rubem grilo

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Page 1: Rubem Grilo
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

A xilogravura de Rubem Grilo / Instituto Arte na Escola ; autoria de Tarcísio

Tatit Sapienza ; coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. –

São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2006.

(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 44)

Foco: PC-4/2006 Processo de Criação

Contém: 1 DVD ; Glossário ; Bibliografia

ISBN 85-98009-52-0

1. Artes - Estudo e ensino 2. Gravura - Xilogravura 3. Grilo, Rubem I.

Sapienza, Tarcísio Tatit II. Martins, Mirian Celeste III. Picosque, Gisa IV.

Título V. Série

CDD-700.7

A XILOGRAVURA DE RUBEM GRILO

Copyright: Instituto Arte na Escola

Autor deste material: Tarcísio Tatit Sapienza

Revisão de textos: Soletra Assessoria em Língua Portuguesa

Diagramação e arte final: Jorge Monge

Autorização de imagens: Ludmilla Picosque Baltazar

Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express

Tiragem: 200 exemplares

Créditos

MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA

Organização: Instituto Arte na Escola

Coordenação: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO

Copyright: Instituto Arte na Escola

Concepção: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Concepção gráfica: Bia Fioretti

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DVDA XILOGRAVURA DE RUBEM GRILO

Ficha técnica

Gênero: Documentário.

Palavras-chave: Xilogravura; diálogo com a matéria; série; ob-servação sensível; história do Brasil; imaginário fantástico; ar-tista e sociedade.

Foco: Processo de Criação.

Tema: O trabalho do gravurista Rubem Grilo.

Artistas abordados: Rubem Grilo, Lívio Abramo, MarceloGrassmann, Oswaldo Goeldi, Lasar Segall, Munch.

Indicação: 7a e 8a séries do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Direção: Sarah Yakhni.

Realização/Produção: Rede SescSenac de Televisão, São Paulo.

Ano de produção: 2000.

Duração: 23’.

Coleção/Série: O mundo da arte.

SinopseVisitamos o artista Rubem Grilo, nascido em Minas Gerais, emsua casa e ateliê de xilogravura, no Rio de Janeiro. O artistanos expõe seu percurso criativo e comenta obras suas de di-versos períodos. Fala de como se estrutura o seu pensamentográfico e aponta, em alguns de seus trabalhos, analogias coma linguagem das histórias em quadrinhos e do cinema. Desde1973, suas obras são também publicadas na imprensa brasilei-ra. O crítico de arte Wilson Coutinho comenta os aspectos sim-bólicos e políticos de sua obra, ressaltando sua dedicação àtradição artesanal da arte da gravura. Destacamos a possibili-dade de acompanhar de perto sua demonstração do processode criação de uma xilogravura, desde seu desenho inicial, o

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preparo e a gravação da matriz, até o entintamento e a impres-são da cópia no papel.

Trama inventivaPercurso criador. Olhar/sentir/pensar o que antes, simplesmen-te, não era. Cada novo olhar é um outro olhar, e assim vai sefazendo a obra. Existem vontades. Vontades de artista: proje-tos, esboços, estudos, protótipos. Vontades da matéria: resis-tir, provocar, obedecer, dialogar com o artista. Existe um tem-po: do devaneio, da vigília criativa, do fazer sem parar, de ficarem silêncio e distante, de viver o caos criador. Existe um espa-ço: o ateliê. Espaço para produzir, investigar, experimentar.Repouso e reflexão. Espaço-referência. Existe sempre a buscaincansável para o artista inventar a sua poética de tal formaque, enquanto a obra se faz, se inventa o modo de fazer. Inven-ção que, na cartografia, convoca o andarilhar pelo territórioProcesso de Criação.

O passeio da câmera

Entramos em sua casa como curiosos espectadores de seu modode criar, de viver, de pensar. Na intimidade de seu pequeno ateliêque parece uma relojoaria mágica, Rubem Grilo é o artesão quenos convida a entrar no pensamento gráfico da xilogravura.

Dividido em três partes (com aproximadamente 10’, 6’ e 7’), odocumentário apresenta intercaladamente: depoimentos doartista, registros de seu ateliê/residência, de suas obras, e deseu processo de trabalho, além de depoimentos do crítico dearte Wilson Coutinho e fragmentos de cenas do Brasil na épo-ca da ditadura.

Na primeira parte, o artista fala dos artistas que o influencia-ram, destacando os expressionistas. Apresenta algumas de suasobras e diz que começou a trabalhar com gravura em 1971,quando a gravura brasileira já era respeitada como arte, masnum momento de discussão da própria tradição.

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Na segunda parte, mostra sua série de Objetos imaturos e co-menta a importância do humor. Demonstra todas as etapas doprocesso de criação de uma xilogravura e explica como o seupensamento gráfico é gerado.

Na terceira, a conotação política de sua obra é abordada pelopróprio Rubem Grilo e pelo crítico de arte Wilson Coutinho, quedestaca a qualidade artesanal de seu trabalho. O artista apon-ta, em uma de suas obras, a ligação com a linguagem cinema-tográfica e faz um depoimento final, no qual destaca o sentidode desafio que atribui à criação.

O documentário traz pistas para iniciar proposições pedagógi-cas diversas nos territórios das Conexões Transdisciplinares

(história do Brasil, política, imprensa); de Forma-Conteúdo (ima-ginário fantástico, arte e vida, linha, luz); das Linguagens Artís-

ticas (xilogravura, desenho, cartum, ilustração); em Materialidade

(potencialidade, qualidade e singularidade da matéria naxilogravura, procedimentos tradicionais); de Mediação Cultural

(artista e crítico de arte) e de Saberes Estéticos e Culturais (ar-tista e sociedade, reprodutibilidade, distribuição da arte, estéti-ca do cotidiano).

Escolhemos como foco central deste material Processo de Cri-

ação, pela forma como este documentário revela a poética pes-soal do artista, o diálogo com a matéria, destacando, simultane-amente, o gesto gerado no uso de sua ferramenta e uma leiturade mundo referendada em seu repertório pessoal e cultural.

Sobre Rubem Grilo

(Pouso Alegre/MG,1946)

Fui desenhar porque precisava, como uma pessoa come porque tem fome.

Rubem Grilo1

Na época de realização deste documentário, o artista viaja pelopaís com a exposição Arte menor e Objetos imaturos, 600 pe-quenas obras, a maioria presente em sua sala na 24ª BienalInternacional de Arte/SP, em 1998. Por que arte menor? O

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jornalista Jeferson Lima2 pergunta e ele lhe diz que: “é pelotamanho das figuras, mas há também uma questão histórica.As academias sempre consideraram a pintura e a esculturacomo artes maiores em relação às gravuras”. O artista satirizaessa polêmica e comprova a importância de sua arte.

Em sua série de objetos chamados Imaturos, o artista re-

vela seu modo singular de colher da vida, do cotidiano, os

elementos para a sua obra, como o cachimbo, por exem-

plo, sobre o qual comenta no documentário. Subverte a

função, pois o que lhe interessa é “muito menos o objeto

e muito mais mostrar que às vezes a criação pode se con-

fundir com o olhar as coisas por um ângulo diferente”.

Formado em agronomia, Rubem Campos Grilo se encanta coma xilografia, começando a fazê-la em 1970. Curioso, encontrana Seção de Iconografia da Biblioteca Nacional/RJ as gravu-ras de Lívio Abramo, Marcelo Grassmann e Oswaldo Goeldi,entre outros. Na década de 70, a qualidade das obras dessesartistas dá grande respeitabilidade à gravura, equiparada àsoutras linguagens artísticas. Naquele momento, considera Griloque “a arte brasileira entrava num processo de discussão so-bre o uso dos suportes tradicionais. Começava já a haver umacerta ruptura dentro da apropriação de determinadas lingua-gens, tentando estabelecer uma arte mais ligada ao processoconceitual”. Para George Kornis3 :

O compromisso, na obra gráfica de Rubem Grilo, não se restringe àsquestões de linguagem plástica - embora essa seja objeto de explíci-ta atenção - estendendo-se à preocupação ética. A ética, aqui, res-gata o compromisso com o humano, com a dor. É este compromissoque estabelece a base político-social de um trabalho que, em momentoalgum, deve ser tomado como panfletário, a despeito de seu acentu-ado caráter crítico: a crítica do cotidiano.

A crítica do conturbado período político está presente em seustrabalhos para a imprensa alternativa4 , veículo de oposição aosgovernos militares brasileiros, para a qual colaborou por 15 anos.Segundo o crítico de arte Wilson Coutinho: “naquele momentohouve uma espécie de adequação entre o universo imagináriodele e uma maneira de viver a política, sobretudo da esquerda,

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como coisa sombria, por que a ditadura era muito violenta”.

O próprio artista fala da política e do humor em sua obra5 :

Quanto à presença da questão política no trabalho, eu acho que estáligada ao fato de vivermos numa sociedade profundamente injusta, enaturalmente me preocupa a dor que nela ocorre. (...) Não tenhosoluções políticas a oferecer, tenho sentimentos - um sentimentohumano colocado em jogo, uma identificação com as pessoas e umarecusa em aceitar a injustiça e a dor. (...)

Acho que o humor tem um lado de comunicação muito grande. É umaforte linguagem corrosiva, de crítica, e ao mesmo tempo exerce naspessoas que o vêem a capacidade de interpretação. Considero queninguém pode achar graça numa coisa sem descobrir a chave, o enig-ma daquele tipo de situação.

A forte presença do sentimento em sua obra revela a influênciade uma tradição expressionista nascida no contato com a obrade Munch, entre outros. Para Grilo, mais do que as imagens

angustiadas e exacerbadas, importa a “poética do eu, uma

poética individual em que o artista se desgarra do coleti-

vo, se torna, na ação e no pensamento, uma pessoa, a

consciência do eu - eu diria, então, que meu trabalho tem

a ver com o expressionismo. Mas, por outro lado, não me

obrigo a ser expressionista como opção estética.”6

Para Kornis7 , o trabalho na imprensa ampliando a circulaçãosocial das idéias e das obras de Grilo impulsiona “a disciplinagráfica: expressividade, comunicabilidade e síntese. (...) a efe-tiva percepção do significado contemporâneo da obra múltipla”.

Os olhos da arte... com o crayon eu defino as áreas mais escuras ou mais claras, decerta forma ela já envolve um planejamento da gravação. (...) Porexemplo, tem áreas que são áreas escuras, áreas que são áreas bran-cas, áreas hachuradas que vão dar assim tonalidades de cinzas. Naestruturação desses elementos é que se gera o pensamento gráficoda xilogravura.

Rubem Grilo

As soluções visuais nascem no diálogo com a matéria madeira.Pensamento de alto e baixo relevo, traduzindo o desenho emtrês dimensões para permitir a tiragem da cópia na xilogravura.

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“Às vezes RubemGrilo parece tra-balhar como sefaltassem pala-vras para um uni-verso e fosse ne-cessário torná-lopresente em ima-gem. É como seGrilo pensassecom a faca degravar, pensasse

gravando. Pensar seria um corte na matriz”, diz o curador PauloHerkenhoff8 .

O aprender a fazer xilogravura, no início de sua carreira, é umprocesso que se encerra em si mesmo. Compreendendo axilogravura como uma técnica que tem nas mãos a sua forçamaior, envolvendo todo o corpo em sua ação sobre a matriz demadeira, o artista reforça o conceito de um pensamento gráfi-co de xilogravura. É um pensamento visual que se revela pelaxilogravura.

Como nos diz Fayga Ostrower9 : “o pensar só poderá tornar-seimaginativo através da concretização de uma matéria, sem oque não passaria de um divagar descompromissado, sem rumoe sem finalidade. Nunca chegaria a ser um imaginário criativo”.É no diálogo com as resistências, limites e potencialidades damadeira que o pensamento se impõe, vindo “de dentro, comoum desdobramento da própria experiência.”

Ao tratar de um tema, a idéia mais imediata surge um tanto literal.Como trabalhar esse tema de tal maneira que ele não fique óbvio,que ele seja reinventado? (...) Como manter o nível de compreensãosem abrir mão da invenção, da reconstrução da própria linguagem dotrabalho? (...) Há um período de reinvenção da própria idéia. (...) Umafase em que a gente deve ter coragem de saber destruir as coisas.Pode acontecer de o trabalho ter de ser feito várias vezes, o que nãosignifica que não esteja bem desenhado, mas sim que o desenho nãotem mistério, não bate como se fosse algo novo. (...) certos detalhessão feitos cinco vezes ou mais. Posso passar quatro ou cinco horas

Rubem Grilo - R. R. R., 1984

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desenhando apenas um rosto, uma ponta de nariz, até sentir queaquela ponta de nariz ou aquele rosto dá uma impressão mais fortesobre mim. (...) A construção do trabalho, a proposição, a distribui-ção das peças, as relações das peças entre si, a justificação de todosos elementos, ver se há um certo conjunto dentro do trabalho, até eumontar tudo isso é uma coisa penosa que exige muito esforço. 10

Vê-lo no documentário, em precioso registro do gravurista tra-balhando, nos permite acompanhar seu processo de criaçãoatravés de seus gestos e apreender seus procedimentos: lixara madeira; desenhar sobre a matriz; preparar e espalhar a tin-ta; entintar a matriz; friccionar o papel sobre a matriz para obteruma cópia da gravura. Rubem Grilo comenta como estruturaseu pensamento ao desenhar na matriz. Os depoimentos do

artista nos permitem refletir sobre como este pensar visu-

al/gráfico se articula à sua poética pessoal:

A grande conquista da arte foi tomar consciência de suas questõesintrínsecas, de coisas que só dizem respeito a ela. Mas, por outro lado,é complicado reduzir toda a arte a formas, cores, linhas. Porque, aose expressar, certas pessoas transmitem sua experiência de vida. (...)O que tenho feito até hoje é responder a esta questão. (...) O traba-lho começa somente quando você descobre uma razão nele. Não équando se faz um desenho, é quando esse desenho se converte numacoisa significativa.11

A natureza da criação é o tema do último depoimento de Ru-bem Grilo no documentário:

Cada vez que eu começo umnovo trabalho é como se esti-vesse começando do zero.Cada trabalho na verdadecorresponde a um jogo no va-zio. Pode parecer estranho,pois eu sei que algumas coi-sas a gente aprende, fica maishábil, mais automático. Masisto não é o que interessa, oque interessa envolve a ques-tão da criação. A criação ésempre um ato feito no escu-ro, ela não pode ser repetida,senão deixa de ser criação.Ela tem que ser um dado novo,e como um dado novo sempreé um desafio.

Rubem Grilo - Cachimbo para

fumantes inverterados, 1996

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O passeio dos olhos do professorConvidamos você a ler este DVD antes de planejar sua utiliza-ção. A proposta é iniciar um diário de bordo, um instrumento deregistro dos rumos trilhados por seu pensar pedagógico, a serretomado e desenvolvido durante todo o processo de trabalhojunto aos alunos. Recomendamos, a partir da exibição, anotarsuas impressões utilizando os meios com que tiver mais afini-dade: escrita, desenho, colagem, etc. Assisti-lo mais de umavez é um procedimento recomendado e a pauta do olhar,sugerida a seguir, pode ajudá-lo neste registro inicial. Fica a seucritério consultá-la antes da primeira vez ou não.

Para quais perguntas o documentário move o seu pensar?

Que aspectos do trabalho de Rubem Grilo atraem mais suaatenção?

Você se identifica com o processo de criação visível nodocumentário? Ele amplia seu conhecimento e percepção dosprocessos de criação em arte?

O que imagina que os alunos gostariam de ver no documentário?O que causaria atração ou estranhamento?

Quais os focos possíveis para o trabalho em sala de aula apartir deste documentário?

Como imagina aproveitar, na sala de aula, a divisão dodocumentário em três segmentos?

Ao rever as anotações, o seu modo singular de percepção eanálise se revela. A partir dos registros e da escolha do foco detrabalho, quais questões você incluiria numa pauta do olhar parao passeio dos olhos dos seus alunos pelo documentário? A pautanão precisa ser trabalhada com os alunos como um questio-namento verbal. O contato deles com suas questões pode re-alizar-se por meio de diversas propostas para aprender-ensi-nar arte formuladas partindo deste direcionamento; e suas res-postas também podem ser não-verbais, expressas através dodesenvolvimento de seu processo de trabalho.

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qual FOCO?

qual CONTEÚDO?

o que PESQUISAR?

Zarpandpoéticas da materialidade

suporte

matriz de madeira,papel, cópia

potencialidade, qualidade esingularidade da matéria

procedimentos tradicionais

procedimentostécnicos inventivos

Materialidade

agentesartista, crítico de arte

MediaçãoCultural

ConexõesTransdisciplinares

arte e ciênciashumanas

militância política,história do Brasil,ditadura, imprensa

do

Forma - Conteúdo

elementos davisualidade

relações entre elementosda visualidade

forma, luz e sombra:linha, ponto/retícula, ponto

composição, contraste,branco e preto,relação figura/fundo,relação cheio/vazio

figurativa: imaginário fantástico;contemporânea: memória,arte e vida, política

temáticas

Linguagens Artísticas

meiostradicionais

linguagensconvergentes

desenho, gravura,xilogravura

cartum, ilustraçãohistória em quadrinhos

artesvisuais

Processo deCriação

ação criadora poética pessoal, percurso de experimentação,séries, diálogo com a matéria, gesto no traço,domínio técnico

observação sensível, coleta sensorial, pensamento visual,pensamento gráfico, repertório pessoal e da cultura,imaginação criadora, atitude lúdica, leitura de mundoambiência de trabalho: ateliê, casa

potências criadoras

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Percursos com desafios estéticos

Conforme destacamos no mapa, consideramos o foco Proces-

so de Criação um enfoque relevante no DVD, a ser retomadoem suas proposições pedagógicas. A seguir, apresentamos al-guns possíveis percursos de trabalho que percebemos poten-cialmente impulsionadores de projetos para o aprender-ensi-nar arte. Os caminhos sugeridos não precisam ser seguidos li-nearmente. Você está convidado a traçar a sua própria rota:escolha por onde começar, por onde passear, em que partespermanecer mais tempo, o que descartar.

O passeio dos olhos dos alunos

A intenção é convocar os alunos para assistirem ao docu-mentário, despertos para a reflexão sobre o aprendizado e apesquisa em arte. Sua turma será animada pelas ações expres-sivas e apreciações, que serão socializadas e tematizadas emconversas. Algumas possibilidades:

Um primeiro contato com as técnicas da gravura pode serproposto através da criação de monotipias. Recomendamos,para maior proximidade com os procedimentos expostos nodocumentário, o trabalho com tinta gráfica de impressãopreta (a óleo), rolinhos (podem ser os usados com carimbo)e espátulas para espalhar a tinta, uma placa de vidro, defórmica ou de madeira, para entintar. Ao entintar a placa,colocar o papel por cima e pressionar suas costas, seusalunos poderão investigar como criar imagens e vivenciaruma introdução à linguagem da gravura. O segundo blocodo documentário pode ser exibido após essa primeira expe-rimentação, problematizando a questão da reprodutibilidadeda imagem permitida pelo trabalho em gravura e as quali-dades específicas da xilogravura.

Cópias ou reproduções de obras em xilogravura poderão sersolicitadas aos alunos para abrir uma primeira conversa. Po-dem ser xerox de livros ou impressões de imagens salvas

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da internet. Caso não haja condições para que os alunosfaçam esta coleta, ela pode ser realizada por você. Outraidéia é que você leve para a sala uma matriz de xilogravura.A exposição em classe, como um mural, prepara para queassistam ao primeiro bloco do documentário. O que os alu-nos sugerem para o prosseguimento do projeto? O que gos-tariam de pesquisar e produzir?

Uma história da literatura de cordel que trate de uma ques-tão política ou ética e seja acompanhada por xilogravuraspode ser o ponto de partida para a leitura de imagens e dotexto junto com a classe. A participação do professor deportuguês/literatura pode ser bastante proveitosa. Essaleitura prepara para “ler” o terceiro bloco do documentárioe para a discussão da relação do artista com a sociedadeem que vive, além da percepção das semelhanças e dife-renças entre o trabalho deste artista e o trabalho dos cria-dores de cordel quanto à linguagem gráfica e à forma comorepresentam nossa cultura.

Desvelando a poética pessoal

O desafio proposto neste percurso é orientar e motivar os alu-nos a criar séries de trabalhos por meio das quais desenvolvamuma atitude de pesquisa sobre seu modo próprio de expressãona linguagem visual e adquiram consciência sobre o caráterpoético desta criação. O importante é proporcionar a escolhapessoal, impulsionar a criação de uma série de trabalhos eacompanhá-los até o momento de apresentação e discussãoda experiência com a classe.

A criação de carimbos para a composição de uma série detrabalhos permite lidar com a experimentação e o diálogocom a matéria, já que é ela que dará suporte às idéias. Alémdos recursos necessários para o trabalho com monotipia, seusalunos precisarão de goivas e pequenos pedaços de madeiraou linóleo para criarem seus carimbos. Esses materiais po-dem ser substituídos por outros mais baratos, como pisos sin-

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téticos, tipo paviflex, muitas vezes jogados no lixo em refor-mas. Antes é preciso testar se o tipo que encontrar é fácil decavar. Para os menores, os carimbos podem ser experimen-tados em batatas. Suas orientações para os cuidados comos cortes e o envolvimento de todo o corpo na ação é impor-tante para que ganhem familiaridade com os instrumentos.Uma conversa com um marceneiro ou entalhador em sua ci-dade é uma possibilidade de ampliação de repertório. O queos alunos criarão? Figuras inspiradas no seu cotidiano? Crí-ticas à escola, à política? Cada aluno apresentará seu álbumde carimbos ao final do projeto.

Como Rubem Grilo, os alunos que optarem por esse per-curso pessoal poderiam criar objetos imaturos bi outridimensionais, utilizando para isso o desenho, a colagemou a assemblage12 .

Ampliando o olhar

As matrizes criadas em atividades anteriores, selecionadaspor um grupo de alunos, podem servir de acervo para o usode todos os alunos, que também as recriarão. O que essescarimbos sugerem? Que histórias podem ser contadas apartir deles? As histórias estruturadas como um cordel, apro-veitando os elementos que já elaboraram, ou inventando no-vos, podem ser criadas por grupos de até seis alunos. A his-tória pode ser concebida, primeiramente, como imagem oucomo texto. O tema pode ser o modo como percebem suaescola ou sua cidade. A participação do professor de portu-guês/literatura pode ser uma grande colaboração no desen-volvimento da proposta.

Imagens impressas dos mais diversos tipos, como por exem-plo: rótulos, embalagens de produtos comerciais, cartazes,filipetas, ingressos, notas de dinheiro antigas entre outraspodem ser trazidas para a classe. A observação sobre elaspode levar à questão: o que sabem do processo de multipli-cação que permite encontrar no cotidiano centenas de cai-

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xas do mesmo produto em embalagens iguais numa loja, oudiversos exemplares da sua revista em quadrinhos preferi-da numa banca de jornal? Com o grupo será interessantepensar os critérios para organizar e expor esta coleção.

A visita a uma gráfica pode se transformar em uma boa opor-tunidade para aprender sobre os processos de impressão.Para isso é preciso planejar uma pauta do olhar, organizaros alunos em grupos e pedir que registrem suas impressõessobre a visita e o que compreenderam sobre o processo dereprodução de textos e imagens realizados na gráfica. Vocêtambém pode aproveitar este contato para tentar obterprovas de teste dos materiais impressos, que facilitem acompreensão do processo, materiais adequados para tra-balhar com gravura em sua classe (por exemplo, pequenasquantidades de tinta para impressão, placas de offset usa-das), ou mesmo verificar a possibilidade de patrocínio daimpressão de um trabalho desenvolvido pelos alunos.

Quais lembranças os alunos podem levantar sobre a uniãohumor/arte em suas vidas? Lembrarão das histórias em qua-drinhos, programas de tv, comédias do cinema, peças deteatro, livros? Você pode ajudá-los levando para a sala deaula obras de artistas que trabalhem com humor, como osIrmãos Campana, Guto Lacaz, Marcos Coelho Benjamim (ostrês fazem parte da DVDteca), além de Millôr Fernandes eSaul Steinberg, e ampliar a discussão com a classe a partirde sua observação.

A comparação entre as xilogravuras dos artistas já citadose a apreciação dos DVDs, que tem a xilogravura como umtermo em seu mapa, ampliam o olhar sobre o diálogo com amatéria madeira vivido por cada artista em seu processo decriação. O gesto conduzido pelo pensamento e pelas ferra-mentas, o enfrentamento da resistência e dos limites, podeser percebido pelos resultados. Como aguçar os olhos dosalunos para perceber os meandros dos processos de cria-ção de artistas que podem fazê-los superar a idéia de quea inspiração e o talento são as suas bases prioritárias?

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Conhecendo pela pesquisaNo mundo contemporâneo, a reprodutibilidade de imagenstem uma presença constante. A gravura – xilogravura,litogravura, gravura em metal ou serigrafia – permite queas obras de artistas ganhem um contato maior com opúblico. Lembremos de Rembrandt, por exemplo, cujasgravuras adquiriram maior visibilidade que suas pintu-ras ou desenhos. Os alunos podem pesquisar todos osmeios de reproduzir imagens, desde as cópias xero-gráficas às impressões diárias dos jornais, incluindo aimpressora do computador. A questão dos direitos au-torais das imagens também pode se tornar objeto depesquisa para os alunos maiores. A pesquisa pode as-sumir um caráter de introdução ou aprofundamento,conforme seja feita, antes ou depois das propostassugeridas em Ampliando o olhar de visitar uma gráfica ecriar uma coleção de imagens multiplicadas.

A xilogravura no Brasil tem uma importante história a serpesquisada. Os alunos podem iniciar a investigação pelo tra-balho em gravura dos artistas citados por Rubem Grilo emseu depoimento no documentário: Oswaldo Goeldi, LasarSegall, Lívio Abramo e Marcelo Grassmann. Além deles, háoutros DVDs sobre gravuristas como Maria Bonomi,Evandro Carlos Jardim, Jandira Lorenz, entre outros. Vocêpode ajudá-los consultando a cartografia da DVDteca.

As relações entre arte e imprensa, desde a inserção do tra-balho de artistas em jornais e revistas até a própriadiagramação que estrutura estes veículos, abrem espaçopara que os alunos percebam a vinculação da arte à vidacotidiana. É interessante lembrar a presença política dosartistas no período de ditadura no Brasil. Rever o terceirobloco do documentário pode ampliar a pesquisa e a compa-ração entre diferentes jornais e revistas.

Um artista que trabalha ilustrando artigos, em jornais ou re-vistas, lida com encomendas e com um tempo restrito para

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a sua criação. Como os alunos imaginam o enfrentamentodesses limites? Partes do documentário podem ser revis-tas para promover o debate e a pesquisa com outros artis-tas e também com professores, pesquisadores e profissio-nais que enfrentam a questão das encomendas e dos limi-tes de tempo em seu processo de criação.

A investigação sobre criadores de cordel, sua história e osrecursos da xilogravura para refletir sobre sua vida cotidia-na, podem aprofundar aspectos já tocados em outros itensneste material.

Propor aos alunos investigar a referência de Rubem Griloao expressionismo alemão e ao artista norueguês EdwardMunch, pesquisando o histórico do movimento e suas afini-dades com a obra de Grilo.

Amarrações de sentidos: portfólio

O portfólio pode ser um apoio para que o aluno perceba osentido do que estudou, reveja os conteúdos trabalhados ereflita sobre seu processo de aprendizagem. O ideal é queos alunos sejam esclarecidos sobre este instrumento deavaliação desde o início do projeto, organizando-o paralela-mente à realização dos percursos educativos propostos.Assim, ele poderá ser percebido como uma amarração dosconteúdos estudados, afastando o risco de virar apenas maisuma atividade.

Um exemplo: os alunos são informados de que criarão, em gru-pos, uma história de cordel, usando os recursos visuais queexploraram, contando a história desse projeto. Esse cordel podeser compartilhado com a comunidade de sua escola por meioda exposição dos trabalhos montados como livros para a con-sulta do público. Se possível, doar o trabalho à biblioteca local,ou à da escola, ampliando a sua divulgação e reconhecimentona comunidade. O ideal seria poder reproduzir estes trabalhosatravés de xerox ou como impressos (viável se conseguir o apoiode uma gráfica de sua cidade).

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Valorizando a processualidadeO momento de apresentação e discussão do portfólio com aclasse é a conclusão do processo de avaliação que aconteceparalelamente à realização das propostas que você formulouem seu percurso educativo. Destacamos duas questões a re-tomar neste momento:

Houve transformações?

O que os alunos percebem que aprenderam?

Como os indícios de transformação e aprendizagem podemnão ser aparentes para todos os alunos, cabe a vocêcontextualizá-los dentro do percurso pessoal de cada aluno.O aprendizado ocorre em diálogo com o trabalho desenvolvi-do por todos e com o repertório de arte pessoal e cultural.Esse conceito pode destacar que a referência de transforma-ções acontece em relação ao trabalho do próprio aluno, nãopela comparação de seu resultado com o de seus colegas.Converse também sobre como ocorreram os processos decooperação necessários para a criação do cordel-portfólio. Adiscussão dessas questões com os alunos permite evidenciarsua aprendizagem, o que ficou de mais importante, e tambémrevelar lacunas e idéias para novos projetos. É o momento derefletir e registrar em seu diário de bordo quais os caminhospedagógicos descobertos nessa experiência e os rumosinexplorados. O projeto germinou novas idéias. Para onde vocêirá depois dele na cartografia da arte e cultura?

GlossárioCartum – desenho e anedota gráfica, considerada uma modalidade de cari-catura, podendo conter uma só imagem ou constituir uma historieta, isto é,uma narrativa breve com duas ou três cenas encadeadas. Destinado à publi-cação em jornais, revistas ou periódicos especializados, baseia-se geralmen-te em personagens fictícios – humanos ou fantásticos – embora se valha tam-bém de pessoas reais no caso de assuntos políticos. Constitui uma visãohumorística ou satírica de comportamentos e mentalidades, tirando partidodos eternos vícios humanos, sejam eles circunstanciais ou atemporais. (...) Onome deriva de cartoon, um desenho em pequena escala que serve como guia

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para ampliações e reproduções em tapetes, telas ou murais. No Brasil, a ediçãode março de 1964, da revista Pererê, aportuguesou a palavra. Fonte:<www.videotexto.info/cartum.html>.

Expressionismo – “O expressionismo irá recuperar, no século XX, axilogravura enquanto uma linguagem na qual a rusticidade, a concisão e aintensificação expressiva favorecem sua reflexão plástica a respeito dascondições sociais da existência.” Fonte: KORNIS, George. Paixão e fé, facaamolada: a obra xilográfica de Rubem Grilo. In: GRILO, Rubem. Grilo:

xilogravuras. São Paulo: Circo Editorial,1985, p. 5.

Gravura popular – “Tenho um nível de informação diferente de um grava-dor popular. Tanto que evitei criar uma linguagem que pudesse ter liga-ções de estilo com a gravura popular porque acho que são terrenos dife-rentes, embora eu pense que um trabalho contemporâneo deva sedesenvolver buscando um relacionamento o mais extenso possível. Inclu-sive porque hoje em dia não há mais razão para aceitar uma casta depessoas exclusivas como beneficiárias da cultura. Fonte: GRILO, Rubem.Grilo: xilogravuras. São Paulo: Circo Editorial, 1985, p. 36.

Ilustração – “A crítica do cotidiano, veiculada pela imprensa - traçomarcante na circulação da obra gráfica de Grilo - coloca a necessidade deestabelecer a distinção entre esse trabalho e aquele de ilustração. A ques-tão central, aqui, é a da não subordinação da imagem ao texto: enquantona ilustração a imagem se situa como transposição visual do texto, notrabalho gráfico de Grilo a imagem deriva de uma linguagem especifica-mente plástica embora articulada à escrita, na composição da arquiteturada página impressa.” Fonte: KORNIS, George. Paixão e fé, faca amolada:a obra xilográfica de Rubem Grilo. In: GRILO, Rubem. Grilo: xilogravuras.São Paulo: Circo Editorial, 1985, p. 4.

Monotipia – “A monotipia é uma técnica de impressão que pode ter comomatriz placa de vidro, acrílico, linóleo, fórmica ou outros materiais. (...) Oaluno faz uma pintura sobre a placa, com tinta guache, acrílica, ou outras,e coloca sobre ela um papel, fazendo uma leve pressão com a mão no verso.Retira-se o papel com cuidado e verifica-se se a pintura da placa passoupara o papel. A impressão não é perfeita, mas isso pode ser muito interes-sante. A pintura sairá invertida. Depois de tirar a primeira cópia, a placaficará com uma leve marca de pintura; pode ser limpa para recomeçar umanova monotipia, ou então aproveitar-se esse pequeno registro acrescen-tando novamente a tinta para outra impressão.” Fonte: TATIT, Ana; MA-CHADO, Maria Silvia M. 300 propostas de artes visuais. São Paulo: Edi-ções Loyola, 2003, p. 113.

Pensamento visual – “A imagem é sempre uma forma estruturada. Nelase condensa toda uma gama de pensamentos, emoções e valores. Entre-tanto, por parte do artista que os formula, esses valores e pensamentos

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material educativo para o professor-propositor

A XILOGRAVURA DE RUBEM GRILO

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raramente ocorrem verbalizados (...) Ele pensa diretamente nos termosde sua linguagem visual, ou seja, ele pensa em cores, linhas, ritmos, pro-porções.” Fonte: OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Rio de Janeiro:Campus, 1983, p. 59.

Xilogravura – “A xilogravura é um processo de reprodução gráfica queutiliza uma prancha de madeira como matriz. Sobre esta prancha realiza-se a gravação que consiste no desbaste, com goivas e formões apropria-dos, nas áreas que não devem ser impressas. É uma técnica simples, di-reta, com emprego de poucos materiais. Basicamente, madeira,ferramentas e material de impressão tipográfica.” Fonte: GRILO, Rubem.Grilo: xilogravuras. São Paulo: Circo Editorial, 1985, p. 10.

Bibliografia

COSTELLA, Antonio. Introdução à gravura e história da xilogravura. Cam-pos de Jordão: Mantiqueira, 1984.

DONDIS, Donis. A. A sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fon-tes, 1991.

GRILO, Rubem. Grilo: xilogravuras. São Paulo: Circo Editorial, 1985.

___. Gravura, linguagem e vida. In: Oficinas: gravura. Rio de Janeiro: Senac,1999. p. 113-118.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. Petrópolis:Vozes, 1998.

KOSSOVITCH, Leon; LAUDANNA, Mavra; RESENDE, Ricardo. Gravura: arte

brasileira do século XX. São Paulo: Cosac & Naify: Itaú Cultural, 2000.

Seleção de endereços sobre arte na rede internet

Os sites abaixo foram acessados em 5 jul. 2005.

ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL DE ARTES VISUAIS. Disponível em:<www.itaucultural.org.br>.

GOELDI, Oswaldo. Disponível em: <www.oswaldogoeldi.com.br/>.

GRASSMANN, Marcello. Disponível em: <www.iar.unicamp.br/galeria/marcello_grassmann/>.

GRAVURA. Disponível em: <www.vanet.com.br/nucleogravurars/ >.

___. Disponível em: <www.moma.org/exhibitions/2001/whatisaprint/print.html>.

GRILO, Rubem. Disponível em: <www.mauc.ufc.br/expo/2001/02/ >.

___. Disponível em:<www.ai-cat.org/educadors/humor/guerra/guerra55.html >.

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LIMA, Jeferson. Imagens à espera de um navegador: Xilogravuras deRubem Grilo, expostas no Masc – Museu de Arte de Santa Catarina,convidam para uma viagem dos sentidos. Disponível em: <http://an.uol.com.br/1999/mai/12/0ane.htm>.

MONOTIPIA. Disponível em: <www.iar.unicamp.br/cpgravura/cadernosdegravura/>. Veja artigo de Luise Weiss no caderno nº 2, nov.2003, parte 2.

REMBRANDT. Disponível em: <www.bb.com.br/appbb/portal/hs/rembrandt/histGravuras.jsp>.

Notas1 Depoimento. In: Rubem GRILO, Grilo: xilogravuras, p. 6.2 Disponível em: <http://an.uol.com.br/1999/mai/12/0ane.htm>. Aces-so em 8 mar 2005.3 KORNIS, George. Paixão e fé, faca amolada: a obra xilográfica de Ru-bem Grilo. In: GRILO, Rubem. Grilo: xilogravuras, p. 4.4 “A partir de 1973, ilustra os jornais Opinião, Movimento, Jornal do Brasil e Pas-

quim, entre outros. No início dos anos 80 trabalha para a Folha de S. Paulo e ilustraos fascículos da coleção Retrato do Brasil.” Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural de ArtesVisuais. <www.itaucultural.org.br>. Acesso em: 5 jul. 2005.5 Fragmentos dos depoimentos à Mouzar Benedito. In: GRILO, Rubem.Grilo: xilogravuras, p. 24 e 30.6 Rubem GRILO, Oficinas: gravura. p. 113-118.7 KORNIS, George. In: GRILO, Rubem. Grilo: xilogravuras, p. 5.8 Texto disponível em Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais. <www.itaucultural.org.br>. Acesso em: 8 mar. 2005.9 Fayga OSTROWER, Criatividade e processos de criação, p. 32.10 Depoimentos. In: Rubem GRILO, Grilo: xilogravuras, p. 38, 40, 44.11 Rubem GRILO, Oficinas: gravuras, 113-118.12 A “assemblage “consiste na aproximação de elementos descontínuos,provenientes de diversas origens e não de uma única peça como um mes-mo bloco de mármore, e que, portanto, têm distintas naturezas: um peda-ço de madeira é ligado a um pedaço de ferro ou um fragmento de pedra;e um pedaço de cano, objeto previamente manufaturado, pode entrar emcomposição com algum elemento que ainda é uma matéria prima, como aargila; e papel usado, terra, plástico e sangue do artista podem ser acres-centados, se for o caso”. Fonte: <www.mac.usp.br/exposicoes/01/for-mas/teixeira.html>. Acesso em: 5 abr 2005.

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