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1 Rômulo Lins de Araújo Advogado OABPE 8.749 [email protected] 81 96047714 Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal da República Federativa do Brasil. NUM ESTADO TOTALITÁRIO O VERDADEIRO PODER COMEÇA ONDE O SEGREDO COMEÇA. 1 ------------ A cultura do biombo foi excomungada da Constituição.” 2 ESPÓLIO DE MANOEL ANTÔNIO DE SOUZA, processo 0000037-22.1994.8.17.0670, representado pelo Inventariante, Antônio Teixeira de Souza, Brasileiro, casado, Protético, RG 1.152.777 SSPPE, CPF 135.079.314-00, residente na Rua Ruy Barbosa 107, Vitória de Santo Antão (PE), doc. 01, por seu Advogado, Rômulo Lins de Araújo, brasileiro, divorciado, OABPE 8.749, endereço supra, ut instrumento procuratório doc. 02 amparado na Constituição da República, artigos 102, I, “r”, 93 IX, 5° XXXIII, XXXIV e LXXVIII, e 37 caput, vem, respeitosamente, promover Ação Originária Constitucional, Declaratória de Nulidade de Julgamento Secreto, contra o Egrégio Conselho Nacional de Justiça, em face das seguintes razões de fato e de direito. 1 Hanna Arendt, citada por Celso Lafer A Reconstrução dos Direitos Humanos Companhia da Letras, pág. 245. 2 Ministro Ayres Britto Discurso de Posse no Supremo Tribunal Federal.

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1

Rômulo Lins de Araújo Advogado OABPE 8.749

[email protected] 81 96047714

Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal da

República Federativa do Brasil.

NUM ESTADO TOTALITÁRIO O VERDADEIRO

PODER COMEÇA ONDE O SEGREDO COMEÇA. 1

------------

“A cultura do biombo foi excomungada da Constituição.” 2

ESPÓLIO DE MANOEL ANTÔNIO DE SOUZA,

processo 0000037-22.1994.8.17.0670, representado pelo Inventariante, Antônio

Teixeira de Souza, Brasileiro, casado, Protético, RG 1.152.777 SSPPE, CPF

135.079.314-00, residente na Rua Ruy Barbosa 107, Vitória de Santo Antão

(PE), doc. 01, por seu Advogado, Rômulo Lins de Araújo, brasileiro,

divorciado, OABPE 8.749, endereço supra, ut instrumento procuratório doc. 02

amparado na Constituição da República, artigos 102, I, “r”, 93 IX, 5° XXXIII,

XXXIV e LXXVIII, e 37 caput, vem, respeitosamente, promover Ação

Originária Constitucional, Declaratória de Nulidade de Julgamento Secreto,

contra o Egrégio Conselho Nacional de Justiça, em face das seguintes razões de

fato e de direito.

1 Hanna Arendt, citada por Celso Lafer – A Reconstrução dos Direitos Humanos – Companhia da Letras, pág. 245. 2 Ministro Ayres Britto – Discurso de Posse no Supremo Tribunal Federal.

2

01. Preliminarmente, com amparo na Constituição

da República, art. 5° LXXIV, c/c art. 4º da lei 1.060, de 05.02.1950, o autor

requer os benefícios de gratuidade, indicando, desde já, ao patrocínio da causa o

Advogado subscritor, que aceita o encargo, sem ônus, docs. 03, 04 e 05.

02. O único bem integrante do espólio é o crédito no

Precatório Judiciário 0004234-22.1996.8.17.0000 (9900049-4) inscrito em 1996,

oriundo da Ação indenizatória 0000019-89.1980.8.17.0670, em que a causa

petendi foi o esbulho possessório praticado pelo Município devedor, em 1978.

DOS FATOS.

03. O espólio Autor, litisconsorciado, impetrou

perante o CNJ, em março de 2012, a Reclamação Disciplinar 0001437-

86.2012.2.00.0000, em face do eminente Desembargador José Fernandes de

Lemos, do egrégio Tribunal de Justiça de Pernambuco, com base na

Constituição da República, artigo 100 § 6° e §7º, art. 35 da Lei Orgânica da

Magistratura, no Código de Ética da Magistratura e Lei de Improbidade,

8.429/92 art. 11-I e II. Folha de rosto, doc. 06.

04. A causa petendi aludia ilícitos administrativos e

penais, diáfanos nos autos dos Precatórios 9900048-7 e 9900049-4. Impertinente

trazer, aqui, a matéria de fundo do Recurso.

05. Não obstante, en passant, vale breve referência

ao pedido, na Reclamação Disciplinar e no Recurso interposto, que desaguou no

julgamento secreto do qual o Recorrente foi impedido de participar.

06. Eis o pedido na Reclamação Disciplinar:

“Requerem que a Egrégia Corregedoria Geral de Justiça

determine a apuração dos fatos aqui noticiados, com base no art. 3º II, do Regulamento

Geral, colhendo elementos, in loco, para que o Egrégio Plenário do Conselho Nacional

de Justiça instaure o devido Processo Administrativo Disciplinar, em face do eminente

Des. José Fernandes de Lemos, do Tribunal de Justiça de Pernambuco e contra quem

mais se achar em culpa.” doc. 07.

07. Não constituíram objeto do pedido o

pagamento do precatório, a correção de cálculos ou aresto de recursos.

3

08. O Precatório 9900049-4, inscrito em 1996, é o

decano do Estado de Pernambuco, o Metusalah entre os seus pares.

09. O Espólio e o Advogado pediram a instauração

de sindicância para apuração de fatos ilícitos administrativos, inclusive sete

preterições na ordem cronológica de pagamento, investigação da conduta típica

funcional do eminente Desembargador Reclamado e de quem mais houvesse

participado da prática dos malfeitos comissivos e omissivos.

10. Só para ilustrar, fato surrealista, porém verídico,

presente nos autos: a Presidência do TJPE, em peça assinada pelo Presidente, ao

institucionalizar e convalidar a preterição do crédito, afirmou:

“5- Ora, se o precatório foi inscrito no ano de 1997

e a entidade pública não efetuou o pagamento, não há que se falar em

quebra do princípio da precedência, até mesmo porque já foram efetuados

centenas de pagamentos posteriormente.” Doc. 08.

11. Inacreditável, mas tem mais: o eminente

Magistrado Gestor do Núcleo de Precatórios, Comandante Guardião das

execuções administrativas, a quem “coube estruturar o setor”, (sic) em peça nos

autos proclamou, solenemente, a inutilidade formal dos tribunais brasileiros, ao

dizer, doc. 09:

PRIMEIRA SESSÃO DE JULGAMENTO NO CNJ.

12. O julgamento fora iniciado na 153ª Sessão do

CNJ, em 04.09.2012, com o Relatório, Sustentação Oral pelo Advogado, votos

da eminente Relatora, Conselheira Eliana Calmon e dos eminentes Conselheiros

Bruno Dantas e Jorge Hélio Chaves de Oliveira.

13. A eminente Ministra indeferiu pedido não

formulado. Entendeu que não competia ao CNJ corrigir cálculos e que o atraso

por quinze anos era perfeitamente normal. Degravação, doc. 10.

4

14. Não houve pedido de correção de cálculos. Não

se reclamou da mora. O respeitável voto da Ministra passou ao largo da questão

posta. Exemplo claro de voto extra petita, de alfa a ômega.

15. O respeitável Relatório, da lavra de Magistrado

Assessor da Corregedoria Geral do CNJ, omite a verdadeira causa petendi e o

pedido posto: abertura de sindicância para apuração de fatos, aplicação de

penalidade e consequente do envio de peças ao Ministério Público.

16. Não obstante, a eminente Conselheira adotou o

Relatório, mas não contou o caso como o caso foi. Questionada pelos

Conselheiros Jorge Hélio Chaves de Oliveira e Bruno Dantas, afirmou que não

o lera, “para economizar tempo”.

17. Disse a eminente Ministra, durante os debates:

- “ Esses fatos da Tribuna são inteiramente novos, não estão aqui. Para

economizar tempo, EU NÃO LI, mas está no Relatório...”. “Demorou?

Demorou. Os precatórios têm demorado muito e depois houve o parcelamento

dos precatórios e isso demorou muitos anos.” degravação, doc. 10.

18. Não se trata aqui - vale repisar - de recurso

contra decisão em julgamento do Conselho Nacional de Justiça.

19. Ajuíza-se, perante o Supremo Tribunal Federal,

Ação Constitucional Declaratória, em que a causa de pedir é de direito

fundamental: a nulidade do julgamento que aboliu o Princípio da Publicidade, o

Direito de Petição, recusou a Prestação da Tutela Jurisdicional administrativa,

suprimiu o Devido Processo Legal e ressuscitou o biombo dos anos de chumbo.

ANTECEDENTES DA SEGUNDA SESSÃO DE JULGAMENTO.

20. Em diálogos mantidos com treze dos quinze

conselheiros, o Advogado adiantou-lhes que levaria nova questão de fato ao

Plenário: seria notícia de crime de improbidade, cometido após a impetração da

Reclamação Disciplinar, pelo eminente Desembargador Reclamado.

5

21. O Magistrado deslocara-se de Recife a Brasília, por

duas vezes, acompanhado de dois juízes de varas cíveis daquela Capital, seus

ex-assessores, com passagens e diárias pagas com dinheiro público, para

contatos com os eminentes Conselheiros. O Advogado obteve a prova dos fatos.

22. A presença dos Magistrados em Brasília, nos dias

03 e 04 de setembro e em 16 e 17 de outubro, véspera e dia das sessões, foi

detectada pela Secretaria de Segurança do Supremo Tribunal Federal e

informada por certidão ao Advogado, doc. 11.

23. O Desembargador confirmou sua presença em

Brasília, com os magistrados ex-assessores, “para prestar esclarecimentos aos

Conselheiros”, ou seja, para conversar, mas não se lembrou de dizer que as

despesas foram pagas com dinheiro público, doc. 12.

24. O Diário da Justiça (PE) disponibilizou a prova

material da improbidade, documentos pertinentes às diárias pagas, docs. 13 a 16.

25. A RD apontava a pessoa do Magistrado. O

sujeito ativo dos ilícitos era a pessoa do Juiz, não o TJPE como Órgão Público.

26. Em outras palavras, no polo passivo pendia o

Desembargador, não a Presidência do TJPE, não se cuidando, portanto, de

Missão Institucional dele e dos eminentes magistrados fieis companheiros.

27. A instauração do Processo Administrativo

Disciplinar, objeto da RD dependeria da apuração de fatos, de provas colhidas

em Sindicância, com acompanhamento de perto pelo Reclamante, na forma

disposta no Regimento Geral do Conselho Nacional de Justiça.

28. Os fatos já estavam na bandeja. Tratava-se de

ilícitos administrativos, de infrações éticas e de condutas tipificadas, pelo art.

100-7º da Constituição da República e pela Lei de Improbidade – 8429/92.

29. O fato novo, previamente conhecido em

Pernambuco, comentado a boca fechada – a questão das diárias - haveria de ser

ocultado. Urgia evitar fosse levado ao Pleno do Conselho Nacional de Justiça.

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30. Comentários, em Recife e em Brasília, verídicos

ou mendazes, davam conta de que Político interativo, poderoso e jeitoso, cujas

iniciais o Autor Evita Citar, estaria empenhado na blindagem do Reclamado.

31. O Desembargador exercia a Vice-Presidência do

Tribunal Regional Eleitoral e exercera a Presidência do TJPE.

32. Para evitar a divulgação do escândalo, utilizou-

se a solução da anedota: remova-se o sofá da sala. Sem o palco, sem o plenário

físico, sem o som ambiente, cortar-se-ia a língua ferina do Advogado,

inviabilizando-se o escândalo do escândalo.

33. Proclamou-se o resultado de julgamento

fabuloso. Julgamento fantasma.

34. Aqui, a causa petendi para a procedência da

Ação Declaratória de Nulidade é o julgamento secreto, inacessível à parte

recorrente, simulado pelo respeitabilíssimo Órgão guardião dos princípios da

Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.

35. O Advogado foi impedido de participar do

julgamento inscrito em pauta, proibido de conhecer os votos dos eminentes

conselheiros, com afronta às normas dos artigos 93-X e 133 da Constituição.

SEGUNDA SESSÃO DE JULGAMENTO .

36. O Julgamento foi segredado na escuridão mais

sólida, sob tênebras impenetráveis, em local ignoto. Onde? Na Atlântida? Do

lado de lá da Lua? No porão desocupado pela ditadura?

37. Se a sessão pública já fora iniciada, desde

setembro, na 153ª, as regras do jogo não se poderiam alterar, com motivação

sub-reptícia, para continuação do julgamento na 156ª Sessão, em segredo,

cerceada a participação do Advogado, perfurada a menina dos olhos do

Conselho Nacional de Justiça, o art. 37 da Constituição da República.

38. Seja o Regimento Interno do Conselho Nacional

de Justiça, seja o Regulamento Geral da Corregedoria não referem julgamento

zás-trás, mandrake, realizado dentro do cofre.

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39. A Constituição é Senhora da Luz.

40. O Supremo Tribunal Federal, na ADI 4638

aboliu os julgamentos sigilosos, a “cultura do biombo”.

41. Mesmo se tais maquinações fossem válidas, não

poderiam ser aplicadas na trilha do julgamento já iniciado pelo plenário físico.

42. Na sessão 156ª do egrégio CNJ ocorreu o fato

violador dos Princípios Constitucionais – art. 5º, XXXIV, LXXVIII, art. 37

caput, art. 133, art. 93, inciso IX, da Constituição da República e das normas

regimentais do Conselho Nacional de Justiça.

43. O fato: dia “D”, 16.10.2012, Sessão 156ª do

CNJ. Presente o Advogado. O novo Relator, Conselheiro Francisco Falcão, com

direito a voz, ausenta-se, momentos antes do pregão.

44. O iluminado Presidente Ayres Britto e a parte

recorrente aguardam sua volta. Esperaram quatro horas.

45. Encontrava-se presente o Advogado recorrente,

com questão de ordem e questão de fato a apresentar, direito fundamental da

Parte – CR 5° LV e art. 7°, Inciso X, da Lei 8906/94. A pretensão fora predita a

treze eminentes Conselheiros.

46. Em dado momento o eminente Conselheiro

Sílvio Luís Ferreira da Rocha, exemplo de Magistrado brilhante, deixa o

plenário, vai à presença do Advogado e pergunta-lhe qual o número do processo

na pauta de julgamentos. Informado do número 13, volta ao seu lugar.

47. Momentos depois Servidora postada ao fundo

do Plenário aproxima-se do Advogado, no auditório, e faz a mesma pergunta:

quer saber o número do Recurso, na pauta daquela sessão.

48. - “Número 13”, repete o Advogado. Finalmente,

fim da espera, final da tarde, surge o eminente Relator.

49. A Servidora leva um papel ao Secretário da

Mesa, que o entrega ao Ministro Ayres Britto e este, prontamente, o lê:

8

“Processo nº 13 da Pauta. Julgado. Contra os votos dos

eminentes Conselheiros Bruno Dantas e Jorge Hélio, nega-se provimento ao

Recurso Administrativo disciplinar.”

50. O processo foi apregoado às 17:39:30h; a

proclamação do resultado veio instantaneamente. Doc. 17.

51. Apoteose da teratologia. Golpe na Cidadania.

52. Atônito, o Advogado, em vigília todo o tempo,

descreu do que ouviu. (Felizmente, contava com sua irmã, Médica, ao seu lado).

53. O Conselheiro Carlos Alberto Reis de Paula,

que pedira vista, não trouxe seu voto. Os demais Conselheiros não votaram.

54. O “julgamento” foi engendrado por trás do

muro, por baixo dos panos, envolto por trevas e travas herméticas,

incognoscível, inaudível, invisível, sem que os mortais soubessem quê, quem,

quando, onde, como e por quê.

55. Ali, proclamou-se julgamento fabuloso, feioso,

fictício, fotófobo, fugaz, no caminho da ida, funâmbulo, no caminho da volta.

56. Dia seguinte ao julgamento, 17.10.2012, o

Advogado protocoliza pedido de certidão - petição física, petição eletrônica - à

Presidência do CJN, nos seguintes termos. Doc. 18 anexo.

CONSIDERANDO que na sessão plenária 156ª do Egrégio Conselho Nacional de

Justiça o feito de número 13 da pauta, Reclamação Disciplinar

001437.86.2012.2.00.0000, foi apregoado às 17:39H, e, imediatamente, proclamado o

resultado do julgamento, sem que a parte reclamante, presente ao Plenário, pudesse

conhecer do voto vista do eminente Conselheiro Carlos Alberto Reis de Paula e dos

votos dos demais eminentes Conselheiros.

CONSIDERANDO que a parte interessada foi impedida de participar do julgamento,

para formular questão de ordem, que traria, e para informar matéria de fato

importante ao julgamento,

9

CONSIDERANDO que o julgamento do feito se deu secretamente, sem o conhecimento

ou a participação da parte autora, em dia e hora não divulgados, uma vez que na

sessão plenária apenas se proclamou o resultado do julgamento,

CONSIDERANDO que a chamada “pauta rápida” é expressão inexistente ao

Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, e se posta no texto seria

procedimento cerceador de defesa,

REQUER, respeitosamente, que se lhe informe, no prazo legal:

a) O inteiro teor dos votos de todos os Conselheiros, seja por certidão escrita, seja

por cópia por mídia eletrônica.

b) Em que dia, hora e local verificou-se o julgamento do feito.

Atendendo ao que dispõe o artigo 2º da Lei 9.051, de 18 de maio de 1995, informa o

Cidadão signatário que a certidão destina-se a produção de prova em Ação

Constitucional Originária, a ser promovida perante o Colendo Supremo Tribunal

Federal.

57. CENTO E TREZE SÓIS SÃO PASSADOS, quando, em

07.02.2013, a douta Corregedoria do CNJ proferiu o seguinte despacho:

“Proceda-se conclusão dos autos à Presidência do Conselho Nacional de

Justiça, em virtude da pretensão que consta da PET76- Evento 84.” Doc. 19.

58. Em 27/02/2013 do Eminente Ministro Joaquim

Barbosa determinou a entrega, ao Peticionário, das mídias das sessões de

julgamento 153ª e 156ª, doc. 20.

REGIMENTO INTERNO DO CNJ

59. “Art. 116. As sessões serão públicas, exceto nas

hipóteses de sigilo previstas na Constituição.”

REGIMENTO DA CORREGEDORIA GERAL DO CNJ

60. “Art. 15. Os procedimentos disciplinares de

competência da Corregedoria Nacional de Justiça e aqueles objetos de Avocação

nos termos do Regimento Interno (art. 79, § único), consistentes em Reclamação

Disciplinar, Representação por Excesso de Prazo, Sindicância e Pedido de

Providencia (art. 98 do Regimento Interno), são públicos, preservando-se o

10

sigilo das investigações ou dos documentos nos limites expressos da

Constituição e das leis específicas.”

RESOLUÇÃO 135/2011 DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

61. “Art. 20 - O julgamento do processo

administrativo disciplinar será realizado em sessão pública e serão

fundamentadas todas as decisões, inclusive as interlocutórias.”

“§ 1º. Em determinados atos processuais e de

julgamento, poderá, no entanto, ser limitada a presença às próprias partes e

a seus advogados, ou somente a estes, desde que a preservação da

intimidade não prejudique o interesse público.”

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

62. “Art. 444 – A audiência será pública...”

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA

“Art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações

de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas

no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo

seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;”

“Art. 37, caput - A administração pública direta e indireta de qualquer dos

Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá

aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e

eficiência e, também, ao seguinte:”

“Art. 93, IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão

públicos e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei

limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados,

ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do

interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;”

A DOUTRINA:

Celso Antônio Bandeira de Melo

63. Princípio da Publicidade.

20. Consagra-se nisto o dever administrativo de manter plena transparência em

seus comportamentos. Não pode haver em um Estado Democrático de Direito,

no qual o poder reside no povo (art. 1°, parágrafo único, da Constituição),

ocultamento aos administrados dos assuntos que a todos interessam, e muito

menos em relação aos sujeitos individualmente afetados por alguma medida.

11

Tal princípio está previsto expressamente no art. 37, caput, da Lei Magna,

ademais de contemplado em manifestações específicas de direito à informação

sobre assuntos públicos, quer pelo cidadão, pelo só fato de sê-lo, quer por

alguém que seja pessoalmente interessado. É o que se lê no art. 5º, XXXIII

(direito à informação) e XXXIV, “b”, este último para o caso específico de

certidão (a ser expedida no prazo de quinze dias, conforme a Lei 9051, de

18.5.95) para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse

pessoal. Além disso, o mesmo art. 5° inciso LXXII, confere garantia de habeas

data para assegurar judicialmente o conhecimento de informações...”

Jackson Borges de Araújo 3

64. “É com inobjetável razão que Celso Antônio

Bandeira de Melo, no seu “Elementos de Direito Administrativo”, após definir o

que seja “princípio”, pontifica: Violar um princípio é muito mais grave

transgredir uma norma. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a

um específico mandamento obrigatório, mas a todo o sistema de comandos. É a

mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o escalão

do princípio atingido, porque representa insurgência contra todo o sistema,

subversão de seus valores, fundamentais, contumélia irremissível a seu

arcabouço lógico e corrosão de sua estrutura mestra. “Isto porque, com ofendê-

lo, abatem-se as vigas que o sustém, e alui-se toda a estrutura neles esforçada.”

Rui Barbosa

65. “Julgados sem os motivos expressos do

julgar, só os divinos” 4

Gilmar Ferreira Mendes.5

2.2.5. Publicidade do Processo

66. “A publicidade dos atos processuais é corolário do

princípio da proteção judicial efetiva. As garantias da ampla defesa, do

contraditório, do devido processo legal apenas são eficazes de o processo pode

desenvolver-se sob o controle das partes e da opinião pública. Nesse sentido,

Farrajoli afirma tratar-se de uma garantia de segundo grau ou uma garantia de

garantias.”

“Assim, ao lado da motivação, a publicidade é fonte de

legitimidade e garantia de controle pelas partes e pela sociedade, das decisões

judiciais.”

3 Jackson Borges de Araújo - O Controle Judicial da (in) Constitucionalidade da Emendas à Constituição)” Inojosa Editores 4 Ruy Barbosa, Projeto do CCB, Imprensa Nacional, Rio, 1904, p. 427. 5 Gilmar Ferreira Mendes, Curso de Direito Constitucional, Saraiva, pág. 486.

12

“O texto constitucional consagra a publicidade dos atos

processuais, estabelecendo que a lei só poderá restringi-la quando a defesa da

intimidade ou o interesse social o exigirem (art. 5º LX.). Essa regra encontra

correspondência no art. 93 IX da constituição, que consagra a publicidade dos

julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário, podendo a lei, se o interesse

público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a

seus advogados ou somente a estes.”

José Afonso da Silva 6

67. “A publicidade sempre foi tida como um princípio

administrativo, pelo que se entende que o Poder Público, por ser público, deve

agir com a maior transparência possível, a fim de que os administrados tenham,

a toda hora, conhecimento do que os administradores estão fazendo.

Especialmente exige-se que os atos devam surtir efeitos externos, fora dos

órgãos da administração. Agora é a Constituição que a exige.”

Hannah Arendt 7

68. “Com efeito, uma das notas características do

totalitarismo é a negação, ex parte principis, da transparência na esfera pública e

do princípio da publicidade, seja através da estrutura burocrática na forma de

cebola, seja através do emprego da mentira e da manipulação ideológica, que

impedem a circulação de informações exatas e honestas...”

“É por esta razão que a democracia, por obra do legado kantiano, tem como uma

de suas notas constitutivas o princípio da publicidade e o da transparência na

esfera do público.”

“Num Estado totalitário o verdadeiro poder começa onde o segredo

começa.”

J.J. Canotilho 8

69. “A justificação do Princípio da Publicidade é

simples: o Princípio do Estado de direito democrático exige o conhecimento, por

parte dos cidadãos, dos atos administrativos, e proíbe os atos normativos

secretos contra os quais não se podem defender. O conhecimento dos atos por

parte dos cidadãos faz-se, precisamente, através da publicidade.”

Adam Smith

70. "Como é possível determinar, segundo regras, o

ponto exato a partir do qual um delicado sentido de justiça ruma para o

6 Curso de Direito Constitucional Positivo. 7 Hannah Arendt, citada por Celso Lafer - A Reconstrução dos Direitos Humanos. 8 Canotilho, Direito Constitucional, Almedina, pág. 947

13

escrúpulo fraco e frívolo da consciência? Quando o segredo e a reserva

começam a caminhar para a dissimulação?" 9

71. Maria Sílvia Zenella Di Pietro 10

Immanuel Kant 11

72. “Se abstraio de toda matéria no direito público, como

habitualmente fazem os juristas,... ainda me resta a forma da publicidade, cuja

possibilidade está contida em toda pretensão jurídica, porque sem ela não haveria

nenhuma justiça (que só pode ser pensada como publicamente divulgável), por

conseguinte tampouco haveria direito algum, que só se outorga por ela.

“Todas as ações relativas ao direito dos outros homens cuja

máxima não se conciliar com a publicidade são injustas.”

9 Teoria dos Sentimentos Morais, 1759.) 10 Di Pietro – Direito Administrativo.17ª Edição. 11 Kant – A Paz Perpétua – APÊNDICE, L&PM, 2010, pág. 75/76.

14

“Esse princípio não deve ser simplesmente considerado

como ético, (pertencente à doutrina da virtude), mas também como jurídico

(concernente ao direito dos homens).”

Pontes de Miranda 12

73. “PUBLICIDADE DAS AUDIÊNCIAS. Justiça a

portas fechadas, justiça obscura. Justiça, como todos os atos da vida pública,

pois a todos interessa, supõe liberdade, reflexão, crítica, decisão livre. A

publicidade das audiências serve: a) a que terceiros conheçam o que se passa a

respeito de alguma demanda, sendo possível o terceiro que intervém; b) ... c)a

liberdade necessária a todo ato em que o juiz e partes e mais pessoas presentes

pela posição processual tenham de expor o que pensam. d) garantia às partes e

demais presentes em frente ao Estado.”

Norberto Bobbio 13

74. “A publicidade assim entendida é uma categoria

tipicamente iluminista na medida em que representa bem um dos aspectos da

batalha de quem se considera chamado a derrotar o reino das trevas: onde quer

que se tenha ampliado o próprio domínio, a metáfora da luz e do clareamento

ajusta-se bem à representação do contraste entre o poder visível e o poder

invisível.”

“O poder oculto não transforma a democracia,

perverte-a. Não a golpeia com maior ou menor gravidade em um de seus órgãos

essenciais, mas a assassina" 14

Carl Schmitt 15

75. “A representação apenas pode ocorrer na esfera da

publicidade. Não existe nenhuma representação que se desenvolva em segredo

ou a portas fechadas. Sessões secretas, acordos e decisões secretas de qualquer

comitê podem ser muito significativos e importantes, mas não podem jamais tem

um caráter representativo.”

“Representar significa tornar visível e tornar presente

um ser invisível, mediante um ser publicamente presente”

Luís Roberto Barroso 16

76. “A existência de um ato jurídico – que pressupõe,

naturalmente, uma manifestação no mundo dos fatos – verifica-se quando nele

12 Pontes de Miranda, Comentários ao CPC, Tomo V, pág. 6. 13 Norberto Bobbio - O futuro da Democracia. 14 Bobbio – O Poder Mascarado 15 Carl Schmitt – Verfassungslehre – (Teoria da Constituição) – 1928, pág. 208.

16 Luís Roberto Barroso - O Direito Constitucional e a Efetividade de Suas Normas – Renovar – p. 79-80.

15

estão presentes os elementos constitutivos definidos pela lei como causa

eficiente de sua incidência.”

“A ausência, deficiência ou insuficiência dos

elementos que constituem pressupostos materiais de incidência da norma

impedem o ingresso do ato no mundo jurídico. Será, por via de consequência,

um ato inexistente, do qual o direito só se ocupará para repeli-lo adequadamente,

se necessário.”

“A ausência de algum dos requisitos conduz à

invalidade do ato, à qual o ordenamento jurídico, considerando maior ou menor

gravidade da violação, comina as sanções de nulidade ou anulabilidade.”

Ministro Sepúlveda Pertence.

77. Quest. Ord. Pet. 3674-3 DF

Ministro Ayres Britto: 17

78. “A prevalência do princípio da publicidade

administrativa outra coisa não é senão um dos mais altaneiros modos de

concretizar a República enquanto forma de governo. Se, por um lado, há um

necessário modo republicano de administrar o Estado brasileiro, de outra parte é

a cidadania mesma que tem o direito de ver o seu Estado republicanamente

administrado. O “como” se administra a coisa pública a preponderar sobre o

“quem” administra – falaria Norberto Bobbio -, e o fato é que esse modo público

de gerir a máquina estatal é elemento conceitual da nossa República. O olho e a

pálpebra da nossa fisionomia constitucional republicana. 4. A negativa de

prevalência do princípio da publicidade administrativa implicaria, no caso,

inadmissível situação de grave lesão à ordem pública.”

“A cultura do biombo, graças a Deus, foi substituída pela cultura da

transparência. Nas coisas públicas, o melhor desinfetante é a luz do sol”. 18

Ministra Ellen Gracie ADI 2.970

17 STF - SS 3906-SP – Rel. Min. Ayres Britto.

18 Min. Carlos Ayres Britto Julgamento da Adin 4638.

16

79. "São normas de direito processual as relativas às

garantias do contraditório, do devido processo legal, dos poderes, direitos e ônus

que constituem a relação processual, como também as normas que regulem os

atos destinados a realizar a causa finalis da jurisdição. Ante a regra fundamental

insculpida no art. 5º, LX, da Carta Magna, a publicidade se tornou pressuposto

de validade não apenas do ato de julgamento do Tribunal, mas da própria

decisão que é tomada por esse órgão jurisdicional."

Ministro Marco Aurélio (ADIN 4638)

80. “O respeito ao Poder Judiciário não pode ser

obtido por meio de blindagem destinada a proteger do escrutínio público os

juízes e o órgão sancionador. Tal medida é incompatível com a liberdade de

informação e com a ideia de democracia, a pressupor, como adverte Norberto

Bobbio – em O futuro da democracia. Trad. Marco Aurélio Nogueira. 11ª ed.

São Paulo: Paz e Terra, 2000, p. 98 –, o exercício do poder público em público,

de forma a viabilizar a crítica e o controle social. Faz-se necessário, portanto,

que as decisões em processos disciplinares que envolvam magistrados sejam

tomadas à luz do dia, à luz da democracia.

Ministro Celso de Mello. Mandado de Injunção 284.

81. “O novo estatuto político brasileiro – que rejeita o

poder que oculta e não tolera o poder que se oculta – consagrou a publicidade

dos atos e das atividades estatais como valor constitucionalmente assegurado,

disciplinando-o, com expressa ressalva para as situações de interesse público,

entre os direitos e garantias fundamentais.”

Ministro Ricardo Lewandowski. . RE 575.144

82.

17

O PEDIDO.

82. Requer, com base nos artigos 355 e 358 do Código

de Processo Civil, sejam requisitadas ao Conselho Nacional de Justiça, cópias

em vídeo das sessões de julgamento 153ª e 156ª, documentos em poder do

Órgão demandado, provas indispensáveis à apuração da verdade.

83. Requer a citação do egrégio Conselho Nacional de

Justiça, na pessoa do eminente Presidente, Ministro Joaquim Benedito Barbosa

Gomes, para que apresente, querendo, no prazo legal, a resposta que tiver.

84. Requer a citação do eminente Desembargador José

Fernandes de Lemos, Brasileiro, Magistrado, litisconsorte passivo, em seu local

de trabalho, o Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco.

85. REQUER, com base no art. 52 VI e XV do

Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal c/c art. 82-III do Código de

Processo Civil, a intimação do Eminente Procurador Geral da República, para

emitir parecer e acompanhar o feito em todos os seus termos.

86. Requer seja-lhe deferida a produção dos meios de

prova em direito permitidos, inquirição de testemunhas - rol anexo - e juntada

posterior de documentos.

87. Requer, respeitosamente, seja julgada procedente a

Ação Constitucional Declaratória e se proclame a nulidade arguida para que se

produzam os efeitos constitutivo-negativos ao julgamento pelo egrégio Conselho

Nacional de Justiça, na Reclamação Disciplinar 0001437-86.2012.2.00.0000.

88. Dá à causa o valor de CR$ 1.000,000 (mil Reais).

Nestes Termos,

Pede deferimento.

De Recife, para Brasília, 02 de abril de 2013.

Rômulo Lins de Araújo – OABPE 8749.

18

Rol de Testemunhas:

1. Ministra Eliana Calmon Alves, brasileira, Magistrada, com endereço o edifício Sede do

Egrégio Superior Tribunal de Justiça;

2. Ministro aposentado Carlos Augusto Ayres de Freitas Britto, Magistrado aposentado, ex

Presidente do colendo Supremo Tribunal Federal e do egrégio Conselho Nacional de Justiça,

endereço conhecido.

Documentos:

01. Termo de posse do Inventariante

02. Instrumento de procuração do espólio.

03. Declaração de hipossuficiência do espólio.

04. Contrato de prestação de serviços advocatícios.

05. Declaração de bens Espólio autor.

06. Folha de rosto da Reclamação Disciplinar

07. Pedido na Reclamação Disciplinar

08. Despacho de ex Presidente do TJPE

09. Declaração do Assessor de Precatórios do TJPE

10. Trecho da degravação da 153ª Sessão do CNJ.

11. Certidão da Secretaria de Segurança do STF

12. Informações do Desembargador sobre sua presença em Brasília.

13. Autorização do TJPE pagamento de diárias

14. Folha de pagamento Des. José Fernandes de Lemos

15. Folha de pagamento 1° Magistrado Acompanhante

16. Folha de pagamento 2° Magistrado Acompanhante.

17. Pregão e julgamento pelo CNJ

18. Pedido de certidão ao CNJ.

19. Despacho da Corregedoria Geral do CNJ.

20. Despacho do eminente Presidente Joaquim Barbosa.

21. Declaração de autenticidade de peças.

19

DOCUMENTO 01

20

DOCUMENTO 02

21

DOCUMENTO 03 Declaração de hipossuficiência.

22

DOCUMENTO 04 CONTRATO PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

23

DOCUMENTO 05 PATRIMÔNIO DO ESPÓLIO

24

DOCUMENTO 06 FOLHA DE ROSTO DA RECLAMAÇÃO DISCIPLINAR

Rômulo Lins de Araújo. Advogado OABPE 8749

[email protected] 81 9604.7714 - Rua da Aurora 295/701 Recife (PE).

EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA ELIANA CALMON, EMINENTE

CORREGEDORA GERAL DE JUSTIÇA DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA.

Rômulo Lins de Araújo, brasileiro, divorciado,

Advogado, OABPE 8.749-D, CPF nº 005.968.334-15, endereço supra e

ESPÓLIO de Manoel Antônio de Souza, proc. 0000037-22.1994.8.17.0670,

por seu Inventariante,19

Antônio Teixeira de Souza, brasileiro, casado, Protético,

RG 1.152.777 SSPPE, CPF 135.079.314-00, residente na Rua Ruy Barbosa 107,

Vitória de Santo Antão (PE), instrumento procuratório anexo 20

, com fulcro na

Constituição da República, art. 100 § 7º, art. 103-B, § 4º, III, Regimento Interno

do Conselho Nacional de Justiça art. 8º, Regulamento Geral da Corregedoria

Nacional de Justiça, arts. 2º e 3º II, Resoluções 115/2010 e 135/2011, do

Conselho Nacional de Justiça oferecem, respeitosamente,

RECLAMAÇÃO DISCIPLINAR 21

19 Doc. 01 Termo de compromisso de Inventariante; doc. 02 Decl. Residência, RG do Reclamante OAB e

CPF do Advogado. 20 Doc. 03 Instrumento Procuratório. 21 Os reclamantes formulam pedido de providências, em petição autônoma.

25

DOCUMENTO 07 PEDIDO NA RECLAMAÇÃO DISCIPLINAR.

116. Considerando que a discriminação pessoal implica desvio constitucional,

funcional e ético.

117. Considerando que a preterição do Precatório implica crime de

responsabilidade;

118. Considerando que o retardo injustificado à liquidação do Precatório

tipifica crime de responsabilidade, cabe ao Egrégio Conselho Nacional de

Justiça, à luz dos fatos e das provas colhidas, reconhecer e declarar, em

julgamento, que o eminente Reclamado incidiu em tipos ilícitos.

119. Os Reclamantes pedem aplicação de penalidade à pessoa do eminente

Magistrado, por conduta marginal, e, também, a quem mais tenha participado

dos ilícitos administrativos e fatos típicos penais.

120. Requerem que a Egrégia Corregedoria Geral de Justiça determine a

apuração dos fatos aqui noticiados, com base no art. 3º II, do Regulamento

Geral, colhendo elementos, in loco, para que o Egrégio Plenário do Conselho

Nacional de Justiça instaure o devido Processo Administrativo Disciplinar, em

face do eminente Des. José Fernandes de Lemos, do Tribunal de Justiça de

Pernambuco e contra quem mais se achar em culpa.

121. Instaurado o Processo Administrativo Disciplinar, seja intimado o

Excelentíssimo Senhor Presidente do Conselho Federal da Ordem dos

Advogados do Brasil e do Excelentíssimo Senhor Procurador Geral da

República, para acompanhá-lo, em todos os termos, com base no art. 103-B, §

6º, da Constituição da República.

122. Com base no § 4º, do art. 103-B e art. 105-I, “a”, da Constituição da

República e artigo 40, do C.P.P., os Reclamantes requerem que, investigados

os fatos, encaminhem-se peças dos autos à Procuradoria Geral da República, a

fim de que os crimes tipificados no art. 11, I e II, da Lei 8.429/92, cometidos

pelo eminente Magistrado José Fernandes de Lemos et alii sejam objeto de

denúncia criminal perante o Superior Tribunal de Justiça.

Nestes Termos,

Pedem e esperam deferimento.

Brasília, 28 de março de 2012.

Rômulo Lins de Araújo

Advogado – OABPE 8749.

26

DOCUMENTO 08 – DESPACHO DO PRESIDENTE CAMAROTTI.

27

28

DOCUMENTO 09 – DOUTRINA DO ASSESSOR DO TJPE

29

DOCUMENTO 10 – TRECHO DE DEGRAVAÇÃO.

Conselheiro Jorge Hélio - Eu não estou discutindo o direito de Sua Excelência

de formular aqui. Acho que Sua Excelência sabe, a ninguém é permitido ignorar

a lei, as leis do processo administrativo e muito menos os normativos que regem

o CNJ.

Eu... eu acolho o que Vossa Excelência está dizendo, mas, se me permite, o que

foi falado aqui me parece trazer uma outra preocupação.

A Ministra traz, dentro do Recurso Administrativo, estritamente, uma resposta

ao que foi questionado. Não é isso, Ministra?

No entanto são trazidos fatos que eu queria saber somente isso, talvez possa

haver divergência, mas é um raciocínio paralelo ao de Vossa Excelência,

Conselheiro Bruno, eu quero saber é se esses fatos estão implicados entre si e se

estiverem, talvez nós possamos estabelecer uma sindicância, ou se não estando,

aí sim, o direito subjetivo de provocar o CNJ em outro feito é . Eu não vou

discutir. Entendeu o meu raciocínio?

Se o que foi colocado aqui, atentamente eu ouvi, tem uma relação genética,

sanguínea, venal... venosa, digo, venosa, desculpe (risos).

Então, relacionando a lógica do processo que estamos a analisar, talvez coubesse

um prolongamento.

Relatora Eliana Calmon – Conselheiro, eu gostaria de acrescentar que foram

arguidos no recurso vinte e dois itens, vinte e dois itens, em relação ao

Precatório. Todos eles referentes à atuação do Presidente do Tribunal.

Esses fatos da Tribuna são inteiramente novos, não estão aqui. Para economizar

tempo, EU NÃO LI, mas está no Relatório. Vinte e dois itens que foram

questionados. Eu fiz questão inclusive, de transcrever, item por item, os vinte e

dois itens que foram questionados. Nada foi (inaudível).

30

DOCUMENTO 11 – Informações da Secretaria de Segurança do STF.

31

Documento 12 – Informações do eminente Desembargador.

32

DOCUMENTO 13 – AUTORIZAÇÃO PAGAMENTO DIÁRIAS.

Edição nº 172/2012 Recife - PE, segunda-feira, 17 de setembro de 2012

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO

Solicitações s/nº – PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO -

Ref. Diárias em favor do DES. JOSÉ FERNANDES LEMOS; DESEMBARGADOR – Dr.

FABIO EUGENIO DANTAS DE OLIVEIRA LIMA; JUÍZ DE DIREITO; BRASÍLIA/ DF;

TRATAR DE ASSUNTOS INSTITUCIONAIS NO CONSELHO NACIONAL DE

JUSTIÇA;

Solicitação s/nº – PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO -

Ref. Diárias em favor do Dr. EDUARDO GUILLIOD MARANHÃO; JUÍZ DE DIREITO;

BRASÍLIA/ DF; TRATAR DE ASSUNTOS INSTITUCIONAIS NO CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇA;

DOCUMENTO 14 Detalhamento da folha de pagamento.

Competência Setembro/2012 Nome: JOSE FERNANDES DE LEMOS

Lotação GAB DES JOSE FERNANDES LEMOS

Cargo DESEMBARGADOR

Rendimentos Remuneração Paradigma[i] R$ 0,00

Vantagens Pessoais[ii] R$ 3.255,77

Subsídio, Diferença de Subsídio, Função de R$ 24.116,88

33

confiança ou Cargo em comissão

Indenizações[iii] R$ 630,00

Vantagens Eventuais[iv] R$ 0,00

Total de Créditos[v] R$ 28.002,65

Descontos Previdência Pública[vi] R$ 3.255,77

Imposto de Renda[vii] R$ 5.830,36

Descontos Diversos[viii] R$ 2.457,80

Retenção por Teto Constitucional[ix] R$ 0,00

Total de Débitos[x] R$ 11.543,93

Rendimento Líquido R$ 16.458,72

Remuneração do Órgão de Origem R$ 0,00

Diárias R$ 585,37

DOCUMENTO 15 Detalhamento da folha de Pagamento.

Competência Setembro/2012 Nome: FABIO EUGENIO DANTAS DE OLIVEIRA LIMA

Lotação 28ª V CIV CAPITAL

Cargo JUIZ DE DIREITO 3ª ENTRANCIA

Rendimentos

Remuneração Paradigma[i] R$ 0,00

Vantagens Pessoais [ii] R$ 0,00

Subsídio, Diferença de Subsídio,

Função de confiança ou Cargo em

comissão

R$ 21.705,21

Indenizações [iii] R$ 2.170,52

Vantagens Eventuais [iv] R$ 0,00

Total de Créditos[v] R$ 23.875,73

Descontos

Previdência Pública[vi] R$ 2.930,20

Imposto de Renda [vii] R$ 3.537,31

Descontos Diversos [viii] R$ 6.826,70

Retenção por Teto Constitucional

[ix]

R$ 0,00

Total de Débitos[x] R$ 13.294,21

Rendimento Líquido R$ 10.581,52

Remuneração do Órgão de Origem R$ 0,00

Diárias R$ 554,37

34

DOCUMENTO 16 Detalhamento da folha de pagamento.

Competência Setembro/2012 Nome: EDUARDO GUILLIOD MARANHAO

Lotação 30ª V CIV CAPITAL

Cargo JUIZ DE DIREITO 3ª ENTRANCIA

Rendimentos Remuneração Paradigma[i] R$ 0,00

Vantagens Pessoais [ii] R$ 0,00

Subsídio, Diferença de Subsídio,

Função de confiança ou Cargo em

comissão

R$ 21.705,21

Indenizações [iii] R$ 2.800,52

Vantagens Eventuais [iv] R$ 0,00

Total de Créditos[v] R$ 24.505,73

Descontos Previdência Pública[vi] R$ 2.930,20

Imposto de Renda [vii] R$ 4.316,09

Descontos Diversos [viii] R$ 1.548,19

Retenção por Teto Constitucional [ix] R$ 0,00

Total de Débitos[x] R$ 8.794,48

Rendimento Líquido R$ 15.711,25

Remuneração do Órgão de Origem R$ 0,00

Diárias R$ 525,74

35

DOCUMENTO 17 Evento 78 em julgamento; evento 79 julgado 17.39:30h

36

37

DOCUMENTO 18 PEDIDO DE CERTIDÃO.

38

39

40

DOCUMENTO 19 DESPACHO DA CORREGEDORIA GERAL DO CNJ.

41

DOCUMENTO 20 – DESPACHO DO PRESIDENTE JOAQUIM BARBOSA.

42

DOCUMENTO 21 –– DECLARAÇÃO DO ADVOGADO.

DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE DE PEÇAS.

O Advogado subscritor declara, em cumprimento à

norma do art. 365, inciso IV, do Código de Processo Civil, que são autênticas

todas as peças juntada à petição Inicial.

Brasília, 02 de abril de 2013.

Também assinado digitalmente.