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Sabor do São João KARLOS GEROMY / O IMPARCIAL O milho é o ingrediente que predomina nos arraiais. Veja receitas que podem ser preparadas com o cereal Experimente PÁGINAS 12 & 13 Confira seis pratos tradicionais maranhenses que você deve experimentar no São João PÁGINAS 3 A 5 São Luís, junho de 2017 PÁGINA 14 Espantando a ressaca Caldos de feijão e ovos são fontes de energia que ajudam na desintoxicação e a reduzir os efeitos do álcool

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Sabor do São João

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O milho é o ingrediente que predomina nos arraiais. Veja receitas que podem ser preparadas com o cereal

Experimente

PÁGINAS 12 & 13

Confi ra seis pratos tradicionais maranhenses

que você deve experimentar no São João

PÁGINAS 3 A 5

São Luís,junho de 2017

PÁGINA 14

Espantando a ressacaCaldos de feijão e ovos são

fontes de energia que ajudam na desintoxicação e a reduzir os

efeitos do álcool

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São Luís, junho de 20172

Diretor-PresidentePedro [email protected]

Diretor de RedaçãoRaimundo [email protected]

Superint. de TecnologiaCelio [email protected]

O IMPARCIAL - EMPRESA PACOTILHA S/A. Rua Assis Chateaubriand, s/n. Renascença II. CEP: 65075-670. São Luís- MA. (98) 3212.2035/2023

E X P E D I E N T EDiagramaçãoHellen [email protected]

EditoraLisiane [email protected]

E X P E D I E N T E

ÍNDICE{6/7{

O milho é um dos principais ingredientes da gastronomia junina. Além de ser rico em nutrientes, combina com diversas receitas

16GASTRÔilha12 E 13

10Receita de

Bolo de Milho com Requeijão

345

{Lucro e boa comidaQuituteiras aproveitam o período junino para lucrar com a venda de pratos tradicionais maranhenses

Veja lista de pratos que devem ser

experimentados do São João

12 E 1312 E 13

Quem é o chefConheça Thiago Brito, chef da Casa d’Arte Centro de Cultura

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{ Presente em diversas receitas feitas tradicionalmente nesse período do ano, o milho é o ingrediente mais utilizado nas festas juninas

São Luís, junho de 2017 3

Rei doSão João

Lisiane Martins

A temporada de festas juninas já co-meçou e, além de ver as apresen-tações de bumba meu boi, quadri-lhas, entre outros grupos folclóricos,

quem aprecia o festejo tem grandes expec-tativas também pela gastronomia típica da temporada. Considerado o rei do São João,

esse período também é tempo de co-

lheita de milho e por isso a abundância nes-sa temporada,O milho é o ingrediente mais utilizado nas receitas preparadas e servidas nos arraiais espalhados pela cidade, como bolo de mi-lho, canjica, mingau, curau, manuê, pamonha, ou puro, cozido ou assado.

Cereal que faz bem

FOTOS: KARLOS GEROMY / O IMPARCIAL

Miele Machado, culinarista

A culinarista da loja Árvore da Vida, Miele Machado, acrescenta que o milho só tem pontos positivos. “O milho não tem pontos negativos, esse é um cereal bem nutritivo, nele nós encontramos uma boa quantidade de aminoácidos que vai tor-nar a dieta mais proteica. É rico em vita-minas e minerais, ele traz saciedade por conter muitas fi bras”, acrescenta.

O milho pode ser utilizado verde, ma-duro e até seco. Cada variedade serve para determinados tipos de receitas, mas ambas são fácies de se encontrar, seja em bancas pela rua ou em mercados. As combinações levam, geralmente, leite, leite condensa-

do, coco ralado e canela, mas, por ser um cereal versátil, combina com outras mis-turas, podendo fi car ainda mais gostoso.

“O bolinho de milho, nós fazemos com a farinha de milho, o fubá e é simples com recheio de goiabada. A receita é batida no liquidifi cador com outros ingredientes e a farinha ajuda até na maciez do bolo. Não há segredo quanto a recheios, é fá-cil de combinar com goiabada, creme de alfarroba, cacau. Nós não utilizamos leite de gado, nossas receitas são sem lactose, geralmente a nossa base é o leite de coco, mas podem ser utilizados outros, tanto no bolo, como nos mingais, adoçados com

xilitol”, pontua Miele.As receitas com o

cereal se destacam em meio a outras gosto-suras do período, típi-cas do maranhão, mas quem olha não resiste e aposta no bom e velho milho. “Não dá pra pensar em São João e não lembrar das comidas típicas. Gosto de praticamente tudo, mas na lista tem que ter o mingau de milho e bo-linho fofi nho, de preferência com café”, afi rma a empresária Paula Nascimento.

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Reunimos três receitas tradicionais do período que você pode fazer em casa

Arrisque-se!

Pamonha sem lactoseIngredientes:1 xícara e meia de chá de açúcar1 xícara (de chá) de farinha sem glútenMeia colher (de sopa) de fermento em pó3 ovos2 latas de milho escorridas400ml de leite sem lactose ou de coco

Modo de Preparo:No liquidifi cador, acrescente o milho, o leite e os ovos e bata tudo durante cerca de dois minutos. Depois, adicio-ne o fermento, a farinha e o açúcar, e em seguida batendo a mistura nova-mente por outros dois minutos.Com uma forma untada, você deve despejar nela toda a massa prepara-da e levar ao forno em temperatura alta por aproximadamente 40 minu-tos. Passado esse tempo, basta retirar a pamonha, deixar esfriar, retirar da forma, cortar e servi-la para degus-tação.

Arrisque-se!

Pudim de milho verdeIngredientes250ml de leite 5 espigas de milho 1 lata de leite condensado 4 ovos 2 colheres de sopa de açúcar 1 xícara de açúcar para caramelizar a forma

Modo de preparoLeve a forma de pudim com uma xícara de açúcar ao fogo alto, mexendo sempre até caramelizar. Reserve.

Se preferir, prepare o caramelo em uma panela e de-pois passe para a forma. Corte o milho das espigas. Bata no liquidifi cador o milho com o leite. Passe a mistura em uma peneira fi na e utilize apenas o caldo. Novamente, no liquidifi cador, coloque o leite conden-sado, os ovos, o açúcar e o caldo do milho. Bata bem. Despeje tudo na forma e leve para assar em banho-maria, coberto com papel alumínio, em forno prea-quecido em 200°C por uma hora e 20 minutos. Deixe amornar e leve para a geladeira. Desenforme e sirva.

DEPOSITPHOTOS

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Sopa nutritiva de milho e frangoIngredientes2 colheres (sopa) de azeite de oliva 1 cebola picada em pedaços pequenos1 dente de alho amassado 6 colheres (sopa) de aveia em fl ocos

TTHINKSTOCKPHOTOS

Receita preparada pela

nutricionista Viviane Pereira, do grupo Rede

Mundo Verde

1 colher (chá) de sal 1 lata de milho verde 250g de frango em cubinhos6 folhas de vegetais de cor verde-escuro (como couve, brócolis ou espinafre) 2l de água Ervas aromáticas a gosto

Modo de preparoBata o milho no liquidifi cador com uma xícara de água e reserve. Em uma panela grande, refogue o azeite, a cebola e o alho.Junte o frango e deixe dourar.Coloque a água e o sal e deixe cozinhar.Junte o milho batido e cozinhe mais um pouco.Coloque os vegetais (incluindo os fl ocos de aveia) e deixe ferver.Por último, acrescente a ervas aromáticas.Misture bem e sirva quente.

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São Luís, junho de 20176{ Quituteiras de mão cheia, mulheres aproveitam o período de festas juninas para lucrar com a venda de pratos tradicionais no estado

Cozinheirastípicas do Maranhão

FOTOS: KARLOS GEROMY/ O IMPARCIAL

Suely Almeida começou a preparar pratos para vender há 20 anos

Francisca Eliene Gomes já lucrou muito no período de São João

“OS TURISTAS AMAM OS PRATOS MARANHENSES.

QUANDO CHEGAM AQUI, VOCÊ VÊ QUE ELES SÃO APAIXONADOS

PELA CULINÁRIA DO ESTADO”Suely Almeida, cozinheira

“PARA AGUENTAR E COZINHAR OS

PRATOS, É PRECISO TER MUITO AMOR,

NÃO ADIANTA VOCÊ FAZER UMA COISA

SE NÃO TEM AMOR, É ISSO QUE DEIXA TUDO GOSTOSO”

Francisca Eliene Gomes, cozinheira

Lisiane Martins

O São João é uma temporada em que as boas energias fl uem nos arraiais da cidade. Entre uma apresentação e outra de bumba meu boi, o públi-

co se delicia com os shows dos grupos e os pratos típicos. As receitas são preparadas por cozinheiras de mão cheia, que aproveitam o período para fazer da comida maranhense a principal fonte de renda.

Suely Almeida, de 50 anos, começou a pre-parar pratos para vender há 20 anos. O gos-to pela cozinha é de família. Quando crian-ça, observava a avó preparar banquetes para eventos, mas o despertar para o mercado veio quando ela morava no Rio de Janeiro. Desde então, os quitutes são sua principal fonte de renda. De volta ao Maranhão, o São João foi só uma das oportunidades que ela teve de ex-por e vender os pratos típicos, que faz ques-tão de preparar sempre, em qualquer ocasião.

“A minha primeira oportunidade de mon-tar barraca com o nome da minha cozinha Rio Conexão São Luís foi no São João de 2015 e foi um sucesso. A experiência foi maravilho-sa, porque os pratos eram vendidos rapida-mente, as pessoas gostaram da qualidade da comida. Eu ganhei até mais do que espera-va”, acrescenta.

Na lista de delícias preparadas por Suely, está o vatapá maranhense de textura consis-tente e cremosa, as tortas de camarão, caran-guejo e sururu. “Os turistas amam os pratos maranhenses. Quando chegam aqui, você vê que eles são apaixonados pela culinária do es-tado. Durante o tempo que morei no Rio, eu sempre trabalhei e prezei a minha culinária e sempre foi muito bem aceita, como o vata-pá maranhense”.

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Além dos cursos de bolos e sal-gados que ministra com frequência, Francisca Eliene Gomes, de 57 anos, conta que já lucrou muito no período de São João. Foram sete anos, mon-tando barraca na Praça Maria Aragão, durante esse período de festa juni-na. Cozinheira há mais de 30 anos, ela garante que, apesar do trabalho que dá elaborar os pratos, passar as noites acordada trabalhando nos ar-raias, valia muito a pena pelo lucro e

os elogios que recebia dos clientes.“Eu passava a noite toda trabalhan-

do, mas também passava a noite to-dinha ganhando dinheiro vendendo meus pratos. Na barraca, eu oferecia torta de camarão, sururu, caranguejo, arroz de cuxá, farofa, mingau de milho”.

A variedade de pratos é uma das apostas das cozinheiras, para que o negócio dê certo. O nordestino bode ao leite de coco e o baião de dois eram pratos que, em determinados dias de

festa, sempre faziam a alegria de mui-tos clientes.

A maneira como a barraca é pre-parada para receber os clientes tam-bém se torna um atrativo.

Francisca, por exemplo, sempre deixava a barraca São Domingos, ao longo dos dias de arraial, bem colo-rida, a caráter do período para atrair ainda mais a atenção dos clientes, a maioria de turistas.

“Todas as pessoas que trabalhavam

comigo também iam vestidas a cará-ter do São João. A decoração chama-va a atenção e os pratos mais ainda. Os turistas, principalmente os pau-listas, gostavam muito das patinhas de caranguejo. Eu, geralmente, che-gava cedo no arraial para poder ven-der mais. Para aguentar e cozinhar os pratos, é preciso ter muito amor, não adianta você fazer uma coisa se não tem amor. É isso que deixa tudo gos-toso”, pontua Francisca.

Vatapá maranhense, arroz com vinagreira e carne de sol estão na lista de preparos de Suely

Trabalho por prazer

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do conhaqueA força

{O destilado é uma das bebidas mais apreciadas pelos integrantes dos grupos de bumba meu boi no Maranhão, antes e depois das apresentações

Lisiane Martins

Antônio de Jesus Figueiredo, de 57 anos, é membro do Bumba Meu Boi

Unidos de Santa Fé, que tem sotaque da baixada. Já são 29 de brincadeira no gru-po, em que ele faz questão de participar de todas as apresentações na função de boieiro de chapéu e, além de ser membro da diretoria, já chegou a fazer cerca três a quatro apresentações por noite, 40 por mês.

Para aguentar as noites de apresentação, além de amor à brincadeira e entu-siasmo pelo trabalho reali-zado, Antônio afi rma que tem a ajudinha do conha-que, que, segundo ele, aju-da a dar mais empolgação. “A cerveja, principalmente ela gelada, faz mal para a garganta e prejudica a voz, já o conhaque não preju-dica tanto. Quando a gen-te está desanimado, prin-cipalmente quando chega no local da apresentação e não tem quase ninguém, é só tomar uma dose e aí vem a empolgação”.

KARLOS GEROMY / O IMPARCIAL

José de Jesus Figueiredo, um dos fundadores do Boi de Santa Fé

Acredito que a escolha pelo conhaque se dê pelo preço acessível no Brasil, por ser fácil de ingerir, não tendo a preocupação de gelar, ou carregar caixas térmicas, e até pela cultura dos rincões do país, onde na nossa cultura há tempos atrás, signifi cava virilidade beber o conhaque, por ser uma bebida de alto teor alcoólica, bebida de macho sommelier Marcelo Almeida

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Mercedes Pinheiro brinca bumba meu boi há cinco anos. Ela faz o papel de cazumbá e afi r-ma que, para dançar no meio da multidão que assiste às apresen-tações, é necessário uma dose da aguardente, para se manter animada. Porém, acrescenta que nunca fi cou embriagada.

“Eu comecei a brincar porque sempre gostei do bumba meu boi. Nas apresentações, eu tomo uma dose de conhaque, a pesar de não gostar muito. No restante da noite, eu passo para o vinho. O cazumbá, que é meu papel no

boi, sua muito, por isso, não fi co embriagada e bebo para ficar mais alegre para dançar bem no meio do povo”, acrescenta Mercedes.

Mesmo ajudando no desen-volvimento do trabalho dos mem-bros de bumba meu boi, existem regras para se consumir a bebida durante as apresentações. No Boi União de Santa Fé, com aproxi-madamente 160 integrantes, por exemplo, são distribuídos três litros de conhaque: um para os cazumbás, outro para os boiei-ros de chapéu e o último para os músicos. A bebida tem hora

certa para ser consumida e não são aceitos excessos.

“A maioria gosta da bebida, e a gente não deixa faltar, mas só é permitido beber uma dose an-tes de cada apresentação e uma dose depois. Nunca permitimos que eles bebam durante as apre-sentações, porque não é legal a gente estar brincando e traba-lhando ao mesmo tempo e estar bêbados na frente das pessoas, desarrumado”, pontua José de Jesus Figueiredo, o Zé Olhinho, um dos fundadores do Boi de Santa Fé.

ORIENTAÇÕES SOBRE O CONHAQUE, SEGUNDO MARCELO ALMEIDA

•Um bom conhaque é límpido no olhar, perfumado no aroma, e macio no paladar, não apresentando excesso de acidez. Existem grandes fabricantes da bebida no mundo como a Casa Renesy, Pedro Domeq, Luiz XV.•Conhaque jovem – até três anos de guarda harmoniza bem com foie gras (fígado gordo de Ganso).•Com até cinco anos – pode ser acompanhado com carne vermelha e molhos rústicos. •Com mais de cinco anos, recomenda-se acompanhar com chocolate meio amargo.•A bebida também é muito apreciada após as refeições e pode ser acompanhada de charutos.

Mercedes Pinheiro brinca bumba meu boi há cinco anos

Popularmente, esta aguardente está na lista de bebidas chamadas de “quente”, por muitos consumidores, mas, mesmo popular, essa não é a for-ma adequada de chamá-la ou classi-fi cá-la. “Podemos chamar de bebida quente um chá, por exemplo. Nesse caso, o que existe são as bebidas des-tiladas, fermentadas e feitas sob fu-são. O conhaque é destilado”, pontua especialista em cachaça e instrutor do curso de garçom do Senac, Luís Eduardo Cardoso Monteiro.

A bebida, bastante apreciada pe-los brincantes dos grupos de bumba meu boi, surgiu da destilação do vi-nho com graduação alcoólica eleva-da, que pode chegar a 55%. De acordo com o especialista em bebidas Mar-celo Almeida, que atualmente é som-melier do restaurante Casa 7, o co-nhaque tem origem na França, onde recebe o nome de cognaq, por cau-sa da região que dá nome à bebida. Uma aguardente de uva, sendo um destilado do vinho de baixa qualida-de, com processo de produção que ocorre nos alambiques de cobre. Co-nhaque é a tradução da palavra para o português. Aqui a bebida é feita a partir da frutose. Ele explica ainda o porquê de nesses eventos a cerveja fi car de lado e não ser a predileta dos brincantes.

“Acredito que a escolha pelo co-nhaque se dê pelo preço acessível no Brasil, por ser fácil de ingerir, não ten-do a preocupação de gelar, ou carre-gar caixas térmicas, e até pela cultura dos rincões do país, onde, na nossa cultura, há tempos atrás, signifi cava virilidade beber o conhaque, por ser uma bebida de alto teor alcoólico, be-bida de macho. A cerveja é diurética, a pessoa acabado indo mais ao ba-nheiro. Acredito que isso atrapalha-ria bastante as apresentações. Mas, sem dúvida alguma, ela relaxa mais, provoca sonolência, mas é relativo, de pessoa para pessoa”.

O conhaqueFOTOS: KARLOS GEROMY / O IMPARCIAL

Antônio de Jesus Figueiredo, membro do Bumba Meu Boi Unidos de Santa Fé há 29 anos

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Bolo de Milhocom Requeijão{

Turbine a receita tradicional de bolo de

milho, com um ingrediente simples e que deixa o prato

macio e suculento

O bolo de milho é um prato característico do São João. A preparação tradicional, ge-ralmente, leva ingredientes simples, fáceis de serem encontrados.

Para dar um charme e sabor exclusivo à receita tradicional do bolo, a especia-lista em confeitaria Thamires Melo, do Atelier Culinário, acrescentou o requeijão.

Para quem gosta de doce com um toque suave de salgado, a combinação é perfeita e sem exageros nos sabores da mistura de milho e do requeijão.

“Aqui em São Luís, quando eu faço, é sempre uma novidade. O requeijão é ideal para essa receita, porque, quando a gente parte a fatia, ele derrete e o bolo fi ca mais molhadi-nho e suculento, já que geralmente os bolos de milho são bem secos. Se a receita for fei-ta com outros tipos de queijos, já não derretem tão bem como essa sugestão”, acrescenta.

Thamires pontua que quem preferir, pode acrescentar coco ralado, que não altera o sa-bor. O bolo tem duração de, no máximo, 30 horas, por causa do leite de coco.

Thamires Melo, do Atelier Culinário, criou a receita que faz sucesso entre as clientes

FOTO: KARLOS GEROMY/ O IMPARCIAL

Ingredientes:1 ½ xícara de farinha de

milho tipo fl ocão1 ½ xícara de açúcar

1 lata de milho verde no vapor3 ovos

200ml de leite de coco1 colher ( sopa) de

fermento4 colheres (sopa) de

requeijão½ xícara de óleo de milho

Modo de preparo:Reserve o requeijão.

Pegue os demais ingredientes, a começar

pelos líquidos, e coloque-os no liquidifi cador. Em

seguida, os secos, menos o fermento, e bata por

seis minutos. O fermento deve ser adicionado à

mistura ao fi nal, antes de ir à forma.

Em um refratário untado com manteiga e trigo,

coloque metade da massa. Em seguida, coloque

por cima as colheres de requeijão, cubra com o

restante da massa e leve ao forno preaquecido em 180 graus por cerca de 50

a 60 minutos. Após esse tempo. retire do forno, espere esfriar e sirva.

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{ Internautas do site Você, Gastrô elegem Café do Ponto o que melhor serve a bebida em São Luís

O melhor café

No Maranhão, a marca tem quatro lojas instaladas em shoppings da cidade de São Luís

Lisiane Martins

Criada nos anos 1950, a marca paulista Café do Ponto foi pioneira na produção de grãos aromatizados, uti-

lizados nas diversas cafeterias espalhadas pelo país. No Mara-nhão, a marca tem quatro lojas instaladas em shoppings de São Luís e acaba de ser eleita, pelos internautas, como a cafeteria que melhor serve a bebida na cidade.

Na enquete realizada pelo site Você, Gastrô, com uma lista de 18 estabelecimentos, o Café do Ponto teve 1.431 votos, a maioria de um to-tal de 3. 695, acumulados durante os oito dias em que a pergunta “Qual local serve o melhor café em São Luís?” fi cou no ar. Em segun-do lugar, fi cou o Monsieur Churreria e Cafeteria, com 965 votos, seguido da Casa Di Amici, com 357.

O café elaborado pela marca mistura grãos de regiões nobres do Brasil. Na produção, a torrefação é considerada importante no prepa-ro do produto, para que sejam valorizados o aroma e sabor. Os dife-rentes tipos de café expresso, com chocolate, com leite e canela, entre outros ingredientes, fazem parte da lista de sugestões da marca. Veja a receita de um dos tipos de café servidos nas cafeterias da marca.

Amor-PerfeitoIngredientes:2 xícaras (chá) de leite quente1 tablete de chocolate meio amargo pequeno3 colheres (sopa) de açúcar1 colher (chá) de Café do Ponto tradicional1 colher rasa de canela em pó3 colheres de sopa de creme de leite

Modo de preparo:Ferva o leite, junte o café e deixe em infusão por cinco minutos.Coe, volte ao fogo, acrescente o chocolate e o açúcar e mexa até derreter.Retire do fogo, acrescente canela, o creme de leite e bata no liquidifi cador até fi car espumante.Sirva quente ou gelado.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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{Vatapá, torta de camarão e mingau de tapioca são pratos típicos do São João

que valem a pena experimentar

maranhensesQuitutes

São Luís, junho de 201712FO

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É difícil pensar no São João sem surgir, involuntaria-mente, na cabeça, a imagem dos deliciosos pratos servidos nas barracas cheias de sabor, tradição e variedades comuns nesse período. As receitas ofe-

recidas passeiam entre doces e salgadas, que estão presen-tes na mesa dos maranhenses e encantam os turistas nos arraias espalhados pela cidade.

Deixando a preocupação com as calorias de lado, as opções enchem os olhos e nesse período é possível en-contrar de tudo em um mesmo lugar. É a tradição da culi-nária maranhense misturada com as comidas típicas das festas juninas.

Torta de camarão, vatapá, cuxá, cocada, entre outros, estão na lista de sugestões de pratos que você deve expe-rimentar no São João do Maranhão.

Torta de camarãoO camarão é o ingrediente essencial dessa receita, como o próprio nome

já diz. Tradicional na mesa dos maranhenses, o prato leva ingredientes sim-ples como batatas, pimentões, ovos, tomates e o camarão seco, entre ou-tros, sendo fácil de preparar.

A praticidade no preparo e o sabor são fatores que garantem que a igua-ria esteja sempre presente em datas festivas, como o São João.

VatapáO creme típico da culinária afro-brasileira está entre

as opções mais pedidas nos arraiais. Feito com ingre-dientes como: camarão, leite de coco, dendê, farinha de

rosca ou pão molhado. O preparo pode sofrer algumas variações, dependendo de quem prepara, mas a base,

geralmente, tem o camarão, fresco ou seco.No acompanhamento, a sugestão é o arroz branco.

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São Luís, junho de 2017 13

Mingau de tapiocaAssim como o feito com milho, o mingau de tapioca é bas-

tante apreciado pelos maranhenses. Simples de fazer e com um sabor leve, o prato pode levar coco, leite condensado e canela e fi ca delicioso se servido quente. Durante o São João, a iguaria é armazenada em panelas grandes de alumínio e, geralmente, é servido em copos descartáveis.

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Torta de CaranguejoAssim como o camarão, o caranguejo é base para diversas receitas. Basta

um pouco de criatividade e voilá! Neste período, a torta desse tipo de crus-táceo é muito apreciada. Um dos processos mais delicados desse prato é extrair a carne do caranguejo do casco, sendo, porém, possível encontrar em alguns locais a carne já pronta para uso.

CuxáO sabor forte e azedo é uma

das marcas desse molho da culinária maranhense. Feito com vinagreira e outros in-gredientes encontrados com fartura no estado, o cuxá tem como uma de suas caracte-rísticas o peso regional.

Rico em nutrientes, o molho é ideal para acompa-nhar pratos com frutos do mar, como a torta de cama-rão ou de caranguejo e ainda peixe frito.

CocadaÀ base de coco, esse

doce é tradicional em vá-rias regiões. O prepa-

ro pode ocorrer de várias formas. Em alguns casos, além do sabor tradicional de coco, ela pode ser feita

com sabores de maracujá e abacaxi, por exemplo, é só acrescentar polpa de algu-

ma fruta no preparo. Nas barracas espalhadas pelo

São João, é possível encon-trar cocadas de vários ta-manhos, ideal para expe-

rimentar após degustar os demais pratos dessa lista.

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São Luís, junho de 201714

Caldos Remédio para

ressaca

{Os caldos de feijão e ovos são fontes de energia que ajudam na desintoxicação do organismo e a

reduzir os efeitos do álcool

Lisiane Martins

Comuns na Região Nordes-te, os caldos são prepara-ções que levam bastante tempero e ingredientes

que, para muitos, são ideais para dar energia. Esses pratos podem ser consumidos a qualquer hora, mas, principalmente, após ou du-rante grandes festas, como o São João. Seja durante a noite ou pela manhã, os caldos são vistos como uma espécie de “remédio”, para aqueles que passaram a madru-gada acordados ou consumiram muita bebida alcoólica.

Os caldos de feijão e o de ovos estão na lista dos mais consumidos. Fábio Araújo, professor de inglês, sempre que pode, toma um caldo e, segundo ele, o prato vale a pena a qualquer hora do dia. “O caldo é gostoso, tem sabor regional e serve para tudo, dar energia para o tra-balho, curar a ressaca. Eu gosto porque é leve, lembra uma sopa.”

Há mais de quatro anos, Maria vende caldos de diferentes sabo-

res na Praça Dom Pedro II e nos pontos escolhidos por ela, que ge-ralmente são endereços de festa na cidade. Nesse período, os lo-cais escolhidos são os que têm arraial. “No São João, onde tem arraial eu estou vendendo. Ven-do seis tipos: mocotó, camarão, ovos, como ovo de codorna, abó-bora com carne de sol, macaxei-ra com frango e o de sururu com sarnambi e caranguejo. Eu fi co vendendo até a hora que encer-ra, às vezes já foi até três horas da manhã”, acrescenta.

Além de saborosos, esses pratos são ricos em nutrientes, por isso, são considerados fortes, tornando-se famosos por dar energia. Porém, é necessário cuidado com os exage-ros, como explica a nutricionista Ana Sofi a Neves. “Tanto na prepa-ração do caldo de ovos, como do caldo de feijão, é importante evitar o excesso de farinha utilizada para engrossar, devido ao seu alto teor calórico, bem como o excesso de sódio, que é considerado um vilão para uma boa saúde”.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

KARLOSGEOMY/OIMP/D.A PRESS

Caldo de ovosA nutricionista pontua que essa é uma receita que tem uma importante

fonte de proteína e nutrientes, o ovo. Ele é considerado como uma ótima opção para curar a ressaca devido ao seu alto nível de cisteína e amino-ácidos, que ajudam a diminuir o nível de álcool, principal causa das res-sacas. Eles também ajudam o corpo a eliminar toxinas acumuladas pelo excesso de bebida alcoólica. “Essa é uma excelente fonte de vitaminas A, B, D e E, ajuda a manter uma boa saúde dos olhos, da pele e dos ossos. Possui aminoácidos essenciais e sais minerais como ferro, zinco, fósforo,

potássio, manganês e selênio. O ovo também faz bem para a memória, porque a gema é uma das principais fontes de colina, um componente do

neurotransmissor chamado acetilcolina, responsável pela regulação de di-versas atividades neurológicas, que incluem o movimento a estimulação da

contração muscular e a coordenação motora. Além disso, a colina participa na função do cérebro na parte da cognição, memória e pensamento”.

Caldo de feijãoPresente na maioria das refeições feitas pelos brasileiros, o feijão

ganha um charme a mais, se feito com mais tempero e com os grãos cozidos e desmanchados. “O feijão é composto por 20% de proteínas,

60% de carboidratos, 1,5% de lipídios, além de vitaminas, minerais e substâncias funcionais diversas. Concentra até 73% dos minerais, sendo recomendado cozinhar em panela de pressão como o método

mais efi ciente para a retenção do ferro e zinco”, pontua Ana Sofi a.Que esse ingrediente é bom para a saúde não resta dúvidas, sen-

do uma importante fonte de energia. “O caldo apresenta altos teores de fósforo, potássio, magnésio e enxofre, além de quantidades significativas de cálcio, ferro e zinco. O ferro é essencial à formação da hemoglobina e sua defi-

ciência provoca anemia. O zinco é necessário para a mobilização hepática da vitamina A, e a sua deficiência provoca atraso no crescimento, retardamento da maturação sexual, perda de apetite e intolerância à glico-

se. O feijão como um todo (caldo/grão) é rico em proteínas de alto valor biológico e de fácil absorção pelo organismo humano, destacando-se a lisina”, acrescenta.

Maria, há mais de quatro anos, vende caldos de diferentes sabores na Praça Dom Pedro II em São Luís

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Por que provamos?O quadro provamos do Você, Gastrô tem o obje-

tivo de avaliar pontos fortes e fracos de estabeleci-mentos da cidade. Não se trata de uma crítica à gas-tronomia do lugar, mas de um relato da satisfação (ou insatisfação) que um cliente comum pode ter ao visitar um restaurante em São Luís. Se você tem alguma sugestão para o nosso próximo “provamos”, envie para [email protected].

O acessoO restaurante está localizado em uma via paralela à Avenida dos Holandeses (Número 14, no Edifício Century Multiempresarial). Durante o dia, o estacionamento é concorrido, mas à noite é tranquilo, há vagas na frente do estabelecimento e no outro lado da rua. É interessante levar algumas moedas, para agradar o fl anelinha.

italiana Culinária

L’Italia In TavolaPROVAMOS

O espaço e receitas são de uma tradicional cantina italiana. No cardápio, pratos como pastas, pizzas e entradas que refl etem peculiaridades dessa famosa gastronomia, em São Luís

O Imparcial

Ao pensar em cozinha italia-na, é difícil deixar de surgir na mente as pizzas fi ninhas e crocantes, ou as macar-

ronadas com molhos artesanais e concentrados. Se você é apreciador desse tipo de comida, saiba que o empório e restaurante L’Italia In Tavola é o endereço sugerido. O

estabelecimento fi ca na Avenida dos Holandeses, Ponta d’Areia, e está aberto a pouco mais de nove meses. Seja pelo pouco tempo em funcionamento, ou por ser coman-dado por uma família italiana, o restaurante, visitado pela segunda vez, ainda mantém o ar aconche-gante e modesto, o que de cara já deixa até os mais exigentes confor-táveis e à vontade. Afi nal, é a pri-

meira impressão que, geralmen-te, chama a atenção ao se chegar a um ambiente.

Para esta avaliação do Você, Gastrô, resolvemos ir ao local à noite, dispostos a jantar. A visita também foi necessária para ava-liarmos os pontos fortes e fracos, sem críticas, apenas para orientar aqueles que pretendem ainda co-nhecer o espaço.

No geralL’Italia In Tavola é um bom restaurante, valoriza as massas frescas e molhos artesanais e mantém o padrão dos pratos servidos, o que é importante, já que quem vai ao local pela segunda vez quer ver a qualidade e sabor da primeira visita. A carta de vinhos é modesta em relação a outros restaurantes da cidade, mas as sugestões são de qualidade e a maioria contém rótulos importados, italianos. Os sucos de frutas naturais não são feitos na hora. Isso, para alguns clientes, pode ser considerado um ponto negativo. O espaço é pequeno, deve-se chegar cedo, principalmente aos fi ns de semana, para garantir uma mesa, mas o movimento é rotativo, já que o pedido não demora a ser servido.

Critérios de avaliação

L’Italia In Tavola é um bom restaurante, valoriza as massas L’Italia In Tavola é um bom restaurante, valoriza as massas

O restaurante está localizado em uma via paralela à Avenida dos O restaurante está localizado em uma via paralela à Avenida dos O restaurante está localizado em uma via paralela à Avenida dos O restaurante está localizado em uma via paralela à Avenida dos

L’Italia In Tavola é um bom restaurante, valoriza as massas L’Italia In Tavola é um bom restaurante, valoriza as massas L’Italia In Tavola é um bom restaurante, valoriza as massas

O restaurante está localizado em uma via paralela à Avenida dos

O pratoO local é indicado para quem quer experimentar algo tradicional da cozinha italiana. As entradas e pratos principais são fartos e muito saborosos. Na entrada, o Panzerotto foi a escolha. Prato típico italiano que, de cara, parece um pastel, por causa do formato, mas tem uma massa bem diferente. A crocância, que não é percebida logo de cara, surpreende na primeira mordida. O recheio escolhido foi: salame, azeitonas, muçarela, tomate e cogumelos. Como prato principal, escolhemos a pizza tipo Capricciosa, com uma massa fi na e sequinha, coberta com recheio na medida, sem exageros, que leva tomate, orégano, muçarela, azeitonas, cogumelos e um suculento presunto de Parma, cortado em tiras. Um local que vale a pena conhecer e apreciar cada diferente sugestão do cardápio.

AtendimentoEm relação ao atendimento, fi cou uma boa impressão. Direcionamo-nos à mesa e, em seguida, o garçom, com simpatia, entregou-nos os cardápios e nos ajudou na escolha do prato. Sempre atentos, bastava um olhar para que chegassem junto à mesa. Na ocasião, não havia canudos para sucos, mas o garçom sugeriu outro tipo, caso quiséssemos, o que demostra preocupação. Ao entregar a conta, ele já veio com a máquina, não sendo necessária a solicitação desta.

AmbienteComo dito acima, o local é modesto e confortável. Há opção de sentar nas mesas postas do lado de fora, ou dentro do restaurante. Logo na entrada, é possível ter acesso ao empório, onde estão diferentes tipos de pães e queijos italianos. A adega fi ca na lateral, quase na frente do salão principal. Os tons creme e vinho predominam, a cozinha é isolada, por isso, não há risco de sentir qualquer tipo de aroma forte das preparações.

O preçoFique tranquilo. O ambiente modesto tem preços acessíveis, não é tão barato, mas não chega a ser caro, se considerarmos a qualidade dos pratos. Para iniciar o jantar, pedimos o Panzerotto (R$ 6), uma pizza Capricciosa (R$ 49, 90) e dois sucos de maracujá. Os vinhos têm bons preços, que variam entre R$ 55 a mais de R$ 300. A conta fi cou em pouco mais de R$ 80, por causa dos 10%.

LISIANE MARTINS/OIMP/D. APRESS

Panzerotto – salgado frito tradicional na Itália

PIZZA CAPRICCIOSA

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GASTRÔilha

Quem é o chef?>> THIAGO BRITO, CASA D’ARTE CENTRO DE CULTURA

Para estimular o consumo de comidas típicas maranhenses e

dar chance às pessoas, principalmente os turistas, de provarem pratos locais em

versões inovadoras, com toque contemporâneo, será realizada a Semana de Gastronomia do

Turismo, nos dias 3 a 7 de julho, no Shopping da Ilha. Na programação, estão previstas oficinas com

cinco pratos principais e sobremesas elaboradas pelos chefs Felipe Marques (Cozinha Guidô),

Rafael Libério (Ça-Vá Gastrobar), Marcos Sousa (Belmont Gastrobar), Danilo Dias (Feijão de Corda) e Manoel (Panificadora Pão e Leite).

As aulas com os especialistas serão ministradas ao longo do evento.

Semana Gastronômica Bruthus Burger em São Luís

Com marca já consolidada em Teresina há cerca de dois anos, a hamburgueria Bruthus Burger chega a São Luís e tem inauguração prevista para este fi m de semana. Essa é a quarta unidade da marca, que traz oito sugestões de burger gourmet, com matéria-prima e produção no próprio restaurante, como: pães, molhos e hambúr-gueres artesanais – destaque para o blend de picanha. O cardápio também apresenta sugestões de entradas, sobremesas, milk shake, entre outros pratos. O endere-ço escolhido pelos sócios Fernando Marques, Campelo Neto, Luiz Bandeira e Mayara Melo, para o que prome-te ser o novo point dos amantes do sanduíche especial, foi a badalada Avenida dos Holandeses, no Calhau.

Vila Madela em São Luís

No mês de julho, será inaugurado o boteco e ca-chaçaria Vila Madalena no bairro Turu. Com estilo re-trô e proposta inspirada em bares da região do bairro paulista de mes-mo nome, o local promete oferecer uma variedade de bebidas e comidi-nhas características de boteco. Os ide-alizadores prometem um ambiente charmoso, preço justo e atendimen-to agil atrelados a uma boa música e ambiente familiar para lazer.

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A gastronomia surgiu como primeira opção na vida do jovem chef Thiago Brito, de 28 anos. Ele chegou a cursar Turismo na UFMA, mas aban-donou e se dedicou ao mundo da gastronomia, especializando-se em um curso de técnico em cozinha e nutrição no Instituto Federal do Maranhão. Já são oito anos nesse mundo fascinante de temperos e sabores, acumu-lando experiências de trabalhos realizados em restaurantes de São Luís. Há dois anos, tornou-se chef do Casa d’Arte Centro de Cul-tura, na cidade de Raposa. No restaurante do local, que só abre aos fi ns de semana e quando há eventos culturais, o cardápio tem sempre novidades. Quem visitar o local mais de uma vez, difi cilmente, vai encontrar um prato re-petido. Entre as delícias preparadas por Thiago, es-tão o bolinho de arroz com calabresa, dadinho de tapioca, hambúrguer e pratos regionais contemporâneos.

Além do restaurante na Raposa, o jovem cozinhei-ro elabora pratos para feiras criativas e é respon-

sável por preparar os hambúrgueres nas noites de quinta-feira no Buriteco Café. Nos prepa-ros, busca valorizar os bons ingredientes e a essência das receitas, porém, faz questão de que tenham boa apresentação e muito sabor. Merendeiro em uma escola pública de Paço do Lumiar, há pouco mais de dois anos, ele foca não só na preparação da co-mida, mas em um trabalho de conscienti-

zação alimentar para as crianças. Em 2016, o chef foi fi nalista do Enchefs

como profi ssional no estado e disputou uma das três vagas no concurso nacional. Neste ano, ele

está na comissão organizadora do evento no Ma-ranhão. “Gastronomia é o que eu sei fazer e pretendo

fazer pra sempre. Todo o dia, eu procuro uma coisa dife-rente, sou muito inquieto e talvez por isso atue em muitos lugares”.

KARLOS GEROMY/ O IMPARCIAL

REPRODUÇÃO INSTAGRAM

Novo gastrobarO cozinheiro Marcos Souza é quem

está comandando a cozinha do Belmont Gastrobar, inaugurado há menos de um mês no Jardim Renascença. O restaurante tem um cardápio que vai desde hambúr-guer artesanal a comidinhas de boteco, que, dependendo da vontade do cliente, pode até virar uma refeição. Os pratos são preparados sem conservantes e produ-tos frescos, produzidos no local. Entre os destaques do menu, está o Bl fi lé (R$ 21,90), feito com duplo fi lé e queijo bola do reino, e o Filé com bacon (R$ 25,90) mais acompanhamentos.

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