roteiro xxxiii – aprendizado xxxiv - em tarefa de socorro xxxv – reerguimento moral xxxvi...

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Page 1: ROTEIRO  XXXIII – APRENDIZADO  XXXIV - EM TAREFA DE SOCORRO  XXXV – REERGUIMENTO MORAL  XXXVI – CORAÇÕES RENOVADOS  XXXVI – CORAÇÕES RENOVADOS
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ROTEIRO

XXXIII – APRENDIZADO

XXXIV - EM TAREFA DE SOCORRO

XXXV – REERGUIMENTO MORAL

XXXVI – CORAÇÕES RENOVADOS

XXXVII - REAJUSTE

XXXVIII - CASAMENTO FELIZ

XXXX - EM PRECE

XXXIX – PONDERAÇÕES

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RECAPITULANDO…

NO PASSADO…

JULIO

LEONARDO-LOLA ESTEVES

NO PRESENTE…

ZULMIRA -AMARO

LINAESTEVES

LEONARDO –AVO DE ANTONINA

ZULMIRA EX NOIVA DE MARIO SILVA

EVELINA E JULIO

ODILA -AMARO

ARMANDO

M

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CAPITULO 33 - APRENDIZADO

Ao Lar da Bênção, Júlio retorna nos braços de Odila, aliviado , tranqüilo e reajustado.

C– O renascimento não teve para ele tão somente a significação expiatória, necessária ao Espírito que deserta do aprendizado, mas também o efeito de

um remédio curativo. A permanência no campo físico funcionou como recurso de eliminação da ferida que trazia nos delicados tecidos da alma.

C- Júlio doravante poderá exteriorizar-se num corpo sadio,conquistando merecimento para obter uma reencarnação devidamente planejada, com

elevados objetivos de serviço , regressando à Terra, em elogiáveis condições de harmonia consigo mesmo.

Compreendemos, assim, que as moléstias complicadas e longas guardam função específica. Os aleijões de nascença, o

mongolismo, a paralisia... Por vezes é tão grande a incursão da alma nas regiões de

desequilíbrio, que mais extensa se faz para ela a viagem de volta à normalidade.

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CAPITULO 33 - APRENDIZADO

C– Amaro muito jovem ainda, encontrou Odila que o aguardava, consoante o acordo por ambos , na vida espiritual; no entanto, as vibrações de Júlio eram efetivamente tão incômodas que a primeira esposa do nosso amigo

não conseguiu acolhê-lo, de imediato, recebendo Evelina, em primeiro lugar, de vez que a ligação do casal com ela se baseia em doces afinidades.

Somente depois da primogênita é que se ambientou para a incorporação do suicida em sofrimento

LEVADOS PELAS PAIXOES

C- Grande número de paixões afetivas no mundo correspondem a autênticas obsessões ou psicoses. Em

muitas ocasiões, por trás do anseio de união conjugal, vibra o passado, através de requisições dos amigos ou inimigos

desencarnados, aos quais devemos colaboração efetiva para a reconquista do veículo carnal. A inquietação afetiva pode

expressar escuros labirintos da retaguarda...

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CAPITULO 33 - APRENDIZADO

– Os Espíritos tutelares encontram-se em todas as esferas. Desvelam-se por nós, dentro das Leis que nos regem. A idéia de um ente divinizado e perfeito, invariavelmente ao nosso lado, ao dispor

de nossos caprichos ou ao sabor de nossas dívidas, não concorda com a justiça.

OS ANJOS DE GUARDA ESTÃO EM NOSSA ESFERA?

A família espiritual é uma constelação de Inteligências, cujos membros estão na Terra e nos Céus. Todos nós, por mais baixo nos

revelemos na escala da evolução, possuímos, não longe de nós, alguém que nos ama a impelir-nos para a elevação.

De todas as afeições terrestres, salientemos, a devoção das mães. O espírito maternal é uma espécie de anjo ou mensageiro, embora muita vez circunscrito ao cárcere de férreo egoísmo, na custódia dos filhos. Além das mães, temos afetos e

simpatias dos mais envolventes, capazes dos mais altos sacrifícios por nós, não obstante condicionados a objetivos por vezes egoísticos.

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CAPITULO 34 - EM TAREFA DE SOCORRO

Odila,pede socorro novamente para Zulmira, novamente acamada, em profundo abatimento.A permanência dela no mundo e na carne se

revestia de excepcional importância para o seu grupo familiar.

Sofro a punição divina.. Não amparei convenientemente o filhinho de Odila, relegando-o ao abandono... Agora, perdi inexplicavelmente o meu .

Clarencio aplica passes magneticos para conduzi-la ao sono reparador e de repente Mário Silva, desligado

do corpo , com a rapidez de um relâmpago, penetrou o quarto, como louco e, contemplou a doente por

alguns instantes e afastou-se.

C-É sabido que o criminoso habitualmente volta ao local do crime. O remorso é uma força que nos algema à retaguarda.

Aguardemos, Mário voltará.Depois de alguns minutos, regressou.

– Perdão! perdão!... sou um assassino! um assassino!... E projetou-se para fora.

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CAPITULO 34 - EM TAREFA DE SOCORRO

Num átimo, ganhamos o domicílio de Mário, encontrando-o o em pesadelo aflitivo e uma freira desencarnada rezava, junto dele.Ocupo aqui o serviço de vigilância. A posição do nosso amigo é anormal e temo a intromissão de Espíritos diabólicos.

C– Nossa irmã pertence à organização espiritual de servidores católicos, dedicados à caridade evangélica. Todas as escolas religiosas dispõem de

grandes valores na vida espiritual.

Ela não oferece a impressão de quem se libertou do círculo das próprias idéias para caminhar ao encontro das surpresas de que o Universo

transborda. Mentalmente, revela-se adstrita às concepções que elegeu na Terra, como sendo as mais convenientes à própria felicidade.

Antes de tudo, deve nossa irmã merecer-nos a maior veneraçãopelo bem que pratica e, quanto ao modo de interpretar a vida, não podemos

esquecer que Deus é Nosso Pai.

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CAPITULO 34 - EM TAREFA DE SOCORRO

A maior lição aqui, André, é a da sementeira que produz. Mário Silva, na posição de enfermeiro, não obstante a impulsividade em que se caracteriza, tem sido prestimoso e humano, tornando-se credor do carinho alheio. Não é um homem devotado às lides religiosas. É irritável e agressivo. Entretanto, é correto cumpridor dos deveres que abraçou na vida e sabe ser paciente e caridoso, no desempenho das próprias obrigações. Com isso, granjeou a simpatia de muitos.

– Pobre amigo! permanece impressionado com a morte de Júlio, conservando aflitivo complexo de culpa. André propõe passes a Mario e

Clarencio respondeu:– O auxílio dessa natureza ampara-lhe as forças, mas não resolve o problema. Silva deve ser atingido na mente, a fim de melhorar-se.

Requisita idéias renovadoras e, Antonina é a única pessoa capaz de reerguê-lo com mais segurança.

POR QUE MÁRIO ERA AMPARADO? ERA JUSTO?

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CAPITULO 35 REERGUIMENTO MORAL

Regressaram no dia imediato no lar de Zulmira, cuja posição orgânica era mais aflitiva e exigindo paciencia.

Em casa ainda superexcitado com os acontecimentos da vespera, Silva recebe ação magnetica de Clarencio que o impulsiona e o faz ir ao encontro

das palavras sabias de Antonina.

Na casa de Antonina, Mário reporta-lhe a juventude, comentou os problemas psíquicos de que se via rodeado, ódio inexplicável que sentira

pelo anjinho moribundo,expondo-lhe a convicção de haver contribuído para à morte da criancinha que detestara, à primeira vista

C– Numa equipe, quase sempre a melhora de um companheiro pode auxiliar a melhora de outro. A recuperação de Silva, ao que me parece, influenciará nossa amiga, na defesa contra a morte.

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CAPITULO 35 REERGUIMENTO MORAL

– Mas, e a impressão? e o remorso? Sinto-me derrotado, aflito...– Mário, você acredita na reencarnação da alma?

Amor e ódio não se improvisam. Resultam de nossas construçõesespirituais nos milênios. Provavelmente, alguma responsabilidade lhe

compete nos serviços em cuja execução você se comprometeu.

O egoísmo não se revela feroz tão somente em nossas alegrias. Muitas vezes, comparece também, asfixiante e terrível, em nossas dores. Isso se verifica,

quando em nossa mágoa pensamos apenas em nós. Enquanto lastimamos a nossa imperfeição, perdemos a hora que seria justo utilizar em nossa própria

melhoria .

Antonina : Mário, quando caímos é preciso que nos levantemos, a fim de que o carro da vida, em seu movimento incessante, não nos

esmague. Graças a Deus, todavia, reconheço que seríamos tão somente ignorância e miséria sem o auxílio da dor. O sofrimento é

uma espécie de fogo invisível, plasmando-nos o caráter.

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CAPITULO 35 REERGUIMENTO MORAL

Para isso, porém, será necessário reerguer o ânimo materno... (ajudar a Zulmira) Deixaria você a outrem o privilégio de semelhante serviço?

– Não tenho coragem! – lamentou o rapaz, chorando.

– Não, Mário! Em ocasiões dessas, não é a coragem que nos falha e sim a humildade. Nosso orgulho neste mundo, apesar de inconseqüente e vão, é por demais envolvente e excessivo.

Não sabemos liberar a personalidade segregada no visco de nosso exagerado amor próprio. Em suma, aprisionamos o

coração na escura fortaleza da vaidade e não sabemos ceder...

MÁRIO VAI A CASA DE AMARO

Amaro – percebi a dor que o envolveu no momento justo em que nosso anjinho era arrebatado pela morte. Sua aflição me comoveu muito.

A generosidade do ex-rival, por sua vez, influenciava o enfermeiro de modo decisivo. As vibrações de afabilidade e carinho que se desprendiam do

apontamento afetuoso modificavam-lhe o íntimo.

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CAPITULO 36 CORAÇÕES RENOVADOS

Antonina - A morte do corpo nem sempre é o pior que nos possa acontecer. Quantas vezes os pais são constrangidos a acompanhar a morte moral dos filhos, no crime ou na viciação que não conseguem interromper? Também perdi um dos rebentos que Deus me confiou,

mas procurei acomodar-me à saudade sem revolta, porque a Sabedoria do Senhor não deve ser menosprezada.

Mário passou a sentir balsamizante desafogo , mas reporta-se à tortura moral que o assaltara.

Teria seguido com segurança a indicação do especialista? Enganar-se-ia, porventura, na dosagem da medicação?

Amaro – Não havia motivo para tamanha preocupação. Desde a primeira visita médica, compreendi que o nosso filhinho estava

condenado. O soro foi o último recurso.

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CAPITULO 36 CORAÇÕES RENOVADOS

Zulmira apesar dos médicos e todos os apelos afetivos, demonstrava-se alheia, no mais amplo desinteresse pela vida. Enfraquecia, de modo alarmante. O soro aplicado no dia anterior não trouxera o resultado

preciso. Uma transfusão de sangue era necessaria.

Mário: – Doutor, se a minha cooperação for aceita, sentirei prazernisso. Sou doador de sangue no hospital em que trabalho.

– Amaro, permita-me! quero auxiliar a doente de algum modo!...Afinal de contas, somos todos, agora, bons irmãos.

Realizada a transfusão, Silva afigurava-se-lhe haver perdido as inquietações Adquirira a noção de que se reabilitara, perante a própria consciência.

Trouxera aos ex-adversários o próprio coração em forma de visita fraterna e as suas próprias forças insufladas no campo orgânico da Zulmira como que

lhe favoreciam a ausência dos velhos pensamentos de mágoa que, por tanto tempo, lhe haviam flagelado a vida íntima.

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CAPITULO 37 REAJUSTE

Quando os amigos se afastaram, Clarêncio cercou Zulmira de cuidados especiais. A injeção de sangue renovador lhe fizera grande bem.

Pouco a pouco, acomodaram-se-lhe os centros de força ela adormece .

C– Um sonho reconfortante é uma bênção de saúde e alegria para os nossos irmãos encarnados. Zulmira, à semelhança das pessoas na hipnose profunda,

levantou-se em Espírito, contemplando-nos, surpresa. O olhar dela, admiravelmente lúcido, falava-nos de sua ansiedade

maternal. Amparada em nossos braços, Zulmira volitou sem perceber. Introvertida, apenas a imagem da criancinha morta lhe ocupava a tela mental.

O Lar da Bênção mostrava-se maravilhoso à face da tortura interior de que se via possuída, obrigando-me a reconhecer,

mais uma vez, que o paraíso da alma, em verdade, reside onde se lhe situa o amor. Reparei que para a devoção afetuosa de Zulmira não importava o rumo. Qualquer indagação, perante

aquela ternura atormentada, resultaria inútil.

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CAPITULO 37 REAJUSTE

Zulmira no lar da Bênção

Tocada por essas palavras, Zulmira desfez-se em pranto sendo abraçada por Odila, que tentava soerguer-la, reconhece -a e recorda o afogamento de

Julio. O remorso voltou a refletir-se-lhe na mente e, atribulada

– Odila! perdoa-me, perdoa-me!... Agora vejo o inferno que te impus, despreocupando-me de teu filhinho... Hoje, pago com lágrimas minha

deplorável displicência! Ajuda-me, querida irmã!... Sê para o meu Júlio a guardiã que não fui para o teu!

C– Zulmira, não perturbes o pequenino se o amas. Não ignoramos que Júlio se asilou na Terra em teu lar. Esta

viagem foi para que amenizes a tua dor. Entretanto, não admitas que o egoísmo te ensombre a alma! E necessário que

o teu devotamento seja um auxílio positivo ao pequenino necessitado!

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CAPITULO 37 REAJUSTE

A serenidade é o nosso caminho de reestruturação espiritual. Não te reportes ao passado... Vivamos o

presente, fazendo o melhor ao nosso alcance.

Odila– Ouve! Meu filhinho é também o teu. Em nosso aprendizado de agora, teve a existência frustrada por duas vezes, a fim de valorizar, com segurança, a

bênção da escola terrestre.

Sem resistência, deixou-se conduzir pelos braços de Odila até um leito próximo, para ajustar-se ao repouso preciso.

Agora sim – pensava, surpreendida –, começava a compreender... Júlio prematuramente expulso da experiência material pelo afogamento, ao mundo

tornara em nova tentativa que redundara em frustração...Porquê? porquê?

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CAPITULO 37 REAJUSTE

Agora sentia por ele inexpressável carinho e iluminado amor...De espírito assim transformado, via em Odila não mais a rival,

mas a benfeitora que, sem dúvida, lhe seguira de perto e a abrigar-lhe nos braços maternais.

C– Convém-lhe o repouso, qualquerrecordação agora lhe agravaria o conflito mental.

espedindo-nos, o instrutor aconselhou fosse Zulmira mantidano berçário mais algumas horas.

Zulmira sob a nossa vigilância, despertou no corpo físico. Retomando o equipamento cerebral mais denso, não conseguiu articular a lembrança do

delicioso sonho. Guardava a impressão nítida de que revira o filhinho em alguma parte e semelhante

certeza lhe restaurara a calma e a confiança. Sentia-se mais leve, quase feliz.

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CAPITULO 38 CASAMENTO FELIZ

A VIDA TRANSCORRE …

Júlio, na vida espiritual, aguardava sem sofrimento a ocasião oportuna de regresso ao campo físico

C- Antonina, quando em nossas atividades de socorro ao irmão Leonardo Pires, se comprometeu a colaborar, maternalmente,para que ele obtenha novo corpo na Terra.

Amaro e a esposa acompanharam o culto evangélico na residência de Antonina C– O amor é assim uma força que transforma o destino.

Enquanto Mário Silva habituava-se ao convívio de Antonina

Zulmira, sob a influência benéfica de Antonina, renovara-se para a alegria de viver

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CAPITULO 38 CASAMENTO FELIZ

– Silva e Leonardo enlaçaram – se em complicadas dívidas um para com o outro.

Desde muito tempo, cultivam a aversão recíproca. Induzidos agora às teias da

consangüinidade, esperamos se reedequem Da Lei ninguém foge...

O amor dos namorados, com noventa graus à sombra, por vezes é simples fogo de palha, deixando apenas cinza. À medida que se me

alonga a experiência no tempo, reconheço que o matrimônio, acima de tudo, é união de alma com alma.

A amizade pura é a verdadeira garantia da ventura conjugal. Sem os alicerces da comunhão fraterna e do respeito mútuo, o casamento cedo

se transforma em pesada algema de força dos do cárcere social.

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CAPITULO 38 CASAMENTO FELIZ

C– Este é Lucas, irmão de Antonina, cuja bela formação espiritual associar-se-á,em breve, com a primogênita de

Amaro– Tudo é amor no caminho da vida. Aprendamos a usá-lo na glorificação do bem, com o nosso próprio trabalho, e

tudo será bênção.

Decorrido um mês do casamento de Silva, por solicitação de Odila, fomos em busca de Zulmira e Antonina para uma reunião íntima, no

Lar da Bênção

Guardemos cautela. O preço da verdadeira paz reside no sacrifíciode nossas existências. Não há sublimação sem renúncia no castelo da alma, como não há purificação no cadinho, sem o concurso do fogo

que acrisola os metais!...”

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CAPITULO 39 PONDERAÇÕES

Identifiquemos no lar humano o caminho de nossa regeneração!

A família consangüínea na Terra é o microcosmo de obrigações

salvadoras em que nos habilitamos para o serviço à famíliamaior que se constitui da Humanidade inteira.

O parente necessitado de tolerância e carinho representa o ponto difícil que nos cabe vencer, valendo-nos dele para

melhorar-nos em humildade e compreensão.

No bercario Clara fala para Antonina, que Zulmira compreende hoje, sem necessidade de maior incursão no

passado, o santo dever de asilar o pequeno Júlio no santuário materno e que era imperativo o descanso mental para a

segunda esposa do ferroviário.E lhe pergunta se está ela consciente de que a maternidade a

espera de novo, em tempo breve.

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CAPITULO 39 PONDERAÇÕES

Um pai incompreensivo, um esposo áspero ou um filho de condução inquietante, simbolizam linhas de luta benéfica, em que podemos exercitar a

paciência, a doçura e o devotamento até ao sacrifício!Especialmente, no tocante aos filhos, não nos esqueçamos de que

pertencem a Deus e à vida, acima de tudo!...

Clara conversa com Antonina – Recorda-se das experiências antigas e permanece atenta às

razões que lhe inspiraram o segundo matrimônio.

– Lembre-se! lembre-se!...Atingida pelo poder de Irmã Clara, em determinados centros da memória, Antonina fez pálida e exclama:

– Sim, sou eu a cantora! Revejo, dentro de mim, os quadros que se foram!... Os conflitos no Paraguai!... Uma chácara em Luque!... a família ao abandono!...

José Esteves, hoje Mário... Sim, percebo o sentido de minhas segundas núpcias!

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CAPITULO 39 PONDERAÇÕES

Zulmira recolherá o nosso Júlio e Antonina, a

Leonardo Pires, seu avô. No santuário doméstico,

as afeições transviadas se recompõem, a fim de que

possamos demandar o futuro, ao clarão da

felicidade. Por isso mesmo, não nos cabe olvidar que os filhos são sempre laços

preciosos da existência, requisitando nos equilíbrio e discernimento em todas as decisões...

Saibamos, assim, prepará-los, sem egoísmo, para o destino que lhes compete!

São vocês dois núcleos de força, suscetíveis de operar valiosas transformações nos grupos domésticos a que se ajustam.

Façamos da amizade o entendimento que tudo compreende e tolera, movimenta e ajuda, na extensão do Sumo Bem. A vizinhança e a convivência,

são dons que o Senhor nos concede a benefício de nosso próprio reajuste.

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CAPITULO 40 EM PRECE

Júlio e Leonardo haviam renascido em paz, quase que aomesmo tempo, trazendo ao mundo elevados programas de serviço.

UM ANO DEPOIS ….

Amaro e Zulmira, Silva e Antonina, cônscios das obrigações que haviam assumido, prosseguiam juntos, entrelaçados na mesma

compreensão fraternal.

Odila contemplou a filha, e ao ao invés de caminhar na direção de Evelina, dirigiu-se para Zulmira, enlaçando-a em lágrimas espontânea, que intensa emotividade nos

tomou de assalto.Transfundiam-se ali dois corações maternos, na mesma vibração de paz, haurida na vitória interior pelo dever

bem cumprido.

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CAPITULO 40 EM PRECE

Clarêncio estampou o sorriso de sua velha sabedoria e falou:– Não, André. A história não acabou. O que passou foi a crise que nos

ofereceu motivo a tantas lições. Nossos amigos, pelo esforço admirável com que se dedicaram ao reajuste, dispõem agora de alguns anos de

paz relativa, nos quais poderão replantar o campo do destino. Entretanto, mais tarde, voltarão por aqui a dor e a prova, a

enfermidade e a morte, conferindo o aproveitamentode cada um. É a luta aperfeiçoando a vida, até que a nossavida se harmonize, sem luta, com os Desígnios do Senhor.

Andre pergunta– Nossa história terminará, assim, com um casamento risonho,à moda de

um filme bem acabado?

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CAPITULO 40 EM PRECE

C– Odila, enquanto celebramos tua vitória, dize que céu procuras?!!

O– Devotado benfeitor, meu lar terrestre é o meu paraíso...

C– Mas não ignoras que o domicílio do mundo não te pertence mais.

O– Sim – sei disso, entretanto, desejo servir a ele, sem que ele seja meu... Amo meu esposo por

inesquecível companheiro da vida eterna, abençoando a admirável mulher a quem ele agora

pertence e que passei aquerer por filha de minha ternura... Amo meus

filhos, apesar de saber que não podem presentemente sentir o calor de meu coração...Deus sabe que hoje amo sem o propósito de ser

amada, que me proponho oferecer-me sem retribuição, a fim de aprender com Jesus a dar sem

receber...

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CAPITULO 40 EM PRECE

C– Onde permanece o nosso amor, aí fulgura o céu que sonhamos.Mereces o paraíso que procuras. Retorna, Odila, ao teu lar

quando quiseres. Sê para o teu esposo e para as almas que o seguem o astro de cada noite e a bênção de cada dia! O amor puro outorga-te esse direito.

Volta e ama... E, quando te ergueres do vale humano, teu coração será como faixa de sol, trazendo ao Cristo os corações que pastorearás no campo imenso

da vida!

Andre -Nesse instante, funda saudade assomou-me à alma opressa.

Experimentei a estranha sensação do pai que busca inutilmente os filhos arrebatados ao seu carinho. Ave distante da paisagem que a vira nascer, vi-me atormentado pelo anseio de recuperar,

de imediato, o meu ninho...

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CAPITULO 40 EM PRECE

O vento que soprava célere parecia dizer-me: – “Confia!...”

O perfume das flores, de passagem por mim, apelava em silêncio: “Não te detenhas!”

E as constelações faiscantes, pendendo da Altura, davam-me a impressão de acenos da

luz eterna, concitando-me sem palavras: “Luta e aperfeiçoa-te! A plenitude do teu

amor brilhará também um dia!...”Então, numa prece de agradecimento ao Pai

Celestial, percebi que meu espírito pacificado sorria, de novo, ao toque inefável desublime

esperança.

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HAVE A GREAT DAY