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EMPREGO FORMAL S egundo o Cadastro Geral de Empregados e De- sempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os empregos formais celetis- tas no Estado de São Paulo, no 2 o trimestre de 2015, retraíram-se em 86.399 postos de trabalho, resultado de 1.360.589 admissões e 1.446.988 desligamentos. No mesmo período, na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte – que detém 4,3% do total dos empregos formais do Estado –, o saldo de empregos formais diminuiu em 7.380 postos de trabalho, (51.445 admissões e 58.825 desligamentos). Com essa movimentação, o número de empregos formais celetistas na região, ao final do 2 o trimestre de 2015, foi de 545.615 (Tabela 1), 1,3% inferior àquele registra- do no 1 o trimestre. Na comparação com o 2 o trimestre do ano passado, o estoque de empregos reduziu-se em 2,5%, com a eliminação de 14.180 postos de trabalho. RA de Franca RA de Barretos RA de São José do Rio Preto RA de Araçatuba RA de Presidente Prudente RA de Marília RA de Bauru RA Central RA de Ribeirão Preto RA de Campinas RA de Registro RM de São Paulo RM da Baixada Santista RM do Vale do Paraíba e Litoral Norte RM de Sorocaba RA de Itapeva Campinas RM de Grande ABC RA de Sorocaba Representa 4,3% do total de empregos formais no Estado. Foram eliminados 7.380 postos de trabalho. Estoque de empregos formais ficou 1,3% inferior ao registrado no 1 o trimestre de 2015. Na comparação com o 2 o trimestre de 2014, o nível de emprego diminuiu 2,5%. RM do Vale do Paraíba e Litoral Norte 2 o trimestre de 2015

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EMPREGO FORMAL

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e De-sempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os empregos formais celetis-

tas no Estado de São Paulo, no 2o trimestre de 2015, retraíram-se em 86.399 postos de trabalho, resultado de 1.360.589 admissões e 1.446.988 desligamentos. No mesmo período, na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte – que detém 4,3% do total dos empregos formais do Estado –, o saldo de empregos formais diminuiu em 7.380 postos de trabalho, (51.445 admissões e 58.825 desligamentos).

Com essa movimentação, o número de empregos formais celetistas na região, ao final do 2o trimestre de 2015, foi de 545.615 (Tabela 1), 1,3% inferior àquele registra-do no 1o trimestre. Na comparação com o 2o trimestre do ano passado, o estoque de empregos reduziu-se em 2,5%, com a eliminação de 14.180 postos de trabalho.

RA deFrancaRA de

Barretos

RA deSão José

do Rio Preto

RA deAraçatuba

RA dePresidente Prudente

RA deMarília

RA deBauru

RACentral

RA deRibeirão Preto

RA de Campinas

RA deRegistro

RM deSão Paulo

RM da Baixada Santista

RM do Vale do Paraíba e

Litoral Norte

RM deSorocaba

RA deItapeva

CampinasRM de

GrandeABC

RA de Sorocaba

Representa 4,3% do total de empregos formais no Estado.

Foram eliminados 7.380 postos de trabalho.

Estoque de empregos formais ficou 1,3% inferior ao registrado no 1o trimestre de 2015.

Na comparação com o 2o trimestre de 2014, o nível de emprego diminuiu 2,5%.

RM do Vale do Paraíba e Litoral Norte2o trimestre de 2015

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EMPREGO FORMAL: RM do Vale do Paraíba e Litoral Norte 2o trimestre de 2015SEADE

Tabela 1Número e variação do emprego formal, segundo setores de atividade econômicaRM do Vale do Paraíba e Litoral Norte – 2o trimestre de 2014-2o trimestre de 2015

Setores de atividadeEmpregos (jun. 2015) Variação absoluta Variação relativa (%)

No abs.Distribuição

(%)2o trim. 2015/ 1o trim. 2015

2o trim. 2015/ 2o trim. 2014

2o trim. 2015/ 1o trim. 2015

2o trim. 2015/ 2o trim. 2014

TOTAL (1) 545.615 100,0 -7.380 -14.180 -1,3 -2,5

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2) 9.044 1,7 2 -237 0,0 -2,6

Indústrias de transformação (3) 119.050 21,8 -4.089 -7.826 -3,3 -6,2

Fabricação de produtos alimentícios e de bebidas (4) 9.561 1,8 -26 248 -0,3 2,7Fabricação de produtos químicos e farmoquímicos e farmacêuticos (5) 7.063 1,3 -127 -115 -1,8 -1,6Fabricação de produtos de borracha e de material plástico (6) 6.830 1,3 -273 -291 -3,8 -4,1

Indústria metal-mecânica (7) 75.360 13,8 -3.221 -6.688 -4,1 -8,2

Demais subsetores (8) 20.236 3,7 -442 -980 -2,1 -4,6

Construção (9) 37.441 6,9 13 -1.660 0,0 -4,2

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (10) 123.053 22,6 -1.184 -1.228 -1,0 -1,0

Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas 11.448 2,1 -173 -457 -1,5 -3,8Comércio por atacado, exceto veículos automotores e motocicletas 14.473 2,7 -331 -308 -2,2 -2,1

Comércio varejista 97.132 17,8 -680 -463 -0,7 -0,5

Serviços (11) 249.484 45,7 -2.153 -2.925 -0,9 -1,2

Transporte, armazenagem e correio (12) 22.732 4,2 -133 -713 -0,6 -3,0

Informação e comunicação; atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; atividades profissionais, científicas e técnicas (13) 28.900 5,3 -48 693 -0,2 2,5Atividades administrativas e serviços complementares (14) 58.169 10,7 -1.994 -4.187 -3,3 -6,7Administração pública, defesa e seguridade social; educação; e saúde humana e serviços sociais (15) 78.291 14,3 595 1.724 0,8 2,3Alojamento e alimentação; artes, cultura, esporte e recreação; e outras atividades de serviços (16) 59.717 10,9 -604 -405 -1,0 -0,7

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged; Fundação Seade.(1) Inclui indústrias extrativas (Seção B da CNAE 2.0); eletricidade e gás (Seção D da CNAE 2.0); água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (Seção E da CNAE 2.0). (2) Seção A da CNAE 2.0. (3) Seção C da CNAE 2.0. (4) Inclui as Divisões 10 e 11 da Seção C da CNAE 2.0. (5) Inclui as Divisões 20 e 21 da Seção C da CNAE 2.0. (6) Inclui a Divisão 22 da Seção C da CNAE 2.0. (7) Inclui as Divisões 24 a 30 e 33 da CNAE 2.0. (8) Incluem as Divisões 12 a 19, 23 e 31 e 32 da Seção C da CNAE 2.0. (9) Seção F da CNAE 2.0. (10) Seção G da CNAE 2.0. (11) Seções H a U da CNAE 2.0. (12) Seção H da CNAE 2.0. (13) Seções J, K e M da CNAE 2.0. (14) Seção N da CNAE 2.0. (15) Seções O, P e Q da CNAE 2.0. (16) Seções I, R e S da CNAE 2.0.Nota: Não inclui as informações fora do prazo.

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EMPREGO FORMAL: RM do Vale do Paraíba e Litoral Norte 2o trimestre de 2015SEADE

Regionalmente, a diminuição do nível de emprego entre o 1o e o 2o trimestres de 2015 na região (eliminação de 7.380 postos de trabalho, ou -1,3%) decorreu de reduções nas RGs de São José dos Campos (-4.521, ou -1,7%), Taubaté (-1.728, ou -1,3%), Cruzeiro (-779, ou -3,6%) e Caraguatatuba (-346, ou -0,6%) (Gráfico 1). Na comparação com o 2o trimestre de 2014, a retração do estoque de empregos formais na região (-2,5%, ou eliminação de 14.180 postos de trabalho) foi resulta-do dos decréscimos nas RGs de São José dos Campos (-3,3%, ou -9.040), Taubaté (-2,9%, ou -4.009) e Cruzeiro (-5,8%, ou -1.305).

Gráfico 1Variação do emprego formalRM do Vale do Paraíba e Litoral Norte – 2o trimestre de 2014-2o trimestre de 2015

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged; Fundação Seade.

Em %

RM do Vale doParaíba e Litoral Norte

RG deCaraguatatuba

RG de Cruzeiro RG deGuaratinguetá

RG de São Josédos Campos

RG de Taubaté

2o trim. 2015 / 1o trim. 2015 2o trim. 2015 / 2o trim. 2014

-1,3-0,6

-3,6

0,0

-1,7-1,3

-2,5

0,3

-5,8

0,0

-3,3-2,9

Segundo setores de atividade, no trimestre em análise, o decréscimo do nível de emprego formal na região (eliminação de 7.380 postos de trabalho, ou -1,3%) foi resultado das reduções na indústria de transformação (-4.089, ou -3,3%) – com destaque para a indústria metal-mecânica (-3.221, ou -4,1%) –, nos serviços (-2.153, ou -0,9%) – em especial na administração pública, defesa e seguridade social; educação; e saúde humana e serviços sociais (-1.994, ou -3,3%) – e no comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (-1.184, ou -1,0%), uma vez que os empregos formais permaneceram estáveis na agricultura, pecuá-ria, produção florestal, pesca e aquicultura e construção.

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EMPREGO FORMAL: RM do Vale do Paraíba e Litoral Norte 2o trimestre de 2015SEADE

Na comparação com o 2o trimestre de 2014, a retração dos empregos formais na região (-2,5%, ou eliminação de 14.180 postos de trabalho) decorreu da redução na indústria de transformação (-6,2%, ou -7.826) – principalmente na indústria metal-mecânica (-8,2%, ou -6.688) –, nos serviços (-1,2%, ou -2.925) – com destaque para o desempenho negativo para as atividades administrativas e ser-viços complementares (-6,7%, ou -4.187) e positivo para administração pública, defesa e seguridade social; educação; e saúde humana e serviços sociais (2,3%, ou geração de 1.724 postos de trabalho) –, na construção (-4,2%, ou -1.660), no comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (-1,0%, ou -1.228) e na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-2,6%, ou -237).

A partir da análise da movimentação de admissões e desligamentos segundo ocu-pações, podem ser obtidos importantes indicativos sobre as áreas profissionais mais dinâmicas e, eventualmente, com maiores necessidades de qualificação de pessoal.

A Tabela 2 apresenta as 20 ocupações com os maiores saldos positivos de abril a junho de 2015, as quais responderam por 10,4% do total de admissões e 6,4% dos desligamentos efetuados na região, no período analisado.

Como características mais gerais dessas ocupações, observa-se o predomínio da-quelas com maiores exigências de especialização e escolaridade, pertencentes aos grandes grupos 2 e 3 da Classificação Brasileira de Ocupações – CBO,1 que reque-rem nível de escolaridade superior ou médio e cursos técnicos e de especialização, como professor instrutor de ensino e aprendizagem em serviços, inspetor de alunos de escola pública, técnico de enfermagem, monitor de transporte escolar, operador de negócios, recreador, analista de suporte computacional, auxiliar de enferma-gem, professor de nível médio na educação infantil, controlador de entrada e saída, enfermeiro e professor de nível médio no ensino fundamental. Para as ocupações com menores níveis de especialização e escolaridade, destacam-se os saldos po-sitivos para operador de empilhadeira, embalador à mão, ajustador mecânico e instalador de linhas elétricas de alta e baixa tensão (rede aérea e subterrânea), na indústria de transformação, atendente de lojas e mercados, recepcionista em geral, atendente de farmácia – balconista e vigia, nos serviços e no comércio.

As informações da Tabela 2 evidenciam, ainda, as elevadas movimentações de admissões e desligamentos, característica dos mercados de trabalho do país, bem como o fato de que nem sempre as ocupações com maiores saldos são as que re-gistram as maiores movimentações de admissões e desligamentos.

1. Os dez grandes grupos da CBO, representados pelo primeiro algarismo do código das Tabelas 2 e 3, foram agregados por nível de competência e similaridade das atividades executadas e são os seguintes: 0- Forças Armadas, policiais e bombeiros militares; 1- Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas e gerentes; 2- Profissionais das ciências e das artes; 3- Técnicos de nível médio; 4- Tra-balhadores de serviços administrativos; 5- Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados; 6- Trabalhadores agropecuários, florestais, da caça e pesca; 7- Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (de processos discretos); 8- Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (de processos contínuos); e 9- Trabalhadores de manutenção e reparação.

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EMPREGO FORMAL: RM do Vale do Paraíba e Litoral Norte 2o trimestre de 2015SEADE

Em contraposição, a Tabela 3 traz as 20 ocupações com os maiores saldos nega-tivos no mesmo período, as quais representaram 29,2% do total de admissões e 32,9% dos desligamentos na região.

Com exceção da ocupação inspetor de qualidade, pertencente ao grande grupo 3 da CBO, que requer ensino médio, curso técnico e de especialização, as maiores reduções no emprego ocorreram para as ocupações com menores exigências de especialização e escolaridade, como alimentador de linha de produção, operador de produção (química, petroquímica e afins), soldador, eletricista de instalações, pren-sista (operador de prensa), costureiro na confecção em série, pedreiro, operador de máquinas fixas em geral e operador polivalente da indústria têxtil, na indústria de transformação, almoxarife, operador de telemarketing receptivo, vigilante, opera-dor de telemarketing ativo e receptivo, vendedor de comércio varejista, operador de caixa, faxineiro, camareiro de hotel, porteiro de edifícios e cozinheiro geral, nos serviços e no comércio.

Tabela 2Ocupações com maiores saldos positivosRM do Vale do Paraíba e Litoral Norte – abril-junho 2015

Código CBO Ocupações Admissões Desligamentos Saldo

7822-20 Operador de empilhadeira 586 292 2942332-25 Professor instrutor de ensino e aprendizagem em serviços 181 24 1573341-10 Inspetor de alunos de escola pública 288 131 1577841-05 Embalador, a mão 502 370 1323222-05 Técnico de enfermagem 436 350 863341-15 Monitor de transporte escolar 107 27 802532-25 Operador de negócios 232 162 703714-10 Recreador 105 42 632124-20 Analista de suporte computacional 117 62 553222-30 Auxiliar de enfermagem 325 277 485211-40 Atendente de lojas e mercados 244 196 484221-05 Recepcionista, em geral 839 793 463311-05 Professor de nível médio na educação infantil 82 38 443911-15 Controlador de entrada e saída 367 323 442235-05 Enfermeiro 208 165 437250-10 Ajustador mecânico 152 111 413312-05 Professor de nível médio no ensino fundamental 90 52 385211-30 Atendente de farmácia – balconista 208 173 357321-20 Instalador de linhas elétricas de alta e baixa tensão (rede aérea

e subterrânea) 60 25 355174-20 Vigia 208 174 34

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged; Fundação Seade.

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EMPREGO FORMAL: RM do Vale do Paraíba e Litoral Norte 2o trimestre de 2015SEADE

Tabela 3Ocupações com maiores saldos negativosRM do Vale do Paraíba e Litoral Norte – abril-junho 2015

Código CBO Ocupações Admissões Desligamentos Saldo

7842-05 Alimentador de linha de produção 963 1.482 -5198131-25 Operador de produção (química, petroquímica e afins) 91 605 -5144141-05 Almoxarife 493 859 -3664223-15 Operador de telemarketing receptivo 440 775 -3355173-30 Vigilante 294 551 -2574223-10 Operador de telemarketing ativo e receptivo 383 629 -2467243-15 Soldador 187 400 -2137156-15 Eletricista de instalações 211 418 -2075211-10 Vendedor de comércio varejista 4.486 4.677 -1917245-15 Prensista (operador de prensa) 9 199 -1903912-05 Inspetor de qualidade 109 276 -1674211-25 Operador de caixa 1.532 1.688 -1567632-10 Costureiro na confecção em série 37 193 -1567152-10 Pedreiro 1.295 1.436 -1418621-50 Operador de máquinas fixas, em geral 118 259 -1415143-20 Faxineiro 2.056 2.186 -1305133-15 Camareiro de hotel 381 501 -1205174-10 Porteiro de edifícios 825 936 -1115132-05 Cozinheiro geral 1.073 1.176 -1037610-05 Operador polivalente da indústria têxtil 33 135 -102

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged; Fundação Seade.