roteiro do advento 2016

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DINÂMICA DO ADVENTO E NATAL: UM PRESÉPIO COM ROSTO

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Page 1: Roteiro do Advento 2016

DINÂMICA DO ADVENTO E NATAL:UM PRESÉPIOCOM ROSTO

Page 2: Roteiro do Advento 2016

EDIÇÃO

Título: Roteiro do Advento 2016

Editor: Vigararia da Evangelização,

Doutrina da Fé e Catequese

(EMRC / Catequese /

Pastoral Juvenil / Liturgia)

Diocese de Viana do CasteloAno: 2016 / 1ª edição

Design: Afonso Designers, Lda

CONTACTOS

Paço Episcopal

Av. Paulo VI, 735 — Darque

4935-058 VIANA DO CASTELO

www.diocesedeviana.pt

Page 3: Roteiro do Advento 2016

ÍNDICE DO ROTEIRO DO ADVENTOEnquadramento geral e documentos orientadores ........................... 4

Objetivos .................................................................................................. 7

Resumo: Dinâmica do Advento ............................................................ 8

I Domingo do Advento .......................................................................... 11

II Domingo do Advento ........................................................................17

III Domingo do Advento ...................................................................... 23

IV Domingo do Advento ...................................................................... 29

Dia de Natal ........................................................................................... 35

Sagrada Família de Jesus, Maria e José ..............................................41

Domingo de Santa Maria, Mãe de Deus ............................................ 47

Epifania do Senhor ............................................................................... 53

Page 4: Roteiro do Advento 2016

ENQUADRAMENTO GERAL E DOCUMENTOS ORIENTADORES

O roteiro do Advento que agora propomos para a Diocese de Viana do Castelo teve como principal inspiração dois importan-tes documentos que norteiam o nosso trabalho pastoral neste momento: a Exortação Apostólica do Papa Francisco “Amoris laetitia” (AL - “Alegria do Amor") e a Carta Pastoral do Bispo D. Anacleto Oliveira aos Diocesanos de Viana do Castelo, “Eu vim para Servir” (EVPS - “Eu vim para servir"), para a vivência do ano pastoral de 2016-2017, o terceiro do projecto pastoral trienal sobre “A Família —Comunidade de Vida e de Amor”.

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Por outro lado, “a mensagem de Jesus condena sem-pre o pecado, mas abraça o pecador”, segundo as palavras do bispo diocesano, D. Anacleto Oliveira, que salienta que a Exortação Apostólica Pós-sinodal ‘Amoris laetitia’ se insere na temática do Projeto Pas-toral de Viana do Castelo sobre a família. A este propósito, o nosso Bispo escreveu a Carta Pastoral

“Eu vim para servir” a todos os diocesanos. Servir, a exemplo do Beato Bartolomeu dos Mártires; servir com e como Jesus; servir na vida sacerdotal e na vida familiar... no fundo, servir com alegria e amor.

Partimos, assim, para um tempo de Advento e de Natal em que cada um de nós é convidado a aproximar-se de Jesus Cristo, seguindo um caminho de amor, especialmente no seio familiar e comuni-tário, e a servir os seus irmãos, pois é esse o trilho até ao Presépio em que cada um de nós é chamado a reconhecer o ROSTO da sua própria família.

“Amoris laetitia”, a Exortação Apostólica pós-sinodal “Sobre o amor na família”, datada simbolicamente de 19 de março de 2016, Solenidade de S. José, recolhe os resultados de dois Sínodos sobre a família convoca-dos pelo Papa Francisco em 2014 e 2015. Nela, o nosso Papa Francisco afirma que “a família é chamada a compartilhar a oração diária, a leitura da Palavra de Deus e a comunhão eucarística, para fazer crescer o amor e tornar-se cada vez mais um templo onde habita o Espírito” (AL - 19).

Tempo especialmente forte do Calendário Li-túrgico, o Advento exige a cada um de nós uma preparação profunda para o Nascimento do Menino Jesus no dia de Natal. O objetivo do Advento, para além de promover a oração e a aproximação do nosso coração ao Presépio, é o reconhecimento que cada um de nós deve fazer de que é pecador e de que precisa de se libertar dos erros recorrentes que comete na sua vida, para ir cada vez mais ao encontro do irmão, numa missão de serviço e amor.

"Como já se pode depreender a partir de um rápido exame dos seus conteúdos, a Exortação Apos-tólica ‘Amoris laetitia’ pretende reafirmar com força não o 'ideal' da família, mas a sua realidade rica e complexa. Há nas suas páginas um olhar aberto, profundamente positivo, que se nutre não de abs-trações ou projeções ideais, mas de uma atenção pastoral à realidade. O documento é uma leitura densa de motivos espirituais e de sabedoria prática útil a cada casal ou a pessoas que desejam construir uma família. Nota-se sobretudo que foi fruto de uma experiência concreta com pessoas que sabem, a partir da experiência, o que é a família e o viver juntos durante muitos anos. A Exortação fala, de facto, a linguagem da experiência e da esperança. (Síntese da Exortação proposta pela Conferência Episcopal Por-tuguesa, Fonte: http://www.conferenciaepiscopal.pt)

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OBJETIVOSAjudar as famílias a viverem de forma plena a caminhada do Advento.

Dar um rosto a cada elemento da Sagrada Família presente no Presépio.

Ajudar cada um de nós a tomar consciência de que “veio para servir".

Dar sentido prático à missão que o nosso Bispo nos propõe: “Eu vim para servir".

Contribuir para o fortalecimento do espírito de união e respeito da comunidade paroquial.

Envolver todos na construção de um presépio comum, em que o rosto de cada um de nós se sente representado.

Trazer a oração para o seio da família.

Fortalecer o papel dos grupos de catequese na vivência comunitária do Advento e do Natal.

Aproveitar o tempo litúrgico mais intenso do Advento como tempo especial de oração.

Dotar, cada um de nós, da força e do amor necessários para irmos ao encontro do rosto de todos quantos, estando perto

de nós, vivem na periferia da nossa comunidade.

Valorizar a Palavra no dia-a-dia das pessoas, fazendo-as encontrar no Evangelho a Fonte de Água Viva que alimenta a nossa Fé.

Ajudar as famílias a “recentrarem” o Natal no Menino Jesus, procurando que se afastem do consumismo supérfluo, sem objetivos, porque

é desta forma que muitos de nós vivem o Tempo de Natal.

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127 NOVEMBRO

I DOMINGO DO ADVENTO

O MEU ROSTO.. . HOJE

24 DEZEMBRO

II DOMINGO DO ADVENTO

O ROSTO DA HUMANIDADE

525 DEZEMBRO

DIA DE NATAL

O ROSTO DE UMA CRIANÇA

627 DEZEMBRO

OITAVA DE NATAL • SAGRADA FAMÍLIA

O ROSTO DA MINHA FAMÍLIA

RESUMO: DINÂMICA DO ADVENTO

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Page 9: Roteiro do Advento 2016

311 DEZEMBRO

III DOMINGO DO ADVENTO

O ROSTO DO MEU IRMÃO

418 DEZEMBRO

IV DOMINGO DO ADVENTO

O ROSTO DO MEU PAI

701 JANEIRO

DOMINGO DE STA MARIA MÃE DE DEUS

O ROSTO DA MINHA MÃE

808 JANEIRO

II DOMINGO DE NATAL • EPIFANIA

O MEU ROSTO.. .AMANHÃ

UM PRESÉPIO COM ROSTO

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I DOM I NGO DO ADVENTO

27 DE NOVEMBRO 2016

1O MEU ROSTO… HOJE

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M T 24, 37- 4 4

E VA N G E LH O D E N O S S O S E N H O R J E S U S

C R I S TO S EG U N DO SÃO MATE U S

Ú"Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Como aconteceu nos dias de Noé, assim sucederá na vinda do Filho do homem. Nos dias que precederam o dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca; e não deram por nada, até que veio o dilúvio que a todos levou. Assim será também na vinda do Filho do homem. Então, de dois que estiverem no campo, um será tomado e outro deixado; de duas mulheres que estiverem a moer com a mó, uma será tomada e outra deixada. Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a sua casa. Por isso, estai vós tam-bém preparados, porque na hora em que menos pensais, virá o Filho

do homem.” Palavra da Salvação.

“VIGIAI, PARA QUE ESTEJAIS PREPARADOS”

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O M E U R O S T O… H O J E

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E N Q UAD R A M E NTO

Jesus, no Evangelho de São Mateus deste Domingo, explica-nos a importância de estarmos atentos e vigiarmos, tal como um dono de casa que está preparado para a chegada dos ladrões. Na Exortação Apostólica pós-sinodal, o Papa Francisco lembra-nos a importância de sermos “...uma casa que abriga no seu interior a presença de Deus, a oração comum e, por conseguinte, a bênção do Senhor” (AL - 15).

Num mundo em que “há que considerar o crescente perigo re-presentado por um individualismo exagerado que desvirtua os laços familiares e acaba por considerar cada componente da família como uma ilha, fazendo prevalecer, em certos casos, a ideia dum sujeito que se constrói segundo os seus próprios desejos assumidos com carácter absoluto” (AL - 33) paro para olhar com atenção para o meu próprio rosto, para a minha vida e pergunto-me: estou vigilante? Cuido da

minha casa (o meu coração)? Estou preparado(a)?

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O R AÇÃO

Está um dia fantástico para começarmos a nossa caminhada até ao dia de Natal! Chove? O céu está coberto por nuvens? Mas esses dias também são bonitos, porque todo o tempo nos é dado por Deus! Este é, portanto, o momento de encontrar um minuto para quem me dá todas as horas. Recolho-me até ao meu espaço de oração. Este é o meu tempo para o Senhor.... Neste I Domingo do Advento e ao longo desta semana, a nossa oração poderá seguir os seguintes passos:

☞ agradeço a Deus todas as Graças que me têm sido con-cedidas. Paro para pensar um pouco em cada uma delas (uma amizade, um momento, uma característica pessoal, um amor, um dom, entre muitas outras Graças com que Jesus nos presenteia diariamente);

☞ peço ajuda ao Senhor para identificar tudo o que em mim me afasta d'Ele, seguindo-se um longo e sentido pedido de perdão, fruto de um verdadeiro reconhecimento do que em mim não é obra do Bem;

☞ procuro no meu coração uma intenção para esta cami-nhada do Advento e peço ajuda ao Senhor para a conseguir alcançar;

☞ termino a oração com um Pai-Nosso e uma Avé-Maria. ☞ Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no

princípio, agora e sempre. Amen

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O M E U R O S T O… H O J E

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ATITU D E E M FA M Í LIA

Individualmente, ao longo desta semana vamos olhar para o nosso próprio rosto: quem sou eu afinal? Que rugas são estas na minha cara? Como cheguei até aqui, a esta fase da minha vida? O que revela o meu rosto hoje? O que me afasta da presença de Deus? Que pecados reconheço ter e pelos quais vou pedir perdão neste Advento? Estou vigilante e preparado para a chegada do Senhor?

Em família, num jantar mais para o final da semana, vamos reler o Evangelho deste 1º Domingo do Advento e partilhar o que sentimos perante esta parábola que Jesus nos conta. Depois, cada um pode par-tilhar um pouco do que refletiu sobre si próprio ao longo destes dias e explicar o que vê no seu próprio rosto (coração). No fundo, cada um de nós vai apresentar-se à sua família, como se ela não nos conhecesse.

ATITU D E E M CO M U N I DAD E

Começou o Advento, este tempo forte que nos levará até ao Nascimento do Menino Jesus. Na reflexão que fiz sobre mim próprio ao longo da semana, cheguei à conclusão de que algo que me afasta de Deus está a acontecer na minha comunidade paroquial? No meu local de trabalho? Na minha família? Então esta é a altura de procurar o irmão em Cristo que magoei, com palavras ou atos, e pedir-lhe perdão. Também é tempo de aceitarmos o verdadeiro perdão dos outros, algo que às vezes nos é tão difícil... Preparamos, portanto, a nossa comunidade para a chegada do Senhor, limpando os pecados que nos afastam do Menino que está a chegar. Nós queremos tomar parte numa comunidade de vida e amor!

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O M E U R O S T O… H O J E

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P R E S É P I O E M CA SA

Preparamos a nossa casa para receber o Presépio que será construído ao longo do Advento. Em família, organizamos e limpamos o espaço, montamos o pinheirinho e criamos o cenário para o nosso Presépio.

P R E S É P I O NA I G R E JA

Tal como nas nossas casas, vamos organizar o espaço em que será montado o Presépio. É tempo de construir o pinheirinho e organizar

o cenário que irá receber o estábulo e a Sagrada Família.

E S CO L A / E M RC

Na escola vamos começar o caminho para o presépio. Cada turma irá, numa das salas, colocar uma foto de cada aluno, que mostre uma atitude e retrate o seu rosto hoje numa situação do dia a dia. Essas fotos serão colocadas no expositor da sala com setas a acompanhar e dirigidas para a porta, mostrando o sentido de caminho e de mudança

interior, que se pretende neste Advento.

CATEQ U E S E

Se cada adulto, ao longo da semana, vai refletir sobre o seu próprio rosto, também as crianças e jovens o podem fazer durante a catequese. Ao catequista cabe a tarefa de dar um tempo para que as crianças meditem e partilhem sobre quem são e o que as afasta de Jesus. Podemos até usar um exemplo: quando o professor ou até o catequista se tem de ausentar da sala, que comportamento adota a criança? Fica atenta ao seu regresso, comportando-se bem, ou começa a fazer barulho e a brincar?

Sabemos que a duração da catequese, infelizmente, nem sempre é compatível com o desenvolvimento aprofundado de algumas ativi-dades. Por isso, podemos optar por levar uma ficha com as questão que gostaríamos que cada criança ou jovem respondesse neste con-texto (especialmente, “estás preparado para a chegada do Senhor?"), deixando um espaço para o catequista, ao longo da semana, escrever um incentivo e deixar um comentário que será devolvido no próximo domingo. Mesmo em grupos grandes, vale a pena “gastarmos” algum tempo e dedicarmos umas palavras a cada um no início deste Advento.

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II DOM I NGO DO ADVENTO

04 DEZEMBRO 2016

2O ROSTO DA HUMANIDADE

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M T 3 , 1 -12

E VA N G E LH O D E N O S S O S E N H O R J E S U S C R I S TO

S EG U N DO SÃO MATEU S

Ú"Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Como aconteceu nos dias de Noé, assim sucederá na vinda do Filho do homem. Nos dias que precederam o dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca; e não deram por nada, até que veio o dilúvio que a todos levou. Assim será também na vinda do Filho do homem. Então, de dois que estiverem no campo, um será tomado e outro deixado; de duas mulheres que estiverem a moer com a mó, uma será tomada e outra deixada. Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a sua casa. Por isso, estai vós tam-bém preparados, porque na hora em que menos pensais, virá o Filho

do homem.” Palavra da Salvação.

“ARREPENDEI-VOS, PORQUE ESTÁ PERTO O REINO DOS CÉUS”

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E N Q UAD R A M E NTO

Na recente Exortação Apostólica, o Papa Francisco diz-nos que “é a presença do sofrimento, do mal, da violência, que dilaceram a vida da família e a sua comunhão íntima de vida e de amor” (AL - 19). Infeliz-mente, muitos de nós (todos nós?), praticamos com frequência ações que não se conformam ao arrependimento que manifestamos. Isto é, sabemos que erramos e que magoamos o nosso irmão ou o Senhor, mas isso não nos leva a uma conversão, pois não corrigimos as nossas ações, apenas reconhecemos o erro.

O mundo precisa que eu seja um cristão ativo, um cristão que vai ao encontro do irmão e que não tem medo de ir à periferia. Na Carta Apostólica “Eu vim para servir", o Bispo da nossa Diocese, D.Anacleto, fala-nos de “uma felicidade que começa já neste mundo"! Que meta bonita para a Humanidade! Sermos felizes já neste mundo!

Mas, quando olhamos com o coração para o que se passa à nossa volta, é impossível não vermos o sofrimento em que vivem tantos irmãos... A pobreza material e de espírito, a solidão, a dor física e emocional, a falta de rumo na vida... O rosto da Humanidade revela dor e sofrimento.

O Papa Francisco, por exemplo, sublinha “que a atenção prestada tanto aos migrantes como às pessoas com deficiência é um sinal do Espírito. Pois ambas as situações são paradigmáticas: põem especial-mente em questão o modo como se vive, hoje, a lógica do acolhimento misericordioso e da integração das pessoas frágeis.” (AL - 47).

Por isso, é tempo de agirmos de acordo com o nosso arrependi-mento e recordarmo-nos que “como Ele, cada um de nós deve poder

dizer de si mesmo: (também) eu vim para servir” (EVPS - 4).

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O R O S T O D A H U M A N I D A D E

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O R AÇÃO

Recolhidos em oração, comecemos por dar graças a Deus por nos ter enviado o seu Filho: Graças e louvores se deem a todo o momento, ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento. (x3)

Rezemos, agora, a oração do Papa Francisco pela Criação (En-cíclica Laudato si), acalentando no nosso coração um futuro melhor

para a Humanidade:

O R AÇÃO C R I S TÃ P E L A C R IAÇÃO :

Nós Vos louvamos, Pai,com todas as vossas criaturas,

que saíram da vossa mão poderosa.São vossas e estão repletas da vossa presença

e da vossa ternura.Louvado sejais!

Filho de Deus, Jesus,por Vós foram criadas todas as coisas.

Fostes formado no seio materno de Maria,fizestes-Vos parte desta terra,e contemplastes este mundo

com olhos humanos.Hoje estais vivo em cada criatura

com a vossa glória de ressuscitado.Louvado sejais!

Espírito Santo, que, com a vossa luz,guiais este mundo para o amor do Paie acompanhais o gemido da criação,

Vós viveis também nos nossos coraçõesa fim de nos impelir para o bem.

Louvado sejais!Senhor Deus, Uno e Trino,

comunidade estupenda de amor infinito,ensinai-nos a contemplar-Vos

na beleza do universo,

onde tudo nos fala de Vós.Despertai o nosso louvor e a nossa gratidão

por cada ser que criastes.Dai-nos a graça de nos sentirmos

intimamente unidosa tudo o que existe.

Deus de amor,mostrai-nos o nosso lugar neste mundocomo instrumentos do vosso carinho

por todos os seres desta terra,porque nem um deles sequer

é esquecido por Vós.Iluminai os donos do poder e do dinheiro

para que não caiam no pecado da indiferença,amem o bem comum, promovam os fracos,

e cuidem deste mundo que habitamos.Os pobres e a terra estão bradando:

Senhor, tomai-nossob o vosso poder e a vossa luz,

para proteger cada vida,para preparar um futuro melhor,

para que venha o vosso Reinode justiça, paz, amor e beleza.

Louvado sejais!Amen.

Pai Nosso e Avé Maria.Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre.

Amén.

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Page 21: Roteiro do Advento 2016

P R E S É P I O E M CA SA

Construir um caminho que vá dar ao centro do Pre-sépio. Juntar um rio e colocar a figura de São João Batista e ovelhas.

À semelhança de anos anteriores, também neste Advento cada um de nós é chamado o tomar parte ativa no presépio da igreja paroquial. Este ano, o presente Roteiro propõe-nos a construção de um Presépio com Rosto. Por isso, durante esta semana, as famílias devem preparar uma imagem que as represente (desenho ou fotografia com tamanho máximo A4) para colocar no Presépio da Igreja no próximo domingo. O ideal seria cada um preocupar--se desde logo em encontrar uma forma da imagem ser colocada no Presépio (uma moldura muito sim-ples, um cartão duro por trás, uma impressão numa

folha mais grossa, por exemplo).

CATEQ U E S E

Participação e/ou dinamização de atividades solidá-rias que estejam a ser desenvolvidas na Paróquia. As crianças e os jovens são naturalmente dinâmicas e o seu coração é puro e bondoso, por isso, cabe ao catequista mobilizar o grupo para todas as tarefas que forem necessárias. Não é necessário criarmos novas dinâmicas solidárias porque neste tempo não faltam campanhas às quais nos podemos associar.

E S CO L A / E M RC

Num espírito de ajuda, partilha e solidariedade dá-se início à Campanha de Solidariedade de Natal, fazendo a recolha de bens alimentares, roupa, brinquedos, livros, para serem distribuídos pelos alunos da escola, depois de um levantamento de necessidades. Assim, estaremos a proporcionar àquele que convive e vive a nosso lado um Natal um pouco melhor. Durante o tempo de duração da campanha os alunos irão colocando pelos corredores da escola e nos espaços exteriores, fotos de rostos que necessitam de ajuda, novamente com setas a apontar para o lado onde

será construído o presépio.

ATITU D E I N D IVI D UAL E E M FA M Í LIA

Para começar, a família precisa de olhar à sua volta e identificar uma situação em que pode intervir de forma solidária. Neste aspeto, as crianças, porque olham de uma forma mais pura para o mundo, po-dem dar um excelente contributo em identificar um caso em concreto em que a família pode intervir: uma recolha de alimentos, um sem-abrigo que pre-cisa de roupa para se aquecer, um colega na escola que precisa de material escolar novo ou de umas botas para a chuva, um vizinho que está a passar por dificuldades...

Depois, é tempo de ações! Lembrem-se: não basta parecer, é preciso ser!

Mas cuidado, esta semana do Advento é um verdadeiro desafio. Além de ação, também exige mudança! Se na semana passada cada um de nós identificou o que o afasta do caminho do Senhor, esta semana é tempo de mudarmos e de corrigir-mos aquilo em que estamos a falhar. É tempo de

nos prepararmos!

ATITU D E E M CO M U N I DAD E

Identificar, nos diferentes espaços em que vivemos (casa, família alargada, comunidade), pessoas que precisam da minha/nossa ajuda este Natal e dar um passo para sermos verdadeiramente solidários. Se a felicidade começa já neste mundo, tenho de ser uma peça no motor que leva à mudança. Com ações concretas (partilha de alimentos, participação em campanhas solidárias, preparação de almoços de Natal solidários, entre tantas outras atividades) a co-munidade vai ao encontro de todos que na Humidade precisam dela, na certeza de que basta ajudarmos realmente alguém que precisa para ajudarmos a tornar o mundo um lugar melhor.

P R E S É P I O NA I G R E JA

Construir um caminho que vá dar ao centro do Pre-sépio. Juntar um rio e colocar a figura de São João

Batista e ovelhas.

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O R O S T O D A H U M A N I D A D E

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III DOM I NGO DO ADVENTO

11 DEZEMBRO 2016

3O ROSTO DO MEU IRMÃO

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M T 11, 2-11

E VA N G E LH O D E N O S S O S E N H O R J E S U S

C R I S TO S EG U N DO SÃO MATE U S

Ú

Naquele tempo, João Baptista ouviu falar, na prisão, das obras de Cristo e mandou-Lhe dizer pelos discípulos: «És Tu Aquele que há-de vir, ou devemos esperar outro?». Jesus respondeu-lhes: «Ide contar a João o que vedes e ouvis: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e a Boa Nova é anunciada aos pobres. E bem-aventurado aquele que não encontrar em Mim motivo de escândalo». Quando os mensageiros partiram, Jesus começou a falar de João às multidões: «Que fostes ver ao deser-to? Uma cana agitada pelo vento? Então que fostes ver? Um homem vestido com roupas delicadas? Mas aqueles que usam roupas delicadas encontram-se nos palácios dos reis. Que fostes ver então? Um profeta? Sim – Eu vo-lo digo – e mais que profeta. É dele que está escrito: ‘Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, para te preparar o caminho’. Em verdade vos digo: Entre os filhos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Baptista. Mas o menor no reino dos Céus é maior

do que ele». Palavra da Salvação.

ÉS TU AQUELE QUE HÁ-DE VIR OU DEVEMOS

ESPERAR OUTRO?

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O R O S T O D O M E U I R M Ã O

3

Page 25: Roteiro do Advento 2016

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E N Q UAD R A M E NTO

No Evangelho deste Domingo, é o próprio Jesus que nos incentiva a irmos contar o que vemos e ouvimos: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e a Boa Nova é anunciada aos pobres! No fundo, o que o Senhor nos pede, esta semana, é para sermos um testemunho de fé.

Se na passada semana dedicamos tempo a obras concretas e olhamos para o rosto da Humanidade, esta semana vamo-nos fazer ao caminho e partilharmos com os nossos irmãos a nossa Fé.

São Lucas diz que “a minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 8, 21) e o Papa Fran-cisco recorda que “crescer entre irmãos proporciona a bela experiência de cuidar uns dos outros, de ajudar e ser ajudado” (AL - 195), por isso, esta semana usamos a palavra irmão em dois sentidos: o irmão de sangue e o irmão em Cristo.

Portanto, posso ir ao encontro do meu irmão mais novo ou da minha irmã mais velha ou do meu único irmão e, simplesmente, ouvi-lo. Nos dias que correm, vivemos muitas vezes afastados dos que nos estão mais perto. Desde quando não dedico tempo gratuito, descomprome-tido e de entrega a esta(s) pessoa(s) que partilha(ram) toda uma vida comigo? Se as circunstâncias da vida me fizeram separar fisicamente do meu irmão, porque não um telefonema com calma, uns tempos antes do Natal?

Se a minha relação com um dos meus irmãos ou irmãs está a passar por uma fase difícil, este é, verdadeiramente, o momento de nos reconciliarmos. Pensemos nisso.

Por último, uma palavra para quem perdeu um irmão ou uma irmã e para todos os que têm irmãos que já partiram. Vamos dedicar um tempo esta semana à sua memória, a partilharmos com a restante família recordações únicas que nos fazem sorrir. Rezar pela sua alma é também uma forma de voltarmos a estar em comunhão com esta pessoa que já está junto do Pai a interceder por nós.

Mas um irmão também é aquele que escuta a Palavra de Deus, por isso posso dedicar um pouco do meu tempo a um membro da minha comunidade que precisa de mim. Não é só a pobreza material que deve preocupar um cristão. A solidão também dói e a companhia e a partilha de tempo podem salvar quem precisa de nós. Por outro lado, a minha Fé pode “mover montanhas” e dar o meu testemunho a quem dele precisa é fazer precisamente o que o Senhor nos sugere

neste Evangelho.

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O R O S T O D O M E U I R M Ã O

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Page 26: Roteiro do Advento 2016

"Ó Jesus, Tu que sofres,Faz com que hoje e todos os dias

Eu saiba ver-te na pessoa dos teus doentes.Oferecendo-lhe os meus cuidados

Que eu te possa servir.Faz com que,

Mesmo ocultoSob o disfarce pouco atraente

Da ira, do crime ou da loucura,Eu saiba ver-te e dizer:

Ó Jesus como é doce servir-teA ti que sofres!

Dá-me, Senhor, esta visão de féE o meu trabalho

Nunca será monótono.Encontrarei alegria satisfazendo

As pequenas veleidades e desejosDe todos os pobres que sofrem.

Amado doente,És mais amado ainda para mim

Porque representas Cristo.Que grande privilégio o meu

Por poder cuidar de ti!Ó Deus, Tu que és Jesus que sofreDigna-te ser também para mim

Um Jesus paciente,Indulgente com as minhas faltas,

Não vendo senão as minhas intenções,Que são de Te amar e servir

Na pessoa dos teus filhosQue sofrem.

Senhor,Aumenta a minha fé.

Abençoa os meus esforços e trabalhos,Agora e sempre.

Amen.

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O R AÇÃO

Na recente Carta Pastoral, o nosso Bispo D.Anacleto afirma: “quanto mais exigirem de mim as pessoas que amo, devido nomeadamente às fragilidades e carências em que se encontram, mais tenho de sacrificar-me por elas, mais tenho de renunciar a mim mesmo, mais tenho de lhes dar e de me dar. E quanto mais me dou, mais fecunda se torna a minha vida e se dilata” (EVPS - 55). É um bom princípio para recordarmos a Santa Madre Teresa de Calcutá e a sua canonização que decorreu no domingo, 4 de setembro de 2016, na Praça de São Pedro, no Vaticano. Nessa altura, o Papa salientou que a missão da Madre “nas periferias das cidades e nas periferias existenciais permanece nos nossos dias como um testemunho eloquente da proximidade de Deus junto dos mais pobres entre os pobres”.

A canonização de Madre Teresa é uma das marcas do Ano da Misericórdia e indica ao mundo inteiro o valor de uma vida plena ao serviço dos mais pobres. Uma vida terna e, ao mesmo tempo, enérgica, de uma mulher pequena, curvada e cheia de rugas que se tornou um ícone do amor por aqueles que ninguém quer amar, pelos rejeitados e moribundos.

Qual foi o seu segredo? A explicação é da própria Madre Teresa: “As organizações não-governamentais trabalham para um projecto, nós trabalhamos por Alguém”. Esse “Alguém” era Cristo, que Madre Teresa reconhecia em cada pobre que encontrava, cuidava e acarinhava.

Esta semana, em que temos de olhar para os nossos irmãos, comecemos, em silêncio, com a oração escrita pela Madre Teresa:

Pai-Nosso e Avé Maria.Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como

era no princípio, agora e sempre. Amen

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O R O S T O D O M E U I R M Ã O

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P R E S É P I O E M CA SA

Colocar os pastores e as ovelhas no Presépio.

P R E S É P I O NA I G R E JA

Colocar os pastores e as ovelhas no Presépio. Neste dia, as crianças e jovens da catequese e toda a comunidade paroquial devem trazer a sua imagem ou da sua família (desenho ou fotografia) para o Pre-sépio da Comunidade na Igreja Paroquial. O Presépio é construído com o contributo de todos porque todos

juntos formamos a Igreja..

CATEQ U E S E

Cada catequista, no início da catequese, deverá levar pequenos papelinhos com o nome de cada criança ou jovem da catequese. Uma vez distribuídos esses papéis de forma aleatória, cada um deverá escrever um elogio à pessoa cujo nome consta no papelinho. O catequista recolhe os papeis e distribui no final. O objetivo é precisamente proporcionar um tempo, ainda que necessariamente curto, para que cada membro do grupo olhe para o rosto de um irmão ou irmã, procurando encontrar o que o outro tem

de melhor.

E S CO L A / E M RC

Durante esta semana será proposto que cada um tente em casa fazer algo que agrade a quem lá vive, ou na escola a quem lá passa os dias consigo. Olhar à sua volta e ver se há alguém a precisar de mim. Pensar se algum dos meus irmãos, familiares, colegas precisa de mim ou de uma palavra minha.

Pretende-se que cada um se dedique ao Outro de alguma forma, com atitudes, com presença, com palavras. Se possível, enviar SMS aos que gostámos a deixar uma palavra amiga e, àqueles com quem temos algum atrito, uma mensagem com um pedido de desculpas.

Se existir bar dos alunos ou outro espaço de visibilidade, colocar rostos que expressem as atitudes que tomámos ao longo da semana, com as setas no

sentido do caminho.

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ATITU D E E M FA M Í LIA

Esta semana vamos dedicar algum tempo às relações fraternas, tanto no contexto familiar como na nossa comunidade. Para isso, propomos que em casa, cada família (que até pode ser a alargada) jogue ao “Amigo Secreto” mas de uma forma simples! Cada um, ao longo da semana, vai deixando ou entregando bi-lhetinhos com elogios, pedidos de perdão ou coisas divertidas a um irmão ou irmã. Tendo em conta que estes são tempos atarefados, porque não surpreender um irmão com uma mensagem de telemóvel que seja uma declaração de amor?

O objetivo é darmos especial ênfase às relações entre irmãos. Naturalmente, também podemos apro-veitar para convidar um irmão que está longe para vir almoçar a nossa casa ou, porque não, escrevermos uma carta a uma irmã emigrante.

Caso a família tenha crianças, a missão torna--se mais importante. O Papa Francisco afirma que “faz falta reconhecer que ter um irmão, uma irmã que te ama é uma experiência forte, inestimável, insubstituível, mas é preciso ensinar, com paciência, os filhos a tratar-se como irmãos. Esta aprendiza-gem, por vezes fadigosa, é uma verdadeira escola de sociabilidade.” Em síntese, temos de ensinar os nossos filhos a serem irmãos, mas isso não é uma tarefa para uma semana do Advento, é missão para uma vida inteira!

ATITU D E E M CO M U N I DAD E

Em comunidade, temos mesmo de nos fazermos ao caminho e dedicarmos tempo, esse bem tão precioso, a alguém que de nós precisa devido a uma carência afectiva. Porque não aproveitar para, em família, visitar um doente, um jovem que vive sozinho longe da família, um imigrante ou o lar de idosos? Cria-tividade não faltará e o fundamental é pormos em prática os ensinamentos do Papa Francisco que na Exortação Sobre o Amor na Família nos recorda que “talvez nem sempre estejamos conscientes disto, mas é precisamente a família que introduz a fraternidade no mundo. A partir desta primeira experiência de fraternidade, alimentada pelos afetos e pela educação familiar, o estilo da fraternidade irradia-se como uma promessa sobre a sociedade inteira", pelo que é tempo de sairmos de casa e irmos ao encontro dos

nossos irmãos!

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O R O S T O D O M E U I R M Ã O

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IV DOM I NGO DO ADVENTO

18 DEZEMBRO 2016

4O ROSTO DO MEU PAI

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“JESUS NASCERÁ DE MARIA, NOIVA DE JOSÉ,

FILHO DE DAVID.”

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M T 1, 18 -24

E VA N G E LH O D E N O S S O S E N H O R J E S U S C R I S TO S EG U N DO SÃO MATE U S

ÚO nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noi-va de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele as-sim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz: «A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus con-nosco’». Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor

lhe ordenara e recebeu sua esposa. Palavra da Salvação.

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O R O S T O D O M E U PA I

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E N Q UAD R A M E NTO

O Evangelho desta semana fala-nos de José, o bom pai adotivo de Jesus. Reticente no início, abre o seu coração à glória do Senhor.

O Papa Francisco, na Exortação pós-sinodal “Sobre o amor na família", lembra-nos que “o homem desempenha um papel decisivo na vida da família, especialmente na proteção e sustento da esposa e dos filhos. Muitos homens estão conscientes da importância do seu papel na família e vivem-no com as qualidades peculiares da índole masculina. A ausência do pai penaliza gravemente a vida familiar, a educação dos filhos e a sua integração na sociedade. Tal ausência pode ser física, afetiva, cognitiva e espiritual. Esta carência priva os filhos dum modelo adequado do comportamento paterno” (AL - 55). E continua: “Deus coloca o pai na família para que, com as caracterís-ticas preciosas da sua masculinidade, esteja próximo da esposa, para compartilhar tudo, alegrias e dores, dificuldades e esperanças. E esteja próximo dos filhos no seu crescimento: quando brincam e quando se aplicam, quando estão descontraídos e quando se sentem angustiados, quando se exprimem e quando permanecem calados, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando voltam a encontrar o caminho; pai presente, sempre” (AL - 177). Esta semana,

detemo-nos a olhar para dois pais: José e o nosso pai.

O R AÇÃO

No nosso espaço e tempo de oração, começamos por abrir o nosso coração a Jesus e invocamos o

Espírito Santo:

“Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis

e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito, e tudo será criado,

e renovareis a face da terra. Ó Deus,

que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo,

fazei que apreciemos rectamente todas as coisas e gozemos sempre da sua consolação.

Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amen.”Seguidamente, peçamos perdão pelas nossas faltas e agradeçamos a Deus

as Graças que temos recebido.

☞ Com o coração em Deus, tentemos responder à seguinte questão durante

o nosso momento de oração: “Estou no bom caminho? Estou a servir?”

☞ Pai-Nosso e Avé Maria; ☞ à semelhança do que será feito

na catequese, podemos terminar as nossas orações desta semana com a

Oração de agradecimento por São José:“Santíssima Trindade, eu Vos ofereço os Corações de Jesus e de Maria, com os Seus merecimentos

e o Seu Amor, em nome de São José, para Vos agradecer todos os dons que lhe concedestes, sobretudo por tê-lo feito Pai adotivo de Jesus

e Esposo verdadeiro de Maria Virgem.” ☞ Glória ao Pai, ao Filho e

ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre.

Amen.

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O R O S T O D O M E U PA I

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ATITU D E E M FA M Í LIA

"Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara!” Que bonito! O que se pretende, nesta última semana de preparação para o Natal, é colocar o nosso pai no centro do nosso coração e da família. Vamos, precisamente, ser Anjos para ele mas, em vez de ordenarmos vamos ser ordenados por ele. Quantas vezes não damos o devido valor a esta figura fulcral da nossa família? De acordo com as cir-cunstâncias familiares de cada um, vamos tentar fazer o nosso pai sentir-se particularmente especial ao longo desta semana. No caso das famílias da catequese, por exemplo, as crianças e os jovens podem ser incentivados pela mãe a darem pequenos miminhos ao pai: ir buscar os chinelos, esperar por eles quando chegam a casa, darem um chocolatinho, brincarem juntos de uma forma mais prolongada, darem um passeio juntos, entre muitas outras possibilidades.

Se os filhos forem adultos, o pai pode ser exatamente sujeito ao mesmo “tratamento de amor” ao ser convi-dado para um almoço em família, um passeio fora de horas, um diálogo mais aberto e sentido, por exemplo.

O que se pretende é precisamente que o pai se sinta especial. Particularmente se for o caso de um pai que está longe, a trabalhar, ou afastado da família por diversas circunstâncias. Que tal ajudar a nossa criança a fazer um desenho ou incentivá-la a escrever uma carta de amor para enviar ao pai? É verdade que hoje em dia existem muitas formas de estarmos em contacto, mas é sempre possível surpreendermos alguém!

No caso do seu pai estar já na Morada Santa, esta semana pode ser de particular comunhão. Recorremos novamente às palavras do Santo Padre para explicar como é possível estarmos separados fisicamente mas unidos em espírito: quando a “presença física já não é possível, é verdade que a morte é algo de poderoso, mas mais fortedo que a morte é o amor (Ct 8, 6). O amor possui uma intuição que lhe permite escutar sem sons e ver no invisível. Isto não é imaginar o ente querido como era, mas poder aceitá-lo transformado, como é agora. Jesus ressuscitado, quando a sua amiga Maria Madalena quis abraçá-Lo intensamente, pediu-lhe que não O tocasse (cf. Jo 20, 17) para a levar a um encontro diferente".

Por último, uma palavra para as mães ou famílias que lidam com pais totalmente ausentes da vida dos filhos. “Se, por alguma razão inevitável, falta um dos dois [pai ou mãe], é importante procurar alguma maneira de o compensar, para favorecer o adequado amadurecimento do filho. O sentimento de ser órfãos, que hoje experimentam muitas crianças e jovens, é mais profundo do que pensamos” (AL - 172 e 173). Por isso, faça um esforço suplementar esta semana para compensar um pai que não está lá, bem no seio da família que outrora ajudou a criar e mostre à criança ou jovem uma luz particularmente brilhante de amor materno ou cheia do carinho que só os avós sabem dar.

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ATITU D E E M CO M U N I DAD E

Ao Presépio, chega esta semana, a figura de São José. Individualmente e em família, vamos encher os nossos pais de amor e carinho, mas a Comunidade sabe que há sempre um pai que sofre particularmente. Ou porque foi abandonado pelos filhos (quantos, infelizmente!) ou porque a distância física é grande, a idade avançada ou até porque o Senhor chamou prematuramente o seu filho à Morada Santa. À comunidade, esta semana, cabe o papel de fazer estes pais “sós” sentirem-se am-parados, renovando a esperança no seu coração. Quantas vezes uma palavra faz toda a diferença no nosso dia a dia...

E S CO L A / E M RC

Para finalizar esta atividade de caminho iremos construir uma árvore com rostos. Na entrada da escola, de preferência em local coberto, colocar um tronco com galhos, ou uma pequena árvore seca. As fotos que fomos colocando ao longo do Advento nos vários espaços escolares serão penduradas nos galhos; e, no topo da árvore, coloca-se o Rosto do Deus Menino Misericordioso. Da entrada do recinto até à árvore colam-se as setas que fomos usando ao longo da atividade.

Desta forma, o nosso Presépio será feito de forma bastante diferente dos outros anos. Será fei-to um pinheiro que representará a Humanidade, e cada um de nós a fazer parte deste espaço lindo e magnífico que é a terra, em situações de mudança, quer interior, quer em relação ao outro e ao mundo. No topo da árvore está o sentido da vida. O Rosto do Deus Menino Misericordioso que olha por nós e acompanha os nossos passos neste caminhar pela vida terrena.

Um pinheirinho humano e divino na promessa de uma mudança que faça a diferença no mundo.

P R E S É P I O E M CA SA

Colocar a figura de São José no Presépio.

P R E S É P I O NA I G R E JA

Colocar a figura de São José no Presépio..

CATEQ U E S E

Nesta semana ou neste domingo decorre, muito provavelmente, a última sessão de catequese deste primeiro período. É tempo de muitas tarefas, de pre-paração de festas de Natal e de mil e uma atividades. Por isso, não vamos ter a utopia de sobrecarregar ain-da mais os catequistas, pelo que pedimos, “apenas", que cada grupo, no início da catequese (para evitar pressas de última hora) faça a oração a São José e dê Graças pelos Pais das crianças ou jovens do grupo. Cabe ao catequista explicar porque estamos a rezar a São José e também estar atento a alguma situação particular, como um pai doente, desempregado, emigrante ou qualquer outra situação que preocupe

o coração de um membro do grupo.

O R AÇ ÃO D E AG R A D EC I M EN TO

P O R S ÃO J OS É

Santíssima Trindade, eu Vos ofereço os Corações de Jesus e de Maria, com os Seus merecimentos e o Seu Amor, em nome de São José, para Vos agradecer todos os dons que lhe concedestes, sobretudo por tê-lo feito Pai adotivo de Jesus e Esposo verdadeiro

de Maria Virgem.

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DIA DE NATAL

25 DEZEMBRO 2016

5O ROSTO DE UMA CRIANÇA

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“O VERBO FEZ-SE CARNE E HABITOU ENTRE NÓS.”

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J O 1, 1 -18

E VA N G E LH O D E N O S S O S E N H O R J E S U S C R I S TO S EG U N DO SÃO J OÃO

Ú"No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d’Ele, e sem Ele nada foi feito. N’Ele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo, e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não O receberam. Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Fi-lho Unigénito, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho d’Ele, exclamando: «É deste que eu dizia: ‘O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim’». Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que

está no seio do Pai, é que O deu a conhecer.” Palavra da Salvação.

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O R O S T O D E U M A C R I A N Ç A

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E N Q UAD R A M E NTO

É dia de Natal! Jesus nasceu! É um Menino pequenino na manjedoura e está à espera do nosso amor e olhar contemplativo.

Olho para o Rosto desse Menino e nele procuro ver as crianças do mundo de hoje: as que neste dia tão especial brincam, abrem presentes, recebem amor e carinho de seus pais e estão quentinhas numa casa confortável; mas tam-bém todas aquelas crianças que não viveram nada para além da dor, que são vítimas de violência e de falta de amor, que estão deslocadas de sua casa e do seu país, que vivem em guerra, que estão sozinhas no mundo ou então muito mal acompanhadas, que não sabem o que é um carinho, entre tantas outras manifestações da imperfeição na Humanidade.

O Santo Padre recorda que “Jesus presta tal atenção às crianças – consi-deradas, na sociedade do Médio Oriente antigo, como sujeitos sem particulares direitos e inclusivamente como parte da propriedade familiar –, que chega ao ponto de as propor aos adultos como mestres, devido à sua confiança simples

e espontânea nos outros” (AL - 18).

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O R O S T O D E U M A C R I A N Ç A

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O R AÇÃO

Se o objetivo, neste dia, é olharmos com amor para as nossas crian-ças, nada melhor do que convidá-las a rezar connosco. Como ajuda, aqui fica a Oração dos 5 Dedos, proposta pelo Santo Padre. Uma forma diferente de rezarmos.

Comecemos por ler as palavras do Papa Francisco:"As nossas mãos apertem as suas mãos e estreitemo-los a nós para

que sintam o calor da nossa presença, da amizade e da fraternidade. Que o seu grito se torne o nosso e, juntos, possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a hipocrisia e o egoísmo.” (BULA DE PROCLAMAÇÃO DO JUBILEU EX-TRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA.)

Seguidamente, façamos a “ORAÇÃO DOS 5 DEDOS":

☞ O polegar, «o dedo que te é mais próximo», faz-nos pen-sar e rezar por quem está mais próximo de nós, «as pessoas de quem nos recordamos mais facilmente», rezar por todos os nossos entes queridos «é uma doce obrigação».

☞ O indicador recorda-nos que devemos rezar por quem tem a função de dar indicações aos outros, isto é, «aqueles que ensinam, educam e tratam», categoria que compreende «mestres, professores, médicos e sacerdotes».

☞ O médio, o dedo mais alto, lembra «os nossos gover-nantes», as pessoas «que gerem o destino da nossa pátria e orientam a opinião pública… precisam da orientação de Deus».

☞ O anelar «é o nosso dedo mais fraco, como pode confir-mar qualquer professor de piano»; ele «recorda-nos de rezar pelos mais fracos, por quem tem desafios a enfrentar, pelos doentes» que têm necessidade da «tua oração de dia e de noite», bem como pelos esposos.

☞ Por fim, o mindinho, o dedo mais pequeno, «como pe-quenos nos devemos sentir diante de Deus e do próximo», convida a rezar por nós próprios: «Depois de teres rezado por todos os outros, poderás compreender melhor quais são as tuas necessidades, olhando-as na justa perspetiva».

☞ Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amen

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ATITU D E I N D IVI D UAL , E M FA M Í LIA E E M CO M U N I DAD E

Individualmente, em família e na nossa comunidade, rezemos com fé pelas crianças do nosso mundo, para que encontrem sempre alguém que seja Luz de Deus na sua vida.

Este dia, mais do que nunca, é delas. Das crianças que nos ro-deiam. De todos os Meninos Jesus que conhecemos na nossa família e comunidade. Hoje, pare um minuto demorado a contemplar o rosto de uma criança e repare como ela é uma presença de amor. Retribua-lhe esse amor, dedicando-lhe tempo, atenção, carinho e tudo o quanto ela

lhe pedir de mais profundo.

P R E S É P I O E M CA SA

Colocar a figura do Menino Jesus na Manjedoura.

P R E S É P I O NA I G R E JA

Colocar a figura do Menino Jesus na Manjedoura.

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SAG RADA FAM ÍLIA DE J ESUS , MARIA E JOS É

30 DEZEMBRO 2016

6O ROSTO DA MINHA FAMÍLIA

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“TOMA O MENINO E SUA MÃE E FOGE

PARA O EGIPTO.”

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M T 2 , 13 -1 5 .19 -2 3

E VA N G E LH O D E N O S S O S E N H O R J E S U S C R I S TO S EG U N DO SÃO MATE U S

Ú"Depois de os Magos partirem, o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: «Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe e foge para o Egipto e fica lá até que eu te diga, pois Herodes vai procurar o Me-nino para O matar». José levantou-se de noite, tomou o Menino e sua Mãe e partiu para o Egipto e ficou lá até à morte de Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor anunciara pelo Profeta: «Do Egipto chamei o meu filho». Quando Herodes morreu, o Anjo apareceu em sonhos a José, no Egipto, e disse-lhe: «Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe e vai para a terra de Israel, pois aqueles que atentavam contra a vida do Menino já morreram». José levantou-se, tomou o Menino e sua Mãe e voltou para a terra de Israel. Mas, quando ouviu dizer que Arquelau reinava na Judeia, em lugar de seu pai, Herodes, teve receio de ir para lá. E, avisado em sonhos, retirou-se para a região da Galileia e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Assim se cumpriu o que fora anunciado pelos Profetas: «Há-de chamar-Se Nazareno». Palavra da Salvação.

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E N Q UAD R A M E NTO

A Sagrada Família é o exemplo perfeito da verdadeira Família. Juntos, sempre unidos em Amor, enfrentam todas as adversidades que o caminho lhes coloca, mesmo quando Jesus ainda era apenas um Menino.Hoje, quantas famílias esmorecem à primeira dificuldade? Quantas vivem em desamor?

Na Exortação pós-sinodal, o Papa Francisco discorre longamente sobre as dificuldades com que as famílias de hoje se deparam. Por exemplo, “os pais chegam a casa cansados e sem vontade de conversar; em muitas famílias, já não há sequer o hábito de comerem juntos, e cresce uma grande variedade de ofertas de distração, para além da dependência da televisão. Isto torna difícil a transmissão da fé de pais para filhos (AL - 50)"

Por outro lado, o próprio conceito de família está em forte mutação, face à quantidade enorme de variações que atualmente existem em torno da família nuclear.

Vivemos tempos complexos e a conjuntura económica complica ainda mais a vida familiar. O Papa Francisco refere, por exemplo, que “se uma mulher deve criar o seu filho sozinha, devido a uma separação ou por outras causas, e tem de ir trabalhar sem a possibilidade de o deixar com outra pessoa, o filho cresce num abandono que o expõe a todos os tipos de risco e fica comprometido o seu amadurecimento pessoal” (AL - 49). E continua: “o próprio Jesus nasce numa família modesta, que à pressa tem de fugir para uma terra estrangeira. Entra na casa de Pedro, onde a sua sogra está doente, deixa-Se envolver no drama da morte na casa de Jairo ou no lar de Lázaro, ouve o pranto desesperado da viúva de Naim pelo seu filho morto; atende o grito do pai do epiléptico numa pequena povoação rural. Encontra-Se com publicanos, como Mateus ou Zaqueu, nas suas próprias casas, e também com pecadoras, como a mulher que invade a casa do fariseu. Conhece as ansiedades e as tensões das famílias, inserindo-as nas suas parábolas: desde filhos que deixam a própria casa para tentar alguma aventura até filhos difíceis com comportamentos inexplicáveis ou vítimas da violência. Interessa-Se ainda pela situação embaraçosa que se vive numas bodas pela falta de vinho ou pela recusa dos convidados a participar nelas, e conhece também o pesadelo que representa a perda duma moeda numa família pobre” (AL - 21).

Este Domingo, dedicado à Sagrada Família, olhamos para o rosto da nossa família. Que constran-gimentos temos vivido? Que dificuldades já ficaram para trás no nosso caminho e quantas ainda temos de ultrapassar? O que torna a minha família especial e única? Em que família vivo afinal? O que tenho de mudar, para ajudar a minha família a crescer no amor?

São tantas as interrogações que podemos colocar a nós próprios, a propósito da nossa família, que cada um saberá qual a pergunta fulcral e como deve pedir ajuda ao Senhor para encontrar resposta.

Mas é à Luz da Família Sagrada que temos de procurar respostas. “Com este olhar feito de fé e amor, de graça e compromisso, de família humana e Trindade divina, contemplamos a família que a Palavra de Deus confia nas mãos do marido, da esposa e dos filhos, para que formem uma comunhão de pessoas que seja imagem da união entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo” (AL - 29).

No contexto da Família, uma última palavra para o Matrimónio. O Santo Padre afirma que “os côn-juges precisam de adquirir consciência clara e convicta dos seus deveres sociais. Quando isto acontece, não diminui o carinho que os une; antes, enche-se de nova luz". Um casal unido dá origem a uma família forte no amor. Tantas vezes, dedicamos tempo à família alargada e esquecemo-nos daquela ou daquele a quem Deus nos uniu. Estes são dias fortes também para o amor conjugal.

Uma última reflexão para quem pensa: “eu sinto que nem sequer tenho família...". Talvez este seja um tempo forte para recordar (recordar a família que tive outrora) ou para agradecer ao Senhor o facto de eu não ter relações familiares muito próximas, mas Ele compensou-me com pessoas amigas e que no seio

da comunidade nos tratam com carinho, amor e respeito.

SAG R ADA FA M Í LIA D E J E S U S , MAR IA E J O S É 2 7 D E ZEM B R O 2 016 P. 4 3

O R O S T O D A M I N H A FA M Í L I A

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O R AÇÃO

Esta semana é particularmente dedicada às famílias: a nossa e a Sagrada. Por isso, façamos em família a oração da Família proposta pelo Papa Francisco:

"Jesus, Maria e José a vós, com confiança rezamos,

a vós com alegria nos confiamos"Jesus, Maria e José

a vós, Sagrada Família de Nazaré,hoje, dirigimos o olhar

com admiração e confiança;em vós contemplamos

a beleza da comunhão no amor verdadeiro;a vós confiamos todas as nossas famílias;

para que se renovem nessas maravilhas da graça.Sagrada Família de Nazaré,

escola atraente do santo Evangelho:ensina-nos a imitar as tuas virtudescom uma sábia disciplina espiritual,

doa-nos o olhar claroque sabe reconhecer a obra da providência

nas realidades quotidianas da vida.Sagrada Família de Nazaré,

guardiã fiel do mistério da salvação:faz renascer em nós a estima pelo silêncio,

torna as nossas famílias cenáculo de oraçãoe transforma-as em pequenas Igrejas domésticas,

renova o desejo de santidade,sustenta o nobre cansaço do trabalho, da educação,da escuta, da recíproca compreensão e do perdão.

Sagrada Família de Nazaré,desperta na nossa sociedade a consciênciado caráter sagrado e inviolável da família,

bem inestimável e insubstituível.Cada família seja morada acolhedora de bondade e de paz

para as crianças e para os idosos,para quem está doente e sozinho,para quem é pobre e necessitado.

Jesus, Maria e Joséa vós com confiança rezamos, a vós com alegria nos confiamos.

Pai Nosso e Avé-MariaGlória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como

era no princípio, agora e sempre. Amen

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ATITU D E E M FA M Í LIA

Hoje é o dia de excelência da família. É ocasião para nos encontrarmos. Se possível, as várias gerações.

O que propomos, para este dia, é particularmente simples mas tantas vezes difícil de concretizar. Vamos desligar a televisão e os telemóveis, deixamos a cozinha e as tarefas domésticas por uns mo-mentos, esquecemos a comida tão abundante nas casas nestes dias e, simplesmente, paramos um momento e...rezamos em família. Recorda-mos os que partiram, as alegrias do ano que vivemos, damos Graças a Deus, pedimos perdão... Rezar em família é o desafio para o dia de hoje.

ATITU D E E M CO M U N I DAD E

Como vem sendo hábito neste Advento, à comunidade cabe a tarefa de não deixar ninguém sem Amor este Natal. Por isso, é a todos nós que é entregue a missão de resgatarmos da dor e da solidão todos quantos nas nossas paróquias vivem esta quadra longe de um rosto amigo ou familiar. Procure ajudar alguém que precise. Nas palavras do nosso Bispo D.Anacleto, na Carta Pastoral “Eu vim para servir": “a caridade tem de ser a alma de tudo o que se faz na Igreja e na vida dos cristãos, como em Cristo e em Deus.” Temos, portanto, que deixar o amor de Deus “agir nas minhas qualidades humanas naturais e noutras que ela [a Graça de Deus] vai despertando em mim e me capacita para usá-las à maneira de Deus: de modo gratuito e com uma energia tantas vezes sobre-humana. Aliás, quanto mais gratuita for a doação, mais intensa

e ilimitada ela é.” (EVPS - 16).

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DOM I NGO DE SANTA MARIA , MÃE DE DEUS

01 JANEIRO 2017

7O ROSTO DA MINHA MÃE

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ENCONTRARAM MARIA, JOSÉ E O MENINO.

E, DEPOIS DE OITO DIAS, DERAM-LHE

O NOME DE JESUS.

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LC 2 , 16 -2 1

E VA N G E LH O D E N O S S O S E N H O R J E S U S C R I S TO S EG U N DO SÃO LU CA S

Ú"Naquele tempo, os pastores dirigiram-se apressadamente para Be-lém e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino. E todos os que ouviam admiravam-se do que os pastores diziam. Maria conservava todas estas palavras, meditando--as em seu coração. Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado. Quando se completaram os oito dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes

de ter sido concebido no seio materno.” Palavra da Salvação.

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E N Q UAD R A M E NTO

Este primeiro domingo do ano é dedicado a Santa Maria, Mãe de Deus. Só poderia ter um início assim o ano em que o país e o mundo se unem em torno do Centenário das Aparações de Nossa Senhora em Fátima! Ardem os nossos corações em torno da Nossa Santa Mãe!

Mas, que melhor forma de honrar Maria, se não dedicando um amor extremo à nossa própria mãe?

Maria está sempre presente no coração de todas as mães do mun-do, tantas vezes tão semelhantes a ela até nos seus gestos e na atitude de entrega de amor aos filhos. Com o amor das mães, “os silêncios costumam ser mais eloquentes do que as palavras” (AL - 12), tal como Maria que conservava tudo no seu coração. No tesouro do coração de Maria, estão também todos os acontecimentos de cada uma das nossas famílias, que Ela guarda solicitamente” (AL - 30).

O Santo Padre diz que “a mãe, que ampara o filho com a sua ter-nura e compaixão, ajuda a despertar nele a confiança, a experimentar que o mundo é um lugar bom que o acolhe, e isto permite desenvolver uma auto-estima que favorece a capacidade de intimidade e a empa-tia” (AL - 175).

Filho, filha, dedica este teu primeiro dia do ano à tua mãe e fá-la sentir ainda mais especial! Começa por um beijo sentido e um abraço apertadinho logo pela manhã e a partir daí deixa o Espírito atuar! Fá--la sentir-se amada, querida, respeitada. Pede-lhe perdão por todo o

sofrimento que já lhe causaste. Dá-lhe amor puro.

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O R AÇÃO

Nas “Memórias da Irmã Lúcia” a seguinte passagem descreve uma parte do diálogo com Nossa Senhora, aquando da primeira Aparição em Fátima, a 13 de Maio de 1917:

“— Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?

— Sim, queremos!— Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.

Foi ao pronunciar estas últimas palavras que [Nossa Senhora] abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então, por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:

— Ó Santíssima Trindade, eu vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:

— Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.”

Neste ano de Centenário das Aparições de Fátima, façamos o que a nossa Mãe nos pede e rezemos o terço.

Se não formos capazes de o rezar todos os dias, pelo menos ao longo desta semana que agora começa, tentemos reunir a família no silêncio da oração e façamos um mistério por dia.

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ATITU D E E M FA M Í LIA

Nesta primeira semana do ano vamos encher as nossas mães de co-rações! Olhe para o rosto dela, veja com atenção todos os pormenores, para as rugas, para os olhos que brilham sempre que nos veem, inspire--se! Recorte uma folha de papel em forma de coração e explique, por palavras, porque ama a sua mãe. Escreva-lhe uma carta de amor e entregue-a com carinho. Incentive os seus filhos a fazerem o mesmo. Visite a sua mãe no lar, caso ela já esteja em idade avançada ou então vá buscá-la a casa para um passeio tranquilo junto ao mar. Faça-lhe perguntas sobre a sua infância e recorde “velhos tempos".

Para aqueles cuja mãe já se encontra junto do Pai, ficam as pa-lavras do nosso Bispo na recente Carta Pastoral: “contou-me um dia a minha mãe, depois de alguns anos de padre, o que um sacerdote da equipa formadora do Seminário lhe dissera no dia da minha ordenação sacerdotal: ‘Olhe que a partir de agora o seu filho precisa ainda mais das suas orações.’ Uma maneira fina de me dizer que diariamente re-zava por mim. E continua a rezar. A morte de quem por nós deu a vida só pode unir-nos ainda mais em Deus.” (EVPS - 54). Eis uma reflexão intensa e profunda, que nos enche o coração e que queremos repetir: “a morte de quem por nós deu a vida só pode unir-nos ainda mais em Deus". As mães que já partiram esperam com paciência a chegada dos filhos ao Reino dos Céus, para um abraço que os unirá até à eternidade.Se por circunstâncias tão tristes da vida, a família “sobrevive” sem o amor de uma mãe que abandonou o lar, os filhos podem sentir-se ainda mais queridos por Maria que nunca abandonou nenhum filho.

ATITU D E E M CO M U N I DAD E

Se na Comunidade há, pelos motivos mais diversos, uma mãe de “co-ração partido", vá ao seu encontro e console-a. E porque não escrever--lhe também uma carta de amor ou amizade num papel em forma de coração? O rosto de uma mãe que sofre compadece o nosso espírito, por isso, reze a Maria para que ela faça de si um instrumento de bondade

junto de uma mãe sofredora.

P R E S É P I O E M CA SA

Em casa, em Família, construir uma Capelinha pequenina, simples, mas cheia de Luz! Colocá-la no Presépio.

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EPI FAN IA DO S EN HOR

08 JANEIRO 2017

8O MEU ROSTO… AMANHÃ

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Mt 2, 1-12

E VA N G E LH O D E N O S S O S E N H O R J E S U S C R I S TO S EG U N DO SÃO MATE U S

Ú"Tinha Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, quando chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente. «Onde está – perguntaram eles – o rei dos judeus que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-l’O». Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes ficou perturbado, e, com ele, toda a cidade de Jerusalém. Reuniu todos os príncipes dos sacerdotes e escribas do povo e pergun-tou-lhes onde devia nascer o Messias. Eles responderam: «Em Belém da Judeia, porque assim está escrito pelo Profeta: ‘Tu, Belém, terra de Judá, não és de modo nenhum a menor entre as principais cidades de Judá, pois de ti sairá um chefe, que será o Pastor de Israel, meu povo’». Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos e pediu-lhes informações precisas sobre o tempo em que lhes tinha aparecido a estrela. Depois enviou-os a Belém e disse-lhes: «Ide informar-vos cui-dadosamente acerca do Menino; e, quando O encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-l’O». Ouvido o rei, puseram-se a caminho. E eis que a estrela que tinham visto no Oriente seguia à sua frente e parou sobre o lugar onde estava o Menino. Ao ver a estrela, sentiram grande alegria. Entraram na casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe, e, prostrando-se diante d’Ele, adoraram-n’O. Depois, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra. E, avisados em sonhos para não voltarem à presença de Herodes, regressaram à

sua terra por outro caminho.” Palavra da Salvação.

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“VIEMOS d ORIESE ADORAR O REI.”

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E N Q UAD R A M E NTO

Neste domingo da Epifania, recorremos às palavras do Papa Francisco para melhor compreendermos o Evangelho: “cada família tem diante de si o ícone da família de Nazaré, com o seu dia-a-dia feito de fadigas e até de pesadelos, como quando teve que sofrer a violência incompreen-sível de Herodes, experiência que ainda hoje se repete tragicamente em muitas famílias de refugiados descartados e inermes. Como os Magos, as famílias são convidadas a contemplar o Menino com sua Mãe, a prostrar-se e adorá-Lo” (AL - 30).

Sabemos, ainda, que o Senhor “olhou para as mulheres e os homens que encontrou com amor e ternura, acompanhando os seus passos com verdade, paciência e misericórdia, ao anunciar as exigências do Reino de Deus” (AL - 60)

Por isso, é muito simples a pergunta que temos de colocar a nós próprios no início de mais um ano nas nossas vidas: quero ser Rei Mago ou Herodes? Quero ver o Menino Jesus, contemplar o seu rosto e dar graças pela minha Fé? Ou, pelo contrário, vou ser como Herodes e procurarei a todo o custo eliminar a presença de Deus nas minha

obras? Que caminho quero seguir? Que rosto me espera amanhã?

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O R AÇÃO

Nesta última semana, a nossa oração irá ao encontro da esperança que nasceu no nosso coração ao longo do Advento. O ano civil está a

começar, por isso, eis uma excelente altura para recomeçarmos:

☟agradecemos a Deus todas as Graças que nos têm sido concedidas;

☟pedimos perdão pelas nossas faltas;

Pai-Nosso e Avé Maria;☟

Por fim, fazemos com fervor a oração tradicionalmente atribuída a S. Francisco e com a qual o Bispo D.Anacleto

termina a sua Carta Pastoral “Eu vim para servir":

“Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz.Onde há ódio, que eu leve o Amor;

Onde há ofensa, que eu leve o Perdão;Onde há discórdia, que eu leve a União;

Onde há dúvida, que eu leve a Fé.Onde há erro, que eu leve a Verdade;

Onde há desespero, que eu leve a Esperança;Onde há tristeza, que eu leve a Alegria;

Onde há trevas, que eu leve a Luz.Oh Mestre, fazei que eu procure menos

Ser consolado do que consolar;Ser compreendido do que compreender;

Ser amado do que amar.Porque é dando que se recebe;

É perdoando que se é perdoado;É morrendo que se ressuscita

Para a Vida Eterna.”

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amen

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ATITU D E I N D IVI D UAL E E M FA M Í LIA

O Papa Francisco escreve na Exortação pós-sinodal “sobre o amor na família” que “todos somos cha-mados a manter viva a tensão para algo mais além de nós mesmos e dos nossos limites” (AL - 325). No fundo, cada um de nós contém em si mesmo um Herodes e um Rei Mago. Naturalmente, a atitude que cada um de nós deve tomar é despertar para o amor ao longo do ano que agora começa, evitando as tentações a que estamos diariamente sujeitos e que nos afastam do caminho do Bem. Importante seria retermos no nosso coração as palavras do nosso Bispo na Carta Pastoral “Eu vim para servir": “[o amor] só se revela pela prática. E quanto mais se pratica mais cresce” (EVPS - 54).

No que concerne à vida da nossa família, fixa-mo-nos nas palavra do Santo Padre, que diz que “a história duma família está marcada por crises de todo o género, que são parte também da sua dramática beleza. É preciso ajudar a descobrir que uma crise superada não leva a uma relação menos intensa, mas a melhorar, sedimentar e maturar o vinho da união. Não se vive juntos para ser cada vez menos feliz, mas para aprender a ser feliz de maneira nova, a partir das possibilidades que abre uma nova etapa. Cada crise implica uma aprendizagem que permite incrementar a intensidade da vida comum", por isso, tomemos consciência das limitações da nossa família e, durante o ano que agora começa, alimentemos o Amor, a Misericórdia e o Perdão junto dos que nos

são mais queridos.

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P R E S É P I O E M CA SA

Colocar os Reis Magos e a Estrela de Belém no Presépio.

P R E S É P I O NA I G R E JA

Colocar os Reis Magos e a Estrela de Belém no Presépio.

ATITU D E E M CO M U N I DAD E

O início de um novo ano pode e deve ser encarado pela Comunidade Paroquial como um novo desafio, uma renovação. O Menino Jesus nasceu e com Ele também nós podemos renascer para uma comu-nidade que caminhou junta durante o Advento e que se preparou para viver com Fé todo o tempo do Natal. Por isso, deixemos de lado o que nos separa e tornemo-nos uma comunidade em que cada um de nós é uma estrela que guia os outros até Jesus.

CATEQ U E S E

Organizar e concretizar uma visita com o Menino Jesus aos doentes e idosos mais sós da Paróquia.

E S CO L A / E M RC

Realizar a campanha de solidariedade dos Reis, soli-citando a entrega de roupas, roupa de casa, toalhas, lençóis... para novamente ser distribuído por quem mais necessitar.

Se houver tempo e se existir uma instituição de idosos por perto, poderá ser efetuada uma visita a esse espaço preparando músicas, teatro, ou algo lúdico para passar um momento intergeracional de qualidade, de alegria e partilha de experiências.

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ANO PASTORAL2016/2017