rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

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1 rotas & aventuras ROTA DA PRIMAVERA DAS MONTANHAS MÁGICAS ® arte de viver nas montanhas mágicas ® Ideias & Projetos TURISMO NO ESPAÇO RURAL agenda BECKFEST 7 Concelhos nos trilhos da Aventura! entrevista THOMAS HANSSON Presidente da Europarc Federation AROUCA | CASTELO DE PAIVA | CASTRO DAIRE | CINFÃES | SÃO PEDRO DO SUL | SEVER DO VOUGA | VALE DE CAMBRA TRIMESTRAL N.º9 | PRIMAVERA 2014 © José Carlos Brito Montemuro, Arada e Gralheira em destaque CARTA EUROPEIA DE TURISMO SUSTENTÁVEL das Montanhas Mágicas

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rotas & aventurasROTA DA PRIMAVERA DASMONTANHAS MÁGICAS®

arte de viver nas montanhas mágicas®

Ideias & ProjetosTURISMO NO ESPAÇO RURAL

agendaBECKFEST7 Concelhos nos trilhos da Aventura!

entrevistaTHOMAS HANSSON

Presidente da Europarc Federation

AROUCA | CASTELO DE PAIVA | CASTRO DAIRE | CINFÃES | SÃO PEDRO DO SUL | SEVER DO VOUGA | VALE DE CAMBRA

TRIMESTRAL N.º9 | PRIMAVERA 2014

© J

osé

Car

los

Bri

to

Montemuro, Arada e Gralheira

em destaqueCARTA EUROPEIA DE TURISMO SUSTENTÁVEL

das Montanhas Mágicas

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UNIÃO EUROPEIA

Fundo Europeu deDesenvolvimento Regional

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editorialFICHA TÉCNICA

PropriedadeADRIMAGPraça Brandão Vasconcelos, 104540-110 AROUCATelef.: +351 256 940 350Fax: +351 256 940 359E.mail: [email protected]: www.adrimag.com.pt

Direção EditorialJoão Carlos Pinho

CoordenaçãoCarminda Gonçalves

RedaçãoAna TeixeiraCarminda GonçalvesMafalda Brandão

Colaboração permanenteMunicípio de AroucaMunicípio de Castelo de PaivaMunicípio de Castro DaireMunicípio de CinfãesMunicípio de S. Pedro do SulMunicípio de Sever do VougaMunicípio de Vale de Cambra

Colaboração especial nesta ediçãoDaniela RochaHelena CaetanoJoão RodriguesJosé Carlos BritoManuel NunesRicardo NevesThomas Hansson

FotografiaADRIMAGCarlos Teixeira, Carminda Gonçalves,Daniela Rocha, Helena Caetano,Ingrid Quiroga, João RodriguesJorge Nunes, José Carlos Callixto,Luís Costa, Ricardo Neves,e Susana Freitas

Revisão ortográfica e traduçãoFátima Rodrigues

Design Gráfico e PaginaçãoM. Vide & Irmão, Lda

ImpressãoM. Vide & Irmão, Lda

PeriodicidadeTrimestral

DistribuiçãoGratuita

Tiragem2.000 exemplares

Depósito legal326348/11

O MAGazine Montanhas Mágicas está

de volta. A magia das montanhas está de

volta.

As Montanhas Mágicas voltam ao seu

convívio. Após um interregno de alguns

meses a revista das Montanhas Mágicas

está de volta aos leitores. Após oito edições,

sentiu-se a necessidade de proceder a algu-

mas alterações editoriais e, ainda, à renova-

ção da imagem. Esperamos ir ao encontro

das vossas preferências e que as alterações

introduzidas sejam do vosso inteiro agrado.

A Carta Europeia de Turismo Sustentáv-

el foi atribuída ao território das Montanhas

Mágicas, pela Federação Europarc. A di-

reção da ADRIMAG recebeu, em novembro

de 2013, numa cerimónia realizada no Par-

lamento Europeu, em Bruxelas, o galardão

que reconhece que o território dos sete

municípios defende e protege a natureza

e promove um turismo sustentável, com

qualidades ímpares.

Obter o reconhecimento das entidades

europeias, em matéria de preservação e

proteção foi apenas o primeiro passo, pois

o merecimento e a continuidade depen-

dem de todos. O esforço conjunto dos

residentes, dos autarcas, dos empresários,

dos parceiros e promotores do turismo será

a base e o alicerce da projeção das Mon-

tanhas Mágicas como um destino turístico

de excelência no futuro.

A comunicação será, assim, fundamen-

tal para levar ao conhecimento de todos as

qualidades diferenciadoras deste território

ao nível da paisagem, da fauna, da flora,

da qualidade das águas e, mais importante,

da hospitalidade das suas gentes. A revista

das Montanhas Mágicas dá, assim, o seu

contributo para a divulgação desta região

apresentando novas rotas e locais de visi-

tação, novos espaços de alojamento e uma

vasta lista de eventos que o convidam a si,

caro leitor, a visitar e a sentir a magia destas

montanhas.

Visite, saboreie, descanse e divirta-se

nas MONTANHAS MÁGICAS.

Boa leitura e até à próxima edição da

revista, no verão.

João Carlos Pinho

The Magic Mountains MAGazine is back.

The magic of the mountains is back. The

Magic Mountains return to your living. After

a few months break, the Magic Mountains

magazine is back to the readers. After eight

editions, we felt the need for some editorial

changes and also the renewal of the image.

We hope to fulfill your preferences and that

the changes are of your entire satisfaction.

The European Charter for Sustainable

Tourism was awarded to the territory of

Magic Mountains, by the Europarc Federa-

tion. The board of ADRIMAG, last November

in a ceremony at the European Parliament

in Brussels, received the award that recog-

nizes this territory of seven municipalities

as a territory that defends and protects na-

ture and promotes sustainable tourism with

unique qualities.

Achieve the recognition of the European

institutions in the field of preservation and

protection was only the first step, since the

merit and continuity depend on everyone.

The combined efforts of inhabitants, may-

ors, entrepreneurs, partners and promoters

of tourism are the basis and foundation of

the projection of the Magic Mountains as a

prime tourist destination in the future.

Therefore, the communication will be

crucial in bringing the attention to all the

differentiating qualities of this area in terms

of landscape, fauna, flora, water quality,

and more importantly, the hospitality of its

people. The magazine of Magic Mountains

gives, thus, its contribution to the dissemi-

nation of this region presenting new routes

and places of visitation, new areas of ac-

commodation and a wide range of events

that invite you, dear reader, to visit and feel

the magic of these mountains.

Visit, enjoy, relax and have fun at the

MAGIC MOUNTAINS.

Good reading and until the next issue of

the magazine, in the summer.

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agenda

montanhas mágicas®

em focoPORTFÓLIO JOSÉ BRITO

emdestaqueCARTA EUROPEIA DETURISMO SUSTENTÁVELDAS MONTANHAS MÁGICAS

atualidades rotas &aventurasROTA DA PRIMAVERA,DAS MONTANHASMÁGICAS

SERRA DE S. MACÁRIOVIAGEM AO“JARDIM DA PENA”

arte deviver nas montanhas mágicas®

Ideias e ProjetosTURISMO NO ESPAÇORURAL

entrevistaTHOMAS HANSSONPresidente daEuroparc Federation

observatóriode turismo eambientePLANO DE GESTÃO ESALVAGUARDA DO VALEDO BESTANÇA

satélite culturalARTESANATO NASMONTANHAS MÁGICAS®Do domínio de saberesà inovação

“OS ÚLTIMOS ARTESÃOS DOVALE DO PAIVA”

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5

30

49 54

4442

12

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PORTFÓLIO José Brito

montanhas mágicas®

em foco

Não há hora nem local ideal para ob-

servar a beleza das montanhas. Poder-se-ia

dizer que é a qualquer hora, mas com a luz

certa no local certo, aquilo que seria apenas

uma imagem perante os nossos olhos pode

transformar-se em algo que fica guardado

na nossa memória. Poder tirar uma fotogra-

fia nesses momentos, é um bónus.

É isso que procuro quando deambulo

pelas serras da Freita e Arada. O ar frio da

montanha, o modo como o sol de Inver-

no faz com que tudo brilhe como ouro, a

nossa insignificância perante uma paisagem

montanhosa, são sensações que procuro

transmitir nas minhas imagens. Por muito

sucesso que tenha nesta missão, garanto

que não há nada como senti-lo na primeira

pessoa.

Neve no Planalto da Serra da FreitaJaneiro 2009

Ondas do Rio PaivaFevereiro 2010

There is no ideal time to observe the

beauty of the mountains. You could say

that it is anytime, but with the right light at

the right place, one simple picture before

our eyes can turn into something that will

remain in our memory. To be able to take

a photograph in these moments is a bonus.

This is what I search when I’m wande-

ring by the Freita and Arada mountains. The

cold air from the mountain, the way that

the winter sun makes everything shine like

gold, our insignificance before a mountai-

nous landscape, are sensations I try to con-

vey in my images. As many success I have

in this mission, I assure you there is nothing

like feeling it in the first person.

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Amanhecer Invernal na Serra da FreitaJaneiro 2012

Frecha da MizarelaMaio 2012

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Policromia - Serra da AradaMaio 2012

Luz Dourada - Serra da FreitaDezembro 2012

Vale de AroucaNovembro 2012

Bosque - Serra da FreitaJaneiro 2012

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Arouca

Casa das Pedras Parideiras gera impactossignificativos na economia local

O balanço do primeiro ano de funcionamento da Casa das Pe-

dras Parideiras (CPP) é francamente positivo, com mais de 30 000

visitantes dos quais 25% visualizaram o documentário 3D denomi-

nado «Pedras Parideiras - um tesouro Geológico».

Para além das receitas de bilheteira, o destaque vai para o volu-

me de vendas de produtos provenientes de produtores locais. Da

grande variedade de produtos que já oferece (mel, doçaria regional/

conventual, licores, compotas vinhos, artesanato e outros) no seu

espaço de promoção e comercialização, o produto mais procurado

foi a Broa de Abóbora, cujas vendas atingiram as 500 unidades em

2013.

A faturação da CPP cifrou-se na ordem dos 30 000 euros

(números de 2013), o que demonstra bem o contributo que presta

à dinâmica económica local, à sustentabilidade e à divulgação dos

produtos e serviços do Arouca Geopark.

Este espaço assume, assim, uma importância que vai além da

sua vocação didática, pedagógica e científica, enquanto Centro In-

terpretativo. É também um espaço que contribui significativamente

para a viabilidade económica e social, por via do apoio ao escoa-

mento da oferta de produtos e serviços do próprio território.

«O balanço que fazemos ao funcionamento da Casa das Pedras

Parideiras não podia ser mais positivo. Este espaço assume-se como

fundamental para a estratégia de desenvolvimento sustentável do

Arouca Geopark, conjugando a vertente interpretativa e pedagógica

com um contributo decisivo para a dinâmica económica local», afir-

ma Margarida Belém, presidente da Direção da AGA – Associação

Geo-parque Arouca.

Castelo de Paiva

Castelo de Paiva participa na Feira Internacional do Vinho Verde, no Grão Ducado doLuxemburgo

A Câmara de Castelo de Paiva, em colaboração com a Associa-

ção Comercial e Industrial e a Adega Verde, promoveu no primeiro

fim de semana de março, no Grão Ducado do Luxemburgo, a Feira

Internacional do Vinho Verde, uma iniciativa para dar a conhecer o

que de melhor se produz no sector vitícola, na Sub-Região do Paiva.

O evento, que decorreu nos dias 1 e 2 de março, no espaço

de congressos e exposições Halle Victor Hugo, contou com um

atualidades

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sua abundância relativa, dependem assim de um conjunto de práti-

cas de gestão, cujo declínio (ou incremento acentuado) afetará ne-

gativamente, de forma muito significativa, um ou ambos os habitats.

O projeto teve início em setembro de 2010 e terminou em

dezembro de 2013.

Mais informações em www.higro.org.

Cinfães

Vale de Papas,Aldeia do Colmo

O Curso de Arquitetura da Universidade Católica de Viseu, em

parceria com a Câmara Municipal, no âmbito da iniciativa Terra

Amada vai desenvolver uma ação de voluntariado/estaleiro-escola,

entre julho e agosto, na aldeia de Vale de Papas, em Ramires. Mais

de 50 estudantes de arquitetura e arquitetos estagi-ários, nacionais

e estrangeiros, sob a direção de mestres de obras e técnicos experi-

entes do setor vão levar a cabo obras de conservação e reabilitação

com vista a melhorar a qualidade de vida da população, conservar e

reabilitar o património material, imaterial e contribuir para o desen-

volvimento local.

Com base em mão de obra voluntária e com os materiais as-

segurados pelas empresas associadas, esta iniciativa prevê um con-

junto de intervenções que incluem a dotação de infraestruturas

básicas na aldeia (como água canalizada), a melhoria das condições

habitacionais (instalação de wc em 3 habitações), a conservação do

património arquitetónico (coberturas de colmo, eira comunitária,

etc.), a dotação de estruturas de desenvolvimento de atividades

económicas (atelier, queijaria tradicional, etc.) e a melhoria do es-

paço público.

Os elementos da Universidade Católica de Viseu responsáveis

pelo projeto têm efetuado algumas vistas de trabalho à aldeia, des-

locações acompanhadas pelo presidente do município de Cinfães e

técnicos da autarquia.

agradável programa cultural e recreativo, destacando-se na cerimó-

nia de abertura, a presença do presidente da autarquia paivense, as

jornadas gastronómicas e provas de vinhos.

Para Gonçalo Rocha “esta foi mais uma oportunidade de levar

o Vinho Verde junto da comunidade emigrante e promover um

produto de excelência”.

Com esta iniciativa, a Câmara de Castelo de Paiva dá continu-

idade à sua aposta de divulgação e ao trabalho de promoção da

marca “Foral de Paiva“, procurando evidenciar o que há de melhor

na agricultura local, onde o setor vitícola se apresenta num plano

superior, tentando assim, reforçar no estrangeiro, a imagem dos vi-

nhos verdes de qualidade produzidos no concelho.

Castro Daire

Projeto Higro - Ações demonstrativas para a conservação de habitats prioritários demontanha no Norte de Portugal – Serra deMontemuro (Castro Daire), Serra do Alvão e Serra de Arga

O projeto HIGRO consistiu em definir uma metodologia para a

recuperação e a conservação ativa de dois habitats prioritários da

Rede Natura 2000: urzais-tojais [4020 (*Charnecas húmidas atlân-

ticas temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix)] e cervunais higró-

filos [6230 (*Formações herbáceas de Nardus, ricas em espécies,

em substratos siliciosos das zonas montanas (e das zonas submon-

tanas da Europa continental)]. Para verificar quais os métodos que

melhor promovem a diversidade de plantas vasculares endémicas/

localizadas (e.g. Genista berberidea e Gentiana pneumonanthe) e

invertebrados ameaçados (e.g. Phengaris alcon), foram executadas

várias ações: controle da vegetação arbustiva e herbácea, restauro

da hidrologia natural, instalação de vedações amovíveis e promoção

do pastoreio de percurso.

Deste modo, pretendeu-se alcançar um equilíbrio vantajoso do

ponto de vista ecológico entre os dois habitats, de forma a man-

ter ou aumentar a sua área de ocupação total e, por conseguinte,

contribuir para a implementação da Rede Natura 2000 que visa a

conservação a longo prazo de espécies e habitats ameaçados na

União Europeia.

A presença dos dois habitats nestes mosaicos de vegetação, e a

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S. Pedro do Sul

Projeto “Floresta Segura” em 2014

Realizou-se no dia 28 de janeiro de 2014, pelas 15 horas, na Câ-

mara Municipal de S. Pedro do Sul a primeira reunião para arranque

do projeto, “Floresta Segura” em 2014 no município de S. Pedro do

Sul. Nesta reunião estiveram presentes, o presidente da Autarquia

Sampedrense Vítor Figueiredo, José Ferreira Presidente da Escola

Nacional de Bombeiros, Carlos Cruz da Proteção Civil do Municipio

de S. Pedro do Sul, Mónica Almeida do Gabinete Florestal da Au-

tarquia Sampedrense, José Requeijo, comandante do LBP, Coman-

dante de Moimenta da Beira, José Machado da GNR, entre outras

entidades.

Esta reunião abordou diversos temas tendo como primordial

objetivo traçar a implementação da “Floresta Segura” em 2014, no-

meadamente: reduzir o número de ignições de incêndios florestais

pela realização de queimas; envolver o GTF e juntas de freguesia no

processo; tentar ter a maior adesão possível por parte da popula-

ção rural que usa o fogo; a ENB também garante a presença de um

formador de combate a incêndios florestais nas ações; envolvim-

ento dos Corpos de Bombeiros do local onde se realizam as ações

para que esteja presente durante a realização das ações e se pos-

sível de Sapadores Florestais; deverão ser envolvidos ativamente, o

GTF e SMPC; articulação com Srs. Presidentes de junta; corpos de

Bombeiros locais; associações locais que possam ser envolvidas. As

ações deverão ser levadas a cabo entre fevereiro e maio de 2014.

No dia 5 de abril será em Figueiredo de Alva; 12 de abril em Serrazes;

19 de abril Sul; 3 de maio em Pinho; 10 de maio em Santa Cruz da

Trapa, todas estas ações realizam-se nas juntas de freguesia pelas

14h30m e terão uma parte teórica e outra prática.

Sever do Vouga

Lançamento oficial do website e do livro de apoio “Genius Locci”

No passado dia 18 de outubro, nas instalações da Biblioteca

Municipal, foram lançados oficialmente o site interativo e o livro de

suporte “Genius Loci – O Espírito do Lugar”.

Trata-se de um site que congrega de forma interativa e dinâmi-

ca, em multiplataforma, todos os patrimónios do concelho, desde

o património arqueológico, ao arquitetónico, passando pelo ima-

terial, com diversos suportes documentais (textos, mapas, fotogra-

fias e imagens). Considerado um projeto inovador, traduz-se numa

ferramenta de inventariação e de gestão do património histórico/

arqueológico e cultural de Sever do Vouga. Por agregar várias mul-

tifuncionalidades, permitindo o acesso a todos os públicos, tornan-

do-se num suporte de divulgação e de promoção do concelho de

Sever do Vouga. É o resultado de uma candidatura que o município

de Sever do Vouga submeteu ao Programa PRODER- Subprograma

3, Medida 3.2.1. – conservação e valorização do património rural,

através da ADRIMAG, Associação de Desenvolvimento Rural Inte-

grado das Serras de Montemuro Arada e Gralheira.

Para ter acesso ao site, basta aceder aos seguintes links:

severdovougageniusloci.pt ou www.geniuslocci.pt/public

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Vale de Cambra

Foi há 500 anos - Vale de Cambra celebra a atribuição do Foral Manuelino

Foi há 500 anos que D. Manuel, o Venturoso, entregou o Foral às Terras de Cambra. No dia 10 de fevereiro’14, a semana começou em

festa e decorreram celebrações ao longo de todo o dia na Vila de Macieira de Cambra, com o programa realizado pela Câmara Municipal

em parceria com a Junta de Freguesia e o Agrupamento de Escolas de Búzio.

Corria 1514 e a terra, que se tornou concelho, sentiu-se reco-

nhecida e valorizada, em suma, uma mais-valia para a Coroa.

No Presente, assinalou-se o ato com música ambiente e ban-

deiras no centro de Macieira de Cambra, o berço do Concelho.

Para mostrar aos mais novos a importância histórica da atri-

buição do Foral, Câmara e Junta de Freguesia promoveram, no

Centro Cultural, uma recriação da assinatura pela Companhia Vivar-

te que contou também com a colaboração e figuração da EB1 da

Praça.

As crianças das escolas desfilaram no centro da Vila, deposita-

ram a coroa de flores do Pelourinho e, algumas, ainda assistiram à

sessão solene que encheu o Salão Nobre da junta de freguesia.

José Pinheiro e João Costa, Presidentes de Câmara e de Junta

de Freguesia, respetivamente, descerraram uma pedra simbólica

que formaliza a passagem deste aniversário.

No Museu Municipal está patente até finais de abril, a exposição

“Caaymbra” – sobre os factos históricos do Foral de Cambra - e

onde pode saber tudo sobre o contexto e o desenrolar de acon-

tecimentos no país, enquanto Cambra via ser-lhe atribuído este es-

tatuto.

Os alunos do curso de Mesa e Bar da Escola Secundária de Vale

de Cambra / Agrupamento de Escolas de Búzio serviram um almoço

medievo-renascentista com referências e inspirações nas comidas e

bebidas de outrora.O dia 10 de fevereiro foi e será sempre de festa porque é uma

data histórica que nos enche a todos de orgulho!

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rota da primavera dasmontanhas mágicasTEXTO: Carminda Gonçalves, Daniela Rocha e Ricardo NevesFOTOGRAFIAS: Arquivo da ADRIMAG

rotas & aventuras

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routes & adventures

spring route of themagic mountains

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Nas Montanhas Mágicas a primavera é isso mesmo, mágica. A

Natureza desperta, com toda a energia do seu prolongado sono de

inverno, e oferece-nos paisagens únicas que vão do desabrochar

das flores da urze, do tojo e da carqueja, nos extensos cobertos

vegetais das serras da Freita, Arada e Montemuro, ao rebentar das

árvores e à sua transformação em frondosos bosques e florestas,

tudo isto numa verdadeira “explosão” de cores.

Esta é uma enorme dádiva da Natureza, na estação primaveril,

mas há outras: as temperaturas amenas e os dias mais longos e sola-

rengos, o chilrear das aves, o verde dos prados, o cintilar da água das

levadas e o deslumbre das cascatas que, alimentadas pelas chuvas

do inverno, se exibem majestosas, os rios que seguem caudalosos

e que convidam à prática de rafting, ou os caminhos de montanha

que se apresentam mais belos e convidativos a longas caminhadas.

Também os geossítos das Montanhas Mágicas têm muito para nos

contar. Descubra as histórias que nos revelam e que nos ajudam a

compreender este território verdadeiramente encantador.

É por tudo isto que consideramos a primavera a estação de ex-

celência das Montanhas Mágicas, a altura ideal para percorrer a Rota

da Primavera, a qual constitui um convite à descoberta das serras da

Freita, Arada e Montemuro. É uma rota para fazer ao seu ritmo, e por

isso, tanto pode fazê-la em dois dias, como levar uma semana, ou

mais, a concluí-la, tudo depende dos locais que visitar e do tempo

que dedicar a cada um deles.

Comece a Rota da Primavera numa das vilas ou cidades, “por-

tas de entrada” das Montanhas Mágicas: Arouca, Vale de Cambra,

S. Pedro do Sul, Sever do Vouga, Castro Daire, Cinfães ou Castelo

de Paiva. Tratam-se das sedes de concelho que se situam em áreas

privilegiadas em torno dos maciços de Montemuro e Gralheira,

constituindo espaços de acolhimento e de passagem para estes es-

paços naturais. Antes de partir à descoberta das montanhas visite

estas vilas e cidades e explore um pouco mais da sua História, visite

os seus museus e monumentos, e passeie pelos seus parques e jar-

dins.

At the Magic Mountains, Spring is just that, magic. Nature awa-

kens, with all the energy of its long winter sleep, and offers us unique

landscapes with the heather flower, furze and gorse blossoming, in

a long vegetation mantle of Freita, Arada and Montemuro’s Moun-

tains, the burst from the trees and their transformation into leafy

woods and forests, all in a real “blast “ of colors.

This is a huge gift of Nature, in the spring season, but there are

others: the mild temperatures and longer sunny days, chirping birds,

green meadows, the sparkling watercourses, the amazing waterfalls

that fed by winter rains are majestically exhibited, large-flowing ri-

vers that follow and invite to do rafting and other adventure sports,

or the beautiful and inviting mountain paths that appeals to long

walks. The geossites of Magic Mountains have, as well, much to tell

us. Discover the stories that reveal and help us to understand this

truly enchanting territory.

For all these reasons we consider Spring the excellence sea-

son of Magic Mountains, ideal time to go through the Spring Route,

which is an invitation to discover the Mountains of Freita, Arada and

Montemuro. Do this route at your own pace, you can do either in

two days or take a week or more to complete it. It all depends on the

sites you visit and the time you devote to each.

Start the Spring Route in one of the villages or small villages,

known as gateways of the Magic Mountains: Arouca , Vale de Cam-

bra, S. Pedro do Sul , Sever do Vouga , Castro Daire , Cinfães or

Castelo de Paiva. These are the county seats which are located

in privileged areas around the Montemuro and Gralheira massive,

constituting spaces of reception and passage to these natural spa-

ces. Before heading out into the mountains you should visit the vil-

lages and small villages and explore a little more of its history, visit its

museums and monuments, and stroll through its parks and gardens.

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planalto da freitaUm espaço privilegiado do Arouca GeoparkA special area in the Arouca Geopark40°51’49.50”N | 8°17’8.50”W

O planalto da serra da Freita é ponto de visita obrigatório. Con-

temple o espetáculo colorido das suas paisagens, mas não fique

por aí. Esta serra tem muito mais para lhe oferecer. Tenha pre-

sente que grande parte do seu planalto está integrada no território

Arouca Geopark - www.geoparquearouca.com - e que a geologia

constitui um dos seus maiores atrativos. Geossítios como as “Pedras

Parideiras” e respetivo Centro de Interpretação - Casa das Pedras

Parideiras, o Miradouro da Frecha da Mizarela e as Pedras Boroas

formam um triângulo de visita recomendá-vel. Poderá ainda reali-

zar o PR15 - Viagem à Pré-História, percurso pedestre com 17 Km,

que lhe permite percorrer grande parte deste planalto e conhe-

cer também vestígios da sua ocupação humana desde o Neolítico.

aldeia da felgueiraTradições e gastronomia ímparesUnique traditions and gastronomy40°50’17.05”N | 8°17’42.05”W

Desça à Felgueira, Aldeia de Portugal®, localizada no município

de Vale de Cambra e passeie pelos seus caminhos empedrados con-

templando o verde da paisagem que a envolve. Os socalcos confe-

rem-lhe um enquadramento único, e o conjunto de espigueiros e ei-

ras acentuam ainda mais a sua tipicidade e ruralidade. Aproveite para

repor energias degustando um delicioso prato de vitela arouquesa

ou cabrito assado em forno a lenha, num dos restaurantes típicos

da aldeia.

Page 16: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

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lomba de arõesAldeia bela e peculiarLovely and peculiar village40°49’7.69”N | 8°15’50.50”W

Da aldeia da Felgueira parta em direção à Lomba de Arões, e

descubra porque é que a Lomba, além de ser uma aldeia típica mui-

to peculiar, é, simultaneamente, um sítio de interesse geológico.

Situada na encosta Sul da Serra da Freita, a aldeia da Lomba en-

contra-se encaixada e limitada por três falhas tectónicas, duas das

quais de direção NW-SE, que delimitam lateralmente a dita “lomba”

e uma de direção NE-SW, que fecha a “lomba”. Este enquadramento

tectónico confere elevada beleza à proeminência onde se estabe-

lece esta aldeia de xisto, refletindo a geologia local. Em volta da al-

deia surgem inúmeros socalcos. Do miradouro sobre a Lomba é,

ainda, possível observar-se as aldeias de Agualva, Carregal e Ma-

nhouce, e as ribeiras de Macieiras e Agualva, afluentes do rio Teixeira.

manhouceAldeia da água verde esmeraldaVillage of emerald green water40°49’22.12”N | 8°12’48.60”W

Da Lomba partimos para a Aldeia de Manhouce, localizada ainda

na vertente sul da serra da Freita, já no município de S. Pedro do Sul.

Manhouce é uma aldeia carregada de História e tradições que tam-

bém oferece espaços naturais de rara beleza, ao longo dos troços

sinuosos das ribeiras que dão origem ao acidentado rio Teixeira.

O verde-esmeralda dos seus poços e cascatas, combinado com a

frondosa vegetação que os envolve, são cenários que não vai querer

perder. Contacte uma das empresas de animação turística, locais,

para o acompanhar nesta visita.

O acaso poderá fazê-lo cruzar-se com Isabel Silvestre, pessoa

de uma simpatia sem limites, bem conhecida dos portugueses e

que se celebrizou, primeiro no Grupo de Cantares de Manhouce e

depois na voz feminina da música dos GNR – Uma pronúncia do

Norte.

Saindo de Manhouce apanhe a direção de Santa Cruz da Trapa

e, depois, de Carvalhais. Aqui pode visitar o Museu Rural e a Igreja

Matriz. Aproveite para repor energias experimentado os sabores e

aromas da gastronomia local.

bioparque e parqueflorestal do pisãoPrazer de conviver com a NaturezaThe pleasure to live closer to the Nature40°47’50.93”N | 8° 7’46.73”W

Após merecido descanso retome a rota na direção do Bioparque

e do Parque Florestal do Pisão, na vertente sul da serra da Arada. Aqui

pode passar algumas horas ou dias bem passados, dependendo do

tempo que tenha disponível. O parque dispõe de bungalows, casas

de montanhas, parque de campismo, área de jogos, uma belíssima

piscina descoberta, da qual pode usufruir na época balnear, uma an-

cestral carreira de moinhos, alguns deles em funcionamento, um ri-

beiro com lindas cascatas e um conjunto de atividades de desporto,

lazer e aventura que vão prender todas as suas atenções. Bem perto

pode também visitar o Castro da Cárcoda, importante monumento da

arqueologia local. Depois de sair do Bioparque siga a direção da Aldeia

da Pena e da serra da Arada. À medida que vai subindo a montanha,

assista a novo espetáculo de cor e contemple as magníficas paisagens

que lhe oferece a surpreendente sequência de serras e vales.

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17

s. macárioSerra do sol nascenteRising sun mountain40°52’31.99”N | 8° 3’52.72”W

Local belo e mítico, a serra de S. Macário é, simultaneamente,

um santuário de montanha e um sítio de interesse geológico e, por

isso, recebe, ao longo de todo o ano, visitantes das mais diversas

proveniências e com as mais diversas motivações. Descubra a lenda

de S. Macário, o eremita que, segundo a lenda, matou o próprio pai

e, contraditoriamente, se tornou santo. Todos os anos, no primeiro

fim de semana de agosto, realiza-se aqui a romaria em sua memória.

Muitos chegam na véspera e passam ali a noite para assistir a um inimi-

tável nascer do sol que fica na memória de quantos o experimentam.

Enquanto geossítio, o monte de S. Macário merece também uma

visita atenta. S. Macário localiza-se a 1052 metros de altitude e é um

geossítio de elevadíssimo interesse geomorfológico, integrante de

uma importante estrutura geológica portuguesa conhecida como o

Anticlinal de Valongo. Constitui um magnífico ponto de observação

da morfologia e paisagem da região oriental do Maciço da Gralheira.

Para Norte observa-se o vale do Paiva e a Serra de Montemuro. Para

Este destaca-se o contacto por falha com o maciço granítico de

Castro Daire, e, para Sul o vale do Vouga e as Serras da Estrela e

Caramulo.

penaAldeia de xisto, lendária e hospitaleiraThe legendary and welcoming schist village40°52’39.96”N | 8° 4’44.86”W

Após visita ao monte e ao santuário de S. Macário, desça à Aldeia

da Pena. É mais um ponto de visita obrigatório nesta Rota da Primav-

era. E cor é o que não falta ao longo das profundas encostas que abri-

gam a já célebre Aldeia da Pena, num contraste perfeito com os seus

telhados negros de ardósia. Não é à toa que se encontra classificada

como Aldeia de Portugal®. Aninhada no sopé das serras da Arada e de

S. Macário, a Pena é uma aldeia que não deixa ninguém indiferente.

Com sete habitantes, a Pena nunca perdeu o seu encanto e, para

isso muito tem contribuído a vida que os seus poucos moradores lhe

imprimem. Agarrados à aldeia que os viu nascer, às memórias dos

tempos passados e à envolvente natural que os rodeia, os habitantes

da Aldeia da Pena não cedem às perspetivas de uma vida melhor em

qualquer outra parte do mundo. É lá que querem estar e é lá que

fazem as honras da casa. E que honras! Quem melhor do que eles,

e referimo-nos concretamente ao Alfredo e à Ana Cristina, propri-

etários da Adega Típica da Pena, ou à D. Augusta e ao seu marido,

artesãos e proprietários da Loja de Artesanato Augusta, para nos con-

tar as estórias e as lendas associadas à aldeia, como são os casos da

“lenda da Pena” e do “morto que matou o vivo”? Conhecemo-las mas

não as vamos aqui revelar, ficam para descobrir numa das suas próxi-

mas visitas.

Alfredo e Ana Cristina Brito, o casal mais jovem da Pena, presen-

teiam-nos com os seus maravilhosos petiscos e pratos típicos em

que a Vitela Arouquesa e o Cabrito da Gralheira, assados no forno,

são a expressão máxima de uma gastronomia que se mantém fiel às

origens. O Alfredo também é artesão e vende as peças que faz, na

sua Adega Típica. Na Pena também se produzem e vendem outras

peças de artesanato utilizando como matérias-primas o xisto, a cera

de abelha, a cortiça e a madeira.

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livraria da penaUma história com milhões de anosA story with millions of years40°52’53.00”N | 8° 4’37.00”W

Além da gastronomia, do artesanato e das lendas e tradições asso-

ciadas à Pena, aquele lugar oferece ainda uma envolvente natural única1.

1Mesmo ao lado da aldeia encontra-se a Livraria da Pena, aces-

sível a partir de um caminho antigo que segue ao longo do ribeiro da

Pena, onde se erguem imponentemente estratos quartzíticos que se

encontram aqui de tal forma expostos e verticalizados que se assemel-

ham a um conjunto de livros expostos na prateleira de uma qualquer

livraria. Estes afloramentos quartzíticos contam histórias muito antigas,

com cerca de 480 milhões de anos, altura em que esta região se loca-

lizava nas margens pouco profundas de um Continente já inexistente

- o Gondwana, em latitudes então muito próximas do Polo Sul. Mais

tarde, há cerca de 300 milhões de anos, processos compressivos re-

lacionados com a designada orogenia varisca, foram responsáveis pela

verticalização dos estratos que hoje aqui majestosamente observamos.

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castanheiroscentenários de macieira Natureza prodigiosaProdigious nature40°51’57.99”N | 8° 3’44.21”W

De volta ao cruzamento de S. Macário desça na direção de S.

Pedro do Sul. No cruzamento seguinte vire para S. Martinho das

Moitas. Está agora em Macieira onde, a poucos metros de distân-

cia, vai encontrar um souto de castanheiros centenários do seu lado

esquerdo e um restaurante típico do seu lado direito. Como poderá

constatar, o nome do restaurante fala por si. Delicie-se com as es-

pecialidades gastronómicas da serra de S. Macário.

Continue o seu passeio na direção de S. Martinho das Moitas e

de Gafanhão. O objetivo agora é contornar a serra da Arada pela sua

vertente Este, atravessar o rio Paiva e subir à serra de Montemuro

contemplando, uma vez mais, cenários de grande beleza ao longo

dos quais predominam as cores fortes da primavera.

casa-museumaria da fontinhaAcervo únicoUnique repository40°53’30,32’’N | 8°2’5,97’’O

Em Gafanhão aproveite para visitar a Casa-Museu Maria da Fon-

tinha, um espaço inaugurado em 5 de agosto de 1984 pelo então

Presidente da República Portuguesa, General António Ramalho

Eanes. É, provavelmente o museu particular mais completo do país,

e com o maior número de obras. Do seu acervo constam atualmente

cerca de “1400 quadros, 250 esculturas; centenas de peças e alfaias

de etnografia; milhares de exemplares de mineralogia e geologia;

idem, de moedas romanas; porcelanas “Companhia das Índias”;

faianças e cerâmicas portuguesas; curiosidades diversas e, inequi-

vocamente, o maior acervo de pinturas (cerca de 300), esculturas

(cerca de 30) e peças, oriundas do Brasil e ou de Autores Brasileiros

(neste momento, talvez o maior acervo no exterior do Brasil). As en-

tradas são gratuitas”. http://casamuseufontinha.blogspot.pt

miradouro do penedo da saudadePaisagens soberbas sobre o vale do Paiva e a serra do Montemuro Amazing landscape over the Paiva’s valley and Montemuro Mountain40°53’47.37”N | 8° 2’9.26”W

Continuando a sua rota, a escassos metros do museu vai encontrar, do lado direito da estrada, um dos miradouros mais interessantes

deste território: o Miradouro do Penedo da Saudade. Este miradouro integra também a rede de geossítios das Montanhas Mágicas e encon-

tra-se acessível através de estrutura em ferro sobre o Penedo da Saudade. Daqui vislumbra-se a declivosa vertente sul da serra do Montemuro

e o imenso vale do Paiva, rio que faz a separação entre a serra do Montemuro e o maciço da Gralheira, exibindo uma curva peculiar conhecida

como o “meandro de Ester”.

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nodarAldeia de artistas, à beira-rioRiverside artist’s village40°55’6.81”N | 8° 3’35.92”W

Do miradouro do Penedo da Saudade parta em direção à aldeia

de Nodar. Faça aí uma paragem para visitar a aldeia e contemplar as

alminhas pombalinas e a ponte centenária (mandada construir por

um emigrante no Brasil que doou à aldeia a referida ponte) sobre

o emblemático rio Paiva que neste local separa os municípios de

Castro Daire e S. Pedro do Sul.

É nesta aldeia que se situa o Nodar Rural Art Lab da Binaural

- Associação Cultural de Nodar, um espaço dedicado desde 2006

ao acolhimento de residências artísticas internacionais e projetos de

documentação audiovisual e educativos ligados à memória do ter-

ritório envolvente, nomeadamente a das zonas serranas dos concel-

hos de São Pedro do Sul, Castro daire e Arouca.

http://www.binauralmedia.org

Retome a sua rota passando por Parada de Ester até chegar à

N225. Aqui vire à direita e continue na mesma estrada até encon-

trar sinalética indicando a aldeia de Faifa. Comece, então, a subir a

encosta que o vai conduzir ao imenso planalto da serra de Monte-

muro. Chegando ao cruzamento com a EN321, que liga Castro Daire

a Cinfães vire à direita no sentido de Castro Daire.

taffoni da faifaEscultura naturalNatural sculpture40°57’7.82”N | 7°59’28.87”W

Poucos metros abaixo do cruzamento anteriormente referido,

sugerimos que faça uma visita ao Taffoni da Faifa2, um enorme blo-

co granítico “esculpido” pela natureza, considerado geossítio com

valor científico, educativo e turístico.

2O geossítio desenvolve-se no granito de Montemuro, junto à

EN321, a uma altitude de aproximadamente 1100 metros. De entre

outros taffoni que ocorrem nas Montanhas Mágicas®, este é o lo-

cal onde se apresenta desenvolvido da forma mais espetacular. En-

contra-se implantado num bloco granítico que atinge cerca de 5,5

metros de altura, apresentando uma abertura principal de grandes

dimensões (cerca de 3,5 metros de largura por 1,7 metros de altura),

sendo que a cavidade interior encontra-se bastante desenvolvida,

tendo-se estabelecido outras ligações com o exterior, quer pela par-

te superior do bloco, quer na parede do bloco, abaixo da abertura

principal. No interior do taffoni desenvolveram-se vários nichos com

diâmetros da ordem dos 70 centímetros.

Ali próximo, na aldeia de Faifa, realiza-se anualmente uma das

afamadas feiras tradicionais de lutas de bois, do município de Castro

Daire.

Manuela Barile - Artista italianaPerformance vocal com as rãs do Rio Paiva

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aldeias de picãoe mezioLendas, artesanato e ervas aromáticasLegends, handcraft and aromatic herbsPicão: 40°56’47.90”N | 7°56’53.21”W

Mezio: 40°58’56.56”N | 7°53’34.20”W

Retome novamente a N321, estrada cénica que se desenvolve ao

longo da vertente sul da serra de Montemuro, e escolha a próxima

paragem: a Aldeia de Picão, bonita, lendária e com uma longa tradição

artesanal associada à tecelagem, tendo a seus pés um enorme anfite-

atro de socalcos, ou a Aldeia do Mezio, integrada na rede de Aldeias

de Portugal®, igualmente bela e histórica, com uma dinâmica empre-

sarial exemplar ligada à produção de ervas aromáticas e medicinais.

Se estiver com tempo aconselhamos uma visita às duas aldeias. Nesta

última, junto à N2, não deixe de provar o saboroso arroz de feijão

com salpicão, especialidade do restaurante do Mezio. Visite, ainda, a

Exposição Etnográfica do Montemuro e a loja de artesanato da Co-

operativa de Artesãos do Montemuro, mesmo ao lado do restaurante.

campo benfeitoe rossãoTerra de atores e artesãosArtisans and actors land40°59’50.11”N | 7°55’38.56”W

Seguindo na direção de Campo Benfeito e antes de chegar à aldeia, vai

passar por uma capelinha erigida em honra de Nossa Senhora do Fojo. Re-

aliza-se aqui, anualmente, a Feira da Senhora do Fojo, uma das feiras anuais

de Castro Daire onde não faltam as tradicionais e afamadas Lutas de Bois.

Continue na direção da Aldeia de Campo Benfeito, mais uma das nossas

queridas Aldeia de Portugal®. Aqui tem muito para descobrir e admirar.

Pode começar pelo Teatro do Montemuro, talentoso grupo de teatro que

tem levado o seu excelente trabalho, bem como o nome da aldeia e da

serra de Montemuro, a todo o Portugal e ao estrangeiro. De seguida dirija-

se à escola primária, não para aprender a ler e a escrever, claro está, mas

para visitar as Capuchinhas do Montemuro, cooperativa de artesãs criada

em 1987, diversas vezes premiada pelo trabalho que desenvolve na área da

confeção de vestuário artesanal e tecelagem em linho, lã e burel. Passeie

pelas ruas da aldeia, visite o Pelourinho classificado como Imóvel de Inter-

esse Público e, se estiver com tempo, percorra a Estação da Biodiversidade

de Campo Benfeito que o leva a conhecer as paisagens do lindíssimo vale

do rio Balsemão, bem como a sua biodiversidade, podendo complemen-

tar-se com o PR3 - Trilho dos Carvalhos. Ao deixar Campo Benfeito siga

na direção da Aldeia do Rossão, típica aldeia de montanha com casario de

granito e ruas estreitas onde ainda se transformam rolos de palha, cascas

de silva ou tiras de vime, em graciosas peças de cestaria, chamadas brezas,

à semelhança do que se fazia há 500 anos. Visite também o pelourinho de

Rossão, classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1933.

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gralheiraAldeia “Princesa da Serra”Mountain’s princess village41° 0’15.35”N | 7°58’11.04”W

Continue a sua rota na direção da Aldeia da Gralheira, conhe-

cida por “Princesa da Serra” já que desde cedo se tornou a mais de-

senvolvida das aldeias que a rodeiam, na serra do Montemuro. Um

dos grandes atrativos desta aldeia é a gastronomia. Além dos pra-

tos típicos servidos pelos dois restaurantes locais, tais como vitela

à arouquesa, anho ou cabrito assados em forno a lenha, bacalhau à

casa, cozido à maneira da aldeia e cozido à portuguesa, arroz de sal-

picão, entre outros, destacam-se ainda a “Pizza Lavrador” e a “Pizza

Capucha”, uma inovação, encarada como uma forma de distinção.

Após recobrar forças, passeie pela aldeia. Visite o Centro Interpreta-

tivo da Gralheira – Casa do Ribeirinho, recentemente inaugurado, e

ainda a carreira de moinhos.

vale de papasAldeia do ColmoThatch village41° 1’30.49”N | 7°59’27.27”W

Retomando a estrada continue na direção da Aldeia de Vale de

Papas, recentemente integrada na rede de Aldeias de Portugal®.

Vale de Papas é uma povoação ancestral, perdida no tempo e no

alto da serra de Montemuro. Chamam-lhe “Aldeia do Colmo” e o

nome cabe-lhe na perfeição já que muitas das suas casas mantêm

a ancestral cobertura de colmo. Visitar esta aldeia é realizar uma

verdadeira viagem no tempo.

busteloAldeia das lajesSlab village41° 0’1.88”N | 8° 0’55.16”W

Saindo de Vale de Papas e após percorrer cerca de 10 km ao longo

da vertente noroeste da serra do Montemuro, vai chegar à aldeia de Bus-

telo, passando primeiro por Vila Boa de Cima. Bustelo está já localizada

cruz do rossãoCaminhos cruzados da serra do MontemuroCrossroads of Montemuro’s Mountain40°58’28.95”N | 7°56’36.29”W

Retomando a rota a partir da aldeia de Rossão vai encontrar,

a pouca distância dali, um cruzamento conhecido como Cruz do

Rossão, por aí existir uma capelinha com o mesmo nome. Era neste

sítio que se cruzavam os antigos caminhos da serra e onde, com

uma oração, se exorcizavam os terrores de homens e feras.

alto da penaCastelo naturalNatural castle40°59’37.60”N | 7°58’9.57”W

Na Cruz do Rossão vire à direita e prossiga o seu caminho até

chegar à próxima povoação. Mas, antes de lá chegar, faça um desvio

à esquerda, por um estradão que conduz ao parque eólico e suba ao

Alto da Pena, uma espécie de castelo natural em granito, geomor-

fologicamente conhecido por tor, de onde se tem uma panorâmica

extasiante sobre as paisagens floridas da serra de Montemuro, a

norte, e ainda sobre a aldeia da Gralheira, e as paisagens desde o

Douro até às serras do Larouco e do Gerês. A vista alcança, ainda, as

serranias e terras do distrito de Bragança.

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numa das encostas do belíssimo Vale do Bestança que, por sua vez, in-

tegra ainda a vasta serra de Montemuro. Em Bustelo as tradições rurais

e comunitárias ainda se mantêm fiéis ao passado, e a comprová-lo está

o uso comunitário da Eira da Laje, uma enorme laje de granito onde os

habitantes partilham tarefas agrícolas, usos, costumes e tradições. Faça

também uma visita às sepulturas medievais do adro da Igreja Matriz. De-

pois de Bustelo vai passar à aldeia de Alhões. Se pretende fazer aqui uma

paragem, visite os enormes blocos de granito junto à Igreja Matriz. É visível

na aldeia a azáfama dos moradores nas suas lides diárias de agricultores e

pastores. Siga depois em direção à N321 e quando lá chegar vire à esquer-

da. Depois de percorrer cerca de 1km, estará nas Portas de Montemuro.

portas do montemuro

Ruínas arqueológicas e paisagens a perder de vistaArchaeological ruins and landscapes to lose sight40°58’0.15”N | 8° 0’33.53”W

Neste local encontram-se as ruínas da Muralha das Portas do

Montemuro, sítio arqueológico partilhado entre Castro Daire e Cin-

fães, classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1974.

As Portas do Montemuro constituem, também, um geossítio

de elevadíssimo interesse geomorfológico, localizado aproximada-

mente a 1213 metros de altitude, constituindo um magnífico ponto

de observação, quer da morfologia e paisagem da Serra do Monte-

muro, quer dos conjuntos morfo-estruturais envolventes, com des-

taque para o vale de fratura do rio Bestança.

Em dias de céu limpo é possível obter-se daqui uma panorâmica

privilegiada para o Norte e Centro de Portugal continental: a Norte

do Douro, o Gerês e o Marão e o casario ao longo das margens

deste rio, e a Sul do Douro, todo o vale do rio Bestança, importante

estrutura que influenciou a instalação de aldeias que daqui se obser-

vam: Alhões, Bustelo e Granja. A Sul do Vouga as serras do Caramulo

e da Estrela, a Sul do Paiva o Maciço da Gralheira e a Norte do Paiva

a aldeia da Faifa.

Do ponto de vista panorâmico merece particular destaque o

vale de fratura do rio Bestança que nasce nas proximidades deste

local e se estende retilinearmente e com direção NW-SE por mais

de 20 km até desaguar no rio Douro. A espetacularidade do vale

do rio Bestança é acentuada pelos contrafortes graníticos da serra

de Montemuro, mais imponentes a ocidente, na margem esquerda

do rio Bestança, que contrastam com declives menos acentuados a

Oriente, a sugerir o jogo da falha.

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talegreO ponto mais alto das Montanhas MágicasThe highest point of the Magic Mountains40°58’26.12”N | 7°59’15.37”W

Nas proximidades das Portas do Montemuro descubra, ainda, o

ponto mais alto das Montanhas Mágicas, localizado no v.g. de Mon-

temuro, a 1381 metros de altitude. Localiza-se junto ao Parque eóli-

co do Alto do Talefe e, para lá chegar deverá apanhar uma estrada

(que depois passa a estradão) junto às bombas de combustível das

Portas do Montemuro.

Este domo rochoso é também um dos geossítios mais rele-

vantes das Montanhas Mágicas e caracteriza-se por ser uma forma

residual granítica de dimensões consideráveis, apresentando uma

forma dómica com vertentes de rocha nua e declivosas. Trata-se

de um dos melhores exemplares deste tipo de formas no modelado

granítico de todo o território. A partir deste ponto que se eleva da

superfície culminante do Montemuro é, ainda, possível obter uma

panorâmica para o vale do Bestança e para grandes relevos do

Centro-Norte de Portugal, com destaque para: Gerês, Alvão, Marão,

Meadas, Estrela, Caramulo e Gralheira e, ainda, para os vales do

Douro e Vouga.

vale do bestançaNatureza em estado puroNature in its purest state

Para terminar a Rota da Primavera das Montanhas Mágicas -

serras da Freita, Arada e Montemuro, retome a N321 em direção a

Cinfães, e percorra-a lado a lado com o Vale do Bestança. Neste

vale todas as cores da primavera ganham um encanto especial e os

apreciadores da natureza não resistem à tentação de se aventurar,

a pé, pelos seus caminhos antigos, percorrendo levadas, contem-

plando admiráveis cascatas/fragas, deslumbrando-se com a frescu-

ra das águas que correm pelos prados, observando a fauna, a flora,

os velhos moinhos e a emblemática ponte romana de Covelas. As

Fragas da Penavilheira3, próximas da aldeia de Soutelo, constituem

um importante geossítio do rio Bestança. Vale a pena descobri-las e

admirar toda a sua imponência.

Sugerimos-lhe que percorra o PR2 – Vale do Bestança, e a Esta-

ção da Biodiversidade “Caminhos do Vale do Bestança”.

Para chegar mais próximo do Vale, de automóvel, saia da N321

e siga a direção de Valverde, Vila de Muros, Enxidrô, Açoreira, Vila

Pouca e Pias. Em Pias o caudal do rio Bestança começa a alargar-se

criando um belíssimo espelho de água que o acompanha até à foz,

no lugar de Porto Antigo. Instale-se na esplanada de Porto Antigo,

relaxe e contemple o portentoso Douro cujo caudal se transforma

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aqui, numa grandiosa albufeira, originada pela Barragem de Carra-

patelo, implantada a escassos quilómetros jusante.

Depois suba ao Miradouro do Teixeirô, na outra margem do rio

Bestança e observe não só a foz do Bestança, o cais de Porto Antigo

e a albufeira do Douro, mas também toda a sua admirável envol-

vente. A partir daqui descubra os efeitos provocados pelo Vale de

Fratura do Bestança no curso do rio Douro.

A Rota da Primavera, das serras da Freita, Arada e Montemuro,

termina aqui. Sugerimos-lhe que regresse no sentido de Castelo de

Paiva, acompanhando o rio Douro no seu percurso até à foz.

3FRAGAS DA PENAVILHEIRA

Maravilhosas Quedas de Água | Wonderful Waterfalls

41° 0’50.75”N | 8° 2’1.42”W

O Bestança é um rio com vertentes íngremes e declivosas, com

uma elevada capacidade erosiva, sendo um rio pouco evoluído em ter-

mos de alargamento do seu vale, estreito e em V, reunindo condições

favoráveis à presença de quedas de água. As Fragas da Penavilheira

são imponentes quedas de água no vale do Bestança, que se situam

próximo das aldeias de Soutelo e Quinhão, no município de Cinfães. A

incisão do rio Bestança foi condicionada pela falha do Bestança e pela

fraturação do maciço granítico de Montemuro.

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serra de s. macárioviagem ao “jardim da pena”TEXTO: Manuel NunesFOTOGRAFIAS: Jorge Nunes

rotas & aventuras

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Se algum dia tiver intenções de visitar a serra de S. Macário, então,

aceite um conselho: faça-o bem cedo, se possível ao raiar do dia. Só

assim poderá desfrutar de um espectáculo incrivelmente belo e gran-

dioso. Assim que os primeiros raios de luz despontam no horizonte

o espectáculo começa. Lentamente, as serras que povoam todo o

horizonte perdem os tons cinzentos e baços e ganham tonalidades

violetas e azuis. O céu, ainda escuro e com pontos cintilantes prestes

a desaparecer, levanta o véu empurrado por um clarão que surge a

nascente. Sorrateiramente, as manchas brancas de nevoeiro matinal

esgueiram-se pelos vales abertos como tentáculos de um gigantesco

ser vivo espreguiçando-se pela manhã. Finalmente, quando o disco

luminoso do sol se ergue acima do horizonte, atinge-se o clímax: a

serra explode em sons e melodias de seres alados, as cores até aí esba-

tidas adquirem vida própria e o dia começa. Claro que se não é muito

dado a madrugadas, então a serra reserva-lhe outros encantos. A pé,

naturalmente, começamos a viagem. Primeiro ponto de paragem: alto

de S. Macário, junto à curiosa capela do Santo padroeiro. A estrutura,

um singelo e austero retângulo caiado de branco com uma fachada

aperaltada com dois obeliscos em granito e uma cruz em ferro, pode

causar alguma estranheza a caminheiros menos informados, por se

encontrar cercada por um muro em xisto que a oculta completamente

até à altura do telhado. O facto, contudo, deve-se, tão-somente, à ne-

cessidade de proteger a estrutura dos ventos ciclónicos que frequen-

temente assolam a serra. Depois de visitar a capela, e antes de partir, há

ainda tempo para perscrutar com os binóculos os extensos bosques de

Pinheiro-bravo (Pinus pinaster) nas encostas em busca das antigas al-

deias que pontuam os vales e as ladeiras da serra. Marcado o caminho

no mapa, é chegada a hora de partir. Próxima paragem: aldeia da Pena.

Na região de S. Pedro do Sul, na serra de S. Macário, em pleno maciço da Gralheira, existe um esquecido pedaço de terra onde velhas aldeias, quase desertas, e frondosas matas autóctones, se debatem por travar

a lenta, mas inexorável, marcha da desertificação.

PENA, UMA ALDEIA DE OUTROS TEMPOS

A aldeia da Pena é uma daquelas aldeias ditas “Históricas” que as

entidades responsáveis souberam preservar e projetar nos roteiros

turísticos de Verão. Por isso, quando a canícula se vai, a maioria dos

turistas vai com ela deixando a aldeia entregue às suas lides de sempre,

que é como quem diz mergulhada numa paz profunda e sonolenta

quebrada apenas pelo ocasional caminhar arrastado de algum dos seus

sete habitantes.

Uma mão cheia de casas em xisto com telhados negros cor de fu-

ligem, aninhadas no regaço apertado da cova do monte e envoltas por

leiras de lameiros, hortas e bosques de carvalhos (Quercus pyrenaica

e Quercus faginea) e castanheiros (Castanea sativa), eis a imagem que

pode descrever, à primeira vista, a aldeia da Pena. Contudo, há mais.

Há as gentes, que hoje são poucas, mas que há trinta anos eram “à

volta de umas cinquenta” conta o Sr. Agostinho, o ancião da aldeia. Da

população do passado, que era a riqueza e a razão de ser da aldeia, hoje

pouco resta. Há histórias, há amarguras, há alegrias, enfim... um rol de

memórias dignas de figurarem num compêndio de sabedoria popular.

Hoje já quase não se ouvem vozes nem risos. O cacarejar ocasional de

uma galinha, o mugido próximo de uma vaca, talvez. Mas as vozes, só

se forem as dos turistas no Verão, porque os aldeões, esses esquecidos

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como o vale fundo e escondido que os abrigou da serpente que a lenda

conta ter existido, há muito que deixaram de se fazer ouvir. Até o sino

da minúscula capela da aldeia, já só raramente ecoa pelo vale. Passear

pelas ruelas estreitas e pedregosas da aldeia disposta em socalcos ao

longo do pequeno Ribeiro de Pena, é um mergulho no passado. Se

excetuarmos a energia eléctrica que aqui chegou na década de setenta

e cujos cabos ondulam mortiços sobre as ruas, então talvez a imagem

atual da aldeia fosse igual à de então: isolada, autossuficiente, bela mas

amargurada pela árdua labuta da terra, pela penúria e até pela fome.

Ontem, como hoje, a vida na Pena é feita de trabalho e esperança.

Trabalho para manter o corpo são e esperança para encarar o futuro.

Um futuro melhor, mais brando para com a velha aldeia.

O JARDIM DA PENA

Se há alturas em que “uma imagem vale mil palavras”, então esta

é, sem dúvida, uma delas. O carreiro que parte da aldeia da Pena,

não se demora muito pelos campos e vinhas do vale. Rapidamente,

chega ao promontório entre as fragas, onde uma fenda natural nas

rochas se abre para, subitamente, revelar um estreito e abrupto vale

que corre encaixado ao longo do Ribeiro da Pena. Contemplar as

profundezas verdes e luxuriantes do vale é uma visão soberba e ar-

rebatadora, particularmente se considerarmos a relativa monotonia

dos pinhais que praticamente dominam a paisagem destas serras.

Entretanto, o carreiro que parecia morrer junto aos rochedos,

continua o seu percurso descendente mas agora sob a forma de

uma imensa escadaria em ziguezague talhada na rocha. Mais do que

a descida quase vertical ou o gorgolejo furioso e ruidoso do ribeiro

lançando-se em cascata por entre a penedia, o que impressiona

é sobretudo a frondosa mancha florestal que povoa este recanto

húmido e abrigado. São às dezenas as diferentes espécies vegetais

que por aqui se encontram, desde as simples herbáceas até às co-

lossais e centenares árvores.

Desde logo saltam à vista os magníficos fetos (Asplenium on-

opteris, Asplenium billotii e Athyrium filix-femina) que crescem

nos troncos das árvores, nas paredes rochosas ou no solo e que

acompanham toda a descida. Depois, há os líquenes que pendem

das árvores como cachos e que recobrem as superfícies rochosas

com tons laranja e amarelo de grande beleza, sendo de destacar as

espécies, Dimelaena oreina, Xanthoria parietina, Evernia sp. e Cla-

donia sp.. Por fim temos os arbustos e as árvores. De todos os feitios,

de todos os tamanhos, adornam e ensombram uma boa parte do

percurso pelo “Jardim da Pena”. E se muitas espécies são discre-

tas, ocupando os lugares mais recônditos do vale, como o azereiro

(Prunus lusitanica), o abrunheiro-bravo (Prunus spinosa), o amieiro-

-negro (Frangula alnus) e o pilriteiro (Crataegus monogyna), algumas

são enormes e corpulentas, como os carvalhos, os castanheiros ou

os sobreiros (Quercus suber) quase desproporcionais a tão exíguo

espaço; e outras ainda são estreitas, esguias e tão altas que dir-se-

-ia poderem quebrar com uma simples brisa, como acontece com

o salgueiro (Salix alba), a tramazeira (Sorbus aucuparia), a bétula

(Betula pubescens) ou a cerejeira-brava (Prunus avium). Todas jun-

tas, contudo, formam uma cobertura verde de tal forma densa que

os raios solares raramente tocam o solo, o que acaba por propiciar

o habitat ideal às espécies faunísticas associadas a ambientes húmi-

dos e sombrios, como os anfíbios. De resto, é bastante comum aos

caminheiros vislumbrar os saltos aflitos da rã-ibérica (Rana iberica)

procurando o segurança da água, ou encontrar larvas de tritão

(Triturus boscai e Triturus marmoratus) nos pequenos açudes que

se formaram ao longo do curso do ribeiro que seguimos durante

3 deliciosos quilómetros, sempre acompanhados pelo bosque que

nunca nos deixa sair da sua sombra acolhedora. Mesmo quando

uma velha azenha que ameaça ruína irrompe entre o arvoredo, o

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A LENDA DA PENA E DOSANTO MACÁRIO

Terminado a caminhada, e enquanto re-

temperamos forças para o regresso a casa,

o tempo sobra para dois dedos de conversa

com as gentes de Covas do Rio. Afáveis, pres-

táveis e hospitaleiros dão largas à memória,

assim que os inquirimos acerca das tão afa-

madas lendas da Pena e do S. Macário, dando

corpo e voz à expressão popular que afiança

“Quem conta um conto, acrescenta um pon-

to”. E de ponto em ponto, fruto da imagina-

ção, dos lapsos de memória, ou do passar do

tempo, as histórias que nos vão sendo conta-

das lá vão adquirindo os contornos e significa-

dos que cada um lhe pretende dar. E o mais

curioso sobre estas duas lendas é que ambas

mantêm uma origem comum mas surpreen-

dem com finais distintos. Ora, diz então a len-

da que “em tempos idos existia uma aldeia no

coração da Serra de S. Macário, no lugar a que

chamam Cova da Serpe. O local, para além de

albergar a aldeia, era também residência de

uma enorme e malévola serpente-dragão. O

animal, daninho como era, descia pela noite

ao povoado e provocava verdadeiras razias

em gentes e animais, deixando estéreis os

campos por onde se arrastava”. E é aqui que

as histórias se separam. A lenda da Pena con-

tinua da seguinte forma: “a população, ame-

drontada e farta de perder assim o seu parco

sustento resolveu abandonar a aldeia e mu-

dar-se para um outro local. O sítio escolhido

foi um vale vizinho, do outro lado da serra

(onde hoje se encontra a aldeia), profundo e

quase inacessível protegido por gigantescas

fragas. Finalmente livres do assombro da ser-

pente os habitantes respiraram de alívio. No

entanto, nunca lograram esquecer totalmente

a sua antiga aldeia, e por isso se lamentavam

pelo seu abandono: que pena... que pena que

foi - diziam! A verdade é que o desgosto e a

pena foram de tal ordem que o nome acabou

mesmo por ficar, e hoje não há nesta região

quem não conheça a sorte das gentes da

Pena”. A lenda de S. Macário, por seu lado,

guarda um final diferente: “Um dia S. Macário

matou o monstro e sossegou a população

ficando a morar como eremita primeiro na

Cova da Serpa e depois na Capelinha que lhe

construíram os aldeões no alto do Monte. E

assim, em homenagem ao Santo e à sua boa

acção, a capelinha e o monte onde foi cons-

truída receberam o seu nome”.

bosque mantém o seu apertado abraço como que aconchegando

a si o velho edifício. Outrora, este carreiro era a única via de ligação

entre as aldeias da Pena e de Covas do Rio. Hoje, já ninguém o per-

corre. Talvez por isso, a mata continue a existir, longe da cobiça que

no passado devastou a floresta primitiva da serra.

Por fim, antes dos caminheiros lograrem sequer vislumbrar a

povoação de Covas do Rio, atravessarem o riacho que banha a po-

voação e subir o caminho de carro de bois até à entrada da aldeia, a

mata retrai-se num súbito esgar de pudor, ante a visão das encostas

desnudadas que cercam agora o vale. É uma paisagem inóspita e

agreste que acompanha a caminhada até às portas do “Povo”. E não

fora o grasnar nasalado dos frequentes bandos de gralhas-pretas

(Corvus corax) que se vislumbram em acrobacias sobre as penedias,

o ocasional voo planado de uma águia-de-asa-redonda (Buteo bu-

teo) ou o gorjeio aflautado e inconfundível de um melro-azul (Mon-

ticula solitarius), dir-se-ia ser esta uma terra deserta de vida, num

outro qualquer vale recôndito, e não a porta de entrada no precioso

e único Jardim da Pena.

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Tão importante como conceber boas ideias é ter a capacidade

de as concretizar. Foi precisamente isso que fizeram Aurora Quintas,

Joaquim Morgado, José Coutinho, Messias Cardoso, Pedro Cardoso

e Osvaldo Magalhães, ao conceberem e executarem seis projetos de

Turismo no Espaço Rural, nas modalidades de agroturismo e casas

de campo.

Ao seu natural dinamismo e espírito empreendedor juntaram-se

o gosto pela atividade turística e a arte de bem receber, ingredientes

indispensáveis ao sucesso de qualquer projeto desta natureza.

Localizadas na área das serras da Freita, Arada e Montemuro

– Montanhas Mágicas, território que tem vindo a afirmar-se como

destino turístico sustentável, estas novas unidades de Turismo no

Espaço Rural vêm contribuir, não só, para o desenvolvimento

económico sustentável do território, mas também para o aumento e

qualificação da oferta turística local, no sentido de proporcionar aos

nossos visitantes, qualidade, conforto e experiências memoráveis.

O apoio do sub-programa 3 do PRODER

O apoio financeiro concedido aos projetos foi crucial para a

sua concretização. À conceção das ideias seguiu-se a formalização

dos projetos e a apresentação das respetivas candidaturas às ações

3.1.1 - Diversificação de Atividades na Exploração Agrícola e 3.1.3 –

Desenvolvimento de atividades turísticas e de lazer, enquadradas

na medida 3.1 – Diversificação da Economia e Criação de Emprego,

do sub-Programa 3 do PRODER – Programa de Desenvolvimento

Rural do Continente, gerido localmente pela ADRIMAG.

Antes da decisão final de aprovação, todas as candidaturas pas-

saram por uma fase de análise de elegibilidade do beneficiário e

da operação, a que se seguiu a fase de apuramento da VGO - Valia

Global da Operação, para fins de decisão e hierarquização no âm-

bito da atribuição da ajuda financeira.

ideias e projetosTURISMO NO ESPAÇO RURALTEXTO: Carminda GonçalvesFOTOGRAFIAS: Fornecidas pelos promotores

arte de viver nas montanhas mágicas

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Casa do Villas“A Casa do Villas é reflexo do traço tradicional e da elegância do design contemporâneo. Inserida numa herdade tradicional e associada a uma

extensa vinha, proporciona um ambiente tranquilo e acolhedor”.

DA IDEIA AO PROJETO

Localizada a escassos 40 minutos do Porto, num ambiente tran-

quilo próprio do meio rural, a Casa do Villas é uma unidade de agro-

turismo, que resulta de um projeto idealizado por Aurora Quintas.

Agricultora e proprietária de uma exploração agrícola maioritari-

amente dedicada à produção vinícola, Aurora Quintas, com o apoio

do marido e dos filhos, decidiu avançar com a sua ideia de projeto:

rentabilizar a casa rural devoluta, localizada na sua exploração agrí-

cola, transformando-a numa unidade de agroturismo. Com a atividade

turística complementaria a atividade agrícola, aumentando o seu ren-

dimento familiar e, em simultâneo, aumentaria a oferta praticamente

nula, desta tipologia de alojamento, no município de Castelo de Paiva.

A candidatura que apresentou ao sub-programa 3 do PRODER

foi aprovada e em pouco tempo, a D. Aurora deu início à execução

do projeto. As obras terminaram em dezembro de 2012 e as portas

da nova unidade de alojamento abriram-se ao público no início do

ano de 2013.

A CASA

A Casa do Villas, decorada com a simplicidade a que convida o

ambiente rural, garante aos seus hóspedes, o conforto que mere-

cem. Dispõe de 5 quartos de casal, distinguidos apenas por peque-

nos detalhes, gozando de excelente luz natural. Todos os quartos

dispõem de casa de banho privativa, TV e aquecimento. No exte-

rior a casa dispõe de um agradável e espaçoso jardim bem como

uma piscina onde os hóspedes podem relaxar, desfrutar do sol e de

bebidas refrescantes. Existe ainda, em edifício contíguo à casa que

oferece um excelente salão de jogos, com vista para a piscina, e

WC’s de apoio à mesma. A extensa vinha da quinta convida à desco-

berta dos seus distintos aromas e, dependendo da estação do ano,

os hóspedes poderão acompanhar tranquilamente ou participar nas

diversas atividades agrícolas do dia-a-dia.

Desfrute da hospitalidade dos anfitriões, de todas as como-

didades que a casa oferece e aventure-se na descoberta das Mon-

tanhas Mágicas.

Casa do Villas

Lugar do Eirô, Nojões | 4550-308 Real | Castelo de Paiva

Telem.: +351 916 275 867

GPS: 41.03199457802596; -8.288406729698181

[email protected] | http://www.casadovillas.com

Page 32: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

32

DA IDEIA AO PROJETO

Joaquim Morgado é o rosto e a alma deste projeto. Natural do

Mezio e engenheiro agrícola de profissão dedica-se à produção,

embalamento e comercialização de ervas aromáticas e medicinais,

na qualidade de sócio-gerente de uma empresa local.

Proprietário de uma antiga casa de agricultores, na Aldeia do

Mezio, em plena serra de Montemuro, decidiu recuperá-la e trans-

formá-la em Casa de Campo.

Casa do Arco“Envolvida por uma paisagem rica e preservada a Casa do Arco

convida-o ao descanso, ao lazer e ao contacto com a natureza.”

A concretização deste projeto contribuiu para a recuperação

do património edificado da aldeia, para o incremento da economia

familiar do promotor e para a criação de um posto de trabalho a

tempo inteiro, tendo igualmente contribuído, à semelhança de ou-

tros projetos, para o cumprimento dos objetivos da Estratégia Local

de Desenvolvimento, definida pela ADRIMAG, para o território das

Montanhas Mágicas.

Page 33: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

33

A CASA

A Casa do Arco é um espaço acolhedor e tranquilo constituído

por dois pisos, ideal para grupos e famílias, tendo capacidade para

acolher 10 adultos e 2 crianças. Possui 5 quartos, 4 casas de banho,

1 cozinha e 2 salas. O r/c é composto por 2 quartos de casal com

WC e 1 sala rústica. O 1º andar é composto por 3 quartos de casal, 1

cozinha equipada, 1 sala e 2 WC’s.

A casa dispõe ainda de ar condicionado, secador de cabelo, TV

cabo e internet e jogos de tabuleiro. No seu exterior disponibiliza

estacionamento para 3 viaturas.

Na aldeia do Mezio existe uma Quinta Pedagógica, um restau-

rante tradicional, um bar/café típico, uma exposição etnográfica, e a

possibilidade de realizar diversos percursos pedestres.

No território das Montanhas Mágicas existem inúmeros pontos

de interesses e atividades para visitar e realizar. Descubra-os!

Casa do Arco

Rua da Fonte, nº3 | Cimo de Aldeia | 3600-401 Mezio

Telem.:+351 919 901 947

GPS: 40º 58’55.3”N | 7º 53’38.0”W

[email protected] | http://casadoarco.pt

Page 34: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

34

Villa Augusta & SPA

DA IDEIA AO PROJETO

A Villa Augusta & Spa é o projeto mais recente do casal José

Augusto Coutinho Rodrigues e Marcilda Rodrigues. Ele, conhecido

por Zézé, é professor de português, latim e grego e Marcilda é edu-

cadora de infância. Ambos nutrem um carinho muito especial pela

recuperação de casas antigas e pela sua adaptação a unidades de

Turismo no Espaço Rural. É mesmo uma paixão de longa data que

começou, já em 1989, com a recuperação da Quinta do Moinho e

em 1994 a Quinta do Gigante. Mais tarde, em 1995 recuperaram a

Quinta do Mosteiro e, mais recentemente, surgem com um novo

projeto: a Casa de Campo Villa Augusta & Spa.

Até ao momento em que arrancaram com o projeto Villa Augus-

ta & Spa nunca tinham apresentado qualquer candidatura no sen-

tido da obtenção de apoios financeiros para os seus investimentos.

No entanto, em 2010, para avançarem com este projeto decidiram

apresentar candidatura ao sub-programa 3 do PRODER. Em outubro

de 2013 o projeto ficou concluído e a casa abriu as suas portas ao

turismo, tendo criado ½ posto de trabalho permanente.

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A CASA

Na Villa Augusta & Spa, tal como nas restantes unidades de alo-

jamento do Zézé e da Marcilda todos os aspetos da decoração são

pensados ao mais ínfimo pormenor e criatividade é a palavra de

ordem. Objetos e adereços antigos e identitários da cultura local

combinam na perfeição com outros, contemporâneos, numa per-

feita harmonia de estilos. E tudo isto, obviamente, garantindo todo

o conforto dos hóspedes.

Harmoniosa é também a conjugação da hospitalidade do casal, com

a total privacidade que proporcionam aos seus hóspedes, na sua

maioria alemães e ingleses, durante a estadia na Villa Augusta & Spa.

“Os hóspedes gostam de estar à vontade, de ter privacidade e de

gozar umas férias em pleno, usufruindo de todas as comodidades

da casa e do contacto com a natureza”.

É com este espírito e com uma enorme e despretensiosa dedi-

cação que têm sido bem sucedidos no seu negócio que é também

o seu hobby preferido.

A Villa Augusta & Spa localiza-se no coração da aldeia de Couto

de Baixo, num lugar calmo e relaxante, muito próximo da futura al-

bufeira da Barragem de Ribeiradio, no rio Vouga.

Possui, no primeiro andar, 3 suites, e no rés-do-chão, uma co-

zinha/sala com 110 m2, totalmente equipada, incluindo máquina de

lavar louça e máquina de lavar roupa, sala de jantar e sala de estar,

televisão por cabo, DVD e aparelhagem de música.

No exterior disponibiliza uma piscina de água salgada com

10x5m, SPA em edifício próprio, WC de apoio à piscina e ao SPA,

campo de jogos com relva sintética, mesa de ténis, terraço com

churrasqueira, jardim e mobília de jardim, e lavandaria.

Toda a casa está equipada com aquecimento central e tem

acessibilidade total para utilizadores de cadeira de rodas.

A casa tem capacidade para acolher 6 pessoas, mais 1 em cama

extra.

Zeze’s Rural Farms

Rua do Cabo, Couto de Baixo

3740-036 Couto de Esteves

40.75398, -8.30520

Telef.: +351 964 460 039

www.zezesruralfarms.com | [email protected]

“Se optar por passar uns dias relaxantes na Villa Augusta & Spa terá a possibilidade de apreciar paisagens verdadeiramente deslumbrantes.”

Page 36: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

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Casa da TulhaTranquilidade e conforto em comunhão com a

natureza para uma estadia inesquecível...

composta por cinco unidades de alojamento independentes. O pro-

jeto proporcionou a criação de dois postos de trabalho permanentes.

E os resultados estão à vista: a Casa da Tulha, que na sua origem foi

construída para guardar as rendas do povo, pagas com produtos agrí-

colas, é agora uma casa de campo com visível bom gosto e requinte.

O projeto final da Vougaldeias prevê Turismo de Aldeia num total

de cerca de 20 quartos e capacidade de alojamento para cerca de

60 pessoas. Este projeto está a avançar a passos largos, estando a

recuperação das “Casas do Cabeço” em fase adiantada e com data

de conclusão prevista para Junho. As Casas do Cabeço são com-

postas por cinco apartamentos de tipologia T1 mais um quarto. A

Vougaldeias dispõe ainda de mais três casas para reconstrução e

está prevista a criação de um espaço de lazer comum a todas as

Casas de Campo da Vougaldeias.

DA IDEIA AO PROJETO

De uma antiga casa agrícola surgiu, em pleno vale do Vouga, a

Casa da Tulha, o primeiro dos empreendimentos de Turismo no Es-

paço Rural que Messias Cardoso, gerente da Vougaldeias, Lda, pro-

jetou para este recanto natural, a escassos 45km de Aveiro.

Economista de formação e empreendedor por natureza, como

comprova o seu extenso curriculum ligado à criação e gestão de em-

presas no ramo da metalúrgica, inspeção de veículos e construção

civil, Messias Cardoso viu no Vale do Vouga e mais especificamente

na aldeia de Couto de Baixo, em Sever do Vouga, uma oportunidade

para se lançar numa nova e distinta “aventura”: o turismo.

O gosto pela região e a predisposição para se lançar em novas áreas

de negócio foram o ponto de partida para a criação da Vougaldeias,

Lda. e para a conceção de um projeto turístico que incluía a recupe-

ração da Casa da Tulha e a sua transformação numa Casa de Campo,

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A CASA DA TULHA

É composta por 5 apartamentos temáticos independentes, três

dos quais de tipologia T1 e os restantes dois de tipologia T2, num

total de 7 quartos com capacidade para acolher 24 pessoas.

A Casa da Tulha dispõe de uma receção comum e de uma sala

de estar comum com TV, ar condicionado, sistema de som integra-

do, acesso a um pequeno bar e a uma imponente lareira à moda an-

tiga e brevemente acesso à internet, comodidades que proporcio-

nam aos seus hóspedes uma estadia agradável e plena de conforto.

Cada um dos apartamentos tem uma cozinha totalmente equipada

assim como uma sala de estar. Um dos apartamentos, o Framboesa,

está preparado para pessoas com mobilidade reduzida. No exterior

existe um pequeno jardim com um lagar e terraço com churras-

queira, mobiliário de jardim e um vista maravilhosa sobre a região.

Uma das curiosidades dos apartamentos é o facto de lhe ter-

em sido atribuídos nomes e decorações temáticas associadas aos

pequenos frutos: mirtilo, amora, framboesa, fisális e uva. Isto deve-

-se ao facto de a produção e comercialização de mirtilo assumir

grande expressão no município de Sever do Vouga, sendo consi-

derado a “capital do mirtilo”.

Vougaldeias, Lda

Couto de Baixo

3740-036 Couto de Esteves

Telem.: +351 966 313 040

GPS: 10.752369, -8.305622

[email protected] | http://vougaldeias.com

Page 38: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

38

soas; a Casa Castanha que corresponde a um T2 com capacidade

até 5 pessoas; e a Casa Verde, que corresponde, também, a um T2,

mas com capacidade até 6 pessoas.

Dedicada a facilitar momentos de relaxe, paz e privacidade, a

Villa compreende ainda um ginásio, um jacuzzi, sauna e uma chur-

rasqueira, no sentido de proporcionar “memórias saudáveis” aos

seus hóspedes.

AS CASAS

A escassos 45km de Aveiro e 85km do Porto, a Villa Redouça,

com vistas sobre o vale do Vouga, harmoniza os traços da arquite-

tura vernacular com as linhas arquitetónicas mais contemporâneas,

resultando num interessante conjunto edificado. O conforto é uma

prioridade e a utilização de materiais ecológicos, na sua construção,

respeita os princípios de um turismo ambientalmente sustentável.

A Villa Redouça está estruturada em 3 casas independentes: a

Casa Laranja, que corresponde a um T1 com capacidade até 3 pes-

DA IDEIA AO PROJETO

Redouça ou redoiça é o nome se dá a um assento suspenso

por cordas nas extremidades, usado para uma pessoa se sentar e

baloiçar. Em Cedrim, na Villa Redouça, não é um baloiço que vai

encontrar, mas uma Villa pensada ao pormenor para se sentir

embalado pelo aconchego de um ambiente sereno, relaxante e

descontraído. Um lugar onde poderá cuidar do seu corpo e do seu

espírito, em plena sintonia com a natureza, a montanha, os vales e

as belas paisagens envolventes. Quem o afirma é Pedro Cardoso,

proprietário da Villa Redouça e médico de profissão, ciente de que a

saúde física e mental depende do perfeito equilíbrio entre o corpo e

a mente e que a tranquilidade do campo e o ar puro da montanha,

muito contribuem para atingir esse equilíbrio.

A ideia de desenvolver um projeto turístico já era antiga e ga-

nhou maior expressão, com a possibilidade de apresentar candida-

tura ao sub-programa 3 do PRODER. Cumpridas todas as formali-

dades o projeto foi aprovado em janeiro de 2013 e em setembro do

mesmo ano as obras ficaram concluídas. O projeto contemplava a

criação de um posto de trabalho permanente.

Villa Redouça“Armava uma redouça em que me divertia imenso, levado

pendularmente” pelo espaço verde ao encontro do azul celeste,na branca paz. *(Aquilino Ribeiro, Cinco Reis de Gente, 1948)

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Villa Redouça

Redouça | 3740-018 Cedrim

Telem.: +351 966 831 615 | +351 910 988 931

40.719272, -8.330855

[email protected] | http://villaredouca.com/index.html

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Aldeia do Codeçal“A Aldeia do Codeçal proporciona ao visitante a experiência

de explorar a oitava maior serra de Portugal continental,num espaço de tranquilidade e de beleza natural, único,

onde se destaca a grande biodiversidade e o sossegoque faz esquecer todo a azáfama do estilo de vida ocidental”.

DA IDEIA AO PROJETO

Foi a paixão pela serra de Montemuro e o gosto pela recupe-

ração de casas antigas que levou Osvaldo Magalhães, comerciante

de móveis, a transformar o lugar do Codeçal, em Gosende, numa

simpática e aco-lhedora “aldeia turística”.

Começou por comprar uma casa, depois outra, e outra, e quan-

do se deu conta já era proprietário de várias casas típicas de granito,

na sua maioria de pequena dimensão, para as quais tinha um pro-

jeto, algo ambicioso: transformá-las em unidades de Turismo no Es-

paço Rural, na modalidade de Casas de Campo.

Quando idealizou este projeto o número de unidades de TER, no

planalto da serra de Montemuro, no município de Castro Daire, era

praticamente nulo, o que no seu entender era uma grande lacuna,

dado o potencial turístico que este espaço natural oferece, ao longo

das quatro estações do ano.

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Aldeia Turística do Codeçal

Lugar do Codeçal, Gosende | 3600-474 Castro Daire

Telem.: + 351 917 632 723 | +351 938 429 072

GPS: 41° 0’19.85”N, 7°54’41.21”W

[email protected] | http://www.aldeiadocodecal.com

Decidiu pôr mãos à obra e viu no PRODER a oportunidade que

lhe faltava para se lançar no desafio de transformar o Codeçal na

primeira “aldeia turística” da serra de Montemuro.

Apresentou a sua candidatura e com a aprovação do projeto,

em março de 2010, Osvaldo Magalhães logo avançou com as obras.

O projeto envolveu a readaptação de 7 casas de campo, num total

de 12 quartos.

A ALDEIA DO CODEÇAL

As Casas de Campo da Aldeia do Codeçal têm nomes de atores,

artistas plásticos, músicos, e outros amigos e conhecidos de longa

data, do Sr. Osvaldo, que já visitavam, com alguma frequência, a ser-

ra de Montemuro e têm agora mais um motivo para o fazer:

• Casa Kjellaug Marie, composta por um quarto, sala de estar, kitch-

net equipada com frigorífico e fogão elétrico, casa de banho e la-

reira;

• Casa Silvia Fossati, composta por um quarto, sala de estar, kitch-

net equipada com frigorífico e fogão elétrico, casa de banho e ar

condicionado;

• Casa João Collon, composta por um quarto, sala de estar, kitch-

net equipada com frigorífico e fogão elétrico, casa de banho e ar

condicionado;

• Casa Alice Eftlang, composta por um quarto, kitchnet equipada

com frigorífico e fogão elétrico, casa de banho e ar condicionado;

• Casa Dina Aguiar, composta por um quarto duplo, sala de estar,

kitchnet equipada com frigorífico e fogão elétrico, casa de banho e

ar condicionado;

• Casa Mendel, composta por um quarto, sala de estar, kitchnet

equipada com frigorífico e fogão elétrico, casa de banho e lareira;

• Casa Nova, composta por um quarto, sala de estar, kitchnet equi-

pada com frigorífico e fogão elétrico, casa de banho e lareira;

• Casa do Artista, composta por dois quartos, um salão com sala

de jantar, sala de estar com sistema de som, lareira, casa de banho,

cozinha equipada e aquecimento central;

• Casa do Codeçal, composta por dois quartos com aquecimento

elétrico, sala de estar + jantar, lareira, kitchnet equipada com frigorí-

fico e fogão, e casa de banho.

Estas casas são ideais para receber hóspedes que viajam em

grupo uma vez que, no seu todo, têm capacidade para acolher 24

pessoas, com a vantagem de existir um espaço comum, a “Casa do

artista”, onde se podem juntar para conviver, ver televisão, jogar,

preparar petiscos e passar um serão bem divertido. Durante o dia

têm toda a serra de Montemuro e o restante território das Mon-

tanhas Mágicas, para explorar.

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a certificaçãodo destinomontanhas mágicas

Em novembro de 2013, na sequên-

cia da candidatura que foi apresentada

pela ADRIMAG à Federação Europeia de

Parques, o território das Montanhas Mági-

cas foi reconhecido como destino turístico

sustentável, ao abrigo da Carta Europeia de

Turismo Sustentável em Áreas Protegidas (e

classificadas).

O galardão que lhe foi atribuído baseou-

se na constatação da existência de um

riquíssimo património natural e cultural as-

sociado aos sítios classificados da Rede Na-

tura 2000 - Rio Paiva, Rio Vouga, Serras da

Freita e Arada e Serra do Montemuro, bem

como na área classificada do Arouca Geopa-

rque, e ainda, no reconhecimento do valor

da estratégia e dos objetivos definidos para

o território, e do programa de ação a imple-

mentar ao longo dos próximos cinco anos.

Os espaços naturais anteriormente

referidos são, sem dúvida, a base para um

desenvolvimento turístico sustentável do

território. A consciencialização sobre a

importância do seu estudo, preservação e

conservação é tão relevante como a ne-

cessidade que os habitantes, empresas e

instituições sentem de os valorizar e deles

tirarem partido, no sentido de incrementa-

rem a economia local, melhorarem a sua

qualidade de vida e de criarem condições

para a sua fixação no território, reduzindo o

despovoamento a que as regiões rurais e de

montanha estão votadas.

A Carta Europeia de Turismo Susten-

tável surgiu assim como uma oportunidade

para promover a consolidação do território

Montanhas Mágicas enquanto unidade ter-

ritorial e destino turístico único.

Ao longo dos trabalhos de elaboração

da Carta Europeia de Turismo Sustentável

ficou claro, para todas as partes envolvi-

das, que é imprescindível que o território

se consolide como um destino de Turismo

de Natureza de excelência, sempre aliado

à componente cultural e gastronómica de

grande qualidade que carateriza todos os

municípios CETS.

oferta turística

No que diz respeito à Oferta Turística

foram identificados sete produtos estraté-

gicos para a organização e desenvolvim-

ento do território como destino turístico:

as águas bravas, as águas termais, a geo-

logia, as montanhas, o património e a

cultura, a gastronomia e os vinhos. Estes

produtos, associados à oferta de serviços

de alojamento, restauração e animação, já

existente, representam a base do desen-

volvimento turístico do Território CETS das

Montanhas Mágicas.

procura turística

Ao nível da Procura Turística existe um

grande potencial a explorar em toda a faixa

litoral Centro Norte, incluindo a Área Met-

ropolitana do Porto até à Região da Galiza,

a Norte, e as sedes dos distritos de Coim-

bra, Viseu e Vila Real no interior, a menos

de duas horas de distância, constituindo um

mercado de proximidade de mais de 5 mil-

hões de pessoas. Deve ainda ser valorizada

e potenciada a proximidade (uma hora) ao

Aeroporto Internacional Francisco Sá Car-

neiro no Porto, com mais de 6 milhões de

entradas por ano e que apresenta uma taxa

crescente de turistas graças ao efeito das

companhias low cost.

estratégia e objetivos

Identificados os produtos turísticos

estratégicos e os potenciais mercados,

importa definir a estratégia de desenvolvi-

mento turístico para o território das Mon-

tanhas Mágicas.

Esta estrutura-se em quatro pilares de

ação, fundamentais, que procuram dar res-

posta, por um lado, aos maiores problemas

carta europeia de turismosustentável dasmontanhas mágicasDA ESTRATÉGIA À AÇÃO

TEXTO: Carminda GonçalvesFOTOGRAFIAS: Arquivo da ADRIMAG

em destaque

Page 43: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

43

carta – parte II

Além da implementação da estratégia e

do programa de ação da CETS, a ADRIMAG

dará início, durante o ano de 2014, à imple-

mentação da Parte II da CARTA. Esta fase

destina-se a certificar as empresas de tur-

ismo locais, que trabalham em estreita co-

laboração com a entidade responsável pela

gestão da CETS, neste caso a ADRIMAG,

através da assinatura de acordos de parceria

entre ambas as partes.

Este processo exige um trabalho conjunto

entre a ADRIMAG e a Federação Europarc e

entre as empresas de turismo e a ADRIMAG.

Em primeira instância a ADRIMAG de-

verá comunicar à Federação Europarc a sua

intenção de dar início à implementação da

Parte II da CARTA solicitando, para o efeito,

a respetiva documentação e metodologias.

A ADRIMAG deverá assegurar a correta

implementação da Parte II da CARTA através

da apresentação da necessária documenta-

ção à Federação Europarc, da preparação

da equipa responsável, da verificação dos

critérios de certificação das empresas de

turismo, e da preparação e assinatura dos

acordos de parceria.

As empresas que desejam ser certi-

ficadas devem, por sua vez, solicitar a ne-

cessária informação e documentação à

ADRIMAG.

sentidos pelo território, e por outro lado, às

expectativas de se satisfazer uma procura

crescente. Estes pilares estratégicos cor-

respondem igualmente aos objetivos gerais

de desenvolvimento de um turismo susten-

tável no território:

• Identidade Territorial: consolidar a identi-

dade territorial das Montanhas Mágicas;

• Identidade Visual: consolidar a imagem da

marca “Montanhas Mágicas” e promover o

território como um destino de Turismo Sus-

tentável;

• Conhecimento: produzir e fornecer infor-

mação sobre e para o Território CETS das

Montanhas Mágicas e formar os recursos

humanos do setor do turismo;

• Organização: organizar e vender a oferta

turística do território CETS das Montanhas

Mágicas.

da estratégia à ação

A ADRIMAG, em colaboração com os

seus parceiros locais, regionais e nacionais,

já deu início à implementação da estraté-

gia e do programa de ação das Montanhas

Mágicas® para o período 2013-2017.

As reuniões da Equipa Técnica de Pro-

jeto e do Fórum realizadas no passado dia

19 de fevereiro tiveram como principal ob-

jetivo fazer um ponto de situação das ações

de coordenação, materiais e imateriais que

já estão a ser implementadas e aquelas que

podem começar a ser desenvolvidas du-

rante o ano de 2014.

Pretende-se que a dinâmica gerada pe-

los Fóruns da Carta Europeia de Turismo

Sustentável das Montanhas Mágicas®, con-

tribua para recolher contributos dos seus

membros para a definição da estratégia de

Desenvolvimento Local de Base Territorial

(DLBC) das Montanhas Mágicas®, para o

novo período de programação 2014-2020.

“O DLBC é uma ferramenta que visa envolv-

er os atores locais no desenvolvimento de

respostas para os desafios sociais, ambien-

tais e económicos que enfrentamos hoje”.

A possibilidade des-ta ferramenta facilitar a

implementação de abordagens integradas

dos Fundos Estruturais Europeus de Inves-

timento, poderá revelar-se, também, da

maior importância para a execução dos pro-

jetos e ações definidos no âmbito da CETS.

requisitos básicosde certificaçãodas empresas:

• Participar no fórum estabelecido pela

ADRIMAG, entidade gestora da CARTA;

• Participar na implementação da estraté-

gia de turismo sustentável das Montanhas

Mágicas;

• Acordar um plano de ação com a

ADRIMAG através do qual se comprometem

a desenvolver as suas atividades de forma

sustentável;

• Enviar o programa de atividades, junta-

mente com os documentos necessários

para a ADRIMAG.

processo de avaliação

• A empresa receberá a visita de um verifica-

dor para conferir o programa de atividade e

os compromissos assumidos pela empresa

de turismo;

• A empresa deve assinar o acordo de par-

ceria com a entidade gestora da CARTA

comprometendo-se a implementar o plano

de ação;

• Ao fim de três anos a empresa deve re-

novar seu plano de ação.

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Page 44: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

44

interview

Thomas Hansson

entrevista

A Federação EUROPARC, fundada em 1973, é a maior orga-

nização não-governamental representante dos Parques Nacionais,

Parques Regionais e outras áreas protegidas da Europa. Atualmente

conta com mais de 400 membros distribuídos por 36 países euro-

peus.

O principal objetivo da Federação EUROPARC é facilitar e en-

corajar a cooperação internacional no sentido de valorizar e preser-

var o nosso património natural e cultural coletivo de modo a que o

mesmo possa ser usufruído pelas gerações futuras.

Atualmente a Federação EUROPARC é reconhecida como uma

organização composta por profissionais ligados à proteção da na-

tureza na Europa que se comprometem a assegurar o futuro das

nossas áreas protegidas.

Thomas Hansson preside a esta organização não-governamen-

tal pan-europeia das Áreas Protegidas na Europa, desde setembro de

2011. Aceitou o nosso convite para responder a algumas questões

sobre a Federação EUROPARC e sobre a importância do desenvolvi-

mento do turismo, ao abrigo dos princípios da Carta Europeia de

Turismo Sustentável em Áreas Protegidas, assente em estratégias de

desenvolvimento e planos de ação com qualidade.

Sr. Thomas Hansson,

1. Em 2013 a Federação Europarc comemorou 40 anos de

existência. Qual o balanço que faz do trabalho que tem vindo a ser

desenvolvido pela Federação Europeia de Parques desde 1973?

Grande parte do trabalho desenvolvido no âmbito da proteção

da natureza tem mudado nos últimos 40 anos, assim como o con-

texto Europeu. Grande parte da Europa faz, agora, parte da UE e

tem implementado a diretriz dos Habitats e Espécies. A Federação

tem desenvolvido o seu trabalho no sentido de preservar as Áreas

protegidas e pretende, agora, alargar a sua atividade a uma maior e

mais interessada audiência. Estamos a trabalhar mais próximos e em

conjunto permitindo-nos facilitar o setor da investigação e o desen-

volvimento das Áreas protegidas através de uma relação inovadora

e mais integradora com os nossos parceiros, visitantes e embaixa-

dores. Procuramos trabalhar com a população pela natureza e pelo

futuro.

2. Em que medida a Carta Europeia de Turismo Sustentável, em

áreas protegidas e classificadas da Europa, tem contribuído para que

esses espaços naturais se destaquem do ponto de vista turístico?

O mais importante do ponto de vista turístico é desenvolver um

sistema de acolhimento e um conjunto de espaços e lugares bem

cuidados onde os turistas possam disfrutar e, ao mesmo tempo,

contactar com áreas bem preservadas.

O destaque assenta numa boa imagem e num trabalho bem fei-

to no que diz respeito à arte de bem receber os visitantes. Podemos,

agora, em conjunto, trabalhar mais a visibilidade ao nível europeu

PRESIDENT OF THE EUROPARC FEDERATIONPRESIDENTE DA FEDERAÇÃO EUROPARC

Page 45: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

45

através da rede da Carta Europeia.

3. Quais são os maiores desafios que os territórios com Carta

enfrentam na atualidade?

Eu considero que os visitantes serão mais exigentes em termos

de serviços e contactos online com as entidades gestoras. Algumas

áreas sofrerão uma redução de financiamento público pelo que pre-

cisarão de encontrar voluntários e realizar parcerias. Teremos de nos

adaptar a um contínuo desenvolvimento dos serviços. A Carta é um

passo inicial em direção ao futuro.

4. Em Portugal existem 1 Parque Nacional, 13 Parques Naturais,

11 Reservas Naturais, 11 Paisagens Protegidas, 7 Monumentos Na-

turais, 1 área protegida privada, bem como 96 Sítios de Importância

Comunitária (SIC) e 59 Zonas de Proteção Especial (ZPE), ao abrigo

da Rede Natura 2000.

Do que lhe é dado saber, considera que o país tem sabido

preservar, valorizar e tirar partido do importante património natu-

ral classificado que detém, nomeadamente no que respeita ao seu

aproveitamento turístico?

Para o turismo, as Áreas Protegidas são apenas uma pedra pre-

ciosa identificada na paisagem. As áreas protegidas dependem da

qualidade do ar e da água do nosso ambiente comum, mas tam-

bém participam no desenvolvimento económico. Estamos todos

sob pressão das alterações climáticas e isso vai influenciar especial-

mente a situação hidrológica. Durante este período de adaptação

climática e de mitigação, iremos enfrentar novas condições para os

habitats naturais que temos vindo a proteger e preservar, as quais

deverão ser acompanhadas continuamente, pelo que a comunica-

ção e relatórios de monotorização serão essenciais. Natureza e eco-

logia estão em constante mudança, pelo que temos a responsabi-

lidade de acompanhar com interesse o que pode ser uma atração

para o desenvolvimento do turismo.

5. Que recomendações gostaria de deixar aos agentes locais en-

volvidos na promoção e implementação da Carta Europeia de Tu-

rismo Sustentável das Montanhas Mágicas, território recentemente

certificado pela Federação Europarc?

Considero que têm feito um grande trabalho para chegar ao

ponto em que estão. O passo seguinte será ainda mais desafiador,

no sentido de estabelecer uma cooperação bem sucedida. Para

mim, os atores locais nestas áreas deveriam olhar para o “Locus

genius”, ou seja, as características especiais que os definem e que

provêm da história natural, da identidade cultural e do uso susten-

tável dos seus valores. Estamos a atravessar um momento em que

os agentes de desenvolvimento interessam-se em identificar e aliar

a gastronomia de diferentes lugares aos recursos naturais existentes,

o que, através de uma boa cooperação entre as entidades de acolhi-

mento presentes na área, gerará bons resultados. Então, divulguem

o que têm e quem são, mas façam-no de uma forma genuína, des-

pertando, assim, o interesse dos media.

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Page 46: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

46

The EUROPARC Federation, founded in 1973, is the largest non-

governmental organization representative of the national and re-

gional Parks and other Protected Areas of Europe. It currently has

over 400 members spread over 36 European countries.

The main aim of the EUROPARC Federation is to facilitate and

encourage international cooperation in order to enhance and pre-

serve our collective cultural and natural heritage so that it can be

enjoyed by future generations.

Currently the EUROPARC Federation is recognized as an orga-

nization composed by professionals linked to nature protection in

Europe who are committed to ensuring the future of our Protected

Areas.

Thomas Hansson is the President of this pan-European and

non-governmental organization of Protected Areas in Europe, since

September 2011. He accepted our invitation to answer some ques-

tions about the EUROPARC Federation, and about the importance of

developing tourism under the principals of the European Charter For

Sustainable Tourism in Protected Areas, based on a good develop-

ment strategy and action plan.

Mr. Thomas Hansson,

1. In 2013 the Europarc Federation celebrated 40 years of exis-

tence. What’s the balance of the work that has been developed by

the European Federation of Parks since 1973?

Much of the work for protected nature has changed in the last

40 years, the European situation has also changed a lot. Much of

Europe is now part of the EU and has implemented the Habitat and

species directive. The situation for the Federation is that we are

much in a situation where we have protected, preserved and now

has to present the Protected Areas to a larger, more interested and

initiated audience. We are working more closer together and the

Federation can be facilitating the research and development sector

for Protected Areas and relate to an innovative and including relation

to our partners, visitors and ambassadors. I feel that we work with

people for nature and the future.

2. To what extent the European Charter for Sustainable Tourism

in protected and classified areas of Europe, has contributed to these

natural spaces become highlighted from the tourist point of view?

The most important for the tourist point of view and for the Pro-

tected Areas is that we have managed to organize a system of wel-

coming and well-managed places for tourists to visit and enjoy and

at the same time have the areas well preserved.

The highlighting lies within a good reputation and a good go-

vernance for hosting visitors. We can do more on the visibility on the

European level together with the charter network.

3. Nowadays, what are the biggest challenges that the territories

with Charter are facing?

I think the visitors will be more demanding on service, online-

connection with the managers and some areas will have lower pu-

blic funding and need to find volunteers and business-partners. We

must be better on adaptation and continuous development of ser-

vices. The Charter is an initial step in the stairway to the future.

4. In Portugal there is 1 national park, 13 natural parks, 11 nature

reserves, 11 Protected Landscapes, 7 Natural Monuments, 1 private

Protected Area as well 96 Sites of Community Importance (SCI) and

59 Special Protection Areas (SPAs) under the Natura 2000 network.

From what you get to know, do you believe that the country has

been able to preserve, enhance and take advantages of its important

natural heritage, in particular with regard to their use for tourism?

For tourism, the Protected Areas are just the identified gemstone

in the landscape. The Protected Areas are depending on the quality

of air and water in our common environment but also a part of the

economic development. We are all under pressure of the coming

climate change and this will especially influence the hydrological

situation. During this period of climate-adaption and -mitigation we

are facing new conditions for the natural habitats we are protect-

ing and preserving and this can be met by continuous monitoring

and communication and the reporting of the monitoring. Nature

and ecology is a changing environment that we have the responsi-

bility to follow with interest which can be an attraction for tourism

development.

5. What recommendations would you like to leave to the local

actors involved in the promotion and implementation of the Euro-

pean Charter for Sustainable Tourism of the Magic Mountains, terri-

tory recently certified by the EUROPARC Federation?

I think they have done a great job to get to the point where they

are. The next step happens to be even more challenging, in order

to establish a successful cooperation. In my mind the local actors

in these areas should be looking at the “Locus genius” the special

features they have from naural history, cultural identity and a sus-

tainable use of the values.

We are facing a time when developers are keen on identifying

the food of different places, the origin of natural features and with a

good cooperation among the hosts in the area this will deliver tan-

gible results. So tell people what you have and who you are and do

this your own way being genuine, in this way catching the interest of

social media and rapid communication.

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Page 47: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

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O Município de Cinfães, deu início, no mês de fevereiro de 2014,

à execução da candidatura PROVERE do Plano de Gestão e Salva-

guarda do Vale do Bestança - um projeto que visa, em acordo com

a responsabilidade social e ambiental dos atores locais, contribuir

para a gestão e salvaguarda da área ecológica que envolve o Rio

Bestança – desde a nascente à foz, no âmbito de uma estratégia

sustentável que permita conciliar a garantia de exploração das quali-

dades ecológicas pelos mercados de desenvolvimento atual, com a

plena manutenção dos potenciais valores existentes para as gera-

ções vindouras.

O custo total da operação é de 754.523,01€, com um finan-

ciamento de 603.618,41€ do FEDER. A restante despesa implícita à

execução integral, 150.904,60€ é assegurada no modelo de autofi-

nanciamento, pela responsabilidade da Autarquia enquanto promo-

tor. O período de execução, previsto para 24 meses, arranca agora

com uma implementação contínua que deverá terminar em Junho

de 2015.

No âmbito da operação, pretende-se requalificar e revitalizar

uma área de depressão social, para potenciação económica através

da excelência ecológica/natural, patrimonial e cultural, tendo por

base um plano para a sustentabilidade dos recursos disponíveis num

território de baixa densidade: Rio e Vale do Bestança, em toda a dis-

tância do corredor fluvial desde a nascente na Freguesia de Alhões,

até à foz no rio Douro na Freguesia de Cinfães e Oliveira do Douro

– em cada uma das respetivas margens.

Pela tradição montanhosa e ribeirinha, no conjunto das duas

vertentes que suportam as origens endógenas do território, e aten-

tos na proteção, valorização e dinamização dos recursos, conside-

raram-se os seguintes objetivos estratégicos:

- Organizar e promover ações de educação e eco-sensibilização;

- Impulsionar o turismo numa perspetiva de criação de emprego e

geração de riqueza local;

- Planear e possibilitar a ocorrência de eventos temáticos;

- Fomentar a ideia de destino de qualidade e referência;

- Promover o conhecimento científico com exemplos práticos;

- Reforçar e dinamizar a rede de parcerias para o desenvolvimento.

E com base nas orientações técnico-científicas reunidas, foi

possível chegar a uma plataforma de prioridades de ação que re-

fletem as quatro orientações mais relevantes para a intervenção de

valorização e os seus respetivos eixos prioritários de desenvolvi-

mento, que assentam nos seguintes objetivos operacionais:

a) Fomentar a recuperação biofísica dos rios e ribeiras por pa-

rametrização do seu potencial e estimular o combate aos proces-

sos de degradação ambiental e paisagística das áreas de maior valor

– pela organização de processos de levantamento e inventariação

de todos os fatores de relevo ao nível do curso aquático do rio, e

respetiva paisagem envolvente;

b) Promover a recuperação de património hidráulico relevante e

plano de gestão e salvaguarda do vale do bestança

UM PROJETO, FINALMENTE, EM MOVIMENTO...

observatório de turismo e ambiente

Page 48: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

48

criar estruturas energéticas ecologicamente

sustentáveis e com real efeito demonstra-

tivo – pela reconstrução e revitalização de

um moinho em locais estratégico, e respe-

tiva instalação de estruturas de produção

energética para o efeito demonstrador e

sensibilizador das populações e grupos em-

presariais;

c) Criar uma rede coerente de fatores

e experiências de interesse turístico, asso-

ciados à fruição natural e cultural da área

– pela recuperação de caminhos medievais

e trilhos de gado para potenciação do tu-

rismo de natureza ao nível do pedestria-

nismo e ciclismo de montanha (BTT) não

poluente;

d) Desenvolver suportes de informação

e educação pedagógica para a sustentabili-

dade da área – pela criação de um centro de

interpretação ambiental como reflexo dos

anteriores.

Em suma, o objeto da operação assenta

na reorganização do espaço do Vale do

Bestança, aumentando a cadeia de valor e

a oportunidade de desenvolvimento e per-

ceção de oportunidade pelas populações,

numa área atualmente desfavorecida e de

depressão socioeconómica, entre a Aldeia

de Alhões e lugar de Porto Antigo, ao longo

de toda a depressão que acompanha o Rio,

e numa faixa longitudinal de aproximada-

mente 2 a 3 quilómetros - sempre no Con-

celho de Cinfães.

Consciente das responsabilidades am-

bientais das organizações municipais, e um

defensor inequívoco das potencialidades

naturais do território, Armando Mourisco

assumiu a prioridade estratégica deste in-

vestimento, orientando os maiores esforços

para a concretização e conciliação de todas

metas previstas. E foi neste sentido que o

município finalizou os primeiros procedi-

mentos de contratação para iniciar rapida-

mente o conjunto de trabalhos da operação

nas várias áreas de atuação e intervenção

do primeiro eixo prioritário, tendo o Autarca

assinado, no passado dia 5 de fevereiro, nos

Paços do Concelho, os três primeiros con-

tratos de serviço de inventariação e moni-

torização académica nas vertentes da água,

ecossistemas e património cultural, nos se-

guintes termos:

1) “Caracterização do estado ecológico

do canal fluvial do Rio Bestança”, com o

objetivo de, numa primeira ação, estudar

a caracterização do estado ecológico do

Rio Bestança, em todo o segmento longi-

tudinal do corredor fluvial entre nascente

e foz, nas diversas componentes do ecos-

sistema aquático – de forma a identificar

as espécies com maior interesse endógeno

para proteção e conservação, bem como

os locais de preservação prioritária e devi-

das medidas orientadoras para limitação à

intrusão.

2) “Caracterização da situação de refe-

rência do Vale do Bestança, no que respeita

à fauna e flora existente”, com o objetivo

de, a partir de uma revisão bibliográfica,

constituir uma base de dados cronológica

dos parâmetros de amostragem possíveis, e

daí as retirar as informações indispensáveis

ao trabalho de campo em cada uma das

áreas de intervenção e, subsequentemente,

monitorizar os focos de maior existência e

relevo para a biodiversidade, que possam

atuar tanto como ponto de atracão para

fluxos turísticos como para comunidades

académicas.

3) “Inventariação e georreferenciação

dos recursos patrimoniais relevantes para

o objeto turístico”, com o objetivo de de-

senvolver uma abordagem territorial sobre

o património histórico, cultural e natural do

espaço geográfico, através da inventariação

e georreferenciação dos recursos patrimo-

niais relevantes para o objeto turístico, e

cuja produção de conteúdos seja aplicável,

quer a suportes de informação/divulgação

escrita, comunicação e orientação dos

visitantes, quer ao planeamento e imple-

mentação de infraestruturas que facilitem a

fruição do território através de rotas e per-

cursos, pela dotação de estruturas perma-

nentes de animação turística utilizáveis a pé

e de bicicleta.

No sentido da prossecução dos parâ-

metros essenciais, o objeto de todos os

estudos aponta para um monitorizações

anuais, por forma a analisar as maiores

modificações e contrastes que se verificam

em cada uma das 4 estações do ano.

Acrescenta-se que “Os Programas de

Valorização Económica de Recursos Endó-

genos” (PROVERE) são uma das quatro tipo-

logias de “Estratégias de Eficiência Coletiva”

(EEC), visando, cada uma delas, estimular

o surgimento de iniciativas de promoção

da competitividade, coerentes, estrate-

gicamente justificadas e integradas num

Programa de Ação. O PROVERE pretende

fomentar a competitividade dos territórios

de baixa densidade, através da dinamiza-

ção de atividades económicas, inovadoras

e alicerçadas na valorização de recursos

endógenos, tendencialmente inimitáveis

do território (recursos naturais, património

histórico, saberes tradicionais ou outros).

O On.2 – o Novo Norte é um instru-

mento financeiro de apoio ao desenvolvim-

ento regional do Norte, integrado no QREN

e no novo ciclo de fundos estruturais da

União Europeia, destinados a Portugal. É fi-

nanciado exclusivamente pelo Fundo Euro-

peu de Desenvolvimento Regional (FEDER)

e apresenta a mais relevante dotação finan-

ceira global dos programas operacionais

regionais.

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49

O domínio de saberes que caracteriza os artesãos dasMontanhas Mágicas, os materiais e as técnicasempregadas na confeção dos produtos artesanaisassociados à inovação e à criatividade,reproduzem a identidade desta região.Esta riqueza aliada às atrações turísticas eà simpatia do povo seduzem os seus visitantes.

De acordo com o Decreto Lei 110/2002 designa-se por ativi-

dade artesanal a atividade económica, de reconhecido valor cultural

e social, que assenta na produção, restauro ou reparação de bens de

valor artístico ou utilitário, de raiz tradicional ou contemporânea, e

na prestação de serviços de igual natureza, bem como na produção

e preparação de bens alimentares, no equilíbrio entre a fidelidade

dos processos tradicionais e a abertura à inovação.

Subentende-se, assim, que Artesanato é o trabalho manual feito

pelo artesão que transforma a matéria prima em objetos com habi-

lidade, destreza, apuro técnico, engenho e arte.

O artesanato tem vindo a assumir uma importância crescente

na sociedade destacando-se em termos económicos, porque gera

rendimento para o agregado familiar, social porque representa um

papel de prestigio para o artesão, artístico porque desperta aptidões,

habilidades e estimula o raciocínio e a criatividade, terapêutico,

porque ajuda as pessoas a serem mais pacientes e diminui a agita-

ção dos mais stressados e cultural, porque permite a perpetuação

de tradições e expressa a cultura da região.

A estratégia de qualificação do artesanato das Montanhas Mági-

cas através do projeto E-Arte permitiu apoiar a qualificação e divul-

gação do artesanato abrindo portas para o desenvolvimento pessoal

e progressão profissional dos seus artesãos.

artesanato nasmontanhas mágicasDO DOMÍNIO DE SABERES À INOVAÇÃOTEXTO: Catarina PradoFOTOGRAFIAS: Arquivo da ADRIMAG

satélite cultural

Page 50: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

50

O projeto E-Arte desenvolvido nos últimos 2 anos, apoiou os

artesãos na legalização da atividade, na obtenção da carta de

artesão e unidade produtiva artesanal, na estratégia de escoamento

das produções e na comercialização através do portal www.eart-

esanato.com e do Guia de Artesanato das Serras de Montemuro

Arada e Gralheira, deu visibilidade à participação dos artesãos em

feiras do setor e realizou ações de formação, em parceria com o

Cearte, nas áreas identificadas com lacunas.

Das formações realizadas até ao momento, destaca-se a criação

de novos produtos, Design criatividade e tendências, Planeamento e

implementação de atividades promocionais para venda e exposição

em feiras e Produtos artesanais enquanto embaixadores das mon-

tanhas mágicas.

Estas ações tem permitido a diversificação de produtos, fazen-

do-se valer da iconografia (símbolos e imagens) típica da região, as-

sim como de técnicas tradicionais aliadas a certas inovações com

o objetivo de dinamizar a produção (como exemplo licor de Mirtilo

para diabetes).

A busca pela renovação do artesanato deve valorizar os elemen-

tos mais comuns e típicos do território, utilizar as cores da paisagem,

a fauna a flora, retratar os costumes mais singulares, utilizar as ma-

térias primas que estão mais próximas e as técnicas que foram pas-

sadas de geração em geração , introduzindo a inovação desejável

para serem vendáveis.

A atividade artesanal ganhou maior dimensão diante das dificul-

dades e necessidades da sociedade, levando-a a procurar soluções

simples para criar novas ferramentas, utensílios ou objetos de varia-

dos tipos. De forma geral valeu-se dos recursos e materiais à sua

volta. Esta extensa gama de artefactos artesanais, nascidos da ne-

cessidade, muitas vezes não se enquadra nos ofícios tradicionais.

A inovação associada a estes artefactos funcionam como produtos

diferenciadores e impulsionaram a necessidade da classificação de

outras artes e ofícios, como exemplo o fabrico de sabões, joalharia,

fabrico de miniaturas, fabrico de bijuteria que ganham uma maior

expressão no território Montanhas Mágicas.

Contudo, importa ressalvar que a adequação do artesanato às mu-

danças tecnológicas ou às expetativas do consumo, que impul-

sionaram o conceito de artesanato urbano ou contemporâneo não

substituem o artesanato dito popular. Ambos podem coexistir no

mesmo território.

A extensa gama de produtos artesanais levou o PPART – Pro-

moção dos Ofícios e das Microempresas Artesanais, a categorizar

o artesanato através do reportório de atividades artesanais. Nesta

perspetiva o artesanato é definido a partir das matérias primas que

definem os distintos ofícios. Para cada matéria prima principal deri-

vam práticas profissionais que resultam em categorias de produção

específicas , com as suas respetivas técnicas ferramentas, produtos

e objetivos.

Para que se mantenha viva a identidade do território é essen-

cial a sua valorização territorial através da cultura e revitalização das

comunidades locais. Os produtos artesanais transformam-se assim

num modo eficaz de aumento dos rendimentos do agregado famil-

iar, sendo explorados como autênticos embaixadores da região e

utilizados nos canais de comercialização direcionados para o tur-

ismo.

E com grande satisfação que vemos o artesanato do território

delinear a seu próprio caminho aliado à estratégia de desenvolvim-

ento Montanhas Mágicas.

A ADRIMAG continuará a desenvolver o seu trabalho com os

artesãos, para que, num futuro próximo possa certificar o artesanato

montanhas mágicas com o selo de certificação e garantia de quali-

dade e origem Montanhas Mágicas.

Deixamos a recomendação: na hora de presentear alguém

escolha um produto artesanal Montanhas Mágicas, feito com

habilidade, engenho e arte (pode fazer a sua encomenda em

www.eartesanato.com)

Page 51: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

51

TEXTO E FOTOGRAFIAS: Helena Caetano e João Rodrigues | SOS Rio Paiva

“os últimos artesãosdo vale do paiva”

satélite cultural

Page 52: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

52

o projecto

Foi sempre do interesse da Associação S.O.S. Rio Paiva, nos

contactos que tem mantido ao longo destes anos com as popula-

ções da região do Vale do Paiva, conhecer toda a estrutura social e

cultural associada às localidades ribeirinhas, bem como aos modos

de vida comunitários e sustentáveis, no sentido de os preservar e

valorizar. Uma das preocupações da Associação foi a constatação

da existência de artesãos, com ofícios e saberes esquecidos ou sem

perspetivas de continuidade, tendo em mente que se nada for feito

a curto prazo, estes acabarão por desaparecer.

O Projeto “Os Últimos Artesãos do Vale do Paiva” pretende co-

nhecer e divulgar o trabalho artesanal, através da edição de um livro

que retrate os ofícios que já raramente se encontram nesta região,

e que dela sempre fizeram parte. Abrange os concelhos de Castelo

de Paiva, Cinfães, Arouca, Castro Daire, S. Pedro do Sul, Vila Nova de

Paiva e Moimenta da Beira.

Muitos dos artesãos que ainda existem neste vale não têm a quem

passar a sua arte, porque os mais novos já não a querem aprender.

O objetivo é conhecer e divulgar os ofícios artesanais, parte im-

portante daquilo que define um povo, que constrói laços sociais e

molda uma comunidade. Visto que é cada vez mais difícil encontrar

ofícios como os do moleiro, funileiro ou do ferreiro, com a mesma

importância que tinham há algum tempo atrás, acreditamos ser

possível, através do registo e divulgação destas profissões, inverter

esta tendência e encontrar formas de despertar novamente o inte-

resse por estas atividades, para que não se percam, e o seu valor seja

devidamente reconhecido.

o livro

O livro representa um trabalho de cerca de dois anos e retrata

alguns dos últimos representantes de artes já raras do artesanato

nacional, como a tamancaria, a arte de lousar, as molhelhas, as cam-

painhas para o gado e as capuchas de burel.

Foram registados cerca de 50 artesãos, que ilustram uma

grande variedade de ofícios ainda existentes no Vale do Paiva, e que

serão retratados num livro com cerca de 200 páginas, de formato

230X300, encadernado com capa dura.

Profusamente ilustrado com fotografias que mostram modos

de fazer, e textos que con-tam histórias de vida, este livro dá a co-

nhecer uma realidade portuguesa diferente da que nos habituamos

nos meios urbanos.

a associação

Este projeto será desenvolvido pela Associação S.O.S. Rio Paiva,

uma associação constituída por um grupo de cidadãos empenhados

na defesa e preservação do vale do Rio Paiva, classificado como um

Sítio de Importância Comunitária (S.I.C.) da Rede Natura 2000.

Defendemos a promoção de uma relação harmoniosa e susten-

tada entre o homem e o rio Paiva e seus afluentes, com respeito pela

riqueza cultural e natural deste grandioso vale, encaixado entre as

serras de Leomil, Montemuro e Freita, onde podem ser encontradas

várias espécies raras, algumas das quais em vias de extinção e pro-

tegidas por Convenções Internacionais.

Page 53: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

53

A Associação SOS Rio Paiva tem como objetivo encontrar

soluções de promoção do Rio Paiva não só como um importante

valor ecológico a preservar, mas também toda a componente so-

cial e cultural associada às localidades ribeirinhas e aos modos de

vida comunitários e sustentáveis que pretendemos ver preservados

e valorizados.

A Associação S.O.S. Rio Paiva tem vindo a desenvolver um tra-

balho não só de importante valor ecológico, no sentido da preserva-

ção da fauna e flora, mas também na acumulação de conhecimen-

tos sócio-geográficos profundos de todo o vale.

Ao longo dos anos, conseguimos estabelecer uma estreita liga-

ção com as populações, partilhando conhecimentos e ideias, que

nos fazem ter consciência da realidade que se vive nesta região.

acerca dos autores

João Rodrigues trabalha em cinema desde 2004. O seu filme de

fim de curso “Preto & Branco” foi incluído na programação de deze-

nas de festivais de cinema, da Índia a Cuba. Já trabalhou com nomes

sonantes e outros menos ouvidos, e encontra-se a terminar a sua 4ª

curta-metragem, intitulada “Fortunato - D’aqui até S. Torcato”, um

épico rural passado entre o Douro e Minho. Decidiu dedicar dois

anos da sua vida a este projeto, pois acredita que a definição de

Artesanato na Teoria de Arte necessita de ser reescrita. Neste livro é

responsável pela fotografia e textos.

Helena Caetano deu aulas de Educação Musical no ensino pú-

blico durante 8 anos. Natural de Castelo de Paiva, atualmente dedica

todo o seu tempo a fazer o livro sobre os Artesãos do Vale do Paiva.

Decidiu desenvolver este projeto com o objetivo de, acima de tudo,

valorizar as pessoas que dedicam uma vida a uma arte. É respon-

sável pela produção e pelos textos do livro.

CONTACTOS:SOS Rio PaivaASSOCIAÇÃO DE DEFESADO VALE DO PAIVAwww.riopaiva.org

[email protected]

[email protected]

917101359 [Helena Caetano]

CASTELO DE PAIVA | CINFÃES | AROUCA | CASTRO DAIRE | S. PE-

DRO DO SUL | VILA NOVA DE PAIVA | SERNANCELHE | SÁTÃO | MOI-

MENTA DA BEIRA

Page 54: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

54

8 a 16 de MARÇOXIV EDIÇÃO DA ROTA DA LAMPREIA

E DA VITELA

Sever do Vouga

A Confraria Gastronómica de Sever do

Vouga aceitou, uma vez mais, o desafio lan-

çado pelo município de Sever do Vouga em

organizar o XIV evento da Festa da Lampreia

e da Vitela, contando para o efeito, com a

colaboração da Edilidade local e da Enti-

dade Regional da Turismo Centro de Portu-

gal, para a sua promoção. É por esta via que

se faz justiça às tradições gastronómicas do

concelho e à sua história, pois já nos tem-

pos da Idade Média, a Lampreia prestava-se

como iguaria e como forma de pagamento

de impostos aos senhores feudais.

É neste ambiente de festa que Sever do

Vouga o convida a saborear a sua gastrono-

mia local nomeadamente, o “Arroz de Lam-

preia”, a “Lampreia à Bordalesa” e a Vitela

Assada com Arroz do Forno, associando

este prazer gastronómico com outras ex-

periências mais radicais, tais como algumas

atividades levadas a efeito no Rio Vouga -

Viagens noturnas e Estórias numa Bateira.

Imaginar para quê?

VENHA EXPERIENCIAR!

14 de MARÇOCOMEMORAÇÃO DOS 500 ANOS DO

FORAL MANUELINO DE CASTRO DAIRE

Centro Municipal de Cultura de Castro

Daire

Castro Daire assinala dia 14 de março os

500 anos do seu Foral Manuelino. Todos os

forais do território de Castro Daire foram

concedidos por D. Manuel ao longo do ano

de 1514. Assim sendo, o município iniciará as

agenda

8 a 16 de MARÇOXIV EDIÇÃO DA ROTA DA LAMPREIAE DA VITELASever do VougaTel.: +351 939 673 232

14 de MARÇOCOMEMORAÇÃO DOS 500 ANOS DO FORAL MANUELINO DE CASTRO DAIRETel.: +351 232 382 214

19 a 23 de MARÇOA INTERMUNICIPALIDADE NAREGIÃO DE LAFÕESComemorações do DIA MUNDIAL DA FLO-RESTA em Lafões – 2014Vouzela, Oliveira de Frades e S. Pedro do SulTel.: +351 323 723 003www.cm-spsul.pt | [email protected]

22 de MARÇOINTER-FERÊNCIAS - MAKING MODAVÍDEO | DESIGNER | MODACentro das Artes e do Espetáculo de Sever do VougaCom Beatriz Pereira & Tatiana Amador O espetáculo realizar-se-á pelas 21 horasTel.: +351 234 590 470

22 de MARÇOCIRCUITO NGPS - EM BTT PELAS ROTAS DE VALE DE CAMBRATel.: +351 91 630 42 22 | +351 256 420 510http://www.valedosduros.com

22 e 23 de MARÇOFUMEIRO NA SERRAAldeia da Gralheira, CinfãesTel.: +351 255 571 466 | +351 255 560 560

28 a 30 de MARÇOIX GESTO ECO SOLIDÁRIOS. Pedro do SulTel.: +351 232 723 003www.cm-spsul.pt | [email protected]

29 de MARÇODOWNHILL URBANOParque da Cidade e Centro da Cidade de Vale de CambraProvas e perícias em cima de uma bicicleta ao longo da zona urbana do concelho. Horário: 14h - 17hTel.: +351 256 420 510

4, 5 e 6 de ABRILFIM DE SEMANA GASTRONÓMICORestaurantes de Vale de CambraTel.: +351 256 420 510

comemorações dos 500 anos da atribuição

do foral já no próximo dia 14 de março, ini-

ciativas comemorativas que se prolongarão

durante todo o ano de 2014 com diversas

atividades alusivas a esta temática.

Page 55: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

55

22 de MARÇOCIRCUITO NGPS - EM BTT PELAS ROTAS

DE VALE DE CAMBRA

As bicicletas “rolarão” entre a Serra da

Escaiba, a Serra do Arestal e a Serra da Freita.

A organização é dos “Vale dos Duros” (grupo

BTT), com o apoio do “BTT Vale de Cambra”

(grupo BTT). É promovido pela Câmara Mu-

nicipal de Vale de Cambra e ajudará - através

da receita angariada - os Bombeiros Volun-

tários de Vale de Cambra para as obras do

novo quartel.

22 e 23 de MARÇOFUMEIRO NA SERRA

Aldeia da Gralheira, Cinfães

A Associação Recreativa, Cultural e

Desportiva da Gralheira, em colaboração

com o município de Cinfães promove a fei-

ra “Fumeiro na Serra” com vista à promoção

do fumeiro local, artesanato e produtos

endógenos. Dois dias de pura animação

enraizada nas tradições do município. Para-

lelamente decorrerá a “Rota do Pão” com

a confeção de pão à moda antiga no forno

a lenha.

28 a 30 de MARÇOIX GESTO ECO SOLIDÁRIO

S. Pedro do Sul

S. Pedro do Sul vai receber, pelo nono

ano consecutivo, mais um gesto Eco

Solidário, sob o tema Montanhas Mágicas.

O evento dará a oportunidade de conhecer

S. Pedro do Sul e toda a região. Para além

do encontro de autocaravanismo, será feita

a apresentação do projeto “Rota da Água e

da Pedra”.

4, 5 e 6 de ABRILFIM DE SEMANA GASTRONÓMICO

Restaurantes de Vale de Cambra

Durante os jantares de sexta e sábado

e os almoços de domingo, os restaurantes

servem iguarias como a vitela assada, os ro-

jões ou cozido à portuguesa. É obrigatório

provar os enchidos, o presunto ou o queijo

com bom vinho verde das castas locais. O

Leite Creme, a Sopa Seca ou a Aletria são

as sobremesas de destaque. Nesta sexta

edição, o cenário não será diferente com

cerca de 2 dezenas de restaurantes do mu-

nicípio a aderirem para lhe mostrar o que

de lhe melhor se serve à mesa, por cá. Há

desconto durante todo o fim de semana

(10% no prato e sobremesa).

Nos jantares de sexta e sábado, haverá

apontamentos musicais. Os músicos serão

da Academia de Música de Vale de Cambra,

Banda Musical Flor da Mocidade Junquei-

rense e Sociedade Artística Banda de Vale

de Cambra.

5 de ABRILVARANDAS DA FELGUEIRA

Percurso Pedestre na freguesia de Arões-

Vale de Cambra

Encontro junto ao “Mira Freita” (restau-

rante). Início do percurso às 9h30.

Participação gratuita.

12 e 13 de ABRILFIM ENDURO WORLD CHAMPIONSHIP

Vale de Cambra

Ao longo de todo o dia.

Pilotos de todo o mundo encontram-se

em Vale de Cambra para o Campeonato do

Mundo de Enduro. Com pistas espalhadas

5 de ABRILVARANDAS DA FELGUEIRATel.: +351 256 420 510

5 a 30 de ABRILEXPOSIÇÃO DE JÉRÉMY PAJEANCCentro das Artes e do Espetáculo de Sever do VougaTel.: +351 234 590 470

6 de ABRILFEIRA DE VELHARIASCentro da Cidade de Vale de CambraTodo o diaTel.: +351 256 420 510

12 de ABRILESPETÁCULO MUSICAL: “MÁRCIA SAMUEL ÚRIA – POP, ROCK, INDIE E FOLK”Centro das Artes e do Espetáculo de Sever do Vouga Horário: 22 hTel.: +351 234 590 470

12 e 13 de ABRILFIM ENDURO WORLD CHAMPIONSHIPVale de CambraTel.: +351 256 420 510

14 de ABRILCOMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIO-NAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOSCastro DaireTel.: +351 232 382 214

24 de ABRIL a 24 de MAIOBECKFEST7 Municípios das Montanhas MágicasTel.: +351 256 940 350 | +351 966 450 628 +351 964 866 575

1 a 5 de MAIOCISTER: SABERES E SABORESMosteiro de AroucaTel.: +351 919 913 887

3 a 11 de MAIOMOSTRA MUNICIPAL DE GASTRONOMIA, ARTESANATO E VINHOS Vale de CambraTel.: +351 256 420 510

11 de MAIOLUTAS DE BOISParque Eólico, Picão - Castro DaireTel.: + 351 915 530 956

23 a 25 de MAIODAR VIDA À VIDAEscola EB 2,3 de Souselo, CinfãesTel.: +351 255 560 560

Mês de MAIOMAIO PEDESTRECastro DaireTel.: +351 232 382 214

Page 56: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

56

pelas zonas mais belas do concelho, com

espetáculo, perícia e aventura, nos dias 12

e 13 de abril todos os caminhos vão dar a

Vale de Cambra.

14 de ABRILCOMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIO-

NAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS

Castro Daire

O município de Castro Daire vai associ-

ar-se à iniciativa proposta do ICOMOS para

a Comemoração do Dia Internacional dos

Monumentos e Sítios, este ano subordinada

ao tema “Lugares de Memória”.

Esta comemoração tem como objetivo

sensibilizar os cidadãos para a diversidade e

vulnerabilidade do património, bem como

para o esforço envolvido na sua proteção

e valorização.

1 a 5 de MAIOCISTER: SABERES E SABORES

Mosteiro de Arouca

O Cister: Saberes e Sabores procura

(re)descobrir o legado da Ordem de Cister,

desde as delícias gastronómicas da doçaria,

dos licores e dos vinhos, ao legado cul-

tural dos cistercienses, muito influentes na

fundação da nacionalidade. Fazemos tam-

bém uma homenagem à Rainha Santa Ma-

1 de JUNHOII FESTA DO DOCE DE CASTELO DE PAIVATel.: +351 255 689 500

1 de JUNHOFEIRA TRADICIONAL DE LUTA DE BOISFaifa, Castro DaireAssociação de Melhoramentos de FaifaTel.: +351 218 686 924

9 a 15 de JUNHOFESTAS DO CONCELHO EM HONRA DE SANTO ANTÓNIOVale de CambraTel.: +351 256 420 510

15 de JUNHOFEIRA ANUAL DO PAÚL GRANDELUTA DE BOISMoimenta, Cabril - Castro DaireJunta de freguesia de CabrilTel.: +351 256 951 714

20 a 24 de JUNHOFESTAS DE S. JOÃOCastelo de PaivaTel.: +351 255 689 500

20 a 24 de JUNHOFESTAS DO CONCELHO EM HONRADE S. JOÃOVila de CinfãesTel.: +351 255 560 560

22 de JUNHOFESTA DO CORPO DE DEUSCastro Daire - Paróquia de S. PedroTel.: +351 232 382 214

26 a 29 de JUNHOFESTAS DE SÃO PEDROCastro DaireTel.: +351 232 382 214

26 a 29 de JUNHO7ª EDIÇÃO DA FEIRA DO MIRTILOParque Urbano da Vila de Sever do VougaTel.: +351 234 555 566

4, 5 e 6 de JULHOFEIRA DO VINHO VERDE, DO LAVRADOR, GASTRONOMIA E ARTESANATOCastelo de PaivaTel.: +351 255 689 500

5 e 6 de JULHO34º RALICROSS DE SEVER DO VOUGAAlto do Roçario, Sever do VougaInclui os Campeonatos Nacionais de Ralicross, Kartcross e Camião RacingTel.: +351 234 555 278http://vougasportclube.com

falda a 2 de maio, feriado municipal e dia da

padroeira - o mote ideal para o «fim de se-

mana gastronómico» que decorre no Arou-

ca Geopark, de 3 a 4 de maio, dinamizadas

pela Entidade Regional de Turismo do Porto

e Norte de Portugal e a AGA – Associação

Geoparque Arouca.

Entrada gratuita.

3 a 11 de MAIOMOSTRA MUNICIPAL DE GASTRONOMIA,

ARTESANATO E VINHOS

Vale de Cambra

Com o melhor da gastronomia, da

produção artesanal e da produção de vi-

nhos em Vale de Cambra, durante estes

dias o município mostra-se à região e ao

mundo.

A Mostra Municipal, uma tradição

na agenda turística do território, reúne

artesãos, restaurantes e produtores de vi-

nho do concelho, numa mostra que é, tam-

bém, uma festa!

11 de MAIOLUTAS DE BOIS

Parque Eólico, Picão - Castro Daire

As “Lutas de Bois” são uma antiga

tradição do concelho de Castro Daire. Ain-

da hoje, as heranças do passado são levadas

Page 57: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

57

UNIÃO EUROPEIA

Fundo Europeu deDesenvolvimento Regional

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58

Mês de MAIOMAIO PEDESTRE

Castro Daire

Com o objetivo de divulgar o património

natural, cultural, arquitetónico e paisagístico,

a Câmara Municipal organiza um percurso

pedestre por fim de semana durante todo o

mês de maio.

1 de JUNHOII FESTA DO DOCE DE CASTELO DE PAIVA

Após o sucesso alcançado no ano passado, a

Câmara Municipal de Castelo de Paiva volta

a promover, em parceria com a Associação

Comercial e Industrial, a Festa do Doce de

Castelo de Paiva.

Embora com o objetivo principal de dar

a conhecer os doces regionais de Castelo

de Paiva, esta iniciativa pretende também

mostrar aos paivenses, e a quem nos visita,

os melhores doces de todo o país.

A organização disponibiliza a todos

os interessados em participar, um espaço

acolhedor no Largo do Conde, em Sobrado,

bem como stands de apoio.

9 a 15 de JUNHOFESTAS DO CONCELHO EM HONRA DE

SANTO ANTÓNIO

Vale de Cambra

As Festas do Concelho em honra ao Pa-

droeiro de Vale de Cambra, Santo António,

são um momento que conta com décadas

de tradição!

Nas “Festas” são destaque as tradicio-

nais Marchas de Santo António, um produto

turístico forte que envolve centenas de pes-

soas na sua realização que abrilhantam, dão

vida e cor desfilando pela cidade na noite

de 12 para 13 de junho, captando a adesão

de milhares de visitantes a Vale de Cambra.

No dia 13 de junho, feriado municipal, a

vertente religiosa afirma-se em todo o seu

esplendor com a grandiosa procissão de

Santo António.

Visite Vale de Cambra, a sua paisagem,

as suas tradições e a sua cultura nas Festas

de Santo António. Na sua viagem marque

um almoço nos nossos restaurantes e co-

nheça de perto a singularidade e a riqueza

da Gastronomia e dos Vinhos Verdes locais!

20 a 24 de JUNHOFESTAS DE S. JOÃO

Castelo de Paiva

Por Terras de Paiva mantém-se a

tradição de festejar os santos populares

no mês de junho. A par das várias festas

de aldeia em honra de Santo António e

São Pedro, os festejos de São João são os

que merecem maior destaque, justificando

inclusive o feriado municipal. Como não

podia deixar de ser, as coloridas e anima-

das marchas populares marcam a noite do

dia 23, cuja animação continua madrugada

fora, com uma bonita sessão de fogo de ar-

tifício à meia-noite e a atuação de grupos

de referência do panorama musical por-

tuguês. No dia 24, sobressai a tradicional

sardinhada que, todos os anos, é oferecida

à população, pelo município, acompanhada

pelo bom vinho verde da terra.

20 a 24 de JUNHOFESTAS DO CONCELHO EM HONRA

DE S. JOÃO

Vila de Cinfães

As Festas do concelho, em honra de São

João, são um dos marcos incontornáveis

da vida do município e que contam com a

visita de um número cada vez maior de foli-

ões. De 20 a 24 de junho, a autarquia apre-

senta um programa variado e arrojado com

a vila vestida a rigor, as ruas cheias de cores

e aromas, muita alegria e boa disposição. O

pico das celebrações acontece na noite de

23 para 24 de junho, com o tradicional des-

file das marchas populares.

22 de JUNHOFESTA DO CORPO DE DEUS

Castro Daire - Paróquia de S. Pedro

muito a sério, repetidas ao longo do tempo

com o mesmo entusiasmo. Nestas feiras de

gado, em que o palco é a serra do Mon-

temuro, assiste-se à tradição da “Luta dos

Bois”, ao concurso de gado bovino de raça

arouquesa e a corridas de cavalos.

Esta tradição consiste num espetáculo

bastante apreciado por milhares de pessoas

sendo uma verdadeira atração turística da

região.

23 a 25 de MAIODAR VIDA À VIDA

Escola EB 2,3 de Souselo, Cinfães

Um evento solidário promovido pela

Câmara Municipal em parceria com to-

das as Insti-tuições Particulares de Soli-

dariedade Social do concelho e juntas de

freguesia. Durante o fim de semana serão

muitas as atividades a decorrer em paralelo:

exposição e comercialização do artesanato

e produtos endógenos do concelho; pro-

vas BTT; rafting; caminhadas por circuitos

pedestres; desfile dos vestidos de chita;

atuação dos grupos de folclore e bandas do

concelho, bem como artistas de âmbito re-

gional e nacional. O espaço vai contar tam-

bém com a presença de vários restaurantes

com os pratos típicos e doçaria tradicional.

As receitas reverterão para as IPSS’s do mu-

nicípio.

20 de JULHOFEIRA ANUAL DO FOJOLaboncinho, Castro DaireFeira de Lutas de Bois e Concurso da Raça Bovina Arouquesa.Tel.: +351 232 357 278

25, 26 e 27 de JULHOAROUCA, UMA RECRIAÇÃO HISTÓRICAhttp://recriacao.cm-arouca.ptTel.: +351 256 940 220 | +351 256 943 575

25,26 e 27 de JULHOFEIRA MEDIEVAL DE MÕESMões, Castro DaireTel.: +351 967 091 208http://feiramedieval.com

16 a 20 de JULHOXVIII FEIRA DE ARTESANATO,GASTRONOMIA E VINHO VERDELargo da Feira Quinzenal de CinfãesTel.: +351 255 560 560

Última semana de JULHOFICAVOUGA 2014Zona desportiva de Sever do VougaTel.: +351 234 555 566

Page 59: rotas & aventuras arte de viver nas montanhas mágicas® agenda

59

26 a 29 de JUNHOFESTAS DE SÃO PEDRO

Castro Daire

O Município de Castro Daire organiza

todos os anos as Festas de S. Pedro - Pa-

droeiro da Vila de Castro Daire, destacan-

do-se alguns eventos como as Marchas

Populares.

4, 5 e 6 de JULHOFEIRA DO VINHO VERDE, DO LAVRADOR,

GASTRONOMIA E ARTESANATO

Castelo de Paiva

Realizado no emblemático Largo do

Conde em Sobrado, o evento, que vai já na

XVII edição, reúne os principais produtores

engarrafadores de Vinho Verde, artesãos

e restaurantes do município. Durante três

dias, milhares de pessoas podem provar (e

adquirir) o premiado vinho verde de Castelo

de Paiva, e em simultâneo, provar petiscos

típicos onde não faltam os doces e os en-

chidos, bem como os pratos mais repre-

sentativos da nossa gastronomia. A mostra

de artesanato e um programa de animação

dedicado ao folclore português completam

este cartaz de sucesso garantido.

25, 26 e 27 de JULHOAROUCA, UMA RECRIAÇÃO HISTÓRICA

Mosteiro de Arouca e ruas da vila

A porta do tempo volta a abrir-se, no

Mosteiro de Arouca, para mais uma viagem

ao passado. As monjas voltam a habitar o

espaço, e, cá fora, o povo vive e trabalha, à

sombra do seu Mosteiro.

Entrada gratuita.

25,26 e 27 de JULHOFEIRA MEDIEVAL DE MÕES

Mões, Castro Daire

A Feira Medieval de Mões tem dado

provas de um acontecimento cultural forte

no concelho de Castro Daire. Muita anima-

ção, bobos, malabaristas, escravos, bruxas,

senhores, cavaleiros, lutadores de espadas,

mercadores a vender os mais variados ar-

tigos, artesanato, gastronomia medieval…

uma verdadeira viagem no tempo, repor-

tando o visitante ao bulício dos mercados

populares da idade das trevas.

16 a 20 de JULHOXVIII FEIRA DE ARTESANATO,

GASTRONOMIA E VINHO VERDE

Largo da Feira Quinzenal de Cinfães

Cinfães convida para uma visita de 16 a

20 de julho. O mote é a XVIII Feira de Arte-

sanato, Gastronomia e Vinho Verde. Cinco

dias dedicados aos produtos endógenos do

concelho distribuídos por 3 espaços própri-

os: produtores vitivinícolas, restauração e

artesanato. A juntar muita animação musi-

cal com grupos locais, regionais e também

de âmbito nacional.

contactosADRIMAG - Associação de Desenvolvimento Rural

Integrado das Serras de Montemuro, Arada e Gralheira

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OUTROS

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