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“O espaço é a acumulação desigual de tempos”. (Milton Santos) Prof. Leandro Lima

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“O espaço é a acumulação desigual de tempos”.(Milton Santos)

Prof. Leandro Lima

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Reformulação social e urbanística do espaço urbano,

minimizando os problemas

sócioespaciais.

Reformulação paisagística do espaço urbano, melhorando

o aspecto visual e favorecendo a

circulação.

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arrasamento, temos: i) maiorremuneração do capital imobiliário; ii)melhoria da circulação intra-urbana; iii)o adensamento populacional graças àverticalização; iv) criação de novas áreasde lazer; v) renovação do ambienteconstruído.

refuncionalização, temos: i) a preservação da memória histórica e cultural dos espaços urbanos; ii) a diversificação da oferta de áreas de lazer e turismo; iii) permanência do sentimento de vizinhança; iv) a valorização de áreas urbanas pelo contraste entre o velho e o novo.

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Evolução Urbana

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• Separação espacial dos usos e classes sociais, anteriormente unidos no antigo colonial.

• 1870 sistema de transportes

– Bonde de Burro classes “nobres” Zona Sul

– Trens classes menos privilegiadas Subúrbios

1875 – 1902: Comissão de Melhoramentos da Cidade do

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SUBÚRBIO

Lá não tem brisaNão tem verde-azuisNão tem frescura nem atrevimentoLá não figura no mapaNo avesso da montanha, éLabirintoÉ contra-senha, é a cara a tapaFala, PenhaFala, IrajáFala, OlariaFala, Acari, Vigário Geral (...)Desbanca a outraA tal que abusaDe ser tão maravilhosa.

(Chico Buarque)

A letra de Chico Buarque revela um Rio de Janeiro marcado pelos contrastes entre a Zona Sul e os subúrbios.Cite dois processos socio-espaciais verificados simultaneamente nessas duas áreas nos dias atuais e dois elementos característicos do espaço suburbano, existentes desde o início do século XX.

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• ZONA SUL área já ocupada por classes abastadas, os bondes só vieram a intesificar uma tendência já existente.

– Bondes: atração de investimentos, aplicados em imóveis.

• SUBÚRBIOS os trens passaram a servir áreas fracamente integradas.

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TREM DA CENTRALEmpurra pra entrar dez milnesse trem da Central do BrasilEu já vou na porta pra saltar em Bangusei que vou ser chutado e pisado prachuchuNo outro dia não saltei onde morome chutaram do trem na estação de Deodoro(...)

(César Cruz / Silvinha Drumond - 1959)

AVENIDA BRASIL, TUDO PASSA, QUEM NÃO VIU?De lá pra cá, daqui pra lá eu vou (ah, como vou)Com meu amor vou viajando nessa Avenidapela faixa seletiva no sufoco dessa vidatudo passa, quem não viu?Uma confusão de coisas assim é a Avenida BrasilLinha Vermelha vem cortando a Maré (...)Do importado à carroça o contraste socialNesse rio de asfalto o dinheiro fala altoÉ a filosofia nacional (...)

(Jefinho / Dico da Viola / Jorge Gannen - 1994)

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Tanto a marcha do carnaval de 1959 quanto o samba-enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel de 1994 fazem referência às condições da circulação urbana na cidade do Rio de Janeiro.Uma característica associada aos meios de transporte preservada durante o tempo decorrido entre os dois momentos retratados e sua conseqüência urbana são:a) estatização do sistema de transporte - intensificação da ocupação da periferiab) longa duração dos movimentos pendulares - aceleração do processo de favelizaçãoc) prioridade para o transporte de massa - incentivo ao processo de segregação urbanad) custo elevado de tarifas - concentração espacial de comércio e serviços na Área Central

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• Densidade populacional do centro continuou grande:

– Necessidade de morar próximo ao centro

– Proliferação de cortiços e sub-habitações questão sanitária

• Erradicação dos primeiros cortiços

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A destruição do “Cabeça de Porco” pelo prefeito Barata Ribeiro foi assim saudada pela

Revista Ilustrada.

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Rio de Janeiro no século XX

• Pereira Passos (1902 – 06):

– Grandes transformações adequar a forma urbana as necessidades do capital

– Sofisticação lado a lado do arcaico

– Primeira grande intervenção estatal no Espaço Urbano

– Intensificação da ocupação de morros

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Avenida Central (Rio Branco)

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Rio de Janeiro – Avenida Beira-Mar – 1906 Prof. Leandro Lima

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1906- Alargamento da Rua da Carioca –Todos os imóveis do lado direito foram demolidos Prof. Leandro Lima

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• 1906 – 1930 intensificação da estratificação social:

– Centro / Zona Sul embelezamento

– Subúrbios crescimento sem apoio Estatal

– 1920 Plano Agache

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Prefeito Carlos Sampaio – 1920 a1922 Demolição do MORRO DO CASTELO.

Foram eliminadas do Centro as áreas residenciaisde baixa renda. Abertura da Avenida Rui Barbosa,dando continuidade à Avenida Beira-Mar; ligação doCentro à Copacabana; execução de obras desaneamento e embelezamento na Lagoa Rodrigo deFreitas; contratação do engenheiro Saturnino de Britopara execução das obras; intensificação do processo deOCUPAÇÃO DOS SUBÚRBIOS.

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Desmonte do morro do casteloOcupado pela população de baixa renda

Prefeito Carlos SampaioÁrea central valorizada

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Prefeito Henrique Dorsworth – 1937 – 1945 Planode Obras da Comissão do Plano da Cidade – Propõe umasérie de projetos dentre eles, o Plano de Extensão e Transformaçãoda Cidade.

Suas principais realizações foram a abertura da AvenidaPresidente Vargas, a remodelação das quadras do Centro, a AvenidaBrasil, a Avenida Tijuca, o Corte do Cantagalo, urbanização do bairrode Botafogo, remodelação da Floresta da Tijuca e duplicação dotúnel do Leme. Em 1938 a idéia de remodelação das quadras docentro é resgatada do Plano Agache. É estabelecido que sejamantida uma área interna nas quadras, que limite a profundidadedos edifícios construídos.

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Avenida BrasilProf. Leandro Lima

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Administração do Prefeito Negrão de Lima1958 – 1960 –Plano de Realizações da Superintendência de Urbanização e Saneamento – SURSAN

Via do Cais do Porto – Copacabana \ Trecho do túnel Catumbi\ Radial-Oeste \ Remoção de favelas – quatro comunidadesabrangendo mais de 70 mil pessoas – transferidas para aCidade de Deus (moradores das favelas da Praia do Pinto –Leblon), favela da Catacumba (Lagoa Rodrigo de Freitas)e favela Macedo Sobrinho (Botafogo) os moradores das demaisfavelas foram transferidas para Cidade Alta e Água Branca;

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Administração do Governador Carlos Lacerda –1963/65 e 1965 a 1977 – PLANOS DOXIADIS – 1965

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• O período Pós-1964

– Zona Sul extremamente favorecida

– Muita concentração de renda arrocho salarial

• Populações pobres expulsas da Zona sul

– Expansão da favelização

– Grande intensificação da especulação imobiliária

• Barra \ São Conrado auto estrada Lagoa-Barra

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O Rio de Janeiro no século XXI

• O caso Barra da Tijuca

– Nova Zona Sul

– Forte atuação imobiliária

– Condomínios de luxo auto-segregação

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• O processo de Gentrificação

– Centro do Rio e Zona Portuária

– Especulação imobiliária

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Arco do Teles

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Cidade do Samba

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Do Texto VIII, destaca-se o seguinte trecho:

“Observamos que este uso (do eufemismo)é generalizado entre diferentes grupossociais – a mesma preocupação pode levar asubstituir o termo comunidade por outroequivalente, como morro ou bairro”.(linhas6-8)A substituição apontada no trecho acimapode ser encontrada em letras de algumascanções, como no exemplo abaixo.

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“(...)Ê ê ê ê! Se liga que eu quero verO endereço dos bailes eu vou falar pra vocêÉ que de sexta a domingo na Rocinha o morroenche de gatinhaQue vem pro baile curtirOuvindo charme, rap, melody ou montagem,É funk em cima, é funk embaixo,Que eu não sei pra onde ir(...)Tem outro baile que a galera toda tremeÉ lá no baile do Leme lá no Morro do ChapéuTem na Tijuca um baile que é sem bagunçaA galera fica maluca lá no Morro do Borel(...)”

Endereço dos BailesMC Júnior e MC Leonardo

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Essa associação entre favela e morro pode ser explicada pela combinação dos seguintes aspectos:(A) auto-segregação / interferência do planejamento estatal.(B) segregação social / especificidade do sítio urbano.(C) periferização / espaço urbano como mercadoria.(D) metropolização / busca pela legalização da posse.(E) verticalização / política demográfica natalista.

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