amaral. Estes visionários compreenderam muito cedoa importância de associar o capital intelectual da Universidade ao capitalfinanceiro e de estrutura das empresas privadas, permitindo desenvolver,de forma acelerada e aplicada, os projetos tecnológicos necessários aosuporte das atividades de criação da base brasileira das florestas planta-das, que hoje soma cerca de 5 milhões de hectares.

O IPEF conta hoje com uma consolidada estrutura de serviços, que es-taremos mantendo sempre atualizada, pronta para os novos desafios des-te setor.

Parabéns a todos aqueles que trabalharam com o instituto neste 35anos de êxitos contínuos.

Antônio Joaquim de OliveiraPresidente do IPEF

Sócios IPEF na data dos seus 35 Anos

Empresas:Aracruz Celulose S.A., Bahia Sul Celulose S/A., CAF Santa Bárbara Ltda, CeluloseNipo Brasileira S.A., Cia Suzano de Papel e Celulose, Desarrollo Forestal S.A. deC.V. - México, Duratex S/A., Eucatex S/A Indústria e Comércio, Inpacel AgroflorestalLtda., Industrias Klabin de Papel e Celulose, International Paper do Brasil Ltda,Jari Celulose S/A, Lwarcel Celulose e Papel Ltda., Ripasa S.A. Celulose e Papel,Votorantim Celulose e Papel S.A.

Sócios Honorários:Alexandre Eduardo Conti Perego, Antonio Paulo Mendes Galvão, Antonio Sebas-tião Rensi Coelho, Arnaldo Salmeron, Celso Edmundo Bochetti Foelkel, CláudioCianflone, Fernando de Abreu Ribeiro, Fernando Ferreira de Camargo, FranciscoBertolani, Helládio do Amaral Mello, João Walter Simões, Laerte Setubal Filho,Leopoldo Garcia Brandão, Locke Craig, Luiz Ernesto George Barrichelo, MárioFerreira, Maria Tereza Jorge Pádua, Manoel de Freitas, Nelson Barbosa Leite,Pieter Willem Prange, Ricardo Berger, Roberto Onety Soares, Ruben de Mello,Sergio Carlos Lupatelli, Walter de Paula Lima, Walter Suiter Filho.

IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais Janeiro/Fevereiro/Março de 2003 - 3

IPEF 35 Anos

IPEF realiza solenidade dos 35 AnosO destaque da solenidade realiza-

da no dia 27 de março, em Piracicaba,foi a presença do idealizador do IPEF -Helládio do Amaral Mello - um momen-to de bastante emoção não só paraaqueles que construíram o IPEF, mastambém para funcionários mais novose para os convidados presentes.

"O sucesso é a gente fazer aquilo

que gosta, assumir as responsabilida-des ao fazer aquilo que gosta e acredi-tar no que faz. O Ipef foi idealizado comuma visão a longo prazo e construídocom muita união", declarou Amaral.

Compuseram a mesa, além do Pro-fessor Helládio, o prefeito do campusESALQ/USP, Marcos Vinícius Folegatti,o diretor da ESALQ, José Roberto

Postali Parra, o representante do Minis-tério do Meio Ambiente, Tasso Rezendede Azevedo, o chefe do Departamentode Ciências Florestais, FernandoSeixas, a representante da Câmara deVereadores, Cida Abe, o prefeito muni-cipal de Piracicaba José Machado e opresidente do IPEF, Antonio Joaquimde Oliveira.

Helládio do Amaral Mello - Trajetória dedicada à SilviculturaNão há como falar em IPEF, em ani-

versário do IPEF, sem falar do Prof.Helládio, seu idealizador.

Piracicabano, engenheiro agrônomoformado na ESALQ, e em 1954, assis-tente da Cadeira de Horticultura.

Devido ao agravamento da situaçãoflorestal brasileira, em conseqüência douso inadequado dos recursos naturaisrenováveis, houve a necessidade dodesdobramento da 12º cadeira emduas. O Prof. Helládio prestou concur-so e passou a ser titular da cadeira deSilvicultura em 1962. Trabalhando comochefe deste departamento (hoje Ciên-cias Florestais), não poupou esforçospara dotar a Universidade de São Pau-lo de mais um curso, o de EngenhariaFlorestal.

O Professor galgou todos os de-graus da carreira universitária - Doutor,Livre-Docente, Professor Associado,Professor Catedrático e Chefe de De-

partamento. De 1968 a 78 ocupou a Di-retoria Científica do IPEF.

É autor de mais de cinqüenta traba-lhos científicos, além de duzentos arti-gos de divulgação e amplo materialdidático. Na chefia do departamento eà frente do instituto, o Prof. Helládiosempre se esforçou para aumentar arepresentatividade no setor florestal,procurando recursos junto à iniciativaprivada e à universidade para ampliar aestrutura física, adquirir equipamentos,modernizar as instalações, contratar etreinar pessoal especializado.

Criou a Estação Experimental deCiências Florestais de Anhembi (SP);e além da autorização para implantar ocurso de graduação em Engenharia Flo-restal, conseguiu também o de Pós-Graduação. Atuou em diversas entida-des, dentre elas o Conselho Nacionalde Desenvolvimento Científico eTecnológico (CNPq), e integrou o co-

mitê de Ciências Agrárias da Fapesp.A importância de seu trabalho para

o desenvolvimento florestal brasileirorendeu-lhe vários prêmios. Vale lembrarque a Biblioteca do IPEF, também fun-dada por ele, recebe seu nome.

IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais4 - Janeiro/Fevereiro/Março de 2003

O IPEF nos últimos anosJosé Otávio Brito, diretor executivo, destaca mudanças

O IPEF, resul-tado da intera-ção entre univer-sidade e empre-sa, ao completar35 anos, mantémsua proposta naperspectiva inici-al - ser um fórum

de debates e ações no campo técnico- científico junto ao setor florestal, con-tribuindo para o desenvolvimento sus-tentável.

Para o Prof. José Otávio Brito, en-genheiro florestal formado em 1975 pelaESALQ/USP, onde atua como ProfessorTitular e exerce a função de diretor exe-cutivo do IPEF, a década de 90 foimarcada por alguns fatores que refleti-ram na atuação do IPEF.

Entre eles, Brito destaca uma redu-ção na quantidade de demandas parapesquisas e desenvolvimentotecnológico. “Isto foi reflexo da redu-ção da velocidade de implantação denovos grandes projetos de refloresta-mento para fins produtivos em nossopaís, observada na década passada”,esclarece.

O setor reduziu o seu ritmo em rela-ção a implantação de novos empreen-dimentos, comparativamente as déca-das anteriores. Por outro lado, as em-presas, em especial, as associadas doIPEF começaram a buscar mais quali-dade e especificidade nos projetos.Para exemplificar, o diretor comparaainda a época em que o incentivo fis-cal existia, nos anos 70 e 80. “O volu-me de atividades era maior, mas a de-manda tecnológica era menos sofisti-cada”.

A partir dos anos 90, tais demandaspassaram a exigir respostas mais cien-tíficas e profundas da universidade so-bre silvicultura e manejo, proteção flo-restal, clonagem, genética molecular,qualidade da madeira, certificação,além de mais atenção para os aspec-tos ambientais. Assim, o IPEF passou

também a desenvolver programas es-pecíficos, como os de conservaçãoambiental e manejo de baciashidrográficas.

Em termos organizacionais, Britoidentifica, nos últimos cinco anos, oesforço do Instituto e da ESALQ/USPem tornar o processo integração uni-versidade - empresa mais condizentecom as novas necessidades, o queimplicou em uma redefinição conceitualdo papel do Instituto e a sua relaçãocom Universidade e o setor produtivoflorestal.

O momento de criação do IPEF, em1968, coincidiu com o momento emque o setor florestal brasileiro se de-frontava com um dilema. A reforma doCódigo Florestal dois anos antes vieraobrigar as empresas consumidoras demadeira a manterem florestas para com-pensar o próprio consumo. O gover-no, por sua vez, concedia incentivos fis-cais para quem implantasse florestas.Só faltava tecnologia. Era preciso en-contrar alternativa economicamente vi-ável para aquele momento.

Daí a iniciativa de um grupo de pro-fessores do Departamento de CiênciasFlorestais da ESALQ/USP, liderados porHelládio do Amaral Mello, e das em-presas: Champion, Duratex, Rigesa, In-dústria de Papel Leon Feffer e Madeirit,que se empenharam na criação do IPEF,na busca por resposta científicas parao efetivo e consolidado desenvolvimen-to do setor florestal brasileiro.

IPEF 35 Anos

“O setor reduziu o seuritmo em relação a im-

plantação de novosempreedimentos, com-parativamente as déca-das anteriores. Por ou-tro lado, as empresas,

em especial, as associ-adas do IPEF começa-

ram a buscar mais quali-dade e especificidade

nos projetos”

Objetivos Promover a integração de empre-

sas, universidades, centros de pes-quisa e instituições congêneres;

Manter-se como instrumentofacilitador para administração de re-cursos para o desenvolvimento deestudos e pesquisas;

Viabilizar a divulgação dos traba-lhos técnicos - científicos;

Apoiar a manutenção de um com-pleto centro de informação em Ci-ências Florestais;

Contribuir para formação,capacitação e treinamento de pro-fissionais vinculados ao setor;

Promover e apoiar organização deeventos técnico - científicos nacio-nais e internacionais;

Contribuir direta e indiretamentepara elevação dos padrões quanti-tativos e qualitativos das florestaspor meio de produção e dissemina-ção de sementes certificadas deespécies florestais

Segundo o diretor, esse esforço serefere a um maior controle na apresen-tação e nos resultados dos projetos,ao fortalecimento na definição dos pa-péis da universidade e das empresassócias no convênio IPEF - USP, a umaperfeiçoamento nos procedimentoscontábeis - administrativos e areadequação das formas de participa-ção profissional de seus técnicos as-sessores.

A criação do IPEFHá 35 anos não havia escola de Sil-

vicultura no Brasil, não havia técnicassofisticadas e o conhecimento sobre ocultivo de plantas de rápido crescimen-to era mínimo.

IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais Janeiro/Fevereiro/Março de 2003 - 5

Os novos Sócios Honorários do IPEFHomenagem prestada no dia 27 de março de 2003, em Piracicaba/SP

Celso Edmundo Bochetti Foelkel é engenheiro agrônomo formado pelaESALQ/USP em 1970, onde iniciou sua carreira como Instrutor da Cadeiran.º 22, do Departamento de Silvicultura (hoje Ciências Florestais). Exerceufunções de gerência e diretoria das empresas Cenibra e Riocell. Foi profes-sor de três universidades, incluindo-se a ESALQ/USP. É Doutor HonorisCausa pela Universidade Federal de Santa Maria. Atualmente é o presiden-te da ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel) e diretorda TAPPI(Technical Association of Pulp and Paper Industry).

"O mais importante para o sucesso do IPEF continuar é que ele consiga manter o seu diferencial e que possa agregarmais competitividade ao setor florestal brasileiro. Este Instituto sempre se renovou, e esta renovação faz parte

da vida empresarial da sociedade. É preciso cada vez mais ser participante do processo e buscar mais qualificação.O IPEF precisa entender que ele é valioso para sociedade e a sociedade reconhecer esse valor".

Pieter Willem Prange formou-se em Engenharia Agronômica pela ESALQ/USP tendo sido aluno do primeiro curso de Diversificação de Silvicultura.Foi bolsista em Silvicultura do CNPq e Fapesp, assistindo Dr. Helládio doAmaral Mello. É pós-graduado em Administração de Empresas pela Fun-dação Getúlio Vargas. Trabalhou nas empresas florestais Olinkraft Celulo-se e Papel Ltda. e Champion Papel e Celulose, onde permaneceu comoum de seus diretores até se aposentar. Foi atuante em diversas gestõesdo IPEF desde a sua fundação. Hoje é consultor da SBS (Sociedade Bra-sileira de Silvicultura).

"A expressão do IPEF está nos resultados alcançados. Participo desde a sua pré - fundação.O sucesso é de todos, sendo muitas as colaborações diretas e indiretas. É um grande resultado com custos racionalizados".

Antonio Paulo Mendes Galvão é engenheiro agrônomo formado pela ESALQ/USP, onde posteriormente iniciou sua carreira como Instrutor da Cadeira n.º22 do Departamento de Silvicultura (hoje Departamento de Ciências Flores-tais) trabalhando com tecnologia da madeira. Fez mestrado na State Universityof New York, USA. Defendeu Tese de Doutoramento, na Esalq e fez pós -doutorado como professor convidado na Universidade de Oxford. Foi dire-tor de Ciência e Tecnologia da OEA, no IICA em Costa Rica. Organizou apesquisa florestal na EMBRAPA (Empresa Brasileira de PesquisaAgropecuária), onde permanece desde de 1978.

"O IPEF, em poucas palavras, é uma entidade que deu certo. Prova disso são os 35 anos de existência com as mais importantesempresas florestais do Brasil o apoiando. Basta olhar também o relatório técnico 2002 para ver o grande número de atividades

desenvolvidas com sucesso. Por exemplo, as cinco mil consultas diárias ao site do IPEF tem um significado muito forte. Enfim, foium casamento muito feliz entre a ESALQ e as empresas privadas e que serve de exemplo para outras associações desse tipo".

Sócios Honorários

IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais6 - Janeiro/Fevereiro/Março de 2003

Relatório Anual mostra eficiência nosserviços prestados pelo IPEF em 2002

O IPEF apresentou seu RelatórioAnual referente às atividades de 2002durante 35º Assembléia Geral Ordiná-ria (AGO), realizada no dia 27 de mar-ço. O evento contou com a presençatradicional dos representantes das em-presas associadas e membros da co-munidade científica.

Segundo o diretor executivo doIPEF, José Otávio Brito, apesar de 2002ter sido um ano dedicado a reavaliaçõesde projetos, o Instituto não reduziu onúmero de atividades, distribuídas nasáreas de Pesquisas, Sementes e Cen-tral de Informações. Foram 71 ativida-des técnico - científicas, sendo 59% depesquisas, 28% de eventos e 13% deavaliações e serviços técnicos.

Brito destacou como aspectos in-teressantes a realização, pelo Instituto,de dois diagnósticos - um deles, medi-ante demanda do Ministério de Ciên-cia e Tecnologia, sobre o Setor Flores-tal Brasileiro nos últimos 20 anos; ou-tro, realizado para verificar a participa-ção dos sócios em relação aos produ-tos e serviços oferecidos pelo IPEF.

As novidades de 2002 - uma delasfoi o credenciamento do IPEF comoeditora de livros. O Instituto obteve oregistro junto ao Sistema ISBN -International Standard Book Number daFundação Biblioteca Nacional, do Mi-nistério da Cultura.

Outra, é a divulgação de informa-ções feita pela biblioteca por meio dosSumários Correntes Florestais, Sumári-os de Livros Novos e Sumários de Peri-ódicos Eletrônicos. O objetivo destetrabalho é atualizar os engenheiros dasempresas mantenedoras do IPEF, faci-litando o acesso aos artigos e resumosde teses da área florestal.

Ainda na área de difusão de infor-mações, destacou-se também o núme-ro expressivo de cinco mil acessos diá-rios a home page do IPEF e 3.500 pes-soas inscritas em listas eletrônicas dediscussões.

Eleição - Além da retrospectiva,aconteceu também a eleição para mem-bros do Conselho Deliberativo, que fi-cou composto pelos sócios CAF San-

ta Bárbara Ltda, Celulose Nipo-Brasi-leira S.A., International Paper do BrasilLtda, Votorantim Celulose e Papel S.A.,Duratex S/A, Indústrias Klabin de Celu-lose e Papel, Cia Suzano de Celulose ePapel, Eucatex S/A Indústria e Comér-cio e a Aracruz Celulose S.A.

O novo projeto - “Resgate, Conser-vação e Fornecimento de materiaisgenéticos de Eucalyptus spp (raças lo-cais) em diferentes regiões climáticas”- é o marco dos 35 anos do IPEF, epretende funcionar como um novo pro-grama de pesquisa.

“É um projeto que homenageia to-dos aqueles que vestiram a camisa doIPEF e também é a apresentação deum problema no qual o IPEF precisacomeçar a pensar como vai encará-lo”,declarou o professor Mário Ferreira naapresentação do projeto, referindo-sea manutenção das populações genéti-cas.

Os objetivos do projeto são a revi-são da experimentação envolvendo di-ferentes espécies e procedências deEucalyptus ssp em diferentes regiõesedafo-climáticas do Brasil, efetuada viaconvênio Sócios e IPEF; o levantamen-to da situação atual dos experimentoscom espécies/ procedênciasprioritárias; o resgate dos materiais deampla base genética; o fornecimentodo material genético às empresas par-ticipantes e o planejamento da estraté-gia de conservação genéticas de ra-ças locais e instalação das populaçõespara conservação.

Com base nestes objetivos e nasestratégias adotadas, o projeto visaobter sementes de diferentes espéciese procedências de Eucalyptus spp tes-tadas e adaptadas em diferentes regi-ões brasileiras, subsídios para a conti-nuidade do Programa de Melhoramen-

Prestação de Contas

As sementesO setor de sementes, fundado em1966, distribuiu no ano de 2002 ototal de 3,28 toneladas de semen-tes, sendo 1,34 t de Eucalyptus sp e0,21 t de Pinus.A introdução de novas técnicas eequipamentos e o aprimoramentodo beneficiamento, garantiram maissegurança de trabalho, redução decusto de produção e melhoria naqualidade dos produtos.

O montante de sementes distri-buído é proporcional ao plantio de67 mil hectares, que corresponde aaproximadamente 50% de todo oplantio de florestas via sementes noBrasil.

to Genético e também o zoneamentode raças locais para exploração ade-quada.

As empresas e osprogramas de pesquisavinculados ao IPEFO IPEF gerenciou seis programas depesquisa em 2002 atuando como co-operativas nas áreas de Silviculturae Manejo Florestal; Proteção Flores-tal; Conservação, Educação e Legis-lação Ambiental; Modelagem eMonitoramento Ambiental emMicrobacias Hidrográficas; ProdutosFlorestais e Celulose e Papel. A gran-de novidade foi a incorporação aoIPEF, do Núcleo de Pesquisas em Ce-lulose e Papel (NPCP).No total, foram 42 pesquisas, sendo62% para sócios e 38% para não -sócios.

IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais Janeiro/Fevereiro/Março de 2003 - 7

Cultivares

Trabalho pioneiro na Proteção de Cultivares de EucaliptoO IPEF executa todas as avaliações

dos descritores (característicamorfológica, fisiológica, bioquímica oumolecular que seja herdada genetica-mente , utilizada na identificação decultivar) e elabora documentos neces-sários para o pedido de proteção decultivares junto ao órgão do Ministérioda Agricultura e do Abastecimento,SNPC (Serviço Nacional de Proteção deCultivares).

O trabalho pioneiro foi realizado paraa International Paper, que desenvolveuo projeto com a equipe de técnicos doIPEF no período de maio a dezembrode 2002. Esta equipe, formada peloProf. Dr. Mário Ferreira, pela engenheiraflorestal MS Izabel Christina Gava deSouza e pelo biólogo Israel GomesVieira, trabalhou na avaliação dosdescritores mínimos e na elaboraçãodos demais documentos necessários

para a proteção. Foram parceirosda International Paper, o técnico flores-tal André Ribeiro, a engenheira flores-tal Dária Pimenta de Oliveira, os enge-nheiros florestais Eduardo N.Campinhos, Maurício Bueno Penteado,Rogério Silva e o biólogo FlávioAugusto.

O direito de proteção de cultivaresde eucalipto é efetivado mediante aconcessão de Certificado de Proteçãode Cultivar, que pretende controlar a uti-lização de plantas ou de suas partesde reprodução ou de multiplicaçãovegetativa no País. Segundo a lei, ficadefinido que é “passível de proteção anova cultivar ou a cultivar essencialmen-te derivada, desde que atendam àscondições de novidade, distin-guibilidade, homogeneidade e estabi-lidade”.

A proteção assegura a seu titular o

direito à reprodução comercial no ter-ritório brasileiro, ficando vedados a ter-ceiros, durante o prazo de proteção, aprodução com fins comerciais, o ofe-recimento à venda ou a comer-cialização do material propagado dacultivar, sem a sua autorização.

Os documentos necessários para opedido de proteção de cultivar são:Documento Descritores Mínimos daespécie, Formulário de Solicitação deDenominação de Cultivar, RelatórioTécnico Descritivo da Obtenção daCultivar, Declaração de Existência deAmostra Viva, Declaração Juramentada.

O Diário Oficial de 21 de outubrode 2002 publicou o aviso ao pedidode proteção de dois cultivares deeucalipto, os primeiros protocolados noBrasil, os cultivares foram IPB1 e IPB2,apresentados pela empresaInternational Paper do Brasil Ltda.

O Setor de Sementes do IPEF apartir do mês de março, passou a ofe-recer o serviço para realização do pro-cesso de Registro Nacional de Cultiva-res (RNC) junto ao Serviço Nacional deProteção de Cultivares (SNPC).

De acordo com o Decreto n° 2.854,Portaria n° 294, Artigo 4° de 14/10/98,a partir de 1° de janeiro de 1999, sópodem ser comercializadas no País ascultivares devidamente inscritas no Re-gistro Nacional de Cultivares – RNC. ORNC é um instrumento que obriga ocadastramento de cultivares, nacionaise estrangeiras, habilitando-as para aprodução e comercialização de semen-tes e mudas certificadas e fiscalizadas,em todo território nacional, medianteinscrição prévia.

Como órgão regulamentador efiscalizador, o RNC se propõe a im-plantar modernos sistemas de avalia-ção, recomendação e registro de culti-vares; cadastrar as informações deobtentores, detentores oumantenedores de cultivares indicadaspara inclusão no sistema de cultivo;promover a inscrição de novas cultiva-res no RNC; elaborar a listagem atuali-

zada das espécies e cultivaresregistradas disponíveis no mercado;organizar as informações sobre o valorde cultivo e uso das cultivares; publi-

car periodicamente a listagem nacio-nal de Cultivares Protegidas eRegistradas.

A importância do RNC está em pro-teger o agricultor da vendaindiscriminada de sementes e mudasde cultivares, que não tenham sido tes-tadas nas condições da agricultura bra-sileira ou de cultivares que já perderamsua característica de pureza genética.

Os requisitos para inscrição de cul-tivares são que elas sejam distintas,homogêneas, estáveis e que possuamvalor de cultivo e ou de uso (VCU) iden-tificado.

É passível de registro todo materialgenético de interesse próprio ou co-mercial às empresas florestais, taiscomo: clones, pomares de sementesclonais ou por mudas e áreas de pro-dução de sementes em todas as suasmodalidades e gerações.

O Setor de Sementes do IPEF en-contra-se à disposição para maioresesclarecimentos. Os interessados, de-verão entrar em contato através dos te-lefones (19) 3436-8616 ou 3436-8615 ouatravés do Fax (19) 3436 8684 ou peloe-mail [email protected] .

Setor de Sementes IPEF oferece serviçospara o Registro Nacional de Cultivares

6.1Receber

Solicitação e Protocolizar

Legislação de sementes e mudas

Portarias nº 527/98 e 294/98

Protocolo

Informes de Ensaios de Valor de Cultivo e Uso -

VCU

Formulário de requerimento de

inscrição

6.2Formar Processo

Parecer Técnico

Parecer Técnico6.5

Incluir a Cultivar no RNC

De Acordo?

6.4Solicitar

Informações Adicionais

6.7Publicar Listagem

de Cultivares Registradas

6.6Elaborar

Listagem de Cultivares Registradas

Cultivar Inscrita no RNC

Lista Nacional de Cultivares Registradas

6.3Analisar e Emitir Parecer Técnico

Atendeu?

Cultivar não Inscritano RNC

Não

Sim

Sim

Não

Solicitação de Inscrição deCultivar no RNC

PROCEDIMENTO PARA INSCRIÇÃO DE CULTIVARES NOREGISTRO NACIONAL DE CULTIVARES - RNC

IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais8 - Janeiro/Fevereiro/Março de 2003

Notas

Klabin/SC instala Pomar Clonal de Sementesde segunda geração de Pinus taeda

Dando continuidade ao seu progra-ma de Melhoramento Genético, a Klabininstalou , em 2001, um Pomar Clonalde Sementes de Pinus taeda, em umaárea de 12 hectares, na região deLages, Santa Catarina.

Este Pomar tem como objetivo prin-cipal, fornecer sementes de alta quali-dade genética para o programa flores-tal da Klabin/SC, bem como para plan-tios de Pinus taeda de terceiros, princi-palmente daqueles a serem implanta-dos na Região Serrana de SantaCatarina, onde as progênies foram tes-tadas.

Atualmente, a Klabin/SC utiliza edisponibiliza sementes oriundas dePomares Clonais de primeira geração,testados, para os reflorestamentos coma espécie na região.

O Pomar Clonal de Sementes dePinus taeda, recém instalado, teve suasprogênies selecionadas em testes deprogênies com idades variando entre16 a 20 anos, tendo como variáveis paraseleção aquelas utilizadas nos progra-mas tradicionais de melhoramento (vo-lume, forma do tronco, resistência adoenças), e variáveis relacionadas àprodução de celulose (densidade da

madeira, teor de lignina, % de celulo-se, % de álcali ativo, consumo especí-fico de madeira).

Dentre as variáveis de qualidade damadeira analisadas, a densidade damadeira e o teor de lignina foram asduas características sob maiores grausde controle genético.

O consumo específico de madeira(m³/ton s. a), também aparece sobgrande grau de controle genético. Estacaracterística por estar altamentecorrelacionada com a densidade, nãofoi incluída diretamente na seleção,enquanto que teores de celulose e deálcali ativo aparecem sob baixo con-trole genético, e portanto, não foramincluídas no índice de seleção.

Foram testados diferentes pesos noíndice de seleção, para combinar cres-cimento em volume, densidade e teorde lignina.

O índice de seleção final resultou emum máximo ganho em volume de 85 %e de 67 %, em densidade e teor delignina, respectivamente.

Este Pomar, quando em máximaprodução (2008), disponibilizará paraa região cerca de 960 kg de sementesde alta qualidade, suficientes para re-florestar 11 mil hectares por ano com aespécie Pinus taeda.

Mais uma vez o Departamento deCiências Florestais da ESALQ/USP ofe-rece importante contribuição à admi-nistração pública, cedendo docentespara ocupação de importantes cargosem órgãos governamentais. O Prof.Virgílio Maurício Viana assumiu recen-temente a Função de Secretário deEstado do Meio Ambiente e Desenvol-vimento Sustentado do Amazonas, en-quanto os Prof. Paulo Kageyama eProf. Marcos Sorrentino foram convida-dos para assumirem os cargos de Di-retor de Biodiversidade e Diretor do Pro-grama Nacional de EducaçãoAmbiental, respectivamente, junto aoMinistério do Meio Ambiente.

A Natura vem de estabelecer recen-te convênio de cooperação técnico-ci-entífica com o IPEF, visando o ofereci-

mento de apoio para o desenvolvimen-to do Projeto “Conservação Genéticada Imbuia através de bancos ativos degermoplasma como experiência pilotopara conservação e recuperação dasub-bacia do Ribeirão Piracicamirim”.Trata-se de uma importante ação de tra-balho dentro do Programa Educação,Conservação e Legislação Ambiental,viabilizado dentro da estrutura do IPEF.

Os Professores José Roberto PostaliParra e Raul Machado Neto, recente-mente assumiram as funções de Dire-tor e Vice-Diretor da Escola Superiorde Agricultura “Luiz de Queiroz” da Uni-versidade de São Paulo.

O Professor Demóstenes Ferreira daSilva Filho é o mais recente contratadodo Departamento de Ciências Flores-tais/ESALQ/USP. Engenheiro Agrônomo

Sócios

formado em 1989, pela Unesp-Jaboticabal, é especialista na área de“Silvicultura Urbana”, área na qual de-verá exercer suas funções docentes.

O IPEF agradece as seguintes mani-festações de cumprimentos, formal-mente encaminhadas por ocasião dascomemorações dos seus 35 anos:Adhemar Villela Filho – Diretor daMasisa Brasil; Antonio Roque Dechen– Diretor Presidente da Fundação deEstudos Agrários “Luiz de Queiroz”;João Carlos Teixeira Mendes – Coor-denador das Estações Experimentaisde Ciências Florestais/ESALQ/USP; LuisInácio Lula da Silva – Presidente daRepública do Brasil; Roberto Gava –Presidente da Associação Paranaensede Empresas de Base Florestal.

IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais Janeiro/Fevereiro/Março de 2003 - 9

Integração

Institutos buscam maior integraçãoGrande parte das conquistas obti-

das pelo setor florestal brasileiro ocor-reu, graças ao trabalho e ao esforçode profissionais, técnicos e pesquisa-dores de entidades públicas e privadasdedicadas à ciência florestal. Dentreesses organismos, merecem ser desta-cados aqueles que foram concebidosno modelo de integração “Universida-de-Empresa”, cujas origens datam dadécada de 60. Baseadas em tal mode-lo existem hoje no Brasil quatro insti-tuições principais, as quais atuam comoindutoras de atividades de pesquisa ede desenvolvimento científico etecnológico, proporcionando a uniãode esforços de Universidades e empre-sas privadas ligadas à área florestal.São elas: Centro de Pesquisas Flores-tais-CEPEF- sediado no campus daUniversidade Federal de Santa Maria,Santa Maria, RS; Fundação de Pesqui-

sa Florestais do Paraná-FUPEF- sediadano campus da Universidade Federal doParaná, Curitiba, PR; Instituto de Pes-quisas e Estudos Florestais-IPEF-sediado no campus da Escola Superi-or de Agricultura “Luiz de Queiroz” daUniversidade de São Paulo, Piracicaba,SP; Sociedade de Investigações Flores-tais-SIF- sediada no campus da Univer-sidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.

Tendo como base de apoio as com-petências oferecidas pelas Universida-des e empresas, estas organizações re-presentam para o País um dos maisimportantes exemplos da real possibi-lidade da realização de trabalho inte-grado e interativo entre a academia e ainiciativa privada, visando o desenvol-vimento do setor.

Graças a essa experiência de suces-so, e num importante passo para a con-solidação de suas funções, as quatro

organizações vêm realizando ações, nosentido de integrarem seus objetivos emetas, para potencializarem suas con-tribuições para o setor florestal brasi-leiro. Neste sentido, seus dirigentes re-alizam, desde o ano de 2002, o inter-câmbio de idéias e de proposições parao estabelecimento de uma base de tra-balhos conjuntos.

Visando assegurar as ações, foi cri-ado o “Fórum de Dirigentes de Institui-ções de Pesquisa Florestal, Modelo deIntegração Universidade-Empresa”, quepretende ser o núcleo principal deinduções e de definições de ações insti-tucionais conjuntas. Além das quatroorganizações, pretende-se ainda, esten-der convites para a participação de di-rigentes de outras organizações dedi-cadas à pesquisa e ao desenvolvimen-to tecnológico do setor florestal brasi-leiro.

Estações Experimentais - Mais umareferência na integração ESALQ/USP - IPEF

O IPEF, primeiro órgão criado noBrasil e na América Latina para e trans-ferência de tecnologia para o setor flo-restal, no modelo de integração univer-sidade-empresa, apresenta a pesquisacomo um dos seus destaques. Além decontar com o decisivo apoio do De-partamento de Ciências Florestais daESALQ/USP, o IPEF possui como im-portante referência as estações experi-mentais de Itatinga e Anhembi, que fo-ram criadas com decisivo apoio do Ins-tituto.

As estações“As estações atuam sob o tripé do

ensino, pesquisa e extensão e têmcomo preocupação os aspectosambientais, sociais e economicos, vi-sando o desenvolvimento”, declara oengenheiro florestal João CarlosTeixeira Mendes.

As estações estão sob administra-ção do LCF/ESALQ/USP, sob coorde-nação local do engenheiro João e doengenheiro florestal Rildo Moreira eMoreira. Elas são mantidas para insta-lação de experimentos, treinamento,preservação da biodiversidade e

disponibilização de material de origemflorestal.

Em andamento estão 264 experi-mentos: teste de progênies, procedên-

cias, coleção de espécies, banco clonale produção de sementes, sendo 181em Anhembi e o restante em Itatinga.

Estação Experimental de AnhembiCriada em 1975, no município de Anhembi/SP, que fica há 95 Km de

Piracicaba. Abrange aproximadamente uma área de 500 hectares, divididosem três glebas, localizadas na margem esquerda da represa do rio Tietê.São terras remanescentes das terras desapropriadas pela CompanhiaEnergética de São Paulo (Cesp), que foram doadas à USP.

O principal objetivo da estação é a implantação e conservação de mate-rial genético florestal, tanto em relação às espécies exóticas, quanto emrelação às espécies nativas; presta-se ainda à realização de pesquisas quepodem ser tanto aquelas próprias da universidade ou ainda aquelas feitasatravés de parcerias. Outros objetivos são a conservação ambiental, a pro-dução comercial florestal e agrícola e por último a prestação de serviços.

Estação Experimental de ItatingaDestinado principalmente a atender aos programas de ensino, pesquisas

e extensão do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ/USP, o hortoflorestal de Itatinga foi incorporado à USP em 1988, cujo processo teve iní-cio em 1974.

Os programas desenvolvidos são de Melhoramento de Eucalyptus saligna,Pinheiros Sub-tropicais, Eucaliptos Sub-tropicais, Nativas, Microbacia Expe-rimental e Educação Ambiental, dentre outros.

A estação, localizada no município de Itatinga/SP e 200km distante dePiracicaba, tem área de 2.200 hectares.

IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais10 - Janeiro/Fevereiro/Março de 2003

Rede experimental BEPP realiza sua segunda reunião anualProfessor Stape coordena trabalhos do Consórcio na Aracruz Celulose S.A.

Aconteceu nos dias 16 e 17 de ja-neiro, na Aracruz Celulose, Espírito San-to, a II Reunião do Consórcio BrasilEucalyptus Produtividade Potencial(BEPP), composto pelas empresas:Aracruz Celulose, Votorantim Celulosee Papel, Suzano Bahia Sul, CopenerFlorestal, International Paper do Brasile Veracel Celulose. Este consórcio foiimplementado por meio do convênioIPEF/ESAL/USP e tem como coordena-dor o Prof. Dr. José Luiz Stape e parti-cipação da Colorado State University,com os pesquisadores Dan Binkley eMike Ryan. Um total de 30 profissio-nais, entre cientistas, pesquisadores,engenheiros e técnicos das empresase instituições participaram das discus-sões teóricas e visitas de campo.

O projeto BEPP, implementadooperacionalmente em março de 2000,desenvolveu-se a partir de idéiassurgidas durante a realização da tesede doutorado do Prof. Stape, com otema: “Ecologia da produção de flo-restas clonais de eucalipto no Nor-deste do Brasil”, e apoiada pela Uni-versidade de São Paulo e pelo CNPq(Processo 201145-97/2). O trabalhomostrou que o aumento da disponibili-dade hídrica na floresta, de 1200 para2200 mm/ano, elevou a produtividadede madeira em 55%, sendo que desteaumento 33% foi devido ao aumentoda eficiência quântica da copa, 8%devido ao aumento do índice de áreafoliar e 8% devido à redução daalocação de C para o sistema radicular,e conseqüente maior alocação para otronco. Os principais objetivos do pro-jeto BEPP são: determinar a produtivi-dade potencial de clones de eucaliptoem diferentes regiões do Brasil, carac-terizando as variáveis ecofisiológicas aeles associadas; estabelecer o balan-ço carbono e o padrão de alocaçãode fotossintetizados nos compartimen-tos da floresta, quando sob diferentesregimes de disponibilidade hídrica enutricional; investigar os processos de

crescimento das plantas, ao nível daárvore e do povoamento, por meio damanipulação da dominância, disponi-bilidade de água e nutrientes; e testara eficácia de modelos ecofisiológicospara descrever os padrões de cresci-mento observados.

Na prática, o consórcio faz uso deuma rede experimental composta porseis experimentos de irrigação e fertili-zação, instalados em diferentes pontosdo país e com áreas médias de 3.5hectares, as quais estão sob intensomonitoramento. Há um delineamentoexperimental básico constituído pelautilização de irrigação, fertilização eestratificação florestal. Segundo Stape,as empresas formam uma efetiva redecooperativa, pois as informações obti-das abastecem um banco de dadoscompartilhado, que embasa a produ-ção de relatórios anuais ao grupo.

As grandes expectativas em relaçãoao projeto giram em torno de se identi-ficar quais são os principais processosde crescimento associados às altas pro-dutividade do Eucalyptus, e quais sãoos mais sensíveis à variação do materi-al genético, regime hídrico e nutrição.Estas informações permitirão estabele-cer melhores técnicas de manejo flo-restal para manter ou aumentar a pro-dutividade, identificar pontos de inte-

resse para a área de melhoramentogenético, e quantificar a entrada de Csolo e seu efeito sobre asustentabilidade do sistema.

Especificamente, nesta segunda reu-nião anual, os objetivos do encontroforam a avaliação do andamento doprograma, a padronização e atualiza-ção do banco de dados, a discussãodos resultados parciais, e a apresenta-ção de propostas de novos estudosassociados ao tema ecofisiologia. Deacordo com o coordenador, estes ob-jetivos foram alcançados.

As conclusões só serão completa-mente conhecidas em 2006, quando oeucalipto encerra um ciclo de cresci-mento, que geralmente é de sete anos.Até o momento, o aumento médio daprodutividade de madeira das florestasclonais tem variado entre 12 e 55%, comas árvores atingindo uma altura de 11,0a 13,5 metros, com 1 ano e meio deidade. O projeto, além de envolver osprofissionais do mundo acadêmico edas indústrias, prevê a inserção de alu-nos de graduação e pós–graduaçãonos novos estudos dirigidos em implan-tação.

Informações atualizadas sobre o pro-jeto BEPP podem ser acessadas atra-vés da home-page do projeto:http://www.ipef.br/bepp.

Participantes da 2ª Reunião Anual do BEPP na Aracruz Celulose S.A.

Projeto de Pesquisa

IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais Janeiro/Fevereiro/Março de 2003 - 11

Instituto de Pesquisas e Estudos FlorestaisDepartamento de Ciências FlorestaisEscola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”Universidade de São PauloAv. Pádua Dias, 11 - Caixa Postal 53013.400-970 - Piracicaba - SP - BrasilE-mail: [email protected]

Ano 29 - Nº163Janeiro/Fevereiro/Março - 2003