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JULHO 2014 VOL 10 NÚMERO 1 EDIÇÃO EM PORTUGUÊS REVISÃO DE PSORÍASE Saber mais | Cuidar melhor International Psoriasis Council 1034 S. Brentwood Blvd., Suite 600 St. Louis, MO 63117 Tel 972.861.0503 Fax 214.242.3391 www.psoriasiscouncil.org Nesta edição REVISÃO SEMESTRAL DOS CINCO PRINCIPAIS ARTIGOS JULHO A DEZEMBRO DE 2013 1 Revisão dos cinco principais artigos clínicos • Efeitos da perda de peso sobre a gravidade da psoríase • Resultados do PSUMMIT 1, um estudo de fase 3 do ustekinum- ab em pacientes com artrite psoriásica • Sequenciamento gênico para confirmar as relações entre várias mutações gênicas e psoríase • Impacto de diversos polimorfismos gênicos sobre a resposta ao tratamento com ustekinumab: um estudo retrospectivo • Novas evidências de que a psoríase pustulosa generalizada (ou pustulose generalizada) e a psoríase têm etiologias diferentes 2 Carta do Presidente 8 Psoríase em foco: Relatório da 72ª reunião anual da American Academy of Dermatology 20 Relatório da XXXIIª Reunión Anual de Dermatólogos Latinamericanos (RADLA) 22 Notícias do IPC • O novo Diretor-executivo do IPC • Perguntas e respostas com Cristopher Griffiths, presidente do conselho do IPC • Educação • Tratamento • Parceria de pesquisa • Novos conselheiros • Outras notícias A cada seis meses, os membros do conselho do IPC indicam e votam nos artigos que mais influenciaram as pesquisas em psoríase. Os cinco artigos mais votados são revistos e comentados nesta seção. 1. Perda de peso como componente essencial do tratamento de pacientes obesos com psoríase Jensen P, Zachariae C, Christensen R, Geiker NR, Schaadt BK, Stender S, et al. Effect of weight loss on the severity of psoriasis: a randomized clinical study. JAMA Dermatol. 2013 July 1;149(7):795-801. Resumo Embora cada vez mais evidências indiquem que os mecanismos básicos da inflamação induzida pela obesidade possam contribuir para a inflamação sistêmica observada na psoríase, a importância da perda de peso como parte do paradigma de tratamento de pacientes com psoríase ainda não foi avaliada prospectivamente. Por isso, os autores realizaram um estudo prospectivo randomizado em 60 pacientes com excesso de peso e psoríase. Foram usadas duas dietas diferentes: metade dos pacientes foi randomizada para uma dieta pobre em energia (DPE) durante 16 semanas. Durante as primeiras oito semanas, os pacientes seguiram a Dieta de Cambridge, limitando o consumo de calorias a 800-1000 kcal/ dia e alimentando-se principalmente de barras nutritivas, shakes, sopas e mingau. Nas oito semanas seguintes, o paciente passou a consumir refeições regulares com um total de 1200 kcal/dia. Um aspecto interessante do estudo foi que os pacientes puderam continuar o tratamento antipsoriásico (incluindo metotrexato ou agentes biológicos) se a doença tivesse se mantido estável durante os três meses anteriores. Depois de 16 semanas, os escores médios escalas Psoriasis Area and Severity Index (PASI, endpoint primário) e Dermatology Life Quality Index (DLQI, endpoint secundário) haviam diminuído em 2,0 em suas respectivas escalas. O endpoint comparativo PASI mostrou tendência a diminuição, com P-valor de 0,06, e o DLQI foi estatisticamente significativo com P-valor de 0,02. Cont. página 3

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E D I Ç Ã O E M P O R T U G U Ê S

REVISÃO DE PSORÍASES a b e r m a i s | C u i d a r m e l h o r

International Psoriasis Council1034 S. Brentwood Blvd., Suite 600St. Louis, MO 63117

Tel 972.861.0503 Fax 214.242.3391

www.psoriasiscouncil.org

Nesta edição REVISÃO SEMESTRAL DOS CINCO PRINCIPAIS ARTIGOS JULHO A DEZEMBRO DE 20131 Revisão dos cinco principais

artigos clínicos • Efeitos da perda de peso sobre a

gravidade da psoríase • Resultados do PSUMMIT 1, um

estudo de fase 3 do ustekinum-ab em pacientes com artrite psoriásica

• Sequenciamento gênico para confirmar as relações entre várias mutações gênicas e psoríase

• Impacto de diversos polimorfismos gênicos sobre a resposta ao tratamento com ustekinumab: um estudo retrospectivo

• Novas evidências de que a psoríase pustulosa generalizada (ou pustulose generalizada) e a psoríase têm etiologias diferentes

2 Carta do Presidente

8 Psoríase em foco: Relatório da 72ª reunião anual da American Academy of Dermatology

20 Relatório da XXXIIª Reunión Anual de Dermatólogos Latinamericanos (RADLA)

22 Notícias do IPC • O novo Diretor-executivo do IPC • Perguntas e respostas com

Cristopher Griffiths, presidente do conselho do IPC

• Educação • Tratamento • Parceria de pesquisa • Novos conselheiros • Outras notícias

A cada seis meses, os membros do conselho do IPC indicam e votam nos artigos que mais influenciaram as pesquisas em psoríase. Os cinco artigos mais votados são revistos e comentados nesta seção.

1. Perda de peso como componente essencial do tratamento de pacientes obesos com psoríaseJensen P, Zachariae C, Christensen R, Geiker NR, Schaadt BK, Stender S, et al. Effect of weight loss on the severity of psoriasis: a randomized clinical study. JAMA Dermatol. 2013 July 1;149(7):795-801.

ResumoEmbora cada vez mais evidências indiquem que os mecanismos básicos da inflamação induzida pela obesidade possam contribuir para a inflamação sistêmica observada na psoríase, a importância da perda de peso como parte do paradigma de tratamento de pacientes com psoríase ainda não foi avaliada prospectivamente. Por isso, os autores realizaram um estudo prospectivo randomizado em 60 pacientes com excesso de peso e psoríase. Foram usadas duas dietas diferentes: metade dos pacientes foi randomizada para uma dieta pobre em energia (DPE) durante 16 semanas. Durante as primeiras oito semanas, os pacientes seguiram a Dieta de Cambridge, limitando o consumo de calorias a 800-1000 kcal/dia e alimentando-se principalmente

de barras nutritivas, shakes, sopas e mingau. Nas oito semanas seguintes, o paciente passou a consumir refeições regulares com um total de 1200 kcal/dia. Um aspecto interessante do estudo foi que os pacientes puderam continuar o tratamento antipsoriásico (incluindo metotrexato ou agentes biológicos) se a doença tivesse se mantido estável durante os três meses anteriores. Depois de 16 semanas, os escores médios escalas Psoriasis Area and Severity Index (PASI, endpoint primário) e Dermatology Life Quality Index (DLQI, endpoint secundário) haviam diminuído em 2,0 em suas respectivas escalas. O endpoint comparativo PASI mostrou tendência a diminuição, com P-valor de 0,06, e o DLQI foi estatisticamente significativo com P-valor de 0,02.

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CARTA DO PRESIDENTE

Como novo presidente do Conselho Internacional de Psoríase (IPC), tenho o prazer e a honra de apresentar a edição de julho de 2014 da Revisão de Psoríase do IPC. Sinto orgulho e considero um privilégio a oportunidade de liderar o IPC e continuar o excelente trabalho realizado sob a liderança de meu antecessor, o Prof. Peter van de

Kerkhof, em seus três anos de mandato.

Em meu nome e em nome todos os conselheiros do IPC, gostaria de agradecer ao Prof. van de Kerkhof por sua dedicação como presidente do Conselho, que ajudou a tornar o IPC uma organização líder em pesquisa, educação e tratamento da psoríase e suas comorbidades. Sinto-me grato em saber que ele continuará contribuindo com seus conselhos e conhecimentos como membro do conselho do IPC.

Como você talvez já saiba, eu fui um dos fundadores do IPC em 2004 e estou muito feliz em ver o quanto avançamos na última década. Demos grandes passos na direção de nos tornarmos o líder global em psoríase. Na seção perguntas e respostas na página 24 desta edição, descrevi minha visão e metas para o à medida em que avançamos.

Além das perguntas e respostas, publicamos mais um número da série “Cinco principais artigos”, que apresenta os cinco artigos clínicos e de pesquisa mais importantes em psoríase, que os conselheiros do IPC nomearam e escolheram no início deste ano. Nesta edição, os artigos foram escolhidos entre publicações impressas ou on-line ente 1º de julho e 31 de dezembro de 2013.

Também nesta edição:

• O dermatologista e escritor Dario Kivelevitch reconta as discussões sobre psoríase do 72ª Reunião da American Academy of Dermatology (AAD), realizada em março deste ano.

• Apresentaremos Steve O’Dell, novo Diretor-executivo do IPC.

• A conselheira do IPC Drª. Claudia de la Cruz apresentará um resumo do 32º Congresso do RADLA, realizado em maio em Santiago do Chile.

• Lançamos a atividade Mudanças no Paradigma de Tratamento da Psoríase (“The Shifting Paradigm in Psoriasis Treatment”), uma série de apresentações de educação médica continuada com as informações mais atualizadas sobre a psoríase, suas comorbidades e opções de tratamento.

• Iniciamos uma interessante parceria com a International Federation of Psoriasis Associations (IFPA) e a International League of Dermatological Societies (ILDS) para criar um Atlas Global de Psoríase. Com ele, poderemos expandir nossos conhecimentos sobre a relevância da psoríase e os prejuízos que ela causa.

• Quatro novos conselheiros se juntaram a nós. Gostaria de agradecer os coeditores desta edição: a Drª. Linda Stein Gold, do Henry Ford Health System (Detroit, Michigan) e o Dr. Michel Gilliet do Laboratório Central de Hematologia da Universidade of Lausanne, na Suíça.

Esperamos que este número seja interessante e informativo para você. Espero poder trabalhar com todos para continuar expandindo nossos conhecimentos sobre a doença e cuidar melhor de nossos pacientes sobre a doença.

Para obter mais cópias da Revisão de Psoríase do IPC ou saber mais sobre o IPC, acesse www.psoriasiscouncil.org.

Atenciosamente,

Prof. Chris Griffiths, MD, FRCP, FMedSci Presidente do Conselho Internacional de Psoríase Manchester, Reino Unido

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3Saber mais | Cuidar melhor

REVISÃO SEMESTRAL DOS CINCO PRINCIPAIS ARTIGOSJULHO A DEZEMBRO DE 2013

Ao mesmo tempo, a perda ponderal média foi de 15,5 kg no grupo DPE (p<0,01 em comparação com os controles). Portanto, a perda de peso afetou a expressão clínica da doença e a qualidade de vida do paciente. Portanto, pacientes obesos com psoríase devem ser incentivados a perder peso, tanto para reduzir a inflamação sistêmica que contribui para a doença de pele como par reduzir a possibilidade de comorbidades cardiovasculares.

COMENTÁRIO Apesar do número reduzido de pacientes e dos valores baixos de PASI inicial, esse estudo é importante porque mostrou que a perda de peso tende a afetar a gravidade da psoríase. Pode-se especular que o efeito ocorreu porque a carga de citoquinas originárias do tecido adiposo diminuiu, reduzindo a inflamação sistêmica e melhorando os sintomas de psoríase. De qualquer modo, esse estudo deve incentivar os dermatologistas a incluir dietas em sua conduta terapêutica para psoríase moderada a grave, sobretudo em pacientes obesos. Esse estudo e seus resultados complementam os achados anteriores de Paller et al. (Association of Pediatric Psoriasis Severity with Excess

and Central Adiposity: An International Cross-Sectional Study. JAMA Dermatol. 2013;149(2):166-76), que investigou a relação entre excesso de adiposidade central e a gravidade da psoríase. Neste estudo, a razão de chances (IC 95%) para obesidade (índice de massa corporal ≥95º percentil) em crianças com psoríase em relação aos controles foi 4,29. O valor foi mais elevado em casos de psoríase grave (4,92) que nas formas leves da doença (3,60). Jensen, Zachariae et al. também expandiram suas observações e estudaram os efeitos da perda ponderal sobre o perfil de risco cardiovascular dos pacientes com psoríase (Acta Derm Venereol. 2014 February 20. [Epub ahead of print]). Nesta segunda análise, a perda ponderal apresentou correlação com reduções significativas da pressão arterial diastólica, frequência cardíaca em repouso, colesterol total, colesterol VLDL, triglicerídeos, glicemia, hemoglobina glicada e inibidor do ativador de plasminogênio tecidual. O estudo corrobora a noção de que, em pacientes obesos, um programa bem-sucedido de redução de peso pode melhorar significativamente tanto a psoríase como o perfil de risco cardiovascular.

Para obter mais cópias da Revisão de Psoríase do IPC ou saber mais sobre o IPC, acesse www.psoriasiscouncil.org.

CONSELHO DIRETOR DO IPC Christopher EM Griffiths,

Presidente, Reino UnidoPeter van de Kerkhof,

Presidente anterior, Países Baixos

Alexa B. Kimball, Vice-presidente e President-eleita, Estados Unidos

Hervé Bachelez, Secretário, França

Craig L. Leonardi, Tesoureiro, Estados Unidos

Steve O’Dell, Diretor Executivo, Estados Unidos

Jonathan Barker, Reino Unido

Robert Holland III, Estados Unidos

Alan Menter, Presidente Fundador, Estados Unidos

Wolfram Sterry, AlemanhaBruce Strober,

Estados Unidos

CONSELHEIROS DO IPC

AfricaGail Todd, África do Sul

AsiaMurlidhar Rajagopalan,

ÍndiaArnon D. Cohen, IsraelHidemi Nakagawa, JapãoVermén Verallo-Rowell,

FilipinasWai-Kwong Cheong,

CingapuraColin Theng, Cingapura

AustráliaPeter Foley, Austrália

EuropaGeorg Stingl, ÁustriaRobert Strohal, ÁustriaLars Iversen, DinamarcaKnud Kragballe, DinamarcaLone Skov, DinamarcaClaus Zachariae, DinamarcaJ.P. Ortonne, FrançaCarle Paul, França

Matthias Augustin, Alemanha

Ulrich Mrowietz, AlemanhaAlexander Nast, AlemanhaJorge Prinz, AlemanhaKristian Reich, AlemanhaRobert Sabat, AlemanhaDiamant Thaçi, AlemanhaBrian Kirby, IrlandaSergio Chimenti, ItáliaAlberto Giannetti, ItáliaGiampiero Girolomoni, ItáliaPaolo Gisondi, ItáliaLuigi Naldi, ItáliaCarlo Pincelli, ItáliaMenno Alexander de Rie,

Países BaixosElke MGJ de Jong,

Países BaixosErrol Prens, Países BaixosMarieke B. Seyger,

Países BaixosEsteban Dauden, EspanhaCarlos Ferrandiz, EspanhaLluís Puig Sanz, EspanhaMona Ståhle, Suécia

Wolf-Henning Boehncke, Suíça

Michel Gilliet, SuíçaJean-H. Saurat, SuíçaIan Bruce, Reino UnidoArthur David Burden,

Reino UnidoRobert Chalmers,

Reino UnidoAndrew Finlay, Reino UnidoElise Kleyn, Reino UnidoRuth Murphy, Reino UnidoFrank O. Nestle, Reino UnidoAnthony Ormerod,

Reino UnidoNick Reynolds, Reino UnidoCatherine Smith,

Reino UnidoRichard Warren,

Reino UnidoHelen Young, Reino Unido

América do NorteRobert Bissonnette, CanadáMarc Bourcier, CanadáWayne Gulliver, CanadáCharles W. Lynde, Canadá

Richard Langley, CanadáKim Papp, CanadáYves Poulin, CanadáRonald Vender, CanadáApril Armstrong,

Estados UnidosAndrew Blauvelt,

Estados UnidosKevin Cooper,

Estados UnidosCharles Ellis,

Estados UnidosJoel Gelfand,

Estados UnidosKenneth Gordon,

Estados UnidosAlice Gottlieb,

Estados UnidosJohann Gudjonsson,

Estados UnidosFrancisco Kerdel,

Estados UnidosGerald Krueger,

Estados UnidosJames Krueger,

Estados Unidos

Mark Lebwohl, Estados Unidos

Nehal Mehta, Estados Unidos

Amy S. Paller, Estados Unidos

David Pariser, Estados Unidos

Mark Pittelkow, Estados Unidos

Linda Stein Gold, Estados Unidos

Jashin Wu, Estados Unidos

América do SulEdgardo Chouela, ArgentinaCristina Echeverría,

ArgentinaFernando M. Stengel,

ArgentinaGladys Aires Martins, BrasilAndré Esteves de Carvalho,

BrasilRicardo Romiti, BrasilClaudia de la Cruz, Chile

Cont. da página 1

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REVISÃO SEMESTRAL DOS CINCO PRINCIPAIS ARTIGOSJULHO A DEZEMBRO DE 2013

2. A ação anti-IL-12P40 melhora os sintomas cutâneos e articulares da psoríaseMcInnes IB, Kavanaugh A, Gottlieb AB, et al. PSUMMIT 1 Study Group. Efficacy and safety of ustekinumab in patients with active psoriatic arthritis: 1 year results of the phase 3, multicentre, double-blind, placebo-controlled PSUMMIT 1 trial. Lancet. 2013 August 31;382(9894):780-9. Epub 2013 June 13.

ResumoConsiderando que 20-30% dos pacientes com psoríase apresentam artrite psoriásica como comorbidade, é relevante a constatação de que o ustekinumab, um anticorpo monoclonal anti-IL-12p40 aprovado para tratamento de psoríase moderada a grave, também é benéfico para as articulações. Esse estudo multicêntrico de fase 3 foi realizado em centros na Europa, América do Norte e Ásia e acompanhou 615 pacientes adultos com artrite psoriásica ativa, que foram randomizados para tratamento padrão com ustekinumab 45 mg, ustekinumab 90 mg ou placebo nas semanas 0, 4 e depois a cada 12 semanas. A permuta para o grupo do ustekinumab ocorreu na semana 16 e depois em pacientes que não apresentaram pelo menos uma resposta mínima ao tratamento. Os resultados mostraram que o ustekinumab produziu efeito positivo estatisticamente significativo (P < 0,0001) sobre a artrite psoriásica, medido como a proporção de pacientes que obteve melhora acima de 20% segundo os critérios do American College of Rheumatology. Quanto à segurança, nenhuma infecção oportunista (incluindo tuberculose), óbito ou malignidade foi descrita até a semana 52, mas 2 pacientes apresentaram episódios de colecistite, um apresentou salpingite, um erisipela e outro abscesso faringolaríngeo. Além disso, não houve nenhum evento adverso cardiovascular grave em nenhum grupo de tratamento até a semana 16. Entretanto, um evento adverso cardiovascular grave (angina de peito) foi descrito durante o período de controle por placebo em um paciente que recebeu placebo, um paciente apresentou AVC não fatal e dois tiveram infarto do miocárdio após a semana 16. Esses resultados confirmam e aprofundam observações anteriores sobre os efeitos do ustekinumab sobre a artrite

psoriásica. Os resultados também contribuem para o entendimento da patogênese da psoríase cutânea e da artrite psoriásica ao confirmar que a ação sobre IL12p40 ou as citoquinas IL-12 ou IL-23 proporcionam esquemas terapêuticos viáveis.

COMENTÁRIO O PSUMMIT 1 é o primeiro estudo de fase 3 do ustekinumab em pacientes com artrite psoriásica. Os resultados mostraram que o ustekinumab melhora significativamente os sinais e sintomas associados à artrite psoriásica. Entretanto, o manuscrito não descreveu nenhum impacto do ustekinumab em melhorar a destruição articular observada em exames radiográficos. Isto seria importante para se incluir o ustekinumab como opção de tratamento para pacientes com psoríase e manifestações articulares e cutâneas. Os autores também notaram que o tempo até o efeito máximo pareceu ser maior com o ustekinumab que com agentes biológicos anti-TNFα, mas ambas as classes apresentaram “endpoints” de eficácia semelhantes após 52 semanas. O impacto do ustekinumab sobre os mecanismos da artrite psoriásica pode ocorrer em função da inibição de células Th17 e T-helper 1 por meio da inibição dupla de IL-23 e IL-12, duas citoquinas que também possuem a subunidade p40 sobre a qual o ustekinumab age. Os dados clínicos apresentados aqui também ajudam a compreender a patogênese da artrite psoriásica, que já foi descrita como envolvendo sobrexpressão de IL-12 e 23, assim como polimorfismos de suscetibilidade nos genes que codificam essas citoquinas. Entretanto, a patogênese da artrite psoriásica é claramente mais complexa, pois nem a ação sobre IL-12p40 nem sobre TNFα são capazes de melhorar completamente a doença.

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3. Sequenciamento dirigido de exomas valida associações entre alelos e psoríase, mas revela limitações dos conhecimentos sobre o risco genético de psoríaseTang H, Jin X, Li Y, et al. A large-scale screen for coding variants predisposing to psoriasis. Nat Genet. 2014 January;46(1):45-50. Epub 2013 November 10.

ResumoA tecnologia de sequenciamento gênico vem evoluindo e facilitando cada vez mais a análise em grande escala de genomas. Com base nesses avanços, Tang e colaboradores realizaram uma análise comparativa de sequências de regiões codificadoras (exomas) de 781 pacientes com psoríase e 676 controles para identificar mutações (comuns ou raras) que levam a trocas de aminoácidos e influenciam a função da proteína gerada pelo exoma, conhecidas como mutações não sinônimas. Usando esta abordagem sistemática, a comparação entre os dois grupos revelou que 1.326 genes apresentam variações de um nucleotídeo (SNV). A relevância dos SNVs nos genes candidatos selecionados foi validada pelo sequenciamento dirigido específico dessas regiões em 9.946 casos de psoríase e 9.906 controles em uma população chinesa de etnia han. Ao todo, foram identificados mais de 80.000 SNVs não sinônimos nessas regiões gênicas, sendo a maioria (>97%) de tipos raros. Entretanto, 6 SNVs não sinônimos (comuns ou infrequentes) apresentaram associações consistentes com a psoríase e foram encontrados nos seguintes genes: IL-23R (receptor de IL-23), GJB2 (proteína beta-2 da “gap junction”), LCE3D (envelope cornificado tardio 3D), FUT2 (galactosídeo 2-alfa-L-fucosiltransferase 2) e ERAP1 (aminopeptidase do retículo endoplasmático 1). Cada uma dessas regiões foi identificada anteriormente como associada à psoríase; portanto, os resultados do estudo confirmaram as evidências de associação. A associação com psoríase de outros SNVs não sinônimos descritos anteriormente (p.ex. CARD14, TARBP1 e ZNF816A) também foi validada. Entretanto, as análises de variações pontuais de associações com SNV não sinônimas em genes não identificaram nenhum outro gene associado com psoríase nas regiões em que o ressequenciamento dirigido foi realizado. Isto sugere que as variantes de codificação nos 1.326 genes estudados são responsáveis apenas por uma pequena parte do risco genético geral para psoríase.

COMENTÁRIO Os avanços na tecnologia genética permitiram sequenciar a totalidade do genoma humano, incluindo as porções codificante e não codificante. Os resultados mostram que existem cerca de 20.000 genes codificadores de proteínas, que correspondem a menos de 2% do genoma. O restante está associado a moléculas de RNA não codificante, sequências de RNA regulatórias ou sequências de íntrons com papel ou função desconhecida, mas que mesmo assim podem influenciar doenças humanas. Embora ainda não seja possível analisar todo o genoma de pacientes individuais para comparar com controles e gerar dados estatisticamente significativos, a metodologia disponível hoje permite o sequenciamento em grande escala de exomas específicos ou de regiões codificantes em indivíduos. Neste estudo, Tang et al. empregaram os métodos mais recentes para tentar identificar e confirmar as associações entre várias mutações gênicas e psoríase. Essas mutações foram identificadas anteriormente em estudos de associação no genoma inteiro com base em variabilidades alélicas identificadas anteriormente e, portanto, o método é limitado para identificar novas associações. Os dados suportam e expandem os conhecimentos anteriores sobre alelos gênicos associados com a psoríase, mas revelam também que ainda há muito a fazer para definir a suscetibilidade à psoríase, pois se constatou que os SNVs não sinônimos presentes nos 1.326 genes observados contribuem pouco para o risco genético geral de psoríase. Os autores reconhecem também que esta abordagem é pouco apropriada para detectar SNVs muito raros, mesmo aqueles que produzem efeitos acentuados. Portanto, a caracterização completa da suscetibilidade genética à psoríase e outras doenças humanas requer novos avanços na tecnologia genética que facilitem o sequenciamento estatisticamente relevante e em grande escala de genomas inteiros de pacientes e controles.

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4. Identificado marcador farmacogenético de resposta da psoríase a tratamentos biológicos Talamonti M, Botti E, Galluzzo M, et al. Pharmacogenetics of psoriasis: HLA-Cw6 but not LCE3B/3C deletion nor TNFAIP3 polymorphism predisposes to clinical response to interleukin 12/23 blocker ustekinumab. Br J Dermatol. 2013 August;169(2):458-63.

ResumoExames de mapeamento do genoma inteiro e estratégias de sequenciamento direcionado de exomas revelaram diversas associações entre psoríase e alelos de genes. Um exemplo é o estudo de Tang et al. (página 5). Entretanto, a relação entre a genética e a resposta a tratamentos, que poderia contribuir para novos tratamentos estratificados, ainda não é tão bem descrita. Neste estudo, Talamonti e colaboradores realizaram um ensaio caso-controle retrospectivo do impacto de vários polimorfismos gênicos sabidamente associados com suscetibilidade à psoríase sobre a resposta ao tratamento com ustekinumab. Pacientes com psoríase moderada a grave (51, sendo 37 homens e 14 mulheres) foram tratados com ustekinumab de acordo com as instruções na bula do medicamento. Os pacientes com menos de 100 kg receberam 45 mg e os com mais de 100 kg 90 mg nas semanas 0, 4 e depois a cada 12 semanas. A genotipagem foi realizada em DNA genômico isolado do sangue venoso de cada paciente utilizando-se primers específicos para alelos em uma reação em cadeia de polimerase padrão. Os resultados mostraram que 55% dos pacientes (28) eram positivos para HLA-Cw6 e 45% (23) eram negativos. A frequência de deleções do gene LCE3B/3C foi de 65% e a do gene TNFAIP3 34%. Os genes LCE3B/3C e TNFAIP3 codificam produtos distais à IL-23 na cascata patogênese da psoríase. Embora não se tenha observado correlação entre polimorfismos de LCE3B/3C ou TNFAIP3 e a resposta ao ustekinumab, constatou-se que o alelo HLA-Cw6 estava associado a uma taxa de resposta clínica mais rápida e mais acentuada. Na semana 12, um número estatisticamente maior de pacientes positivos para HLA-Cw6-(96%) obteve PASI 75, o que ocorreu em apenas 65% dos pacientes negativos para HLA-Cw6. A resposta também ocorreu mais rapidamente nos pacientes positivos para HLA-Cw6: 89% haviam atingido PASI 50 na semana 4, contra apenas 61% entre pacientes negativos para HLA-Cw6. As respostas mantiveram-se significativamente diferentes durante as 40 semanas do estudo. Portanto, o HLA-Cw6

contribui tanto para a suscetibilidade à psoríase como para a resposta dos pacientes ao tratamento.

COMENTÁRIO Para elaborar esquemas de tratamento adaptados a pacientes individuais, existe uma necessidade de marcadores farmacogenético de resposta capazes de predizer a eficácia, segurança, toxicidade e tolerabilidade de longo prazo dos agentes disponíveis atualmente. Devido à sua relação com o tratamento com ustekinumab, o HLA-Cw6 parece preencher esses critérios. Isso cria a possibilidade de desenvolver paradigmas de tratamento orientado geneticamente para pacientes com psoríase. Os resultados mostram uma diferença notável e significativa na resposta ao ustekinumab, que provavelmente deve ser avaliada em estudos prospectivos controlados de maior porte. Também seria interessante saber se os resultados indicam diferenças na forma clínica de manifestação da psoríase de acordo com a positividade para HLA-Cw6. Outra possibilidade é que isto seja consequência da atividade biológica do produto gênico do HLA-Cw6 e sua relação com IL-12 ou IL-23, as citoquinas sobre as quais o ustekinumab atua. Assim, é interessante especular que, na presença de HLA-Cw6, os antígenos propagadores da psoríase são apresentados a um subconjunto de células T citotóxicas CD8+ secretoras de IL-17, que são abundantes na epiderme psoriásica e sofrem ativação na presença de IL-23. Outra questão relevante é se a associação entre HLA-Cw6 e ustekinumab também ocorre com outras classes terapêuticas. Estudos anteriores indicam que pacientes negativos para HLA-Cw6 respondem melhor a agentes biológicos que agem sobre TNF e que pode haver uma associação preferencial com o gene TNFAIP3. Portanto, esta “prova de conceito” talvez possa contribuir no futuro para ajudar a individualizar o tratamento de pacientes com base na farmacogenômica, ajudando a prever a resposta a agentes biológicos na psoríase.

REVISÃO SEMESTRAL DOS CINCO PRINCIPAIS ARTIGOSJULHO A DEZEMBRO DE 2013

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5. Diferenciação genética indica que existem várias formas de psoríase pustulosa generalizada com diferentes etiologiasSugiura K, Takemoto A, Yamaguchi M, et al. The majority of generalized pustular psoriasis without psoriasis vulgaris is caused by deficiency of interleukin-36 receptor antagonist. J Invest Dermatol. 2013 November;133(11):2514-21. Epub 2013 May 22.

ResumoOs pesquisadores avançaram bastante na definição da base genética de um subconjunto de casos de psoríase pustulosa generalizada (PPG) familiar. Constatou-se que existem associações com mutações do gene do antagonista do receptor de interleucina 36 (IL-36RN). A PPG pode ocorrer em pacientes com ou sem psoríase vulgar (PV), sugerindo que pode haver duas formas etiologicamente distintas de PPG. No estudo de Sugiura et al., o objetivo foi mapear a prevalência de mutações de IL-36RN em 31 pacientes japoneses com PPG para definir melhor a etiologia da doença. A análise por sequenciamento direto de éxons e de limites entre íntrons e éxons do IL-36RN revelou que 9 de cada 11 pacientes com PPG isolada apresentavam mutações homozigotas ou heterozigotas compostas deste gene. Por outro lado, apenas dois irmãos em 20 casos de PPG com PV apresentaram mutações heterozigotas compostas do gene do IL-36RN. Uma reação em cadeia de polimerase reversa quantitativa foi usada para determinar se a mutação levou á expressão de mRNA truncado codificador de IL-36RN. A tipagem de HLA foi realizada em dois irmãos portadores de IL-36RN mutante e em um terceiro irmão saudável. Os resultados mostraram que os dois irmãos afetados pela PPG também apresentavam o haplótipo HLA-A*0206, que é sabidamente associado à suscetibilidade à PV. A coloração imunohistoquímica de amostras de pele revelou que a expressão da proteína IL-36RN era praticamente nenhuma

em pacientes com PPG isolada, mas era acentuada nas camadas granulosas da epiderme em pacientes com PPG e PV sem IL-36RN mutante. Portanto, os autores propõem que a PPG isolada é um subtipo de PPG distinto da PPG com PV que é geneticamente programada devido à mutação homozigota ou heterozigota composta da IL-36RN.

COMENTÁRIO Nos últimos anos, a base genética da PPG foi analisada em diversos estudos científicos. Na edição de junho de 2012 da Revisão de Psoríase do IPC, apresentamos o artigo de Marrakchi et al. (“Interleukin-36- Receptor Antagonist Deficiency and Generalized Pustular Psoriasis”), que descreveu uma mutação missense homozigota em nove famílias na Tunísia; na edição de dezembro de 2013, descrevemos o trabalho inicial de Suguira e colaboradores, que demonstrou que as mutações do gene que codifica a IL-36RA (IL-36RN) são características de apenas um subtipo de pacientes japoneses com PPG. Esta publicação descreve a extensão das observações iniciais de Suguira et al, que apresentam evidências convincentes de que a PPG isolada é um subtipo diferente de PPG, cuja causa é a mutação do gene IL-36RN, e etiologicamente distinta da PPG observada em associação com a PV. Esta compreensão mais detalhada da causa básica da doença pode ajudar a criar novas estratégias de tratamento para a PPG isolada ou associada à PV. ■

REVISÃO SEMESTRAL DOS CINCO PRINCIPAIS ARTIGOSJULHO A DEZEMBRO DE 2013

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RELATÓRIO DA 72ª REUNIÃO ANUAL DA AMERICAN ACADEMY OF DERMATOLOGY

Especialistas discutem a fisiopatologia e tratamento da psoríasePor Dario Kivelevitch, MD

Dario Kivelevitch é dermatologista em Buenos Aires, na Argentina, e está concluindo um fellowship em pesquisa translacional no Baylor Institute for Immunology Research em Dallas, tendo como principal foco a psoríase. Ele começará a residência em dermatologia em julho de 2015 no Baylor University Medical Center sob a supervisão do Dr.

Alan Menter. O Dr. Dario Kivelevitch se formou em medicina e completou a residência em clínica médica na Universidade de Buenos Aires. No início deste ano, Dario recebeu uma bolsa de um ano no valor de US$40.000 da National Psoriasis Foundation para estudar o sangue e a pele de indivíduos com psoríase pustulosa palmoplantar para tentar entender o desenvolvimento da doença.

A fisiopatologia e o tratamento da psoríase foram tópicos importantes na reunião anual da American Academy of Dermatology (AAD), realizada em Denver, no Colorado. Especialistas em psoríase do mundo inteiro apresentaram novos achados e resultados de novos estudos clínicos. Apresentamos a seguir um resumo dessas discussões.

ImunopatogêneseO Dr. Frank Nestle, médico do St. John’s Institute of Dermatology (King’s College, Londres) e conselheiro do IPC, apresentou uma visão geral dos avanços mais recentes na imunopatogênese da psoríase. Ao longo da última década, os pesquisadores vêm obtendo mais conhecimentos sobre a complexa rede de eventos subjacente à patogênese da psoríase. Estudos recentes descreveram o importante papel do eixo da interleucina 23/células T helper (Th17) na psoríase.1,2 Uma das características das células Th17 é a produção de IL-17. Quando ativadas, as células dendríticas dérmicas produzem IL-23 e outras citoquinas. A IL-23 promove a expansão da população Th17, o que mantém a inflamação crônica dependente de Th17 característica da psoríase. Um novo subconjunto de células imunes, denominada célula linfoide inata (ILC, innate lymphoid cell), mostrou ser uma importante fonte de IL-17. As ILCs são um grupo de células com morfologia linfoide e sem receptores antigênicos específicos como os expressos pelas células T e B. Portanto, elas não respondem de forma específica

contra antígenos. As ILCs são células efetoras que exercem suas funções por meio da liberação de citoquinas. Baseado no perfil de produção de citoquinas e nos marcadores de superfícies, foram definidos três grupos: ILC1, produtora de citoquinas Th1; ILC2, produtora de citoquinas Th2; e ILC3, produtora de citoquinas Th17. As ILCs do grupo 3 (ILC3), que são caracterizadas pelo fator de transcrição RORγt, respondem a IL-1β e IL-23 e produzem IL-17 e/ou IL-22.3 Dados de vários estudos indicam que as ILCs são as principais fontes de IL-17 e IL-22 em doenças inflamatórias epiteliais como a doença de Crohn. O grupo ILC3 também é encontrado em concentrações maiores em pele psoriásica que em pele saudável, mas o papel exato desta população celular na psoríase ainda precisa ser esclarecido.

Tratamento clínicoTratamento tópicoO Dr. Mark Lebwohl, conselheiro do IPC e diretor do serviço de dermatologia da Mount Sinai School of Medicine (Nova York), discutiu novos agentes em desenvolvimento para tratamento tópico, que é o tipo mais usado para psoríase. Entretanto, os tratamentos tópicos não tiveram avanços tão grandes como os do tratamento sistêmico. Os corticoides tópicos e derivados da vitamina D continuam sendo tratamentos de primeira linha. Mais recentemente, pesquisadores realizaram estudos clínicos em que testaram novas formulações e veículos. Nesta seção, foram discutidos vários agentes tópicos que estão em diversos estágios de desenvolvimento, como inibidores de JAK, MEK1, STAT e PDE4, antagonistas de panselectina e novos anti-inflamatórios não esteroides. Os resultados de um estudo de tofacitinib tópico foram apresentados.

A eficácia do medicamento foi avaliada em um estudo de fase 2a randomizado, duplo-cego e controlado por veículo em que 71 pacientes foram randomizados para tratamento com tofacitinib 2% ou placebo duas vezes por dia em uma área de placa específica durante quatro semanas. O principal endpoint foi a variação porcentual em relação ao início do escore de gravidade de placas (TPSS) após 4 semanas, que revelou diferença significativa em favor do grupo tratado com tofacitinib. Nenhum evento adverso sério (EAS) foi descrito. Poucos pacientes descreveram

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queimação ou pontadas no local tratado e a frequência desses eventos foi semelhante em todos os grupos.4

FototerapiaEsta sessão foi apresentada pelo Dr. John Y. M. Koo, do Departamento de Dermatologia da Universidade da Califórnia (San Francisco); Henry W. Lim, do Departamento de Dermatologia do Henry Ford Hospital, em Detroit; e Giovanni Leone, do Instituto de Dermatologia San Gallicano (IRCCS) de Roma, Itália e descreveu os últimos avanços em fototerapia.

Como é um dos tratamentos mais eficazes contra a psoríase, a fototerapia é uma opção de primeira linha para muitos pacientes que vivem com a doença. O UVB de banda estreita (NBUVB) é mais eficaz que o UVB de banda larga e mais seguro que o PUVA (luz ultravioleta A associada com um psoraleno). A fototerapia é recomendada porque possui relação risco/benefício favorável, é mais barata que outros tratamentos sistêmicos e está amplamente disponível.

Alguns motivos para evitar a fototerapia são o risco maior de carcinogênese, fotoenvelhecimento, efeitos colaterais de curto prazo como irritação e queimação cutânea e inconveniência para o paciente. A fototerapia é indicada para diversas formas clínicas de psoríase, como psoríase em placa ou palmoplantar. O PUVA é administrado com aplicação local de psoraleno em solução aquosa nas áreas afetadas, que depois são expostas à luz UVA.

A fototerapia não é indicada para psoríase eritrodérmica ou pustulosa e, com exceção de tratamento direcionado, geralmente não é indicada para áreas mais difíceis de tratar como o escalpo e pregas cutâneas. Vários estudos pesquisaram a eficácia da fototerapia. Em um deles, 55% dos pacientes tratados com NBUVB atingiram PASI 75 na semana 12,5 assim como 88% dos pacientes tratados com PUVA,6 100% dos pacientes tratados com PUVA mais retinoides7 e 100% dos pacientes que receberam a terapia de Goeckerman.8

O principal risco da fototerapia é o aumento da possibilidade câncer de pele. Em uma revisão da literatura de 2005, os autores Lee, Koo e Berger não encontraram nenhum aumento da incidência de câncer de pele associado à fototerapia com UVB.9 Dois estudos10,11 encontraram aumento do risco de câncer de pele não melanoma associado ao uso de PUVA em indivíduos

caucasianos. Outros dois estudos não encontraram aumento da incidência de melanoma em pacientes tratados com PUVA.11,12

Um pequeno estudo que avaliou o risco de câncer de pele associado a PUVA com banho não encontrou evidências de aumento da incidência de nenhum câncer de pele associado a este tratamento.13 Os dados disponíveis na literatura sobre o efeito carcinogênico do NBUVB são inconclusivos. Estudos em animais mostraram efeito carcinogênico, mas estudos retrospectivos em humanos não evidenciaram nenhum aumento da incidência de câncer de pele. Isso pode ser devido a limitações intrínsecas do estudo. Embora a fototerapia seja custo-eficiente, uma de suas desvantagens é a inconveniência para o paciente. Os tratamentos com UVB e PUVA exigem 30 a 40 sessões para produzir melhora acentuada, mas o tratamento direcionado parece superar esta limitação.

Em uma publicação recente, foi possível obter PASI 75 em um paciente com psoríase pustulosa generalizada após 2 a 4 sessões utilizando doses inferiores às necessárias para produzir bolhas usando um laser excímero de 308 nm.14 O mesmo grupo publicou resultados clínicos semelhantes, obtidos em um estudo-piloto que ainda está em andamento, em que a fototerapia direcionada com laser excímero de 308 nm foi empregada em associação com clobetasol spray e pomada de Calcitriol para tratar psoríase generalizada moderada a grave.15 Os resultados

Como é um dos tratamentos mais eficazes contra a psoríase, a fototerapia é uma opção de primeira linha para muitos pacientes que vivem com a doença. A fototerapia é recomendada porque possui relação risco/benefício favorável, é mais barata que outros tratamentos sistêmicos e está amplamente disponível.

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preliminares mostraram que 76% dos pacientes haviam obtido PASI na semana 12.

A dose terapêutica ideal é escolhida medindo-se a menor dose capaz de causar bolhas (MBD, minimal blistering dose) em vez da dose eritematizante mínima (MED, minimal erythema dose) tradicionalmente usada na fototerapia.

O tratamento com laser também induziu remissão prolongada: até 80% dos pacientes mantiveram PASI 50 6 meses após o término do tratamento. Uma vantagem da fototerapia dirigida é que ela não é limitada pela tolerância da pele não acometida e é capaz de eliminar as placas psoriásicas em apenas 2 a 4 tratamentos. Quando o laser mais potente é usado, pode-se tratar até 20% da superfície corporal em 15 a 20 minutos. Como apenas a pele acometida é exposta ao UVB e os períodos de remissão são longos, é possível diminuir a exposição ao UVB.

Tratamento sistêmicoMedicamentos sistêmicos clássicosO Dr. Lebwohl reviu os tratamentos sistêmicos clássicos, com especial ênfase na toxicidade e nos eventos adversos (EAs). Desde que foi aprovado pelo Food and Drug Administration (FDA) dos EUA em 1972, o metotrexato (MTX) tornou-se o agente sistêmico mais utilizado para tratar psoríase moderada a grave. A segurança e o monitoramento do MTX são motivo de constante preocupação. O MTX mostrou um perfil de eficácia aceitável na psoríase, produzindo PASI 75 em 40% dos pacientes após 12 a 16 semanas. A hepatotoxicidade é um efeito adverso bem conhecido associado ao MTX. O diagnóstico precoce e a prevenção de hepatotoxicidade e cirrose hepática são desafios significativos, pois ainda não existem evidências claras pertinentes ao tratamento deste efeito adverso. As diretrizes mais antigas para tratamento com MTX recomendavam uma biópsia inicial seguida de biópsia hepática após doses cumulativas.

O FDA aprovou o metotrexato para artrite reumatoide em 1998, mas, ao contrário das diretrizes de dermatologia, o American College of Rheumatology não recomenda biópsias hepáticas em pacientes tratados com MTX. O consenso de 1998 sobre utilização de metotrexato no tratamento da psoríase16 introduziu a seguinte modificação: os especialistas eliminaram a biópsia inicial e passaram a recomendar biópsia hepática após 1-1,5 g de

dose cumulativa em pacientes sem história ou evidências de doença hepática. Finalmente, em 2009, as diretrizes de tratamento da psoríase17 passaram a recomendar mudanças no uso de biópsias hepáticas.

As diretrizes não recomendam uma biópsia inicial, mas sim a avaliação da necessidade de biópsia após 3,5-4,0 g de dose cumulativa em pacientes sem risco subjacente de hepatotoxicidade ou doença hepática, assim como monitoramento. Essa diretriz contém mais informações sobre o monitoramento e um algoritmo diferente para tratamento de pacientes com risco mais elevado de doença hepática.17

O risco de desenvolvimento de fibrose hepática foi avaliado em um estudo de 1982, que estudou o uso de biópsias hepáticas após tratamento com MTX e constatou que, depois de cinco anos de tratamento, 24% dos pacientes haviam desenvolvido fibrose ou cirrose hepática.18 A biópsia hepática é um procedimento invasivo que traz riscos para o paciente. Um estudo retrospectivo de 21 anos avaliou 9.212 biópsias hepáticas e demonstrou que as taxas de óbito e hemorragia grave após o procedimento foram de 0,11% e 0,24%, respectivamente.19

Devido ao risco associado a biópsias hepáticas, sugeriu-se que pacientes com risco mais elevado de fibrose hepática devem ser submetidos a esse procedimento, enquanto nos de baixo risco a biópsia hepática pode não ser indicada ou realizada com muito menos frequência.20 Antes de iniciar tratamento com MTX, devem-se avaliar cuidadosamente os fatores de risco para hepatotoxicidade causada pelo metotrexato, tais como consumo excessivo de álcool atual ou no passado, anomalias persistentes em exames de bioquímica hepática, história de doença hepática (incluindo hepatite B ou C), história familiar de doença hepática hereditária, diabetes melito, obesidade, história de exposição significativa a medicamentos ou produtos químicos hepatotóxicos, falta de suplementação de folato e hiperlipidemia.

Ao monitorar pacientes em tratamento com MTX, deve-se ter em mente que o aumento dos níveis de provas de função hepática (PFT) não está relacionado ao desenvolvimento de fibrose hepática.21 A adição de ácido fólico ao esquema com MTX pode evitar aumentos da PFTs22 e sintomas gastrintestinais como náusea.23 Também foram desenvolvidos novos exames para detectar fibrose

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hepática, como equipamentos de ultrassom e ensaios de pró-colágeno III. Entretanto, ainda existe uma clara necessidade de mais estudos para avaliar o valor e o custo/benefício desses novos métodos de diagnóstico precoce de fibrose hepática.

A ciclosporina (CYA) é outro agente eficaz para tratar a psoríase e, assim como o MTX, está associada a riscos significativos de segurança. Ao começar e durante o tratamento, deve-se monitorar a função renal, pressão arterial e bioquímica sérica, Incluindo K+ e Mg++, lipídeos e hemograma. Alguns dos EAs mais frequentemente associados à CYA são a nefrotoxicidade, hipertensão, hipomagnesiemia, hiperpotassemia, hiperlipidemia, interações medicamentosas, hipertricose e doença linfoproliferativa.24

Em um estudo duplo-cego, multicêntrico, controlado por placebo e com permutação de grupos, o anlodipino reduziu significativamente a creatininemia em comparação com placebo em pacientes tratados com CYA.25 É importante notar que os bloqueadores que canais de cálcio como o anlodipino também são indicados para tratar hipertensão associada à CYA. A hiperpotassemia associada à CYA geralmente é tratada com hidroclorotiazida e a depleção de magnésio com suplementos de magnésio. Para a dislipidemia, pode-se usar a pravastatina. A hiperlipidemia é um efeito colateral comum do tratamento com retinoides orais.

O tratamento da hiperlipidemia induzida por acitretina foi avaliado em um estudo duplo-cego com permuta.26 Os

triglicerídeos e o colesterol diminuíram significativamente em 22 pacientes tratados com genfibrozila (p<0,01 e p<0,05, respectivamente) em comparação com placebo após oito semanas de tratamento. A genfibrozila e a acitretina não prejudicaram a resposta a dose nem produziram efeitos colaterais clínicos.

A toxicidade cumulativa é um efeito colateral bem conhecido de vários tratamentos contra psoríase. O aumento da incidência de carcinomas de células escamosas após tratamento prolongado com PUVA é bem estabelecido. A acitretina mostrou-se capaz de reduzir a incidência de carcinoma de células escamosas (CCE) em pacientes transplantados.27 Um estudo duplo-cego, randomizado e controlado com placebo em 44 pacientes transplantados renais observou incidência de CCE de 11% no grupo tratado com acitretina, contra 47% no grupo placebo (p < 0,01). O número de lesões ceratósicas também foi significativamente menor no grupo tratado com acitretina. A droga também diminui a incidência de novos carcinomas de células escamosas em pacientes tratados com PUVA por períodos prolongados.28

Em alguns casos, é difícil realizar um tratamento eficaz e obter remissão prolongada. Nesses casos, o tratamento combinado pode ser a melhor opção. Os tratamentos tópicos são frequentemente associados a agentes sistêmicos. Existe também ampla experiência com associações de agentes sistêmicos para tratamento da psoríase.29 Alguns exemplos muito usados de combinações de tratamento são retinoides mais fototerapia, MTX mais fototerapia, retinoides e CYA ou CYA com MTX. Uma revisão da eficácia das associações de medicamentos sistêmicos clássicos com agentes biológicos30 mostrou que as combinações podem ser eficazes, mas precisam ser usadas com cuidado porque podem elevar os riscos de infecção e malignidade. O MTX mostrou-se eficaz e seguro quando associado a agentes biológicos.

Novos agentes sistêmicosA Drª. Alice Gottlieb, membro do IPC e chefe da dermatologia do Tufts Medical Center de Boston, apresentou dados sobre os novos agentes sistêmicos.

O apremilaste é um inibidor oral de fosfodiesterase 4 (PDE-4). Um estudo randomizado e controlado de fase 3 (ESTEEM 1) avaliou a segurança e a eficácia do apremilaste na psoríase moderada a grave. Os pacientes receberam placebo (n=282)

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O tratamento eficaz e a remissão prolongada podem ser difíceis de obter com tratamentos sistêmicos. Nesses casos, o tratamento combinado pode ser a melhor opção. Os tratamentos tópicos são frequentemente combinados com agentes sistêmicos. Existe ampla experiência combinações para tratar a psoríase.

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ou apremilaste 30 mg duas vezes por dia (n=560) durante 16 semanas. Na semana 16, os pacientes apresentaram melhora clínica significativa: 33,1% dos pacientes tratados com apremilaste obtiveram PASI 75, contra 5,3% no grupo placebo. Da mesma forma, 58% obtiveram PASI 50, contra 17% dos que receberam placebo (p < 0,0001). Também houve diferenças estatisticamente significativas no escore Physician’s Global Assessment estático (sPGA 0–1) (21,7% vs. 3,9%, respectivamente; P < 0,0001).

Os benefícios do PASI 75 foram maiores em pacientes que nunca haviam recebido agentes sistêmicos ou biológicos (38.7% e 35.8%, respectivamente). Dos que não responderam anteriormente a inibidores de TNF, cerca de 27% obtiveram resposta PASI 75. A intolerância intestinal é um efeito adverso bem conhecido dos inibidores de PDE4. Alguns eventos descritos com o apremilaste foram diarreia e náusea (18,8% e 15.,7% para apremilaste versus 7,1% e 6,7% para placebo). Os efeitos adversos gastrintestinais (GI) foram mais comuns nos primeiros 15 dias após a primeira dose, e a maioria deles se resolveu nos 15 dias seguintes. Menos de 2% dos pacientes foram retirados do estudo devido a esses efeitos adversos. Eventos adversos graves ocorreram em 3,6% dos pacientes tratados com apremilaste e 3,2% dos que receberam placebo. Não foi descrito nenhum caso de tuberculose, linfoma ou infecção oportunista nem aumento do risco cardiovascular.

O FDA aprovou recentemente o apremilaste para tratamento da artrite psoriásica. Um estudo controlado de 24 semanas, fase 3, randomizado e controlado por placebo (PALACE 1) avaliou a eficácia de longo prazo do apremlaste31 para tratamento da artrite psoriásica em 504 pacientes. Na semana 16, os critérios de resposta modificados do

American College of Rheumatology (ACR20) evidenciaram melhora significativa entre os pacientes tratados com apremilaste em comparação com placebo. O ACR20 foi atingido por 31% e 40% dos pacientes que receberam 20 mg 2x/dia ou 30 mg 2x/dia, respectivamente, contra 19% no grupo placebo (p<0,001).

Ambos os grupos tratados com apremilaste também apresentaram melhoras significativas da função física e das métricas de psoríase em comparação com placebo, embora as doses de 30 mg duas vezes por dia tenham proporcionado taxas de resposta mais elevadas. Assim como em outros estudos, os eventos adversos mais frequentes foram gastrintestinais e geralmente ocorreram no início no tratamento, foram autolimitados e raramente exigiram interrupção da droga. Não foram observadas diferenças significativas em eventos adversos cardíacos graves, infecções graves ou oportunistas, malignidade ou anomalias laboratoriais.

O apremilaste mostrou perfil de segurança aceitável e foi geralmente bem tolerado. O tofacitinib é um inibidor oral de Janus quinase (JAK) que vem sendo investigado como possível tratamento para psoríase em placa e artrite psoriásica. Em um estudo de fase 2b com 12 semanas de duração, 197 pacientes foram randomizados para tratamento com tofacitinib 2, 5 ou 15 mg ou placebo duas vezes por dia.32 O escore PASI, da área de superfície corporal e da gravidade das placas tratadas (TPSS, target plaque severity score) foram medidos. Na semana 12, as melhoras médias dos valores de PASI e da área de superfície corporal foram significativamente maiores com tofacitinib que com placebo. A melhora do TPSS com tofacitinib 2, 5 ou 15 mg foi melhor que com placebo, com

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O apremilaste é um agente sistêmico oral inibidor da fosfodiesterase 4 (PDE-4), que vem sendo investigado para tratamento da psoríase moderada a grave. O FDA aprovou o apremilaste para tratamento de artrite psoriásica. O apremilaste mostrou perfil de segurança aceitável e foi geralmente bem tolerado. O tofacitinib é um inibidor oral de Janus quinase (JAK) que vem sendo investigado para psoríase em placa e artrite psoriásica. O tratamento de curto prazo com tofacitinib produziu melhora clínica em pacientes com psoríase em placas moderada a grave.

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diferença estatisticamente significativa, tanto em áreas que responderam como nas que geralmente não respondem.

Outra análise do mesmo estudo33 mostrou que, na semana 12, as taxas de resposta PASI 75 foram significativamente mais elevadas em todos os grupos de tofacitinib: 25% (2 mg, p <0,001), 40,8% (5 mg, p < 0,0001) e 66,7% (15 mg, p<0,0001) em comparação com placebo (2,0%). Alguns dos EAs observados mais frequentemente foram aumentos dose-dependentes em relação ao início da lipoproteína de alta densidade, lipoproteína de baixa densidade e colesterol total e diminuição da hemoglobina e das contagens de neutrófilos. Esses resultados mostram que o tratamento de curto prazo com tofacitinib oral proporciona melhora clínica em pacientes com psoríase em placas moderada a grave.

Agentes biológicosOs Drs. Gottlieb e Lebwohl conduziram a discussão sobre novos agentes biológicos.

O certolizumab (CZP) é um fragmento Fab’ peguilhado de um inibidor de um anticorpo monoclonal humanizado inibidor de TNF. Um estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo avaliou a eficácia e a segurança do certolizumabe em 176 pacientes com psoríase moderada a grave.34 Os pacientes foram trados com 200 mg, 400 mg ou placebo em semanas alternadas. Após 12 semanas, o PASI 75 foi obtido em 75%, 83% e 7% dos pacientes nos grupos que receberam 200 mg, 400 mg e placebo, respectivamente (P<0,001 para ambos os grupos de tratamento em comparação com placebo).

Um estudo de extensão de retratamento foi realizado com 71 pacientes que apresentaram resposta PASI 75 e sofreram recorrência em 12 a 24 semanas na ausência de tratamento. Os escores PASI medianos foram semelhantes na semana 12 tanto no período de tratamento como no de retratamento. Houve eventos adversos sérios em 3%, 5% e 2% dos pacientes que receberam 200 mg, 400 mg e placebo, respectivamente.

Um estudo de fase 3 que ainda está sendo realizado em pacientes com artrite psoriásica (APs) vem avaliando a eficácia e a segurança do CZP após 24 semanas.35 Ao todo, 409 pacientes receberam placebo, 200 mg a cada 2 semanas ou 400 mg a cada 4 semanas. Na semana 12, a incidência de resposta ACR20 foi significativamente

maior com 200 mg ou 400 mg que com placebo (58,0% e 51,9% contra 24,3% [p<0,001]). Observou-se também melhora sustentada na pele psoriásica, entesite, dactilite e envolvimento ungueal. A resposta ACR20 associada à CZP foi independente da exposição anterior a inibidores de TNF. O perfil de segurança do certolizumabe não apresentou modificações. Os autores concluíram que o certolizumabe proporcionou rápida melhora dos sinais e sintomas da APs, incluindo nas articulações, pele, entesite, dactilite e acometimento ungueal.

O secukinumab é um anticorpo monoclonal contra IL-17A. Um ensaio clínico randomizado e controlado com placebo avaliou a eficácia e a segurança do secukinumab contra psoríase moderada a grave.36 Após 12 semanas de tratamento, o secukinumab 3×150 mg e 3×75 mg nas semanas 0, 4 e 8 proporcionou taxas de resposta PASI 75 significativamente maiores que o placebo (82% e 57% contra 9%; P< 0,001 e P=0,002, respectivamente). Na semana 12, a incidência de resposta PASI 90 foi significativamente maior no grupo 3x 150 mg que com placebo (52% vs. 5%). O secukinumab foi bem tolerado. A coorte 3x150 mg apresentou dois casos de neutropenia. Outros estudos do secukinumab mostraram a mesma eficácia elevada. O estudo ERASURE mostrou que o secukinumab melhora rapidamente a psoríase em placas e mantém eficácia elevada por até 52 semanas. Na semana 12, as taxas de resposta PASI 74 foram de 72% no grupo secukinumab 150 mg e 82% no grupo 030 mg. As taxas de resposta PASI 90 foram 39% e 59% nos grupos tratados com secukinumab 150 mg e 300 mg, respectivamente, e 1% no grupo placebo (P< 0,01). Não houve achados de segurança novos ou inesperados com o secukinumab.

O ixekizumab é um anticorpo monoclonal humanizado anti-interleucina 17 que foi testado como tratamento

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Cinco novos agentes biológicos em estudo foram discutidos na reunião da AAD: certolizumab, secukinumab, ixekizumab, brodalumab e tildraki-zumab. O certolizumab também vem sendo investigado para tratamento de artrite psoriásica.

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para psoríase. Em um estudo de fase 2, duplo cego e controlado por placebo,37 142 pacientes com psoríase em placa crônica moderada a grave receberam 10, 25, 75 ou 150 mg de ixekizumab ou placebo após 0, 2, 4, 8, 12 e 16 semanas. Após 12 semanas, a porcentagem de pacientes que atingiram PASI 75 foi significativamente maior com ixekizumab (exceto na dose mínima de 10 mg) — atingindo 82,1% (150 mg), 82,8% (75 mg) e 76,7% (25 mg) — que com placebo (7,7%, P<0,001). A porcentagem de pacientes que atingiram PASI 90 em cada grupo foi 71,4% (150 mg), 58,6% (75 mg) e 50,0% (25 mg), contra 0% com placebo (P<0,001). Da mesma forma, o PASI 100 foi atingido em um número significativamente maior de pacientes nos grupos 150 mg (39,3%) e 75 mg (37,9%) que no grupo placebo (0%) (p<0,001). As diferenças clínicas começaram a partir de uma semana e se mantiveram durante 20 semanas. A incidência de eventos adversos foi semelhante em ambos os grupos. Nenhum evento adverso sério ou evento cardiovascular grave foi observado.

O brodalumab é um anticorpo monoclonal humano contra o receptor de interleucina 17. Um estudo randomizado e controlado por placebo avaliou a eficácia do brodalumab no tratamento de psoríase moderada a grave.38 Ao todo, 198 pacientes receberam brodalumab (70 mg, 140 mg ou 210 mg no dia 1 e nas semanas 1, 2, 4, 6, 8 e 10 ou 280 mg por mês) ou placebo. Na semana 12, as incidências de respostas PASI 75 e 90 foram 77% e 72%, respectivamente, dos pacientes do grupo tratado com brodalumab 140 mg e 82% e 75%, respectivamente, dos pacientes do grupo 210 mg, contra 0% no grupo placebo (P<0,001 para todas as comparações). Dois casos de neutropenia grau 3 foram descritos no grupo tratado com brodalumab 210 mg. Outros estudos como o OLE II também mostraram resultados semelhantes de eficácia e segurança do brodalumab.

A IL-17 e a IL-23 desempenham papéis fundamentais na defesa da pele do hospedeiro contra Candida albicans. Sabe-se também que erros inatos da IL-17 humana estão relacionados ao desenvolvimento de candidíase mucocutânea. Deve-se notar que são necessários estudos de longo prazo e mais pacientes-ano de exposição para determinar com mais precisão se esses agentes são seguros.

O tildrakizumab é um anticorpo monoclonal anti-IL-23p19. Um estudo controlado de fase 2b randomizado e controlado por placebo para avaliar sua eficácia contra psoríase mostrou melhora clínica significativa após 16

semanas. A resposta PASI 75 foi obtida em 76,2%, 67,1%, 65,5%, 35% e 4,9 % dos grupos 200 mg, 100 mg, 25 mg, 5 mg e placebo, respectivamente, e a resposta PASI 90 foi alcançada em 51,2%, 38,2%, 24,4%, 11,9% e 2,2% dos grupos tratados com 200 mg, 100 mg, 25 mg, 5 mg e placebo, respectivamente (P≤0,001). Não houve aumento dose-dependente dos eventos adversos nos grupos de tratamento. Nas primeiras 16 semanas de tratamento, foram descritos quatro eventos adversos sérios: artrite bacteriana (possivelmente relacionada) com tildrakizumab 25 mg, óbito (provavelmente não relacionado) com 100 mg, cisto ovariano (provavelmente não relacionado) com 200 mg e linfedema (possivelmente relacionado) com 200 mg. Novos estudos são necessários para caracterizar bem o perfil de segurança desse novo medicamento.

Como muitas patentes de agentes biológicos estão perto do fim, os biossimilares também foram discutidos. A experiência indiana foi apresentada, com ênfase no caso do rituximabe e na introdução do rituximabe genérico em 2007, que era três vezes mais barato que o medicamento original. Após sua introdução, o número de pacientes tratados sextuplicou. A eficácia e a segurança dos biossimilares ainda é um tema relevante e provavelmente terá que ser abordado caso a caso.

Apresentações clínicasO Dr. Andrew Blauvelt, conselheiro do IPC e médico do Oregon Medical Research Center (Portland, EUA) discutiu as apresentações clínicas e o uso de agentes biológicos para indicações não aprovadas. Embora a psoríase seja uma doença clinicamente heterogênea, os estudos clínicos geralmente são realizados no subtipo mais comum da doença, que é a psoríase em placa. Existem várias formas clínicas menos comuns de psoríase para as quais existem poucos ou nenhum estudo clínico controlado e randomizado, tais como psoríase eritrodérmica, palmoplantar, pustulosa, entre outras. Entretanto, o Dr. Andrew Blauvelt apresentou alguns relatos de caso que indicam que o ustekinumab pode ser uma opção terapêutica nesses casos:

• Na psoríase eritrodérmica, vários relatos de caso mostraram que o ustekinumab pode ser usado eficazmente para tratar psoríase eritrodérmica ou suberitrodérmica refratária a inibidores de TNF-α.

RELATÓRIO DA 72ª REUNIÃO ANUAL DA AMERICAN ACADEMY OF DERMATOLOGY

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• Psoríase palmoplantar: Em um ensaio clínico aberto e iniciado pelo investigador do tratamento da psoríase palmoplantar, 20 pacientes receberam ustekinumab em doses padrão.39 Depois de 16 semanas de tratamento, 35% deles obtiveram remissão clínica, que ocorrem em 67% dos pacientes que receberam ustekinumab 90 mg e apenas 9% dos tratados com 45 mg (p=0,02).

• Psoríase pustulosa palmoplantar (PPP): Um relato de caso de 2011 apresentou dois casos de PPP refratária em que o tratamento com ustekinumab foi eficaz, apesar de esta indicação não ter sido aprovada. Deve-se considerar o fato de que outros relatos e a experiência pessoal mostraram resultados diferentes nesta variante específica de psoríase após o tratamento com ustekinumab.

• Psoríase associada a antagonistas de TNF-α: O tratamento com inibidores de TNF-α foi associado à iniciação e exacerbação de psoríase. Embora essa associação seja incomum, um relato de caso mostrou que o ustekinumab pode ser usado eficazmente para tratar esta complicação rara.40

Grupos especiaisPsoríase pediátricaA Drª. Kelly M. Cordoro do departamento de dermatologia da Universidade da Califórnia em San Francisco discutiu a psoríase pediátrica.

Em 2013, foi realizado um estudo multicêntrico transversal em todos os EUA de 181 crianças com 5 a 17 anos de idade para determinar a prevalência de acometimento do escalpo ou ungueal e histórico de psoríase gutata.41 Dos 181 participantes, 143 (79,0%) descreveram história de envolvimento do escalpo e 71 (39,2%) de acometimento ungueal. O acometimento do escalpo ou ungueal não apresentava relação com a gravidade da psoríase. Crianças com psoríase grave (35,9%) apresentaram história de lesões gutatas com mais frequência que aquelas com psoríase moderada (21,8%) (p=0,02). A história de infecção estreptocócica foi mais comum em crianças com psoríase gutata que em casos que começaram com psoríase em placas (p=0,02), mas não houve correlação com a gravidade. Com base nesses resultados, o estudo concluiu que o monitoramento e o tratamento devem ser mais agressivos na psoríase gutata em razão da associação com formas mais graves da doença.

Um estudo multicêntrico transversal de 409 crianças com psoríase foi realizado para avaliar a relação entre o excesso de gordura e a adiposidade central com a gravidade da psoríase pediátrica.42 O excesso de gordura (índice de massa corporal acima do 85º percentil) foi observado em 37,9% das crianças com psoríase e 20,5% dos controles, mas não apresentou variação em função da gravidade da doença. Em geral, a razão de chances (IC 95%) da obesidade no momento da apresentação (índice de massa corporal ≥95º percentil) foi de 4,29 (1,96 a 9,39). A relação cintura/altura foi significativamente maior no grupo com psoríase (0,48) que no grupo controle (0,46), mas não apresentou variação em função da gravidade da psoríase. As crianças sem história de psoríase grave cuja doença era branda no momento em que entraram no estudo não apresentaram adiposidade significativamente diferente da de crianças com psoríase grave no momento da entrada e cuja doença permaneceu grave. Em geral, independentemente da gravidade da doença, crianças com psoríase tendem a apresentar excesso de gordura e aumento da adiposidade central.

Psoríase na gravidezA Drª. Jenny Murase do Palo Alto Foundation Medical Group da Universidade da Califórnia em San Francisco apresentou dados sobre psoríase e gravidez. O tratamento da psoríase em mulheres grávidas pode ser difícil, pois vários dos medicamentos utilizados podem ser teratogênicos ou abortivos. Embora a exposição a corticoides tópicos durante a gravidez não esteja associada a fendas

RELATÓRIO DA 72ª REUNIÃO ANUAL DA AMERICAN ACADEMY OF DERMATOLOGY

Existem várias formas clínicas menos comuns de psoríase para as quais existem poucos ou nenhum estudo clínico controlado e randomizado, tais como psoríase eritrodérmica, palmoplantar, pustulosa, entre outras. Entretanto, alguns relatos de caso mostram que o ustekinumab pode ser uma opção terapêutica eficaz nesses casos.

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orofaciais, peso baixo ao nascer, parto prematuro, morte fetal ou escore de Apgar baixo, observou-se associação com amento do risco de baixo peso ao nascer quando a quantidade de corticoides potentes ou muito potentes superou 300 g.43

A fototerapia é considerada segura em mulheres gráficas quando o UVB de banda estreita é utilizado. A PUVAterapia pode diminuir os níveis de ácido fólico, mas não há relatos de que o PUVA ou o UVB podem aumentar o risco de defeitos do tubo neural. O oxsoraleno é mutagênico e, portanto, não deve ser usado em mulheres grávidas. A ciclosporina é classificada como categoria C no formulário de medicamentos do FDA. Não foi descrito aumento da incidência de malformações, mas existem preocupações sobre a possibilidade de redução do crescimento associada à ciclosporina.

Os dados sobre uso de agentes biológicos na gravidez ainda são controversos. O uso de inibidores de TNF pode estar associado a um aumento do risco de aborto espontâneo. Os agentes biológicos são comumente interrompidos durante a gravidez, pois até 60% das pacientes com psoríase apresentam melhora espontânea. Alguns registros de gravidez incentivam a inscrição de pacientes que engravidarem enquanto estavam usando agentes biológicos ou em 8 semanas após o tratamento. Os telefones desses registros são 877-311-8972 para adalimumab, 888-522-5581 para ciclosporina, 877-311-8972 para etanercept e 800-457-6399 para infliximab.

ComorbidadesO Dr. Jashin J. Wu, Conselheiro do IPC e médico da Kaiser Permanente, Los Angeles Medical Center, discutiu as comorbidades na psoríase.

Cada vez mais evidências indicam que a psoríase está associada a um aumento do risco cardiovascular, e alguns estudos indicam que o tratamento sistêmico da psoríase pode ajudar a controlar comorbidades cardiovasculares. Um desses estudos foi conduzido pelo Dr. Wu e mostrou uma associação entre antagonistas de TNF-α e redução do risco de infarto do miocário (IM) em pacientes com psoríase.Mesmo assim, Dr. Jason Wu não recomenda o uso de inibidores de TNF especificamente para reduzir o risco de IM, pois ainda não há evidências suficientes para recomendar tratamentos contra psoríase com base apenas no impacto cardiovascular.

Para fins de acompanhamento, a National Psoriasis Foundation dos EUA recomenda medir a pressão arterial, frequência cardíaca e índice de massa corporal a cada 2 anos, dosar glicemia de jejum e lipídios a cada 5 anos ou a cada 2 anos em pacientes com outros fatores de risco, além de exame das articulações a cada consulta.44 ■

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39. Au SC, Goldminz AM, Kim N, et al. Investigator-initiated, open-label trial of ustekinumab for the treatment of moderate-to-severe palmoplantar psoriasis. J Dermatolog Treat. Jun 2013;24(3):179-187.

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RELATÓRIO DA 72ª REUNIÃO ANUAL DA AMERICAN ACADEMY OF DERMATOLOGY

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RELATÓRIO DO CONGRESSO DA RADLA EM 2014, EM SANTIAGO DO CHILE

Destaques da XXXIIª Reunión Anual de Dermatólogos Latinamericanos (RADLA)

Entrevista com a Drª. Claudia de la CruzA Drª. Claudia de la Cruz é diretora da Clínica Dermacross, em Santiago do Chile. Com sua ampla experiência em psoríase como educadora e médica, ela participou do comitê científico de 2014 da RADLA.

O que é a RADLA?

A Reunión Anual de Dermatólogos Latinamericanos (RADLA) é realizada anualmente na América Latina e atrai representantes de todos os países da região. Neste ano, realizamos nossa 32ª reunião anual com 2500 dermatologistas de 30 países e 1400 representantes da indústria. A RADLA cria oportunidades para que várias sociedades de dermatologia compartilhem conhecimentos e informações.

Uma das principais metas dos fundadores da RADLA era a educação. Eles achavam que a educação era importante tanto para que médicos residentes aprendessem com especialistas de outros países e de seu país para que compreendessem as diferentes maneiras de abordar problemas. Por isso, muitos jovens vêm ao congresso, que inclui uma seção especial para jovens dermatologistas apresentaram suas pesquisas. Os estudantes e residentes que apresentam pesquisas são premiados.

Qual a importância da psoríase na reunião anual?

Por muitos anos, a psoríase é considerada subtratada. Era considerada uma doença apenas estética. Acreditava-se que era possível esconder as placas e que elas não afetavam a saúde geral do paciente. Nos últimos 15 anos, houve uma grande mudança na maneira como médicos, educadores e pesquisadores compreendem e tratam a psoríase. Na conferência deste ano, a psoríase ganhou destaque em pelo menos uma sessão por dia. Isso indica que vem havendo muito mais interesse na doença entre os dermatologistas e ajuda os participantes a verem o quanto a doença passou a ser percebida de forma diferente. Hoje sabemos que a psoríase é uma doença sistêmica.

Qual o papel da RADLA em influenciar aquilo que os dermatologistas pensam sobre a psoríase?

A América Latina possui uma grande população, cuja composição genética é distinta. Para tratar melhor a psoríase, é preciso conhecer esse componente genético. Na RADLA, dermatologistas de toda a América Latina puderam discutir este aspecto da doença e compartilhar suas experiências. Mas ainda há muito a fazer. Presumimos, por exemplo, que a psoríase é tão prevalente na América Latina como no resto do mundo, mas não sabemos ao certo. Na RADLA, teremos a oportunidade de discutir essas questões regionais e encontrar uma maneira de enfrentá-las juntos.

A reunião deste ano foi em Santiago, no Chile. Como presidente do Grupo de Psoríase da SOCHIDERM, que efeito você diria que ele teve na pesquisa, educação e tratamento da psoríase em seu país?

Precisamos que mais dermatologistas latino-americanos se dediquem a pesquisas e publicações em psoríase. Durante a RADLA, os dermatologistas puderam saber mais sobre pesquisas recentes em psoríase e diversas moléculas pequenas novas começaram a ser investigadas para tratamento da doença. Esperamos que a reunião no Chile incentive a participação no tratamento de pacientes portadores de psoríase.

Quais foram os destaques nas sessões sobre psoríase apresentadas na RADLA?

A descoberta de diversas novas moléculas em pesquisas sobre psoríase foi amplamente discutida. Agora temos um arsenal terapêutico muito maior, principalmente para pacientes com psoríase moderada a grave. Por exemplo, em uma sessão de discussão sobre o agente biológico secukinumab, o Dr. Richard Langley apresentou suas pesquisas, que vêm fazendo grandes avanços. No passado, esperávamos respostas PASI 75 no Psoriasis Area Severity Index, as hoje queremos respostas melhores ainda e que os pacientes fiquem com a pele limpa. Esse medicamento é promissor. É interessante notar como ele limpa a pele rapidamente e provoca poucos eventos adversos. Esperamos que ele seja lançado no ano que vem. É

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RELATÓRIO DO CONGRESSO DA RADLA EM 2014, EM SANTIAGO DO CHILE

estimulante ver os resultados de outros tratamentos ainda em desenvolvimento, como o tofacitinib e o ixekizumab. Espero que essas novas opções e que as informações apresentadas em nossa conferência incentivem os dermatologistas latino-americanos a receitarem mais tratamentos sistêmicos para a doença, pois atualmente a maioria dos nossos pacientes é subtratada. Muitos ainda estão recebendo apenas tratamento tópico, mesmo quando a doença é grave.

Fale mais sobre a questão do acesso a tratamentos mais avançados.

Na maioria da América Latina, os pacientes com psoríase têm acesso a quase todos os tratamentos disponíveis. No Chile, o sistema público de saúde oferece apenas metotrexato para psoríase moderada a grave e alguns hospitais públicos oferecem fototerapia, mas os pacientes não têm acesso a agentes biológicos. O Grupo Chileno de Psoríase vem trabalhando junto ao ministério da saúde do país e o Grupo de Pacientes com Psoríase para disponibilizar todas as opções de tratamento. Esperamos que eles sejam aprovados mais tarde neste ano.

Este é a terceira vez que o Conselho Internacional de Psoríase participa de uma reunião da RADLA. Por que a participação do IPC é importante?

A RADLA é a principal conferência latino-americana, e a participação do IPC vem contribuindo para que a nossa comunidade conheça o trabalho do IPC. Participar dessa conferência é essencial parasse tornar bem conhecido e conseguir trabalhar na região.

Quais foram alguns dos principais destaques do programa Encontro com Especialistas do IPC, que você presidiu em conjunto com o Dr. Alan Menter, Presidente e fundador do IPC?

O Dr. Alan Menter compartilhou conosco um estudo de caso de psoríase e doença de Hodgkin. Para nós, a experiência de aprender com ele foi muito valiosa. Ele apresentou um caso difícil e discutiu nossos casos e o trabalho que fazemos. O programa Encontro com Especialistas do IPC também nos ajuda a compartilhar casso de vários países latino-americanos e discutir métodos de tratamento com base no acesso a determinados tratamentos em outros países. É importante que o IPC tenha membros da América Latina para que possamos compartilhar ideias e incluir a experiência de nossa região no debate mundial sobre psoríase. ■

Pesquisador chileno faz apresentação na AAD

No congresso anual da American Academy of Dermatology (AAD) realizado em março, o dermatologista chileno Fernando Valenzuela apresentou os resultados de um estudo que realizou com colaboradores, intitulado, “Comparação do tofacitinib com etanercept ou placebo em psoríase crônica em placas moderada a grave: estudo randomizado de fase 3.”

Foi um momento de orgulho para os dermatologistas pesquisadores chilenos, que vêm participando de vários projetos de pesquisa e estudando diversas drogas dermatológicas como o tofacitinib, destacou a Conselheira do IPC Drª. Claudia de la Cruz. “É incomum um dermatologista chileno compartilhar resultados de suas pesquisas em grandes congressos como o da AAD. Tivemos imenso prazer em ver o Dr. Valenzuela representar nosso país como pesquisador de primeira linha em um congresso tão importante.”

A Drª. Claudia De la Cruz espera que a apresentação de Fernando Valenzuela’ na AAD incentive mais pesquisadores chilenos a participar de pesquisas em psoríase. ■

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NOTÍCIAS DO IPC

A DIREÇÃO DO IPCEm janeiro de 2014, a direção do IPC sofreu várias importantes mudanças. Além de receber o novo presidente, o Dr. Chris Griffiths, o IPC também contratou um novo CEO, Steve O’Dell, cujo perfil é apresentado a seguir. A entrevista com Chris Griffiths começa na página 24.

Steve O’Dell assume diretoria do IPCSteve O’Dell, que tem 24 anos de experiência dirigindo empresas e entidades sem fins lucrativos no setor de saúde, juntou-se ao IPC em janeiro como diretor.

Como diretor do IPC, Steve O’Dell será responsável por expandir a programação da organização e aumentar o apoio financeiro para

suas atividades de pesquisa e educacionais. Ele também procurará expandir a influência do IPC em dermatologia por meio de parcerias com organizações científicas, representantes da indústria e de universidades, indústria de saúde e outras organizações públicas e privadas.

“O IPC comemorará seu aniversário de 10 anos em 2014. Estou muito entusiasmado com essa oportunidade de liderar essa organização incrível por mais 10 anos e além,” disse O’Dell. “Nos últimos meses, iniciamos uma jornada que terá como base a força de nossa organização. Estamos trabalhando para melhorar nosso planejamento estratégico, expandir nosso alinhamento com agentes apoiadores da indústria e compreender melhor as oportunidades de colaboração com outras organizações envolvidas com a psoríase e a artrite psoriásica.”

Como exemplo, O’Dell cita a parceria anunciada recentemente entre o IPC, a International Federation of Psoriasis Associations (IFPA) e a International League of Dermatological Societies (ILDS) para desenvolve um Atlas Global de Psoríase, um banco de dados de informações sobre a prevalência da psoríase no mundo e em cada país. A meta de longo prazo, explicou Steve O’Dell, é promover o entendimento da psoríase e seus efeitos sobre indivíduos e a sociedade.

“Este projeto, assim como vários outros que ainda serão anunciados, abordará problemas importantes e necessidades de todos, além de consolidar o IPC como a principal voz, organização profissional preferida para parcerias e fonte de liderança e orientação sobre todos os aspectos da pesquisa, educação e melhora do tratamento de pacientes com psoríase no mundo inteiro.”

Antes de juntar-se ao IPC, Steve O’Dell foi proprietário e presidente de uma empresa de home-care e recrutamento médico criada por ele em 2008. Antes disso, exerceu vários cargos de liderança na indústria biofarmacêutica em empresas como Genentech, Centocor (atual Janssen Biotech Inc.) e Parke-Davis Pharmaceuticals. Sua experiência inclui profundos conhecimentos de psoríase e imunologia.

Ele também tem ampla experiência como voluntário, incluindo cargos em conselhos e várias organizações sem fins lucrativos, tais como a Alzheimer’s Association, United Way, March of Dimes e American Heart Association.

“Com sua ampla experiência como alto executivo no setor de saúde, Steve O’Dell é o líder ideal para expandir a história de 10 anos de sucesso do IPC e guiar a organização para que possamos atingir novos patamares”, disse o Professor Christopher Griffiths, presidente do conselho do IPC. “Ele possui a combinação certa de conhecimentos, familiaridade com a indústria e capacidade gerencial para promover a visão do IPC de aperfeiçoar os conhecimentos científicos e levar o melhor tratamento a todos os pacientes que enfrentam a psoríase e suas comorbidades.” ■

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Venha comemorar tudo o que conquistamos e brindar por um futuro com muitos anos de sucesso.

Venha conhecer Chris Griffiths, o novo presidente do conselho do IPC, Steve O’Dell, nosso novo Diretor Executivo,

os conselheiros e amigos do IPC do mundo inteiro.

Sexta-feria, 10 de outubro de 20146:30 a 8:00 p.m.

Para mais informações, envie um email para [email protected]

Venha comemorar conosco o aniversário de 10 anos do IPC no congresso da EADV

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Seguindo em frente: Perguntas e respostas com o Prof. Christopher Griffiths, MD, Presidente do Conselho do IPC.

Em janeiro, o Prof. Chris Griffiths, um dos co-fundadores do Conselho Internacional de Psoríase, tornou-se o novo presidente do conselho da organização, substituindo o Prof. Peter van de Kerkhof, MD, PhD, que deixou a presidência após três anos.

Chris Griffiths dedicou sua carreira à pesquisa, educação e tratamento

da psoríase e exerce o cargo de Foundation Professor of Dermatology na Universidade of Manchester, no Reino Unido. Ele se formou em medicina pelo St. Thomas’ Hospital Medical School, da Universidade de Londres e se especializou em dermatologia no St Mary’s Hospital de Londres e na Universidade de Michigan.

Ele ajudou a desenvolver o modelo de “roda de carroça” de serviços de dermatologia na Grande Manchester e criou, junto com seu colega Dr. Robert Chalmers, o Manchester Psoriasis Service, uma clínica multidisciplinar par psoríase grave que recebeu o prêmio Hospital Doctor Dermatology Team of the Year em 2002. Em 2011, foi eleito Fellow da Academy of Medical Sciences e nomeado pesquisador sênior do National Institute for Health Research.

Neste ano, ele liderou uma iniciativa bem-sucedida junto ao Medical Research Council para criar o Psoriasis Stratification to Optimize Relevant Therapy (PSORT), um grupo estratificado de dermatologistas, cientistas, pessoas da indústria e pacientes com psoríase. O grupo investigará a melhor maneira de usar biomarcadores imunes para traçar planos de tratamento personalizados para pacientes com psoríase.

O Dr. Griffiths também serviu como presidente da British Association of Dermatologists, do European Dermatology Forum e da British Society for Investigative Dermatology, é membro do conselho executivo da International League of Dermatological Societies e editor-chefe do Rook’s Textbook of Dermatology.

Ele mora atualmente em Hale, South Manchester, com sua esposa Tamara, que também é dermatologista e com quem tem duas filhas: Caitlin, que acabou de entrar na faculdade de medicina do University College, de Londres; e Georgina, que

ainda é estudante. Nesta entrevista, Christopher Griffiths fala sobre o IPC, seu novo cargo como presidente do conselho, o que faz para relaxar e como encontra tempo livre.

Você ajudou a criar o IPC em 2004 e vem sendo um dos líderes da organização desde o início? O que motiva você a contribuir com tempo e conhecimentos para a organização?

Minha paixão e melhorar as vidas das pessoas com psoríase. Tenho certeza de que isso só é possível se conhecermos bem as causas da doença e usarmos esses conhecimentos para educar os profissionais de saúde.

Por que a psoríase?

A psoríase me interessa porque é uma doença comum e é a primeira doença que comecei a pesquisar quando ainda era residente em dermatologia em Londres. Uma das pessoas que mais me influenciou a estudar medicina (um clínico geral) sofria de psoríase. Acho que isso pode ter servido como um motivo subliminar.

Em sua opinião, qual o objetivo do IPC e qual seu papel como presidente do conselho?

O papel do IPC é promover a colaboração entre líderes de pesquisa em psoríase, educação e tratamento clínico para expandir nossos conhecimentos sobre a doença e minimizar seus impactos sobre as pessoas e a sociedade. Para mim, é um privilégio ter sido eleito para liderar o CIP. Espero poder promover essas metas nos próximos três anos.

Quais os principais desafios a serem enfrentados pelo IPC?

Talvez o maior desafio seja estabelecer a identidade de nossa marca, ou seja, definir o nosso foco. Os outros desafios são manter nossas fontes de receita, diminuir a dependência de verbas da indústria e expandir nossa influência pelo mundo.

Qual a sua visão para o IPC? O que você gostaria de realizar?

Em geral, quero que o IPC seja reconhecido como a principal organização para quem se interessa em pesquisa, educação e tratamento da psoríase e suas comorbidades. No primeiro ano, promoveremos nosso novo programa científico concluindo a primeira etapa de nosso projeto para criar um mapa genético da psoríase, começaremos o Projeto Atlas Global de Psoríase e expandiremos o alcance de nossas sessões de Encontro com Especialistas.

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Você tem alguma mensagem para os outros conselheiros do IPC?

Para mim, é uma honra liderar o IPC. Para ser bem-sucedida, a organização depende da dedicação dos conselheiros e membros do conselho, que contribuem com seu tempo para nossas metas de saber mais e cuidar melhor dos pacientes com psoríase.

Quais os seus hobbies e interesses? O que você mais gosta de fazer no seu tempo livre?

Passo meu (escasso) tempo livre explorando a bela região do estuário do Rio Mawddach em West Wales, praticando corridas de fundo, ciclismo e jardinagem. Viajo tanto em minhas atividades acadêmicas que, para mim, a melhor maneira de relaxar é em casa ou no País de Gales. ■

TRATAMENTO

Simpósio sobre biossimilares: O IPC inicia uma nova atividade!Para manter os dermatologistas informados sobre questões relacionadas a medicamentos biossimilares, o IPC patrocinará o primeiro de uma série de simpósios sobre biossimilares na reunião anual da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia (EADV) em Amsterdã.

O “IPC 2014 Crossfire Symposium: The Advent of Biosimilars” contará com a participação de especialistas da academia, representantes da indústria e de governos, que discutirão os aspectos mais importantes e controversos dos agentes biológicos genéricos, também conhecidos como biossimilares.

Um dos objetivos do simpósio é discutir o uso de biossimilares em dermatologia, destacar o potencial global dos agentes biológicos, abordar questões regulatórias, de segurança e imunogenicidade e analisar as aprovações de biossimilares pelo Food and Drug Administration dos EUA realizadas até agora.

O IPC pretende oferecer simpósios relacionados a biossimilares a partir de 2015.

O simpósio expandirá o programa de biossimilares do IPC, que conta com um grupo de trabalho de 12 membros, que se reuniu na 76ª Reunião Anual da American Academy

of Dermatology em Denver em março. Os membros concordaram em elaborar uma declaração de posição contendo informações práticas para dermatologistas sobre como os biossimilares podem afetar suas clínicas.

A discussão em grupo foi conduzida por Andy Blauvelt (Estados Unidos) e contou com a participação de Ricardo Romiti (Brasil), Lluís Puig (Espanha), Lone Skov (Dinamarca), Claus Zachariae (Dinamarca), Murlidar Rajagopalan (Índia), Jashin Wu (Estados Unidos) e Sergio Chimenti (Itália); Errol Prens (Países Baixos) e Helen Young (Reino Unido) participaram por telefone. ■

Grupo de Trabalho em Tratamentos TópicosO Grupo de Trabalho em Tratamentos Tópicos (Topical Therapy Working Group) também se reuniu no congresso anual da AAD. O grupo decidiu criar uma lista global de diretrizes sobre tratamentos tópicos e investigar as lacunas nos conhecimentos atuais nos conhecimentos relacionados a tratamentos tópicos. A reunião foi conduzida por Lars Iversen (Dinamarca) e contou com a participação dos Conselheiros do IPC Charles Lynde (Canadá), André Vicente Esteves de Carvalho (Brasil) e Linda Stein Gold (Estados Unidos); os conselheiros Brian Kirby (Irlanda), Elise Kleyn (Reino Unido) e Peter van de Kerkhof (Países Baixos) participaram por telefone. ■

EDUCAÇÃO

IPC oferece nova série de educação médica continuadaO IPC lançou uma nova série de educação médica continuada (EMC) de reuniões em jantares, criadas para educação continuada de profissionais de saúde sobre as últimas informações sobre comorbidades e novas opções de tratamento. A série, cujo título é Mudanças no Paradigma de Tratamento da Psoríase (“The Shifting Paradigm in Psoriasis Treatment”), destina-se a dermatologistas e outros profissionais de saúde que participam do tratamento de pacientes com psoríase. Já foram realizadas reuniões em Dallas, Boston, Nova York e St. Louis. Para obter mais informações sobre esta série, acesse www. psoriasiscouncil.org. Clique em “Educação” no lado esquerdo da página. Um vídeo da reunião em Nova York está disponível em www.psoriasiscme.tv. ■

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PARCERIA DE PESQUISA

Projeto do Atlas Global é lançadoA fim de documentar a prevalência global e as dificuldades impostas pela psoríase, o IPC juntou-se a duas outras organizações globais — a International Federation de Psoriasis Associations (IFPA) e a International League of Dermatological Societies (ILDS) — para realizar o Global Atlas Project. A iniciativa colherá dados de tantos países quanto possível para obter mais conhecimentos sobre a doença e seu impacto econômico. “Os dados obtidos por esse projeto serão usados para promover melhoras no tratamento, no acesso a assistência e para que a psoríase se torne uma realidade”, disse Lars Ettarp, Presidente da IPFA. O comunicado á imprensa sobre o projeto do atlas está disponível em www.psoriasiscouncil.org/news.htm. ■

CONSELHEIROS DO ICP

Nomeação de novos conselheirosDesde janeiro, o Conselho Diretor do IPC nomeou mais quatro conselheiros. Os conselheiros do IPC exercem cargos consultivos, onde contribuem com seus conhecimentos sobre pesquisa, tratamento e educação em psoríase para apoiar todos os programas, eventos e iniciativas do IPC. Eles contribuem com opiniões qualificadas sobre temas relacionados ao tratamento e pesquisa em psoríase, participam de mesas-redondas, enviam manuscritos para revistas científicas de primeira linha e fazem apresentações em congressos no mundo inteiro. Os novos conselheiros são:

April Armstrong, MDDenver, ColoradoA Drª. April Armstrong é vice-diretora de pesquisa clínica, professora adjunta de dermatologia, diretora de estudos clínicos e pesquisa de desfechos e do programa de psoríase do departamento de psoríase da Universidade do Colorado

em Denver. Ela se formou em medicina pela Harvard Medical School e possui mestrado em saúde pública pela Harvard School of Public Health. Antes de ingressar na CU Denver, a Drª. April Armstrong foi diretora da Unidade de Teledermatologia da Universidade da Califórnia em

Davis. Ela já escreveu mais de 130 artigos científicos, atuou como editora do Principles of Pharmacology e exerce cargos de liderança em vários grupos profissionais, como a American Telemedicine Association, o conselho médico da National Psoriasis Foundation e a American Academy of Dermatology. Pertence também aos conselhos editoriais do JAMA Dermatology, do Journal of the American Academy of Dermatology e Telemedicine e eHealth.

Claudia de la Cruz, MDSantiago, ChileA Drª. Claudia de la Cruz é diretora da Clínica Dermacross, em Santiago, Chile. Ela se formou em medicina e se especializou em dermatologia pela Universidade do Chile, foi professora adjunta da Universidade Católica do

Chile, ex-diretora e membro da Sociedade Chilena de Dermatologia. Atualmente, a Drª. Claudia de la Cruz também é coordenadora do Grupo Chileno de Psoríase, membro do Comitê de Psoríase do Ministério da Saúde do Chile e do GRAPPA (Group for Research and Assessment of Psoriasis and Psoriatic Arthritis). Ela participa ativamente de programas educativos sobre psoríase voltados para dermatologistas, escreve artigos na América Latina e é pesquisadora para várias empresas farmacêuticas.

Johann Gudjonsson, MD, PhDUniversidade de Michigan, Ann ArborO Dr. Johann Gudjonsson é formado pela Faculdade de Medicina da Universidade da Islândia e concluiu o internato e residência em dermatologia na Universidade de Michigan. Em 2008, O Dr. Johan Gudjonsson entrou para o corpo docente

do departamento de dermatologia da universidade. Atualmente, ele atende pacientes dermatológicos geral no Taubman Center da Universidade de Michigan e dirige o serviço de consultas ambulatoriais. Com base no treinamento em dermatologia investigativa que concluiu na Islândia, o Dr. Johan Gudjonsson vem realizando trabalhos em imunologia e genética da psoríase na universidade. Sua principal área de pesquisa é a pesquisa imunológica e genética básica em psoríase. Ele recebeu o prêmio de jovem investigador (Young Investigator

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Award) da American Academy of Dermatology em 2007 e seus trabalhos já foram premiados pela American Skin Association e pela Dermatology Foundation.

Nehal Mehta, MDBethesda, MarylandO Dr. Nehal Mehta cursou um programa biomédico acelerado de sete anos e se formou em medicina em 2001 pela George Washington University. Em seguida, completou mestrado em epidemiologia clínica (MSCE) com concentração em genética

humana pela Universidade da Pennsylvania em 2009 e residência médica em medicina interna no Hospital da Universidade da Pennsylvania. Em 2009, o Dr. Nehal Mehta entrou para o corpo docente da Faculdade de Medicina. Em 2012, tornou-se o primeiro Lasker Clinical Research Scholar do National Institute of Health e ingressou no setor cardiovascular e pulmonar do National Heart, Lung and Blood Institute. Dr. Nehal Mehta recebeu vários prêmios locais e nacionais, participa ativamente de várias organizações como a American Heart Association e a National Psoriasis Foundation, é editor da seção sobre translação cardiovascular, metabólica e de lipoproteínas do Journal of Translational Medicine e editor adjunto do BMC Cardiovascular Diseases e do American Journal of Cardiovascular Diseases. ■

OUTRAS NOTÍCIAS

A psoríase no mundoO IPC aprova a resolução promulgada em maio pela Assembleia Mundial de Saúde, que aumentará enormemente a conscientização global sobre psoríase e seus efeitos, que em muitos casos são devastadores. A assembleia, que é parte da Organização Mundial de Saúde, recomendou aos estados-membro da OMS que encontrem maneiras de instruir o público sobre a doença e ao Secretariado da OMS que publique um relatório global sobre psoríase, destacando pesquisas e descrevendo maneiras como os estados-membro podem incluir a psoríase em seus planos para tratar e combater doenças não transmissíveis Para mais informações, acesse www.psoriasiscouncil.org/who_resolution.htm. ■

NOTÍCIAS DO IPC

AGRADECIMENTOS

O IPC gostaria de agradecer aos coeditores Drª. Linda Stein Gold, do Henry Ford Health System em Detroit (Michigan, EUA) e o Prof. Michel Gilliet, da Universidade de Lausanne (Suíça) por suas contribuições para a edição de julho de 2014 da Revisão de Psoríase do IPC.

A Drª. Linda Stein Gold vem participando de conselhos consultivos e atuado como pesquisadora, consultora ou palestrante da Anacor Pharmaceuticals, Galderma Laboratories, Leo Pharma, Stiefel Laboratories, Taro

Pharmaceuticals, Topica Pharmaceuticals, Allergan Inc., Novartis Corporaton, Promius Pharma, Ranbaxy Pharmaceuticals e Ferndale Pharma Group.

O Professor Michel Gilliet é membro dos conselhos consultivos, pesquisador, palestrante e/ou recebeu verbas educativas da Amgen, AbbVie, Galderma, Leo Pharma, Janssen, Novartis, Roche, La Roche-Posay, GSK, Pfizer, Almirall, Meda Pharmaceuticals,

Avène, NSM Biomedical e Louis Widmer.

REVISÃO DE PSORÍASE DO IPC

CoeditoresDrª. Linda Stein GoldProfessor Michel Gilliet

AutoresPaul Tebbey, PhD, MBADario Kivelevitch, MDClaudia de la Cruz, MD

Equipe Editorial Mary L. Bellotti, editora Erika Fey, editorRene Choy, designer gráficoTina Rouhoff, designer assistente

Traduzido para o Português por Paulo Mendes

Revisado por Dr. Ricardo Romiti, Responsável pelo Ambulatório de Psoríase do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Brazil

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Saber mais | Cuidar melhorO Conselho Internacional de Psoríase é uma organização global dirigida por

dermatologistas e dedicada a inovação em todos os aspectos da psoríase através da educação, pesquisa e tratamento. Nossa visão é melhorar o conhecimento científi co e

levar o melhor tratamento possível a todos os pacientes com psoríase.

Escaneie este código para acessar a Revisão de Psoríase do IPC online

Não tem smartphone? Acesse www.psoriasiscouncil.org/psoriasisreview

RECURSOSO Conselho Internacional de Psoríase tem o prazer de oferecer as seguintes oportunidades educativas. Com elas você poderá ganhar mais conhecimentos sobre como tratar pacientes com psoríase.

PRÓXIMOS EVENTOS DO IPC

15 de agosto de 1014Encontro com especialistas do IPCVancouver, Canadá 68ª Reunião da Pacific Dermatologic Association

27 de setembro de 2014Encontro com especialistas do IPCMontevidéu, Uruguai 14º Congresso Uruguaio de Dermatologia

10 de outubro de 2014Encontro com especialistas do IPCAmsterdã, Países Baixos 23º Congresso da European Academy of Dermatology & Vebereology

11 de outubro de 2014IPC’s Crossfire Symposium: The Advent of VBiosimilarsAmsterdã, Países Baixos 23º Congresso da European Academy of Dermatology & Venereology

4 de dezembro de 2014Encontro com especialistas do IPCCancún, México 2º Congreso Latinoamericano de Psoriasis

11-13 de dezembro de 2014Psoríase: do gene à clínica 7º Congresso InternacionalLondres, Inglaterra

8-13 de junho de 201523º Congresso Mundial de DermatologiaVancouver, Canadá

8-12 de julho de 20154ª Conferência Mundial de Artrite e Artrite PsoriásicaEstocolmo, Suécia

MEMBROS CORPORATIVOS EM 2014

President’s CouncilAbbVieAmgenPfizer

Executive’s CouncilEli Lilly and CompanyJanssen Biotech Inc.

Director’s CouncilCelgene CorporationGaldermaNovartis Pharmaceuticals CorporationSandoz Biopharmaceuticals

Os membros corporativos oferecem verbas sem impor condições para apoiar a missão do IPC.