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Rio Mondego Da Nascente à Foz Diana Moreira Coimbra 2011

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Rio Mondego Da Nascente à Foz 

 

 

 

 

  

 

Diana Moreira 

Coimbra ‐ 2011 

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Rio Mondego Da Nascente à Foz 

 

 Trabalho de avaliação contínua no âmbito da unidade curricular  

de Fontes de Informação Sociológica 

 

 

 

 

Docente: Paulo Peixoto  

Aluna: Diana Moreira Martins 

Número de estudante: 2011143155 

 

Imagem da capa:  

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“Que lindas coisas a lendária Coimbra encerra! 

Que paisagem lunar que é mais doce da terra! 

Que extraordinárias e medievais raparigas! 

E o Rio? E as fontes? E as fogueiras? E as cantigas?” 

 

António Nobre 

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Sumário1. Introdução ...................................................................................................................................... 1 

2. Desenvolvimento – Estado das Artes ............................................................................................. 2 

2.1 Justificação da escolha do tema ............................................................................................... 2 

2.2 Caracterização histórico‐social do Rio Mondego e da Cidade de Coimbra .............................. 2 

2.3 Características morfológicas do Rio Mondego ......................................................................... 3 

2.4 Da Nascente a Penacova .......................................................................................................... 4 

2.5 De Penacova a Coimbra ........................................................................................................... 4 

2.6 De Coimbra à Figueira da Foz (Baixo Mondego) ...................................................................... 6 

2.7 Necessidade de Intervenção .................................................................................................... 8 

2.8 Influência do Rio Mondego na Cidade de Coimbra ................................................................ 12 

2.8.1 Influência climatérica ...................................................................................................... 12 

2.8.2 Influência urbanística ...................................................................................................... 13 

2.8.3 Influência Paisagística, Cultural, Patrimonial e de Lazer ................................................. 13 

3. Ficha de Leitura ............................................................................................................................ 16 

3.Avaliação de um Sítio da Internet ................................................................................................. 22 

4. Conclusão ..................................................................................................................................... 23 

5. Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 24 

 

Anexo I Anexo II Anexo III Anexo IV Anexo V 

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1.IntroduçãoNo âmbito da unidade curricular de Fontes de Informação Sociológica procedeu‐se 

à elaboração de um trabalho sobre o Rio Mondego e sobre o impacto que este tem para o 

desenvolvimento  das  localidades das  suas margens,  nomeadamente do  seu  contributo 

para a cidade de Coimbra. 

Desta  forma, procedemos a uma pesquisa aprofundada  sobre o  tema pelo qual 

optámos  para  a  concretização  do  trabalho,  desde  artigos  na  internet  a  livros,  na  fase 

inicial para a realização da ficha de leitura. 

Após  a  realização  da mesma,  ainda  havia muito  por  pesquisar,  neste  sentido, 

procedi a uma pesquisa adicional na  internet, nomeadamente no google académico, na 

tentativa  de  encontrar  artigos  académicos  que  poderiam  vir  a  ser  úteis  para  o 

desenvolvimento  do  trabalho.  Apesar  de  ter  encontrado,  a  informação  ainda  não  era 

suficiente.  

Assim  sendo,  procedi  à  recolha  de  informação  em  locais  físicos,  na  cidade  de 

Coimbra,  a  pesquisa  foi  feita  em  locais  pertencentes  à  Câmara Municipal  de  Coimbra, 

mais  concretamente  o  Arquivo  Histórico  Municipal,  a  Casa  Aninhas  e  a  Biblioteca 

Municipal de Coimbra, onde  consegui aceder  facilmente a documentos oficiais, mapas, 

plantas da cidade de Coimbra. 

Desta forma, o trabalho desenvolvido cruza toda a informação por mim recolhida 

e  aborda os  aspectos que  julguei  cruciais para perceber o Mondego que  ganha  assim, 

identidade própria.  

O  trabalho  está  dividido  em  três  partes  relacionadas  com  o  percurso  do  rio,  e 

assim, vou frisando as suas características principais. Contudo, a parte mais valorizada é 

sem dúvida o  integrar do Rio Mondego na capital de Distrito, ou seja, a parte que mais 

destaque  adquire  no  trabalho  é  a  influência  do  Mondego  na  construção  e 

desenvolvimento da cidade de Coimbra. 

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2.Desenvolvimento–EstadodasArtes 

2.1Justificaçãodaescolhadotema

   O tema em questão, o Rio Mondego, é um foco de grande interesse e tem imensa 

informação  relacionada.  É  difícil  dissociar  determinados  aspectos  em  detrimento  de 

outros, acabam todos por ter pequenos elos de  ligação que são  igualmente  importantes 

no fluir do trabalho e, principalmente, no decorrer de toda a pesquisa feita em torno do 

mesmo. Assim sendo, o subtema pelo qual optei é o D. 

    O  facto  de  relacionar  o  rio  com  questões  culturais,  arquitectónicas,  de 

sustentabilidade e de intervenção no espaço público, é bastante interessante, demonstra 

uma  interdisciplinaridade necessária, prova que as diferentes esferas de  intervenção se 

podem  relacionar  e  que,  para  isso  ser  possível,  tem  de  ser  de  forma  sustentada  e 

equilibrada. Daqui advém a necessidade de alargar o campo de pesquisa, numa forma de 

organização da própria informação. 

   É enriquecedor, a nível pessoal, poder compreender o impacto que o facto do Rio 

Mondego atravessar Coimbra, bem como  todos os outros concelhos e verificar a  forma 

como o  rio  leva as  localidades a desenvolver, os  recursos que potencializa entre outras 

variáveis. 

 

2.2 Caracterização histórico‐social do Rio Mondego e da Cidade de

Coimbra

Quando se fala do Rio Mondego, não se pode esquecer ou negar a importância de 

ser  o  maior  rio  inteiramente  português,  é  o  maior  rio  cujo  nascente  e  foz  são  em 

território nacional. O Rio Mondego nasce na Serra da Estrela (consultar imagem 1‐ anexo 

I),  a  uma  altitude  de  1425 metros  e  desagua  na  Figueira  da  Foz,  onde  se  forma  um 

estuário de cerca de 3,5 km2. 

No  seu  todo,  o  Rio  tem  cerca  de  234  quilómetros  de  extensão,  atravessando 

concelhos com características muito diferentes entre si. 

A cidade de Coimbra (desde sempre) adquiriu muita importância, não só devido à 

sua  localização  privilegiada,  como  também  pelo  facto  de  ser  atravessada  pelo  Rio 

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Mondego. Outrora, Coimbra foi, durante algum tempo, a capital do nosso reino. O facto 

de se situar no Centro do país era uma mais‐valia importante, estabelecia a ligação entre 

o Norte e o Sul do país, entre a faixa Litoral e o Interior, entre a serra e o mar. O facto de 

ter o porto da Figueira da Foz era importante na entrada e saída de mercadorias e o Rio 

proporcionava a comunicação fluvial necessária até ao porto. Durante, muitos anos, o rio 

era navegável com pequenas embarcações que efectuavam transporte de bens e pessoas.  

 

2.3CaracterísticasmorfológicasdoRioMondego

O Rio Mondego atravessa diferentes  locais, com características diferentes. Desde 

logo, nasce no ponto mais alto de Portugal Continental. Embora, não seja exactamente na 

Serra da Estrela, nasce em Manteigas. Esta região é essencialmente granítica e de rochas 

sedimentares que o rio vai “cortando” no seu percurso, por um vale bastante encaixado. 

Aqui, o Rio revela‐se quase como selvagem, evidenciando toda a sua força e corrente. É 

aqui  que  Rio  tem  a  água  no  seu  estado  mais  puro,  sofrendo  pouca  intervenção  e 

proporcionando  a  manutenção  das  características  das  espécies  aquáticas  que  tem  o 

Mondego como seu habitat. (Figueira, 2002) 

   Quando o Rio entra no Distrito de Coimbra perde  força e  corrente, o Mondego 

torna‐se então mais calmo. 

   No seu percurso final, o rio passa por uma planície aluvial, os designados campos 

do Mondego,  campos  bastantes  férteis,  região  bastante  afectada  pela  ocorrência  de 

cheias, muitos dos terrenos são facilmente inundáveis e alguns são mesmo pantanosos. 

   O  Rio  Mondego  tem  alguns  afluentes  ao  longo  de  toda  a  sua  extensão, 

nomeadamente o Ceira, o Ega, o Arunca, o Dão e o Alva. A bacia hidrográfica tem uma 

precipitação média anual de 1233mm e um caudal médio anual de 108.3 m3/s. ( Figueira, 

2002) 

   Ao  longo de  todo o  seu percurso, é possível  vislumbrar espécies  animais muito 

interessantes de que  são  exemplo o milhafre  (ver  imagem 2  –  anexo  I), o pato‐real,  a 

cegonha,  a  gaivota,  a  lampreia,  o  sável,  entre  outros.  Mas  também  uma  flora, 

incrivelmente  diversificada,  existência  de  choupos,  salgueiros,  freixos,  amieiros, 

nenúfares,  que  permitem  uma  flexibilidade  e  garantindo  o  equilíbrio  do  ecossistema, 

reduzindo a eutrofização e dificultando a entrada de espécies exóticas. 

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2.4DaNascenteaPenacova

   É entre estes dois pontos, que o traçado do rio é mais acidentado, mas é também 

aqui que podemos desfrutar da  intensa beleza da paisagem do  rio e das suas margens, 

sem grande  intervenção do Homem. O  facto de o Mondego atravessar o maior parque 

natural do nosso país, de correr  livremente por entre os granitos  já perfaz uma  imagem 

quase  idílica  desta  realidade  e  desperta/aumenta  o  sentimento  de  curiosidade  face  a 

paisagem que pode ser observada.  

Na verdade, é um privilégio poder‐se contemplar paisagens com esta amplitude e 

magnificência. Neste percurso vão surgindo pequenos parques de merendas a par com o 

rio,  de  que  é  exemplo  o  Parque  de  Merendas  da  Nascente  do  Mondego,  espaços 

relvados,  que  permitem  usufruir  de  uma  bela  paisagem  enquanto  se  almoça,  espaços 

convidativos a passar uma tarde. É de referir também, a existência do parque ecológico 

que permite passear, fazer vários percursos pelo concelho de Gouveia e apreciar a fauna 

e flora daquela região, tendo sempre bem presente o rio. 

2.5DePenacovaaCoimbra

   É  neste  percurso  que  o  contacto  com  a  natureza  é  de mais  fácil  acesso.  Não 

obstante,  da  forte  intervenção  do  Homem,  nomeadamente,  no  que  diz  respeito,  à 

construção de barragens limítrofes ao concelho de Penacova, como é o caso da Barragem 

da  Aguieira  (consultar  imagem  3  –  anexo  I)  e  da  Barragem  de  Raiva,  importantes 

construções  para  atender  às  necessidades  do  ser  humano,  essencialmente,  porque 

reduziu, ainda que não da forma pretendida, a iminência de cheias na cidade de Coimbra, 

pelo menos  servem  de mecanismos  de  controlo,  contínua  a  ser  conferido  ao  rio  um 

carácter natural. 

Ambas,  juntamente  com  a  Barragem  de  Fronhas  e  o  Açude  de  Coimbra  são 

elementos representativos do forte aproveitamento hidroeléctrico e hidroagrícola. O Rio 

Mondego é das maiores bacias hidrográficas portuguesas aproveitadas, é onde se utiliza 

mais  os  recursos  hídricos.    É  importante,  particularmente  na  produção  eléctrica, mas 

convém não esquecer da  importância que adquire no abastecimento público de águas e 

na utilização da água para  rega. É de  salientar que devido à  sua extensão, dimensão e 

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importância exercida sobre a população dos concelhos contíguos ao  rio,  foi criada uma 

entidade  gestora  do  Aproveitamento Hidráulico  do Mondego,  com  vista  a monitorizar 

toda a informação e pesquisa necessária para o bom funcionamento.  

Este  investimento  traduz  igualmente  um  incentivo  à  produção  agrícola  (Baixo‐

Mondego)  e  um  forte  incremento  do  tecido  industrial,  potencializando  o 

desenvolvimento económico da região. 

   As actividades desportivas neste percurso são uma constante, principalmente de 

desportos  intimamente  relacionados  com  o  Mondego.  São  várias  as  empresas  que 

promovem  descidas  de  rio  em  canoas  e  kayak  (ver  imagem  4  –  Anexo  I)  que  neste 

percurso  têm  a  vantagem  de  a  corrente  ser mais  constante,  embora  seja  necessário 

desviarem‐se  em  pequenos  açudes.  A  descida  tem  início  em  Penacova  e  término  em 

Torres do Mondego.  

   É  nesta  localidade, mais  precisamente  em  Casal  da Misarela,  que  se  situa  uma 

praia fluvial (ver imagem 5 – Anexo I), mais uma forma de aproveitar o que de melhor o 

Rio  pode  proporcionar.  A  praia  fluvial  está  dotada  de  boas  infra‐estruturas,  boas 

condições,  constituindo  uma  boa  alternativa  para  as  regiões  localizadas  no  interior  do 

Distrito  de  Coimbra.  Também  os  parques  de  campismo,  quer  de  Penacova,  quer  de 

Coimbra  se  situam  nas  imediações  do Mondego,  constituindo  um  forte  chamariz,  por 

todas  as  actividades  que  se  pode  desenvolver,  desde  as  descidas  do  rio,  a  passeios 

pedestres  nas margens,  a  BTT  ,entre  outros,  servindo‐se  de  pequenas  praias  fluviais, 

tornando o  local mais cativante à prática por exemplo, de raides nocturnos por grupos/ 

associações de jovens. 

   Com o objectivo de proteger os interesses da sua região, bem como o de todos os 

turistas que os visitam, as pessoas destes locais turísticos uniram‐se num movimento que 

designam de “Plataforma Mondego Vivo”, uma forma de protestarem ganhando forma e 

consistência, contra o projecto de construção de uma mini‐hídrica. Este movimento tem 

tomado as dimensões que pretendiam inicialmente, mobilizando cada vez mais pessoas e, 

arranjando  mecanismos  de  demonstrar  o  seu  desagrado,  desde  manifestações 

alternativas, ou seja, juntaram  imensas pessoas que desceram o rio de canoa sob forma 

de protesto, para evidenciarem as perdas que advém da construção da mini‐hídrica. Esta 

forma  de  protesto  cativou  a  atenção  dos  media,  não  apenas  a  nível  local,  que  têm 

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referido a força que esta plataforma tem vindo adquirir, salientando a sua perspicácia e 

audácia,  lançaram  recentemente,  uma  petição  pública,  com  o  sentido  de  promover  o 

debate na Assembleia da República sobre o avançar ou não da construção. 

   Aliado às práticas de lazer anteriormente referidas, neste percurso do Mondego, a 

pesca é algo  recorrente. São muitos os praticantes desta modalidade no Rio Mondego, 

nomeadamente,  nas  proximidades  da  Barragem  da  Aguieira.  Espécies  como  sável, 

lampreia e truta são bastante apreciados pelos pescadores ocasionais. Esta ligação com a 

pesca  já  vem  de  há  imensos  anos  atrás.  Os  concelhos  vizinhos  de  Coimbra,  como 

Penacova e Santa Comba Dão  (Distrito de Viseu) sempre tiveram esta  ligação piscatória 

com  o  próprio  rio.  Por  isso  se  criou  a  Confraria  da  Lampreia,  que  visa  promover  e 

defender  a  gastronomia  tradicional  portuguesa, mas  sobretudo,  a  gastronomia  típica 

desta região – a Lampreia à moda de Penacova.  

   Tem ainda associado à confraria outros pratos de peixe, como o peixinho do  rio 

frito e peixes do rio. No entanto, não engloba apenas peixe, refere ainda a particularidade 

de  arroz  de  míscaros  (arroz  confeccionado  com  cogumelos  selvagens,  igualmente 

tradicional em Penacova) e a chanfana e o arroz malandro de galinha, remetendo‐nos já 

para  a  proximidade  com  o  concelho  de  Vila  Nova  de  Poiares.  A  nível  de  doçaria,  a 

referência prende‐se com os doces conventuais associados ao Mosteiro de Lorvão, que, 

mais uma vez, se cruza com a co‐existência do rio nas suas proximidades. 

  Neste percurso do Rio, está bem presente a ligação das pessoas com o mesmo e a 

importância que o rio adquire na forma de organização da vida da população, Penacova 

por  exemplo,  tem  as  construções  na  parte  mais  alta,  pois  as  cheias  não  permitem 

desenvolver as construções nos espaços imediatamente contíguos ao rio, proporcionando 

uma melhor e maior proximidade do Homem com a Natureza. 

 

2.6DeCoimbraàFigueiradaFoz(BaixoMondego)

Como  referi  na  caracterização  morfológica,  esta  zona  caracteriza‐se  pela  sua 

extensa  planície  inundável,  representa  40km  de  uma  planície  aluvial.  Como  tal,  os 

terrenos situados nas margens do Mondego, nesta região, constituem campos agrícolas 

(imagem  6  –  Anexo  I).  São  zonas  extremamente  férteis  e  produtivas,  sendo  uma 

referência a nível europeu no que diz respeito à produção de arroz.  

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É aqui que a intervenção do Homem ganha expressão. A intensiva prática agrícola 

faz  com que o nível de poluição dos  lençóis de água e do próprio Rio não  sejam nada 

favoráveis. Assiste‐se a uma degradação sistemática e à poluição progressiva das águas 

do Mondego. Só o  simples  facto de procederem a plantações  faz com que os  terrenos 

percam  drenagem.  Todavia,  como  se  não  bastasse  a  situação  anteriormente  descrita, 

soma‐se  ainda  o  uso  excessivo  de  produtos  químicos,  que  ajudam  os  agricultores  a 

proteger  os  seus  produtos  e  que  são  tão  prejudiciais  para  os  próprios  produtos 

alimentares que são directamente alvo desses mesmos produtos, nocivos para a saúde da 

população que muitas das vezes não tem qualquer tipo de preocupação em lavar bem os 

produtos hortícolas por exemplo e reflecte‐se num grande impacto ambiental. 

Constitui factor de poluição do rio e, consequentemente, destrói o habitat natural 

das  espécies.  Os  próprios  peixes  perdem  qualidade,  para  além  de  estarem  em  águas 

quimicamente  contaminadas,  alimentam‐se de plantas  aquáticas que  também  elas  são 

obrigadas a filtrar esses maus nutrientes. 

Na  foz do Rio,  junto  à  cidade da  Figueira da  Foz,  esta preocupação ecológica  e 

ambiental é tida em consideração. Porém, esta inquietação devia ser alargada a todos os 

concelhos e  locais banhados pelo Mondego, de modo a garantir uma gestão sustentada 

de um recurso tão importante para a região Centro do país.  

Na Figueira da Foz, a zona do estuário do Mondego (consultar imagem 7 – Anexo 

I), já constitui uma espécie de reserva ambiental e ecológica, zelando pelo bem‐estar das 

espécies e pela melhor qualidade de vida. Sendo importante preservar algumas espécies 

aqui  existentes  que  não  são  vulgarmente  encontradas  em  Portugal  como  a  gaivota‐

prateada, o flamingo‐comum ou a andorinha‐do‐mar‐anã.  

É  igualmente  importante,  ressalvar,  a mais‐valia  do  porto  da  Figueira  e  da  sua 

marina de recreio, é importante para o desenvolvimento da região, sendo uma referência 

portuária  a nível nacional na  entrada  e  saída de mercadoria.  Importante  é  também,  a 

ligação  que  tem  com  o  Porto  de  Aveiro,  quer  a  nível  de  pequenas  embarcações  de 

pescado,  quer  nas  de maior  dimensão.  Estas  duas  capitanias  funcionam  também  em 

conjunto no que diz respeito a operações de salvamento e resgate, seja de embarcações, 

seja de pessoas, principalmente na época balnear. Unem esforços devido à proximidade e 

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ao  facto de existirem  locais onde a capitania de Aveiro se desloca mais  facilmente que 

propriamente a da Figueira da Foz, caso da Praia de Mira, por exemplo. 

 

2.7NecessidadedeIntervenção

   Ao longo do trabalho têm sido sucessivamente abordadas algumas debilidades do 

Mondego, ou das suas margens, sendo que as cheias são o problema mais evidente. As 

notícias mais  frequentes  quando  se  efectua  uma  pesquisa  sobre  o  rio,  neste  caso  o 

Mondego, são mesmo sobre as cheias. Este é um problema que  já se arrasta há muitos 

séculos, mas o nível de  frequência  com que estes  fenómenos naturais  acontecem  tem 

vindo  a  aumentar. Ou  seja,  se  ainda há não muito  tempo havia, em dez  anos  apenas, 

referência a uma cheia de grande dimensão, actualmente verifica‐se que ocorrem cada 

vez mais cheias dignas de registo.  

   Na década de 70, de forma a colmatar esta fragilidade, procedeu‐se à construção 

das  barragens  anteriormente  referidas, mas  verificou‐se  que  não  era  completamente 

viável, e que o maior problema do Mondego  consistia no assoreamento do  rio, que  já 

havia melhorado aquando da criação de um novo leito. 

   As  cheias  do  Rio Mondego  são  caracterizadas  por  serem  rápidas  e  em  pouco 

tempo terem um forte impacto na zona ribeirinha. Esta preocupação estende‐se a todos 

os concelhos cujo Mondego atravessa, bem como, a própria cidade de Coimbra. A zona 

ribeirinha  de  Coimbra  e  a  Baixa  são  potenciais  alvos  das  cheias,  daí  a  necessidade  de 

rápida intervenção, pois os prejuízos, podem ser avultados. 

  Outro  problema  que  influencia  directamente  o  curso  normal  do  Rio  e  o 

crescimento da cidade de Coimbra prende‐se com a deslocação das pessoas para a faixa 

litoral  e  a  concentração  da  população  nas  cidades  e  nos  arredores.  O  êxodo  rural 

acontece porque as pessoas precisam de estar em locais onde possam ter um mais fácil, 

rápido e eficaz acesso aos  serviços de que necessitam e onde  seja mais  fácil encontrar 

trabalho. 

    Esta situação motiva um forte crescimento da cidade, nomeadamente em termos 

habitacionais. Viver no centro da cidade é caro e, por norma, o centro da cidade funciona 

mais ligado ao comércio e serviços. Neste sentido, a cidade tem a necessidade de crescer, 

estendendo‐se até às zonas periféricas. Coimbra não é excepção. De facto, à semelhança 

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do  que  acontece  em  todas  as  cidades  da  faixa  litoral  do  nosso  país,  o  aumento  das 

construções habitacionais  é  visível,  sendo que  são  construções de  valor mais  reduzido 

face aos preços praticados no centro da cidade.  

   Este aumento populacional tem sido um processo muito rápido e desorganizado, 

num  território  já  por  si  desordenado.  Que  tem  como  uma  consequência  imediata,  o 

aumento  do  tráfego  automóvel,  uma  vez  que  os  transportes  colectivos  não  são 

suficientes para satisfazer e atender às necessidades de toda a população residente em 

Coimbra e arredores. Daí ser necessária a  intervenção com o objectivo de ordenação do 

território. É necessário proceder a uma  requalificação,  reurbanização e  revitalização da 

Cidade de Coimbra.  

   Neste  sentido,  são  vários  os  projectos  apresentados  anualmente  de  forma  a 

garantir  uma melhor  qualidade  de  vida  à  população.  Contudo,  não  adianta  qualquer 

apresentação de projectos se não se conseguir avaliar a sua concretização e pertinência. 

Existem vários mecanismos ao serviço do municípios para que possam estudar e analisar 

quais as necessidades da população e de forma a garantirem intervenção, de forma a dar 

respostas concretas aos problemas devidamente identificados. 

   O Plano Director Municipal  (PDM) é o  instrumento de  intervenção mais utilizado 

pelas  autarquias,  é  um  plano  desenvolvido  pela  Câmara Municipal  de  Coimbra  (neste 

contexto)  que  permite  definir  linhas  orientadoras  para  o  ordenamento  do  território. 

Identifica quais os espaços públicos existentes, quais os terrenos pertencentes à Câmara 

que possam  ser  ou  não  aproveitados,  neste documento  é  possível  identificar  as  redes 

urbanas, as redes de  transporte, os sistemas de  telecomunicações e a própria captação 

de água da cidade de Coimbra, o PDM que actualmente vigora data de 1994, sendo que 

vai sofrendo alterações sempre que seja pertinente e assim se justifique. 

   Outro  instrumento  de  intervenção  é  o  Plano  Estratégico  de  Coimbra  (PEC), 

associado a um Plano de Urbanização, Coimbra  tem de ser dotada de mecanismos que 

possam  resultar numa vitória de desafios,  impostos por condicionantes externos. Desta 

forma o PEC constitui um estudo daquilo que Coimbra pretende ser e reflectir aos outros 

municípios  com  quem mantém  relação  directa.  Coimbra  pretende  ser  assim  um  pólo 

dinâmico e  inovador, um pólo atractivo capaz de atrair e reter  investimentos e pessoas, 

melhorando as suas relações com o exterior. Para possibilitar este desenvolvimento, são 

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necessários  agentes estratégicos,  com base em pressupostos  teóricos e  indicadores de 

cariz económico e  social,  caracterização da população  residente, o emprego, a  taxa de 

emigração,  o  nível  de  educação,  os  equipamentos  de  que  é  dotada,  as  estruturas  da 

produção e actividades económicas, demonstrando o poder de compra da população de 

Coimbra. 

    Assim sendo, o PEC definiu com objectivo primordial o rendimento e a qualidade 

de  vida,  tem  em  conta  três  abrangentes  dimensões:  a  Tecnologia  e  Conhecimento 

(associada  ao  I&D  –  Inovação  e Desenvolvimento),  a  Saúde  e o  Turismo  e Património, 

representando áreas estratégicas de competitividade. 

   Tendo em conta estas dimensões, pretendem actuar em 8 esferas de intervenção 

distintas e mais específicas: 

• Empreendorismo e Inovação 

• Transportes, Mobilidade e Acessibilidade 

• Ambiente 

• Património Edificado 

• Cultura e Entretenimento 

• Turismo 

• Marca Coimbra 

• Dinâmicas Urbanas 

O  primeiro  ponto  é  encarado  como  motor  de  desenvolvimento,  inovação  e 

geração de riqueza e retrata a capacidade e audácia de criar condições de  investimento 

ligadas a Coimbra. Por sua vez, a questão da Mobilidade está relacionada com dois níveis 

distintos. Um aponta para os melhoramentos dos fluxos supra‐regionais e o outro para a 

mobilidade existente entre todo o Distrito de Coimbra, aquilo que se denomina como os 

transportes suburbanos de Coimbra, que faz a ligação de Coimbra a todas as localidades. 

    A  questão  ambiental  diz  respeito  a mecanismos  de  sustentabilidade  que  visam 

promover a qualidade de vida das populações e, de certa  forma,  ser  responsáveis pela 

atracção  de  pessoas  para  práticas  de  turismo.  A  esfera  de  intervenção  no  Património 

Edificado, na Cultura e no Entretenimento e o Turismo estão fortemente  ligados. Com a 

intervenção a nível patrimonial, pretende‐se que os turistas usufruam do património na 

sua totalidade, optimizando a ligação existente da História com a cidade. A intervenção a 

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nível Cultural, pressupõe a criação de novos hábitos culturais junto dos habitantes locais 

bem como dos turistas. Por seu turno, a intervenção a nível do Turismo remete‐nos para 

as  potencialidades  que  a  região  Centro  tem,  principalmente  Coimbra,  e  para  a 

possibilidade  de  as  explorar  de  forma  a  garantir  desenvolvimento  para  a  cidade  e 

demonstrando  o  que  de  melhor  Coimbra  tem  ou  a  nível  patrimonial  ou  natural.  É 

importante  demonstrar  aqui,  a  importância  de  mão‐de‐obra  especializada  e  do 

aproveitamento da mesma potencializando os  cursos de Turismo do Ensino  Superior e 

justificando o investimento feito na Escola de Turismo e Hotelaria. 

   A Marca  Coimbra,  vem  no  sentido  de  criar  uma  imagem,  uma  identidade  ao 

comércio, transformar e revitalizar o comércio tradicional. Por fim, as dinâmicas urbanas 

visam  compreender  quais  os  locais  com mais  “vida”  em  Coimbra,  e  tentar  dinamizar 

outros locais potencialmente atractivos. 

   O PEC, configura, à semelhança do que acontece com Porto e Lisboa, uma espécie 

de área metropolitana – Área Metropolitana de Coimbra (AMC) que abarca o distrito de 

Coimbra  com excepção dos  concelhos de Oliveira do Hospital, Arganil e Pampilhosa da 

Serra e  inclui, o concelho da Mealhada (Distrito de Aveiro) e o de Mortágua (Distrito de 

Viseu). O Plano de Urbanização fica apenas confinado ao concelho de Coimbra, composto 

pelas freguesias de Sé Nova, São Bartolomeu e Almedina e Santa Cruz, Santo António dos 

Olivais, Santa Clara, São Martinho do Bispo, Eiras e São Paulo de Frades de forma parcial. 

   O  Programa  Polis  é  um  programa  desenvolvido  um  pouco  por  toda  a  União 

Europeia  que  pretende  valorizar  as  cidades,  constitui  uma  prioridade  de  todos  os 

governos, associado ao Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente 

(actualmente  inexistente). Este  instrumento de  intervenção aborda questões ambientais 

e  ordenamento  do  território  –  são  adoptadas  medidas  de  requalificação  urbana  e 

valorização  ambiental  das  cidades.  Na  sua  génese  tem  o  PNDES  –  Plano  Nacional  de 

Desenvolvimento Económico e recebe financiamento supra‐estadual, pretende relançar a 

economia, requalificar as cidades, reforçar o papel da cidade na organização do território 

e melhorar  substancialmente a qualidade de vida dos  seus habitantes e apontam para 

quatro competências diferentes mas relacionadas entre si: 

• Cidades Verdes 

• Cidades Digitais 

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• Cidades do Conhecimento e Entretenimento 

• Cidades Intergeracionais 

   A Cidade Verde  remete‐nos para as questões ambientais. A  cidade  tem de  criar 

espaços  para  que  as  pessoas  possam  usufruir  no  seu  expoente máximo  da  qualidade 

Ambiental. Nas Cidades Digitais, o importante é criar mecanismos de comunicação digital 

de  forma  a  incentivar  a  nível  cultural. As  Cidades  do  Conhecimento  e  Entretenimento 

equaciona  a  existência  de  infra‐estruturas  tecnológicas,  espaços  culturais,  espaços  de 

diversão,  de  modo  a  cativar  a  população  mais  jovem.  Por  último,  as  Cidades 

Intergeracionais  são as cidades que  tentam não  ter a  sua população  segmentada pelas 

diversas faixas etárias e têm a preocupação de responder às diferentes necessidades. 

   Em Coimbra, este projecto passou a denominar‐se de Coimbrapolis – e prende‐se 

com  as  Cidades  Verdes.  Tem  como  objectivos  fundamentais  operacionalizar  a 

requalificação urbana tendo em conta a valorização ambiental, requalificar e revitalizar a 

Cidade  de  forma  a  promover  a  sua  multi‐funcionalidade,  melhorar  a  qualidade  do 

ambiente urbano e valorizar a presença de elementos ambientais estruturantes – o Rio 

Mondego e, apoiar  iniciativas que promovam os espaços verdes e as áreas pedonais. O 

exemplo  do  projecto  concretizado  neste  domínio  é  a  Construção  do  Parque Verde  do 

Mondego. 

   Para  além  destas  três  ferramentas  de  intervenção,  a  Câmara  Municipal  de 

Coimbra  vai  disponibilizando,  Planos  de  Pormenor.  São  igualmente  instrumentos  de 

intervenção, que especificam ainda mais determinados assuntos, que exijam mais clareza 

e explicação, ou que  tenham uma  acção mais directa na  vida da população e  abarque 

imensas áreas distintas de que mais uma vez, é exemplo o Parque Verde. 

 

2.8InfluênciadoRioMondegonaCidadedeCoimbra2.8.1Influênciaclimatérica

   O Rio Mondego é um factor importante da regulação do clima da cidade. Regula a 

temperatura,  nunca  deixa  as  temperaturas  subir  bastante  nas  proximidades  do  Rio, 

mantendo  sempre  os  níveis  de  humidade  altos,  este  impacto  ao  nível  do  clima  tem 

repercussões ambientais no que diz respeito à vegetação envolvente e aos animais que se 

podem encontrar facilmente junto do Mondego. 

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2.8.2Influênciaurbanística

   A cidade de Coimbra começou a desenvolver‐se a partir do Rio. No  início era por 

uma questão de proximidade, daquele que constituía a principal via de comunicação com 

o resto do país e mundo ‐ o próprio Mondego. Com o risco constante de cheias, a cidade 

organizou‐se essencialmente na Alta, onde se localiza a própria Universidade de Coimbra 

(figura  8  –  AnexoI)  e  os  principais  focus  habitacionais.  Estas  questões  vêm  de  trás  e 

emergem precisamente do  surgimento de Coimbra  enquanto  cidade  e das motivações 

que  levavam  à  fixação  da  população.  Ainda  na  altura  das  invasões  bárbaras,  Coimbra 

estava construída na parte mais alta. Primeiro, para ser mais  fácil de ver a posição dos 

inimigos e criar um plano de estratégia e depois porque no cimo da colina era mais fácil 

proteger a população, existindo uma muralha a circundar a cidade de modo a proteger a 

urbe. Depois da fase das invasões, as principais infra‐estruturas da cidade permaneceram 

neste local, até chegar ao que conhecemos hoje. 

   Nesses  tempos,  em  que  Coimbra  estava  amparada  pela  muralha,  aquilo  que 

actualmente é a baixa, consistiam em arrabaldes,  terrenos baldios, ou de cultivo. Daí a 

tradição  ligada  às  práticas  agrícolas  que  ainda  hoje  se  perpetuam  no  Baixo Mondego. 

Hoje a baixa de Coimbra dá lugar ao comércio e aos serviços. 

 

2.8.3InfluênciaPaisagística,Cultural,PatrimonialedeLazer

   Este  tipo de  influência prende‐se com questões  relacionadas com as práticas de 

turismo. O Parque Verde do Mondego é o melhor resultado da  ligação do Rio Mondego 

com  a  Cidade  de  Coimbra,  embora  esteja  presente  num  local  bem  delimitado,  dá 

continuidade e serve como elo de ligação a diferentes pontos da cidade, relacionando os 

diferentes aspectos: culturais/patrimoniais, lazer e paisagísticos.  

   O  Parque  Verde  resulta  de  um  instrumento  de  intervenção  –  Coimbrapolis, 

referido  anteriormente.  Nasce  em  2004,  fruto  de  uma  intervenção  avançada 

rapidamente, tendo em conta uma enorme cheia que ocorreu em 2001. Este projecto não 

é apenas  importante por todo o suporte ambiental que tem por detrás de si. É também 

um  forma  peculiar  de  revitalizar  a  zona  ribeirinha,  cuja  única  actividade  desenvolvida 

prende‐se  com  a  área  comercial.  Este  projecto  é  então  uma  requalificação  da  área 

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marginal  do Mondego,  atendendo  à  intensificação  do  tráfego  automóvel,  de  forma  a 

retomar a condição pedonal. 

   Este projecto passa pela requalificação das duas margens do Rio, encontrando‐se 

ligadas  pela  Ponte  Pedonal  D.  Pedro  e  Dona  Inês.  Na  margem  esquerda,  o  projecto 

pretende revitalizar o Rossio de Santa Clara, requalificar o Convento de Santa Clara (ver 

imagem 9 – Anexo  I) e na  requalificação do Convento de S. Francisco, no  sentido de o 

transformar num Centro de Congressos. Esta  zona que  já  tem  inerente espaços verdes 

como a Mata Nacional do Choupal, onde habitam espécies como milhafres‐preto, devido 

à proximidade com o Rio e a mítica Quinta das Lágrimas, que alia os espaços verdes ao 

valor  patrimonial  e  histórico  de  Coimbra.  Ainda  nesta  margem,  a  zona  do  Rossio 

compreende  o  Portugal  dos  Pequenitos,  um  local  que  atrai  muitos  visitantes.  Desta 

forma, este projecto vem de encontro ao artigo pelo qual optei aquando da realização da 

ficha de leitura, que adverte para a necessidade de existirem tanto parques temáticos, de 

que este último é exemplo, como patrimoniais, referindo‐me à Quinta das Lágrimas. 

“ Da análise do panorama português, verificamos que o território nacional, em termos de 

escala, e autenticidade cultural, em termos de  infra‐estruturas aero‐portuárias, e  face à 

política oficial de apoio ao produto turístico touring cultural e paisagístico, apresenta uma 

clara  vocação  para  a  criação  e  difusão  de  parques  patrimoniais,  em  detrimento  dos 

parques temáticos”. (Martins; Costa, 2000) 

   Nesse  mesmo  artigo  eram  retratadas  as  vantagens,  mas  também  os 

inconvenientes de existência deste tipo de parques. Os parques temáticos e patrimoniais 

são diferentes, logo não se substituem mutuamente, pelo que podem coexistir no mesmo 

espaço e até servem de valorização e potencialização turística. 

   Por  seu  turno, a margem direita é  toda ela  relacionada com o Parque Verde do 

Mondego  (consultar  imagem 10 – Anexo  I), construído com o objectivo de ser um  local 

agradável e frequentado por todas a faixas etárias, tendo  inclusive uma zona de bares e 

restauração, frequentemente conhecida, como as Docas. 

   Como  o  objectivo  primordial  era  abranger  as  diferentes  faixas  etárias,  era 

pertinente construir um local que permitisse uma enorme diversidade de actividades que 

foi  o  que  acabou  por  acontecer.  No  Parque  Verde  é  possível  desfrutar  da  paisagem 

aproveitando para estar numa esplanada, fazendo uma caminhada, ou repousando num 

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banco de jardim, permite a prática de desporto e exercício físico. Ao domingo, é possível 

alugar bicicletas e percorrer a ciclovia do parque, sendo um programa  interessante para 

se concretizar em família. 

   Outras  actividades  interessantes  possíveis  de  desenvolver  a  partir  do  Parque 

Verde do Mondego são os passeios no basófias, os barcos típicos de Coimbra, as barcas 

serranas  (visualisar  imagem  11  –  Anexo  I),  igualmente  característicos,  a  prática  de 

geocaching, actividade de orientação que percorre o mundo inteiro, e visa demonstrar os 

pontos  fundamentais  das  cidades,  conhecendo  um  pouco  da  história  de  cada  região, 

proporcionando  momentos  de  contemplação  face  à  moldura  natural  vigente  ou  aos 

monumentos, dependendo dos locais escolhidos pelos praticantes para procurar as pistas 

que se encontram devidamente identificadas.  

   Associada a estas questões de orientação está a possibilidade de  fazer percursos 

pedestres, urbanos  e  semi‐urbanos,  que  ligam  o  Parque um pouco  por  toda  a  cidade, 

levam‐nos a  locais como o Jardim Botânico, o Jardim da Manga, o Jardim da Sereia (que 

recentemente  foi  feito  um  concurso  para  se  também  proceder  à  sua  revitalização),  o 

Penedo da Saudade, a Biblioteca Geral, a Universidade, os Arcos de Almedina e os Arcos 

junto ao Jardim Botânico, fazendo um roteiro turístico e cultural da cidade de Coimbra. A 

margem direita do Mondego  tem ainda associada alguns eventos no Parque,  como o  I 

Festival Mundial de Papagaios.  

   A crescente importância do Rio Mondego e das suas margens é assim bem visível. 

Tanto assim, que uma parceria da Coimbrapolis com a Câmara Municipal de Coimbra e a 

associação Águas de Coimbra, resultou na transformação do antigo edifício da Estação de 

Captação de Águas no Museu da Água de Coimbra, onde se pode ver exposições, assistir a 

seminários e conta com programas de musicais e de educação ambiental, constituindo, 

sem  margem de dúvida, um ponto forte para a população de Coimbra. 

 

 

 

 

 

 

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16  

3.FichadeLeitura 

Título da Publicação: Património, paisagens culturais,  turismo,  lazer e desenvolvimento 

sustentável. Parques temáticos vs parques patrimoniais 

Autores: Nuno Martins e Cláudia Costa 

Data de Publicação: 2009 

Número de páginas: 26 

Área Científica: Ciências Sociais 

Sub‐Área Científica: Geografia, Turismo, Ecoturismo, Sociologia e Antropologia 

Palavras‐chave: parques temáticos; parques patrimoniais;  indústrias do entretenimento; 

património cultural; paisagens culturais e turismo cultural 

Edição: Ana Maria Sarmento Coelho (Directora) 

José Pacheco (Edição Online) 

Local  de  Edição  e  Editora:  Publicação  electrónica  semestral  da  Escola  Superior  de 

Educação de Coimbra (ESEC), do Instituto Politécnico de Coimbra 

Local onde se encontra: www.exedrajournal.com 

ISSN – versão impressa: 1646‐9526 

Data de leitura: 28 de Outubro de 2011 

 

Resumo/ Argumento: O presente artigo está intimamente relacionado com temas como 

o Turismo e Património. Aborda os Parques temáticos e patrimoniais de modo a que seja 

possível fazer uma distinção entre ambos, conhecendo as origens dos conceitos e todas 

as  características que  lhes  são  inerentes. A discussão desenvolve‐se  assente em novos 

paradigmas económicos, sociais e ambientais. 

 

Estrutura 

Introdução/Apresentação:  O  artigo  científico  denomina‐se  de”  Património,  paisagens 

culturais,  turismo,  lazer  e  desenvolvimento  sustentável.  Parques  temáticos  vs  parques 

patrimoniais”,  de  Nuno  Martins  da  Escola  Superior  Artística  do  Porto  (ESAP);  da 

Associação  de  Projecto  e  Desenvolvimento  do  Parque  Patrimonial  do Mondego  e  de 

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Cláudia Costa, membro da mesma associação – APD‐PPM e do Gabinete de Investigação 

em Geografia da Saúde, Departamento de Geografia da Universidade de Coimbra. 

   Numa  primeira  parte,  os  autores  fazem  uma  abordagem  à  necessidade  de  se 

compreender o conceito de parque temático e o de parque patrimonial no sentido, de os 

conseguir  distinguir.  Expressam  também,  a  forma  como  os  parques  temáticos  e 

patrimoniais se distribuem a nível nacional e  internacional dando exemplos concretos e 

conhecidos  para  que  seja mais  clara  a  associação  dos  conceitos  a  exemplos  práticos. 

Desta  forma,  explicam  e  exemplificam  o  que  é  um  parque  temático  bem  como  um 

patrimonial.  

   Posteriormente, caracterizam‐nos e sintetizam a informação em quadro para que 

as diferenças sejam mais perceptíveis. Procedem ainda, à elaboração de uma avaliação 

em  termos de  sustentabilidade  e  viabilidade dos  projectos, numa  espécie de  suma de 

todos  os  aspectos  que  foram  referindo,  apresentam  um  quadro  onde  para  várias 

dimensões surgem as desvantagens associadas quer a um quer a outro parque. 

 

Desenvolvimento 

Síntese: Inicialmente, os autores referem a necessidade de se compreender o conceito de 

parque  temático e o de parque patrimonial, no  sentido de os conseguir distinguir e da 

inconsequente  formatação  comum de que  são  sinónimos. Muitas  vezes, utilizam  estes 

conceitos de forma igual ou semelhante sem atentarem bem às suas especificidades que 

por si só revelam uma dicotomia existente entre ambos. Os parques temáticos são mais 

um incentivo à actividade turística aliando a ilusão e a fantasia, dando asas à imaginação. 

“Os  parques  temáticos  são  empreendimento  de  grande  escala  que  utilizam  temas 

diversos, ancorados no  imaginário  colectivo, adoptando  como estratégia de mercado o 

estímulo da  actividade  turística.” Referem  a Disneyland  (1955), na Califórnia  como um 

importante marco  nesta  indústria  de  parques  temáticos,  que  desde  a  abertura  desse 

parque, teve um crescimento enorme.  

No artigo está ainda patente a pertinência e  relevância de proceder a  inúmeros 

estudos antes de avançar para a concretização de um projecto desta dimensão, tendo em 

conta  a  caracterização  social,  económica,  urbana  e  comercial  da  zona  onde  pretende 

arquitectar o parque temático. Ver se é uma cidade/região com capacidade atractiva de 

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turistas, verificar a capacidade dos seus serviços (sector terciário) e se é dotada de boas 

infra‐estruturas e acessos. 

“Os parques temáticos são assim empreendimentos de animação turística inspirados em 

algo histórico,  cultural, etnográfico,  lúdico ou ambiental,  característico ou não do  local 

em que se insere, que ampliam a oferta ao nível do lazer, nas suas funções de recreação, 

divertimento e pedagogia de uma região.” (página 54) 

Por  seu  turno,  os  parques  patrimoniais  têm  associados  a  si,  uma  forte 

componente  de  revalorização  e  revitalização  de  paisagens  a  nível  cultural,  rural  ou 

urbano,  é  encarado  como  uma  forma  de  reflectir  sobre  o  território  apostando  em 

projectos com recursos patrimoniais. “ Uma das lições é a de que os parques patrimoniais 

revelam‐se  um  conceito  inovador  de  preservação  cultural,  ao  incorporar‐lhe  uma 

componente propositiva, tomando os valores patrimoniais como activos a partir dos quais 

podem vir a obter benefícios económicos”.(página 56)  Os parques patrimoniais tendem a 

estar  em  consonância  com  o meio  envolvente,  relacionam  o  tema  turístico  ao  tema 

paisagístico,  representam  o  legado  cultural  da  paisagem.  É  importante  quando  se 

equaciona um parque patrimonial  ter em  atenção  a  conjugação dos  valores naturais  e 

artificiais,  proporcionar  o  reencontro  do  equilíbrio  entre  o Homem  e  a Natureza.  Carl 

Sauer (Universidade de Berkeley) – geografia cultural – refere numa das suas obras que 

“(…) a Cultura é o agente, a área natural é o meio, a paisagem o resultado.”. 

Os  autores  evidenciam  também,  a  forma  como  os  parques  temáticos  e 

patrimoniais se dispõem a nível nacional e  internacional dando exemplos concretos. No 

caso dos parques temáticos exemplificam com os parques do grupo Disney, o Parque da 

Warner em Madrid e ,em Portugal, parques como a Bracalândia (Braga, passando depois 

para Penafiel), o Visionarium (Santa Maria da Feira), o Zoomarine (Albufeira) e o Portugal 

dos Pequenitos em Coimbra. Por outro lado, é difícil nomear parques patrimoniais a nível 

internacional  e  nacional,  embora  Portugal  tenha  paisagens  que  fazem  parte  do 

património  da  UNESCO,  tendo  apenas  como  exemplo  o  Parque Mineiro  da  Cova  dos 

Mouros  (Algarve)  e  o  Parque  Patrimonial  do Mondego  (zona  de  Coimbra).  Verifica‐se, 

assim,  que  existem  imensos  parques  temáticos  quando  equiparados  com  os  parques 

patrimoniais.  

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   Depois, caracterizam os Parques tendo em consideração os temas, o público‐alvo 

e a comunidade (fazendo referência a parâmetros como os temas para a abordagem, os 

destinatários,  o  tipo  de  cultura,  a  participação  da  comunidade,  os  estudos  locais,  a 

interacção entre  turistas e os  residentes e as  ligações  institucionais);  funções, modelos, 

gestão e impactos (relação com os espaços de exibição e produção, modelo de referência, 

sustentabilidade  e  propriedade  e  gestão);  áreas  de  análise  (parâmetros  de  análise); 

localização e infra‐estruturas (localização, factores de localização, número de visitantes e 

afectação das infra‐estruturas locais); modelo de gestão (origem, promotores e capital de 

investimento  e  marketing)  e,  dimensões  materiais  (dimensões  do  lazer  presentes  e 

dimensão  antropológica  do  lugar),  sintetizando  a  informação  em  quadro  para  que  as 

diferenças sejam mais inteligíveis. 

   Concretizam ainda uma avaliação em termos de sustentabilidade e viabilidade dos 

projectos, numa espécie de suma de todos os aspectos que foram referindo, apresentam 

um  quadro  onde  para  várias  dimensões,  nomeadamente  os  impactos  ambientais,  os 

impactos económicos e impactos sócio‐culturais, emergem as vantagens e inconvenientes 

associadas, quer a um,quer a outro tipo de parque. 

 

Pontos fracos e Fortes do documento: Os pontos fortes do artigo prendem‐se sobretudo, 

com  o  facto  de  utilizaram  quadros  e  figuras  para  retratar  o  que  vão  afirmando, 

principalmente  no  que  diz  respeito  à  utilização  do  quadro  2  que  caracteriza  de  forma 

clara e sucinta os dois tipos de parque e o quadro 3, que nos remete paras as vantagens e 

desvantagens  de  cada  tipo  de  Parque.  Quanto  ao  ponto  fraco  do  trabalho,  está 

essencialmente  relacionado  com  a  estruturação  do  trabalho.  Os  autores  ao 

caracterizarem  separadamente  o  parque  temático  de  patrimonial  poderiam  fazer  de 

imediato a referência de alguns casos e não fazer novamente essa divisão e consequente 

explicação no ponto três do trabalho, denominado de “alguns casos de referência”. 

 

Conclusão:  As  principais  conclusões  a  que  chegamos  são  de  que  existe  uma  maior 

tendência  para  os  parques  temáticos  apesar  do  panorama  e  das  especificidades, 

nomeadamente  no  que  diz  respeito  ao  território  nacional  e  à  própria  população 

portuguesa.  Os  parques  temáticos  estão  mais  vocacionadas  para  a  forma  como 

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actualmente vemos a economia. São parques com uma vertente muito mais económica, 

direccionada  essencialmente  para o  lucro  imediato  e  a  sua  rentabilidade. Daí  também 

sobressaírem quando equiparados com parques patrimoniais, parques mais preocupados 

com valores culturais e de sustentabilidade. 

Apesar dos parques temáticos serem diferentes dos parques patrimoniais, estes não são 

incompatíveis. 

 

Autores/Escolas de Pensamento 

Principais autores ou eventuais protagonistas identificados no texto: Carl Sauer, Clavé, 

Luque, Rivière, Dybedal & Engebretsen, Zuchi & Barleto e UNESCO 

 

Escolas de Pensamento mencionadas no texto: Universidade de Berkeley ( Carl Sauer) – pai 

da geografia cultural 

 

Referências Histórico – Culturais (tempo, espaço, factos históricos contextualização): Ao 

longo  do  artigo  vão  sendo  feitas  as  devidas  contextualizações,  principalmente  a  nível 

espacial, os autores vão exemplificando parques que situam quer em território nacional, 

focam parques no Algarve, Coimbra, Santa Maria da Feira, entre outros, quer parques a 

nível internacional como os parques do grupo Disney, o Futuroscope – França, SeaWorld 

– EUA; Opel Livre – Alemanha e muitos mais. Fazem referência às paisagens que Portugal 

tem que  constam na  lista do Património da UNESCO  e  também  ao Parque Mineiro da 

Cova dos Mouros, onde  é  possível  fazer  reconstituições históricas  e  visitar  uma  aldeia 

primitiva de 2500 A.C.. 

 

Recursos  de  Estilo  e  Linguagem  (forma,  conteúdo,  nível  de  rebuscamento  e  de 

profundidade científica): A linguagem é cuidada, com rigor científico, procurando sempre 

ilustrar  as  afirmações  com  citações  de  outros  autores,  recorrem  frequentemente  à 

utilização de  recursos de estilo, principalmente  comparações para de uma  certa  forma 

evidenciar o binómio em torno do qual se desenvolve todo o artigo. 

 

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Conceitos  (temas  e  problemáticas): Os  conceitos  que  vão  sendo  abordados  são  o  de 

Parque  temático  e  patrimonial;  turismo  cultural;  paisagem  cultural;  sustentabilidade 

(económica,  social  e  cultural)  e  vantagens  e  desvantagens  de  parques  temáticos  e 

patrimoniais. A problemática do artigo assenta na dicotomia entre parques  temáticos e 

patrimoniais e  tudo  se desenvolve precisamente desta comparação e de  tudo que está 

intimamente relacionado. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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3.AvaliaçãodeumSítiodaInternet 

O URL do sítio é – www.turismodecoimbra.pt/pt 

O  nome  do  sítio  é  Turismo  de  Coimbra  que  visa  prestar  informações  sobre  o 

turismo  adjacente  à  cidade  de  Coimbra  a  todos  os  que  estejam  de  alguma  forma 

interessados em conhecer e explorar os recursos de Coimbra. 

O  sítio  tem o Português como  língua oficial. No entanto, a  informação pode  ser 

consultada em  Inglês, Espanhol e  Francês. O  facto de estar disponível nestas  línguas é 

uma mais‐valia no  sentido de  se vincular  facilmente não  só a  turistas  internos como, e 

principalmente, de outros países.  

O  autor  do  sítio  está  devidamente  identificado,  sendo  a  própria  instituição  do 

Turismo de Coimbra constituído por pessoas especializadas sobre a matéria abordada. Os 

contactos estão disponíveis para o caso de necessidade de alguma  informação adicional 

ou sugestão. 

O endereço de URL é de  fácil acesso, curto e  intuitivo. O próprio  sitio está bem 

estruturado, tem os menus principais, que facilmente se identificam e que se subdividem 

em menus secundários, de modo a que, quem “navega”, chega facilmente a  informação 

mais especializada, tendo sempre em conta aquilo que efectivamente pretende. Qualquer 

dificuldade  pode  ser  facilmente  colmatada  através  do  motor  de  pesquisa  interna 

existente ou mesmo através do mapa do sítio. 

O sítio disponibiliza ainda informação sobre a meteorologia da cidade de Coimbra, 

permitindo uma planificação pertinente das actividades a realizar. Todas ligações do sítio 

se encontram activas, destacando‐se a subscrição da newsletter e a página do Turismo de 

Coimbra nas redes sociais, nomeadamente no Facebook. É importante ressalvar a função 

de Travel Planner , fundamental para os turistas, principalmente não sendo nacionais. 

O  sítio  tem muitas  ligações a nível  interno. Todavia, encontra‐se bem estruturado e de 

fácil acesso, tornando acessível, a aparente complexa rede de ligações internas. 

 

 

 

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23  

4.Conclusão   A realização deste trabalho foi enriquecedora no sentido de percebermos todas a 

dinâmicas de uma cidade que advêm precisamente da relação  íntima entre a cidade e o 

Rio. 

   É essencial tomar consciência de que o Rio Mondego  influencia mais a cidade de 

Coimbra, à semelhança do que vai acontecendo ao  longo de todo o seu percurso, além 

das características paisagísticas. O Rio não pode ser encarado como um mero elemento 

paisagístico,  quando  se  trata  de  um  elemento  fundamental  para  dar  vida  à  cidade  de 

Coimbra. 

   Este trabalho permitiu alargar horizontes e conhecer um pouco mais de Coimbra. 

Para  nós,  que  somos  de  fora,  é  gratificante  perceber  a  essencia  desta  dinâmica  e 

conseguir  vislumbrar  tudo o que nos  é possível  fazer nesta  cidade, para  além de  tudo 

aquilo  que  nos  é  dado  como  adquirido.  É  possível  descobrir  um  encanto  natural mais 

profundo do que aquele que eventualmente poderiamos observar. 

O trabalho para nós, enquanto alunos de Sociologia, é importante para entender a 

organização das cidades, bem  como as características que é necessário  ter em  conta a 

quando da  sua ordenação e  (res)estruturação. Compreender os  termos  técnicos,  saber 

analisar  planos  urbanisticos  é  sem  dúvida  uma mais‐valia  para  compreender  a  nossa 

sociedade

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5.ReferênciasBibliográficas 

Câmara Municipal de Coimbra (s.d). Urbanismo. Obtido em 1 de Dezembro de 2011, de 

Câmara Municipal de Coimbra: 

http://www.cmcoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=107&

ltemid=273 

 

Câmara Municipal de Coimbra (2005). Plano de Pormenor do Eixo Portagem/Av.João das 

Regras. Coimbra. 

 

Coimbra Polis. (2006). Plano de Pormenor do Parque Verde do Mondego. Coimbra. 

 

Figueira,  J.J.  (2002).  A  companhia  eléctrica  das  Beiras  e  o  aproveitamento  do  rio 

Mondego. XXI Encontro da Associação Portuguesa de História Económica e Social, (pp. 1‐

21). Aveiro. 

 

Martins,  N.;  Costa,  C.  (2009).  Património,  paisagens  culturais,  turismo,  lazer  e 

desenvolvimento. Paques temáticos vs Parques patrimoniais. Exedra, 51‐76. 

 

Programa  Polis  (2003).  Polis  Coimbra. Obtido  em  23  de Novembro  de  2011,  de  polis: 

http://polis.sitebysite.pt/coimbra/artigo.php?id=18101210&m=1 

 

Turismo de Coimbra (2008). O que fazer. Obtido em 5 de Novembro de 2011, de Turismo 

de Coimbra: http://www.turismodecoimbra.pt/pt/o‐que‐fazer/percursos‐turísticos.html 

 

 

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AnexoI 

Nascente 

Imagem 1 

 

Fonte: valedezebro.blogspot.com

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Milhafre 

 

 

Fonte: steffenlinke.wordpress.com 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagem 2 

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Barragem da Aguieira 

 

 

Imagem 3 

   Fonte: motarguas.no.sapo.pt

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Descida  do Rio em kayak ‐ Penacova  

 Imagem 4 

 

 

Fonte: www‐ponto‐dan.blogspot.com

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Praia Fluvial – Torres do Mondego  

 Imagem 5 

 

 

Fonte: forum.autohoje.com

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 Campos de Arroz no Baixo Mondego 

 

 Imagem 6 

 

 

 

Fonte: portugalferroviario.net

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 Estuário da Figueira da Foz 

 

Imagem 7 

 

 

Fonte: marchadovapor.blogspot.com

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Planta da Cidade de Coimbra 

 Imagem 8 

 

 

 

Fonte: fpce.uc.pt

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Vista para a cidade de Coimbra 

 

Imagem 9 

 

 

 

Fonte: avidaderita.wordpress.com 

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Santa Clara ‐ Coimbra  

 Imagem 10 

 

 

Fonte: pt.wikipedia.org

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 Parque Verde do Mondego  

 Imagem 11 

 

 

Fonte: skyscrapercity.com

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Barca Serrana no Rio Mondego 

 

Imagem 12 

 

 

Fonte: flickr.com 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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AnexoII

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AnexoIII

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AnexoIV

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AnexoV