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Ano II • nº 13 • Junho de 2013 O mundo virtual não é privado e nunca será (PÁGINA 2) Rotary da Tijuca busca parcerias para projetos Educação para gastar dinheiro Educação para preservar energia “Eu me sinto feliz quando estou aqui com as palavras amigas das psicólogas, fisiote- rapeutas e do convívio com outras cuida- doras. Quando chego em casa, fico mais segura para cuidar de minha mãe, que está com Alzheimer há 10 anos”, diz Ma- ria Teresa, que participa de um programa para quem cuida de idosos. PÁGINA 15 Pela carência de um modelo educacional com- pleto, que também ensine, desde muito cedo, a lidar com o dinheiro, a maioria das pessoas, tra- balhando ou não, consome além de suas condi- ções financeiras. PÁGINA 10 Desde abril do ano passado, é permitido que pes- soas instalem sistemas de microgeração de ener- gia solar. A iniciativa gera descontos na conta de luz. Será que vale a pena apostar nesta fonte reno- vável? PÁGINA 13 “A vida conjugal do Breno e da Amanda é tão bonita... Mas eles não conseguem se entender, dá para acreditar? Amam-se, di- zem querer ficar juntos, mas não param de brigar. Brigaram até porque ele se esqueceu de molhar as plantas e porque ela se esque- ceu de pegar o terno dele na lavanderia! O desgaste é tanto por tão pouco que um dia ela foi dormir na casa da mãe dizendo que não voltaria mais. No dia seguinte, ela esta- va lá, às 7h preparando o café para ambos antes dele sair para o trabalho”. PÁGINA 8 As muitas histórias do amor “Após ficar viúva aos 22 anos, a Imperatriz Amélia I do Brasil, Duquesa de Bragança, herdou a Fazenda dos Macacos”. Assim começa a história de Vila Isabel, um bairro onde tradição e modernidade se encontram. Como escre- ve José Maurício Cunha do Amaral, a Vila Isabel é mais que Noel Rosa, compositor que perenizou o bairro onde residiu. PÁGINA 6 Como cuidar dos que cuidam A partir de julho, Rômulo Vieira Telles assume a presidência do Rotary Club da Tijuca. Entre os trabalhos de parceria do Rotary, está a promoção de um intercâmbio internacional para jovens, aberto para qualquer jo- vem entre 15 e 17 anos. O problema é que faltam candi- datos. Este é um dos programas do Rotary, que é muito mais que isto, diz Rômulo, que fala sobre os problemas da Tijuca, para os quais o Club busca parceiros para buscarem juntos as soluções. PÁGINA 4 Vila Isabel é tradição e modernidade sem conflito

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Ano II • nº 13 • Junho de 2013

O mundo virtualnão é privado e

nunca será(PÁGINA 2)

Rotary da Tijuca busca parcerias para projetos

Educação para gastar dinheiro Educação para preservar energia

“Eu me sinto feliz quando estou aqui com as palavras amigas das psicólogas, fisiote-rapeutas e do convívio com outras cuida-doras. Quando chego em casa, fico mais segura para cuidar de minha mãe, que está com Alzheimer há 10 anos”, diz Ma-ria Teresa, que participa de um programa para quem cuida de idosos. PÁGINA 15

Pela carência de um modelo educacional com-pleto, que também ensine, desde muito cedo, a lidar com o dinheiro, a maioria das pessoas, tra-balhando ou não, consome além de suas condi-ções financeiras. PÁGINA 10

Desde abril do ano passado, é permitido que pes-soas instalem sistemas de microgeração de ener-gia solar. A iniciativa gera descontos na conta de luz. Será que vale a pena apostar nesta fonte reno-vável? PÁGINA 13

“A vida conjugal do Breno e da Amanda é tão bonita... Mas eles não conseguem se entender, dá para acreditar? Amam-se, di-zem querer ficar juntos, mas não param de brigar. Brigaram até porque ele se esqueceu de molhar as plantas e porque ela se esque-ceu de pegar o terno dele na lavanderia! O desgaste é tanto por tão pouco que um dia ela foi dormir na casa da mãe dizendo que não voltaria mais. No dia seguinte, ela esta-va lá, às 7h preparando o café para ambos antes dele sair para o trabalho”. PÁGINA 8

As muitas histórias do amor

“Após ficar viúva aos 22 anos, a Imperatriz Amélia I do Brasil, Duquesa de Bragança, herdou a Fazenda dos Macacos”.

Assim começa a história de Vila Isabel, um bairro onde

tradição e modernidade se encontram. Como escre-ve José Maurício Cunha do Amaral, a Vila Isabel é mais que Noel Rosa, compositor que perenizou o bairro onde residiu. PÁGINA 6

Como cuidar dos que cuidam

A partir de julho, Rômulo Vieira Telles assume a presidência do Rotary Club da Tijuca.

Entre os trabalhos de parceria do Rotary, está a promoção de um intercâmbio internacional para jovens, aberto para qualquer jo-vem entre 15 e 17 anos.

O problema é que faltam candi-datos.

Este é um dos programas do Rotary, que é muito mais que isto, diz Rômulo, que fala sobre os problemas da Tijuca, para os quais o Club busca parceiros para buscarem juntos as soluções.PÁGINA 4

Vila Isabel é tradição e modernidade sem conflito

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Uma publicação da Igreja Batista Itacuruçá para a Ti-juca e também para Andaraí, Alto da Boa Vista, Grajaú, Maracanã, Rio Comprido, Vila Isabel e adjacências

Junho de 2013

Editor:Israel Belo de Azevedo (RP 4.493/MG)

Equipe:Bruno Entringer, Camilla Viccari, Dalton Lopes (fotos), Davi Coelho, Elenice Magalhães, Geraldo Machado (diagramação), Guilherme Cockrane, Ma-ria Martha Rodrigues, Nathalie Baloustier Braga, Paulo Campos, Reginaldo Macedo de Almeida, Ro-berto Francelino e Ruth Amorim (revisão)

IGREJA BATISTA ITACURUÇÁRua José Higino, 416 Praça Barão de Corumbá, 49 – Tijuca20510-170 – Rio de Janeiro, [email protected] @jtijucaemfocoFacebook /tijucaemfoco(21) 3344-9700

Gráfica: Newstech - 21 (3552-0580)

Tiragem: 15.000 exemplares (distribuição gratuita)

T E C N O L O G I A2

TIJUCA EM FOCO Privacidade e Internet

O uso de redes sociais e progra-mas de mensagens instantâne-as na internet é muito comum

hoje, principalmente entre os jovens. Só não tenha a ilusão de que ninguém mais lê aquela mensagem secreta que você mandou para sua melhor ami-ga. Assustou-se? Em matéria recente disponível na internet, uma empresa americana relembra os usuários do Skype de que a Microsoft monitora o conteúdo das mensagens trocadas através do aplicativo.

É verdade! A Microsoft tem fer-ramentas para monitorar o conteúdo das conversas do Skype, assim como o Facebook também tem, e o Google, e o Yahoo, o Twitter. Mas isso sig-nifica que tem um time de técnicos analisando as milhões de mensagens trocadas no mundo todo? Haverá área de armazenamento suficiente para guardar essa informação en-quanto se analisa o seu conteúdo?

Faz parte da Política de Privaci-dade (aquela que ninguém lê) que a empresa que lhe oferece tal servi-

FÁBIO CUNhA

ço pode monitorar o conteúdo de conversas para procura de material “inadequado” segundo as leis ame-ricanas entre outros objetivos.

Entretanto, o material na verdade é analisado por rotinas automáticas que identificam termos específicos que servem para identificar, por exemplo, comportamentos violen-tos, inci tação à violência, ameaças de terrorismo, ou ainda para uma coisa bem mais simples: oferecer uma pro-paganda direcionada para seus gos-tos, suas pesquisas, suas conversas.

Isso é comum, até certo ponto na Internet. Experimente fazer uma pes-quisa de um produto numa loja virtu-al e veja se não vai começar a receber emails ou até mesmo banners em to-dos os sites sobre aquele produto com todas as cores e opções disponíveis.

O assunto não é novo, nem sur-presa no mundo das redes sociais. Na verdade, a matéria que “de-nunciou” essa invasão alerta que a mensagem trocada é totalmente

encriptada, ou seja, as informações são “embaralhadas” para ficarem se-guras e não serem lidas por pessoas estranhas (hackers), mas imagina só quem oferece o mecanismo de em-baralhamento... a própria empresa que oferece o serviço. Alguém tem dúvida de que isso é uma brecha para poder ler a informação?

O mundo virtual não é privado e nunca será. Você quer usar uma rede social? Tenha em mente que a con-fidencialidade e a privacidade nesse meio são relativas, pois, no mínimo, a empresa que lhe oferece o serviço pode monitorar o produto dela!

Pense bem antes de mandar sua próxima mensagem!

COmbINAm?

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ENTREVISTA 3E D U C A R P A R A A V I D A

experimentar a satisfação interna. As sinapses que contribuíram para o acerto se fortalecem de forma seletiva, quando aquele caminho que deu certo fica mais evidente, através da prática, sendo mais fácil para a criança acertar outras vezes, internalizando, assim, o conceito. O aprendizado é a consequência prá-tica da motivação!

Que seja de qualidade o tempo que passa na educação do seu filho. Esti-mule a sua curiosidade. Ele adora de-safios. A curiosidade constitui a base da aprendizagem, ao longo da vida. As crianças exercitam e aprendem. Com-preendem o mundo através do prazer de conhecer e da descoberta, experi-mentando situações ou atividades que despertem a curiosidade intelectual, que estimulem o senso crítico, que lhes permitam entender o real e que exerci-tem a atenção e a memória.

Jovana Nunes, Pedagoga, pós-graduada e mestranda em Educação, é Coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental I do Colégio Batista Shepard

educação para o futuro requer a corresponsabilidade da fa-mília e da escola para o desen-volvimento do capital social:

trabalhando juntas, com o envolvi-mento dos pais e professores, transfor-mando todos os espaços usados pelos alunos em ferramenta educacional, em casa e na escola. Os pais, mesmo com forte capital cultural, podem ter filhos com dificuldades escolares, quando as condições não estão reunidas para transmitirem os capitais que portam. Em contrapartida, há pais cujo nível cultural restrito não os impede na bus-ca de condições que minimizem as difi-culdades de seus filhos nos estudos.

O meio social extrafamiliar pode contribuir para mudar a trajetória de uma criança que cresce em família de baixo capital cultural, quando esta é influenciada por outros mediadores. Fica aqui a pergunta então: quem tem papéis importantes no sucesso escolar presente e futuro das crianças?

A INFLUÊNCIA DOS PAIS

Não podemos perder de vista o pa-pel da família, caracterizado pelo res-peito à natureza da criança e, principal-mente, pelo processo de construção de conhecimento dela. Isto quer dizer que os pais são orientadores dos filhos, e ajudam a formar seus pensamentos em relação ao mundo em que vivem. Os pais são mediadores: facilitadores que instruem, aconselham e orientam. In-sisto na palavra “mediação”, fazendo--lhes algumas perguntas, para reflexão: Qual o nível de mediação que você, pai, mãe ou responsável está exercendo na vida do seu filho? Tem a televisão, os brinquedos eletrônicos, o computador,

etc., maior influência do que a sua? Como podemos criar, em casa, um es-paço acolhedor e incentivador para a criança aprender, e qual a sua partici-pação nesse processo?

Observemos os principais fatores que influenciam a aprendizagem, na prática das atividades:

1. Atenção e prática – são portas de entrada da memória. Não há como competir com outros recur-sos cognitivos que interessam mais a criança, pois o cérebro vai eleger o acontecimento mais importante. A informação que ganha o foco da atenção é a que chega ao cérebro.

2. Como fazer é o método - A crian-ça precisa exercitar para aprender.

Construindo caminho para o sucesso escolar

JOvANA NUNES

Como um casulo que dá origem a uma linda borboleta, a transformação é a lei da natureza. E a educação é a mais poderosa ferramenta de transformação que as famílias têm a seu dispor. Isso não é, nem nunca foi, segredo para ninguém. Assim, ela precisa ser constantemente refletida.

O prazer resultante de fazer as ati-vidades certas, quando precisar re-alizar aquilo que aprendeu, virá. E haverá uma ativação dessa sensa-ção de prazer, sempre que perceber que é capaz de fazer algo sozinho.

3. E o mais importante é a ques-tão da motivação para apren-der. A motivação é que nos leva à ação e, sendo bem sucedidos, temos a satisfação resultante do esforço em fazer a coisa certa. A criança é estimulada a ter vontade de apren-der. Isto é motivação, e o funda-mental é a expectativa que leva à ação. Motivação para agir e realizar os novos exercícios. Sinalize para a criança que ela está no caminho certo: “muito bom!” Ela precisa

A O meio social extrafamiliar pode contribuir para mudar a trajetória de uma criança que cresceem família de baixo capital cultural

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4 E N T R E V I S T A

O que é mesmo uma Rotary? Uma confraria para ajudar amigos?

Jamais.O Rotary é um clube de prestação

de serviços humanitários e congrega líderes de negócios, empresários e pro-fissionais que possuem elevado padrão moral e ético. Nosso lema é: “ESTABE-LECER A PAZ E A BOA VONTADE NO MUNDO”. Não temos fins lucrativos.

Muitos, desavisadamente, confun-dem Maçonaria com Rotary, o que não é verdade, pois são organizações dia-metralmente díspares.

Temos, incansavelmente trabalhado junto às comunidades de bairros, com as autoridades competentes para maior agilização de seus projetos que poderão beneficiar a Tijuca e adjacências.

O que o levou a se candidatar à presidência?

Primeiramente foi a disposição de servir ao próximo. Aprendi muito cedo que “quem não vive para servir não ser-ve para viver.

Na Presidência de um Club como o Rotary, estou certo que serei muito útil à comunidade em que nos encon-tramos. Durante mais de 50 anos, ser-vi como Ministro Evangélico Batista, como Psicopedagogo Clínico e Institu-cional e Psicanalista Clínico. Portanto, minha vida é devotada ao serviço.

A diferença é que, através do Rotary Club International, que é a associação de Rotary Clubs do mundo inteiro e da Fun-dação Rotária, temos condições financei-ras para implementar projetos factíveis que venham beneficiar a comunidade carente traduzidos em obras sociais.

Essa é a razão pela qual aceitei a indicação do meu nome para a Presi-dência pelo Conselho Diretor e acei-tação unânime dos Companheiros em reunião plenária ordinária.

Como é o processo eleitoral?Os Companheiros, denominação pe-

la qual somos tratados, são observados pelo Conselho Diretor e demais sócios representativos do quadro. Esta obser-vação implica assiduidade às reuniões que são realizadas às quartas-feiras, às 12h30, nas dependências do Tijuca Tênis Clube, e participação nas Assem-bléias e eventos dos nosso Distrito que muitas vezes são realizados fora da ci-dade do Rio de Janeiro. Demanda tam-bém apresentação de idéias inovadores e projetos interessantes, etc. Como se diz no lugar comum, “tem de vestir a camisa do Rotary”.

Isto feito, na reunião do Conselho Diretor que se reúne especialmente para tratar do assunto a respeito da su-cessão do Conselho, e geralmente esta reunião ocorre na última quarta-feira do mês de janeiro de cada ano, vários nomes são apresentados. Em seguida, todos são consultados da possibilidade de aceitarem ou não concorrer à Presi-dência do Club. Finalmente, dois no-mes são escolhidos.

O primeiro nome é votado no ple-nário da Assembléia Ordinária, que é realizada na última quarta-feira de março de cada ano. Este será o Presi-dente eleito e o outro nome será o do Presidente Indicado. O Presidente In-

ROTARy DA TIjUCAbusca parcerias para projetos sociais

A partir de julho (2013), o Rotary Club da Tijuca tem novo presidente.

É o psicopedagogo e pastor Rômulo Vieira Telles, que vai dirigir o Club no biênio 2013-2014.

Entre os trabalhos de parceria do Rotary, está a promoção de um intercâmbio internacional para jovens, aberto para qualquer jovem entre 15 e 17 anos.

Veja, na entrevista com o presidente eleito, o que o Club faz na Tijuca

dicado, a partir de cada mês de abril, aproximadamente, passa a ser chama-do também de Presidente eleito.

O Presidente eleito escolherá os de-mais Companheiros que comporão o Conselho Diretor para o biênio seguin-te, cuja posse sempre se dá na primeira quarta-feira de julho de cada ano. To-dos somos iguais e qualquer um poderá ser Presidente ou compor o Conselho Diretor. Para tanto, somos obrigados a participar de um curso ministrado pelo próprio Governador eleito do Distrito e sua equipe. No referido curso, os futu-ros presidentes aprenderão a conhecer as oportunidades e adversidades do seu Club, fraquezas e forças.

É imprescindível, também para ser Presidente, conhecer os principais va-lores de um rotariano que são: ética, solidariedade, comprometimento, bom senso, credibilidade, serviços humani-tários, respeito, responsabilidade.

Todos temos que passar pela Prova Quádrupla:

1. O que nós pensamos, dizemos ou fazemos, é a verdade ?

2. É justo para todos os interessa-dos ?

3. Criará boa vontade e melhores amizades ?

4. Será benéfico para todos os in-teressados ?

Quais são as suas metas para o biênio?

Trabalhamos com Planejamento e Plano de Ação factíveis. Isto é feito juntamente com o Conselho Diretor. Elencamos aproximadamente 30 me-tas. Cito algumas: aumento do Quadro Associativo; Intercâmbio Internacional de Jovens; concursos literários nas es-colas da Tijuca; formação de mecânicos de elevadores; apoio a crianças porta-dores de HIV; parceria com a Casa Ro-nald McDonald no projeto “A Casa que o Amor Construiu”, que abriga crianças e seus familiares que estejam em trata-mento de câncer aqui no Rio; gravidez inteligente (“meu neném não é alco-ólatra”), homenagens a profissionais que se destacam e cooperação com as UPPs, etc.

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E N T R E V I S T A 5

a pediatria do Hospital Gafrée-Guinle, Pediatria, onde são atendidas crianças com HIV.

Quanto ao intercâmbio interna-cional, é só para filhos de asso-ciados?

Não, não. Esta experiência não é só para jovens filhos ou parentes de rota-ryanos. Qualquer jovem de 15 a l7 anos pode se candidatar a passar um ano em alguns países, inclusive os Estados Unidos, onde aprenderão novos idio-mas, conhecerão suas culturas e tam-bém irão frequentar colégios nos países escolhidos.

Enviamos cartas para que os Co-légios da Tijuca nos abram as portas para que possamos falar sobre o in-tercâmbio internacional com os pais e alunos. Infelizmente, até agora tivemos o prazer de falar sobre tão importante

projeto no Colégio São José. Os outros ignoraram nossas correspondências. Falta-nos um local onde possamos fa-lar aos pais e interessados.

O Rotary é fechado ou se relacio-na com outras organizações do bairro?

Nosso Club participa fielmente, como parceiro, de diversas entidades que desenvolvem projetos e ações so-ciais e humanitárias na Tijuca.

Temos um excelente relacionamen-to com o Lions. De quando em quando fazemos reuniões conjuntas.

Estamos sempre apoiando as ONGs também.

Como morador do bairro, que pro-blemas principais vê por aqui e como imagina que podemos resolvê-los?

São muitos os problemas. Infe-lizmente, a palavra “resolvê-los” está fora de cogitação porque muita coisa depende do estado e o estado e moro-so. Entretanto, temos nos preocupado muito com o crescimento da população de rua. Certamente não é fácil resolver também esse problema, porque os mo-radores de rua se recusam a ser recolhi-dos aos abrigos do governo, e não há lei que os obrigue.

Já nos encontramos várias vezes, em nosso próprio Club, com o Sub--Prefeito da Tijuca, Guarda Munici-pal, Secretário de Assistência Social do estado e município. Embora pouco estejam fazendo, nós continuamos co-brando explicações deles, pessoalmen-te em nosso Club. Diante dos fatos, não desanimamos, porque nosso propósito é lutar em favor do bem comum.

‘‘O Rotary é um clube de prestação de serviçoshumanitários e congrega líderes de negócios,empresários e profissionais que possuemelevado padrão moral e ético’’.

O que tem feito o Rotary na Ti-juca?

O Rotary Club Rio de Janeiro Tiju-ca, que tem 63 anos de história, parti-cipa ativamente de todos os movimen-tos sociais e comunitários. Estamos presentes junto com as lideranças co-munitárias todas as segundas terças--feiras de cada mês no 6º Batalhão da Polícia Militar, discutindo com as au-toridades constituídas os problemas do nosso bairro e adjacências e aju-dando a apontar soluções. Criticamos, se necessário, e aplaudimos quando acertam.

Em toda sua existência tem atendi-do entidades de classes, pessoas neces-sitadas, pessoas especiais, pessoa do bem, voluntários que procuram a paz, jovens, religiosos, Ongs, os Governos, entidades filantrópicas e líderes comu-nitários. Também temos parceria com

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6 H I S T Ó R I A

VILA ISAbEL consegue ser moderna sem negar a história

A vILA DE ONTEMCom a Vila Isabel não foi diferente. Após a proibição da permanência

de Companhia de Jesus em terras da colônia em 1759, a Coroa Portuguesa confiscou os bens dos jesuítas, e entre outras coisas, a Fazenda dos Macacos, que ficou abandonada até a indepen-dência do Brasil, em 1822, passando a pertencer ao Império Brasileiro.

Com a morte de Leopoldina, sua primeira esposa, em 1826, D.Pedro I casou-se pela segunda vez, em 1829, com Amelia Beauharnais. Após sua re-núncia por motivos políticos, D. Pedro abdicou do trono em favor de seu filho D. Pedro II, exilando-se em Portugal, onde veio a falecer em 1834.

Após ficar viúva aos 22 anos, a Im-peratriz Amélia I do Brasil, Duquesa de Bragança, herdou a Fazenda dos Ma-cacos. Devido ao crescente estímulo de ocupação da área, foi feito um levanta-mento cartográfico, que indica a Rua do Macaco, atual 28 de Setembro, como a principal via de acesso à fazenda.

Foi pelas mãos João Batista Viana Drummond, um empresário progres-sista e visionário, que, em 1871, ao per-ceber o potencial de desenvolvimento comercial da região, solicitou à Corte a instalação de uma linha carril ligando a Fazenda dos Macacos ao centro da cidade.

Em 1872 a duquesa vendeu a fazen-da a João Batista Viana Drummond, o

JOSÉ MAURICIO CUNhA DO AMARAL

O Grajaú nasceu, em 1923, pela iniciativa de uma engenheiro, Eugênio Richard, que transformou um grande loteamento, após comprar uma extensa propriedade das mãos de um rico fazendeiro que lhe vendera as terras para agradar sua jovem e linda esposa, num dos bairros do antigo Andaraí Grande.

Barão de Drummond, título auferido em 1888. Drummond morreu no ano seguinte em Portugal e em novembro de 1873, a Companhia Arquitetônica, já fundada no Rio de Janeiro, obteve os direitos de propriedade transferi-dos por Drummond, a fim de possibi-litar a urbanização da área. A empresa decidiu que o novo bairro ostentaria uma aparência moderna como à de Paris.

Após o levantamento do terreno e elaboração da planta do loteamento “Villa Izabel” -- em homenagem à Prin-cesa Isabel --, surgiu o bairro de Vila Isabel, com 13 ruas projetadas, uma grande avenida arborizada, o “Boule-vard” 28 de Setembro (aproveitando

o antigo Caminho do Macaco), e uma praça central, a Sete de Março (atual Barão de Drummond).

Drummond gostava muito de ani-mais e colecionava diversas espécimes por ter autorização para importá-los. Por isto, acabou criando o primeiro Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, em Vila Isabel, em 1888.

Ele tinha por hábito colocar ani-mais de pequeno porte dentro de uma gaiola coberto com um pano para que as pessoas adivinhassem. Eram feitas apostas para se descobrir qual o animal que estava ali escondido. Com parte do dinheiro arrecado, ele comprava ou-tros animais e, com a outra, premiava o apostador.

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7H I S T Ó R I A

Proclamada a República em 1889, o Jardim Zoológico acabou perdendo o incentivo financeiro que tinha do impe-rador. Drummond, então, decidiu criar uma Loteria para financiá-lo. Cada nú-mero representava um animal e cada ingresso do Zoológico dava direito a um bilhete numerado, para concorrer no sorteio do “bicho” do dia no encer-ramento das atividades do parque.

Esse jogo se transformou no “jogo do bicho”, como ficou popularmente conhecido até hoje em todo o Brasil, apesar de ser considerado crime de contravenção.

A vILA DE NOELO bairro tem seu nome ligado a um

ilustre morador da década de 30: o poeta e compositor Noel Medeiros Rosa, sim-plesmente Noel, como ficou conhecido.

Depois de ingressar na Faculdade Nacional de Medicina em 1930, acabou abandonando o curso dois anos depois para se dedicar à uma vida de boemia e à musica. Ele foi autor de vários su-cessos como “Com que roupa” (seu primeiro sucesso), “Conversa de Bote-quim”, “Feitiço da Vila” e “Fita Amare-la”, dentre outros.

Quem não se lembra da famosa fra-se de “Conversa de Botequim” que diz: “Seu garçom, faça o favor de me tra-zer depressa uma boa média que não seja requentada...”?

Vítima de uma tuberculose, acabou morrendo aos 26 anos de idade. Esta é apenas uma página do bairro que hoje é conhecido como a “Vila de Noel” e que acaba se confundindo com a vida do seu mais ilustre representante.

A vILA DE hOJECortado por uma extensa e moder-

na avenida, a Vinte e Oito de Setembro, com modernos edifícios, lojas, hospitais, igrejas, o bairro começa no Maracanã e

termina na Praça Barão de Drummond, também conhecida como Praça Sete.

De tradição boêmia, além de abrigar muitos bares e restaurantes ao longo do Boulevard 28 de Setembro, sua identi-ficação com o samba, desde os tempos

de Noel, acabou abrigando a Escola de Samba Unidos de Vila Isabel, fundada em 1946, campeã do carnaval carioca de 2013. A escola se inspirou num bloco de carnaval, o Acadêmicos da Vila, que desfilava pelas ruas do bairro.

A Vila conta ainda com várias uni-dades da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), como a Facul-dade de Ciências Médicas, a Faculdade de Enfermagem, o Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, a Faculdade de Odontologia, além do Hospital Uni-versitário Pedro Ernesto e dos Hospi-tais do Câncer INCA III e IV.

Duas igrejas se destacam na história do bairro: A Igreja Santo Antonio de Lis-boa, inaugurada em 13 de junho de 1902, localizada na Rua Teodoro da Silva, no alto do morro, quase ao lado do Shop-ping Iguatemi, com acesso por uma esca-daria, e a Igreja Metodista de Vila Isabel, inaugurada no mesmo ano, no dia 15 de junho, localizada na Av. 28 de Setembro.

Além dessas duas igrejas, o Convento Nossa Senhora da Ajuda, localizado na Praça Barão de Drummond, que é consi-derado a comunidade religiosa feminina mais antiga do Brasil e um dos últimos conventos enclausurados do Brasil. Até a década de 70, as freiras não podiam sair nem mesmo para uma consulta médica. Hoje elas já recebem a visita de médicos e podem visitar outros conventos.

Entre as igrejas evangélicas, a mais tradicional é a Igreja Metodista, funda-da em 15 de junho de 1902. Ela está no número 40 da Vinte e Oito de Setem-bro, desde 1920. Está fazendo 111 anos, portanto. A igreja atende 50 crianças no projeto Reforço Escolar, voltado para a comunidade do bairro.

De tradição boêmia, além de abrigar muitos bares e restaurantes ao longo do Boulevard 28 de Setembro,sua identificação com o samba, desde os tempos de Noel, obairro acabou abrigando a Escola de Samba Unidos de Vila Isabel.

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8 S A Ú D E E m O C I O N A L

CRISTIANE FIAUx

Até que a morte nos separe...família ou a quem recorrer, vai aguen-tando um casamento de mentira e pas-sando blush e corretivo para disfarçar o que fica estampado em seu rosto.

A do Breno e da Amanda é tão bo-nita... Mas eles não conseguem se en-tender, dá para acreditar? Amam-se, dizem querer ficar juntos, mas não param de brigar. Brigaram até porque ele se esqueceu de molhar as plantas e porque ela se esqueceu de pegar o terno dele na lavanderia! O desgaste é tanto por tão pouco que um dia ela foi dormir na casa da mãe dizendo que não voltaria mais. No dia seguin-te, ela estava lá, às 7h preparando o café para ambos antes dele sair para o trabalho. Estão lá, em terapia. Vamos ver no que dá...

A do Fernando e da Marilda é forte. Primeiro ele atravessou um câncer de próstata e ela se saiu uma cuidadora perfeita. Prognóstico excelente, a vida seguiu. Três anos depois, veio a outra notícia: câncer de mama com neces-sidade de mastectomia total. Marilda perdeu as duas mamas, mas não a dig-nidade e a feminilidade, nem o amor do marido que conti-nuava dizendo que ela esta-va linda na camisola lilás de seda que ficava lisa na frente, sem as formas da mama. Já economizaram e a cirurgia para reconstrução das ma-mas está marcada para o mês que vem. Ele comprou uma camisola nova, preta e com decote na frente. Mas ela não sabe, é surpresa para depois da cirurgia.

Os casais que recebo em meu consultório trazem inú-

A do Ricardo e da Carla está só co-meçando. O casamento parece ser a oitava maravilha do mundo! Tudo se encaixa, gostam das mesmas coisas e o sexo rola a mil maravilhas. Eles têm 7 meses de casados.

A do Artur e da Vanessa é bem curiosa. É o segundo casamento dele. Ele tem dois filhos do primeiro casa-mento. É o terceiro casamento dela. Ela já tem três filhos dos relaciona-mentos anteriores. Eles já têm dois fi-lhos juntos. Já fez as contas? Sim, são sete crianças ao todo. E sogros (a), ex--sogros (a), avôs e avós, tios, primos, ... dá para contar? Se eu pedisse para que cada um desenhasse a família, como eles a representariam? Xiii, acho me-lhor deixar para lá...

A do Cláudio e da Priscila é agitada. Pais de primeira viagem estão cortan-do um dobrado para se entenderem nas funções. Ela diz não aguentar mais ter que acordar tantas vezes à noite para amamentar e trocar fralda e du-rante o dia ter que dar conta da casa e do bebê. Já largou o trabalho a contra gosto para se dedicar à família e se sen-te injustiçada e reclama que ele não é participativo. Cláudio diz que homem não sabe fazer essas coisas de mulher e como ele já sustenta financeiramente a casa, acredita que a situação está equi-librada. Ela já disse ter se arrependido muito de ter tido esse filho.

A do Pedro e da Júlia, lamentavel-mente é triste. Ele, muito violento, a agride física e verbalmente todo dia. E, embora já tenha perdido as contas das marcas roxas que lhe ficam no corpo e das cicatrizes emocionais que ela carre-ga por essas humilhações, não quer dar queixa. Teme por sua vida. E por não ter

vida conjugal tem muitas histórias. A do José e da Eneida fala de 48 anos juntos, onde o amor, o res-

peito e a parceria prevaleceram. Hoje os almoços aos domingos juntam duas filhas e cinco netos numa alegria só.

A do Filipe e da Glória atravessou muitos percalços, tendo ela que se con-formar com uma traição dele em nome do amor o que a fez renovar os votos com o marido. Seguem vivendo um amor mais para morno, sem emoções. Perdoar para ela ainda está difícil.

A do Gilson e Manoela, puxa! Mal começou e ela não suportou a camisa e o sapato fora do lugar e ele não aguen-tou o tanto que ela criticava! Essa his-tória já terminou.

A do Petrônio e Rosana fala de uma luta emocionante. Depois de muitas tentativas conseguiram engravidar. O filho, portador da síndrome de down, os faz perseverarem na união para a criação dele, estão sempre juntos e vencem as dificuldades inerentes ao fato com dignidade e criatividade: fun-daram uma ONG para acolhimento dos pais com filhos portadores de Down.

A

meras histórias. E o que tenho perce-bido é que amar implica em disposi-ção, em fé e esperança e em apostar no amor. Se no dia a dia a união não for renovada, ela se desgasta mesmo. E não há nada pior do que casamentos aparentes, que se mantém a duras pe-nas. Muitos casais chegam ao consultó-rio quando o caldo já entornou, quando ele já está dormindo no sofá, quando ela não avisa mais para onde está indo, quando o banho se dá de porta fechada, quando não há mais nenhuma intimi-dade ou palavra de amor. E aí, claro que tudo fica mais difícil! Por que será que as pessoas adiam tanto buscar ajuda? Reconhecer que a cada um cabe uma parte da responsabilidade de manter saudável uma união pode abrir novas perspectivas para o casamento.

E você, qual é a sua história conjugal?Identificou-se com alguma?

PS: os nomes são todos fictícios e as histórias romanceadas mas ilustram o dia a dia de muitos casais.

SEmENtE do AmorMPB - A Cor do Som

Sim, é como a florDe água e ar luz e calor, o amor precisa para viver De emoção, e de alegria, e tem que regar todo diaNo jardim da fé, Eu já plantei um pé de esperançaNo tempo do tempo,Dia, chuva, vento e pensamentoNum jardim da vidaJá cresceu e é a consciênciaFruto da vivência éÉ a consciência éSim, é como a flor...

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9A R T E

A identidade do músico

verdade é que os músicos de cer-ta forma são uma fraude. Calma, isso não é uma louca acusação. O

fato é que todos recebemos influências do ouvir musical que é transportado para o fazer musical.

É uma espécie de criptomnésia, uma memória inconsciente e oculta. O escritor português João Pereira Cou-tinho em um interessante artigo na Folha de São Paulo1 também discorre sobre o assunto. Segundo ele, a origi-nalidade não existe e, segundo Oliver Sacks,2 essa tal “criptomnésia” é funda-mental no processo criativo.

“Paradoxalmente, cria-mos porque esquecemos. E esquecemos, de forma ain-da mais paradoxal, o que a nossa memória registrou como significativo para nós: um reservatório de conhe-cimentos ou encantamentos onde iremos voltar um dia – anos depois, décadas depois – para construir as nossas “originalidades””.3

Muitos músicos não têm dimensão do quão são impor-tantes as influências musi-cais na sua produção sonora. Nossa originalidade é pro-vocada pelo processamento de todas as informações que recebemos e absorvemos dia-riamente. Neste ponto, entra a importância para o músico, de ter excelentes referências musicais. Não é muito raro ouvir pessoas dizendo a um músico: “Você está soando parecido com fulano” ou “O estilo de sua música está uma mistura de sicra-no com beltrano”. Essa mistura é natu-ral e faz parte do processo de formação da identidade.

Também é importante destacar que expandir fronteiras é fundamental nesta formação. Para um jazzista, por exemplo, existem grandes referências como Miles Davis, Bill Evans, Dizzy Gillespie e John Coltrane, mas é im-portante que este músico amplie seu

RAMON ChRySTIAN DE ALMEIDA LIMA

A horizonte conhecendo referências em outros estilos, como B.B. King no blues, Mike Stern no jazz/fusion contempo-râneo, Tom Jobim na bossa-nova, J.S. Bach no barroco e assim por diante.

Absorver linguagens e incorporá--las ao seu fraseado e ao seu modo de arranjar as músicas é uma jornada lon-ga e prazerosa. Como andam suas re-ferências? Se você é músico, a resposta a esta pergunta pode ser fundamental no desenvolvimento de sua identidade musical.

1 COUTINHO, João Pereira. A originalidade não existe. Folha de São

Paulo on line. 2013 Disponível em: <http://www1.

folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/1240373-a-originalidade-nao-existe.shtml>

2 Doutor em Neurologista, escritor e Pprofessor de Neurologia e Psiquiatria na Universidade de Columbia, EUA.

3 COUTINHO, J.P., op. cit.

O JORNAL TIJUCA EM FOCO vai sortear 4 convites para a peça

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CULTURA10 D E b E m C O m O D I N H E I R O

MARCOS LIMA

Precisamos de educação financeira, 1Pela carência de um modelo edu-

cacional completo, que também ensine, desde muito cedo, a lidar com o dinheiro, a maioria das

pessoas, trabalhando ou não, consome além de suas condições financeiras.

Nestes dias foi divulgado pelo IBGE que “nunca os brasileiros deveram tanto como hoje”. Evidentemente que muitos são os fatores que levam a essa quase compulsão por comprar coisas. Especialistas das emoções dizem que parte desse descontrole deriva das frustrações, ansiedades, medos, triste-zas e até vício. Claro que não é só isso.

Devemos considerar que as deman-das são muitas, nossa estabilidade fi-nanceira é curta, quando comparada a de outras nações, principalmente as desenvolvidas. Ainda hoje me lembro de um diretor regional de uma revista semanal que me disse uma vez:

– Marcos, o presidente de um dos maiores bancos da Suíça vai trabalhar de bicicleta e lá (Suíça) eles logo reco-nhecem quando um estrangeiro anda pela cidade, principalmente os latino- lhões, motivados pela imensa maioria

sem condições financeiras, é copiar o produto e vender por R$ 100,00. Im-pressionar aos outros é o que vale. Eis o pensamento que reina. Que tristeza!

Até quando as pessoas acharão que seu valor é representado pelo que apa-rentam ser, o que é revelado pelo que se tem? Se soubessem desde cedo que são importantes pelo que são e não pelo que têm ou terão, o cenário de hoje seria diferente.

Claro que sei que não é fácil lutar contra os grandes moinhos do marke-ting abusivo e irresponsável, incluin-do aqui os artistas que emprestam suas imagens e vozes para convencer as pessoas “a comprar o que elas não precisam com dinheiro que não têm”. É preciso desenvolver armas de resistên-cias, mesmo sabendo que as deficiên-cias emocionais muitas vezes limitam a capacidade de lutar e enfrentar os gigantes.

Um governo e uma sociedade que desejem construir um futuro sólido e próspero para todos não podem des-considerar um modelo educacional que eduque, também, financeiramente as pessoas. Educar bem vale muito mais do que qualquer tipo de “bolsa”. Valem a liberdade de escolha e a consciência do valor que se tem pelo que se é. Cui-de-se bem; vigie a você os seus filhos; eduque-os.

-americanos – gostam de desfilar com carrões.

Outro fato surreal foi o de um em-presário que quebrou e como não ad-mitia que seu filho fosse estudar em uma escola de nível inferior a que es-tava e, enquanto não se recuperou da falência, deixou o filho dois anos sem estudar. Claro que este pai não pensou nas consequências dessa sua atitude na vida emocional de seu filho, talvez para o resto da vida.

A luta, quase quixotesca, que mui-tas pessoas travam para comprar coi-sas sem ter recursos, tão somente para dizer que tem – com todo respeito – é uma doença. O status de ostentar a “marca famosa” parece não respeitar o suor do rosto. Vale mais o status que, como dissera alguém, é “comprar pro-dutos de que você não precisa, com dinheiro que você não tem, para de-monstrar quem você não é, para im-pressionar pessoas que você não co-nhece.” E depois?

Hoje estava lendo um post em um desses sites que dizia que em São Paulo o consumo de um determinado tênis, que custo a “bagatela” de R$ 900,00 tornou-se o sonho de consumo dos jo-vens, inclusive da nova classe C, que estão se endividando para comprar o “produto do momento”, que é anun-ciado como um “sonho de altíssima tecnologia”. A resposta dos esperta-

“Cuidado para não comprar produtos de que você não precisa, com dinheiro que você não tem, para demonstrar quem você não é, para impressionar pessoas que você não conhece.”

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N O T A 1 0 11ISRAEL BELO DE AZEVEDO, com colaboradores

Envie sua colaboração para [email protected]

O jogador Oscar, o maior de todos os tempos do basquetebol brasileiro, dian-te do retorno do câncer no cérebro, to-mou a decisão de continuar trabalhan-do, entre as sessões de quimioterapia e radioterapia, de remédios e enjoos.A família relutou em tornar pública a sua doença, para que ele não fosse tra-tado como um morto-vivo.Ele fez um comentário que reflete o seu estilo:– Estou fazendo o tratamento e espero que resolva. Se não resolver, paciência, minha vida foi muito boa.A família não agiu de todo errada. Quem sobrevive a um câncer é visto como um ser nascido de novo. Falo de mim agora: durante algum tempo depois da minha cirurgia radical, para extração de um câncer, as pessoas me encontravam na rua – sem disfarçar – me olhavam de alto a baixo, admiradas de eu estar vivo.

LIVROS, LÁ E CÁUma comparação entre os livros mais ven-didos na Tijuca (Livraria Eldorado) e no Brasil (segundo a revista Veja) mostra que o tijucano tem o mesmo gosto doa brasileiros.

LIvROS MAIS vENDIDOSNA TIJUCA - MAIO 2013tÍtULo, AUtor (EdItorA), mESES1. “O inferno”, de Dan Brown (Arqueiro) -2. “O silêncio das montanhas”, de Khaled

Hosseini (Globo) - 3. “A marca de Atena”, de Rick Riordan

(Intrínseca) -4. “A culpa é das estrelas”, de John Gre-

en (Intrínseca) - 25. “Casagrande e seus demônios”, de W.

Casagrande e G. Ribeiro (Globo) 26. “Sonho grande”, de Cristiane Correa

(Primeira Pessoa) -7. “Kairós, o tempo de Deus”, de Marcelo

Rossi (Principium) -8. “Manifesto do nada na terra do nun-

ca”, de Lobão (Nova Fronteira) -9. “O Castelo de papel”, de Mary del Prio-

ri (Rocco) 2 Fonte: Livraria Eldorado

RUShTodos os dias 53 miil veículos passam pela rua Conde de Bonfim, na altura da praça Saenz Peña, a via de maior movimento do bairro. Em Vila Isabel, o maior tráfego é na Vinte e Oito, com 40 mil carros todos os dias.

MAIS ÔNIBUS A região da Tijuca vai ganhar mais linhas de ônibus. A linha 345 (Barra – Praça Mauá) terá um serviço especial, do Ita-nhangá ao Alto da Boa Vista.Dentro de algumas semanas, começa uma nova linha ligando o Alto à praça Afonso Pena.

AGENDA CULTURAL TIJUCANACASA GrANdE E SENZALA – Vai até o final de junho a montagem do musical “Casa Grande e Senza”, com o grupo de te-atro “Ciclomáticos Companhia de Teatro”.O espetáculo está no Teatro Ziembinski (Rua hHeitor Beltraão), na Tijuca.A peça, de Ribamar Ribeiro, é um Mani-festo Musical Brasileiro, livremente ins-pirado na obra de Gilberto FreyreLivre para maiores de 14 anos, a peça é representada em três dias da semana: sexta, sábado, às 20 horas, e domingo, às 19 horas.Os ingressos custam R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).Para maiores informações, ligue para 3234-2003.

PoESIA Em CoNCUrSo – Até 11 de julho continuam abertas as inscrições para o concurso de poesia do Alma Tiju-cana.Serão avaliados os seguintes itens: bele-za; originalidade; criatividade e correção gramatical.O primeiro lugar recebe, além de meda-lha e certificado, um vale-livro no valor de R$ 300,00, a ser resgatada na Livra-ria Eldorado Tijuca. Há prêmios também para o segundo e terceiro lugares.Inscreva seu poema escrevendo para [email protected].

CoNtAmINAÇÃo ESPIrItUAL – Nos dias 28, 29 (19h30) e 30 (10h) de junho acontecerá o Congresso de Cura e Libertação, promovido pela Primeira Igreja Batista no Andaraí (Endereço: Rua Leopoldo, 71, Andaraí).O preletor será Alcione Emerick, psi-cólogo, filósofo com especialização em

Terapia familiar Sistêmica, pós--graduado em Fi-losofia e Existên-cia e Presidente do SECRAI (Ser-viço Cristão de Aconselhamento Integral). Autor de 5 livros, sua obra mais recen-te foi publicada pela editora Hagnos, “Contaminação es-piritual”.O evento é gratuito. Informe-se com Oné-simo em 92581993.

CULINÁrIA – No dia 15, às 10 da mam-nhã, aconte-ce o primeiro curso de culi-nária que as professoras Izabel Leal e Vâ-nia Bucco vai ministrar na Igreja Batista Itacuruçá.Para se informar mais, escreva para [email protected].

7.7.7 – No dia 7 de julho, a Igreja Ba-tista Itacuruçá promove 7 cultos, todos para refletir sobre as chamadas igrejas do Apocalipse.Em cada culto estará um pregador con-vidado: João Soares da Fonseca (7:00), Josué Valandro Jr (9:00), Alexandre Aló (11:00), Carlos Novaes (14:00), Osi-ris Marques (16:00), Martinho Lutero Semblano (18:00), João Falcão Sobrinho (20:00).Em cada culto, um coro ou uma banda participará.

Ao mesmo tempo, é valioso que o assunto seja comentado, sem rodeios, para que as pessoas sejam bem informadas. Tra-tar deste assunto faz muita gente torcer o nariz. (De uma vez que comentei aqui o tema, uma pessoa me pediu que cance-

lasse os envios desta reflexão, porque na casa dela o câncer não entra.) A in-formação pode salvar vidas.A avaliação de Oscar sobre a sua traje-tória (“minha vida foi muito boa”) nos convida a refletir sobre a nossa.Tem sido boa a nossa vida? Se não tem sido, o que podemos fazer para que seja? Ainda há tempo.Temos avaliado bem a nossa vida, re-alisticamente, ou temos nos concentra-do, pessimisticamente, na dificuldade, como se ela predominasse?Um calo no pé é um calo no pé, não o pé e nem o corpo todo, assim como um ponto sujo numa página não é toda a página. Uma vírgula fora de lugar não torna analfabeto o seu autor.Se a nossa vida tem sido boa, pode ser melhor e será melhor se nos esforçar-mos para tornar melhores as vidas as dos outros também.

A BOA vIDA DE OSCAR

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12 E D U C A ç ã O

PAULO ChRISTIANO MAINhARD

vida é um processo que, so-bretudo através da educação, deve ir da dependência à au-tonomia. Quando o ser huma-

no não alcança a sua autonomia, ou a alcança apenas parcialmente, tende a viver submisso, dependente e cerceado nas suas decisões.

Em condições normais a criança anda e fala por volta do primeiro ano de vida. É o princípio da autonomia. Pri-meiro passo para se locomover, e um passo adiante para comunicar-se através da fala. Aos poucos vai se socializando e, em condições normais, se tornando me-nos dependente da família.

Quando ingressa na escola, vai, aos poucos, trocando experiências com ou-tras crianças e ampliando o seu univer-so social e, a partir dessas experiências motoras e sociais, compreendendo me-lhor o mundo e as relações que se esta-belecem no seu interior.

Para melhor entender a EducaçãoAprende aos poucos a “ler a reali-

dade e o mundo social” e isso contribui para avançar na sua autonomia. Amplia a capacidade de comunicação e vai, aos poucos, aprofundando o seu conheci-mento e a sua compreensão das coisas e suas relações. Geralmente em torno dos 6 anos de idade alcança um estágio que a torna “pronta” para ingressar no UNIVERSO FORMAL da comunicação e ampliar o seu domínio da realidade. E isso representa um largo passo para a sua AUTONOMIZAÇÃO.

Na medida em que alcança a pré--adolescência e vai passando para a adolescência passa de uma aprendiza-gem “mecânica” para uma aprendiza-gem “crítica”, que não mais aceita incor-porar o conhecimento transmitido pela família, pela escola e pela sociedade sem reflexão e análise. Vai aos poucos com-preendendo, analisando, criticando e avaliando o que chega ao seu conheci-mento, É um momento difícil e delicado do desenvolvimento humano.

Daí por diante, passando pela ado-

lescência o conhecimento crítico irá se avultando, até consolidar-se no início da idade adulta, prosseguindo maturidade afora, até alcançar a terceira idade e sofrer o rompimento imposto pela morte.

Podemos, agora, extrair algumas breves e necessárias conclusões:1. O processo de maturação é geral, mas

não homogêneo. Alguns são mais e outros menos sensíveis à percepção e à compreensão da realidade. As in-teligências também não são homogê-neas, razão porque, por exemplo, uns são mais sensíveis ao conhecimento espacial enquanto outros ao conhe-cimento estético e assim por diante.

2. Não há inteligência e conhecimen-to que seja mais ou que seja menos importante. Tudo contribui para o desenvolvimento humano. De igual modo, um artista plástico pode ser tão importante para a sociedade quanto um cientista. O que importa é que cada um “esteja no seu qua-drado”, contribuindo para o todo da sociedade.

3. O ser humano é um ser individual e social. Como indivíduo possui carac-terísticas próprias, visão única e pró-pria da vida. Como ser social é parte integrante de uma coletividade que possui natureza e valores próprios. E como parte da sociedade ele incorpo-ra à sua individualidade os valores e a experiência social.

4. A partir das considerações acima po-demos afirmar:

- o homem é um ser que inicia sua trajetória de vida na concepção e termina com a morte. Daí ser a educação um PROCESSO PER-MANENTE;

- o homem é um ser individual, so-cial, racional e inteligente;

- da mesma forma que nasce DE-PENDENTE o homem deve cres-cer e se desenvolver até alcançar a maturidade e sua autonomia crí-tica, de modo a fazer livremente as suas escolhas pessoais e con-tribuir para o progresso material, social e espiritual.

A

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13m E I O A m b I E N T E

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Norma da Aneel permite que consumidores tenham descontos na conta de luz, mas investimento precisa ser bem avaliado

Desde abril do ano passado, uma norma da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permite

que pessoas que instalarem sistemas de microgeração (até 100 kW)de ener-gia solar – fotovoltaica, no jargão dos engenheiros – tenham desconto na conta de luz. Sabe-se, porém, que o in-vestimento nesses equipamentos é alto. Soma-se a isso o custo de operação e manutenção e de instalação. Será, en-tão, que vale a pena apostar nessa fonte de energia renovável?

Para se chegar a uma resposta, há de se analisar o assunto sob pelo menos dois pontos de vista. O primeiro é o am-biental. A energia fotovoltaica é obtida através da captação da luz do sol por meio de placas e conversão dessa luz em energia, que é armazenada em bate-rias ou consumida diretamente. Desse prisma, não há dúvidas, é uma fonte de energia infinita, inesgotável e predomi-nantemente limpa – há de se conside-rar as emissões de CO2 geradas pelos fabricantes das placas de silício.

Do ponto de vista econômico, há controvérsias, no entanto. Um estudo da consultoria PSR publicado no ano passado, levando em consideração a insolação, investimento nos equipa-mentos, gastos com manutenção e ins-talação e as tarifas de energia, dizia que a energia solar era economicamente viável para consumidores de energia atendidos pela Light – concessionária de energia que atende à cidade do Rio de Janeiro e municípios vizinhos.

A distribuidora de energia flumi-nense estava entre as 19 concessio-nárias nas quais valia a pena instalar sistemas de geração de energia solar para obter descontos na tarifa – quanto maior a tarifa, mais viável é o sistema.

Os painéis fotovoltaicos disponíveis no mercado se dividem basicamente em duas grandes categorias: os de silício cristalino e os filmes finos, mais baratos, po-rém de menor eficiência. O cristalino é formado por fatias de silício. Já nos filmes finos, o metal é borrifado em placas de metal ou vidro.

O funcionamento é semelhante: ao receberem a luz do sol, é criado um campo elétrico entre as camadas. Quanto maior a irradiação, mas eletricidade é produzida.

Os painéis podem ser isolados ou ligados à rede de distribuição de energia. No primeiro caso, a energia é armazenada em baterias. No segundo, há a necessidade de um inversor que transforma a corrente contínua em alternada, tornando possí-vel injetar essa energia na rede elétrica.

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Mas aí veio a Medida Provisória 579, editada pela presidente da República, Dilma Rousseff, em 12 de setembro de 2012 e que passou a valer em fevereiro deste ano, derrubando o valor da tarifa em 18% para consumidores residenciais. Com isso, a energia solar perdeu um pouco de sua atratividade econômica.

Especialistas do setor creem que a microgeração solar irá recuperar essa atratividade ao longo deste ano. Isso porque as distribuidoras de energia es-tão passando pelo terceiro ciclo de revi-sões tarifárias – processo que acontece a cada cinco anos e que estabelece um novo patamar de tarifas para as conces-sionárias, devolvendo ao consumidor ganhos (ou perdas) de produtividade dessas empresas; e que não se confunde com os reajustes anuais.

Enquanto não se sabe muito bem quando a fonte voltará a valer o inves-timento, há ferramentas que ajudam o consumidor de energia a decidir pela ins-talação de um sistema. O Instituto Ideal e a Cooperação Alemã para o Desenvol-vimento desenvolveram um simulador solar. Nele, o usuário terá uma ideia dos equipamentos que precisará comprar,

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CULTURA14 G A S T R O N O m I A

A sugestão do mês é uma casa de peixes e mariscos no coração da Tijuca. Estou falando do Restau-

rante Umas e Ostras, situado na Rua Barão de Mesquita, quase esquina com a Rua Major Ávila. Esta é, má mi-nha opinião, a melhor e mais tradicio-nal casa de peixes da Tijuca, rivalizan-do inclusive com as casas na Zona Sul, se não em sofisticação, certamente no sabor. A especialidade são frutos do mar, a sua maioria preparada na bra-sa, o que faz do restaurante um lugar único no Rio de Janeiro. Há quinze anos eu freqüento o Umas e Ostras e em 90% das vezes eu pedi o mesmo prato: Anchova na Brasa com Arroz de Brócolis.

De entrada eu sempre recomendo os Pastéis de Camarão, ou os Bolinhos

UmAS E OSTRASUma casa de peixes e mariscos

de Bacalhau, ou para os mais requin-tados, Sardinhas Portuguesas na Brasa ou Ostra Frescas.

De prato principal há uma infinida-de de iguarias, desde a Anchova já cita-da, passando pelo Risoto de Camarão, o Risoto de Polvo, o Bobó de Camarão, o Atum na Brasa ou o Linguado na Bra-sa. Para quem gosta dos peixes de água doce, eles também oferecem a Truta na Brasa.

Para os que querem gastar mais, sempre há a seleção de Bacalhau, a Cal-deirada e a Sinfonia do Mar.

Não sou um especialista em sobre-mesas, mas o café acompanhado de uma taça de creme, que chega a subs-tituir o açúcar, é definitivamente uma boa pedida.

O ambiente é informal e sempre en-contramos famílias inteiras, às vezes três gerações, ocupando enormes mesas.

Recomendo o estacionamento que fica ao lado das Lojas Americanas na própria Barão de Mesquita, do lado esquerdo, um pouco antes do restau-rante.

restaurante UmAS E oStrASRua Barão de Mesquita, 235Tel. 2568-7128.

REGINALDO MACEDO DE ALMEIDA

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No dia 25 de maio foi comemora-do o Dia Nacional da Adoção.

Agradeço a Deus pela minha Cris, pois as dificuldades da vida nos levam cada um de nós a “arrastar correntes” até tomar coragem e se aventurar, arriscar, se entregar, fazer contas, preparar-se espiritualmente -- pela fé -- , emocionalmente, financeiramen-te, e decidir seguir em frente: rumo ao desconhecido! Àadoção!!!

É preciso ter coragem e força para juntar a documentação, abrir o processo e esperar, esperar, esperar.

Um belo dia o telefone toca! É para marcar as sabatinas com os serviços de Psicologia e Assistência Social.

E novamente: esperar, esperar, esperar.

Então você se dirige várias vezes à Vara da Infância para obter infor-mações do processo: e nada! Está tramitando de um órgão para outro. Acompanha pela internet.

Então você participa das Reu-niões do seu Grupo de Apoio à Ado-ção, vê de tudo: palestras de vários temas relacionados (jurídicos, rela-cionados à saúde das crianças...), ca-sos de adoção bem e mal sucedidos, apresentação de filhos que chegaram às famílias do Grupo.

Então você procura a Assistente Social que acompanha você na Vara e desabafa.

Um belo dia a psicóloga que acompanha seu caso na Vara da In-fância liga e põe de sobreaviso: “dei-xe o celular ligado, porque a qual-quer momento você vai conhecer a sua filha!”

Isso mesmo! O meu dia chegou!Então conheci a menina mais

linda do mundo. Aquela pequenina se tornou a menina mais amada do mundo e me fez conhecer um amor extraordinário.

Ela se apropriou de mim como filha e eu dela como mãe!

“As correntes” se partiram e a fe-rida se fechou completamente.

Hoje sou a mãe mais feliz do mundo.

mArIA dELFINA mArIANo SIQUEIrAGrajaú

Q U A L I D A D E D E V I D A 15

Cuidando dos que cuidamDiversos estudos revelam que os

cuidadores de idosos pertencem eles mesmos a um grupo de risco.

A razão é a pressão emocional e o desgaste físico a que estão sujeitos. Isto os deixa vulneráveis à perturbação afe-tiva e relacional, à desorganização pes-soal, familiar e social, à doença física e mesmo à doença psiquiátrica e outra sintomatologia orgânica e/ou manifes-tação psicossomática.

Esses problemas, associados à debi-litação psicológica e/ou exaustão física, constituem problemas complexos que atingem os cuidadores no seu todo, na sua individualidade, na forma como se relacionam com os outros e interagem com os diferentes contextos.

Obviamente, este mal-estar se re-flete nos que deles dependem, assim como nas diversas áreas da sua vida. Sua família é afetado. Seuus relaciona-mentos mudam. Sua profissão se trans-forma. Suas finanças se alteram. Suas emoções ficam em tensão.

Nós da Igreja Batista Itacuruçá preocupamo-nos com esta questão, e estamos oferecendo a comunidade da Tijuca um grupo de apoio formado por psicólogos, fisioterapeuta, assistente social, gerontólogo, e teólogo.

O objetivo é apoiar os cuidados em suas necessidades. Eles precisam cuidar de si próprio, saber lidar com expecta-tivas e angústias, ser capaz de identifi-car sinais de mudança, ser capaz de se adaptar em termos emocionais, rela-cionais e de representações cognitivas, estar informado e saber onde e como pedir ajuda, quando for o caso.

Este apoio é desenvolvido através de encontros mensais, aos sábados, no horário de 9h30 às 11h30.

Fizemos algumas entrevistas com cuidadores que participam de nosso gru-po e eis o depoimento de alguns deles.

– A cada reunião nos superamos no aprendizado, na troca de informações que existe aqui. Eu fico grata a esse grupo que me faz entender que não es-tamos sozinhos. Que podemos contar com o apoio e, sempre que possível, ti-rar dúvidas sobre o que acontece no dia a dia das cuidadoras.(LEIA MARIA LIMA – cuidadora profissional)

– Eu me sinto feliz quando estou aqui com as palavras amigas das psi-cólogas, fisioterapeutas e do convívio

com outras cuidadoras. Quando chego em casa, fico mais segura para cuidar de minha mãe. Às vezes, acho muito di-fícil porque ela (minha mãe) está doen-te com Alzheimer há 10 anos, mas ou-vir os conselhos das pessoas com mais experiência, e poder desabafar, e sentir apoio tem me ajudado muito.(MARIA TERESA, cuidadora familiar)

– Percebo que os cuidadores se sentem cuidados emocionalmente e espiritualmente. Além disto, têm a oportunidade de adquirir conheci-mentos para a vida pessoal, vida em família e para a pessoa que está sendo cuidada por elas.(LUIZ CARVALHO membro da equipe)

GACI - Grupo de Apoio a Cuidadores de Idosos - profissionais e familiaresEncontro mensais (das 9h30 às 13h30)Local: Igreja Batista Itacuruçá (Praça Barão de Corumbá, 49)Preço: gratuitoPróximo encontro: 22 de junho

SERvIÇO

Dia daADOçãO

Cartas

MARGARET BORGES

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