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ANO XIV – N° 172 – JUNHO 2013 Integrante do Sistema CONTAG de Comunicação Órgão da Federação e dos Sindicatos dos Trabalhadores na Agricultura no RS 49 anos RUMO AOS FETAG-RS JORNAL DA FETAG-RS Cerca de 100 lideranças, representando as 23 regionais sindicais da Fetag, estiveram na 19ª edição do Grito da Terra Brasil, nos dias 21 e 22 de maio, em Brasília. Além de participar das ações, a delegação gaúcha tinha uma missão especial: reunir-s e com a direção do Contran para pedir a revogação da Resolução nº 429 que, a partir de 1º de junho, passa a exigir o emplacamento de todos tratores, tanto novos como usados. O encontro alcançou êxito, já que levou o Contran a publicar uma nota técnica informando que o emplacamento é obrigatório apenas para máquinas novas. O debate vai prosseguir e a Fetag continua atenta. Em relação ao Grito da Terra Brasil no Estado, as negociações da pauta estão sendo intensificadas. Durante a reunião com os coordenadores das regionais, no dia 1° de julho, na sede da Fetag, foi definido o mês de julho para a realização do GTB e a data logo após o lançamento estadual do Plano Safra, previsto para ocorrer entre os dias 18 a 20 de julho. Leia na página central as opiniões de várias lideranças gaúchas que estiveram no GTB em Brasília. O Departamento de Política Agrícola da Fetag iniciou no dia 2 de julho – Regionais Camaquã e Litoral – a apresentação e o detalhamento, para todas as regionais, do Plano Safra 2013/2014 e seguro de benfeitoria com orientações e práticas de operacionalização do crédito rural visando a implantação de culturas de verão e operações de investimento agropecuário. O cronograma ficou assim estabelecido: Dia 02/07 – Litoral (STR Terra de Areia); Dia 02/07 – Fetag; Dia 03/07 – Sinos Serra (STR de Taquara); Dia 03/07 – Vale do Caí (S.Sebastião do Caí); Dia 04/07 – Fronteira (STR S.do Livramento); Dia 05/07 – Sul (STR Pelotas); Dia 09/07 – Serra e Campos de Cima da Serra (STR Veranópolis) Dia 09/07 – Centro Serra e Vale do Rio Pardo e Baixo Jacuí (STR S. Cruz do Sul); Dia 10/07 – Passo Fundo, Campos de Cima da Serra, A.Uruguai e A.Jacuí (STR P. Fundo); Dia 10/07 – Regionais Santa Maria e Quarta Colonia (STR Santa Maria) Dia 11/07 – Três Passos e Médio Alto Uruguai (Câm. Vereadores de Palmitinho) Dia 11/07 – Vale do Taquari e Serra do Alto Taquari (Sindicato da Alim. de Encantado); Dia 12/07 – Missões I, Missões II, Santa Rosa e Ijuí (Mitra Ângelo Politana em S. Ângelo) As reuniões ocorrerão às 9h com exceção de Veranópolis e Fronteira que iniciarão às 13h30min. O plano nas regionais Depois do Grito em Brasília, agora é a vez de Porto Alegre! Plano Safra: medidas insuficientes Página 4 Notícias das Regionais Páginas 5 e 9 Tratoristas e capatazes são trabalhadores rurais Página 10 Educação do campo no RS Página 12 Ainda nesta edição: Delegação gaúcha em Brasília Fetag: audiência com Antônio Portella, presidente do Denatran

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Page 1: RUMO AOS FETFET JORAANG-RSAG-RSL DA · julho, disse o presidente da entidade, Elton Weber. Quanto ao fechamento da pauta do Grito da Terra com o governo do Estado, ele explicou que

ANO XIV – N° 172 – JUNHO 2013

Integrante do Sistema CONTAG de ComunicaçãoÓrgão da Federação e dos Sindicatos dos Trabalhadores na Agricultura no RS49 anos

RUMO AOS

FETAG-RSJORNAL DA

FETAG-RS

Cerca de 100 lideranças, representando as 23 regionais sindicais da Fetag, estiveram na 19ª edição do Grito da Terra Brasil, nos dias 21 e 22 de maio, em Brasília. Além de participar das ações, a delegação gaúcha tinha uma missão especial: reunir-s e com a direção do Contran para pedir a revogação da Resolução nº 429 que, a partir de 1º de junho, passa a exigir o emplacamento de todos tratores, tanto novos como usados. O encontro alcançou êxito, já que levou o Contran a publicar uma nota técnica informando que o emplacamento é obrigatório apenas para máquinas novas. O debate vai prosseguir e a Fetag continua atenta. Em relação ao Grito da Terra Brasil no Estado, as negociações da pauta estão sendo intensificadas. Durante a reunião com os coordenadores das regionais, no dia 1° de julho, na sede da Fetag, foi definido o mês de julho para a realização do GTB e a data logo após o lançamento estadual do Plano Safra, previsto para ocorrer entre os dias 18 a 20 de julho.

Leia na página central as opiniões de várias lideranças gaúchas que estiveram no GTB em Brasília.

O Departamento de Política Agrícola da Fetag iniciou no dia 2 de julho – Regionais Camaquã e Litoral – a apresentação e o detalhamento, para todas as regionais, do Plano Safra 2013/2014 e seguro de benfeitoria com orientações e práticas de operacionalização do crédito rural visando a implantação de culturas de verão e operações de investimento agropecuário. O cronograma ficou assim estabelecido:Dia 02/07 – Litoral (STR Terra de Areia); Dia 02/07 – Fetag;Dia 03/07 – Sinos Serra (STR de Taquara);Dia 03/07 – Vale do Caí (S.Sebastião do Caí);Dia 04/07 – Fronteira (STR S.do Livramento);Dia 05/07 – Sul (STR Pelotas);Dia 09/07 – Serra e Campos de Cima da Serra (STR Veranópolis)Dia 09/07 – Centro Serra e Vale do Rio Pardo e Baixo Jacuí (STR S. Cruz do Sul);Dia 10/07 – Passo Fundo, Campos de Cima da Serra, A.Uruguai e A.Jacuí (STR P. Fundo);Dia 10/07 – Regionais Santa Maria e Quarta Colonia (STR Santa Maria)Dia 11/07 – Três Passos e Médio Alto Uruguai (Câm. Vereadores de Palmitinho)Dia 11/07 – Vale do Taquari e Serra do Alto Taquari (Sindicato da Alim. de Encantado);Dia 12/07 – Missões I, Missões II, Santa Rosa e Ijuí (Mitra Ângelo Politana em S. Ângelo)As reuniões ocorrerão às 9h com exceção de Veranópolis e Fronteira que iniciarão às 13h30min.

O plano nas regionais

Depois do Grito em Brasília, agora é a vez de Porto Alegre!

Plano Safra:medidas insuficientes Página 4

Notícias das Regionais Páginas 5 e 9

Tratoristas e capatazes são trabalhadores rurais Página 10

Educação do campo no RS Página 12

Ainda nesta edição:Delegação gaúcha em Brasília

Fetag: audiência com Antônio Portella, presidente do Denatran

Page 2: RUMO AOS FETFET JORAANG-RSAG-RSL DA · julho, disse o presidente da entidade, Elton Weber. Quanto ao fechamento da pauta do Grito da Terra com o governo do Estado, ele explicou que

JORNAL DA FETAG-RS Página 2

EDITORIAL REGISTROS

ExpedienteJornal da Fetag-RSÓrgão da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do SulAno XIV - JUNHO 2013 - Nº 172 - mensalFetag-RS - Rua Santo Antônio, 121 - CEP 90220-011 - Porto Alegre - RSTelefone (51) 3393-4866 - Fax (51) 3393-4871 - www.fetagrs.org.br

Diretoria Efetiva Jornalistas responsáveisPresidente Elton Roberto Weber Luiz Fernando Boaz (MTb/RS 5416) 1º Vice-Presidente Carlos Joel da Silva Izabel Rachelle (MTb/RS 6208)2º Vice-Presidente Nelson Wild Impressão: Gazeta do SulSecretária-Geral Elisete Kronbauer Hintz Tiragem: 15 mil exemplares1ª Secretária Josiane Cristina Einloft [email protected]º Secretário Agnaldo Barcelos da Silva [email protected] Sérgio de Miranda www.fetagrs.org.br1º Tesoureiro Nestor Bonfanti2ª Tesoureira Lérida Pivoto PavaneloCoordenadora de Mulheres Inque Schneider

Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da Fetag.

A Fetag vive em 2013 um ano especial. No dia 6 de outubro vai completar cinco décadas, tempos que transformaram a vida do homem e da mulher do campo. Ao longo desse período, foram incontáveis as lutas e as conquistas, que garantiram políticas públicas para os trabalhadores rurais e, acima de tudo, proporcionaram melhor qualidade de vida para quem, de sol a sol, coloca mais de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros todos os dias.

A direção da Fetag, juntamente com as lideranças que atuam à frente dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, tem consciência de que os 50 anos representam inúmeras melhorias para a categoria. Todos sabem o quanto foi importante a organização do movimento sindical e isso pode ser facilmente constatado em todo o Estado, quando os agricultores comentam a diferença de ser hoje agricultor em comparação há 20 ou 30 anos.

Naquela época, quando não havia a aposentadoria, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF), o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o salário-maternidade, a habitação rural, o Proagro Mais, o Programa Mais Alimentos, entre outros benefícios ou mesmo programas, tudo era muito mais difícil.

Ainda se avançou no piso estadual, hoje em R$ 770,00, com mais de 120 Convenções Coletivas de Trabalho. Somente no Rio Grande do Sul são mais de 200 mil assalariados rurais. Então, a vida das comunidades e o desenvolvimento se transformou, a partir destas conquistas obtidas pelo conjunto do Movimento Sindical dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais – MSTTR.

Ao mesmo tempo, já se pensa em como enfrentar os próximos 50 anos. A Fetag tem como tarefa não esquecer o passado e preparar o futuro. E é nesse intuito que a entidade vai atuar, podem ter certeza.

Fetag convida ministro Pepe Vargas para reunião

A Fetag reuniu nos dias 28 e 29 de maio, em sua sede, a assessoria regional para avaliar as ações realizadas nas regionais sindicais e preparar outras atividades planejadas no início do ano. Além de informações e orientações do dia a dia, o encontro debateu dois temas de interesse do movimento sindical. O primeiro foi o Projeto Político do Movimento Sindical, o qual está sendo aprofundado em todas instâncias internas do movimento e que, no entendimento da diretoria da Fetag, a assessoria regional pode contribuir com o processo e com isso se engajar na mobilização de dirigentes sobre a importância de seu envolvimento no projeto.O segundo tema se refere à capacitação das diretorias dos sindicatos. Conforme aprovado no 10° Congresso Estadual da Fetag, realizado em novembro de 2011, após intenso debate com as regionais sindicais e com o conselho de coordenadores, a Federação, em conjunto com as coordenações e assessorias regionais, atuará fortemente em 2013 em cursos de capacitação para as diretorias de sindicatos, que foram ou serão empossadas.Para o diretor de Formação da Fetag, Nestor Bonfanti, esta é uma estratégia fundamentada na maior participação dos dirigentes, qualificando as ações do próprio sindicato. Durante os dois dias foi feito uma oficina, que teve por objetivo aprofundar os conteúdos que estarão sendo abordados junto a estes cursos municipais.

O Sindicato dos Trabalhadores e Assalariados Rurais de Vacaria e Muitos Capões participará no dia 7 de julho do evento Maçã na Praça. Organizado pela Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi), ele tem por objetivo divulgar a produção de maçã e homenagear os trabalhadores rurais. O presidente do sindicato, Sérgio Poletto, conta que a entidade estará com uma tenda para distribuir material informativo da Fetag e do movimento sindical como um todo. A programação inicia às 8h30mim e o encerramento está previsto para as 16h30min com show de Os Fagundes.

Maçã na Praça

“A XIV Jornada da Viticultura, que foi realizada no dia 20 de junho, em Fagundes Varela, foi muito bem organizada e os produtores saíram bastante satisfeitos e com mais conhecimentos e informações que os possibilitam trabalhar com mais eficiência, adotando boas práticas agrícolas, produzindo assim uva com maior qualidade e sustentabilidade, atendendo dessa forma a tendência do mercado e a conseqüente necessidade dos consumidores que exigem, cada vez mais, qualidade e segurança alimentar em todos os produtos consumidos”.A avaliação é de Olir Schiavenin, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua e também coordenador da Comissão Interestadual da Uva. Para ele, a participação foi surpreendente, pois o número de produtores ficou acima de 600 participantes. O tema da jornada foi Qualificação e diferenciação da produção de uvas para garantir sustentabilidade, e teve por objetivo integrar os viticultores, além de disponibilizar informações e conhecimentos que auxiliem na qualificação e na agregação de valor da produção vitícola através de tecnologias de produção sustentáveis.

Jornada da Viticultura propicia informação e conhecimentos

O agricultor familiar Mauro Mezomo, com propriedade na localidade de Capela Nossa Senhora da Saúde, é associado do STR de Vanini. Ele vem se surpreendendo nos últimos dias com as colheitas “gigantes” de batata-doce em sua lavoura. E para que a safra não passasse em branco, ele levou um exemplar até a sede do STR. Na balança, a batata pesou 3.675kg.Parabéns, Mauro, pelas batatas!

Doce colheita

Lideranças finalizaram programação regional dos 50 anos

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, foi convidado pela direção da Fetag para participar de uma reunião – provavelmente no dia 15 de julho - com lideranças sindicais para tratar de assuntos como Plano Safra, crédito fundiário, emplacamento de tratores e demarcação de terras para quilombolas e indígenas. Essa foi uma das deliberações da reunião dos coordenadores regionais da Fetag no dia 1° de julho, disse o presidente da entidade, Elton Weber. Quanto ao fechamento da pauta do Grito da Terra com o governo do Estado, ele explicou que deverá ocorrer logo após o lançamento estadual do Plano Safra, que está previsto para ocorrer entre os dias 18 a 20 de julho.O dirigente avaliou o encontro com os coordenadores da 23 regionais como produtivo e positivo, inclusive finalizando os detalhes da programação regional alusiva aos 50 anos da Fetag, através da realização de um evento específico em cada uma das regionais durante o mês de agosto. E no dia 6 de outubro, aniversário de fundação da Fetag, haverá uma programação especial com homenagens, almoço e sorteios, entre outras atrações, para cerca de 3 mil pessoas, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Federação reúne assessoria regional

Assessoria vai engajar-se no projeto político do Msttr

Olir considerou participação surpreendente

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JORNAL DA FETAG-RSPágina 3

ENTREVISTA

Com Egon Édio Hoerlle

Jornal da Fetag – Qual o papel da Certel Energia e sua relação com a agricultura familiar?Egon Édio Hoerlle – A Certel Energia é uma Cooperativa de Distribuição de Energia que atende mais de 59 mil associados. No meio rural, onde residem mais de 19 mil associados, os produtores rurais, em sua maioria, compõem modelos de agricultura familiar, e a energia é insumo essencial para a produção agropecuária. A distribuição com a qualidade, a confiabilidade e os bons indicadores técnicos da Certel Energia tem contribuído para a eficientização do processo produtivo, assegurando a rentabilidade das propriedades dos associados.

Jornal da Fetag – O que motivou a Certel Energia a assinar o protocolo de intenções com a Fetag, que prevê a distribuição de 200 mil mudas de árvores em diversas regiões do RS?Egon – A cooperativa tem uma longa história de programas voltados à educação ambiental em escolas de sua área de atuação, desde 1985. Atualmente, a Certel Energia, cooperativa fundada com o fim específico de distribuir energia elétrica, em cumprimento à legislação do setor elétrico brasileiro, desenvolve o Programa Energia Verde em Harmonia Ambiental, que já certificou, com o Selo Carbono Neutro, a neutralização de emissões de gases poluentes de 53 empresas, instituições públicas e privadas, através do plantio de mais de 103 mil árvores nativas. A Fetag, por ser representativa da agricultura familiar em todo Estado, é parceira importante na consolidação de propostas que melhorem a perspectiva da conservação ambiental na propriedade agrícola. A empresa tem fomentado a reposição florestal com milhões de mudas produzidas em seu viveiro e distribuídas com este propósito ao longo de 25 anos.

Jornal da Fetag – Em pouco mais de 20 dias já foram distribuídas 100 mil mudas. Se houver necessidade, é possível elevar o número de mudas?Egon – O convênio prevê a distribuição de até 200 mil

mudas em dois anos. A intenção é distribuir de acordo com a disponibilidade do viveiro, o que poderia atender até 100 mil mudas neste ano e 100 mil em 2014. Além do convênio da Fetag, a cooperativa tem outros programas que também precisam em torno de 50 mil mudas anuais, o que representa 150 mil mudas ao ano.

Jornal da Fetag – A Fetag irá receber o selo Carbono Neutro do programa Energia Verde em Harmonia Ambiental. O que isso significa?Egon – A certificação com o selo Carbono Neutro objetiva capacitar empresas e instituições voluntárias a iniciarem a quantificação de gases de efeito estufa de suas operações, realizarem seus inventários de emissões e desenvolverem atividades ambientais neutras no seu ambiente interno. A partir do Inventário, pode-se implementar estratégias de redução de emissões e ações de neutralização, através do plantio de mudas de árvores nativas, que são monitoradas por cinco anos. Relatórios anuais são encaminhados à empresa certificadora para validação do processo de neutralização.

Jornal da Fetag – Quais são os benefícios do Carbono Neutro, além da neutralização de emissões?Egon – São diversos. Gera percepção positiva como instituição cidadã e de boa governança corporativa; melhora o balanço social, valor percebido da empresa (percepção de sustentabilidade), além de promover mudança cultural nos ambientes interno e externo, com ênfase à melhor utilização dos recursos naturais. O envolvimento dos colaboradores da Fetag no processo de neutralização é de suma importância para seu desenvolvimento. Todos devem estar cientes sobre a sua concepção, relevância e comprometimento técnico no fornecimento dos dados referentes à produção dos gases de efeito estufa, garantindo a sua eficácia. Palestras são oferecidas pela equipe técnica da Certel Energia para contribuir com a conscientização dos colaboradores de empresas conveniadas, se necessário.

Energia: insumo essencial na produçãoacharel em Administração de Empresas e técnico em Agricultura, Egon Édio Hoerlle é o terceiro presidente da cooperativa Certel, desde que assumiu em 1971. Ela foi criada por Reinoldo Aschebrock em fevereiro de 1956.B

Natural do Distrito de Pareci Novo, município de Montenegro, é casado com Maria Beatris Metzen Hoerlle, tem dois filhos e mora em Teutônia desde 1960, quando iniciou suas atividades profissionais como professor do Colégio Teutônia, sendo titular de diversas disciplinas do Ensino Técnico Agrícola até 1978.De 1994 a 2010 foi presidente da Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul Ltda (Fecoergs). Também exerce a vice-presidência regional do Sistema Ciergs/Fiergs, da Região IV, do Vale do Taquari, e, ainda, é membro do Conselho Deliberativo da Ocergs.Egon acredita que o cooperativismo é uma sociedade de pessoas que tem como objetivo principal o resultado econômico, mantendo-se sempre fiel à doutrina cooperativista de contribuir para o desenvolvimento social e ambiental das comunidades. E para a Certel está tem sido a missão, que há mais de meio século está inserida em 47 municípios dos Vales do Taquari, Caí, Rio Pardo, Paranhana e Encosta Superior do Nordeste, com um quadro social superior a 59 mil associados/consumidores de energia elétrica.Nesta entrevista, ele fala sobre a relação da Certel com a agricultura familiar, bem como sobre o protocolo de intenções com a Fetag, que vai receber o selo Carbono Neutro do programa Energia Verde em Harmonia Ambiental com a distribuição de 200 mil mudas de árvores em diversas regiões do Estado.

Egon: a Fetag é parceira importante na consolidação de propostasque melhorem a perspectiva da conservação ambiental

O carro servirá para auxiliar na distribuição de mudas de árvores do projeto entre Certel Energia e Fetag, bem como para a educação ambiental dos produtores filiados à Fetag. O veículo foi entregue no dia 7 de junho em forma de comodato.

Certel Energia entregacarro à Fetag

Weber e Hoerlle com assessores no viveiro de mudas

Veículo será utilizado para entrega de plantas

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O governo federal lançou no início de junho o Plano Safra 2013/2014. Os recursos previstos para a agricultura empresarial alcançam R$ 136 bilhões destinados para custeio e investimento. Volume 18% superior à safra anterior. Para os agricultores familiares linha Pronaf, o volume disponibilizado ficou em R$ 21 bilhões para financiar a próxima safra, isto é, 16,6% maior do que o destinado ao setor no ano passado, que foi de R$ 18 bilhões. Tanto para a linha Pronaf, como para o produtor empresarial houve ampliação do limite de crédito ou para enquadramento no programa.O plano para a agricultura familiar comemora, em 2013, dez anos de surgimento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que no seu lançamento aportou recursos de R$ 5,4 bilhões para financiar a safra. Em dez anos temos hoje R$ 21 bilhões para este segmento da agricultura brasileira, o que representa um crescimento de mais de 400% desde 2003.A novidade foi a verba para o incentivo à armazenagem: R$ 25 bilhões em cinco anos com prazo de pagamento em até 15 anos, com três de carência e taxas de juros de 3,5% ao ano. Também tivemos como destaque a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (ANATER), uma antiga demanda dos agricultores familiares. Sem dúvida, medida importante para apoiar a inovação, a pesquisa e a extensão rural para o campo.Outras linhas de crédito foram anunciadas, como para aquisição de alimentos da agricultura familiar, recursos para apoio à comercialização da safra, caso os preços de mercado fiquem abaixo do preço mínimo fixado pelo governo, que são importantes assim como a ampliação do volume de recursos para o seguro agrícola como forma de garantia de renda.Também houve mudanças de taxas de juros para alguns programas, o que é positivo para o setor em função do elevado risco que enfrenta em todo processo produtivo em termos de clima, de mercado e incidência de pragas e doenças na lavoura, entre outros fatores.O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, salientou a importância da ampliação das medidas anunciadas para o setor e as mesmas visam ampliar a capacidade de investimento no campo, para aumentar a produtividade, a tecnologia e, principalmente, a renda e a produção de alimentos.Na visão da maioria das lideranças do setor produtivo o anúncio foi entendido como positivo. Nada mais justo do que reconhecer que o setor cresceu 9,7% no primeiro trimestre deste ano e que exerce um papel preponderante na economia brasileira.Segundo a presidente Dilma Rousseff dinheiro não faltará. Avaliando a oferta de recursos comparando o volume anunciado na safra 2004/05 para agricultura empresarial, que foi de R$ 39,45 bilhões em relação ao volume para próxima safra 2013/2014, de R$ 136 bilhões, houve um crescimento de 3,4 vezes no montante dos recursos. Já os recursos destinados para agricultura familiar, no mesmo período, cresceu de R$ 5,4 bilhões para R$ 21 bilhões, ou seja, 3,88 vezes o volume destinado no passado.Avaliando o comportamento da safra no mesmo horizonte de tempo, vimos que o Brasil na safra 2004/2005 produzia 114,6 milhões de toneladas de grãos, contra 184,1 milhões na temporada 2013/2014. Portanto, uma evolução de mais de 60%, o que é reflexo dos investimentos realizados pelos produtores no campo. Já o Rio Grande do Sul, que é considerado um dos principais tomadores de crédito rural no Brasil, tanto na linha Pronaf como na agricultura empresarial, a produção nesse mesmo período saiu do volume de 13,2 milhões de toneladas de grãos para 28 milhões de toneladas no ano safra 20012/2013, mais que dobrando o volume produzido.O crédito é importante para o setor, mas é fundamental que o produtor faça uma análise racional dos recursos, tanto para o custeio como para o investimento necessário. Além disso, também tem que se proteger com seguro agrícola para evitar problemas futuros em caso de frustração de safra.

JORNAL DA FETAG-RS Página 4

ECONOMIA POLÍTICA AGRÍCOLA

Fetag considera insuficientes medidas do Plano Safra

[email protected]

TARCÍSIO MINETTO

PLANO SAFRA 2013/2014

Mesmo reconhecendo avanços no Plano Safra da Agricultura Familiar, anunciado no dia 6 de junho pelo governo federal, como o aumento do volume de crédito de R$ 18 bilhões para R$ 21 bilhões, o incremento do limite de renda

• Crédito Pronaf: R$ 21 bilhões• Ater: R$ 830 milhões

• Garantia-safra: R$ 980,3 milhões• Seguro da Agricultura Familiar (Seaf): R$

400 milhões• PGPAF: R$ 33 milhões

• PAA: R$ 1,2 bilhão em compras da agricultura familiar (MDA e MDS)

• PNAE: R$ 1,1 bilhão (FNDE)• PGPM: R$ 200 milhões

• Outras ações: R$ 13,3 bilhões TOTAL: R$ 39 bilhões

Há poucos dias o governo federal anunciou o Plano Safra 2013/2014. De certa forma são avanços para revolucionar a produção de grãos e todos os produtos que fazem com que sejamos reconhecidos mundialmente como país com o maior potencial na produção de alimentos. Para qualquer ação de melhorias, normalmente, são necessários recursos. Mas, outro fator, tão importante ou até imprescindível, é o conhecimento, e para a busca e o alcance deste, empenha-se dedicação, o que às vezes leva tempo e o tempo é valioso e não raro escasso.Pensar em buscar recursos ou crédito, de certa forma, tornou-se relativamente fácil. Claro que existem regras e normas que precisam ser cumpridas. Nem poderia ser diferente. No entanto, de certa forma a facilidade de acessar preocupa. Na ânsia de repassar os recursos, as instituições financeiras, por vezes, ultrapassam os limites para empreendimentos agrícolas. Lógico que cada um é, individualmente,

OPINIÃO

Será que só mais recursos resolve?

Lauro Baum, diretor do STR de Lajeado

responsável por seus atos e decisões. Porém, o poder da

Distribuição dos recursos doPlano Safra 2013/2014:

Extensão Rural (Anater), o presidente da entidade da Fetag, Elton Weber, destaca que pontos centrais e estratégicos da pauta do Grito da Terra Brasil 2013 não foram atendidos. “As medidas anunciadas são tímidas e não satisfazem as necessidades dos agricultores familiares”, ressalta.O dirigente acredita que em relação a ampliação das políticas de garantia de renda, o Plano Safra decepcionou, uma vez que o Programa de Seguro Agrícola (Proagro Mais) não avançou em relação à safra passada, já que continua amparando apenas o valor financiado e até 65% da renda líquida limitado a R$ 7 mil. Outro programa importante na visão do dirigente, o PGPAF – Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar - continua assegurando apenas as operações financiadas, além de em muitos casos não cobrir sequer os reais custos de produção.Em relação à criação da modalidade do PGPAF Mais, anunciada pelo governo, ele avalia que não tem por finalidade a garantia de renda para a agricultura familiar como um todo, visto que é o próprio governo quem define qual os produtos que devem ter o benefício como forma de garantir o abastecimento interno e, com isso, contribuir para o controle da inflação.Diante deste contexto, a Federação reunirá as suas regionais sindicais para avaliar as medidas anunciadas e definir ações futuras visando a retomada dos pontos não-atendidos.

influência, às vezes, é maior do que a responsabilidade. Vamos melhorar sempre. Afinal, este, no mínimo, deveria ser o propósito. Mas não faltam exemplos em que o crédito fácil se tornou uma grande dor de cabeça para famílias inteiras.Diferente para quem está instalado com sua propriedade e estrutura, frequentemente grandes empresas abandonam e migram conforme sua perspectiva de rentabilidade. Também se diferem destas atitudes as cooperativas comprometidas com o lado social. Portanto, aos tomadores de crédito, recomendo cautela e análise quanto ao grau de risco que possa vir na carona do negócio.

para enquadramento no Pronaf, que passou de R$ 320 mil para R$ 360 mil/ano, a elevação do limite de custeio e investimento, além da criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e

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JORNAL DA FETAG-RSPágina 5

NOTÍCIAS DAS REGIONAIS

PASSO FUNDO

Famílias em festa homenageiam as mulheresO salão paroquial de Vanini recebeu aproximadamente 1.200 pessoas no dia 8 de maio no encontro em homenagem às mulheres, que compartilharam ativamente de todas as atividades. O parapsicólogo Neodi Bertoncello fez uma palestra sobre o tema Maravilhas estão sempre acontecendo em nossas vidas. A presidente do STR de Vanini e secretária da Mulher da CTB-RS, Lenir Piloneto Fanton, disse que o auge da programação aconteceu durante a celebração religiosa coordenada pelo padre Fernando Luiz Gazzolla que, além da oração e dos cantos, culminou com o toque no manto de Nossa Senhora Imaculada Conceição, um momento muito emotivo para todos.A Fetag foi representada pela coordenadora de Mulheres, Inque Schneider, e pelo tesoureiro-geral, Sérgio de Miranda. O coordenador da regional, Nauro Nizzolla, e o deputado Heitor Schuch também deixaram suas mensagens de otimismo e reconhecimento pelo trabalho e dedicação da mulher.

Com a presença da diretora da Fetag, Elisete Hintz, e de diversas lideranças de STR's das Regionais Missões I, Missões II e Santa Rosa tomaram posse nos dias 27 e 28 de abril as diretorias dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Cerro Largo e de Caibaté. A primeira ocorreu na comunidade São Francisco, em Cerro Largo, quando foi empossada a presidente Rosane Sherer e demais integrantes da direção. Após a solenidade, houve jantar seguido de baile.No dia 28, no Clube 7 de Setembro, tomou posse a diretoria do STR de Caibaté, que reelegeu Vanderli Lopes Ferreira. Na mesma ocasião, cerca de 600 pessoas participaram do Encontro Municipal de Aposentados. O dia ainda teve almoço e reunião dançante. O assessor Daniel Casarin colocou a regional à disposição para eventual apoio.

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Passa Sete recebeu da Fetag, em convênio com Viveiros Certel, duas mil mudas de árvores nativas ornamentais e frutíferas para serem distribuídas entre os

A Regional Sindical Fronteira, juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bagé, realizou no Dia 25 de maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural, um Encontro de Mulheres Rurais no CTG Prenda Minha em Bagé. O objetivo foi lembrar a passagem deste dia tão importante, relativo ao início da conquista dos direitos trabalhistas e previdenciários das pessoas do campo. O evento serviu também para marcar o fim das atividades das mulheres da regional, relativo ao Dia 08 de março.O evento contou com a presença de diversos municípios, além de Bagé,

O 3º Congresso da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), cujo tema foi Avançar nas Mudanças com Valorização do Trabalho, ocorreu nos dias 23 e 24 de maio, no auditório da Fetag, em Porto Alegre. O atual presidente, Guiomar Vidor, se reelegeu para mais quatro anos por aclamação dos 300 delegados de todo o Estado. Na vice-presidência continua Sérgio de Miranda, que é secretário nacional de Política Agrícola e Agrária da Central e tesoureiro-geral da Fetag.Após dois dias de intensos debates, discursos, palestras e participação dos delegados, foram aprovadas a Reforma Estatutária, o Plano de Lutas e a forma de escolha dos 150 delegados, que participarão do 3º Congresso Nacional da CTB, entre 22 e 24 de agosto, em São Paulo.Emocionado com a sua recondução à presidência da CTB-RS, tendo a seu lado todos os 51 integrantes da nova direção, Guiomar Vidor fez um discurso de improviso, quando reafirmou os compromissos da Central com a classe trabalhadora do Rio Grande do Sul. “Em nome da nova diretoria eleita agradeço a todos que trabalharam na infraestrutura para a realização desse maravilhoso Congresso. Agradeço especialmente a todos os companheiros e companheiras que na maioria do tempo estiveram presentes nos debates importantes que a

Congresso reelege Vidor à presidênciae Miranda como vice

CTB

Nova diretoria tem 51 integrantes à frente da CTB-RS nos próximos quatro anos

nossa Central fez nesses dois dias. Eu participei de muitos congressos por esse Estado e por todo o país e poucas vezes vi um plenário tão interessado em contribuir para o crescimento e o fortalecimento da luta dos trabalhadores e trabalhadoras do Rio Grande do Sul e do Brasil”, disse.Miranda, por sua vez, disse que o congresso superou todas as expectativas, tanto pelo número de participantes, quanto pela qualidade dos debates realizados. “Nosso desafio é continuar crescendo de forma organizada. Temos muito trabalho pela frente e precisamos reafirmar, cada vez mais, nossas bandeiras de luta, liderando as ações de massa dos trabalhadores do campo e da cidade, seja por melhores salários, condições de trabalho ou para aumentar a renda na agricultura familiar”, justifica.Ao longo dos cinco anos de existência, a CTB-RS foi a Central que mais cresceu no Estado, tendo atualmente mais de 130 sindicatos filiados, entre eles o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos - com uma base de 60 mil trabalhadores - e algumas das principais Federações, como a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), a Federação dos Empregados no Comércio de Bens e de Serviços do RS (Fecosul), a Federação dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação (Feaac).

Miranda ressaltou trabalho e dedicação da mulher

CENTRO SERRA E VALE DO RIO PARDO

MISSÕES I

Posses movimentam regional

STR Passa Sete recebe duas mil mudas

agricultores do município com o objetivo de recuperação das nascentes e proteção de córregos. O convênio da Fetag com a Certel prevê a distribuição de 200 mil mudas.O STR em parceria com a prefeitura e Emater entregaram as mudas no dia 5 de junho - Dia Mundial do Meio Ambiente – sendo que além dos agricultores foi repassada uma parte para a Associação Municipal de Juventude Rural. Também

participaram as trabalhadoras rurais, através da Emater. A prefeitura e Secretaria de Agricultura ainda promoveram um pedágio educacional de meio ambiente no dia 7 de junho.

Agricultores com mudas que receberam no STR

Mulheres festejam o Dia do Trabalhador RuralFRONTEIRA

participaram Hulha Negra, Candiota, Aceguá, Lavras do Sul, Dom Pedrito e Santana do Livramento. Na parte da manhã aconteceu um nivelamento de trabalho com as coordenadoras das comissões municipais, onde foi encaminhado o fortalecimento da organização das mesmas na Regional. De acordo com Silveria Rohde, Coordenadora Regional de Mulheres “ a manhã foi de trabalho, de reflexão do que estamos fazendo, como podemos melhorar e fortalecer a

participação das mulheres no trabalho do Sindicato”.À tarde foram realizadas palestras para as mulheres e homens presentes no encontro, a primeira com o tema FETAG: Organização e Lutas da Trabalhadoras Rurais, com a Inque Schneider, Coordenadora de Mulheres da FETAG, sendo que a seguir foi apresentada pela Coordenadoria Municipal de Bagé, a experiência realizada para assegurar os direitos da mulher, principalmente os relativos a Lei Maria da Penha. Houve também apresentações artísticas e sorteio de brindes aos participantes.

Encontro no CTG lembra conquistas trabalhistas

Page 6: RUMO AOS FETFET JORAANG-RSAG-RSL DA · julho, disse o presidente da entidade, Elton Weber. Quanto ao fechamento da pauta do Grito da Terra com o governo do Estado, ele explicou que

Jornal da Fetag-RS

REGIONAIS SINDICAIS Página Central

ALTO JACUÍCongresso Nacional“Pela primeira vez estou presente nesta manifestação, que é muito importante e tem força. Fomos ao Congresso Nacional e os senadores e os deputados receberam bem as nossas reivindicações. Passamos pelos gabinetes da bancada gaúcha e tivemos a oportunidade de entregar a pauta e conversar com todos”.(1)Leonir Fior, presidente do STR de Ibirubá ALTO URUGUAIAvanços significativos“Participei pela terceira vez do Grito da Terra Brasil. Achei a pauta boa, porém os resultados ficaram um pouco a desejar. Mesmo assim, os avanços para o Sul foram significativos graças às negociações paralelas feitas, principalmente, pela nossa Fetag que, mais uma vez, mostrou a sua força. Gostaria de destacar a negociação com o Contran e Denatran, quando revertemos uma situação preocupante para a agricultura familiar na questão do licenciamento de tratores”.(2) Adílson Machado, presidente do STR de Viadutos CAMAQUÃPolítica ao campo“É com muito orgulho e satisfação que participei do 19º Grito da Terra Brasil representando o meu município de Amaral Ferrador e a regional, juntamente com os companheiros da Fetag, para manifestar o desejo de uma política pública de qualidade para a agricultura familiar, buscando melhorar, principalmente, essas políticas destinadas ao campo, tais como educação, saúde, meio ambiente, inclusão social e uma política agrícola diferenciada. Quero parabenizar a Fetag, Contag e, principalmente, os STR's que participaram do GTB deixando exemplo de democracia e cidadania, com a manifestação pacífica e ordeira”.(3) Paulo Santos, STR Amaral Ferrador CAMPOS DE CIMA DA SERRAVitória nossa“Esta foi a segunda vez que participei do Grito da Terra Brasil em Brasília. Nesta edição, um dos pontos mais importantes para nós era com relação ao emplacamento dos tratores, que foi uma vitória nossa. Todos estávamos esperando por isso, ou seja, que não fôssemos obrigados a emplacar os tratores usados que temos em nossas propriedades. Então, valeu ter ido representar os agricultores do município e de nossa regional”.(4) Adailton da Luz Costa, STR de Caseiros CENTRO SERRA E VALE DO RIO PARDOExpectativa e afirmação“Nós acompanhamos desde a origem do Grito da Terra Brasil, embora não em todas. O GTB sempre pé um momento de expectativa e de afirmação de nossas políticas públicas que por aqui buscamos a quem representamos. Sem dúvida, se trata de um grande momento de nossa agricultura familiar”.(5) Adilo Schuck, tesoureiro do STR Candelária

Reforma agrária“A nossa avaliação é positiva. Entendemos que exercitamos, ao longo de duas semanas, uma intensa negociação com 15 ministros de Estado. Evidentemente que nem tudo é positivo, já que algumas respostas não foram dadas, mas a pauta continua. Por outro lado, respostas positivas na área social - na saúde e Previdência Social – a garantia de vistoria de 1 milhão de hectares de terra, o que significa a retomada da reforma agrária. Enfim, um GTB vitorioso”.Alberto Broch, presidente da Contag Maior evento“O Grito da Terra Brasil foi muito positivo. Criamos a maturidade, ou seja, estamos amadurecendo com as pautas, bem como as formas de sua elaboração. Em termos de público talvez não tenha sido como em anos anteriores, mas mesmo assim com uma forte participação de todos os Estados na discussão e nos encaminhamentos. O Rio Grande do Sul não foi diferente das demais Federações e também participou com um considerável número de lideranças em todos os momentos deste que é o maior evento do movimento sindical”.Elton Weber, presidente da Fetag

FRONTEIRAConquistas ao RS“Várias vezes tivemos a oportunidade de participar do Grito da Terra Brasil e acho importante, acima de tudo, trazer as reivindicações do nosso Estado junto ao governo federal – deputados e senadores – para levarmos conquistas para o Rio Grande do Sul e nossos sindicatos”.(6) Jesus Dorneles, vice-presidente do STR de Alegrete IJUÍFiscais dos anúncios“Das 19 edições do GTB só não fui em duas oportunidades. Já foram atendidas algumas reivindicações e recursos não irão faltar. Ficou para trás o enquadramento para o crédito fundiário e habitação, que será estudado nos ministérios. Na audiência no Denatran ficamos ansiosos com a demora, porém atenderam as nossas reivindicações. Um fato positivo foi ouvir do ministro Gilberto Carvalho que a Contag e suas Federações serão os maiores fiscais dos anúncios”.(7) Ilmo Springer, presidente do STR de Panambi

LITORALElos da corrente“Participamos ativamente do 19° Grito da Terra Brasil. Mostramos que unidos podemos lutar pela nossa categoria e reivindicar nossos direitos. Após muita negociação tivemos avanços. Avalio que foi produtivo e continuamos na luta por melhorias. Mas o Grito me deu uma visão clara que realmente sindicato, regional, Fetag e Contag formam os elos de uma corrente. Assim, temos que estar unidos para conseguirmos as melhorias aos nossos agricultores”.(8) Volmir Rech, STR de Maquiné

MÉDIO E ALTO URUGUAIPermanecer no campo“Participar do Grito da Terra Brasil é um privilégio, apesar de não conseguirmos tudo o que queríamos para os agricultores familiares, houve avanços nas negociações. Um dos pontos fundamentais é a organização da Contag e da nossa Fetag. Muito foi feito pela agricultura familiar, mas precisamos avançar muito mais para dar condições de uma vida digna aos agricultores e, principalmente, para que o jovem consiga permanecer no campo. É comum vermos os agricultores colocando suas propriedades à venda e partindo rumo à cidade, fazendo com que os grandes latifundiários, donos de muitas terras, tomem conta de tudo, tomem o espaço da agricultura familiar. Necessitamos de mudanças para essa triste realidade”.(9) Arivelto Gularte Moreira, presidente do STR de Dois Irmãos das Missões

MISSÕES IDerrubamos a resolução“Sem dúvida foi importante a participação de nossas lideranças no 19° Grito da Terra Brasil. A pauta foi muito extensa para nós debatermos e o mais importante eu considero a reunião no Contran sobre a questão do emplacamento dos tratores. Praticamente nós conseguimos derrubar a Resolução n° 429, resultando na publicação de uma Nota Técnica que liberou o emplacamento dos tratores usados”.(10) João Kleszta, STR Guarani das Missões MISSÕES IIPauta fortalecida“Já estivemos aqui em Brasília por diversas oportunidades. Para nós, o Grito da Terra Brasil é muito importante, inclusive começamos o nosso Grito de Alerta lá na região das Missões. E dentro dele nós trouxemos muitas pautas que esperamos avançar em nível nacional. Então, precisamos participar e acredito que a cada ano sai fortalecida a nossa pauta”.(11) Giovani Luiz Hoff, presidente do STR de São Luiz Gonzaga PASSO FUNDOMuito a conquistar“Pela primeira vez no Grito da Terra Brasil, vejo uma diferença grande com relação ao primeiro, quando ele foi lançado. Naquela época, se enfrentavam inúmeras dificuldades. Ao longo desses 19 anos, houve muitas negociações, conquistas, avanços e políticas públicas. Quando se obteve o Pronaf, os juros eram de 12,5%. Agora ele passou para o Programa Mais Alimentos e os juros são de 2,0%. E isso faz uma grande diferença na pequena propriedade, já que conseguimos ampliar muitas coisas, como um maior aporte de recursos ao crédito, investimento na propriedade, entre outros. Embora muito se tenha conseguido, muito ainda falta conquistar”.(12) Luiz Lampugnani, presidente do STR de Montauri QUARTA COLÔNIAGarantia de renda“É a segunda vez que participo do Grito da Terra Brasil. Temos que mostrar à sociedade o que o campo necessita. Aqui eles fazem as leis que não servem para o meio rural. Estamos aqui para reivindicar o que precisamos, como alguma sobra para capitalizar o agricultor. A juventude tem que ter renda, caso contrário ela vai embora. Precisamos de garantia de renda”.(13) Mauri Batista Binotto, STR de Nova Palma SANTA MARIAEvitar o êxodo“Pela primeira vez no Grito da Terra Brasil, acho que valeu ter participado, pois conseguimos avançar em alguns pontos, principalmente em termos de Pronaf e crédito fundiário. Isso vai propiciar melhores condições aos nossos jovens e, com isso, vamos evitar o êxodo rural”.(14) Ivanilton Diesel, tesoureiro do STR de São Pedro do Sul SANTA ROSAPolíticas públicas“Participar do 19º Grito da Terra Brasil no ano em que a Contag e a Fetag comemoram 50 anos para foi uma enorme satisfação. Uma vez que o STR de Santo Cristo completou em 2012 os seus 50 anos e ajudou a construir esta bela história do movimento sindical brasileiro. Falar em GTB é o marco mais importante das mobilizações do movimento sindical e que trouxe avanços importantes nos últimos anos. A maior pauta em 84 quando comecei a participar era além da aposentadoria da mulher e do homem com um salário mínimo, uma política agrícola diferenciada para a agricultura familiar. A criação do Pronaf agregado a isso as demais políticas públicas: habitação rural, crédito fundiário, Luz para Todos, PGPAF, entre outros. Neste momento, a função do movimento sindical é implantar essas políticas, lutar para ampliá-las, melhorá-las, propor novas e fazer com que de fato cheguem a todos os agricultores do país”.(15) Genoveva Meinerz Haas, presidente do STR de Santo Cristo SERRA DO ALTO TAQUARIBom avanço“Nos dias 21, 22 e 23 de maio estivemos representando a nossa regional no 19° Grito da Terra Brasil. Juntamente com os demais companheiros do estado estivemos debatendo os diversos temas que fazem parte da pauta da Contag, que representa o movimento sindical. Dentre as principais atividades que tivemos durante o GTB destaco as audiências nos ministérios e no Contran sobre o emplacamento de tratores. Também nos mobilizamos e fomos em todos os gabinetes dos deputados e senadores gaúchos pedindo o seu apoio. No final do encontro o ministro Gilberto Carvalho

respondeu quesito por quesito a nossa pauta, sendo que consideramos um bom avanço”.(16) Adair Antônio da Croce, presidente do STR de Relvado SERRADenunciar injustiças“O 19º Grito da Terra Brasil trouxe grandes e importantes conquistas de políticas públicas para a agricultura familiar. As mais de 5 mil pessoas que participaram, representando todos os agricultores familiares do país, denunciaram as injustiças e nossos pedidos foram encaminhados a 15 ministérios.”(17) Josiane Deuner, presidente do STR de Salvador do Sul SULEfeitos da manifestação“Embora já tenha estado em Brasília em outras oportunidades, é a primeira vez que participo do Grito da Terra Brasil. Em alguns pontos podemos considerar positivo e outros por avançar. Logo após o encerramento do GTB tivemos reunião com o presidente do Incra e ele nos relatou que já havia grandes efeitos da manifestação dentro dos ministérios. Ao mesmo tempo, a habitação, o crédito fundiário e a reforma agrária ainda temos muito que avançar em nossa região”.(18) Valnei Gustavo Brose, vice-presidente do STR de São Lourenço do Sul TRÊS PASSOSLivre acesso“Foi a minha primeira viagem para a capital federal representando os agricultores da região celeiro junto a nossa regional de Três Passos. Neste movimento Grito da Terra, pude constatar a importância da Fetag e da Contag, pelo livre acesso que os mesmos têm junto aos órgãos federais. Na ocasião tive o privilégio de participar da entrega do convite em todos os gabinetes dos deputados para audiência junto ao Contran e Denatran. Aproveitando gostaria de parabenizar a Fetag e a Contag pelo excelente trabalho que fazem junto aos sindicatos e agradecê-las pelo apoio prestado junto aos nossos trabalhadores rurais”.(19) Osmar dos Santos Viana, presidente do STR de Redentora VALE DO CAÍOrganização surpreendente“Pela primeira vez participo do Grito da Terra Brasil em Brasília. Achei muito bom, inclusive me surpreendi com tamanha organização e a oportunidade de conhecer pessoas de outros estados. É bom saber que não é necessário o emplacamento de tratores antigos. Espero voltar em 2014”.(20) Ivo Francisco Burg, associado há 18 anos do STR de Harmonia VALE DO RIO PARDO E BAIXO JACUÍUnidade do grupo“O Grito da Terra Brasil trouxe poucos avanços e garantias para os agricultores familiares, como por exemplo a garantia de renda, o seguro agrícola e a habitação rural. Aproveito a oportunidade para parabenizar a direção da Fetag em manter a unidade do grupo em todos os momentos”.(21) Geraldo Back, presidente do STR de Vera Cruz VALE DO RIO DO SINOS SERRAVelhos tempos“Acompanhei muitas edições do Grito da Terra Brasil, onde no passado cobrávamos com mais força dos governantes. Após a entrada do chamado governo popular e democrático ficamos mais brandos, pois parecia que éramos governo e que tínhamos perdido a nossa autonomia enquanto movimento sindical. Mas este GTB 2013 foi um dos melhores dos últimos anos, nas estratégias de negociação, na pressão aos governantes, não considerando as siglas partidárias e sim as demandas dos trabalhadores rurais. É isto que se espera do movimento sindical”.(22) Arnaldo Bühler, presidente do STR de Santo Antônio da Patrulha VALE DO TAQUARIEnxuto e objetivo“Foi a primeira vez que participei do Grito da Terra Brasil e achei a organização muito boa, um grupo enxuto, objetivo e que, praticamente, quase todos puderam estar presentes nas negociações. Eu participei na Câmara dos Deputados, da reunião da Comissão de Agricultura, que tratou sobre a obrigatoriedade do emplacamento de tratores. Ainda participei de reunião com o Incra, quando entregamos uma proposta de trabalho com relação às demarcações de terras e negociações com os agricultores familiares, quilombolas e indígenas”.(23) Sandra Maria Brentano Bertoldi, STR de Roca Sales

Lideranças avaliam participação e resultados do Grito da Terra Brasil

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Broch, ao lado de Joel, avaliou de forma positiva os resultados

Weber enfatizou participação dos estados nos debates

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POLÍTICA AGRÁRIA

O 19º Grito da Terra Brasil contabiliza mais uma conquista. Após muita negociação, foi possível aprovar no plenário do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), no dia 22 de maio, data da mobilização do GTB, a retirada da obrigatoriedade de licenciamento prévio dos assentamentos da reforma agrária, com a derrubada da Resolução 387/2006, que criava uma série de exigências. Dos 6.855 assentamentos do Incra, foram licenciados 1.831. A medida aprovada equaciona o problema de 5.024 assentamentos que, sem licenciamento ambiental, impedia os assentados de acessar às políticas públicas.

Conama retira obrigatoriedade delicenciamento prévio em assentamentos

A escolas técnicas agrícolas do Rio Grande do Sul estão pedindo socorro. Recentemente, em visita ao Colégio Estadual Técnico Dr. Zeno Pereira Luz (Cetagro), de Encruzilhada do Sul, pude verificar pessoalmente as dificuldades enfrentadas pela instituição, entre as quais péssimas condições de infraestrutura das salas de aula e unidades demonstrativas de produção, maquinário e implementos agrícolas sucateados, laboratórios inoperantes, banheiros sob risco de interdição, alojamentos precários, colchões rasgados. A Cetagro atende 120 alunos oriundos de mais de 20 municípios das regiões Centro e Sul. Pelas informações que obtive, as demais 25 escolas técnicas agrícolas mantidas pelo Estado no Rio Grande do Sul encontram-se nas mesmas condições precárias.Como deputado estadual em terceiro mandato, tenho amplo conhecimento dos sucessivos problemas de caixa enfrentados pelo Estado. Também reconheço que a realidade das escolas agrícolas estaduais não é de agora, mas vem se agravando ao longo dos últimos anos, fruto do descaso financeiro do Poder Público e dos minguados recursos orçamentários, alguns congelados desde 1998.Mas não podemos admitir essa situação. Precisamos de ações urgentes do governo para enfrentamento à penúria financeira dessas entidades de ensino voltadas ao meio rural. Os números justificam o alerta: em uma década, nada menos do que 276 mil agricultores gaúchos deixaram a zona rural em busca de melhores oportunidades nas cidades. O resultado direto do êxodo é a falta de sucessores para tocar as propriedades, principalmente as de pequeno porte, colocando em risco a produção de alimentos e o abastecimento gaúcho. Os municípios mais atingidos são os menores. Conforme o IBGE, entre 2000 e 2010, a população de 254 municípios do RS com até 10 mil habitantes diminuiu. E a falta de uma educação específica, direcionada às necessidades do campo, é apontada como um dos fatores para este encolhimento.Portanto, temos que trabalhar na ótica de criação de políticas estaduais para incentivar a permanência dos jovens na zona rural e uma educação adequada, que garanta formação teórica e prática capaz de modernizar e dinamizar a produção nas pequenas propriedades é fundamental. A exemplo do que já acontece nos institutos técnicos federais, que oferecem todas as condições para os alunos.O primeiro passo, acredito, é resgatar e ampliar as estruturas estaduais existentes das Escolas Agrícolas Estaduais, reformando os espaços físicos, atualizando o currículo, contratando professores qualificados, investindo em laboratórios de análise de solo e na aquisição de tratores e equipamentos. Para que todo filho de agricultor possa cursar o ensino médio numa escola agrícola, para aprofundar seu vínculo com a terra e, assim, melhor se preparar para a vida.

JORNAL DA FETAG-RS

POLÍTICA

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HEITOR SCHUCH

Vamos salvaras escolas técnicas

Pela nova resolução, os empreendimentos de infraestrutura e das atividades dos assentamentos antigos passíveis de licenciamento poderão ser feitas por procedimentos simplificados constituídos em documento único e serão elaborados pelo Incra. Dessa forma, também foi retirada a emenda que previa a produção do Relatório Ambiental Simplificado, como forma de facilitar a regularização ambiental. Conforme compromisso da ministra Izabella Teixeira, em julho será constituído um grupo de trabalho, com a participação da Contag e de secretários estaduais de Meio Ambiente, a fim de discutir e elaborar propostas para aprimorar e facilitar o licenciamento ambiental dos assentamentos.O secretário de Meio Ambiente da

Contag, Antoninho Rovaris, avalia a decisão do Conama como um grande avanço. “Até então, tínhamos muitos entraves que impediam que os assentamentos pudessem ter acesso às políticas públicas”. Segundo o dirigente, a Contag fundamental nesse processo ao apresentar a real situação dos assentamentos durante audiência com a presidente Dilma Rousseff. “Então, consideramos que este foi um avanço importante e esperamos que o próprio Incra e o governo possam fazer com que os processos de regularização ambiental dos assentamentos da reforma agrária, tantos os antigos quanto os novos, deslanchem no Brasil”, observa.

MULHERES

Seminário discute sucessão ruralReflexão sobre medo, trocas de experiências, sucessão rural, força do SUS e agrotóxicos foram os assuntos do Seminário da Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Fetag, que ocorreu nos dias 27 e 28 de maio, no Instituto de Formação Sindical Irmão Miguel (IFSIM), em Porto Alegre. A coordenadora de Mulheres da Fetag, Inque Schneider, avaliou positivamente o encontro, cujo próximo foi agendado para setembro. O presidente da Fetag, Elton Weber, e o vice-presidente, Carlos Joel da Silva, foram saudar as lideranças, oportunidade em que passaram as últimas informações sobre emplacamento de tratores e demarcações de áreas de quilombolas e indígenas. Weber e Joel participaram do seminário no Ifsim

Manifestantes do GTB garantiram conquistas

Os integrantes da Comissão Estadual de Jovens da Fetag participaram do Seminário de Educação do Campo que a Federação promoveu no dia 13 de junho, por se tratar de um tema relacionado diretamente à juventude, a qual pode

JUVENTUDE

Demanda da Marcha é atendidaestudar em regime de alternância. Na ocasião, foi assinado um termo de doação com o governo do Estado de 300 computadores, dos quais 100 unidades do Banco do Brasil, uma demanda da Marcha da Juventude Rural de 2012, conta Josiane Einloft, 1ª secretária e coordenadora de Jovens da Fetag.No dia seguinte a comissão se reuniu para discutir os 50 anos da Fetag e de que forma se dará a participação. Josiane explica que foram dados alguns encaminhamentos da Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, que vai acontecer no final de julho no RS e no mês de outubro em âmbito nacional.Ainda ficou definido para novembro a realização de um Encontro Estadual de Jovens Dirigentes com o objetivo de discutir a participação da juventude dentro do movimento sindical na condição de sucessor. E dentro da temática será enfocada a sucessão familiar, sindical, rural e diversos outros temas como a participação da juventude dentro do movimento sindical como um todo.Comissão prepara encontro para novembro

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NOTÍCIAS DAS REGIONAIS

LITORAL

STR de Santo Antônio inaugura sede

A Fetag realizou nos dias 14 e 15 o seminário Educação no Campo em Quinze de Novembro, numa parceria com o Senar, a Comissão Estadual do Campo e a Regional Alto Jacuí. Ao todo participaram representantes de dez municípios, professores, secretários municipais e diretores de STR's da região. Foi realizado o levantamento das dificuldades encontradas na educação do campo, com debate e busca de alternativas para melhorias. A diretora da Fetag, Inque Schneider, acompanhou as atividades.No dia seguinte, foi apresentada a pedagogia de alternância, ministrada pelo professor da Casa Familiar Rural de Catuípe, Venildo Turra. Em seguida houve o debate para aprofundar a pedagogia, discussão da lei de diretrizes de base da educação no campo e também sobre o Pronatec Campo e Conferência da Educação. “O objetivo do seminário é conseguir mudar a realidade da educação para os jovens do campo. Queremos fazer uma reflexão do currículo escolar voltado para o campo, aos jovens e as crianças do meio rural”, enfatizou Sirlei Fassbinder, presidente do STR de Quinze de Novembro.

O STR de Santo Antônio da Patrulha inaugurou no dia 26 de abril sua nova sede social. Mais de 500 pessoas prestigiaram o evento, que teve várias atividades, entre elas a inauguração da Feira dos Agricultores de Santo Antônio da Patrulha (AGRISAP). A feira foi organizada pelo sindicato e conta com 13 agricultores que comercializam mais de 100 produtos da agricultura familiar patrulhense e também uma banca de um grupo de agricultores, que produz orgânicos biomineralizados do município de Maquiné. O antigo espaço de 600m2 passou a contar com 1.200m2 construídos para melhor atender os associados. A entidade oferece uma loja com produtos agrícolas, elétricos e hidráulicos, disponibilizando mais de 2.000 itens à disposição do trabalhador rural.O presidente do STR, Arnaldo Bühler, enfatiza que somente com o esforço coletivo dos associados é que foi possível chegar a esta nova casa. “Este espaço demonstra que onde há organização e união dos trabalhadores não há limites nem barreiras para se alcançar os sonhos e objetivos”, justifica.O assessor de Formação da Fetag, Leomar Fernando Mattia, representou o presidente Elton Weber, e disse que a

inauguração é um momento histórico para os trabalhadores rurais de Santo Antônio da Patrulha e para todo o movimento sindical. “É a prova de que quando se acredita e se arregaçam as mangas as coisas acontecem. A obra que durou dois anos para ser finalizada tem o suor e a dedicação de cada associado e méritos para uma diretoria que tem

coragem e acredita que o sonho quando sonhado coletivamente se torna realidade”, ponderou.A assessora de Assalariados Rurais da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Maranhão, Leia Oliveira, representou todo o Movimento dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais do Brasil.

XV de Novembro

O STR de Não-Me-Toque realizou no dia 18 de maio o 10º Encontro de Associados, evento que teve uma participação de aproximadamente 700 pessoas. O presidente do sindicato, Pedro Paulo Nienow, agradeceu a todos que se empenharam para a realização do encontro. Ele lembrou que no primeiro encontro envolveu apenas os aposentados e hoje, graças às parcerias firmadas, foi estendido a todos os associados.O presidente da Fetag, Elton Weber, e o deputado Heitor Schuch, além de saudarem

ALTO JACUÍ

Weber e Schuch prestigiam encontroos participantes, também esclareceram questões de interesse dos agricultores, como a resolução 429, que prevê o emplacamento de tratores, e a preocupação com a alteração do leite, pontos que podem dificultar e prejudicar os agricultores.Além de associados, o encontro teve a presença do prefeito de Não-Me-Toque, Antônio Vicente Piva, o presidente do STR de Victor Graeff, representando a regional, Volnei Jurandir, a chefe do escritório municipal da Emater, Ana Paula, entre outros convidados.

O STR de Quinze de Novembro iniciou, em 2009, um projeto de reuniões de base no município, o qual é desenvolvido ano após ano. Em 2013, as atividades começaram no mês de maio. Conforme a presidente do STR, Sirlei Fassbinder, é um trabalho muito bem recebido pelos

Educação no Campo

associados e, inclusive, não-sócios, que também prestigiam.As reuniões de base, explica Sirlei, têm por objetivo levar informações importantes como, por exemplo, explicações sobre Previdência Social, contribuição sindical, cadastro do

segurado especial, habitação rural, CNA, entre outras, assim como o funcionamento e o trabalho realizado no dia a dia dentro do STR. “Queremos manter o agricultor bem informado e atualizado. Essa atividade tem proporcionado muitos resultados positivos, inclusive aumentando o número de pessoas que participam, o que mostra a importância deste projeto para os agricultores”, observa Sirlei.Associados presentes nas reuniões de base

Nienow agradeceu a todos que se empenharam na realização do encontro

Momentos marcantes

Junto à inauguração da sede dois momentos foram marcantes: a Feira dos Agricultores de Santo Antônio da Patrulha, que acontecerá todos os sábados no pátio do sindicato, e a entrega dos prêmios Propriedade Destaque 2012. Ambos projetos inovadores que permitem a qualificação e organização dos associados e a comercialização dos seus produtos.De acordo com José Samuel Santos, diretor-secretário do STR de Santo Antônio da Patrulha, ainda foram entregues as premiações do Projeto Propriedade Destaque 2012. Ela foi concedida a partir de um processo de acompanhamento técnico, que iniciou no mesmo ano, ocasião em que foram construídos planos de desenvolvimentos para 30 propriedades rurais de associados do STR. Além disso, foram realizadas ações de formação, dias de campo e viagens de troca de experiências com outros trabalhos da agricultura familiar.A partir deste engajamento das propriedades, os participantes foram avaliados e as propriedades que mais evoluíram premiadas, sendo que cinco agricultores conquistaram prêmios no valor de R$ 800,00. A propriedade campeã do projeto foi a do agricultor familiar Arno Pereira da Silva, da comunidade de Tapumes, que levou para casa um prêmio de R$ 2.000,00.

Feira conta com 13 agricultores que comercializam mais de 100 tipos de produtos

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ASSALARIADOS RURAIS Fetag garante benefícios para tratorista e capataz

Uma vitória judicial da Fetag sobre aPrevidência Social garanteque empregadosrurais em atividades de capataz e tratorista são, reconhecidamente, trabalhadores rurais, tendo direito aos benefícios dessa categoria. A ação tramitava desde dezembro de 2005 e questionava o enquadramento desses trabalhadores, além de motoristas e cozinheiras, como urbanos. No entendimento do juiz substituto da 1ª Vara Federal Previdenciária de Porto Alegre, Bruno Brum Ribas, estes permanecem como tal, por não exercerem atividade penosa.

O secretário de Políticas Sociais da Contag, José Wilson de Sousa Gonçalves, disse que essa conquista reforça a necessidade de, cada vez mais, a legislação ir se adequando às diferenças regionais ao modelo de projeto que o movimento sindical representa e que precisa compreender todas as dimensões do Brasil. “A Região Sul tem uma realidade diferente das demais. O que a Federação do RS fez em relação ao reconhecimento do capataz e do tratorista, na verdade, é uma necessidade de você reconhecer uma atividade que é mais forte em determinadas regiões do que em outras e, com isso, o governo, através de suas políticas, possa reconhecer o direito dessas pessoas. Então, sem dúvida, uma excelente vitória da Federação gaúcha, que vê reconhecido o direito desses trabalhadores e que sirva como referência para que outros direitos também sejam contemplados na atual legislação”, completa.

Uma excelente vitória para o Brasil

TERCEIRA IDADE Garantida representação no Conselho Estadual da Pessoa Idosa

Conforme Elisete Hintz, diretora da Fetag e responsável pela área de Políticas Sociais, isso representa um avanço, uma vez que o CEI era regido por um decreto e agora com a aprovação via projeto de lei torna-se uma lei em que a Fetag passa a ter um espaço de representação dos idosos, a partir da emenda do

garantindo a participação de entidade sindical de 2º grau representante dos aposentados rurais no Conselho, uma reivindicação da Fetag. Schuch justifica que, conforme dados do INSS, em janeiro de 2013, havia 2.371.122 aposentados no RS, dos quais 625.450 são aposentados rurais. Portanto, continua, é uma categoria que precisa de representação específica no Conselho.

Estatuto do Idoso

A Comissão Estadual de Aposentados Rurais da Fetag se reuniu nos dias 11 e 12 de junho, na sede da Federação, em Porto Alegre. Elisete e a comissão avaliaram de forma positiva o encontro, que teve a participação da maioria das regionais sindicais e da secretária nacional da Terceira Idade da Contag, Maria Lúcia Santos de Moura, e a assessora Maria

Cavalcante Vicente, cujas presenças demonstram a importância do evento. “Tivemos a oportunidade de aprofundar o estudo do Estatuto do Idoso, o qual contém pontos importantes de direitos dos aposentados que precisamos aprofundar e levar para a base a garantia desse direito, tais como o transporte interestadual e a permanência em filas”, exemplificou.A dirigente disse que também foram aprofundadas questões referentes a bem estar, saúde e alimentação, cuja responsabilidade é da família. No entanto, quando essa não tem condições, o Estado tem que arcar com a responsabilidade. Um total de 40 mil livretos do Estatuto do Idoso, numa parceria com o deputado Heitor Schuch, estão sendo distribuídos junto às regionais sindicais. A organização dos eventos em homenagem ao Dia Estadual dos Aposentados Rurais, que é festejado em 5 de outubro.

A decisão t transitou

em julgado em 17/04/2013, após tramitar todos os recursos possíveis, sendo mantida a decisão inicial. Cabe agora ao INSS sua aplicação devendo excluir, do artigo 31 da atual Instrução Normativa em vigor (IN45/2010) o enquadramento como contribuinte individual do administrador de fazenda (capataz) e do tratorista, que passam a ser trabalhadores rurais.A advogada da Fetag Jane Berwanger, responsável pela ação, diz que, a partir

dessa decisão, a Federação vai tomar as providências para a sua implementação. Ela alerta que, caso ocorra algum indeferimento poderá ser interposto recurso administrativo e imediatamente denunciado à Fetag. Já o 2º vice-presidente e diretor responsável pelo Departamento de Assalariados Rurais da Federação, Nélson Wild, conta que finalmente reparou-se uma injustiça que vinha acontecendo com os capatazes e tratoristas, autênticos trabalhadores rurais. Na prática, continua Wild, haverá ganhos tanto no exercício da atividade em seu dia a dia como na aposentadoria, com redução em cinco anos na concessão do benefício para homens e mulheres. A conquista

empregado denominado capataz, que é aquele trabalhador que planeja e supervisiona a execução das atividades, administra a mão de obra e equipamentos do estabelecimento, entre outras tarefas de chefia. Esse empregado tem sua atividade, sua ocupação, vinculada diretamente à atividade fim do estabelecimento rural e, portanto, não pode ser excluído da condição de trabalhador rural. Além do poder de mando, ele, junto com os empregados, executa as tarefas do dia a dia.Da mesma forma o tratorista, que trabalha para o empregador rural, pois essa é uma função específica e essencial do estabelecimento agrícola. Não há produção rural possível, em propriedade mecanizada, sem a utilização de tratores, cuja condução é tão ou mais desgastante do que a maioria das demais ocupações do estabelecimento rural.Em relação às atividades de motorista e de cozinheiro, o juiz entende que não há diferença ontológica entre aquelas exercidas para o empregador rural ou para o empregador urbano. Com efeito, em relação ao motorista não se desconhece que se trata de atividade desgastante, penosa, mas não há como diferenciá-la pelo local da prestação do serviço ou pela classificação do empregador. O mesmo raciocínio vale para a profissão de cozinheiro(a), pois não se pode presumir grandes diferenças na atividade pelo ramo econômico do empregador.

não se limita ao Rio Grande do Sul, sendo estendida para todo o País. O dirigente enaltece a amplitude da vitória da Fetag. ENTENDA A DECISÃO Conforme Ribas, a diferença entre o serviço de natureza urbana e o serviço de natureza rural não será demonstrada pelo local onde o trabalho é prestado, mas sim pela natureza da prestação. Dessa forma, o trabalho em um escritório, no meio rural, será de natureza urbana. O magistrado defende que o empregado rural deve ser assim considerado levando em conta a natureza do serviço

A Assembleia Legislativa aprovou no dia 4 de junho, por unanimidade, em sessão ordinária, o projeto do Executivo que cria o Conselho Estadual da Pessoa Idosa (CEI/RS) no Rio Grande do Sul.

deputado Heitor Schuch.O parlamentar avalia como um grande passo na luta pelos direitos e pela valorização dos idosos. Também foi aprovada emenda do parlamentar

desempenhado, e não exclusivamente o ramo de atividade do empregador. Com isso, no âmbito da propriedade rústica podem trabalhar empregados considerados trabalhadores rurais e trabalhadores urbanos, como seria o caso de profissões como a de médico, por exemplo.Na IN 20/2007, estaria prevista a situação do administrador sem qualificação profissional de nível universitário, que corresponde ao José Wilson (Contag) exibe documento

Comissão avaliou positivamente o encontro

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HUMOR

A esposa e a mula Que problemão!

Um agricultor tinha uma esposa que lhe incomodava sem piedade.

De manhã à noite, ela estava sempre reclamando de alguma

coisa. O único momento de alívio era quando ele estava arando com

sua mula velha. Ele arava muito.Um dia, quando ele estava na lida,

sua esposa trouxe-lhe o almoço. Ele levou a velha mula para a

sombra, sentou-se em um toco e começou a comer.

Imediatamente, sua esposa começou a importuná-lo

novamente. Reclamar, reclamar, criticar, não

parava. De repente, a velha mula deu um coice na mulher

acertando-a na nuca. Morte instantânea. No

outro dia, no funeral, o padre notou

algo bastante estranho.

Passados nove meses, marido e mulher chegaram à maternidade. O marido e a mulher foram ao hospital para terem um bebê. Chegando lá, o médico disse que tinha inventado uma máquina que dividiria as dores do parto com o pai da criança. Perguntando se eles queriam experimentar o invento, de pronto obteve aceitação do casal. O médico regulou a máquina para transferir somente 10% da dor para o pai, dizendo que seria o bastante, porque sendo um homem, não poderia suportar mais do que isso. A mulher começou o trabalho parto e o marido estava se sentindo muito bem. Assim resolveram aumentar a taxa da dor para 20%. O marido continuava bem. O médico intrigado mediu a pressão conferiu o coração e tudo estava normal. Assim, resolveu ir aos 50%. Depois de um tempo, o bebê estava quase nascendo e como o marido continuava bem, resolveram transferir dor do parto 100% para o marido e proporcionar à mulher um parto sem dor. A mulher teve o bebê sem dor. Ela e o marido estavam sentindo-se muito bem. Já em casa, encontraram o carteiro morto na varanda.

Um homem de 80 anos está sentado num banco de jardim,

chorando copiosamente. Um moço, passando pelo local,

fica comovido com a cena e senta-se ao seu lado, resolvendo puxar assunto:

O que o aflige, senhor? Estou apaixonado por uma moça

de 22 anos...E o que há de mal nisso? O senhor não é

correspondido? Claro que sim. Não é o que

você está pensando. Moramos juntos, eu e ela,

que é lindíssima. Toda manhã, antes

dela ir ao trabalho, nós transamos. Na hora do almoço, ela voltapara casa, nós transamos de novo, e ela prepara um dos meus pratos preferidos. De tarde, se tem tempo, ela volta para casa e transamos. Finalmente, à noite, voltamos para o nosso ninho de amor e transamos a noite toda...Então eu não entendo. Parece-me que vocês estão vivendo uma relação perfeita. Por que o

senhor está chorando? - Esqueci onde eu moro!

Quando uma mulher enlutada aproximava-se do velho fazendeiro, ele

ouvia uns minutos e acenava com a cabeça concordando. Porém,

quando um homem se aproximava dele

ouvia e em seguida, balançava a cabeça

negativamente. Isto ocorreu diversas

vezes até que o padre decidiu perguntar

ao velho fazendeiro sobre isso. Assim, após o funeral,

o padre perguntou:- Por que você acenou com a

cabeça e concordou com as mulheres, mas sempre negou com

a cabeça e discordou de todos os homens?

O velho respondeu:- Bem, as mulheres vinham e

diziam algo de bom sobre minha esposa ou como seu vestido era

bonito... Então eu acenava positivamente com a cabeça.

E os homens, questionou o vigário?

- Queriam saber se a mula estava à venda!

Máquina mortífera

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EDUCAÇÃO

Fetag dá pontapé inicial paradiscutir educação no RSO auditório da Fetag ficou lotado no dia 13 de junho, quando recebeu mais de 400 pessoas que participaram do Seminário de Educação do Campo promovido pela Federação. O tema geral foi A Concepção de Educação do Campo e Política de Incentivo às Escolas Comunitárias: demandas aos gestores públicos do Legislativo e Executivo do RS. Conforme Inque Schneider, diretora da Fetag e responsável pela área de educação, o seminário foi avaliado como um pontapé inicial para discutir com o governo do Estado, em especial a Secretaria da Educação, a educação do campo.Conforme Inque, foi possível sentir uma abertura por parte de Milton Viário, representante do governador, bem como do secretário de Educação, José Clóvis de Azevedo. “Nós vamos cobrar se o governo não nos solicitar para participar da construção do novo plano estadual, que é viável realizar na educação do campo no Rio Grande do Sul”, advertiu.Ela não tem dúvidas de que a Fetag sai fortalecida por ter produzido esse importante evento, bem como as Secretarias Municipais de Educação, as coordenadorias regionais, as Casas Familiares Rurais e as Escolas Agrícolas. “Estamos felizes porque acreditamos na educação e que este seminário traga frutos para o homem, para a mulher e ao jovem que lá no campo possa ficar e se sentir feliz”, justificou.

Esvaziamento do campo

O presidente da Contag, Alberto Broch, e o secretário Nacional de Políticas Sociais, José Wilson de Sousa Gonçalves, também participaram das atividades. Broch enfatizou que a questão da educação do campo tem estado presente nos últimos anos na agenda do movimento sindical. “Talvez, em outras épocas, não esteve com tanta intensidade. No entanto, hoje, sabemos, que se não a tivermos como uma de nossas prioridades, corremos um risco grande para o esvaziamento do campo. Temos que repensar o modelo para a educação. Por isso, a Contag tem lutado, desde o final dos anos 90, para que o Ministério da Educação e Cultura e o Conselho Nacional de Educação reconheçam a educação do campo”, defendeu.Ele lembrou que em 2012 se obteve outra conquista junto ao governo federal com o Programa Nacional de Educação do Campo – Pronacampo. Agora, atendendo pleito do Grito da Terra Brasil 2013, será criado em Caldas Novas/GO, um Centro de Formação para o Campo, junto com a Universidade Federal de Goiás. “Pobre do país que não cuida do desenvolvimento rural, da agricultura familiar, da educação, pois ele pode perder a sua identidade. Parabéns à Federação gaúcha por esse grande evento”, ressaltou.Ao mesmo tempo, José Wilson disse que em todas as Federações vêm acontecendo um conjunto de atividades no sentido de aprofundar a política educacional, que é fundamental e necessária para o campo. “Temos acompanhado, nos últimos anos, que a política de educação, ao invés de fortalecer, tem servido para esvaziar o campo. Na medida em que elas são políticas de fechamento de escolas, do transporte escolar, da alimentação, que não vincula a escola com a produção e a unidade familiar. Então, tudo isso cria uma situação de esvaziamento do campo. A ação da Contag é no sentido de estabelecer referenciais pedagógicos e isso desembocou na criação do Pronacampo no sentido de resgatar a identidade e que a escola consiga dialogar e compreender que o campo é dinâmico, diversificado, tem cultura e é diferente da cidade. A escola precisa conviver com isso e se fortalecer. O que a Federação está fazendo aqui é trazer para a pauta do movimento sindical essa temática da educação do campo, que é essencial para o nosso povo, que possa ter as mesmas oportunidades e condições para se formar e se profissionalizar, culminando a formação e a educação com a sua realidade econômica cultural, que garanta renda e condições dignas para as pessoas.

Ferramenta importantíssima

O vice-presidente da Arcafar/RS, Venildo Turra, disseque a Rede Ceffa's no Brasil tem 240 Centros deFormação por Alternância. Deste total, na RegiãoSul são 72 (PR 42 - SC 26 - RS 9). “De Santa Catarina para cima já foi resolvida a questão decomo ajudar o homem do campo na questão da educação. Governos de Santa Catarina e do Paraná já entenderam que a educação é uma ferramenta importantíssima para que os jovens não saiam docampo e continuem produzindo alimento. Estamos aqui, neste seminário, para saber se o governo gaúcho considera ou não importante a educação do campo”, questionou Turra.

O presidente da Fetag, Elton Weber, e o presidente do Senar no Rio Grande do Sul, Gilmar Tietböhl, assinaram um termo de cooperação no valor de R$ 250 mil como forma de incentivo à formação do campo, através das escolas comunitárias que adotam a pedagogia da alternância – Centros Familiares de Formação por Alternância (Ceffa's) e Escolas Familiares Agrícolas (Efa's).

Um termo de doação de 300 computadores para a Fetag, numa parceria com a Secretaria de Comunicação Social do Estado, foi assinado durante o seminário. A 1ª secretária e coordenadora de Jovens da Fetag, Josiane Einloft, lembrou que essa é uma reivindicação da 3ª Marcha da Juventude Rural, realizada em julho de 2012, e vai viabilizar a inclusão digital no meio rural através de telecentros.O vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Osmar Dias, assinou o termo, pois o BB é parceiro na doação de 100 computadores. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Arroio do Tigre foi o primeiro a receber. Em seguida irão para quatro Casas Familiares Rurais e os STR's de Santo Cristo, Catuípe, Jaguari e Santo Antônio das Missões.

Termo decooperação

Inclusão digitalGilmar assina termo de cooperação no valor de R$ 250 mil

Mística de abertura contou com a participação de vários alunos em auditório lotado na sede da Federação

Alceu Mergem, presidente do STR de Arroio do tigre, recebeu os primeiros computadores. à direita, Osmar Dias, vice-presidente de agronegócio do banco do brasil