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RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2016 Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola Rua Rainha Ginga n. 29-31 Caixa Postal 1316 Luanda – República de Angola Tel.: (002442) 226642010 · Fax: (002442) 332578|396496 E-mail: [email protected]

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RELATÓRIODE GESTÃO& CONTASCONSOLIDADAS2016Sociedade Nacionalde Combustíveis de Angola

Rua Rainha Ginga n. 29-31 Caixa Postal 1316Luanda – República de AngolaTel.: (002442) 226642010 · Fax: (002442) 332578|396496E-mail: [email protected]

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00ÍNDICEGERALRESUMIDO

ÍNDICE

1 MENSAGEMDAPRESIDENTEDOCONSELHODEADMINISTRAÇÃO 6

2 ASONANGOLE.P. 10

2.1 MODELOEMPRESARIALDASONANGOL,E.P. 12

2.2 GOVERNOCORPORATIVO 15

3 ENQUADRAMENTOESTRATÉGICO 18

3.1 CONTEXTOINTERNACIONAL 20

3.2 CONTEXTONACIONAL 20

3.3 CONTEXTOSONANGOL 21

3.4 ESTRATÉGIADASONANGOL 21

4 SÍNTESEDOSRESULTADOS 24

4.1 SUMÁRIOEXECUTIVO 26

4.2 DESEMPENHOOPERACIONAL–EBITDA 26

4.3 DESEMPENHOOPERACIONAL–RESULTADOLÍQUIDO 27

4.4 INVESTIMENTOS 27

5 DESEMPENHOPORSEGMENTODENEGÓCIO 30

5.1 CONCESSIONÁRIA 32

5.2 CADEIAPRIMÁRIADEVALOR–SEGMENTOUPSTREAM 48

5.3 CADEIAPRIMÁRIADEVALOR–SEGMENTOMIDSTREAM 51

5.4 CADEIAPRIMÁRIADEVALOR-SEGMENTODOWNSTREAM 56

5.5 NEGÓCIOSNÃONUCLEARES 64

5.6 CORPORATIVO&FINANCEIRO 70

6 COMPROMISSOCOMASOCIEDADE 74

7 PERSPECTIVASPARAOFUTURO 78

7.1 EVOLUÇÃODOCONTEXTONACIONALEINTERNACIONAL 80

7.2 NOVAPRODUÇÃO 81

7.3 IMPLEMENTAÇÃODOPROGRAMADETRANSFORMAÇÃO 81

8 PROPOSTADEAPLICAÇÃODERESULTADOS 82

9 ANEXOS 86

9.1 DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRASCONSOLIDADAS 88

9.2 RELATÓRIODOAUDITORINDEPENDENTESOBREASCONTASCONSOLIDADASÀDATADE31DEDEZEMBRODE2016 91

9.3 PARECERDOCONSELHOFISCALSOBREASCONTASCONSOLIDADASÀDATADE31DEDEZEMBRODE2016 94

9.4 ACRÓNIMOS 96

5RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 20164

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MENSAGEM DAPRESIDENTE

DO CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO

01

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 20166 7

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Foi com grande sentido de missão e de responsabilidade que assumi, em Junho de 2016, um dos maiores desafios da minha vida profissional, ao iniciar o mandato como Presidente do Conselho de Administração da Sonangol E.P.

Desde então, os Administradores Executivos e Não Executivos, com o apoio dos Colaboradores da empresa, em cooperação com os Parceiros de Negócio e em coordenação com o Accionista Estado, têm vindo a implementar o exigente e desafiante processo de transformação do Grupo Sonangol.

É importante ter sempre presente que este processo de transformação decorre num contexto externo complexo, caracterizado por uma grande volatilidade dos mercados, baixos preços do barril de petróleo, por uma diminuição do apetite internacional pelo investimento em exploração e por uma menor procura nacional em muitos negócios do Grupo Sonangol. Simultaneamente, a análise interna à situação da empresa revelou desafios financeiros, organizacionais, culturais e processuais que suplantaram o que inicialmente era esperado.

Em face destas circunstâncias, a prioridade imediata foi o saneamento financeiro da empresa, o aumento da eficiência nas suas várias operações, o enfoque na cadeia de valor do petróleo e gás natural e a criação dos alicerces para uma mudança organizacional e cultural sustentável. Este esforço de reestruturação da empresa tem estado assente em cinco valores fundamentais – Rigor, Rentabilidade, Transparência, Excelência e Compromisso – através dos quais se procurou compatibilizar as urgentes mudanças com a necessária estabilidade.

Em 2016 lançaram-se as bases de vários programas cuja progressiva implementação permitirá criar um grupo competitivo a nível mundial. De entre estes programas, destacam-se o Sonalight, que já está a contribuir para o aumento da eficiência, a eliminação de desperdícios e a redução de custos e o Sonaplus, que tem permitido aumentar as receitas e rentabilizar os activos da empresa. Ambos têm sido programas-chave para assegurar os resultados apresentados em 2016 e projectar a sua melhoria futura.

Por sua vez, a iniciativa de Redesenho de Processos está a contribuir para executar mais e controlar melhor enquanto o esforço de Optimização Organizativa tem estado a criar organizações mais bem estruturadas e mais ágeis, quer nas várias direcções corporativas quer nas subsidiárias da Sonangol. Ao mesmo tempo o Programa de Gestão da Mudança tem criado as condições para a construção de uma força de trabalho mais capacitada, mais motivada e mobilizada para os objectivos prioritários do Grupo.

Em total alinhamento com estes pilares estratégicos globais, cada empresa e subsidiária estão igualmente a passar por um profundo processo de reestruturação, revendo modelos de negócio, aumentando a sua eficiência e eficácia, optimizando os seus investimentos e transformando-se, assim, organizacionalmente.

A reestruturação está a ser realizada a par do reforço do nosso compromisso com a Segurança, Qualidade e Ambiente Sublinho a redução em 2016 do número de acidentes e dos indicadores de sinistralidade, o que nos motiva para continuar a implementação das melhores práticas de segurança em todo o Grupo.

É importante realçar também que uma das prioridades em 2016 foi o desenvolvimento do nosso capital humano, investindo em formação, promovendo quadros internos de alto potencial e recrutando externamente quadros, quando necessário, para posições críticas e cujos perfis eram inexistentes no Grupo.

Muito já foi feito em 2016. Muito mais do que alguns acreditavam ser possível. Mas o mais estimulante é o quanto é possível e se está a fazer para tornar a Sonangol num Grupo Empresarial rentável, que seja uma referência em termos de desenvolvimento económico e de capital humano. Estou, tal como todo o Conselho de Administração, profundamente empenhada em devolver a este símbolo da riqueza e do potencial de valor do nosso País o respeito merecido por parte dos parceiros de negócio, dos clientes, das demais empresas nacionais e internacionais, dos seus colaboradores e de todos os Angolanos.

É um ano após a entrada em funções deste Conselho de Administração que vos reforço que estamos mais que nunca comprometidos com a implementação de uma cultura de excelência, porque só esta nos permitirá enfrentar com sucesso os grandes desafios que o contexto do sector petrolífero coloca à Sonangol e ao País.

ISABEL DOS SANTOSPRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

01MENSAGEM DA PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

9RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 20168

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SONANGOLE. P.

02

11RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201610

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02SONANGOLE. P.

2.1 MODELO EMPRESARIAL DA SONANGOL, E.P.

A Sonangol E.P. desenvolve as suas actividades por intermédio de 18 empresas subsidiárias, sendo de um modo geral responsável pela definição das linhas estratégicas, fornecimento de orientações, supervisão e apoio à gestão especialmente no processo de tomada de decisão. Estas empresas actuam no mercado em três dimensões, ou seja:

• A Sonangol, E.P., exerce a função de Concessionária nacional, tendo-lhe sido concedidos pelo Estado os direitos mineiros para a prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos líquidos ou gasosos. Na sua qualidade de Concessionária Nacional está autorizada a associar-se a entidades, estrangeiras ou nacionais, para realização das operações petrolíferas no território nacional, as quais, actualmente, podem ser realizadas na forma de contratos de associação, contratos de partilha de produção e contratos de serviços com risco.

• Adicionalmente, a Sonangol E.P. actua como uma empresa integrada de petróleo e gás, assumindo um papel de holding operacional centralizadora, constituída pelas seguintes empresas na sua cadeia de valor primária:

• ExploraçãoeProdução (Upstream): constituído por um conjunto de empresas subsidiárias que têm como actividade principal a exploração, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos (petróleo bruto e gás natural), nomeadamente:

. Sonangol Pesquisa e Produção;. Sonangol Hidrocarbonetos Internacional; . Sonangol Gás Natural.

• RefinaçãoeTransporte(Midstream):congrega as empresas de refinação e transporte marítimo de petróleo bruto e produtos refinados, nomeadamente:

. Sonangol Shipping Holdings Limited;. Sonangol Refinação.

• LogísticaeDistribuição(Downstream):Integra as empresas subsidiárias da Sonangol E.P. que se dedicam ao aprovisionamento, armazenagem, distribuição e comercialização de produtos refinados de petróleo bruto e gás, nomeadamente:

. Sonangol Logística; Sonangol Distribuidora;

. Sonangol Comercialização Internacional.

• Adicionalmente a Sonangol actua noutros dois segmentos de negócio, nomeadamente:

• Corporativo e Financeiro (Corporate & Financing): constituído pelas empresas que asseguram o desenvolvimento da função concessionária, das funções corporativas transversais, de suporte e monitoramento das empresas, especificamente

. Sonangol E.P. (Concessionária) e Sonangol Finance;

• Actividades Não Nucleares (Non Core): constituído pelo conjunto de empresas

subsidiárias cuja actividade principal visa dar suporte aos negócios nucleares da Sonangol, E.P., assim como empresas que desenvolvem negócios de carácter social e relacionados com o desenvolvimento de capital humano, ou que têm como prioridade o apoio ao desenvolvimento económico do País.

. Sonair, MS Telcom, Sonangol Holdings, Sonangol Investimentos Industriais (SIIND), Sonangol Imobiliária e Propriedades (SONIP), Clínica Girassol, Academia Sonangol e Sonangol Vida.

FIGURA 1A SONANGOL, E.P. COMO EMPRESA INTEGRADA DE PETRÓLEO E GÁS

UPSTREAM

EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO

SONANGOL GÁS NATURAL

SONANGOL PESQUISA E PRODUÇÃO

SONANGOL HIDROCARBONETOS INTERNACIONAL

CRUDEDERIVADOS DE PETRÓLEO

SONANGOL SHIPPING

SONANGOL LOGÍSTICA

SONANGOL DISTRIBUIDORA

SONANGOL GÁS NATURAL

SONANGOL DISTRIBUIDORA

SONANGOL GÁS NATURAL

SONANGOL REFINAÇÃO

SONANGOL GÁS NATURAL

TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

MARKETING E COMERCIALIZAÇÃOLNG / REFINARIA DISTRIBUIÇÃO

LOG. PRIMÁRIA

PLATAFORMAS NAVIOS

NAVIOS

VAGÕES CISTERNA

PIPELINES

REFINARIA

LOG. SECUNDÁRIA

SONANGOL

OUTROS OPERADORES

AVIAÇÃO

MARINHA

B2B

LUBRIFICANTES

GPL

TRADING SONANGOL COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL

CORPORATIVO E FINANCEIRO SONANGOL FINANCE SONANGOL E.P.

UPSTREAM MIDSTREAM DOWNSTREAM

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201612 13

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2.2 GOVERNO CORPORATIVO

ISABEL DOS SANTOSPRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ADMINISTRADORES

CÉSAR PAXI PEDRO

EDSON DOS SANTOS

EUNICE DE CARVALHO

JOÃO DOS SANTOS

JORGEDE ABREU

JOSÉGIME

ANDRÉ LELO

SARJURAIKUNDALIA

MANUELLEMOS

PAULINOJERÓNIMOPRESIDENTE DA COMISSÃOEXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

FIGURA 2MATRIZ EMPRESARIAL DA SONANGOL, E.P. E VISÃO GERAL DAS SUAS PARTICIPADAS

ILUSTRATIVO - EMPRESASPARTICIPADAS PELA SONANGOL E.P. NA CADEIA PRIMÁRIA

· PUMA ENERGY· SONASING SAXI-BATUQUE· SONASING KUITO· LOBINAVE· ALM - ANGOLA LNG MARKETING· SONASING XIKOMBA· SONASING SANHA· SONASING MONDO· REFINARIA DO LOBITO· JASMIN (JOINT VENTURE)· ALNG S. SERVICES· ALNG SUPPLY LTD· SONANGOL SÃO TOMÉ OFFSHORE· SONANGOL STARFISH OIL & GAS· SONANGOL HIDROCARB. INTERNACIONAL· SONANGOL ASIA. SONANGOL USA COMPANY· SONANGOL CABO VERDE· SONANGOL LIMITED· SOMG· OPCO

UP

STR

EA

M ·

MID

STR

EA

M ·

DO

WN

STR

EA

MC

AD

EIA

DE

VALO

R P

RIM

ÁR

IAEXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO

REFINAÇÃO E TRANSPORTE

LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO

SONANGOL P&PSONANGOL HIDROCAC. INTL.SONANGÁS

SONANGOL SHIPPINGSONANGOL REFINAÇÃO

SONANGOL LOGÍSTICASONANGOL DISTRIBUIDORASONANGOL COMERC. INTL.

ILUSTRATIVO - EMPRESASPARTICIPADAS PELA SONANGOL E.P. NOSNEGÓCIOS NÃO NUCLEARES

· SONASURF· ANGOFLEX· SONATIDE MARINE· TECHNIP ANGOLA· ESTALEIRO NAVAL DE PORTO AMBOIM· SONADIETS· SONAID· MOTA ENGIL ANGOLA· BCGA· UNITEL· BAI· ANGOLA CABLES· BIOCOM· MILLENNIUM BCP· BANCO ECONÓMICO· GENIUS· E.I.H· PDA· BAUXITE ANGOLA· SODIMO· KWANDA· SONAMEMT INDUSTRIAL· BAYVIEW

CORPORATIVOE FINANCEIRO

NEGÓCIOS NÃO NUCLEARES

SONANGOL, E.P.SONANGOL FINANCE

SONAIRMS TELCOMSONANGOL HOLDINGSIINDSONIPCLINICA GIRASSOLACADEMIA SONANGOLSONANGOL VIDA

15RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201614

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QUADRO DE DISTRIBUIÇÃODE PELOUROS DOS MEMBROSDO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃODA SONANGOL, E.P.

PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (PCA)ISABEL DOS SANTOS

DIRECÇÃO DE AUDITORIAE CONTROLO INTERNO (DACI)NELSON EFEINGE BERNARDO

DIRECÇÃO DE FINANÇAS(DF)

VANESSA COSTA

DIRECÇÃO DE PLANEAMENTO(DPL)

KID DOS SANTOS CARVALHO

DIRECÇÃO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO (DTI)

ALBERTO RIBEIRO

DIRECÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO(DSI)

ANDRE PITRA

GABINETE DE RELAÇÕES COM OESTADO E FISCALIDADE (GEF)

VANESSA GODINHO

UNIDADE DE GESTÃO DE PROCESSOS(UGP)

DANIELA MATOS

DIRECÇÃO DE RESPONSABILIDADE SOCIALCORPORATIVA (DRSC)

ARLETE BORGES

COMITÉ DE COORDENAÇÃO DOSPROJECTOS SOCIAS NO SOYO (CCPSS)

HELDER JOAQUIM DOS SANTOS

CLINICA GIRASSOLANTÓNIO FILIPE JÚNIOR

SONANGOL SERVIÇO AÉREO, S.A(SONAIR)

MANUEL LEMOS

MSTELCOM, LDA(MERCURY)

DIOGO DA SILVA MANUEL

SONANGOL PESQUISA E PRODUÇÃO, S.A.(SNL P&P)

ISABEL DOS SANTOS

SONANGOL HIDROCARBONETOSINTERNACIONAL

FREDERICO FERRAZ DOMINGOS

SONANGOL GÁS NATURAL, LDA(SONAGÁS)

RUBEN DA COSTA

SONANGOL SHIPPING HOLDINGS LIMITED(SSHL)

CARLOS ALBERTO VICENTE ANTÓNIO

SONANGOL REFINAÇÃO, S.A(SONAREF)

JOÃO RAMOS

DIRECÇÃO DE RECURSOS HUMANOS(DRH)

MARIA DO ROSÁRIO VIEGAS

GABINETE DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM(GCI)

MATEUS CRISTOVÃO BENZA

ACADEMIA SONANGOL, S.ABALTAZAR AGOSTINHO GONÇALVES MIGUEL

CENTRO RECREATIVO PAZ FLORADALBERTO SENA

SONANGOL LOGÍSTICALUÍS MARIA

DIRECÇÃO DE GESTÃO DE PROJECTOS(DGPE)

JOAQUIM SOARES KITECULO

SONANGOL HOLDINGS, LDAJOSINA BAIÃO MAGALHÃES

ESSA, LDAFERNANDO ALBERTO LEMOS SOARES

DA FONSECA

SONANGOL INVESTIMENTOS INDUSTRIAIS(SIIND)

EUGÉNIO BRAVO DA ROSA

SONANGOL IMOBILIÁRIA E PROPRIEDADE,LDA (SONIP)

JOÃO SARAIVA DOS SANTOS

COOPERATIVA CAJUEIRO

DIRECÇÃO DO COMITÉ DE CONTROLO DASCONCESSÕES (CCC)

PEDRO MANUEL ALEXANDRE

DIRECÇÃO DE ECONOMIA DASCONCESSÕES (DEC)NATACHA MASSANO

DIRECÇÃO DE EXPLORAÇÃO (DEX)DOMINGOS CUNHA

GABINETE DE ARQUIVO E GESTÃO DEDADOS (GAD)

ISABEL POLICARPO DA SILVA

SONANGOL INTEGRATED LOGISTICSERVICES (SONILS)

HELDER SOUSA

QUICOMBO SUPORTE LOGÍSTICO S.A.MARIA AMÉLIA VAN-DÚNEM

SONANGOL DISTRIBUIDORA, S.A.FILOMENA ROSA

DIRECÇÃO DE QUALIDADE, SEGURANÇA EAMBIENTE (DQSA)DANIELA MATOS

SONANGOL COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL (SONACI)

LUÍS PEDRO MANUEL

DIRECÇÃO CENTRAL DE LOGÍSTICA (DCL)ROSSANA MARILIA LAURESTINHO

FUNDO SOCIAL

LUXERVIZA, LDA( GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA)

JOÃO DA SILVA

CENTRO DE APOIO EMPRESARIAL

DIRECÇÃO DE SEGURANÇA EMPRESARIAL(DSE)

MANUEL DA SILVA

DIRECÇÃO DE SERVIÇOS JURÍDICOS(DSJ)

TIAGO ALEXANDRE COSTA NETO

DIRECÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO EINFRAESTRUTURAS (DAI)

CÉSAR PAXI PEDRO

DIRECÇÃO DE GESTÃO DE RISCOS(DGR)

ALBERTO CARDOSO PEREIRA

SONANGOL VIDA

FUNDO DE PENSÕES DA SONANGOL

LIDERANÇA DO PMO E IMPLEMENTAÇÃODA TRANSFORMAÇÃO

NÚCLEO DE PETROQUÍMICARODOLFO AGUIAR

SONANGOL FINANCE LIMITEDISABEL DOS SANTOS

DIRECÇÃO DE PRODUÇÃO (DPRO)BELARMINO CHITAGUELENCA

DIRECÇÃO DE LABORATÓRIO CENTRAL (LAB)ANTÓNIO AUGUSTO MORAIS GARCIA

ADMINISTRADORSARJU RAIKUNDALIA

ADMINISTRADORMANUEL LEMOS

ADMINISTRADOREDSON DOS SANTOS

ADMINISTRADOREUNICE CARVALHO

ADMINISTRADORCÉSAR PAXI PEDRO

ADMINISTRADORJOÃO DOS SANTOS

ADMINISTRADORJORGE DE ABREU

DIRECÇÃO DE NEGOCIAÇÕES (DNEG)SUZEL CARDOSO ALVES

CHINA SONANGOL INTERNACIONAL

PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA (PCE)PAULINO JERÓNIMO

ADMINISTRADORES SEM PELOURO

FUNDO DE ABANDONO

ADMINISTRADORAndré Lelo

ADMINISTRADORJosé Gime

02GOVERNOCORPORATIVO

17RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201616

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ENQUADRAMENTOESTRATÉGICO

03

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201618 19

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03ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO

3.1 CONTEXTO INTERNACIONAL

Apesar do início de 2016 ter sido marcado por instabilidade, o decorrer do ano mostrou sinais de recuperação que se reflectiram num crescimento moderado da economia mundial. As últimas estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) indicam que em 2016 a economia mundial cresceu 3,1%, um valor ainda assim inferior a 2015, que viu um crescimento de 3,2%.

GRÁFICO 1 EVOLUÇÃO DO PREÇO BRENT ENTRE 2014 E 2016

120

110

100

90

80

70

60

50

40

30

202014

112

31

2015 2016

-73%$96,7 RAMASSNL 2014

$49,9 RAMASSNL 2015(-48% vs 2014)

$41,9 RAMASSNL 2016(-16% vs 2015)

Fonte: Thomson Reuters; FMI

No sector petrolífero observou-se, durante o primeiro semestre de 2016, a continuação da queda acentuada do preço do petróleo, tendo-se registado uma recuperação do preço no segundo semestre. A recuperação foi, no entanto, insuficiente tendo o preço médio do crude e do gás em 2016 decrescido face a 2015. Esta queda reflectiu-se num decréscimo do preço médio em 2016 das ramas Sonangol em 16% face à média anual de 2015, o que não só colocou importantes desafios à Sonangol E.P. mas também às operadoras internacionais em actividade em Angola.

GRÁFICO 3 EVOLUÇÃO DA TAXA DE INFLAÇÃO 2010 – 2016 (%)

Fonte: EIU; FMI

40

30

20

10

02010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

14,5 13,510,3

8,8 7,310,3

32,4

3.3 CONTEXTO SONANGOL

No contexto actual de redução estrutural do preço do petróleo a Sonangol, tal como todas as empresas do sector, deparou-se com enormes desafios financeiros devido à redução da receita, nomeadamente em divisas.

Este cenário de redução acentuada de receitas da Sonangol não foi acompanhado, quer 2015 quer no primeiro semestre de 2016, por uma redução de custos nem por uma revisão da estratégia de investimento da empresa. Esta inacção conduziu a uma situação difícil perante os credores internacionais, reduzindo a capacidade de obter novos financiamentos, fundamentais para a sustentabilidade das operações e para a manutenção dos níveis de produção.

A situação do sector petrolífero criou a necessidade do novo Conselho de Administração assegurar um conhecimento total do estado da empresa. Para tal realizou-se uma avaliação profunda da situação da Sonangol em cinco dimensões: a situação financeira e fiscal, a organização, os recursos humanos, os processos e os sistemas de informação da empresa.

Esta avaliação revelou uma situação mais grave do que o inicialmente esperado, com diversas lacunas operacionais, organizativas e processuais que se reflectiram numa situação financeira crítica que importava corrigir. Assim:

• Do ponto de vista financeiro foram detectadas inconsistências na informação financeira, com falta de controlo sobre várias participações financeiras, tendo ficado, adicionalmente, evidente a necessidade da reestruturação financeira da empresa para conseguir cumprir com os compromissos de dívida anteriormente assumidos;

Adicionalmente, verificou-se a desvalorização do Kwanza face às principais moedas internacionais (cerca de 23% face ao dólar americano), o que encareceu em moeda nacional o custo da importação de equipamento, matérias-primas e serviços.

3.2 CONTEXTO NACIONAL

A continuação do contexto desafiante a nível internacional teve um impacto natural no contexto nacional. Este impacto advém da conhecida forte dependência da economia nacional da venda de hidrocarbonetos tanto para a geração de riqueza, como para a geração de divisas para o país e de receitas para o Estado.

Assim, a descida do preço de petróleo teve um impacto na desaceleração do crescimento do PIB e, em conjunto com a desvalorização do Kwanza, contribuíram para o aumento da inflação.

GRÁFICO 2EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO DO PIB 2010 – 2016 (%)

8

6

4

2

02010

% C

RE

SCIM

EN

TO P

IB

2011 2012 2013 2014 2015 2016

3,43,8

5,2

6,9

4,8

3,1

0,5

Fonte: EIU; FMI

O contexto nacional afectou naturalmente a procura interna por produtos e serviços comercializados pela Sonangol, em particular no segmento de negócio da distribuição de produtos refinados e em diversos negócios da cadeia não nuclear

• Ao nível de Recursos Humanos foi identificado um sobredimensionamento da estrutura, existindo cerca de 22 mil pessoas ligadas ao Grupo Sonangol, com cerca de 8.000 colaboradores activos e mais de 1.100 colaboradores não activos, que representam um custo anual superior a 40 milhões de dólares;

• Na componente organizativa foi concluído que o modelo actual necessita de ser alinhado com as melhores práticas nacionais e internacionais. Em particular, existe um número elevado de camadas hierárquicas o que dificulta a tomada de decisão e reduz a rapidez de resposta aos desafios do mercado;

• No que diz respeito aos processos, foi identificado um desalinhamento com boas práticas, o não cumprimento dos procedimentos e normas internas e a falta de mecanismos de controlo. O resultado são processos ineficientes, muitas vezes executados manualmente;

• Os sistemas informáticos foram também alvo de diagnóstico, tendo sido demonstrada a falta de fiabilidade da informação e profundas debilidades ao nível do sistema de contabilidade (SAP), com elevado risco para o negócio e tomada de decisão.

Da análise levada a cabo ficou claro que os desafios que se colocam à empresa resultam não só da queda do preço do petróleo, mas, fundamentalmente, de políticas de gestão e financeiras pouco alinhadas com as melhores práticas internacionais e que carecem de revisão profunda de forma a assegurar a sustentabilidade futura da empresa.

3.4 ESTRATÉGIA DA SONANGOL

O novo Conselho de Administração da Sonangol E.P. abraçou este contexto desafiante com entusiasmo e com o compromisso de melhorar a eficiência, aumentar a rentabilidade, a transparência da gestão e preparar a empresa para o novo modelo do sector petrolífero Angolano.

3.4.1 INICIATIVAS DE RESPOSTA À SITUAÇÃO DE URGÊNCIA

Nos primeiros meses do mandato, o Conselho de Administração lançou um conjunto de iniciativas em resposta à situação de urgência de onde se destacam medidas para tornar a Sonangol uma empresa mais eficiente e eficaz, diminuindo custos, racionalizando recursos e optimizando processos, através de:

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201620 21

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• Medidas de contenção de custos e de aumento de eficiência para fazer crescer a rentabilidade no negócio de Petróleo e Gás, como sejam:

• Cancelamento de contratos não prioritários;

• Início da distribuição de produtos derivados do petróleo por transporte ferroviário, entre Lobito e Luena.

• Medidas de contenção de custos e de aumento de eficiência nas áreas centrais da Sonangol E.P. e nos serviços de apoio:

• Negociação ou cancelamento de contratos;

• Racionalização de diversos gastos e consumos supérfluos.

• Reavaliação de investimentos com foco na sustentabilidade e na criação de valor para a economia Angolana:

• Reavaliação dos investimentos na refinaria do Lobito e no terminal oceânico do Dande para assegurar a sua viabilidade a longo prazo;

• Continuação do forte esforço de investimento na Exploração, Desenvolvimento e Produção da Sonangol P&P e parceiros operadores em Angola.

• Revisão de processos críticos da Sonangol, como a definição do plano de negócios e o processo de orçamentação, bem como do processo de compras e contratação de serviços, revisto observando a nova lei da contratação pública e as melhores práticas;

• Reforço das competências, com a identificação de áreas da empresa para reforço de competências e arranque de esforço de recrutamento, interno e externo, para colmatar as lacunas identificadas.

Complementarmente, o Conselho de Administração estabeleceu uma nova prática de gestão que valoriza a comunicação aberta, envolve a organização na tomada de decisão e fomenta a participação dos colaboradores na transformação da Sonangol. Destacam-se:

• A criação de 10 comités de gestão por área de acção, envolvendo Administradores e Directores para conjuntamente definir, avaliar e acompanhar a implementação de iniciativas que contribuam para o aumento da rentabilidade, da produção e da segurança da empresa;

• A realização de mais de 40 encontros entre Administração e Colaboradores, não só para esclarecer dúvidas quanto às acções em curso e apresentar o novo modelo do sector petrolífero, mas também para ouvir sugestões da força de trabalho.

Finalmente, e para reforçar a confiança e o clima de cooperação com os seus parceiros, a Sonangol estabeleceu uma prática de transparência e diálogo através de encontros frequentes e abertos. Estes encontros visaram explicar as principais mudanças no sector e apresentar as iniciativas em curso para melhoria da eficiência da empresa reflectindo-se em:

• Encontros com investidores, para reforçar a forte base de confiança que assegura as fontes de financiamento para os investimentos prioritários que se pretendem realizar nos próximos anos;

• Encontros com operadores e prestadores de serviço do sector, para melhorar o clima e métodos de trabalho;

• Comunicação frequente dos resultados económico-financeiros e a coordenação institucional com o MINFIN, o MINPET e o BNA.

3.4.2 LANÇAMENTO DA NOVA ESTRATÉGIA DA SONANGOL

Em paralelo, e de forma mais estrutural, o Conselho de Administração definiu uma nova estratégia de médio prazo sustentada em cinco pilares fundamentais, que consubstanciam o Programa de Transformação da Sonangol e que absorveram e potenciaram as iniciativas entretanto lançadas.

Ao nível da redução de custos, está em curso um ambicioso programa – o ProgramaSonalight – centrado na redução de despesa com Fornecimentos e Serviços Externos via negociação de contratos (ex. P&P), centralização de volumes (ex. Manutenção de Edifícios), e racionalização de gastos (ex. Seguros); e na redução de custos com recursos humanos, via dimensionamento correcto das operações (ex. Shipping) e revisão da política de compensações (ex. redução de subsídios). O programa Sonalight já identificou 1,2 biliões de dólares e permitiu a implementação de mais de 315 milhões de dólares de poupanças anuais parte das quais em 2016.

No que respeita ao aumento de receitas foi lançado o Programa Sonaplus que tem vindo a identificar e implementar oportunidades de aumentos dos volumes vendidos (ex. Betumes), de optimização dos mixs produzidos (ex. Refinação), de revisão dos preços (ex. Lubrificantes), de revisão das políticas comerciais (ex. Operações de Cabotagem) e de reforço das acções de garantia de receita (ex. Clínica Girassol).

A renovação da Sonangol tem passado também pela OptimizaçãoOrganizativa e pelo RedesenhodeProcessos, estando em curso a simplificação organizativa (ex. Sonaci, P&P, Sonaref e todas as funções da concessionária), a descentralização de decisões (ex. Implementação de Comités de Gestão), a contratação de perfis em áreas chave (ex. com o programa de Gestão de Talentos), o redesenho de processos críticos (ex. Formalização de Contratos e Execução de Pagamentos) e o aumento de controlo em processos chave (ex. reforço da utilização do sistema SAP para controlo do processo de compras e criação de um novo sistema de informação de gestão).

Por último, o Programa de Transformação pretende incutir no Grupo uma Cultura de Rigor, Rentabilidade, Transparência, Excelência e Compromisso, estando a ser implementadas nas várias direcções corporativas e subsidiárias iniciativas de gestão da mudança, comunicação e capacitação.

2016 foi o ano de arranque. 2017 será seguramente o ano de crescimento e consolidação dos impactos nas 5 grandes iniciativas do Programa de Transformação do Grupo Sonangol.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201622 23

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SÍNTESE DOS RESULTADOS

04

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2016 2524

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04SÍNTESE DOS RESULTADOS

4.1 SUMÁRIO EXECUTIVO

A queda, acentuada e prolongada, do preço do Petróleo Bruto no mercado internacional, condicionou o desempenho financeiro da Sonangol muito embora, o lançamento da implementação de um programa rigoroso de transformação, focado na Transparência, Rigor, Excelência e Rentabilidade e Compromisso, tenha permitido começar a fase de libertação do

potencial da Sonangol.

O EBITDA consolidado atingiu os 525.266 milhões de Kwanzas, registando um aumento de 139.601 milhões de Kwanzas face ao exercício anterior, motivado pelo crescimento verificado nas prestações de serviços e pela redução no custo com existências.

O Resultado Líquido consolidado foi de 13.282 milhões de Kwanzas, registando uma diminuição de 72% face ao exercício de 2015, como resultado de uma diminuição nos resultados financeiros e nos resultados de filiais e associadas.

O Programa de Investimentos da Sonangol E.P., para o exercício de 2016, apresentou um valor de USD 3 biliões, com 97% do total investido em Exploração e Produção, o que correspondeu a um decréscimo de 35% face ao ano anterior. Esta redução deve-se à necessidade de reavaliar decisões de investimento à luz do novo contexto macroeconómico e dos cenários de evolução do preço do crude.

A Sonangol atingiu uma Situação Líquida de 3.136 biliões de Kwanzas, com uma variação positiva de 607 biliões de Kwanzas face ao ano anterior. Esta melhoria foi influenciada pelo aporte de fundos por parte do accionista, pela revisão das politicas contabilísticas à luz da melhor compreensão do enquadramento técnico e legal dos activos da concessionária, pelo aumento do perímetro de consolidação e pelo registo de outros activos que se encontravam omissos nas contas. Contrariamente a estes efeitos, e decorrente do esforço do Conselho de Administração para proceder a um reporte mais transparente e alinhado com as melhores

práticas contabilísticas, concorreram os ajustes no valor de cerca de 830 biliões de Kwanzas referentes a imparidades e outras correcções de exercícios passados no valor de cerca de 298 biliões de Kwanzas.

As imparidades a destacar correspondem a activos mineiros e participações financeiras no valor de cerca de 551 biliões de Kwanzas relativas a correcções de erros de exercícios anteriores.

4.2 DESEMPENHO OPERACIONAL – EBITDA

GRÁFICO 4 EBITDA POR SEGMENTO

600.000

500.000

400.000

300.000

200.000

100.000

0

-100.000

CO

RP

OR

ATE

AN

D F

INA

NC

ING

UP

STR

EA

M

MID

STR

EA

M

DO

WN

TRE

AM

NO

N-C

OR

E

AJU

STA

MEM

TOS

DE

CO

NSO

LID

ÃO

TOTA

L

-8,255

262,854

234,723 1,72320,384 525,266

14,185

O EBITDA consolidado atingiu os 525.266 milhões de Kwanzas, um crescimento de 36%, motivado em grande parte pelo desempenho da actividade de Upstream e Downstream. Estes dois segmentos representam, respectivamente, 50% e 45% do total do EBITDA de 2016.

O EBITDA registado no segmento de Corporate and Financing, no ano de 2016, foi negativo em cerca de 8.255 milhões de Kwanzas devido ao facto deste segmento do grupo agregar algumas das actividades de suporte à actividade dos restantes segmentos.

O segmento de Upstream (ExploraçãoeProdução)representa cerca de 50% do EBITDA registado no exercício e teve uma variação positiva de 23% face a 2015. O total da produção teve uma variação homóloga positiva de 3% resultando numa produção média diária de 234 mil Bbls. Relativamente à produção de gás, a Sonangol registou um aumento de 24% na produção LPG, que passou de 223 mil toneladas métricas para 277 mil toneladas métricas.

Em 2016, o EBITDA imputado ao segmento de Midstream (RefinaçãoeTransporte) representou 3% do total do EBITDA da Sonangol. A melhoria da estabilidade da refinaria de Luanda motivou um aumento de 2% nas quantidades de Petróleo Bruto fornecido, sendo que a utilização da capacidade instalada se situou nos 83%, tendo observado um incremento de 1,5% face ao ano anterior. Com a disponibilidade de petróleo bruto, foi possível processar 19.649.171 barris, representando uma variação positiva de 2% face a 2015. A produção de produtos refinados atingiu as 2.561.663 toneladas métricas, representando uma variação positiva de 3% face ao ano anterior. No que respeita ao transporte de petróleo bruto assistimos a um aumento de 6% nas quantidades transportadas, no entanto, o transporte de produtos derivados decresceu 32%, motivado pelo contexto macroeconómico e pelo arrefecimento da economia.

O EBITDA registado no segmento Downstream (LogísticaeDistribuição) atingiu os 234 mil milhões de Kwanzas, representando 45% do total do exercício e registando um aumento de 29% face ao exercício anterior, devido essencialmente à redução no custo das matérias vendidas. As actividades de aprovisionamento e armazenagem registaram um decréscimo de 18% e 8%, respectivamente, devido à retracção no consumo de derivados. A comercialização de produtos refinados registou igualmente um decréscimo de 12%, explicado pela contracção da procura, decorrente da conjuntura económica nacional e do aumento dos preços dos produtos refinados, como consequência da eliminação das subvenções ao preço dos principais produtos refinados.

O EBITDA imputado aos Negóciosnão-nucleares foi, em 2016, de 1.376 milhões de Kwanzas representando uma redução de 64% face a 2015. O indicador foi fortemente afectado pela redução do número de horas voadas pela Sonair e pela redução da actividade da Clínica Girassol. No entanto o lançamento da implementação de um programa rigoroso de controlo de custos e aumento de eficiência, bem como de iniciativas de aumento de receitas, dentro dos programas Sonalight e Sonaplus, permitiu atenuar o efeito destas reduções.

4.3 DESEMPENHO OPERACIONAL – RESULTADO LÍQUIDO

GRÁFICO 5RESULTADO LÍQUIDO 2016 POR SEGMENTO

CO

RP

OR

ATE

AN

D F

INA

NC

ING

UP

STR

EA

M

MID

STR

EA

M

DO

WN

TRE

AM

NO

N-C

OR

E

AJU

STA

MEM

TOS

DE

CO

NSO

LID

ÃO

TOTA

L

13.282

68.772

13.061134.219

-100.000

0

100.000

200.000

47.760

- 138.649

- 111.881

Milhões de kwanzas

O Resultado Líquido consolidado foi de 13.282 milhões de Kwanzas, registando uma diminuição de 72% face ao exercício de 2015. Para este resultado contribuíram de forma significativa a actividade de Downstream e o resultado do segmento Corporate and Financing que incorpora cerca de 142 milhões de Kwanzas de resultados financeiros, resultados de filiais e associadas e resultados não operacionais.

Apesar do esforço efectuado, na execução do programa Sonalight, o segmento non-core ainda apresentou resultados negativos de cerca de 138.649 milhões de Kwanzas.

4.4 INVESTIMENTOS

Dada a implementação das medidas de reavaliação de investimentos, com foco na sustentabilidade e na criação de valor, para tornar a empresa mais eficiente e eficaz, os investimentos realizados atingiram um montante de USD 2.922M correspondente a um decréscimo de 35% face ao ano de 2015, e representando um cumprimento de 57% da meta prevista para o período.

Foi dada prioridade aos investimentos produtivos, preferencialmente aqueles com impacto directo na melhoria e crescimento da produção. Assim, o segmento de Exploração e Produção foi o que mais contribuiu para execução do programa de Investimentos, com cerca de 95,5% do valor realizado, ou seja, com USD 2.792M, concentrados

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201626 27

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nas concessões petrolíferas do Bloco 0 (Mafumeira Sul), onde a Sonangol E.P. detém uma participação de 41%; nos Blocos 15/06, onde a Sonangol P&P detém uma participação de 36,84%; no Bloco 31 e no projecto Kaombo (Bloco 32), onde a Sonangol P&P detém 45% e 30%, respectivamente.

Outros investimentos de menor dimensão foram realizados na refinação e na logística e distribuição, para fazer face a desafios operacionais e de crescimento do negócio.

TABELA 1 PROGRAMA DE INVESTIMENTOS DA SONANGOL E.P DE 2016

U.M.: MIL USD

DesignaçãoExecução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre Execução VariaçãoHomóloga

CorporativoeFinanceiro - 139 - - 139 -99%

Sonangol E.P. - 139 - - 139 -99%

ExploraçãoeProdução 877.125 665.816 663.226 585.830 2.791.996 -31%

Sonangol E.P. - BLOCO 0 154.568 94.313 123.107 44.543 416.531 -60%

Sonangol Pesquisa e Produção 718.059 548.309 516.361 557.894 2.340.623 -19%

Sonangol Hidrocarbonetos Internacionais - - - - - -100%

Sonagás 558 19.099 20.076 -18.178 21.555 -64%

ESSA (Perfuração) 3.939 4.095 3.682 1.571 13.287 -23%

RefinaçãoeTransporte 40.168 5.766 53.176 23.025 122.135 40%

Sonangol Shipping 86 259 259 - 604 n.a

Sonangol Refinação 40.082 5.507 52.917 23.025 121.531 40%

Sonarel - 722 52.917 23.025 76.664 389%

Sonaref 40.082 4.785 - - 44.867 -37%

Logística&Distribuição 1.588 1.984 - 1.433 5.005 -97%

Sonangol Logística - - - - - -100%

Sonangol Distribuidora 1.588 1.984 - 1.433 5.005 -69%

Projecto Bases Logísticas - - - - - -

NegóciosNãoNucleares 3.237 190 - - 3.427 -98%

Sonair 85 - - - 85 n.a

Sonangol MSTelcom 530 - - - 530 -91%

Sonangol Holdings - - - - - n.a

Sonangol Investimentos Industriais (SIIND) - - - - - n.a

Sonangol Imobiliária e Propriedades (SONIP) 2.622 190 - - 2.812 -92%

Clínica Girassol - - - - - n.a

Academia Sonangol - - - - - n.a

FUTURAS INSTALAÇÕES DA ACADEMIA - - - - - n.a

CFMA - - - - - n.a

ISPTEC - - - - - n.a

TOTAL 922.118 673.895 716.401 610.287 2.922.702 -35%

GRÁFICO 6 EXECUÇÃO DOS INVESTIMENTOS POR SEGMENTO

0,000% 20,000% 40,000% 60,000% 80,000% 100,000% 120,000%

Corporativoe Financeiro

NegóciosNão Nucleares

Logísticae Distribuição

Refinação e Transporte

Exporação e Produção

0,005%

0,12%

0,17%

4,18%

95,53%

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201628 29

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DESEMPENHO POR SEGMENTO

DE NEGÓCIO

05

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201630 3131

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05DESEMPENHO PORSEGMENTO DE NEGÓCIO

5.1 CONCESSIONÁRIA

O abrandamento a nível mundial da actividade exploratória no sector petrolífero reflectiu-se na actividade da Concessionária durante o ano de 2016. Assim, num contexto de redução da procura, não foram realizadas quaisquer licitações de blocos petrolíferos, a actividade sísmica decresceu significativamente face ao período homólogo (actividade sísmica 2D e 4D inexistente e 3D diminuída em 80%) e apenas 3 poços de pesquisa foram perfurados (7 poços perfurados no período homólogo).

No geral, em 2016 descobriram-se menos 669 milhões de BOE face ao período homólogo, justificado por um decréscimo significativo das descobertas de gás que não foi compensado pelo acréscimo de 300 milhões de barris de petróleo bruto.

Apesar da produção esperada ser relativamente estável (em média 622 Mbbl/ano produzidos anualmente até 2019, excluindo o impacto da ANLG), numa perspectiva de médio prazo será necessário investir em nova produção. Neste sentido, a Concessionária tem vindo a desenvolver projetos chave – Mafumeira Sul (Bloco 0), Polo Este (Bloco 15/06), Dália Fase 1 (Bloco 17) e Kaombo (Bloco 32) - com perspectivas de início de produção entre 2016 e 2018 e que preveem uma produção estimada que ultrapassa os 1000 Mbbl.

A entrada antecipada em produção de dois destes projetos em 2016, Bloco 0 e Bloco 15/06, permitiu atenuar a redução registada na produção essencialmente mantendo a produção de 2016 ao nível de 2015. Assim, em 2016, o volume de produção de petróleo bruto decresceu 3% face a 2015, sendo que a título de Direitos da Concessionária registou-se um decréscimo de 11%. No que respeita à produção de Gás Natural Associado a produção decresceu 5% face a 2015.

Por sua vez a produção de LPG registou um aumento substancial, 45% em relação ao ano anterior, justificada pelo reinício da fábrica da ALNG. Ainda no

âmbito da ALNG, a Concessionária tem um projeto que tem como objetivo reforçar o fornecimento de gás à fábrica, garantindo a compensação do défice que se prevê registar a partir de 2021. Em 2016, a Concessionária, em conjunto com a Sonagás e ENI, realizou vários trabalhos com o objetivo de preparar os termos de fornecimento de Gás. Por último, a reativação da ALNG reflectiu-se também no aumento da produção de LNG e Condensados.

O cenário internacional de redução do preço do barril de petróleo veio reforçar a necessidade de aumentar a eficiência pelo que a Sonangol tem trabalhado activamente, em conjunto com os Operadores, no sentido de reduzir os custos de operação. Esse esforço já foi reflectido em 2016, com uma redução dos custos de operação equivalente a 6% face a 2015, e uma redução do custo médio de produção por barril de 18%.

Enquanto Concessionária Nacional, as exportações de Petróleo Bruto corresponderam a 89% dos direitos arrecadados, uma redução de 15% face ao registado no ano anterior, contribuindo negativamente para o total de exportações registadas pelo grupo (redução de 9% face a 2015), incluindo Sonangol E.P. e Sonangol Pesquisa e Produção.

No exercício de 2016, a Sonangol conseguiu recuperar USD 12B do total de USD 43B de custos recuperáveis nas concessões em produção. Do total de custos recuperados, mais de 50% resultam do Bloco 31 e Bloco 17, respetivamente representando 31% e 22%.

Por fim, de realçar que em 2016 a Sonangol deu um passo importante através da criação de contas escrow com robustez, que garantem o conforto do Estado Angolano e dos seus parceiros, e a preservação de fundos necessários para o adequado abandono dos campos petrolíferos. No fim do ano foram criadas contas para os Blocos 15 e 17, com respectivos fundos depositados.

5.1.1 EXPLORAÇÃO

5.1.1.1 LICITAÇÕES No exercício de 2016, não foram realizadas licitações de blocos petrolíferos. Contudo, no quadro do Programa de Licitações transitado de 2015, foram realizadas as seguintes actividades:

• Elaboração do Mapa das quotas de entradas das empresas nacionais, bem como a revisão aos Contratos de Partilha de Produção e a inserção da concessão KON 9, de modo a possibilitar o início do processo de negociação dos contratos;

• Revisão das propostas dos Contratos de Partilha de Produção com base nos termos de referência e resultados do concurso;

• Realização de reuniões entre a Comissão de Negociações integrada pela Concessionária Nacional, MINPET e MINFIN) e os Operadores dos Blocos CON 1, CON 5, CON 6, KON 5, KON 9, KON 17, referentes às Licitações 2014/2015, com o objectivo principal de rubricar os Contratos de Partilha de Produção dos blocos, bem como informar os Operadores sobre a autorização do pagamento em Kwanzas, do valor equivalente a um milhão de Dólares Norte Americanos, pelas empresas angolanas, na data efectiva do Contrato, a título de quota de entrada.

5.1.1.2 AQUISIÇÃO SÍSMICA

TABELA 2

ACTIVIDADE DE EXPLORAÇÃO [AQUISIÇÃO SÍSMICA]

AquisiçãoSísmica

Sísmica2DKm

Sísmica3DKm

Sísmica4DKm

2016 2016 2016 2016 2016 2016

FS/FST (Soyo) 557,17 - - - - -

Bloco 15/06 (3D-15/06NW-PGS) - - - 992,42 - -

Blocos 11, 27,28 e 29 (3DMC-BNPGS) - - 5.126,64 - - -

Bloco 32 (3DHR 32CGG15) - - 171,65 - - -

FS/FST (CGG2016) - - - 59,65 - -

Bloco 17 (4DHR-17WGC14GJDR) - - - - 480,88 -

Totais 557,17 ‑ 5.298,29 1.052,07 480,88 ‑

33RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201632

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Durante o ano, foram adquiridos em Angola 1.052,07 km2 de sísmica 3D resultantes do programa de aquisição sísmica no Bloco 15/06, localizado na bacia do Congo Offshore e da conclusão dos trabalhos de aquisição de dados sísmicos na área “Cabeça de Cobra”, na associação FST. No período em referência não houve produção de sísmica 2D e 4D.

Encontram-se em curso trabalhos de processamento de dados sísmicos 3D dos blocos 15/06 e 32, os

dados sísmicos 2D multicliente dos Blocos 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 46, 47 e 48, os trabalhos de reprocessamento 3D do Bloco 0 e do programa multicliente dos Blocos 46, 47 e 48 (Phase VII & VIII).

Comparativamente ao ano de 2015, registou-se um decréscimo considerável na actividade sísmica, não houve aquisição sísmica 2D e 4D e a sísmica 3D reduziu em 80%, na sequência do abrandamento da actividade exploratória no sector petrolífero mundial, num contexto de excesso de oferta de petróleo bruto.

5.1.1.3 PROCESSAMENTO SÍSMICO

TABELA 3PROCESSAMENTO SÍSMICO CONCLUÍDO

Sísmica Bloco Programa Início Conclusão Extensão

2D 46, 47, 48, 49 & 50 2D-MCWG99 LowerCongo 4º Trimestre/2014 2º Trimestre/2016 12.642 Km

Total2D 12.642Km

3D

0 3D-0-Área A Malongo High All Inversion 2º Trimestre/2015 1º Trimestre/2016 350 Km

203D-20GreaterOrca/Lontra 3º Trimestre/2015 2º Trimestre/2016 2.000 Km

3D-20Zalophus Addition 2º Trimestre/2015 2º Trimestre/2016 1.440 Km

21 3D-21Cameia Feasibility Study 3º Trimestre/2015 1º Trimestre/2016 500 Km

27, 28 & 29 3D-27,28,29BNAMCPGS14 4º Trimestre/2014 2º Trimestre/2016 11.150 Km

32

3D-32LO2007 C12SW PSTM 1º Trimestre/2015 4º Trimestre/2016 520 Km

3D-32PSDM13SW ÁreaC22 2º Trimestre/2015 3º Trimestre/2016 600 Km

3D-32CNEBi-Wats FT 4º Trimestre/2013 2º Trimestre/2016 1.484 Km

3D-32Gengibre ElasticInversion 2º Trimestre/2016 3º Trimestre/2016 45 Km

3D-32Gengibre HD HR Broadband 2º Trimestre/2015 3º Trimestre/2016 164 Km

3D-32HDGIC2006 PSTM 4º Trimestre/2015 2º Trimestre/2016 520 Km

Total 3D 18.773 Km

Foram ainda concluídos doze (12) programas de processamento sísmico, totalizando 12.642 Km de sísmica 2D e 18.773 Km2 de sísmica 3D.

No final de 2016, estava em curso o processamento sísmico de catorze (14) programas, conforme a tabela seguinte:

TABELA 4PROCESSAMENTO SÍSMICO EM CURSO

Sísmica Bloco Programa Início Conclusão Extensão

2D 37, 38, 39, 40, 41, 42,43, 44, 46, 47 & 48

2D-MCWGAngolaUDA PSDM 4º Trimestre/2016 24% 3.250 Km

Total2D 3.250Km

3D

0

3D-0 Area A S.Limba al inversion & AVO 2º Trimestre/2016 98% 398 Km

3D-0 Area A Mafumeira Sul Extension/PMDC 2º Trimestre/2016 99% 469 Km

3D-0-Área A Mafumeira Sul Reproc.107-C 2º Trimestre/2015 99% 125 Km

3D-0 Area A Erva/Bucomazi Study 4º Trimestre/2016 98% 350 Km

3D-0-Área A Mafumeira sul Reproc.MCP 2º Trimestre/2015 99% 344 Km

15/063D-15/06-PSDM-NW-PGS-2016 2º Trimestre/2016 98% 1.000 Km

3D-15/06-PSDM-NW-PGS-2016 2º Trimestre/2016 67% 1.000 Km

32

3D-32Bi-WATS -CNE PSDM 3º Trimestre/2014 99% 1.484 Km

3D-32LO2007 C12SW PSDM 3º Trimestre/2015 99% 520 Km

3D-32B22N&B10N 4º Trimestre/2013 99% 1.100 Km

3D-32HDGIC2006 PSDM 2º Trimestre/2016 99% 520 Km

3D-32 Colorau South dedicated imaging 4º Trimestre/2016 54% 520 Km

46, 47 & 48 3D-MCWG99 Phase VII/VIII 2º Trimestre/2015 94% 8.000 Km

Total 3D 15.830 Km

5.1.1.4 SONDAGEM‑ACTIVIDADE DE EXPLORAÇÃO E AVALIAÇÃO

TABELA 5POÇOS DE PESQUISA

Blocos/Associação Poço ObjectivoPoçosdePesquisa

2015 2016Bloco 5/06 KINDELE-1 Mucanzo 1 -

Bloco 15/06 BAVUGU-1 Miocénio 1 -

Bloco 19/11 PANDORA-1 Pré-Sal 1 -

Bloco 20/11 ZALOPHUS-1 Pré-Sal - 1

Bloco 20/11 GOLFINHO-1 Pré-Sal - 1

Bloco 22/11 CATCHIMANHA-1 Pré-Sal 1 -

Bloco 35/11 OHANGA-1 Carbonatos - 1

Bloco 37/11 VALI-1 Pré-Sal 1 -

TOTAL 5 3

Em 2016, foram concluídos três (3) poços de pesquisa nas concessões petrolíferas angolanas, nomeadamente: Os poços ZOLUPHOS-1 e GOLFINHO-1, no Bloco 20/11 e o poço OHANGA-1, no Bloco 35/11, tendo o primeiro resultado em descoberta de gás com muita baixa porosidade, o segundo em descoberta de condensados e gás e o terceiro em descoberta de condensados e água.

35RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201634

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TABELA 6 POÇOS DE AVALIAÇÃO

Blocos/Associação Poço Objectivo

PoçosdePesquisa

2015 2016

Bloco 21/09 CAMEIA-4ST1 Pré-Sal-Sag 1 -

Bloco 31 LEDA-3 Miocênio-Inferior 1 -

TOTAL 2 ‑

Relativamente à actividade de avaliação, no ano 2016 não foi concluída a perfuração de qualquer poço.

No período em análise foram concluídos cinquenta e dois (52) poços de desenvolvimento produtores e vinte (20) poços de desenvolvimento injectores.

As operações de sondagem de desenvolvimento estiveram concentradas na área A do Bloco 0, onde foram concluídos vinte (20) poços produtores de óleo e seis (6) poços injectores de água, no Bloco 15, onde foram concluídos nove (9) poços produtores de óleo e sete (7) poços injectores de água e no Bloco 15/06, onde foram concluídos seis (6) poços produtores de óleo e quatro (4) poços injectores de água.

TABELA7POÇOS DE DESENVOLVIMENTO

Blocos/Associação

PoçosDesenvolv.//Produtor

Desenvolv.//Injector

2015 2016 2015 2016

Bloco 0 Área A 4 20 1 6

Bloco 3/05 2 - - -

Bloco 14 7 1 3 1

Bloco 15 3 9 4 7

Bloco 15/06 1 6 5 4

Bloco 17 5 8 - -

Bloco 18 2 - 3 -

Bloco 31 3 4 4 2

Bloco 32 1 4 5 -

TOTAL 28 52 25 20

5.1.1.5 RECURSOS DESCOBERTOS

A actividade de sondagem de exploração, ao longo do período em análise, resultou em descobertas de 831 milhões de recursos de óleo e 3.067 biliões de pés cúbicos de gás, perfazendo um total de 1.507 milhões de barris de óleo equivalente, em recursos descobertos.

TABELA 8 RECURSOS DE HIDROCARBONETOS DESCOBERTOS

Bloco/CampoÓleo

(MMBO)Gás

(BSCF)Total

(MMBOE)

Bloco 20/11 (Zalophus-1) 313 2.085 813

Bloco 20/11 (Golfinho-1) 518 982 694

TOTAL 831 3.067 1.507

Em relação ao ano 2015, registou-se um acréscimo de 300 milhões de barris de petróleo bruto descoberto e um decréscimo de 6.425 mil milhões de pés cúbicos de gás, perfazendo, menos 669 milhões de barris de óleo equivalente, em recursos descobertos.

5.1.1.6 PROJECTOS DE DESENVOLVIMENTO

Para dar suporte às metas de produção de petróleo bruto, foram desenvolvidos os projectos listados abaixo, para os quais é apresentado o ponto de situação à data de 31 de Dezembro de 2016.

TABELA 9 PONTO DE SITUAÇÃO DOS PROJECTOS PETROLÍFEROS

Ordem Projectos BlocosIníciode

ProduçãoProgressoActual(%)

PontodeSituaçãoAtéDezembrode2016

1 Mafumeira Sul Bloco 0 2017 98,22%Decorreu a campanha de conexão e o comissionamento offshore das plataformas CPC, e das WHPs Centro e Sul. Prosseguiu a elaboração da documentação final

2 Polo Oeste Bloco 15/06 2017 99,70%Prosseguiu a campanha de perfuração e instalação dos sistemas submarinos

3 Dália Fase 1A Bloco 17 2017 100,00%Decorreu a perfuração e equipamneto dos poços e conexões submarinas

4 Kaombo Bloco 32 2018 73,30%Prosseguiu a construção dos FPSOs Norte e Sul, a fabricação e instalação dos equipamentos submarinos e a campanha de perfuração dos poços.

De realçar, a entrada antecipada em produção dos campos Mafumeira no Bloco 0, Mpungi e Mpungi Norte no Bloco 15/06, e a execução dos projectos que visam incrementar as taxas de recuperação no Bloco 17, optimizando a utilização das instalações existentes.

Com este propósito, realizou-se o arranque da primeira bomba do loop P70 no projecto Rosa MPP, durante o mês de Setembro, restando ainda concluir a integração do loop P80.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201636 37

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Há a realçar igualmente as cerimónias de corte do primeiro aço nos estaleiros da Heerema (Porto Amboim) e da Petromar (Ambriz), que marcaram o início da construção dos módulos do projecto Kaombo, no Bloco 32, a serem executados em Angola.

5.1.2 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO & GÁS

5.1.2.1 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO

TABELA 10 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO DE ANGOLA

U.M.:Bbls

Associações&Blocos

Execução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre TotalVariação

Homóloga

Offshore 162.022.098 158.568.900 158.919.601 147.317.663 626.828.262 -3%

Bloco 0 22.201.472 21.097.778 21.236.278 21.335.346 85.870.874 -7%

Área A 14.131.678 13.333.835 13.630.925 14.073.750 55.170.188 -6%

Área B 8.069.794 7.763.943 7.605.353 7.261.596 30.700.686 -8%

Bloco 2/05 81.023 86.076 83.903 80.583 331.585 n.a

Bloco 3/05 3.597.755 3.485.047 3.332.094 3.176.483 13.591.379 -14%

Bloco 3/05A 260.778 247.324 239.860 239.416 987.378 15%

Bloco 4/05 742.089 612.518 727.852 691.900 2.774.359 -19%

Bloco 14 9.340.803 8.629.088 8.953.007 8.302.589 35.225.487 -10%

Bloco 14K 1.284.102 1.191.479 1.081.727 1.023.038 4.580.346 n.a

Bloco 15 28.687.156 29.335.062 28.876.675 28.548.775 115.447.668 1%

Bloco 15/06 6.840.978 7.678.105 7.330.647 6.572.161 28.421.891 63%

Bloco 17 59.885.198 59.273.486 59.962.528 50.237.137 229.358.349 -10%

Bloco 18 13.747.528 13.276.183 11.548.459 12.188.611 50.760.781 -6%

Bloco 31 15.353.216 13.656.754 15.546.571 14.921.624 59.478.165 4%

Onshore 783.220 876.508 818.845 806.195 3.284.768 181%

Cabinda Sul 103.396 180.001 146.314 120.250 549.961 13%

Associação FS 26.923 24.971 22.604 20.746 95.244 59%

Associação FST 652.901 671.536 649.927 665.199 2.639.563 323%

TOTAL 162.805.318 159.445.408 159.738.446 148.123.858 630.113.030 -3%

MédiaDiária 1.789.069 1.752.147 1.736.287 1.610.042 1.721.620 -3%

Durante o ano de 2016, foram produzidos em Angola 630.113.030 barris de petróleo bruto, equivalentes a uma média diária de 1.721.620 barris. Comparativamente ao período homólogo, o volume de produção alcançado decresceu em 3%.

Este decréscimo é explicado fundamentalmente pela paragem da produção do FPSO Dália, no Bloco 17, para manutenção geral programada, cuja duração foi de 35 dias, com perdas estimadas de 210.000 bbls/d, à qual se acresce o declínio natural dos campos e paragens não programadas de algumas instalações devido a problemas operacionais.

O aumento resultante da entrada em produção dos campos Mpungi e Mpungi Norte, no Bloco 15/06 e Mafumeira Sul, no Bloco 0, não foi de magnitude suficiente para compensar as perdas provocadas pelos factores acima referidos.

Por origem, apesar da queda da produção, o Bloco 17 foi o que mais contribuiu para a produção, seguido dos Blocos 15, 0, 31 e 18, representando de forma agregada 85,8% da produção de petróleo bruto em Angola.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201638 39

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GRÁFICO 7PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO DE ANGOLA POR BLOCO

BLOCO 17

BLOCO 15

BLOCO 0

BLOCO 31

BLOCO 18

BLOCO 14

BLOCO 15/06

BLOCO 3/05

BLOCO 3/05

ASSOCIAÇÃO FST

BLOCO 3/05 A

CABINDA SUL

BLOCO 2

ASSOCIAÇÃO FS

0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00%

13,6%

9,4%

8,1%

6,3%

4,5%

2,2%

0,4%

0,4%

0,2%

0,1%

0,1%

36,4%

18,3%

36,4%

A propriedade do petróleo bruto produzido em Angola, apresenta-se na tabela seguinte:

TABELA 11DIREITOS DE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO POR COMPANHIAS

U.M.:Bbls

Companhias

Execução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre TotalVariação

Homóloga

BP 28.602.194 27.984.899 27.617.663 26.062.392 110.267.147 -4%

Total 28.299.207 27.783.286 28.115.586 24.093.515 108.291.594 -9%

ESSO 23.451.902 23.588.722 23.543.176 21.466.937 92.050.737 -5%

Sonangol 22.484.337 21.346.077 22.162.084 21.446.933 87.439.430 4%

Statoil 19.841.798 19.559.313 19.910.877 17.514.928 76.826.916 -6%

ENI 13.021.397 13.175.206 12.992.682 12.496.836 51.686.121 8%

Chevron 11.996.698 11.314.705 11.435.389 11.254.400 46.001.191 -5%

SSI 10.977.292 10.707.482 10.035.641 10.062.342 41.782.757 5%

China Sonangol 964.633 933.093 892.988 853.975 3.644.689 -13%

Galp 956.241 883.851 903.126 839.306 3.582.525 2%

Somoil 757.894 728.045 725.851 707.015 2.918.805 16%

Ajoco 771.707 746.474 714.391 683.180 2.915.751 -13%

INA-NAFTA 154.341 149.295 142.878 136.636 583.150 -13%

NAFTAGAS 154.341 149.295 142.878 136.636 583.150 -13%

Acrep 149.270 125.607 146.960 139.804 561.640 -12%

Prodoil 102.889 87.324 101.469 96.560 388.243 -9%

Pluspetrol 56.868 99.001 80.473 66.138 302.479 13%

Force Petroleum 20.679 36.000 29.263 24.050 109.992 13%

Falcon Oil 16.205 17.215 16.781 16.117 66.317 -92%

Kotoil, S.A 10.128 10.760 10.488 10.073 41.448 n.a

Poliedro Oil 10.128 10.760 10.488 10.073 41.448 n.a

Cupet 5.170 9.000 7.316 6.013 27.498 13%

TOTAL 162.805.318 159.445.408 159.738.446 148.123.858 630.113.030 -3%

TABELA 12PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO POR OPERADOR

U.M.:Bbls

Associações&Blocos

Execução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre TotalVariação

Homóloga

Total 59.885.198 59.273.486 59.962.528 50.237.137 229.358.349 -10%

Chevron 32.826.377 30.918.345 31.271.012 30.660.973 125.676.707 -4%

ESSO 28.687.156 29.335.062 28.876.675 28.548.775 115.447.668 1%

BP 29.100.744 26.932.937 27.095.030 27.110.235 110.238.946 -1%

ENI 6.840.978 7.678.105 7.330.647 6.572.161 110.238.946 63%

SNL P&P 4.600.622 4.344.889 4.299.806 4.107.799 17.353.116 -14%

Somoil 760.847 782.583 756.434 766.528 3.066.392 348%

Pluspetrol 103.396 180.001 146.314 120.250 549.961 13%

TOTAL 162.805.318 159.445.408 159.738.446 148.123.858 630.113.030 -3%

MédiaDiária 1.789.069 1.752.147 1.736.287 1.610.042 1.721.620 -3%

Por empresas, as operadoras petrolíferas estrangeiras em Angola produziram 96,7% do volume total da produção de petróleo bruto durante o ano, lideradas pela TOTAL E&P Angola com 36,4% da produção total, seguida da CHEVRON com 19,9%, da ESSO com 18,3%, da BP com 17,5%, da ENI com 4,5% e Pluspetrol com 0,1%. Os remanescentes 3,3% correspondem a produção das operadoras nacionais (Sonangol Pesquisa e Produção e Somoil), com 2.8% e 0.5%, respectivamente.

GRÁFICO 8 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO POR OPERADOR

0,1%

0,5%

2,8%

4,5%

17,5%

18,3%

19,9%

36,4%

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0%

PLUSPETROL

SOMOIL

SNL PP

ENI

BP

ESSO

CHEVRON

TOTAL

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201640 41

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Em termos de cumprimento das metas estabelecidas pelos operadores das concessões em produção, registou-se um desvio negativo de 1% (menos 5.645.938 barris), em relação ao período homólogo, devido a factores de ordem técnico-operacional, abaixo descritos:

• AssociaçãodeCabinda

• ÁreaA:

Nesta concessão, apesar da entrada em produção do poço MW-84-71 no campo Malongo Oeste, a produção esteve abaixo do previsto devido ao fecho de alguns poços produtores nos reservatórios do Takula e Malongo, causado pela produção excessiva de água, baixa pressão e problemas nos sistemas de injecção de água.

Registou-se também a entrada em produção antecipada do campo de Mafumeira Sul, através do módulo de produção temporária.

• ÁreaB:

Os níveis de produção estiveram abaixo do previsto em função do baixo desempenho de alguns poços nos campos Bomboco, Lomba e N´Dola, por força do seu declíneo natural e do fecho de alguns poços produtores no campo Bomboco.

• CabindaSul

Redução da produção causada pela baixa pressão nos reservatórios do campo Castanha, que resultou no fecho de alguns poços.

• AssociaçãoFS/FST

A produção foi afectada pelo fecho de alguns poços devido a baixa pressão e fugas nas linhas de produção.

• Bloco2/05

Os campos continuam fechados, exceptuando o campo Essungo, que entrou em produção com apenas dois poços, com a finalidade de dar suporte a linha de produção do FS/FST.

• Bloco3/05

A produção tem sido afectada pela perda de pressão de alguns poços produtores e a indisponibilidade das bombas, o que tem contribuído para a baixa injeção de água e consequentemente, a redução da taxa de substituição dos fluidos, o que levou ao fecho de alguns poços no campo Pacassa.

• Bloco3/05A

A baixa da produção deveu-se a perda de pressão dos reservatórios e às paragens não programadas no campo Búfalo por problemas operacionais.

• Bloco4/05

A produção esteve abaixo do previsto, apesar da máxima abertura do estrangulador dos poços.

• Bloco14

Aumento do teor de água produzida nalguns poços produtores e o fecho de alguns injectores para gestão de pressão dos reservatórios.

• Bloco15

A produção no Bloco foi estável, motivada pela boa gestão dos reservatórios e pela manutenção de pressão. Para tal, foram fechados alguns poços que produzem água e gás por excesso, para gestão da pressão dos reservatórios e entrada em produção de 12 poços no Bloco, sendo 4 poços no campo Bavuca, 7 poços no campo Mondo Sul e 1 poço produtor no campo Kakocha.

• Bloco15/06

A produção foi afetada pelo aumento da produção de água, especialmente nos campos Sangos e Cinguvu. A entrada em produção dos campos Mpungi e Mpungi Norte, permitiu um aumento da produção em 63%, comparativamente ao ano 2015.

• Bloco17

Os níveis de produção estiveram acima do previsto, apesar da redução comparativamente ao ano 2015. A entrada em produção de 8 poços de desenvolvimento, sendo 3 poços no campo Dália, 1 poço no Pazflor e 4 poços no Clov, permitiram compensar as quedas de produção por problemas operacionais nos campos Girassol e Dália e terminar o ano com uma média de produção de 620.000 BOPD.

• Bloco18

Redução da produção resultante da produção excessiva de água e gás e o fecho de alguns poços, insuficiência de pressão nas linhas e a paragem não programada de 11 dias, por problemas operacionais.

• Bloco31

Os níveis de produção foram ligeiramente comprometidos, apesar da redução na injecção de água causada pela inoperância das bombas e a redução da produção devido à paragem programada e a entrada tardia do campo Plutão por indisponibilidade do sistema de tratamento de gás. De salientar a entrada de 3 poços produtores que permitiram terminar o ano com uma produção média de 160.500 BOPD.

5.1.2.2 DIREITOS DE PETRÓLEO BRUTO DA CONCESSIONÁRIA NACIONAL

TABELA 13 DIREITOS DE PETRÓLEO BRUTO DA CONCESSIONÁRIA NACIONAL

U.M.: Bbls

Blocos

Execução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestreLevantamentos

TotaisVariação

Homóloga

Cabinda Onshore 8,632 14,347 11,440 9,186 43,605 -12%

Bloco 3/05 1,430,951 1,358,760 500,943 1,622,083 4,912,737 10%

Bloco 3/05A 75,000 19,999 - 20,000 114,999 -55%

Bloco 4/05 - 75,250 68,750 76,323 220,323 22%

Bloco 14 1,808,446 2,219,689 2,621,763 2,295,820 8,945,717 -21%

Bloco 15 9,513,156 9,366,220 10,411,500 14,697,780 43,988,656 -18%

Bloco 15/06 780,931 543,797 498,623 554,192 2,377,543 100%

Bloco 17 19,144,847 15,103,535 16,254,080 12,351,743 62,854,205 -11%

Bloco 18 3,917,685 3,903,766 3,441,295 2,961,948 14,224,694 18%

Bloco 31 1,399,598 963,198 1,185,795 1,323,975 4,872,566 6%

TOTAL 38,079,246 33,568,560 34,994,188 35,913,050 142,555,045 -11%

MédiaDiária 418,453 368,885 380,372 390,359 389,495 -11%

Durante o ano de 2016, foram alcançados, a título de Direito da Concessionária um total de 142.555.045 barris de petróleo bruto, correspondentes a uma média de 389.495 Bbl/dia.

Comparativamente ao ano de 2015, registou-se um decréscimo em 11%, justificado em grande medida pelo cenário internacional da redução do preço do barril de petróleo, pelo aumento da taxa de uso de petróleo custo e ainda pelo declínio natural da produção dos campos maduros (14 e 15).

Relativamente aos direitos arrecadados por bloco, destacam-se o Bloco 17 e 15, representando 75% do volume total.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201642 43

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GRÁFICO 9DIREITOS DE PETRÓLEO BRUTO DA CONCESSIONÁRIA POR BLOCO

80.000.000

70.000.000

60.000.000

50.000.000

40.000.000

30.000.000

20.000.000

Bar

ris

10.000.000

-

20152016

Bloco15

Bloco17

Bloco18

Bloco14

Bloco3/05

Bloco31

Bloco15/06

Bloco4/05

Bloco3/05A

COS

5.1.2.3 PRODUÇÃO DE GÁS

5.1.2.3.1 PRODUÇÃO DE GÁS NATURAL ASSOCIADO

TABELA 14 PRODUÇÃO GÁS NATURAL ASSOCIADO

U.M.:Bbls

Blocos

Execução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre ProduçãoVariação

Homóloga

Offshore 324.512 321.225 329.377 317.415 1.292.529 -2%

Bloco 0 118.578 121.931 124.279 116.100 480.888 -11%

Área A 31.590 33.605 35.482 28.041 128.718 -48%

Área B 86.988 88.326 88.797 88.059 352.170 20%

Bloco 2/05 - - 1.002 - 1.002 1013%

Bloco 3/05 5.711 5.062 6.393 4.912 22.078 -4%

Bloco 3/05A 101 182 268 267 818 n.a

Bloco 4/05 505 234 403 358 1.500 -24%

Bloco 14 14.827 13.227 11.984 11.325 51.363 -25%

Bloco 15 61.909 68.840 69.398 61.696 261.843 2%

Bloco 15/06 18.795 4.460 5.364 6.853 35.472 225%

Bloco 17 60.865 65.032 65.103 68.787 259.787 0%

Bloco 18 28.122 27.404 25.769 27.135 108.430 4%

Bloco 31 15.099 14.853 19.414 19.982 69.348 45%

Onshore 1.019 1.882 1.679 1.058 5.638 -88%

Cabinda Sul 784 986 827 131 2.728 -94%

Associação FS/FST 235 896 852 927 2.910 439%

TOTAL 325.531 323.107 331.056 318.473 1.298.167 -5%

Até 31 de Dezembro de 2016, foram produzidos em Angola 1.298.167 pés cúbicos de gás nas concessões petrolíferas em produção, correspondente a um decréscimo de 5% comparativamente ao período homólogo de 2015.

5.1.2.3.2 PRODUÇÃO DE LPG

TABELA 15PRODUÇÃO DE LPG DE ANGOLA

U.M.:Bbls

Blocos

Execução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre ProduçãoVariação

Homóloga

Sanha 99.618 108.387 108.986 99.519 416.510 4%

Butano 42.016 43.041 44.582 41.058 170.697 1%

Propano 57.602 65.346 64.404 58.462 245.814 7%

CabindaGasPlant 19.047 17.495 15.485 18.355 70.382 -11%

Butano 8.117 8.637 6.878 8.444 32.076 -12%

Propano 10.930 8.858 8.607 9.912 38.307 -10%

RefinariadeLuanda 7.011 7.402 5.868 6.967 27.248 4%

ALNG - 65.695 28.865 123.840 218.399 n.a

TOTAL 125.676 198.979 159.204 248.681 732.540 45%

Em 2016, foram produzidos em Angola, um total de 732.540 toneladas métricas de LPG. Relativamente ao ano anterior, houve um aumento substancial de 45%. Este aumento deveu-se, fundamentalmente, ao reinício da produção da fábrica do Angola LNG, no mês de Maio.

GRÁFICO 10PRODUÇÃO DE LPG POR ORIGEM

SANHA 57%

CABINDA GAS PLANT 9%

REFINARIA DE LUANDA 4%

ALNG 30%

Importa realçar que após a retoma das actividades no Angola LNG, a fábrica registou uma paragem para manutenção durante o mês de Agosto, o que afectou significativamente a produção do terceiro trimestre.

Por origem, produção ficou repartida entre a fábrica do Sanha com 56,86%, seguida da fábrica do Angola LNG com 29,81%, do Cabinda Gas Plant com 9,60% e a Refinaria de Luanda com 3,71%.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201644 45

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5.1.4 EXPORTAÇÕES DA CONCESSIONÁRIA

TABELA 17 MAPA DE EXPORTAÇÕES DA SONANGOL CONCESSIONÁRIA

U.M.:Bbls

RamasExportadasExecução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre QuantidadeExportada

VariaçãoHomóloga

Dália 8.446.769 6.552.522 8.422.075 4.539.322 27.960.688 -20%

Girassol 6.790.461 4.871.343 4.856.921 3.952.547 20.471.272 -1%

Hungo 2.852.406 3.663.954 2.852.875 6.430.924 15.800.159 -20%

Mondo 1.988.353 2.774.889 2.825.298 2.800.040 10.388.580 52%

Kissanje 2.761.681 903.602 2.719.925 3.622.685 10.007.893 -54%

Nemba 1.738.821 2.139.200 2.568.676 2.233.230 8.679.927 -22%

Pazflor 1.902.922 2.762.506 1.929.596 1.857.414 8.452.438 -18%

Saxi-Batuque 1.910.715 905.626 1.913.233 1.844.133 6.573.707 2%

CLOV 2.004.695 30.460 1.045.489 2.002.461 5.083.105 -15%

Plutónio 1.954.472 1.863.230 998.925 - 4.816.627 66%

Saturno 1.399.599 849.304 1.185.795 1.323.975 4.758.673 -6%

Sangos 780.931 408.478 498.623 554.192 2.242.224 n.a

Lianzi 22.109 992.312 70.768 63.156 1.148.345 n.a

Gimboa - 324.463 68.750 76.323 469.536 58%

TOTAL 34.553.934 29.041.889 31.956.949 31.300.402 126.853.174 -15%

Durante o ano de 2016, as exportações de petróleo bruto da Sonangol enquanto Concessionária Nacional corresponderam a 89% dos direitos arrecadados no período, tendo o remanescente sido entregue à Refinaria de Luanda.

Durante o período, as ramas mais exportadas foram a Dália (22%), Girassol (16%), Hungo (12,4%), Mondo (8,2%) e Kissanje (7,9%).

5.1.4.1 RECUPERAÇÃO DOS INVESTIMENTOS REALIZADOS NAS CONCESSÕES EM PRODUÇÃO

TABELA 18CUSTOS RECUPERADOS NAS CONCESSÕES EM PRODUÇÃO

U.M.:MUSD

BlocosCustos

Incorridosaté2016

CustosRecuperados

até2016

CustosPorRecuperarà

31/12/2016

Bloco 2/05 1.902.609 2.656 1.899.952

Bloco 3/05 5.697.840 5.256.277 441.562

Bloco 3/05A 384.325 38.650 345.675

Bloco 4/05 2.561.064 2.334.598 226.465

Bloco 14 25.994.337 21.949.780 4.044.557

Bloco 15 42.271.782 38.618.206 3.653.575

Bloco 15/06 5.808.802 1.350.288 4.458.513

Bloco 17 68.130.952 58.567.400 9.563.552

Bloco 18 18.322.483 17.725.663 596.820

Bloco 31 25.172.706 7.949.659 17.223.047

Cabinda Onshore Sul 750.187 84.861 665.326

TOTAL 196.997.085 153.878.040 43.119.045

5.1.2.3.3 PRODUÇÃO DE LNG E CONDENSADOS

Durante o ano 2016, como consequência do reinício da produção do Angola LNG, a produção de Gás Natural Liquefeito foi de 896.621 toneladas métricas, tendo a produção de Condensados atingido 75.153 toneladas métricas.

5.1.3 GESTÃO ECONÓMICA DAS CONCESSÕES

5.1.3.1 CUSTOS DE PRODUÇÃO

TABELA 16CUSTOS DE OPERAÇÃO NAS CONCESSÕES EM PRODUÇÃO

BlocosCustos(USD/Bbl) Variação

Homóloga2015 2016

Bloco 0 16,32 11,80 -28%

Bloco 2/05 - 15,47 -

Bloco 3/05 26,21 19,52 -26%

Bloco 3/05ª 5,07 6,05 19%

Bloco 4/05 39,81 32,80 -18%

Bloco 14 11,25 11,51 2%

Bloco 15 7,84 4,73 -40%

Bloco 15/06 16,39 10,43 -36%

Bloco 17 6,74 6,36 -6%

Bloco 18 5,75 6,50 13%

Bloco 31 5,94 4,73 -20%

Cabinda Sul 22,73 14,83 -35%

Associação FS 42,41 25,29 -40%

Associação FST 131,10 22,05 -83%

TOTALDAINDÚSTRIA 9,32 7,62 -18%

O custo operacional médio ponderado da indústria petrolífera foi de USD 7,62/Bbl, excluindo os custos de abandono.

Comparativamente ao ano de 2015, verificou-se uma redução em 18%.

Os maiores níveis de eficiência registaram-se nos Blocos 15 e 31, tendo apresentado o custo unitário de USD 4,73/Bbl.

Contrariamente, os menores níveis de eficiência observaram-se no Bloco 4/05, com um custo de USD 32,80/Bbl e nas Associações FS e FST, com um custo de USD 25,29/Bbl e USD 22,05/Bbl, respectivamente.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201646 47

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No período em análise, os custos recuperados associados às operações petrolíferas em produção, maioritariamente provenientes das despesas de desenvolvimento, ascenderam a MUSD 153.878.040.

Em relação aos custos recuperáveis, no Bloco 31, o Grupo empreiteiro continua a recuperar as despesas de desenvolvimento do PSVM, cuja produção iniciou no 4º trimestre de 2012.

Os elevados custos por recuperar no Bloco 17 devem-se aos investimentos dos projectos PAZ-FLOR e, mais recentemente, à entrada em produção do projecto CLOV, no final de 2014.

No Bloco 15/06, os custos por recuperar referem-se a pesquisa e desenvolvimento do bloco. De realçar que, desde o início da produção no final de 2014, foram recuperados apenas 23% do total dos custos incorridos.

Os elevados custos recuperáveis no Bloco 14 devem-se à fraca economicidade do Tômbua- Lândana.

No Bloco 15, os custos reportados estão associados às despesas de desenvolvimento do projecto Kizomba Satélite fase 2, cuja entrada em produção ocorreu em Junho de 2015.

Em termos de contribuição individual por Bloco, na sequência dos factores apresentados, o Bloco 31 é o mais representativo, com 40%, seguido do Bloco 17 com 22%, do Bloco 15/06 com 10%, do Bloco 14 com 9% e do Bloco 15 com 8% do total dos custos por recuperar.

5.2 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR – SEGMENTO UPSTREAM

A actividade de Exploração e Produção é um segmento crítico da actividade da Sonangol, o que se reflete na própria estratégia de investimento da Companhia, com este segmento a representar 97% do investimento total realizado em 2016.

Angola produziu em 2016 um total de 630.113.030 barris de Petróleo Bruto, dos quais 85.682.625 são respeitantes à Sonangol Pesquisa e Produção e Sonangol EP. A Sonangol aumentou a sua produção em 3% em relação ao período homólogo. Este acréscimo resulta do aumento da produção da Sonangol Pesquisa e Produção no Bloco 15/06 (aumento de 10%) que por sua vez é afectado negativamente pelas quebras de produção da Sonangol E.P. no Bloco 0 (decréscimo de 7%).

No que se refere à produção de LPG, o reinício da operação da ALNG onde a Sonangol tem uma participação de 22,8%, veio refletir-se positivamente no aumento da produção de 24% e na redução das importações em 58% face ao ano anterior.

Em 2016, a cadeia primária de Upstream registou vendas correspondentes a USD 8.751 Milhões e um EBITDA de USD 1.603 Milhões, equivalente a 50% do EBITDA total da empresa. O reinício da produção da ALNG representou, e representará, um contributo importante para o aumento das receitas da Sonangol.

Adicionalmente, num cenário de queda do preço do petróleo, a Sonangol procurou também encontrar soluções para reduzir a sua exposição e melhorar a rentabilidade do seu investimento. Um exemplo disso foi o esforço feito em relação aos drillships, em que a Sonangol desenhou uma solução que envolve a negociação com os stakeholders para a partilha de risco e a renegociação de condições de financiamento por forma a tornar a construção de duas sondas num projecto viável.

5.2.1 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO DA SONANGOL INVESTIDORA

TABELA 19 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO DA SONANGOL INVESTIDORA

U.M.:Bbls

Associações&BlocosExecução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestrew QuantidadeExportada

VariaçãoHomóloga

SNLE.P 9.102.604 8.650.089 8.706.874 8.747.492 35.207.058 -7%

Bloco 0 9.102.604 8.650.089 8.706.874 8.747.492 35.207.058 -7%

Área A 5.793.988 5.466.872 5.588.679 5.770.238 22.619.777 -6%

Área B 3.308.616 3.183.217 3.118.195 2.977.254 12.587.281 -8%

SNLP&P 12.944.493 12.248.444 13.023.318 12.259.312 50.475.567 10%

BlocosOperados 1.335.678 1.239.352 1.256.914 1.199.925 5.031.869 -14%

Bloco 3/05 899.439 871.262 833.023 794.121 3.397.845 -14%

Bloco 3/05A 65.195 61.831 59.965 59.854 246.845 15%

Bloco 4/05 371.045 306.259 363.926 345.950 1.387.180 -19%

BlocosNãoOperados 11.608.815 11.009.092 11.766.404 11.059.387 45.443.698 14%

Cabinda Sul 20.679 36.000 29.263 24.050 109.992 13%

Associação FS 1.346 1.249 1.130 1.037 4.762 59%

Associação FST 32.645 33.577 32.496 33.260 131.978 323%

Bloco 14 2.124.981 1.964.113 2.006.947 1.865.125 7.961.167 2%

Bloco 15/06 2.520.216 2.828.614 2.700.610 2.421.184 10.470.625 72%

Bloco 31 6.908.947 6.145.539 6.995.957 6.714.731 26.765.174 4%

TOTAL 22.047.096 20.898.533 21.730.192 21.006.804 85.682.625 3%

MédiaDiária 242.276 229.654 236.198 228.335 234.106 2%

No decorrer do ano 2016, verificou-se um acréscimo de 10% na produção da Sonangol Pesquisa e Produção e uma redução de 7% na quota-parte da Sonangol, E.P. no Bloco 0, comparativamente ao período homólogo em 2015.

O decréscimo de 7% da quota-parte da Sonangol, E.P. no Bloco 0, deveu-se à queda, na mesma proporção, da produção naquele Bloco por força do fecho de alguns poços produtores, por baixa pressão, e ao baixo desempenho de alguns poços que estiveram a produzir de forma intermitente.

49RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201648

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O acréscimo de 10% na produção da Sonangol Pesquisa e Produção deveu-se essencialmente ao aumento da produção no Bloco 15/06, onde a Sonangol participa como investidora, no qual entraram em produção os campos Mpungi e Mpungi Norte.

A necessidade de garantir o aumento de produção reflete-se na estratégia de investimento da Sonangol que em 2016 se focou no desenvolvimento das concessões petrolíferas no Bloco 0 (Mafumeira Sul e Mafumeira Norte), bem como nos Blocos 15/06, onde a Sonangol Pesquisa e Produção detém 36,84%, no Bloco 31 e no projecto Kaombo, no Bloco 32, onde a Sonangol Pesquisa e Produção detém 45% e 30%, respectivamente.

5.2.2 PRODUÇÃO DE GÁS DA SONANGOL E.P.

5.2.2.1 PRODUÇÃO DE LPG

TABELA 20PRODUÇÃO DE LPG QUOTA-PARTE SONANGOL

U.M.:Bbls

Associações&BlocosExecução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre QuantidadeExportada

VariaçãoHomóloga

Sanha(41%) 40.843 44.439 44.684 40.803 170.769 4%

Butano 17.227 17.647 18.279 16.834 69.986 1%

Propano 23.617 26.792 26.406 23.969 100.784 7%

CabindaGasPlant(41%) 7.809 7.173 6.349 7.526 28.857 -11%

Butano 3.328 3.541 2.820 3.462 13.151 -12%

Propano 4.481 3.632 3.529 4.064 15.706 -10%

RefinariadeLuanda(100%) 7.011 7.402 5.868 6.967 27.248 4%

ALNG(22,8%) - 14.978 6.581 28.236 49.795 n.a.

TOTAL 55.664 73.992 63.482 83.531 276.669 24%

Da produção total de LPG, couberam à Sonangol, 276.669 toneladas métricas das quais 62% proveniente do Sanha, 18% do Angola LNG e os restantes 20%, repartidos de igual forma pelo Cabinda Gas Plant e a Refinaria de Luanda.

Comparativamente ao ano de 2015, a Sonangol registou um aumento de 24% na produção de LPG.

Por forma a atender as necessidades de consumo de LPG do mercado interno, uma vez que a produção interna não foi suficiente, até ao reinício de operações do Angola LNG, a Sonangol adquiriu do mercado externo, cerca de 70.720 toneladas métricas de LPG, menos 58% face ao ano 2015. A redução verificada nas importações de LPG resulta do esforço realizado ao longo do ano no sentido de garantir o arranque da fábrica da ALNG.

5.2.2.2 PRODUÇÃO DE LNG E CONDENSADOS

A fábrica do Angola LNG reiniciou a produção em junho de 2016, após um encerramento prolongado. Desde então, foram efectuados em segurança e comercializados com sucesso diversos carregamentos de LNG e de líquidos, incluindo butano pressurizado para o mercado doméstico angolano. Os carregamentos de LNG estão a ser comercializados a nível global, de acordo com os ditames da procura, e espera-se que o fornecimento de gás natural ao mercado doméstico se inicie em 2017. A prioridade do Projecto é agora alcançar o nível de produção plena. Espera-se que em produção plena sejam exportadas anualmente até 70 carregamentos de LNG e que o Projecto tenha uma vida útil esperada de mais de 30 anos, criando condições para o desenvolvimento futuro de reservas de gás associado e de gás não associado.

A produção de LNG quota-parte da Sonangol atingiu 204.430 toneladas métricas e os condensados registaram 17.135 toneladas métricas, todas provenientes da fábrica da Angola LNG.

5.2.2.3 PROJECTOS ESTRUTURANTES DA CADEIA DE VALOR UPSTREAM

ProjectodeConstruçãodeNavios-Sonda(Drillships)

No período em análise, deu-se continuidade a construção de dois navios-sonda (drillships), em conformidade com o contrato assinado em Outubro de 2013.

De realçar que o progresso geral do projecto com os cascos Sonangol Libongos (H3620) foi de 99,7% e para o Sonangol Quenguela (H3621) de 91,8%.

Por outro lado, todos os equipamentos, considerados como OFE (Owner Furnished Equipment), exigidos para o seguimento aos trabalhos de comissionamento e mobilização dos navios-sonda, já se encontram no estaleiro. Estão a efectuar-se as inspecções aos mesmos tendo já sido colocados alguns equipamentos a bordo do navio Sonangol Libongos.

Adicionalmente, foram realizadas as segundas fases dos ensaios de navegação, instalação do helideck, bem como, a conclusão dos trabalhos do topside:

AngolaLNG

Ao longo do ano de 2016 foram realizados trabalhos de preparação para arranque da fábrica com a conclusão e aprovação de procedimentos operacionais críticos, e a preparação do pessoal de produção para reinício

da fábrica de gás que arrancou no segundo trimestre de 2016. Adicionalmente, foi concluído o processo de mudança de fornecimento de gás à fábrica, do Bloco 15 para o Bloco 17, passando este a ser a principal fonte de fornecimento de gás à fábrica.

Foi concluído o shutdown a 27/08/2016, após o teste final de vazamento e conclusão do degelo dos circuitos de propano, bem como o isolamento final dos filtros de 72 polegadas. Desde final do quarto trimestre a fábrica vem funcionando de forma segura e contínua.

ProjectoFalcão

No que diz respeito ao Projecto Falcão, prosseguem a execução dos trabalhos de engenharia de detalhe, as actividades de aquisição e preparação do terreno, bem como, a aferição da qualidade da documentação técnica apresentada no EPC.

Por outro lado, foram também realizadas as actividades relacionadas com o diagnóstico ambiental da área em que será instalado o acampamento, doca e zona de armazenagem do Soyo, e recepção e análise da proposta para instalação do segundo separador de gás líquido de modo que haja fornecimento ininterrupto de gás à Central do Ciclo Combinado do Soyo – fase 1).

Durante o período foram realizadas as seguintes actividades:

• Conclusão dos trabalhos de revestimento de Fusion Bonded Epoxi (FBE);

• Revisão e aprovação dos recursos propostos para o acompanhamento das próximas fases do projecto em alternativa aos originais;

• Início do levantamento topográfico da área adicional desminada;

• Conclusão das actividades de desalojamento e desminagem mecânica do terreno extra para a expansão da Unidade de Recepção e Distribuição de Gás (URDG);

• Solicitação à Central de Ciclo Combinado do Soyo de uma amostra de gás doméstico para fins laboratoriais.

5.3 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR – SEGMENTO MIDSTREAM

O segmento de Refinação e Transporte registou em 2016 vendas equivalentes a USD 1.154 milhões e um EBITDA de USD 86 milhões, correspondente a 3% do EBITDA total da Sonangol.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201650 51

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Relativamente à actividade da Refinaria, verificou-se um aumento do fornecimento de matérias-primas de 2% e um incremento da utilização da capacidade de refinação instalada de 1,5% face período homólogo. Este desempenho positivo reflectiu-se igualmente no aumento do volume de petróleo bruto processado e no volume de refinados produzidos.

A geração de energia elétrica através da Luxervisa foi outra área de enfoque. Em 2016, houve um grande esforço no aumento de eficiência do ciclo combinado da Refinaria de Luanda resultando num acréscimo de aproximadamente 50% no fornecimento de energia elétrica à RNT. Para 2017, espera-se ainda uma melhoria associada à entrada em funcionamento da turbina a vapor e o arranque do pequeno ciclo combinado do Soyo.

Nas atividades de transporte, em relação a 2015 também se verificou um aumento de 6% das quantidades de petróleo bruto transportadas, porém, dado o contexto macroeconómico mais retraído, o transporte de volumes de produtos derivados foi menor em 32%.

Este segmento representou 2,6% do investimento total realizado em 2016, o segundo maior depois do segmento da Exploração e Produção. Os investimentos realizados reflectem o esforço de construção da Sala de Controlo Centralizada e assinatura do contrato para os estudos de engenharia na Refinaria de Luanda, assim como a manutenção de equipamentos mecânicos no projecto da Refinaria do Lobito.

Dado o atual contexto de quebra do preço de petróleo, e apesar do valor investido, o projecto da Refinaria do Lobito foi suspenso para reavaliação da visão estratégica e viabilidade económica. A Administração da Sonangol está convicta de que a Refinaria do Lobito é um projecto estratégico para a empresa e para o País, acreditando que os investimentos já realizados poderão ser rentabilizados pelo desenvolvimento de projectos industriais adjacentes à refinaria,

nomeadamente, projectos de indústria petroquímica alimentados pelas descobertas de hidrocarbonetos em blocos offshore próximos do Lobito.

Paralelamente à reavaliação dos projetos estruturantes, foram implementadas medidas importantes para melhorar as operações deste segmento. Um exemplo disso foi a iniciativa que permitiu facilitar os processos de compras ad‑hoc de artigos críticos para a Refinaria e que se reflectiu no aumento do fornecimento de matéria-prima e consequentemente, no aumento da utilização da capacidade instalada da Refinaria.

5.3.1 NEGÓCIO DE REFINAÇÃO

A Sonangol mantém em operação a Refinaria de Luanda, com uma capacidade nominal instalada de 65.000 Bbl/d.

A taxa média de utilização da capacidade instalada foi de 83%, tendo observado um incremento de 1,5% face ao ano anterior.

O acréscimo registado deveu-se à estabilização do fornecimento da rama Palanca e a utilização de stock da rama Hungo para blending, bem como pelo diferimento da paragem geral, programada para os meses de Junho e Julho de 2016, por diversos motivos, entre os quais, a indisponibilidade de peças de reposição em tempo útil.

Apesar do desempenho positivo, registaram-se alguns constrangimentos com impacto nas operações, entre os quais destacamos a paragem total da fábrica durante 9 dias e redução de cargas nas Unidades de Destilação (U-150 e U-600) por falta de petróleo bruto e por outras razões técnicas (escurecimento da Nafta, deslocamento de pratos, avaria de Permutadores rotos e paragens intempestivas por cortes de energia nos equipamentos (GT35 e CCRL).

TABELA 21 TAXA MÉDIA DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA

U.M.:Bbls

ProcessamentodePetróleoBruto

Execução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre Processamento Homólogo

Taxa de utilização da Capacidade Instalada (BOPD)

83% 87% 76% 85% 83% 1,5%

Em 2016, a Refinaria de Luanda adquiriu 20.025.661 barris de Petróleo Bruto, equivalentes a 2.725.811 toneladas métricas, das quais a rama Plutónio representou 51,5%, a rama Palanca representou 46,7%, a rama Hungo representou 1,3% e a rama Nemba, 0,5%.

Face ao ano anterior, registou-se um aumento de 2% nas quantidades de Petróleo Bruto fornecido à Refinaria de Luanda, resultado da melhoria do desempenho e estabilidade da fábrica verificados em 2016.

TABELA 22VOLUME DE PETRÓLEO BRUTO PROCESSADO

U.M.:Bbls

RamasExecução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre Processamento VariaçãoHomóloga

Plutónio 1.931.718 2.930.391 2.158.676 3.054.124 10.074.909 5%

Plutónio 2.886.091 2.088.993 2.297.066 2.049.509 9.321.659 -3%

Hungo 93.232 - 59.521 - 152.753 483%

Nemba - 99.850 - - 99.850 n.a

TOTAL 4.911.041 5.119.234 4.515.263 5.103.633 19.649.171 2%

PROCESSAMENTODIÁRIO 54.567 56.255 49.079 55.474 53.686

Com a disponibilidade de petróleo bruto, foi possível processar 19.649.171 barris de Petróleo Bruto, equivalentes a 2.633.350 toneladas métricas.

TABELA 23PRODUÇÃO DE REFINADOS

U.M.:Bbls

ProdutosExecução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre Produção VariaçãoHomóloga

Fuel Oil 266.949 250.818 198.886 254.579 971.232 6%

Gasóleo 155.904 154.059 134.970 153.750 598.683 -1%

Nafta 60.729 68.607 93.653 81.736 304.725 21%

Jet A1 66.297 68.447 53.072 72.025 259.841 9%

Ordoil 29.380 59.643 59.640 50.530 199.193 31%

Kerosene 18.673 24.741 22.270 19.699 85.383 10%

Jet B 20.026 17.185 17.474 23.213 77.898 -55%

Gasolina 13.813 18.683 - 636 33.132 103%

LPG 7.011 7.402 5.868 6.967 27.248 4%

Outros* 1.834 244 2.019 231 4.328 -87%

TOTAL 640.616 669.829 587.852 663.366 2.561.663 3%

(*) Asfalto e Cut-Back

53RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201652

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Em 2016 a Sonangol produziu 2.561.663 toneladas métricas de produtos refinados, mais 70.148 toneladas métricas comparativamente ao mesmo período do ano anterior. Este aumento está alinhado com o incremento nos fornecimentos de matéria-prima e ao reforço na utilização da capacidade de refinação instalada. Nos últimos seis meses do ano, a prioridade da refinaria esteve no aumento da produção de refinados com maior procura e mais rentáveis, dos quais se destacam o incremento de 103% na produção da gasolina e 9% no jet A1.

O perfil de produção dos produtos refinados não sofreu grandes alterações, com maior produção de Fuel Oil (38%), seguido do Gasóleo (24%), Nafta (12%), Jet A1 (10%), do Jet B e Kerosene (3%) e do LPG (1%) os outros restantes produtos com cerca de 9% de forma agregada.

GRÁFICO 11PERFIL DE PRODUÇÃO DE PRODUTOS REFINADOS

FUEL OIL 38%OUTROS 0%

NAFTA

JET A1

12%

KEROSENE 3%

GASÓLEO 24%

ORDOIL 8%

JET 3%

LPG1%

10%

GASOLINA1%

5.3.2 NEGÓCIO DE TRANSPORTE DE PETRÓLEO BRUTO, REFINADOS E GÁS

Em 2016, foram transportadas 8.331.825 TM de Petróleo Bruto, 6% acima da quantidade transportada no ano anterior.

TABELA 24VOLUME DE PETRÓLEO BRUTO TRANSPORTADO

U.M.:TM

ProdutosExecução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre QuantidadesTransportadas

VariaçãoHomóloga

FROTASUEZMAX 1.571.910 1.391.196 1.107.288 1.484.156 5.554.550 6%

PETRÓLEO BRUTO 1.571.910 1.391.196 1.107.288 1.484.156 5.554.550 6%

FROTACABOTAGEM 785.955 695.598 553.644 742.078 2.777.275 6%

PETRÓLEO BRUTO 785.955 695.598 553.644 742.078 2.777.275 6%

TOTAL 2.357.865 2.086.794 1.660.932 2.226.234 8.331.825 6%

Foram transportadas 5.554.550 TM de petróleo bruto pela frota Suezmax, e 2.777.275 TM pela frota de Cabotagem (fornecimento de petróleo bruto à refinaria de Luanda).

TABELA 25 VOLUME DE PRODUTOS DERIVADOS TRANSPORTADO POR SEGMENTOS

U.M.:TM

Frota/ProdutoExecução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre QuatidadesTransportadas

VariaçãoHomóloga

FROTA CABOTAGEM* 1.502.207 1.575.797 1.210.941 1.326.919 5.615.864 -35%

CONSUMO DOMÉSTICO 1.488.473 1.556.641 1.201.060 1.312.167 5.558.341 -35%

Gasóleo 892.229 963.892 835.510 819.221 3.510.852 -35%

Gasolina 470.164 493.067 276.019 432.242 1.671.492 -37%

Kerosene 1.594 - - 1.584 3.178 -58%

Jet A1 25.226 9.837 785 2.234 38.082 -29%

LPG 99.260 89.845 88.746 56.886 334.737 -24%

EXPORTAÇÃO 9.441 14.407 9.881 10.352 44.081 -2%

Gasóleo 6.319 9.474 6.748 7.013 29.554 -8%

Gasolina 1.526 2.100 1.581 1.408 6.615 9%

Jet A1 1.596 2.833 1.552 1.931 7.912 20%

IMPORTAÇÃO 4.293 4.749 0 4.400 13.442 48%

Lubrif & Óleo 4.293 4.749 - 4.400 13.442 48%

FROTA LNG - 141.730 130.537 - 272.267 100%

LNG - 141.730 130.537 - - 100%

TOTAL 1.502.207 1.717.527 1.341.478 1.326.919 5.888.131 -31%

A Sonangol transportou, no ano 2016, menos 2.703.966 TM de produtos comparativamente ao período homólogo, perfazendo 5.888.131 TM, devido aos ajustamentos resultantes do ambiente macroeconómico no período em análise.

55RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201654

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Do volume total de produtos refinados transportados, 94,39% destinaram-se ao consumo doméstico e apenas 0,75% à exportação. Os remanescentes 4,62% e 0,23% correspondem a importação de Óleos Base e o transporte de LNG, respectivamente.

GRÁFICO 12TRANSPORTE DE PRODUTOS REFINADOS E GÁS

GASÓLEO 60%GASOLINA 28%

LPG6%

OUTROS1%

LNG5%

O Gasóleo foi o produto refinado mais transportado, representando 60% do volume total, seguido da Gasolina com 28%, LPG com 6%, LNG com 5% e Jet A1, Kerosene e Lubrificantes perfazendo 1%.

A eficiência do transporte foi priorizada, maximizando as viagens com carga (“ladden”) e minimizando o tempo de viagem com os navios sem carga (“ballast”).

5.3.3 PROJECTOS ESTRUTURANTES DA CADEIA DE VALOR MIDSTREAM

5.3.3.1 PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DA REFINARIA DE LOBITOPara o ano em curso, não foi orçamentado no Programa de Investimentos o projecto de construção da Refinaria de Lobito, tendo sido suspenso para a reavaliação da visão estratégica e da viabilidade económica. No entanto, têm-se envidado esforços no sentido de promover o projecto no mercado internacional, visando a captação de fundos ou parceiros.

Adicionalmente, os trabalhos encontram-se paralisados desde o mês de Abril, tendo sido executadas apenas atividades de manutenção em equipamentos mecânicos, incluindo actividades de limpeza nas trituradoras.

Como atrás referido, a Administração da Sonangol está convicta que a Refinaria do Lobito é um projecto estratégico para a empresa e para o país, acreditando

que os investimentos já realizados poderão ser rentabilizados pelo desenvolvimento de projectos industriais adjacentes à refinaria, nomeadamente, projectos de indústria petroquímica alimentados pelas descobertas de hidrocarbonetos em blocos offshore próximos do Lobito.

5.4 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR ‑ SEGMENTO DOWNSTREAM

O segmento de Logística e Distribuição registou em 2016 petr vendas equivalentes a USD 5.079.587.227 e um EBITDA de USD 1.431.057.301, correspondente a 45% do EBITDA total registado pela Sonangol.

O aumento dos preços dos produtos refinados, como consequência da eliminação da subvenção do preço, impactou diretamente este segmento. Registou-se uma redução da aquisição de produtos refinados e de produtos comercializados face ao período homólogo, de 18% e 12% respectivamente.

De realçar que, apesar de apenas 21% da quantidade total aprovisionada resultar do mercado nacional, a gasolina proveniente da Refinaria de Luanda experienciou um crescimento de 119% face a 2015, evidenciando o desempenho positivo registado em 2016.

Na actividade Logística, e em linha com a contracção da procura, registou-se uma redução generalizada dos volumes aprovisionados (decréscimo de 18%) e da própria capacidade de armazenagem (decréscimo de 8%).

Relativamente à actividade de Distribuição os produtos mais comercializados continuam a ser a Gasolina e o Gasóleo, representando mais de 80% das vendas e com especial destaque para o segmento do Consumo e do Retalho. Estes últimos, apesar de serem os segmentos com maior consumo também são os que apresentam maior concorrência.

A concorrência do mercado em alguns segmentos está a ser acautelada, e reflectida, no esforço da Sonangol em tentar melhorar o seu posicionamento no mercado. Neste âmbito, estão a ser identificadas várias iniciativas para a oferta da Sonangol. O investimento na expansão e melhoria da rede de comercialização de derivados é um exemplo desse esforço.

No âmbito do mercado internacional, também se registou uma redução da exportação de Petróleo Bruto (decréscimo de 9%) e de produtos refinados (decréscimo de 1%).

5.4.1 NEGÓCIO DE LOGÍSTICA

5.4.1.1 APROVISIONAMENTO

TABELA 26AQUISIÇÃO DE PRODUTOS REFINADOS POR ORIGEM

U.M.:TM

ProdutosExecução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre QuatidadesTransportadas

VariaçãoHomóloga

IMPORTAÇÃO 1.071.228 1.100.775 853.205 1.009.122 4.034.346 -20%

SONANGOLLOGÍSTICA

Gasóleo 629.191 609.005 604.150 510.324 2.352.671 -23%

Gasolina 294.013 348.969 99.172 287.916 1.030.070 -17%

Jet A1 23.013 8.800 11.000 - 42.813 -29%

SONAGÁS

LPG 32.012 19.670 5.987 13.051 70.720 -58%

SONANGOLDISTRIBUIDORA

Gasóleo (MGO) 93.000 102.330 120.894 197.831 514.056 14%

Asfalto - 12.000 12.000 - 24.000 -57%

Avgás - - 16 - 16 n.a

REFINARIADELUANDA 250.492 274.777 234.171 243.446 1.002.887 -12%

Gasóleo 150.553 158.503 144.762 143.973 597.791 -6%

Gasolina 12.195 13.766 2.052 - 28.013 119%

Jet A1 54.107 58.158 51.311 60.986 224.563 -7%

Jet B 19.391 16.582 16.813 22.609 75.395 -55%

Kerosene 14.246 27.768 19.233 15.878 77.125 0%

TOPPINGCABINDA 15.549 14.614 22.032 23.949 76.145 63%

Gasóleo 12.455 11.578 18.469 18.660 61.163 80%

Jet A1 557 1.183 580 554 2.874 -12%

Kerosene 2.537 1.853 2.983 4.735 12.108 28%

TOTAL 1.337.270 1.390.167 1.109.408 1.276.517 5.113.379 -18%

Durante o período foram adquiridos 5.113.379 TM de produtos refinados de petróleo bruto, menos 18% que no período homólogo, devido à retracção no consumo de derivados, provocada pelo ajustamento do preço dos combustíveis no início do ano.

Da quantidade total aprovisionada apenas 21% provieram do mercado interno, tendo o restante sido adquirido externamente, como reflexo da insuficiente capacidade interna de refinação.

Ao longo do período verificou-se uma redução de 23% nas quantidades de Gasolina importada e um aumento de 80% das quantidades de Gasóleo adquiridas no Topping Cabinda comparativamente a 2015.

De realçar que a Gasolina proveniente da Refinaria de Luanda registou também um crescimento de mais de 100% comparativamente ao mesmo período de 2015, devido a estabilização da unidade de produção.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201656 57

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TABELA 27APROVISIONAMENTO DE PRODUTOS REFINADOS

U.M.:TM

ProdutosExecução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre QuantidadeAprovisionada

VariaçãoHomóloga

Gasóleo 885.198 881.417 888.276 870.789 3.525.680 -16%

Gasolina 306.208 362.735 101.225 287.916 1.058.083 -15%

Jet A1 77.677 68.141 62.891 61.540 270.250 -11%

Jet B 19.391 16.582 16.813 22.609 75.395 -55%

Kerosene 16.783 29.622 22.216 20.613 89.234 3%

Asfalto - 12.000 12.000 - 24.000 -57%

Avgás - - 16 - 16 n.a

LPG 32.012 19.670 5.987 13.051 70.720 -63%

TOTAL 1.337.270 1.390.167 1.109.424 1.276.517 5.113.379 -18%

Os produtos com maior volume aprovisionado foram o Gasóleo (69%) e a Gasolina (21%) totalizando 90%, apesar de se verificar uma redução nos volumes de todos os produtos aprovisionados, face ao ano anterior, exceptuando o Kerosene.

5.4.1.2 ARMAZENAGEM

TABELA 28 CAPACIDADE DE ARMAZENAGEM

U.M.:M3

ProdutosExecução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre QuantidadeAprovisionada

VariaçãoHomóloga

Terra 358.519 358.511 358.511 358.511 358.511 -6%

Flutuante 469.993 469.992 469.992 469.992 469.992 -9%

TOTAL 828.512 828.503 828.503 828.503 828.503 -8%

A capacidade de armazenagem de produtos refinados foi de 828.503 M3, dos quais 358.511 M3 em terra e 469.992 em navios de armazenagem flutuante, verificando-se um decréscimo de 8% comparado ao período homólogo.

5.4.2 NEGÓCIO DE DISTRIBUIÇÃO

5.4.2.1 COMERCIALIZAÇÃO

TABELA 29 QUANTIDADES DE PRODUTOS REFINADOS COMERCIALIZADOS

U.M.:TM

Produtos

Execução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre QuantidadeComercializada

VariaçãoHomóloga

Gasóleo 574.800 682.242 674.455 682.552 2.614.049 -14%

Gasolina 255.023 193.226 191.312 179.884 819.445 -15%

Jet A1 60.540 64.443 64.995 62.503 252.481 -11%

LPG (Gás butano) 76.770 76.884 79.616 - 233.270 -6%

Fuel Extra Heavy 11.784 42.291 59.181 38.030 151.286 659%

Jet B 20.347 17.849 15.420 23.783 77.400 -52%

Kerosene 12.535 16.290 14.327 11.618 54.770 36%

Asfalto - 514 24.473 863 25.849 -40%

Lubrificantes 4.269 3.411 3.323 2.966 13.969 5%

Outros 3.669 7.623 1.277 1 12.570 -57%

Fuel Oil 1500 8.035 28 - - 8.062 -50%

Gás de aviação 5.352 - - 28 5.380 896643%

Cutback 275 185 321 167 948 -56%

TOTAL 1.033.399 1.104.986 1.128.700 1.002.394 4.269.479 -12%

Foram comercializadas aos consumidores finais, durante o ano 2016, um total de 4.269.479 toneladas métricas de produtos refinados, correspondente a um decréscimo de 12% em relação ao período homólogo de 2015.

Esta redução é explicada pela contração da procura, face à actual conjuntura económica nacional, sobretudo, pelo aumento dos preços dos produtos refinados, como consequência da eliminação das subvenções ao preço.

GRÁFICO 13COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS REFINADOS POR SEGMENTO DE NEGÓCIOS

49%

33%

11%

6%

0%

48%

31%

14%

6%

0,3%0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

CONSUMO RETALHO MARINHA AVIAÇÃO LUBRIFICANTE

2016 2015

O Gasóleo e a Gasolina continuam a ser os produtos mais comercializados internamente, representando no seu conjunto cerca de 80% das quantidades vendidas.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201658 59

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Por segmento de negócio, verifica-se uma maior representatividade para o sector de consumo, derivado de um aumento dos volumes adquiridos para compensação das limitações no fornecimento de gasóleo via pipeline a partir da Refinaria de Luanda. Por outro lado, regista-se um aumento na ordem dos 2 pontos percentuais no segmento de retalho face ao ano anterior, derivado da situação conjuntural económica do país.

GRÁFICO 14QUOTA DE MERCADO POR SEGMENTO DE NEGÓCIOS

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

100% 100%

MARINHA

98%100%

AVIAÇÃO

86% 88%

CONSUMO

59% 58%

RETALHO

QU

OTA

DE

MER

CA

DO

2016 2015

Os segmentos de Retalho e de Consumo, são os que enfrentam maior concorrência, pelo que verificou-se uma perda de quota de mercado no segmento de consumo na ordem dos 2 pontos percentuais, e um acréscimo de cerca de um ponto percentual no segmento de retalho, justificado por uma menor pressão da concorrência.

As províncias de Luanda, Benguela, Cabinda, Zaire e Huíla continuam a liderar o consumo de produtos refinados, representando 85,70% do total registado no período.

FIGURA 3COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS REFINADOS POR REGIÕES

0,72% (4)0,55%

(8)

4,61% (44)

1,71% (14)

9,34% (44)

0,69% (21)

0,76% (36)

0,57% (8)

3,07% (52)

1,05% (8) 1,16%

(11)

0,67% (12)

1,71% (16)2,31%

(15)

3,99% (17)

5,12% (20 )

2,34% (27)

60,27% (92)

MAIORES CENTROS DE CONSUMO

QUOTA DE MERCADO

MENORES CENTROS DE CONSUMO

CENTROS DE CONSUMO INTERMÉDIO

OUTROS CENTROS DE CONSUMO

%

NÚMERO DE PA CARÁCTER DEFINITIVO(#)

5.4.3 COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL

5.4.3.1 PETRÓLEO BRUTO

TABELA 30 EXPORTAÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO POR RAMA

U.M.: Bbls

RAMAS

Execução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre QuantidadeExportada

VariaçãoHomóloga

Saturno 8.409.060 6.301.107 7.416.427 7.554.607 29.681.201 4%

Dália 8.446.769 6.292.415 8.422.075 4.539.322 27.960.688 -20%

Nemba 5.572.062 6.292.415 7.310.078 6.395.728 25.570.283 -18%

Cabinda 5.545.193 5.606.059 5.714.446 4.730.623 21.596.321 -8%

Girassol 6.790.461 4.871.343 4.856.921 3.952.547 20.471.272 -1%

Hungo 2.852.406 3.663.954 2.852.875 6.430.924 15.800.159 -20%

Sangos 3.752.529 2.580.246 2.897.515 2.721.614 11.951.904 53%

Mondo 1.988.353 2.774.889 2.825.298 2.800.040 10.388.580 52%

Kissanje 2.761.681 903.602 2.719.925 3.622.685 10.007.893 -54%

Paz-flor 1.902.922 2.762.506 1.929.596 1.857.414 8.452.438 -18%

Saxi-batuque 1.910.715 905.626 1.913.233 1.844.133 6.573.707 2%

CLOV 2.004.695 30.460 1.045.489 2.002.461 5.083.105 -15%

Plutónio 1.954.472 1.863.230 998.925 4.816.627 66%

Palanca - 986.577 983.790 - 1.970.367 107%

Lianzi 91.380 1.212.197 292.507 261.040 1.857.124 n.a

Gimboa - 712.757 452.300 515.012 1.680.069 5%

TOTAL 53.982.698 48.019.490 52.631.400 49.228.150 203.861.738 -9%

No decorrer do ano de 2016, foram comercializados 203.861.738 barris de petróleo bruto, registando um decréscimo de 9% face ao ano anterior. A baixa do preço de petróleo bruto no mercado internacional, que favorece os grupos empreiteiros em detrimento da Concessionária, à luz dos Contratos de Partilha de Produção aliado ao decréscimo de produção.

Há a realçar a paragem programada de 35 dias no campo Dália, Bloco 17, que provocou uma de redução significativa, na ordem dos 20%, com perdas estimadas de 210.000 barris por dia i.e. aproximadamente 7,4 milhões de barris durante o ano. Como consequência destes factos a rama Saturno foi a mais comercializada, representando 15% do volume comercializado, seguida da rama Dália com 14%, a rama Nemba com 13% e a rama Cabinda com 11%.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201660 61

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GRÁFICO 15EXPORTAÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO POR RAMA

CABINDA11%

CLOV 3%

NEMBA13%

GIRASSOL10%

SATURNO15%HUNGO 8%

DÁLIA 14%

KISSANJE 5%

SAXI - MONDO

BATUQUE3%

5%PAZ - FLOR 4%

SANGOS6% OUTROS 3%

Tendo em conta que o perfil das exportações é determinado pelo nível de produção, a maior parcela do petróleo bruto exportado teve origem no Bloco 17 (30,8%), seguido do Bloco 15 com 21,5%, Bloco 0 com 16,5%, do Bloco 31 com 14,6%, e os restantes blocos com um total de 16,6%.

FIGURA 4DESTINO DO PETRÓLEO BRUTO

URUGUAI · 0,5%

PORTUGAL · 2,9%

ITÁLIA · 0,5%

ESPANHA · 0,5%

FRANÇA · 1,3%

HOLANDA · 1,8%

ÁFRICA DO SUL · 2,8%

MALÁSIA · 1,8%TAIWAN · 6,6%TAILÂNDIA · 0,2%INDIA · 9,8%

CHINA · 62,7%

COREIA DO SUL · 0,4%COLÔMBIA · 0,9%

BAHAMAS · 0,4%

EUA · 1,0%

CANADÁ · 0,4%

A China continua a ser o principal destino do petróleo bruto angolano, tendo adquirido 62,7% das exportações, seguida da Índia com 9,8% perfazendo os dois países 72,5% da comercialização externa, deixando o restante repartido pelos outros destinos.

5.4.3.2 PREÇO DAS RAMAS ANGOLANAS

GRÁFICO 16 EVOLUÇÃO DO PREÇO DO BRENT E RAMAS ANGOLANAS

DEZEMBROJANEIRO

30,69

27,98 29,45

32,48

38,49

36,16

41,48

40,37

46,88

45,52

48,33

45,9545,10

42,02

45,77

44,68

46,67

45,34

49,66

48,4345,13

44,54

53,72

52,43

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO

BRENT DATADO 2016 PREÇO DAS RAMAS ANGOLANAS 2016

JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO

O preço de comercialização das ramas petrolíferas angolanas cresceu aproximadamente 50%, tendo sido comercializadas a um preço médio ponderado de 41,91 USD/Bbl, com o preço máximo de 52,43 USD/bbl no mês de Dezembro e o mínimo de 27,98 USD/bbl no mês de Janeiro, conforme se pode observar no gráfico acima.

5.4.3.3 EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS REFINADOS

TABELA 31 QUANTIDADE DE PRODUTOS REFINADOS EXPORTADOS

U.M.: TM

REFINADOS

Execução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre QuantidadeExportada

VariaçãoHomóloga

Fuel Oil 276.563 231.035 230.126 220.840 958.564 -6%

Nafta 65.847 57.749 98.808 66.124 288.528 12%

Gás Propano 32.913 - - - 32.913 -42%

Gasóleo 6.327 9.483 6.757 7.018 29.585 -5%

Jet A1 1.598 2.837 18.123 1.932 24.489 178%

Gás Butano - - 10.058 11.011 21.069 n.a

Gasolina 1.528 2.103 1.584 1.409 6.624 -5%

TOTAL 384.775 303.207 365.456 308.333 1.361.772 -1%

O volume de produtos refinados exportado foi de 1.361.772 toneladas métricas, quantidade que se manteve estável em relação ao mesmo período do ano passado, variando apenas 1%.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201662 63

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GRÁFICO 17PERFIL DE EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS REFINADOS

21%

2% 2% 2% 2% 0%

19%

2% 4%0% 1% 1%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%70%74%

FU

EL

OIL

NA

FTA

GA

LE

O

S P

RO

PA

NO

S B

UTA

NO

JET

A1

GA

SO

LIN

A

2016 2015

5.5 NEGÓCIOS NÃO NUCLEARES

5.5.1 AVIAÇÃO ‑ SONAIR

Em 2016 a Sonair voou cerca de 20 mil horas, das quais 10 mil no segmento de Asa Rotativa e 10 mil no segmento de Asa Fixa, correspondendo a uma redução de 47% comparativamente ao ano de 2015. Esta redução teve um impacto relevante nas receitas de aluguer de aeronaves, que sofreram uma redução de 74 biliões de kwanzas para 45 biliões de kwanzas.

O acidente em Abril de 2016, na Noruega, resultou na paragem mundial (“grounding”) das aeronaves de tipo Super Puma (H225 e L2), que representam mais de 60% da frota de Asa Rotativa da Sonair. Esta paragem afectou de forma significativa a capacidade da Sonair prestar serviços de transporte em Asa Rotativa às operadoras petrolíferas, que dependiam deste meio para o transporte de tripulações para as plataformas offshore.

TABELA 32MAPA DE INDICADORES OPERACIONAIS DA SONAIR

IndicadoresOperacionais

Execução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre ServiçosPrestados

VariaçãoHomóloga

NºdeHorasVoadas 6.795 6.046 4.054 2.815 19.711 -47%

NºdeHorasVoadas-AsaRotativa 4.425 3.371 1.364 742 9.902 -55%

Contratação Comercial 3.559 2.751 1.356 731 8.396 -55%

Não Contratualizadas 26 18 9 11 64 -56%

Casa Militar e Presidência da República 840 602 0 0 1.442 -60%

NºdeHorasVoadas-AsaFixa 2.369 2.675 2.690 2.074 9.808 -35%

FrotaSonAir 111 397 518 490 1.516 -30%

Contratação Comercial 52 262 425 329 1.068 -30%

Não Contratualizadas 59 135 93 161 449 -28%

Outras (H.E, Carreira, Spots Charter) 1.758 1.802 1.659 1.435 6.653 -9%

MATeEstado 500 477 513 149 1.639 -71%

HoustonExpress(LoadFactor) 35% 33% 34% 41% 36% -21%

CargaTransportada(Ton) 123 57 54 26 260 -19%

NºPassageirosTransportados 70.559 63.296 59.859 52.989 246.703 -15%

DisponibilidadeMédiadasAeronaves 88% 79% 78% 68% 78% -18%

UtilizaçãoMédiadasAeronaves 159% 86% 106% 58% 102% 2%

Também os esforços de redução de custos por parte das operadoras petrolíferas, que levou também à redução do pessoal operacional offshore bem como à procura de soluções de transporte que permitissem substituir o transporte aéreo, vieram afectar de forma mais estrutural a procura por serviços de transporte aéreo, nomeadamente em asa rotativa.

A operação de Asa Fixa foi igualmente impactada pela diminuição da actividade do sector petrolífero, que afectou de forma particular a operação do Houston Express, onde foram tomadas medidas de aumento de eficiência, no âmbito do Programa Sonalight, que permitiram defender e minimizar o impacto na rentabilidade da operação. Estas medidas terão, aliás, um impacto relevante no exercício de 2017.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201664 65

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5.5.2 SAÚDE ‑ CLÍNICA GIRASSOL

TABELA 33MAPA DE INDICADORES OPERACIONAIS DA CLÍNICA GIRASSOL

IndicadoresOperacionais

Execução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre Total VariaçãoHomóloga

Número de pacientes atendidos 52.400 58.758 44.296 42.486 197.940 5%

Número de internamentos 2.994 2.864 1.828 1.840 9.526 -3%

Número de consultas ambulatoriais realizadas 26.205 29.293 27.839 26.405 109.742 1%

Número de atend.no banco de urgência 16.388 16.011 10.839 11.321 54.559 0%

Número de exames laboratoriais 268.491 265.516 185.073 164.366 883.446 2%

Número de intervenções cirurgicas realizadas 292 276 344 284 1.196 -17%

Número de procedimentos cirurgicos no CC ambulatorial (day clinic) 167 166 218 157 708 -34%

Taxa média de ocupação Hospitalar 87% 78% 85% 84% 84% 7%

Número de Partos Realizados (Eutócicos e distócicos) 168 167 158 170 663 -5%

Número de exames de imagiologia realizados 20.791 17.079 14.107 13.743 65.720 -12%

Total de Cirurgias 459 442 562 441 1.904 -24%

Tempo Médio de Permanência (em dia) 6 6 6 6 6 -4%

Número de exames especializados realizados 10.033 9.711 28.567 31.011 79.322 -29%

No período em análise, registou-se um aumento de 5% no atendimento geral da Clínica Girassol, que atingiu os 198 mil pacientes.

O número de pacientes internados na Clínica diminuiu 3% para 9.526, no entanto foi registado um aumento da taxa média de ocupação hospitalar em 7%, comparado com 2015.

Em virtude do atual contexto económico e da dificuldade em importar equipamentos e medicamentos, o aumento do fluxo de pacientes (5%) não se reflectiu num aumento dos exames de imagiologia que decresceram em 12% ao passo que os exames especializados decresceram cerca de 30%. Na sequência destes factores as cirurgias tiveram um decréscimo de 24% face a 2015.

No decorrer do ano de 2016, a Clínica Girassol, no âmbito do programa Sonalight, implementou um rigoroso programa de eficiência, tendo o conjunto de iniciativas realizado permitido um ganho significativos em EBITDA.

5.5.3 TELECOMUNICAÇÕES ‑ MSTELCOM

A MST presta serviços de telecomunicações a empresas do sector petrolífero, bem como a outras empresas de sectores de actividade diversos.

A actividade da empresa cresceu, apesar do contexto económico adverso, tendo as receitas dos serviços de comunicações aumentado 14% para AOA 13 B.

TABELA 34MAPA DE INDICADORES MSTELCOM

IndicadoresOperacionais

Execução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre ServiçosPrestados

VariaçãoHomóloga

1.UtilizaçãodaCapacidadeDisponível(%)

1.1RededeFibraÓptica(Mbits/Seg)

A. Rede Metro (Mbits/seg)

Luanda 100% 100% 100% 100% 100% 10%

Lobito - Benguela 21% 23% 24% 25% 25% 64%

B. Redes Nacionais - (Mbits/seg)

Luanda Malanje 11% 11% 12% 12% 12% 15%

Luanda Soyo 49% 51% 51% 81% 81% 71%

Lobito Lubango 19% 19% 26% 27% 27% 169%

Luanda Lobito 41% 43% 43% 43% 43% -73%

1.2Satélite-VSAT(MHZ)

A. Banda - C 99% 97% 100% 100% 100% 1%

B. Banda - Ku 100% 100% 100% 100% 100% 0%

2.VolumedeServiçosPrestados

Telefonia (nº de linhas telefónicas) 34.681 34.564 34.011 34.224 34.224 -0,4%

Tráfego de voz (minutos) 22.338.984 24.714.138 23.376.294 20.670.519 91.099.935 6%

3.Clientela

Número Médio de Reclamações p/100 Clientes 4,70 4,54 4,05 4,72 4,63 8%

Índice de Satisfação dos Clientes MST (escala de 1 à 10 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6 n.a

No que concerne a prestação de serviços de internet, a taxa de utilização da capacidade de fibra óptica nas redes metro, foi de 100% (+10%) para a rede Luanda e de 25% (+64%) para a rede Lobito-Benguela, durante o ano de 2016. O incremento na utilização da capacidade instalada, resultou da activação e upgrades de diversos serviços, em resposta à solicitação dos clientes.

As taxas de utilização dos satélites das Bandas C e Banda - Ku mantiveram-se praticamente inalteradas, comparativamente ao período homólogo.

Como resultado da conjuntura económica e das medidas de eficiência em curso no sector, os serviços de Telefonia registaram uma ligeira redução de 0,4% face ao ano de 2015. Os serviços de tráfego de voz cresceram 6% face no mesmo período, resultado do aumento de interligação a clientes.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201666 67

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Apesar da tendência globalmente positiva dos resultados operacionais o negócio de telefonia apresenta desafios importantes por superar, nomeadamente na rentabilização dos investimentos em curso, num contexto onde a concorrência é mais agressiva. A empresa está a investir na sua própria infra-estrutura.

5.5.4 GESTÃO IMOBILIÁRIA ‑ SONIP

O ano de 2016 ficou marcado por um esforço de ajustamento da actividade da Sonip à realidade e orientações de transformação do Grupo Sonangol. Neste sentido, a nova Comissão Executiva priorizou a identificação e concretização de medidas de impacto imediato na contenção de custos e na captação de receitas, assim como no levantamento e análise rigorosa de informação de gestão essencial para a tomada de decisões. De salientar a execução de algumas medidas concretas tal como a realização de due dilligences (tanto à empresa como ao seu conjunto de activos), a concentração de alguns locais de trabalho de diferentes subsidiárias, para libertação de espaços arrendados a terceiros, a renegociação ou revogação de diversos contratos de arrendamento a terceiros, o foco numa maior efetividade na facturação e cobrança de rendas a inquilinos dos activos da Sonip ou sob sua gestão (tanto a nível corporativo como particular/ residencial) e ainda a entrega dos projetos em fase de conclusão (ex. Largo do Ambiente) e o congelamento de todos os projectos em curso até uma reapreciação da sua viabilidade à luz do contexto macroeconómico.

No que respeita à cooperativa Cajueiro, foram comercializados aos sócios 28 imóveis nos distintos condomínios: M’bembo M’bote, Mazozo e Jardins de Talatona.

TABELA 35STOCK IMOBILIÁRIO COMERCIALIZADO

Condomínio StockInicial2016

VendasEfectivadas

StockFinal

%PorCondomínio

M’bembo M’bote 23 5 18 22%

Mazozo 19 14 5 74%

Jardins de Talatona 9 9 - 100%

TOTAL 51 28 23 55%

5.5.5 FORMAÇÃO – ACADEMIA SONANGOL

Apesar do contexto económico desafiante, a Sonangol manteve o seu esforço de formação e capacitação de recursos humanos, não só da Sonangol, mas também do sector petrolífero e da economia em geral. Como tal, foram realizadas em 2016, 1.646 acções de formação, representando um decréscimo na ordem dos 3% face ao ano anterior.

Em termos de carga horária, foram administradas 16.609 horas em 76 cursos. Em relação ao período homólogo de 2015, registaram-se reduções de 26% e 7%, nas horas de formação e no número de cursos ministrados, respectivamente.

TABELA 36PRINCIPAIS INDICADORES DE ENSINO E FORMAÇÃO

Indicadores

Execução 2016

IºTrimestre IIºTrimestre IIIºTrimestre IVºTrimestre Total VariaçãoHomóloga

1.FORMAÇÃO

1.1NúmerodeAcçõesdeformaçãorealizadas(Unid) 437 458 425 326 1.646 -3%

1.1.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - 1 1 2 91%

1.1.2 Escola de Gestão e Liderança - - - 6 6 87%

1.1.3 Escola de Segurança 437 458 424 319 1.638 1%

1.2NúmerodeHorasdeFormação 4.067 4.766 4.264 3.512 16.609 -26%

1.2.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - 28 28 56 -97%

1.2.2 Escola de Gestão e Liderança - - - 144 144 -96%

1.2.3 Escola de Segurança 4.067 4.766 4.236 3.340 16.409 -2%

1.3NúmerodeCursosMinistrados 17 18 19 22 76 -7%

1.3.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - 1 1 2 -89%

1.3.2 Escola de Gestão e Liderança - - - 1 1 -97%

1.3.3 Escola de Segurança 17 18 18 20 73 181%

1.4NúmerodeFormandos 4.485 4.493 3.740 2.627 15.345 -14%

1.4.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - 11 4 15 -94%

1.4.2 Escola de Gestão e Liderança - - - 80 80 -88%

1.4.3 Escola de Segurança 4.485 4.493 3.729 2.543 15.250 -10%

2.EDUCAÇÃOEENSINO

2.1QualidadeeEnsino

2.1.1 Avaliação do Corpo Docente - - 24% 24% 24% -65%

2.1.2 Rácio de Estudante por Docente - 15% 13% 13% 14% 13%

2.1.3 Rácio de Docentes com Mestrado e Phd por Docentes 47% 49% 48% 46% 48% 11%

2.1.4 Taxa de Aproveitamento Académico - - 22% 43% 33% -26%

2.1.5 Taxa de Evasão Estudantil - 2% 10% 14% 9% -62%

2.2ProduçãoCientífica

2.2.1 Artigos Publicados em Revistas com Factor de Impacto - - 2 3 5 400%

2.2.2 Participação em Eventos Científicos Internacionais - - - 4 4 100%

3.BOLSASDEESTUDOS

3.1NúmerodeBolsasdeEstudosDisponibilizadas 1.917 1.943 1.879 1.859 1.859 -15%

3.1.1 Internas 525 538 537 549 549 -30%

3.1.2 Externas 1.392 1.405 1.342 1.310 1.310 -6%

No âmbito do programa de bolsas de estudo, a Academia geriu um total de 1.859 bolsas, das quais 549 internas e 1.310 externas.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201668 69

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A Academia é responsável pela gestão do processo de bolsas, com orientações da Sonangol, em 5 geografias principais: EUA, RU, França, Brasil e Portugal. Em 2016 não foram concedidas novas bolsas, mas sim mantidos os actuais contratos com os bolseiros.

A escola de Segurança continua a ministrar cursos de segurança à indústria Petrolífera, certificados por autoridades marítimas internacionais. O material do seu centro de treinamento marítimo está integralmente certificado de acordo com a norma ISO 9000. Em 2016, foram treinados nesta escola 15.250 formandos em 1.638 acções de formação.

5.6 CORPORATIVO & FINANCEIRO

5.6.1 FINANCIAMENTOS

Durante o exercício de 2016, a empresa não recorreu a financiamentos bancários internacionais para financiar os seus projectos de capitais estruturantes e outras despesas operacionais, de acordo com o orçamento anual do exercício financeiro.

5.6.2 RECURSOS HUMANOS

5.6.2.1 COMPOSIÇÃO DO EFECTIVO Para realizar a actividade de 2016, a empresa contou com um quadro efectivo total de 7.980 colaboradores activos, representando um decréscimo de 4% face ao período homólogo de 2015.

GRÁFICO 18 NÚMERO DE TRABALHADORES DA SONANGOL

2.0122.120

1.486

481 511

2.2642.416

1.7381.751

1.481

2016 2015

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

CO

RP

OR

ATI

VO E

FIN

AN

CEI

RO

EXP

LOR

ÃO

EP

RO

DU

ÇÃ

O

REF

INA

ÇÃ

O E

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NSP

OR

TE

LOG

ÍSTI

CA

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ISTR

IBU

IÇÃ

O

NEG

ÓC

IOS

ON

UC

LEAR

ES

GRÁFICO 19FORÇA DE TRABALHO EFECTIVA POR SEGMENTO DE NEGÓCIO

2016

EXPLORAÇÃOE PRODUÇÃO

REFINAÇÃO E TRANSPORTE

NEGÓCIOSNÃO NUCLEARES 22% 25%

28%

19%

6%LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO

CORPORATIVO E FINANCEIRO

A Sonangol E.P foi a empresa com maior representação, com 25% da força de trabalho activa, seguida da Sonangol Distribuidora com 18%. Por segmento de negócio, a maior parcela da força de trabalho está concentrada no segmento de Logística e Distribuição (28%), seguido do segmento Corporativo e Financeiro (25%) e dos Negócios Não Nucleares (22%).

A força de trabalho da Sonangol é representada maioritariamente por homens (61%).

GRÁFICO 20EFECTIVO POR BANDA FUNCIONAL

ESPECIALISTAS

APOIO OPERACIONAL E ADMINISTRATIVO

7%

GESTORES11%

34%

TÉCNICA48%

Em termos de distribuição de trabalhadores efectivos por banda funcional, 48% pertenceram a categoria técnica, 34% a categoria de Apoio Operacional e Administrativa, 11% a categoria de Gestores e 7% a categoria de Especialistas.

A idade média dos colaboradores da Sonangol é de 43 anos.

5.6.2.2 TRANSFORMAÇÃO DOS RH No segundo semestre de 2016 foi iniciado um ambicioso processo de transformação da organização de toda a Sonangol. Esta transformação tem incidência tanto nas áreas centrais como em todas as subsidiárias. Ambicioso e de elevada complexidade, o processo de transformação tem como principal objectivo alinhar a empresa com as melhores práticas do sector, no que respeita ao seu desenho organizacional, dimensionamento, bem como identificação e motivação dos melhores talentos no quadro de pessoal.

No âmbito do projecto de transformação, e face à importância abrangente a todo o Grupo, a Sonagol iniciou em finais de 2016 uma reestruturação profunda da sua Direcção Corporativa de RH, a fim de atingir 7 objectivos:

• Posicionar os Recursos Humanos como um verdadeiro parceiro estratégico do negócio;

• Criar uma estrutura organizacional mais ágil, célere e eficiente;

• Optimizar os recursos Sonangol para que desempenhem funções mais próximas dos seus perfis;

• Aumentar a eficiência dos processos tanto a nível central como das subsidiárias;

• Capacitar líderes a serem realmente gestores das suas equipas;

• Introduzir maior disciplina no trabalho com a gestão de tempos;

• Transformar a cultura numa cultura de liderança.

A fim de melhorar as oportunidades de cada colaborador está em curso uma revisão do Modelo de Avaliações de Desempenho que visa uma melhorar nos seguintes aspectos:

• Ganhos de eficiência e resultados no trabalho, e foco no desempenho;

• Menor subjectividade com foco em objectivos relevantes e mensuráveis;

• Maior compromisso e responsabilidade por parte dos intervenientes; Promoção da meritocracia com movimentações de carreira justas.

Em simultâneo, a Sonangol iniciou um novo projecto de Avaliação de Competências para identificar o potencial de desenvolvimento dos recursos humanos na Sonangol. Este ambicioso processo, cuja segunda fase irá continuar em 2017, é crítico para o enquadramento da estratégia de recursos humanos do Grupo, alinhando-o com a ambição de excelência definida pelo Conselho de Administração.

A suportar este processo de profunda transformação foi preparado, em 2016, o lançamento de um programa de Gestão da Mudança para promover a mudança cultural e comportamental necessária para:

• Criar uma cultura de Excelência, Rentabilidade, Rigor, Transparência e Compromisso;

• Alinhar os processos e incentivos para reconhecer e responsabilizar as acções individuais;

• Reforçar os processos e políticas da empresa para assegurar um comportamento empresarial e profissional de acordo com os mais elevados padrões éticos.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201670 71

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5.6.3 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS CORPORATIVOS

5.6.3.1 NOVA POLÍTICA DE QSSA A Política de QSSA da Sonangol tem por objectivo de assegurar a identificação de riscos operacionais, de SSA (System Safety Assessment) e legais da organização, e, em paralelo, garantir a existência de medidas que permitam mitigar essa exposição. Para cumprir este objectivo foram levadas a cabo um conjunto de iniciativas com impacto transversal a nível de todo o grupo Sonangol e seus funcionários:

• Qualidade:

• No que se refere à gestão da Qualidade, foram aprovados os processos das unidades de negócio e a estratégia da SNL E.P.;

• Foram revistos e auditados processos críticos do negócio na SONACI, Sonagás e Shipping, Foram auditados os Sistemas de Gestão da Qualidade comparativamente à norma internacional de gestão da Qualidade, ISO 9001:2008;

• Na SNL Logística e Distribuidora foi avaliado o cumprimento dos requisitos de Qualidade por parte das Áreas de QSSA e das Áreas Operacionais.

• Segurança

A actividade da Sonangol teve como centro a garantia do cumprimento dos requisitos legais, a redução da Taxa de Acidentes com Afastamento e a transição do Estágio de Cultura de QSSA do nível 1 para o 2.

• Reforço de vários procedimentos operacionais que levaram à redução em 55% do número de acidentes fatais e à redução das quantidades derramadas;

• Realizadas várias campanhas de sensibilização como a Campanha Condução Segura/Sonangol 40 anos, a qual contou com a participação da Direcção Nacional de Viação e Trânsito, Workshops e exposições a nível nacional. Destaca-se também a Campanha Botas no Terreno, na qual foram realizadas visitas às áreas operacionais da Sonangol E.P.

• Ambiente

No que concerne à gestão ambiental, procuraram-se salvaguardar as necessidades de os recursos para a continuidade do negócio e a mitigação e/ou eliminação dos potenciais impactes noambiente. Assim, em 2016, tiveram destaque destacam-se os seguintes programas:

• Programa de redução de recursos naturais (água, papel e energia);

• Descarte adequado de resíduos;

• Programa de reciclagem de pneus, óleos e outros resíduos;

• Acções de sensibilização ambiental com exposições e campanhas ambientais.

5.6.4 CONSOLIDAÇÃO DOS PROCESSOS CORPORATIVOS

No decorrer do exercício de 2016, e no âmbito do programa de Transformação em curso, o Conselho de Administração da Sonangol fez um esforço considerável de consolidação dos processos corporativos com ênfase na gestão de compras e reforço do controlo dos pagamentos. Foi implementado um novo processo de compras centralizáveis que permite alavancar ganhos de eficiência através da diminuição do número de interfaces e fornecedores, favorecendo economias de escala e reduções de custos por agregação (bundling).

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201672 73

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COMPROMISSOCOM A SOCIEDADE

06

75RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201674

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Transformarrecursosembem-estarsocial

A Sonangol assume um compromisso com o desenvolvimento sustentado e com a estabilização da nação Angolana. A Sonangol trabalha por melhorar as condições para o desenvolvimento de Angola ao apoiar projectos nas áreas de educação, cultura, desporto, ciência e ambiente.

A Sonangol supervisiona a execução dos projectos sociais assim como a relação com os operadores nos seus Planos de Investimentos Sociais (PIS), financiados via Cost Oil ou Bónus de Assinatura. Para este efeito foram definidas três linhas estratégicas prioritárias com os seguintes desenvolvimentos em 2016:

ResponsabilidadeSocialInterna

• Foram realizados 1.620 atendimentos de serviços sociais nos mais diversos âmbitos de intervenção social, aos diversos utentes.

• Foram incluídas pelo PROCIVO, nas suas diversas campanhas, mais de 3 mil crianças e distribuídas por instituições em diversas províncias mais de 3 toneladas de bens diversos, angariados entre os colaboradores.

06COMPROMISSO COM A SOCIEDADE

• Foi monitorizada a qualidade das 2,7 milhões de refeições servidas aos colaboradores em todo o país, associada à implementação de projectos e acções no âmbito da educação e segurança alimentar.

• No âmbito da implementação do Programa de Qualidade de Vida na Sonangol, foram sensibilizados 1.170 colaboradores e seguidos 250 colaboradores com oportunidades de melhorias de diferentes subsidiárias. Além do acompanhamento e monitorização das 480 crianças que frequentaram as instituições de infância.

AResponsabilidadeSocialExternaassentanocompromissodaSonangoleosseusparceiroscomascomunidades:

• Em 2016 foram monitorizados 54 Projectos de Investimento Social (PIS) da SONANGOL e suas parceiras, em diferentes concessões petrolíferas, e disponibilizados à comunidade 15 PIS do Cost Oil. Das mais de 300 solicitações de Patrocínios, foram aprovadas 37

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201676 77

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PERSPECTIVASPARA O FUTURO

07

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201678 79

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7.1 EVOLUÇÃO DO CONTEXTO NACIONAL E INTERNACIONAL

Depois de cinco anos de desaceleração no crescimento económico, as perspectivas para as economias emergentes recuperaram em 2016 alcançando um crescimento de 4,6% em 2016 e uma previsão de 4,5% para 2017. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (IMF WEO Update, January 2017), esta recuperação, de que Angola será beneficiária, pode ser justificada por alguns factores, nomeadamente:

• A estabilização da economia chinesa e perspectivas de saída da crise por parte do Brasil e Rússia;

• A recuperação significativa dos preços das commodities;

• A perspectiva do aumento de investimentos, que inicialmente foi incentivado por um contexto de taxas de juro baixas nas economias desenvolvidas, mas que actualmente está a reverter-se.

Na indústria petrolífera mundial existe um consenso generalizado que, apesar do aumento que se prevê na procura (em boa parte motivado pela recuperação das economias emergentes, e pela perspectiva de um crescimento robusto – ainda que não muito acelerado – nas economias desenvolvidas), a proliferação de fontes alternativas de oferta de hidrocarbonetos alterou a estrutura da curva da oferta mundial. Não é, portanto, expectável uma rápida recuperação do preço do crude para os níveis de 2013 e 2014. Quanto ao gás, de acordo aos dados publicados na Rystad em 2017, apesar das perspectivas para o futuro preverem um crescimento material da procura, esta, sendo importante, não será suficiente para substituir a procura de petróleo. Em suma, podemos identificar três grandes tendências na indústria a nível mundial:

07PERSPECTIVAS PARA O FUTURO

• A procura de petróleo é estável, sendo necessárias novas fontes produção para colmatar o gap de produção;

• A procura de gás é crescente mas não ameaça o consumo de petróleo;

• Os operadores estão a diversificar portfólio de produção com gás e unconventional.

Face à ligeira recuperação da economia mundial e à manutenção da procura de petróleo é expectável que se inicie um novo ciclo de investimento na indústria mas sob um novo paradigma em que:

• Apesar das perspectivas encorajadoras para 2017, os níveis de investimento continuarão muito abaixo dos níveis de 2014, indicando uma limitação de capital;

• A redução de investimentos de 2013 a 2016 impediu a reposição de reservas dos operadores, sendo esperado um novo ciclo de investimento.

• Os operadores continuarão a ter dificuldade de acesso a dívida para novos projectos;

• O nível de risco será um critério cada vez mais importante para os operadores, que privilegiam oportunidades de payback rápido e breakeven mais reduzido.

Adicionalmente, os operadores têm demonstrado preocupação com os regimes fiscais dos países produtores sendo que alguns países, nomeadamente Reino Unido, Brasil e Índia, já tomaram medidas para tornar a produção mais rentável e atrair investimento. Para os países produtores isto significa que para se manterem competitivos e atractivos ao investimento devem reanalisar a sua oferta fiscal e ponderar novos incentivos comerciais.

A atractividade do sector petrolífero nacional deve ser, também, assegurada pela sua eficiência e pela redução dos custos de operar em Angola. A Sonangol está fortemente comprometida com este desígnio, estando a implementar medidas e programas que vão permitir reduzir o custo de produção no País, de forma sustentada.

Quanto à economia nacional existem sinais bastantes encorajadores na capacidade de evolução e diversificação do tecido empresarial nacional. É palpável o desenvolvimento em sectores não petrolíferos exportadores e em sectores de substituição de importações (como a agricultura e a indústria transformadora). A Sonangol será um agente atento e participativo na promoção da diversificação da economia sempre e quando possa participar em projectos de elevado impacto e criação de valor.

7.2 NOVA PRODUÇÃO

No quadro actual, de forma a manter os níveis de produção que permitam o desenvolvimento da Sonangol e, mais crítico, a libertação de recursos para o accionista Estado e para o País, a Sonangol deve continuar a realizar um esforço por manter os volumes de produção nacionais de petróleo e gás nos níveis actuais, ou eventualmente superiores, focando-se adicionalmente na criação de valor (e não meramente em volumes).

É essencial que a Sonangol E.P. garanta novos projectos de produção, tanto para o petróleo como para o gás, devendo incentivar a implementação de uma série de medidas que possam conduzir a esse quadro, nomeadamente, e sem ser exaustivo:

• A Sonangol deve garantir a flexibilidade financeira para acompanhar níveis de investimento nos blocos em que participa;

• A Sonangol deve, igualmente, incentivar projectos em blocos com investimento reduzido ou sem a participação da Sonangol;

• Será urgente reavaliar a exploração e programar planos de bidrounds;

• No actual contexto, de maior aversão ao risco e foco na rentabilidade, é crítico avaliar oportunidades de menor investimento e avaliar modelos complementares ao de PSA para grandes investimentos;

• A actual inexistência de matriz de gás desincentiva investimento em campos com reservas elevadas de gás, sendo crucial que se defina uma matriz de gás e se fomente a exploração deste recurso.

7.3 IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE TRANSFORMAÇÃO

Como já referido, face ao contexto económico actual e com base nos resultados do diagnóstico feito à Sonangol, o Conselho de Administração identificou a necessidade de priorizar a transformação operacional da empresa, tendo sido criado um programa ambicioso de transformação baseado em cinco (5) pilares estratégicos que visam não só lidar com os desafios que empresa está a enfrentar actualmente mas também prepará-la para o futuro, tornando-a mais sustentável.

Os pilares estratégicos em que assenta este programa são: a redução de custos – através do programa Sonalight; o aumento de receitas através do programa Sonaplus; oRedesenhodeProcessos e a OptimizaçãoOrganizativa tendo em vista evoluir processos e organização em linha com as melhores práticas, e a MudançadaCultura focando na rentabilidade, excelência, rigor, transparência e compromisso

A implementação com sucesso deste programa, lançado em 2016, é a matriz base que orientará a acção do Conselho de Administração em 2017.

81RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201680

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PROPOSTADE APLICAÇÃO

DE RESULTADOS

08

83RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201682

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A Sonagol E.P. encerrou o exercício de 2016 com um resultado líquido positivo de 13.281.678.224 AOA apurado em conformidade com a Lei das Sociedades Comerciais 1/04, de 13 de Fevereiro.

O Conselho de Administração propõe, nos termos legais, que o resultado líquido do exercício de 2016, seja aplicado da seguinte forma:

• 10% para constituição da reserva legal, cujo valor cumulativo não deve exceder 2% do capital estatutário;

• Pelo menos 10% para a constituição do fundo para avaliação dos potenciais de exploração dos recursos de hidrocarbonetos;

• Pelo menos 5% para o fundo de outros investimentos;

• Até 5% para o fundo social;

• O montante remanescente aplicado em Resultados Transitados.

Luanda, 22 de Junho de 2017

O Conselho de Administração

08PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

85RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201684

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ANEXOS

09

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201686 87

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31-12-2016 31-12-2015

AOA AOA

Assets

Non-currentAssets

Tangible fixed assets 937.802.927.657 816.000.337.114

Intangible assets 65.059.719.976 30.085.222.003

Oil&Gas upstream assets 2.447.205.577.713 1.685.112.617.507

Reversible assets 167.395.967.501 -

Exploration and evaluation assets 724.759.575.062 126.797.283.209

Investments in subsidiaries and associates 470.928.863.134 684.095.454.331

Other financial assets 178.422.503.244 239.006.873.583

Other non-current assets 613.187.525.103 1.540.099.649.526

Bank deposits 222.410.168.298 -

TotalNon-currentAssets 5.827.172.827.688 5.121.197.437.272

CurrentAssets

Inventories 100.547.093.054 112.145.562.903

Accounts receivable 745.937.958.438 476.802.584.626

Cash and equivalents 826.942.310.235 612.012.426.498

Other current assets 8.080.175.562 24.601.830.659

TotalCurrentAssets 1.681.507.537.289 1.225.562.404.685

Total Assets 7.508.680.364.977 6.346.759.841.957

EquityandLiabilities

Equity

Capital 1.946.558.748.877 1.285.386.630.238

Reserves and retained earnings 338.098.712.393 658.012.125.318

Translation adjustments (financial statement conversion) 838.166.239.916 538.546.953.088

Income for the year 13.281.678.224 47.168.755.661

TotalEquity 3.136.105.379.410 2.529.114.464.306

Non-CurrentLiabilities

Medium and long term loans 1.144.568.504.953 1.399.951.616.146

Employee benefit liability 104.559.096.058 90.517.865.013

Provisions for other risks and charges 1.222.092.751.908 840.762.821.277

Other non-current liabilities 137.700.246.412 105.387.334.355

TotalNon-CurrentLiabilities 2.608.920.599.331 2.436.619.636.790

CurrentLiabilities

Accounts payable 1.151.232.809.152 844.493.052.874

Short term loans 507.473.441.589 450.746.221.639

Other current liabilities 104.948.135.494 85.786.466.348

TotalCurrentLiabilities 1.763.654.386.236 1.381.025.740.861

TotalLiabilities 4.372.574.985.567 3.817.645.377.652

Total Equity and Liabilities 7.508.680.364.977 6.346.759.841.957

31-12-2016 31-12-2015

AOA AOA

Vendas 22 2.283.777.182.435 2.204.629.805.500

Prestação de serviços 23 153.224.082.059 125.507.581.433

Outros proveitos operacionais 24 14.892.561.009 19.548.358.800

2.451.893.825.503 2.349.685.745.733

Variação nos produtos acabados e em vias de fabrico

25 3.836.578.246 3.704.162.142

Entregas ao Estado das vendas da “Concessionária”

26 (895.401.469.527) (896.003.230.503)

Custos das existências vendidas e das matérias-primas e subsidiárias consumidas

27 (387.384.114.574) (470.572.686.343)

Custos da actividade mineira 27A (265.076.687.029) (241.180.301.496)

Custos com o pessoal 28 (157.888.458.184) (135.030.918.980)

Amortizações 29 (369.588.981.285) (326.668.631.760)

Outros custos e perdas operacionais 30 (224.713.290.176) (224.937.544.983)

(2.296.216.422.529) (2.290.689.151.924)

Resultados operacionais: 155.677.402.974 58.996.593.809

Resultados financeiros 31 (54.032.242.686) 112.717.710.570

Resultados de filiais e associadas 32 4.155.000.522 36.150.780.982

Resultados não operacionais 33 (8.528.579.984) (102.571.154.705)

(58.405.822.148) 46.297.336.848

Resultados antes de impostos: 97.271.580.826 105.293.930.657

Imposto sobre o rendimento 35 (84.068.375.918) (57.200.225.969)

Resultados líquidos das actividades correntes:

13.203.204.908 48.093.704.688

Resultados extraordinários 34 78.473.316 (924.949.027)

Resultado líquido do exercício 13.281.678.224 47.168.755.661

09ANEXOS

9.1 A) RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS CONTAS CONSOLIDADAS À DATA DE 31 DE DEZEMBRO DE 2016

9.1 B) DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS A 31 DEZEMBRO 2016

A. BALANÇO FINACEIRO

9.1 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201688 89

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9.1 C) DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA31-12-2016 31-12-2015

AOA AOA

Rubricas

Fluxos de caixa das actividades operacionais 2.278.348.412.578 1.521.584.831.534

Recebimentos de clientes (1.615.184.518.515) (861.393.859.993)

Pagamentos a fornecedores (158.012.847.123) (136.730.464.995)

Caixa gerada pela operações 505.151.046.940 523.460.506.546

Pagamento/recebimento de impostos (124.959.795.905) (72.547.080.021)

Outros recebimentos/pagamentos (93.783.699.526) (12.876.710.582)

Diferençascambiaisemactividadesoperacionais 253.413.671 220.217.733.426

Fluxos de caixa das actividades operacionais [1] 286.660.965.181 658.254.449.368

Fluxosdecaixadasactividadesdeinvestimento

Pagamentos respeitantes a:

Imobilizações corpóreas (108.069.924.072) (82.546.664.592)

Imobilizações incorpóreas (29.328.130.338) (240.273.787)

Actividade Mineira (447.640.264.982) (597.748.320.382)

Investimentos financeiros 0 (93.215.170.654)

Investimentos em imóveis (10.900.820.321) (5.437.682.886)

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 86.645.166.117 11.783.333.201

Juros e proveitos similares 9.553.186.272 5.443.752.865

Dividendosoulucrosrecebidos 4.155.000.522 44.895.474.784

Diferençascambiaisemactividadesdeinvestimento (99.735.854.512) (694.398.928.798)

Fluxos de caixa das actividades de investimento [3]] (595.321.641.315) (1 411.464.480.249)

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

Financiamento obtidos 0 125.783.212.871

Realizações de Capital e outros instrumentos de capital próprio 672 .486.100.000 67.994.200.000

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos (586.521.578.372) (390.853.552.219)

Ordinários (414.690 054 563) (390.853.552.219)

Reembolsos antecipados (171.831 523 810) 0

Juros e custos similares (48.511.431.177 (71.661.833.469)

Diferenças cambiais em actividades de financiamento 376.551.705.769 471.410.821.814

Fluxos de caixa das actividades de financiamento [3] 414.004.796.220 202.672.848.997

Variação de caixa e seus equivalentes [1]+[2]+[3]=[4] [4] 105.344.120.085 (547 .766.808.325)

Efeitos das taxas de câmbio 331.995.931.951 398.127.542.893

Caixa e seus equivalentes no início do período 612.012.426.498 699.545.177.413

Caixa e seus equivalentes no fim do período 1.049.352.478.534 612.012.426.498

9.2 RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS CONTAS CONSOLIDADAS À DATA DE 31 DE DEZEMBRO DE 2016

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201690 91

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RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201692 93

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9.3 PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS CONTAS CONSOLIDADAS À DATA DE 31 DE DEZEMBRO DE 2016

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201694 95

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9.4 ACRÓNIMOS

N/O ACRÓNIMO SIGNIFICADO

1 CON CONGOONSHORE

2 ALNG FÁBRICADEGÁSNATURALLIQUEFEITO,LOCALIZADANOSOYO

3 BBL BARRIS(159LITROS)

4 BBLS BARRISDEPETRÓLEOBRUTO

5 BOE BARRILDEPETRÓLEOEQUIVALENTE

6 BOPD BARRISDEPETRÓLEOPORDIA

7 EPCE NGINEERING,PROCUREMENT,CONSTRUCTION

8 EPCIE NGINEERINGPROCUREMENTCONSTRUCTIONANDINSTALLATION

9 EPSCC ENGINEERING,PROCUREMENT,SUPPLY,CONSTRUCTIONANDCOMMISSIONING

10 ESSA EMPRESADESERVIÇOSDESONDAGEMDEANGOLA

11 FEED FRONTENDENGINEERINGDESIGN

12 FPSO FLOATINGPRODUCTION,STORAGEANDOFFLOADING

13 FBE FUSIONBONDEDEPOXI

14 FS ASSOCIAÇÃOFINASONANGOL

15 FST ASSOCIAÇÃOFINASONANGOLTEXACO

16 KM2 QUILÓMETROSQUADRADOS

17 KM QUILÓMETROS

18 KON KWANZAONSHORE

19 KWIP KUNGULOWATERINJECTIONPLATFORM

20 LNG GÁSNATURALLIQUIFEITO

21 LPG GÁSDEPETRÓLEOLIQUIFEITO

22 M3 METROSCÚBICOS

23 MAT MINISTÉRIODAADMINISTRAÇÃODOTERRITÓRIO

24 MBBL MILHARESDEBARRIS

25 MBITS/SEG MILHÕESDEBITSPORSEGUNDO

26 MINPET MINISTÉRIODOSPETRÓLEOSDEANGOLA

27 MSCF THOUSANDSTANDARDCUBICFEET

28 MUSD MILHARESDEDÓLARESNORTEAMERICANOS

29 OCDE ORGANIZAÇÃOPARACOOPERAÇÃOEDESENVOLVIMENTOECONÓMICO

30 OFE OWNERFURNISHEDEQUIPMENT

31 PSVM PLUTÃO,SATURNO,VÉNUSEMARTE

32 SIS SISTEMADETRANSMISSÃOINTELIGENTEDESEGURANÇA

33 TM TONELADASMETRICAS

34 U.M. UNIDADEDEMEDIDA

35 USD DÓLARNORTEAMERICANO

36 USD/BBL DÓLARESNORTEAMERICANOSPORBARRIL

37 WHP WELLHEADPLATFORM

38 ICSS INTEGRATEDCONTROLANDSAFETYSYSTEMS

39 GASÓLEO(MGO) MARINEGASOIL

ÍNDICE DETALHADO1 MENSAGEMDAPRESIDENTEDOCONSELHODEADMINISTRAÇÃO 62 ASONANGOLE.P. 10

2.1 MODELOEMPRESARIALDASONANGOL,E.P. 12

2.2 GOVERNOCORPORATIVO 15

3 ENQUADRAMENTOESTRATÉGICO 183.1 CONTEXTOINTERNACIONAL 20

3.2 CONTEXTONACIONAL 20

3.3 CONTEXTOSONANGOL 21

3.4 ESTRATÉGIADASONANGOL 21

3.4.1 INICIATIVASDERESPOSTAÀSITUAÇÃODEURGÊNCIA 21

3.4.2 LANÇAMENTODANOVAESTRATÉGIADASONANGOL 22

4 SÍNTESEDOSRESULTADOS 244.1 SUMÁRIOEXECUTIVO 26

4.2 DESEMPENHOOPERACIONAL–EBITDA 26

4.3 DESEMPENHOOPERACIONAL–RESULTADOLÍQUIDO 27

4.4 INVESTIMENTOS 27

5 DESEMPENHOPORSEGMENTODENEGÓCIO 305.1 CONCESSIONÁRIA 32

5.1.1 EXPLORAÇÃO 33

5.1.1.1 LICITAÇÕES 33

5.1.1.2 AQUISIÇÃOSÍSMICA 33

5.1.1.3 PROCESSAMENTOSÍSMICO 34

5.1.1.4 SONDAGEM-ACTIVIDADEDEEXPLORAÇÃOEAVALIAÇÃO 35

5.1.1.5 RECURSOSDESCOBERTOS 37

5.1.1.6 PROJECTOSDEDESENVOLVIMENTO 37

5.1.2 PRODUÇÃODEPETRÓLEOBRUTO&GÁS 38

5.1.2.1 PRODUÇÃODEPETRÓLEOBRUTO 38

5.1.2.2 DIREITOSDEPETRÓLEOBRUTODACONCESSIONÁRIANACIONAL 43

5.1.2.3 PRODUÇÃODEGÁS 44

5.1.2.3.1 PRODUÇÃODEGÁSNATURALASSOCIADO 44

5.1.2.3.2 PRODUÇÃODELPG 45

5.1.2.3.3 PRODUÇÃODELNGECONDENSADOS 46

5.1.3 GESTÃOECONÓMICADASCONCESSÕES 46

5.1.3.1 CUSTOSDEPRODUÇÃO 46

5.1.4 EXPORTAÇÕESDACONCESSIONÁRIA 47

5.1.4.1 RECUPERAÇÃODOSINVESTIMENTOSREALIZADOSNASCONCESSÕESEMPRODUÇÃO 47

5.2 CADEIAPRIMÁRIADEVALOR–SEGMENTOUPSTREAM 48

5.2.1 PRODUÇÃODEPETRÓLEOBRUTODASONANGOLINVESTIDORA 49

5.2.2 PRODUÇÃODEGÁSDASONANGOLE.P. 50

5.2.2.1 PRODUÇÃODELPG 50

5.2.2.2 PRODUÇÃODELNGECONDENSADOS 51

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201696 97

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5.2.2.3 PROJECTOSESTRUTURANTESDACADEIADEVALORUPSTREAM 51

5.3 CADEIAPRIMÁRIADEVALOR–SEGMENTOMIDSTREAM 51

5.3.1 NEGÓCIODEREFINAÇÃO 52

5.3.2 NEGÓCIODETRANSPORTEDEPETRÓLEOBRUTO,REFINADOSEGÁS 55

5.3.3 PROJECTOSESTRUTURANTESDACADEIADEVALORMIDSTREAM 56

5.3.3.1 PROJECTODECONSTRUÇÃODAREFINARIADELOBITO 56

5.4 CADEIAPRIMÁRIADEVALOR-SEGMENTODOWNSTREAM 56

5.4.1 NEGÓCIODELOGÍSTICA 57

5.4.1.1 APROVISIONAMENTO 57

5.4.1.2 ARMAZENAGEM 58

5.4.2 NEGÓCIODEDISTRIBUIÇÃO 59

5.4.2.1 COMERCIALIZAÇÃO 59

5.4.3 COMERCIALIZAÇÃOINTERNACIONAL 61

5.4.3.1 PETRÓLEOBRUTO 61

5.4.3.2 PREÇODASRAMASANGOLANAS 63

5.4.3.3 EXPORTAÇÃODEPRODUTOSREFINADOS 63

5.5 NEGÓCIOSNÃONUCLEARES 64

5.5.1 AVIAÇÃO-SONAIR 64

5.5.2 SAÚDE-CLÍNICAGIRASSOL 66

5.5.3 TELECOMUNICAÇÕES-MSTELCOM 67

5.5.4 GESTÃOIMOBILIÁRIA-SONIP 68

5.5.5 FORMAÇÃO–ACADEMIASONANGOL 69

5.6 CORPORATIVO&FINANCEIRO 70

5.6.1 FINANCIAMENTOS 70

5.6.2 RECURSOSHUMANOS 70

5.6.2.1 COMPOSIÇÃODOEFECTIVO 70

5.6.2.2 TRANSFORMAÇÃODOSRH 71

5.6.3 ORGANIZAÇÃOEPROCESSOSCORPORATIVOS 72

5.6.3.1 NOVAPOLÍTICADEQSSA 72

5.6.4 CONSOLIDAÇÃODOSPROCESSOSCORPORATIVOS 72

6 COMPROMISSOCOMASOCIEDADE 747 PERSPECTIVASPARAOFUTURO 78

7.1 EVOLUÇÃODOCONTEXTONACIONALEINTERNACIONAL 80

7.2 NOVAPRODUÇÃO 81

7.3 IMPLEMENTAÇÃODOPROGRAMADETRANSFORMAÇÃO 81

8 PROPOSTADEAPLICAÇÃODERESULTADOS 829 ANEXOS 86

9.1 DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRASCONSOLIDADAS 88

A) BALANÇOFINACEIRO 88

B) DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRASCONSOLIDADASA31DEZEMBRO2016 89

C) DEMONSTRAÇÃOCONSOLIDADADOSFLUXOSDECAIXA 90

9.2 RELATÓRIODOAUDITORINDEPENDENTESOBREASCONTASCONSOLIDADASÀDATADE31DEDEZEMBRODE2016 91

9.3 PARECERDOCONSELHOFISCALSOBREASCONTASCONSOLIDADASÀDATADE31DEDEZEMBRODE2016 94

9.4 ACRÓNIMOS 96

LEGENDAS

GRÁFICOS:

GRÁFICO1–EVOLUÇÃODOPREÇOBRENTENTRE2014E2016 20

GRÁFICO2–EVOLUÇÃODOCRESCIMENTODOPIB2010–2016(%) 20

GRÁFICO3–EVOLUÇÃODATAXADEINFLAÇÃO2010–2016(%) 21

GRÁFICO4–EBITDAPORSEGMENTO 26

GRÁFICO5–RESULTADOLÍQUIDO2016PORSEGMENTO 27

GRÁFICO6-EXECUÇÃODOSINVESTIMENTOSPORSEGMENTO 28

GRÁFICO7–PRODUÇÃODEPETRÓLEOBRUTODEANGOLAPORBLOCO 40

GRÁFICO8-PRODUÇÃODEPETRÓLEOBRUTOPOROPERADOR 41

GRÁFICO9–DIREITOSDEPETRÓLEOBRUTODACONCESSIONÁRIAPORBLOCO 44

GRÁFICO10-PRODUÇÃODELPGPORORIGEM 45

GRÁFICO11-PERFILDEPRODUÇÃODEPRODUTOSREFINADOS 54

GRÁFICO12-TRANSPORTEDEPRODUTOSREFINADOSEGÁS 56

GRÁFICO13-COMERCIALIZAÇÃODEPRODUTOSREFINADOSPORSEGMENTODENEGÓCIOS 59

GRÁFICO14–QUOTADEMERCADOPORSEGMENTODENEGÓCIOS 60

GRÁFICO15-EXPORTAÇÃODEPETRÓLEOBRUTOPORRAMA 62

GRÁFICO16-EVOLUÇÃODOPREÇODOBRENTERAMASANGOLANAS 63

GRÁFICO17-PERFILDEEXPORTAÇÃODEPRODUTOSREFINADOS 64

GRÁFICO18-NÚMERODETRABALHADORESDASONANGOL 70

GRÁFICO19–FORÇADETRABALHOEFECTIVAPORSEGMENTODENEGÓCIO 70

GRÁFICO20-EFECTIVOPORBANDAFUNCIONAL 70

TABELAS:TABELA1–PROGRAMADEINVESTIMENTOSDASONANGOLE.PDE2016 28

TABELA2-ACTIVIDADEDEEXPLORAÇÃO[AQUISIÇÃOSÍSMICA] 33

TABELA3-PROCESSAMENTOSÍSMICOCONCLUÍDO 34

TABELA4-PROCESSAMENTOSÍSMICOEMCURSO 35

TABELA5-POÇOSDEPESQUISA 35

TABELA6-POÇOSDEAVALIAÇÃO 36

TABELA7–POÇOSDEDESENVOLVIMENTO 36

TABELA8-RECURSOSDEHIDROCARBONETOSDESCOBERTOS 37

TABELA9–PONTODESITUAÇÃODOSPROJECTOSPETROLÍFEROS 37

TABELA10-PRODUÇÃODEPETRÓLEOBRUTODEANGOLA 38

TABELA11-DIREITOSDEPRODUÇÃODEPETRÓLEOBRUTOPORCOMPANHIAS 40

TABELA12-PRODUÇÃODEPETRÓLEOBRUTOPOROPERADOR 41

TABELA13–DIREITOSDEPETRÓLEOBRUTODACONCESSIONÁRIANACIONAL 43

TABELA14-PRODUÇÃOGÁSNATURALASSOCIADO 44

TABELA15-PRODUÇÃODELPGDEANGOLA 45

TABELA16-CUSTOSDEOPERAÇÃONASCONCESSÕESEMPRODUÇÃO 46

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 201698 99