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Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da Serra - Paraná
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SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO 3
2 INTRODUÇÃO 4
3 IDENTIFICAÇÃO 5
3.1 ORGANIZAÇÃO ESPAÇO 6
3.2 ASPECTOS HISTÓRICOS 8
3.3 OFERTA CURSOS 10
4 FILOSOFIA DO COLÉGIO 15
5 ALUNADO 15
6 OBJETIVOS GERAIS 16
7 MARCO SITUCIONAL 16
8 MARCO CONCEITUAL 18
9 MARCO OPERACIONAL 29
10 ÓRGÃOS COLEGIADOS 34
11 PLANO DE AÇÃO 37
12 REFERÊNCIAS 38
PPC ARTE 39
PPC BIOLOGIA 77
PPC CIÊNCIA 86
PPC ED. FISICA 95
PPC ESPANHOL 112
PPC ENS. RELIGIOSO 132
PPC FILOSOFIA 1402
PPC FISICA 154
PPC GEOGRAFIA 165
PPC HISTÓRIA 174
PPC LINGUA PORTUGUESA 196
PPC MATEMÁTICA 206
PPC QUIMICA 219
PPC SOCIOLOGIA 229
PPC LINGUA INGLESA 235
PPC – SALA DE RECURSO 250
PPC – EJA 256
1- APRESENTAÇÃO
O presente Projeto Político Pedagógico constitui-se numa conquista e
esforço coletivo na otimização do trabalho de todos os segmentos do Colégio Estadual
João Plath – Mauá da Serra, sendo resultado de longo período de reflexões, troca de
experiências e discussões do processo educativo como um todo.
Para tanto, realizamos várias reuniões e grupos de estudo, para sua
formulação, envolvendo professores, equipe pedagógica e técnico administrativo,
equipe de serviços gerais, alunos e pais, colhendo opiniões, traçando metas e condutas
para a concretização deste Projeto.
Como afirma ARROYO (2000), “pela própria experiência humana,
pelo convívio com filhos (as), netos (as), na família, pela proximidade com a infância
nas salas de aula sabemos que ninguém nasce feito. Fazemos-nos, nos tornamos gente.
Não nascemos humanos, nos fazemos humanos”. Partindo dessa consciência e levando-
se em consideração nossa realidade local, imediatamente, e a realidade global por
conseqüência, procuramos definir neste documento uma proposta curricular
comprometida com os interesses e necessidades dos nossos alunos e da nossa
comunidade.
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2- INTRODUÇÃO
O Projeto Político Pedagógico é um conjunto de princípios e normas
que auxilia a escola para que esta possa definir suas prioridades estratégicas.
Foi concebido e elaborado a partir de todo coletivo. Tem como
compromisso sócio político a formação do cidadão e define as ações educativas e as
características necessárias às escolas para que se cumpram seus propósitos e
intencionalidade.
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3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Denominação: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO PLATH - ENSINO FUNDAMENTAL
E MÉDIO
Código: 00018
Endereço: RUA PEDRO GEFFER, Nº 420, JARDIM SÃO LUIZ, CEP-86828-000
Telefone: (0XX43) 3464 – 1306
Município: MAUÁ DA SERRA – PARANÁ
Código: 1587
Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
Núcleo Regional da Educação: APUCARANA
Código: 01
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3.1 - ORGANIZAÇÕES DO ESPAÇO FÍSICO
Recursos Físicos Construídos
01 – Almoxarifado 11m2
01 – Banheiro/cozinha 3m2
01 – Banheiro / secretaria 3m2
01 – Banheiro feminino 23m2
01 – Banheiro masculino 23m2
01 – Banheiro feminino 4m2
01 – Banheiro masculino 3m2
01 - Casa do Caseiro 93 m2
01 – Cantina de 16 m2
01 – Cozinha de 28m2
01 – Despensa para merenda 8m2
01 – Biblioteca – 48 m
01 – Laboratório Física/Química 44m2
01 – Quadra de esporte coberto de 788m2
01 – Sala da Direção 16m2
01 – Sala de Documentação Escolar 14m2
01 – sala de jogos de 56 m2
01 – Sala de Laboratório de Informática de 48m2
01 – Sala de Materiais Pedagógicos 14m2
01 – Sala de Mesa de Ping Pong 9m2
01 – Sala de Orientação Pedagógica 22m2
01 – Sala de Professores 31m2
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01 – Sala de Recursos 22m2
01 – Sala da Secretaria 53m2
01 – Sala de Vídeo 68m2
13 – Salas de aula de 48m2
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3.2 - ASPECTOS HISTÓRICOS IMPORTANTES
O Colégio Estadual João Plath – Ensino Fundamental e Médio
localiza-se na cidade de Mauá da Serra, à Rua Pedro Geffer, nº 420, esquina com a Rua
São Pedro, Jardim São Luiz.
A Resolução Conjunta nº 83/82, de 01/07/82, criou a Escola João
Plath – Ensino 1º Grau, no Distrito de Mauá da Serra, Município de Marilândia do Sul,
para ministrar o Ensino de 1º Grau, 5ª a 8ª Séries, inicialmente no período noturno.
A Resolução nº 4.896/85 reconhece o Curso de 1º Grau, em
decorrência fica reconhecido o Estabelecimento, passando a funcionar no período
vespertino.
Em 1991, através da Resolução nº 334/91 de 25/01/91, foi autorizado
o funcionamento do Ensino de 2ª Grau Regular com o curso de 2ª Grau – Educação
Geral / Preparação Universal.
Com a instalação do Município de Mauá da Serra em 1993, o Colégio
Estadual João Plath – Ensino de 1º e 2º Graus, passou para o referido Município, através
da Resolução 1871/83 de 07/04/93.
O Curso de 2º Grau – Educação Geral – Preparação Universal teve seu
funcionamento prorrogado pela Resolução 1871/83, por mais dois anos.
Em 1996, através da Resolução nº 3491/96, o Curso de 2º Grau –
Educação Geral – Preparação Universal, mais uma vez teve sua Autorização de
Funcionamento prorrogada.
A Resolução nº 3.127/97 reconheceu o Curso de 2º Grau – Educação
Geral, em 10/09/97.
O Ensino Médio foi reconhecido através da Resolução nº 2529/05 de
16/09/2005.
A autorização de funcionamento do Ensino Fundamental (fase 2) na
modalidade Educação de Jovens e Adultos foi delegada pela Resolução nº 693/02 de
18/03/2002.8
No ano de 2005, conforme solicitação da SEED, deu-se início à
cessação gradativa desta modalidade de Ensino, com previsão de término para o 2º
semestre de 2006.
O Estado garantirá Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito,
inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria.
A educação, dever da família e do Estado inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade e pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
O ensino será ministrado em igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola; com liberdade de pensamento sempre respeitando o pluralismo
cultural; as diferenças individuais. Pois toda pessoa tem direito à liberdade de
pensamento, consciência e religião.
Em 2009 o Colégio obteve autorização para implantação do CELEM
(Centro de línguas Estrangeira Moderna), com a oferta de Espanhol, no período
intermediário e noturno.
As instituições do Sistema Estadual de Ensino com oferta do Ensino
Fundamental - anos finais devem, a partir de 2012, implantar o 6º ao 9º ano do Ensino
Fundamental.
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3.3 - OFERTAS DE CURSOS / MODALIDADES
O presente Estabelecimento oferta as seguintes modalidades:
♦ Ensino Fundamental II (6º a 9º anos/Regime de 9 anos);
♦ Ensino Médio;
♦ Educação Especial (Sala de Recursos)
♦ Educação de Jovens e Adultos – EJA
♦ CELEM
2.4.1 – Ensino Fundamental e Médio
Período Manhã
SÉRIE Nº DE TURMAS Nº DE ALUNOS
6ª 3 877ª 3 658ª 3 979ª 3 861ª 2 602ª 1 383ª 1 34
Período Tarde
SÉRIE Nº DE TURMAS Nº DE ALUNOS6ª 4 1307ª 4 1208ª 3 729ª 2 501ª 1 162ª 1 24
3ª 1 22
Período Noite
Série Nº de turmas Nº de alunos9ª 1 251ª 1 412ª 1 253ª 1 46
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2.4.2 – Sala de Recursos
Área: DM
Nº de alunos: 7
2.4.3 – Educação de Jovens e Adultos
Período Noite
Etapas Nº de turmas Nº de alunosFase II 3 65
Ensino Médio 1 31
2.4.4 – CELEM
17h15m às 18h55m
Série Nº de turmas Nº de alunos1ª 1 222ª 1 12
19h às 20h40m
Série Nº de turmas Nº de alunos1ª 1 212ª 1 13
2.5 – QUADROS DE PESSOAL
Pessoal Administrativo e Especialista Função
Ligia Domingos Vieira Diretora
Rosimeire Pernias Diretora Auxiliar
Lucinei A. N. Gonçalves Secretária
Angelita Aparecida Varella Pedagoga
Nilza Miquelão Pedagoga
Rosangela C. Magon Ferreira Pedagoga
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Pessoal Serviços Gerais
Alex Barbosa da Silva
Aparecido I. de Godói
Cenira de Souza Machado
Katia Elaine Machado
Luiz Carlos de Assis
Maria Elizia da Silva F.
Maria Eunice Domingues
Maria José da Silva
Maricléia Apª de S. Paulo
Vera Lúcia Souza
Pessoal Técnico-Administrativo
Claudete Trindade Lopes
Débora L. Sampaio Balboena
Fhaber H. B. Custódio
Luciane Mariano
Rosely Froza
Tatiane Borini Moreira
Corpo Docente
Angélica Proença Frazão Geografia
Azenir Rodrigues de Faria Arte/ Inglês/L.Portuguesa
Carlos Alberto Veloso Ciências
Cleusa Cordeiro Ens. Relig./Sociologia/Filosofia/Geografia
Eliane Reis Geografia / História
Eliane Yassugui Filosofia/Sociologia
Elizângela P. Rovani História
Elza Pereira de Oliveira Matemática/ Ciências
Lauri Luis Henrich Matemática/Sala de Apoio à Aprendizagem
Francisca das Dores Bertanha Arte12
Helen Cristina Darif do Nascimento Educação Física
Hormisdas de Souza Matemática
Inêz Araújo Cadaval Inglês
Ioni da Conceição de Freitas Inglês/Língua Portuguesa
Ivone Aires Ciências/ Matemática / Física
Izabel Esperança Fusioka L.Portuguesa
João Alfredo Educação Física
João Bernadino da Silva História
João Rezende Geografia
Leandro Balboena História/Geografia/Filosofia/Ens.Religioso
Lecy Carreira Filosofia/Ensino Religioso
Leoci Graciano de Andrade Arte
Leonice Aparecida Machado Ciências/Biologia
Ligia Domingos Vieira História/Ens.Rel./Sociologia
Lucemir M.da Silva L.Portuguesa
Luzia Aparecida de Pádua Matemática
Marcilio Antonio Shibao Educação Física
Maria Helena dos Santos Língua Portuguesa/ Inglês
Maria Regina A.Vicente Inglês
Maria Salete Sasso Ciências
Maria Salete Sasso Ciências
Marlon Alisson de Souza Machado Arte
Marly Rodrigues Geografia
Michele Seme Curso Técnico em Segurança do trabalho
Mônica Regina Pereira L. Portuguesa
Priscila H. Vaz Ciências./Física
Raquel Garcia Punhagui Língua Portuguesa
Roberson D. Ferreira Biologia/Educação Física13
Rosana Feliz Língua Espanhola
Sandra Aparecida de Lima Matemática / Ciências
Silmara Ap. da S. R. Turini Matemática
Simone Ap. Marendaz L.Portuguesa/ Arte / Sala de Recursos
Solange Ap. de Oliveira Geografia/Artes
Sônia Ap. Ramazote Educação Física
Suely Chemin Ciências
Suziane Cazarin Matemática
Vitor José da Silva Educação Física
Zélia Lopes da Silva Língua Portuguesa
4 - FILOSOFIA DO COLÉGIO
Fundamentados na concepção de educação como processo
participativo, democrático e criativo de construção da autonomia e de conhecimentos de
todos os segmentos que compõem a comunidade escolar, nos propomos a educar para
desenvolvimento e exercício da cidadania e para atuação consciente e responsável na
sociedade.
Pois de acordo com Paulo Freire “a grande tarefa do sujeito que pensa
certo não é transferir, depositar, oferecer, doar ao outro, a inteligibilidade das coisas,
dos fatos, dos conceitos. A tarefa coerente do educador que pensa certo é exercendo
como ser humano a irrecusável prática de inteligir, desafiar o educando com quem se
comunica, produzir sua compreensão do que vem sendo comunicado”.
5 – ALUNADO
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Devido sua localização, o Colégio é procurado por alunos de vários
níveis sociais, oriundos de diferentes pontos do município e mesmo fora dele. Parte do
alunado recebido não tem acesso a acervos culturais e, em função da situação sócio-
econômica-cultural, nossos alunos são heterogêneos em todos os âmbitos. As formas
com que as famílias estão constituídas na atualidade (pais separados, avós, mães,
diversidade de gêneros, etc) levam a uma grande diversidade de valores.
A maioria das famílias atendidas vem de classe de baixa renda. Isso
leva ao nosso principal problema que é a evasão, pois o baixo poder aquisitivo faz com
que muitos alunos desistam da escola para trabalhar, contribuindo no orçamento
familiar. Outro problema é a rotatividade de horários das empresas do município,
principalmente em época de safra, o que dificulta para o aluno conciliar trabalho e
estudo.
Quanto aos alunos que não se interessam em dar continuidade aos
estudos, observamos uma indiferença dos pais em relação à vida escolar dos filhos e, até
mesmo em alguns casos, a total ausência de muitos deles. Salientamos que tais alunos
provêm de famílias desestruturadas que não cultivam valores morais, religiosos e
intelectuais, e, essa condição leva-os a não assumirem uma postura real, um
compromisso verdadeiro e ético em vários âmbitos.
Rutter e Maughan (2002), que deu origem ao livro Fefteen Thousand
Hours, em revisão de achados de pesquisas sobre a eficácia escolar nas duas últimas
décadas, encontram evidências de que a composição dos pares em uma escola
provavelmente afeta a autoavaliação dos indivíduos e o funcionamento da escola. Além
disso, acredita-se que estas implicações derivem da pressão da organização escolar e do
efeito da parceria família/escola, que influenciam tanto no progresso dos alunos como
em seu comportamento.
6 - OBJETIVOS GERAIS
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• Garantir a aquisição de conhecimentos no seu mais alto grau de aprendizagem e
a permanência do aluno na escola;
• Proporcionar ao aluno conhecimento e análise crítica das experiências
curriculares identificando seus limites e possibilidades;
• Respeitar a identidade cultural do aluno como ponto de partida, direcionando um
caminho, um sentido, numa dimensão ética-profissional;
• Traçar estratégias que permita uma reflexão crítica e prática pedagógica
transformadora;
• Explicar as ações de natureza imediata e necessária à prática docente e o
desenvolvimento integral do educando.
• Formar pessoas capazes de dominar as transformações tais como: tecnológicas,
científicas, sociais, religiosas, etc.
7 - MARCO SITUACIONAL
Vivemos numa realidade capitalista e injusta, onde o indivíduo deve
demonstrar certo poder aquisitivo ou financeiro para não ser excluído do grupo. Há
muita mudança de valores, principalmente familiares, e isso abalou todas as demais
estruturas sociais. Devido a isso coube à Escola suprir necessidades que antes cabiam às
famílias. (Para que nossa sociedade se reequilibre em alguns aspectos, torna-se
necessário maior investimento na educação; mudanças nas leis do país, para que sejam
menos flexíveis e não diferencie na prática a classe social; grande trabalho de
conscientização e prevenção à violência e resgate de valores.)
7.1 – Quanto a Gestão Democrática
• Pouca participação das famílias e da comunidade escolar nas decisões da escola.
• O aluno está inserido dentro do processo educativo independente de sua
condição sócia econômica e cultural, embora a escola não disponha de todos os
recursos necessários para transformar sua realidade.
• A comunidade escolar participa das decisões tomadas na escola, conforme
abertura da administração.
7.2 – Quanto a Formação Continuada
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• Os profissionais da Educação participam de cursos oferecidos pela SEED e NRE
• Profissionais que ministrem palestras para alunos e pais. Continuidade, melhoria
e aproveitamento de estudos e possibilidades de formação universitária através
do ENEM, PAS, PSS, PROUNI, SISU, FIES.
7.3 – Quanto a qualificação e manutenção dos equipamentos e dos espaços físicos
da escola
• Trabalho de conscientização para que os alunos preservem o patrimônio escolar
• Benfeitorias do espaço físico com recurso próprio da escola e parceria com a
prefeitura.
• Aquisição de materiais pedagógicos
7.4 – Quanto a relação Família/Escola
• Participação da família nas reuniões de pais e eventos sociais da escola
• Participação dos pais em reuniões no início do ano letivo para conhecimento dos
regulamentos e funcionamento da escola
• Participação nas reuniões bimestrais para entrega de notas e discussão do
rendimento escolar
• Acompanhamento dos pais no desempenho escolar de seus filhos.
5. – Quantos às instâncias colegiadas
• Contribuição nas decisões de ordem financeira e pedagógica da APMF e
Conselho Escolar
7.6 – Quanto a avaliação
• Sistema de avaliação bimestral
7.7 – Quanto à hora atividades
• A hora atividade é organizada de acordo com a realidade da escola.
7.8 – Quanto a projeto/programas/cursos extracurriculares
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• A escola participa do Programa de Superação – PDE
• AMPARE – Programa Distorção/Idade
7.9 – Quanto a inclusão
• Modificação do espaço físico com rampas e banheiro para cadeirantes.
• Atendimento em sala de recursos para alunos com dificuldade de aprendizagem
• Proposta de trabalho diferenciado às necessidades dos alunos inclusos.
8 - MARCO CONCEITUAL
Queremos formar pessoas responsáveis, capazes de discernir o bem e
resolver os problemas do seu cotidiano para transformar o mundo, pois a inteligência,
segundo Piaget, é uma adaptação: o indivíduo desenvolve formas de agir e pensar para
superar os desafios colocados pelos meios natural e social.
Isso só poderá ser possível através de um saber globalizado, com
interação dos sujeitos envolvidos, para mudar a realidade de onde tudo é fragmentado,
tornando o educando um agente transformador.
Para vivermos, gostaríamos que fosse uma sociedade justa,
democrática, igualitária e mais humana, onde houvesse amor, respeito, com cidadãos
conscientes de seus direitos e deveres.
A escola deve ser um espaço democrático, bem organizado, com uma
APMF atuante, pais participativos, onde o conhecimento sirva para a vida dos alunos.
Os professores sintam prazer em ensinar e os alunos em aprender com governantes
investindo na educação, dando condições básicas para o bom funcionamento da escola.
A educação precisa valorizar a individualidade dentro de um contexto
sócio-econômico-cultural, visando o questionamento, a criatividade e os interesses das
camadas menos privilegiadas da sociedade.
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Quanto à avaliação, deve-se respeitar o nível de maturidade de cada
um, suas diferenças, ser diversificada, que expresse realmente o conhecimento
adquirido e construído pelo aluno, diagnóstica e somativa visando diminuir a exclusão.
A cultura valorizada será a que o aluno traz consigo transformando-a
em conhecimento sistematizado e não uma cultura da elite.
O conhecimento trabalhado deve ser teórico e prático que sirva para a
formação da cidadania com pessoas críticas, humanas que saibam respeitar o próximo,
dar opiniões, dialogar, participar buscando a verdadeira democracia.
Para que tudo isso aconteça de fato, os conteúdos trabalhados na
escola precisam ser mais significativos para os alunos, valorizem o conhecimento, sua
cultura, suas atitudes positivas, dando condições para o seu crescimento tanto na área do
conhecimento como pessoal.
Não podemos esquecer o mais importante que é a capacidade técnica e
o compromisso político de todos os profissionais da educação e dos governantes, pois
dependemos de sua formação e perseverança para que a escola pública consiga
reconquistar o seu papel na sociedade, então poderemos ter um ensino de qualidade.
8.1 - CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Sociedade é um agrupamento tecido por uma série de relações
diferenciadas. É configurada pelas experiências individuais do homem desenvolvendo
relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais, produzindo bens,
garantindo a base econômica.
A sociedade configura todas as experiências individuais do homem,
transmitindo-lhe todos os conhecimentos adquiridos no passado e recolhe as
contribuições de cada indivíduo oferecendo a comunidade. Ela é mediadora do saber e
da educação presente no trabalho dos homens criando novas possibilidades de cultura e
de agir social a partir das contradições geridas pelo processo de transformação da
economia.
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Segundo Saviani, o entendimento do modo como funciona a sociedade
não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis históricas que regem
o desenvolvimento da sociedade.
8.2 - CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE RURAL
Sociedade rural configura-se de homens com experiências específicas
do campo, principalmente com relação ás atividades e qualidade de vida. Sendo papel
de a escola valorizar essas características oriundas do campo, assim como respeitar a
diversidade cultural de seus alunos.
8.3 – CONCEPÇÃO DE MUNDO
O mundo é sistema de significados estabelecidos pelos homens que
por meio de uma ação intencional e planificada estabelecem as prioridades com relação
às necessidades a serem atendidas, o homem precisa escolher os meios e os fins da ação
a partir dos valores. Esses valores abraçam todos os níveis da vivência humana, o que
nos leva a concluir que é impossível viver sem eles. E nessa dinâmica da vida é que o
homem deixa a sua marca no mundo.
8.4 – CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza
transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de
transformação envolvendo múltiplas relações em determinado momento histórico, assim
acumula experiências e em decorrências destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é
intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não
materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem.
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O homem necessita produzir continuamente sua própria existência.
Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é,
transformá-la pelo trabalho.
8.5- CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens
situando-os dentro da história. Ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado
pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.
É um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela
é, ao mesmo tempo, uma exigência e para o processo de trabalho, bem como é ela
própria, um processo de trabalho.
É um processo histórico de criação do homem para a sociedade e
simultaneamente de modificação da sociedade para o benefício do homem.
É um processo, um fato existencial, social, intencional e é libertadora
porque tem por objetivos a formação do ser humano para gestar uma democracia aberta.
Tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem.
8.6 - CONCEPÇÃO DE ESCOLA
A escola é uma instituição com dupla função: a de transmissora da herança
cultural e a de local privilegiado para a crítica do saber apropriado. Ela organiza o
tempo de maneira diferente das outras instituições e luta para transformar o sujeito
natural em sujeito social, longe da mistificação próximo da racionalidade.
É no universo da escola que o aluno vivencia situações diversificadas que
favorecem o aprendizado. Para dialogar de maneira competente com a comunidade,
aprender a respeitar e a ser respeitado, a ouvir e ser ouvido, a reivindicar direitos e
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cumprir obrigações, a participar ativamente da vida científica, cultural, social e política
do país e do mundo.
8.7 - CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as
relações entre os homens e a natureza. Ele é produzido nas relações sociais mediadas
pelo trabalho.
Nesse processo do desenvolvimento humano multideterminado que
envolve inter-relações e interferências recíprocas entre idéias e condições materiais, a
base econômica será o determinante fundamental. Assim sendo, o conhecimento
humano adquire diferentes formas: senso comum, científico, teológico e estético,
pressupondo diferentes concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem sobre
si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.
O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do
conhecimento científico. Pois é resultado de fatos, conceitos, generalizações e portanto
objeto de trabalho do professor.
8.8 - CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Ensino-Aprendizagem é um processo que deve ter em vista a
formação de hábitos mentais e não simplesmente o acúmulo de conhecimentos. A
escola não pode limitar-se a promover o aprimoramento do exercício da memória, mas
deve facilitar o aluno a aquisição de hábitos racionais que o capacitem a tomar decisões.
O objetivo da escola é proporcionar as ferramentas necessárias para
que o aluno descubra o caminho para tomar decisões autônomas e livres na construção
de sua personalidade. Essas ferramentas privilegiam-se a investigação científica e a
formação humanista.
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A investigação científica coloca o aluno no centro do processo ensino-
aprendizagem e a formação humanística prepara o aluno para entender e transformar o
mundo em que vivem.
8.9 – CONCEPÇÃO DE CURRÍCULOS
Conforme o dicionário Houaiss currículo é definido como
“programação de um curso ou de matéria a ser examinada”. O dicionário interativo da
Educação Brasileira define currículo como o “conjunto de disciplinas sobre um
determinado curso ou programa de ensino ou a trajetória de um indivíduo para o seu
aperfeiçoamento profissional.
Do ponto de vista etimológico, o termo currículo vem da palavra
latina Scurrere, correr, e refere-se a curso, à carreira, a um percurso que deve ser
realizado. É utilizado para designar um plano estruturado de estudos, pela primeira vez
em 1633, no Oxford English Dictionary.
Inserida no campo pedagógico, o termo passou por diversas definições
no longo da história da Educação. Tradicionalmente o currículo significou uma relação
de matérias/disciplinas com seu corpo de conhecimento organizado numa sequência
lógica, com o respectivo tempo de cada uma (grade ou matriz curricular). Esta
conotação guarda estreita relação com plano de estudos, tratado como o conjunto das
matérias a serem ensinadas em cada curso ou série e o tempo reservado a cada uma.
No plano de estudos currículo é a totalidade de experiências
vivenciadas pela criança, sob a orientação da escola, levando em conta e valorizando o
interesse do aluno.
8.10 - CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Avaliação é um procedimento que para abranger a humanidade do
homem, tem que ultrapassar a medida objetiva e, ao mesmo tempo, precaver-se contra
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os enganos da subjetiva. A avaliação tem por finalidade a percepção da relação atual
com a ideal, sua função não é punitiva, como freqüentemente parece ser entendida nos
meios escolares, nem de mera constatação diletante, mas a de verificar em que medida
os objetivos inicialmente propostos estão sendo alcançados.
A avaliação deve respeitar o nível de maturidade de cada um, suas
diferenças, ser diversificada, que expresse realmente o conhecimento adquirido e
construído pelo aluno, diagnóstica, somativa, contínua visando diminuir a exclusão.
8.11 - CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
Cidadania deve-se a uma característica atribuída ao sujeito que
participa ativamente dos acontecimentos e da prática social de uma comunidade.
O aluno para exercer de fato a cidadania deve conhecer seus deveres e
direitos, sejam estes individuais ou coletivos. Atuar de forma consciente, ter uma
participação ativa, crítica dos valores culturais, éticos e morais que estrutura a nossa
sociedade.
A escola deve proporcionar no seu dia-a-dia e em momentos
significativos uma prática inclusiva onde alunos, pais, comunidade escolar e sociedade
vivenciem a cidadania.
8.12 – CONCEPÇÃO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA E OS INSTRUMENTOS
DE AÇÃO COLEGIADA
A Gestão Democrática ou participativa possibilita a construção de
projetos educacionais com qualidade social, transformadores e libertadores, nos quais a
escola, em seus diversos espaços e tempos, contribua efetivamente para o exercício dos
direitos, a formação de sujeitos como cidadãos plenos, reafirmando os princípios da
democracia, da solidariedade, de justiça e liberdade, da tolerância e equidade na direção
de uma nova sociedade mais justa e fraterna.
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A fundamentação da gestão participativa está na constituição de um
espaço público de direito que promova condições de igualdade, garanta estrutura
material para serviços de qualidade, crie um ambiente de trabalho coletivo que vise a
superação de um sistema escolar seletivo e excludente. Para tanto faz se necessário
colocar em prática uma gestão que estimule a participação dos diferentes segmentos
sociais, permitindo o trabalho de valorização da dimensão humana e proporcionando
uma ação prática que explicite as contradições existentes no cotidiano do trabalho.
8.13 – CONCEPÇÃO DE NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
A expressão Necessidades Especiais tornou-se bastante conhecida no
meio acadêmico, no sistema escolar, nos discursos oficiais e mesmo no senso comum.
Surgiu da intenção de atenuar ou neutralizar a acepção negativa da terminologia adotada
para distinguir os indivíduos em suas singularidades por apresentarem limitações
físicas, motoras e sensoriais, cognitivas, linguistícas ou ainda síndromes variadas, altas
habilidades, condutas desviantes, etc. Tal denominação foi rapidamente difundida e
assimilada, talvez, pela amplitude e abrangência de sua aplicabilidade. Nesta
perspectiva, podemos dizer que indivíduos cegos apresentam necessidades consideradas
especiais, porque a maioria das pessoas não necessita de recursos e ferramentas por eles
utilizados para ter acesso à leitura, escrita e para se deslocar de um lado para outro, em
sua rotina. Essas pessoas necessitam, por exemplo, do sistema Braille, de livros sonoros,
de ledores, de softwares com síntese de voz, de bengalas, cães guia ou guias humanos.
O mesmo raciocínio se aplica as pessoas que necessitam de muletas, cadeiras de rodas
ou andadores para sua locomoção. Da mesma forma os surdos valem-se da linguagem
gestual e da experiência visual em sua comunicação.
Existem também aqueles que necessitam de cuidados especiais para
alimentação, o vestuário, a higiene pessoal e outros hábitos ou atividades rotineiras. Em
tais casos essas pessoas necessitam desenvolver habilidades, funções e aprendizados
específicos. Algumas dessas necessidades podem ser temporárias ou permanentes,
dependendo da situação ou das circunstâncias das quais se originam.
25
8.14 - CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO
A inclusão educacional constitui a prática mais recente no processo de
universalização da educação. Ela se caracteriza em princípios que visam a aceitação das
diferenças individuais, à valorização das contribuições de cada pessoa à aprendizagem
através de cooperação e a convivência dentro da diversidade humana.
Dessa forma, o papel da escola consiste em favorecer que cada um, de
forma livre e autonôma, reconheçam nos demais a mesma esfera de direito que exige
para si. Neste âmbito, a prática da inclusão social se baseia em princípios diferentes do
convencional: consideração das diferenças individuais, valorização de cada pessoa,
convivência dentro da diversidade humana e aprendizagem por meio da cooperação.
Tendo em vista o exposto acima, podemos concluir que o conceito de
inclusão engloba também aqueles que de certa forma são excluídos da sociedade e não
somente alunos com deficiências. Sendo assim, a educação inclusiva abrange também
alunos acometidos de alguma doença ou impossibilidade, alunos oriundos de
populações nômades e etnias, além dos alunos em situação de risco, entre outros.
8.15 - CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
Segundo o historiador Frances Ariés, até o fim da idade média não
existia um sentimento de infância como etapa especifica da vida humana, portanto com
características e necessidades próprias. Ariés afirma que é no fim da Idade Média que se
inicia um processo de mudança, pois a infância passa a ser encarada como sinônimo de
fragilidade e ingenuidade, sendo alvo de atenção dos adultos. Já no século XVIII, a
concepção sobre a infância passa pelo disciplinamento e pala moral, exercidas
especialmente por um processo educacional impulsionado pela Igreja e pelo Estado.
Está concepção marca a educação das crianças, particularmente no período do
capitalismo industrial, no século XIX. Embora com ressalvas, sua pesquisa é
considerada relevante pelo fato de que contribui para a compreensão da infância como
um conceito construído historicamente.
26
8.16 – CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO
Letramento é uma palavra recém chegada ao vocabulário da Educação
e das Ciências Lingüísticas. É uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita.
Novas palavras são criadas (ou a velhas palavras dá-se um novo sentido) quando
emergem novos fatos, novas idéias, novas maneiras de compreender os fenômenos. Se a
palavra letramento nos causa estranheza, uma vez que não é muito antiga, outras do
mesmo campo semântico sempre nos foram familiares como analfabetismo.
Letramento é, pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler
e escrever, bem como o resultado da ação de usar essas habilidades em praticas sociais,
é o estado ou condição que adquire um grupo social ou um individuo como
conseqüência de ter se apropriado da língua escrita e tiver-se inserido no mundo
organizado diferentemente: a cultura escrita. Como são muitos variados os usos sociais
da escrita e as competências a eles associadas (de ler um bilhete simples a escrever um
romance). É freqüente levar em consideração níveis de letramento (dos mais
elementares aos mais complexos). Tendo em vista as diferentes funções (para se
distrair, para se informar, e se posicionar, por exemplo) e as formas pelas quais as
pessoas têm acesso a língua escrita – com ampla autonomia, com ajuda do professor ou
da professora, ou mesmo por meio de alguém que escreve, por exemplo, cartas ditadas
por analfabetos, a literatura a respeito assume ainda a existência de tipos de letramento
ou de letramentos, no plural.
8.17 – CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA
A palavra “adolescência”, vem da palavra latina “adolesço” que
significa crescer. É uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se
caracteriza por uma intensa busca de “si mesmo” e da própria identidade, os padrões
estabelecidos são questionados, bem como criticados todas as escolhas de vida feitas
pelos pais, buscando assim a liberdade e auto-afirmação.
27
Os teóricos da adolescência há muito tem concordado que a transição
da segunda infância para a idade adulta é acompanhada pelo desenvolvimento de uma
nova qualidade de mente, caracterizada pela forma de pensar sistemática, logística e
hipotética.
8.18 – CONCEPÇÃO DE CULTURA
Definir o que é cultura não é tarefa simples. A cultura evoca interesses
multidisciplinares, sendo estudada em áreas como sociologia, antropologia, história,
comunicação, administração, economia, entre outras. Em cada uma dessas áreas é
trabalhada a partir de distantes enfoques e usos. Tal realidade concerne ao próprio
caráter transversal da cultura, que perpassa diferentes campos da vida cotidiana. Além
disso, a palavra “cultura” também tem sido utilizada em diferentes campos semânticos
em substituição a outros termos como “mentalidade”, “espírito”, “tradição” e
“ideologia”. (Luche, 2002, p.203). Comumente, ouvimos falar em “cultura política”,
“cultura empresarial”, “cultura agrícola”, “cultura de células”. Ao que se inclui que, ao
nos referirmos ao termo, cabe ponderar que existem distintos conceitos de cultura, no
plural, em voga na contemporaneidade.
8.19 – CONCEPÇÃO DE TRABALHO
O termo trabalho designa o pensamento elaborado e articulado que
oferece definições ao indivíduo sobre a posição que o trabalho deve ocupar em sua vida,
o modelo de trabalho ideal definido por meio dos valores humanos e sua hierarquização
e uma leitura das características do trabalho concreto. São definições amplamente
compartilhadas e são componentes ou parcelas da cultura: por isso, ao mesmo tempo
que são apropriadas por muitas pessoas, mesclam-se de conteúdo abertamente
declarados e de conteúdo implícitos.
8.20 – CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL
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A expressão “Tecnologia na Educação” abrange a informática, mas
não se restringe a ela. Inclui também o uso da televisão, vídeo, rádio e até cinema na
promoção da educação. Entende-se tecnologia como sendo o resultado da fusão entra
ciência e técnica. O conceito de tecnologia educacional pode ser enunciado como o
conjunto de procedimentos (técnicas) que visam “facilitar” os processos de ensino e
aprendizagem com a utilização de meios (instrumentais, simbólicos ou organizadores) e
suas conseqüentes transformações culturais.
9 - MARCO OPERACIONAL
O marco operacional está constituído por definições operativas,
fixadas em ações práticas.
As ações previstas se constituem em atividades contínuas que para
efeitos de implementação tem períodos/prazos fixados.
9.1 - Quanto à Gestão Democrática:
♦ Aproximar as famílias e a comunidade escolar e local, promovendo palestras,
reuniões de pais, comemoração do Dia das Mães e Dia dos Pais;
♦ Transparência nas ações da Direção, na aplicação de recursos frente à
comunidade escolar e local, bem como sua divulgação através de prestação de
contas e comunicação das decisões tomadas pela direção;
♦ Buscar a participação e a colaboração de segmentos da sociedade, através de
parcerias com a Prefeitura Municipal, Rotary Clube, Empresas, Igrejas,
entidades e associações, DETRAN, etc.;
♦ Estabelecer o professor representante da turma assessorado pela equipe
pedagógica e direção. Através da decisão da turma;
♦ Conselho de classe bimestral momento para analisar e propor estratégias diante
dos problemas apresentados. Rever as atividades que deram resultados positivos.
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♦ Aluno representante escolhido pelo professor representante da turma no início
do ano letivo. Com a função de representar a turma e assessorar os professores
quando necessário.
♦ Serão organizados na escola espaços coletivos de discussão, reflexão e estudo
sobre as práticas pedagógicas escolares, de modo que todos os educadores
participem de maneira democrática e construtiva nos cursos, nas reuniões
pedagógicas e Conselhos de Classe.
9.2 - Quanto à Proposta Pedagógica:
♦ Assessoramento aos professores divulgando os novos princípios que norteiam a
educação brasileira nas reuniões pedagógica e extraordinária;
♦ Elaboração de proposta para o momento privilegiado de reflexão coletiva;
♦ Repassar as orientações recebidas do NRE;
♦ Troca mútua de informações e sugestões, ampliando conhecimentos,
estimulando,
a criatividade.
♦ Fazer trabalho de conscientização dos pais sobre a importância do
acompanhamento da vida escolar de seu filho.
♦ Valorizar a diversidade cultural do aluno (cultura do campo).
♦ Trabalhar os valores e a auto-estima dos alunos através de palestras, vídeos,
projetos interdisciplinares, esporte, maratonas culturais, apresentação das datas
comemorativas, festas (dia do estudante, junina, do milho)
♦ Incentivar a participação no ENEM, vestibulares.
9.3 - Quanto à formação continuada:
♦ Favorecer o estudo de documentos (leis, deliberações, instruções, pareceres, etc.)
dos vários profissionais da educação, de forma a subsidiá-los na sua prática
profissional;
♦ Propiciar momentos para grupos de estudo entre os vários profissionais da
educação;
♦ Levantamento de propostas para a melhoria da qualidade de ensino;
♦ Estimular os professores na elaboração de projetos interdisciplinares, que
contemplem o Programa de Prevenção e Promoção da Vida (Educativa
Preventiva), Cultura da Paz e Temas sociais contemporâneos;
♦ Incentivar e favorecer a participação dos vários profissionais em cursos de
Capacitação ofertados pela SEED e NRE;
30
9.4 - Quanto à qualificação e manutenção dos equipamentos e dos espaços da escola:
♦ Buscar estratégias objetivando soluções para a melhoria do aspecto físico;
♦ Compra de materiais pedagógicos;
♦ Manutenção adequada dos equipamentos em geral, e especialmente do
laboratório de informática e computadores em rede;
9.5 - Quanto a hora atividade
♦ O cumprimento da hora-atividade é de acordo com a Instrução Nº02/2004-
SEED, adequando-se a realidade da escola.
♦ Organizada de acordo com a realidade do Colégio atendendo as necessidades
dos professores que na sua maioria são de outras cidades. Cumprida no horário
de aulas ou em dia específico, mas no horário de aula do professor. A equipe
pedagógica e a direção dão assessoramento aos professores ajudado a sanar as
dúvidas ou problemas com a aprendizagem do aluno. Neste momento os
professores utilizam para preparar ou corrigir provas, trabalhos, atende os pais,
lêem jornal, revista, documentos, agendam vídeo, DVD, fazem pesquisa na
biblioteca, revêem as metodologias, avaliações, trocam experiências
pedagógicas.
9.6 - Quanto a inclusão
♦ A inclusão educacional para efetivar precisa do suporte da Educação Especial. E
o colégio oferta Sala de Recursos do 6º ao 9º ano na área da deficiência mental,
distúrbios de aprendizagem e condutas típicas no período matutino. Procura
sempre respeitar as diferenças individuais dos alunos, assegurando o direito à
igualdade. O processo de inclusão educacional exige planejamento e mudanças
que permita ao aluno a sua integração educacional, social e emocionalmente
com seus colegas e professores e o conhecimento. O atendimento é feito em
grupos de no máximo 10 (dez) alunos
♦ ou até mesmo individual, dependendo da necessidade de cada um, os mesmos
freqüentam duas ou três vezes na semana com duração no máximo de duas
horas. A sala de recurso tem um cronograma de atendimento de segunda-feira,
terça–feira, quinta–feira, sexta–feira, sendo a primeira aula hora atividade da
professora; o primeiro horário 8:05 às 9:45; segundo horário 9:55 às 11:35. 31
Estão sendo atendidos 21 alunos, sendo que no máximo é de 30 alunos para cada
turma.
9.7 - Quanto à qualidade na perspectiva da aprendizagem para todos os alunos:
♦ Auxiliar o trabalho pedagógico, visando a melhoria da aprendizagem através da
flexibilização curricular e de avaliação;
♦ Participar e assessorar o Conselho de Classe, analisando-o no contexto da
Avaliação Escolar;
♦ Reconhecer a importância do Conselho de Classe para a melhoria da
aprendizagem e do comportamento dos alunos, e desempenho docente no
decorrer do processo educativo;
♦ Desenvolver o gosto pela cultura popular e universal através de apresentações
artísticas, feiras culturais, visitas, palestras, cinema, leitura;
♦ Analisar os aspectos cognitivos, afetivos e intelectuais dos alunos visando a
Inclusão Educacional da pessoa com deficiência e alunos com dificuldades de
aprendizagem e/ou limitações de qualquer ordem;
♦ Buscar melhor entrosamento entre alunos, pais, professores, equipes pedagógica
e técnico-administrativa e serviços gerais através do diálogo constante e troca de
experiências;
♦ Articular a discussão dos avanços e/ou dificuldades dos alunos no Conselho de
Classe, organizando atividades preventivas e adaptações avaliativas;
♦ Organizar campeonatos, gincanas, atividade extraclasse de ordem recreativa e de
lazer nas datas comemorativas e outras pré-estabelecidas.
9.8 - Quanto ao aluno trabalhador:
♦ A escola solicita uma declaração de trabalho e permite a entrada do aluno na
segunda aula, procurando dar um atendimento diferenciado pelos professores ,
equipe pedagógica e direção.
9.9 - Quanto à avaliação institucional:
♦ Será realizada de forma coletiva com a participação de todos os segmentos
representativos da escola. Acontecerá nos dias destinados ao planejamento,
quando será feita uma reflexão sobre os pontos positivos e negativos, sugerindo
mudanças, procurando adequá-las a nossa realidade.
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♦ Estarão envolvidos os agentes educacionais I e II, professores, pais e alunos
sempre revendo o que foi combinado e procurando melhorar.
♦ Em termo de participação foram poucos alunos que fizeram, mas o desempenho
dos que participaram foi bom. É preciso incentivar e conscientizar mais os
alunos sobre a importância da sua participação e das vantagens proporcionadas
pelo ENEM. Na prova Brasil tanto português quanto matemática está dentro da
média nacional, mas abaixo da média estadual.
♦ Linha de ação
9.10 - Quanto ao enfrentamento à Evasão Escolar:
♦ Opção pelo Ensino Médio por Bloco, para diminuição da evasão escolar no
período noturno.
♦ Acompanhamento dos alunos faltosos. Projeto FICA.
A partir do ano letivo de 2009, o colégio passou a ofertar o CELEM
(Centro de Línguas Estrangeiras Modernas) de língua espanhola, como um ensino
extracurricular, plurilinguista e gratuito para alunos da Rede Estadual Básica,
matriculados no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, Educação
Profissional e Educação de Jovens e Adultos. Sendo também extensivo à comunidade,
professores e agentes educacionais.
O CELEM é regulamentado pela Resolução Nº3904/2008 e pela
Instrução Normativa Nº019/2008, além de ser subordinado às determinações do Projeto
Político Pedagógico e do Regimento Escolar.
Anexo a este PPP segue a Proposta Pedagógica do CELEM.
10 - ÓRGÃOS COLEGIADOS
10.1 - APMF
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A APMF é uma associação que ajuda a manter a Escola, ela
representa pais, professores e os funcionários e tem como função gerenciar recursos
como: PDDE, convênios, promoções, fundo rotativo e colabora nas atividades sociais.
Esta associação serve de interação entre a escola e comunidade
auxiliando na manutenção, aquisição de materiais, pedagógicos e outros. A inclusão dos
Funcionários na APMF, é de suma importância, uma vez que eles contribuem e dão
sugestões à comunidade escolar para o sucesso de cada evento.
10.2 – CONSELHO DE CLASSE
É um órgão colegiado composto pelos sujeitos diretamente envolvidos
no processo pedagógico escolar, sendo a participação desta direta e integrada,
organizadas de forma interdisciplinar e com atenção na avaliação do processo ensino-
aprendizagem.
Deverá analisar as ações educacionais indicando alternativas que
busquem garantir a efetivação do processo de ensino e aprendizagem.
O Conselho de Classe será organizado de forma que garanta a
reflexão, análise e tomada de decisões a respeito das praticas pedagógicas, e assegure a
efetivação do projeto Político – Pedagógico.
Serão organizados na escola espaços coletivos de discussão, reflexão e
estudo sobre as práticas pedagógicas escolares, de modo que todos os educadores
participem de maneira democrática e construtiva. É de responsabilidade de a equipe
pedagógica organizar as informações e dados coletados a serem analisados.
A turma é analisada como um todo, depois aluno por aluno, discute-se
os problemas apresentados sobre disciplina, aprendizagem, freqüência, doença, licença
maternidade, atestado médico, declaração de trabalho. Quando necessário é
encaminhado para avaliação para sala de recurso, ou recebe atendimento diversificado
por parte dos professores.
34
Quanto aos problemas de disciplina é feito a convocação dos
responsáveis para que fiquem ciente da situação: Também são realizadas reuniões com
os pais especificamente para tratar deste fim quando se tratar da turma inteiras fazer
intervenção em tempo hábil no processo de ensino aprendizagem.
Estabelecer critérios de avaliação. Elaborar fichas de auto avaliação
para os alunos pré-conselhos e pós-conselho. Se for o caso o aluno é encaminhado para
a sala de apoio, recurso ou o professor trabalha de maneira diferenciada na sala de aula.
Sempre que houver necessidade o pai é convocado para comparecer a escola para se
interar da situação do filho. Também é vista a disciplina que a turma tem mais notas
baixas.
10.3 – CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,
consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho
pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a
legislação educacional vigente e orientações da Secretaria de Estado da Educação.
O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade
escolar e representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos com a
educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato, o(a)
diretor(a) escolar.
A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos
profissionais da educação atuantes no estabelecimento de ensino, alunos devidamente
matriculados e freqüentando regularmente, pais e /ou responsáveis pelo aluno.
A participação dos representantes dos movimentos sociais
organizados, presentes na comunidade, não ultrapassará 1/5 (um quinto) do colegiado.
O Conselho Escolar poderá eleger seu vice-presidente dentre os
membros que o compõem, maiores de 18 (dezoito) anos.
O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e
acompanhar e efetivação do Projeto-Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.
35
Os representantes são escolhidos entre seus pares, mediante processo
eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a representatividade dos níveis e
modalidade de ensino. As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e
suplentes, realizar-se-á em reunião de cada segmento convocada para esse fim, para um
mandato de 2 (dois) anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva.
O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade
e da proporcionalidade é constituído pelos seguintes conselheiros:
I. diretor(a);
II. representante da equipe pedagógica;
III. representante da equipe docente;
IV. representante da equipe-técnico-administrativa;
V. representante da equipe auxiliar operacional;
VI. representante dos discentes;
VII. representante dos pais ou responsáveis pelo aluno;
VIII. representante do Grêmio Estudantil;
IX. representante dos movimentos sociais organizados da comunidade
APMF(Associação de Pais, Mestres e Funcionários) Associação de Moradores, Igrejas,
Unidades de Saúde, etc).
O Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, aprovado por 2/3
(dois terços) de seus integrantes.
10.4 - ALUNOS REPRESENTANTE DE TURMA
36
No início do ano letivo é escolhido o aluno representante de turma. A
escolha é feita de maneira democrática, através do voto dos alunos da turma.
O aluno representante tem a função de representar a sua turma em
qualquer ocasião, sendo o elo entre os alunos e a direção. Este aluno tem o direito de
sugerir e propor soluções para os problemas escolares. Ele é um aliado dos professores
que sempre podem contar com sua ajuda.
11 - PLANO DE AÇÃO
AÇÕES COMO PREVISÃO PESSOAS ENVOLVIDAS
Repasse de informações referente a organização escolar , administrativa e pedagógicas.
Reunião de pais Início do ano letivo Direção, professores e equipe pedagógica
Entrega de notas e discussão do rendimento escolar.
Reunião de pais Final de cada bimestre
Direção, equipe pedagógica, professores e pais
Comemoração de datas especiais.
Apresentações, desfiles cívicos e projetos extracurriculares
No decorrer do ano letivo
Toda comunidade escolar
Acompanhamento da freqüência e rendimento escolar
Através de dados e gráficos, obtidos a partir dos Conselhos de Classe.Projeto Fica
No decorrer do ano letivo
Agente Educacional II, professores e equipe pedagógica.
Melhoria dos recursos didáticos e pedagógicos
Manutenção e aquisição de novos materiais
Inicio do ano letivo ou conforme a necessidade
A Direção
12 – REFERÊNCIAS
VERDE, Yvelise F. de Souza Arco, Tempos e Mudanças na Prática Docente- Hora
Atividade
DALBEN, Ângela I. L. de Freitas- O que é Conselho de Classe e Avaliação
37
GANDIN, D. – O planejamento e suas questões básicas
FREIRE, Paulo- Pedagogia da autonomia
KRAMER, Sônia- O que é básico na escola básica?
LUCKESI, Cipriano C. - Verificação ou avaliação: o que pratica a escola?
L.D.B. 9394/96
PROTA, Leonardo- Processo Ensino-Aprendizagem- Pontos para reflexão
SAVIANI, D.- Sentido da pedagogia e o papel do pedagogo
SEVERINO, Antônio Joaquim. O Projeto Político Pedagógico- a saída para a escola
CADEP, Textos produzidos pelas equipes dos NRES-Curitiba -2004
ARROYO, Miguel G. Indagações sobre currículo: Educando e educadores:Seus
direitos e o currículo.
GONZÁLES, Miguel G. O Currículo frente aos desafios educacionais
contemporâneos.
GODINHO, Rociney Aparecida de L. P. e Elaine Cleide da Silva. Conselho de classe
participativo: Resistências e rupturas.
CGE/SEED – Perfazendo o caminho do currículo.
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da Serra - Paraná
38
DOCENTES: FRANCISCA DAS DORES BERTANHA
ADINEZ DE JESUS ZANLORENZI
ROSANGELA DE OLIVEIRA DOS SANTOS
CLEUZA APARECIDA DOS SANTOS CORDEIRO
Mauá da Serra
2012
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
39
Para a sistematização do Ensino de Arte que visa construir uma proposta
de ensino para que o aluno das escolas públicas do Paraná considera-se necessária uma
reflexão a respeito da dimensão histórica dessa disciplina.
Durante o período colonial, incluindo onde hoje é o Estado do Paraná
ocorreu nas vilas e reduções jesuíticas a primeira forma registrada de Arte na Educação.
A Congregação Católica denominada Companhia de Jesus veio ao Brasil e desenvolveu
uma educação de tradição religiosa, para grupos de origem portuguesa, indígena e
africana.
Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250
anos, de 1500 a 1759 e foi importante, pois influenciou na construção da matriz cultural
brasileira. Essa influencia manifesta-se na cultura popular paranaense, como por
exemplo, na música caipira em sua forma de contar e tocar a vida (guitarra espanhola),
no folclore, com as cavalhadas em Guarapuava: a folia de reis no Litoral e Segundo
Planalto; as congadas da Lapa, entre outros, que permanecem com algumas variações.
Em 1808 com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, fugindo
da invasão de Napoleão Bonaparte, inicia-se uma série de obras e ações para acomodar,
em termos materiais e culturais, a corte portuguesa.
Entre essas ações destacam-se a chegada ao Brasil de um grupo de
artistas franceses encarregado da Academia de Belas–Artes, na qual os alunos poderiam
aprender as artes e ofícios artísticos. Esse grupo ficou conhecido como missão francesa
e obedecia ao estilo neoclássico, fundamentado no culto á beleza clássica, centrando os
exercícios na cópia e reprodução de obras consagradas, que caracterizava a pedagogia
da escola tradicional. Esse padrão estético entre o conflito com a arte colonial de
características brasileira, como o Barroco na Arquitetura, escultura, talhe e pintura
presentes nas obras de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho), na musica do Padre
José Maurício e em outros artistas em sua maioria de origem humilde e mestiça, que
não recebiam uma proteção remunerada como estrangeiros.
Nesse contexto surge a primeira reforma educacional do Brasil Republica
em 1890. Entre conflitos de ideias positivistas e liberais, os positivistas inspirados em
Augusto Conte, valorizavam em Arte, o ensino do desenho geométrico, como forma de
desenvolver a mente para o pensamento científico e os liberais inspirados nas ideias de
40
Spencer e Walter Smithita, que se baseavam no desenvolvimento econômico e
industrial, estava preocupada com a preparação do trabalhador. Benjamim Constante,
responsável pelo texto da Reforma, direcionava o ensino novamente para a valorização
da ciência e da geometria, propagando o ideário positivista no Brasil.
O direcionamento de políticas educacionais, centrados no atendimento à
produção e ao mercado de trabalho tem sido uma constante na educação quando ao
modo de produção determina as formas de organização curricular. Em alguns momentos
de nossa historia essa concepção de ensino esteve pressente, como no período do
Governo de Getúlio Vargas (1930 a 1945) com a generalização do ensino
profissionalizante nas escolas publicas; na ditadura militar (1964 a 1985) com o
direcionamento ás habilidades e técnicas; e na segunda metade dos anos 90 com a
pedagogia das competências e habilidades que fundamentam os Parâmetros Curriculares
Nacionais.
Um marco importante para a arte brasileira e os movimentos
nacionalistas foi a Semana da Arte Moderna de 1922, que influenciou artistas
brasileiros, por exemplo, os modernistas Anita
Malfatt e Mario de Andrade que valorizavam a expressão individual e rompiam os
modos de representação realistas. Esses direcionavam seus trabalhos para a pesquisa e
produção de obras a partir das raízes nacionais.
Em contraposição todas as formas anteriores do ensino que impunham
modelos que não correspondiam á cultura dos alunos, como a arte medieval e
renascentista dos jesuítas sobre a arte indígena ou da cultura neoclássica da Missão
Francesa sobre uma arte colonial e Barroca com características brasileiras, procurou-se
a valorização da cultura nacional, expressa na educação pela Escola Nova que postulava
métodos de ensino em que a liberdade de expressão do aluno era priorizado.
Esse movimento valorizava a cultura do povo, pois entendia que, toda a
Historia dos povos que habitaram o território onde é o Brasil, sempre ocorreram
manifestações artísticas. Considerava que a partir do processo de colonização, a arte
indígena, a arte medieval e renascentista européia e a arte africana (cada uma com suas
especificidades) constituíram-se na matriz da cultura brasileira.
41
Nesse contexto, o ensino de Arte teve enfoque na expressividade,
espontaneidade e criatividade; pensada inicialmente para as crianças, essa concepção foi
gradativamente incorporada para o ensino de outras faixas etárias. Essa valorização da
arte encontrou espaço na pedagogia da escola Nova, fundamentação livre expressão de
formas, na genialidade individual, inspiração e sensibilidade, desfocando o
conhecimento em Arte e Procurando romper com a transposição mecanicista de padrões
estéticos da Escola Tradicional.
O ensino de música tornou-se obrigatório nas escolas, com a nomeação
do compositor Heitor Villa Lobo como superintendente de Educação Musical e
Artística durante todo o período do governo de Getúlio Vargas. O ensino de música,
contemplando a sua teoria e o canto orfeônico, davam ênfase a uma política de
homogeneização do pensamento social, com o objetivo de criar uma identidade
nacional. A música foi muito difundida nas escolas e conservatórios e os professores
trabalhavam com o canto orfeônico, ensino dos hinos, canto coral, promovendo
apresentações para grandes públicos.
No Paraná, observam-se reflexos desses processos pelos quais passou o
ensino de Arte até tornar-se disciplina obrigatória. Esses processos acentuam-se a partir
do final do século XIX com o movimento imigratório. Os artistas imigrantes trouxeram
novas ideias e experiências culturais diferentes, entre elas à aplicação da arte aos
produtivos e da arte como expressão individual.
A Escola de Belas Artes e Indústria foi criada em Curitiba em 1886 por
Antônio Mariano de Lima que desempenhou um papel importante no desenvolvimento
das artes plásticas e da música na cidade, impulsionando a fundação da futura
Universidade federal (UFPR), em 1913 por Vitor Ferreira do Amaral e da Escola de
música e Belas Artes do Paraná (EMBAP) em 1948.
Em 1997 Cavalcante contribuiu significa mente para o ensino de Arte ao
participar da criação do Departamento de Educação Artística da Secretaria de Educação
e cultura do Estado do Paraná propondo a instituição de clubes infantis de cultura e a
assistência técnica ás escolas primaria. Participou também da concepção da Escola de
Arte na educação básica do Paraná em 1957. No Colégio Estadual do Paraná (CEP),
com o ensino de Artes Plásticas teatro e música, que já era ministrada como Canto
Orfeônico pelo maestro bento Surunganga, desde 1947, com o passar do tempo essas 42
atividades foram incorporadas ás classes integrais e implantadas nos calendários
escolares do Colégio Estadual do Paraná, onde permanecem ate os dias atuais.
A partir dos anos 60 as produções e movimentos artísticos se
intensificaram: na Arte plástica com as Bienais e os movimentos contrários a ela;na
musica como a Bossa nova e os festivais; no teatro com o teatro de rua, teatro oficina e
o teatro de arena de Augusto Boal e no cinema com o cinema novo de Gláuber Rocha.
Esses movimentos tiveram um forte caráter ideológico, propunha uma nova realidade
social e gradativamente deixara de acontecer com o endurecimento do regime militar.
Contraditoriamente, nesse momento de repressão política e cultural o
ensino de Arte torna-se obrigatório. Com uma concepção centrada nas habilidades e
técnicas, minimizando o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da Arte.
Cabia então ao professor trabalhar com o aluno o domínio dos materiais
que seriam utilizados na sua expressão.
A partir de 1980, o país inicia um amplo processo de mobilização social
pela redemocratização e para a Nova Constituinte de 1988. Com o objetivo de sustentar
esse processo, os movimentos sociais diversos grupos se organizam em todo o país e
realizam encontros passeatas e eventos que promoveriam a discussão a troca de
experiência e a elaboração de estratégias de mobilização.
Em 1988 na prefeitura de Curitiba, é elaborado em 1990 o Currículo
Básico para a escola publica do Paraná no ensino de 1º e 2º graus. Esse documento teve
na pedagogia Histórica - critico o seu principio norteador e intencionada fazer da escola
um instrumento que contribuísse para a transformação social. Nesse currículo, o ensino
de Arte retoma o seu caráter artístico e estético visando à formação do aluno pela
humanização do sentido, pelo saber estético e pelo trabalho artístico.
Após quatro anos de trabalho de implementação desse currículo com
professores da rede publica do Paraná, esse processo foi interrompido em 1995 pela
mudança das políticas educacionais, com outras bases teóricas. Apesar de ainda vigente
por resolução do conselho Estadual, o currículo Básico foi aos poucos, abandonado nas
escolas pela imposição dos Parâmetros Curriculares nacionais (P C N s). Publicados no
período de 1997 a1999 e encaminhados diretamente para as residências dos professores
e às escolas.43
Durante o período de 2003 a 2006 são realizadas diversas ações do
governo do Estado do Paraná que valorizam o ensino de Arte, dentre as quais,
destacam-se o estabelecimento de uma carga horária mínima de duas aulas semanais de
Arte durante todas as série do Ensino Fundamental e de duas a quatro aulas semanais
distribuídas durante o Ensino Médio; a constituição do quadro próprio de professores
licenciados em Arte por concurso publico; a aquisição de livros de musica, teatro, arte
visuais e a dança para a biblioteca do professor de cada estabelecimento de ensino ; a
elaboração de material didático e a criação de projetos integradores como o Fera-
Festival de Arte da Rede Estudantil, e como as ciências, entre outros.
Apoiada nas ações realizadas no decorrer desse processo históricos
recente e na busca de efetivar uma transformação no ensino de Arte, essa disciplina
ainda exige reflexões que contemplem a Arte como área do conhecimento e não
meramente como meio para o destaque de dons inatos, sendo até mesmo utilizada
equivocadamente, em alguns momentos , como pratica de entretenimento e terapia. O
ensino de Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa também a se
preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação.
A arte é conhecimento. Ela constitui uma necessidade do homem. È
alfabetizadora revelando os símbolos presentes nas imagens, nos sons e nos
movimentos característicos dessa era.
A arte tem de ser entendida e percebida em sua globalidade. Devemos
trabalhar com a essência do ser humano, em que o sensível e o reflexivo atuam e
interagem com as mesmas propriedades, por meio da Educação Artística e da estética. A
arte permite a expressividade de sentimentos, idéias e informações, interferindo no
processo de aprendizagem de todas as disciplinas.
A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico.
Possibilita um leitor de mundo mais crítico e eficiente nos seus posicionamentos e
tomada de atitude, bem como num novo agente da produção cultura.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude,
conceitos que se constituem em fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas 44
de Arte. Os conteúdos estruturantes são apresentados separadamente para um melhor
entendimento dos mesmos, no entanto, metodologicamente devem ser trabalhados de
forma articulada e indissociada um do outro.
Os conteúdos estruturantes da disciplina são:
• elementos formais;
• composição;
• movimentos e períodos.
ELEMENTOS FORMAIS
No conteúdo estruturante elementos formais, o sentido da palavra formal
está relacionado à forma propriamente dita, ou seja, aos recursos empregados numa
obra. São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza; são
matéria-prima para a produção artística e o conhecimento em arte. Esses elementos são
usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em cada uma delas; na
Música, nas Artes Visuais, no Teatro e na Dança.
No processo pedagógico, o professor de Arte deve aprofundar o
conhecimento dos elementos formais da sua área de habilitação e estabelecer articulação
com as outras áreas por intermédio dos conteúdos estruturantes.
COMPOSIÇÃO
Composição é o processo de organização e desdobramento dos elementos
formais que constituem uma produção artística.
Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos de composição
de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas visuais, teatrais, musicais
ou da dança, na imensa variedade de técnicas e estilos.
MOVIMENTOS E PERÍODOS
45
O conteúdo estruturante movimentos e períodos se caracterizam pelo
contexto histórico relacionado ao conhecimento em Arte. Esse conteúdo revela aspectos
sociais, culturais e econômicos presentes numa composição artística e explicita as
relações internas ou externas de um movimento artístico em suas especificidades,
gêneros, estilos e correntes artísticas.
Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são
interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses conteúdos
deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais, organizados por meio da
técnica, do estilo e do conhecimento em arte, constituirão a composição que se
materializa como obra de arte nos diferentes movimentos e períodos.
De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é
“contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais”. Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação
(Capítulo I, art.8º), a avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do
aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno
e sua participação nas atividades realizadas”.
O método de avaliação proposto nestas Diretrizes inclui observação e
registro do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na
apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno
soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas
discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar seus
registros de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, com
oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
46
FORMAIS PERÍODOS
ARTES
VISUAIS
- Ponto
- Linha
- Superfície
- Textura
- Volume
- Luz
- Cor
- Figurativa
- Abstrata
- Figura-fundo
- Bidimensional
- Tridimensional
- Semelhanças
- Contrastes
- Ritmo visual
Gêneros: -Paisagem,
retrato, natureza-morta...
Técnicas:
Pintura,
gravura,
escultura, arquitetura,
fotografia,
vídeo...
Arte Pré-histórica,
Arte no Antigo Egito,
Arte Greco- Romana,
Arte Pré-Colombiana,
Arte Oriental,
Arte Africana,
Arte Medieval,
Arte Bizantina,
Arte Românica,
Arte Gótica,
Renascimento,
Barroco,
Neoclassicismo,
Romantismo,
Realismo,
Impressionismo,
Expressionismo,
Fauvismo,
Cubismo,
Abstracionismo,
Dadaísmo,
47
Construtivismo,
Surrealismo,
Op-art,
Pop-art,
Arte Naïf,
Vanguardas artísticas,
Arte Popular,
Arte Indígena,
Arte Brasileira,
Arte Paranaense,
Indústria Cultural,
Arte Latino- Americana,
Muralismo...
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
48
MÚSICA
- Altura
- Duração
- Timbre
- Intensidade
- Densidade
- Ritmo
- Melodia
- Harmonia
- Tonal
- Modal
- Contemporânea
- Escalas
- Sonoplastia
- Estrutura
Gêneros: erudita,
folclórica...
Técnicas:
instrumental,
vocal,
mista, improvisação...
- Arte Greco-Romana,
- Arte Oriental,
- Arte Africana,
- Arte Medieval,
- Renascimento,
- Rap, Tecno,
- Barroco,
- Classicismo,
- Romantismo,
- Vanguardas Artísticas,
Arte Engajada,
- Música Serial,
- Música Eletrônica,
- Música Minimalista,
- Música Popular Brasileira,
- Arte Popular,
- Arte Indígena,
- Arte Brasileira,
- Arte Paranaense,
- Indústria Cultural,
- Word Music,
49
- Arte Latino-Americana.
50
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
TEATRO
- Personagem
(expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais)
- Ação
- Espaço
Representação
Texto Dramático
Dramaturgia
Roteiro
Espaço Cênico,
Sonoplastia, iluminação,
cenografia, figurino,
adereços, máscara,
caracterização e
maquiagem
Gêneros:
Tragédia, Comédia,
Drama, Épico, Rua, etc.
Técnicas:
jogos teatrais,
enredo,
Teatro direto,
Teatro indireto
Arte GrecoRomana, Arte
Oriental,
Arte Africana,
Arte Medieval,
Renascimento, Barroco,
Neoclassicismo,
Romantismo, Realismo,
Expressionismo,
Vanguardas Artísticas,
Teatro Dialético, Teatro do
Oprimido, Teatro Pobre,
Teatro Essencial, Teatro do
Absurdo, Arte Engajada,
Arte Popular,
Arte Indígena,
Arte Brasileira,
Arte Paranaense, Indústria
Cultural,
51
(manipulação, bonecos,
sombras...),
improvisação,
monólogo,
jogos dramáticos,
direção,
produção...
Arte Latino-Americana
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
52
ELEMENTOOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
DANÇA - Movimento
Corporal
- Tempo
- Espaço
- Eixo
- Dinâmica
- Aceleração
- Ponto de apoio
- Salto e queda
- Rotação
- Formação
- Deslocamento
- Sonoplastia
- Coreografia
Gêneros: folclóricas,
de salão,
étnica...
Técnicas: improvisação,
coreografia...
- Arte Pré-Histórica, -- - Arte
Greco-Romana,
- Arte Oriental,
- Arte Africana,
- Arte Medieval,
- Renascimento,
-Barroco,
- Neoclassicismo,
- Romantismo,
- Expressionismo,
- Vanguardas
- Artísticas,
- Arte Popular,
- Arte Indígena,
- Arte Brasileira,
- Arte Paranaense,
- Dança Circular,
- Indústria Cultural,
- Dança Clássica,
- Dança Moderna,
- Dança Comtem- rânea,
53
- Hip Hop,
- Arte Latino-Americana...
54
6º ANO - ÁREA MÚSICA
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas: diatônica pentatônica
Cromática
Improvisação
Greco-Romana
Oriental
Ocidental
Africana
6º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Figurativa
Geométrica, simetria
Técnicas: Pintura, escultura,
arquitetura...
Gêneros: cenas da mitologia...
Arte Greco- Romana
Arte Africana
Arte Oriental
Arte Pré-Histórica
6º ANO - TEATRO
55
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Personagem:
Expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Enredo, roteiro.
Espaço Cênico, adereços
Técnicas: jogos teatrais, teatro
indireto e direto, improvisação,
manipulação, máscara...
Gênero: Tragédia, Comédia e
Circo.
Greco-Romana
Teatro Oriental
Teatro Medieval
Renascimento
6º ANO - DANÇA
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Eixo
Ponto de Apoio
Movimentos articulares
Fluxo (livre e interrompido)
Rápido e lento
Formação
Níveis (alto, médio e baixo)
Deslocamento (direto e
indireto)
Dimensões (pequeno e grande)
Pré-história
Greco-Romana
Renascimento
Dança Clássica
56
Técnica: Improvisação
Gênero: Circular
7º ANO - ÁREA MÚSICA
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros: folclórico, indígena,
popular e étnico
Técnicas: vocal, instrumental e
mista
Improvisação
Música popular e étnica (ocidental e
oriental)
7º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Ponto
57
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Abstrata
Perspectiva
Técnicas: Pintura, escultura,
modelagem, gravura...
Gêneros: Paisagem, retrato,
natureza morta...
Arte Indígena
Arte Popular
Brasileira e Paranaense
Renascimento
Barroco
7º ANO - ÁREA TEATRO
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Personagem:
expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Representação,
Leitura dramática,
Cenografia.
Técnicas: jogos teatrais,
mímica, improvisação, formas
animadas...
Gêneros: Rua e arena,
Caracterização
Comédia dell’ arte
Teatro Popular
Brasileiro e Paranaense
Teatro Africano
7º ANO - ÁREA DANÇA
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Ponto de Apoio
58
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso (leve e pesado)
Fluxo (livre, interrompido e
conduzido)
Lento, rápido e moderado
Niveis (alto, médio e baixo)
Formação
Direção
Gênero: Folclórica, popular e
étnica.
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
8º ANO - ÁREA MÚSICA
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
59
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a fusão de
ambos.
Técnicas: vocal, instrumental e
mista
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
8º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Estilização
Deformação
Técnicas: desenho,
fotografia, audio-visual e
mista...
Indústria Cultural
Arte no Séc. XX
Arte Contemporânea
8º ANO ÁREA TEATRO
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS60
FORMAIS
Personagem:
expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Representação no Cinema e
Mídias
Texto dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos teatrais,
sombra, adaptação cênica...
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
8º ANO - ÁREA DANÇA
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Giro
Rolamento
Saltos
Aceleração e desaceleração
Direções (frente, atrás, direita e
esquerda)
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
61
Gênero: Indústria Cultural e
espetáculo...
9º ANO - ÁREA MÚSICA
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas: vocal, instrumental e
mista
Gêneros: popular, folclórico e
étnico.
Música Engajada
Música Popular Brasileira.
Música Contemporânea
9º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Linha
Forma
Textura
Bidimensional
Tridimensional
Figura-fundo
Realismo
Vanguardas
Muralismo e Arte
62
Superfície
Volume
Cor
Luz
Ritmo Visual
Técnica: Pintura, grafitte,
performance...
Gêneros: Paisagem urbana,
cenas do cotidiano...
Latino-Americana
Hip Hop
9º ANO - ÁREA TEATRO
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Personagem:
expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos
teatrais, direção, ensaio,
Teatro-Fórum...
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino.
Teatro Engajado
Teatro do
Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do Absurdo
Vanguardas
9º ANO - ÁREA DANÇA
63
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
64
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Ponto de Apoio
Peso
Fluxo
Quedas
Saltos
Giros
Rolamentos
Extensão (perto e longe)
Coreografia
Deslocamento
Gênero: Performance e
moderna.
Vanguardas
Dança Moderna
Dança Contemporânea
ENSINO MÉDIO - ÁREA MÚSICA
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Escalas
Modal, Tonal e fusão de ambos.
Música Popular Brasileira
Paranaense
Popular
Indústria Cultural
Engajada
65
Gêneros: erudito, clássico,
popular, étnico, folclórico,
Pop ...
Técnicas: vocal, instrumental,
eletrônica, informática e mista
Improvisação
Vanguarda
Ocidental
Oriental
Africana
Latino-Americana
ENSINO MÉDIO - ÁREA ARTES VISUAIS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura e fundo
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Simetria
Deformação
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Popular
Arte de Vanguarda
Indústria Cultural
Arte Contemporânea
Arte Latino- Americana
66
Estilização
Técnica: Pintura, desenho,
modelagem, instalação
performance, fotografia, gravura
e esculturas, arquitetura, história
em quadrinhos...
Gêneros: paisagem, natureza-
morta, Cenas do Cotidiano,
Histórica, Religiosa, da
Mitologia...
ENSINO MÉDIO - ÁREA TEATRO
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Personagem:
expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais
Técnicas: jogos teatrais, teatro
direto e indireto, mímica,
ensaio, Teatro-Fórum
Roteiro
Encenação e leitura dramática
Gêneros: Tragédia, Comédia,
Drama e Épico
Dramaturgia
Teatro Greco- Romano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro Popular
Indústria Cultural
Teatro Engajado
67
Ação
Espaço
Representação nas mídias
Caracterização
Cenografia,
sonoplastia, figurino e
iluminação
Direção
Produção
Teatro Dialético
Teatro Essencial
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro de Vanguarda
Teatro Renascentista
Teatro Latino- Americano
Teatro Realista
Teatro Simbolista
ENSINO MÉDIO - ÁREA DANÇA
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Kinesfera
Fluxo
Peso
Eixo
Salto e Queda
Giro
Rolamento
Movimentos articulares
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Renascimento
68
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Lento, rápido e mo-derado
Aceleração e desace-leração
Níveis
Deslocamento
Direções
Planos
Improvisação
Coreografia
Gêneros: Espetáculo, industria
cultural, étnica, folclórica,
populares e salão.
Dança Clássica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Indústria Cultural Dança Moderna
Vanguardas
Dança Contemporânea
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Na metodologia, precisamos direcionar o pensamento o método a ser
aplicado: Para quem? Como? Por quê? O que? O trabalho em sala de aula deve-se
pautar pela relação que o ser humano tem com a Arte, essa relação é de produzir arte
desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras artísticas.
No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. Desta forma
devemos contemplar, na metodologia do Ensino da Arte, três momentos da organização
pedagógica: o sentido e o perceber, que são formas de apreciação e apropriação; o
trabalho artístico é a prática criativa; o conhecimento, que fundamenta e possibilita ao
aluno um sentir/perceber e um trabalho artístico mais sistematizado, de modo a
direcionar o aluno á formação de conceitos artísticos.
O ensino da arte será abordado tendo como princípio à compreensão da
arte , no sentido mais amplo do termo, como sendo o estudo da geração, da organização 69
e da interpretação de signos verbais e não verbais. Busca-se para tanto, a apropriação da
concepção de linguagem de Bakhtin que afirma que a mesma é condição fundante no
processo de conhecimento do mundo e, ainda, que a constituição dos sujeitos se dá nas
interações sociais, nas quais, sujeito e linguagem constituem-se mutuamente. De acordo
com Bakhtin os signos se transformam e, como consequência, transforma a linguagem.
Os signos possuem caráter sócio-ideológico e encontra-se em constantes mudanças
(Bakhtin, 2002)
A arte não é uma produção fragmentada ou fruto de modelos aleatórios
ou apartados do contexto social nem tampouco mera contemplação; é sim, uma área de
conhecimento que interage nas diferentes instâncias educacionais, culturais, políticas e
econômicas, pois os sujeitos são construções históricas que influem e é influenciado
pelo pensar, fazer e fluir a arte.
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental é que começa o processo de
aproximação do aluno com o universo artístico, sob a forma de aprendizagem
sistemática. É papel da escola como espaço socializador do conhecimento, possibilitar e
ampliar as oportunidades para essas experiências estéticas.
Essa forma de desenvolver o ensino de arte voltada aos alunos dos anos
iniciais tem a probabilidade de superar as práticas que reforçam as super especializações
da aprendizagem de arte, que reduzem as aulas práticas de exploração de materiais ou
reprodução do que já existe. A substituição artística pela reprodução e consumo das
mesmas limita as possibilidades de expressão do aluno.
Em relação aos anos finais do Ensino Fundamental, o ensino da arte toma
a dimensão de aprofundamento na exploração artística, no reconhecimento dos
conceitos e elementos comuns presentes nas diversas representações culturais.
Dessa maneira, o professor pode criar condições de aprendizagem para o
aluno, ampliando as possibilidades de análise das linguagens artísticas, a partir da ideia
de que as mesmas são constituídas de produções culturais, isto é, produção de uma
cultura em um determinado contexto histórico. Em suas aulas, o professor poderá
explicitar através das manifestações/produções artísticas, elementos que identificam
determinadas sociedades e de forma se deu artisticamente, a estilização de seus
pensamentos e ações.
70
As manifestações e produções através de elementos básicos, contidos em
cada linguagem artística, priorizando e valorizando o conhecimento nas aulas de Arte.
Nas Artes visuais o professor explorará as visualidades em formato
bidimensional, tridimensional e virtual, podendo trabalhar as características específicas
contidas na estrutura, na cor, nas superfícies, nas formas e na disposição desses
elementos no espaço.
Em dança, o principal elemento básico a ser estudado é o movimento. A
partir do seu desenvolvimento no tempo, espaço o professor poderá explorar as
possibilidades de improvisação e composição dos alunos com seus alunos.
Na área teatral poderão ser exploradas como conteúdos, assim como na
dança, as possibilidades de improvisação e composição no trabalho com as personagens,
com o espaço da cena e com o desenvolvimento de temáticas que partam tanto de textos
literários ou dramáticos clássicos, quantos de narrativas orais e cotidianos.
Os saberes específicos da arte, e na concepção expressam nesse
documento, objetivam viabilizar a integração destes às manifestações e produções
artístico culturais, entendendo os alunos como sujeitos que constroem e são construídos
historicamente.
Conceber a Arte na escola pública como disciplina escolar, possuidora de
conhecimentos específicos, propicia aos alunos situações de aprendizagem que visam ao
conhecimento da diversidade cultural e à importância dos bens culturais como um
conjunto de saberes. Colabora ainda para que os mesmos além de fluidores de arte, se
entendem como parte de um sistema formador/transformador da cultura e da sociedade.
Lei nº 11.645 de 10 de Março de 2008
Altera a Lei no 9.394 , de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639 , de
9 de janeiro de 2003, que...Art. 1o O art. 26-A da Lei no 9.394 , de 20 de dezembro de
1996, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 26-A. Nos estabelecimentos de
ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o
estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.§ 1o O conteúdo programático a
que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que
caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos,
71
tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos
indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na
formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social,
econômica e política, pertinentes à história do Brasil.§ 2o Os conteúdos referentes à
história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no
âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de
literatura e história brasileiras." (NR)
Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de
1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura
Afro-Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil. Ministério da Educação.
Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e
para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília:
MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004
Lei n 9795/99 Educação ambiental:O processo por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constrói valores sociais, conhecimento habilidades,atitudes e competência
voltadas para a conservação .
RECURSOS:
Quadro negro;
Giz;
Papéis coloridos;
Lápis de cor;
Borracha;
Régua;
Giz de cera;72
Caneta hidrocor;
Cartolina;
Lápis para desenho 2B, 4B, 6B
Cola;
Tesoura;
Compasso;
Esquadro;
Revista para recorte;
Caderno;
Rádio;
D v d ;
Televisão;
Cd e computador;
Visita ao Museu;
Teatro.
AVALIAÇÃO
A avaliação de acordo com as Diretrizes Curriculares é diagnóstica e processual, incluindo a avaliação do professor e da classe, sobre o desenvolvimento das aulas e a auto - avaliação do educando ela almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar-se em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas”.
Será um levantamento das formas artísticas que os alunos já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar ou
73
representar. Esse será um diagnóstico para preparar futuras aulas, pois, ainda que estejam definidos os conteúdos a serem trabalhados, a forma e a profundidade de sua abordagem dependem do conhecimento que os alunos trazem consigo.
A função da escola é garantir o saber científico historicamente acumulado, valorizando as experiências de vida e a realidade social dos educandos. Sendo assim o educando tem senso crítico para ser colocado como meio histórico e social de sua época.
O conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre colegas e, ao mesmo tempo, deve construir referencias para o professor propor abordagens diferenciadas.
Para se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários instrumentos de verificação, como o diagnóstico inicial e o acompanhamento da aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por meio de trabalhos artísticos, pesquisas e provas teóricas e práticas.
A sistematização d avaliação se dará na observação e registro dos caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas criações e/ou produções.
No processo avaliativo o professor precisa considerar o processo pessoal de desenvolvimento de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola.
Em artes visuais vale como processo avaliativo a observação do aluno nos seguintes aspectos:
• Consegue estabelecer relações com o trabalho de arte produzido por si, por seu grupo e por outros sem discriminação estética, artística, ética e de gênero;
• Identifica os elementos da linguagem visual e duas relações em trabalhos artísticos e na natureza.
• Consegue utilizar materiais de diferentes naturezas para sua poética.
Em musica e dança, usamos os seguintes critérios:
• Sabe mover-se com consciência, desenvoltura, qualidade e clareza dentro de suas possibilidades de movimento e das escolhas que faz;
• Toma decisões próprias na organização dos processos criativos individuais e de grupo em relação a movimentos, música, cenário e espaço cênico.
• Conhece as principais correntes históricas da dança e as manifestações típicas de sua comunidade, Estado e País;
74
• Cria e interpreta com autonomia, utilizando diferentes meios sonoros para representar suas ideias.
• Utiliza corretamente os elementos básicos d linguagem musical;
• Conhece e aprecia musicas de seu meio sociocultural.
Em teatro:
• Saber improvisar e atuar nas situações de jogos, explorando as capacidades de seu corpo e de sua voz;
• Está capacitado para dramatizar e encenar cenas, reconhecendo e organizando recursos para a sua estruturação.
• Emite opiniões sobre as atividades teatrais do grupo, com clareza e com critério , sem discriminação estética, artística, étnica ou de gênero.
• Se identifica momentos importantes da história do teatro.
Será feita também através da realização de exposição e apresentação de grupo durante o decorrer do ano, pelos seus trabalhos e participação em sala de aula, sendo valorizados todos os trabalhos completos ou incompletos, que ele efetivamente realizar fora e dentro da sala de aula.
A recuperação de conteúdos e a forma que essa recuperação será
convertida em nota será trabalhada, paralela e contínua à dificuldade do aluno. A
dificuldade será mapeada através de sondagens reais, para que consequentemente seja
direcionado o planejamento, não esquecendo que cada aluno aprende de uma maneira.
Assim, atuando no que o aluno não sabe estaremos contribuindo para a
qualidade do ensino-aprendizagem. Após o mapeamento serão trabalhadas atividades de
reagrupamentos em sala (por dificuldades) e com ajuda dos próprios colegas poderão
trocar aprendizado sob a supervisão do professor. Com as atividades de sondagem deve-
se montar pasta portifólio para ir confrontando com o aluno o desenvolvimento de seu
aprendizado.
75
BIBLIOGRAFIA
Paraná, Secretaria de Estado da Educação Diretrizes Curriculares de Arte para a
Educação Básica, 2008
Barreto, Débora - Dança... Ensino, sentidos e possibilidades na escola -2ª edição-
Autores Associados-Campinas, SP – 2005.
LIVRO DO MAGISTÉRIO. Metodologia e Atividades Para: Pré-Escola, 1º, 2º, 3º, 4º
Ano do 1º Grau ; Editora Paulista LTDA.
LIRA, Mazé/ Paulo Tenente. Brincando Com Sucata ; São Paulo: ED. Scipione, 1997.
KOHL, Maryann F. / Cindy Gainer. Fazendo Arte Com as Coisas da Terra: Arte
Ambiental Para Crianças ; São Paulo: Ed. Augustos, 1995.
MICKLETHWAIT, Lucy. Para A Criança Brincar Com Arte: O Prazer de
Explorar Belas Pinturas ; São Paulo: Ed. Ática.
MACHADO, Maria Clara. Teatro I e II ; Rio de Janeiro: Ed. Agir, 1993.
NENÊS, Benedito. Introdução á Filosofia da Arte; São Paulo: Ed. Ática, 1991.
WENDY, Beckett; História da Pintura: SEED/ FUNDEPAR PROGRMA MÓDULO
ESCOLAR – 2000 PQE/BIRD.
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Inovadoras. Vol. 4, 8ª ed. Editora FAPI ltda.
FISCHER, Ernest. A Necessidade da Arte. 9ª ed. - Rio de Janeiro: Guanabara
Koogam, 2002.
CUMMING, Robert. Para entender a Arte os mais importantes quadros do Mundo
COMBRICH, E.H. A História da Arte. - Rio de Janeiro: LTC, 2006.
CUMMING, Robert. Para Entender Os Grandes Pintores ; São Paulo: Ed. Ática.
Analisados e minuciosamente explicados ; São Paulo: Ed. Ática.
76
MARTINS, Mirian Celeste Ferreira Dias. – Didática do ensino de artes: a língua do
mundo: poetizar fluir e conhecer arte. ( Mirian Celeste Marins Gisa picosque,
M.Terezinha Telles Guerra. São Paulo; ftd, 1988.
Arte;( Ensino fundamental)
Arte (Ensino médio) II –Picosque Gisa II Guerra, M. Terezinha, Telles III Títulos IV.
Series
Educação Artística 4ª ediçãoLÊ, 1978 ilust. B. Horizonte
Ostrower ,Fayga Perla .1920-O94u Universos da arte / Fayga Ostrower -9º ed.-Rio
de Janeiro : Campus , 1991 .
ISBN 85-7001-401-5
1. Arte –Analise , interpretação e apreciação .2. Arte –Estudo e ensino .I .Titulo .
77
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da Serra - Paraná
DOCENTES: EDSON APARECIDO MENDES
LEONICE APARECIDA MACHADO
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78
Mauá da Serra
2012
1 - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tem, compreendê-lo. A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou o ser humano a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel como parte deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de garantir a sobrevivência humana. Desde o paleolítico, o ser humano, caçador e coletor, as observações dos diferentes tipo de comportamento dos animais e da floração das plantas foram registradas nas pinturas rupestres como forma de representar sua curiosidade em explorar a natureza. No entanto os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos modelos teóricos elaborados pelo ser humano – seus paradigmas teóricos –, que evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais. Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino, buscou-se, na história da ciência, os contextos históricos nos quais influências religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram essa construção.
79
O conhecimento na área biológica cresce em ritmo acelerado. Acompanhar esse crescimento deve ser, para todos, um procedimento diário, com leitura de revistas e livros de cunho científico e consultas à internet e noticiários da TV.
Na compreensão da Biologia, não há raças humanas, mas sim uma única espécie humana. Para tanto, os conteúdos devem ser trabalhados de forma contextualizada e articulada dos conteúdos básicos e estruturante da disciplina, favorecendo a compreensão da diversidade biológica e cultural.
Aprender Biologia contribui, na realidade para que tenhamos um melhor entendimento de nós mesmos e do ambiente que nos cerca uma compreensão mais clara do mundo. Isso por um lado, aumenta nossa responsabilidade, por outro, torna nossas decisões mais equilibradas e racionais, e nos permite escolher com maiores possibilidades de acertos.
Em sua forma mais simples, “natureza – humanidade – tecnologia” reflete a complexidade do mundo atual.
Cada vez mais a área biológica vem desenvolvendo formas de melhorar a qualidade do meio ambiente, aumentar a oferta de alimentos, melhorar as condições de saúde, compreender os mecanismos que regem a vida. Em vista disso, devemos formar alunos capazes de utilizar diferentes recursos tecnológicos e discutir as implantações éticas e ambientais da produção e utilização de tecnologia.
A área biológica está assumindo cada vez mais a importância na formação das pessoas. No mundo contemporâneo, o papel do Ensino Médio na vida dos alunos torna-se cada vez mais decisivo.
Nesta etapa da vida escolar, os adolescentes se preparam para desafios, consolidam valores e atitudes, elaboram projetos de vida, encerram um ciclo de transformações no qual se instrumentam para assumir as responsabilidades da vida adulta.
O aprendizado de Biologia permite os diferentes sistemas explicativos, permitindo ao aluno compreender através dos modelos da ciência observando com o podemos interferir. Na Biologia existe muita questão considerada polêmicas, que dizem respeito ao desenvolvimento e aproveitamento de recursos humanos e naturais.
Os alunos devem conhecer diferentes formas de obter informações expressando suas duvidas apresentando suposições através das hipóteses apresentadas descrevendo processos entre o meio ambiente e o ser humano, o ensino da Biologia possibilita relacionar cada vez mas aprendizados nas disciplinas ministradas, assim como a conceito amplo de Física, Química, Geografia e Biologia.
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2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1. Organização dos Seres Vivos
2. Mecanismos Biológicos
3. Biodiversidade
4. Manipulação Genética
Conteúdos estruturantes são os saberes, conhecimentos de grande amplitude,que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para as abordagens pedagógicas dos conteúdos específicos e consequente compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Como constructos históricos atrelados a uma concepção crítica de educação, os conteúdos estruturantes não são sempre os mesmos. Em sua abordagem teórico-metodológica, eles devem considerar as relações que estabelecem entre si e entre os conteúdos tratados no dia-a-dia da sala de aula, nas diferentes realidades regionais onde se localizam as escolas da rede estadual de ensino.
Na trajetória histórica da Biologia, percebe-se que o objeto de estudo disciplinar sempre esteve pautado pelo fenômeno VIDA, influenciado pelo pensamento historicamente construído, correspondente à concepção de ciência de cada época e à maneira de conhecer a natureza (método).
Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia, a abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes de modo que, ao introduzir a classificação dos seres vivos como compreender a diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os, seja possível, também, discutir o mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a abordagem do conteúdo classificação dos seres vivos não se restringe a um único conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do trabalho poderia ser o conteúdo. Espera-se que o aluno:
- Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
- Estabeleça as características específicas dos microrganismos, dos organismos vegetais e animais, e dos vírus;
81
- Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);
- Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e molecular) dos seres vivos;
- Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso);
- Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;
Na Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o ambiente,.específico organismos geneticamente modificados, partindo-se da compreensão das técnicas de manipulação do DNA, comparando-as com os processos naturais que determinam a diversidade biológica, chegando à classificação dos Seres Vivos. Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos Sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos, incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos, que permitirá estabelecer a comparação entre os sistemas, envolvendo, inclusive, a célula, seus componentes e respectivas funções. Neste contexto:
- Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das células;
– Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;
- Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais frequentes nos sistemas biológicos (histologia);
- Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das espécies;
- Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos seres vivos;
– Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres vivos;
- Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações existentes entre estes;
– Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do equilíbrio ;
82
– Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e
Organismos Geneticamente Modificados. importante que se perceba que a célula tanto pode ser compreendida como elemento da estrutura dos seres vivos quanto um elemento que permite observar, comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a abordagem do conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade, envolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido modificações naturais e as produzidas pelo homem. Solução de problemas sócio - ambientais. Assim:
- Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na diversidade biológica;
– Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que envolvem a manipulação genética, ecossistemas;
– Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio em que vivem;
– Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados decorrentes de sua aplicação/utilização;
– Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócio - ambientais;
- Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na diversidade biológica;
1- Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.
Ø Organização do s Seres Vivos
- Origem da vida
- Composição química da célula
- Divisão celular
- Organização dos tecidos
- Classificação dos seres vivos83
- Os cinco reinos: Monera, Protista, Fungi, Animal e Vegetal e suas características gerais
- Biomas aquáticos e terrestres
- Taxionomia
- Evolução da vida
- Desmistificação das teorias racistas
- Origem das espécies
- Núcleo e o material genético ( estrutura e função), cariótipo.
Este conteúdo estruturante possibilita conhecer os modelos teóricos historicamente construídos que propõem a organização dos seres vivos, relacionando-os à existência de características comuns entre estes e sua origem única (ancestralidade comum). O trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante deve abordar a classificação dos seres vivos como uma tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, de maneira a agrupar e categorizar as espécies extintas e existentes. Isso se justifica porque, durante décadas, o estudo da vida e a necessidade de compreender e distinguir o vivo do não vivo enfatizou o estudo dos seres vivos quase exclusivamente em seu aspecto classificatório. O propósito deste conteúdo é partir do pensamento biológico descritivo para conhecer, compreender e analisar a diversidade biológica existente, sem, no entanto, desconsiderar a influência dos demais conteúdos estruturantes, introduzindo-se o estudo das características e fatores que determinaram o aparecimento e/ou extinção de algumas espécies ao longo da história.
Ø Mecanismos Biológicos
- Os genes e a síntese de proteínas ( estruturas celulares e suas funções)
- Mutações
- Câncer
- Seres autótrofos e heterótrofos
- Fotossíntese
84
- Reprodução
- Processos de produção e energia: respiração aeróbia e anaeróbia
- Fisiologia animal
- Fisiologia vegetal
- Efeitos negativos das drogas no organismo
- Embriologia
- Genética
- Biótipo dos diversos povos
O conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos privilegia o estudo dos mecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Assim, o trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante, deve abordar desde o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração, até o estudo dos componentes celulares e suas respectivas funções. Pretende-se, neste conteúdo estruturante, partindo da visão mecanicista do pensamento biológico, baseada na visão macroscópica, descritiva e fragmentada da natureza, ampliar a discussão sobre a organização dos seres vivos, analisando o funcionamento dos sistemas orgânicos nos diferentes níveis de organização destes seres - do celular ao sistêmico. Esta análise deve considerar a visão evolutiva, a ser introduzida pelo conteúdo estruturante Biodiversidade, bem como as influências dos demais conteúdos estruturantes.
Ø Biodiversidade
- Biosfera
- Níveis de organização dos seres vivos
- Equilíbrio biológico
- Cadeia e teia alimentar, relações ecológicas
85
- Equilíbrio e desequilíbrio ecológico ( extinção de espécies )
- Ecologia - pirâmide
- Desequilíbrios ambientais
Este conteúdo estruturante possibilita o estudo, a análise e a indução para a busca de novos conhecimentos, na tentativa de compreender o conceito biodiversidade. Ao propor este conteúdo estruturante, ampliam-se as explicações sobre como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Da necessidade de compreender e distinguir o vivo do não vivo, enfatizando a classificação dos seres vivos, sua anatomia e sua fisiologia, chega-se à necessidade de compreender como as características e mecanismos biológicos estudados se originam. Tal necessidade pode ser traduzida pelo seguinte problema: como explicar o aparecimento e/ou extinção de seres vivos ao londo da história da VIDA?
Essa necessidade de construir um modelo que possa explicar a organização natural dos seres vivos, situando-os no ambiente real, relacionando sua origem com suas características específicas e o local onde vivem, introduz o pensamento biológico evolutivo. Entende-se, então, que o trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante, eve abordar a biodiversidade como um sistema complexo de conhecimentos biológicos, interagindo num processo integrado e dinâmico e que envolve a variabilidade genética, a diversidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a natureza, além dos processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido transformações.
Ø Manipulação Genética
- Manipulação genética e bioética
- Clonagem
- Célula-tronco
- Projeto genoma
- Terapia gênica
- Transgênicos
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Este conteúdo estruturante trata das implicações dos conhecimentos da biologia molecular sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da Biologia, com possibilidade de manipular o material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito biológico da VIDA como fato natural, independente da ação do ser humano. Da necessidade de ampliar o entendimento sobre a mutabilidade, chega-se à necessidade de compreender e explicar como determinadas características podem ser inseridas, modificadas ou excluídas do patrimônio genético de um ser vivo e transmitidas aos seus descendentes por meio de mecanismos biológicos que garantem sua perpetuação. Ao propor este conteúdo estruturante, ampliam-se as explicações sobre como novos sistemas orgânicos se originam e como esse conhecimento interfere e modifica o conceito biológico VIDA. Essa necessidade de compreender como os mecanismos hereditários de características específicas dos seres vivos são controlados constitui um modelo teórico explicativo que permite apresentar e discutir o pensamento biológico da manipulação do material genético (DNA). Desse modo, a manipulação do material genético em micro-organismos, que traz importantes contribuições para a criação de produtos farmacêuticos, hormônios, vacinas, alimentos, medicamentos, bem como propõe soluções para problemas ambientais, constitui fato histórico importante para este conteúdo estruturante, pois determina a mudança no modo de explicar o que é VIDA do ponto de vista biológico. Assim, o trabalho pedagógico, neste conteúdo estruturante, deve abordar os avanços da biologia molecular; as biotecnologias aplicadas e os aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação genética, permitindo compreender a interferência do ser humano na diversidade biológica. A abordagem do conteúdo organismo geneticamente modificado a partir deste conteúdo estruturante permite perceber como a aplicação do conhecimento biológico interfere e modifica o contexto de vida da humanidade, e como requer a participação crítica de cidadãos responsáveis pela VIDA.
Ø Implicações dos avanços no fenômeno da vida
- Envelhecimento – radicais livres e vitaminas
- Valorização da vida ( sexualidade, tabagismo, alcoolismo, drogas)
- Colesterol
- Água potável desafio para a humanidade
- Vacinas
- Produção de celulose e ecologia
- Produção de remédios
- Homeopatia e fitoterapia
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- Armamento biológico
- Saúde e doenças
- Controle biológico de pragas
- Hidroponia
3 - METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Metodologia da Biologia está intimamente interligada com a disciplina de Didática das Ciências, concretizando-se esta relação, quer através da aplicação de conceitos anteriormente adquiridos, quer através do aprofundamento e extensão de temáticas e do desenvolvimento de competências necessárias a uma futura intervenção e reflexão pedagógicas. A planificação do ensino/aprendizagem, envolvendo um trabalho de reflexão pessoal e de discussão e análise em grupo de conhecimentos previamente adquiridos, permite o desenvolvimento de capacidades de criatividade, cooperação e autocrítica.
Metodologia diversificada de ensino, cujo ensinamento conduz mais o raciocínio e mobiliza menos a memória. O que implica na socialização aluno com seus pares, favorecendo o convívio e a integração ao grupo por meio de execução de tarefas coletivas, como debates, inserção à comunidade, entrevistas com profissionais, visita a instituições de pesquisa, levantamento e inquéritos junto à comunidade, elaboração de projetos, execução de experiências simples as quais serão executadas em sala de aula sob a supervisão do professor, ou ainda transformadas em tarefas domiciliares para equipes de alunos que farão relatórios para discussão.
Uso de Internet para pesquisa em sites e bibliotecas virtuais. Textos complementares, que estimulam a participação do aluno no processo de aprendizagem, transformando - o em agente ativo.
88
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é um dos aspectos do processo pedagógico que mais carece de mudança didática para favorecer uma reflexão crítica de ideias e modificar comportamentos docentes de “senso comum” muito persistentes (CARVALHO & GIL-PÉREZ, 2001). As concepções reducionistas e simplistas do processo avaliativo requerem análise e questionamento. De acordo com Carvalho & Gil-Pérez (2001), ainda estão no “senso comum” do ambiente escolar as seguintes noções:
• É fácil avaliar os conhecimentos científicos, devido a sua precisão e objetividade;
• O fracasso é inevitável, pois a Biologia tem conhecimentos difíceis, que não estão ao alcance de todos.
A LDB nº. 9394/96, considera a avaliação como um processo “ contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos” .
Avaliação – Papel do professor – processo cuja finalidade é de obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos ensino-aprendizagem – (DCE – p. 69).
Avaliação – Papel do aluno – pressupõe uma tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organiza-se para mudanças necessárias – (DCE – p. 69).
Os critérios de avaliação explicitam as expectativas de aprendizagem, considerando objetivos e conteúdos propostos para a Biologia no Ensino Médio, e apontam a experiências educativas a que os alunos devem ter aceso e que são considerados essenciais o seu desenvolvimento e socialização.
A avaliação, na pesquisa de uma pedagogia libertadora, é uma prática coletiva que exige consciência crítica e responsável de todos na problematizarão das situações, para isto deve se conclamar os PIS ou responsáveis, para colaborarem neste acompanhamento mais de perto, se for o caso, apelar para a orientação educacional ou a outros apoios técnicos.
A metodologia de avaliação será baseada em: confrontos de textos, a partir de determinados conceitos, trabalhos em grupos, dramatização, história em quadrinhos, debates, entrevistas, reportagens, construção de tarefas estabelecidas, pesquisa individual, ou em grupo, realização de eventos artísticos, culturais, apresentação e
89
desenvolvimento de projetos de cunho social ou profissional, avaliação sócio-afetiva e outros tipos que julgar necessário.
Há necessidade de instrumentos que refletem de que forma vai se avaliar, serão utilizado os seguintes instrumentos:
Ø Produção de textos;
Ø Leitura e interpretação de textos;
Ø Relatórios de pequisa de laboratórios;
Ø Pesquisa de grupo;
Ø Trabalho de grupo;
Ø Desenhos;
Ø Auto avaliação;
Ø Atividades diversificadas;
Ø Retomada de conteúdos orais;
Ø Provas.
Sistema de Avaliação:
Atividades diversificadas: 2,0
Trabalhos: 3,0
Avaliação Geral: 5,0
Total: 10,0
90
Avaliação de Recuperação: 10,0
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
− LDB, Lei de Diretrizes e Bases Nº 9394/96
− REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual João Plath
− PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio estadual João Plath
− PARANÁ, Secretaria de Estado da educação, Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Biologia. Curitiba 2008
− Biologia/Vários Autores. Curitiba: SEED - Paraná, 2008
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da Serra -
Paraná
DOCENTES: IVONE LOPES AIRES
CARLOS ALBERTO SCHULTZ VELOSO
91
ELZA PEREIRA DE OLIVEIRA
LEONICE APARECIDA MACHADO
SANDRA APARECIDA DE LIMA
Mauá da Serra
2012
Apresentação da disciplina
O quadro conceitual da disciplina de ciências é composto por referencias
da biologia, física, da química, da geologia, da astronomia, entre outras.
Na disciplina de ciências há necessidade de um pluralismo metodológico
que considere a diversidade d abordagens, estratégias e recursos pedagógicos /
tecnológicos e a amplitude de conhecimentos científicos a serem abordados na escola.92
Em ciências o objeto de estudo é conhecimento cientifico que resulta da
investigação da natureza, interpretar racionalmente os fenômenos, os elementos
fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida,
as relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a natureza.
A historia e a filosofia da ciência mostram que a sistematização do
conhecimento cientifica evolui pela observação de regularidades percebidas na natureza,
o que permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos que nela
ocorrem. Como saber escolar, possibilita ao educando a compreensão dos
conhecimentos científicos que resultam da investigação da natureza, em um contexto
histórico – social, tecnológico, cultural, ético e político.
Propõe – se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que
compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo
acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na
sociedade.
A ciências não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos
construídos a partir da aplicabilidade de métodos científicos. Para conhecer a real
natureza da ciências faz – se necessário investigar a historia da construção do
conhecimento cientifico.
Diante da impossibilidade de compor uma analise totalmente abrangente
a respeito da historia da ciência optou – se nestas diretrizes, por um recorte
epistemológico dessa historia que, de acordo com ramos (2003) permite refletir sobre a
gênese, o desenvolvimento cientifico, Gaston Bachelard (1884-1962) contribuiu com
reflexões voltadas à produção do conhecimento cientifico, apontando caminhos para a
compreensão de que na ciência rompe – se com modelos científicos anteriormente
aceitos como explicações para determinados fenômenos da natureza.
O pensamento pré – cientifico, segundo Bachelard (1996), um período
marcado pela construção racial e empírica do conhecimento cientifico.
Muitas civilizações, ao longo do tempo criaram mitos e divindades como
estratégias para explicar fenômenos da natureza. Tais relatos simbólicos tentavam
explicar a origem da natureza mais do que contar a realidade dos fatos ( Freire – Maia
93
2000 ). Com o pensamento mítico, o ser humano se preocupava com a divindade dos
acontecimentos e não com as causas desses fenômenos.
Tradições, além do modelo geocêntrico, provenientes das sistematizações
dos pensadores gregos dizem respeito à descrição das partes anatômicas, ao modo
indutivo de atribuir funções aos órgãos e a organização dos seres vivos presentes na
natureza, os modelos organicistas, modelos fixistas, modelos evolutivos, modelos
mecanicistas o flogisto ou principio do fogo, as sistematizações de Lavoisier e a
Alquimia representam o pensamento pré - cientifico em um período marcado pela
construção racional e empírica do conhecimento cientifico.
O período do estado científico foi marcado por publicações de cunho
cientifico não – literárias, com linguagem menos apropriadas à divulgação voltadas a
uma elite intelectual que as acessava por meio dos cursos universitários.
No estado do novo espírito cientifico marcado pela aceleração da produção cientifica e a
necessidade de divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influencias dos
avanços científicos.
O ensino de ciências no Brasil deverá possibilitar ao educando a
compreensão dos conhecimentos científicos que resultam da investigação da natureza,
em um contexto histórico – social, tecnológicos, cultural, ético, político, e apontar
questões que ultrapassam os campos do saber científico e do saber acadêmico, cruzando
fins educacionais e fins sociais.
A disciplina de ciências, nos dias atuais expressa a lógica de sua criação.
“A existência de um único método para o trato do conjunto das ciências naturais.”
As decisões políticas instituídas na LDB – nº 4024/61 apontaram para o
fortalecimento e consolidação do ensino de ciências no currículo escolar, sendo um dos
avanços em relação às reformas educacionais.
O currículo Básico, no inicio dos anos 1990, ainda sob a LDB nº
5692/71, apresentam avanços consideráveis para o ensino de ciências.
Com a problematização da LDB nº 9394/96 as diretrizes e bases, foram
produzidos os parâmetros curriculares nacionais (PCN) que propunham uma nova
organização curricular em âmbito nacional federal. O currículo básico para o Estado do
94
Paraná foi, substituído pelos PCN descaracterizando a disciplina de ciências onde o
quadro conceitual de referencia da disciplina e sua constituição histórica como campo
do conhecimento ficaram em segundo plano.
Em 2003, com as mudanças no cenário político nacional e estadual, iniciou – se no
Paraná um processo de discussão coletiva com objetivo de produzir novas diretrizes
curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova identidade para o ensino de
ciências.
Conteúdos estruturantes / básicos da disciplina
5.º série / 6º ano
ASTRONOMIA
Ø Universo;
Ø Sistema solar;
Ø Movimentos terrestres;
Ø Movimentos celestes;
Ø Astros;
MATÉRIA
Ø Constituição da matéria;
SISTEMAS BIOLÓGICOS
95
Ø Níveis de organização;
ENERGIA
Ø Formas de energia;
Ø Convenção de energia;
Ø Transmissão de energia;
BIODIVERSIDADE
Ø Organização dos seres;
Ø Ecossistemas;
Ø Evolução dos seres vivos;
6.º série / 7.º ano
ASTRONOMIA
Ø Astros;
Ø Movimentos terrestres;
Ø Movimentos celestes;
MATÉRIA
Ø Constituição da matéria;
96
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Ø Célula;
Ø Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Ø Formas de energia;
Ø Transmissão de energia;
BIODIVERSIDADE
Ø Origem da vida;
Ø Organização dos seres;
Ø Sistemática;
7.º série / 8.º ano
ASTRONOMIA
Ø Origem e evolução do universo;
MATÉRIA
Ø Constituição da matéria;
SISTEMAS BIOLÓGICOS
97
Ø Célula;
Ø Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
ENERGIA
Ø Formas de energia;
BIODIVERSIDADE
Ø Evolução dos seres;
8º série / 9º ano
ASTRONOMIA
Ø Astros;
Ø Gravitação universal;
MATÉRIA
Ø Propriedade da matéria;
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Ø Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
Ø Mecanismos e herança genética;
ENERGIA
98
Ø Formas de energia;
Ø Convenção de energia;
BIODIVERSIDADE
Ø Interações ecológicas;
Encaminhamentos metodológicos
Em ciências, é necessário que o professor responsável pela mediação
entre o conhecimento cientifico escolar – lance mão de encaminhamentos
metodológicos que utilizem recursos diversos que, planejados com antecedência,
valoriza a construção de conhecimento de forma significativa pelos estudantes.
No ensino de ciências são considerados aspectos essenciais tanto na
formação do professor quanto na pratica pedagógica. Tais aspectos são: a historia da
ciência, divulgação cientifica e a atividade experimental.
O processo ensino – aprendizagem pode ser ainda melhor articulada com
o uso de:
* Recursos pedagógicos / tecnológicos que enriquecem a pratica docente tais como,
livro didático, texto de jornal, revista cientifica, figuras, revista de quadrinhos, musica,
quadro de giz, mapa, globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, entre outros),
microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisão pen - drive, computador, retroprojetor,
entre outros;
99
* Recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, diagramas V,
gráficos, tabelas;
* Alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus, laboratórios,
exposições de ciências, seminários e debates.
Há ainda que se valorizar no ensino de ciências alguns elementos da
pratica pedagógica, tais como: a abordagem problematizadora, a relação contextual, a
relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura cientifica, a atividade em grupo, a
observação, entre outros.
Cabe ainda, ao professor de ciências contemplar os conteúdos como
forma de estabelecer uma relação entre o aprendizado de conhecimentos teóricos,
questões reais e sua transformação; selecionar esses conteúdos de acordo com a
realidade local e regional onde a escola está inserida; fazer uma analise critica dos
conteúdos trazidos pelos livros didáticos e que reflita também sobre as expectativas de
aprendizagem, estratégias e recursos a serem utilizados nos instrumentos de avaliação.
No momento da elaboração do plano de trabalho, o professor de ciências
deve prever a abordagem da cultura e historia afro – brasileira, a cultura indígena e a
educação ambiental que é fundamental no ensino de ciências.
Para se trabalhar a ciências é preciso que o professor tenha conhecimento
dos principais problemas que afetam a sociedade e os alunos devendo trabalhar esse
temas elaborando atividades didáticas que levem os educandos a construir a própria
aprendizagem.
Avaliação
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente como meio de
diagnostico do processo e como instrumento de investigação da prática pedagógica.
Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, e também permite que haja uma
reflexão sobre a ação da pratica.
100
A avaliação é parte do cotidiano escolar e, obviamente, do trabalho do
professor; ela tem por objetivo proporcionar subsídios para asa decisões a serem
tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao
conhecimento.
Nas diretrizes curriculares para a educação básica, propõe – se formar sujeitos que
construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e
histórico de que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e
transformadora na sociedade.
A avaliação nesta perspectiva visa contribuir para a compreensão das
dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que
essa próxima da comunidade, onde os alunos estão inseridos.
Nas salas de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a
executa como um projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de
conhecimento do aluno como referencia a uma aprendizagem continuada.
Sendo assim a avaliação deve:
Ø Ser definida pela intenção que orienta o ensino;
Ø Ser clara, com objetivos bem definidos;
Ø Ser pensada de acordo com as possibilidades teóricas – metodológicas;
Ø Ser utilizada de diversas formas, para não reduzir a possibilidades de observar os
diversos processos cognitivos de aprendizagem do aluno;
Ø Acontecer a partir de uma lógica simples.
Ao professor cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o
desenvolvimento dos processos cognitivos.
101
CRITÉRIOS
A avaliação será diagnostica somativa e cumulativa prevalecendo os aspectos
qualitativos.
Avaliação escrita: valor de 5,0
Trabalho: valor 2,0
Outras atividades distribuídas durante o bimestre utilizando–se instrumentos avaliativos
como, pesquisas produção escrita, seminários: valor 3,0
Recuperação paralela : valor 10,0 através da prova escrita
Referencias:
Secretaria de Educação da Educação. Diretrizes Curriculares:Ciências: Curitiba,2009
Projetos Radix / Manual do professor São Paulo – 2010
Projeto político pedagógico – Colégio Est. João Plath – 2010
Regimento Escolar – Colégio Est. João Plath – 2010
102
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da
Serra - Paraná
DOCENTES: SONIA APARECIDA RAMAZOTI
JOÃO ALFREDO IENZURA ADRIANO
HELLEN CRISTINA DARIF
VITOR JOSÉ DA SILVA
ROBERSON DIAS FERREIRA
103
Mauá da Serra
2012
1. Apresentação da Disciplina
A Educação Física enquanto prática educacional contempla o
conhecimento produzido e sustenta as visões de homem, mundo e sociedade, assim
como as diversas formas de interação humana e papéis sociais que refletem uma forma
de organização sócio-político-econômico. Ela aparece como forma e proposta de ensino
e de treinamento de habilidades, que contém seus próprios interesses e fontes de análise
filosóficas ,cientifica e pedagógica.
A disciplina é capaz de contribuir para a formação de um cidadão capaz
de tomar decisões em sua vida para transformação da sociedade, com a prática de
conteúdos relacionados com a corporeidade humana nos contextos sócios-históricos-
culturais do jogo, do esporte, da ginástica, da expressão corporal, as danças, as lutas,
dentre outras manifestações semelhantes, incluindo a diversidade da cultura Afro-
Brasileira.
Inicialmente no Brasil seguiu-se modelos e teorias oriundas da Europa,
inicialmente com fins de desenvolvimento da saúde e formação moral dos brasileiros e
esse movimento denominou-se Higienista, com o tempo surge outras formas de visão da
importância da disciplina como preparação e defesa da pátria onde procurou-se utilizar
métodos Militaristas de ginástica ou Método Francês, modelo que procurou ter uma
visão mecanicista e instrumental do corpo e priorizava o desenvolvimento da mecânica
104
corporal ( corpos saudáveis e disciplinados). Então vemos a seguir uma ascensão do
esporte no Brasil se tornando conteúdo das aulas de Educação Física escolar, surge
então a importância de reconhecer a disciplina através de estudos mais aprofundados
das práticas corporais até então praticadas, com conhecimentos vindos da aptidão física
da psicomotricidade, surgem então várias teorias que são aceitas ainda hoje e que
norteiam as práticas atuais da Educação Física, sendo elas teoria Desenvolvimentista,
Construtivista, Critico Superadora e Crítico Emancipatória, cada uma defendendo uma
idéia que podemos resumir como uma disciplina que defende uma formação integral
entre corpo e mente, onde os educando tenham uma consciência sobre seus próprios
corpos, não só no sentido biológico, mas especialmente em relação ao meio social em
que vivem.
Hoje podemos ver a importância enquanto disciplina pois se encontra em
vários seguimentos sociais, como mundo do trabalho, mídia, desportivização e lazer,
construindo assim uma formação integral do aluno, em seus aspectos físicos, psíquicos
e intelectuais, ajudando em suas tendências morais, sociais e formação de um cidadão
íntegro, crítico, que vai usufruir, partilhar, reproduzir, produzir e transformar as formas
culturais da atividade física ( o jogo, o esporte, a dança, a ginástica, enfim, conhecedor
de seu corpo e do seu espaço e principalmente respeitador do espaço e limite dos outros.
2. Conteúdos Estruturantes / Básicos da disciplina
A partir dos conteúdos estruturantes, emergem os elementos da cultura
que constituirão os conteúdos específicos de ensino, através de manifestações corporais
e junto a diferentes possibilidades de expressão corporal, buscaremos formas de
trabalhar em prol de um desenvolvimento global de nossos educandos, dando-lhes
possibilidades uma melhor autonomia enquanto indivíduo que recebe o conhecimento,
partilha e reflete formas de melhorar o mundo pessoal e coletivo, tornando assim um ser
crítico e construtivo em nossa sociedade.
No ensino Fundamental vemos os seguintes conteúdos estruturantes e básicos:
105
6º Ano
Conteúdo Estruturante
Esportes
Conteúdos Básicos
Coletivos e Individuais e radicais
Conteúdo Estruturante
Jogos e Brincadeiras
Conteúdos Básicos
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Conteúdo Estruturante
Dança
Conteúdos Básicos
Danças folclóricas
Danças de rua
Danças criativas
106
Danças circulares
Conteúdo Estruturante
Ginástica
Conteúdos Básicos
Ginástica rítmica
Ginásticas circenses
Ginástica geral
Conteúdo Estruturante
Lutas
Conteúdos Básicos
Lutas com aproximação
Capoeira
7º ano:
107
Conteúdo Estruturante
Esportes
Conteúdos Básicos
Coletivos e Individuais e radicais
Conteúdo Estruturante
Jogos e Brincadeiras
Conteúdos Básicos
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Conteúdo Estruturante
Dança
Conteúdos Básicos
Danças folclóricas
Danças de rua
Danças criativas
Danças circulares
108
Conteúdo Estruturante
Ginástica
Conteúdos Básicos
Ginástica rítmica
Ginásticas circenses
Ginástica geral
Conteúdo Estruturante
Lutas
Conteúdos Básicos
Lutas com aproximação
Capoeira
8º ano :
Conteúdo Estruturante
Esportes
109
Conteúdos Básicos
Coletivos e Individuais e radicais
Conteúdo Estruturante
Jogos e Brincadeiras
Conteúdos Básicos
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Conteúdo Estruturante
Dança
Conteúdos Básicos
Danças folclóricas
Danças de rua
Danças circulares
Conteúdo Estruturante
Ginástica
110
Conteúdos Básicos
Ginástica rítmica
Ginásticas circenses
Ginástica geral
Conteúdo Estruturante
Lutas
Conteúdos Básicos
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
9º ano:
Conteúdo Estruturante
Esportes
Conteúdos Básicos
Coletivos e Individuais e radicais
Conteúdo Estruturante
Jogos e Brincadeiras
111
Conteúdos Básicos
Jogos e brincadeiras populares
Jogos dramáticos
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Conteúdo Estruturante
Dança
Conteúdos Básicos
Danças criativas
Danças de rua
Danças circulares
Conteúdo Estruturante
Ginástica
Conteúdos Básicos
Ginástica rítmica
Ginástica geral
112
Conteúdo Estruturante
Lutas
Conteúdos Básicos
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
Série : - 1º Ano ( Ensino Médio)
Conteúdo Estruturante
Esportes
Conteúdos Básicos
Coletivos e Individuais e radicais
Conteúdo Estruturante
Jogos e Brincadeiras
Conteúdos Básicos
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
113
Jogos cooperativos
Jogos cognitivos
Jogos dramáticos
Conteúdo Estruturante
Dança
Conteúdos Básicos
Danças folclóricas
Danças de rua
Danças de salão
Conteúdo Estruturante
Ginástica
Conteúdos Básicos
Ginástica Artística /
Ginástica rítmica
Ginásticas circenses
114
Ginástica geral
Ginástica de condicionamento físico
Conteúdo Estruturante
Lutas
Conteúdos Básicos
Lutas com instrumento mediador
Lutas com aproximação
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
Lutas que mantém a distância ou seja: ( mediador)
Elementos articuladores na Educação Física
Cultura corporal e corpo
Cultura corporal e saúde
Cultura Corporal e Desportivação
Obs: Serão abordados os elementos articuladores sempre em paralelo aos conteúdos
trabalhados.
Série : - 2º Ano ( Ensino Médio)
115
Conteúdo Estruturante
Esportes
Conteúdos Básicos
Coletivos e Individuais e radicais
Conteúdo Estruturante
Jogos e Brincadeiras
Conteúdos Básicos
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Jogos cognitivos
Jogos dramáticos
Conteúdo Estruturante
Dança
Conteúdos Básicos
Danças folclóricas
Danças de rua
116
Danças de salão
Conteúdo Estruturante
Ginástica
Conteúdos Básicos
Ginástica Artística /
Ginástica rítmica
Ginásticas circenses
Ginástica geral
Ginástica de condicionamento físico
Conteúdo Estruturante
Lutas
Conteúdos Básicos
Lutas com instrumento mediador
Lutas com aproximação
Lutas com instrumento mediador
117
Capoeira
Lutas que mantém a distância ou seja: ( mediador)
Elementos articuladores na Educação Física
Cultura corporal e corpo
Cultura corporal e saúde
Cultura Corporal e Desportivação
Cultura Corporal no Mundo de Trabalho
Cultura Corporal e Diversidade
Cultura Corporal e Mídia
Obs: Serão abordados os elementos articuladores sempre em paralelo aos conteúdos
trabalhados.
Série : - 3º Ano ( Ensino Médio)
Conteúdo Estruturante
Esportes
Conteúdos Básicos
Coletivos e Individuais e radicais
Conteúdo Estruturante
Jogos e Brincadeiras
Conteúdos Básicos
Jogos e brincadeiras populares
118
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Jogos cognitivos
Jogos dramáticos
Conteúdo Estruturante
Dança
Conteúdos Básicos
Danças folclóricas
Danças de rua
Danças de salão
Conteúdo Estruturante
Ginástica
Conteúdos Básicos
Ginástica Artística /
119
Ginástica rítmica
Ginásticas circenses
Ginástica geral
Ginástica de condicionamento físico
Conteúdo Estruturante
Lutas
Conteúdos Básicos
Lutas com instrumento mediador
Lutas com aproximação
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
Lutas que mantém a distância ou seja: ( mediador)
Elementos articuladores na Educação Física
Cultura corporal e corpo
Cultura corporal e saúde
Cultura Corporal e Desportivação
Cultura Corporal no Mundo de Trabalho
Cultura Corporal e Diversidade
120
Cultura Corporal e Ludicidade
Cultura Corporal e Lazer
Cultura Corporal e Mídia
Obs: Serão abordados os elementos articuladores sempre em paralelo aos conteúdos
trabalhados e a série trabalhada.
3. Metodologia da disciplina
Considerando que o objeto de ensino e de estudo da Educação Física é a
Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos – esporte, dança,
ginástica, lutas, jogos e brincadeiras, a Educação Física tem a função social de
contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo,
adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas
corporais.
Para o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação Básica,
é preciso levar em conta, inicialmente, aquilo que o aluno traz como referência acerca
do conteúdo proposto, ou seja, é a primeira leitura da realidade, assim sendo caracteriza-
se como preparação do aluno e mobilização do mesmo para a construção do
conhecimento escolar.
Desenvolveremos uma metodologia que tenha como eixo central a
construção do conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a
expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos propostos e a
reflexão sobre o movimento corporal.
Visaremos o desenvolvimento socioeducacional através da contemplação
das seguintes leis:
• Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental
• Lei 11645/8 – sobre História e Cultura dos Povos Indígenas
• Lei 10639/03 – sobre História e Cultura Afro-brasileira e Africana
121
O desenvolvimento socioeducacional abrangerá também as seguintes
temáticas:
• Cidadania e direitos humanos (Programa Bolsa Família, Educação Fiscal,
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI- Programa Escola Aberta,
Programa Saúde na Escola)
• Enfrentamento à Violência;
• Prevenção ao uso indevido de drogas;
• Educação Ambiental;
• Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência;
• Educação Escolar Indígena;
• Relação de Gênero e Diversidade Sexual;
• Educação do Campo.
Os conteúdos referentes ao desenvolvimento socioeducacional serão
ministrados através aulas teóricas e práticas proporcionando a inclusão da prática de
todos os alunos, contribuindo assim para um ensino pautado no aprendizado e melhora
das aptidões, habilidades, conceitos e criatividade.
No desenvolvimento das aulas utilizaremos vários recursos pedagógicos,
como revistas, jornais, televisão pendrive, internet, análise de estratégias nas aulas
através de debates, projetos e sempre procurando repensar o ensino da Educação Física
como forma de elevação e construção do conhecimento.
Com base nas DCEs 2008, estaremos sempre procurando tornar nossos
alunos pessoas com consciência corporal, social e cultural, analisando e valorizando os
conhecimentos historicamente produzidos e acumulados, e as possibilidades de atuação
e utilização de tais conhecimentos na sociedade contemporânea.
As aulas serão desenvolvidas no espaço da quadra, na sala de aulas
utilizando as televisões e jogos pedagógicos, no laboratório de informática, praças e
locais alternativos para prática da Educação Física.
4. Avaliação
122
A avaliação deverá considerar todas as possibilidades e tentativas do
alunos em explicitar, à sua maneira, de que forma compreender os conteúdos
abordados.Assim sendo estaremos atentos a vários fatores que explicitaremos abaixo:
• Comprometimento e envolvimento – se os alunos entregam as atividades
propostas pelo professor; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por
meio da recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver, de maneira
criativa, situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando
o posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências; se o aluno
se mostra envolvido nas atividades, seja através de participação nas atividades
práticas ou realizando relatórios.
• Avanços e dificuldades - Estaremos analisando os avanços e dificuldades a fim
de superar obstáculos, sempre pautados numa reflexão crítica e construtiva dos
conteúdos trabalhados, dinâmicas em grupo, seminários,debates, júri-simulado,
(re)criação de jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo pedagógico24,
entre outros, em que os estudantes possam expressar suas opiniões aos demais
colegas.
A avaliação também será trabalhada através de trabalhos escritos, síntese
de teorias, recortes de conteúdos, cadernos, e atitudes positivas ou não no
desenvolvimento das atividades gerais de todos os momentos letivos.
A recuperação de estudos, dos diversos níveis de aprendizado,
será realizada sobre as dificuldades de aprendizagem apresentadas no decorrer do
bimestre letivo.
5. Referências
123
FLOR, I. GÂNDARA, C. RAVELO, J. MELLO, A . M., Manual de Educação
Física Esportes e recreação por idade, Madri Espanha,Cultural, S.A., VII
ed. 2006.
KUNZ, Elenor Transformações didático- pedagógicas do esporte 6. ed. Ijuí : Ed.
Unijuí, 2004 – 160 p.
BREGOLATO, Roseli Aparecida Cultural Corporal do Esporte 2. ed. São Paulo:
Ed. Ícone, 2003 182p. vol.3.
BREGOLATO, Roseli Aparecida Cultural Corporal da Dança 2. ed. São Paulo: Ed.
Ícone, 2006.181p. vol.3.
BREGOLATO, Roseli Aparecida Cultural Corporal do Ginástica 2. ed. São Paulo:
Ed. Ícone, 2002 232p. vol.2.
BREGOLATO, Roseli Aparecida Cultural Corporal do Jogo 2. ed. São Paulo: Ed.
Ícone, 2005 253p. vol.4.
Educação Física/ vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. 248p.
Silva, João Bosco da Educação Física, Esporte, Lazer: Aprender a Aprender
Fazendo,Londrina: Lido, 1995 p.126
Guedes, Dartagnan Pinto, Crescimento, composição corporal e desempenho motor
de crianças e adolecentes, São Paulo : CLR Balieiro, 1997.
MARQUES, Isabel A. Dançando na Escola 2. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
GUILLEN, E. Manual de Jogos , Flamboyant: 1962 - 202 p.
MARCELINO, Nelson Carvalho. Lúdico, educação e educação física 2. ed. Ijuí:
Ed. Unijuí, 2003. – 230 p.
BRANCHT, V. Pesquisa em ação – Educação Física na Escola
A política do esporte no Brasil.
BETTI, M Educação Física escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas.
DCEs Diretrizes Curriculares da Educação Básica Educação Física do Paraná
SEED 2008.124
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual João Plath, 2012.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual João Plath, 2012.
125
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da Serra - Paraná
DOCENTES: JULIANA CAZARIN
126
Mauá da Serra
2012
APRESENTAÇÃO
No Brasil, o ensino de línguas estrangeiras está vinculado à organização
social e histórica do país. No início da colonização, os jesuítas ensinavam latim às
comunidades indígenas com o propósito de dominação e expansão do catolicismo. De
1581 a 1640, período em que se estabeleceu a União Ibérica, os jesuítas foram
considerados pelos espanhóis um entrave para as demarcações territoriais, o que
culminou com a expulsão da Ordem dos territórios portugueses na América. A partir de
1759, foi constituído o ensino régio no Brasil, o qual era garantido pelo Estado. A
língua estrangeira oferecida continuava sendo o latim e os professores contratados eram
não-religiosos.
O ensino de línguas modernas ganhou reconhecimento com a chegada da
família real ao Brasil e abertura dos portos ao comércio. Os currículos passaram a
oferecer o Inglês e Francês visando o intercâmbio comercial. Em 1837, foi fundado o
Colégio Pedro II que se tornou modelo por quase um século, as línguas ensinadas ali
eram o francês, o inglês e o alemão. De 1929 a 1931, a língua italiana também foi
ofertada nesse colégio.
A abordagem tradicional, que tinha como método ensinar através da
escrita e da gramática, durou desde a educação jesuítica até o advento da Reforma
Francisco Campos, a qual instituiu o Método Direto. Neste, a língua materna perdia a
função de mediadora no processo de aprendizagem, o professor se comunicava
exclusivamente em língua estrangeira durante as aulas.
No governo Vargas (1937), o francês apresentava pouca vantagem em
relação ao inglês. O espanhol começou a ser ensinado em detrimento ao alemão, o
127
italiano e o japonês por motivo da 2ª Guerra Mundial, e o latim permaneceu como
língua clássica. A língua espanhola foi valorizada como língua estrangeira porque
representava um modelo de patriotismo a ser seguido pelos estudantes e o respeito do
povo espanhol às suas tradições.
Com o tempo, o ensino de língua inglesa foi fortalecido e se deu pela
dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos. O inglês
teve garantia curricular por ser o idioma mais utilizado no comércio internacional.
Após a Segunda Guerra, a partir de 1950, a educação no Brasil passou a
direcionar o foco para a profissionalização do estudante, visando, sobretudo, o
desenvolvimento econômico do país. Com a promulgação da LDB nº 4024, em 1961, os
estados ficaram desobrigados a manter nos currículos o ensino de LE. Este, por sua vez,
ficou ainda mais desprestigiado com a ascensão dos militares ao comando do Brasil. Os
militares alegavam que as línguas estrangeiras eram prejudiciais à cultura brasileira e
ainda, que a escola não deveria ser porta de entrada de meios anticulturais. Em 1976, o
ensino de LE voltou a ser prestigiado e obrigatório no 2° grau e recomendado no 1º
grau. Porém, uma condição gerou insatisfação ao quadro de professores: o número de
aulas ficou reduzido a uma aula semanal.
No Paraná houve movimentos de professores insatisfeitos com o modelo
de currículo para LE e dessa insatisfação surgiu o Centro de Línguas Estrangeiras no
Colégio Estadual do Paraná. Com a mobilização de professores organizados em
associações, a Secretaria de Estado da Educação oficializou a criação dos Centros de
Línguas Estrangeiras Modernas (CELEMs) em 1986.
Baseada em dar suporte aos educandos sobre a cultura de outros povos e
consequentemente sua língua, a Língua Estrangeira Moderna estrutura-se no princípio
de que o desenvolvimento do educando deve incorrer as três práticas essenciais ao
processo de ensino-aprendizagem de uma língua: leitura, escrita e oralidade. No entanto,
é preciso que esse processo supere, segundo as Diretrizes, “a visão de ensino apenas
como meio para atingir fins comunicativos que restringem sua aprendizagem como
experiência de identificação social e cultural” (DCE, 2009, p. 53) e sim ofereça
possibilidades para que o aluno perceba e compreenda a diversidade cultural e
linguística presente na aprendizagem da língua e, consequentemente construa
significados em relação ao mundo em que vive.
Dessa forma, o objetivo do ensino de língua estrangeira deixa de ser
apenas o linguístico e passa a ser um caminho para que o aluno:
128
Ø Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
Ø Vivencie, na aula de espanhol formas de participação que lhe possibilitem
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
Ø Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
Ø Tenha maior consciência sobre o papel da Língua espanhola na sociedade;
Ø Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Assim, a pedagogia crítica deve ser o referencial teórico que alicerça o trabalho
pedagógico com a Língua Espanhola, com o objetivo de levar o educando à
“apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das
relações sociais e para transformação da realidade.” (DCE, 2009, p. 52)
Muitos desses trabalhos analisam a função da Língua Estrangeira
com vistas a um ensino que contribua para reduzir desigualdades sociais e desvelar as
relações de poder que as apoiam. Tais estudos e pesquisas tem orientado as propostas
mais recentes para o ensino de Língua Estrangeira no contexto educacional brasileiro e
servem de subsídios na elaboração destas Diretrizes. Como resultado de um processo
que buscava destacar o Brasil no Mercosul, em 5 de agosto de 2005, foi criada a lei n.
11.161, que tornou obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos de
Ensino Médio. Com isso, também se buscou atender a interesses político-econômicos
para melhorar as relações comerciais do Brasil com países de Língua Espanhola. A
oferta dessa disciplina é obrigatória para a escola e de matrícula facultativa para o
aluno.
O CELEM é um curso especial para as escolas estaduais cujo aluno pode fazer
dois anos, aberto a todos os alunos que se interessarem, pois deve atender as
necessidades da sociedade contemporânea. O ensino de Língua Espanhola no CELEM
tem o papel de informar, mostrar e ensinar regras para apenas serem seguidas, mas que
possam ser modificadas, tomando o aluno agente transformador da sociedade. Ao tratar
os conteúdos de Língua Espanhola, o proporcionará ao aluno, pertencente a uma
determinada cultura, o contato e interação com outras línguas e culturas. Desse
encontro, espera-se que possa surgir a consciência do lugar que se preocupa no mundo,
extrapolando o domínio linguístico.
CONTEÚDOS
129
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
O estudo da L.E tem com conteúdo o DISCURSO como uma construção
histórica social em constante mudança. Assim ele deve ser tratado como prática social
de maneira dinâmica por meio da leitura da oralidade e da escrita .
Na leitura ,é importante que o aluno conheça textos de várias esferas
sócias de circulação :publicitários ,jornalísticos ,científicos etc:que identifiquem as suas
diferenças estruturais e funcionais ,a sua autoria .o público a quem se destina ,o
conhecimento adquirido de experiências com a Língua Moderna ,realize a leitura
compreensiva do texto ,amplie seu horizonte de expectativas ,informalidade
situacionalidade ,intertextualidade ,temporalidade ,léxico,entre outros .
Na escrita ,o educando deve elaborar textos atendendo a situações de
produção propostas (gênero ,interlocutor,finalidade),uso de recursos textuais como
coesão e coerência ,utilização adequada de pontuação ,uso de função do artigo ,pronome
,substantivo,entre outras marcas lingüísticas .
Na oralidade o aluno deve desenvolver elementos extralingüísticos
:entonação ,expressão facial,corporal e gestual ,adequação do discurso ao gênero,turnos
de fala variações lingüísticas :coesão ,coerência ,repetição ,diferenças e semelhanças
entre o discurso oral e escrito.
O trabalho com diferentes de gêneros textuais deve conduzir o aluno a
perceber a produção de diferentes discursos as diferentes vozes que permeiam as
relações sociais e as relações de poder que as permeiam .É preciso que os níveis de
organização lingüística sirvam ao uso da linguagem na compreensão ,na produção
escrita ,oral ,verbal e não verbal.
CONTEÚDOS BÁSICO
1ª SÉRIE
GENÊROS TEXTUAIS
Fotos (álbum de família)
130
Cartão de felicitações
Bilhetes
Manchetes
Convites
Data Comemorativa
Quadrinhos
Receitas
Biografias
Letras
Provérbios
Trava-língua
Autobiografia
Resumos simples
Narrativas básicas
Placas
Rótulos
Horóscopo
Caricaturas
Classificados
Torpedos
Horóscopo
Caricaturas
Classificados
Torpedos
Anedotas
131
Cartão
Comunicados
Cuentos
Verbetes
Exposição oral (nem que for de uma frase)
Parlendas
Provérbios
Anúncio de emprego
Cartum
Charge
PRÁTICA DISCURSIVA DA LEITURA
Tema do texto
Interlocutor
Finalidade do texto
Aceitabilidade do texto
Situcionalidade
Intertextualidade
Temporalidade
Discurso direito e indireto
Palavras e expressões que denotam humor e ironia no texto
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, pontuação, figuras de linguagem
Recursos gráficos
Acentuação gráfica
132
Conhecimento de mundo
PRÁTICA DISCURSIVA DA ESCRITA
Tema do texto
Interlocutor
Finalidade do texto
Informatividade
Situcionalidade
Temporalidade
Processo de formação de palavras
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, pontuação
Funções das classes gramaticais no texto
Ortografia
PRÁTICA DISCURSIVA DA ORALIDADE
Conteúdo temático
Finalidade
Infomatividade
Papel do locutor e do interlocutor
Variação lingüística
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc)
Adequação do discurso ao gênero
CONTEÚDOS PARA O CURSO BÁSICO
133
2ª SÉRIE
GÊNEROS TEXTUAIS
Carta pessoal
Datas Comemorativas
Advinhações
Anedotas
Diário
Lista de compras
Rótulos
Embalagens
Reportagens
Comercial de TV
Biografias
Romances
Textos dramáticos
Textos de opinião
Charges
Entrevista
Horóscopo
Caricaturas
Filmes
Cartão Social (apresentação)
Canções culturais
Contos de Fadas
134
Relatos
Tiras
Blog
Chat
Torpedos
Biografia
Diálogo /Discussão Argumentativas
Anúncios
Verbetes
Paródias
Manchetes
Lendas
Sinopses de Filmes
Mapa
Leitura de fotos
Panfleto
Leis
Telenovelas
Parlenda
Provérbios
Comunicado
Receitas
Carta pessoal
Convite
Texto Argumentativo
135
Carta de reclamação
Preenchimento de cheques
Bula de remédio
Regras de jogo (videogame)
PRÁTICA DISCURSIVA DA LEITURA
• Marcas linguísticas
Tema do texto
Leitura dos elementos não verbais no texto
Leitura verbal e não verbal
Fatores Argumentativos
Convencimento e persuasão
PRÁTICA DISCURSIVA DA ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
136
Condições de produção;
Informatividade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos;
Marcas linguísticas: particularidade da língua , pontuação; recursos gráficos;
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
PRÁTICA DISCURSIVA DA ORALIDADE
Entonação (pausas e gestos)
Termos da fala, adequação da fala
Leitura de diversos textos
Coerência/ Coesão
Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
137
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do
papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à
informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e
transformar modos de entender o mundo e de construir significados. A partir do
Conteúdo Estruturante Discurso como prática social, serão trabalhadas questões
linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso da
língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira
será o texto, verbal e não-verbal, como unidade de linguagem em uso. Antunes (2007, p.
130) esclarece que [...] o texto não é a forma prioritária de se usar a língua. É a única
forma. A forma necessária. Não tem outro. A gramática é constitutiva do texto, e o texto
é constitutivo da atividade da linguagem. Tudo o que nos deve interessar no estudo da
língua culmina com a exploração das atividades discursivas.
Propõe-se a abordeagem de vários gêneros textuais, em atividades
diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição
de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos
coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o
ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto,
abandoná-la.
Se não existissem gêneros, se fossem criados pela primeira vez em cada
conversa, a comunicação verbal seria quase impossível (Bakhtin, 1992). Portanto, é
importante que o aluno tenha acesso a textos de várias esferas sociais: publicitária,
jornalística, literária, informativa, etc.Além disso, é necessário que se identifiquem as
diferenças estruturais e funcionais, a autoria, o público a que se destina, e que se
aproveite o conhecimento já adquirido de experiência com a língua materna. O objetivo
será interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.
A reflexão crítica acerca dos discursos que circulam em Língua Estrangeira
Moderna somente é possível mediante o contato com textos verbais e não-verbais. A
138
aula de Língua Espanhola deve ser um espaço em que se desenvolvam atividades
significativas, as quais explorem diferentes recursos e fontes, a fim de que o aluno
vincule o que é estudado com o que o cerca. As discussões poderão acontecer em
Língua Materna, pois nem todos os alunos dispõem de um léxico suficiente para que o
diálogo se realize em Língua Estrangeira Na abordagem de leitura discursiva, a
inferência é um processo cognitivo relevante porque possibilita construir novos
conhecimentos, a partir daqueles existentes na memória do leitor, os quais são ativados
e relacionados às informações materializadas no texto. Levar o aluno a entender que,
ao interagir com/na língua, interagem com pessoas específicas. Para compreender um
enunciado em particular, devem ter em mente quem disse o quê, para quem, onde,
quando e por que .Reconhece-se que o desconhecimento linguístico pode dificultar essa
interação com o texto, o que impossibilita a crítica (Busnardo e Braga, 2000). O
conhecimento linguístico é condição necessária para se chegar à compreensão do texto,
porém não é suficiente, considerando que o leitor precisa executar um processo ativo de
construção de sentidos e também relacionar a informação nova aos saberes já
adquiridos: o conhecimento discursivo da sua língua materna, da sua história, de outras
leituras utilizadas ao longo de sua vida (Vygotsky, 1989).
A ativação dos procedimentos interpretativos da língua materna, a mobilização
do conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos alunos são alguns elementos
que podem permitir a interpretação de grande parte dos sentidos produzidos no contato
com os textos. Não é preciso que o aluno entenda os significados de cada palavra ou a
estrutura do texto para que lhe produza sentidos. O papel do estudo gramatical
relaciona-se ao entendimento, quando necessário, de procedimentos para construção de
significados usados na Língua Estrangeira. Portanto, o trabalho com a análise linguística
torna-se importante na
medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas
apresentadas. Ela deve estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as
reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos alunos, a
fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos.
Conhecer novas culturas implica constatar que uma cultura não é
necessariamente melhor nem pior que outra, mas sim diferente. É reconhecer que as
novas palavras não são simplesmente novos rótulos para os velhos conceitos. Criar
condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja crítico.
Para que o aluno compreenda a palavra do outro, é preciso que se reconstrua o
contexto sócio-histórico e os valores estilísticos e ideológicos que geraram o texto. O
maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita ao leitor
139
elaborar um novo modo de ver a realidade. Para que uma leitura em Língua Estrangeira
se transforme realmente em uma situação de interação, é fundamental que o aluno seja
subsidiado com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e discursivos.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a
textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem
discursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a
expressar ideias em Língua Espanhola mesmo que com limitações. Vale explicitar que,
mesmo oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem
implica e existe a necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes
situações, tal como ocorre na escrita e em Língua Materna. Também é importante que o
aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo.
Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma
atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o docente direcione
as atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da
produção e para quem se escreve, em situações reais de uso.
Nos textos de literatura, as reflexões sobre a ideologia e a construção da
realidade fazem parte da produção do conhecimento, sempre parcial, complexo e
dinâmico, dependente do contexto e das relações de poder. Assim, ao apresentar textos
literários aos alunos, devem-se propor atividades que colaborem para que ele analise os
textos e os perceba como prática social de uma sociedade em um determinado contexto
sociocultural.
Outro aspecto importante com relação ao ensino de Língua Estrangeira Moderna
é que ele será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do currículo para
relacionar os vários conhecimentos.
• Pesquisa: será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado.
Lembrando, que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o assunto,
isso significa que poderá ser realizada não só nos livros ou na internet. Uma conversa
com pessoas mais experientes, uma entrevista, e assim por diante, também serão
consideradas pesquisas.
• Discussão: conversar na sala de aula a respeito do assunto, valorizando
as pesquisas feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar informações. Essa
atividade poderá ser feita em Língua Materna.
140
• Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira,
com a ajuda dos recursos disponíveis na sala de aula e a orientação do professor.
Os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém em diferentes
graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno. A bagagem de
conhecimentos que o aluno trará em Língua Estrangeira será diferenciada, pois os
estabelecimentos de ensino possuem matrizes curriculares diferentes, além disso, nem
sempre o aluno terá estudado o mesmo idioma em séries anteriores.
É importante tecer, também, algumas considerações sobre os livros didáticos
comumente utilizados como apoio didático pelo professor, materiais que têm assumido
uma posição central na definição de conteúdos e metodologias nas aulas de Língua
Estrangeira Moderna. As concepções de ensino e língua subjacentes às atividades dos
livros didáticos tendem a se fundamentar, em grande parte, na Abordagem
Comunicativa.
Além de descortinar os valores subjacentes no livro didático, recomenda-se que
o professor utilize outros materiais disponíveis na escola: livros didáticos, dicionários,
livros paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet, TV multimídia, etc. A
elaboração de materiais pedagógicos permite flexibilidade para incorporar
especificidades e interesses dos alunos, para contemplar a diversidade regional, bem
como a Lei 10.639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; A Lei 11.645/08
– História e Cultura dos povos Indígenas, valorizando a história e cultura de seus povos;
A lei 9795/99, Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao
desenvolvimento Sócio Educacional: Cidadania e Direitos Humanos ( Educação fiscal e
Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao uso indevido de
Drogas e Educacão Ambiental ( já citada – Lei); e a Diversidade: Relações étnico-
Raciais e Afro descendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e
Diversidade Sexual e Educação do Campo.
AVALIAÇÃO
141
A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está articulada aos
fundamentos teóricos explicitados nestas Diretrizes e na LDB n. 9394/96. Ao propor
reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o processo de ensino e de
aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno
tenha uma dimensão do ponto em que se encontra no percurso pedagógico.
Segundo Luckesi (1995, apud DCE, 2009, p. 69), para que a avaliação assuma
“o seu verdadeiro papel, ela deve subsidiar a construção da aprendizagem bem-
sucedida”, deixando de ser um simples instrumento de mediação da apreensão de
conteúdos. Assim, o processo avaliativo deverá servir para reflexão acerca dos avanços
e dificuldades dos alunos e ainda, servirá como norteadora do trabalho do professor, que
poderá, a partir dele, “identificar as dificuldades, planejar e propor outros
encaminhamentos que busquem superá-las.” (DCE, 2009, p. 71)
Para que isso se efetive, será observada a participação do aluno, sua interação
verbal, o uso que este faz da língua durante as atividades propostas, bem como a
capacidade que ele demonstra para levantar hipóteses a respeito da organização textual,
para perceber a intencionalidade do texto e seu autor, etc. Sendo assim, a avaliação será
diagnóstica, somatória e cumulativa.
Ainda, ao avaliar o desempenho dos alunos, serão levados em consideração os
objetivos propostos no Regimento e no Projeto Político-Pedagógico da escola: avaliação
diagnóstica somativa e cumulativa prevalecendo os aspectos qualitativos, sendo
utilizados os seguintes instrumentos: provas, trabalhos orais e escritos (individuais e em
grupos), produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de articulação
entre teoria e prática. A recuperação para o aluno se dará por meio de recuperação de
conteúdo através de realização de provas, trabalhos orais e escritos. A expressão dos
resultados desse processo será feita conforme o previsto no Regimento Escolar deste
estabelecimento, referente ao sistema de avaliação, recuperação de estudos deve
acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são
importantes para a formação aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e
recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de
retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para
assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é
simples decorrência da recuperação de conteúdo. Assim, a avaliação do processo
ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica, de responsabilidade do
professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A seleção de
conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação
elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e
técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de 142
expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus
alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos. Por fim, destaca-se que a
concepção de avaliação que permeia o currículo não pode ser uma escolha solitária do
professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver o coletivo da escola, para que
todos (direção, equipe pedagógica, pais, alunos) assumam seus papéis e se concretize
um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alunos .O que difere do simples
aprender, é o fato de que adquirir uma língua é uma aquisição irreversível. Sendo assim,
o erro deve ser visto como fundamental para a produção de conhecimento pelo ser
humano, como um passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no
processo que não é linear, não acontece da mesma forma e ao mesmo tempo para
diferentes pessoas. Refletir a respeito da produção do aluno, o encaminhará à superação,
ao enriquecimento do saber e, nesse sentido, a ação avaliativa reflexiva cumprirá a sua
função.
A avaliação, enquanto relação dialógica, concebe o conhecimento como
apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo de ação- reflexão-
ação, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno, carregado de
significados e de compreensão. Assim, tanto o professor quanto os alunos poderão
acompanhar o percurso desenvolvido até então, e identificar dificuldades, planejar e
propor outros encaminhamentos que busquem superá-las. O processo avaliativo não se
limita apenas à sala de aula. O projeto curricular, a programação do ensino em sala de
aula e os seus resultados, estão envolvidos neste processo. A avaliação deve estar
articulada com os objetivos e conteúdos definidos a partir das concepções e
encaminhamentos metodológicos destas Diretrizes. As explicitações dos propósitos da
avaliação e do uso de seus resultados podem favorecer atitudes menos resistentes ao
aprendizado de Língua Estrangeira e permitirem que a comunidade, não apenas escolar,
reconheça o valor desse conhecimento.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Leitura
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
143
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Recursos estilísticos;
• Marcas linguísticas: particularidade da língua , pontuação; recursos gráficos;
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos;
• Marcas linguísticas: particularidade da língua , pontuação; recursos gráficos;
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;144
• Vozes sociais presentes no texto;
• Variações linguísticas;
• Mascas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
• Adequação da fala ao contexto;
• Pronuncia;
REFERÊNCIAS.
BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico- Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Brasília- DF, 2004.
_______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para
incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e
Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil. Ministério da Educação.
Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e
para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília:
MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.
_______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In:BRASIL/MEC. Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino
fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina
história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica: Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2009
Martin.Ivan Rodrigues.Espanhol série Brasil .Ensino Médio.
Cantino Georgina .Palacios Monica . Espanhol para o ensino médio.
Briones Ana Isabel . Eres Gretel Flavian .Eugenia Fernández. Español Ahora.145
PROJETO POLITICO PEDAGOGICO, C.E. João Plath. Mauá da Serra. 2012.
REGIMENTO ESCOLAR. C.E. João Plath. Mauá da Serra. 2012.
REFERÊNCIAS ON LINE
ZOTTI, S. A . Currículo. In: Navegando na história da educação brasileira. Disponível
em: http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_ curriculo.htm.
Acesso em 25 de outubro de 2008.
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da Serra -
Paraná
DOCENTES: CLEUSA APARECIDA DOS SANTOS CORDEIRO
EULA PAULA DA SILVA
146
Mauá da Serra
2012
1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O Objeto de estudo da disciplina de Ensino Religioso é o Sagrado. E através dos
conteúdos Estruturantes e Específicos da disciplina, o Sagrado será visto com base na
diversidade religiosa de modo a permitir uma análise mais completa de sua presença nas
diferentes manifestações religiosas.
O Ensino Religioso está presente no Brasil desde a sua colonização, com as
atividades de evangelização pelos jesuítas da Companhia de Jesus e tinha cunho católico
e tinha o objetivo de cristianizar os indígenas fazendo-os abandonar suas crenças e
costumes.
Com a Proclamação da República, houve separação entre o Estado e a Igreja e todas
as instituições e assuntos de ordem pública foram reestruturados de acordo com o
critério de laicidade no sentido de neutralidade religioso, e o modelo baseado na
catequese religiosa foi dissolvido.
A disciplina de Ensino Religioso foi introduzida nos currículos da educação pública
em 1934, com o Estado Novo, com base em lei, de caráter facultativo para os estudantes
não católicos.
Na Constituição da Era Vargas, no artigo 153, o ensino Religioso, disciplina de
parte integrante da formação básica do cidadão e também de caráter facultativo.
147
Na década de 60, o aspecto confessional do Ensino Religioso foi suprimido do
inciso IV do artigo 168 da Constituição de 1967, que dizia: “o ensino religioso, de
matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais de
grau primário e médio”. Surgindo assim, a possibilidade de reelaboração da disciplina
em função de uma perspectiva aconfessional de ensino.
Porém as aulas continuavam eram ministradas por professores voluntários ligados às
denominações religiosas, os quais influenciavam o caráter confessional das instituições
das quais faziam parte. Sendo que nessa época, o Estado se esquivava, continuamente,
de sua responsabilidade com o Ensino Religioso, o que resultava na fragmentação da
identidade dessa disciplina.
E, em 1996, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional concretizaram
legalmente a possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público e foi
corrigido em 1997, pela Lei 9.475, onde em seu artigo 33 da LDBEN, o Ensino
Religioso recebeu.
Quando se refere aos conteúdos do ensino religioso, devemos atentar para o artigo
XVIII da Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948:
“Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância isolada ou coletivamente, em público ou em particular”
Art. 33 – O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação
básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de
Educação Básica assegurando o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedada
quaisquer formas de proselitismo.
§1º – Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos
conteúdos do Ensino Religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão
de professores.
§2º – Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes
denominações religiosas.
Os temas religiosos na educação brasileira são laicos e pluralistas sem a intenção
de qualquer forma de prática catequética. E nas escolas públicas, tais temas devem ser 148
tratados de forma contextualizava, propiciando a formação de sujeitos históricos-alunos
e professores contribuindo para a crítica as contradições sociais, políticas e econômicas,
propiciando uma compreensão científica, a reflexão filosófica e a criação artística e
levando-os a compreender que as estruturas sociais são históricas, contraditórias e
abertas.
Conforme as DCEs, o objetivo geral da disciplina é entender como os grupos
sociais se constitui culturalmente e como se relacionam com o Sagrado. Seguido pelo
Plano de Trabalho Docente, o qual deve estar pautado conforme a Lei de Diretrizes e
Bases - LDB 9394/96, onde tem como meta o desenvolvimento da cidadania; a
compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do Sagrado; a
compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como as sociedades
são influenciadas pelas tradições religiosas, tanto na afirmação quanto na negação do
Sagrado; a superação de toda e qualquer forma de apologia ou imposição de um
determinado grupo de preceitos e sacramentos; a contribuição para superar
desigualdades étnico-religiosas, garantindo o direito constitucional de liberdade de
crença e de expressão. E, por conseqüência, o direito à liberdade individual e política
através de orientação para a apropriação dos saberes sobre as expressões e organizações
religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do conhecimento,
efetivando uma prática de ensino voltada para a superação do preconceito religioso para
a construção e consolidação do respeito à diversidade cultural e religiosa.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
4. CONTEÚDOS: 6º Ano
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
METODOLOGIA
Universo simbólico
religiosa
Organizações religiosas
• O judaísmo;
• O cristianismo;
• Análise de Artigos que relatem
o direito á diversidade religiosa;
• Aula expositiva e análise da
diferenciação entre religião e
149
• O islamismo;
• O Hinduísmo;
• O Xintoísmo;
• O Budismo;
• As religiões Afro-
brasileiras:
Candomblé e
Umbanda;
• Tradições religiosas
indígenas;
• Jainismo;
• O Espiritismo
organização religiosa;
• Contextualização sobre todas as
religiões em pauta;
• Leitura e interpretação de texto,
produção de textos, gráficos, tabelas e mapas; pesquisa bibliográfica e relatório de aulas de campo.
• Diálogos sobre vários temas
que são vistos na vida cotidiana religiosa do educando, tais como:
O valor do ser humano;
O relacionamento em comunidade;
O amor;
A obediência;
A liberdade (limite, regras)
A esperança (objetivos);
O respeito;
A solidariedade;
• Análise sobre os fundadores
e/ou líderes religiosas e a estrutura hierárquicas das religiões;
• Com base na A Lei 10.639/03
ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana torna-se obrigatória na educação Básica e, ao se trabalhar o candomblé, deve-se buscar evidenciar suas contribuições para história e memória negro-africana.
150
• Através da Lei 11.645/08 a
escola tem obrigatoriedade de ensinar a Cultura Indígena, a qual será visto de forma a englobar as tradições religiosas indígenas através de reportagens, documentários, leituras de textos para reflexão, etc.
Paisagem religiosa Lugares sagrados:
• Templos;
• Rios;
• Cidades;
• Grutas
• Cemitérios;
• Imagens
• Leitura e interpretação de fotos e
imagens;
• Diálogo sobre os lugares sagrados
que o aluno conhece pessoalmente ou através de imagens mostradas nas diferentes mídias;
• A Política Nacional de Educação
Ambiental em todos os níveis e modalidades de ensino está amparada pela Lei 9795/99. E em todos os conteúdos dar-se-á ênfase a Educação Ambiental.
Textos sagrados Textos sagrados orais e
escritos:
• O Pentateuco (livros
da Bíblia que são seguidos pelo judaísmo)
• O velho e o novo
testamento no cristianismo;
• O alcorão no
islamismo.
• Textos Sagrados das
diversas religiões em pauta.
• Análise de fragmentos de textos
sagrados das religiões em pauta.
151
7º Ano
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
METODOLOGIA
Universo simbólico religioso
Temporalidade sagrada nas diversas religiões:
• Ligação do humano
com o divino.
• A criação do mundo
nas diversas tradições religiosas;
• Os calendários e seus
tempos sagrados (nascimento do líder religioso);
• Passagem de ano;
• Datas de rituais;
Festas, dias da semana;
• Calendários religiosos,
natal cristão, Kumba Mela (hinduísmo) e outras datas.
• Os conteúdos sobre a
temporalidade sagrada será trabalhado conforme forem surgindo às festas das diferentes religiões;
• Análise de panfletos, vídeos,
fotos pesquisas e debates.
Paisagem religiosa Festas religiosas:
• Peregrinação à Meca;
• As festas judaicas;
• As festas do
cristianismo católico;
• As festas do
cristianismo evangélico;
• Pesquisas em jornais, revistas,
através da televisão, internet, filmes, panfletos, cartazes.
152
• As romarias;
• As festividades
existentes em diversas partes do Brasil, onde são comemorados os dias santos;
• Festas religiosas
organizadas por diferentes grupos religiosos. Entre eles:
Peregrinações;
Festas familiares;
Festas nos templos;
Datas comemorativas (natal, páscoa, Festa de Iemanjá (cultura afro/brasileira), pessach (festa judaica), Ramadã (Islâmica), Kuarup (indígena), etc.
Universo simbólico religioso
Ritos:
• Ritos de
passagem;
• Os mortuários;
• Os
propiciatórios.
• Construção da linha do
tempo da vida do educando, fazendo com que o mesmo identifique os ritos que marcaram sua vida;
• Pesquisa sobre ritos das
diversas religiões em pauta.
153
Universo simbólico religiosa
Vida e morte
• Trechos de filmes que
retratam as tradições religiosas de forma que o educando possa compreender as diferentes perspectivas religiosas para a vida após a morte: ancestralidade, reencarnação, ressurreição e o nada.
3-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
A avaliação tem por objetivo proporcionar ao professor subsídios para as
decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e
aluno no acesso ao conhecimento. E visa contribuir para a compreensão das
dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que
essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da
sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão
inseridos.
A avaliação constitui-se num elemento que deve ser contínua e diagnóstica,
observando-se o desenvolvimento diário dos alunos, não só em termos de assimilação
de conteúdo como também as posturas ou atitudes sociais que serão por eles
desenvolvidas na medida em que estudam.
Será de forma contínua e diagnóstica porque o educador em todo tempo deve
analisar o desempenho de seu aluno fazendo um diagnóstico sobre os avanços e
dificuldades encontradas.
Os instrumentos de avaliação serão diversificados por meio de atividades em
sala, produção de textos, cartazes, desenhos, expressão oral, análise diária, tanto do
professor quanto do aluno, avaliação escrita. Todos os instrumentos avaliativos terão
como objetivo principal a ser à compreensão e a construção do conhecimento
relacionado ao Sagrado.
154
O aprimoramento do estilo argumentativo seja na produção de textos, nas
respostas de questionários, bem como em suas colocações verbais, também serão
critérios de avaliação.
Não haverá aferição de notas ou conceitos que imprimem aprovação ou
reprovação do aluno.
O processo avaliativo será registrado por meio de instrumentos que permitam à
escola, ao aluno, aos pais ou responsável identificar os progressos obtidos na disciplina.
5- REFERÊNCIAS:
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1998.
Declaração Universal dos Direitos Humanos – Disponível em: http://www.comitepaz.org.br/download/Declara%C3%A7%C3%A3o%20Universal%20dos%20Direitos%20Humanos.pdf. Acesso em: 20/04/2012
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - Ensino Religioso, Projeto Gráfico e Diagramação, Secretaria de Estado da Educação. PR 2008
LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 5ª Edição, Centro de Documentação e Informação Edições Câmara Brasília, 2010. Disponível em: http://bd.camara.gov.br/. Acesso em: 20/04/2012
155
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da Serra - Paraná
156
DOCENTES: CLEUSA APARECIDA DOS SANTOS
ELIANE YASSUGUI DE ALMEIDA
Mauá da Serra
2012
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE
FILOSOFIA
Há mais de 2600 anos, a filosofia se constitui como pensamento racional
e sistemático, de modo que a questão pedagógica do conhecimento filosófico é uma
temática tão antiga quanto à filosofia.
Deste modo, a filosofia é uma atividade que se ocupa de questões cujas
respostas estão longe de serem obtidas pela ciência. Russel diz que problemas como a
estrutura do universo, a origem das noções de bem e mal, os efeitos que a consciência
humana projeta sobre o mundo, e outros, são temas discutidos mais propriamente pela
filosofia, porque eles ainda são desafiantes e carecem de respostas.
157
As primeiras discussões filosóficas nasceram na Grécia, com Tales de
Mileto, com características materialista, científica e humanista. Sócrates, Platão,
Aristóteles marcaram a história da filosofia, que trouxeram grandes questionamentos
que contribuíram para o desenvolvimento do pensamento filosófico. No entanto desde
os primórdios a Filosofia predominava entre o que ensinava os Jesuítas onde era
entendida como instrumento de formação moral e intelectual. Porém de 1889 a 1961 a
Filosofia passou a fazer parte dos currículos oficiais como disciplina
obrigatória, de acordo com a Lei 4024/61. Já com a Lei 5692/71, em regime militar,
época em que o currículo escolar não oportuniza o ensino da referida disciplina, sendo
que ela desaparece dos currículos escolares do Ensino Médio, pois a mesma não atendia
interesses políticos do momento, visando formar cidadão críticos.
A partir de 1985, até nossos dias o ensino de filosofia, tem sido discutido
quanto sua aplicação no ensino médio, embora haja tendência das políticas curriculares
oficiais, para que o ensino da disciplina em pauta configure o saber transversal.
Segundo a LDN, Artigo 36, determina que ao concluir o Ensino Médio
o aluno, deverá dominar os conhecimentos de sociologia e filosofia necessários ao
exercício da cidadania.
Segundo a resolução 03/98, passou a filosofia para a transversalidade,
por três motivos:
• Precariedade na formação de professores da área;
• Argumento da elevação de custos com a contratação de profissionais;
• Descaracterização da peculiaridade da disciplina, passando a um discurso
puramente pedagógico.
158
No Estado do Paraná em 1994, foram oportunizados vários encontros de
professores sob a coordenação do DEM, para estudos da proposta curricular de
filosofia, mas por razões administrativas não foram implementadas nas Grades
Curriculares das escolas.
A partir de 2002, o ensino de filosofia foi ofertado e aderiu 50% das
escolas do Ensino Médio do Paraná, iniciativa que não caracterizou o retorno efetivo da
filosofia, por não encontrar suporte necessário.
Entre 2002 a 2005, todos os elementos sistematizaram a elaboração de
um novo documento sobre defesa do ensino de Filosofia no Estado do Paraná, com
ampliação do espaço destinado a referida disciplina.
Finalmente a Filosofia se torna presente nas Matrizes Curriculares de
todos os colégios do Ensino Médio, superando a transversalidade, implementando-se as
orientações curriculares necessárias.
2. CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
2.1. Conteúdos Estruturantes
• Mito e Filosofia;
• Teoria do conhecimento;
159
• Ética;
• Filosofia Política;
• Estética;
• Filosofia da Ciência.
2.2. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Introdução a Filosofia;
• O nascimento da Filosofia;
• Pensamento sistemático, crítica e as crenças cotidianas;
• Mito e Filosofia;
160
• Mito e razão filosófica;
• História da Filosofia antiga;
• Sócrates, Platão e Aristóteles;
• Principais períodos da Filosofia (Filosofia antiga – Filosofia da ilustração ou
iluminismo – Filosofia contemporânea);
• Racionalização do mito;
• Do senso comum ao senso crítico filosófico;
• A questão do conhecimento;
• Ironia e Maiêutica;
• O critério da verdade;
• Ignorância e verdade
• A busca da verdade
161
• As concepções da verdade;
• O problema do conhecimento;
• Teoria e prática;
• Primeiros filósofos (Heráclito / Parmenedes / Demócrito / Sócrates e os
sofistas /Platão / Aristóteles);
• Filósofos modernos (Bacon, Descartes, Loke...);
• A consciência: o eu, a pessoa, o cidadão e o sujeito;
• As fontes do conhecimento;
• Relativismo e racionalismo: Platão e Pitágoras;
• Filosofia e história;
• Filosofia e matemática;
162
• Filosofia e método; perspectiva do conhecimento;
• Linguagem e pensamento;
• Introdução a moral;
• Os valores;
• Estrutura do ato moral;
• A existência da ética (Chauí);
• A Filosofia moral;
• A virtude;
• Veracidade e virtude;
• Amizade;
• Liberdade;
163
• Liberdade em Sartre;
• Em busca da essência do político;
• O ideal do político;
• A democracia;
• A política indígena;
• A política em Maquiavel;
• Maquiavel e o poder;
• Ética e política;
• O estado;
• Política e violência;
• O estado como detentor do Monopólio da violência;
164
• Origens da violência;
• Violência e poder;
• Desigualdade social;
• A democracia em questão;
• Concepção liberal e política;
• Concepções de liberdade;
• Benjamin Constant;
• A propriedade privada – Locke e Adam Smith;
• A crítica de Marx ao Liberalismo;
• Marx e o Marxismo;
• Marx e a liberdade
165
• Orçamento participativo;
• Filosofia da ciência ( Bioética), As consequências de uma nova ciência.
• Conceitos;
• Arte e filosofia;
• Arte e natureza;
• Finalidades – função da arte;
• Relação entre arte e humanidade;
• Busca da beleza;
• A arte entre os gregos;
• A arte na Idade Média;
• A arte no Renascimento;
166
• A arte no Contemporâneo;
• A estética moderna;
• Boungarten e o belo;
• Schiller e o jogo estético
• A universalidade do gosto;
• O gosto como um fato social;
• O juízo de gosto na filosofia;
• O juízo de gosto na arte;
• Kant e o sentimento do belo;
• A universalização do gosto;
• Exigência para o bom gosto;
167
• Materialismo histórico e a arte interessada;
• Para além do belo clássico;
• Necessidade ou fim da arte;
• A arte para Karl Mannhein
• Necessidade da arte;
• Hegel e o espírito absoluto;
• A arte e a manifestação do espírito;
• Formas da arte para Hegel
• O cinema e uma nova percepção;
• Filosofia da ciência.
168
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A melhoria efetiva do processo-aprendizagem de Filosofia acontece por
intermédio da ação do professor, uma vez que o fenômeno educativo é complexo e
singular, não cabendo receitas prontas e produzidas por terceiros, sejam coordenadas
pedagógicas?
No cenário mundial e brasileiro, onde os valores éticos, políticos,
estéticos e epistemológicos são questionados, a Filosofia tem um espaço relevante a
ocupar.
Estas questões enquanto investigação de problemas que têm recorrência histórica e
criação de conceitos que são resignificativos também historicamente gera, em seus
processos, discussões promissoras e criativas que podem desencadear ações
transformadoras, individuais e coletivas, nos sujeitos do fazer filosófico.
É nestas perspectivas que foram construídas as orientações curriculares
de filosofia, entendendo que as aulas de Filosofia serão espaços de estudo da filosofia e
do filosofar. Assim, a filosofia apresenta-se como conteúdo filosófico e também como
ferramenta que possibilita ao estudante o desenvolvimento de um estilo próprio de
pensamento, onde deverá priorizar a capacidade de criar, de elaborar e resignificar
conceitos. Para tanto, existem formas diversificadas de se trabalharem conceitos
filosóficos organizados a partir dos Conteúdos Estruturantes de Filosofia, entre eles: -
Leitura histórica de textos filosóficos;
• Leitura filosófica;
169
• Busca de entendimento das estruturas argumentativas;
• Contextualização;
• Criação de conceitos;
• Exercício do pensamento filosófico;
• Debates, produção de textos, diálogo investigativo.
Portanto, a aula de filosofia é um espaço para o exercício do pensamento
filosófico, experiência cujos passos incluem a sensibilização e a problematização, onde
o professor e estudantes identificam problemas e refletem na busca de possíveis
soluções. Isto se dá por meio do diálogo investigativo, no sentido de compreender seu
conteúdo e seu significado para o nosso tempo, pois é o primeiro passo para possibilitar
a experiência filosófica em sala de aula.
Dessa forma a aula de filosofia configura-se como um espaço real de
experiência filosófica, ou seja, da provocação do pensamento, da busca, da
compreensão, da imaginação, da investigação e da criação de conceitos. Diálogo este
que é tomado pela acepção dialética, como elemento metodológico constitutivo e
inerente ao processo de produção do conhecimento filosófico.
Para sensibilização o professor provoca, problematiza e convida o aluno
a buscar, na história da Filosofia e nos clássicos, as diferentes maneiras de ver o
problema, com as possíveis soluções que já foram elaboradas e, a partir disso, aos
alunos, o exercício da argumentação filosófica, por meio de raciocínios lógicos, num
pensar coerente e crítico, tornando-se capaz de perceber o que está por trás das idéias e
de como elas se tornam ideologias. Este fazer filosófico é importante na construção da
autonomia do pensamento.
170
Devendo estar na perspectiva de quem dialoga a vivência, a aula de
filosofia é importante para a busca de resoluções dos problemas, se preocupando
também com a análise atual, fazendo abordagens contemporâneas, que remeta o
estudante à sua própria realidade. Deste modo, partindo de problemas atuais, estudados
a partir da história da filosofia, de estudos de textos clássicos, da abordagem realizada
pelas ciências, e de sua abordagem contemporânea, o estudante pode formular
conceitos, construindo seu próprio discurso filosófico. Não esquecendo que o professor
precisa ser ou se tornar filósofo, para, acima de tudo, construir espaços de
problematização, compartilhados com os estudantes, articulando os problemas da vida
atual com as respostas e formulações da história de filosofia e a elaboração de
conceitos.
No entanto, a tarefa docente é proporcionar aos educandos, a importância
e a presença da Filosofia no dia-a-dia das pessoas. O professor não será o produtor de
conhecimentos, mas aquele que constrói conhecimento com aluno, aproveitando todo o
conhecimento Faz-se necessário inserir temas de cunho social, entre os quais cita-se o
ensino da cultura afro-brasileira e indígena, em conformidade com a Lei nº 11.645,cujo
tema tornou-se obrigatório no currículo do Ensino Fundamental e Médio. O trabalho
com esse tema se dará de forma diversificada, com o objetivo de conhecer as
contribuições histórico-sociais dos descendentes africanos ao nosso país e à nossa
cultura, prévio de todos os envolvidos.
As aulas serão fundamentadas em leituras interpretativas, debates,
produção de textos que provoquem o diálogo investigativo, bem como atividades
planejadas de forma a favorecer aos alunos o exercício de observar, indagar e tirar
conclusões a respeito de fenômenos, dentre outras habilidades. A prática estará visando
o desenvolvimento e o enriquecimento do conteúdo apresentado. Será fundamental,
também, a valorização dos trabalhos de pesquisas em grupos ou individuais, que
propiciem a crítica e a formulação de conceitos. Assistidos e coordenados pelo
professor, os alunos terão a oportunidade de reflexão e investigação, tendo condições de
participar ativamente de seu processo de aprendizagem.
171
Esse processo é essencial para que eles aprendam significativamente o
conteúdo e a importância da Filosofia na vida das pessoas.
No entanto o ensino e a prática do conhecimento filosófico buscarão
sempre a inclusão, a integração e a igualdade humana, considerando a inserção social do
sujeito, bem como, desenvolver o raciocínio filosófico associado às questões práticas
contextualizadas na contemporaneidade buscando conhecimentos de maior amplitude e
relevância, a partir dos conteúdos que estruturam a temática desta disciplina que são
causa de constantes inquietações e interrogações.
O estudo filosófico deverá estar vinculado a outras áreas do
conhecimento, para a compreensão dos fatos e fenômenos históricos, culturais,
científicos, sociais, utilizando-se de diferentes instrumentos e processos
humanos/tecnológicos analisando seus pressupostos com o trabalho em relação ao
meio-social que caracterizam a construção histórica das sociedades, para tanto faz-se
necessário:
• Aceitar a lógica da confrontação de posições;
• Estar disposto e aberto a ultrapassar os limites de suas posições pessoais;
• Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam sua posição;
• Admitir o caráter, por vezes contraditórios, da sua argumentação;
• Buscar na medida do possível, encaminhamentos metodológicos que
possibilitem a retórica.
4. PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA
172
A avaliação deverá ser diagnostica, entendida a filosofia como prática,
como discussão com o outro, como construção de conceitos, encontrando seu sentido na
experiência do pensamento filosófico. Tendo por experiência acontecimentos que o
educador pode propiciar preparar, porém não determinar e, menos ainda, avaliar ou
medir. Portanto a Avaliação partirá da função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso
da ação ensino/aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do processo
educacional que o professor, alunos e a própria instituição de ensino constrói
coletivamente. Nesse processo evidenciar-se-á a capacidade de argumentar e de
identificar os limites da própria posição, devendo ser considerado a atividade com
conceitos, a capacidade de construir e avaliar posições, de detectar os princípios
subjacentes aos temas e discursos abordados.
Uma vez que, o processo avaliativo tem por objetivo obter informações
mostrando aos alunos seus avanços e dificuldades, deve considerar a capacidade do
estudante do Ensino Médio em criar conceitos: analisar que conceitos foram elaborados,
preconceitos foram quebrados; estabelecer comparações entre o discurso que se tinha
antes e qual o discurso que se tem após o estudo. Assim, o professor, pode planejar e
decidir se é preciso intervir ou modificar as atividades que vem propondo não
esquecendo de contemplar os alunos que apresentam todo e qualquer tipo de
necessidades e dificuldades.
A avaliação possibilita, ao professor analisar sua prática em sala de aula,
proporcionando uma reflexão na sua atuação, ou seja, é um, processo transformador
tanto para o educando quanto para o educador. Assim a avaliação será contínua,
diagnóstica e cumulativa, dando ênfase nos trabalhos de pesquisas e na execução de
experiências.
173
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ARANHA, Maria Lúcia d Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
introdução a filosofia. – 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1993.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA A
CONSTRUÇÃO DE CURRÍCULOS INCLUSIVOS – SEED/DEM, julho de 2006.
DIRETRIZES CURRICULARES DE FILOSOFIA - SEED/DEM, 2010
Filosofia ensino médio / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2010
LEI Nº 11.645.
174
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da Serra -
Paraná
DOCENTES: IVONE LOPES AIRES
PRISCILA VAZ MACEDO
175
Mauá da Serra
2012
1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A física tem como objeto de estudo o universo em toda sua complexidade
e, por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza a partir
de modelos elaborados pelo homem no intuito de explicar e entender essa natureza.
As explicações a respeito do universo mudam, em cada época, de acordo
com o que se conhece sobre ele. Aristóteles, no séc. IV a. C., apresentou argumentos
bastante convincentes para mostrar a forma arredondada da Terra e desenvolveu uma
física para tentar compreender a nova visão de mundo terrestre.
O conhecimento medieval de universo era associado a Deus, validado
pela Igreja Católica e transformado em dogmas. O cosmo medieval era ordenado,
hierárquico e imutável.
A cosmologia de Ptolomeu foi aceita pela Igreja, pois o mesmo
respeitava este cosmo e a Terra era colocada como o centro do universo.
As observações e cálculos de Nicolau Copérnico insistiam em revelar
que era o Sol o centro de um sistema do qual a Terra era apenas um planeta.
As inconsistências e insuficiências dos modelos explicados do universo
exigiram novos estudos que produziram novos conhecimentos físicos. Tais estudos
foram estimulados pelas mudanças econômicas, políticas e culturais iniciadas no final
do séc. XV com a ampliação da sociedade comercial.
Naquele contexto histórico, Galileu Galilei inaugurou a física que
conhecemos hoje. De suas observações pelo telescópio, desfez o sacrário dos lugares
naturais, da dicotomia entre a terra e o céu, entre o mundo sub-lunar e supralunar e
contribuiu para a formação do sistema corpernicano. O universo deixaria de ser finito e
o céu deixou de ser perfeito. O espaço passou a ser mensurável, descrito em linguagem
matemática.
Ao aceitar o modelo de Copérnico e propor a matematização do universo,
começou uma revolução; dando lugar ao método científico Galileu, Bacon, Descartes
entre outros, retiraram das autoridades eclesiásticas o controle sobre o conhecimento e
iniciaram um novo período que chamamos de moderno.
176
A ciência moderna indicava a ideia de que o universo se comporta com
uma regularidade mecânica, ou seja, era uniforme, mecânico previsível.
O Iluminismo herdou de Descartes, de Newton e de outros, ideias regionalistas
e mecanicistas e, embora a presença divina e a alquimia, fossem ainda fortes na obra da
Newton, os iluministas concentraram-se na matemática e na experimentação, pois
desejavam uma sociedade pautada na razão.
Na Inglaterra, na segunda metade do séc. XVIII, o contexto social e
econômico favorecia o avanço do conhecimento físico, pois a incorporação das
máquinas a vapor à indústria trouxe mudanças no modo de produzir bens e contribuir
para grandes transformações sociais e tecnológicas e também para o desenvolvimento
da termodinâmica.
Até meados do séc. XIX todos os problemas, aparentemente, poderiam
ser resolvidos pela física Newtoniana, pelas leis da termodinâmica e pelas equações de
Maxwell.
Uma nova revolução no campo de pesquisa da física marcou o início do
séc. XX. Em 1905, Einstein apresentou a teoria da relatividade especial ao perceber que
as equações de Maxwell não obedeciam às regras de mudança de referencial da teoria
de newtoniana.
Sobre o ensino de física no Brasil
No Brasil, na escola secundária, o ensino de física era uma realidade
desde 1808, com a vinda da família Real ao Brasil.
Em 1837, foi criado, no Rio de Janeiro, o Colégio Pedro II, para servir de
padrão de ensino secundário e modelo para os demais colégios a serem criados nas
províncias.
Em 1946, no Brasil, foi criada a primeira instituição brasileira
direcionada ao ensino de Ciências: O Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e
Cultura (Ibecc), que era, de fato, a Comissão Nacional da UNESCO no Brasil. Seu
papel era “promover a melhoria da formação científica dos alunos que ingressariam nas
instituições de ensino superior”(BARRA E LOREN, 1986, p. 1971).
Com o lançamento do primeiro satélite artificial em 1957 – o Sputinik – a
União Soviética deu um passo à frente na corrida espacial. Esse fato foi atribuído ao
avanço tecnológico e científico soviético e à qualidade de seu ensino. Iniciou-se, então,
uma rediscussão sobre o ensino de Ciências, com críticas à abordagem livresca da
177
educação científica, própria de países como os EUA e o Brasil, entre outros. A partir de
1959, originaram-se grandes projetos para a melhoria do ensino de Ciências como o
Physical Science Studyd Committee (PSSC), nos EUA. No Brasil o PSSC teve apoio
financeiro da Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), em
prol da “Aliança para o Progresso” , e marca da influência do modelo americano no
ensino das disciplinas científicas no Brasil. Entretanto, o projeto foi concebido para
escolas americanas, razão pela qual se mostrou inadequado a realidade educacional
brasileira, sobretudo devido à precária formação e qualificação dos docentes.
Ao longo da década de 1970, a educação, em especial no ensino de
Ciências, foi chamada ã responsabilidade de levar o Brasil ao desenvolvimento e à
modernidade. Nos anos 80, o Grupo de Reelaboração do Ensino de Física (Gref),
elaborou uma proposta de ensino cuja abordagem dos conteúdos escolares deveriam
partir da vivência de professores e alunos. Tal proposta colocava o professor no centro
do trabalho pedagógico.
No Paraná, e em todo país, no final da década de 70 e começo da década
seguinte, sob a euforia originada pelo fim da ditadura militar, pela perspectiva de
abertura democrática e de eleições diretas imediatas para a presidência da república e
governos estaduais, muitos puderam manifestar um discurso político de defesa dos
menos favorecidos, inclusive no meio educacional.
As idéias de teóricos e educadores como Demerval Saviani – pedagogia
histórico-crítica – mobilizaram as discussões e as ações para implementação dessa
perspectiva pedagógica, que tiveram início, no Paraná, na prefeitura de Curitiba e,
depois, na rede estadual.
A partir de 2003, foi proposta um mobilização coletiva para elaboração
de novas Diretrizes Curriculares Estaduais, considerando-se a necessidade de um
documento crítico para orientar a prática pedagógica nas escolas paranaenses e o lapso
de tempo em que o professor ficou à margem dessas discussões.
As DCEs buscam contribuir para um ensino de física centrados em
conteúdos e metodologias capazes de levar os estudantes a uma reflexão sobre o
mundo das ciências, sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da racionalidade
científica.
São conteúdos estruturantes de física:
178
MOVIMENTO
Refere-se ao estudo dos movimentos (mecânica e gravitação) presente
nos trabalhos de Newton e desenvolvida posteriormente por outros cientistas, como
Lagrange, Laplace e Hamilton. Centram-se nas leis do movimento dos corpos materiais,
suas descrições e suas causas. Com esses estudos o universo passou a ser descrito a
partir de entidades como o espaço e o tempo, e as causas dos movimentos explicadas
pela ação das forças.
A física newtoniana ampara-se em idéias mecanicistas e deterministas de
mundo e sustenta-se na idéia de que se conhecêssemos a posição inicial, o momentum
da partícula e sua massa, todo o seu futuro poderia ser determinado.
TERMODINÂMICA
É resultante da integração entre os estudos da mecânica e do calor, de
onde se desenvolveu o princípio da conservação de energia.
O estabelecimento do princípio da conservação de energia se expressa na
primeira lei da termodinâmica por meio do conceito de energia interna de um sistema.
Entretanto, a irreversibilidade dos fenômenos espontâneos exigia a formulação de outra
lei, pois, aparentemente, existia uma violação da primeira lei: não era possível a
transformação integral de calor em trabalho.
O calor, o conceito de temperatura e a entropia são essenciais para a
compreensão do corpo teórico da termodinâmica.
ELETROMAGNETISMO
Deu-se a partir do estudo dos fenômenos elétricos e magnéticos. Sua
elaboração deveu-se a estudos de diversos cientistas, entre eles ampère, Faraday e Lenz.
Os resultados desses estudos permitiram a Maxwell sistematizar as quatro leis do
magnetismo.
179
Após um período de prevalência do método indutivo de Newton, no séc.
XVIIO, o método hipotético voltou à tona para explicar fenômenos ligados à gravitação,
à eletricidade, ao magnetismo e à óptica, entre outros.
Para Maxwell, a energia é fundamental em termos de impulsos e força, em substituição
à descrição mecânica newtoniana. O campo eletromagnético, é uma entidade física com
existência real (Bezerra 2006).
Ao prever que os campos eletromagnéticos poderiam se propagar com
ondas e que essas ondas se propagam à velocidade da luz, Maxwell eleva a luz ao status
de conceito fundamental do eletromagnetismo.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS
O ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes,
propostos com base na evolução histórica das ideias e dos conceitos físicos. Para isso,
os professores devem superar a visão do livro didático como ditador do trabalho
pedagógico, bem como a redução do ensino de física à memorização de modelos,
conceitos e definições excessivamente matematizados e tomados como verdades
absolutas, como coisas reais.
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que
hoje compõem os campos de estudo da física e servem de referência para a disciplina
escolar.
Conteúdos Estruturantes
- Movimento
- Termodinâmica
- Eletromagnetismo
Conteúdos Básicos
Movimento
• Momentum e Inércia
180
Conservação de quantidade de movimento (momentum);
Variação da quantidade de movimento = Impulso
• Segunda Lei de Newton;
• Terceira Lei de Newton;
• Energia e Princípio da Conservação de Energia;
• Gravitação;
Termodinâmica
• Leis da Termodinâmica:
• Lei Zero da Termodinâmica;
• Primeira Lei da Termodinâmica;
• Segunda Lei da Termodinâmica;
Eletromagnetismo
• Carga. Corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas.
• Força eletromagnética;
• Equações de Maxwell; Lei de Gauss para eletrostática; Lei de Coulomb, Lei de
Ampére, Lei de Gauss magnética e Lei de Faraday;
• A natureza da luz e suas propriedades;
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
É Importante que processo pedagógico, parta do conhecimento prévio
dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou concepções
espontâneas. O estudante desenvolve suas concepções espontâneas sobre os fenômenos
físicos do dia a dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência
e as traz para a escola quando inicia seu processo de aprendizagem.
Por sua vez, a concepção científica envolve um saber socialmente
construído e sistematizado, que requer metodologias específicas no ambiente escolar.
Deve-se sempre levar em consideração que uma sala de aula é composta
de pessoas com diferentes costumes, tradições, pré-conceitos e ideias que dependem de
sua origem cultural e social.
181
No trabalho com os conteúdos de ensino, seja qual for a metodologia
escolhida, é importante que o professor considere o que os estudantes conhecem a
respeito do tema para que ocorra uma aprendizagem significativa.
O professor deve mostrar ao estudante que o seu conhecimento não está
pronto nem acabado, mas que deve ser superado.
Os livros didáticos de física, em geral, apresentam a física como uma
ciência que permite compreender uma imensidade de fenômenos naturais, indispensável
para a formação profissional, e preparação para o vestibular, a compreensão e
interpretação do mundo pelos sujeitos.
O livro didático é uma importante ferramenta pedagógica a serviço do
professor como é o computador, a televisão, a rede web, etc. Mas, sua eficiência, assim
como o de outras ferramentas, está associada ao controle do trabalho pedagógico, ou
seja, o pedagogo do livro deve ser o professor e não o contrário. O professor é quem
sabe quando e como utilizar o livro didático.
Na escola, o conhecimento científico pode ser tratado por meio de
modelos, visto que o conhecimento científico também é expresso através deles. Mas, ao
abordá-los, além de conhecer os modelos, o professor precisa entender as ideias e
argumentos que levaram a sua construção.
A partir dessa premissa, o professor abordará os modelos científicos em
suas possibilidades e limitações, de modo a extrapolar o senso comum e rejeitar o
argumento de que para aprender física o pré-requisito é saber matemática. O professor
pode e deve utilizar problemas matemáticos no ensino de física, mas entende-se que a
resolução de problemas deve permitir que o estudante elabore hipóteses além das
solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples substituição de um valor para obter
um valor numérico de grandeza. O estudante deve encontrar a relação entre todas as
grandezas físicas envolvidas – uma expressão matemática literal para depois realizar o
cálculo e chegar a um valor.
A história da ciência faz parte de um quadro amplo que é a história da
humanidade e, por isso, é capaz de mostrar e evolução das idéias e conceitos nas
diversas áreas do conhecimento. Em física, essa evolução traçou um caminho pouco
linear, repleto de erros e acertos, de avanços e retrocessos típicos de um objeto
essencialmente humano, que é a produção científica.
Espera-se que, no uso do laboratório, o professor considere também os
encaminhamentos realizados numa aula teórica.
182
As atividades experimentais, utilizando ou não o ambiente de laboratório
escolar convencional, podem ser o ponto de partida para a apreensão de conceitos e sua
relação com as ideias a serem discutidas em aula.
Recomenda-se textos científicos para o ensino de física. No entanto, é
preciso selecioná-los considerando alguns critérios, tais como: linguagem, conteúdo, o
aluno a quem se destina o texto e, principalmente, o que pretende o professor atingir ao
propor a atividade de leitura.
Faz-se necessário uma reflexão crítica do professor quanto ao uso de um
recurso tecnológico – retroprojetores, televisores, aparelhos de vídeo cassete e DVD,
computador, dentre outros – e a forma de incorporação à sua ação pedagógica. A partir
daí, se estabelece o uso de um recurso tecnológico em função do conteúdo a ser
ministrado e da realidade escolar.
Os desafios educacionais contemporâneos: História e Cultura Afro-
brasileira, africana e indígena; Educação Ambiental; Prevenção ao uso indevido de
drogas; Sexualidade; Enfrentamento à violência; Educação Fiscal e Direito Humanos,
serão trabalhados no decorrer do ano letivo de acordo com a similaridade dos conteúdos
da disciplina de física em conjunto com as demais áreas.
De acordo com as Leis:
• Lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana;
• Lei 11645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas, valorizando a história e
cultura de seus povos;
• Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental;
4. AVALIAÇÃO
Em física, o principal critério de avaliação é ter um caráter diversificado
tanto qualitativo quanto do ponto de vista instrumental. Do ponto de vista quantitativo,
o professor deve orientar-se pelo estabelecido no regimento escolar.
Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:
• A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e
aprendizagem planejada;
• A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;183
• A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;
• A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as
leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que
trata-se de um processo de "construção e reconstrução de significados dos conceitos
científicos". Valoriza-se assim, uma ação pedagógica que considere os conhecimentos
prévios e o contexto social do aluno, para reconstruir os conhecimentos físicos. Essa
reconstrução acontecerá por meio das abordagens: histórica, sociológica, ambiental e
experimental dos conceitos físicos.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9394/96, a
avaliação deve ser formativa e processual, levando em conta o conhecimento prévio do
aluno.
A avaliação deve levar em conta a apropriação dos conceitos, leis e teorias
que compõem o quadro teórico de física pelos estudantes. Isso pressupõe o
acompanhamento constante do progresso do estudante quanto à compreensão dos
aspectos históricos, filosóficos e culturais, da evolução das ideias em física e da não
neutralidade da ciência.
Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento
tanto para que o professor conheça seu aluno, antes que inicie o trabalho com os
conteúdos escolares, quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo
educativo. Dessa maneira é necessário que os critérios e instrumentos de avaliação
fiquem bem claros para os alunos, de modo que se apropriem efetivamente de
conhecimentos que contribuam para uma compreensão ampla do mundo em que vivem.
Os critérios decorrem dos conteúdos, isto é, uma vez selecionados os conteúdos
essenciais que serão sistematizados, o professor definirá os critérios que serão utilizados
para avaliar os alunos.
Os instrumentos de avaliação para o ensino de física se adequarão a cada
conteúdo trabalhado, como: debates, seminários, relatórios, leitura e interpretação de
textos científicos e informativos, resoluções de exercícios, exposições e prova escrita,
sendo realizada de forma diagnóstica, contínua e cumulativa prevalecendo aspectos
qualitativos.
A recuperação de estudos será paralela e concomitante, contemplando o
que preceitua o projeto político pedagógico e o regimento do nosso Colégio.
184
5. REFERÊNCIAS
1- BUCUSSI, A.A. In: Textos de apoio ao professor de física. Porto Alegre, Programa
de Pós Graduação em Ensino de Física, Instituto de Física UFRGS, v. 17, n. 3, 2006.
2- CARUSO, F.; ARAÚJO, R. M. X. de - A Física e a Geometrização do mundo:
Construindo uma cosmovisão científica. Rio de Janeiro: CBPF, 1998.
3- Paraná. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do –
Física – Curitiba 2009.
4- GONÇALVES & TOSCANO - Física e realidade - volume 1 – Mecânica - São
Paulo - S. P. - editora Scipione – 1997.
5- GONÇALVES & TOSCANO - Física e realidade - volume 2 – Física térmica e
óptica - São Paulo - S. P. - editora Scipione – 1997.
6- GONÇALVES & TOSCANO - Física e realidade - volume 3 – Eletricidade e
magnetismo - São Paulo - S.P. - editora Scipione – 1997.
7- OLIVEIRA, Geraldo Fulgêncio – Física: uma proposta de ensino – volume único –
São Paulo – S.P. – editora FTD – 1997.
8- PARANÁ, Djalma Nunes da Silva - Física - série novo ensino médio - São Paulo -
S. P. - editora Ática – 2005.
9- PENTEADO, Paulo Cesar M.; TORRES, Carlos Magno A. – Física, ciência e
tecnologia – volume 1 – São Paulo – S. P. - editora Moderna – 2005.
10- PENTEADO, Paulo Cesar M.; TORRES, Carlos Magno A. – Física, ciência e
tecnologia – volume 2 – São Paulo – S. P. - editora Moderna – 2005.
11- PENTEADO, Paulo Cesar M.; TORRES, Carlos Magno A. – Física, ciência e
tecnologia – volume 3 – São Paulo – S. P. - editora Moderna – 2005.
12- UENO, Paulo- - Física - série novo ensino médio - São Paulo - S. P. - editora Ática
– 2005.
13- www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/educadores
185
14- www.fisica.seed.pr.gov.br
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da Serra - Paraná
DOCENTES: Angélica Proença Frazão
Cleusa Aparecida dos Santos
João Rezende
Solange Aparecida de Oliveira
186
Mauá da Serra
2012
Proposta Pedagógica Curricular de Geografia
1 – Apresentação da disciplina
O conhecimento da Geografia é algo importante para a vida em
sociedade, em particular para o desenvolvimento das funções da cidadania, que permite
uma maior consciência dos limites e responsabilidades da ação individual e coletiva
com relação ao seu lugar em escala nacional e mundial.
A Geografia surgiu na Europa, principalmente na Alemanha e na
França, desde o século XIX já se encontrava sistematizada nas universidades. No Brasil,
isso só aconteceu mais tarde porque antes de ser objeto de desenvolvimento científico, a
Geografia foi trabalhada como matéria de ensino.
As ideias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro
no século XIX (VLACH, 2004) e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras
letras. Essa primeira inserção dos conteúdos geográficos tinha como objetivo enfatizar a
descrição do território, sua dimensão e sua beleza naturais.
187
A compreensão e a incorporação da Geografia Crítica no ensino
básico sofreram avanços e retrocessos em função do contexto histórico da década de
1990, quando aconteceram reformas políticas e econômicas vinculadas ao pensamento
neoliberal que atingiram a educação.
Nas Diretrizes Curriculares, o objeto de estudo da Geografia é o
espaço geográfico, entendido como espaço produzido e apropriado pela sociedade
(LEFBVRE, 1974), composto pela inter-relação entre sistema de objetos – naturais
culturais e técnicos – e sistemas de ações-relações sociais, culturais, políticas e
econômicas (SANTOS 1996).
Entendesse que, para a formação de aluno consciente das relações
socioespaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro conceitual
das abordagens críticas dessa disciplina, que propõem a análise dos conflitos e
contradições, sociais, econômicos, culturais e políticos, construtivas de um determinado
espaço.
Esperasse que os alunos construam um conjunto de conhecimentos,
procedimentos e atitudes relacionadas à Geografia, que lhes permitam ser capaz de:
- Conhecer a organização do espaço geográfico e o funcionamento da natureza em suas
múltiplas relações;
- Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas consequências em
diferentes espaços e tempo;
- Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços
tecnológicos e técnicos e as transformações socioculturais são conquistas decorrentes de
conflitos e acordos, que ainda não são usufruídos por todos os seres humanos;
188
- Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para compreender o
espaço, a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção, identificando
suas relações, problemas e contradições;
- Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar o sócio – diversidade;
- Saber utilizar a linguagem cartográfica para obter e representar a espacialidade dos
fenômenos geográficos;
Ensino Fundamental
Conteúdos Estruturantes e Conteúdos Básicos – 6º ano
Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.
Dimensão Política do Espaço Geográfico.
Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.
Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico.
189
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Conteúdos Estruturantes e Básicos 7º ano
Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.
Dimensão Política do Espaço Geográfico.
Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.
Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
Movimentos migratórios e suas motivações.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
190
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço
geográfico.
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
Conteúdos Estruturantes e Básicos – 8º ano
Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.
Dimensão Política do Espaço Geográfico.
Dimensão Cultural e Demográfica do espaço Geográfico.
Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
O comércio em suas implicações socioespaciais.
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço
geográfico.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
191
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
Conteúdos estruturantes e Básicos – 9º ano
Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.
Dimensão Política do Espaço Geográfico.
Dimensão Cultural e Demográfico do Espaço Geográfico.
Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
A revolução tecnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
Os movimentos migratórios mundiais e sua motivações.
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)
organização do espaço geográfico.
192
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
O espaço em rede:
produção, transportes e comunicações na atual configuração territorial.
Ensino Médio
Conteúdos Estruturantes e Básicos
Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.
Dimensão Política do Espaço Geográfico.
Dimensão Cultural e Demográfico do Espaço Geográfico.
Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.
A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico.
A formação, localização exploração e utilização dos recursos naturais.
A revolução técnico-científica- informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
193
A circulação de mão- de-obra, do capital das mercadorias e das informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
Metodologia da disciplina de Geografia
Dentro da proposta de metodologia da disciplina, deve-se atentar ao
fato de que os conteúdos estruturantes e básicos devem ser trabalhados de forma
articulada, tendo como objetivo final a especificidade destes conteúdos e a ligação com
os fenômenos estudados. Os alunos devem entender que não existe um conhecimento
definitivo e sim uma sequência de conteúdos a serem estudados.
Os conteúdos da Geografia serão trabalhados de forma crítica e
dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos, e que fatos
trazidos por eles com relação ao meio em que vivem não é um fato consumado,
acabado, mas que existem diversas maneiras de se analisar e construir mais 194
experiências do saber existente , em coerência com os fundamentos teóricos propostos
nesse documento, partindo do princípio de que o mundo em que vivemos é nos dias
atuais voltado ao capitalismo competitivo onde se prevê o lucro, além da divisão cada
vez mais acentuada das classes sociais.
Nosso objetivo é levar ao aluno o conhecimento das transformações
que o mundo vem passando no aspecto humano, econômico e social, tanto a nível
nacional quanto internacional.
Para tanto destacamos alguns encaminhamentos metodológicos que
serão trabalhados para a construção do pensamento científico e o desenvolvimento do
espírito crítico de cada aluno.
A utilização de meios tecnológicos como meio de informação através
do Programa Paraná Digital, WEB, Portal dia-a-dia e televisa (TV Paulo Freire), Data
Show, materiais impressos ( reportagens de revistas, jornais, panfletos), Cartas
cartográficas e mapas, além de viagens e pesquisa de campo.
Avaliação
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN)
determina que a avaliação do processo ensino – aprendizagem seja formativa,
diagnostica e processual. A avaliação deve tanto acompanhar a aprendizagem dos alunos
quanto nortear o trabalho do professor. A avaliação é parte do dia a dia escolar, por
tanto ela deixa de ser um momento terminal do processo educativo, a mesma ara
contribuir para compreensão das dificuldades dos educando.
O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento
e atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de
ensino/aprendizagem, quais sejam: aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a
participação dos alunos.
195
A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto
acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor. Ela
permite a melhoria do processo pedagógico somente quando se constitui numa ação
reflexiva sobre o fazer pedagógico. Não deve ser somente avaliação do aprendizado do
aluno, mas uma reflexão das metodologias do professor, da seleção dos conteúdos, dos
objetivos estabelecidos e podem ser um referencial para o redimensionamento do
trabalho pedagógico.
Avaliar é mediar o processo ensino-aprendizagem, é oferecer
recuperação imediata, é promover cada ser humano, é vibrar junto a cada educando seu
lento ou rápido processo de desenvolvimento.
O professor devera utilizar várias formas de avaliar, não somente por
meio de provas, mas técnicas que os alunos possam expressar melhor. Dentre os
instrumentos avaliativos utilizados na disciplina de Geografia podemos destacar;
interpretação de textos, fotos, imagens, gráficos, tabelas, mapas, pesquisas
bibliográficas, relatórios de aulas de campo; discussões e apresentação de seminários,
maquetes e outros. A recuperação de estudo será feito através de trabalhos em sala de
aula, seminários, e provas escritas abrangendo o valor de 100 pontos.
O professor no final do ano letivo deverá analisar o seu aluno e
observar se o mesmo tem competência para avaliar a realidade social e espacial em que
ele vive, podendo transformá-la, onde quer que ele esteja.
REFERÊNCIAS
CARLOS, A. F. A.; OLIVEIRA, A. U. de ( Orgs. ) Reformas no mundo da educação:
parâmetros curriculares e Geografia. São Paulo: Contexto, 1999.
CARLOS, A. F. A .; (Org. ). A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.
196
VESENTINI, J. W. (Org. ). O ensino de geografia no século XXI. Campinas: Papirus
2004.
VESENTINI, J. W. Para uma geografia crítica na escola. São Paulo: Ática, 1992.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: Do pensamento único à consciência
universal. Record, 2005.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares Da Educação
Básica De Geografia-2009.
197
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da Serra – Paraná
DOCENTES: JOÃO BERNADINO DA SILVA
CLEUSA APARECIDA DOS SANTOS
ELIANE DE SOUZA REIS
LIGIA DOMINGOS VIEIRA
ELIZANGELA PEDRA ROVANI
LEANDRO EMIR BALBOENA
198
Mauá da Serra
2012
Apresentação Geral da Disciplina
A História visa à educação como um direito do aluno, cidadão e a
inclusão de todos, numa sociedade participativa e em construção, procurando
compreender a evolução humana em seus diferentes aspectos: social, político,
econômico e cultural. Assim, procura formar indivíduos interessados em desenvolver a
solidariedade e o respeito à diversidade.
O estudo da História constitui um campo de pesquisas e oferece
perspectivas de transposição didática em seu ensino e compreensão dos processos
históricos. Reconhecer que não há uma visão única, uma verdade singular, mas que a
História pode ser interpretada sob vários aspectos e que o conhecimento ao ser
construído deverá compreender os diversos sujeitos históricos e seus interesses,
reconhecendo o cotidiano em que estavam inseridos e analisando como os fatos foram
abordados por mais de um pesquisador e fonte documental.
A História é uma disciplina que amplia a visão de mundo, pois ao
mesmo tempo em que estuda a História local, insere o estudante no mundo globalizado,
em outros tempos e espaços, com outros povos e culturas. Permite ainda ao aluno a
percepção de ser também um agente histórico individual, social e coletivo.
Fazer com que a evolução e o processo histórico sejam compreendidos,
desde o surgimento do homem até os dias atuais, através de uma investigação e
sistematização de análises do passado, de modo a valorizar diferentes sujeitos e
sociedades históricas e suas relações.
199
Permitir que o aluno valorize as diversidades culturais e sociais,
interagindo e respeitando os demais.
Reconhecer a importância da nossa cultura e sua dimensão, formada
com a contribuição de várias etnias, visando formar um cidadão integral, com uma visão
crítica de sua própria cidadania e capaz de contribuir para um mundo mais justo e
solidário.
Conteúdos Estruturantes/Básicos da Disciplina
Dimensões: Política – Econômica - Social – Cultural
Relações: de Poder, Cultura e Trabalho.
Conteúdos básicos do Ensino Fundamental
A experiência humana no tempo; Os sujeitos sua relação com o outro no tempo; as
gerações e as etnias; A cultura local e a cultura comum.
6 ºANO
1º Bimestre:
Unidade 01:- Introdução aos Estudos Históricos e as origens do ser humano.
Conteúdos específicos
1- O trabalho do historiador
2- O tempo e a História
3- A evolução do ser humano
4- A vida humana no Paleolítico
5- Neolítico e a revolução agrícola
6- A Idade dos Metais200
7- O surgimento das cidades
8- História da África: local do surgimento do homem
9- Uso do filme: 10000 a.C., com análise do processo de sedentarização e início do
cultivo agrícola.
Unidade 02: - O povoamento da América
Conteúdos específicos
1- O ser humano chega à América
2- Como viviam os primeiros americanos
3- O ser humano chega ao Brasil
4- Como viviam os primeiros habitantes do Brasil
5- A arte da cerâmica e as moradias
2º Bimestre
Unidade 03: - Civilizações fluviais: Mesopotâmia e Egito
Conteúdos Específicos
1- Mesopotâmia: o berço da civilização
2- Mesopotâmia: uma história de grandes impérios
3- O Egito e o Rio Nilo
4- Como se governava no Egito antigo
5- Como vivia a maior parte da população do Egito
6- A religião e a escrita
201
7- Filme: O Príncipe do Egito. Análise da saída dos hebreus do Egito e o cotidiano
escravista da antiguidade.
Unidade 04: - Civilizações fluviais: China e Índia
Conteúdos específicos
1- China: da formação a era Chang
2- O cotidiano da China do período Chou
3- O luxo da Dinastia Han
4- A antiga civilização indiana
5- A Índia do Período Védico
6- Filme: Mulan. Análise da vida cotidiana da China Antiga
3º Bimestre
Unidade 05: - Fenício e Hebreu
Conteúdos específicos
1- Fenícios: um povo de navegantes
2- Os hebreus e a Terra Prometida
3- A formação do reinado em Israel: centralização política
4- A vida em Israel
Unidade 06: - A civilização grega
Conteúdos específicos
1- A formação da civilização grega
2- A vida política na Grécia
3- A vida cotidiana na Grécia Antiga
202
4- A filosofia e a ciência grega
5- Mito e religião na Grécia
6- A arte grega
4º Bimestre
Unidade 07: - A civilização romana
Conteúdos específicos
1- A formação de Roma
2- A República romana
3- As guerras de conquista
4- O Império Romano
5- A sociedade e a cultura
Unidade 08: - A Crise do Império Romano: Ocidental e Oriental
Conteúdos específicos
1- Século III: um século de crises
2- A ruralização da Europa
3- A divisão do Império Romano
4- O Império Romano do Oriente
7º ano:
Conteúdo básico: As relações de propriedade: a propriedade coletiva, a
propriedade pública e a propriedade privada; O mundo do campo e o mundo da
cidade; Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade.
1º Bimestre
203
Unidade 01: - A formação da Europa Feudal
Conteúdos específicos
1- Saem os romanos, entram os germânicos.
2- O Império Franco e a Idade Média
3- O Império Carolíngio e a Igreja Católica
4- A formação do Feudalismo
5- A sociedade feudal
6- A economia feudal e sua transformação
7- A cultura e a ciência na Europa feudal
Unidade 02: - O mundo além da Europa
Conteúdos específicos
Ø Os árabes e a Arábia
Ø O nascimento do Islamismo
Ø A consolidação do Islamismo
Ø A sociedade muçulmana
Ø A África dos grandes reinos
Ø A África das sociedades tribais
Ø China, o império da prosperidade.
Ø História da África: a África do presente (África do Sul: cultura e sociedade)
2º Bimestre
Unidade 03: - Mudanças na Europa
Conteúdos específicos
204
1- O crescimento do comércio e das cidades
2- A saúde pública
3- A peste negra e as revoltas camponesas
4- A formação das monarquias nacionais
5- O saber e as artes
Unidade 04: - Mudanças na arte e na religião
Conteúdos específicos
1- A Europa na Baixa Idade Média
2- O Renascimento
3- O Humanismo
4- A Reforma Protestante
5- A Contra-Reforma
6- Filme: Martinho Lutero. Análise do surgimento da Igreja Protestante.
3º Bimestre
Unidade 05: - O encontro dos dois mundos
Conteúdos específicos
1- Europa: comércio, riqueza e poder
2- Europa: nobre e mercantil
3- A expansão marítima portuguesa
4- A expansão marítima espanhola
5- América: terra de grandes civilizações
6- A civilização asteca
205
7- A civilização inca
8- A conquista espanhola
9- Filme: Pocahontas. Análise do encontro do colonizador europeu e dos nativos da
América.
Unidade 06: - A exploração dos impérios coloniais
Conteúdos específicos
1- A colonização espanhola na América
2- As atividades econômicas na América
3- O império ultramarino português
4- A colonização portuguesa na América
5- A administração da América portuguesa
4º Bimestre
Unidade 07: - O Nordeste Colonial
Conteúdos específicos
1- A economia açucareira
2- Nem só de açúcar vive a colônia: diversificação da economia
3- A vida nos engenhos
4- Escravidão: captura resistência e luta
5- Trocas e conflitos: senhores e escravos
Unidade 08: - A expansão colonial portuguesa
Conteúdos específicos
Ø A União Ibérica e a invasão holandesa
206
Ø O fim da União Ibérica
Ø A conquista do sertão
Ø As missões jesuíticas
Ø Crise e rebeliões na colônia
8º ano:
Conteúdo básico: História das relações da humanidade com o trabalho; O trabalho
e vida em sociedade; O mundo do trabalho; As resistências e as conquistas de
direito.
1º Bimestre
Unidade 01: - A Inglaterra absolutista e as Treze Colônias
Conteúdos específicos
1- O absolutismo
2- O absolutismo inglês
3- As revoluções Inglesas
4- A vida cotidiana na era absolutista
5- A colonização da América do Norte
Unidade 02: - A época de ouro no Brasil
Conteúdos específicos
1- A descoberta e a exploração de ouro
2- Portugal e o ouro brasileiro
207
3- O crescimento do mercado interno e a vida urbana
4- A vida cotidiana nas cidades mineiras
5- Cultura-Afro: a importância da cultura africana na formação da identidade e da
população brasileira
2º Bimestre
Unidade 03: - Revolução Industrial
Conteúdos específicos
1- A Revolução Industrial
2- O pioneirismo inglês na Revolução Industrial
3- Do artesanato à maquinofatura
4- As cidades industriais e a vida operária
5- As lutas operárias e os sindicatos
Unidade 04: - Revoluções na Europa e na América
Conteúdos específicos
1- A era da ilustração: Iluminismo
2- A Independência dos Estados Unidos
3- A França antes da Revolução
4- A Revolução Francesa
5- Do Terror à reação termidoriana
3º Bimestre208
Unidade 05: - A Era de Napoleão e a Independência da América Latina
Conteúdos específicos
1- Napoleão Bonaparte no poder
2- O Império Napoleônico
3- Os americanos lutam por liberdade
4- México livre
Unidade 06: - A Independência do Brasil e o Primeiro Reinado
Conteúdos específicos
1- O Brasil sob as regras do pacto colonial
2- A crise do antigo sistema colonial
3- O Brasil se torna sede do reino português
4- A Independência do Brasil
5- O Primeiro Reinado
6- O fim do Primeiro Reinado
4º Bimestre
Unidade 07: - Revoluções agitam a Europa
Conteúdos específicos
1- A Europa das revoluções
2- A unificação da Itália e da Alemanha
3- Estados Unidos: a Guerra de Secessão
4- Propostas de transformação social
5- Novas formas de ver o mundo: revolução técnica e científica
209
Unidade 08: - Brasil: da Regência ao Segundo Reinado
Conteúdos específicos
2- O período regencial
3- O fim do período regencial
4- O Segundo Reinado
5- A expansão cafeeira no Brasil
6- A abolição do tráfico negreiro
7- Os imigrantes no Brasil
9º ano:
Conteúdos básicos: A formação das instituições sociais; A formação do Estado;
Guerras e revoluções.
1º Bimestre
Unidade 01: - A era do Imperialismo
Conteúdos específicos
1- A Segunda Revolução Industrial
2- As novas tecnologias
3- A era dos impérios
4- O surgimento da sociedade de massas
5- Da cultura erudita à cultura de massa
História do Paraná: Os símbolos oficiais, dados geográficos e os povos que viviam
no Paraná antes da colonização européia.
210
Unidade 02: - A República chega ao Brasil
Conteúdos específicos
1- A questão escravista no Brasil Imperial
2- A Proclamação da República no Brasil
3- A República: dos militares às oligarquias
4- A Guerra de Canudos
5- A industrialização e o crescimento das cidades
6- O Movimento Operário na Primeira República
7- Reformas e revoltas na capital
8- Análise de documentos históricos: A carta da Princesa Isabel e a promulgação da
Lei Áurea. Análise da vida dos negros após a abolição da escravatura.
Cultura-Afro: o imperialismo e a exploração dos povos africanos. A África
atualmente (continente de cultura e economia diversas).
2º Bimestre
Unidade 03: - A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa
Conteúdos específicos
1- Antes da guerra: Belle Époque e as causas da guerra
2- A guerra e seus resultados
3- A Rússia dos czares
4- A revolução socialista na Rússia
5- A arte e a cultura na Europa dos anos de 1920
História do Paraná: Séculos XVI, XVII e XVIII, da formação do Paraná aos ciclos
econômicos.
Desafios educacionais contemporâneos: drogas e violência.
211
Unidade 04: - A Crise do Capitalismo e a Segunda Guerra Mundial
Conteúdos específicos
1- Os anos de 1920, a crise de 1929 e o New Deal.
2- Os regimes autoritários tomam conta da Europa: o fascismo italiano
3- O nazismo alemão
4- Antecedentes da Segunda Guerra Mundial
5- A eclosão da guerra: o avanço do Eixo
6- O avanço dos aliados
7- Filme: Pearl Harbor. Análise de fatos sobre a Segunda Guerra e a entrada dos
EUA no conflito.
3º Bimestre
Unidade 05: Conteúdo Estruturante - A era Vargas
Conteúdos específicos
1- A Revolução de 1930 e o Governo Provisório
2- O Governo Constitucional de Getúlio Vargas
3- O Estado Novo
4- Educação e Propaganda na Era Vargas
5- A era do rádio
6- Análise de documentos sobre a Era Vargas: Carta Testamento
História do Paraná: a evolução econômica, política e social paranaense durante os
séculos XVIII e XIX. A emancipação política da província.
Desafios educacionais contemporâneos: sexualidade.
Unidade 06: Conteúdo Estruturante - O mundo Bipolar
212
Conteúdos específicos
1- A Guerra Fria
2- Indústria ,Cultural e Esportes
3- O Estado de Bem Estar Social
4- A descolonização da África
5- Revoluções na Ásia
6- A questão Judaico-Palestina
7- Revolução e Ditadura na América Latina: Revolução Cubana e conflitos na
América Latina
4º Bimestre
Unidade 07: Democracia e Ditadura no Brasil
Conteúdos específicos
1- O Brasil depois de 1945
2- Os anos dourados e o governo de Juscelino Kubitschek
3- O governo João Goulart e o golpe de 1964
4- O fim das liberdades democráticas
5- Repressão e abertura política
6- A redemocratização e o governo Sarney
7- Músicas da década de 1960 e 1970 sobre a ditadura militar no Brasil.
História do Paraná: evolução política, econômica e social do Paraná durante o
século XX e XXI. A cultura paranaense e os novos desafios contemporâneos.
História do município de Mauá da Serra: formação, população, cultura, símbolos
municipais.
Unidade 08: A Nova Ordem Mundial
213
Conteúdos específicos
1- O fim da União Soviética
2- O fim do socialismo no Leste Europeu
3- A nova ordem mundial
4- A globalização e seus efeitos
5- O planeta pede socorro
6- O Brasil na Nova Ordem Mundial
7- Um balanço do Brasil Contemporâneo
Conteúdos estruturantes do ensino médio - 1º, 2º e 3º anos: Relações de
trabalho, Relações de poder e Relações culturais.
1º ano:
Conteúdos básicos: Trabalho escravo, servil, assalariado e livre; Urbanização e
industrialização; Cultura e religiosidade.
Conteúdos específicos:
1º Bimestre:
1- A construção da história
2- Periodização da história ocidental
214
3- As origens e o desenvolvimento inicial da humanidade
4- Das primeiras aldeias pré-históricas aos primeiros estados
5- Os indígenas no Brasil
2º Bimestre:
1- África-Egito Antigo/Contemporâneo
2- Mesopotâmia (Sumérios, Acádios, Babilônios, Assírios e Caldeus)
3- Império Persa
4- Fenícios
3º Bimestre
1- Civilização grega
2- Civilização romana
4º Bimestre
1- China
2- Índia
3- Islã
4- Emancipação da mulher
2º ano:
Conteúdos básicos: O Estado e as relações de poder; Os sujeitos, revoltas e
guerras; Cultura e religiosidade.
215
Conteúdos específicos:
1º Bimestre:
1- Origem do Estado do Paraná e seus desbravadores
2- Emancipação do Paraná
3- Feudalismo (Alta idade média, migração dos Bárbaros, a sociedade e economia
feudal).
2º Bimestre:
1- Baixa idade média (renascimento comercial e urbano, as cruzadas, peste negra).
2- O Renascimento e Iluminismo (Teocêntrismo versus Antropocêntrismo)
3- Reforma e Contra-Reforma e seus desdobramentos culturais
4- Revolução Francesa Era Napoleônica, Revolução Industrial e Independência dos
Estados Unidos.
3º Bimestre:
1- Expansão marítima
2- Brasil pré-colonial (pau-brasil, indígenas, povos latino-americanos)
3- A colonização do Brasil (capitanias hereditárias, cana-de-açúcar, produtos
auxiliares da agricultura colonial, mão-de-obra indígena, afro, européia e livre)
4º Bimestre:
1- Governo de Dom Pedro Primeiro (sociedade, economia, política e religião,
período regencial e revolta de farrapos)
3º ano:
216
Conteúdos básicos: Movimentos sociais, políticos e culturais; Guerras e
revoluções; Cultura e religiosidade.
Conteúdos específicos:
1º Bimestre
1- Governo de Dom Pedro Segundo (independência do Brasil, sociedade,
economia, guerra do Paraguai, abolição da escravatura)
2- Independência da América espanhola
2º Bimestre
1- Emancipação e desenvolvimento econômico do Paraná; Cultura paranaense.
2- Primeira República (movimentos sociais, guerra do Contestado, guerra de
Canudos, revolta da vacina, cangaço).
3- Imperialismo
4- Primeira Guerra Mundial
3º Bimestre
1- Segunda Guerra Mundial
2- Era Vargas
3- Principais presidentes após a era Vargas
4º Bimestre
− Ditadura militar
− Democracia
− Brasil contemporâneo
Observação: Os conteúdos básicos devem estar articulados aos estruturantes
contemplando a América, a África, a Ásia, Japão, Europa.
217
Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos
históricos permitem aos alunos formularem idéias históricas próprias e expressá-las por
meio de narrativas históricas.
Encaminhamentos Metodológicos e Recursos Didáticos
O estudo histórico requer constantes pesquisas e interpretações, para a
construção do conhecimento, compondo-se de consultas e leituras de diferentes textos e
mídia, articulando os elementos da reflexão teórica e metodológica da História e os
recursos didáticos para o ensino de história.
O professor deverá utilizar-se de recursos didáticos disponíveis na escola,
como o livro-texto, mapas, fotografias, documentos escritos e audiovisuais, visitas a
locais históricos no município, e ou, quando possível, a outros locais públicos e
privados, bibliotecas, museus e acervos, visando o aproveitamento de dados e
informações sobre os mesmos na sala de aula e para a construção do conhecimento
histórico.
Vivemos em uma sociedade permeada pelos meios de comunicação de
massa, o que marca o nosso modo de aprender e ler o mundo. A mídia veicula
informações, músicas, produções culturais, imagens que podem ser usadas como
documentos históricos e para uma análise em sala de aula. A cultura da escrita, aplicada
aos audiovisuais, significa assumir uma postura que raciocina sobre as mensagens que
recebe.
Além disso, a utilização de vídeos, CDs com músicas, da TV-pendrive e
da sala de informática proporcionarão mais oportunidades de desenvolvimento dos
conteúdos, permitindo novas formas de pesquisa e de investigação.
Para o melhor aproveitamento dos conteúdos de História, os temas abordados serão
acompanhados do livro didático público, com leituras e atividades de fixação, com
exercícios variados, análises de imagens, compreensão e debates de textos
complementares.
218
Após cada leitura, o professor deverá abordar as informações e explanar
os temas numa aula expositiva, dando oportunidades para que os alunos se expressem e
retirem suas dúvidas.
Além desse encaminhamento metodológico, os alunos terão outros textos de
apoio, pesquisas na internet ou em materiais escritos, como livros, revistas, jornais, etc.
Os alunos farão trabalhos escritos, como pesquisas individuais ou em
grupos e ainda produções de textos e provas bimestrais, sempre com o intuito de
averiguar a aprendizagem, dando oportunidades de que possam assimilar os conteúdos
através de formas variadas, contemplando várias possibilidades de compreensão dos
temas abordados.
Critérios de Avaliação
A avaliação será processual, diagnóstica, somatíva, qualitativa e
formativa não visando a classificação, mas verificando a aprendizagem, para que sejam
retomados os conteúdos que não foram devidamente apropriados. Nesse processo
educativo avaliação será um instrumento investigatório da pratica pedagógica
As atividades de fixação de conteúdos serão feitas acompanhadas de
textos de apoio, que complementam o livro-texto e possam levar o aluno a uma visão
mais ampla dos fatos e temas abordados.
A produção do conhecimento histórico se dá com base nos documento,
escritos ou não escritos. Como o ensino de História tem uma relação importante com a
produção do conhecimento histórico, o aluno deverá desenvolver metodologias para
explorar os documentos históricos, lendo referências e legendas, reconhecendo autorias
e intenções de imagem, propostas nos conteúdos. O educando deverá questionar as
informações, produzir textos orientados pelo professor, que avaliará a produção e o
desenvolvimento das atividades propostas em sala e em casa, individuais ou em grupos.
Ainda, serão utilizados em cada bimestre, trabalhos diferenciados, leituras de
textos comparativos, atuais ou produzidos em outras épocas, estudo de imagens, análise
219
de filmes de época e contemporâneos, uso de poesia e música para reflexão, atividades
escritas no caderno, que serão avaliadas e corrigidas durante todo o bimestre, colagens,
seminários, debates, entre outros recursos, para que as atividades sejam diversificadas,
tornando o estudo e a aprendizagem mais eficazes.
Em cada bimestre, os alunos que não tiverem o aproveitamento
desejado, serão alertados e os pais e responsáveis serão informados em reuniões
coletivas ou individuais, pelo professor e pela equipe pedagógica da escola.
Em História, não se observará somente a memorização de fatos e datas,
mas a evolução humana, com suas causas e conseqüências do processo histórico, bem
como a análise do tempo e espaço estudado e de seus diferentes sujeitos.
Para isso, embora sejam feitas avaliações escritas ou orais, os alunos
farão trabalhos e atividades individuais e em grupos, com pesquisas e interpretações de
textos, com a orientação do professor e também serão realizados trabalhos práticos
extraclasses (Visitas a museus, Exposições culturais e apresentações de teatro, dança e
projetos realizados pelos alunos).
O aluno poderá, neste processo, esclarecer dúvidas, corrigir possíveis
erros, tendo ainda ao final de cada bimestre a possibilidade de rever os conteúdos,
fazendo uma recuperação paralela.
Referências
220
BITENCOURT, Circe (org.): O Saber Histórico em Sala de Aula: Repensando o
Ensino. 10ª Edição. São Paulo: Contexto, 2005.
BURKE, Peter (org.): A Escrita da História: Novas Perspectivas. Trad. Maria Lopes.
São Paulo: Editora UNESP, 1992.
CAMPOS, Josilda Eva de: Patrimônio Cultural e a Modernidade. Secretaria de
Estado da Cultura e do Esporte do Paraná, 1981.
CERNEV, Jorge: Liberalismo e Colonização: O Caso Norte do Paraná, Londrina:
Editora Eduel, 1997.
Colonização e Desenvolvimento do Norte do Paraná - Companhia de Melhoramentos
Norte do Paraná, 1995 - (publicação comemorativa do cinquentenário da Companhia de
Melhoramentos Norte do Paraná).
DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL: Cadernos Temáticos: inserção
dos conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira nos currículos escolares – Curitiba:
SEED, 2005.
KERSTEN, Márcia Scholz de Andrade. Os Rituais do Tombamento e a Escrita da
História. Editora da UFPR, Curitiba, 2000.
LE GOFF, Jacques: História e Memória. Trad. Bernardo Leitão. Campinas, São Paulo.
Editora da UNICAMP, 2003.
LEMOS Carlos: O Que é Patrimônio Histórico. Editora Brasiliense, São Paulo, 1981.
NADALIN, Sérgio Odilon. Paraná: Ocupação do Território, População e
Migrações. Curitiba: SEED, 2001.
PROJETO ARARIBÁ: História/ obra coletiva – Editora Moderna, São Paulo, 2008.
SANTOS, José Luis do: O Que É Cultura. Coleção: Primeiros Passos. Editora
Brasiliense, São Paulo, 1983.
SCHIMIDT, Maria Auxiliadora e CAINELLI, Marlene: Pensamento e Ação no
Magistério. São Paulo: Scipione, 2004.SCHIMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI,
Marlene. Ensinar História. 1ª Edição. Editora Scipione, São Paulo, 2004.221
TRINDADE, Maria Etelvina de Castro e Maria Luiza Andreazza: Cultura e Educação
no Paraná, Coleção História do Paraná, SEED, 2001.
Secretaria de Estado da Educação: Diretrizes Curriculares: História: Curitiba, 2009
REPRESENTAÇÕES, memórias e identidades /Obra coletiva-Curitiba: SEED-PR,
2008.p.112(caderno pedagógico de História do Paraná).
KARNAL, Leandro (org.): História na sala de aula, Conceitos, praticas e propostas. 4ª
Edição-Editora contexto, São Paulo, 2005.
ORTIZ, Renato: Mundialização e cultura.1ªEdição-Editora Brasiliense, São Paulo, 2005
CERRI, Luiz Fernando, (org.): O ensino de História e a Ditadura Militar. Editora Aos
quatro ventos. Curitiba, 2005,133 p 2ª Edição.
HOLANDA, Sergio Buarque de: Raízes do Brasil. 26ª Edição-Editora companhia das
letras, São Paulo, 1999.
MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patricia Ramos. História das cavernas ao terceiro
milênio. Das origens da humanidade á reforma religiosa na Europa. 1ª ed. Vol. 1. São
Paulo: Moderna, 2005.
MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patricia Ramos. História das cavernas ao terceiro
milênio. Da conquista da América ao século XIX. 1ª ed. Vol. 2. São Paulo: Moderna,
2005.
MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patricia Ramos. História das cavernas ao terceiro
milênio. Da proclamação da República no Brasil aos dias atuais. 1ª ed. Vol. 3. São
Paulo: Moderna, 2005.
http://historianreapucarana.pbwiki.com
http://historia.seed.pr.gov.br
222
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da Serra -
Paraná
DOCENTES: Azenir Rodrigues de FariaFrancisca das Dores Silva Bertanha
Glaucia Cristina Soares MoraisIzabel EsperançaIone da Conceição de Freitas
Juliana Cazarin Maria Helena dos Santos
Mônica Regina PereiraRaquel Garcia Punhagui
Simone Aparecida Marendaz
Mauá da Serra
2012
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
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A Língua Portuguesa enquanto disciplina escolar, passou a integrar os currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, a formação da nação brasileira deve à língua, muito de sua identidade. Neste aspecto, tencionando o uso culto da língua, emergem , no nível popular, coloquial, práticas de língua que definem muitos aspectos da tradição.
O isolamento dos primeiros colonos fez com que também adquirissem alguns hábitos dos indígenas. Nesse período, não havia uma educação em moldes institucionais e sim a partir de práticas restritas à alfabetização, determinadas mais pelo caráter político, social e de organização e controle de classes do que pelo pedagógico. Depois de institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas a ensino moldavam-se ao ensino do Latim, para os poucos que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada.
Tratava-se de um ensino eloqüente, retórico, imitativo, elitista e ornamental, visando, no dizer de Villalta (1997, p. 351), à construção de uma civilização de aparências com base em uma educação “claramente reprodutivista, voltada para a perpetuação de uma ordem patriarcal, estamental e colonial”.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837 o estudo da Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática, Retórica e Poética, abrangendo, esta última, a Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português e, e em 1871 foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português.
O ensino da Língua Portuguesa manteve suas característica elitistas até meados do século XX, quando iniciou-se no Brasil, a partir de 1967, “um processo de democratização” do ensino, com a ampliação de vagas, eliminação dos chamados exames de admissão, entre outros fatores. Como conseqüência desse processo de “democratização”, a multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais passam a ser outras bem diferentes.
O ensino da Língua Portuguesa, neste contexto, não poderia prescindir de propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por alunos para o espaço escolar, ou seja, a presença de registros lingüísticos e padrões culturais ,diferentes dos até então admitidos na escola. Foi no governo de Getúlio Vargas, que se institucionalizou a vinculação da educação com a industrialização. A Lei 5692/71 amplia e aprofunda esta vinculação dispondo que o ensino devia estar voltado à qualificação para o trabalho. Desse vínculo decorreu, para o ensino, a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na Língua Portuguesa, estava pautada nas teorias da comunicação.
A disciplina de Português, com a Lei 5692171, passou a denominar-se, no primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries), baseando-se, nos estudos de Jakobson, a Gramática deixa de ser o enfoque principal do ensino de língua e a teoria da comunicação torna-se o referencial. Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o ensino de Língua Portuguesa pautava-se, então, em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.
Os estudos lingüísticos, centrados no texto e na interação social das práticas discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram ao Brasil em meados da década de setenta e contribuíram para fazer frente à pedagogia tecnicista, geradora de um ensino baseado na memorização.
Segundo Geraldi (1997), se, por um lado, tais pesquisas trouxeram avanços para o ensino da Língua Portuguesa, por outro, tornaram-se hegemônicas em
224
relação aos estudos literários, trazendo o desprestígio da função poética em proveito da função referencial da linguagem.
No que tange ao ensino da literatura, vigorou, até-meado século XX, a predominância do cânone. Para esse ensino, baseado na Antigüidade Clássica, o principal instrumento do trabalho pedagógico eram as antologias literárias. Até as décadas de 1960-70,a leitura do texto literário, no ensino primário e ginasial, tinha por finalidade transmitir a norma culta da língua. A partir dos anos 70, o ensino com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário, analisava-se as estruturas formais: rimas, escansão de versos, ritmo, estrofes etc. Nesse processo de ensino, cabia ao professor a condução da análise literária e aos alunos a condição de meros ouvintes, o que o excluía de um papel ativo no processo de leitura, ao colocá-lo em contato com intermináveis listas de autores e resumos de obras nos quais devem ser encontrados característica estabelecidas a priori, sem nenhum estimulo à reflexão critica.
A partir dos anos 80, os estudos lingüísticos mobilizaram os professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o trabalho realizado nas salas de aula. Essas reflexões e discussões fizeram-se presentes nos programas de reestruturação do Ensino de 2o Grau, de 1988 e do Currículo Básico, de 1990, documentos que já denunciavam “o ensino da língua, cristalizado em viciosas e repetitivas práticas que se centram no repasse de conteúdos gramaticais”.
A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990, pretendia uma prática pedagógica que enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva de analise mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos significativos e com menos ênfase na conotação moralista, a relação entre campos de conhecimento envolvidos na produção escritas de textos, tais como a estruturação sintática, a ortografia, os recursos gráfico-visuais, as circunstancias de produção, a presença do interlocutor, aspectos da lingüística textual, fundamentais na estruturação do texto escrito, recursos coesivos, conectividade seqüencial e estruturação temática, aparecem como conteúdos da gramática tradicional.
Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os Parâmetros Curriculares Nacionais, do final da década de 90, também fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
Conteúdo Estruturante, em todas as disciplinas, o conjunto de saberes e conhecimentos de grandes dimensão, os quais identificam e organizam um disciplina escolar. A partir dele advêm os conteúdos a serem trabalhados no dia a dia da sala de aula.
A seleção do conteúdo estruturante está relacionada com o momento histórico-social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de linguagem como prática que efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo assim, o Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o discurso como prática social.
225
É importante, no contexto destas Diretrizes, o entendimento de que o discurso pode ser visto como diferente modo de conceber e estudar a língua, uma vez que ela é vista como um acontecimento social, envolvida pelos valores ideológicos
O Conteúdo Estruturante desdobra-se no trabalho didático-pedagógico com a disciplina de Língua Portuguesa. A Língua será trabalhada, na sala de aula, a partir da linguagem em uso, que é a dimensão dada pelo Conteúdo Estruturante. Assim, o trabalho com a disciplina considerará os gêneros discursivos que circulam socialmente, com especial atenção àqueles de maior exigência na sua elaboração formal.
Os conceitos de Conteúdo Estruturantes, são constituídos dentro da mobilidade histórica. Essa característica contextual garante a sua não fixidez, inviabilizando a arbitrariedade de seus recortes. Possibilita também o diálogo com conceitos diversos que, somados, conseguem abranger toda a complexidade que envolve o processo de uso da língua.
Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, acorda-se que o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o Conteúdo Estruturante, Língua Portuguesa e Literatura são o discurso,desdobrado em três práticas, leitura, escrita e oralidade.
O Conteúdo Estruturante identifica com os campos de estudo de disciplina escolar, entende-se, nestas Diretrizes, o campo da disciplina de Língua Portuguesa/Literatura como um campo, antes de tudo, de ação, onde se concretizam práticas de uso real da língua materna, contrapondo-se à tradicional.
É contexto das práticas discursivas que se farão presentes os conceitos oriundos da Lingüística, Sociolingüística, Semiótica, Pragmática, Estudos Literários, Análise do Discurso, Gramáticas normativa, descritiva, de usos, entre outros, de modo a contribuir com o aprimoramento da competência lingüística dos estudantes.
A importância que propiciem o contato com a Cultura Africana e Afro -descendentes, culminando em desfiles, exposições, mostra de teatro e dança por meio dos quais sejam apresentados penteados, vestimentas, adereços, utensílios, objetos e rituais resultantes desse processo.
A escola sendo um espaço de discussões e atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a sua família em diferentes contexto escolar abre espaço para a cultura afro-descendentes nos meios de comunicação de massa.
3.METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A proposição de encaminhamento metodológicos no ensino de Língua, segue os princípios de interação, base da concepção adotada para esta disciplina.
A prática precisa, portanto, relacionar-se a situações reais de comunicação.
Nessa postura, a sala de aula adquire outra conotação, diferente da tradicional. Torna-se um espaço de interação, de encontro entre sujeitos.
O do professor reflexivo – aquele que reflete ao planejar seu trabalho, ao executar o que planejou e, de modo especial, ao analisar sua prática, com vistas a reformulá-la e melhorá-la sempre que for preciso. Compreender o contexto da sala de aula, transpor o nível adequado de leitura desse espaço para efetuar a transformação necessária.
226
Compreende-se a complexidade do espaço da sala de aula a importância e necessidade de leitura desse local, a fim de por meio da análise dessa relação, se possa evitar que o autoritarismo e a apatia predominem. Um relacionamento saudável é necessário para a ocorrência da aprendizagem, mas analisar os problemas que ocorrem na relação pedagógica e avaliar se os objetivos propostos estão sendo atingidos, se não atingidos buscar novas formas de trabalhar determinados conteúdos. Ver o aluno, como um ser construído e em construção por meio dessas vivências, dar-se maior relevância ao espaço sala de aula e aos atores ali presente, valorizando as interações que ali ocorrem. Considerar o aluno como sujeito de um processo histórico, social, detentor de um repertório lingüístico que precisa ser considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa.
• apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, um filme, um livro etc;
• depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou pessoas de seu convívio;
• uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos, expor programações, dar avisos, fazer convites etc;
• confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita;
• relato de acontecimentos, mantendo-se a unidade temática;• debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que
possibilitem desenvolvimento da argumentação;• análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de
gravações para serem ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas, hesitações, truncamentos, mudanças de construção textual, descontinuidade do discurso, grau de formalidade, comparação com outros textos, etc.
Levar o aluno a saber ouvir, se não houver ouvinte, a interação não acontece, é preciso desenvolver a sensibilidade de saber ouvir o outro, o que favorece, inclusive,a convivência social.
Levar o aluno a reflexão e ampliação de sentido sobre o que foi lido, para que a leitura seja vista em função de uma concepção interacionistas de linguagem; propor uma infinidade de textos , a fim de desenvolver a subjetividade do aluno; cercar o aluno de livros que possam ser folheados, selecionados; propiciar um ambiente iluminado e atrativo;
Organizar exposições de livros; ler trechos de obras e expô-los em cartazes; produzir, com os alunos, um quadro de aviso sobre o prazer de ler, ilustrado com seus temas preferidos; leitura oral, desde poemas até histórias prediletas; produzir coletivamente peças de teatro e dramatizações sobre textos lidos; discutir, antes da leitura, o título e as ilustrações da história;
Encontrar músicas apropriadas para o momento da leitura; criar momentos em que o aluno exponham suas idéias, opiniões e experiências de leituras.
A escrita deve ser pensada e trabalhada em uma perspectiva discursiva que aborda o texto com a unidade potencializadora de sentidos, através da prática textual. E depois internalizar essas diferenças, pode amadurecer na produção de textos cuja intenção é provocar uma ação no mundo.
Pensar a prática da escrita é planejar o que será produzido; escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada e, finalmente, revisar, reestruturar e reescrever este texto, vale lembrar que, quando há uma proposta de produção escrita, é
227
necessário saber quem será o leitor deste texto, quem será seu destinatário. É importante garantir a socialização da produção textual, afixando no mural da escola os textos de alguns alunos.
A gramática normativa considera a língua como uma série de regras que devem ser seguidas e obedecidas, e considera-se que a fala precisa basear-se nas estruturas que regem a escrita.
A gramática internalizada, é o conjunto de regras que é dominado pelo falante tanto em nível fonético, como sintático e semântico, possibilitando o entendimento entre os falantes de uma mesma língua.
Os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados e a internalizada no processo de ensino de Língua Portuguesa. Planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a reflexão sobre seu próprio texto – tais como atividades de revisão, de reestruturação ou refacção do texto, de análise coletiva de um texto selecionado e a exploração das categorias gramaticais.
Em literatura, interpretação não se reduz a uma questão de verdade ou falsidade, mas a uma contínua construção de consistência argumentativa na ordem do discurso.
A aula partirá dos textos selecionados pelo professor que colocará o aluno em face de textos literários integrais em vez de resumos ou sinopses. Aceitará os textos sugeridos pelos alunos como ponto de lançamento para a leitura de outros textos, num contínuo texto puxa-texto que leve a reflexão, ao aprimoramento do pensar e a um aperfeiçoamento no manejo que ele terá de suas habilidades de falante, leitor e escritor.
Podendo aperfeiçoar esse trabalho a lembrança de um filme, de uma música, de outras leituras relacionadas, mesmo a de fatos vividos ou a produção do próprio aluno. Convém que o professor reserve no espaço de suas aulas, toda semana, um tempo para a leitura.
Para o ensino da Literatura, estas Diretrizes não indicam, não selecionam obras ou épocas a serem trabalhadas, contudo, respeitando planejamento a ser construído pelos professores, na escola.
Interdisciplinaridade da literatura e arte, literatura e biologia, literatura e qualquer das disciplinas com tradição curricular no Ensino Fundamental e Médio.
SÍNTESE MÉTODO RECEPCIONAL
Partindo dos pressupostos teóricos apresentados na Estética da Recepção e na Teoria do Efeito, o Método Recepcional é sugerido como encaminhamento metodológico para o trabalho com a Literatura.
O leitor é visto como um sujeito ativo no processo de leitura, tendo voz em seu contexto. Esse método proporciona momentos de debates e reflexões sobre a obra lida, ampliando seus horizontes de expectativas.
Tem como objetivos: efetuar leituras compreensivas e críticas; ser receptivo a novos textos e a leitura de outrem; questionar as leituras efetuadas em relação ao seu
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próprio horizonte cultural; transformar os próprios horizontes de expectativas, bem como os do professor, da escola, da comunidade familiar e social.
Esse trabalho divide-se em cinco etapas:
Na primeira etapa acontece a determinação do horizonte de expectativas do aluno leitor. O professor busca conhecer a realidade sócio-cultural dos educandos, interesses e nível de leitura.
Na segunda etapa ocorre a apresentação de textos próximos ao conhecimento de mundo e as experiências dos alunos.
Na terceira acontece a ruptura. É o momento de mostrar ao leitor que nem sempre determinada leitura é o que ele espera. Para que isso aconteça é necessário trabalhar com obras que, partindo das experiências de leitura dos alunos, aprofundem seus conhecimentos, fazendo com que eles se distanciem do senso comum e tenham seus horizontes de expectativas ampliado.
Após a ruptura, o sujeito é direcionado a um questionamento do horizonte de expectativas.
As leituras oferecidas ao aluno e o trabalho efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e tomada de consciência das mudanças e das aquisições, levando-o a uma ampliação de seus conhecimentos.
Para aplicação deste método, o professor precisa ponderar as diferenças entre o Ensino Fundamental e Ensino Médio. No Ensino Médio, além do gosto pela leitura, há a preocupação em garantir o estudo das Escolas Literárias.
Contudo, ambos os níveis devem partir do mesmo ponto: o aluno é o leitor, e como leitor é ele quem atribui significado ao que lê, é ele quem traz à vida o que lê, de acordo com seus conhecimentos prévios, linguísticos, de mundo. O docente deve partir da recepção dos alunos para depois de ouvi-los, aprofundar a leitura e ampliar os horizontes de expectativas dos alunos.
O primeiro olhar para o texto literário deve ser de sensibilidade, de identificação. O professor pode estimular o aluno a projetar-se na narrativa e identificar-se com algum personagem.
As marcas linguísticas devem ser consideradas na leitura literária; elas também asseguram que as estruturas de apelo sejam respeitadas.
Na leitura de textos poéticos, estimular a sensibilidade estética, fazendo uso da leitura expressiva. O modo como o docente procede a leitura do texto poético pode despertar o gosto ou a falta de interesse pelo poema. Antes de apresentar o poema, o professor deve estudar, apreciar, interpretar, enfim, fruir.
229
Não podemos ficar preso a linha do tempo da historiografia, mas a análise contextualizada da obra, no momento de sua produção e no momento de sua recepção. As correntes da cítica literária como os estudos filosóficos e sociológicos, a análise do discurso, os estudos culturais, entre tantos outros enriquecem o entendimento das obras literárias.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.
Oralidade: Será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias, numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação oral. Assim, o professor verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em vista o resultado esperado.
Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações de causa e conseqüência entre as partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre outros. È importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa o conhecimento prévios: se compreende o significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; se faz inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte textual. Tendo em vista o multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc. È importante considerar as diferenças de leituras de mundo e o repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte de expectativas. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Escrita: ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. È a partir daí que o texto escrito será avaliado nos aspectos discursivo-textuais, verificando: a adequação à proposta e ao gênero solicitado, se à linguagem está de acordo com o contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência textual, a organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio. No momento da refacção textual, observar, por exemplo: se a intenção do texto foi alcançada, se há relação entre partes
230
do texto, se há necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário substituir parágrafos, ideias ou conectivos.
Análise Linguística: Avaliar no texto os aspectos discursivos e gramaticais. Nessa prática pedagógica precisa se avaliados, os elementos lingüísticos usados nos diferentes gêneros, sob uma prática reflexiva e contextualizada que possibilitem compreender esses elementos no interior do texto. Dessa forma o professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos lingüísticos e estilísticos, as relações semânticas entre as partes do texto.
O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada que possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário aprofundamento teórico.
Para que as propostas das Diretrizes de Língua portuguesa se efetivem na sala de aula, é imprescindível a participação pró-ativa do professor. Engajado com as questões de se tempo, respeitando as diferenças e promovendo uma ação pedagógica de qualidade a todos os alunos, tanto para derrubar mitos que sustentam o pensamento único, padrões pré-estabelecidos e conceitos tradicionalmente aceitos, como para construir relações sociais mais generosas e includentes.
A avaliação deverá ser realizada no dia a dia do aluno respeitando as diferenças culturais, sociais, econômicas, políticas, religiosa, permitindo o acesso e o aperfeiçoamento lingüístico constante, o letramento.
A avaliação contínua que dê prioridade à qualidade e ao processo de aprendizagem e não apenas como a tradicional que é somativa e classificatória – para definir notas ou conceito.
A avaliação é formativa servem para diferentes finalidades como: observação diária e instrumentos variados de acordo com cada conteúdo e objetivo, possibilitando uma aprendizagem contínua e diagnóstica apontando dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.
Avaliar na oralidade, na leitura, na escrita: oralidade através de debates, entrevista, relato de histórias, diálogos, discussões, observar clareza ao mostrar expor suas idéias, a fluência na fala, desembaraço e argumentação para defender o ponto de vista.
Leitura: ver a compreensão do texto lido, avaliar com reflexão. Escrita: verificar o processo de produção no aspecto textuais e gramaticais.
Serão realizados no mínimo três avaliações, por bimestre, sendo o valor de cada 10,0 (dez vírgula zero) somados e divididos para obtenção da média bimestral.
Promover a Recuperação Paralela a cada conteúdo não apropriado, promovendo a formação continuada, incluindo valor nas diferentes formas de avaliar.
5. BIBLIOGRAFIA
231
BAKHTIN, Mikail. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de: Michel e Yara Vieira. 6.ed.São Paulo: Hucitec, 1992.BARRETO, Elba Siqueira de Sá. Os currículos do ensino fundamental para as escolas brasileiras. 2.ed. Campinas, SP:BARROS, Diana Luz Pessoa de. Contribuições de Bakhtin ás teorias do texto e do discurso. In Diálogos com Bakhtin. FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão; CASTRO, Gilberto (orgs). Curitiba, Editora da UFPR, 2001.AGUIAR, Vera T. de; BORDINI, Maria da Glória. Literatura: a formação do leitor -alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto. 1993.ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro& interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.AZEVEDO, Maria A. Para a construção de uma teoria crítica em alfabetização escolar. In:AZEVEDO, Maria A.; Marques, Maria L. (orgs.). Alfabetização hoje. São Paulo: Cortez, 1994.BAGNO, marcos. A Língua de Eulália. São Paulo: Contexto, 2004.__________.A norma oculta – língua e poder na sociedade. São Paulo: Parábola, 2003.__________Preconceito Lingüístico. São Paulo: Loyola, 2003.BRAGGIO, Sílvia L. B. Leitura e alfabetização: da concepção mecanicista à sociopsicolingüística. Porto Alegre, RS: Arte Médicas, 1992.PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação - Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná. 3ed. Curitiba, 1997.PARANÁ , Secretaria de Estado da Educação. Reestruturação do ensino de 2o Grau. Curitiba, 1988.SUASSUNA , Lívia. Ensino de língua portuguesa: uma abordagem pragmática. Campinas, SP: Papirus, 1995.TEZZA, Cristóvão. Entre a Prosa e a Poesia: Bakhtin e o formalismo russo. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.Língua Portuguesa e Literatura / vários autores – Curitiba SEED-PR, 2006 – P 208.Cadernos Temáticos – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.FARACO, Carlos Alberto – Português: Língua e Cultura, Ensino Médio, Base Editora, 2005.PARANÁ, Secretária de Estudo da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica: Língua Portuguesa: Curitiba, 2008.
232
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da Serra - Paraná
233
DOCENTES: CÍNTIA C. BARBOSA VECHIATO
DÉBORA ADRINA ALVES
HORMISDAS DE SOUZA
LAURI LUÍS HENRICH
SILMARA APARECIDA DA SILVA REIS
Mauá da Serra
2012
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
234
Ø APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
A Educação Matemática tem conquistado espaço nos últimos anos como
área interdisciplinar, que procura em outras áreas do conhecimento – subsídios para
enfrentar os desafios que se apresentam na formação do cidadão para o século XXI.
Desafios estes que se tornam mais freqüentes em uma sociedade cuja produção
científica e tecnológica cresce vertiginosamente.
Entende-se a Matemática como um conhecimento produzido e
sistematizado pela humanidade, portanto histórico, com o objetivo de conhecer,
interpretar e transformar a realidade. Esta compreensão da história da Matemática
indissociável da história da humanidade – em processo de produção nas diferentes
culturas – busca romper com algumas concepções fundamentadas na corrente de
pensamento positivista e entender o caráter coletivo, dinâmico e processual da produção
deste conhecimento que ocorre de acordo com as necessidades e anseios dos sujeitos.
A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em
que apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são
considerados suficientes para atuação profissional, pois envolve estudo dos fatores que
influem, direta ou indiretamente, sobre os processos de ensino e de aprendizagem em
Matemática.
O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém,
está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático, e envolve o estudo de processos que
investigam como o estudante compreende e se apropria da própria Matemática
‘concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos
etc.”Investiga, também como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,
desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como
cidadão”. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os
conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na
formação do pensamento do aluno.
235
A efetivação desta proposta requer um professor interessado em
desenvolver-se intelectual e profissionalmente e em refletir sobre sua prática para
tornar-se um educador matemático e um pesquisador em contínua formação. Interessa-
lhe, portanto, analisar criticamente os pressupostos ou as idéias centrais que articulam a
pesquisa ao currículo, a fim de potencializar meios para superar desafios pedagógicos.
Pela educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos
estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de
idéias. Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas
teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por
conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.
O educando precisa pensar criticamente, coletar, manipular, formar
questões sobre objetivos. Nessa concepção dialética de educação, a ênfase está no
ensino pela descoberta e não pelo mero acúmulo de informações.
Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência
de suas teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por
conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.
Cabe ao professor a sistematização dos conteúdos matemáticos que
emergem das aplicações, superando uma perspectiva utilitarista, sem perder o caráter
científico da disciplina e de seu conteúdo.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTE/BÁSICOS DA DISCIPLINA
Conteúdos estruturantes do Ensino Fundamental
Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande
amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudos
de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a sua compreensão.
236
Os Conteúdos Estruturantes propostos são:
Números e Álgebra.
Grandezas e Medidas.
Geometrias.
Funções.
Tratamento da informação.
Conteúdos básicos 6º ano
Números e Álgebra
Sistemas de numeração;
Números naturais;
Múltiplos e divisores;
Potenciação e radiciação;
Números fracionários;
Números decimais.
Grandezas e medidas
Medidas de comprimento;
Medidas de massa;
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de tempo;
237
Medidas de ângulos;
Sistema monetário.
Geometria
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Tratamento da Informação
Dados;
Tabelas;
Gráficos;
Porcentagem.
Conteúdos básicos 7º ano
Números e Álgebra
Números Inteiros
Números Racionais
Equação e inequação do 1º grau
238
Razão e proporçãoRegra de três
simples
Grandezas e Medidas
Medidas de temperatura
Medidas de ângulos
Geometrias
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria não-euclidianas.
Tratamento da Informação Pesquisa Estatística;
Média Aritmética;
Moda e Mediana;
Juros Simples.
Conteúdos básicos 8º ano
239
Números e Álgebra Números Racionais e Irracionais;
Sistemas de Equações do 1º grau;
Potências;
Monômios e Polinômios;
Produtos Notáveis.
Grandezas e Medidas
Medidas de comprimento;
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de ângulos.
Geometrias
Geometria plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometria não-euclidianas.
Tratamento da Informação Gráfico e Informação;
População e amostra.
240
Conteúdos básicos 9º ano
Números e Álgebra
Números Reais;
Propriedade dos radicais;
Equação do 2º grau;
Teorema de Pitágoras;
Equações Irracionais;
Equações Biquadradas;
Regra de três Compostas.
Grandezas e Medidas
Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
Trigonometria no triângulo retângulo.
Funções
Noção intuitiva de Função Afim;
Noção intuitiva de Função Quadrática.
Geometria Geometria Plana
241
Geometria espacial
Geometria Analítica
Geometria não-euclidianas
Tratamento de informação
Noções de análise combinatória
Noções de probabilidade
Estatística
Juros compostos
Conteúdos estruturantes do Ensino Médio
Os conteúdos estruturantes do Ensino Médio devem aprofundar e ampliar
os conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental visando assim que o aluno:
6- Compreenda os números e suas operações;
7- Conceitue e interprete matrizes e suas operações;
8- Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam
por meio de determinante;
9- Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações –
inclusive as exponenciais, logarítmicas e modulares.
No Ensino médio, deve-se garantir ao aluno o aprofundamento dos
conceitos da geometria plana e espacial em um nível de abstração mais complexo,
242
Nesse nível de ensino, os alunos realizam análises dos elementos que estruturam a
geometria euclidiana, através da representação algébrica, ou seja, a geometria analítica
plana.
O Conteúdo de Funções simbolizou os primeiros sinais de modernização
do ensino de Matemática.
Os conceitos estatísticos devem servir de aporte aos conceitos de outros
conteúdos, com os quais sejam estabelecidos vínculos para quantificar, qualificar,
selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira que sejam incorporadas às
experiências do cotidiano.
Os Conteúdos Estruturantes propostos são:
. Números e Álgebra
. Grandezas e Medidas
. Geometrias
. Funções
. Tratamento da informação
Conteúdos básicos
Números e Álgebra
Números Reais;
Equações e inequações;
Exponenciais, Logarítmicas e
Modulares.
243
Grandezas e Medidas
Medidas de grandezas vetoriais;
Medidas de Informática.
Funções Função Afim;
Função Quadrática;
Função Polinomial;
Função Exponencial;
Função Logarítmica;
Progressão Aritmética;
Progressão Geométrica.
Números e Álgebra
Matrizes;
Determinantes.
Grandezas e Medidas
Trigonometria.
Funções
Função modular;
Função trigonométrica.
244
Geometria
Geometria plana;
Geometria Espacial.
Tratamento da Informação
Análise Combinatória;
Binômio de Newton.
Números e Álgebra
Números Complexos;
Sistemas Lineares;
Polinômios.
Grandezas e Medidas Medidas de Área;
Medidas de Volume;
Medidas de Energia.
Geometrias
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometrias não-euclidiana.
245
Tratamento da informação
Estatísticas;
Matemática Financeira.
3 - METODOLOGIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA
É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para
que o estudante tenha condições de constatar regularidades, generalícios e apropriação
de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras
áreas do conhecimento.
Para o bom aproveitamento dos alunos serão usados em sala de aula, materiais didáticos
que motivem os mesmos nos desempenhos das tarefas.
A cada conteúdo a ser trabalhado, a partir de uma ação significativa para
o aluno, que poderá ser: construção de materiais concretos e manipuláveis;
acontecimentos da sala de aula, da escola ou da comunidade, notícias de jornais,
revistas, TV Multimídia, DVD, pesquisa de campo e etc.
O aluno deve ter suas anotações e passa-las para a simbologia
matemática completando a etapa ele deverá automatizar suas anotações. O livro didático
tem um papel importante como fonte de pesquisa e também como fonte da história da
matemática.
O desenvolvimento sócio-cultural do aluno será sempre observado em
sala de aula como pré-requisito para a continuidade de cada área de trabalho.
No ensino médio deverá analisar e interpretar problema que exigem
cálculos elaborados e engloba uma grande variedade de técnicas de resolução, ele deve
compreender, deve dominar os conceitos, o que possibilita articular esses conceitos com
246
os presentes em outros conteúdos de modo a oferecer ao estudante conhecimentos
menos fragmentados por meio de experiências que propiciem observações e conclusões,
contribuindo para a formação do pensamento matemático.
A proposta de trabalho é ampliar as experiências do professor e alunos,
para que, na exploração das idéias possam, além de desenvolver capacidade de pensar e
inventar, fazer o processo de ensinar algo dotado de significado e alegria.
Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos
estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de
idéias. Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas
teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por
conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.
As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no
desenvolvimento de ações em Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas
com os recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a
experimentação. De posse dos recursos tecnológicos, os estudantes argumentam e
conjecturam sobre as atividades com as quais se envolvem na experimentação.
Apresentar recursos pedagógicos e tecnológicos que serão utilizados;
Explicitar o trabalho realizado, referente aos termos ligados às seguintes coordenações:
- desenvolvimento sócio educacional e diversidade.
Na redefinição da proposta pedagógico-curricular de EJA, buscou-se
manter as características de organização que atendem melhor à Educação de Jovens e
Adultos, para:
– permitir aos educandos percorrerem trajetórias de aprendizagem não-
padronizadas, respeitando o ritmo próprio de cada um no processo de apropriação dos
saberes;
– organizar o tempo escolar a partir do tempo disponível do educando–
trabalhador, seja no que se refere à organização diária das aulas, seja no total de dias
previstos na semana.
Assim a proposta da EJA, contempla os mesmo conteúdos como a grade
curricular do ensino regular.
247
Faz-se necessário, em relação ao desenvolvimento Sócio Educacional, a
contextualização de forma interdisciplinar:
- A Lei 10.639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
- A Lei 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas; valorizando
a história e a cultura de seus povos.
- A Lei 9795/99, Política Nacional de Educação Ambiental;
- Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio educacional: Cidadania
e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à
Violência; Prevenção ao uso indevido de Drogas e Educação Ambiental; e a
Diversidade: Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo.
4- CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO DE MATEMÁTICA
Para a reflexão sobre avaliação temos como pressupostos a definição a
concepção de ensino e de escola, que sustenta a proposta curricular e a matemática que
norteia a fundamentação teórica. Assim, temos subsídios para compreender a avaliação
como sendo um diagnóstico do processo de trabalho do professor e do aluno.
O processo de avaliação envolve muitos fatores e critérios que indiquem
as aprendizagens básicas de todos os indivíduos. Por tanto, a avaliação se caracteriza
como um processo que objetiva explicitar o grau de compreensão da realidade,
emergentes na construção do conhecimento.
Isto dará através de trabalhos em equipes e individual, resolução de
exercícios, questionamentos dos conteúdos, atividades em forma de questões de
múltiplas escolhas e subjetivas, produção de textos a partir de determinados conceitos.
È fundamental que a avaliação se processe de forma continua diagnóstica
processual e sistemática, e, como instrumentos desse processo o professor pode utilizar-
se de trabalhos e atividades diversificadas. A nossa avaliação tem o valor 5,0, trabalho
3,0 e atividades em sala de aula e para casa valor 2,0, depois de tudo são revisados os
conteúdos do bimestre e é dado a recuperação com valor 10,0 esses são os nossos
critérios de avaliação.
248
No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da
observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar
oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais
oportunidades devem incluir manifestação escritas, orais e de demonstração, inclusive
por meio de ferramentas e equipamentos, tais como manipuláveis computador e
calculadora.
Em específico a proposta da EJA, sendo tempo diferenciado do currículo
da EJA em relação ao tempo do currículo na escola regular não significa tratar os
conteúdos escolares de forma precarizada ou aligeirada.
Ao contrário, devem ser abordados integralmente, considerando os
saberes adquiridos pelos educandos ao longo de sua história de vida. De fato, os adultos
não são crianças grandes e, portanto, têm clareza do porquê e para que estudar e sendo a
avalição direcionada da mesma forma igual o ensino regular.
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRINI, ÁLVARO E VASCONCELOS, MARIA JOSÉ – Praticando Matemática
– Editora do Brasil - Coleção Atualizada – Ensino Fundamenta, 2005.
SMOLE, KÁTIA CRISTINA STOCCO E DINIZ, MARIA IGNEZ – Matemática –
Editora Saraiva, 2009, 1º série, 2º série e 3º série.
GIOVANNI & BONJORNO – Matemática Completa – Editora FTD, 2009, 1º série.
2º série e 3º série.
249
GIOVANNI, JOSÉ RUY – BONJORNO, JOSÉ ROBERTO E GIOVANNI JR, JOŚE
RUY – Matemática Completa – Editora FTD, 2004, Ensino Médio.
XAVIER & BARRETO – Matemática Aula por Aula-Editora FTD, 2009, 1º série, 2º
série e 3º série.
LEZZI, GELSON – DOLCE, OSVALDO E MACHADO, ANTONIO – Matemática e
realidade – Editora Atual, 2009, ensino fundamental.
NICOLAU, VICENTE E ELIZABETH – Matemática – Editora Scipione –2009,
coleção novos tempos volume único, ensino médio.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento da Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para a
Educação Básica, Curitiba, 2008.
P.P.P – COLÉGIO ESTADUAL JOÃO PLATH, Mauá da Serra, 2011, pág. 219.
250
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da Serra - Paraná
DOCENTES: Priscila Hryczyszyn Vaz Macedo
Mauá da Serra
251
2012
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O desenvolvimento dos saberes e de práticas ligadas à transformação da matéria
e presentes na formação das diversas civilizações foi estimulado por necessidades
humanas.
Para iniciar as discussões sobre a importância do ensino de química, é essencial
retomar fatos marcantes da história do conhecimento químico em suas inter-relações
econômica, política e social.
Na história do conhecimento químico, a alquimia, nascida dos trabalhos da
metalurgia, das idéias chinesas de cura e equilíbrio, da magia estelar persa, do
hermetismo egípcio e da interpretação mística da filosofia grega, tinha como objetivo a
investigação sobre a natureza da matéria e prática laboratorial para nela interferir,
desejando a conquista do tempo.
Na Europa a alquimia chegou através de traduções de textos árabes, os quais, por
sua vez, já eram traduções e adaptações de velhos textos helenísticos ou de traduções
caldaicas.
Os alquimistas europeus buscavam o elixir da vida eterna e a pedra filosofal
(prática da transmutação dos metais em ouro). Dedicavam-se a esses procedimentos,
mas agiam de modo hermético, ocultista, uma vez que a sociedade da época era contra
essas práticas por acreditar tratar-se de bruxaria.
Esses alquimistas manipularam diversos metais, como o cobre, o ferro e o ouro,
além das vidrarias que foram aperfeiçoadas e hoje, muitas fazem parte dos laboratórios.
Os conhecimentos químicos nem sempre estiveram atrelados à religião e à
alquimia. A teorização sobre a composição da matéria, por exemplo, surgiu na Grécia
antiga e a idéia de átomo com os filósofos gregos Leucipo e Demócrito, que lançaram
algumas bases para o atomismo do séc. XVII e XVIII com Boyle, Dalton e outros. A
teoria atômica foi uma questão amplamente discutida pelos químicos do séc. XIX, que a
tomaram como central para o desenvolvimento da química com ciência.
O fato é que a química como ciência teve seu berço na
Europa no cenário de desenvolvimento do modo de produção capitalista, dos interesses
252
econômicos da classe dirigente, da lógica das relações de produção e das relações de
poder que marcaram a constituição desse saber.
O experimentalismo marcou a ciência moderna e esteve presente no avanço da
química dos séc. XVIII e XIX em inúmeras investigações.
No séc. XIX, finalmente a ciência moderna se consolidou.
Em 1860, foi realizado o primeiro Congresso Mundial de Química.
Os interesses da indústria da segunda metade do séc. XIX impulsionaram
pesquisas e descobertas sobre o conhecimento químico.
No final do séc. XIX, com o surgimento dos laboratórios de pesquisa, a química
se consolidou como a principal disciplina associada aos efetivos resultados na indústria.
A produção de conhecimentos, na Alemanha, Estado Nação recém unificado, se dava
pelas instituições científicas e pela indústria, em busca de desenvolvimento econômico e
científico e de reorganização territorial. O exemplo alemão do investimento em
pesquisas, seguido por outras nações alavancou ainda mais o desenvolvimento da
química.
No séc. XX, a química e todas as outras ciências naturais tiveram um grande
desenvolvimento, em especial nos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. Esses países
destacaram-se no desenvolvimento da ciência, no intuito de estabelecer e,
posteriormente, manter influência científica que pudesse garantir diferentes formas de
poder e controle mundial, essenciais nas tensões vividas no séc. XX.
Dentre as descobertas e avanços científicos, últimas quatro décadas do séc. XX
passou-se a conviver com a crescente miniaturização dos sistemas de computação, com
o aumento de sua eficiência e ampliação do seu uso, o que constitui uma era de
transformações nas ciências que vêm modificando a maneira de se viver. Esse período é
marcado pela descoberta de novos materiais, engenharia genética, exploração da
biodiversidade, obtenção de diferentes combustíveis, pelos estudos espaciais e pela
farmacologia; marca o processo de consolidação científica, com destaque à química,
que participa das diferentes áreas das ciências e colabora no estabelecimento de uma
cultura científica, cada vez mais arraigada no capitalismo e presente na sociedade, e,
por conseguinte, na escola.
De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os Conteúdos
Estruturantes da Química para o ensino médio, considerando seu objeto de
estudo/ensino: Substâncias e Materiais.
253
A intenção é ampliar a possibilidade de abordagem dos conceitos químicos e
contrapor-se a uma abordagem que considera a Química um conjunto de inúmeras
fórmulas e nomes complexos.
O ENSINO DE QUÍMICA
Hébrard (2000) afirma que o percurso histórico do saber químico contribuiu para
a constituição da química como disciplina escolar. Isso ocorreu, inicialmente, na França,
no governo de Napoleão III, no período de 1863 a 1869.
No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo em química surgiram no
início do séc. XIX, em função das transformações políticas e econômicas que ocorriam
na Europa. A disciplina de química no ensino secundário no Brasil foi implantada em
1862, segundo dados do 3o Congresso Sul-americano de química, que ocorreu em 1937.
As diretrizes para a cadeira de química, elaboradas pelo Conde da Barca,
influenciadas por uma carta do rei de Portugal, reconheciam a importância da química
para o progresso dos estudos da medicina, cirurgia e agricultura e, além disso,
indicavam o ensino dos princípios práticos da química e seus diferentes ramos aplicados
às artes e à farmácia para conhecimentos dos muitos e preciosos produtos naturais do
Brasil.
O ensino de química, foi oficializado com um projeto de criação do curso de
química industrial, aprovado em 1919, subsidiado pelo governo federal.
A partir de 1931, com a Reforma Francisco Campos, a disciplina de química
passou a ser ministrada de forma regular no currículo do ensino secundário no Brasil.
Documentos da época apontam alguns objetivos para o ensino de química, voltados para
a apropriação de conhecimentos específicos, entre eles, despertar o interesse científico
nos alunos e enfatizar a sua relação com a vida cotidiana. (MACEDO e LOPES, 2002)
Em dezembro de 1961, entrou em vigor a lei n. 4024, escrita num cenário de
dominação científico-cultural norte-americana, na qual a química adquire, em diversos
países, inclusive no Brasil, configurações semelhantes às propostas dos EUA, no ensino
experimental, focando temáticas do estudo atômico-molecular. Como conseqüência,
ampliou-se a carga horária da disciplina de química nos currículos.
254
Na década de 1970, propostas educacionais valorizavam processos dialógicos de
aprendizagem, como idéias de pedagogia construtivista piagetiana, que se consolidaram
e perduraram até os anos de 1980.
Nesse cenário de mudanças educacionais, na década de 1980, a
Secretaria de Educação do Paraná elaborou o Currículo Básico para o Ensino de 1o
grau. Esse documento estava fundamentado na pedagogia histórico-crítica, afinada às
bases psicológicas de aprendizagem desenvolvida pro Vigotski. O documento de
intitulado Reestruturação do Ensino de 2o grau, apresentava uma proposta de conteúdos
essenciais para a disciplina e tinha como objetivo principal a aprendizagem dos
conhecimentos químicos historicamente construídos.
No início dos anos de 1990, as discussões pedagógicas passaram a ter um
enfoque sociológico que analisava o papel do currículo como o espaço de poder
(ROCHA, 2003). Nesse período, predominou a ideia de que o currículo podia ser
compreendido somente quando contextualizado política, econômica e socialmente.
Ainda nessa década, as mudanças noeliberais afetaram as discussões a respeito
de currículo. No âmbito mundial, encontros e conferências priorizavam a educação
como alvo das reformas necessárias para a formação do trabalhador.
No final da década de 1990, sem nenhuma discussão coletiva, o estado do
Paraná adotou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), como referência para a
organização curricular em toda a rede estadual de ensino. Os colégios estaduais que
ofertavam o ensino médio foram orientados a partira de 1998, pela Secretaria de Estado
da Educação (SEED), a elaborar suas propostas curriculares de acordo com os PCN.
Atualmente o Paraná, tendo como base as discussões desenvolvidas pela
comunidade de pesquisadores em ensino, bem como o diálogo com os docentes do
Paraná, elaborou a DCE (Diretrizes Curriculares da Educação), a fim de subsidiar
reflexões sobre o ensino de química, bem como possibilitar novos direcionamentos e
abordagens da prática docente no processo ensino-aprendizagem, para formar um aluno
que aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre o
meio em que está inserido.
Para isso, a ênfase do estudo da história da disciplina e em seus aspectos
epistemológicos, defende uma seleção de conteúdos estruturantes que a identifique
como campo do conhecimento constituído historicamente nas relações políticas,
econômicas, sociais e culturais das diferentes sociedades.
255
A abordagem dos conteúdos no ensino de química será norteada pela construção
e reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada a contextos
históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais, e estará fundamentada em
resultados de pesquisa sobre o ensino de ciências.
De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os conteúdos
estruturantes de química para o ensino médio, considerando seu objeto de
estudo/ensino: Substâncias e materiais.
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude
que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,
considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.
São conteúdos estruturantes de química:
MATÉRIA E SUA NATUREZA
É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da disciplina de
Química por se tratar especificamente de seu objeto de estudo: a matéria e sua natureza.
É preciso que ao final do ano letivo o aluno reconheça:
Ø Que a Química é uma ciência que estuda os materiais e os processos pelos quais eles
são retirados da natureza e transformados pelos seres humanos;
Ø A importância dos conceitos fundamentais e como aplicá-los no dia-a-dia;
Ø Que a Química é uma ciência que está em constante evolução, por isso a
necessidade de uma aprendizagem fundamentada na história da disciplina.
BIOGEOQUÍMICA
É a parte da Geoquímica que estuda a influência dos seres vivos sobre a
composição química da Terra, caracteriza-se pelas interações existentes entre
hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser bem explorada a partir dos ciclos
biogeoquímicos.
É preciso que ao final do ano letivo o aluno reconheça:
256
Ø As complexas relações existentes entre a matéria viva e não viva da biosfera, suas
propriedades e modificações ao longo dos tempos para aproximar ou interligar
saberes biológicos, geológicos e químicos;
Ø A importância da utilização correta de métodos para controle de insetos nas práticas
agrícolas, para que não ocorra contaminação humana nem ambiental;
Ø Todos os conceitos estudados e perceba a necessidades de suas aplicações.
QUÍMICA SINTÉTICA
Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de novos produtos e
materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria
alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), dos fertilizantes e
dos agrotóxicos.
É preciso que ao final do ano letivo o aluno reconheça:
Ø Que o conhecimento químico atrelado ao conhecimento técnico, favorece o
desenvolvimento de numerosas indústrias;
Ø A importância da Química Sintética, pois cumpre um papel de estudar a síntese de
novos materiais e o aperfeiçoamento dos que já foram sintetizados.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS
Conteúdos Estruturantes
- Matéria e sua natureza.
- Biogeoquímica
- Química Sintética
Conteúdos Básicos
257
- A matéria e suas transformações;
- A evolução dos modelos atômicos;
- A classificação periódica dos elementos;
- As ligações químicas;
- Funções químicas inorgânicas;
- As reações químicas;
- Massa atômica e massa molecular.
- Soluções;
- Propriedades coligativas;
-Termoquímica;
- Cinética química;
- Equilíbrios químicos;
- Eletroquímica.
- Reações nucleares;
- Funções químicas orgânicas;
- Isomeria;
- Reações orgânicas;
- Polímeros.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
É importante que o processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos
estudantes, no qual se incluem a ideias pré-concebidas sobre o conhecimento da
258
química, ou as concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito
científico.
A concepção espontânea sobre os conceitos que o estudante adquire no seu dia-
a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência, faz-se
presente no início do processo de ensino-aprendizagem. Por sua vez, a concepção
científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, que requer
metodologias específicas para ser disseminado no ambiente escolar. A escola é, por
excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico historicamente
produzido.
A utilização de modelos no ensino de química, para descrever comportamentos
microscópios, é um dos fundamentos dessa disciplina. Os modelos são propostas
provisórias para explicar determinados fenômenos e atendem a interesses na evolução e
investigação da matéria e sua natureza. O professor de química deve utilizar os modelos
para explicar determinadas ocorrências e fenômenos químicos.
Espera-se que, no uso do laboratório, o professor considere também os
encaminhamentos realizados numa aula teórica. As atividades experimentais, utilizando
ou não o ambiente do laboratório escolar convencional, podem ser o ponto de partida
para a apreensão de conceitos e sua relação com as idéias a serem discutidas em aula.
Pesquisadores em educação recomendam textos científicos para o ensino de
química. No entanto, ao trabalhar um texto devem-se tomar alguns cuidados. É preciso
selecioná-lo considerando alguns critérios, tais como: linguagem, conteúdo, o aluno a
quem se destina o texto e, principalmente, o que pretende o professor atingir ao propor a
atividade de leitura.
Faz-se necessário uma reflexão crítica do professor quanto ao uso de um
recurso tecnológico – retroprojetores, televisores, aparelhos de vídeo cassete e DVD,
computador, dentre outros – e a forma de incorporação à sua ação pedagógica. A partir
daí, se estabelece o uso de um recurso tecnológico em função do conteúdo a ser
ministrado e da realidade escolar.
Os conteúdos serão abordados tendo como apoio o livro didático, que poderão
ser utilizados em sala de aula ou em forma de pesquisas. As aulas serão expositivas e
participativas, com utilização de recursos audiovisuais. A explicação do conteúdo levará
em consideração as experiências vividas pelos alunos, bem como sua realidade. Serão
realizadas experiência em laboratório e em sala de aula, debates, leitura e interpretação
259
de textos didáticos e informativos e resoluções de exercícios para que haja uma maior
interação entre o conteúdo abordado e sua utilização na vida prática, também serão
propostas visitas as indústrias, tendo como objetivo a aquisição de novos
conhecimentos.
− Lei 10.639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
− Lei 11.645/08 – História e Cultura do Povos Indígenas; valorizando a
história e cultura de seus povos.
− Lei 9795/99, Política Nacional de Educação Ambiental;
− Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania
e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à
Violência; Prevenção ao uso indevido de Drogas e Educação Ambiental (já citada-Lei);
e a Diversidade: Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; educação Escolar
Indígena, Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo.
Obs.: Os Desafios Educacionais Contemporâneos: História e Cultura Afro-
brasileira e Indígena, Educação Ambiental, Prevenção ao uso indevido de drogas,
Sexualidade humana, Enfrentamento da violência, Educação Fiscal e Direitos Humanos,
serão trabalhados no decorrer do ano letivo de acordo com a similaridade dos conteúdos
da disciplina de Química em conjunto com as demais áreas.
4. AVALIAÇÃO
Em química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos
científicos. Trata-se de um processo de "construção e reconstrução de significados dos
conceitos científicos". Valoriza-se assim, uma ação pedagógica que considere os
conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para reconstruir os conhecimentos
físicos. Essa reconstrução acontecerá por meio das abordagens histórica, sociológica,
ambiental e experimental dos conceitos físicos.
260
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9394/96, a avaliação
deve ser formativa e processual, levando em conta o conhecimento prévio do aluno.
A avaliação deve levar em conta a apropriação dos conceitos, leis e teorias que
compõem o quadro teórico de química pelos estudantes. Isso pressupõe o
acompanhamento constante do progresso do estudante quanto à compreensão dos
aspectos históricos, filosóficos e culturais, da evolução das idéias em química e da não
neutralidade da ciência.
Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento tanto
para que o professor conheça seu aluno, antes que inicie o trabalho com os conteúdos
escolares, quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo.
Dessa maneira é necessário que os critérios e instrumentos de avaliação fiquem bem
claros para os alunos, de modo que se apropriem efetivamente de conhecimentos que
contribuam para uma compreensão ampla do mundo em que vivem. Os critérios
decorrem dos conteúdos, isto é, uma vez selecionados os conteúdos essenciais que serão
sistematizados, o professor definirá os critérios que serão utilizados para avaliar os
alunos.
Os instrumentos de avaliação para o ensino de química se adequarão a cada
conteúdo trabalhado, como: debates, seminários, relatórios, leitura e interpretação de
textos científicos e informativos, resoluções de exercícios, exposições e prova escrita,
sendo realizada de forma diagnóstica, contínua e cumulativa prevalecendo aspectos
qualitativos.
A recuperação de estudos será paralela e concomitante, contemplando o que
preceitua o projeto político pedagógico e o regimento do nosso Colégio.
5. REFERÊNCIAS
1- COVRE, Geraldo José – Química Total – FTD, São Paulo, 2001.
261
2- Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná –
Química – Curitiba 2009.
3- FELTRE, Ricardo – Volume 1 – Química Geral – Editora Moderna., 6ª edição, São
Paulo, 2004.
4- FELTRE, Ricardo – Volume 2 – Físico Química – Editora Moderna., 6ª edição, São
Paulo, 2004.
5- FELTRE, Ricardo – Volume 3 – Química Orgânica – Editora Moderna., 6ª edição,
São Paulo, 2004.
6- MACEDO, Magno Urbano; CARVALHO, Antônio – Coleção Horizontes: Química -
Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas (IBEP), São Paulo.
7- MORTIMER, Eduardo Fleury & MACHADO, Andréa Horta – Química: Volume
único. Editora Scipione, São Paulo – SP, 2007.
8- NOBREGA, Olímpio Salgado et al – Química: Volume único. Editora Ática, São
Paulo – SP, 2007.
9- PEQUIS, Projeto de Ensino de Química e Sociedade – Química & Sociedade:
Volume único. Editora Nova Geração, São Paulo – SP, 2005.
10- PERUZZO, Tito Miragaia; CANTO, Eduardo Leite – Coleção Base: Química –
Editora Moderna Ltda, 1ª edição, São Paulo, 2000.
262
11- SARDELLA, Antônio – Curso Completo de Química – Editora Ática, 3ª edição,
São Paulo, 1999.
12- SARDELLA, Antônio – Série Novo Ensino Médio: Química – Editora Ática, 1ª
edição, 3ª impressão, São Paulo, 2003.
13- www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/educadores
14- www.quimica.seed.pr.gov.br
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da Serra - Paraná
DOCENTES: LÍGIA DOMINGOS VIEIRA
MARLY RODRIGUES
CLEUSA CORDEIRO
263
Mauá da Serra
2012
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
1 – Apresentação da Disciplina
As transformações vêm acontecendo desde sempre, quando pensamos em mundo, seja ele físico, político, social, filosófico, geográfico, histórico. Todas essas mudanças fazem nós refletirmos sobre quais aspectos elas precisam ser regidas, estudadas, pesquisadas e explanadas para que haja entendimento real acerca das grandes transformações que acontecem. Dentro de todas essas mudanças que aconteceram, acontecem e irão acontecer precisamos de uma ciência que esclareça, explane, absorva todas as transformações e às transmita em forma de conteúdos estruturalizados e prontos para serem apresentados para uma sociedade que clama por mudanças, mas que também entenda essas transformações em toda a sua essência. A Sociologia é uma das ciências humanas que tem como objeto de estudo a Sociologia, e sua organização social e os processos que interligam os indivíduos em grupos, instituições e associações. A sociologia estuda os fenômenos sociais compreendendo as diferentes formas de constituição das sociedades e suas culturas.
A Sociologia surgiu na Europa do século XIX, tendo como seus precursores Auguste Comte e Émile Durkheim, e o seu surgimento veio marcado pelas consequências de três grandes revoluções, a saber:
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Política:
Bases da fracassada aristocracia que se rendia para a revolução Industrial via novas bases sendo criadas e uma nova sociedade sendo criada com novas formas de agir e pensar.
Social:
O surgimento de uma nova classe social, agora composta não mais por artesãos, mas sim, a dos operários fabris e também a aristocracia em queda e o surgimento da classe burguesa.
Ciência:
Essa foi motivada pela ascensão do Iluminismo, que pregava a razão e o progresso da civilização, a emancipação do homem e a crença de que movimentos inovadores fariam parte do processo de projeção dos tempos revolucionários que estavam acontecendo.
A importância de se estudar a Sociologia está ligada diretamente a forma como o indivíduo que está na escola entenderá o mundo em que vive em todos os seus aspectos e suas transformações, fará com que haja uma formação de base no seu pensamento político-social, contribuindo então para que seja um indivíduo que some para a sociedade onde ele estiver inserido.
Devemos estudar a Sociologia e entende-la como disciplina integrante e essencial para a formação da estrutura de ensino no Brasil e no mundo, já que ela, não se caracteriza como forma independente do trabalho pedagógico, mas sim, está relacionada de forma intrínseca com os conteúdos e estruturas do ensino curricular. Os objetivos desta disciplina podem ser destacados como sendo:
265
- Evidenciar a importância da disciplina com forma de entender os diversos ramos, conexões e interligações sociais;
- Trazer no contexto epistemológico e histórico o surgimento da sociologia, sobressaindo a forma de entendimento geral das sociedades;
- Fazer uma aproximação dos alunos para a compreensão dos conceitos básicos da Sociologia, a fim de fazer com que os mesmos, criem a capacidade de analisar processos sociais que ocorreram, ocorrem e que irão ocorrer.
- Fazer uma exploração de forma analítica sobre os temas específicos da Sociologia, as transformações culturais, políticas, geográficas, sócio-econômicas primordialmente enfatizando a compreensão desses fenômenos nas sociedades.
2 – Conteúdos Estruturantes / Básicos da Disciplina
Os conteúdos estruturantes, segundo a proposta das DCES (2008), propõem que os mesmos são válidos para que haja uma cobertura no entendimento para uma série de questões e fenômenos sociais inter-relacionados. Dentro da disciplina de Sociologia os conteúdos estruturantes podem ser destacados como sendo:
- O Processo de socialização e as instituições sociais;
- Cultura e indústria cultural;
- Trabalho, produção e classes sociais;
- Poder, política e ideologia;
- Direitos cidadania e movimentos sociais.
2.1 O Processo de socialização e as instituições sociais
A socialização deve ser entendida como um processo que coloca o indivíduo em todos os processos sociais que ocorrem onde está inserido, fazendo com que este seja conhecido pela sociedade onde está inserido e a sociedade o conheça também. A importância de se estudar este processo é que através dele podemos apresentar para os alunos todas as formas de socialização existentes nos nossos dias, bem como as instituições que dirigem estes processos e fazem com que as mudanças ocorram. Dentro deste processo ainda, podemos apresentar as principais instituições
266
que são: a instituição familiar que remonta suas origens históricas e as diversas configurações que esta assume em espaços distintos, a escolar, que pode ser destacada as origens e modelos educacionais nas sociedades diversas e a religiosa, destacando as principais idéias que surgiram sobre o fenômeno social da religião.
2.2 Cultura e indústria cultural
Dentro do processo cultural devemos salientar para os alunos que a cultura é um processo que envolve crenças, a arte, a moral, as leis, os costumes e os demais hábitos tidos pelo homem enquanto membro de uma sociedade. Ainda devemos enfatizar que não existem culturas inferiores ou superiores, mas sim, que todas elas, subsistem em seus mundos e nos seus membros. Na indústria cultural, podemos elevar os vários processos que o homem inventou para expressar suas formas culturais, como o rádio, a televisão, o teatro, o circo, obras de arte, literatura, fotografias e outras.
2.3 Trabalho, Produção e Classes Sociais
A partir da existência do trabalho como uma troca de serviços por salário, podemos destacar a sociedade capitalista onde vivemos, a forma como o trabalho influência na sociedade, fazendo ela ser de 1º, 2º ou 3º mundo, e a forma como ela faz a aparição das classes sociais dentro da própria sociedade baseada no ganho financeiro de cada uma perante o mercado capitalista globalizado.
2.4 Poder, política e ideologia
Devem-se enaltecer todas as relações de poder existentes dentro das sociedades existentes, destacando os principais aspectos que regem estas formas de poder, assim como, a forma com que politicamente estas relações de poder são conduzidas e também suas ideologias para com os membros as quais estas se dirigem.
267
2.5 Direitos, cidadania e movimentos sociais
Podemos destacar neste título, todas as formas de direitos que as sociedades conquistaram durante as transformações que ocorreram ao longo do tempo. Mostrar a relação intrínseca existente entre os direitos adquiridos de cada sociedade a sua própria cidadania e os movimentos que tanto influenciam nestes quesitos. Na sequência, apresentaremos os conteúdos estruturantes bem como seus desdobramentos sugeridos pela DCE 2008 de Sociologia.
Conteúdos Estruturantes:
1- O Processo de socialização e as instituições Sociais;• O Surgimento da Sociedade;• As teorias Sociológicas na compreensão do presente• Produção Sociológica Brasileira;
2- Cultura e Indústria Cultural:• Desenvolvimento Antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades;• Diversidade Cultural;• Identidade;• Indústria Cultural;• Meios de comunicação de Massas;• Sociedade de Consumo;
3- Trabalho, Produção e Classes Sociais:• O processo de trabalho e a desigualdade Social • Globalização;
4- Poder, política e Ideologia;• Ideologia;• Formação do estado Moderno;
5- Direito, Cidadania e Movimento Sociais:• Direitos e Cidadania;• Direitos e Cidadania no Brasil;• Movimentos Sociais;• Movimentos Agrários no Brasil;• Movimento Estudantil;• Movimento Indígena;• Relações Étnicas Raciais;
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3 – Metodologia da Disciplina
Dentro da proposta de metodologia da disciplina, deve-se atentar ao fato de que os conteúdos estruturantes e os conteúdos básicos devem ser trabalhados de forma articulada, tendo como objetivo final a especificidade destes conteúdos e a ligação com os fenômenos estudados, observando sempre a contextualização destes fenômenos. Os alunos devem ser levados a entender que não existe um conhecimento definitivo, mas sim, que existe uma sequência nos conteúdos estudados, e que as informações trazidas por eles com relação ao meio onde vivem, não é um fato consumado, acabado, mas sim, que existem diversas maneiras de se analisar e construir mais experiências derivadas do saber já existente.
Tornar relevante também que neste exercício pedagógico da disciplina de Sociologia, as contribuições teóricas dos clássicos tradicionais e também as teorias sociológicas mais recentes, entendendo que, as idéias dos Sociólogos contribuem para cada etapa da história, devendo o aluno saber que existe um recorte temporal.
Para tanto destacamos alguns encaminhamentos metodológicos que serão trabalhados para a construção do pensamento científico e o desenvolvimento do espírito crítico: pesquisa de campo; análise crítica de filmes e vídeos; leitura crítica de textos sociológicos.
Ainda fazem parte da Proposta os Desafios Educacionais Contemporâneos:
História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei11645/08, História e Cultura Afro-brasileira lei10639/03, Política Nacional de Educação Ambiental lei9795/99, Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Violência na Escola e Uso e Prevenção de Drogas. Logo, estes serão incorporados nas aulas assim que houver necessidade, ou quando o embasamento teórico ou prático permitir elencar estes fatos aos conteúdos descritos.
4 - Avaliação
A avaliação no ensino de Sociologia deves ser formativa e continuada, onde seus objetivos estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula. No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente,
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tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica. Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.
Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002). É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que, nesta perspectiva se propõe, visando contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem ocorra e a escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos. Conforme Luckesi (2005) alguns critérios básicos deverão ser trabalhados no ensino da Sociologia:
a) a apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social;
b) a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente;
c) a clareza e a coerência na exposição das idéias sociológicas e;
d) a mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais.
Na disciplina de sociologia a avaliação é feita através de vários instrumentos: trabalhos escritos, avaliação escrita e oral, seminários, debates, apresentação teatral de temas relacionados com os que são abordados nas diretrizes e também trabalho de pesquisa a campo onde os alunos se inserem na sociedade onde vivem e conseguem conhecer a verdadeira sociedade e através desse conhecimento modificá-la e melhorá-la no futuro. A recuperação de estudo será feito através de trabalhos realizados em sala, seminário e prova escrita e também oral abrangendo um valor de 100 pontos.
5 – REFERÊNCIAS
270
CHAUI, Marilena; OLIVEIRA, Pérsio Santos; Filosofia e Sociologia – Coleção Novo Ensino Médio, Ed. Ática. 2007.
OLIVEIRA, Pérsio Santos; Introdução à Sociologia, Ed. Ática, 2008.
PARANÁ, Lei nº 10.639 de 09/01/2003.
PARANÁ, Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº9394/96.
PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Sociologia. Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde. Curitiba: SEED, 2009.
SOCIOLOGIA / Vários autores – Curitiba: SEED-PR, 2006. – 266p.
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da Serra - Paraná
271
DOCENTES: Inêz Pereira de Araújo
Ioni da C. de Freitas
Maria Regina A. Vicente
Maria Helena dos Santos
Mauá da Serra
2012
APRESENTAÇÃO
No Brasil, o ensino de línguas estrangeiras está vinculado à organização social e histórica do país. No início da colonização, os jesuítas ensinavam latim às comunidades indígenas com o propósito de dominação e expansão do catolicismo. De 1581 a 1640,
272
período em que se estabeleceu a União Ibérica, os jesuítas foram considerados pelos espanhóis um entrave para as demarcações territoriais, o que culminou com a expulsão da Ordem dos territórios portugueses na América. A partir de 1759, foi constituído o ensino régio no Brasil, o qual era garantido pelo Estado. A língua estrangeira oferecida continuava sendo o latim e os professores contratados eram não-religiosos.
O ensino de línguas modernas ganhou reconhecimento com a chegada da família real ao Brasil e abertura dos portos ao comércio. Os currículos passaram a oferecer o Inglês e Francês visando o intercâmbio comercial. Em 1837, foi fundado o Colégio Pedro II que se tornou modelo por quase um século, as línguas ensinadas ali eram o francês, o inglês e o alemão. De 1929 a 1931, a língua italiana também foi ofertada nesse colégio.
A abordagem tradicional, que tinha como método ensinar através da escrita e da gramática, durou desde a educação jesuítica até o advento da Reforma Francisco Campos, a qual instituiu o Método Direto. Neste, a língua materna perdia a função de mediadora no processo de aprendizagem, o professor se comunicava exclusivamente em língua estrangeira durante as aulas.
No governo Vargas (1937), o francês apresentava pouca vantagem em relação ao inglês. O espanhol começou a ser ensinado em detrimento ao alemão, o italiano e o japonês por motivo da 2ª Guerra Mundial, e o latim permaneceu como língua clássica. A língua espanhola foi valorizada como língua estrangeira porque representava um modelo de patriotismo a ser seguido pelos estudantes e o respeito do povo espanhol às suas tradições.
Com o tempo, o ensino de língua inglesa foi fortalecido e se deu pela dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos. O inglês teve garantia curricular por ser o idioma mais utilizado no comércio internacional.
Após a Segunda Guerra, a partir de 1950, a educação no Brasil passou a direcionar o foco para a profissionalização do estudante, visando, sobretudo, o desenvolvimento econômico do país. Com a promulgação da LDB nº 4024, em 1961, os estados ficaram desobrigados a manter nos currículos o ensino de LE. Este, por sua vez, ficou ainda mais desprestigiado com a ascensão dos militares ao comando do Brasil. Os militares alegavam que as línguas estrangeiras eram prejudiciais à cultura brasileira e ainda, que a escola não deveria ser porta de entrada de meios anticulturais. Em 1976, o ensino de LE voltou a ser prestigiado e obrigatório no 2° grau e recomendado no 1º grau. Porém, uma condição gerou insatisfação ao quadro de professores: o número de aulas ficou reduzido a uma aula semanal.
No Paraná houve movimentos de professores insatisfeitos com o modelo de currículo para LE e dessa insatisfação surgiu o Centro de Línguas Estrangeira no Colégio Estadual do Paraná. Com a mobilização de professores organizados em associações, a Secretaria de Estado da Educação oficializou a criação dos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEMs) em 1986.
273
Baseada em dar suporte aos educandos sobre a cultura de outros povos e consequentemente sua língua, a Língua Estrangeira Moderna estrutura-se no princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer as três práticas essenciais ao processo de ensino-aprendizagem de uma língua: leitura, escrita e oralidade. No entanto, é preciso que esse processo supere, segundo as Diretrizes, “a visão de ensino apenas como meio para atingir fins comunicativos que restringem sua aprendizagem como experiência de identificação social e cultural” (DCE, 2009, p. 53) e sim ofereça possibilidades para que o aluno perceba e compreenda a diversidade cultural e linguística presente na aprendizagem da língua e, consequentemente construa significados em relação ao mundo em que vive.
Dessa forma, o objetivo do ensino de língua estrangeira deixa de ser apenas o linguístico e passa a ser um caminho para que o aluno:
Ø use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
Ø vivencie, na aula de Inglês, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
Ø compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
Ø tenha maior consciência sobre o papel da Língua Inglesa na sociedade;
Ø reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Assim, a pedagogia crítica e o interacionismo sociodiscursivo deve ser o referencial teórico que alicerça o trabalho pedagógico com a Língua Inglesa, com o objetivo de levar o educando à “apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para transformação da realidade.” (DCE, 2009, p. 52)
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
274
A língua não é algo pronto, à disposição dos falantes, mas algo em que eles “ingressam numa corrente móvel de comunicação verbal”, segundo Bakhtin.
Considera-se que o discurso é produção e responsabilidade do sujeito que fala ou escreve, utilizando como elementos essenciais na sua constituição a localização geográfica, temporal, social e etária. A ênfase do trabalho pedagógico é a interação ativa dos sujeitos com o discurso, ao oportunizar condições de construir sentidos para textos, percebendo a interdiscursividade, as condições de produção de diferentes discursos, as vozes que permeiam as relações sociais e de poder, construindo significados por meio do engajamento discursivo com os mais variados textos de diferentes gêneros. As práticas de leitura, oralidade e escrita efetivam o discurso.
CONTEÚDOS BÁSICOS 6º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries, tais como:
1.Bilhetes
2.Músicas
3.Provérbios
4.Receitas
5.Letras de músicas
6.Haicai
7.Histórias em Quadrinhos
275
8.Pinturas
9.Poemas
10.Cartazes
11.Pesquisas
12.Tiras
13.Placas
14.Desenho animado
15.Torpedo
16.Diálogo
18.Caricatura
19.Entrevista (oral e escrita)
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
276
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
•Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Ortografia;
•Concordância Verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS 7º ANO
277
GÊNEROS TEXTUAIS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries, tais como:
1.Bilhetes
2.Músicas
3.Provérbios
4.Receitas
5.Letras de músicas
6.Haicai
7.Histórias em Quadrinhos
8.Pinturas
9.Poemas
10.Cartazes
11.Pesquisas
12.Tiras
13.Placas
14.Desenho animado
15.Torpedo
16.Diálogo
17.Caricatura
18.Entrevista (oral e escrita)
278
19.Torpedo
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Informações explícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Discurso direto e indireto;
•Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
279
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas lingüísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS 8ºANO
GÊNEROS TEXTUAIS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
280
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries, tais como:
1. Horóscopo
2.Músicas
3.Provérbios
4.Receitas
5.Letras de músicas
6.Haicai
7.Histórias em Quadrinhos
8.Pinturas
9.Poemas
10.Cartazes
11.Pesquisas
12.Tiras
13.Placas
14.Desenho animado
15.Torpedo
16.Diálogo
17.Caricatura
18.Entrevista (oral e escrita)
19.Torpedo
20.Folder
LEITURA
281
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
•Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.
• Semântica:
-operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
-expressões que denotam ironia e humor no texto.
- Léxico.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
282
•Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Semântica:
- operadores argumentativos; - ambiguidade;
- significado das palavras;
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
283
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS 9º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries, tais como:
1. Horóscopo
2.Músicas
3.Provérbios
4.Receitas
5.Letras de músicas
6.Haicai
7.Histórias em Quadrinhos
8.Pinturas
9.Poemas
10.Cartazes
11.Pesquisas
12.Tiras
284
13.Placas
14.Desenho animado
15.Torpedo
16.Diálogo
17.Caricatura
18.Entrevista (oral e escrita)
19.Torpedo
20.Folder
21.Verbetes
22.E-mail
23.Slogan
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
285
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem);
• Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Ortografia;
• Concordância verbal / nominal.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
286
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
•Elementos extralinguísticos:entonação,
expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ENSINO MÉDIO
GÊNEROS TEXTUAIS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes
287
esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries, tais como:
1. Horóscopo
2.Músicas
3.Provérbios
4.Receitas
5.Letras de músicas
6.Resumo
7.Manchete
8.Pinturas
9.Poemas
10.Cartazes
11.Pesquisas
12.Tiras
13.Placas
14.Desenho animado
15.Torpedo
16.Diálogo
17.Caricatura
18.Entrevista (oral e escrita)
19.Torpedo
20.Folder
21.Verbetes
22.E-mail
23.Slogan
288
24.Notícia
25.Anúncio
LEITURA
Ø Identificação do tema;
Ø Intertextualidade;
Ø Intencionalidade;
Ø Vozes sociais presentes no texto;
Ø Léxico;
Ø Coesão e coerência;
Ø Marcadores do discurso;
Ø Funções das classes gramaticais no texto;
Ø Elementos semânticos;
Ø Discurso direto e indireto;
Ø Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Ø Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Ø Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Ø Variedade linguística;
Ø Ortografia.
ESCRITA
Ø Tema do texto;
Ø Interlocutor;
Ø Finalidade do texto;
Ø Intencionalidade do texto;
Ø Intertextualidade;
289
Ø Condições de produção;
Ø Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
Ø Vozes sociais presentes no texto;
Ø Vozes verbais;
Ø Discurso direto e indireto;
Ø Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Ø Léxico;
Ø Coesão e coerência;
Ø Funções das classes gramaticais no texto;
Ø Elementos semânticos;
Ø Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);
Ø Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Ø Variedade linguística;
Ø Ortografia.
ORALIDADE
− Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.;
− Adequação do discurso ao gênero;
− Turnos de fala;
− Vozes sociais presentes no texto;
− Variações linguísticas;
− Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
− Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
− Adequação da fala ao contexto;
− Pronúncia.
290
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Segundo as Diretrizes, a Língua Inglesa tem como conteúdo estruturante o discurso enquanto prática social, sendo assim o professor deverá embasar as práticas de leitura, oralidade e escrita nos mais diversos gêneros textuais, verbais e não-verbais. Esse trabalho utilizará atividades diversificadas, que priorizem o entendimento da função e estrutura do texto em questão, para só depois trabalhar os aspectos gramaticais que o compõem. Assim, o ensino deixará “de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.” (DCE, 2009, p. 63)
No que diz respeito à prática de oralidade, os alunos serão expostos a textos orais e/ou escritos com o intuito de levá-los a expressar ideias em Língua Inglesa, mesmo que com limitações, e ainda possibilitar que exercitem sons e pronúncias desta língua. Com esse intuito, serão direcionados debates orais, seminários, dramatizações, júri simulado, declamações, entrevistas, etc.
Com relação à escrita, deverão ser apresentadas atividades de produção de texto que assumam papel significativo para o aluno. Para que isso ocorra, será sempre esclarecido qual o objetivo da produção, para quem se escreve, quais as situações reais de uso do gênero textual em questão, ou seja, qualquer produção deve ter sempre um objetivo claro, pré-determinado.
No trabalho com a leitura, as atividades desenvolvidas devem possibilitar ao aluno um novo modo de ver a realidade, a leitura deverá ir além daquela compreensiva, linear, para trazer-lhe um “novo modo de ver a realidade” (DCE, 2009, p. 66).
É importante ressaltar que os trabalhos com os aspectos gramaticais não serão abandonados, no entanto passarão a ser visto pela ótica da analise lingüística, que não considera a gramática fora do texto.
No trabalho com as práticas discursivas descritas acima serão utilizados livros didáticos e paradidáticos, dicionários, revistas, jornais, vídeos, revistas, internet, DVD, CD, TV multimídia, jogos, etc que servirão para ampliar o contato e a interação com a língua e a cultura.
Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os gêneros textuais, serão trabalhados ainda temas como cultura afro-brasileira, cultura indígena, sexualidade,
291
drogas, meio-ambiente entre outros que possibilitem o estímulo do pensamento crítico do aluno, conforme:
Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004;
Lei n. 11.645/08, História e Cultura dos Povos Indígenas; valorizando a história e cultura de seus povos;
Lei n. 9795/99, Política Nacional de Educação Ambiental.
AVALIAÇÃO
Segundo Luckesi (1995, apud DCE, 2009, p. 69), para que a avaliação assuma “o seu verdadeiro papel, ela deve subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida”, deixando de ser um simples instrumento de mediação da apreensão de conteúdos. Assim, o processo avaliativo deverá servir para reflexão acerca dos avanços e dificuldades dos alunos e ainda, servirá como norteadora do trabalho do professor, que poderá, a partir dele, “identificar as dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem superá-las.” (DCE, 2009, p. 71)
Para que isso se efetive, se observará a participação do aluno, sua interação verbal, o uso que este faz da língua durante as atividades propostas. Seguem alguns critérios:
Identificar tema, localizar informações explícitas no texto, realização de leitura compreensiva, identificação da idéia principal do texto, a capacidade que ele demonstra para levantar hipóteses a respeito da organização textual; perceber a intencionalidade do
292
texto e seu autor, ampliação do léxico, posicionamento argumentativo, fazem parte da avaliação de leitura.
Expressar-se com clareza e coerência, utilizar o discurso adequado à situação de produção (formal/informal), com entonação, pausas, gestos, respeitando os turnos de fala são considerações na avaliação da oralidade.
Elaborar ou reelaborar textos de acordo com o encaminhamento do professor atendendo às situações propostas, diferenciar linguagem formal e informal, usar recursos textuais de coerência e coesão, utilizar adequadamente recursos linguísticos, são objetivos da avaliação escrita. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somatória e cumulativa.
Ainda, ao avaliar o desempenho dos alunos, serão levados em consideração os objetivos propostos no Regimento e no Projeto Político-Pedagógico da escola e serão utilizados os seguintes instrumentos: provas, trabalhos orais e escritos (individuais e em grupos), produção de textos orais e escritos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática. O sistema de avaliação será composto pela somatória da nota 3,0 (três) referente a instrumentos diversificados, mais a nota 2,0 (dois) de um trabalho, mais a nota 5,0 (cinco) resultante de uma avaliação, totalizando nota final 10,0 (dez). A recuperação paralela será ofertada a todos, principalmente para o aluno que não atingir resultado satisfatório e se dará por meio de recuperação de conteúdo. A expressão dos resultados desse processo será feita conforme o previsto no Regimento Escolar deste estabelecimento, sendo:
A recuperação paralela será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina, e constar no registro dos conteúdos.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0(zero) a 10,0(dez, vírgula zero).
REFERÊNCIAS
293
BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico- Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília- DF, 2004;
Santos, Denise
Links : English for teens / Denise Santos, Amadeu Marques. -- 1. ed.-- São Paulo : Ática, 2009;
Santos, Denise
Take over 1,2,3/ Denise Santos, -- 1. ed. – São Paulo : Lafonte, 2011;
________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2009;
Projeto político Pedagógico do Colégio Estadual João Plath - Ens. Fund. e Médio, 2009;
Regimento Escolar do Colégio Estadual João Plath - Ens. Fund. e Médio, 2009.
SITES:
Portal Dia-a-dia Educação:
htpp://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/atividadeseducativas.com.br
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/
http://www.ingles.seed.pr.gov.br/
294
295
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 – Mauá da
Serra - Paraná
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DOCENTES: SIMONE APARECIDA MARENDAZ
Mauá da Serra
2012
1. APRESENTAÇÃO
Para uma prática pedagógica competente e socialmente comprometida, num país de contraste como o nosso, onde convivem grandes desigualdades econômicas, sociais e culturais, é importante ter uma visão clara da escola e principalmente do homem que se quer formar.
Não é apenas tarefa da escola formar cidadãos, mas também da sociedade. No entanto, como o local privilegiado de formação é a escola, deverá possibilitar ao educando oportunidades de construir saberes indispensáveis para sua inserção social.
Este planejamento vem atender alunos que requerem atendimento complementar diferenciado, com métodos, atividades diversificadas e extracurriculares, ajudando-os nos conteúdos defasados no processo ensino aprendizagem. Alunos com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência mental.
2. OBJETIVOS
Escola:
297
Ø Assumir que aprender possui um caráter dinâmico exigindo que as ações de ensino se direcionem para que os alunos aprofundem e ampliem os significados que elaboram mediante suas participações nas atividades de ensino e aprendizagem.
Ø Aprimorar a prática pedagógica removendo as barreiras que tem causado o fracasso escolar.
Ø Analisar contexto da aprendizagem.
Ø Detectar e prevenir os problemas identificados como de aprendizagem dos alunos.
Ø Promover participação efetiva de toda a comunidade escolar.
Ø Superar as dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem.
Alunado:
Ø Relacionar os conteúdos com experiências anteriores, vivências pessoais e outros conhecimentos.
Ø Desenvolver a autonomia.
Ø Desenvolver a habilidade de descentrar e coordenar diferentes pontos de vista.
Ø Desenvolver a curiosidade, a crítica, a autoconfiança na capacidade de pensar e dizer o que pensa, tomar iniciativas, levantar hipóteses e estabelecer relações.
Ø Estimular o convívio natural com o desafio.
Ø Perceber que a língua falada pode se segmentada em unidades distintas.
Ø Reconhecer, decompor, compor e manipular os sons da fala.
Ø Capacidade de analisar os fonemas que compõem a palavra.
Ø Desenvolver a oralidade, leitura e escrita.
Ø Despertar e desenvolver o gosto pela leitura.
Ø Favorecer o conhecimento intuitivo da escrita.
Ø Possibilitar a internalização do discuso oral e escrito.
298
Ø Produzir textos coerentes e criativos.
Ø Desenvolver habilidades de planejamento, coordenação, etc.
3. CONTEÚDOS
3.1. ÁREAS DO DESENVOLVIMENTO
Área motora:
Ø Coordenação viso-motora;
Ø Coordenação Global e fina, óculo-manual.
Ø Imagem e esquema corporal.
Ø Lateralidade.
Ø Estrutura e organização espacial.
Ø Estrutura e organização temporal.
Ø Tônus, postura e equilíbrio dinâmico e estático.
OBJETIVOS:
− Desenvolvimento da coordenação motora ampla enfocando o esquema corporal e imagem corporal.
− Desenvolver a coordenação motora fina.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
8- Realização de brincadeiras recreativas.
9- Proposição de atividades que explorem recortes, pinturas, cópias de traçado, encaixe, colagem e dobradura, etc.
299
Área cognitiva
11- Sensação.
12- Percepção (visual, auditiva e tátil).
13- Atenção.
14- Relaxamento.
15- Memória ( imediata, recente, remota, visual, auditiva e visomotora).
16- Raciocínio(dedutivo, indutivo e hipotético dedutivo).
17- Concentração.
18- Tática e desafios.
19- Dedução.
20- Associação de ideias.
21- Antecipação.
22- Estratégia
23- Concentração.
24- Análise.
25- Combinação.
26- Comparação.
27- Linguagem ( vocabulário, fluência e codificação, articulação-fonema, escrita-grafema, compreensão da leitura, consciência fonologica).
OBJETIVOS:
28- Realizar atividades que envolvam a comunicação oral.
29- Resolver problemas envolvendo operações de multiplicação, divisão, subtração e adição.
30- Reconhecer o sistema monetário brasileiro, através de situações do dia-a-dia.
31- Desenvolver atividades que envolvam raciocínio, memoria, atenção e concentração.
300
32- Identificar e nomear formas geométricas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
33- Reprodução de história oralmente, observando a entonação de voz, sequência de fatos e ritmos.
34- Realização de histórias de interação oral, debate, argumentação, seminário, exposição de relato de experiência, notícias e informação, apresentação das regras e instruções, entrevistas e depoimentos, narração de histórias conhecidas.
35- Resolução de situações problemas.
36- Realização de atividades envolvendo situações de compra e venda, preenchimento de cheque e recibo.
37- Realização de atividades envolvendo jogos como: labirinto, dama, bingo, jogo-da-velha, quebra-cabeça, jogo da memória, trilha, jogo dos sentidos, completar figuras, jogo dos sete erros, etc.
38- Utilização de régua para confecção de formas geométrica e desenhos variados.
Área sócio-afetiva-emocional:
39- Socialização.
40- Análise de problemas da vida.
41- Criatividade e senso de humor.
42- Respeito e aplicação de regras.
43- Auto-afirmação.
44- Controle das emoções.
45- Maturação.
46- Preferências individuais.
301
47- Sexualidade.
48- Hábitos pessoais e higiênicos.
Área Sensorial:
49- Visão.
50- Audição.
51- Uso de recursos ópticos.
OBJETIVOS:
6- Escrever textos dos gêneros previstos para os níveis da sala.
7- Criar situações que possibilite, o respeito e a aceitação das diferenças.
8- Estimular o desejo de buscar a auto-realização, superando as dificuldades.
9- Estabelecer vínculos afetivos em relação ao contexto escola e grupo, e o grupo familiar, respeito, amizade, normas e responsabilidades.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
52- Reprodução de escrita, visando à estruturação mental dos fatos em sequência.
53- Reestruturação de textos individual e coletivo.
54- Incentivos a participação do aluno em todas as atividades que favoreça o resgate da auto-estima e a participação da família dentro da comunidade escolar.
Área do conhecimento (linguagem oral e escrita e cálculos matemáticos)
Língua Portuguesa
Oralidade:
6- Conversa formal e informal.302
7- Entrevistas.
8- Contar histórias.
Leitura:
9- Diferentes tipologias textuais: narração, argumentação, publicidade, humor e etc. (jornais, revistas, contos, lendas, poesias, rótulos e propagandas e etc.).
10- Leitura incidental (logotipos, placas, cartazes, nomes próprios, colegas, e outros).
Escrita e reescrita:
5- Associação fonema/grafema.
6- Exploração do vocabulário.
7- Produção de texto.
8- Reestruturação de texto(ortografia, concordância verbal e nominal, paragrafação, estruturação de frases, pontuação, organização de pensamento – coerência, coesão, acentuação, letra maiúscula, criatividade e imaginação).
9- Ditado.
10- Jogos.
Matemática
5- Jogos diversos envolvendo número, numeral, cálculos e situações problemas.
6- Seriação, classificação, sequenciação, conceituação.
7- Situações problemas.
8- Geometria.
9- Medidas.
10- Combinatória e probabilidade.
303
AVALIAÇÃO
Deverá ser levado em conta o contexto sócio-cultural onde está inserido o alunado, as estratégias utilizadas pelo mesmo e o seu desenvolvimento, os conhecimentos que o aluno traz para a sala de aula, o trabalho coletivo e individual baseado nas áreas do desenvolvimento e as áreas do conhecimento: saberes escolares.
Será realizada no contexto diário, enfocando conteúdos de língua portuguesa, matemática e áreas do desenvolvimento, devendo ser registradas em relatórios semestrais com indicação dos procedimentos de intervenção e encaminhamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica/ Secretaria da Educação Especial – Mec; SEESP, 2001.
Aprendendo Matemática – Credimar – vol. 1 e 2.
Metodologia de Aprendizagem – grupo cultural
Dificuldades de Aprendizagem: detecção e estratégias de ajuda – grupo cultural.
RAFFA, Ivete e Souza, Silvia da Silva F. Matemática primeiros passos – Ensino fundamental. 1 Ed. 2008. SP: Giracor.
304
305
Rua Pedro Geffer, 420 – CEP: 86828-000 – FONE: 43 – 3464-1306 –Mauá da Serra -
Paraná
DOCENTES: Azenir Rodrigues de Faria
Carlos Alberto Schultz Veloso
Ione da Conceição de Freitas
Ivone Lopes Aires
João Alfredo Ienzura Adriano
Leandro Emir Balboena
Leonice Aparecida Machado
Ligia Domingos Vieira
Marly Rodrigues
306
Rosemeire Pernias
Solange Ap. de Oliveira
Sandra Aparecida de Lima
Mauá da Serra
2012
1 – OBJETIVOS DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
A Educação de Jovens e Adultos tem por objetivo possibilitar ao cidadão retomar
seu potencial, desenvolver suas habilidades, confirmar competências adquiridas na
educação extra-escolar e na própria vida possibilitando um nível profissional mais
qualificado, bem como oferecer a oportunidade de alcançar um padrão de qualidade de
aprendizagem. Propiciar assim, uma preparação básica para o trabalho e a cidadania do
educando, visando um aprendizado de modo a ser capaz de adapta-se com flexibilidade
as novas condições social, cultural e histórica, ofertando atendimento aos educandos com
necessidades educativas especiais, priorizando ações que oportunize o acesso, a
permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se
encontram estes educandos.
307
1. PERFIL DO EDUCANDO
As pessoas que compõem a EJA - Fase II, neste estabelecimento de
ensinosãojovens a partir de 15 anos de idade, chegando até a idosos de 65 anos,
oriundas do ensino especial, ou que não tiveram acesso à escola na idade regular,
pessoas que optaram pelo trabalho ou com um histórico escolar de muitas reprovas e
evasão. São pessoas que trazem consigo muitas experiências significativas e saberes
adquiridos na informalidade.
O conhecimento que trazem é empírico e informal, são praticantes de atividades
diversas como: verdureiros, pedreiros, vendedores ambulantes, domésticas, zeladores,
enfim, profissões que aprenderam no decorrer da vida. Portanto, necessitam de um
bom professor e planejamento adequado onde o processo pedagógico respeite o ritmo e
a realidade de cada um, pois, os mesmos tem prazer em descobrir novos aprendizados,
sistematizando o seu conhecimento.
2. CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
- Organização Coletiva
- Organização Individual
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de escolarização
de jovens, adultos – Fase II, que busca dar continuidade a seus estudos no Ensino
Fundamental de 5ª a 8ª séries e Ensino Médio assegurando-lhes oportunidades
apropriadas, considerando suas características, interesses, condições de vida e de
trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.
308
A oferta dessa modalidade de ensino se dá de forma presencial, no Ensino
Fundamental a carga horária é de 1200/1212h ou 1440/1452h/a; sendo no Ensino
Médio1200 ou 1440h/a divididas em 04 registros estabelecidas conforme legislação
vigente.
O curso é caracterizado de modo a viabilizar os conteúdos da Educação Básica ao
longo da carga horária estabelecida para cada disciplina, conforme a Matriz Curricular,
com avaliação presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem, mediante ações
didático-pedagógicas, organizadas de forma individual ou coletiva.
3. NÍVEL DE ENSINO
3.1. Ensino Fundamental – Fase II
3.2. Ensino Médio
4. EDUCAÇÃO ESPECIAL
Atualmente o mundo caminha para a construção de uma sociedade inclusiva,
mostrando sinais visíveis dessa construção. Nesse sentido, a Educação de Jovens e
Adultos, dentro de uma perspectiva de Educação Especial, reconhece e respeita o ritmo
e características de pessoas com necessidades educacionais específicas, oferecendo a
esses alunos um atendimento educacional adequado promovendo a igualdade, a
participação ativa e o respeito aos direitos socialmente estabelecidos, favorecendo a
integração e interação nos grupos sociais com o objetivo de garantir o acesso,
permanência e a participação de todas as pessoas na educação impedindo, assim, o
isolamento e a segregação.
309
5. AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS
Considerando, a oferta da EJA – Educação de Jovens e Adultos – Fase II, no
Município de Mauá da Serra, como um Curso de suma importância para àqueles que não
tiveram acesso à escola em idade regular e uma vez ofertado de forma centralizada no
Colégio Estadual João Plath Ensino Fundamental e Médio, o que acaba dificultando o
acesso de grande parcela da população ao Curso, especialmente aos residentes em
bairros periféricos e distantes do Centro.
O Colégio Estadual João Plath Ensino Fundamental e Médio, oferece a
descentralização da EJA em duas escolas, do município, ampliando a oferta desta
Modalidade de Ensino, favorecendo a comunidade no que se refere a escolarização,
uma vez, que a descentralização vem sendo vista como uma forma abrangente na área
educacional e que seu desafio é buscar construir um sistema cooperativo, onde se
busque uma educação de qualidade que venha a atender aos anseios dos indivíduos
em relação à comunidade na qual estão inseridos.
As escolas que ofertam esta descentralização são: Paulo Haruo Sato e Lino
Pacífico. As quais possuem espaço físico adequado e disponibilidade de recursos
humanos e materiais pedagógicos para o enriquecimento desta prática pedagógica,
além de um número de alunos de certa forma expressivo para esta Modalidade de
Ensino.
6. FREQUÊNCIA
Na organização coletiva a escola estabelece um cronograma, constando a data de
início e término da oferta de 100% (cem por cento) da carga horária total de cada
disciplina, com dias e horários determinados para freqüência dos educandos, na turma
em que estiver matriculado, sendo obrigatória a freqüência mínima de 75% (setenta e
cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina.
310
O controle da freqüência é feito no Livro Registro de Classe, onde o professor
registra, para cada hora-aula a presença ou falta do educando, sendo que, as faltas do
aluno matriculado no coletivo não poderão ser repostas na organização individual.
A organização individual possui um cronograma em que o professor de cada
disciplina estará disponível para receber os educandos que não podem frequentar as
aulas em dias e horários determinados, devido às condições de horários alternados de
trabalho, é obrigatório, ao educando cumprir 100% (cem por cento) do total da carga
horária de todas as disciplinas, em sala de aula.
7. EXAMES SUPLETIVOS
No Colégio Estadual João Plath a inscrição nos Exames Supletivos são conforme as
orientações da SEED, não sendo necessário a apresentação do Histórico Escolar do
Ensino Fundamental.
O Histórico Escolar de conclusão do Ensino Médio será emitido através de Exames
Supletivos.
Ao inscrever-se o candidato deverá optar somente pelas disciplinas não concluídas,
sendo que o Histórico Escolar será emitido somente quando a última disciplina for
eliminada.
Quando o candidato realiza Exames Supletivos do Ensino Fundamental e Médio
concomitantemente e elimina disciplina do Ensino Fundamental e Médio, optando por
continuar seus estudos no Curso da EJA 100% presencial, deverá ser matriculado nas
disciplinas não concluídas do Ensino Fundamental, ficando dispensado de cursar as
disciplinas do Ensino Fundamental eliminadas.
Após a conclusão do Ensino Fundamental, o aluno poderá ser matriculado no
Ensino Médio presencial, para cursar todas as disciplinas. As disciplinas eliminadas
nos Exames Supletivos do Ensino médio não serão aproveitadas porque a data de
eliminação é anterior a data de conclusão do Ensino Fundamental, gerando ordem
cronológica irregular. No término, sua certificação será através do curso presencial,
311
também continuará eliminando as disciplinas do Ensino Médio por meio dos Exames
Supletivos e receber o certificado de conclusão, ainda poderá ser matriculado no
Ensino Médio curso presencial, para cursar e concluir algumas disciplinas, sendo que
as últimas serão eliminadas através dos Exames Supletivos, aproveitando as disciplinas
eliminadas anteriormente nos exames e as concluídas no curso. Neste caso, a
certificação será através dos Exames Supletivos.
Portanto, para fins de conclusão do Curso EJA Ensino Médio presencial, de acordo
artigo 8º da Deliberação nº 09/01 – CEE, não é permitido o aproveitamento de
disciplinas do Ensino Médio eliminadas através de Exames Supletivos, antes da
conclusão do Ensino Fundamental.
8. CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva,
avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e
administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação
educacional vigente e orientações da Secretaria de Estado da Educação.
O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade escolar e
representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos com a educação
pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato, o(a)
diretor(a) escolar.
A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais da
educação atuantes no estabelecimento de ensino, alunos devidamente matriculados e
freqüentando regularmente, pais e /ou responsáveis pelo aluno.
A participação dos representantes dos movimentos sociais organizados, presentes
na comunidade, não ultrapassará 1/5 (um quinto) do colegiado.
O Conselho Escolar poderá eleger seu vice-presidente dentre os membros que o
compõem, maiores de 18 (dezoito) anos.
O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e acompanhar e
efetivação do Projeto-Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.
312
Os representantes são escolhidos entre seus pares, mediante processo eletivo, de
cada segmento escolar, garantindo-se a representatividade dos níveis e modalidade de
ensino. As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e suplentes, realizar-
se-á em reunião de cada segmento convocada para esse fim, para um mandato de 2
(dois) anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva.
O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e da
proporcionalidade é constituído pelos seguintes conselheiros:
X. diretor(a);
XI. representante da equipe pedagógica;
XII. representante da equipe docente;
XIII. representante da equipe-técnico-administrativa;
XIV. representante da equipe auxiliar operacional;
XV. representante dos discentes;
XVI. representante dos pais ou responsáveis pelo aluno;
XVII. representante do Grêmio Estudantil;
XVIII. representante dos movimentos sociais organizados da comunidade
APMF(Associação de Pais, Mestres e Funcionários) Associação de Moradores, Igrejas,
Unidades de Saúde, etc).
O Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, aprovado por 2/3 (dois terços) de
seus integrantes.
9. MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO
313
Os materiais didáticos indicados pelo Departamento de Educação e Trabalho
Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da Educação
do Paraná, são adotados neste estabelecimento de ensino, como material de apoio.
Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, utilizam outros
recursos didáticos.
10. BIBLIOTECA ESCOLAR
A biblioteca é um espaço pedagógico democrático com acervo bibliográfico a
disposição de toda comunidade escolar.
A biblioteca tem regulamento específico elaborado pela equipe pedagógica e
aprovado pelo Conselho Escolar, no qual consta sua organização e funcionamento.
A biblioteca estará sob a responsabilidade de integrante do quadro técnico
administrativo indicado pela direção, o qual tem suas atribuições especificadas no
Regimento Escolar.
11. LABORATÓRIO
a) O Laboratório de Química, Física e Biologia é um espaço pedagógico para uso
dos professores e alunos, com Regulamento próprio, aprovado pelo Conselho Escolar,
que tem por finalidade auxiliar a compreensão de conteúdos trabalhados nas
disciplinas.
b) O Laboratório de Informática é um espaço pedagógico para uso dos professores
e alunos, com Regulamento próprio, aprovado pelo Conselho Escolar, que tem como
finalidade auxiliar a compreensão de conteúdos trabalhados nas diferentes disciplinas
do Ensino Fundamental e Médio, como uma alternativa metodológica diferenciada.
O Laboratório de Química, Física, Biologia e Informática A biblioteca estará sob a
responsabilidade de integrante do quadro técnico administrativo indicado pela direção,
o qual tem suas atribuições especificadas no Regimento Escolar.
314
12. RECURSOS TECNOLÓGICOS
Para atendimento das finalidades pedagógico-educativas, do Curso da EJA,
a escola disponibilizará os seguintes recursos tecnológicos:
• Rádio
• DVD
• TV pendrive
• Computadores
• Data show
• Retroprojetor
• Caixa de som amplificada
• Microfone
• Máquina fotográfica
• Pendrive
2-FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
A Educação de Jovens e Adultos – EJA Fase II, enquanto modalidade
educacional que atende a educandos trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o 315
compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo que os
educandos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com
comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da
autonomia intelectual e moral.
Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual
os educandos trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir criticamente;
agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida
coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças
sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e
rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos
científicos, tecnológicos e sócio-históricos.
Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica
verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-
aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com o seu papel na
socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os levem à emancipação e
à afirmação de sua identidade cultural, bem como exercício de uma cidadania
democrática,reflexo de um processo cognitivo, crítico e emancipatório, com base em
valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça, sendo assim, os três eixos
articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos são: Cultura,
Trabalho e Tempo.
As relações entre cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta
pedagógica pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural,
tornando-a mais próxima da realidade e garantindo sua função socializadora, promotora
do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando e, sua
função antropológica que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.
A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do
trabalho e que através deste, busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos
bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as
reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.
É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos
diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos, considerando os saberes
316
adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à
diversidade de suas características.
Nessa perspectiva, a presente Proposta Pedagógica e o Currículo, incluirão o
desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem
chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:
a) - traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu
processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com conhecimentos e
experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e aprendizagem;
b) - contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios
educandos;
c) - o processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a
objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes
linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos
científicos, tecnológicos e sócio-históricos;
d) - possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos
interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da cidadania e do
trabalho;
e) - fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos, críticos
e democráticos;
Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não refere-
se exclusivamente a uma característica, etária, mas a articulação desta modalidade com
a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, por populações, que demandam
uma proposta pedagógica-curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desses
grupos.
3 - INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS
317
O Colégio Estadual João Plath Ensino Fundamental e Médio, proporciona a
oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do Ensino Fundamental EJA
- Fase II e Médioaos educandos que não tiveram o acesso ou a continuidade em seus
estudos.
O Colégio oferece o curso presencial, no período noturno, que contacom espaço
físico disponívelpara o funcionamento, oportunizando a apropriação do conhecimento
aos educandos.A organização curricular compreende as seguintes áreas de
conhecimento: Língua Portuguesa, Arte, LEM Língua Estrangeira Moderna Inglês e
Espanhol, Filosofia Educação Física, Matemática, Ciências, História, Geografia,
Sociologia, Química, Física, Biologia,Ensino Religioso e Cultura Afro-Brasileira.O
curso é organizado em quatro etapas totalizando uma carga horária de 1200 horas.
4 - MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS – FASE II
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual João Plath– Ensino Fundamental e Médio
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Mauá da Serra NRE: Apucarana
ANO DE IMPLANTAÇÃO:2º Semestre/2009
FORMA: Simultânea
4. 1Ensino Fundamental
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/1610h/a ou 1920/1932 Horas
Disciplinas Total de horas Total de horas/aula
Língua Portuguesa 336 84
Artes 112 28318
LEM-Inglês 256 64
Educação Física 112 28
Matemática 336 84
Ciências Naturais 256 64
História 256 64
Geografia 256 64
Ensino Religioso* 10 12
Total de carga horária do curso 1600/1610/a ou 1920/1932 h/a
* DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE
ENSINO E DE MATRICULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
4.2 Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO
PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual João Plath Ensino
Fundamental e Médio
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Mauá da Serra NRE: Apucarana
IMPLANTAÇÃO: 2º Semestre/2009 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA DO CURSO: 1440/1568 H/A OU 1200/1306
HORAS
319
Disciplinas Total de horas Total de horas/aula
Língua Portuguesa e Literatura 208 52
Artes 64 16
LEM-Inglês 128 32
Educação Física 64 16
Matemática 208 52
Química 128 32
História 128 32
Geografia 128 32
Biologia 128 32
Filosofia 64 16
Sociologia 64 19
Física 128 32
TOTAL 1440/1568 1200/1306
Total de carga horária do curso 1306 horas ou 1568H/A
5 - CONCEPÇÃO DAS DISCIPLINAS
Sendo Educação de Jovens e Adultos uma modalidade da Educação Básica passa
adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos nas Diretrizes da Educação Básica do
Estado de Paraná.
No entanto, a organização metodológica das práticas pedagógicas considera os
três eixos articuladores propostos nas Diretrizes Curriculares da EJA: Cultura, Trabalho e
Tempo, os quais devem se articular tendo em vista a apropriação do conhecimento que
não se restringe a transmissão/assimilação de fatos, conceito, idéias, princípios,
informações, etc, mas sim compreende a aquisição cognitiva e está intrinsecamente
ligados a abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a Educação Básica.
320
Os conteúdos desenvolvidos ao longo ao longo da carga horária total estabelecida
para cada disciplina, tanto na organização individual quanto na coletiva, conforme a
matriz curricular, são avaliados presencialmente ao longo do processo-aprendizagem.
5.1 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A metodologia desenvolvida é pensada para adultos, respeitando as
características e interesses próprios do grupo, valorizando e fortalecendo a identidade
dos educandos.
As ações pedagógicas desenvolvidas levam em consideração o vasto
conhecimento de mundo e experiências ricas que devem ser valorizadas e aproveitadas
como motivação para novas aprendizagens, respeitando à diversidade cultural, religiosa
e social dos alunos.
Uma metodologia que favoreça o aprendizado enfatizando atividades
interessantes, onde os educandos tenham a oportunidade de entrar em contato com textos
reais e práticas que demandem o enriquecimento do raciocínio, a leitura e a escrita
significativas, facilitando o processo de ensino aprendizagem.
6 –PROCESSO DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
6.1CONCEPÇÃODA AVALIAÇÃO
A avaliação é compreendida com uma prática que alimenta e orienta a
intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se
estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados
atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada com base nos conteúdos expressos na
proposta pedagógica, em consonância com o Plano de Trabalho Docente.
321
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão
dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida
como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-
reflexiva frente à realidade concreta.
A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações
contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:
• diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias para propor
atividades e gerar novos conhecimentos;
• contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e
possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;
• sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando
instrumentos diversos para o registro do processo;
• abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do
educando;
Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao
longo da carga horária total estabelecida para cada modalidade com oferta diária de 05
(cinco) horas-aula, com avaliação presencial ao longo do processo ensino-
aprendizagem.
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados
como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará,
necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu
trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual
processo de escolarização.
A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais
como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisa,
participação em trabalhos coletivos e/ ou individuais, atividades complementares
propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e
avaliar os conteúdos desenvolvidos.
322
É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única
oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas será analisado pelo
educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os avanços e
necessidades, e as consequências demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.
6.2PROCEDIMENTOS E CRITÉRIOS PARA ATRIBUIÇÃO DE NOTAS
a) As avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com
finalidade educativa;
b) Para fins de promoção ou certificação, serão registradas 2 (duas) a 6 (seis)
notas por disciplina, que corresponderão as provas individuais escritas e a outros
instrumentos avaliativos adotados a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na
presença do professor, conforme descrito no Regimento Escolar. Na disciplina de
Ensino Religioso, as avaliações realizadas no decorrer do processo ensino-
aprendizagem não terão registro de nota para fins de promoção e certificação.
c) A avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os
resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10, 0 (dez vírgula zero); para fins de
promoção ou certificação a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada
disciplina, de acordo com a Resolução nº 3794/04 – SEED e freqüência de 75% (setenta
e cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e
100% (cem por cento) na organização individual.
d) O educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada
registro de avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos.
Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação
dos conhecimentos; e para os educandos que cursarem 100% da carga horária da
disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais,
devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero).
f) Os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da
vida escolar do educando;
323
g) O educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não
por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver;
h)Na disciplina de Língua Espanhola, as avaliações serão realizadas no
decorrer do processo ensino-aprendizagem, sendo registradas 04 (quatro) notas
para fins de cálculo de média final;
i) No Ensino Fundamental Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será avaliada
no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na documentação
escolar, por não ser objeto de retenção.
6.3RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo
ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo
direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos
conhecimentos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos para melhor diagnosticar o nível de
aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos
básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada
dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação,
conforme o descrito no Regimento Escolar.
6.4APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
324
No ato da matrícula, o aluno poderá requerer aproveitamento de estudos de
disciplinas mediante apresentação de documento comprobatório de:
• conclusão com êxito de série/período/etapa/semestre;
• disciplinas concluídas com êxito por meio de cursos organizados por disciplinas
ou por exames supletivos.
Para cada série/período/etapa/semestreequivalente a conclusão, com êxito, de uma
série do ensino regular, será feito aproveitamento 25% da carga horária total de cada
disciplina, constante na Matriz Curricular da EJA.
No Ensino Médio o aproveitamento de estudos será no máximo de 50% do total da
carga horária da disciplina da EJA, constante na Matriz Curricular da EJA.
Para cada disciplina concluída com êxito por meio de cursos organizados por
disciplina ou por exames supletivos, o aproveitamento será de 100% do total da carga
horária da disciplina da EJA.
Considerando o aproveitamento de estudos, o aluno deverá cursar a carga horária
restante de todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular.
6.5CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
A classificação pode ser realizada pela escola por critérios próprios para
posicionar o aluno no nível de ensino compatível ao seu grau de desenvolvimento e
experiência adquiridos por meios formais e informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem e exige as
seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos, da escola e
dos profissionais, sendo iniciada pelo professor pedagogo que realiza a avaliação
diagnóstica, organiza a comissão formada por docentes, técnicos e direção para efetivar
o processo.
Em seguida procede a avaliação escrita para posicionar o aluno na disciplina em
25%, 50% ou 100% da carga horária total de cada disciplina.
A proposta contempla o aproveitamento de série/período/etapa/semestre,
concluídos com êxito, para os alunos que apresentarem documento que comprove os
conhecimentos adquiridos formalmente, a classificação deve ser considerada um 325
procedimento de exceção, na qual o aluno classificado é obrigatória a freqüência de
75% (setenta e cinco) na organização coletiva e de 100% (cem) por cento na
organização individual.
O estabelecimento arquiva atas, provas, trabalhos e outros instrumentos
utilizados, bem como registra o resultado no histórico escolar do aluno.
A reclassificação é o processo pela qual o estabelecimento de ensino avalia o
grau de experiência do aluno matriculado e que já tenha cursado, no mínimo, 25% do
total da carga horária definida para cada disciplina, no Ensino Fundamental -Fase II e
médio.
O processo de reclassificação posiciona o aluno em 25%, 50% ou 75% da carga horária total de cada disciplina do Ensino Fundamental – fase II, e no Ensino Médio, em 25% ou 50% da carga horária.
326