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~ EPIDEMIOLOGICO 8' Estado de Todos RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA SAÚDE E DO MEIO AMBIENTE Nº2 BOLETIM SETEMBRO 1997 N N ATENDIMENTO DE INTOXICAÇOES PELO CENTRO DE INFORMAÇOES I I TOXICOLOGICAS (CIT) NO PERIODO 1995-1996 O CIT é um órgão da Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente destinado à prestação de informação e ao acompanhamento de casos - seja por telefone (Plan- tão de Emergência), correio eletrônico, assessoria biblio- gráfica, palestras e treinamento. O atendimento realizado pelo Plantão de Emergên- cia destina-se aos casos de intoxicações humanas e ani- mais. São também fornecidas informações sobre produ- tos químicos e medicamentos. Destes atendimentos pro- vêm os dados estatísticos de acidentes tóxicos do CIT. O número de casos de intoxicações humanas, no período foi de 9.291 e 10.270, respectivamente, representando 18% do total de atendimentos dos CITs do país.' As principais causas de intoxicações humanas, para qualquer dos períodos estudados, envolvem animais peçonhentos, medicamentos, animais não peçonhen- tos, produtos industriais e domissanitários. (Gráfico 1) A presença de produtos potencialmente tóxicos den- tro de casa faz do domicílio o lugar de maior risco para estes agravos. (Tabela 1). As crianças são as vítimas mais freqüentes de todos os tipos de acidentes, exceto os provocados por animais peçonhentos, em que a faixa etária é predominantemen- te adulta (Gráficos 2 e 3). As intoxicações por medicamentos constituem apro- ximadamente um terço do total de acidentes tóxicos registrados pelo CIT no período. As Delegacias Regio- nais de Saúde (DRS) que apresentaram coeficientes mais altos foram a 1 8 e a 18 8 DRS. (Mapa 1). Embora a 1 8 DRS seja também a que apresenta o maior número de casos de envenenamento por animais Mapa i- INTOXICAÇOES POR MEDICAMENTOS ATENDIDAS PELO CIT POR D.RS., RIO GRANDE DO SUl, 1996 Coef / 100.000 < DE 20 F"ont e: CI T /SSMA D20 A 27.5 D·+ DE 27.5 peçonhentos, no período, os coeficientes mais altos ocor- rem na S", 14 a e2 a DRS, nesta ordem. (Gráfico 4). O coeficiente de intoxicações por produtos indus- triais ultrapassa a média do Estado na Ia, 2 8 , 18" 3" e sa, DRS. Porto Alegre detém 57% dos casos registrados da 1 8 DRS, no período em estudo e 32% do total de casos do Estado (Mapa 2). A 13" DRS apresenta o maior coeficiente de intoxica- ções por pesticidas agrícolas, sendo que em sua sede, Santa Cruz do Sul, ocorrem 62% dos casos da DRS. (Gráfico 5). Gráf. 1- TIPOS DE SOLICITAÇÃO DE ATENDIMENTOS POR INTOXICAÇÕES. C.I.T., RIO GRANDE DO SUL, 1996 TIPOS DE SOllCITAÇAO ANIMAIS PEÇONHENTOS I MEDICAMENTOS I "IMAIS N/PEÇONHENTOS PESTICIDAS AGRíCOLAS PRODUTOS INDUSTRIAIS DOMISSANITÁRIOS 'ESTICIDAS DOMESTICOS _ RATICIDAS _ PLANTAS. PRODUTOS DE TOALETE I• OUTROS _ ===-------------------------~ o 500 1000 1500 2000 2500 3000 CASOS I=nntp CIT/SSMAlRS Mapa 2- INTO\l("AÇOES POR PRODUTOS INIJI'STRIAIS ATENIJIIJAS PELD C.I.T. POR D.R.S., RIO GRMD" DO SUL, 1996 Coel/ 100.000 00'''6.9 Cl t 3

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Page 1: RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA SAÚDE E DO MEIO … · EPIDEMIOLOGICO~ 8' Estado deTodos RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA SAÚDE E DO MEIO AMBIENTE Nº2 BOLETIM SETEMBRO 1997 ATENDIMENTO

~

EPIDEMIOLOGICO8'Estadode TodosRIO GRANDE DO SULSECRETARIA DA SAÚDE E DO MEIO AMBIENTE Nº2

BOLETIM

SETEMBRO 1997N N

ATENDIMENTO DE INTOXICAÇOES PELO CENTRO DE INFORMAÇOESI I

TOXICOLOGICAS (CIT) NO PERIODO 1995-1996O CIT é um órgão da Secretaria da Saúde e do Meio

Ambiente destinado à prestação de informação e aoacompanhamento de casos - seja por telefone (Plan-

tão de Emergência), correio eletrônico, assessoria biblio-gráfica, palestras e treinamento.

O atendimento realizado pelo Plantão de Emergên-cia destina-se aos casos de intoxicações humanas e ani-mais. São também fornecidas informações sobre produ-tos químicos e medicamentos. Destes atendimentos pro-vêm os dados estatísticos de acidentes tóxicos do CIT. Onúmero de casos de intoxicações humanas, no períodofoi de 9.291 e 10.270, respectivamente, representando18% do total de atendimentos dos CITs do país.'

As principais causas de intoxicações humanas, paraqualquer dos períodos estudados, envolvem animaispeçonhentos, medicamentos, animais não peçonhen-tos, produtos industriais e domissanitários. (Gráfico1) A presença de produtos potencialmente tóxicos den-tro de casa faz do domicílio o lugar de maior risco paraestes agravos. (Tabela 1).

As crianças são as vítimas mais freqüentes de todosos tipos de acidentes, exceto os provocados por animaispeçonhentos, em que a faixa etária é predominantemen-te adulta (Gráficos 2 e 3).

As intoxicações por medicamentos constituem apro-ximadamente um terço do total de acidentes tóxicosregistrados pelo CIT no período. As Delegacias Regio-nais de Saúde (DRS) que apresentaram coeficientes maisaltos foram a 18 e a 188 DRS. (Mapa 1).

Embora a 18 DRS seja também a que apresenta omaior número de casos de envenenamento por animais

Mapa i - INTOXICAÇOES POR MEDICAMENTOS ATENDIDAS PELO CIT

POR D.RS., RIO GRANDE DO SUl, 1996

Coef / 100.000

< DE 20

F"ont e: CI T /SSMA

D20 A 27.5

D·+ DE 27.5

peçonhentos, no período, os coeficientes mais altos ocor-rem na S", 14a e 2a DRS, nesta ordem. (Gráfico 4).

O coeficiente de intoxicações por produtos indus-triais ultrapassa a média do Estado na Ia, 28

, 18" 3" e sa,DRS. Porto Alegre detém 57% dos casos registrados da18 DRS, no período em estudo e 32% do total de casosdo Estado (Mapa 2).

A 13"DRS apresenta o maior coeficiente de intoxica-ções por pesticidas agrícolas, sendo que em sua sede, SantaCruz do Sul, ocorrem 62% dos casos da DRS. (Gráfico 5).

Gráf. 1- TIPOS DE SOLICITAÇÃO DE ATENDIMENTOS PORINTOXICAÇÕES. C.I.T., RIO GRANDE DO SUL, 1996

TIPOS DE SOllCITAÇAO

ANIMAIS PEÇONHENTOS IMEDICAMENTOS I

"IMAIS N/PEÇONHENTOS

PESTICIDAS AGRíCOLAS

PRODUTOS INDUSTRIAIS

DOMISSANITÁRIOS

'ESTICIDAS DOMESTICOS _

RATICIDAS _

PLANTAS.

PRODUTOS DE TOALETE I •

OUTROS _

===-------------------------~o 500 1000 1500 2000 2500 3000

CASOS

I=nntp CIT/SSMAlRS

Mapa 2- INTO\l("AÇOES POR PRODUTOS INIJI'STRIAIS ATENIJIIJAS PELD C.I.T.

POR D.R.S., RIO GRMD" DO SUL, 1996

Coel/ 100.000

00'''6.9

Cl t 3

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A abordagem dos acidentes tóxicos a partir do coe-ficiente de risco (número de ocorrências por 100.000habitantes) é básica para a adoção de medidas preventi-vas dirigidas aos locais de maior ocorrência ou a grupospopulacionais mais vulneráveis. Um maior número deacidentes em uma região não significa necessariamenteum maior risco nessa região. Importante, pois, é detec-tar a existência de fatores predisponentes ao dano. Oalto coeficiente de acidentes com animais peçonhentosna 8" DRS, por exemplo, pode estar sugerindo uma ex-posição mais freqüente a estes animais e/ou menor usode equipamento de proteção (botas) - o que exigiria umesforço institucional no sentido de prevenção de tais aci-dentes, levando informação adequada aos grupos de pes-soas mais expostas ao risco.

Por outro lado, uma maior freqüência, em númerosabsolutos, pode também coincidir com os mais altos co-eficientes de risco para determinado evento. Assim, osmaiores coeficientes de acidentes por pesticidas agríco-las encontram-se em regiões onde o uso é caracteristi-camente maior, evidenciando provável impropriedade naaplicação dos produtos: falta de equipamento de prote-ção individual, não utilização de receituário agronômi-co ou outros fatores.

Também para os acidentes domésticos há uma co-incidência entre a freqüência em número absolutos e ocoeficiente de risco. Predominam na região Metropoli-tana de Porto Alegre. Maior utilização de produtos quí-micos e medicamentos, desconhecimento de seu poten-cial tóxico e até mesmo descuido na guarda de tais pro-dutos, facilitando o acesso das crianças aos mesmos,constituem as prováveis causas destes acidentes, cujaprevenção está intimamente relacionada a um trabalhoeducativo, a ser realizado conjuntamente pelo órgãos desaúde pública e pela educação.

O estudo revelou uma distribuição não homogêneadas intoxicações nas diferentes regiões do Estado. Aque-las DRS, ou municípios, onde as intoxicações aparecemcom as mais altas freqüências ou mais altos coeficien-tes, devem ser consideradas prioritárias para um traba-lho de diagnóstico e controle de tais agravos. Nas regi-ões onde as freqüências ou coeficientes são muito bai-xos, mas existem produtos à disposição da população,deve-se investigar a possibilidade de sub-registro nasintoxicações.

Faz-se necessário ainda estimular a investigaçãoepidemiológica por parte dos setores responsáveis nosmunicípios, com apoio das DRS, no sentido de detectare aprimorar o conhecimento sobre os fatores causais dosdiversos acidentes com medicamentos e produtos tóxi-cos.

1 SINITOX-Estatística Anula de casos Intoxicação e Envenenamento.Brasil. 1995. Ministério da Saúde. FlOCRUZ. Centro de InformaçãoCientífica e Tecnológica, 1997

o Boletim Epidemiológicoé um órgão de informaçãotécnicaem saúde,editadopelaSecretariada Saúdee do MeioAmbientedo Rio Grande do Sul.ConsultorTécnico: Dr. Airton FischmannJornalista responsável: Luiz Gonzaga Gonçalves, reg.profissional3794/RSTiragem: 5.000 exemplaresEndereçopara correspondência:AvenidaBorges de Medeiros,150I,6Q andar - CEP 90119-900- Porto Alegre, RS.Fones (051) 225-0436 e 226-3100- ramal 2048-Fax 227-5060Distribuição gratuita

Gráf. 2 - Distribuição dos atendimentos por intoxicaçõeshumanas, registrados pelo C.I.T., por grupos etários,

Rio Grande do Sul, 1996.Coef, 100.000

1000 1,----------------

800

600

400 I200

o~~=_~~~~~_=~_= ~~~~_~.-; ..- N M ••. j; .• ao .• ao .• ao

~ : ao .~

N N M M

~ ~o o ~ o ~ oN N M ~Grupos etários

Fonte: CITlSSMAJRS

TABELA 1 - TIPOS

:::::::::::::::I---TIPOPesticidas doRaticidasMedicamentoProdutos ind:Animais peço

pesticidas aq

Fonte: CIT/S5

Gráf. 3 - Distribuição dos atendimentos por acidentes comanimais peçonhentos, por grupos etários,

atendidos pelo C.I.T.lRS., 1996.Coel/ 100.000

50,--------

40

30

Grupos etáriosFonte: CIT/SSMAlRS

O sarampo éaguda cujcsumido co

tério da Saúde e ,de do Rio Grand

Como conselância Epidemiacidência da doente no Brasil conperíodo de 1994-po foi confirmadtado.

A partir de S(

rer do corrente aneda doença em nfSC, PR, MG, BAque registra, até ::sos confirmados

O Rio Granprogressão da deIho/97, com os ptrados na regiãoCaxias do Sul eguns município!dos (Feliz, Bomte, a região da 1a

tal e região Meuconfirmados 17,gindo 32 municí

A faixa etári29 anos, com 60

Até apreseise como gruposde I ano, aprese

Gráf. 4 -Intoxicações por acidentes com animais peçonhentosatendidas pelo C.I.T.,por DRS, Rio Grande do Sul. 1996.

Coef. 100,000 habitantes50

40

30

20

10 II8 14 2 16 15 3 5 13 12 18 4 6 11 17 9 1 7 10 Rs

DRS

Fonte: CIT/SSMAlRS

Gráf. 5 -Intoxicações por pesticidas atendidas pelo pelo C.I.T.,por DRS, Rio Grande do Sul, 1996.

Coef!1 00_000 habitantes25

20

11111IUlH 111111 J15

10

13 8 9 18 4 2 5 6 16 12 17 11 3 14 1 7 10 15 RS

DAS

Fonte crr SSMAlRS

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tE ACIDENTES ATENDIDOS PELO C.I.T. SEGUNDO OS LOCAIS MAIS COMUNS DE OCORR~NCIARIO GRANDE DO SUL. 1995 E 1996

OCAL(%) VIA SERViÇO OUTROS +--------....... CASA CAMPO FABRICA PÚBLICA SAÚDE IGNORADO

nésticos 95,7 1,1 3,295,1 0,8 4,194,5 0,5 0,3 2,4 2,3

striais 72,3 1,3 14,8 1,1 10,5Ihentos 71,7 10,5 6

ofídeos 18,4 75,2 1,5 4,9aracnídeos 88,4 4,6 1 6opecuários 64,4 27,4 1,8 6,4

JlAlRS

ALERTA EPIDEMIOLÓGICO

rma doença transmissívelcontrole/eliminação foi as-no prioridade pelo Minis-ecretaria Estadual de Saú-: do Sul desde 1992.[iiência das ações de Vigi-Sgicae Imunizações, a in-a diminuiu acentuadarnen-) um todo, sendo que, no16, nenhum caso de saram-I laboratorialmente no Es-

embro de 1996 e no decor-houveum recrudescimento~lnacional, com surtos emCE e especialmente em SP,~ora,em tomo de 4.000 ca-e sarampo.~do Sul foi atingido pela.nça a partir do mês de ju-meiros casos sendo regis-Ia sa DRS, especialmente:anela. Na seqüência, al-da 2a DRS foram atingi-'rincípio) e, especialrnen-)RS, que engloba a Capi-ipolitana. No total, foramcasos até 30/09/97, atin-IOS.

mais atingida é a de 20 ao dos casos no Estado.e momento, identificam-e maior risco os menoresitando um coeficiente de

incidência de 8,9/100.000 habitantes, segui-do do grupo de 20 a 24 anos com o coefici-ente de 4,5/100.000 habitantes.

Frente a esta situação, a SSMA, em con-junto com as Secretarias Municipais de Saú-de, intensificou as atividades de vigilânciaatravés das seguintes estratégias:

a) alerta aos profissionais de saúde so-bre a reintrodução do sarampo;

b) notificação imediata dos casos sus-peitos por telefone;

c) agilização do diagnóstico laboratori-ai com processamento diário deamostras pelo LACEN/RS;

d) investigação imediata dos casos sus-peitos;

e) desencadeamento oportuno das me-didas de controle:

• busca ativa da fonte provável de in-fecção e de casos associados;

• isolamento dos casos;• vacinação de bloqueio ampliada(em comunicantes e grupos de ris-co identificados);

• campanha indiscriminada de vaci-nação com tríplice viral em crian-ças de 1 a 11 anos de idade (todosos municípios);

• vacinação indiscriminada de crian-ças de 6 a 11 meses de idade e sele-tiva de crianças de 12 a 14 anoscom vacina monovalente do saram-po, durante a 23 etapa nacional deMultivacinação.

A poliomielite é uma doença grave e já foi dealta incidência no Brasil. Com o uso de es-tratégias adequadas chegou-se, em outubro

de 1994, à erradicação da transmissão autóctone dopoliovírus selvagem nas Américas. Contudo, a po-liomielite ainda é endêmica em várias regiões domundo. Em 1996 foram registrados 3.853 casos dadoença. A ocorrência destes casos representa altorisco para o Brasil, uma vez que, após a erradicação,houve um declínio na notificação de casos de PFA enas coberturas vacinais, o que torna possível areintrodução do poliovírus selvagem.

É imprescindível que todos os casos de PFAem menores de 15 anos (independente da hipótesediagnóstica) sejam notificados e investigados. Duasamostras de fezes devem ser coletadas até 14 diasapós o início da deficiência motora. Faz-se aindanecessário o acompanhamento de evolução do casopor um período mínimo de 60 dias.

O Estado do RS tem feito esforços para manteras ações de vigilância nos casos do déficit motorsúbito e flácido, realizando busca ativa de casos quenão foram notificados e/ou captados pelo sistemaformal de notificação.

É fundamental que todos os profissionais desaúde notifiguem gualguer caso de paralisia agudae flácida em menor de 15 anos.

A raiva é uma doença mortal causada por ví-rus, para a qual não há tratamento, mas que pode serevitada por uma vacina. Em área urbana é transmiti-da principalmente por cães e também por gatos. Gra-ças às campanhas de vacinação de caninos e felinos,realizadas desde 1976 nas regiões mais atingidas, adoença encontra-se controlada no Rio Grande do Sul,num esforço que envolveu a Secretaria da Saúde edo Meio Ambiente, a Secretaria da Agricultura eAbastecimento, Fundação Nacional de Saúde e pre-feituras municipais. Além da vacinação procedia-seao rastreamento de animais agressores e agredidos,encaminhamento de material desses animais paraexame laboratorial, a campanhas de apreensão e eli-minação de cães vadios. A implantação de normastécnicas facilitou o acompanhamento e a profilaxiada raiva em pessoas atingidas: o último caso huma-no ocorreu em 1981, na cidade de Três Passos, e osúltimos casos em cães e gatos em 1988 e 1990, res-pectivamente. Não há casos nas áreas fronteiriças doEstado. Quanto à raiva silvestre, transmitida por mor-cegos hematófagos, aparece ciclicarnente: dois ca-sos em bovinos foram registrados em 1997.

A inexistência de casos não deve levar a umrelaxamento nas ações de controle e profilaxia. Pelocontrário, é necessário obter a adesão da comunida-de, e particularmente das associações protetoras deanimais, no sentido de manter as medidas de contro-le já mencionadas.

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MAPA 3 - CAMPANHA NACIONAL DE MULTIVACINAÇÃO. PRIMEIRA ETAPACOBERTURAS COM VACINA A-POLlO ORAL EM MENORES DE 5 ANOS,

POR D.R.S., RIO GRANDE DO SUL, 1997.

Percentual

L"::I < d ••• 90%

t::;::;:;:;::;:;:::::] 9 O % fi +

SISTEMA ESTADUAL DE INFORMAÇÕES EM SAÚDE - SEISA Secretaria da Saúde e do Meio

Ambiente do Rio Grande do Sul -SSMA está desenvolvendo um siste-ma de informações em saúde, para seroperado em rede de microcomputa-dores com o objetivo de disponibilizarinformações em módulos que abran-jam indicadores de Demografia, deMortalidade, de Morbidade e Fatoresde Risco, de Recursos, Serviços eCobertura, e Sócio-Econômicos.

De maneira geral, os indicado-res deverão ser desagregados em ní-vel de município, de 1992 em diante,inicialmente em rede interna daSSMA, podendo propiciar, em futurobreve, a cada gerência do SUS a utili-zação dos mesmos no nível regionalou local, com condições de ampliaras séries históricas.

Atualmente, há um grupo res-ponsável pelo assunto e, nesta fase,já se iniciou o desenvolvimento doaplicativo no Núcleo de Informática.O primeiro módulo (Demo-grafia)deverá ser testado em 2 de setembropróximo. Posteriormente, Mortalida-de deverá ser disponibilizado em 2 dedezembro do corrente ano. Já existeminformações disponíveis na rede daSSMA, sobre indicadores dernográfi-cos e de mortalidade, em situação deteste.

Gráf.1 - Tipo de solicitação de atendimento por intoxicações. C.I.T., Rio Grande do Sul, 1996.

Departamento de Ações em Saúde - DAS

Doenças Notificadas no Estado do Rio Grande do Sul por SemanaEpidemiológica - 1996/1997

Doença Casos açumulados Casos acumuladosaté Semana 25/96 até Semana 25197"

Poliomielite O OPFA' 12 14Tétano Acidental 48 35Tétano Neonatal 2 2Difteria 11 10Sarampo 101 (0)2 75 (0)2

Coqueluche 43 35Rubéola 1005 652Caxumba 2075 2024Doença Menmgocóclca 79 110Hepatite 1324 1487Febre Tifóide 30 56Raiva O OMalária 61 33Dengue 21 29Leptospirose 148 147Hidatidose 3 11Tuberculose 3 2257 2253Hanseniase 3 78 128AIOS 3 555 817

• Semana finalizada em 21/06/97. dados preliminares.

1 Casos notificados e investigados de Paralisia Flácida Aguda (PFA)2 Confirmados por laboratório

3 Dados referentes a casos novos registrados no 10 sem/96-97