ritos adotados pelo gob marcos josé santos da silva

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    SIMBOLISMOS DO RITO ADONHIRAMITA

    IrMarcos Jos Santos da Silva Or de Niteri -RJ

    INTRODUO

    Na ritualstica Adonhiramita encontramos vrios simbolismos que, aparentemente, tm pouco significado para alguns Obreiros do Rito, ou mesmo nenhum significado para os Maons praticantes de outros Ritos, devido ao escasso conhecimento destes, dos grandes ensinamentos contidos nos mesmos, mas que so de muita importncia a sua compreenso, por se destinarem a aprimorar o nosso interior e nos levar a um real entendimento dos objetivos dos trabalhos manicos. Analisaremos alguns destes simbolismos, no que se refere apresentao exterior, sempre preservando ou salvaguardando os mistrios contidos em nossas Iniciaes Simblicas, as quais estamos impedidos de comentar por estarem sob juramentos. Iniciaremos traando alguns comentrios sobre o simbolismo do traje Adonhiramita. O traje do Rito, como o de todos os Maons, o terno preto liso, cinto, sapato e meia pretos e camisa, gravata e luva brancas. Os itens que destacam os Maons Adonhiramitas so as luvas e as gravatas brancas, sendo estas do tipo corrida nas Sesses Ordinrias, e tipo borboleta nas Sesses Magnas, obrigatrias para todos os Obreiros, os Aventais, o Chapu e a Faixa com a sua respectiva Jia designativa da sua qualidade, usadas pelos Mestres Maons, quando sem cargo em Loja ou em visita a outras Lojas. Os Mestres com Cargo em Loja, devem substituir a Faixa pelo Colar Azul-Celeste trazendo a Jia designativa do seu cargo, conforme o estabelecido no Ritual do Grau 1-Adonhiramita, que tambm relembra que o Balandrau s permitido ser usado ritualisticamente, pelo Irmo encarregado da recepo dos Candidatos nas Sesses Magnas de Iniciao, no devendo ser usado nas demais reunies.

    AS LUVAS BRANCAS

    A representao simblica do uso das Luvas Brancas est contida nas palavras do Mestre-de-Cerimnias ao fazer o convite para os Obreiros ingressarem no Templo para o incio dos trabalhos, quando diz: "Se desde a Meia-Noite, quando se encerraram nossos ltimos

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    trabalhos, conservastes as mos limpas, calai as vossas luvas". Esta sentena nos remete ao ato praticado pelos Mestres Eleitos na lenda da construo do Templo de Salomo, quando os mesmos calaram luvas de pele brancas, para demonstrar que suas mos estavam limpas e puras, ou que eram inocentes do fato ocor- rido na lenda. Esta simbologia tambm apresentada nas Cerimnias de Iniciao, quando feita a entrega das Luvas Brancas aos novos Nefitos, e Ihes dito para nun- ca manchar a sua brilhante alvura nas guas lodosas do vcio, por elas representarem a candura que deve reinar na alma do homem de bem e a pureza de nossas aes.

    AS GRAVATAS BRANCAS

    A representao simblica, do uso das gravatas brancas, tambm nos reporta lenda da construo do Templo de Salomo, quando do sbito desaparecimento do Mestre Arquiteto, quando o Adonhiramita no apresenta o sentimento exterior de luto, mas sim a nossa alegria e jbilo ao recebermos o novo Mestre Maom, quando este se levanta do tmulo simblico e aclamamos Vivat, Vivat, Vivat, (pronuncia-se viv) acreditando-se que este novo Mestre Simblico recebe verdadeiramente o Esprito Manico, esprito de tolerncia e amor fraterno, tornando aquela situao triste em situao festiva, estan- do, portanto, o uso da gravata branca, simbolicamente, associado a um ato de alegria pela presena da Luz na vida manica do novo Mestre Iniciado.

    OS AVENTAIS

    Os Aventais Adonhiramitas usados nos Graus Simblicos so, como os de todos os Maons, as peas essenciais da vestimenta manica, porque s com eles o Maom estar convenientemente vestido para participar das Sesses Ritualsticas. Os nossos Aventais modernos originaram-se dos Aventais usados nos Rituais do antigo Egito e foram se modificando ao longo dos anos, at chegarem forma atual. Todos os Aventais Adonhiramitas so, simbolicamente, de pele branca, como smbolo de pureza. O Avental do Aprendiz todo branco, simbolizando a sua inocncia, usado com a abeta levantada, de maneira que forme uma figura de cinco pontas, ou seja, um tringulo sobre um quadrado, significando que nesta etapa a matria deve ser trabalhada ou lapidada. O Companheiro Adonhiramita usa um Avental Branco debruado de azul-celeste, que indica que nesta etapa o azul do cu comea a tingir a brancura do mesmo para que a sua inocncia comece a ser substituda, at certo ponto, pelo conhecimento. A abeta rebaixada, simbolizando que o esprito est atuando na matria, e apresenta a estrela rutilante, smbolo do homem quntuplo, tambm na cor azul-celeste bordada na mesma. O Companheiro Adonhiramita usa tambm nos trabalhos, um Colar estreito branco, com contorno externo debruado de azul-celeste, portando uma estrela rutilante prateada como Jia. O Avental do Mestre Maom Adonhiramita tambm branco orlado com debrum azul, apresenta um olho cercado de resplendor bordado na abeta dentro de um tringulo eqiltero e no corpo do Avental apresenta um Compasso sobreposto a um

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    Esquadro coma letra "G" no centro, e ramos de Accia servindo de or- nato, tudo isto simbolizando a imortalidade da alma do Mestre e que o esprito est predominando sobre a matria.

    O CHAPU

    O uso do Chapu na Maonaria bem antigo; estes, conforme nos narra a histria, surgiram para substituir as antigas carapuas usadas na Idade Mdia. Os Chapus foram primeiro usados pelos egpcios na Antigidade e posteriormente pelos gregos que usavam um chapu de palha de fundo pontudo que era denominado de "THOLIA", e s se tem conhecimento do seu uso na Europa aps o sculo XVII. Na Maonaria, o Chapu passou a ser usado a partir do sculo XVIII como smbolo hierrquico e esotrico. Naquela poca, em Lojas de Aprendiz e Companheiro, s o Venervel tinha o privilgio de usar o Chapu dentro da Oficina. Este procedimento at hoje observado pelo REAA, praticado pelas Grandes Lojas. Esta prtica era realizada como Smbolo de superioridade do Venervel sobre os demais Obreiros, porm, em Sesso de Cmara do Meio, todos os Mestres permaneciam com o Chapu na cabea como Sinal de Igualdade. O costume de somente o Venervel usar o Chapu em Loja nos Graus inferiores, deve ter tido origem no Cerimonial das Cortes daquela poca, onde estando o rei presente, somente ele tinha o direito de estar coberto, pois o Chapu era o emblema de soberania. Como o Venervel representa o rei Salomo, s ele tinha o direito de usar o Chapu nos Graus inferiores. Na Cmara do Meio, porm, o Venervel apenas o presidente de uma assemblia de pares, igualando-se a todos os presentes. Esotericamente, o Chapu destina-se a cobrir os cabelos dos Obreiros em Loja, por estes serem receptores de vibraes sutis; e, cobrindo a cabea, o Mestre se protege e demonstra que nada mais tem a receber, isto , que chegou plenitude manica ou verdadeira iniciao simblica. Esta prtica observada nas mais diversas filosofias religiosas ou no, quando seus lderes usam uma cobertura sobre a cabea ou at mesmo raspam a cabea para no sofrerem influncias externas, fato este que observamos nas filosofias orientais, no judasmo, no islamismo e nas igrejas catlicas e ortodoxas, nos cultos afro-brasileiros e em diversas seitas, onde so usados turbantes, solidus, tiaras, mitras, etc. Atualmente, os Mestres s se cobrem nas Sesses de Cmara do Meio, exceto no Rito Schrder em que todos os Obreiros se cobrem desde Aprendiz. E no Rito Adonhiramita, onde todos os Mestres usam o Chapu em todas as Sesses de Graus Simblicos, afirmando assim que so ca pazes de segurar o primeiro Malhete da Loja e de comportarem-se, quando for o caso, como dignos soberanos Iniciados. importante relembrar que devemos nos descobrir toda vez que seja feita meno ao GA D U em Loja, na abertura e fechamento do Livro da Lei e em sinal cvi- co e de respeito nas execues do hino nacional e da bandeira.

    CERIMNIA DE INCENSAO

    O procedimento para a realizao da Cerimnia de Incensao encontra- se minuciosamente detalhado no Ritual do Aprendiz Maom Adonhiramita, e tem por objetivo preparar os Obreiros para a obra que vo efetuar. O incenso usado na Cerimnia tende a purificar aquela parte da natureza do homem chamada Corpo Astral ou Emocional, devido irradiar vibraes intensamente purificadoras.

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    O uso de incenso inteiramente cientfico, pois sabemos que no h matria morta porque todos os seres e todas as coisas da natureza possuem e irradiam suas vibraes e combinaes de vibraes. O Cerimonial visa ento tornar o ambiente em Loja calmo e sossegado, estabilizando as nossas emoes, para nos capacitar a responder as influncias Superiores, dissipando nossas ansiedades, preocupaes e desejos oriundos do mundo profano.

    H aqueles que demonstram preconceito contra o uso do incenso, por o suporem exclusivos das cerimnias religiosas, porque unicamente nelas o tem visto ser usado. Mas aqueles que estudam ou freqentam outras entidades ou ordens de cunho filosfico e esotrico, sabem que todas elas usam o incenso, numa ou noutra forma, por conhecerem os seus efeitos benficos. Por que ns no o haveramos de usar, se os trabalhos em Loja visam expandir e elevar a nossa conscincia? Devemos pois nos esforar para colocar-nos em boas condies mentais e emocionais, e o incenso oferece uma fortalecedora corrente vibratria que nos ajudar a manter o equilbrio e alcanar a calma e a estabilidade que necessitamos para realizar os nossos trabalhos. Recomendamos que todo Irmo incline respeitosamente a cabea ao receber a incensao, principalmente os Irmos situados nas colunas, como prova de que dedica toda a sua fora e vigor ao Grande Arquiteto do Universo e a sua obra.

    CERIMONIAL DO FOGO

    Este Cerimonial na realidade tem seu incio antes da abertura da Loja, quando a Chama Sagrada que ir presidir os trabalhos reanimada pelos quatro Irmos, que simbolicamente representam os quatro pontos cardeais, que adentram o Templo antecipadamente para este fim.

    A Chama Sagrada o emblema do Sol que o smbolo visvel ou do mundo fsico da divindade que nos emite continuamente sua energia como luz e calor, sem os quais no haveria vida no planeta.

    O Cerimonial do Fogo tem, portanto, o propsito de se levar simbolicamente estas energias, luz e calor, para as regies do orbe terrestre que o Templo representa, indo do Oriente para o Ocidente no seu acendimento, e realizado no sentido oposto no seu adormecimento porque o Sol tem no Ocidente o seu ocaso.

    Compreende-se muito pouco o significado do fogo nas Cerimnias Manicas, mas sabemos que uma vela acesa com intento religioso equivale a uma orao, e sempre atrai do alto um fluxo de energia positiva. Entendemos que as frases pronunciadas pelo Venervel Mestre e pelos Vigilantes por ocasio do acendimento das chamas, tm o objetivo de atrair estes fluxos de energias, por eles representarem simbolicamente cada qual um aspecto do Logos. Quando o Venervel Mestre diz: "Que a luz da sua Sabedoria ilumine os nossos trabalhos" importante que todos os Irmos o auxiliem nesta invocao ou esforo para atrair o Aspecto Divino do Amor-Sabedoria para derramar-se sobre todos em Loja. Da mesma maneira quando o Primeiro Vigilante diz: "Que a luz de sua Fora nos assista em nossa obra",

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    todos devem pensar intensamente no Aspecto Fora-Vontade Divina, desejando que esta energia flua por seu intermdio; e, por ltimo, quando o Segundo Vigilante diz: " Que a luz da sua Beleza se manifeste em nossa obra", devemos pensar no Aspecto Beleza-Inteligncia Divina fluindo para todos atravs dele. Isto deve ser consolidado ao invocarmos "Que assim seja" aps o pronunciamento das referidas frases. O mesmo procedimento deve ser observado por ocasio do adormecimento do fogo quando invocado "Que a luz da sua beleza continue flamejante em nossos coraes", pelo Segundo Vigilante, "Que a luz da sua fora permanea atuante em nossos coraes", pelo Primeiro Vigilante, e "Que a luz da sua sabedoria habite em nossos coraes" pelo Venervel Mestre, sendo o Cerimonial totalmente concludo ao ser adormecida a Chama Sagrada, aps a sada de todos os Irmos do Templo, pelos mesmos Irmos que realizaram o seu avivamento no incio dos trabalhos.

    Sabemos que igualmente ao Sol que derrama incessantemente sua luz e calor indistintamente sobre toda a humanidade, o Grande Arquiteto do Universo emite continuamente suas energias, e a ns compete abrir o canal para es- tas energias e a realizao do seu servio. Observamos que estas Cerimnias so executadas exatas e de maneira brilhante, mas vrios Irmos no percebem a importncia do pensamento nele con- centrado e a compreenso de todo o seu alcance e significado. Devemos pois trabalhar com amor e abnegao, rogan- do as bnos do Grande Arquiteto do Universo para que alcancemos a verdadeira iluminao.

    CARACTERSTICAS DOS TEMPLOS ADONHIRAMITAS

    Como sabemos, todos os Templos Manicos so representaes simblicas do templo mandado construir pelo Rei Salomo, conforme o relato contido nas Escrituras Sagradas nos livros de Reis I e Crnicas 11, e que representam tambm, simbolicamente, o macro e o microcosmo, com o seu plano representando a superfcie da terra com o universo a sua volta simbolizando o macrocosmo, e tendo deitado sobre esta mesma superfcie a figura de um homem simblico a ser desenvolvi- do, simbolizando o microcosmo.

    No Templo Adonhiramita a figura deste homem simblico e apresentado contemplando o universo, ou seja, em decbito dorsal, com as pernas no ocidente levantadas a 90 graus, que so representadas pelas colunas do Templo, onde direita, que deve ser o primeiro lado do corpo a ser desenvolvido, ns chamamos de coluna "J" e a da esquerda de coluna "B", ficando geograficamente a coluna "J" ao Norte e a coluna "B" ao Sul, sendo por este motivo que o Adonhiramita adentra o Templo com o p direito e da troca das posies das colunas do Templo em relao aos outros Ritos.

    A cabea deste homem simblico representado est posicionada no Oriente, sendo a sua conscincia simbolizada pelo Livro da Lei depositado sobre o Altar dos Juramentos, ali situado, juntamente com o Esquadro e o Compasso, que regulam o nosso modo de agir, estando iluminado pela Chama Sagrada de onde simbolicamente emana toda a Luz.

    DISPOSIO DOS LUGARES EM LOJA

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    Observando-se a marcha do sol, e considerando-se o Templo Manico como o macrocosmo, em relao terra, vemos que este nasce no Oriente, o Leste terrestre, onde est colocado o Venervel Mestre, passa pelo Sul, ao meio-dia, onde esto colocados os Companheiros Maons, e se pe no Ocidente mais ao Norte, no Setentrio ou plo norte, que o local menos iluminado da terra e, conseqentemente, do Templo, e o local onde so colocados os Aprendizes, considerando que estes receberam uma luz muito fraca no estando em condies de receber maior claridade. Nesta coluna est colocado o Segundo Vigilante, responsvel de transmitir as instrues aos Irmos Aprendizes. Na coluna do Sul est colocado o Primeiro Vigilante, responsvel pelas instrues dos Irmos Companheiros.

    Os Mestres Maons ocupam a Cmara do Meio, que permanentemente ilumina- da, ficando em plenitude com o universo, e expandindo as suas conscincias de acordo com seus livres-arbtrios ou vontade, uma vez que as suas personalidades que vo arbitrar os rumos que devem seguir, estando as suas disposies todos os recursos que a Maonaria oferece como a mais perfeita Escola de Filosofia e de Doutrina Moral que existe, que visa ao aprimoramento do ser humano para que seja alcanada a Fraternidade Universal ou as corretas relaes humanas.

    O local dos Altares do Venervel Mestre e dos Vigilantes forma um tringulo issceles, com o vrtice principal para cima, que simbolicamente representa os trs atributos da Divindade ou Trade Superior que so a Sabedoria, a Fora e a Beleza. Outro tringulo issceles com o vrtice principal para baixo, tambm formado pela disposio dos Altares do Orador e do Secretrio e o local do Cobridor Interno, que deve se situar na linha imaginria que divide o Norte e o Sul ficando em frente ao Venervel Mestre no eixo Oriente/Ocidente, este tringulo representa a Personalidade ou a Trade Inferior, que so o corpo mental inferior, o corpo astral ou emocional e o corpo fsico, que so representados pelos ocupantes dos cargos acima citados.

    Estes dois tringulos entrelaados dentro de um crculo que no Templo representado pela expanso da luz da lmpada mstica que fica suspensa no centro do Templo, formam a representao do que chamamos Selo de David, que o Smbolo do Iniciado. Este ponto central do Templo, onde se situa a lmpada mstica, juntamente com os pontos dos vrtices dos tringulos superior e inferior, representam os sete centros de fora do Homem Simblico ou microcosmo e, como preconiza a Lei Hermtica de que o que est em cima semelhante ao que est embaixo, conclumos afirmando que o Templo Manico Adonhiramita a mais perfeita representao do Homem Iniciado em unio com o Grande Arquiteto do Universo.

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    O RITO BRASILEIRO (*)

    O Rito Brasileiro est fincado nos pressupostos da Ordem, referente regularidade, legalidade e legitimidade. Acata os landmarques e demais postulados tradicionais da Maonaria, com os usos e costumes antigos. Proclama a glria do Deus Criador e a Fraternidade dos homens. Estabelece a presena, nas suas sesses, das Trs Grandes Luzes: o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso e emprega os smbolos da construo universal. Pode, dessa forma, ser praticado em qualquer pas.

    Tem, como base ritualstica, a da Maonaria Simblica (graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre) sobre a qual se eleva a hierarquia filosfica de 30 altos graus (graus 4 a 33).

    O Rito Brasileiro evoluo, futuro, cano do futuro. No prembulo da Constituio de 24 de junho de 2000, alm da caracterstica dos elementos inspiradores, h normas precisas, na seguinte redao:

    - Ns, os Membros Efetivos do Supremo Conclave do Brasil, reunidos em funo Constituinte para instituir uma Potncia Manica soberana, legtima e legal - destinada a cumprir as exigncias de Regularidade internacional; permitir s

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    suas Oficinas o exerccio pleno da defesa dos direitos da pessoa humana, sem preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade e quaisquer formas de discriminao; condenar a explorao do homem, a ignorncia, a superstio e a tirania; proclamar que o direito ao trabalho, tolerncia, livre manifestao do pensamento e de expresso constituem apangios da Franco-Maonaria, cujo fim a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, tendo a Justia como valor inexcedvel da sociedade humana fundada na harmonia social e comprometida com a soluo pacfica das controvrsias promulgamos, sob o imprio da Razo e a proteo do Supremo Arquiteto do Universo, a seguinte CONSTITUIO DO RITO BRASILEIRO DE MAONS ANTIGOS, LIVRES E ACEITOS.

    Efetivamente, a partir do prembulo da Carta vigente, o Rito Brasileiro orienta suas Oficinas e seu contingente manico no

    exerccio pleno da defesa dos direitos da pessoa humana, sem preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade e quaisquer formas de discriminao; combate explorao do homem, ignorncia, superstio e tirania; valor inexcedvel da sociedade humana fundada na harmonia social e comprometida com a soluo pacfica das controvrsias. Isso implica justia social e, antes de tudo, soluo de problemas como fome, subnutrio, doena e desabrigo; imprio da Razo que, no contexto do mercado livre, pode ser ferramenta para a diviso harmoniosa dos recursos e das riquezas. Isso realizaria a justia social perptua e dissiparia os temores de catastrfico neo-maltusianismo.

    O Rito Brasileiro produto da doutrina, da inteligncia e da sabedoria de todos os Ritos que se acomodam sob o Plio do GOB, isto , dos Ritos Escocs, de York, Schreder, Adonhiramita e Moderno.

    Prova disso que o Rito foi fundado, reconhecido, consagrado e autorizado pelo GOB, por Decreto do Gro-Mestrado, Resolues da Soberana Assemblia Federal Legislativa e decises do Conselho Geral da Ordem (atual Suprema Congregao).

    Mediante Decreto, o GOB determinou que o Rito Brasileiro acompanhe a evoluo humana. Assim, lvaro

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    Palmeira, na condio de Gro-Mestre Geral do GOB deixou, nas consideranda, do Decreto n 2.080, de 19.03.1968, expresses assim:

    12. Considerando que a Maonaria, sem perder esse carter principal, intrnseco e caracterstico de Instituio Inicitica de formao moral e filosfica, deve, entretanto, est presente ao estudo dos problemas da civilizao contempornea e neles intervir superlativamente, para que a Humanidade possa encaminhar-se, sobre o suporte da Fraternidade, a um mundo de Justia, Liberdade e Paz, porque no h antagonismo entre a Verdade e a Vida.

    E, como assinala ANTNIO CARLOS SIMES, em livro indito:

    - J em fins dos anos 60, quando comeavam os estudos para implantar a Nova Ordem Mundial, o neoliberalismo, o Supremo Conclave estava consciente de que se esgotara o perodo iniciado em 1717; era preciso dar incio ao quarto perodo da Maonaria. Muitas barreiras foram ultrapassadas.

    O QUE O RITO BRASILEIRO

    um Rito Regular, Legal e Legtimo, porque acata os Landmarques e demais Princpios tradicionais da Maonaria, os Usos e Costumes antigos; proclama a glria do Deus Criador e a fraternidade dos homens; estabelece a presena nas Sesses das Trs Grandes Luzes: o Livro da Lei Sagrada, o Esquadro e o Compasso; e emprega os smbolos da construo universal, podendo assim ser praticado em qualquer Pas.

    Sua base a Maonaria Simblica universal de So Joo (graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre). Sobre ela se eleva a Hierarquia de 30 Altos Graus (do grau 4 ao 33).

    O Rito Brasileiro concilia a Tradio com a Evoluo, para que, assim, a Maonaria no se torne uma fora esgotada.

    Especializa-se no cultivo da Filosofia, Liturgia, Simbologia, Histria e Legislao manicas e estuda todos os grandes problemas nacionais e universais com implicaes

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    ou conseqncias no futuro da Ptria e da Humanidade. Realiza a indispensvel cultura doutrinrio-manica e tambm a cultura poltico-social dos Obreiros.

    Impe a prtica do Civismo em cada Ptria, porque a Maonaria supranacional, mas no pode ser desnacionalizante.

    O Rito Brasileiro conviver fraternalmente com todos os Ritos Regulares, atravs da inter-visitao e da inter-filiao. O Rito exige dos Obreiros a Vida Reta e o Esprito Fraterno e suas legendas so: - URBI ET ORBI e HOMO HOMINI FRATER.

    HISTRIA DO RITO BRASILEIRO

    Fala-se que o Rito Brasileiro teria tido uma origem aparentemente romntica em Pernambuco, quando o comerciante e maom Jos Firmo Xavier pertencente Grande Loja Provincial de Pernambuco, provavelmente pertencente ao Grande Oriente do Passeio, no sculo XVIII, segundo alguns autores em 1878 e segundo outros em data muito anterior ou seja mais ou menos em 1848, o qual com um contingente alm dele e mais 837 maons, elaboraram uma Constituio Especial do Rito Brasileiro, colocando o mesmo sob a tutela de D. Pedro II e do Papa. Existem depositados na Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro, dois documentos que pertenceram D. Pedro II que nos do informaes sobre esta entidade e que tem o seguinte enunciado:

    ConstMa do Esp Rit Brazde Nob e Aug Caz Cor Liv sob os Ausp de SMISDPSIB meu Alt e PodGrda OrdBraz em todo o Circulo do Imprio Brazileiro, offerecido SMIDPSI do BrazAlt e PodSenGrMest da Ordem Brazileira.

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    Entretanto, a D.Pedro II que nunca foi maom, Jos Firmo Xavier lhe outorgou o grau 23, e o considerava o Grande Chefe Protetor, quanto a si, auto-intitulou-se Grande Chefe Propagador ad vitam sendo que, no caso de seu falecimento seria substitudo por um Grande Chefe Conservador. Seno estranho, todavia, muito curioso e interessante.

    Tratam-se tais documentos de manuscritos que foram oferecidos ao Imperador, pensando que o mesmo aceitasse ser Gro-Mestre, ou, no mnimo, ser o Protetor deste movimento que pretendiam fundar. Entretanto, D.Pedro II, muito embora nunca tenha sido inimigo da Maonaria jamais pensou em ser maom. Guardou os documentos e posteriormente os entregou Imperatriz Dona Thereza Cristina Maria de Bourbon. Da a explicao porque estes documentos esto no Museu Nacional, felizmente at certo ponto, porque se estivesse em algum arquivo ou biblioteca de algum particular temos a certeza de que dificilmente teramos notcia desta preciosidade.

    Aquele Rito, naquela ocasio no vingou, porque, entre outras contradies, no aceitava que fossem iniciadas pessoas que no fossem nascidas no Brasil, mostrando um nacionalismo inconseqente e alm do mais, D. Pedro II no estava muito interessado em Maonaria, apesar de seu pai ter sido maom. Assim como, no teria lgica um rito manico se colocar sob a tutela do Imperador e do Papa.

    Estamos mencionando este fato mais como uma citao, diga-se de passagem, porm sem consider-lo como um movimento manico propriamente dito, e sim como uma sociedade secreta nos moldes da Maonaria para se colocar a servio do Imperador e da religio Catlica, talvez at com fins polticos, ou ainda para obter as benesses do governo imperial.

    Esta histria caiu no esquecimento e este Rito que pretendiam fundar no deu certo. Mas, aps iniciada a Primeira Grande Guerra Mundial em 1914, o Gro-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, o Soberano Irmo Lauro Sodr (Lauro Nina Sodr e Silva, nascido em 17.10.1858 em Belm

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    do Par e falecido no Rio de Janeiro em 16.06.1944 Iniciado na Loja Harmonia de Belm PA em 01.08.1888), atravs do Decreto n. 500 datado de 23.12.1914, determina, e, em reunio de 21.12.1914, o Ilustre Conselho Geral da Ordem aprovou o reconhecimento e incorporao do Rito Brasileiro entre os que compem o Grande Oriente do Brasil, com os mesmos nus e direitos, regido liturgicamente pela sua Constituio particular.

    Existem autores que ligam este fato militares nacionalistas. No nos parece provvel. Poderia at existirem militares ligados fundao do Rito, como sempre eles estiveram presentes no GOB em toda a sua existncia, no tanto por sua posio de militar, mas como verdadeiros maons e idealistas da Ordem. Este um fato inconteste que no se pode negar. Entretanto, o Rito no progrediu naquela poca, mesmo seguindo-se mais dois Decretos complementares impondo e confirmando a legalidade do Rito, assinados pelo Gro-Mestre Geral Adjunto o Almirante Verssimo Jos da Costa, que substituiu o Irmo Sodr aps a sua renncia para exercer o cargo de Governador do Par, ou seja, o Decreto n. 536, de 17.10.1916 em que ratificava o Decreto de Sodr afirmando em seu artigo 1. que: Fica reconhecido, consagrado e autorizado o Rito Brasileiro criado e incorporado ao Grande Oriente do Brasil pelo Decreto n. 500, de 23.12.1914, e o Decreto n. 554, de 13.06.1917, em seu artigo nico assim se referiu: Fica adotada e incorporada ao patrimnio da legislao do Grande Oriente do Brasil a Constituio do Rito Brasileiro contendo sua Declarao de princpios, Estatutos, Regulamentos, Rituais e Institutos.

    Percebe-se, assim, que este Irmo estava muito empenhado na fundao do Rito e que talvez possa ter sido o principal incentivador da fundao do mesmo. Deu-se, em seguida, um adormecimento temporrio, j que tudo o que havia sido resolvido apenas se restringia sua idealizao, sem, contudo, lojas fundadas, rituais, constituio etc.. Era, assim, mais um movimento, de um grupo de Irmos tentando fundar um novo Rito.

    Fala-se que em 1919 o ento Gro-Mestre Geral, o Irmo Nilo Peanha (Iniciado na Loja Ganganelli do Rio em 11.10.1901, tomou posse em 21.07.1917,como Gro-Mestre Geral do GOB. Havia sido Vice-Presidente da Repblica

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    gesto 1906/1910, quando substituiu o Presidente da Repblica Afonso Pena, por falecimento deste, no perodo de 14.06.1909 a 25.11.1910. Depois Senador em 1912 e Governador do Estado do Rio de Janeiro) teria assinado a 1 Constituio do Rito Brasileiro, definida como tendo o Rito 33 graus. Entretanto, no se confirma esta informao, pois lendo-se todos os Boletins do Grande Oriente do Brasil daquele ano, no existem quaisquer referncias ou publicaes a respeito. Imaginamos que uma deciso como esta teria que constar no Boletim Oficial daquela Potncia quer como Ato ou Decreto.

    Entretanto, o que se conseguiu constatar nos Boletins do GOB e em especial o de 11/1919 pgina 12, foi que, em reunio do Conselho Geral da Ordem, de 07.11 uma Loja do Rito Brasileiro de Recife comunicava a sua instalao em 26.10, tendo inclusive enviado, para fins de registro, uma nominata de sua administrao. Ainda no Expediente da reunio de 24.11 foi lida uma Prancha da Loja Provincial do Rito Brasileiro de Recife. Falaram a respeito vrios Irmos, entre eles o Irmo Octaviano Bastos , que segundo consta, fazia parte do grupo interessado em solidificar o Rito Brasileiro. Entretanto, esta Loja acabou sendo regularizada no Rito Adonhiramita, pois no haviam rituais, cobridor do grau, constituio etc..

    Em 1921, a Loja Campos Salles de So Paulo, fundada em 12.01.1921 hoje uma Loja pertencente ao Rito de Emulao, naquela poca dissidente do GOB, mandou imprimir um Ritual que nada mais era que um plgio do Ritual de Emulao (chamado impropriamente de Rito de York Ingls) com algumas adaptaes, com o nome de Rito Brasileiro.

    Neste perodo esta Loja no pertencia ao GOB, porque, segundo consta, teria havido fraude eleitoral no Poder Central, e o Grande Oriente Estadual de So Paulo sentindo-se lesado, em vista de tal problema, tornou-se dissidente, desligando-se do GOB e, uma vez independente, levou 62 (sessenta e duas) Lojas consigo nessa dissidncia.

    Em verdade, at 1921, no existiam Rituais do Rito Brasileiro, sendo que, para se compilar os trs primeiros graus usou-se como base o Ritual de Emulao traduzido do ingls por J.T. Sadler, em 1920 e impresso pelo Grande Oriente do Brasil. Estes Rituais foram adotados e aprovados

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    com algumas modificaes, pelo Grande Oriente Independente de So Paulo em 26.08.1921, como sendo do Rito Brasileiro. No se cogitou, nesta ocasio, dos graus superiores.

    A Loja Campos Salles aps serenados os nimos voltou ao seio do GOB, porm, trocando de Rito, primeiro para o REAA, logo depois para o de Emulao (York Ingls). Depois de iniciada a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) voltou-se novamente a falar em Rito Brasileiro.

    Em Sesso do Grande Conselho Geral do Grande Oriente do Brasil de 22.07.1940 (pgina 109 do Boletim n 7 e 8 de Julho e Agosto) na Ordem do Dia, usa da palavra o Capito Octaviano Bastos e procede a leitura da Constituio do Rito Brasileiro, a qual aprovada por unanimidade. O Projeto de Lei obtivera parecer favorvel da Comisso de Legislao dispondo: O Gro Mestre fica autorizado:

    1. A ativar o funcionamento do Rito Brasileiro, de conformidade com sua Constituio, e a iniciar a formao de seu Conclave, nomeando os seus primeiros fundadores. 2. A estimular a instalao da primeira Oficina do Rito, dispensando todas as taxas a que estiver sujeita e, bem assim os emolumentos dos trs primeiros profanos que nela se iniciarem. 3. Conceder favores idnticos s Oficinas que passarem a funcionar segundo o Rito Brasileiro, dentro do prazo de 180 dias renunciando o regime capitular. 4. Providenciar, junto ao Conclave, para que aos Maons Capitulares dessas Oficinas, sejam concedidos ttulos do Rito Brasileiro, correspondentes aos altos graus possudos, com o fim de constiturem os respectivos corpos.

    O Gro-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, Soberano Irmo Joaquim Rodrigues Neves, atravs do Ato n 1.617, de 03.08.1940, autoriza a organizao do Rito. Os mentores principais deste movimento foram o Irmo lvaro Palmeira, que viria posteriormente ser Gro-Mestre Geral do GOB e Octaviano Bastos, alm de outros. Realizaram trs reunies em 1940, quatorze em 1941, fundaram um Conclave em 17.02.1941, segundo Octaviano Bastos, constando da ata onze assinaturas como sendo os organizadores do Conclave e Fundadores do Rito.

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    Foram fundadas algumas Lojas, alm de outras que passaram a adotar o Rito, estabeleceram insgnias, colares dos cargos, criaram os aventais, medalhas e usaram aquele j citado Ritual de 1921. Era o novo Rito apesar das dificuldades, se impondo aos poucos, tal qual uma criana que est crescendo.

    Ainda em 1941 foi publicada uma Constituio contendo 19 artigos. O Ritual era uma cpia do Rito de York, acrescentando a Palavra de Passe para Cruzeiro do Sul e o Rito era ento composto de trs graus: Aprendiz Companheiro e Mestre e mais quatro ttulos de Honra: 4) Cavaleiro do Rito; 5) Paladino do Dever; 6) Apstolo do Bem Pblico; 7) Servidor da Ordem, da Ptria e da Humanidade

    Foi determinado que estes ttulos seriam equivalentes para os visitantes a saber; Cavaleiro do Rito - 4 - seria equivalente ao grau 18; Paladino do Dever - 5 - seria equivalente ao grau 30; Apstolo do Bem Pblico - 6 - seria equivalente ao grau 31; Servidor da Ordem da Ptria, e da Humanidade - 7 - seria equivalente ao grau 33. Em Sesso de Emergncia, havida no Rio de Janeiro, dia 18.09.1942, na Loja Brasil, Rito Brasileiro, foi iniciado sendo imediatamente elevado ao grau 03, por motivos polticos evidentemente, o Coronel Manoel Viriato Dornelles Vargas, irmo carnal do ditador Getlio Vargas, o qual tinha um outro Irmo tambm maom o Cel. Protsio Vargas.

    Acresa-se que o pai de Getlio Vargas, o General Manoel Nascimento Vargas, heri da Guerra do Paraguai, e combatente da Revoluo Federalista ao lado das foras legalistas, foi iniciado em So Borja no dia 24.08.1876, na Loja Vigilncia e F.

    Entretanto, o Gro-Mestre Geral Joaquim Rodrigues Neves, posteriormente, por problemas havidos com os mais importantes membros do Rito Brasileiro atravs dos Decretos 1843,1844 e 1845 datados de maro de 1944 suspende os direitos manicos de vrios Servidores da Ordem e da Ptria e entre eles os do Irmo lvaro Palmeira, seu Gro-Mestre Geral Adjunto, do Irmo Capito Octaviano Menezes Bastos, Alexandre Brasil de Arajo, Carlos Castrioto e do Coronel Dilermando de Assis, todos considerados como organizadores e fundadores do Rito em 1940. Estava

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    acontecendo mais uma briga interna no GOB, com situaes complexas que no vem ao caso coment-las. lvaro Palmeira e seu grupo funda, ento, a Grande Loja do Estado do Rio de Janeiro, quando, em 1948, ele passa a fazer parte do Grande Oriente Unido, outra Potncia dissidente a qual foi finalmente incorporada ao Grande Oriente do Brasil em 22.12.1956. Tudo voltou ao normal, quando, algum tempo aps, o Irmo lvaro Palmeira e seus seguidores voltaram ao GOB, desta feita, politicamente fortes.

    Somente em 13.03.1968, o Irmo lvaro Palmeira, ento Gro-Mestre do Geral do GOB, que sempre batalhou pelo Rito, baixou o Ato n 2.080, renovando al os objetivos do Ato n 1617, de 1940. Com o apoio, agora firme, do Gro-Mestre Palmeira foi mais fcil o Rito tornar-se uma realidade, comeando, assim, a crescer. Foi talvez o renascimento do Rito, qui considerado por alguns autores como o ano de sua verdadeira fundao. Podemos dizer que, a partir da, realmente o Rito comeou a se encontrar. lvaro Palmeira fez as alteraes que deveriam ser feitas, deu nova feio aos Rituais com emendas na Constituio e outras providncias, nomeou uma comisso de 15 Irmos com amplos poderes para revisar e reestruturar todo o Rito, para coloc-lo dentro das exigncias internacionais para se tornar um Rito regular, dando-lhe uma abrangncia universal, separando os graus simblicos dos filosficos.

    Decorre, ento, que em 10.06.1968 foi firmado um Tratado de Amizade e Aliana entre o GOB e o Supremo Conclave do Brasil do Rito Brasileiro e ratificado pela Soberana Assemblia Federal Legislativa em 27.07.1968. Em 1973, infelizmente, ocorreu mais uma grave ciso na Maonaria Brasileira.

    Aps desentendimentos entre a cpula do GOB e alguns Gro-Mestres Estaduais, cerca de dez Grandes Orientes se desligaram do GOB, constituindo a hoje chamada COMAB (Confederao da Maonaria Brasileira).

    Convm frisar que o Rito Brasileiro patritico sem, contudo, ser nacionalista. Tanto verdade que ele prega que Constitui um dos altos objetivos do Rito o incentivo e a prtica do Civismo em cada Ptria. Desde que adaptado, poder ser praticado como sendo o Rito de qualquer pas que o recepcione. Os graus superiores do Rito so

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    transparentes, modernos, objetivos, fluentes e de belssima liturgia. Alm de seu desenrolar ser escrito em linguagem moderna e bastante compreensvel.

    um Rito Testa e a sua concepo de Deus que ele seja o Supremo Arquiteto do Universo, e no Grande Arquiteto do Universo, pois grande no define bem e com profundidade a idia de Deus, uma vez que grande um epteto muito usado freqentemente para definir coisas imensas. Porm, se respeita as concepes de outros Ritos sem quaisquer restries. O Rito Brasileiro hoje uma realidade, e, apesar de todos os seus percalos, ele est a, ele existe e sempre existir, e vai continuar crescendo dentro de seu espao, sem molestar ou interferir na prtica dos outros Ritos, os quais respeita, sem contest-los.

    Atualmente o Rito possui trinta e trs graus, a saber:

    GRAUS SIMBLICOS

    1. Aprendiz

    2. Companheiro

    3. Mestre

    GRAUS FILOSFICOS

    4. Mestre da Discrio

    5. Mestre da Lealdade

    6. Mestre da Franqueza

    7. Mestre da Verdade

    8. Mestre da Coragem

    9. Mestre da Justia

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    10. Mestre da Tolerncia

    11. Mestre da Prudncia

    12. Mestre da Temperana

    13. Mestre da Probidade

    14. Mestre da Perseverana

    15. Cavaleiro da Liberdade

    16. Cavaleiro da Igualdade

    17. Cavaleiro da Fraternidade

    18. Cavaleiro Rosa-Cruz ou da Perfeio

    19. Missionrio da Agricultura e da Pecuria

    20. Missionrio da Indstria e Comrcio

    21. Missionrio do Trabalho

    22. Missionrio da Economia

    23. Missionrio da Educao

    24. Missionrio da Organizao Social

    25. Missionrio da Justia Social

    26. Missionrio da Paz

    27. Missionrio da Arte

    28. Missionrio da Cincia

    29. Missionrio da Religio

    30. Missionrio da Filosofia. Kadosh Filosfico

    31. Guardio do Bem Pblico

    32. Guardio do Civismo

    33. Servidor da Ordem da Ptria e da Humanidade

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    Distribuio de Graus

    Estes graus se distribuem atravs da vrias Oficinas litrgicas da seguinte maneira:

    1. Sublimes Captulos (Graus 4 ao 18) dedicados Cultura Moral

    2. Grandes Conselhos Filosficos (Cmaras dos graus 19 a 30 Kadosh) dedicados cultura artstica, cientfica, tecnolgica, e filosfica.

    1. Altos Colgios (graus 31 e 32) dedicados cultura cvica

    2. Supremo Conclave dedicado sntese humanstica.

    O RITO BRASILEIRO E SUA RITUALSTICA

    II - 1 - TRAJE

    O traje do Maom, no Rito Brasileiro, composto de terno, sapatos e meias pretas; camisa branca; gravata de padro adotado pelo Rito (bord, lisa, sem ornamentos), (o terno azul marinho admitido). Os demais esclarecimentos esto no RGF e na Legislao Manica vigente. Admite-se o uso do balandrau art. 110, 1 - RGF (veste talar, longo, de mangas compridas, na cor preta, sem insgnia ou smbolo estampados), desde que usado com cala preta ou azul marinho, sapato e meias pretas. Deve-se ressaltar que, originalmente, o verdadeiro traje manico o Avental, smbolo do trabalho, sem o qual o Maom considerado desnudo.

    Exclusivamente o V M usar em todas as sesses dos Graus Simblicos o Avental de sua dignidade e uma Estola (padro do Rito).

    O Venervel e os Vigilantes usaro nas sesses magnas os punhos (padro do Rito).

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    OBS.: Os Ex-Venerveis usaro nas sesses apenas o Avental de MI, com a respectiva jia.

    II - 2 - CIRCULACO EM LOJA E SAUDACO

    A circulao em Loja aberta feita com passos natura e sem os Sinais de Ordem e de Obedincia (muitos maons de nosso rito acham que tm de andar com o Sinal de Obedincia, o que no procede). Trata-se de uma prtica que impem ordem e disciplina aos trabalhos.

    Para circular em Loja h regras bsicas essenciais que devem ser adotadas em todos os graus simblicos, ressalvados os procedimentos prprios dos mesmos.

    No Ocidente, caminha-se sempre virando direita (dextrgiro), contornando-se a Loja. Um giro completo seria: passar ao lado do 1 Vigilante, ir at as escadas do Oriente, passar em frente ao 2 Vigilante, passar ao lado do 1 Vigilante, sem formar esquadrias nas converses. No Oriente, se mantm o dextrgiro, contornando o Altar dos juramentos, salvo expressa cominao do ritual.

    Saudar o Venervel Mestre antes de subir os degraus para entrar e antes de sair do Oriente e ao cruzar do Norte para o Sul, junto balaustrada. de frente para o Venervel Mestre.

    Quando o Irmo entrar ou sair do Oriente faz a saudao (para entrar faz-se o sinal em baixo antes de comear a subir os degraus e para sair no alinhamento da balaustrada, de frente para o Venervel) quando no estiver com nenhum instrumento de trabalho nas mos; se estiver carregando algum objeto sada o Venervel com uma respeitosa inflexo da cabea.

    Falaro assentados: o Venervel, 1 e 2 Vigilantes, Orador, Secretrio, Tesoureiro e Chanceler.

    Antes das sesses, todas as luzes do Templo devem ser acesas, permanecendo apagadas somente por expressam disposio em contrrio, no Ritual.

    Excees: os deslocamentos em cerimoniais prprios (recepo de autoridades, incluindo a Bandeira Nacional;

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    Iniciao, Elevao, Exaltao, Filiao, Regularizao, recepo de Membro Honorrio, sesses pblicas em geral), quando as saudaes so especialmente previstas.

    O Mestre de Cerimnias, portando basto, sempre acompanha, direita e um pouco frente, os Irmos que fora de funes especficas previstas nos rituais, eventualmente se deslocam em Loja..

    OBS.: O M de CCer portar basto: 1) durante os Cortejos de entrada e sada do Templo; 2) quando acompanhar Ir, no decorrer da sesso; 3) no Plios de abertura e de fechamento do Livro da Lei. Os DDic portam basto na formao dos Plios quando da abertura e fechamento do Livro da Lei. No h deslocamento com Sinal de Ordem ou Sinal de Obedincia, salvo se expressamente previsto no ritual; no h sinal com as mos ocupadas, ou sentado, ou andando (para um sinal, salvo disposies expressas dos rituais, exigem-se mos livres, Obreiro em p e parado, as trs condies reunidas).

    Abertura da sesso, cerimnia de transmisso da Palavra: o 2 Vigilante, aps receber a Palavra do 2 Dicono, deve bater, imediatamente; e, tanto na abertura como no fechamento, um dicono inicia seu deslocamento logo que o outro recebe ou transmite a Palavra ao 1 Vigilante, no havendo necessidade de esperar a concluso total da circulao. O Rito se caracteriza por atos rpidos e enrgicos sincronizados. O tempo no deve ser alongado, inutilmente. Os Oficiais devem se deslocar com passos vivos, decididos, demonstrando que conhecem o trabalho, as Luzes tambm devem demonstrar que sabem a seqncia da cerimnia, no perdendo um longo tempo, sem dar logo a batida ou bateria na hora necessria.

    Iniciados os trabalhos, nenhum Irmo pode se retirar do Templo sem que o Venervel d permisso. Autorizado, deixar o seu bolo no Tronco de Beneficncia, se ainda no o tiver feito.

    O Irmo que ingressar no Templo, aps a circulao do Tronco de Beneficncia, est isento de nele concorrer.

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    OBS.: Todo Ir que estiver circulando carregando algum objeto ou instrumento, far saudao, com respeitosa inflexo de cabea.

    No Rito Brasileiro no existe a circulao do Sac de PProp e IInfor. O mesmo dever ficar no sala dos passos perdido da Loja em lugar visvel, os IIr devero colocar ali suas correspondncias antes de adentrarem ao Templo, devendo o Ir. Mestre de Cerimnias, ao entrar para o Templo, lev-lo consigo para, no momento apropriado, conforme determina o ritual, abri-lo.

    Tambm no existe no Rito a circulao do Livro de Presena dentro de Loja. Todos os IIr devero assin-lo na sala dos Passos Perdidos. Faltando algum Ir que, porventura, chegue aps a abertura dos trabalhos, deve, nesse caso, ser encaminhado pelo Mestre de Cerimnias ao altar do Chanceler para assinar o livro e aps tomar seu lugar em Loja.

    O Venervel Mestre dever assinar quando do trmino da sesso, encerrando-a.

    A Circulao do Tronco de Beneficncia (a sistemtica a mesma para o Escrutnio Secreto) que feito pelo Irmo Hospitaleiro. Quando houver necessidade, pode ser auxiliado pelo Ir Experto.

    feita com toda a formalidade que exige a ritualstica. Comea pelo Oriente: primeiro, o Venervel ou autoridade que presida a sesso; depois, as autoridades que esto com o Venervel no Altar; a seguir faz o giro dextrgiro (pela direita) completo no Oriente, sem a preocupao de hierarquia. Concluda a coleta no Oriente, o Hospitaleiro desce ao Ocidente (ao descer sada o Venervel, com respeitosa inflexo de cabea). Dirige-se ao 1 Vigilante; deste prossegue coletando toda a Coluna do Norte, lembrando que o Ir Cobridor Int faz parte da Coluna do Norte e deve se recolher o seu bolo, pois no final ele s segura para que o Hospitaleiro contribua com a Beneficncia, sem a preocupao de hierarquia ou Grau, cumprido o trajeto normal. Concluda a Coluna do Norte, vai ao 2 Vigilante, e faz a coleta da Coluna do Sul, tambm

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    sem a preocupao de hierarquia, ou grau, embora seja obrigado a fazer dois giros nesta Coluna devido posio do Segundo Vigilante, na parte mdia da Coluna, e a obrigatoriedade da circulao dextrgiro. Para concluir, o Hospitaleiro faz seu prprio depsito com o auxlio do Irmo Cobridor. Concludo o trabalho, encaminha-se diretamente ao tesoureiro.

    A Palavra concedida a Bem Geral da Ordem e do Quadro. Simultaneamente feita a conferncia da coleta pelo Tesoureiro e pelo Hospitaleiro. No momento oportuno, ainda no tempo da Palavra a Bem Geral, o Tesoureiro anuncia o resultado da coleta em moeda corrente do Pas.

    Toda saudao, no Grau de Aprendiz, feita pelo Sinal Gutural, exceto quando o Ir estiver portando algum instrumento ou objeto de trabalho, nesse caso far uma respeitosa inflexo de cabea ao Venervel Mestre.

    Nas sesses do Rito Brasileiro, aps o anncio: "Em Loja meus Irmos!", at a declarao: "Est encerrada a Sesso. Retiremo-nos em paz!", toda movimentao ser feita obedecendo-se o sentido dextrgiro e todos os Irmos, sem exceo, ao entrar ou sair do Oriente, ou ao transpor o eixo norte-sul do Templo, junto a Balaustrada de frente para o Venervel Mestre, far a saudao.

    A postura correta que os Irmos devero adotar durante as sesses, quando estiverem assentados, a de manter as pernas dobradas em paralelo. Em nenhuma hiptese devero cruzar as pernas ou s braos ou assumirem outra posio menos formal.

    II - 3 - SINAIS MANICOS E USO DA PALAVRA

    II 3.1 - SINAL DE ORDEM:

    o sinal executado de acordo com o grau e da maneira prescrita no referido ritual, quando:

    Estiver de p e parado, pois no se anda em Loja com o sinal bem como no se faz sinal estando sentado;

    Ao se levantar para fazer uso da palavra durante as sesses ritualsticas (fazendo a saudao falada), passando logo aps o Sinal de Obedincia;

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    Durante a marcha ritualstica;

    Quando assim determinar o Ritual.

    II 3.2 - SINAL DE OBEDINCIA:

    usado na Abertura dos Trabalhos antes da Transmisso da Palavra Sagrada, no encerramento dos Trabalhos aps o fechamento do Livro da Lei e toda vez que o Ir estiver de p e parado para fazer uso da palavra (levanta-se em Sinal de Ordem, sada o Venervel e Vigilantes e passa ao Sinal de Obedincia automaticamente). Faz-se colocando a mo direita aberta por cima da esquerda sobre o Avental.

    II 3.3 - SINAL DO RITO:

    feito quando do encerramento da sesso, conforme previsto no Ritual. Faz-se da seguinte forma: levantar naturalmente a mo direita ao ombro esquerdo, depois ao ombro direito e estender o brao frente, formando esquadria, com a palma da mo para cima.

    II 3.4 - SINAL DE APROVAO:

    Empregado nos processos de votao. feito, estendendo-se o brao direito para frente, em linha reta, com a mo aberta, os dedos unidos e a palma da mo voltada para baixo.

    II 3.5 - USO DA PALAVRA:

    O Maom, em Loja aberta, se manifesta atravs da palavra, solicitada no momento adequado, conforme previsto no Ritual, diretamente aos Vigilantes, quando tiver assento nas Colunas, e ao Venervel, quando no Oriente.

    Quando concedida, ficar o Irmo em p e com o Sinal de Ordem, saudando (saudao falada),hierarquicamente as Dignidades, Autoridades e os Irmos presentes, passando em seguida ao Sinal de Obedincia.

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    No h necessidade de o irmo ir coluna ou oriente para falar, pois o venervel ao conceder a palavra, esta volta na coluna do irmo que a solicitou.

    Ao fazer uso da palavra, o Maom deve ser objetivo, falar alto e claro, pouco e corretamente, contando e medindo suas palavras, empregando sempre expresses comedidas, evitando discursos interminveis, prolixos e repletos de lirismo.

    II 3.6 - ENTRADA APS O INCIO DOS TRABALHOS:

    Independente do Grau em que a Loja estiver trabalhando o Ir que chegar aps o incio dos trabalhos, dever dar somente trs batidas na porta. Se no for possvel seu ingresso no momento solicitado, o Cobridor Interno responder pelo lado interno da porta com uma batida, para que o Ir aguarde. Caso a Loja esteja trabalhando nos grau de Aprendiz, Companheiro ou de Mestre, o Cobridor Interno dever se dirigir sala dos assas perdidos e verificar se o Ir possui qualidade para participar da sesso: atravs do telhamento relativo ao grau. incorreto o hbito que se usa hoje de que, quando um Ir bate, o Cobridor ficar fazendo aumento do nmero de batidas para atingir o grau acima subseqente.

    Concedida autorizao para adentrar ao Templo, o Ir proceder com toda formalidade, realizando a marcha do grau e saudando as Luzes (Venervel e Vigilantes).

    II 4 - ORDEM DOS TRABALHOS A SESSO ORDINRIA

    1. PREPARAO

    Apenas os Irmos encarregados de tarefas preparatrias podero permanecer no trio, antes da chamada do M de CCer: .. Os demais permanecem na Sala dos PP PP aonde, imediatamente ao chegar, devem assinar o Livro de Presena (que se encontra na Sala dos PP PP, devidamente preparado e posicionado pelo Chanceler). No se permitir a circulao de qualquer Ir, durante a sesso, para coleta de assinaturas. Se houver matria destinada proposta ou informaes, o depsito da mensagem ser feito

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    (tambm antes da sesso) no respectivo Saco de coletas. Este, devidamente preparado e localizado pelo Mestre de Cerimnias na sala dos PP PP se encontrar em lugar discreto ao- alcance de todos. Antes do incio da Sesso, o Mestre de Cerimnias colocar o Saco de Coleta na Balaustrada ao seu lado e o Chanceler levar o Livro de Presenas para sua prpria mesa.

    INGRESSO NO TEMPLO

    hora fixada, estando o Templo preparado, totalmente iluminado, inclusive o Altar do Vem, os Pedestais dos Vigilantes e as mesas dos Oficiais, e todos revestidos de suas insgnias e convenientemente trajados, o M de CCer convocar os IIr a ingressarem no Templo (menos o Ven M, o Ex-Ven imediato, os VVig, Orad, Secr, Tes, Chanceler e as Autoridades com direito a recepo regulamentar). Os Ilr ingressam silenciosamente, a porta totalmente aberta, os Cobridores postados em p nas suas respectivas posies, espada na vertical, cotovelo colado ao corpo, brao em esquadria com o antebrao. Ingressando, sem formalidades, cada Irmo ocupar o respectivo lugar, permanecendo em p. Parados, assumem o Sinal de Obedincia; ao caminhar, no h qualquer Sinal, nem mesmo o Sinal de Obedincia. Esse ingresso prvio dos Irmos no existe ordem hierrquica, ou seja, entram Aprendizes, Companheiros e Mestres sem cargos, nessa ordem.

    OBS: Antes de retomar a S dos PP PP, convm ao Mestre de CCer solicitar que os IIr do Oriente se voltem para o Altar e os do Ocidente para o Oriente para dar entrada ao cortejo das Dignidades.

    O Mestre de CCer retoma sala dos PP PP, convidando as Dignidades e as Autoridades presentes a ingressarem no Templo. Organiza-se o cortejo em fila dupla. frente, do lado direito, isolado, adiantado de todos, o M de CCer, a seguir, sempre dois a dois: o Tes ( esquerda), o Chanceler ( direita). O Orad ( esquerda),

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    o Secretrio direita), o 1 Vig ( esquerda), o 2 Vig ( direita), A seguir, o ex-Venervel imediato ( direita) e o Venervel Mestre, esquerda um pouco atrs, encerrando o cortejo.

    As autoridades manicas sero recebidas conforme o Regulamento Geral da Federao, ou, caso dispensem as formalidades, integraram o cortejo das Dignidades, tomando posio designada pelo um tipo Venervel Mestre. O cortejo caminha em linha paralela, cada um tomando o respectivo lugar em Loja, sem circular. Os VVig contudo, antecedendo ao Ven M, o acompanham at Balaustrada. O M de CCer acompanha o Ven at o Trono, antecedendo-o. Aps a chegada do Venervel ao Trono, VVig e M de CCer regressam, tomando os respectivos lugares.

    Durante o ingresso do cortejo das Dignidades, os Irmos cantaro o Hino de Abertura (ou mediante gravao), iniciado sob o comando do Mestre de Harmonia que tambm dever selecionar as msicas adequadas para serem executadas durante a sesso, (concludo o cntico, os IIr ainda permanecem em p voltados para o Oriente e em S de Obedincia. Os IIr do Oriente voltam-se para o Trono e s o Venervel est voltado para o Ocidente, observando toda a Loja).

    Aps o ingresso no Templo os Irmos informalmente, e as Dignidades em cortejo por filas paralelas qualquer outra movimentao ser feita obedecendo-se o sentido dextrgiro, isto , sempre virando direita, nunca esquerda. A ordem : Ocidente-Norte-Oriente-Sul-Ocidente.

    ABERTURA DOS TRABALHOS

    Verificaes Iniciais

    O Ven Mestre manda certificar se o Templo est Coberto. Caso o Ir Cob Extesteja em posio, o Cob Int bate regularmente na porta pelo lado de dentro e, estando a Loja coberta, o Cob Ext responde pela mesma

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    bateria regular. Se o Cob Ext no estiver em posio, o prprio CobInt (sem bateria) vai S dos PP PP deixando a porta encostada, faz a inspeo e retoma ao Templo, fechando a porta.

    OBS.: No necessria a bateria regular quando no se usa o Cob Ext, pois a idia da mesma que o Cob Ext responda ao Cob Int que est tudo bem sem a necessidade de se abrir porta do Templo.

    Em seu trabalho, quando cumprem as suas funes relativas segurana do Templo, os CCob portam Espadas na mo direita, verticalmente, com o punho altura da cintura. Nas demais situaes, a Espada permanece na bainha.

    No dilogo inicial de abertura dos trabalhos, alm da fala do Ven, dos VVig, e do Orad, ocorre a participao do Chanceler ficando os mesmos sentados quando interrogados.

    CERIMNIA DAS LUZES

    (No Altar do JJur, que tem forma triangular, devem estar preparados trs crios: um branco, no ngulo oriental do Altar, suscitando Sabedoria; outro Vermelho, no ngulo Norte, promovendo Fora; e o terceiro Azul, no ngulo Sul do altar, projetando Beleza. O Ven e os VVig devem estar preparados para, cada um em sua vez, acender o crio correspondente e depois pronunciar a invocao).

    Estando todos de p e em S de Ob, os VVig, sem malhetes, dirigem-se ao Or (saudando o Venervel antes de subirem os degraus do Oriente); frente o 2 Vig, indo postar-se, respectivamente, diante dos castiais da Beleza e da Fora. O Ven, aps os VVig tomarem posio, desce,

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    trazendo do Altar a Tocha acesa, para acender em seguida a vela de cor branca do Castial da Sabedoria. Faz a citao, passa a Tocha ao 1 Vig que acende a vela de cor vermelha do Castial da Fora; faz a citao, aps o que o 1 Vig passa a Tocha ao 2 Vig que acende a vela de cor azul do Castial da Beleza, faz a citao e entrega a tocha ao Ven M que a apaga e retorna a seu lugar dietamente, sem dar a volta em torno do Altar. Os VVig tambm retornam a seus lugares aps o Ven ter regressado ao Altar, o 2 Vig, frente (fazem a saudao para sarem do Oriente junto a balaustrada e de frente para o Venervel).

    TRANSMISSO DA PALAVRA SAGRADA

    Ateno: Ao comando do Venervel todos ficam Ordem.

    O 1 Dic sobe os degraus do Trono e se coloca ante o Ven,em posio cmoda que permita a recepo da Palavra. Ao chegar, sada o Ven com respeitosa inflexo de cabea. correspondido. A seguir, procede-se a transmisso da Pal Sagr ao ouvido direito, letra a letra; o Ven d a primeira letra, o 1 Dic, a segunda e seguem assim, alternativamente, sem pronunciar a palavra ou suas slabas. O 1 Dic, ento sada o Ven, correspondido e se desloca ao Pedestal do 1 Vig, onde com as mesmas formalidades, transmite a Palavra recebida. Prossegue seu giro, indo colocar-se ao Altar dos JJur, junto Luz da Fora (vermelha). O 2 Dic Desloca-se com formalidades iguais, transmitindo a Pai Sagr do 1 ao 2 Vig e posiciona-se, a seguir, ao Altar dos JJur, junto Luz da Beleza (azul). A marcha dos DDic deve ser enrgica, decidida, sem vacilaes.

    3 - ABERTURA DO LIVRO DA LEI

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    Aps a transmisso da Palavra Sagrada o Orador, sem convite do Ven e sem a escolta do M de CCer, dirige-se ao Altar dos Juramentos passando entre o Altar do Venervel e o Altar dos Juramentos, sem fazer saudao ao Venervel. O M de CCer e os dois DDic cruzam seus bastes por sobre o Altar dos JJur, formando o plio. O M de CCer ergue seu basto, sobre o qual os DDiac apiam os seus. Depois de saudar o Ven, o Orador, em p, abre o Livro da Lei (sem retirIo de cima do Altar) na parte apropriada, l o primeiro versculo do Salmo 133, (OH! COMO E BOM E AGRADVEL QUE OS IRMOS VIVAM EM UNIO!) com voz firme, e coloca sobre o Livro aberto o E sobre o C, na posio do Grau (E sobre o C ,este com as pontas para o Ocidente) e sada novamente o Ven: .. Desfaz-se o plio. Regressam aos seus lugares. O 2 Dic, de passagem para o seu lugar, abre o Painel do Grau.

    4 - LEITURA E APROVAO DE BALASTRE

    O Ven determina que o Ir Secretrio d conta do Balastre da ltima sesso, o mesmo ser lido discutido e aprovado pelos presentes. Aps sua aprovao o 1 Diac apresenta o Livro j assinado pelo Secretrio ao Orador e ao Ven e, estando o Balaustre por eles assinado, entrega-o ao Secr

    Se houver discusso (a ordem de falar obedecer tradio: primeiro os da Col do Sul, mediante autorizao do 2 Vig, depois os da Col do norte, quando autorizados pelo 1 Vig, a seguir os do Oriente com autorizao do Venervel Mestre), e dela resultarem emendas ou explicaes, estas sero submetidas a voto (o Orador dever verificar a legalidade do ato e autorizar a votao, caso contrrio dever orientar sobre o procedimento a adotar).

    A forma de aprovao da votao pelo sinal (estendendo a m d p p b). O M de CCer verifica a votao, anunciando a contagem ao Ven M

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    5 EXPEDIENTE

    O Secretrio deve ter preparado antes da sesso a exposio do expediente. Criteriosamente, no ler os documentos por extenso (salvo em casos especiais), mas, sim apresentar o contedo sinteticamente, economizando tempo. O Venervel Mestre vai declarando o destino do expediente.

    Leis e decretos assinados pelo Sob Gro-Mestre do GOB ou Pelo Eminente Gro-Mestre Estadual, devem ser lidos pelo Orador, estando todos os Irmos sentados.

    6 - SACO DE PROPOSTAS E INFORMAES

    O M de CCer, que recolhera a sacola antes da abertura da sesso, cumpre o determinado e s se retira depois que for anunciado o resultado da coleta. (no h circulao do saco de proposta e informaes).

    7 . ORDEM DO DIA

    A pauta da Ordem do Dia organizada pelo Secretrio. Constitui-se, fundamentalmente, e assuntos que exijam debate e votao da Loja. Tais assuntos devem estar contidos em Propostas Escritas, apresentadas no Saco de Proposta e Informaes, levados pelo Ven M discusso da Loja, ou devem estar contidos em Pareceres de comisses. O Secretrio expe cada assunto, lendo a proposta ou parecer, um assunto de cada vez; s passando a outro aps a concluso do anterior, depois da votao e da proclamao do resultado. Se o Orador tiver parecer quanto legalidade do ato, dever usar da palavra.

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    8. ENTRADA DOS VISITANTES

    Qualquer Maom, membro de Loja regular do Pas ou estrangeiro, goza do direito de visitao. um LANDMARK da Ordem, facultado ao Ven permitir que o Ir visitante, pessoa conhecida da Oficina, ingresse no Templo em famlia, participando do cortejo da abertura. Qualquer outro visitante ser submetido ao procedimento discriminado no RGF (quando o Ir for do GOB, no deixar de solicitar a "Palavra Semestral"; se o visitante no for conhecido, antes do incio da Sesso,. deve ser verificada sua dignidade manica pelo 1 Experto e gravar seu nome no Livro prprio. Seus documentos sero examinados pelo Orador e ser recebido sem levantar a Loja.

    As Autoridades Manicas, bem como portadores de Ttulos e Recompensas sero recebidos de acordo com o Protocolo do RGF, podendo o homenageado dispensar esse privilgio.

    9 - ESCRUTNIO SECRETO

    Nos procedimentos para o escrutnio secreto exigido que c Venervel, antes de correr a urna, leia a proposta de admisso na integre (omitindo o nome do apresentante), as trs sindicncias (omitindo o nome dos sindicantes) e o parecer da Comisso de Admisso e Graus. Se c candidato for aprovado, ento deve ser informado o nome do apresentante e sindicantes.

    Seu giro idntico ao do Tronco de Beneficncia, o Ir 1 Expdever munir-se de uma urna (estojo) coletora e o IrM de CCerde uma urna (estojo) com esferas brancas e pretas. Os dois Ilr:, ficam entre Colunas, o 1 Exp ao Norte e o M de CCer ao Sul, Sadam o Ven M e partem a cumprir a ordem. Cada Ir tira do estojo do M de CCer a esfera com que vai votar (as brancas aprovam e as

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    negras reprovam, sempre bom lembrar isto aos IIr antes do giro), Aps, o 1 Exp recolhe a votao e fica entre Colunas. O M de CCer volta a seu lugar.

    O 1 Exp, apresenta a urna ao Ven M, destampando-a, e o nmero de esferas conferido com o dos OObr presentes. Se todas as esferas_forem brancas, o Ven anunciar que o candidato foi aprovado limpo e puro, se houver votao desfavorvel, proceder de conformidade com o RGF.

    Aps o anncio do resultado, o 1 Exp apresentar a urna ao Orador e aos Vigilantes, para conferncia. A seguir o Ven anuncia o nome do apresentante e dos sindicantes.

    10 . TEMPO DE INSTRUO

    o tempo destinado apresentao de trabalhos por Ir previamente inscrito, se no houver, o 2 Vig dar instruo aos IIr sobre filosofia, simbolismo, liturgia, histria ou legislao manica, ou versar sobre qualquer assunto da cultura humana.

    OBS.: o tempo de instruo poder ser usado pelo Ven M ou por outro Ir designado.

    11 . TRONCO DE SOLIDARIEDADE

    O Hospitaleiro coloca-se entre Colunas; sada o Ven M e inicia a circulao. A sacola de coleta deve ser conduzida lateralmente, colocada cintura, lado esquerdo, segura pelas duas mos. Comea pelo Oriente: primeiro o Ven ou autoridade que presida a sesso, depois as autoridades que esto com o Ven no Altar. A seguir, faz o giro completo pelo Oriente sem preocupao de hierarquia. O Hosp desce ao Oc (ao descer sada o Ven com respeitosa

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    inflexo de cabea). Dirige-se ao 1 Vig , deste coleta toda a Coluna do Norte, sem preocupao de hierarquia ou grau, concluda a coluna do norte, vai ao 2 Vig, e conclui a coleta da Coluna do Sul, tambm sem preocupao de hierarquia ou grau; embora seja obrigado a fazer dois giros nesta Coluna, devido posio de 2 Vig, na parte mdia da Coluna, e a obrigatoriedade da circulao dextrgira. Para concluir o Hosp faz seu prprio depsito com o auxlio do Cob: .. Concluda a coleta, encaminha-se diretamente ao Tesoureiro, entregando-lhe a sacola e retornando ao seu lugar. O Tesoureiro, depois de conferir, comunica o resultado ao Ven.

    12. PALAVRA A BEM GERAL DA ORDEM E DO QUADRO

    Mediante autorizao dos Vigilantes a palavra concedida a quem dela queira fazer uso em suas Colunas, de acordo com a tradio, (em cada Coluna e no Oriente, o Ir se levantar aps autorizao do Venervel, tomar o Sinal de Ordem, dir as palavras de saudao s Luzes e Autoridades, descarrega o Sinal e falar em sinal de Obedincia). OBS: A palavra pode voltar s Colunas desde que solicitada e autorizada pelo Ven M, conforme a tradio, o Ven M pode cassar a palavra do Ir, se entender que o assunto inoportuno para o momento ou se est sendo colocado de forma inadequada.

    Reinando silncio nas CCol e no havendo, tambm no Or, quem mais pea a palavra, o Ven passa a palavra ao Oradpara as concluses finais e saudao aos visitantes. A seguir o Ven M tece suas prprias palavras finais. Aps o Ven M, falam apenas os Gro-Mestres.

    Falaro assentados: o Venervel,1 e 2 Vigilantes, Orador, Secretrio, Tesoureiro e Chanceler.

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    13. RETIRADA DAS AUTORIDADES

    Neste perodo retiram-se as autoridades que ingressaram com formalidades (de acordo com o RGF, se as mesmas abrirem mo das formalidades podero sair em famlia, no cortejo de retirada das Dignidades ).

    14. ENCERRAMENTO

    Aps determinao do Ven, o M de CCer Coloca-se entre CCol, faz o Sinal do Rito, voltando depois ao seu lugar.

    PROCEDIMENTOS PREPARATRIOS

    Aps as leituras previstas no Ritual, o Venervel Mestre d a Bateria do Grau, os Ilr do Oriente se levantam Ordem. Bate o 1 Vig e os IIr da Coluna do Norte se levantam Ordem. Bate o 2 Vig e os IIr da Coluna do Sul se levantam Ordem. Em seguida a P S retorna ao Venervel Mestre. O 2 Dic vai ao Pedestal do 2 Vig e recebe a P S do mesmo modo por que a transmitiu no incio dos trabalhos. Dirige-se ao 1 Vig e a transmite da mesma forma que a recebeu, indo colocar-se direita do Altar dos Juramentos. O 1 Dic vai ao Pedestal do 1 Vigilante, recebe a P S com as formalidades j descritas e a transmite ao Ven, indo colocar-se esquerda do Altar dos juramentos.

    FECHAMENTO DO LIVRO DA LEI

    Procede-se como na Abertura; o Orad fecha o Livro da Lei, (sem retir-lo de cima do Altar) colocando o E e o C na posio do Grau (pontas voltadas para o Oriente) e retoma ao seu lugar, bem como os DDic e o M de CCer: .. O 2 Dic retornando ao seu lugar, de passagem, fecha o Painel do Grau.

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    AMORTIZACAO DAS LUZES

    Os VVig Dirigem-se ao A dos JJur (sem malhetes); frente, o 2 Vig; seguido pelo 1 Vig, colocando-se diante dos respectivos castiais. A seguir, o Ven Dirige-se ao A dos JJur

    O 2 Vig amortiza a vela de seu castial, utilizando um abafador e faz seu pronunciamento.

    O 1 Vig recebe o abafador do 2 Vig amortiza a vela de seucastial e faz seu pronunciamento.

    O Ven recebe o abafador do 1 Vig e amortiza a vela de seu castial, faz seu pronunciamento e retoma ao Altar, diretamente, sem dar volta em torno do Altar do Juramentos. Aps o Ven ter chegado no seu lugar, os VVig retomam a seus Pedestais; o 2 Vig frente.

    CONCLUSO

    PROCEDE-SE DE ACORDO COM O RITUAL.

    O M de CCer, a seguir, promove o cortejo de retirada das DDig, na ordem inversa ao do cortejo de entrada. O Ven Dirige-se ao A dos JJur, os dois VVig Encaminham-se, paralelamente, at a balaustrada. Os IIr, sob a direo do M de Harm, iniciam o cntico (ou mediante gravao) do Hino de Encerramento.

    Durante o cntico saem; frente o Ven M e as Autoridades, a seguir os dois VVig, cada um de um lado de sua prpria Colseguidos pelas demais DDige IIr do Oriente. Os IIr permanecem cantando e aps o cortejo,

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    retiram-se em ordem, cada um do lado de sua Col Os dois CCob permanecem porta, postados como na entrada do cortejo. Ao transpor-se a porta do Templo, o Cob Int apaga as luzes e fecha a porta.

    OBS.: No Rito Brasileiro existe uma "Adenda" para Suspenso e Reabertura dos Trabalhos aps Sesso Aberta, caso os trabalhos hajam sido interrompidos e depois reencetados.

    Quando determinar o Ven, aps as leituras de praxe (conforme o Ritual) estando todos em p e Ordem, o Orad, imediatamente, sem necessidade. de comando, fecha o L da L, sem o plio. Todos baixam ao Sinal de Obedincia. O Orad coloca sobre o L da L o C e o E, na mesma posio que guardavam entre si. O 2 Dic fecha o Painel do Grau. Os IIr saem do Templo.

    Ao reabrir todos ocupam seus lugares no Templo, em p e com o Sinal de Obedincia. O Ven M d um golpe de malhete, repetido pelos VVig.

    Fazem as leituras de praxe (conforme o Ritual); o Orad, imediatamente sem necessidade de comando, reabre o L da L no mesmo lugar, sem o plio, recolocando C e o E na posio do Grau.- . O 2 Dic reabre o Painel do Grau.Os trabalhos recomeam do ponto em que foram suspensos.Esta Adenda usada normalmente em dia de Sesso Magna de Iniciao.

    CADEIA DE UNIO

    A Cadeia de Unio somente se realiza quando houver necessidade, de transmitir a Palavra Semestral. Deve ser formada. Aps o encerramento da sesso. Na transmisso da palavra:Semestral no se permitir presena de visitantes.

    PROCEDIMENTO BSICO:

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    1. Os Irmos formam lado a lado. O Ven (de costas para o Oriente) ter, direita, sucessivamente, o 1 Vigilante e o Orador, e, esquerda, sucessivamente, o 2 Vigilante e o Secretrio, seguindo-se os demais- Irmos, de cada lado, em uma ordem formal. O Mestre de Cerimnias se postar em posio diametral a do Venervel.

    2. Postados os Irmos, lado a lado, antes de entrelaar os braos, o Venervel abre o envelope, l a Palavra Semestral, memoriza e de mos dadas, BBr ccr, o d S o e, a palavra transmitida sigilosamente, a partir do Venervel Mestre, ao Irmo direita e assim sucessivamente, circula at regressar ao Venervel que, recebendo-a na volta, dir de sua correo. Repetir o procedimento at que a Palavra regresse certa.

    3. A Cadeia desfeita. O Venervel deve dizer palavras apropriadas.

    Exemplo: "Possa esta Loja, formada com tanta unio e concrdia, durar por muito tempo".

    4. O Venervel Mestre com o auxlio do Mestre de Cerimnias, na forma tradicional (o papel na ponta de uma espada), procede incinerao da Palavra Semestral gravada. Em seguida diz: sob a proteo do Supremo Arquiteto do Universo, retiremo-nos em paz!

    (*) Apresentao: Ser Ir JOS ROBSON GOUVEIA FREIRE - MI, Gr 33, Grande Secretrio da Magna Reitoria do Supremo Conclave do Brasil.

    RITO ESCOCS ANTIGO E ACEITO

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    IIr AILTON PINTO DE TRINDADE BRANCO JOS INCIO DA SILVA FILHO NODO AMBRSIO DE CASTRO

    O Rito Escocs Antigo e Aceito, nasceu na Franca, como "o rito dos Stuart, da Inglaterra e da Esccia" tendo sido a primeira manifestao manica em territrio francs (1649), antes mesmo da fundao da Grande Loja de Londres (1717).

    Desde a criao da Grande Loja de Londres em 1717, apareceram na Frana dois ramos distintos da Maonaria. Um dependente da Grande Loja de Londres e outro (escocs) autnomo que no estava ligado a nenhum sistema obediencial.Viviam sob o antigo preceito manico de que os maons tinham o direito de constituir lojas sem prestar contas de seus atos a uma autoridade ou poder supremo ("O Maom Livre na Loja Livre").

    As Lojas Escocesas eram maioria, na Frana. At 1766, somente trs Lojas, entre as 487 Lojas existentes, tinham patente da Grande Loja de Londres.

    Em 1758 criou-se, no escocesismo, os altos graus (25 graus do chamado rito de Hredom) que no entanto s foi plenamente estabelecido 1801 com a fundao em Charleston (Estados Unidos), do primeiro Supremo Conselho do Mundo do chamado Rito Esconcs Antigo e Aceito.

    A DOUTRINA INICITICA DO RITO ESCOCS ANTIGO E ACEITO

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    Os principais pontos da Doutrina do Rito Escocs Antigo e Aceito esto contidos nas instrues dos trs Graus Simblicos.

    Embora existam variaes de Obedincia para Obedincia e de pas para pas, as linhas mestras de doutrina esto sempre presentes e podem servir para os ensinamentos em qualquer parte do mundo. So elas:

    A maonaria uma associao ntima de homens e mulheres escolhidos, cuja doutrina tem por base o Grande Arquiteto do Universo, que Deus; como regra: a lei Natural;por causa: a Verdade, a Liberdade, a Fraternidade e a Caridade; por frutos: a Virtude, a Sociabilidade e o Progresso; por finalidade: a felicidade de todos os povos, que ela procura, incessantemente, reunir sob sua bandeira de Paz. Assim, nunca deixar, a Maonaria, de existir no gnero humano. 2. Os deveres de um Maom so:

    Honrar e venerar o Grande Arquiteto do Universo, a quem agradece, todos os dias,pelas boas aes que pratica, em relao ao prximo, e os bens que lhe couberem em partilha.

    Tratar todos os seres humanos como seus iguais irmos, sem distino de sexo, raa, nacionalidade e classe social.

    Combater a ambio, o orgulho, o erro e os preconceitos. Lutar, sempre, contra a ignorncia, a mentira, o fanatismo e a superstio, que so flagelos provocadores de todos os males que afligem a humanidade e impedem o progresso.

    Praticar a justia recproca, como verdadeira salvaguarda dos direitos e dos interesses de todos, e a tolerncia, que d, a cada um, o direito de escolher suas opinies e seus credos religiosos.

    Deplorar os que erram, esforando-se, todavia, para reconduzi-los ao caminho da Verdade.

    Socorrer os infortunados e os aflitos.

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    Esses deveres so cumpridos, porque o Maom deve ter f, que lhe d a Coragem, a Perseverana, que vence os obstculos, e o Devotamento , que o leva a praticar o Bem, mesmo com o risco de sua vida e sem esperar nenhuma outra recompensa alm da tranqilidade de conscincia.

    3. O Sinal do Primeiro Grau significa a honra de saber guardar o segredo preferindo ter a Garg.'. cort.'. a revelar os Mistrios da Ordem;significa tambm, que o brao direito, smbolo da Fora, est concentrado e imvel para defender a Maonaria, com suas Doutrinas e seu Princpios.

    4. Os passos em esquadria, representam o cruzamento de duas linhas perpendiculares, nico caso em que formam quatro ngulos retos iguais, simbolizando a Retido do caminho seguido e a Igualdade, um dos princpios basilares da Instituio.

    5. O candidato iniciao consegue penetrar no Templo por trs pancadas, cujo significado : "Batei e sereis atendido; pedi e recebereis; procurai e encontrareis".

    6. O candidato deve ser recebido numa Loja justa, perfeita e regular. Para que uma Loja seja Justa e Perfeita, preciso que trs a governem, cinco a componham e sete a completem. Existe outro conceito: Uma Loja justa quando esto presentes, no mnimo, sete Obreiros, e perfeita quando o Livro da Lei est aberto sobre o Altar dos Juramentos. Loja regular aquela que pertence a uma Obedincia Manica regular e reconhecida.

    7. A venda nos olhos do candidato simboliza as trevas e os preconceitos do mundo profano, mostrando, tambm, a necessidade que tem, o ser humano, de procurar a luz entre os iniciados. O p descalo, alm de demonstrao de respeito ao adentrar o Templo, provocar uma marcha claudicante, que simboliza o rduo caminho do candidato, em direo a luz. O brao e o peito desnudos significam que o candidato dar o seu brao em defesa da Ordem e o seu corao a todos os seus Irmos. As pontas do Compasso, sobre o peito,

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    mostram, ao candidato, que, se em sua vida profana, os seus sentimentos e as suas aes no foram reguladas por esse instrumento da exatido, isso dever acontecer a partir de sua Iniciao.

    8. A Pedra Bruta o emblema do Aprendiz, com representao de tudo aquilo que se deve ser aperfeioado. O trabalho de desbastamento, esquadrejamento e polimento da Pedra Bruta simboliza o prprio aperfeioamento moral e espiritual do Nefito.

    9. As Colunas Vestibulares do Templo possuem, simbolicamente, as dimenses das colunas do Templo de Jerusalm: 12 de circunferncia, 12 de base e 5 nos capitis. Essas dimenses, para colunas no destinadas sustentao, vo contra as regras da Arquitetura, no sentido de mostrar que a Cincia e o Poder do Grande Arquiteto do Universo esto alm das dimenses e dos julgamentos humanos. As roms, que as adornam, com milhares de sementes contidas no mesmo fruto, embora em diversos compartimentos, simbolizam o prprio povo manico universal, que, por mais multiplicado que seja, constitui uma s famlia.

    10. O Pavimento de Mosaico,formado por elementos brancos e negros, e o emblema da irregularidade do solo e das dificuldades da caminhada inicitica; simboliza, tambm, os opostos; a Virtude e o vcio, a Boa e a m sorte, a Sabedoria e a ignorncia, o Bem e o mal. Com os quadrados brancos e negros, unidos pelo mesmo cimento, ele o smbolo, tambm, da unio entre os Maons do planeta, independentemente de raas, cores e credos polticos e religiosos.

    11. A Espada Flamejante o smbolo da Justia, que deve punir todos os que se afastarem do caminho do Bem; mostra, tambm, com sua forma estilizada de um raio, que a justia deve ser pronta e rpida, como um raio. 12. O Esquadro,como jia do Venervel Mestre, mostra que o dirigente de uma Oficina deve, sempre, pautar os seus atos pela mais absoluta retido de carter. O Nvel, jia do Primeiro Vigilante, simboliza a igualdade social, que a base do direito natural. O Prumo, jia do Segundo Vigilante, mostra que o Maom deve ser reto em seus julgamentos, sem ser

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    influenciado por interesses pessoais, ou pelos seus prprios sentimentos. O Nvel e o Prumo, separados, nada valem numa construo; ambos, todavia, completam-se, mostrando-se, que o Maom deve cultuar a Igualdade, nivelando todos os seres humanos, e a Retido, que no o deixar pender, para qualquer dos lados, pela amizade, ou pelo interesse.

    13. A Loja, simbolicamente, apoia-se em trs colunas (ou pilares); Sabedoria, Fora e Beleza. O Venervel representa a coluna da Sabedoria porque dirige os Obreiros; o 1 Vigilante representa a coluna da Fora porque paga, aos Obreiros, o salrio, que a fora e a manuteno da vida; o 2 Vigilante representa a coluna da Beleza, porque faz repousar os Obreiros, fiscalizando o seu trabalho. A Sabedoria, a Fora e a Beleza so complementos de todas as obras humanas; sem elas nada perfeito e durvel, pois a Sabedoria cria, a Fora sustenta e a Beleza adorna.

    14. A Maonaria combate a ignorncia, em todas as suas formas, porque a ignorncia a me de todos os vcios e o seu princpio nada saber, saber mal o que se sabe e saber coisas outras alm do que deveria saber. No pode, o ignorante, medir-se com o sbio, cujos princpios so a tolerncia, o amor e o respeito a si prprio. por isso que os ignorantes so irascveis, grosseiros e perigosos; perturbando e desmoralizando a sociedade, evita que os seres humanos conheam os seus direitos e saibam, no cumprimento dos seus deveres, que, mesmo com constituies liberais, um povo ignorante escravo.Inimigos do progresso, afugentam as luzes, aumentam as trevas e permanecem em eterno combate contra a Verdade, a Perfeio e o Bem.

    15. A Maonaria combate o fanatismo, porque a exaltao religiosa perverte a razo e leva os insensatos prtica da aes condenveis, em nome de Deus e sob o pretexto de honr-lo. O fanatismo uma doena mental, desgraadamente contagiosa, que, estabelecida num pas, toma foros de lei, como nos execrveis autos da f, que fizeram perecer milhares de homens e mulheres teis a sociedade. A superstio um falso culto mal compreendido, pleno de mentiras, contrrio a razo e as idias ss, que se devem fazer de Deus; a religio dos ignorantes, dos timoratos. O

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    fanatismo e a superstio so os maiores inimigos da religio e da felicidade das naes.

    16. A Solidariedade, que deve existir entre os Maons, a mais pura e fraternal, mas deve ser restrita aos que praticam o bem e sofrem os espinhos da vida; aos que, nos trabalhos lcitos e honrados, so infelizes; aos que embora com fortuna, sentem, na alma, o amargor das desgraas. Onde houver uma causa justa,a dever se fazer sentir a solidariedade manica. Quando, entretanto, um Maom , olvidando os princpios da Ordem, desvia-se da moral, tornando-se um mau cidado, um mau pai, uma m me, um mau filho, uma m filha, um mau marido, uma m esposa, um mau irmo, uma m irm, um mau amigo e uma m amiga; quando, cego pelo dio ou pela ambio, pratica atos considerados indignos de um Maom, ele rompe o compromisso de solidariedade que no mais poder existir, pois, se ela fosse mantida, haveria a conivncia com atos degradantes. Assim, o Maom que procede mal, perde todo o direito ao auxlio material e, principalmente, ao amparo moral de seus Irmos.

    17. A Maonaria combate a escravido, porque todo o ser humano livre, podendo, porm, estar sujeito a entraves sociais, que o privem, momentaneamente, de uma parte de sua liberdade e - o que pior - o tornem escravo de suas prprias paixes e de seus preconceitos. desse jugo, exatamente que se deve libertar o candidato Luz Manica, j que o ser humano que abdica, voluntariamente, de sua liberdade, no pode contrair nenhum compromisso srio.

    18. Os instrumentos necessrios transformao da Pedra Bruta em Pedra Cbica so: a princpio, o Mao e o Cinzel, em seguida a Rgua e o Compasso, depois a Alavanca e, finalmente, o Esquadro. O Mao e o Cinzel, como instrumentos destinados e desbastar a Pedra Bruta, mostram, ao Maom, como devem ser corrigidos os seus defeitos, tomando sbias resolues (simbolizadas pelo Cinzel), que uma enrgica determinao (simbolizada pelo Mao) coloca em execuo. A Rgua, permitindo o traado de linhas retas, que se podem prolongar ao infinito, simboliza o direito inflexvel, a lei moral, no que ela tem de mais rigorosa e imutvel. A esse absoluto, ope-se o crculo da relatividade, cujo raio medido pelo afastamento das

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    hastes do Compasso; como so limitados os meios de realizao humana, o plano de trabalho deve ser traado, levando em conta no s a idia do abstrato, que deve ser seguida (Smbolo= Rgua), como a realidade concreta (Smbolo=Compasso), com as quais o ser humano est acostumado. A Alavanca simboliza o poder irresistvel de uma inarredvel vontade, quando sabiamente aplicada; a Rgua, todavia, aplicada junto com a alavanca, para mostrar os limites do poder e por que a vontade s invencvel quando colocada a servio do direito absoluto. O Esquadro, permitindo controlar o corte das pedras,que devem ser regulares, para que se ajustem umas as outras, com exatido, determina, ao Maom, que a perfeio consiste, para o ser humano, na justeza com que se coloca na sociedade.

    19. O sbio humilha-se, sempre, quando em presena de uma verdade que ele reconhece superior sua compreenso, esquiva-se, assim, de ser o instrutor das multides, porque, conscientemente, jamais poderia satisfazer-lhes a justa curiosidade e, na impossibilidade de faz-las compreender o erro e de conduzi-las ao real caminho da Verdade, abandona-as s suas grosseiras fantasias. O verdadeiro Iniciado, todavia, tem o dever de acudir em auxlio a todos os que ele julgar iniciveis, daquele que, independentes, revoltam-se contra as tiranias e as arbitrariedades, pois estes merecem ser ensinados a procurar os nveis, daquele que, independentes, revoltam-se contra as tiranias e as arbitrariedades, pois estes merecem ser ensinados a procurar o Real, o Verdadeiro, sem a preocupao, nem a esperana de triunfo, que s alcanado pelo repouso de uma inteligncia satisfeita. Embora, na realidade o ser humano nunca possa chegar a saber, ele procura saber, buscando, avidamente, adivinhar o Eterno Enigma, o enigma da vida, crente de que este o seu mais nobre e mais elevado destino. A Verdade, esse mistrio inacessvel, que atrai o ser humano com uma fora irresistvel, muito vasta, muito viva, muito livre e bastante sutil, para se deixar prender, imobilizar, estereotipar e petrificar na rigidez de um sistema qualquer que ele seja. Os artifcios e as roupagens com as quais a Verdade revelada, para ser dada ao conhecimento pblico, s servem para deturp-la, tornando-a, geralmente, irreconhecvel, j que tudo o que se procura objetivar com o auxlio de subterfgios, ser sempre um reflexo ilusrio, uma imagem apagada da grande Verdade, que o Iniciado busca, em vo, contemplar e encarar. Para

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    isso, ele recebe a iniciao, que ensina, principalmente co Companheiro e, em primeiro lugar, a esquecer tudo aquilo que lhe prprio, para, em seguida, concentrar-se, descendo ao mago dos prprios pensamentos, com o intuito de se aproximar da fonte da pura Verdade, instruindo-se, assim, no pelas sbias lies dos Mestres, mas pelo exerccio constante de Meditao. Assim procedendo, ele no conseguir, naturalmente, aprender tudo quanto encerram os livros e ensinam as escolas. Mas, para que sobrecarregar a memria,se,muitas vezes o ser humano engana-se com o carter ilusrio do que lhe parece verdadeiro? o simplesmente ignorante est mais prximo da verdade do que do ftuo e arrogante, que se jacta de uma cincia enciclopdica, apoiada, unicamente, em falsas noes. Em matria de saber, a qualidade supera a quantidade; prefervel saber pouco, mas este pouco saber bem. Deve, o Iniciado, saber distinguir o real do aparente, no se apegando, apenas, s palavras, s expresses, por mais belas que elas paream; deve se esforar para discernir aquilo que inexplicvel, intraduzvel, a Idia-Princpio, o mago, o esprito, sempre mal e imperfeitamente interpretado nas mais bem construdas frases. S dessa maneira que ele afastar as trevas do mundo profano e atingir a clarividncia dos Iniciados verdadeiros. Estes se distinguem pela penetrao de esprito e pela capacidade de compreenso que possuem. Grandes sbios e clebres filsofos tem permanecido profanos, por no terem compreendido o que obscuros pensadores conseguiram discernir por si mesmos, fora de refletirem e meditarem, no silncio e no recolhimento. Para ser um verdadeiro Iniciado, pode-se ler pouco, mas pensar muito, meditar sempre e, principalmente,no ter receio de sonhar.

    20. Tudo, no mundo, parece, com exceo do sol, da inteligncia e do amor, de que o Grande Arquiteto do Universo se fez o santurio, onde desmoronam os lances infernais do gnio do mal, que tende a secar as fontes da felicidade humana. A Maonaria nasceu e fortificou-se para enfrentar, destemidamente a todos os males que enfraquecem o ser humano. Ao ser recebido no Grau de Mestre, o Iniciado ter a plena certeza de que digno de partilhar dos trabalhos constantes dos Maons, na guerra, em que, sob a gide do Grande Arquiteto do Universo, empenham todos os seus esforos e todo o seu amor em prol da humanidade. Sua responsabilidade estar aumentada; se a Ordem lhe assegura, por toda

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    parte passagem e proteo, ela espera, tambm, o seu esforo contnuo, o seu trabalho ininterrupto, em favor da libertao das inteligncias oprimidas, e a sua coragem, a toda prova, quando precisar se arriscar para salvar os seus Irmos. O Mestre deve irradiar, por toda a parte a luz que recebeu; deve procurar, na sociedade profana, os coraes bem formados, as inteligncias livres, os espritos elevados, que fugindo dos preconceitos e da vida fcil, buscam uma vida nova e podem se tornar elementos teis e poderosos para a difuso dos princpios manicos; deve aprender a dominar-se e fugir de todo sectarismo. Sendo amigo sa Sabedoria, deve guardar sempre, o equilbrio mental, que caracteriza o ser so de esprito. No se constri um edifcio, apoiando-o sobre uma nica coluna; assim, o Mestre deve saber, no seu trabalho de construo moral e intelectual, equilibrar, sempre, os ensinamentos da razo com os sentimentos do corao. Deve recordar que a Maonaria vai sempre, em auxlio dos desgraados, quaisquer que sejam suas opinies; que, em sua ao social, ela liberta as conscincias e reaviva a coragem daqueles que nada mais esperam. Deve saber, enfim, o Mestre, que, se como um novo Hiram Abi, ele estiver a ponto de receber um golpe fatal, vibrado por inconscientes e revoltados, todos os seus Irmos sabero defend-lo e que, se sucumbir gloriosamente, no cumprimento do dever, todos os Mestres dedicados procuraro, mais tarde, os vestgios de suas obras, porquanto o ramo de accia servir para que reconheam os esforos que ele fez, em benefcio do desenvolvimento da Sublime Ordem.

    21. Os instrumentos necessrios complementao do trabalho simblico dos Maons so: o Cordel, o Lpis e o Compasso. Nas construes, o cordel serve para marcar todos os ngulos do edifcio, fazendo-os iguais e retos, para que os alicerces possam suportar a estrutura; com lpis, o arquiteto traa os diversos planos para a construo e orienta os operrios; o compasso serve para determinar, com preciso, os limites e as propores das diversas partes da construo. J na Maonaria, que simblica e no mais de ofcio (ou operativa), esses utenslios so aplicados por analogia, aos preceitos da moral difundida pela Ordem. Dessa maneira, o cordel indica a linha de conduta do Mestre, sem falhas e baseada nas verdades contidas no Livro da Lei; o lpis adverte-o que seus atos, palavras e pensamentos so observados pelo Grande Arquiteto do Universo, a quem ele deve

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    prestar contas de seu procedimento na vida; o compasso, por fim, lembra a justia de Deus, imparcial e infalvel, mostrando que necessrio distinguir o Bem do mal, a justia da iniqidade, para que o Mestre fique em condies de apreciar e medir, com justo valor, todos os atos que tiver que praticar.

    22. A unio do Esquadro e do Compasso forma a insgnia do Mestre. O Esquadro regula o trabalho do Maom, que deve agir com retido, inspirado na eqidade; o compasso dirige essa atividade esclarecendo-a, p