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ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ELIZÂNGELA GLÓRIA CARDOSO
Formando jovens, autônomos, solidários e competentes.
ROTEIRO DE ESTUDOS Nº 01 - 4º BIMESTRE/2020
3ª SÉRIE
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
COMPONENTE CURRICULAR/DISCIPLINA: Geografia
PROFESSOR (a): Ednei Oliveira e Léia Prates TURMA: 33.01 a 33.07
CRONOGRAMA
Período de realização das atividades: 04/11/2020 a 14/11/2020
Entrega das atividades:
Parte 1: 07/11/2020
Parte 2: 14/11/2020
CARGA HORÁRIA DAS ATIVIDADES: 02 aulas
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA DA ÁREA
Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades com a natureza
(produção, distribuição e consumo) e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à
proposição de alternativas que respeitem e promovam a consciência, a ética socioambiental e o
consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.
HABILIDADE/OBJETIVO DA ATIVIDADE
(EM13CHS302) Analisar e avaliar criticamente os impactos econômicos e socioambientais de cadeias
produtivas ligadas à exploração de recursos naturais e às atividades agropecuárias em diferentes
ambientes e escalas de análise, considerando o modo de vida das populações locais – entre elas as
indígenas, quilombolas e demais comunidades tradicionais –, suas práticas agroextrativistas e o
compromisso com a sustentabilidade.
ESTUDO ORIENTADO
● O(a) estudante deve fazer a leitura cuidadosa dos textos deste roteiro de estudos.
● Realizadas as leituras, deve-se proceder à resolução das atividadesavaliativas.
● Tendo dificuldades, orienta-se buscar solução para as dúvidas através do grupo de WhatsApp de
Ciências Humanas no dia apropriado(quinta-feira).
● Após sanadas as dúvidas, deve o(a) estudante encaminhar as atividades respondidas ao
professor através do formulário Google Forms, disponibilizado no roteiro dasemana.
● Os formulários do Google Forms serão desativados para recebimento de respostas assim que o
prazo para envio estiverencerrado.
● A nota do terceiro bimestre será fechada através da análise que o professor fará sobreo
desempenho do(a) estudante no que diz respeito aos itens elencados nestas orientações de
estudo.
OBJETO DE CONHECIMENTO/CONTEÚDO (Conforme Guia de Aprendizagem 3º bimestre):
Parte 1: 04/11/2020 a 07/11/2020
Distribuição e crescimento da população mundial
Parte 2: 09/11/2020 a 14/11/2020
• Fontes alternativas de energia.
AVALIAÇÃO
O(a) estudante será avaliado(a) através da observação, por parte do professor, de sua participação no
grupo de WhatsApp apresentando dúvidas ou contribuições. Também, por meio da resolução da
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atividade e envio das respostas via Google Forms, no decorrer de cada semana. Assim, prevalecerá a
avaliação interdimensional, observando a prática do exercício do protagonismo e dos 4(quatro) pilares
da educação: Aprender a Ser, a Fazer, a Conhecer e a Conviver).
BONS ESTUDOS!
Parte 1: 04/11/2020 a 07/11/2020
Parte 01- DISTRIBUIÇÃO E CRESCIMENTO DA POPULAÇAO MUNDIAL
Distribuição da População Mundial
A distribuição de habitantes pelo globo terrestre apresenta características de desigualdade, com zonas de
vazios e zonas de concentração de população.
A população do mundo se distribui de forma irregular sobre a superfície da Terra. A densidade
demográfica varia enormemente segundo os continentes, nos diferentes países e até mesmo dentro de um
mesmo país. No mundo existem grandes vazios e grandes concentrações populacionais.
Os grandes focos de povoamento mundial
Mais da metade da população mundial se concentra em uma superfície pouco maior que 10% do nosso
planeta. Esses espaços, relativamente reduzidos, abrigam desde cerca de 100 milhões até mais de 1 bilhão
de habitantes.
Os focos de povoamento distribuem-se de forma irregular pelos continentes, como se observa abaixo:
Ásia – parte oriental (China, Japão), sul (índia) e sudeste (Indonésia) – 60% da população mundial;
Europa – o conjunto ocidental;
África – regiões do golfo da Guiné (Nigéria, Gana) e vale do rio Nilo (cidade do Cairo);
América do Norte – região dos grandes lagos e a costa leste.
América do Sul – sudeste do Brasil.
O continente mais populoso é o asiático, com mais de 4,5 bilhões de habitantes – cerca de 60% da população
mundial. Quer dizer que, em cada 10 habitantes da Terra, mais de 6 pessoas vivem na Ásia. No entanto, sua
densidade demográfica é de 82 hab./ km2, pouco superior à da Europa, que é de 72 hab./km2.
O que acontece é que, enquanto a Europa é o continente de povoamento mais uniforme, com predomínio de
grandes cidades em quase todo o território, a Ásia possui extensas regiões praticamente despovoadas, como
a Sibéria, o Tibete e a península Arábica, ao lado de altíssimas concentrações humanas, como as cidades de
Pequim, Xangai, Tianjin (China), Mumbai (ex-Bombaim), Calcutá (índia), Seul (Coréia do Sul) e Jacarta
(Indonésia).
Os países mais populosos do mundo em 2019 (Estimativa).
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Fatores que interferem na distribuição da população
Há vários fatores que interferem diretamente na distribuição da população no espaço geográfico, tornando-a
irregular.
A polarização econômica, estimulada pelo desenvolvimento tecnológico e pelos investimentos de capitais é o
principal desses fatores. Entretanto, as condições físicas do meio – os elementos ligados às circunstâncias da
natureza – ainda exercem influência na fixação de grande parte da população mundial, principalmente
daquela que não se apropriou dos benefícios do avanço tecnológico.
Fatores naturais
Quando se observa a superfície geral do globo, em especial a das terras emersas, nota-se uma grande
variedade de paisagens naturais, com grande diversidade de aspectos para o relevo, hidrografia, condições
climáticas, vegetação e tipos de solos.
Essas condições têm sido, no tempo histórico e tecnológico, de grande influência na distribuição demográfica
pelo espaço, principalmente quando o homem precisa dessas condições para se proteger e desenvolver sua
atividade econômica, numa dependência maior em relação à natureza.
Em função da diversidade de paisagens na natureza e de aspectos gerais que exercem influência na
distribuição da população, chamamos de ecúmenas as áreas que apresentam condições naturais favoráveis
à fixação demográfica. É o caso dos vales férteis, deltas fluviais, regiões litorâneas, baixos planaltos e baixas
planícies – áreas historicamente disputadas pelo homem.
As regiões que apresentam condições naturais desfavoráveis à fixação populacional são
denominadas anecúmenas. Na maioria dos casos são áreas que não oferecem condições satisfatórias à
sobrevivência do homem. Grupos humanos que nelas habitam são, em geral, pequenos e estão
historicamente adaptados às condições inóspitas do meio natural. Sua sobrevivência depende diretamente do
conhecimento prático da natureza e de um grande submetimento às suas regras. Situam-se, principalmente,
nas altas latitudes (regiões polares e subpolares), nas grandes altitudes (altas montanhas), nas zonas
desérticas e pântanos.
Mas, dependendo do grau de desenvolvimento tecnológico alcançado por uma população, os desertos e os
pântanos já não oferecem um obstáculo significativo à ocupação territorial. Podemos observar práticas de
irrigação em regiões desérticas, como as que ocorrem nos EUA e Israel. O que no passado era uma
dificuldade passou a ser uma possibilidade.
Regiões pantanosas têm sido recuperadas economicamente com a intervenção tecnológica através de
sistemas sofisticados de drenagem. Um dos exemplos mais significativos nesse setor é a Holanda, com a
construção de diques que barram o avanço do mar em trechos baixos de seu território, conquistando os
espaços denominados polders. Essas regiões passaram a ser importantes zonas agrícolas para o país, além
de aumentarem a área territorial holandesa, com terras antes ocupadas pelo mar.
Por outro lado, com todo o avanço tecnológico atingido pelo homem, os extremos polares e as altas
montanhas ainda constituem barreiras significativas à fixação populacional.
O que fica evidente é que as desigualdades observadas na distribuição populacional do globo são, no
conjunto, uma decorrência das condições do meio natural e da evolução do processo histórico das atividades
do ser humano.
Fatores econômicos
O fator econômico é, sem dúvida, o grande agente de todo o arranjo demográfico. Ele interfere diretamente
nas condições de distribuição das populações pelo espaço, ora atraindo, ora repelindo.
Havendo interesse econômico, qualquer região do planeta pode se tornar viável. A partir daí, as necessidades
passam a desafiar a inventividade humana para a superação de qualquer dificuldade. Tudo passa a ser uma
questão de investimento de capital, tecnologia e tempo, a fim de se atingirem os objetivos propostos.
Não é por acaso que, na atualidade, as zonas mais densamente povoadas do nosso planeta são as que
possuem poderosa atividade industrial e forte crescimento urbano. Nessas regiões concentra-se o eixo dos
interesses econômicos, o que exerce forte atração demográfica.
Importante mencionar que na primeira metade do século XX a população rural do planeta era muito
expressiva. Com o processo de industrialização e mecanização rural, as populações do campo deslocaram-
se para os centros urbanos, provocando fortes adensamentos.
É nas zonas urbanas que predominam as atividades dos setores secundário (indústria e construção civil) e
terciário (comércio e serviços), disponibilizando empregos em períodos de crescimento econômico, criando
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demandas migratórias para esses centros, através do êxodo rural.
Por outro lado, em momentos de crise que atingem os setores econômicos ligados à produção urbana, esses
centros sofrem sobremaneira com o desemprego, o que gera muitas tensões decorrentes das grandes
massas marginalizadas.
Se as grandes concentrações urbanas são um fato relativamente recente, os problemas consequentes dessa
demanda ainda desafiam os planejadores, os políticos e os administradores públicos em todo o mundo, visto
que, com maior ou menor grau, estão presentes em todos os países do globo.
Por: Paulo Magno da Costa Torres
Envelhecimento populacional
O envelhecimento populacional está cada vez mais evidente nas estatísticas demográficas globais. A sua causa está atrelada à diminuição da natalidade e à elevação da expectativa de vida. O maior porcentual de idosos em uma população resulta em consequências sociais e econômicas, que devem ser amenizadas
pelos países por meio de políticas públicas.
O Brasil vivencia esse processo de envelhecimento desde o século passado. Porém, nos últimos anos,
o crescimento da população de idosos no país é cada vez maior. Esse cenário remete ao vivenciado no restante do globo, com destaque para a Europa, onde os países enfrentam problemas resultantes de uma
população muito envelhecida.
Causas do envelhecimento populacional
O envelhecimento populacional é um fenômeno demográfico cada vez mais presente, já que a principal
tendência quando se trata da população mundial é o aumento do número absoluto e relativo de idosos
nos índices populacionais. Esse cenário já é uma realidade em várias nações do globo, em especial nas
mais desenvolvidas economicamente, onde a proporção de pessoas com mais de 60 anos em relação à
população total é muito representativa.
De maneira geral, há um conjunto de fatores que explica o aumento da população idosa. Em primeiro lugar,
há uma redução da taxa de natalidade. Nas últimas décadas, as mulheres vêm tendo um menor número de
filhos. Entre as razões para essa decisão, estão o melhor acesso à saúde, as políticas de planejamento
familiar, a utilização de métodos contraceptivos, bem como a maior qualificação e participação da mulher no
mercado de trabalho.
Por sua vez, a taxa de mortalidade apresentou uma queda importante nos últimos anos. Os avanços da
medicina acompanhados do desenvolvimento de novos medicamentos, assim como a implementação e
ampliação de políticas públicas de saúde, contribuíram diretamente para a sistemática queda da mortalidade
em diferentes países. Logo, com a diminuição do número de mortes, as pessoas passaram a viver mais.
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Os avanços na medicina possibilitaram uma menor taxa de mortalidade e um aumento da expectativa de vida.
Sendo assim, houve um grande crescimento da chamada expectativa de vida, ou seja, a idade aproximada
que um indivíduo poderá viver. Desse modo, as melhorias nas condições de vida e saúde, assim como a
redução da taxa de natalidade e de mortalidade possibilitaram que as pessoas permaneçam vivas por um
maior período de tempo. A junção desses fatores possibilitou então um cenário de envelhecimento da
população, já que há menos nascimentos e mortes e as pessoas vivem cada vez mais anos.
Consequências do envelhecimento populacional
A principal consequência do envelhecimento populacional está atrelada à redução da chamada População
Economicamente Ativa (PEA), ou seja, o número de pessoas que possuem condições de trabalhar e que
contribuem para o sistema previdenciário local. Por meio do envelhecimento da população, há uma redução
da mão de obra disponível para trabalho e ainda uma maior pressão sobre o sistema previdenciário,
que carece de contribuições da população economicamente ativa para pagar aposentadorias e pensões.
Já no que toca às questões diretamente sociais, o envelhecimento populacional requer dos governos ações
de saúde pública que propiciem uma qualidade de vida para as populações idosas. A oferta de programas de
saúde da família, criação de casas de acolhimento para idosos e projetos de acompanhamento específico
para a terceira idade são ações necessárias para essa parcela da população. Logo, há necessidade de
maiores investimentos nos sistemas de saúde, o que demanda maiores gastos do poder público.
Envelhecimento populacional no Brasil
Conforme o documento Brasil em Síntese|1|, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o
Brasil vivencia um processo de envelhecimento da população. Essa afirmação está embasada nos
dados demográficos apresentados pelo país nos últimos anos. A taxa de natalidade, por exemplo, sofreu uma
queda significativa, passando de 18,15 por mil/hab, no ano de 2005, para
14,16 por mil/hab em 2015. Já a taxa de mortalidade também caiu, de 6,20 por mil/hab em 2005 para 6,08 por
mil/hab em 2015. Por sua vez, a esperança de vida entre os anos de 2005 e 2015 aumentou, passando de
71,99 para 75,44 anos.
Os dados mais recentes só comprovam o aumento da população com mais de 60 anos no Brasil. Porém,
esse movimento não é atual, mas sim indica uma tendência iniciada com a queda da taxa de fecundidade
no país, que começou em meados dos anos 1960. O processo de saída da população do campo para a
cidade, chamado de êxodo rural, contribuiu para o aumento das cidades e a urbanização do país. Assim, as
famílias se instalaram nas cidades em busca de emprego e renda. Nesse contexto muitas mulheres
começaram a estudar e trabalhar, além de terem acesso a melhores políticas de planejamento familiar,
cenário que resultou em uma diminuição do número de filhos por mulher. Além disso, o acesso à saúde foi
facilitado, melhorando a qualidade de vida da população, reduzindo o volume de mortes e propiciando o
crescimento da expectativa de vida da população brasileira..
Envelhecimento populacional no mundo
O envelhecimento das populações do globo não é um fenômeno novo, mas que vem sendo acentuado ao
longo do tempo. Dentre os motivos para o aumento da população de idosos no mundo, destaca-se a redução
da taxa de natalidade, que já é recorrente nos países desenvolvidos e que vem sendo cada vez mais
intensificada nos países em desenvolvimento. Além disso, esses países ditos em desenvolvimento registram
uma melhoria da qualidade de vida das pessoas, que resulta em um aumento da expectativa de vida. Esse
cenário já é realidade nos países desenvolvidos, e muitos deles já enfrentam ausência de mão de obra e
pressão nos sistemas previdenciários em razão do envelhecimento da sua população.
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A população de idosos vem crescendo a cada ano no mundo, o que indica a necessidade da criação de
políticas públicas voltadas para essa faixa etária.
De acordo com alguns dados expostos pela Organização das Nações Unidas (ONU)|2|, existe hoje no planeta
um maior número de pessoas com mais de 65 anos do que de pessoas com menos de 5 anos de idade.
A ONU alerta ainda que o crescimento da população idosa no globo será contínuo, e essa faixa etária
populacional representará uma porcentagem considerável da população total, em especial na América do
Norte e na Europa.
Envelhecimento populacional na Europa
O caso da Europa é emblemático, uma vez que a estrutura populacional desse continente é muito
envelhecida. Há um grande porcentual da população europeia com 60 anos ou mais, cenário que gera um
impacto econômico e social no continente. Os países europeus apresentam as menores taxas de
fecundidade do globo. Além disso, a Europa concentra países com alto grau de desenvolvimento e de
renda, indicadores que garantem uma elevada expectativa de vida para a sua população. São exemplos de
países europeus envelhecidos a Itália, a Alemanha e Portugal.
Soluções para o envelhecimento populacional
O envelhecimento populacional é motivo de preocupação em várias regiões do globo, com destaque para os
países desenvolvidos e algumas nações em desenvolvimento. O elevado número absoluto e relativo da
população com mais de 60 anos gera uma pressão sobre os sistemas econômicos e previdenciários locais,
evidenciando a necessidade de reformas e o incentivo ao aumento da natalidade.
Desse modo, alguns países, com destaque para os europeus, oferecem para as suas populações políticas
públicas de incentivo à natalidade. Essas políticas podem estar voltadas para o melhor acesso à educação
e saúde e, até mesmo, incentivos financeiros para que os casais tenham mais filhos.
Já no âmbito econômico, países buscam na maior qualificação profissional um incentivo para que os
profissionais locais continuem atuando mais tempo no mercado de trabalho. Além disso, a proposição
de reformas nos sistemas previdenciários, como o aumento da idade para a aposentadoria e do valor de
contribuição, podem diminuir a pressão sobre a rede de seguridade social local.
Por sua vez, uma solução polêmica, em especial na Europa, é o incentivo à migração. A oferta de emprego
e moradia para migrantes, assim como refugiados, pode ser uma saída para aumentar o volume da
população em idade economicamente ativa. Porém, essa medida esbarra na resistência da opinião pública
local, situação que pode ser vislumbrada por meio de atitudes xenofóbicas recorrentes nos países europeus.
O crescimento populacional no mundo
O ritmo do crescimento populacional no mundo está em constante declínio, sendo que a taxa atual é de 1,2%
ao ano. Porém, a população mundial continua aumentando e, em 2010, atingiu a marca de 6,9 bilhões de
habitantes
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O crescimento populacional no mundo é caracterizado como o aumento do número de habitantes no
planeta. Esse fenômeno é consequência do crescimento vegetativo, obtido através do saldo entre as taxas de
natalidade (nascimentos) e de mortalidade (mortes). Quando a taxa de natalidade é superior à taxa de
mortalidade, temos um crescimento vegetativo positivo, caso contrário, a taxa é negativa.
Somente no final do século XVII e início do século XVIII, o crescimento populacional no mundo se
intensificou, visto que antes desse período a expectativa de vida era muito baixa, fato que elevava as taxas
de mortalidade. Em 1930, a Terra era habitadas por cerca de 2 bilhões de pessoas e, em 1960, esse número
atingiu a marca de 3 bilhões, com média de crescimento populacional de 2% ao ano. Durante a década de
1980, a população mundial ultrapassou a marca de 5 bilhões de pessoas.
Atualmente, a taxa de crescimento populacional mundial, inferior a 1,2% ao ano, está em constante declínio.
Porém, a expectativa de vida está em ascensão em virtude dos avanços na medicina, saneamento ambiental,
maiores preocupações com a saúde, entre outros fatores. Sendo assim, o número de habitantes no mundo
continua aumentando.
De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Fundo de População das Nações Unidas (Fnuap),
a população mundial é de 6,908 bilhões de habitantes. Segundo estimativas da Organização das Nações
Unidas (ONU), o contingente populacional do planeta atingirá a marca de 9 bilhões de habitantes em 2050, ou
seja, um acréscimo de aproximadamente 2,1 milhões de habitantes, sendo a taxa de crescimento de 0,33%
ao ano.
É importante ressaltar que o aumento populacional ocorre de forma distinta conforme cada continente do
planeta. A África, por exemplo, registra crescimento populacional de 2,3% ao ano. A Europa, por sua vez,
apresenta taxa de 0,1% ao ano. América e Ásia possuem taxa de 1,1% ao ano e a Oceania, 1,3% ao ano. Por Wagner de Cerqueira e Francisco Graduado em Geografia Equipe Brasil Escola
Tipos de crescimento populacional
Para uma melhor compreensão sobre a dinâmica das populações, foram elaborados conceitos para medir a
forma como o número de habitantes aumenta no mundo e em locais específicos. Esse tipo de medição é
importante para ajudar na elaboração de políticas habitacionais, bem como para traçar metas futuras de
ações coletivas e individuais. Existem, assim, dois principais tipos de crescimento populacional: o crescimento
vegetativo ou natural e o crescimento absoluto.
O crescimento populacional pode ser entendido de diferentes formas
Para melhor compreender esses dois importantes termos, é importante revisarmos alguns conceitos básicos
de demografia, como a taxa de natalidade, a taxa de mortalidade e o saldo migratório.
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Taxa de natalidade, de mortalidade e salgo migratório
Taxa de natalidade: é a relação matemática entre o número de nascimentos em um ano em relação ao total
de habitantes de um determinado local. Essa relação é expressa para cada mil habitantes (‰ - por mil) e não
inclui aqueles que já nascem mortos (natimortos).
Exemplo: Em uma cidade, cuja população é de 20 mil pessoas, houve um registro de 150 nascidos vivos durante um ano. Qual é a taxa de natalidade?
Nascimentos anuais: 155 – População total: 20000
Taxa de natalidade (Tn) = nascimentos x 1000 nº de habitantes
Tn = 155 x 1000 20000 Tn = 7,75‰
Na cidade em questão, para cada 1000 pessoas, nasceram 7,75 crianças.
Taxa de mortalidade: representa o número de falecimentos durante o período de um ano para cada mil
habitantes. O cálculo é muito semelhante ao da taxa de natalidade. Veja:
Na mesma cidade do exemplo anterior, o número de falecimentos em um ano foi de 65 pessoas. Então, a
taxa de mortalidade é:
Taxa de mortalidade (Tm) = 65 x 1000 20000
Tm = 3,25‰
Nessa cidade, morreram 3,75 pessoas para cada mil habitantes.
Para saber mais sobre essas taxas, leia nosso texto específico: taxa de mortalidade e natalidade. Saldo migratório: é o resultado do número de imigrantes (pessoas que chegam) menos o número de emigrantes (pessoas que saem). Considerando a sequência dos exemplos anteriores, temos que na referida cidade houve uma saída de 500 pessoas e uma entrada de 1650 pessoas. Assim:
Saldo migratório (Sm) = imigrantes – emigrantes
Sm = 1650 – 500 → Sm = 1150
Portanto, nessa cidade, o saldo migratório foi positivo e totalizou 1150 habitantes. Crescimento vegetativo e absoluto Agora que já sabemos os conceitos acima, podemos entender melhor o crescimento vegetativo e o crescimento absoluto. O crescimento vegetativo representa a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade. É também chamado de crescimento natural. Já o crescimento absoluto é o número de nascimentos menos o
número de falecimentos somado ao saldo migratório, dividido pela população total, em porcentagem (%). Com base na cidade acima mencionada, vamos calcular o crescimento populacional vegetativo e absoluto:
Crescimento vegetativo = Tn – Tm
CV = 7,75 – 3,75
CV = 4‰
Crescimento absoluto = nascimentos – mortes + saldo migratório x 100 População Total
CA = 155 -75 + 1150 x 100 20000
CA = 6,15 %
Portanto, a taxa de crescimento vegetativo dessa cidade foi de 4 por mil e o crescimento absoluto foi de 6,15% durante o período de um ano.
Publicado por: Rodolfo F. Alves Pena
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/tipos-crescimento-populacional.htm
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Link da atividade:
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https://forms.gle/aYgDru2fAjXu7D3Z7
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Parte 2: 09/112020 a 14/11/2020
PARTE 02: DISTRIBUIÇÃO E CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO NO BRASIL
Distribuição da População Brasileira
Assim como no mundo, a população brasileira também se distribui de maneira irregular pelo território,
resguardadas as peculiaridades naturais, históricas e econômicas que cada região possui.
Os maiores adensamentos demográficos brasileiros estão localizados na fachada litorânea, principalmente
nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. O fato pode ser explicado principalmente por razões históricas,
econômicas e políticas.
Distribuição por regiões
A Região Nordeste foi a que primeiro recebeu do colonizador europeu o impacto do povoamento. Este
procurou aliar fatores estratégicos, como a proximidade geográfica com a metrópole e a topografia mais
acessível daquela região, especialmente da fachada litorânea, aos interesses econômicos da época, ou seja,
a atividade açucareira.
Com a competitividade do açúcar antilhano e do estimulante período minerador que se instalou em Minas
Gerais, o eixo de interesse se deslocou para o Sudeste. Isso provocou não apenas focos importantes de
povoamento nesta região, como também incentivou o povoamento em outros lugares, mais periféricos, em
função da necessidade de produção de alimentos para o abastecimento da zona aurífera.
Mais tarde, com a atividade cafeeira, o interesse econômico se fixou de forma determinante no Sudeste,
criando forte infraestrutura para o futuro desenvolvimento industrial.
Enfim, a região, provida de acumulação de capital e de demanda populacional, passou a ser o polo de
desenvolvimento do país.
Valores percentuais da população brasileira distribuída por regiões.
A Região Sul, das três, foi a que recebeu povoamento mais recente. Ainda no período colonial, as zonas de
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fronteira do Brasil meridional eram palco de confronto entre espanhóis e portugueses, tornando indefinido o
domínio de certas porções do território.
Foi no Brasil Império que se incentivou o povoamento da região, através de política imigratória. Tal estratégia,
além de definir a posse da terra, tornou-a produtiva, pois apesar das grandes dificuldades enfrentadas pelos
imigrantes europeus, foram eles os principais responsáveis pelo desenvolvimento da região, através das
atividades pastoris e, posteriormente, da indústria.
O conhecimento técnico do imigrante, aliado ao sistema familiar de produção artesanal, transformou
pequenas unidades agropastoris em verdadeiros embriões de industrialização verticalizada, aproveitando o
núcleo produtivo local para transformá-lo em indústrias bastante representativas na atualidade.
Exemplos típicos são os frigoríficos da região, as vinícolas, as metalúrgicas e as indústrias de móveis e de
calçados, na maioria ligadas à presença dos imigrantes alemães, italianos e eslavos.
As regiões Centro-Oeste e Norte são as que apresentam os maiores vazios demográficos. Distantes dos
eixos de interesse econômico, num país de extensão continental, com uma política exportadora de matérias-
primas e uma estrutura de transporte voltada para o setor rodoviário, portanto caro, é explicável o menor
povoamento das mesmas.
Se as condições naturais da Amazônia já foram consideradas, erroneamente, barreiras ao povoamento, hoje,
o movimento ambientalista se mobiliza para não permitir que ocorra no domínio da Floresta Amazônica o que
aconteceu com a Mata Atlântica, ou seja, o seu extermínio.
Idealiza-se, para a região, o desenvolvimento sustentado, o que cientificamente seria capaz de dar suporte
econômico às populações locais, sem causar prejuízo às fontes naturais que as provêm. O maior interesse
econômico na região reside nas atividades extrativas e agropastoris.
Já a Região Centro-Oeste, tanto pela proximidade em relação ao Sudeste como pela topografia tabular de
grande parte dos seus domínios tem atraído investimentos para as atividades agropastoris, principalmente
para a agricultura mecanizada. Tal situação tem colocado em risco um importante ecossistema brasileiro:
o cerrado. Porém, tem gerado divisas para o país, num impasse que historicamente se repete.
Distribuição por estados
Mesmo dentro das regiões mais populosas, alguns estados apresentam maior população que outros. É o
caso, por exemplo dos estados da Região Sudeste. São Paulo concentra mais de 40 milhões de habitantes,
Minas Gerais tem 20 milhões, o Rio de Janeiro, 16 milhões e o Espírito Santo abriga 3,8 milhões de
habitantes. Observe no mapa.
Distribuição da população entre os estados brasileiros
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As densidades populacionais
Para explorar melhor a relação existente entre a área territorial e o valor populacional, muitas vezes a
população absoluta não será uma boa referência, sendo necessário recorrer aos valores de densidade
populacional.
Os maiores valores de densidade populacional brasileira estão concentrados nas áreas litorâneas do país.
Densidade populacional brasileira.
Conclusão
O que se vê, portanto, é um Brasil com um visível contraste, fruto das dimensões históricas de seu
povoamento.
Na fachada litorânea temos adensamentos humanos que preocupam, principalmente pelos problemas de
diversas ordens deles decorrentes. Na região central, um grande vazio, com sérios desafios para o futuro,
principalmente se o seu povoamento se der de maneira desorganizada, em função de se tratar de dois dos
mais representativos ecossistemas terrestres: Floresta Amazônica e cerrado. Por: Renan Bardine
Crescimento da população brasileira
Mesmo com grandes índices populacionais, a população brasileira segue a tendência mundial de declínio da
taxa de crescimento.
Em razão do constante aumento populacional ocorrido no Brasil, principalmente a partir da década de 1960, intensificando-se nas últimas décadas, o país ocupa hoje a quinta posição dos países mais populosos do planeta, ficando atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia. De acordo com dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira atingiu a marca de 190.755.799 habitantes. O crescimento populacional de um determinado território ocorre através de dois fatores: a migração e o
crescimento vegetativo, esse último é a relação entre as taxas de natalidade e as de mortalidade. Quando a taxa de natalidade é maior que a de mortalidade, tem-se um crescimento vegetativo positivo; caso contrário, o crescimento é negativo; e quando as duas taxas são equivalentes, o crescimento vegetativo é nulo. No Brasil, o crescimento vegetativo é o principal responsável pelo aumento populacional, já que os fluxos
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migratórios ocorreram de forma mais intensa entre 1800 e 1950. Nesse período, a população brasileira totalizava 51.944,397 habitantes, bem longe dos atuais 190.755.799.
Tabela obtida a partir de informações do IBGE.
Nos últimos 50 anos houve uma explosão demográfica no território brasileiro, o país teve um aumento de
aproximadamente 130 milhões de pessoas. No curto período de 1991 a 2005, a população brasileira teve um
crescimento próximo a 38 milhões de indivíduos. No entanto, acompanhando uma tendência mundial, o
crescimento demográfico brasileiro vem sofrendo reduções nos últimos anos. A população continuará
aumentando, porém as porcentagens de crescimento estão despencando.
A urbanização, a queda da fecundidade da mulher, o planejamento familiar, a utilização de métodos de
prevenção à gravidez, a mudança ideológica da população são todos fatores que contribuem para a redução
do crescimento populacional.
Nos anos de 1960, as mulheres brasileiras tinham uma média de 6,3 filhos, atualmente essa média é de 2,3
filhos, que está abaixo da média mundial, que é de 2,6.
Conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2050, a população
brasileira será de aproximadamente 259,8 milhões de pessoas, nesse mesmo ano a taxa de crescimento
vegetativo será de 0,24, bem diferente da década de 1950, que apresentou taxa de crescimento vegetativo
positivo de 2,40%.
Apesar dessa queda brusca no crescimento vegetativo, a população brasileira não irá reduzir rapidamente,
pois a expectativa de vida está aumentando, em virtude do desenvolvimento de novas tecnologias medicinais,
além de cuidados e preocupação com a saúde, o que não ocorria com tanta frequência nas décadas
anteriores. Ocorrerá, sim, o envelhecimento da população. Por Wagner de Cerqueira e Francisco Graduado em Geografia
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/o-crescimento-da-populacao-brasileira.htm
Crescimento da população brasileira
O primeiro censo demográfico brasileiro ocorreu em 1872, a execução desse tipo de trabalho é de extrema
importância para compreender a evolução da população, além disso, é a partir da análise dos dados
coletados que são desenvolvidos todos os projetos e suas execuções por parte do poder público.
Entender e ter conhecimento da configuração e características da população é indispensável para que o
governo possa assim destinar os serviços públicos que são realmente necessários (saúde, habitação,
educação, alimentação e segurança). Por exemplo: se um prefeito não tem conhecimento de que a população
de sua cidade é composta, em sua maioria, por adultos e idosos ele poderá investir verbas construindo várias
escolas, creches, clubes, deixando de investir no que realmente seria necessário à população.
No primeiro censo demográfico (1872) constatou-se que a população daquela época era de 10 milhões de
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habitantes, mais tarde, em 1900 o número de habitantes saltou para 17,4 milhões e em 1940 atingiu 41,2
milhões de pessoas. No século XX, o número de pessoas no Brasil aumentou em cinco vezes o seu total.
A partir disso ocorreu uma crescente, em 1970 já eram 93 milhões, 1980 a população era de 119 milhões, em
1991 atingiu 146,8 milhões e nos primeiros anos de 2.000 já havia alcançado o elevado número de 165,7
milhões de habitantes. Atualmente (2011), o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking dos países mais
populosos do mundo, totalizando 190.755.799 habitantes.
O intenso crescimento brasileiro se deve, sobretudo da cultura de famílias com um grande número de filhos,
dos fluxos migratórios que ocorreram ao longo do processo de povoamento do país, a melhoria das
condições médico-sanitárias, além da criação de vacinas e métodos de tratamento de doenças.
Porém, esse grande crescimento populacional desacelerou na década de 1970, pois a partir desse momento
houve uma modificação nesse processo decorrente de vários fatores, entre eles se destacam: o fluxo de
pessoas da zona rural para as cidades, fato que favorecia o aumento nos custos de sobrevivência, o acesso
aos métodos anticoncepcionais.
Esse período marcou também uma nova realidade da mulher brasileira, pois muitas deixaram apenas de
cuidar dos serviços domésticos para se tornarem profissionais e começaram a trabalhar fora, ajudando no
orçamento da casa, tais mudanças fizeram que essas não tivessem tanto tempo para ter muitos filhos,
passaram a considerar os altos custos para a criação e educação dos mesmos.
Ao passo que a população diminuía o seu crescimento e ficava mais velha, ocorriam no campo informacional
descobertas científicas que favoreceram o controle de natalidade, melhoria na qualidade de vida, aumento na
expectativa vida e acesso a vacinas e tratamentos médicos.
Brasil, um país populoso.
Publicado por: Wagner de Cerqueira e Francisco
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/crescimento-populacao-brasileira.htm
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Link da atividade:
https://forms.gle/7xW9XnWUiKpz3vcaA
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Assista aos vídeos nos links abaixo:
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https://www.youtube.com/watch?v=Q_EcJ5mFOSA
https://www.youtube.com/watch?v=VShTFsD0UWQ
https://www.youtube.com/watch?v=Bd0VgeVgGkI