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DIA DO AVENTUREIRO DIVISÃO SUL-AMERICANA S A L E L U Z Jonatan Tejel Líder Mundial de Aventureiros - AG Texto Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. Mateus 5:13-16 O SERMÃO DO MONTE De todos os sermões, de todos os discursos feitos por Cristo ao longo de Sua caminhada na terra, o Sermão do Monte é, sem dúvida, um dos mais apaixonantes. Deveríamos lê-lo e relê-lo, estudá-lo e compreendê-lo, aplicá-lo e vivê-lo. Gostaria que hoje pudéssemos considerar juntos um pequeno resumo desse sermão que se encontra em Mateus 5:13-16. Jesus nos faz duas exortações para nos motivar cumprir o chamado para servi-Lo. SAZONAR A TERRA (5:13) No verso 13, Jesus nos diz que como discípulos desempenhamos um papel importante em nossa cultura. Ele inicia declarando: “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.Vejamos o significado da metáfora do sal. Os pesquisadores identificaram nada menos que onze funções diferentes para o sal no mundo antigo. O sal era tão valioso que os romanos, às vezes, pagavam seus soldados com sal. Se um soldado não cumpria com suas obrigações, diziam dele: “Não vale seu sal”. Assim sendo, podemos dizer com segurança que a metáfora do sal tem uma ideia geral de “valor”. Os discípulos, portanto, acrescentaram, ou pelo menos deveriam ter acrescentado, valor ao mundo. Consideremos as funções valiosas do sal que Jesus tinha em mente. O sal pode ser: conservante, antisséptico, catalisador de fogo, fertilizante, etc.

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Page 1: S A L E L U Z - cms.paulistasul.org.br · DIA DO AVENTUREIRO DIVISÃO SUL-AMERICANA S A L E L U Z Jonatan Tejel – Líder Mundial de Aventureiros - AG Texto Vós sois o sal da terra;

DIA DO AVENTUREIRO DIVISÃO SUL-AMERICANA

S A L E L U Z Jonatan Tejel – Líder Mundial de Aventureiros - AG

Texto

Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode

esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa

luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. Mateus 5:13-16

O SERMÃO DO MONTE De todos os sermões, de todos os discursos feitos por Cristo ao longo de Sua caminhada na terra, o Sermão do Monte é, sem dúvida, um dos mais apaixonantes. Deveríamos lê-lo e relê-lo, estudá-lo e compreendê-lo, aplicá-lo e vivê-lo. Gostaria que hoje pudéssemos considerar juntos um pequeno resumo desse sermão que se encontra em Mateus 5:13-16. Jesus nos faz duas exortações para nos motivar cumprir o chamado para servi-Lo. SAZONAR A TERRA (5:13) No verso 13, Jesus nos diz que como discípulos desempenhamos um papel importante em nossa cultura. Ele inicia declarando: “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.” Vejamos o significado da metáfora do sal. Os pesquisadores identificaram nada menos que onze funções diferentes para o sal no mundo antigo. O sal era tão valioso que os romanos, às vezes, pagavam seus soldados com sal. Se um soldado não cumpria com suas obrigações, diziam dele: “Não vale seu sal”. Assim sendo, podemos dizer com segurança que a metáfora do sal tem uma ideia geral de “valor”. Os discípulos, portanto, acrescentaram, ou pelo menos deveriam ter acrescentado, valor ao mundo. Consideremos as funções valiosas do sal que Jesus tinha em mente. O sal pode ser: • conservante, • antisséptico, • catalisador de fogo, • fertilizante, • etc.

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Poderíamos falar de todas essas funções do sal e extrair uma aplicação espiritual de cada uma, mas me parece que o uso mais provável do sal nesse contexto é a função de “condimento”. O que Jesus menciona nessa passagem é o sabor do sal. Ele dá sabor e melhora o gosto da comida. Se essa for a função do sal que Jesus tinha em mente, como podemos, Seus discípulos, ser salgados? Isso significa tentarmos, a cada dia, nos parecer mais com Cristo e viver Sua vida. Ao assim fazermos, ajudamos aos que nos rodeiam para que desenvolvam o gosto por Jesus. Um jovem vendedor estava decepcionado devido à perda de uma grande venda e, enquanto falava com seu gerente de venda, lamentou: “Suponho que isso demonstra que consigo levar um cavalo até a água, mas não consigo fazer com que ele a beba.” O gerente respondeu: “Filhos, siga meu conselho: seu trabalho não é fazer com que ele beba. Seu trabalho é fazer com que ele tenha sede.” Você está fazendo com que, mediante o exemplo de sua vida, seus amigos e companheiros estejam sedentos por conhecer mais a respeito de Jesus? Seu estilo de vida deve transpirar um sabor tal que provoque nos demais a fome e a sede pelo evangelho. A FUNÇÃO DO SAL NÃO É SER PROTAGONISTA… É TEMPERAR Algumas pessoas temperam os tomates, pepinos e grande quantidade de hortaliças com sal. Porém, nunca ouvi uma pessoa dizer: “Ostras, este sal é genial!”, mas já ouvi muita gente dizer: “Tomate ou pepino temperado com sal é delicioso!” Por quê? Porque o trabalho do sal não é o de levá-lo a pensar como ele é extraordinário, mas como o alimento fica gostoso quando ele é acrescentado. Temos de salpicar o sal por toda nossa sociedade. Fomos chamados para penetrar na sociedade. Como está seu bairro, cidade e escola? Supõe-se que você e eu somos o “sal da vida”. Temos de viver o que somos. Dar ao mundo um gosto e uma visão de quem é Cristo. Na última parte do verso 13, Jesus diz que o sal sem sabor “Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.” Um discípulo insípido não está cumprindo o propósito para o qual Jesus o chamou. Ainda, até mesmo se parecermos discípulos que dão sabor hoje, pode ser que amanhã deixemos um gosto ruim. É fundamental ser sal hoje, amanhã, depois de amanhã…. sempre. A igreja de nossos dias tem a tendência de alardear o tamanho de nossos saleiros (nossos edifícios) ou a enorme quantidade de sal que podemos pôr dentro deles (número de membros da igreja), em vez de cumprir nosso propósito e salgar (temperar) nossas comunidades com as boas novas de Jesus Cristo.

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ILUSTRAÇÃO

Providenciar, pelo menos, dois ou três saleiros de tamanhos diferentes. Seria interessante ter um saleiro grande para que se possa apreciar a grande quantidade de sal nele contido.

Mostrar que, embora haja muito sal no saleiro, a menos que seja tirado do recipiente, não terá qualquer proveito.

Enfatizar muito a importância de que cumprir a função de ser sal não é suficiente, ele deve temperar o mundo. O propósito do sal é sair do saleiro e atingir, estar e sazonar as pessoas. Devemos exercer impacto no mundo com a vida de Cristo.

ILUMINAR O MUNDO Consideremos agora a segunda parte desse lindo texto de Mateus 5:14-16: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Com frequência, as pessoas demonstram preocupação porque o mundo é escuro. Isso porque o mundo não é a luz. O que mais um mundo pecaminoso poderia ser se não escuro? O mundo está perdido e sem rumo, porque o mundo não é a luz. Não devemos seguir o que o mundo diz, pois o mundo não é a luz. Jesus é a luz e nosso dever é refleti-Lo. Como discípulo de Jesus Cristo, não é suficiente manter uma santidade particular e pessoal, devemos ter exposição pública, devemos mostrar nossa luz. “NÃO SE PODE ESCONDER A CIDADE EDIFICADA SOBRE UM MONTE” Nos dias de Jesus, com frequência, as cidades eram estabelecidas sobre uma colina, por diversos motivos. Sobre a colina o ar era mais fresco. Nessa época e com o clima árido do Oriente Médio havia uma condicionante, não existia ar condicionado e assim para desfrutarem da brisa, as cidades tinham de ser construídas em lugares elevados. Mas, na verdade, o que Cristo busca enfatizar é a visibilidade na cidade, devido à sua posição elevada. A maioria das cidades, na época de Jesus, foi construída em sua maior parte com uma pedra calcária branca para refletir os raios brilhantes do Sol, o que permitia sua visibilidade a quilômetros de distância. À noite também, o mármore branco refletia tanto a luz da lua como a das lâmpadas acesas e servia de rumo para os viajantes que se dirigiam à cidade. De igual forma, como discípulos, nossa luz deve facilitar às pessoas encontrarem seu caminho para Deus. Somos uma cidade assentada sobre um monte que deve estar elevado e facilmente visível. Devemos dar esperança e direção para os peregrinos cansados neste mundo perigoso e inútil. Dar ao mundo uma visão de quem é Cristo.

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“NEM SE ACENDE UMA CANDEIA PARA COLOCÁ-LA DEBAIXO DO ALQUEIRE, MAS NO VELADOR, E ALUMIA A TODOS OS QUE SE ENCONTRAM NA CASA.” Nos dias de Jesus, as casas eram iluminadas por meio de lamparinas de barro. Estas eram feitas com um agulheiro na parte superior para derramar o azeite, e um orifício na lateral para a mecha. Como a maioria dos lares judeus era de estruturas modestas, com apenas um cômodo, ao se colocar a lamparina sobre uma candeia o aposento todo era iluminado. Jesus contrasta o colocar a luz sobre a candeia com o cobri-la com uma cesta. Normalmente, não se acende a lâmpada para que, uma vez acesa, a ocultemos sob uma cesta, conforme disse Jesus. Isso seria insanidade. Pelo contrário, a lâmpada é acesa para iluminar a todos na casa. As lâmpadas eram essenciais para encontrar o caminho em áreas fechadas, durante à noite, e se fossem postas sob uma cesta, a chama se apagaria. Não obstante, muitos de nós apagamos nossa lâmpada quando estamos em nosso ambiente de trabalho, na escola ou na vizinhança e comunidade. Pensamos que temos de nos misturar na sociedade e passarmos desapercebidos, sem proporcionar um pouco de luz. Mas nessas duas parábolas Jesus nos diz para acendermos nossa luz e colocá-la em lugar visível. Jesus conclui essa passagem com uma poderosa declaração: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Esse verso é uma ordem, não sugestão. Jesus diz: “Já que você é luz, BRILHE”.Não estamos aqui para nos acostumarmos à escuridão, mas para bilhar como luzes. Devemos deixar que a luz de Cristo brilhe em nós e por nosso intermédio “diante dos homens”. Em outras palavras, trata-se de uma exposição pública da luz. ILUSTRAÇÃO Do lado de fora de minha casa, saindo pela porta da cozinha, há uma lâmpada presa à parede. Todas as noites, depois do jantar, levo o lixo para fora a fim de colocá-lo no devido recipiente para ser recolhido pelo serviço público. Assim que abro a porta da cozinha e saio, a luz se acende automaticamente, por ter um sensor de presença. Graças a essa luz, posso caminhar seguro até o recipiente onde o lixo é colocado. Porém, nos últimos dias, essa lâmpada não está funcionando porque está queimada. Devido à minha preguiça, deixei passar os dias sem trocar a lâmpada, e não é por falta de uma substituta, na verdade, tenho 10 ou 12 lâmpadas novas, mas não as uso. Eu tenho a lâmpada e o que devo fazer é usá-la. Tenho a Cristo, eu O conheço, leio a Seu respeito, mas não ponho em uso. Talvez essa história descreva sua vida espiritual. Você é a “luz do mundo”, mas não está iluminando o mundo. Sua vida não lança luz, apenas sombras. Jesus disse: “Deixe brilhar a sua luz.” para que aqueles que estão ao seu redor sabiam que você é discípulo dEle.

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APLICAÇÃO PARA SABER QUE TIPO DE LUZ VOCÊ É

Conseguir lanternas de vários tipos, da pequena à muito grande. A ilustração exercerá impacto suficiente com 4 ou 5 lanternas.

É muito importante que o ambiente onde ocorre a pregação possa ser escurecido totalmente, para que não se veja nenhuma luz, onde todos fiquem às escuras.

Avise as crianças antes de escurecer a sala para que não haja gritos ou sobressaltos.

Inicie acendendo a lanterna menor, para que sua luz seja apenas visível, devido ao seu tamanho. Aplicação: Embora sejamos luz, às vezes não brilhamos com intensidade, quase não dá para ver que somos luz. Esse não é o tipo de luz que Cristo deseja que sejamos.

Siga com o exercício, mostrando as diferentes lanternas e sua intensidade de luz, até chegar à última.

A última lanterna deve ser muito potente. Ao acendê-la, os presentes ficarão impactados com sua luz (o mesmo efeito da luz produzida por um farol). Esse é o tipo de luz que Cristo deseja que sejamos. Uma luz potente, um ponto de referência para o mundo, uma luz que assinala o caminho a ser seguido por aqueles que o buscam.

A luz que refletimos nada mais é que o reflexo de Cristo em nossa vida. CONCLUSÃO Lembre-se que você é o SAL que dá sabor na comunidade onde você vive, na sua escola, casa. Você é a LUZ que irradia a luz de Cristo na sua comunidade, na escola e em seu lar, até que Cristo venha.

MINISTÉRIO DE AVENTUREIROS – D.S.A.