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Riscos Biológicos

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Riscos Biológicos

11/04/23 2

Definição de risco biológico

Identificação de fontes de exposição

Avaliação qualitativa

11/04/23 3

Risco Biológico nas NRs

NR 9: agentes biológicos nos ambientes de trabalho que são capazes de causar danos à saúde do trabalhador, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição

NR 32: risco biológico é a probabilidade de exposição ocupacional a agentes biológicos

11/04/23 4

O Risco Biológico

2 fatores a definir

O que são agentes biológicos capazes de danos?

Qual a probabilidade da exposição ocupacional?

11/04/23 5

1º – Agentes BiológicosSão seres vivos ou suas partes com potencial de causar danos à saúde humanaTipos de danos:

infecções: micobactériasparasitoses: esquistossomo, tripanossomointoxicação: toxina botulínica, venenos de cobrasalergias: pólen, fungos, fezes de ácarosdoenças autoimunes: estreptococo do grupo A carcinogênicos: HPV, vírus das hepatites B e Cteratogênicos: rubéola

11/04/23 6

Dano após Exposição

Esquema inspirado em apresentação de Donna Mergler(Guatemala, 2001)

Fonte: Minayo, M.C.S. (2006) Saúde e ambiente: uma relação necessária. In: Campos, G.W.S. et al. (orgs.) Tratado de Saúde coletiva, São Paulo: Hucitec, 871 p.

Variáveis

relativas ao

agente

Variáveis relativas ao indivíduo

11/04/23 7

Dano após Exposição

Fonte: Pirofski LA, Casadevall A. The meaning of microbial exposure, infection, colonisation, and disease in clinical practice. Lancet Infect Dis 2002; 2:628–35

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Dano após Exposição Dano é definido em função da relação do patógeno com o organismo

não é inerente ao microrganismo (patógeno): NR 9“estritos”: causam dano na maior parte dos expostos

normalmente de transmissão pessoa-a-pessoamecanismos de transmissão

oportunistas: causam dano em uma fração menor dos expostos

expostos com comprometimento do sistema imunológiconormalmente de fontes ambientais

11/04/23 9

Agentes Biológicos – NR 32

Bactérias, fungos, protozoários, vírus, riquétsias, clamídias e parasitas

parasitas: vermes, artrópodes – ácaros, pulgas, piolhos

Microrganismos geneticamente modificados, culturas de células de organismos multicelulares

Substâncias ou produtos de origem biológica: toxinas, enzimas, príons, etc

11/04/23 10

Potencial de DanoNão é inerente ao patógeno

características do microrganismo são pouco informativas

Resultado da interação patógeno-hospedeiro

dados epidemiológicos é que dão melhor indicação do potencial de dano

11/04/23 11

Classificação dos Agentes

Classe de Risco

Risco individual

Risco à coletividade

Profilaxia ou tratamento

1 baixo baixo não se aplica

2 moderado baixo existem

3 elevado moderado para alguns

4 elevado elevadonão existem

ainda

11/04/23 12

Classificação dos AgentesExposição com intenção deliberada: manipulação direta do agente biológico como objeto principal do trabalho

p.ex., cultivo de microrganismosnível de contenção correspondente, no mínimo, ao da maior classe de risco dentre os agentes presentes

Exposição sem intenção deliberada: manipulação indireta do agente biológico, pois este não é o objeto principal do trabalho

p.ex., manipulação de amostras biológicasmedidas e procedimentos de proteção e prevenção definidos após avaliação do risco biológico

11/04/23 13

Classificação dos AgentesClassificações existentes são voltadas à saúde públicaPode-se adaptar da seguinte forma:

Classe 1: risco individual quase inexistenteClasses 2 e 3: risco individual variando de baixo a alto

analisar caso a caso, considerando patogenicidade, virulência e possibilidade de deixar seqüelas

Classe 4: risco individual e coletivo muito altos

tratar como situação emergencial, com medidas rápidas e imediatas, como se fosse uma atmosfera IPVS

11/04/23 14

Limites de Exposição?Interação negativa

desequilíbrio na relação entre o agente biológico e o organismo exposto – deixa rastros: biomarcadores

Únicos biomarcadores de exposição para patógenos: sorológicos

limitação: resposta imunológica a infecções bacterianas e parasitárias é limitada, temporária e inespecíficasorologias boas na determinação de infecções virais

Outros biomarcadores, como a contagem de subpopulação de leucócitos ou a produção de óxidos de nitrogênio nos pulmões são possíveis

testes insuficientes para seres humanos

11/04/23 15

2º – Probabilidade da Exposição

Exposição ocupacional – ambiente de trabalho com maior probabilidade de exposição que outros

agentes biológicos são disseminados nos vários ambientes

Por um aumento na presença dos agentesmais fontes de exposição: principalmente pacientescapacidade de propagação

Porque as vias de exposição estão presentesvia adicional: perfurocortantes

11/04/23 16

Maior probabilidade - HBV

Estudos epidemiológicos: NTEP

11/04/23 17

Exposição na Cadeia de Infecção

EXPOSIÇÃO

11/04/23 18

Definindo ExposiçãoA exposição é o momento em que a fonte de exposição entra em contato com a porta de entrada do trabalhador

agente passa através da via de transmissão: mecanismo da exposição

fonte de exposiçãoreservatórios, com portas de saídafontes ambientais

11/04/23 19

Como Estimar a Probabilidade

Levantar as fontes, não os agentes: inviável determinar previamente a presença do agente biológico

presumir a presença dos agentes nas fontes

quais são as fontes de exposição e onde se localizam

outras pessoas, como pacientes

fontes ambientais: superfícies, perfurocortantes, vetores, água, alimentos, ar...

11/04/23 20

Como Estimar a Probabilidade

Verificar detalhadamente quais são as vias de exposição e onde estão presentes

assumir a presença do agente nas vias de exposição

por isso, observar em detalhes onde e como são realizadas as atividades laborais de cada função

11/04/23 21

Risco Biológico na PráticaLevantar as doenças transmissíveis presentes a partir de dados epidemiológicos

Levantar as fontes de exposição presentes

Observar situações em que possa ocorrer contato entre a fonte de exposição e o trabalhador

Observar se não há barreira que bloqueie a via de transmissão

11/04/23 22

Avaliação – PPRA na NR 32

Identificação e caracterização do risco biológico, considerando:

doenças mais prováveis no serviço (item e)fontes (pacientes e ambientais) comprovadas e possíveis (depende do item e)

Só então apontar os agentes presumidos mais prováveis - correspondentes aos que causam as doenças mais prováveis

11/04/23 23

Avaliação – PPRA na NR 32

Descrição dos agentes presumidosvias de exposição (transmissão) persistênciaestimativa da gravidade do dano (patogenicidade, virulência)

Anexo II (tabela) pode ser usada como orientador, como guiaDados já conhecidos sobre doenças e agentes etiológicos: CCIHs, literatura, etc

11/04/23 24

Avaliação do Risco Biológico

Identificação e caracterização do agente:levantamento das doenças mais prováveis no serviçoidentificar e localizar as fontes comprovadas e as possíveis

Caracterização da exposição: por fonte identificada

como são transmitidos e penetram a pessoa expostaquantos agentes (difícil determinar)

Avaliação do riscoqualitativa: gravidade do dano (tabela), caracterização da exposição, número de pessoas que podem ser afetadas

11/04/23 25

Avaliação – PPRA na NR 32

Guideline for Isolation Precautions:http://www.cdc.gov/ncidod/dhqp/gl_isolation.html

11/04/23 26

Vigilância EpidemiológicaObter taxas acerca da realidade epidemiológica

usar definições padrão de infecçãousar dados laboratoriais, quando disponíveis

Identificar surtos antes da disseminaçãoAvaliar eficácia e efetividade das medidas de prevenção e proteçãoDeterminar áreas, situações e serviços que merecem atenção especial

11/04/23 27

Vigilância EpidemiológicaColetar variáveis epidemiologicamente significativas

localização das fontes, fatores de risco específicos, condições que predispõem a efeitos adversos graves

Analisar dados para identificar tendências de aumento ou diminuiçãoAvaliar fatores possivelmente associados à variação do evento estudadoDivulgação de informações pertinentes

11/04/23 28

Fontes e Reservatórios

11/04/23 29

Fontes e reservatóriosFontes ambientais – surto por fonte única

sempre que houver material orgânicoresíduos, superfícies sujas, alimentos, objetos sujos, dejetos...

sempre que houver águafontes de água: caixas d’água, poços, poças de água no chão, vasos sanitários, bandeja do condicionador de ar, caldeiras, torres de resfriamento...

sempre que houver umidadeparedes úmidas, aerossóis no ar

sempre que houver um veículo contaminadoqualquer objeto, perfurocortantes...

11/04/23 30

Fontes e reservatóriosFontes não ambientais – surto por fonte propagada

sempre que houver outras pessoas transmitindo

sintomáticas ou assintomáticasmãos, fala, espirro, tosse...

sempre que houver vetores transmitindoratos, baratas, mosquitos...

11/04/23 31

Como se comportam os surtos

11/04/23 32

Transmissão e Portas de Entrada

Via de transmissão

Porta de entrada

Contato direto Pele, mucosas, oral, olhos

- Por gotículasAparelho respiratório, oral, olhos

- Transmissão por aerossóis

Aparelho respiratório

Contato indiretoPele, mucosas, oral, olhos, parenteral

11/04/23 33

Transmissão em Serviços de Saúde

Contato direto: ao virar o paciente, dar banho, outros procedimentos de cuidados ao paciente, respiração boca-a-boca

por gotículas: quando o paciente tosse, espirra, fala, nos procedimentos de sucção, entubação endotraqueal ou broncoscopiatransmissão aérea: ao respirar o ar contendo bioaerossóis

Contato indireto: mãos, perfurocortantes, luvas, roupas, roupas de cama, instrumentos, vetores, água, alimentos, superfícies

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Transmissão por aerossóis

Adaptado de: CDC (2001) Draft Guideline for Environmental Infection Control in Healthcare Facilities e Ayliffe G.A.J. et al. (2000) Control of Hospital Infection: A Practical Handbook

Fungos Bactérias Vírus

Aspergillus spp.

Mucorales (Rhizopus spp.)

Acremonium spp.

Fusarium spp.

Pseudoallescheria boydii

Scedosporium spp.

Sporothrix cyanescens

Coccidioides immitis

Cryptococcus spp.

Histoplasma capsulatum

Pneumocystis carinii

Mycobacterium tuberculosis

Mycobacterium leprae (?)

Acinetobacter spp.

Bacillus spp. (inclusive antraz)

Brucella spp.

Staphylococcus aureus (pneumonia)

Streptococcus pneumoniae (pneumonia)

Streptococcus pyogenes (grupo A)

Coxiella burnetii (riquetsiose – febre Q)

Yersinia pestis

Bordetella pertussis (?)

Sarampo

Varicela (herpesvírus varicela-zóster)

Gripe (vírus influenza)

Vírus sincicial respiratório (bronquiolite)

Adenovírus (conjuntivite)

Enterovírus

Varíola

Hantavírus

Vírus Lassa, Marburg, Ebola, Criméia-Congo

SARS (coronavírus) (?)

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Transmissão por gotículasBactérias Vírus

Corynebacterium diphtheriae (difteria)

Meningites bacterianas

Bordetella pertussis (coqueluche)

Chlamydia psittaci (psitacose)

Yersinia pestis

Citomegalovírus (mononucleose)

Rubéola

Meningites virais

Paramyxovirus (caxumba ou parotidite)

Pneumonias (diversos patógenos)

Parvovírus B19 (eritema infeccioso)

Poliomielite

Vírus sincicial respiratório

SARS (coronavírus)

Adaptado de: Ayliffe G.A.J. et al. (2000) Control of Hospital Infection: A Practical Handbook

11/04/23 36

Indireto Parenteral - sangue

Fungos Bactérias Vírus Protozoários

Blastomyces dermatitidis (blastomicose)

Cryptococcus neoformans (criptococose)

Corynebacterium diphtheriae (difteria)*

Neisseria gonorrheae (gonorréia)

Leptospira spp. (leptospirose)

Riquetsioses, incluindo febre maculosa

Streptococcus pyogenes

Clostridium tetani*

HBV (hepatite B)*

HCV (hepatite C)

HIV (AIDS)

Herpes

Vírus Ebola

Vírus Marburg

Arenavírus – vírus da febre Lassa

Vírus da febre hemorrágica da Criméia

Plasmodium spp. (malária)

Toxoplasma gondii (toxoplasmose)

* existe vacina, que obrigatoriamente deve ser oferecida aos trabalhadores – item 32.2.4.17.1 da NR 32

11/04/23 37

Contato Indireto – Mãos

Bactérias Vírus

Doenças gastrointestinais (vários patógenos) Salmonella typhi (febre tifóide)Conjuntivite (vários patógenos)S. aureusS. pyogenes

Doenças gastrointestinais (vários patógenos)RotavírusHerpesHAV (hepatite A)HEV (hepatite E)Febres hemorrágicas virais

11/04/23 38

Contato Indireto – OutrosIntermediário Parasitas Bactérias Vírus

Objetos diversos Pediculus humanus (piolho – pediculose)

Objetos diversos, roupas

Sarcoptes scabiei (sarna – escabiose)

Água, alimentos (ingestão)

S. typhiVibrio cholerae

Rotavírus

Água (cutânea) Leptospira spp.

Amblyomma cajennense (carrapato estrela)

Rickettsia rickettsii

Pulga Yersinia pestis, Rickettsia typhi

Mamífero portador Vírus da raiva

Mosquito Aedes aegypti

Vírus da dengue

Mosquitos Vírus da febre amarela

11/04/23 39

Contato Direto – outrosParasitas Fungos Bactérias Vírus

P. humanus (pediculose)S. scabiei (escabiose)

Tinea corporis e outros dermatófitos

S. aureusS. pyogenes

HerpesHPV

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Gotículas e Bioaerossóis

11/04/23 41

Contato indireto – mãos contaminadas

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Contato indireto – perfuração, inoculação

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Contato direto

11/04/23 44

Alguns Agentes e FontesS. aureus resistente Pacientes e trabalhadores

colonizados, fontes ambientais pouco importantes

Legionella pneumophila Sistemas de ar quente e de aquecimento de água (via respiratória)

Mycobacterium tuberculosis Pacientes e trabalhadores bacilíferos

HBV, HCV e HIV Acidentes com perfurocortantes

Coronavírus (síndrome respiratória aguda grave), influenza e vírus sincicial respiratório

Pacientes e trabalhadores com infecção (transmissão por secreções respiratórias; coronavírus: também por via fecal-oral provavelmente)

Enterovírus incluindo o vírus da hepatite A

Alimentos ou água contaminados, trabalhadores

Varicela, sarampo e rubéola Pacientes ou trabalhadores

Escabiose Pacientes ou trabalhadores

11/04/23 45

Agentes Biológicos no ArPadrões Referenciais da Qualidade do Ar em Ambientes InterioresAmostragem de Bioaerossóis em Ambientes Interiores

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Possíveis DanosTipos de danos relacionados

infecções: legionelose, histoplasmose, criptococose, psitacosehipersensibilidade: alergias (atopia) e alveolite alérgicaSED: conjunto de sinais e sintomas de vários processos patológicos diferentes, sem causa específica, que estão associados a determinados edifícios

11/04/23 47

Sintomas Mais Comuns da SED

Dor de cabeçaOlhos: irritação, dor, secura, coceira ou constante lacrimejamentoNariz: constipação, coriza ou irritação Garganta: secura, dor ou irritaçãoTórax: sensação de opressão e dificuldade respiratóriaFadiga e letargia: sonolência e debilidadePele: secura, coceira ou irritaçãoProblemas para manter a concentração no trabalho

11/04/23 48

VMR de Contaminação Microbiológica

Valor Máximo Recomendável de Contaminação Microbiológica: RE no. 9 de 2003

≤ 750 ufc/m3 de fungos

relação I/E ≤ 1,5I: quantidade de fungos no interiorE: quantidade de fungos no exterior

11/04/23 49

Principais Fontes em Ambientes Interiores

Bactérias 1. Água parada2. Torres de resfriamento3. Componentes de condicionadores de ar 4. Superfícies úmidas e quentes

Fungos 1. Ambientes úmidos2. Materiais porosos orgânicos úmidos, forros, paredes e isolamentos úmidos3. Ar externo4. Componentes do condicionador de ar5. Vasos de terra com plantas

Vírus 1. Hospedeiro humano

11/04/23 50

Principais Fontes em Ambientes Interiores

Protozoários

1. Água parada2. Componentes de condicionadores de ar sem manutenção

Algas 1. Torres de resfriamento2. Bandejas de condensado (do condicionador de ar)

Pólen 1. Ar externo

Artrópodes 1. Poeira caseira

Outros animais

1. Roedores2. Morcegos3. Aves

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Contaminação por Microrganismos

Fatores que favorecem a contaminaçãoExistência de nutrientes e acesso fácil a animaisParedes e pisos úmidos e vazamentos de águaUmidade relativa do ar alta: acima de 60 – 70%Locais difíceis de limpar e higienizar como carpetes, tapetes, cortinas e outros tecidosReformas, que liberam os organismos para o ambienteUmidificadores, condicionadores de ar, tubulação onde eles possam crescer: piora sem manutenção e limpeza adequadosAglomeração de pessoas: transmissão de vírus

11/04/23 52

Circulação dos Bioaerossóis

11/04/23 53

Silva MA, Rosa JA (2003) Rev Saúde Pública 37 (2): 242-246

132 amostras de poeira de dois hospitais em Presidente Prudente – SPLocais de coleta: UTI, Centro Cirúrgico, Isolamento de Moléstias Infecciosas, Berçário, Emergência e CozinhaAmebas isoladas foram identificadas por morfologia45,5% amostras positivas para Acanthamoeba ou Naegleria, sendo positivas 41,6% das amostras do hospital universitário e 50% do hospital estadualAmebas de vida livre, potencialmente patogênicas, presentes em todos os ambientes dos dois hospitais, sendo mais freqüentes espécies de Acanthamoeba

11/04/23 54

Mobin M, Salmito MA (2006) Rev Soc Bras Med Tropical 39 (6): 556-559

Pesquisa de fungos em condicionadores de ar de 10 UTIs em hospitais de Teresina – PI33 espécies isoladas: identificadas e classificadas por morfologiaAspergillus niger – 60% e Aspergillus fumigatus – 50%Trichoderma koningii – 50% e Aspergillus flavus – 40% Validade da limpeza dos equipamentos vencida em todas as UTIs Quantidade de UFCs ultrapassava o limite da Portaria 176/00 do Ministério da Saúde (750 UFC)Recomendam-se medidas de controle e proteção dos trabalhadores e pacientes, ventilação mais eficiente e limpeza mais freqüente dos condicionadores de ar

11/04/23 55

Monitoramento Ambiental do Ar

Medidas de bioaerossóis no ambiente de trabalho podem ser feitas

para descrever a exposição geral nesses ambientes: medidas exploratóriaspara exposições a concentrações maiores ou por mais tempo

Comparação com a concentração de bioaerossóis fora do ambiente de trabalhoMedidas: dependência das condições de trabalho

lugar e horárioduraçãofrequência

11/04/23 56

Dimensões de Aerossóis e Bioaerossóis

11/04/23 57

Monitoramento Ambiental do Ar

Amostradores de ar coletam o particulado com os microrganismosDuração da coleta depende do tipo de bioaerossol ou microrganismoDetecção por meio de métodos de cultivo dos microrganismosAtravés do cultivo os microrganismos podem ser contados e diferenciados por meios ou condições seletivos

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Monitoramento Ambiental do Ar

Endotoxinas também são coletadas em filtros a partir do arApós extração, podem ser detectadas por um teste cinético usando lisado do amebócito de limulus (teste LAL)

atividade da endotoxina é dada em unidades de endotoxina

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Amostragem de Bioaerossóis

Norma Técnica 001 da RE 9 da ANVISA

Microrganismos indicadores: fungos viáveis

Equipamento para amostragem: amostrador de ar por impactação com acelerador linear de 1, 2 ou 6 estágios

Periodicidade semestral

11/04/23 60

Amostrador de Vários Estágios

11/04/23 61

A Amostragem

Fonte: Dias JWC. Amostrador de bioaerossóis de um estágio / N6 – manual de operação. Rio de Janeiro: Energética Ind. e Com. Ltda, 2006, 36 p.

Impactador de um estágio

Bomba de vácuo

Suporte para 1,5 m

Taxa de vazão: 23 a 35

L/min, recomendável 28,3

L/min

Tempo de amostragem: 5 a

15 min

Vol. mínimo amostrado:

140 L

Uma amostra do exterior

Várias amostras do interior

(tabela na RE 9)

Calibração semestral da

vazão

11/04/23 62

A amostragemO ar sugado impactará em placas de Petri colocadas em cada estágio do impactador

cada estágio corresponde a um diâmetro de partícula

As placas de Petri devem ter meios sólidos de cultivo para fungos (várias espécies)

Ágar Extrato de Malte, Ágar Sabouraud Dextrose a 4%, Ágar Batata Dextrose

11/04/23 63

Cultivo e AnáliseCultivo: no mínimo 7 dias a 25ºC

A concentração total de fungos cultiváveis é calculada dividindo-se o número total de colônias observadas na placa pelo volume do ar amostrado

o volume de ar é dado pela vazão de amostragem multiplicada pelo tempo decorrido da amostragemo resultado será dado em UFC/m3

11/04/23 64

Exemplos de Cultivos

11/04/23 65

Conceito de precauçãoProgramas para a prevenção de exposições e acidentesIntervenções preventiva e corretiva em ambientes de trabalho

11/04/23 66

Medidas de precaução e prevenção

Qual a diferença?Prevenção: medidas e atitudes tomadas quando são conhecidos os riscos envolvidos

probabilidade de exposição conhecidadano causado também conhecido

Precaução: medidas e atitudes tomadas quando existe a certeza de que todos os riscos envolvidos não são totalmente conhecidos

Risco biológico: incertezas sobre a probabilidade de exposição e o dano causado – logo, deve-se agir primeiro com precaução

11/04/23 67

Precaução x PrevençãoAções de precaução

adotadas antes de se ter ideia de qualquer risco de fato existente – basta presumi-lop.ex. as precauções padrão: para qualquer paciente, independente de doente ou nãoindicadores de exposição (p.ex. frequencia de acidentes) usados para monitorar a eficácia das medidas de proteção e prevenção já implantadas – e não o inverso, isto é, para planejar e estudar a implantação das primeiras medidas

11/04/23 68

PPRA e PCMSO integrados1. Antecipação e reconhecimento

- fontes - vias de transmissão

2. Avaliação

- doenças - situações de risco

3. Monitoramento da exposição e

dos possíveis efeitos

4. Avaliação da eficácia das

medidas e ações do programa

- Medidas de precaução

- Definir prioridades e metas

Medidas de prevenção específicas a riscos

mais significativos

- Vigilância de sinais, sintomas e doenças

-Quimioprofilaxia pós-exposição e

tratamento médico

Registro e divulgação

11/04/23 69

Controle do Risco Biológico

Antes da exposiçãoPPRA

avaliação do risco biológico: qualitativadoenças mais prováveis e agentes presumidos

medidas de prevenção: precauções padrão e por via de transmissão

PCMSOexames periódicos para doenças mais importantesexames periódicos para doenças mais prováveisvacinação

11/04/23 70

Controle do Risco Biológico

Depois da exposiçãoPPRA

identificação mais precisa do agentemedidas de prevenção específicas para evitar disseminação do agente (acidentes)

PCMSOprofilaxia pós-exposiçãotratamentocondutas frente a eventuais danos permanentes (adaptação e/ou reabilitação)

11/04/23 71

Controle do Risco Biológico

Baseado em indicadores

especialmente os epidemiológicospacientes e trabalhadoresfontes ambientais

mas, em alguns casos, também em dados quantitativos: relação mais fraca com a doença

monitoramento da eficácia das medidas de prevenção à exposição

11/04/23 72

Sistema de Gestão

Fonte: http://www.fundacentro.gov.br/dominios/CTN/seleciona_livro.asp?Cod=218

Participação

Infraestrutura e materiais

Recursos financeiros

Competência e capacitação

Prestação de contas

Documentação

Comunicação

Monitoramento e medição do desempenho

Vigilância em saúde

11/04/23 73

Risco Biológico na GestãoCompetência e capacitação

riscos e formas de preveni-losmudanças no processo produtivomudanças nos riscos

Participaçãomedidas de prevenção focadas no trabalhador, necessária sua adesãoadesão será maior se o ambiente de trabalho for propício (“clima de segurança”, “Magnet Hospitals”)

11/04/23 74

Risco Biológico na GestãoEpidemiologia

monitoramento e medição de desempenhoavaliação do risco biológicoacidentes e incidentesquase acidentesadesão dos trabalhadores às medidas de prevençãoavaliação das capacitações

vigilância em saúdeadesão à profilaxia ou ao tratamentostatus vacinalestado de saúde

11/04/23 75

Risco Biológico na GestãoDocumentação

procedimentos e manuais em portuguêsprogramas

Comunicaçãocomunicar acidentes e incidentes importantes às autoridades e aos trabalhadoresCATs, SINANsinalização, avisos

Prestação de contasretorno aos trabalhadores sobre as medidas

11/04/23 76

Pontos Essenciais nos Programas

Identificação das possíveis fontes de exposição

levantamento de situações de riscosuspeita da presença de doenças transmissíveis no ambiente de trabalho

Agir antes das exposições ou acidentesdesfecho das doenças nem sempre é conhecido

11/04/23 77

Controle da Cadeia de Infecção

Serviços de saúde: controles que estão ligados para formar uma cadeia são muito mais efetivos na prevenção de uma cadeia de infecção

11/04/23 78

Controle da Cadeia de Infecção

Reservatório

Transmissão

Portas de entrada

ColonizaçãoInfecção Parasitismo Intoxicação Carcinogênese Teratogênese Hipersensibil.

Agravo ou doença

Identificação e avaliação qualitativa

Eliminação, substituição e controle

Intoxicação, Hipersensibilização

Tratamento profilático ou profilaxia pós-exposição

Imunização ativa (vacina)

Imunização passiva

Tratamento médico

Avaliações clínicas periódicas

Exames periódicos Tratamento médico

Recuperação

Avaliações periódicas

Reabilitação

Restrição da disseminação

Isolamento e diluição

Limpeza e desinfecção

Medidas administrativas

Barreiras físicas (EPIs)

Imunização ativa (vacina)

Segregação

Fonte

11/04/23 79

Hierarquia de medidas de controle

Controle de riscos na fonteControle de riscos na trajetóriaProteção individual

Tipos de medidas de controleEliminação ou substituiçãoInterposição de barreiras: no ambiente ou no indivíduoProcedimentosOutras medidas administrativas

11/04/23 80

Controle de riscos na fonteEliminação, substituição ou controle da fonte e do agente

Eliminar todas fontes possíveis – não deixar acumular resíduos e substituir ou eliminar equipamentos, instrumentos, ferramentas e materiais potencialmente contaminadosControle de pragas e vetores e controle de acesso de visitantes e terceirosAfastar temporariamente trabalhadores que possam transmitir doenças a outros trabalhadores nos ambientes de trabalho (bom senso)Em relação a pacientes: eliminar exames, procedimentos e retornos desnecessários

11/04/23 81

Controle de riscos na trajetória

Prevenção ou diminuição da disseminação do agente no ambiente de trabalho

Manter o agente restrito à fonte ou ao seu ambiente imediato: uso de sistemas fechados, uso de recipientes fechados, enclausuramento da fonte, ventilação local exaustora, cabines de segurança biológica, segregação de materiais e resíduos

Isolamento ou diluição do agente: ventilação geral diluidora, áreas com pressão negativa, antecâmaras para troca de vestimentas, isolamento de pacientes, estabelecimento de áreas com finalidades específicas

11/04/23 82

Controle de riscos na trajetória

Prevenção ou diminuição da disseminação do agente no ambiente de trabalho

Limpeza, organização, desinfecção e esterilização: instalações, água, alimentos, lavanderia, equipamentos, instrumentos

Medidas administrativasPlanejar e implantar processos e procedimentos de recepção, manipulação ou transporte de materiais visando a redução da exposição aos agentes

Planejar o atendimento e fluxo de pessoas de forma a reduzir a possibilidade de exposição

11/04/23 83

Proteção individualCapacitação inicial e continuadaUso dos EPIs adequados: luvas, protetores respiratórios, protetores faciais, óculosMedidas de proteção a trabalhadores mais suscetíveis: grávidas, imunocomprometidos, alérgicos, etcPlanejar horários e turnos de forma a minimizar exposição

11/04/23 84

Proteção individualHigiene das mãos

lavatórios adequadosprocedimentos adequados: lavagem freqüente, mesmo com luvas

Atitudes pessoais e instalações adequadaslocais e asseio para refeição, descanso, fumaruso de adornos

Vestimentas e calçados: fornecimento, guarda e higienizaçãoVacinação

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Manual – ATs com Perfurocortantes

Programa de prevenção alinhado com sistema de gestão

Manual de implementação: programa de prevenção de acidentes com materiais perfurocortantes em serviços de saúde

http://www.fundacentro.gov.br/dominios/CTN/seleciona_livro.asp?Cod=251 www.riscobiologico.org

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Legislação e Recomendações

Guia Técnico de Riscos Biológicos - NR 32:www.mte.gov.br/seg_sau/guia_tecnico_cs3.pdf

Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde – RDC 306 ANVISA:

e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=13554&word=

“Higienização das Mãos em Serviços de Saúde” – ANVISA:www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/manual_integra.pdf

Programa de Controle de Infecção Hospitalar – Portaria GM 2616-98:

e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=482&word=

Processamento de Artigos e Superfícies em Serviços de Saúde:

www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/processamento_artigos.pdf

Regulamento Técnico para projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde - RDC 50/02 ANVISA:

e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=11946&word=

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Legislação e Recomendações

Regulamento Técnico sobre qualidade do ar em interiores - Portaria 3523 GM MS:

e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=295&word=

Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em Ambientes Climatizados - RE 9 ANVISA:

e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=17550&word=qualidade%20ar%20interiores

Doenças Relacionadas ao Trabalho - Portaria 1339 MS: dtr2004.saude.gov.br/susdeaz/legislacao/arquivo/Portaria_1339_de_18_11_1999.pdf

Imunobiológicos Especiais e suas Indicações: portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/indicacoes_cries.pdfbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/manual_cries.pdf

Recomendações para atendimento e acompanhamento de exposição ocupacional a material biológico - HIV e hepatites B e C:

bvsms.saude.gov.br/bvs/aids/publicacoes/manual_acidentes.pdfwww.riscobiologico.org/resources/4888.pdf

Arquitetura na Prevenção da Infecção Hospitalar: www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/infeccao.pdf

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Legislação e Recomendações

“Manual de Processamento de Roupas de Serviços de Saúde: Prevenção e Controle de Riscos” – ANVISA:

www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2007/041207_1_processamento.pdf

Doenças de notificação compulsória - Portaria 5/06 SVS MS: dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/Documentos/notificacao.pdf

Procedimentos técnicos para a notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador - Portaria 777 GM:

e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=21449&word=

“Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico” de 2004 – CBS MS:

dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/pdf/04_0408_M.pdf

“Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com agentes biológicos” de 2006 – CBS MS:

bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/06_1155_M.pdf

Programa Nacional de Imunizações e Calendários de Vacinação – MS:

portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=25806

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Para Saber MaisCurso on-line gratuito da NR 32:

www.tspv.com.brPublicações da ANVISA relacionadas:

www.anvisa.gov.br/reblas/publica.htmwww.anvisa.gov.br/divulga/public/index.htm

Texto sobre vigilância ambiental e toxicologia:

dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/pdf/04_0177_M.pdf

Vacinação de trabalhadores – SBIM e ANAMT:

www.sbim.org.br/documentos/SBIM_empresas.pdfwww.anamt.org.br/adm/dica/download_arquivo_dica.php?id=14

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Para Saber MaisMSDS para agentes biológicos:

www.phac-aspc.gc.ca/msds-ftss/Classificação de Risco dos Agentes Biológicos:

bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/06_1156_M.pdf

“Doenças Infecciosas e Parasitárias - Guia de Bolso”:

portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/guia_bolso_6ed.pdf

“Guia de Vigilância Epidemiológica”:bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Guia_Vig_Epid_novo2.pdf

“NR 32”, publicação do COREN SP:corensp.org.br/072005/banner_rotativo/nr32.pdf

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Para Saber MaisAcesso a artigos científicos de diversas publicações, uma boa parte em português:

www.scielo.org

Biblioteca Virtual em Saúde:bvsms.saude.gov.br/html/pt/home.html

Manual “Doenças Relacionadas ao Trabalho” da OPAS:

www.opas.org.br/publicmo.cfm?codigo=48

www.dominiopublico.gov.brwww.riscobiologico.org

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ContatoÉrica Lui ReinhardtPesquisadora – FundacentroDQI / CHT – 1o. andar – Sala 17R. Capote Valente, 710Pinheiros – CEP 05409-002São Paulo – SPTel. (011) 3066-6074E-mail: [email protected] [email protected]