rodovias & vias ed - 56

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RODOVIAS&VIAS

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RODOVIAS&VIAS

RODOVIAS&VIAS

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22 24 de Novembro de 2011Pavilho Azul, Expo Center Norte - So Paulo

2011

O ENCONTRO DAS INDSTRIAS DE INFRAESTRUTURA PARA TRANSPORTE

O principal encontro na Amrica Latina das industrias de infraestrutura para um transporte seguro, eficiente e confortvel via terra, gua e ar

[email protected]

www.transpoquip.com.br

(21) 2516 1761

(21) 2233 3684

(21) 4042 8704

22 - 24 de Novembro de 2011 Pavilho Azul, Expo Center Norte So PauloExpo Parking rene as operadores e fornecedores de solues de estacionamento para atender s necessidades de estacionamento nas cidades Brasileiras e as crescentes exigncias de estacionamento nos edifcios pblicos e privados.

2011ESTACIONAMENTO EM FOCO

[email protected] www.expo-parking.com.br (21) 2516 1761 / (21) 2233 3684 / (21) 4042 8704

editorialAno 12 - Edio 56 - Agosto/2011Distribuio dirigida e a assinantes

Uma publicao da Rodovias Editora e Publicaes Ltda. CNPJ/MF.: 03.228.569/0001-05 Rua Professor Joo Doetzer, 280 Jardim das Amricas - 81540-190 - Curitiba/PR (41) 3267-0909 - rodoviasevias.com.br [email protected] - Grfica Capital tiragem - 30 mil exemplares A tiragem desta edio de 30 mil exemplares comprovada pela BDO Auditores Independentes.

Diretoria-Geral Dagoberto Rupp

[email protected]

em nossas mosos dias em que o Planalto estremeceu, com troca de ministros e diretores do primeiro escalo, a fragilidade da poltica nacional se mostrou escancarada. Ao contrrio da imagem da Presidente, que parece estar blindada da mesma maneira que estava a de seu antecessor, o modelo democrtico republicano que gere a nao vem se mostrando ineficiente. Enquanto o pas agoniza por investimentos urgentes em infraestrutura (e outras reas), membros de partidos ligados ao governo, no s em mbito federal, mas tambm em menor escala, usam pastas e cargos pblicos para engordar o caixa das campanhas polticas. O financiamento pblico de campanhas, visto com olhos receosos pela opinio pblica, parece ser a nica sada para evitar este tipo de corrupo. Em uma ao que se tornou simblica, a Presidente Dilma Rousseff conclamou o Exrcito. Indicou militares para cargos de diretoria do DNIT uma prtica copiada do Presidente Lula, que em seu mandado colocava o Exrcito para trabalhar em obras que empacavam. Se isso vai se revelar na prtica, s o tempo dir. Mas a disciplina e a organizao militar devem dar alguma ordem e, por consequncia, progresso ao departamento que cuida da nossa infraestrutura de transportes.

A segurAnA do BrAsil

eDitor-chefe Davi Etelvino (SC 02288 JP)[email protected]

[email protected]

relaes de mercado Joo Rodrigo Bilhan

conselho eDitorial Dagoberto Rupp Joo Rodrigo Bilhan Carlos Marassi

[email protected] [email protected] [email protected]

financeiro Jaqueline KaratchukadministratiVo Paula Santos

N

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Paulo Roberto Luz

[email protected]

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Mnica Cardoso

Joo Claudio Rupp

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Joo Augusto Marassi

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comercial (Dec) Paulo Roberto Luz Joo Claudio Rupp

Fbio Eduardo C. de [email protected]

[email protected]

Edemar Gregorio

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Leandro Dvorak

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central de jornalismo Carlos [email protected]

Joo Augusto Marassi Rodrigo M. Nardon

[email protected] [email protected]

Davi Etelvino

[email protected]

Leandro Dvorak

marketing e comunicao

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Paulo Negreiros

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Leonardo Pepi Santos

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Leonilson Carvalho Gomes Estanis [email protected]

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auditoria e controller Marilene [email protected]

Paula Mayara

Marcelo Ferrari

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Oberti Pimentel

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logstica Juliano Grosco Juvino Grosco

Uir Lopes Fernandes

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Dagoberto Rupp FilhoCarolina Gregrio

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Marcelo C. de Almeida

Alexsandro Hekavei

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Projeto grfico e ilustraes [email protected]

Ricardo Adriano da Silva

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Alcio Luiz de Oliveira Filho reViso Karina Dias Occaso

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Webdesign Fernando Beker Ronqueilustraes Marco Jacobsen

atendimento e assinaturas Mari Iaciuk [email protected] Raquel Coutinho Kaseker [email protected] Clau Chastalo

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Ana Cristina Karpovicz Maria C. K. de [email protected]

colaboradores Carlos Guimares Filho

Maria Telma da C. Lima Paulo Fausto Rupp

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Janete Ramos da Silva

[email protected]

Central de JornalismoArtigos assinados no refletem necessariamente a opinio da Revista, sendo de total responsabilidade do autor.

NDICEpoLtICa 18Militares esto entre os novos diretores do DepartamentoNOVO DNIT

transporte 24Investimentos para o transporte pblico no Distrito Federal

CaPa 28Aes paulistas que confirmam So Paulo como o mais forte estado do pas

eM tEmPo No mErCado chargE Na mEdIda

9 14 84 86

rodoaNeL 32 mobILiDaDe 39 sp-320 44 MobiLiaDe urbana 52cALADA LugAR DE PEDESTRE

ConCEsses 58Rodovia BR-277 reconstruda no Paran

rodovia 66BR-060 ganha duplicao em Gois

64 amazoNas 74As vias amazonenses que transportam as pessoas e a produo

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nesta edio:

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Como a maior potncia econmica brasileira pretende investir mais de R$ 118 bilhes

so paulo s.a.

rodoaNeLA obra emblemtica gera empregos e vira referncia construtiva e ambiental

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sP-320

44

Duplicao a maior obra rodoviria em andamento no estado de So Paulo

mobIlIdadE pauListaInvestimentos para melhorar e expandir o transporte pblico

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Participe do maior e mais completo evento da Amrica Latina de solues em concreto para toda a cadeia da construo civil

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Local

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em tempo

ElEtrosul abrE licitao para usina solarA Eletrosul centrais Eltricas S.A., subsidiria da Eletrobras, publicou no ltimo dia 24, no Dirio Oficial da unio, o edital de concorrncia internacional para contratao da empresa ou consrcio de empresas que vo tirar do papel o maior projeto brasileiro de gerao de energia solar fotovoltaica integrado edificao o Megawatt Solar. As empresas tero 45 dias, a partir da data de publicao do edital, para apresentar suas propostas. Passado esse prazo, a estimativa de que transcorram outros 30 dias para a assinatura da ordem de servio e incio da execuo do projeto. A contratao ser em regime de empreitada global e o prazo total para implantao da usina ser de oito meses. O oramento do projeto definido no edital de aproximadamente R$ 10,8 milhes e j conta com financiamento do banco de fomento alemo KfW.

X nos aeroportosO empresrio Eike Batista disse que vai participar dos leiles de concesso dos aeroportos que o governo pretende privatizar at o fim do ano. A inteno do governo entregar iniciativa privada os aeroportos de guarulhos, campinas e Braslia. Eike, porm, no disse em quais dos trs teria interesse. No mnimo eu vou provocar os outros a pagarem mais, afirmou em encontro com empresrios promovido pelo grupo de Lderes Empresariais do Rio (Lide-Rio).

Foto: Divulgao

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em tEmPo

congrEsso dE rodovias e ConCessesA Associao Brasileira de concessionrias de Rodovias (ABcR) realiza a cada dois anos o congresso Brasileiro de Rodovias e concesses (cBR&c) e a Exposio Internacional de Produtos para Rodovias (Brasvias). Participam especialistas brasileiros e internacionais para analisar e debater o processo de concesso de rodovias, bem como a infraestrutura rodoviria do pas. Este ano, a stima edio do cBR&c e da Brasvias tem como novidade a realizao do IRF Brazil conference, consequncia de uma parceria entre a ABcR e a International Road Federation (IRF), que trar palestrantes internacionais especialistas em solues para a infraestrutura, segurana e desafios da mobilidade. O cBR&c e a Brasvias sero realizados no perodo de 24 a 26 de outubro, no Bourbon cataratas convention Resort, em Foz do Iguau/PR. A IRF uma entidade privada, sem fins lucrativos e est presente em mais de 80 pases, atuando de forma efetiva para tornar as rodovias melhores e mais seguras.

novidades da transpblico 2011Entre as novidades apresentadas durante a Transpblico 2011, em So Paulo, a Thermo King lanou um novo equipamento de ar-condicionado para nibus. O sistema mais leve e tem menor consumo de gs refrigerante, entre outras vantagens. O X-900 o modelo ideal para equipar nibus urbanos, fretamento e de transporte intermunicipal, pois 110 kg mais leve, usa um tero do gs refrigerante do modelo anterior e ainda oferece maior taxa de renovao do ar no compartimento de passageiros, explica Paulo Lane, Diretor de Produto e Marketing da Thermo King para a Amrica Latina. A Transpblico est na terceira edio e considerada a feira mais representativa do setor de transporte de passageiros do pas, com a presena de fabricantes e fornecedores dos segmentos de transporte pblico, rodovirio, fretamento e turismo.Foto: Divulgao

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em tEmPo

lEvar bEbida Em carroA comisso de constituio e Justia e de cidadania aprovou o Projeto de Lei n.o 7.050/02, do Senado, que define como infrao gravssima o transporte de bebidas alcolicas na cabine de passageiros do veculo. Essa infrao punida com sete pontos na carteira de motorista e multa de R$ 191,44. A proposta, que tramita em carter conclusivo, voltar para o Senado, por ter sido alterada na cmara.

Multa para queM

rodovias do rio grandE do sulPara acabar com os principais gargalos que prejudicam o desenvolvimento do Rio grande do Sul, o governo gacho pretende investir, at o fim da gesto, mais de R$ 2,5 bilhes em infraestrutura rodoviria. A informao foi repassada pelo Secretrio de Infraestrutura e Logstica, Beto Albuquerque. Os recursos necessrios para as obras viro de financiamentos do BNDES e do Banco Mundial, de investimentos do governo federal referentes ao PAc-1 e PAc-2 e dos recursos prprios do Tesouro estadual. O governador Tarso genro anunciou que j est em andamento o processo de reestruturao do Departamento Autnomo de Estradas e Rodagem (Daer) para que possam ser viabilizadas as obras rodovirias.

Foto: Divulgao

Foto: Rodovias&Vias/Leonilson Gomes

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Todos os dias, a SPMAR pensa e pratica solues para aprimorar sua Todos os dias, a SPMAR pensa e pratica solues para aprimorar sua infraestrutura rodoviria, somando a competncia de de sua equipe tcnica infraestrutura rodoviria, somando a competncia sua equipe tcnica que trabalha nos trechos sulsul e leste do Rodoanel. que trabalha nos trechos e leste do Rodoanel. So desafios que mobilizam responsabilidade social e ambiental, So desafios que mobilizam responsabilidade social e ambiental, inovaes emem conforto e segurana, engenharia de alta preciso e inovaes conforto e segurana, engenharia de alta preciso e engenhosidade nos recursos empregados. engenhosidade nos recursos empregados.

com padres de de excelncia e de superao, quilmetro por quilmetro, com padres excelncia e de superao, quilmetro por quilmetro, que a SPMAR constri a sua marca para serser referncia em concesses que a SPMAR constri a sua marca para referncia em concesses rodovirias. rodovirias.

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no mercado

empresa do grupo oHl implanta novo dispositivo de segurana em trecho de rodovia concedida.A Autopista Litoral Sul, concessionria que administra a BR376, no Paran, e a BR-101, em Santa catarina, implantou uma rea de escape na descida da serra, sentido curitiba-Santa catarina. O recurso, localizado no km 671,7, ao lado direito da pista sul, para socorrer motoristas que ficam sem freio. A fim de informar os motoristas para este novo dispositivo, a empresa est distribuindo um informativo nas praas de pedgio. A rea de escape feita com argila expandida, o que faz com que o veculo perca

reA de esCAPe nA Br-376velocidade rapidamente. Este o segundo equipamento desse tipo a ser construdo no Brasil. Sua estrutura semelhante utilizada em circuitos de automobilismo, com sinalizao xadrez e uma caixa de brita. A rea de escape foi construda em um ponto onde j foram registrados diversos acidentes. A curva da descida da serra, rumo a Santa catarina, costuma forar os freios dos caminhes. So 8 km contnuos de descida, seguidos de 1,5 km plano e, na sequncia, mais 2 km de declive.

Foto: Rodovias & Vias/Leonilson Gomes

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no mercado

PArA A liMPeZA urBAnA

MuniCPios BrAsileiros inVesTeM eM MQuinAs

relao custo-benefcio e versatilidade so os principais atrativos para prefeituras adquirirem e utilizarem os equipamentos.Foto: Divulgao

Os servios de limpeza urbana sempre foram uma grande preocupao para a administrao pblica, pois, quando mal realizados, podem no s comprometer a imagem de uma cidade como causar srios danos sade da populao, influenciando direta e negativamente no bem-estar dos cidados. Na busca de mais qualidade e agilidade nos trabalhos, alguns municpios brasileiros vm adquirindo mquinas Bobcat para auxi-

liar no recolhimento de entulho, na varredura e na capina mecanizada de vias, entre outros servios. um exemplo a prefeitura de Ponte Serrada/Sc, que atualmente utiliza uma Bobcat para vrias funes, principalmente em aes de melhorias no setor de obras e urbanizao. A mquina usada diariamente e, por enquanto, atende apenas alguns bairros do municpio, de acordo com o cronograma estabelecido pela prefeitura. Segundo Abel

conrado, Secretrio de Infraestrutura urbana de Ponte Serrada, a aquisio da mquina deu agilidade ao trabalho de limpeza pblica, que antes era feito manualmente e demandava, portanto, uma grande parcela de tempo. O uso da mquina aumentou em 90% a avaliao positiva da limpeza pblica. como ainda no passamos por todos os bairros, j vemos diversos moradores requisitando o uso do equipamento, diz o Secretrio.RODOVIAS&VIAS 15

no mercado

reCiClAgeM ToTAl dePAViMenTos AsFlTiCospioneirismo na produo de tecnologia e equipamento proporciona o reaproveitamento total de material que, atualmente, depositado nos canteiros de obra, em terrenos com lama e sobre as vegetaes na faixa de domnio das estradas.A reciclagem um tema que vem ganhando bastante espao em diversas reas da Engenharia. um dos principais fatores que alavancaram a preocupao com o assunto est relacionado com o meio ambiente e com as fontes bsicas dos produtos que sero extintos um dia por exemplo, o petrleo. A Soma Empresa de Prestao de Servios Ltda. desenvolveu tecnologia prpria, com pedido de patente de seu criador, o engenheiro civil cludio Nasser, do antigo DNER, para reciclar totalmente, a quente, o produto asfltico fresado (PAF), proveniente de estradas ou ruas com problemas, utilizando cimento asfltico do petrleo (cAP) com possvel adio ou no de borracha moda de pneus (via seca), em um processo que no necessita utilizar material mineral novo. A injeo de cAP feita uma nica vez por batelada, reduzindo, assim, as variaes de teor de cimento asfltico na massa pronta. De acordo com o engenheiro, esse tipo de tecnologia proporciona o reaproveitamento total de materiais que, atualmente, so depositados nos canteiros de obras, em terrenos com lama e sobre as vegetaes na faixa de domnio das estradas; ou mesmo de materiais reaproveitados de forma incorreta, sem estar direcionados para tecnologias modernas e que trariam, de imediato, sustentabilidade, economia e rendimento financeiro aos empresrios. Juliana Nasser, gerente de Negcios da empresa, explica que o aquecimento do equipamento feito de forma indireta, sem a presena de fogo, chama direta sobre os agregados minerais e sem exausto forada, diminuindo a emisso de cO2 e contribuindo para a reduo do aquecimento global. O equipamento permite que o produto asfltico fresado (PAF) tenha tempo suficiente para ser reciclado, fato que no encontrado em nenhuma usina de asfalto convencional.O mtodo e o equipamento permitem tambm produzir o concreto betuminoso usinado a quente (cBuQ), com ou sem borracha moda de pneus.Foto: Divulgao

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no mercado

ConCreTo CoMo sisTeMAde segurAnA rodoViriAFoto: Divulgao

Tecnologia austraca busca mercados em expanso, como o brasileiro.De acordo com Alexandre Machado, do controle de Qualidade e Desenvolvimento de Produto da Betafiel S.A., o concreto, sendo um dos materiais de construo mais completos e versteis, permite um leque variado e abrangente de aplicaes e solues. Seguindo normas especficas, foram desenvolvidas barreiras de segurana pr-fabricadas em concreto de elevado desempenho para o combate sinistralidade e mortalidade nas estradas em nvel mundial (Delta Bloc). A aplicao do concreto neste sistema de segurana de elevada eficcia, j consagrado por toda a Europa, permite a reduo drstica de acidentes, bem como das suas nefastas consequncias materiais e humanas. Quanto maior for a energia cintica do veculo no ponto de impacto, maior a transferncia de energia do veculo para a barreira, que se inicia no primeiro impacto e continua at todos os impactos estarem completos e a maior quantidade de energia estar dissipada. Se a barreira destinada proteo no tiver um valor elevado de absoro da energia provocada pela coliso, que ser dispersa por toda a estrutura montada, essa retornar para o veculo e seus ocupantes. O modelo de elementos em concreto que se utilizam como barreiras de segurana na preveno rodoviria, o sistema Delta Bloc, assume-se como um daqueles que evidenciam um dos mais elevados desempenhos. Trata-se de um sistema evoludo que foi desenvolvido com base na geometria das barreiras em concreto New Jersey convencionais. No incio e final de cada sistema, instalado um elemento no formato de rampa que garante a fixao do conjunto ao solo. Todos os elementos individuais esto ligados entre si atravs de juntas de ao, formando uma corrente contnua. A geometria varivel e o sistema, adaptvel s condies exigidas em obra, quer seja em relao a espao ou a desempenho.RODOVIAS&VIAS 17

PoltICa

gesTo e disciplinaDa caserna rodovia.

Foto: Rodovias & Vias/Leonilson Gomes

arece oportuna e coerente a escoPliteralmente, o Departamento Nalha do novo homem que comandar,

cional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Jorge Fraxe. Oportuna, sobretudo pelo posto que Fraxe carrega antes de seu nome: o de general. Aps tantas denncias bombardeando o Ministrio dos Transportes e o prprio Dnit , parece ser premente a disciplina nos corredores da instituio que tem papel fundamental na infraestrutura nacional. uma grande obra rodoviria no deixa de ter semelhanas com uma guerra. Suas etapas e cada quilmetro a ser construdo precisam de planejamento, estratgia, plano de ataque, aliados, viso ttica, conhecimento do terreno, logstica eficiente, gesto e, claro, disciplina. Por outro lado, a guerra no caso no deveria ter inimigos, exceto a burocracia, ao mesmo tempo necessria para garantir a transparncia no emprego dos recursos pblicos. Ironicamente, apesar de ser uma guerra contra o atraso e as ms condies da nossa infraestrutura nacional, que deveriam ser os verdadeiros inimi18 RODOVIAS&VIAS

gos a serem combatidos, acabamos por sofrer um duro golpe de dentro, reflexo da j emperrada mquina pblica com seus processos morosos e burocrticos. Afinal, o que dizer de gestores pblicos que sequer conseguiam cumprir agendas de atendimento a empresrios, que perdiam horas e horas de seu dia em salas de espera do DNIT para conseguir uma simples conversa de poucos minutos com alguns diretores do rgo, enquanto poderiam estar efetivamente trabalhando em seus negcios para o desenvolvimento do pas? Ou como justificar momentos de espera interminvel de nossas equipes de jornalismo em recepes perdidas entre os corredores do departamento? como isso ocorre com um veculo que h quase 13 anos apaixonado pela infraestrutura nacional, a Rodovias&Vias, que h tanto tempo divulga os trabalhos deste e de outros rgos do mbito federal, fica difcil entender. O general Jorge Fraxe, novo Diretor-geral do rgo, recebeu 54 votos a favor de sua nomeao no Senado, que tambm aprovou outros quatro direto-

gesto e disciplinares para o DNIT. Aps sua sabatina na comisso de Infraestrautura (cI), Fraxe prometeu tomar as providncias para aumentar a transparncia dos contratos firmados pelo DNIT. Ele ingressou no Exrcito em 1972, como aluno da Academia Militar das Agulhas Negras, e recentemente atuou como Diretor de Obras de cooperao.

PressA nAs mudanasHoje, alm do Diretor-geral, j est nomeado para Diretor Executivo o auditor Tarcsio gomes de Freitas, que tambm integrou as Foras Armadas e engenheiro civil pelo Instituto Militar de Engenharia.

Fotos: Agncia Senado

O Senador Delcdio Amaral (PT-MS) apoiou as mudanas no quadro do DNIT, mas ressaltou a importncia de se impor um ritmo mais acelerado nas obras do PAC.

O Senador Blairo Maggi (PR-MT) adotou um discurso conciliatrio desejando sucesso ao General diante do novo desafio, na foto cumprimenta o Senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Maggi fez um apelo para que o Mato Grosso no seja deixado em segundo plano e seja dada ateno especial s obras da BR-163, que ligar o estado ao Par, at o porto de Santarm, otimizando o escoamento da produo de gros.

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PoltICa

O lder do PSDB, Senador lvaro Dias, questiona sobre eventual troca de comando nas superintendncias e a possvel adoo de critrios de qualificao tcnica, em substituio s indicaes de partidos.

Em resposta ao lder tucano, Fraxe se limitou a traar o perfil que considera adequado para os ocupantes: precisam ser lderes e reunir os atributos de competncia, carter e dedicao. Afirmou que far mudanas, se necessrio, e exigir que eles (superintendentes) atuem como verdadeiros fiscais e visitem os canteiros de obras pessoalmente.

No sei se te dou os parabns ou meus psames. Esse foi o tom da fala do Senador Clsio Andrade (PR-MG), que tambm preside a Confederao Nacional do Transporte (CNT). O parlamentar afirmou que o problema dos transportes econmico e de planejamento, argumento facilmente comprovado olhando para Minas Gerais, onde, segundo ele, os transportes se encontram em situao gravssima.

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gesto e disciplinaO Diretor de Administrao e Finanas Paulo de Tarso cancela campolina de Oliveira, que declarou cI a inteno de modernizar o rgo e al-lo a um novo patamar de gesto. Para dirigir a Infraestrutura Aquaviria, foi nomeado Ado Magnus Marcondes Proena; e na Infraestrutura Ferroviria, Mrio Dirani assume a direo. Outros dois nomes foram aprovados: Roger da Silva Pgas para o cargo de Diretor de Infraestrutura Rodoviria e Jos Florentino caixeta para Diretor de Planejamento e Pesquisa. O Senador Jayme campos (DEM-MT) aproveitou a sabatina dos novos diretores para relembrar que o rgo precisa deixar de ser um feudo poltico, pois os ltimos acontecimentos teriam deixado muitas dvidas a esse respeito. Tambm na sabatina, Roger da Silva Pgas (Diretor de Infraestrutura Rodoviria) assinalou que os sete novos diretores vo trabalhar em unssono. Sem mencionar o autor, ele tambm contraditou frase do atual Ministro-chefe da controladoria geral da unio (cgu) segundo a qual a corrupo est no DNA do DNIT: O DNA do DNIT o do desenvolvimento e do empreendedorismo, e o DNIT ampliou em cem vezes a malha rodoviria federal em 40 anos. J o Senador Valdir Raupp (PMDB-RO) assinalou que a renovao das diretorias do DNIT uma oportunidade de lanar um desafio para que o DNIT invista mais nas rodovias, ferrovias e hidrovias brasileiras, tanto na rea da construo como na de restaurao, de dragagem e de duplicao, para que o pas possa mostrar sua fora na rea do transporte. O atual Ministro dos Transportes, Paulo Srgio Passos, ao ser provocado pelo Senador lvaro Dias (PSDB-PR), afirmou que sua atitude e forma de agir sempre se pautaram pelos melhores princpios de conduta tica. Quem est lhe falando um homem honesto, de vida correta, disse Passos. A agilidade nas indicaes e aprovaes dos novos diretores do departamento refletem, segundo a Senadora Lcia Vnia (PSDB-gO), Presidente da comisso de Infraestrutura do Senado, a preocupao com a reestruturao do rgo, para dar prosseguimento s inmeras obras que precisam ser retomadas e finalizadas em todo o Brasil.

(com informaes da Agncia Senado)

queM est lHe falando uM HoMeM Honesto, de vida corrEta.

Paulo Srgio Passos,

Ministro dos Transportes, respondendo provocao do Senador lvaro Dias.

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transporte

exPAndir eFoto: Rodovias & Vias / Paulo Negreiros

modernizarA Companhia do Metropolitano do Distrito Federal Metr DF est em franca expanso. Aps um passado de certa estagnao dos investimentos em manuteno e renovao de frota, hoje o Metro DF caminha para uma nova configurao.24 RODOVIAS&VIAS

expandir e modernizar

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transportemudana que vem ocorrendo no sistema de transporte coletivo do Distrito Federal, pautada em um horizonte de longo prazo, visa atender a crescente demanda urbana do Distrito Federal, alm de garantir a mobilidade em uma cidade que deve ser exemplo j que a nossa capital federal. Alm de viajar nos trens do metr brasiliense, Rodovias&Vias entrevistou seu Diretor-Presidente, David Jos de Matos. Ele nos explicou que o metr nasceu em Braslia em 1991, e agora, na maioridade, est com novas ideias para o futuro. Seu papel na mobilidade dos mais de 2,6 milhes de habitantes do Distrito Federal obviamente estratgico e fundamental em uma regio onde faltam vagas de estacionamento sobretudo em Braslia e as distncias so relativamente longas se comparadas a outros municpios, de outras regies brasileiras. No difcil para um visitante da capital federal perceber que, para ir at bairros como Samambaia, Taguatinga ou guas claras, so necessrios pelo menos 20 minutos de carro e algumas dezenas de quilmetros. As propores do Distrito Federal pare-

A

cem contribuir para a grandeza de suas construes e largas avenidas. E em um cenrio como este, um sistema de transporte coletivo eficiente se mostra de extrema relevncia. A companhia do Metropolitano do DF est trabalhando para acompanhar o ritmo de crescimento urbano atual.

investimentosAt 2014, a previso que sejam investidos R$ 700 milhes para a expanso e modernizao do sistema sobre trilhos. Dentro destes planos, est a aquisio de novas composies, modernizao de equipamentos, ampliao de carros em circulao, diminuio do intervalo entre trens (headway), renovao da via permanente, sinalizao e construo de novas estaes. So cinco novas estaes dentro deste prazo. Duas em Samambaia, duas em ceilndia e mais uma no centro de Braslia, que atender toda uma rea concorrida e os setores comercial e bancrio, uma demanda bastante significativa, portanto, adiantou o Diretor-Presidente da companhia, David

nosso plano diretor era Muito antigo, E EstE novo contEmpla alguns EiXos rodovirios quE dEvEm sEr implantados para evitar que Braslia fique intransitvel.Diretor-Presidente do Metr DF

David Jos de Matos

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RODOVIAS&VIAS

Foto: Rodovias & Vias / Leonardo Pepi

expandir e modernizar

Foto: Divulgao

Em fase inicial, projeto de expanso do metr do DF deve receber R$700 milhes at 2014.

Jos de Matos, em entrevista exclusiva para Rodovias&Vias. A expanso ainda est na sua primeira fase, aguardando licitao para a contratao de projetos, e sua segunda fase contemplar tambm a Asa Norte da cidade, em integrao com um sistema de BRT (Bus Rapid Transit). Agora estamos em fase de contratao de projetos Bsico e Executivo , e a licitao dever ser aberta em outubro. No horizonte deste governo, at 2014, faremos as cinco estaes e tambm pretendemos iniciar os trabalhos de integrao com outros projetos, como do Veculo Leve sobre Trilhos (VLT), acrescenta Matos.

pdtuOs trabalhos so fruto de outra renovao: a do Plano Diretor de Transportes urbanos (PDTu), aprovado h apenas dois meses pelo governo do Distrito Federal (gDF) e que, segundo Matos, fruto de um processo de mais de oito anos de estudos. Nosso Plano Diretor era muito antigo, e este novo contempla alguns eixos rodovirios

que devem ser implantados para evitar que no nosso horizonte, de 2020, Braslia fique intransitvel, visto o nmero de carros que so emplacados diariamente aqui no DF. Dentro desses eixos, existe a expanso do Metr e tambm a implantao de outros veculos sobre trilhos, explica. Para a copa de 2014, por exemplo, existe o projeto de um VLT ligando o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck com o Terminal Asa Sul. No entanto, o Diretor do Metr DF lembra que os prazos so curtos: No se pode garantir que isso v acontecer, pois, apesar de lanarmos o edital ainda este ano, os prazos so muito curtos. Em geral, os fornecedores pedem um perodo de 18 a 24 meses para entregar um veculo como este [VLT], ento qualquer contratempo que se tenha na licitao pode acabar aumentando o prazo previsto inicialmente. Mas estamos trabalhando com a possibilidade de, pelo menos para a copa de 2014, garantir que o usurio chegue at o aeroporto, venha para o Terminal Sul e dali chegue ao estdio ou ao setor de hotis, conclui.RODOVIAS&VIAS 27

so PAulo s.A.Um anncio feito pelo governo do estado de So Paulo poderia, mas no provocou um rebulio com reflexos na bolsa de valores, haja vista que o capital privado ter, por meio das Parcerias Pblico-Privadas, oportunidades muito interessantes de associar ganhos econmicos em um ambiente seguro, jurdica e financeiramente.

o capital est aberto:

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capaz de tirar a desconfiana de um mercado vido por maior segurana. Os R$ 118,6 bilhes, no entanto, so resultado de um trabalho iniciado ainda em sua primeira gesto, austera e reconhecidamente responsvel por sanear de vez as contas do maior ente federado do Brasil. So Paulo atraente. converge e no dispersa. Expande em meio s contraes mundiais. Investe quando todos pensam em cortes. este o ritmo que forjou, ao longo dos anos, o estilo So Paulo de ambiente de negcios. Bem longe, portanto, dos exemplos de m administrao da coisa pblica, com histrico de moratrias e calotes homricos que pipocaram nas dcadas passadas e contriburam para o altssimo ndice em que se calculava o chamado Risco Brasil. As medidas austeras de antes refletiram-se acertadas ao criar as condies para que gestes focadas na infraestrutura pavimentassem o caminho para o panorama que temos hoje nas terras paulistas. um cenrio de produo, de ampliao, uma democratizao das oportunidades de trabalho. Enquanto analistas de mercado no mundo todo focam nos problemas que a atual crise mundial, suportada pela retrao de grandes economias como a dos Estados unidos e o forte tropeo de pases como Portugal e grcia, na Europa, o anncio de investimentos do PPA paulista por aqui soa como msica para os ouvidos atordoados pela turbulncia dos mercados globais estagnados. Os rumos da economia norte-americana, por exemplo, tm a fora de puxar para baixo toda a economia planetria o PIB mundial em caso de recesso. Por outro lado, a china pode ser a salvao para frear tantas quedas simultneas (e at para o prprio Brasil, j que os chineses tm grande interesse em nossas commodities). Neste cenrio incerto e que deve perdurar por meses ou at anos, o anncio de R$ 118,6 bilhes da agenda de investimentos paulista pode representar mais que uma poltica desenvolvimentista localizada, para mostrar-se uma medida anticclica de combate crise que se instala e que certamente afeta a todos ns. Investir gerar empregos, incentivar o consumo, o desenvolvimento e, acima de tudo, a confiana de quem trabalha. So Paulo parece espelhar-se na histria de pases como o Japo, que, aps ter sido destrudo por perodos de guerra ou catstrofes naturais, parte para a ao investir e fazer girar a economia para a reconstruo. Porm, no caso brasileiro, o estado conta com a vantagem de no ter enfrentado nenhuma catstrofe, portanto o caminho para o crescimento est livre.

divulgado no Plano Onmeroagenda deAlckmin, porPlurianual (PPA), a investimentos do estado neste segundo governo si s, seria

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capa

rodoAnel,a obra emblemticaEle foi, e por um bom tempo ainda continuar sendo a maior obra viria em andamento do Brasil. No por acaso, no mais rico estado do pas, com desafios to grandes quanto as caractersticas que o credenciam.tem no Rodoanel o espeSo Paulosua potncia. Subdividido lho de em quatro trechos que, quando compleso, elaborado sob a batuta da Dersa, Desenvolvimento Rodovirio S.A., e envolve profissionais e tcnicos multidisciplinares em tarefas conjuntas, em uma sincronia mais do que aparente, necessria. Equipes da Rodovias&Vias estiveram em So Paulo para o incio oficial das obras do trecho Leste, que ser tocado pela empresa SPMar, do grupo Bertin, e aproveitaram tambm para entender o trecho Norte, na regio da Serra da cantareira, cujas licenas j esto parcialmente liberadas.

tos, chegaro a uma impressionante volta de 176,5 km nos arredores da capital, o complexo virio j tem prontos seus trechos Oeste e Sul, que integram 10 fundamentais rodovias. Por si s, a concepo do projeto Rodoanel j um desafio capacidade de exerccio imaginativo; sua execuo, ento, algo notvel. O processo passo a passo um trabalho minucio-

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rodoanel, a obra emblemtica

a obra do rodoanEl, quando CoMpleta, CHegar a iMpressionantes 176,5 km nos arredores da CapitalAs rodoViAs inTerligAdAs Pelo

rodoanel hoje:anhangera bandeirantes castello branco raposo tavares rgis bittencourt imigrantes anchieta ayrton senna dutra Ferno dias

TreCho

sulTreCho

oeste

Integra as rodovias Raposo Tavares, castello Branco, Anhangera, Bandeirantes e Rgis Bittencourt. Recebe cerca de 240 mil veculos por dia. Entregue na primeira gesto do atual governador de So Paulo, foi a leilo em maro de 2008, quando cinco consrcios participaram. O desgio foi de 61% em cima de um teto de R$ 3,00. As operaes tiveram incio em 1.o de junho de 2008. composio do capital dos operadores: 95% ccR companhia de concesses Rodovirias, 5% Encalso construes Ltda. concessionria: ccR.

Equipes da Rodovias&Vias acompanharam as obras do trecho Sul do Rodoanel desde o incio, em maio de 2007, compondo um registro de dezenas de terabytes e centenas de megapixels. O trecho Sul integra as rodovias Rgis Bittencourt, Anchieta, Imigrantes e a avenida Papa Joo XXIII. Recebe cerca de 44 mil veculos por dia. Entregue durante a gesto do governo de Jos Serra, em maro de 2010, foi a leilo em novembro do mesmo ano, quando trs licitantes participaram, prevalecendo o vencedor do certame, a SPMar, com um desgio de 63,35% em cima de um teto de R$ 6,00. composio do capital dos operadores: 74% contern construes e comrcio Ltda., 26% cibe Participaes Ltda. concessionria: SPMar.

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capatrio de Logstica e Transportes, Saulo de castro Abreu Filho, enftico: Trata-se de uma obra que muda o paradigma de obras no estado de So Paulo. a nica, de complexidade, em rea urbana constante do PAc (Plano de Acelerao do crescimento) do governo federal, disse. A concluso do trecho Leste est prevista para 2014 e contar com investimentos de R$ 5 bilhes. Tambm presente na solenidade de incio dos trabalhos, o Deputado Estadual Orlando Morando (PSDB-SP) avaliou os futuros impactos do trecho quando pronto: uma obra muito importante, que valorizar ainda mais a produo de So Bernardo do campo e regio, ponderou. Ele ainda teceu comentrios a respeito da construtora: Tive a oportunidade de ter o grupo Bertin como parceiro e posso dizer que tenho uma expectativa muito positiva em relao ao desenvolvimento dos trabalhos da SPMar, que integra o mesmo grupo. Quem tambm faz coro s benesses da obra o Prefeito da cidade de So Paulo, gilberto Kassab (PSD): uma obra que beneficiar diretamente mais de 20 milhes de pessoas, em especial as que residem nos seis municpios abrangidos por seu traado, alm de facilitar a logstica do porto de Santos, declarou.

TreCho

leste

com 43,5 km de extenso, o trecho Leste um traado que interligar as rodovias SP-066, Ayrton Senna e Dutra. Sua concluso, mais do que estratgica para a prpria megalpole paulistana, crucial para os municpios de Mau, Ribeiro Pires, Suzano, Po, Itaquaquecetuba e Aruj. No lanamento deste trecho, o governador do estado, geraldo Alckmin (PSDB), ressaltou alguns aspectos acerca das obras: Aqui neste trecho, sero gerados 3.500 empregos diretos, sendo que 90% deles sero contratados aqui na regio. Alckmin tambm apontou a importncia do estabelecimento de parcerias: chamamos o setor privado para a logstica, para infraestrutura, para que sejam parceiros do governo, para que possamos avanar. O governo do estado no gastar um s real nesta obra. Ou seja, podemos aplicar estes recursos na sade, na educao e na segurana pblica, concluiu. confirmando a determinao do governo do estado, o Secre-

sEro gErados 3.500 EmprEgos dirEtos, sendo que 90% deles sero Contratados aqui na regio.

Geraldo Alckmin

Governador do Estado de So Paulo

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rodoanel, a obra emblemtica

trata-sE dE uma obra quE muda o paradigma de oBras no estado de so paulo.

Saulo de Castro Abreu Filho

Secretrio de Logstica e Transporte do Estado de So Paulo

tenHo uMa EXpEctativa muito positiva eM relao ao desenvolviMento dos trabalhos da spmar.

Deputado Estadual (PSDB-SP)

Orlando Morando

uMa oBra que bEnEficiar dirEtamEntE mais dE 20 milhEs de pessoas, alM de facilitar a logstica do porto dE santos

Gilberto Kassab

Prefeito da Cidade de So Paulo

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capa rodovias&vias ConVersou CoM A sPMAr soBre As oBrAs no TreCho lesTe. ABAixo, AlguMAs dAs solues enConTrAdAs PelA eMPresA.O trecho Leste fundamental para o perfeito funcionamento da estrutura do Rodoanel como um todo. A complexidade, constante na construo dos demais trechos concludos, tambm presente na execuo deste trecho. Quais so os desafios tcnicos e de engenharia que a empresa ter de suplantar para cumprir as metas? O primeiro e maior desafio, do ponto de vista da construo, vencer as reas de vrzea do rio Tiet, para as quais se desenvolveu uma soluo tcnica de engenharia chamada de Encontro Leve Estruturado. Trata-se de um misto de viaduto/ponte, com cotas muito prximas do terreno natural da vrzea do rio, com 8,8 km de extenso, construdo inteiramente de peas pr-moldadas de concreto. Esta soluo permitiu, na fase de proposta, uma enorme reduo nas quantidades de remoo e transporte de solos, que geram elevados custos de obra, e permite que a obra seja executada com um mnimo de interferncias ambientais na vrzea. Existem inmeros aspectos que circundam os procedimentos de execuo das obras. Pudemos averiguar que, dentro destes aspectos, ao menos um se destaca e resume a personalidade do tipo de trabalho. No trecho Sul, houve um forte apelo ambiental, por conta dos achados de espcies que se acreditavam extintas. No Norte, pudemos compreender que o mote social o que se destaca at o momento. No Leste, qual seria o maior apelo? Por qu? No trecho Leste, h tambm um enorme apelo ambiental, especialmente no que tange s reas de vrzea do rio Tiet. Por ele, se desenvolveu a soluo anteriormente citada, o que acabou resultando em significativas redues nos impactos ambientais. No se descuidou, tambm, em qualquer momento, dos assuntos referentes s desapropriaes, que vm sendo tratadas com enorme considerao por parte da concessionria. As solues criativas, com custos eficientes, inovadoras so caractersticas que fazem da engenharia brasileira uma das melhores do mundo. Pode-se adiantar quais so as solues de vanguarda que a SPMar pretende utilizar na execuo do trecho Leste? No desenvolvimento do projeto, foram adotadas diversas solues convencionais de engenharia de obras, porm tratadas com enorme carinho tcnico, de forma que se pudesse obter a melhor relao custo-benefcio para o projeto. No que se refere s obras de arte especiais, entretanto, o tratamento foi absolutamente prioritrio e excepcional, uma vez que representavam, inicialmente, cerca de 60% do custo de implantao da obra. com as solues tcnicas inovadoras e padronizadas desenvolvidas no projeto, permitindo otimizao na fabricao e lanamento, que sero empregadas nos 16,8 km de obras de arte, conseguiu-se uma reduo de, aproximadamente, 20% no valor total de implantao do trecho Leste.

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Reinaldo Bertin (grupo Bertin), Governador Geraldo Alckmin e Deputado Orlando Morando durante o incio das obras de construo do Rodoanel Leste.

rodoanel, a obra emblemticaFoto: Ernandes C. Santos

o treCHo norte passa prxiMo de uMa regio eMBleMtiCa: a sErra da cantarEira

TreCho

norteTalvez um dos mais complexos trechos a ser concludo, ele envolve situaes preponderantes para sua execuo: a topografia acidentada demandar a execuo de tneis (7) e viadutos (20) para preservar a inclinao de rampa, somente possveis com o uso de modernas solues de engenharia. A extenso estimada em 44 km est traada de forma limtrofe, entre a

mancha urbana que cresce na regio (desordenadamente em alguns casos) e a Serra, que passar a ter na obra um amortizador desta ocupao. Est prevista, por ocasio do Rodoanel, inclusive, a criao de um parque, proposto pela prefeitura de So Paulo: o Bordas da cantareira. O Presidente da Dersa, Laurence casagrande, frisou um aspecto fundamental do trabalho: O licenciamento ambiental do Rodoanel Norte, na minha opinio, o melhor licenciamento ambiental de obra de grande porte em rea urbana no pas. o que h de mais moderno, disse.

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capa

o licEnciamEnto ambiEntal do rodoanel norte, o mElhor licEnciamEnto aMBiental dE obra dE grandE portE eM rea urBana no pas.

Presidente da Dersa

Laurence Casagrande

Sob este prisma, o Diretor de Engenharia da Dersa, Pedro Silva, assertivo: A Dersa tornou-se uma referncia no trato das questes socioambientais, em parte pela colaborao de parceiros. Os levantamentos realizados, os mapeamentos foram, de forma ampla, muito enriquecedores, tanto do ponto de vista da preservao em si quanto para os pesquisadores, afirmou. O grande nmero de reassentamentos (uma contagem prvia de edificaes revelou cerca de 1.300 que precisaro ser removidas) provavel-

mente far com que a Dersa figure por alguns meses tambm entre as maiores imobilirias do ramo habitacional do estado de So Paulo, uma situao similar ocorrida quando das obras no trecho Sul. O incio das obras deste que considerado o mais complicado dos quatro trechos o Norte esperado ainda para o final deste ano, com prazo de 36 meses para concluso, a um custo estimado de R$ 6,1 bilhes.

a dErsa tornou-sE uma rEfErncia no trato das questes soCioaMBientais.

Diretor de Engenharia da Dersa

Pedro Silva

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Fundamental para manter o ritmo de crescimento do estado e a qualidade de vida de seus habitantes, as obras que privilegiam os transportes, a logstica e os translados de pessoas e cargas so fundamentais dentro da estratgia desenhada pelo governo.

A PAssos lArgos

mobilidade paulista

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capaos investimentos combinados,pela Secretaria reprevistos de Transportes Metropolitanos, entre plesmente fazer mais e mais linhas de metr e trem para resolvermos todos os problemas. Precisamos pensar de uma forma universal (...). necessrio sair do bvio, uma afirmao facilmente constatvel ao levarmos em conta, por exemplo, o crescente nmero de bicicletrios e ciclovias que se integram ao transporte sobre trilhos na cidade de So Paulo. O prprio Presidente do Metr, Srgio Avelleda, um defensor da integrao entre trilhos e pedais. J na Presidncia da cPTM, em 2010, ele afirmava: Temos mais de 300 mil viagens de bicicleta diariamente na metrpole, por isso implantamos uma poltica de facilitao de acesso a este tipo de usurio, pontuou.

cursos do estado e de PPPs (Parcerias Pblico-Privadas), chegam a R$ 45 bilhes. Na agenda, desde a modernizao da cPTM (companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que recentemente teve anunciado pelo governo do estado o trem expresso de So Paulo a Jundia, expanso de 30 km de linhas do Metr. Entre as primeiras lembranas que vm cabea quando se fala em So Paulo, esto as grandes obras da capital. Alm do trnsito engarrafado, pode-se imaginar a ponte estaiada, os trilhos de trem que correm paralelos marginal Pinheiros e o prateado, silencioso e veloz metr sumindo em um dos tneis. Estes smbolos, que so na verdade marcos do desenvolvimento, tm espao garantido na pauta do governo do estado destaque para este ltimo, que, com a adio de 30 km s linhas existentes, chegar marca de 100 km de malha metroviria. Esto planejados, ainda, outros 95 km para os prximos 10 anos. Porm, nem s de metr vive a urbe. O Secretrio de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, deixou claro o alinhamento com conceitos mais amplos e modernos de transporte pblico: No sim-

o expresso 2015Quarenta e cinco quilmetros em 25 minutos. Assim foi anunciado pelo governo do estado o Expresso Jundia, pontap inicial de uma srie de outros projetos de trens regionais. O projeto funcional definir, ainda, as cidades e o nmero de estaes por onde ele deve passar, de modo a faz-lo mais gil que a atual ligao, a linha 7-Rubi. uma vez concludo o projeto, ser possvel iniciar o processo licitatrio em novembro

no siMplesMente fazer Mais e Mais linHas de Metr e treM para resolverMos todos os proBleMas. prEcisamos pEnsar dE uma forma univErsal.

Jurandir FernandesSecretrio de Estado dos Transportes Metropolitanos

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mobilidade paulista a passos largos

tEmos mais dE 300 mil viagEns dE biciclEta diariamEntE na mEtrpolE, por isso iMplantaMos uMa poltiCa de faCilitao de aCesso a este tipo de usurio.

Presidente do Metr

Srgio Avelleda

deste ano, com incio das obras previsto para o final de 2013. O empreendimento ainda contar com contrapartidas provindas de PPPs para sua viabilizao, e o incio das operaes est previsto para 2015.

TrAVessiA seCA santos-guarujEquipes da Rodovias&Vias deslocaram-se Baixada Santista para um evento do governo do estado que fez o anncio de diversas aes, entre elas

a discutida e rediscutida travessia seca entre Outeirinhos (Santos) e Vicente de carvalho. Realizada sobre o ferryboat administrado pela Dersa, o sistema encontra-se sobrecarregado e a travessia busca dar mais opes aos motoristas, que passaro a ter dois pontos de transposio. com previso de entrega at 2016 e investimentos de R$ 1,3 bilho, ela obedecer ao projeto de aprofundamento de calado do canal do porto: 21 m de profundidade. construda com perfis de concreto armado em terra firme, a estrutura ser submersa, uma tecnologia chamada Tnel Imerso, indita no Brasil.

TeCnologiA do Tnel iMerso indita no brasil

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capa

Mais uma vez, o estado de So Paulo mostra por que a maior economia do Brasil.

duPliCAo dA euclides da cunha

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Fotos:Rodovias & Vias/Leonardo Pepi

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Foto: Rodovias & Vias/Leonilson Gomes

sp-320

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capano paulista que uma interque oesteinvestimentos sejamporte veno rodoviria ganha para mais injeMirassol at Tanabi. O lote 2 comea no km 477 e vai at cosmorama, que est no km 500. Padiar tambm destaca a prioridade por equipamento e mo de obra: Houve um empenho forte da empresa em trazer equipamentos e pessoal especializado. A meta entregar a duplicao at o final de 2012. Para isso, as empresas trabalham a parte fsica e o governo cuida das desapropriaes, que passam de 500 propriedades. O engenheiro Antonio Edilberto castro Lisboa, da empresa conter, que gerente de contrato dos lotes 3, 4 e 6, conta que os trabalhos so para cumprir a meta. Estamos participando com esses trs lotes, num total de 71 km. A meta entregar a obra no prazo, que novembro de 2012. O primeiro trecho a ser entregue o de Valentin gentil at Meridiano.

tados na regio. A duplicao da rodovia Euclides da cunha (SP-320) j referncia em construo rodoviria no interior. Para que qualidade e prazo sejam respeitados, o governo de So Paulo adotou aes inovadoras neste empreendimento. Para otimizar os trabalhos, a obra foi dividia em oito lotes, independentes uns dos outros. Percorremos todos eles, 186 km desde Mirassol at Rubinia, s margens do rio Paran, na divisa com Mato grosso do Sul. gerente de contrato dos lotes 1 e 2, o engenheiro Jos claudio Padiar explica em que trechos a sua empresa est trabalhando: A constroeste tem dois lotes, o lote 1 e o lote 2. O lote 1 comea no km 453 e vai at o km 477, do municpio de

Houve uM EmpEnho fortE da EmprEsa eM trazer equipaMentos e pEssoal EspEcializado.

Gerente de contrato lotes 1 e 2

Engenheiro Jos Claudio Padiar

a mEta EntrEgar a obra no prazo, quE novEmbro dE 2012. o priMeiro treCHo a ser entregue o de valentin gentil at Meridiano.

Gerente de contrato lotes 3, 4 e 646 RODOVIAS&VIAS

Engenheiro Antonio Edilberto Castro Lisboa

sp-320

CliMA a FavorAs principais adversidades de grandes obras de infraestrutura sempre foram as condies climticas. Na SP-320, atualmente, as mquinas e os trabalhadores esto a todo vapor, aproveitando o tempo favorvel, prevendo que no fim do ano as chuvas devam dificultar os trabalhos, como conta o engenheiro Mrcio gonzles, do consrcio Serveng/S.A. Paulista, gerente de contrato dos lotes 5 e 7: Estamos acelerando a terraplanagem com medo da chuva que vem no final do ano. Temos quase 30% da obra concluda, e a ideia concluir o mximo possvel antes da chuva.

Nesta fase, as principais intervenes so em terraplanagem e obras de arte especiais. O volume de terra impressiona. O primeiro trecho a ficar pronto deve ser o lote 8, que tem os servios de terraplanagem bem adiantados, conforme relata o engenheiro Marlos Franco Bernardi, do consrcio Bandeirantes/Redram, gerente de contrato do lote 8: Estamos com cerca de 80% do nosso trecho de terraplenagem, do tronco da pista, em fase de finalizao. Temos quatro obras de arte, as quatro em andamento. Duas com fundaes finalizadas e duas com a parte de mesoestrututra finalizada. Nossa pretenso entregar essas quatro obras de arte entre novembro e dezembro, prev o engenheiro. O lote 8 corta Santana da Ponte Pensa, Trs Fronteiras, Santa F do Sul e Rubinia.

Estamos acElErando a tErraplanagEm CoM Medo da CHuva que veM no final do ano. tEmos quasE 30% da obra concluda, e a ideia ConCluir o MxiMo possvel antes da CHuva.

Engenheiro Mrcio GonzlesGerente de contrato lotes 5 e 7

estaMos CoM cErca dE 80% do nosso trEcho dE tErraplEnagEm, do tronCo da pista, Em fasE dE finalizao.Engenheiro Marlos Franco Bernardi

Gerente de contrato lote 8

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29 mil habitantes

47 mil habitantes

8 lotesEuclidEs da cunha

sp 320

ordeM de servio eM maro dE 2011 investiMento de aproxiMadaMente r$ 775 milhEs interveno eM 186 km dupliCao eM 164,77 km duplicao dos acEssos sp-461 (3,6 km) e sp-543 (1,8 km)

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sp-320

responsvel: Constroeste responsvel: Constroeste responsvel: Conter

lotE 1 - do km 453 ao km 477,120

lotE 5 - do km 546,180 ao km 567,500

lotE 2 - do km 477,120 ao km 500,500 lotE 3 - do km 500,500 ao km 523,200responsvel: Conter

Mais duplicao de 1,8 km da sp-543 (acesso) responsvel: Consrcio serveng/s.a. paulista

lotE 6 - do km 567,500 ao km 592,900responsvel: Conter

lotE 7 - do km 592,900 ao 609,500 lotE 8 - do km 609,500 ao km 639

lotE 4 - do km 523,200 ao km 546,180

responsvel: Consrcio serveng/s.a. paulista responsvel: Consrcio Bandeirantes/redram

duplicao de 1,8 km

64 mil habitantes

84 mil habitantes

duplicao de 3,6 km

rodovia Washington luiz

408 mil habitantes 53 mil habitantesRODOVIAS&VIAS 49

capa

iniciativa privadaAs palavras do presidente do Sinicesp, Silvio Ciampaglia, demonstram a aptido do setor em por em prtica um forte programa de governo. Em qualquer parte do mundo, sempre que um grande projeto pblico lanado, a iniciativa privada chamada a participar. Na conversa em que tivemos com Ciampaglia, sentimos vibrao e disponibilidade de um setor fundamental no processo desenvolvimentista.

A APosTA dA

Fotos: Rodovias & Vias/Leonilson Gomes

Silvio Ciampaglia, presidente do Sindicado da Indstria da Construo Pesada do Estado de So Paulo - Sinicesp.Quais as principais dificuldades que o setor enfrenta atualmente? As nossas dificuldades no so muito diferentes dos outros setores da economia. A carga tributria brasileira , sem dvida, um dos pontos que inibem a capacidade de investimentos do setor produtivo. Entendemos que o Estado no tem muita margem de manobra, pois para modernizar-se precisou criar inmeros programas e desenvolveu aes acertadas, em sua maioria que tornaram quase impossvel reduzir substancialmente tais tributos. Mas acredita50 RODOVIAS&VIAS

mos que outras formas de incentivar a economia devem ser alvo dos governos em todas suas esferas. Quando o governo, atravs de seus bancos pblicos, cria alternativas de crdito mais barato, de alguma maneira est alavancando a capacidade de crescer das empresas. Outra varivel importante diz respeito liquidez, que vem melhorando a cada ano, pois cria um ambiente de certezas e diminui a necessidade de pagamento de juros, tendo em vista ainda estarmos no pas cujo custo do dinheiro figura entre os mais altos do mundo.

a aposta da iniciativa privadaA capa desta edio traz um nmero que impressiona: o governo do estado de So Paulo planeja investir mais de R$ 118 bilhes, dos quais R$ 31,6 bilhes so para rea de transportes, nos prximos quatro anos. Como o setor da construo pesada recebe a notcia? O sindicato que represento tem por tradio manter a crena no crescimento econmico do nosso estado. Ao longo dos ltimos 15 anos, graas a uma forte reestruturao dos modelos de gesto pblica, So Paulo deu passos importantes para recuperar sua capacidade de investimento. Recebemos o anncio do PPA (Plano Plurianual) com otimismo, pois sabemos os impactos positivos que dele advm. Para que o plano consiga sair do papel, algumas variveis so importantes, entre elas as Parcerias Pblico Privadas. Como o senhor avalia a disposio do setor privado? um plano desta envergadura conta sempre com a perspectiva de envolver o setor privado, isto natural. Acredito que a resposta da comunidade empresarial paulista e brasileira ser muito positiva. So Paulo j conta com marcos regulatrios coerentes e firme estabilidade jurdica que propicia um ambiente de negcios saudvel. Estas condicionantes, que so to bsicas quanto importantes, me levam a crer que a parceria que o atual governo prope ser possvel. Como dar vazo a tantos projetos, que envolvem desde engenharia at mo de obra especializada? A engenharia paulista vem acompanhando os avanos tecnolgicos e criando solues que a colocam no mesmo nvel dos pases mais desenvolvidos. Nossa capacidade criativa e conhecimento tcnico vieram ao longo das dcadas, qualificando e preparando empresas e profissionais, de modo que estamos, sim, aptos a dar respostas rpidas s obras e projetos do governo. Temos investido pesado na qualificao de mo de obra em todos os nveis, pois acreditamos, no apenas como empresrios, mas tambm como brasileiros, que a educao e preparo de nossos funcionrios o caminho mais curto para a construo de um pas melhor.

o sindiCato que represento teM por tradio Manter a crEna no crEscimEnto Econmico do nosso Estado.

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CAlAdA lugAr

de pedestreFoto: Rodovias & Vias/Leonardo Pepi

Locais de encontro e fundamentais para a circulao e segurana de quem est caminhando, com o passar dos anos as vias exclusivas para pedestres tm perdido espao para veculos, buracos, entulhos e caambas. Especialistas apontam a falta de um programa nacional de valorizao das caladas como principal responsvel pelas ms condies estruturais.

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caladas tm um Asmental no sistema dopapel fundade trfego das cidades de qualquer parte mundo. So

elas as responsveis por setorizar e separar a circulao dos pedestres do movimento de veculos automotores (carros, motocicletas, nibus, caminhes). Vias destinadas exclusivamente a quem est caminhando, so um importante meio de integrao e acesso do pedestre aos setores urbanos, ligando-os s diferentes regies da cidade e tambm permitindo o lazer por meio do ato de caminhar. H alguns anos, as caladas serviam como ponto de encontro das pessoas, como reas de comrcio intenso e at mesmo propagao de cultura. Na calada onde o cidado pode realmente observar a cidade e se apropriar dos lugares. Fundamental para desenvolver memrias e estabelecer relaes com o ambiente. importante humanizar as vias, ressalta o arquiteto e urbanista Rodrigo Freire.

FAlTA esPAo PArA pedestrecom a falta de um programa nacional de valorizao desses ambientes e sem uma legislao prpria para coibir abusos, o cidado que precisa das caladas para circular convive diariamente com o descaso. Hoje em dia, comum observar pessoas disputando espao nessas vias com carros e motos estacionados irregularmente, caambas cheias de entulhos de obras e montanhas de material de construo, como areia, tijolos e brita, obstruindo a passagem de quem tenta ir e vir. Alm disso, esses espaos apresentam grandes obstculos para os usurios, principalmente os portadores de necessidades especiais, como falta de manuteno, largura nfima entre os imveis e a rua, aclives e declives e, algumas vezes, altos degraus. Na opinio do arquiteto e urbanista Ricardo Amaral, as caladas brasileiras, de uma forma geral, so de pssima qualidade. Para agravar ainda mais o problema, geralmente os materiais utilizados, com solues de revestimentos de 60 a 70 anos atrs, dificultam a segurana ao caminhar. Nossas caladas, salvo rarssimas excees normalmente mantidas pela iniciativa privada, esto em pssimo estado de conservao. quase um verdadeiro descaso nacional, aponta.RODOVIAS&VIAS 53

mobIlIdadE urbaNa

ProgrAMA nacionalPara os especialistas ouvidos pela reportagem de Rodovias&Vias, a pssima situao em que se encontra grande parte das caladas brasileiras deve-se falta de um programa nacional de conservao e valorizao dos espaos para pedestres. Deveria haver um programa nacional e uma normatizao especfica a respeito da largura, inclinao e, principalmente, revestimento, destaca Amaral. O programa deveria ser bastante flexvel, adaptando-se realidade de cada municpio. A soluo deveria ser local e avaliar a populao, frota, topografia, clima e at mesmo vocao das cidades, complementa Freire. A falta de legislao especfica tambm contribui diretamente para o enfraquecimento dos pedestres na luta por melhores condies de mobilidade. Temos que ser mais agressivos e ter uma poltica mais sria de educao e disciplina sobre este assunto, refora Ricardo Amaral.

caladas de VolTAApesar do cenrio desalentador, algumas cidades j adotam polticas de reverso de pistas de rolagem ou estacionamento em caladas para pedestres e bicicletas. geralmente, os investimentos so feitos na melhoria da iluminao, no mobilirio urbano e em polticas de ocupao do solo agindo conjuntamente para dar vida aos espaos. O resultado so reas degradadas sendo transformadas em importantes espaos exclusivos para pedestres. As caladas devem ser atrativas por facilitar o deslocamento, oferecer segurana, equipamentos de apoio e por que no? pela prpria decorao, como o caso das caladas de copacabana, carto-postal do Rio de Janeiro, diz Rodrigo Freire. Algumas cidades brasileiras optaram por transformar ruas em calades exclusivos para pedestres. geralmente, essas vias esto localizadas em reas centrais, onde o fluxo de pessoas

Foto: Rodovias & Vias/Alexsandro Hekavei

Centro de Cuiab (MT).54 RODOVIAS&VIAS

calada lugar de pedestre

Foto: Rodovias & Vias/Leonardo Pepi

Rua XV de Novembro, em Curitiba, primeira via pblica exclusiva para pedestres.

maior, o que facilita o deslocamento. um timo exemplo a Rua XV de Novembro, em curitiba, capital do estado do Paran. Inaugurada em 1972, foi a primeira grande via pblica exclusiva para pedestres do Brasil. No incio da proposta, boa parte dos comerciantes era contrria ideia, inclusive prometendo uma mobilizao para evitar a execuo da obra. Depois de concluda, aqueles que se manifestaram contra solicitaram a extenso do projeto, conta Freire. Dois anos depois, em 1974, a Rua XV transformou-se em um patrimnio da populao paranaense, ao ser tombada como paisagem por lei estadual do Paran. Tambm conhecido como Rua das Flores, o calado no centro da cidade passagem obrigatria para milhares de pessoas diariamente. Alm disso, o local rene artistas, idosos, poetas, comerciantes e cidados que buscam segurana e tranquilidade. Situaes como esta valorizam e priorizam o pedestre, limitando a circulao de veculo, afirma Amaral.

mas, no caso de estacionamento proibido em frente ao prdio ou casa, possvel deix-lo na calada neste caso, no entanto, preciso seguir a regulamentao que obriga a manuteno de uma passagem livre de pelo menos 1,5 m de largura para os pedestres.

FiscalizaoAlguns municpios tentam disciplinar o uso das caladas por meio de decretos. Na capital paranaense, por exemplo, a urbanizao de curitiba (urbs) faz a fiscalizao quanto colocao de caambas em locais proibidos. O estacionamento do recipiente segue basicamente as regras de trnsito, de acordo com o Decreto Municipal n. 1.120/1997. A preferncia para a colocao na rua,

Foto: Rodovias & Vias/Leonardo Pepi

Certas ruas no possuem espao para pedestres.RODOVIAS&VIAS 55

mobIlIdadE urbaNa

enTrevista

Keiro Yamawaki

Keiro Yamawaki arquiteto e Diretor de Comunicao da Associao Brasileira dos Escritrios de Arquitetura (AsBEA-PR), trabalhou no escritrio da Nikken Sekkei, no Japo, um dos maiores escritrios de arquitetura do mundo, com cerca de 2 mil profissionais e presena em 40 pases.Rodovias&Vias: Qual a importncia das caladas para o urbanismo? Keiro Yamawaki: No urbanismo, as caladas devem ser consideradas mais importantes que as vias de autos. O urbanismo feito para as pessoas, e a circulao deve sempre estar em primeiro plano. Como as prefeituras municipais devem priorizar esse tipo de via de acesso? Deveriam priorizar atravs de parcerias pblico-privadas, agilizando suas obras de recuperao de caladas existentes, pois trata-se de um investimento baixo em relao s vias de autos. caladas, incluindo as ciclofaixas, quando tm qualidade, incentivam a populao a us-las.56 RODOVIAS&VIAS

Hoje, de uma forma geral, o Brasil tem boas condies de calamento? O pas est longe disso, s se investe em reas de grande circulao de visibilidade calades, vias centrais e tursticas. A legislao existente defende e valoriza os pedestres no cenrio do trnsito? Acredito que no defenda. O que acontece a valorizao das vias de veculos, piorando ainda mais o cenrio. Em outros pases, como o Japo, por exemplo, o pedestre e o ciclista tm sempre prioridade; mesmo se estiver na rua, o carro espera voc passar para depois continuar seu movimento.

RODOVIAS&VIAS

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concessoes

tudo novo de noVoEm apenas 153 dias, a concessionria Ecovia Caminho do Mar, que administra a BR-277, um dos mais importantes corredores rodovirios para a logstica do Paran e regio Sul, reconstruiu e entregou duas pontes que foram destrudas pelas fortes chuvas que afetaram o estado no ms de maro, alm de investir na estabilizao e conteno de encostas. Rodovias&Vias foi conferir de perto o momento de liberao das novas pontes. A obra merece destaque, em todo o pas, como exemplo de que possvel muito mais agilidade na execuo de empreendimentos de infraestrutura.

Foto: Rodovias & Vias/Oberti Pimentel

Ecovia: agilidade na recuperao da BR-277 exemplo para todo o pas.

alegria aqueMotivo dedascertapara todosrelacioles que de forma se nam com uma mais importantes ro-

dovias federais em territrio paranaense, a BR-277, o dia no amanheceu altura do que se poderia chamar de alegre. Apesar de chuvoso e cinza, no entanto, ele pare58 RODOVIAS&VIAS

ceu compreender a situao e literalmente se abriu aos poucos, deixando o sol aquecer o asfalto e iluminar a novidade que a concessionria Ecovia caminho do Mar, empresa do grupo EcoRodovias, havia preparado para os usurios do trecho que liga curitiba ao litoral.

tudo novo de novoO corredor logstico sofreu um duro golpe em maro de 2011, ao ser atacado pela fria da natureza. Duas pontes foram destroadas por milhares de toneladas de entulho, pedras e madeira de rvores que desceram as encostas na regio de Morretes e Antonina, prximo a Paranagu destino de caminhes, corredor de escoamento de produo at o porto. As chuvas acima da mdia que se precipitaram naquele ms fizeram os rios Sagrado I e Jacare subirem muito acima de seu nvel normal, causando os estragos. As duas maiores baixas foram das pontes do km 18 e km 24, que no suportaram tanta carga adicional da correnteza e cederam, deixando o trfego totalmente interrompido. Adicionalmente, barreiras cederam sobre a pista. Mas, apesar de tantos problemas, em apenas 36 horas a concessionria j havia restabelecido o trfego, ainda que em meia pista nos pontos mais afetados. uma lembrana inevitvel surgiu ao avistarmos a paisagem, que ainda carrega sinais da destruio sob as pontes: so centenas de rvores reviradas e muita lama nas margens dos rios que trazem vises de um tsunami japons. Sem comparar as tragdias e guardadas suas devidas propores, a ao da Ecovia no Paran no deixou nada a desejar em agilidade na recuperao da infraestrutura. Em apenas 153 dias, o projeto saiu do papel e a obra das duas pontes foi executada. Ns fizemos um novo projeto das pontes, obtivemos homologao do Instituto das guas e um estudo hidrolgico, e com tudo isso ainda conseguimos antecipar a entrega em 30 dias, explicou para Rodovias&Vias o gerente de Engenharia e Atendimento ao usurio Davi Terna. O estudo hidrolgico foi feito para que o redimensionamento das pontes atenda outras eventuais correntezas acima da mdia, como as ocorridas em maro; ou seja, as pontes novas so mais resistentes para o caso de incidentes futuros semelhantes. A Ecovia contratou todas as empresas que fizeram os trabalhos. Tivemos vrios parceiros em cada ponto, na estabilizao de encostas, nas pontes, contenes, cada um em sua especialidade, e agora temos somente que finalizar algumas estabilizaes de encostas, mas que no interferem no fluxo do trfego, acrescentou Terna.

agilidade pmdbA equipe de reportagem de Rodovias&Vias estava a postos logo cedo no dia da liberao do trfego sobre as novas pontes. A chuva insistia e parecia ganhar confiana conforme os minutos passavam. Funcionrios da concessionria, a Polcia Rodoviria Federal e outras equipes de reportagem aguardavam o momento.

Foto: Rodovias & Vias/Leonilson Gomes

ns fizEmos um novo projEto das pontEs, oBtiveMos HoMologao do instituto das guas e uM estudo HidrolgiCo, e CoM tudo isso ainda consEguimos antEcipar a EntrEga Em 30 dias.Gerente de Engenharia e Atendimento ao Usurio / Ecovia

Davi Terna

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concessoes

maro 2011: A natureza e suAs ForAs

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tudo novo de novo

agosto 2011: A engenharia e suAs solues

pmdb

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concessoesIndagado sobre como foi possvel entregar as obras to rapidamente, Terna foi sucinto: Para o setor privado possvel, pois no h a dificuldade imposta pela burocracia do setor pblico. Inclusive, teramos terminado tudo ainda mais rpido, no fossem outros perodos de chuvas que enfrentamos durante as obras. As pontes foram elevadas em quase 2 m de altura e tiveram seu comprimento ampliado em mais de 10 m. Segundo a concessionria, alm da reconstruo das pontes, foram reforadas as cabeceiras da ponte do km 26 e as estacas dos pilares da ponte do km 29, tambm comprometidas pelas chuvas. Este trabalho exigiu a participao de escafandristas e mergulhadores, que fizeram a anlise in loco para que a restaurao fosse realizada. As cabeceiras j haviam sido reconstrudas na primeira fase, num trabalho que durou 70 dias. Foram cinco cabeceiras de pontes, cada uma delas com 20 m de extenso, num perodo de 36 horas um trabalho equivalente reconstituio de uma pista de 100 m de extenso. um trabalho que, pela competncia, despertaria a santa e nobre inveja dos admiradores, nas palavras de Machado de Assis. Mas nem mesmo a inveja boa apareceu no momento da liberao definitiva do trfego nas duas pontes. O sentimento predominante foi o da alegria da misso cumprida e do trabalho realizado com sucesso. Nos olhares de representantes da Ecovia caminho do Mar, era clara a satisfao. Enquanto duas viaturas da Polcia Rodoviria Federal e outra da Ecovia se alinhavam para o incio do trfego e uma fila de veculos se formava atrs delas, como num passe de mgica as chuvas cessaram. O dia, sendo compreensivo com o momento, clareou e o fluxo dos caminhes e carros seguiu rumo ao litoral. Ao nosso lado, dois colegas de trabalho da Ecovia apertavam as mos emocionados. Apenas um parabns foi o suficiente.

curitibaBr 277rompimento de bueiros (km 13 e km 22)A enxurrAdA Trouxe Consigo MuiTo enTulho dA MATA, CoMProMeTendo os Bueiros e oCAsionAndo eroso nA PisTA nesTes PonTos dA esTrAdA. A ConCessionriA reConsTruiu os dois Bueiros.

encostasAs ForTes ChuVAs ProVoCArAM desliZAMenTos de TerrA eM diFerenTes PonTos dA rodoViA. os de MAior iMPACTo oCorrerAM nos kM 38 (senTido PArAnAgu), 25 (nos dois senTidos) e 13 (senTido CuriTiBA). PArA A reCuPerAo dos loCAis, A eCoViA reAliZou o ProCesso de esTABiliZAo dAs enCosTAs.62 RODOVIAS&VIAS

tudo novo de novo

obras reAliZAdAsrio sAgrAdo iii (km 29 senTido PArAnAgu)nesTe loCAl, A PonTe no senTido PArAnAgu soFreu dAno esTruTurAl. ForAM ConsTrudos noVos PilAres e Foi reCuPerAdo o Muro de ProTeo.

rio sAgrAdo ii (km 26)nos dois senTidos dA esTrAdA, As PonTes soFrerAM dAnos esTruTurAis eM suAs CABeCeirAs. nA esTruTurA senTido PArAnAgu, ForAM ConsTrudos noVos PilAres, CoM VigAs MeTliCAs. J As CABeCeirAs, eM AMBos os senTidos, ForAM AlongAdAs eM suA exTenso deVido Ao noVo leiTo ForMAdo Pelo rio.

rio sAgrAdo i (km 24 senTido PArAnAgu)A PonTe no senTido PArAnAgu Cedeu eM Funo dA ForA exerCidA PelAs guAs. Foi reTirAdA TodA A esTruTurA AnTigA e ConsTrudA uMA noVA PonTe.

rio JACAre (km 18 senTido PArAnAgu)rVores inTeirAs, enTulhos e PedrAs enCherAM o leiTo do rio, Que, ConseQuenTeMenTe, exerCeu ForA desProPorCionAl soBre esTA PonTe dA Br-277. A reCuPerAo do loCAl oCorreu eM Trs eTAPAs: reTirAdA dos deTriTos, reMoo de TodA A esTruTurA AnTigA e ConsTruo de uMA noVA PonTe.

AnToninA

MorreTes

29 26

km

km

24

km

18paranaguPonTAl do PArAn

km

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goIs

agilidade PossVelA duplicao da BR-060 no estado de Gois, entre a capital Goinia e o municpio de Jata, no sudoeste goiano, uma das maiores obras do Plano de Acelerao do Crescimento (PAC) em execuo hoje no pas. Equipes de Rodovias&Vias foram at l conferir de perto a ao de nove frentes que trabalham a todo vapor, sob o sol quente do centro do Brasil, e uma delas conversou com o Superintendente Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes de Gois e Distrito Federal (DNIT-GO/DF), Alfredo Soubihe Neto. Com apenas quatro meses de execuo, a obra j pode servir de exemplo para outros empreendimentos do PAC no quesito agilidade.

Foto: Rodovias & Vias/Leandro Dvorak

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agilidade possvel

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goIsnquanto o Brasil assistia atnito s notcias que caam como bombas sobre o Ministrio dos Transportes e o importante rgo executor de grandes obras rodovirias o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) , uma ao positiva e que poderia servir de exemplo para ilustrar que bons trabalhos tambm so feitos por estas instituies acontecia ao mesmo tempo na regio central do Brasil, mais especificamente no estado de gois. A obra de duplicao de 281 km da BR-060 em gois, entre a capital goiana e a cidade de Jata, a prova de que com um bom projeto, vontade, gesto e recursos bem aplicados possvel tocar adiante obras de infraestrutura de grande porte sem a morosidade tradicional encontrada em outros projetos Brasil afora. A BR-060 tem papel importante para o pas, para o estado de gois e para a regio por onde passa, sendo um corredor logstico estratgico tambm para os estados vizinhos, como Mato grosso, Mato grosso do Sul, Minas gerais e So Paulo. Por ela passam toneladas de gros, biocombustveis,

E

alimentos e produtos industrializados, todos advindos da aquecida produo do Brasil central. Soja, sorgo, etanol, carnes, milho, leite so alguns exemplos dos produtos escoados pelo corredor da BR-060. Esse pedao da BR-060, que na verdade muito importante para o Brasil, pois o governo federal olha esses corredores de maneira global, integra o corredor que vai de Braslia a cuiab, passando por goinia. uma regio de alto escoamento de gros para o estado de gois, para o Mato grosso, ento tem uma importncia nacional. Tanto que a obra est no PAc e faz parte de um programa nacional, explicou o Superintendente Regional do DNIT de gois e do DF, Alfredo Soubihe Neto, em entrevista exclusiva para Rodovias&Vias. Segundo o Superintendente, a duplicao, que tem quase 290 km, a maior obra do PAc em execuo na atualidade e est orada em aproximadamente R$ 1,5 bilho, incluindo a restaurao da pista existente. So nove frentes de trabalho, mais de 500 mquinas operando na pista, mais de dois mil empregos diretos e indiretos.

esse pedao da Br-060, que na verdade Muito iMportante para o Brasil, intEgra o corrEdor quE vai dE braslia a cuiab, passando por goinia. uMa regio de alto esCoaMento de gros para o estado de gois, para o Mato grosso, ento tEm uma importncia nacional.Foto: Rodovias & Vias/Leonilson Gomes

Superintendente Regional do DNIT de Gois e Distrito Federal

Alfredo Soubihe Neto

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agilidade possvel

a dupliCao da Br-060 vai bEnEficiar nosso Estado Em vrios aspEctos, entre eles: o eConMiCo, CoM MelHor infraestrutura para esCoaMento da produo, e o soCial, quando promovE a intEgrao EntrE vrios municpios.Flvia Morais

Deputada Federal, PDT-GO

A duplicao da BR-060 obra de grande importncia para gois, que vai beneficiar nosso estado em vrios aspectos, entre eles: o econmico, com melhor infraestrutura para escoamento da produo, e o social, quando promove a integrao entre vrios municpios. Por ser uma das maiores obras rodovirias em execuo no nosso pas, deixa clara a ateno do governo federal com o nosso estado. Vale ressaltar a competncia do Superintendente do DNIT-gO/ DF, Alfredo Neto, que com certeza pea fundamental nesse processo, pois obra nenhuma avana sem projeto, acompanhamento e determinao. Ele tem se apresentado como grande gestor. Parabns ao povo goiano pela conquista, declarou para Rodovias&Vias a Deputada Federal Flvia Morais (PDT). uma obra revolucionria. A unit de gois [Superintendncia Regional do DNIT em gois] est mostrando para o Ministrio dos Transportes que, quan-

do existe vontade poltica, gesto, voc consegue fazer. Porque ns iniciamos esta obra, no conceito dela, no ms de junho de 2009. De junho de 2009 a junho de 2011, so dois anos; ns fizemos o projeto, licitamos e comeamos a obra, e no final de 2011 entregaremos um quarto da pista pronta, sinalizada para a populao, acrescentou Soubihe Neto.

populao ATendidAAlm de sua relevncia estratgica, a BR-060 em gois tambm trar alvio para os usurios do trecho em duplicao. O trfego no corredor bastante intenso, sobretudo de carretas, principalmente entre Rio Verde e Jata. Para o Superintendente do DNIT regional, as pessoas esto felizes por receber a obra o mais rpido possvel e com transtornos reduzidos. Mesmo com todos os problemas, como

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goIs

na sada de goinia, a populao est feliz, pois est se sentindo valorizada. As pessoas no acreditavam que isso fosse possvel e mostramos que , conta Soubihe Neto. Estamos mostrando que possvel fazer. a maior obra do PAc em execuo na atualidade. Era a BR-101, agora j praticamente terminada, depois o contorno de Belo Horizonte, mas que teve alguns problemas e no est sendo feito na sua totalidade; ento, at onde sabemos, esta a maior obra em execuo. E mostrando a resposta do dinheiro e de todo o investimento, refora o Superintendente, que lembra que recursos no faltam para a obra e que, atualmente, R$ 250 milhes esto empenhados. A previso que at o final de 2011 sejam entregues 25% do total do empreendimento mais de 70 km , e o ritmo atual dos trabalhos indica que ser possvel tambm finalizar a empreitada dentro de um perodo de trs anos. Ainda segundo o Soubihe Neto, nessa obra no vai acontecer como aconteceu de goinia a Itumbiara, que foi uma obra que levou 12 anos para ficar pronta. Aqui temos complexo poltico em goinia, em Rio Verde, e isso chama a ateno. uma obra que tem 90% de chances de terminar em trs anos. As frentes esto a todo vapor. Quando que o DNIT viu isso nos ltimos 30 anos? Todos os lotes com empenho, todos em operao, todos em ritmo acelerado. Alguns consrcios esto rodando 24 horas.

segurana urBAnAOutro aspecto de destaque da obra da BR-060 so as travessias urbanas. consideradas zonas de conflito entre usurios da via e moradores das cidades, so reas onde a segurana precisa de reforos de sinalizao, iluminao, equi-

pamentos como passarelas, redutores de velocidade, barreiras, e construo de rotatrias e ruas laterais. uma tcnica construtiva em especial mostra a preocupao com a segurana e a vida das pessoas das cidades por onde passa a rodovia: manter a cidade em nvel e rebaixar a pista, o que acaba eliminando o conflito. Apesar de mais cara, uma forma de evitar problemas no futuro, j que as cidades crescem rapidamente no pas. Poupar vidas no tem preo, encerra o Superintendente do DNIT-gO/DF, Alfredo Soubihe Neto.

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Fotos: Rodovias & Vias/Leandro Dvorak

agilidade possvel

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060

BR

abadia/go

duplicao, restaurao da pista existente, implantao de ruas laterais, Melhoramento para adequao de Capacidade e eliminao de pontos Crticos e implantao de itens de segurana

jata/go

lotE 1 seguimento: km 179,1 extenso: 49,2 km Consrcio egesa / eMsa

km 228,3

lotE 4 seguimento: km 327,3 km 378,5 extenso: 51,2 km Consrcio trier / gois / etec lotE 5 seguimento: km 395,5 km 478,3 extenso: 82,8 km Consrcio queiroz galvo /via

lotE 2 seguimento: km 228,3 km 277,8 extenso: 49,5 km Consrcio Contrumil / CCB/Cetenco lotE 3 seguimento: km 277,8 km 327,3 extenso: 49,5 km Consrcio delta / jM / CBeMi

rio vErdE jata

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goiniaabadia dE gois

gO

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amazoNas

As ViAs amazonensesNossas equipes foram at o Amazonas conhecer a infraestrutura do estado. Tanto a produo quanto a mo de obra, que a transforma em riqueza, compartilham rodovias e hidrovias. A geografia faz com que a relao entre o transporte por terra e por gua seja de interdependncia.

Fotos: Rodovias & Vias/Leonardo Pepi

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as vias amazonenses

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amazoNasesteve AmaRodovias&Viasconhecerno de inzonas para a infraestrutura do estado que alvo Tef, Boca do Acre e Lbrea tinham o projeto bsico muito diferente da necessidade real, do que deveria ser construdo. Fizemos novo levantamento e iniciamos um novo processo licitatrio. Paralelo a isso, o governo estadual identificou a necessidade no interior do estado para a construo de outros 15 portos. O convnio com o Ministrio dos Transportes atende os municpios de Itamarati, Eirunep, Ipixuna, So gabriel da cachoeira, carauari, guajar, canutama, Tapau, codajs, Beruri, Iranduba, careiro da Vrzea, Itapiranga, Boa Vista do Ramos e Barreirinha. Alm do trnsito do rio Negro, que tem Manaus sua margem esquerda e junto com ela todo o fluxo de embarcaes que chega ou sai da capital, parte da hidrovia Solimes-Amazonas est dentro do estado. A hidrovia tem quase 7 mil km de guas navegveis, que vm desde a trplice fronteira (Brasil-Peru-colmbia) at a foz do rio Amazonas, no oceano Atlntico. No ano passado, os portos pblicos e terminais autorizados pela Antaq registraram quase 7 milhes de toneladas de cargas que usufruram da hidrovia Solimes-Amazonas. Das quatro principais linhas, trs tm numa das pontas um porto amazonense: Manaus-Belm, Porto Velho-Itacoatiara, Porto Velho-Santarm e Manaus-Porto Velho.

vestidores nacionais e estrangeiros. Alm de tesouros biolgicos e da Zona Franca de Manaus, h outras riquezas. A economia est cada vez mais variada. Passa pela produo de frutas da regio (guaran, aa, cupuau) e pelo turismo de selva, que traz curiosos do mundo todo para o meio da floresta. Junto com o aumento de possibilidades econmicas, vem o crescimento da infraestrutura de transporte do estado. Entre os modais que mais se desenvolvem, esto as hidrovias e as rodovias. Estivemos com a engenheira Waldvia Ferreira Alencar, que Secretria de Infraestrutura do governo estadual. Ela, melhor do que ningum, conhece as necessidades de transporte do Amazonas e sabe exatamente onde os investimentos esto sendo feitos. Dezenas de cidades amazonenses, por exemplo, esto recebendo a construo ou melhoria em portos fluviais. O Amazonas tem a maior bacia hidrogrfica do mundo. Nossas estradas so os nossos rios. Da a importncia de estarmos construindo esses portos, explica a Secretria. Onze portos esto sendo construdos em convnio com o governo federal, por meio do Ministrio dos Transportes. Trs deles tiveram que ser reformulados, como conta a engenheira:

o aMazonas teM a Maior BaCia HidrogrfiCa do Mundo. nossas Estradas so os nossos rios. da a iMportnCia de estarMos Construindo esses portos.Secretria de Infraestrutura / Manaus

Waldvia Alencar

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as vias amazonensesEM PROCESSO LICITATRIO:- TEF - BOcA DO AcRE - LBREA

PROJETADOS:- ITAMARATI - EIRuNEP - IPIXuNA - SO gABRIEL DA cAcHOEIRA - cARAuARI - guAJAR - cANuTAMA - TAPAu - cODAJS - BERuRI - IRANDuBA - cAREIRO DA VRZEA - ITAPIRANgA - BOA VISTA DO RAMOS - BARREIRINHA

EM OBRAS:- MANAcAPuRu - ITAcOATIARA - TABATINgA - BORBA - AuTAZES - SO RAIMuNDO (MANAuS) - MANIcOR - cOARI

Hidrovia Solimes - Amazonas, que tem cerca de 7 mil km de guas navegveis.

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amazoNas

VeM maisDe acordo com a Secretria Waldvia Alencar, o oramento anual de sua pasta est entre R$ 500 milhes e R$ 700 milhes, mas deve crescer. Neste e nos prximos anos que antecedem a copa do Mundo, pode chegar a R$ 1 bilho. Teremos a construo do monotrilho e da Arena, que exigiro mais investimentos, diz. O estado do Amazonas o maior e o mais bonito, brinca a Secretria. Ape-

sar de ser o maior do pas em extenso territorial (mais de 1,5 milho de km), o Amazonas est entre os que tm as menores malhas rodovirias de acordo com o Plano Nacional Virio do Ministrio dos Transportes, so pouco mais de 1,1 mil quilmetros de rodovias pavimentadas, que se dividem em 497 km federais e 619 km estaduais. Waldvia garante que, apesar de pequena, a rede rodoviria est sendo bem cuidada e novos investimentos esto sendo feitos. uma das principais ro-

a am-010 partE dE manaus, passa por rio prEto da Eva E chEga Em itacoatiara, onde se ConeCta CoM a aM-363.78 RODOVIAS&VIAS

as vias amazonensesdovias estaduais, a AM-070, ser duplicada e a pista j existente ser recuperada. Alm de duas faixas indo e duas voltando, haver canteiro central, acostamento de 1,5 m, e 8,5 km de ciclovia, explica. Sero cerca de 80 km de obras, que vo da sada da ponte sobre o rio Negro at a entrada da cidade de Novo Airo, ligando os municpios da outra margem do rio Negro a Manaus. A AM-010 outra rodovia importante que est passando por obras. construda nos anos 1970, tem 266 km de extenso. Partindo de Manaus, passa por Rio Preto da Eva e termina em Itacoatiara. A partir da, a rodovia se conecta com a Estrada da Vrzea (AM-363), interligando os municpios de Silves e Itapiranga. A Estrada da Vrzea tambm est sobre intervenes do estado. Silves um dos municpios mais bonitos do Amazonas. Tem vrios hotis de selva, lembra a Secretria. cerca de 35 km da AM-010 esto sendo recuperados pela Secretaria de Infraestrutura. So trechos que esto ruins e alguns que sofreram eroso, explica Waldvia Alencar. Estamos trabalhando no projeto para revitalizar todo o trecho, com terceira faixa, acostamento, defensas, iluminao, lembra. A Secretria conta que tirou um domingo para vistoriar as obras. Saiu de Manaus s 6 horas da manh, tomou caf da manh em Rio Preto da Eva, almoou em Itacoatiara, onde est sendo construdo um porto, foi a Silves e deu uma esticadinha at Itapiranga. chegou de volta a Manaus s 11 horas da noite, depois de rodar quase 800 km, com a memria da cmera fotogrfica cheia.

MAis manutenesOutras duas rodovias estaduais esto em manuteno: a AM-240, que d acesso hidreltrica de Balbina a partir da BR-174 (sentido Manaus-Boa Vista), pouco antes de Presidente Figueiredo; e a AM-254, uma rodovia nova que, por contrato, continua em manuteno entre quatro e seis meses depois de pronta. A hidreltrica de Balbina responsvel por cerca de 30% da energia consumida em Manaus, e o acesso a ela precisa estar em perfeitas condies.

arenaPara o Amazonas, a copa do Mundo 2014 j teve incio: comeamos a montar foras-tarefas desde que Manaus foi confirmada como cidade-sede. Hoje a nossa arena a mais adiantada das que esto em construo, comemora a Secretria. Tivemos que demolir o antigo Vivaldo Lima, um estdio de 40 anos. Pretende-

Recursos para a construo da Arena de Manaus somam mais de R$550 milhes.RODOVIAS&VIAS 79

amazoNasmos utilizar todo o material (ferro e concreto) que pode ser reaproveitado. No que depender da Secretria, o estdio no ter pendncias burocrticas: Montamos uma fora-tarefa composta por sete profissionais para fiscalizar as obras da Arena. Temos uma empresa contratada gerenciando as obras para o governo do estado. Estamos brigando com todos os rgos. Tudo o que pedem, a gente manda. Teremos o financiamento do BNDES de R$ 400 milhes, e o governo do estado vai entrar com R$ 183 milhes. Essa a previso. Waldvia Alencar acredita que depois do Mundial o estdio continuar sendo muito utilizado. Alm de shows e outros eventos, ela destaca a ascendncia dos clubes