rp 90220 fluídos a base de óleo para bombas de pistoes axiais

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Óleos minerais 1 3 0 . 5 0 / 0 2 2 0 9 P R 4 / Sumário O fluido hidráulico no circuito hidrostático, com base nos seguintes pontos importantes, precisa ser cuidadosamente selecionado, a fim de garantir uma operação econômica e livre de avarias. Todos requisitos - por exemplo, por questões de preço - não podem ser igualmente cumpridos, por isso é recomendável ao usuário uma análise dirigida. Observar a compressibilidade da instalação e, caso necessário, fazer os devidos ajustes. Comportamento dinâmico A viscosidade 1 ou o comportamento viscosidade-temperatura a (comportamento VT) são de significado primário, no entanto também devem-se observar o comportamento viscosidade-pressão b , a densidade 2 e o Pourpoint (ponto de solidificação) 6 . Viscosidade mais alta, portanto óleo mais grosso, pior a eficiência mecânico-hidráulica. As perdas por vazamento no entanto são menores. Em níveis menores de pressão as folgas de mancais não são preenchidas, com isso ocorrem maiores desgastes. Na parte da sucção resultam em perdas de preenchimento, com isto avarias por cavitação (avarias de implosão). Viscosidades muito baixas favorecem maiores vazamentos , e maiores desgastes nos mancais. O comportamento viscosidade-temperatura dos óleos minerais, é caracterizado por uma marcante queda da viscosidade com o aumento da temperatura, (denominado como VI = índice de viscosidade 3 A viscosidade sempre é medida com pressão normal (pressão atmosférica). O comportamento viscosidade-pressão, conduz na faixa de alta pressão à subida da viscosidade (com 400 bar ela duplica). As viscosidades dependem do produto. Observar os dados limites específicos dos produtos no catálogo correspondente. Viscosidade máxima em processos curtos de partida sem carga: I : V partida 1600 mm 2 /s,à temperatura mínima permitida de t min = - 40° C, II : V partida 1000 mm 2 /s,à temperatura mínima permitida de t min = - 25° C Faixa de viscosidade para utilização no tempo de acionamento de 100%. V operação = 16…100 mm 2 /s Faixa de viscosidade para eficiência otimizada: V otimizada = 16…36 mm 2 /s. Viscosidade mínima permitida (em tempo curto) I : V min 5 mm 2 /s , à temperatura máxima permitida t max = + 115° C II : V min 10 mm 2 /s , à temperatura máxima permitida t max = + 90° C O número característico corresponde ao ponto médio da viscosidade em mm 2 /s a 40° C (VG: viscosity grade) VG 22 para condições muito frias ou para tubulações extremamente longas VG 32 para condições de inverno VG 46 para condições de verão ou ambientes fechados VG 68 para condições tropicais ou ambientes com bastante calor VG 100 para locais com calor extremo Óleos hidráulicos com maior índice de viscosidade (VI > 140), chamados de óleos HVLP 4 , bem como óleos de motores de faixa múltipla, são especialmente apropriados para maiores faixas de temperatura (aplicações móbeis). Temperaturas bem baixas exigem ainda a consideração do Pourpoint 6 . A viscosidade de partida (dependendo da temperatura do ambiente) e a viscosidade otimizada de operação (observar o coletivo de carga), definem a escolha otimizada da classe de viscosidade, vide página 3. Ar Na colocação em operação do circuito deve-se desaerar completamente. Na pressão normal o ar no fluido hidráulico está dissolvido . Na faixa da sub-pressão este é liberado. Através de ar excessivo há o perigo de cavitação (implosão das bolhas na faixa da sub-pressão), (e explosão da mistura de ar e vapor = efeito Diesel). A consequência é erosão do material. Com uma configuração apropriada do reservatório, a eliminação do ar poderá ser melhorada. Filtração Quanto mais fina a filtração, tanto melhor a classe de pureza alcançada para o fluido hidráulico e tanto maior a durabilidade da máquina de pistões axiais. Para assegurar a garantia funcional da máquina de pistões axiais, é necessário no mínimo a classe de pureza 20 conforme ISO 4406 Em temperaturas muito altas do fluido hidráulico (+90º C até no máximo +115º C), é necessária no mínimo a classe de pureza: 19/17/14 conforme ISO 4406 Se as classes acima não puderem ser mantidas, pedimos nos consultar. Fluidos à base de óleo mineral para unidades de pistões axiais RP 90 220/05.03 Substitui: 12.95 5 c

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Page 1: RP 90220 Fluídos a base de óleo para bombas de pistoes axiais

Óleos minerais 1 30.50/022 09 PR4/

SumárioO fluido hidráulico no circuito hidrostático, com base nos seguintespontos importantes, precisa ser cuidadosamente selecionado, a fim degarantir uma operação econômica e livre de avarias. Todos requisitos -por exemplo, por questões de preço - não podem ser igualmentecumpridos, por isso é recomendável ao usuário uma análise dirigida.

Observar a compressibilidade da instalação e, caso necessário,fazer os devidos ajustes.

Comportamento dinâmicoA viscosidade 1 ou o comportamento viscosidade-temperatura a(comportamento VT) são de significado primário, no entanto tambémdevem-se observar o comportamento viscosidade-pressão b , a densidade2 e o Pourpoint (ponto de solidificação) 6 .

Viscosidade mais alta, portanto óleo mais grosso, pior a eficiênciamecânico-hidráulica. As perdas por vazamento no entanto são menores.

Em níveis menores de pressão as folgas de mancais não são preenchidas,com isso ocorrem maiores desgastes. Na parte da sucção resultam emperdas de preenchimento, com isto avarias por cavitação (avarias deimplosão).

Viscosidades muito baixas favorecem maiores vazamentos , e maioresdesgastes nos mancais.

O comportamento viscosidade-temperatura dos óleos minerais, écaracterizado por uma marcante queda da viscosidade com o aumento datemperatura, (denominado como VI = índice de viscosidade 3

A viscosidade sempre é medida com pressão normal (pressão atmosférica). O comportamento viscosidade-pressão, conduz na faixa de alta pressão à subida da viscosidade (com 400 bar ela duplica).As viscosidades dependem do produto.Observar os dados limites específicos dos produtos no catálogocorrespondente.Viscosidade máxima em processos curtos de partida sem carga:I : Vpartida 1600 mm2/s,à temperatura mínima permitida de tmin = - 40° C,

II : Vpartida 1000 mm2/s,à temperatura mínima permitida de tmin = - 25° C

Faixa de viscosidade para utilização no tempo de acionamento de 100%.

Voperação = 16…100 mm2/s

Faixa de viscosidade para eficiência otimizada:Votimizada = 16…36 mm2/s.

Viscosidade mínima permitida (em tempo curto)

I : Vmin 5 mm2/s , à temperatura máxima permitida tmax = + 115° C

II : Vmin 10 mm2/s , à temperatura máxima permitida tmax = + 90° C

O número característico corresponde ao ponto médio da viscosidade emmm2/s a 40° C (VG: viscosity grade)VG 22 para condições muito frias ou para tubulações

extremamente longasVG 32 para condições de invernoVG 46 para condições de verão ou ambientes fechadosVG 68 para condições tropicais ou ambientes com bastante

calorVG 100 para locais com calor extremo

Óleos hidráulicos com maior índice de viscosidade (VI > 140), chamados deóleos HVLP 4 , bem como óleos de motores de faixa múltipla, sãoespecialmente apropriados para maiores faixas de temperatura (aplicaçõesmóbeis).Temperaturas bem baixas exigem ainda a consideração do Pourpoint 6 .

A viscosidade de partida (dependendo da temperatura doambiente) e a viscosidade otimizada de operação (observar ocoletivo de carga), definem a escolha otimizada da classe deviscosidade, vide página 3.

ArNa colocação em operação do circuito deve-se desaerarcompletamente.Na pressão normal o ar no fluido hidráulico está dissolvido . Nafaixa da sub-pressão este é liberado.Através de ar excessivo há o perigo de cavitação (implosão das bolhasna faixa da sub-pressão), (e explosão da mistura de ar e vapor =efeito Diesel). A consequência é erosão do material.Com uma configuração apropriada do reservatório, a eliminação doar poderá ser melhorada.

FiltraçãoQuanto mais fina a filtração, tanto melhor a classe de purezaalcançada para o fluido hidráulico e tanto maior a durabilidade damáquina de pistões axiais.Para assegurar a garantia funcional da máquina de pistões axiais, énecessário no mínimo a classe de pureza

20 conforme ISO 4406

Em temperaturas muito altas do fluido hidráulico (+90º C até nomáximo +115º C), é necessária no mínimo a classe de pureza:

19/17/14 conforme ISO 4406

Se as classes acima não puderem ser mantidas, pedimos nosconsultar.

Fluidos à base de óleo mineralpara unidades de pistões axiais

RP 90 220/05.03

Substitui: 12.95

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Page 2: RP 90220 Fluídos a base de óleo para bombas de pistoes axiais

RP 90 220/05.03 2/4 Óleos minerais

Efeito alternador com componentes da instalaçãoCorrosãoAditivos anti-corrosão assumem a proteção durante a armazenagemou na operação 7 dos componentes contra água condensada ouágua de trocadores não estanques. Os processos de oxidação (efeitoDiesel) resultantes de composições ácidas, reforçam a corrosão.Óleos minerais sem estes inibidores de corrosão não oferecemproteção suficiente.Em instalações maiores, as quais são continuamente monitoradas, oóleo demulsificante com boa capacidade de eliminação da água(WAV) 8 apresenta vantagem. A água poderá ser drenada do fundodo reservatório.Em instalações menores (por exemplo, acionamento móbil), cujopreenchimento é pouco monitorado, é mais vantajoso o óleoemulsificante, como aqueles resultantes da presença de aditivos (porexemplo também óleo de motores).Somente utilizar óleos com proteção anti-corrosão.

VedaçõesO fluido hidráulico e o material das vedações precisam sercompatíveis. Na incompatibilidade poderão ocorrer alterações dedureza e volume 9 .Em temperaturas acima de 80° C, a Rexroth recomenda a utilizaçãode vedações FKM (especialmente para o retentor do eixo)

Observar compatibilidade com o elastômero.

Estado de uso, durabilidade de usoPrincipalmente o efeito Diesel leva ao aumento do nível de acidez(fator de neutralização) 10 e da polimerização (resinação) 11 ,entupimento de filtros e estranguladores). O estado exato de usopoderá ser definido por exemplo por comparação do fator deneutralização, viscosidade e fator de cor. Uma outra possibilidade éa definição da reserva dos aditivos (aditivos EP).Temperaturas de operação acima de 80° C, resultam para cada 10°C de aumento da temperatura, meio tempo de durabilidade em cadacaso, por isso esta condição deve ser evitada.A durabilidade de utilização de um preenchimento de óleo dependeda relação de circulação d , quantidade preenchida, desaeração,pressão de operação, temperatura e outros parâmetros.Na colocação em operação deve-se observar que, por montagem econtaminação residual dos componentes, será necessária umacirculação da instalação ou troca do óleo após curto tempo deoperação.

AdvertênciaÓleos hidráulicos com base mineral:- São materiais periculosos para a água- São combustíveis (observar ponto de inflamação)- Somente poderão ser utilizados, quando os dados de segurança do

fluido utilizado estiver à mão, e as providências especificadas foremrealizadas.

No descarte do fluido hidráulico devem ser observadas as instruçõesdos dados de segurança.

Fluidos com base no óleo mineral para unidades de pistões axiais

Seleção dos tipos de fluidosFluidos à base de óleo mineral são apropriados para a aplicaçãoem bombas e motores de pistôes axiais.O seu uso depende entre outros dos seguintes fatores:- Comportamento do desgaste- Comportamento viscosidade-temperatura- Proteção à oxidação e corrosão- Compatibilidade com os materiais- Capacidade de eliminação do ar (LAV) 12

- Capacidade de eliminação da água (WAV) 8Em aplicações móbeis ocorrem altas pressões e altas variações detemperatura. Por isso são apropriados óleos multi-faixas (óleoshidráulicos e de motores), óleos HLP com propriedades detergentes4 e fluidos ATF 13 .

Fluidos hidráulicos

Padrão:– Fluidos hidráulicos HLP e HVLP conforme DIN 51524 parte 2 e

3 4

– Óleo de motores HD conforme API-SF ou CD ou MIL-L-2104 Ce MIL-L-46152 B

– Fluidos ATF 13

Fluidos especiais:(Na utilização destes fluidos, favor consultar-nos, é necessária aindicação dos dados).– Fluidos aeroespaciais 14

– Fluidos para a marinha 15

– Óleos lubrificantes 16

Outras informações sobre fluidos hidráulicos:Fluidos hidráulicos ecológicos, HEES, HEPG, HETG, paraunidades de pistões axiais, vide RP 90221.

Unidades de pistões axiais para a operação com fluidoshidráulicos HF, vide RP 90223.

Instruções sobre aplicação em transmissões hidrostáticasem baixas temperaturas, vide RE 90 300-03B.

!

Page 3: RP 90220 Fluídos a base de óleo para bombas de pistoes axiais

Óleos minerais 3 30.50/022 09 PR4/

-40°

tmin = -40°C

ν opt

.

tmax = +115°C

-25° -10° 10° 30° 50° 90° 115°5

10

16

3640

60

20

100

200

400600

100016002500

VG 22VG 32VG 46VG 68

70°

0° 20° 40° 60° 80° 100°-40° -20°

5

10

16001000

VG 100

A W S T U

I

II

mm

me V e dadi socsi V2

s/

Faixa de temperatura do fluido hidráulico

Temperatura t em °C

Faixa otimizada deviscosidade de operação

max. viscosidade permitida (tempo curto)1)max. viscosidade permitida (tempo curto)1)

miníma viscosidade permitida(tempo curto)1)

miníma viscosidadepermitida (tempo curto)1)

1) Dependendo do produto são válidas as seguintes faixas de viscosidade:I : 5 mm2/s (tmáx = +115° C) … 1600 mm2/s ( tmín = - 40° C),

II: 10 mm2/s (tmáx = +90° C) … 1000 mm2/s ( tmín = - 25° C)

(Faixa máxima permitida de viscosidade: verificar nos catálogos de cada produto)

Diagrama de seleção de fluidos

Fluidos com base no óleo mineral para unidades de pistões axiais

Page 4: RP 90220 Fluídos a base de óleo para bombas de pistoes axiais

RP 90 220/05.03 4/4 Óleos minerais

Fluidos com base no óleo mineral para unidades de pistões axiais

Processo de medição e Normatização

1 Viscosidade cinemática em mm2/sMedição p. ex. com viscosímetro Ubbelohde

26515 NIDemrofnoc

2 Densidade à 15° C em g/cm3

com areômetro conforme DIN 51757

3 Índice de viscosidade (VI) DIN ISO 2909

4 Para fluidos hidráulicos HLP DIN 51524 parte 2Para fluidos hidráulicos HVLP DIN 51524 parte 3

5 Classificação de viscosidade (conf. ISO) DIN 51519

6 Pourpoint (Atingimento do limite de escoamento,3º acima do ponto de solidificação) DIN ISO 3016

7 Propriedades de proteção à corrosãoem relação ao aço (processo A) DIN 51585Efeito de corrosão ao cobre DIN 51759

8 Capacidade de demulsificação DIN 515993373 OSI NIDaugá ed roeT

9 Comportamento do material DIN 53538 parte 1 de vedação em conjunto com DIN 53521 e

DIN 53505

mg KOH10 Fator de neutralização em DIN 51558 parte1

g

11 Definição do resíduo de coqueconforme Conradson DIN 51551

12 Capacidade de eliminação do ar DIN 51381

13 ATF (Fluidos para transmissão automática) AQ A Suffix A

14 Fluidos aeroespaciais MIL-H-5606 ANato-H-515

15 045-H-otaNahniram ad sodiulF

16 Óleos lubrificantes DIN 51517 folha 3

17 )c( 6044 OSIazerup ed sessalC

Fórmulas da física

a Função viscosidade - temperatura U1 – U2

Pendor n = onde U = arc senh ln V2,303 (lg T2 – lg T1)

Índice de viscosidade VI (cálculo conforme DIN ISO 2909)

b Comportamento viscosidade-pressão (tenacidade dinâmica h)hp = ho • e a • p (p em bar) mPa • sα 20° C = 0,00240 bar–1

α 50° C = 0,00205 bar–1

α 100°C = 0,00147 bar–1

(conforme: “Fluidos hidráulicos”do Ing. Dipl. Horst Dietterle Fa. Shell)

c Coeficiente de Bunsen para ar em óleo mineral ≈ 0,09p2VL ≈ 0,09 • Vóleo • p1

VL = Ar dissolvido no óleo em cm3

Vóleo = Volume de óleo em cm3

p2 = Pressão final em barp1 = Pressão inicial em bar

d Relação de circulação (fator de circulação)qVi = min-1

Vinstal

proporcional ao tempo de descanso

qV em L/min (Vazão da bomba)V em L (Volume de óleo da instalação)

Os dados indicados servem somente como descriçãodo produto. Uma declaração sobre determinadas característicasou a sua aptidão para determinado uso, não podem serconcluídos através dos dados. Os dados não eximem ousuário de suas próprias análises e testes. Deve ser observado,que os nossos produtos estão sujeitos a um processo natural dedesgaste e envelhecimento.

Bosch Rexroth Ltda.

Av. Tégula, 88812952-820 Atibaia SPTel.: +55 11 4414 5826Fax: +55 11 4414 5791industrialhydraulics@boschrexroth.com.brwww.boschrexroth.com.br

Tabela de comparação, classes de pureza 17

NAS1638 (anulada) ISO 4406 (c)7 18/16/138 19/17/149 20/18/1510 21/19/16