rick stack viagem astral

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    VIAGEM ASTRAL"Muitas e profundas aventuras o aguardam! Com este livro, voc pode entrare sair de seu corpo quantas vezes quiser. Um excelente livro de um excelente

    professor." Robert E Butts

    Co-autor dos SETH BOOKS

    Por mais surpreendente que parea, vocpode aprender a deixar o seu corpo!Este simples programa, perfeitamente seguro, lhe mostrar como caminhar

    atravs de paredes, sobrevoar o seu bairro, viajar atravs do tempo e experimentar a

    maravilha de estar em outras dimenses. Com Viagem Astral, praticamentequalquer um pode ter uma experincia extracorporal em 30 dias.Rick Stack, um professor de metafsica que tem ajudado centenas de

    estudantes a realizarem suas primeiras experincias fora-do-corpo, comea com umainovadora anlise da metafsica envolvida e conduz o leitor num processo deajustamento de atitudes e de trabalho onrico que promove e favorece bem-sucedidasviagens astrais. Apresenta em seguida tcnicas comprovadas, etapa por etapa, para"sair do corpo" que at principiantes tm usado com facilidade. Descries dofenmeno extracorporal, desde as perspectivas cientficas e pessoal, ajudam o leitor asuperar o medo e a saber o que esperar de sua viagem. Captulos sobre o que fazerquando estiver fora inclusive encontros com amigos, contatos com eusreencarnacionais, prtica de sexo astral e comunicao com guias e mestres abrema porta para o divertimento e o valor dessa antiga forma de arte humana.

    Com Viagem Astral, o leitor pode vivenciar a transbordante sensao de ver-se flutuando ao sair de seu corpo no seu prprio quarto, algo que poucas pessoaspodiam fazer sua vontade at agora. Com essas extraordinrias tcnicas,qualquer viajante disposto a iniciar a viagem pode comear a explorar a verdadeiranatureza do nosso complexo universo.

    RICK STACK, autor e educador, leciona metafsica e viagem astral nos

    Estados Unidos e no estrangeiro.

    http://groups.google.com.br/group/digitalsource

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    RICK STACK

    VIAGEM

    ASTRALAs Aventuras Fora do Corpo

    Traduo deAntnio Silva e Sousa

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    Do original:Out-of body adventures

    Copyright by Richard Stark 1391, Editora Campus Ltda.

    CapaOtvio Studart

    ComposioForma

    Copy-deskMaira Parulla de Assis

    RevisoAntnio Rainha

    Henrique Tarnaposk

    Projeto Grfico

    Editora Campus Ltda.Qualidade internacional a servio do autor e do leitor nacional.

    Rua Baro de Itapagipa 56 Rio CompridoTelefone: (021) 233 6443 Telex: (021132606 EDCP BR

    FAX (021) 2293-568320261 Rio de Janeiro RJ Brasil

    Endereo Telegrfico: CAMPUSRIOISBN 85-7001-660-3

    (Edio original: ISBN 0-8092-4560-4, Contemporary Books Inc, Chicago, Illinois)

    Ficha CatalogrficaCIPBrasil. Catalogao-na-fonte.

    Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.

    Stack, RtckS773v Viagem astral:as aventuras fora do corpo / Rick Stack; traduo de Antnio Silvae Sousa. Rio de Janeiro: Campus, 1991.

    Traduo de: Out-of-the body adventures.Bibliografia.ISBN 85-7001-660-3

    1. Projeo astral. I. Titulo. II.Ttulo: As aventuras fora do corpo.

    91-0017 CDD - 133.9CDU - 133.7

    9694933291 9876543210

    Impresso e acabamento(comfilmes fornecidos)

    EDITORA SANTURIOFone (0125) 36-2140APARECIDA - SP

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    PREFCIO

    finalidade do presente livro transferir o estudo e a prtica dasexperincias fora-do-corpo do domnio dos laboratrios depesquisa e do misticismo esotrico para as salas de estar e os

    quartos de dormir do mundo que o seu lugar apropriado. Forneceuma abordagem simples e efetiva que qualquer pessoa pode usar paraaprender como sair deliberadamente do corpo. Tambm ofereceinstrues sobre o modo como extrair o maior proveito de sua viagem.As experincias fora-do-corpo (EFDC) so incrivelmente excitantes,

    espiritualmente esclarecedoras efceis de realizar. Se voc est disposto acomear partindo do pressuposto de que as suas crenas atuais acerca douniverso podem no representar toda a verdade e de que o universo ,na verdade, um mistrio a ser explorado com a mesma excitao ecapacidade de compreenso que qualquer criana naturalmente possui,posso prometer-lhe uma aventura de que nunca mais se esquecer.

    Mas se to fcil sair do corpo, por que que esse tpico ainda relativamente esotrico? muito simples. A grande maioria das pessoas

    est na total ignorncia de sua capacidade natural para sair do corpoporque seus sistemas de crenas no permitem a existncia de taisexperincias ou consideram-nas, na melhor das hipteses, uma atividadefrvola e vazia. Para os que consideram as experincias fora-do-corpouma rea digna de ateno, a experincia em primeira mo o caminhomais direto para explorao.

    Entretanto, aqueles que desejam empreender uma experincia emprimeira mo podem descobrir que suas prprias atitudes so a chavepara progredir na aprendizagem de como tornar-se exploradores astrais.Por essa razo, este livro fornece um procedimento passo a passo paracriar um clima mental propcio realizao dessas extraordinrias

    jornadas, antes de apresentar tcnicas efetivas e descomplicadas queinduzem realmente s experincias fora-do-corpo. Esse trabalhopreliminar com crenas tem por objetivo alterar certas idias restritivas ehabilitar o leitor a superar medos de ou resistncia a viajar fora doseu corpo fsico.

    Para muitas pessoas, o trabalho com crenas e o trabalho

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    vrias cidades. Para informaes adicionais, podem escrever-me para oseguinte endereo:

    Rick Stack P. O. Box l506Gracie StationNova York, NY 10028EUA

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    SUMRIO

    Introduo

    Captulo 1Fato Cientfico ou Fico Cientfica?

    Captulo 2Benefcios da Projeo Astral

    Captulo 3Metafsica Essencial

    Captulo 4Os ABCs do Uso do PoderExerccio 1: Trabalho com Crenas em Geral

    Captulo 5Libertando-se do Medo

    Captulo 6Renovando o Seu Clima Mental para Experincias Fora-do-CorpoExerccio 2: Examinando Crenas PertinentesExerccio 3: Identificando Crenas RestritivasExerccio 4: Formulando Afirmaes e Visualizaes

    Captulo 7Usando Afirmaes e Visualizaes para Experincias Fora-do-CorpoExerccio 5: Usando Suas Afirmaes e Visualizaes

    Captulo 8Trabalho com Sonhos

    Captulo 9O Espectro da Conscincia: Experincias Fora-do-Corpo e SonhosLcidos

    Captulo 10

    Tcnicas Infalveis para Sair do CorpoTcnica n 1: Combinar Sugestes com Condies Favorveis

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    Tcnica n 2: Flutuar a Partir do Estado HipnaggicoTcnica n 3: Estranho ao EstranhoTcnica n 4: A Alegria de VoarTcnica n 5: Do Interior para o Exterior

    Captulo 11O Que Fazer no Mundo Astral

    Captulo 12Reencarnao e Viagem no TempoExerccio 6: Encontrar os Eus ReencarnacionaisExerccio 7: Viajar Atravs do TempoExerccio 8: Visitar o Seu Eu Infantil

    Exerccio 9: Encontrar um Voc Mais VelhoExerccio 10: Vivenciar o Agora Eterno

    NotasBibliografia

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    INTRODUO

    uando era um adolescente, entender o verdadeiro significado daexistncia tornou-se para mim uma obsesso. At onde possolembrar-me, estava curioso a respeito do universo mas, num certo

    ponto de minha vida, essa curiosidade converteu-se numa insacivelsede. Finalmente, o anseio tornou-se to forte que eu tinha de obteralgumas respostas antes de continuar com o que pensava ser uma vida"normal".

    Antes disso, tentara aproveitar a cincia como possvel fonte de

    entendimento. No foi preciso muito tempo para que a perspectivacientfica me desapontasse. Nunca esquecerei um certo dia durante ocurso de Biologia Avanada 1, no primeiro semestre do meu ltimo anode colgio. Quando o professor expunha em mincia algumas dasmaravilhas da natureza, no pude resistir a perguntar-lhe qual era opropsito maior subentendido no que ele estava descrevendo. O meuprofessor apenas sorriu e virtualmente virou poeta ao explicar que aminha pergunta era teleolgica e, por conseguinte, imprpria para

    discusso. Bem, eu ignorava o que teleolgico queria dizer mas fiquei bastante desconcertado ao ver que o meu professor agia como se apergunta sequer fosse importante. Ele prosseguiu com sua lio; eu passeia reavaliar os meus planos para freqentar Biologia Avanada 2.(Finalmente optei por Escultura 1, uma classe com uma proporo de 20estudantes do sexo feminino para um do sexo masculino obviamenteum modo muito mais divertido de estudar biologia.)

    Quando iniciei o meu primeiro ano na universidade, as sementes

    do meu descontentamento j tinham atingido enormes propores.

    Q

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    Achei que a explicao cientfica de como chegamos aqui beirava asfronteiras do absurdo. Simplificando a coisa: A vida principiou emalgum oceano primordial h muito e muito tempo, quando, por acaso, acombinao certa de substncias qumicas, elementos e condies seuniu e puf! nasceu a vida. At mesmo a impressionante teoria daevoluo de Darwin eliminou a necessidade de uma superior intelignciaorientadora na equao, sugerindo que as mutaes ocorrem unicamente

    por acaso e que s os melhores de cada espcie sobrevivem e prosperam.Esse "unicamente por acaso" era, com franqueza, demais para o

    meu gosto. Estariam essas pessoas falando srio? Era realmente essa aconcluso a que tinham chegado os maiores espritos do nosso tempo?

    Acreditavam eles realmente que todas as maravilhas incrivelmenteintrincadas e engenhosas da natureza eram realizadas sem QUALQUERforma de inteligncia csmica inspiradora? Eu sabia que alguns dosconceitos religiosos formulados pela humanidade ao longo dos anoseram um tanto pueris, mas esse conceito parecia-me igualmente ingnuoe simplista. A perspectiva cientfica era espetacular para fazer navesespaciais e fornos de microondas, mas quando se abordavam questesmais profundas, ela convertia-se num imenso desapontamento.

    Comecei um intenso e, por vezes, turbulento perodo de estudo. Aminha pesquisa percorreu toda a gama desde psicologia, mitologia ereligio, at teosofia, gnose, egiptologia e as vrias tradies esotricasde sucessivas eras. Envolvi-me no estudo dos sonhos. Aprendi que ossonhos eram um recurso incrvel para o conhecimento e a compreenso.Aprendi que o mundo onrico era uma porta de acesso a outrasdimenses da experincia, to vlidas e importantes quanto o mundoque conheo. Comecei praticando o sonho lcido, a arte de ficar

    inteiramente desperto dentro do estado onrico e manipular depois,conscientemente, os eventos que ocorrem. Entretanto, no entenditotalmente que estava pr-programando as minhas experinciasinteriores de acordo com as minhas prprias crenas e convices.

    Foi em 1970 que me caiu nas mos o meu primeiro livro de Seth.Seth a personalidade no-fsica e mestre que falava atravs da falecidaautora Jane Roberts quando ela estava em transe. O material comunicadopor Seth foi publicado em 10 volumes at o momento. (Ver a Bibliografia

    para uma lista desses ttulos.) Estava particularmente impressionadocom Seth e no comeo de 1972 viajei para Elmira, Nova York, com um

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    preocupado.Pensei comigo mesmo: "Muito bem. Estou no Alley Pond Park, viajando scustas de alguma estranha droga e estou sem roupa. O que fazer? Como vouregressar a casa? Nem mesmo tenho um trocado para o trem." Assim fiquei

    perambulando por ali, vibrando, as rvores reluzindo, estranhamente nomuito perturbado pelo apuro em que me via. O sol estava comeando adespontar e eu no encontrara vivalma no jardim at esse instante. Passeiento por umplay-grounde vi um garotinho brincando dentro dele. Pareceu-me realmente estranho, pois a criana era muito pequena e estava sozinha.

    Acerquei-me da grade que rodeava oplay-grounde olhei para o garoto. Havianele algo de muito estranho. De sbito, ele encarou-me olhos nos olhos edisse: "Este universo para voc!" Lembrei-me instantaneamente de que omeu corpo estava a 30 quilmetros de distncia. Eu simplesmente tentarasair do meu corpo e conseguira. Eu estava fora. A excitao e o jbilo

    apossaram-se de mim. Sem pensar, ergui as mos para voar e decolei comoum foguete. Tivera antes numerosos sonhos de voar mas este era muitodiferente. No parecia ser apenas fruto da minha imaginao. Eu estava

    voando, revoluteando, pairando acima das rvores do Alley Pond Park. Aconscincia do ego normal estava inteiramente presente e realizando a maisestupenda jornada de sua vida. Fiquei voando por algum tempo e finalmenteaterrissei numa colina relvada. Senti que era tempo de voltar para casa.Fechei os olhos, reclinei-me e disse: "De volta ao Bronx, de volta ao Bronx.''

    Tive uma sensao de movimento e de tremenda velocidade. Vi-me de novo

    no meu corpo fsico. Meus olhos ainda estavam fechados mas eu podia veratravs das plpebras. Estava impressionado! Finalmente, aps examinar omeu quarto atravs das plpebras durante um minuto ou coisa assim, abri osolhos. Tudo me pareceu algo estranho por uns momentos como se euainda no estivesse inteiramente sintonizado no canal apropriado. Mais umou dois minutos, e tudo se solidificou e voltou ao normal. Eu estava de voltaso e salvo!

    Eu estava realmente empolgado com a experincia. Contudo, ainda

    me sentia insatisfeito porque no tinha conscientemente testemunhado aseparao do fsico e estava decidido a faz-lo. Continuei praticando aminha tcnica recm-descoberta e, por algum tempo, tive experinciasfora-do-corpo quase dia sim dia no. Depois de duas semanas, ergui-medo meu corpo no meu quarto de dormir embora retendo plenaconscincia do que estava ocorrendo o tempo todo.

    O meu corpo estava invadido pela sensao de que iria adormecer. Algo

    inslito estava, porm, ocorrendo, pois sentia-me ainda totalmente desperto.Eu estava literalmente observando meu corpo que adormecia. Pude sentir-

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    me percorrendo as vrias fases do sono enquanto conservava plenaconscincia. Era fascinante. Estava ainda no meu corpo mas j nopermanecia ligado a ele da maneira normal. No podia mover os msculos.Meus olhos fechados podiam perfeitamente enxergar o quarto atravs das

    plpebras. Seja como for, eu sabia perfeitamente o que fazer. Decidi quequeria mover-me para o alto. Vi com espanto a minha perna no-fsica,astral, sair da minha perna fsica, logo seguida pelo resto do meu corpoastral. Fiquei de p no quarto, diretamente defronte da cadeira que continhao meu corpo fsico e logo cruzei a porta para o quarto contguo. Como decostume, sentia-me tremendamente energizado e exultante. Ocorreu-me quej no precisava mais de portas para me deslocar de um cmodo para ooutro e, assim, caminhei atravs da parede at a sala de estar, sentei-me numacadeira e ca num acesso de riso. Custava-me crer no que estavaacontecendo. Nesse momento, soube, de um modo profundamente

    intuitivo, que a minha existncia era independente do meu corpo fsico.

    Desde essa poca, tenho tido numerosas aventuras fora-do-corpo.Assim como aumentou a minha compreenso da natureza da realidade,o mesmo ocorreu com a qualidade das minhas excurses fora do corpo.Logo comecei compartilhando os meus conhecimentos em cursos sobreexperincias fora-do-corpo, material Seth, sonhos e metafsica, os quaisadministro agora h mais de 10 anos. Decidi escrever este livro quando

    me apercebi de que a maioria das pessoas acha difcil induzir umaexperincia extracorporal, e de que eu poderia oferecer um mtodo queat os principiantes pudessem usar com relativa facilidade.

    Para facilitar a aprendizagem de como induzir experincias fora-do-corpo, importante desenvolver um entendimento da metafsica e oimpacto de nossas prprias atitudes. As crenas fundamentais sobre omodo como o universo funciona afetaro tanto a capacidade de induzirexperincias fora-do-corpo quanto os tipos de experincias que se ter.Por essas razes, este livro deve ser lido estritamente na ordem em quese apresenta; no salte logo para os exerccios, antes de ter concludo oseu trabalho de crena.

    Conforme mencionado antes, o tempo necessrio para completar otrabalho preliminar variar de acordo com o indivduo. Quando o leitortiver concludo o seu trabalho preparatrio, passe para as tcnicas deinduo da experincia fora-do-corpo. Programe-se para faz-lasdiariamente durante um ms. Repito: razovel supor que voc ter asua primeira EFDC dentro das primeiras 30 provas prticas. Essa

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    expectativa, de fato, pode ajud-lo a realizar a sua primeira experinciafora-do-corpo. Haver, porm, considervel variao nesse ponto.Algumas pessoas podem sair depois de apenas meia dzia de provas,enquanto outras podero continuar exercitando-se por vrias semanas.Se voc for persistente e determinado, ter xito.

    Um outro fator a ter presente o seu ambiente geral e estado deesprito. Se o seu trabalho de natureza estressante ou se est, de umaforma ou de outra, envolvido num estilo de vida provocador deansiedade, isso poder interferir no seu trabalho com a experincia fora-do-corpo. Se for esse o caso, talvez seja aconselhvel comeartrabalhando com as tcnicas de induo durante as frias, a fim de que

    possa pratic-las facilmente todos os dias num ambiente descontrado.Uma outra alternativa para os que tm uma semana de trabalho febril praticar as tcnicas de induo durante 15 fins de semana consecutivos, oque lhes proporcionar um todo de 30 ensaios. Embora no seja ideal, uma opo para aqueles que a necessitem. Se o programa de fins desemana no produzir resultados, poder ter que criar um tempo extrapara praticar todos os dias durante um certo perodo, a fim de manter opique. Uma vez que tenha comeado, no pare mais tente incorporar

    o trabalho EFDC em seu programa de atividades cotidianas numa basecontnua.

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    CAPTULO 1

    FATO CIENTFICOOU FICO CIENTFICA?

    crena de que todos possumos alguma espcie de alma no-fsica faz parte da grande maioria das religies do mundo.Experincias extracorporais tm sido relatadas durante sculos

    por todas as culturas no planeta. H numerosas descries de pessoasque deixaram seus corpos e cujas "aparies" foram subseqentementevistas por outras. Tambm h inmeras descries de experincias fora-do-corpo em que pessoas puderam perceber objetos que estavam aconsidervel distncia de seus corpos fsicos; tais percepes foramdepois confirmadas.

    Oliver Fox descreveu um exemplo de tal experincia em sua obraclssica, Astral Projection: A Record of Out-of-the-Body Experiences.1 Numa

    noite de vero em 1905, uma amiga, Elsie, apareceu no quarto deleenquanto ela estava fora-do-corpo. Pela manh desse dia, Elsieinformara-o de que iria fazer isso. Fox, que pensava tambm estarprovavelmente em sua "contraparte astral" nesse dia, viu uma "grandenuvem de formato ovide e de uma luminosidade azulada intensamente

    brilhante" com Elsie no centro. Elsie parecia perfeitamente slida quandocorreu os dedos ao longo da escrivaninha de Fox e o encarou. Na noite

    1 Oliver Fox, Astral Projection: A Record of Out-of-the-Body Experiences (Secaucus, N. J.: Citadel Press,1962), pp. 56-60.

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    seguinte, Fox encontrou-se com Elsie, que lhe disse em termos muitoclaros que, na noite anterior, tinha ido dormir e decidido entrar noquarto dele. Elsie pde descrever com exatido grande parte docontedo do quarto, inclusive a localizao dos mveis e de vriosobjetos. Ela viu at que a escrivaninha dele tinha uma aresta dourada,apesar da afirmao de Fox de que era um filete dourado, no umaaresta. Ela insistiu em que tinha sentido a aresta, e Fox insistiu em queconhecia a sua prpria escrivaninha. Mais tarde, Fox examinou aescrivaninha e descobriu a aresta que Elsie descrevera. Fox tinha acerteza de que Elsie nunca estivera no quarto dele enquanto em seucorpo fsico, e de que tampouco lhe descrevera alguma vez o contedo

    que afirmava ter visto.Um outro exemplo provm de um indivduo chamado Carl, quefreqentou algumas das minhas aulas e workshops. Carl tinha acabado devoar para a Califrnia, depois de concordar na manh desse mesmo diaem que tentaria reunir-se com um amigo nessa noite num sonho ounuma experincia fora-do-corpo. Seu amigo vivia em Nova Jersey. Porvolta das 4 horas da manh, Carl tentou induzir uma EFDC.

    Meus ouvidos retiniram. Deixei o som aumentar at um certo

    ponto e ento ergui-me simplesmente do meu corpo. Ao ser iado, entreicompletamente numa outra dimenso. J no estava no mesmo quarto, oque me deixou confuso. No comeo pensei: "Como que vou chegar aNova Jersey ?" Tentei pensar em todos os modos normais e racionais defaz-lo. Ouvi ento uma voz que disse: "Voc no precisa fazer nadadisso. Concentre-se nesse seu amigo e o encontrar." Assim, fechei osolhos e concentrei-me, e de sbito o rosto dele surgiu na minha frente.Ele estava sentado com os olhos fechados, como que em meditao. Eu

    tinha conscincia de estar no quarto dele mas no podia ver ascircunjacncias. Quanto mais me concentrava nele, mais pensava que elesabia estar eu ali. Mas o meu amigo no parecia ser capaz de voltar-se eolhar para mim. Eu o chamava repetidas vezes em voz alta: "Veja, estoufora-do-corpo, estou na Califrnia." Tentava faz-lo entender.Aparentemente, ele sabia que eu ali estava mas no podia voltar-se eencarar-me. Fiz isso durante uns bons 30 segundos, tentando chegar atele. Finalmente, quando abriu os olhos e voltou-se na minha direo, a

    cena dissipou-se e eu estava de volta na cama na Califrnia.Falei com ele no dia seguinte e apurei que ele estivera realmente

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    sentado e meditando, tal como eu o vira, na mesma hora em que estivefora do meu corpo. Eram 7 horas da manh onde ele estava e 4 horas damanh onde eu estava. Ele disse pensar que eu estivesse adormecido aessa hora e tinha o pensamento concentrado em mim.

    As duas principais interpretaes do que realmente acontecedurante uma experincia fora-do-corpo so a teoria extra-somtica e ateoria intra-somticas. A teoria extra-somtica postula que durante umaEFDC alguma parte significativa do participante deixa realmente o corpofsico e fica flutuando em algum lugar fora dele. Por seu turno, a teoriaintra-somtica afirma que nenhuma parte significativa do participantedeixa o corpo fsico durante uma EFDC.

    Uma tendncia popular na comunidade cientifica consiste emexplicar as experincias fora-do-corpo em que as pessoas afirmam terestado num certo lugar e ser capazes de descrever com exatido o que aliviram dizendo tratar-se "apenas" de ESP (percepo extra-sensorial). Masacontece que qualquer percepo realizada sem o uso dos sentidosfsicos normais extra-sensorial. Portanto, aqueles que deixam seuscorpos e percebem acuradamente um lugar distante devem, pordefinio, estar usando ESP, quer uma parte de sua personalidade deixe

    realmente ou no o corpo!Um estudo notvel realizado por Osis e McCormick envolveu umindivduo fora-do-corpo tentando ver um alvo que estava contido numdispositivo de imagem ptica e s podia ser observado de umalocalizao especfica.2 O alvo era um quadro composto de numerososelementos. Esses elementos no estavam fisicamente unidos em qualquerlugar no interior do aparelho. Se olhssemos atravs do visor de umponto diretamente frontal ao aparelho, entretanto, os vrios elementos

    do alvo final juntavam-se como numa iluso ptica. O sujeito EFDC,Alex Tanous, foi instrudo para projetar para dentro do quarto com oalvo, que estava a muitos quartos de distncia, e tentar v-lo. Nesse meiotempo, os experimentadores tentaram medir os efeitos fsicos nalocalizao do alvo (efeitos que podem ser causados pela presenaextracorporal do sujeito). Eles colocaram discos sensores numa cmara

    blindada no local de observao. Os sensores eram capazes de captarmovimentos ou vibraes muito pequenos que gerariam depois

    2 K. Osis e D. McCormick, "Kinetic Effects at the Ostensible Location of an Out of Body Projectionduring Perceptual Testing."Journal of the American Society for Psychical Research 74 (1980): pp. 319-329.

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    impulsos eltricos em tensimetros extremamente sensveis. Portanto,esses tensimetros habilitaram os experimentadores a registrar cadamudana minscula na vibrao dos discos sensores. Tanous foiinduzido a crer que os tensimetros estavam sendo usados unicamentepara uma tarefa ulterior, a fim de reduzir a possibilidade de que eletentasse deliberadamente afetar os sensores enquanto procurava ver odispositivo de imagem ptica.

    Osis e McCormick pensaram que a experincia fora-do-corpopoderia ser um estado que flutuava no tocante ao grau de externalizao;quer dizer, podem existir graus diversos de clareza ou intensidade noestado de fora-do-corpo. Os pesquisadores formularam a hiptese de

    que, quando o sujeito EFDC estava mais totalmente fora e, porconseguinte, apto a ver o alvo com maior preciso, haveria maior efeitomecnico (fsico) causado pela presena fora-do-corpo do sujeito do queno caso deste estar menos fora e, portanto, menos capaz de ter uma visoacurada do alvo.

    Os resultados do estudo de Osis-McCormick corroboraram ahiptese por eles formulada de que "podem ocorrer efeitos cinticosostensivamente no-intencionais como subprodutos da viso fora-do-

    corpo estreitamente localizada". Por outras palavras, movimentos ouefeitos fsicos aparentemente involuntrios podem ocorrer quandoalgum v alguma coisa num local especfico enquanto experimenta asensao de estar fora-do-corpo. O nvel de ativao do tensimetro queocorreu quando o sujeito estava vendo o alvo e registrou "acertos" foisignificativamente superior ao de quando o sujeito "errou". Essaconcluso fornece algum apoio ao conceito de que a maior vibrao dosdiscos sensores foi causada por alguma poro exteriorizada da

    personalidade do sujeito.Pelo que tenho entendido, a comunidade cientfica no tematualmente a menor pressa em dar continuidade a estudos como o queacabei de descrever. Poder-se-ia pensar que o volumoso materialepisdico relatando experincias fora-do-corpo, em conjuno comestudos (embora relativamente poucos) que proporcionam algum apoio teoria extra-somtica, era razo bastante para que a comunidadecientfica comeasse a acordar. Isso parece estar ocorrendo aqui e ali, mas

    num ritmo muito lento.Um outro estudo que eu gostaria de mencionar sucintamente foi

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    realizado por Morris, Harary, Janis, Hartwell e Roll.3 Os pesquisadoresqueriam apurar se um indivduo que tem uma experincia fora-do-corpopoder ser detectado num local remoto por intermdio de detectoresfsicos, animais ou humanos. Num procedimento, os detectores humanosforam informados de que seriam visitados duas vezes pelo sujeito,enquanto fora de seu corpo, durante um perodo de 40 minutos. Osdetectores humanos mostraram uma tendncia significativa para reagir alegada presena fora-do-corpo durante essa parte do experimento. Ooutro procedimento que usou detectores humanos consistia em doiscurtos perodos durante os quais o sujeito visitaria no estado fora-do-corpo e dois perodos de controle de extenso equivalente. Os detectores

    humanos no reagiram significativamente mais durante os perodosEFDC do que nos perodos de controle nessa parte do experimento.Um dos detectores animais, um gato, estava significativamente

    mais calado e menos ativo durante os perodos EFDC do que nosperodos de controle. O sujeito, Harary, "foi instrudo para 'visitar' ogato, experimentando acarici-lo e brincar com ele", enquanto fora doseu corpo. O gato esteve ativo durante o perodo de base (as observaespreliminares) e nos perodos de controle, mas tornou-se extremamente

    sossegado durante os perodos EFDC. O gato miou 37 vezes no decorrerdos oito perodos de controle mas no vocalizou nem uma nica vezdurante os perodos EFDC. Num segundo estudo com o gato, osexperimentadores desejaram ver se ele podia orientar-se para umadireo especfica onde Harary se encontrava de visita enquanto fora-do-corpo. Os resultados gerais foram estatisticamente insignificantes, masum dos experimentadores, que estava observando o gato, informou veruma imagem do sujeito no seu monitor de televiso no trecho que o

    sujeito estava visitando enquanto fora-do-corpo. O experimentador notinha conhecimento de que trecho se presumia que o sujeito iria visitar etampouco sabia qual era o perodo de controle e qual o perodo deEFDC.

    Menciono tais estudos apenas para enfatizar que j foi realizadoalgum trabalho neste campo que difcil invalidar, embora muitaspessoas continuem ignorando-os deliberada-mente. A comunidadecientfica, como um todo, incrivelmente resistente ao conceito de

    3 R. Morris, S. Harary, J. Janis, J. Hartwell e W. G. Roll, "Studies of Communication During Out ofBody Experiences.''Journal of the American Society for Psychical Research 72 (1978): pp.1-21.

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    existncia no-fsica. A percepo extra-sensorial, tudo bem; mas asexperincias fora-do-corpo parecem realmente desafiar o modo comomuitas pessoas pensam.

    Um outro fenmeno que corrobora a validade da experincia no-fsica so os sonhos mtuos ou EFDCs mtuas. Duas ou mais pessoasencontram-se num sonho ou experincia fora-do-corpo; aps seuregresso realidade fsica, elas recordam as mesmas conversas eexperincias. Um exemplo de tal experimento est includo no livro deFox.4 Fox e dois amigos, Slade e Elkington, decidiram encontrar-se emSouthhampton Common nessa noite em seus sonhos. Fox sonhou que sereuniu com Elkington no local especfico e ambos perceberam estar

    sonhando. Comentaram sobre a conspcua ausncia do terceiro amigo.No dia seguinte, Fox perguntou a Elkington se tinha sonhado na noiteanterior. Elkington respondeu ter-se encontrado com Fox no localcombinado e ter compreendido que estava sonhando, "mas Slade nocompareceu ao encontro. S tivemos tempo de nos saudar mutuamente ede comentar sobre essa ausncia, e o sonho logo terminou". Slade contoumais tarde a Fox que no tivera nenhum sonho em toda essa noite. Aosque levantam a questo de que o encontro dos sonhantes era esperado

    de antemo, Fox lembra que todos os trs esperavam encontrar-se.Um exemplo de EFDC mtua pode ser lido no livro autobiogrficode Richard Bach, The Bridge Across Forever.5Aps cerca de seis meses deprtica, Bach e sua mulher, Leslie, realizaram seu primeiro fora-de-corpomtuo. Bach viu-se sentado no ar acima de sua cama e vislumbrou uma"radiante forma a flutuar" perto dele, sua direita. Era Leslie, e podiamcomunicar-se em palavras. Ela lhe disse que j estava fora e que o tinhapersuadido a sair. Flutuaram juntos rente ao teto e continuaram

    compartilhando de uma experincia memorvel. Foram abruptamenteacordados por um de seus gatos e alguns instantes depois relembraramsimultaneamente sua viagem. Segundo Bach, "Depois da prtica doprimeiro ano, podamos nos reunir fora do corpo diversas vezes por ms;a suspeita de que ramos visitantes no planeta avolumou-se atpodermos sorrir um para o outro, observadores interessados, no meio donoticirio da noite."

    O fenmeno de sonhos mtuos e de experincias fora-do-corpo em

    4Fox,Astral Projection, p. 47.5Richard Bach, The Bridge Across Forever (Nova York, William Morrow & Co., Inc., 1984) pp. 376-379.

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    comum proporciona uma pequena dose de apoio ao conceito deexperincia no-fsica objetiva. Como se trata de algo que no pode serfacilmente realizado num laboratrio, freqentemente varrido paradebaixo do tapete ou minimizado como sendo apenas uma forma detelepatia ou de clarividncia.

    No presente livro, estudaremos a arte de deixar o corpo de umaperspectiva mais subjetiva do que propriamente cientfica. Com todo odevido respeito, a estrutura da pesquisa e investigao cientfica ,simplesmente, restritiva demais para aspirantes a exploradores astrais. Odomnio da cincia ocupa-se de efeitos observveis e mensurveisatravs dos sentidos fsicos. Quando os cientistas investigam fenmenos

    como as experincias fora-do-corpo, esto basicamente limitados a tratarde experincias no-fsicas desde uma perspectiva fsica. Eles s podemregistrar descries daqueles que tm tais experincias, medir efeitos quepodem ser produzidos na realidade fsica, tentar detectar fisicamente o"corpo" no-fsico, etc.

    Para investigar verdadeiramente as experincias fora-do-corpo,deve-se estar disposto a transigir ou at mesmo a abandonar as regras dainvestigao cientfica. Muito do que ns, seres humanos, podemos

    aprender atravs da explorao da realidade interior no pode sequer serposto em palavras, e muito menos ser cientificamente provado. Averdadeira explorao dessa antiga forma de arte est no fazer. Podemos obterrespostas. Podemos ter experincias culminantes de conhecimento esabedoria que enriquecero as nossas vidas e os nossos seres. Mas paraconseguir isso, podemos ter que deixar para trs alguns dos antigosquadros de referncia.

    O maior valor no estudo das experincias fora-do-corpo tem

    pouqussimo a ver com eletroencefalogramas, rpidos movimentosoculares ou mesmo a habilidade para descrever uma montanha a muitosmilhares de quilmetros de distncia. O maior valor est na imensasatisfao de se estar fora do nosso prprio corpo, nas compreensesintuitivas recebidas, e nos vislumbres dos mistrios do universo queesto ao alcance do explorador audacioso.

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    CAPTULO 2

    BENEFCIOSDA PROJEO ASTRAL

    lguns dos leitores talvez nunca tenham tido uma experinciafora-do-corpo. Quer nos apercebamos disso ou no, entretanto,todos ns j estivemos fora dos nossos corpos em numerosas

    ocasies durante o sono. Pesquisas realizadas por Hart, Green,

    Haraldsson e outros, indicam que a experincia fora-do-corpo no umaocorrncia rara.1 De acordo com a minha prpria experincia compessoas interessadas na metafsica, porm, parece que relativamentepoucas desenvolveram a capacidade de induzir essas experincias de ummodo voluntrio.

    Mas por que iria algum querer aprender como deixardeliberadamente seu prprio corpo? No final das contas, todos teremosde o deixar, de qualquer jeito, ento por que a pressa? E mesmo quepossamos aprender como viajar fora dos nossos corpos, quem garanteque seremos capazes de encontrar o nosso caminho de volta?

    Por outro lado, se verdade que as pessoas podem aprender ainduzir experincias fora-do-corpo, talvez seja possvel ter acesso a todauma nova e vasta rea de potencial humano uma rea que poderelucidar algumas das indagaes fundamentais que a humanidadesempre formulou. A morte o fim ou apenas um outro comeo? Se

    1S. Blackmore, Beyondthe Body (Londres: Paladin Grafton Books, 1983), pp. 82-93 Reimpresso em 1986.Originalmente publicado na Gr-Bretanha por William Heinemann Ltd., 1982.

    A

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    sobrevivemos morte, em que grau ainda nos conheceremos comosendo ns mesmos? Qual a finalidade suprema subjacente em nossasvidas neste fascinante e s vezes turbulento planeta? O que querealmente se passa aqui?

    As exploraes extracorporais podem expandir tremendamente onosso entendimento acerca da vida e do universo. Para aqueles leitoresque tiveram pouca ou nenhuma experincia nessa atividade, importante notar sobre que espcie de experincia estamos realmentefalando. No estamos falando de alguma vaga alucinao. Estamosfalando a respeito da realizao de um estado de total clareza e vivasensibilidade enquanto fora do prprio corpo.

    Quando nos encontramos plenamente conscientes fora do nossocorpo e a sensao to real quanto a nossa experincia fsica normal,esse o momento em que paramos para refletir sobre o que estacontecendo, Se tivemos essa experincia por vrias vezes, fica difcilrejeit-la como um mero acaso ou produto fantasioso da nossaimaginao, e muito possvel que comecemos alterando o modo deencarar o universo. Essas experincias so com freqncia toextraordinrias e poderosas que podem afetar alguns dos nossos mais

    fundamentais sistemas de crenas.

    APRENDENDO A CONVIVER COM A VIDA ETERNA

    As pessoas que tiveram uma vivida experincia fora-do-corpoconsideram-na uma das mais intensas experincias de suas vidas. AEFDC proporciona-lhes uma natural e excitante oportunidade paravivenciar sua identidade independente da forma fsica, enquanto ainda

    esto vivas. Seus sistemas de crenas a respeito da morte so, comfreqncia, radicalmente alterados. Conheceram realmente a sensao deestar vivas e conscientes, de um modo inequvoco, emboraaparentemente desligadas de seus corpos fsicos. Se bem que suasexperincias no constituam prova cientfica, essas pessoas sentem, nagrande maioria das vezes, dispor agora de um conhecimento que,simplesmente, no possuam antes: o de que a existncia delas no dependente de seus corpos fsicos. Para os indivduos que temem a

    morte, essas experincias resultam freqentemente numa significativareduo desse temor. Aqueles que j acreditam na vida depois da morte

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    podem descobrir que suas exploraes fora do corpo as habilitam acompreender isso num nvel muito mais profundo e emocional.

    Um novo sistema de crenas a respeito da morte pode exercer umefeito verdadeiramente poderoso sobre o modo como vivemos as nossasvidas. Para mim, foi somente depois que tive experincias fora-do-corpoque comecei, de fato, a compreender que esta realidade fsica apenasuma etapa no caminho de nossa maior existncia. Muitas pessoaspassam pela vida temendo a morte ou pensando que a morte no aspreocupa agora e, por conseguinte, deixam escapar a oportunidade deadquirir grande sabedoria e as mais vastas perspectivas decorrentes douso da morte como mestra.

    Como resultado das experincias fora-do-corpo que tenho tido aolongo dos anos, posso agora afirmar com toda a sinceridade que poucoou nenhum medo tenho da morte. Pelo contrrio, estou realmenteaguardando-a e espero que ela seja excitante e divertida. Isso nosignifica que eu esteja com muita pressa em deixar esta realidade, poisno estou, em absoluto. Apenas sei, num nvel intuitivo, que quandochegar a minha hora de deixar esta realidade, ver-me-ei fora do meucorpo fsico, plenamente vivo, plenamente consciente, conhecendo-me

    ainda como eu mesmo e pronto para a festa.S quando compreendi que o jogo no terminou e ainda tem outrostempos a serem jogados que pude encarar a morte de frente, por assimdizer, e escutar realmente seus ensinamentos. Como deixei de tem-la oude me sentir inquieto a seu respeito, sou mais propenso a enfocar arealidade da transitoriedade da vida e a us-la como fonte de inspirao.Esse enfoque faz-me querer maximizar a vida em todos os aspectos.Ajuda-me a entender que os momentos que passo junto das pessoas a

    quem amo so totalmente mpares, so momentos nicos, e mesmo queos conhea em outros tempos ou outros universos, as coisas nunca maisvoltaro a ser inteiramente as mesmas. Ajuda-me a eliminar porcompleto todos os absurdos, todas as tolices e ninharias, to fceis depensarmos que so importantes. Ajuda-me a saborear e a usar a minhaenergia em vez de malbarat-la. Ajuda-me a abandonar as preocupaese a desfrutar o meu dia.

    Procuro muitas vezes lembrar-me deliberadamente de como as

    nossas vidas fsicas so, na verdade, temporrias. Embora tambmacredite que cada momento eterno, os momentos dos nossos dias

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    mais agradvel.

    O CAMINHO PARA O CONHECIMENTO

    cada vez maior o nmero de pessoas desencantadas com ossistemas de crena fundamentais em que a nossa civilizao se apia.Muitas deixaram de ficar satisfeitas com os velhos mitos, regras emandamentos das religies convencionais ou com a limitada estruturado entendimento oferecida pela cincia. As pessoas comearam

    buscando respostas em outros domnios. Mais cedo ou mais tarde, osestudiosos da metafsica voltaro suas atenes para a possibilidade de

    dimenses da experincia que esto fora do domnio dos nossos sentidosfsicos normais. A experincia fora-do-corpo uma sedutora e bviaopo para quem tentar uma completa e sensvel explorao do querealmente faz o universo pulsar.

    Sem dvida, um dos mais valiosos benefcios decorrentes daprtica de EFDCs que pode propiciar o acesso a experincias deconhecimento direto e aos domnios mais ntimos da existncia a quetodos, por fim, retornaremos. A par de uma nova percepo consciente

    de vida e morte, a experincia fora-do-corpo pode fornecer-nos umanoo emprica do que a realidade fsica verdadeiramente , pois quandosaltitamos literalmente para l e para c entre dois mundos, comeamosa sentir e a saber que a nossa realidade vgil normal est bem longe deser to slida quanto pensvamos anteriormente.

    claro, os fsicos j sabem que a matria no slida. Elesafirmaram e reafirmaram que tudo o que nos cerca edifcios, cadeiras,at os nossos corpos composto de espao e tomos. Somos

    informados de que os tomos so, na realidade, um turbilho departculas subatmicas movendo-se a velocidades inimaginveis. Amatria, dizem-nos, fundamentalmente equivalente energia. Assim,todos ns somos seres de energia, vivendo num surpreendente universode energia.

    As experincias fora-do-corpo tambm podem ajudar a aumentar anossa compreenso intuitiva sobre o que est acontecendo realmenteaqui. Seremos capazes de pressentir, de um modo que, em ltima

    instncia, no pode ser traduzido em palavras, que omundofsico , narealidade, apenas um canal no multidimensional e csmico aparelho de

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    televiso. Estamos sintonizados para uma faixa especifica de freqnciase isso tudo o que percebemos a maior parte do tempo. Aprender adeixar o corpo como descobrir pela primeira vez que podemos mudarde canal em nosso aparelho de televiso.

    H uma enorme diferena entre teorizar acerca de outros mundos eviajar realmente para eles. Quando efetuamos uma viageminterdimensional, incluindo as sensaes que a acompanham, as novasexperincias de como o universo realmente podem tornar-se uma partede ns. Isso significa ir muito alm da compreenso intelectual. Aprpria experincia pode mudar-nos. Pode enriquecer as cores dos nossosdias. O conhecimento que se pode obter como uma cobertura atravs da

    qual se olha, s vezes, para que possamos ver o mundo sob uma luzbruxuleante, mais expansiva e translcida.Em suma, o trabalho da EFDC uma opo bvia para quem

    estiver interessado em explorar o complexo e misterioso universo deenergia onde todos habitamos. Com a prtica, pode-se us-la efetivamentecomo porta para o conhecimento intuitivo e para as experincias deconhecimento direto.

    Uma vez na posse dos elementos bsicos, pode-se passar

    literalmente um dia no campo enquanto fora-do-corpo. Asoportunidades educacionais so abundantes. Por exemplo, pode-sesimplesmente pedir para encontrar um guia ou um mestre. Ou pode-setomar a deciso de enfrentar cara a cara um eu reencarnacional. Talvezvoc prefira viajar para uma estrela distante ou atravessar caminhando aparede do seu quarto de dormir. Ou talvez tenha meditado sobre apossibilidade de viajar no tempo e gostasse de explorar os sculos emprimeira mo. Espero que as minhas palavras no soem como as de um

    agente de viagens quando digo que tudo isso e muito mais pode ficar aoseu alcance se se inscrever para esta aventura. E inscrever-se significasimplesmente dedicar algum tempo e energia aprendizagem da arte daviagem astral.

    DIVERTIMENTO E JOGOS

    Disse antes que a prtica da EFDC educativa, inspiradora e

    prtica. Eu acrescentaria agora que talvez a mais bvia razo parapraticar as experincias fora-do-corpo que incrivelmente divertido.

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    Refiro-me diverso com D maisculo. Tenho tido algumas das maisexcitantes e extasiantes experincias de minha vida enquanto fora domeu corpo.

    A nossa ilimitada energia e a alegria natural da nossa existnciaesto sempre presentes, se nos permitirmos senti-las. De algum modo, aespcie de experincias que podemos ter enquanto fora dos nossoscorpos pode ajudar a reavivar uma percepo aguda da magia douniverso fsico e no-fsico. Embora esqueamos s vezes de como espantoso existirmos em corpos que sabem como caminhar, respirar,crescer e curar-se, h coisas que podemos fazer para ajudar-nos a estarnovamente em contato com o nosso mais ntimo conhecimento. Jogar

    pode ajudar-nos a fazer isso, pois quando jogamos temos maior acesso aesse conhecimento interior.Existem muitos "jogos" diferentes que podem ser realizados a fim

    de se entrar em contato com a alegria e a sabedoria que so nossolegtimo direito de nascena. Um deles o jogo de deixar o corpo fsicocom plena conscincia. Para se adquirir proficincia nesse jogo, importante pratic-lo com uma atitude ldica. Desse modo, a pessoaaprender, sem dvida, num ritmo acelerado e divertir-se- pelo

    caminho.

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    CAPTULO 3

    METAFSICA ESSENCIAL

    Se voc estimular a sua imaginao com

    a crena, o desejo e a expectativa, e

    trein-la para visualizar seus objetivos

    de modo que os veja, sinta, oua, prove e

    toque, ento obter aquilo que quer.1

    Jos Silva

    Webster's Dictionary define a metafsica como "uma diviso dafilosofia que se ocupa da natureza fundamental da realidade edo ser..." Se o leitor quiser aprender como induzir EFDCs, o

    lugar indicado para comear pelos seus prprios pressupostosmetafsicos, ou seja, suas opinies e atitudes acerca da sua existncia e doseu universo. Os indivduos que encontram dificuldades em suastentativas para sair do corpo precisam, de um modo geral, de examinar ealterar seus sistemas de crenas.

    extremamente importante voltar a enfatizar aqui que asexperincias que uma pessoa encontra enquanto fora do corpo serodeterminadas, em grande parte, por suas atitudes. Uma pessoa com

    1Jos Silva, The Silva Mind Control Method (Nova York: Simon & Schuster, 1977), p. 61.

    O

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    crenas extremamente restritivas ser provavelmente incapaz de tirarproveito dos benefcios mencionados no captulo anterior, ainda queaprenda como ter experincias fora-do-corpo. Alm disso, os sistemas decrenas podero muito bem ser o fator mais significativo em decidir seum indivduo ter ou no xito na aprendizagem de como induzirexperincias fora-do-corpo. Entretanto, os sistemas de crenas no soestticos, a menos que o queiramos. Eles podem ser modificados.

    Um dos mais importantes princpios metafsicos que aprendi queo pensamento gera experincia. Abordaremos em breve esse conceito emmaior profundidade mas, por ora, quero apenas mencionar que esseprincpio vlido no importa em que dimenso nos encontremos, Se

    voc pensar que a existncia fora do seu corpo improvvel ou que oconhecimento intuitivo de pouco valor, suas convices poderoimpedi-lo de aproveitar os benefcios da experincia fora-do-corpo. Seacreditar firmemente que uma EFDC deve ser alguma forma dealucinao ou que a existncia de outras dimenses uma histria dacarochinha que no pode ser levada a srio, poder inibir oconhecimento intuitivo que, caso contrrio, estaria ao seu alcance. Defato, suas crenas daro especial colorido tanto sua experincia quanto

    ao seu acesso ao conhecimento, quer voc esteja dentro ou fora de seucorpo.Um entendimento bsico da metafsica pode tornar muito mais

    fcil induzir EFDCs e ajudar os exploradores do intimo a tirar o mximoproveito de suas jornadas no-fsicas. Se o leitor est planejando viajarpara outras dimenses da experincia ou mesmo que apenas queirasobrevoar o seu prprio bairro ser til dispor de alguns conceitos

    bsicos como parte de seu treinamento.

    O UNIVERSO FSICO APENAS UMA DAS INFINITASDIMENSES QUE EXISTEM.

    Quando a nossa conscincia est ajustada a uma determinadafreqncia de energia, ns estamos aqui. Quando aprendemos como

    mudar freqncias por intermdio da nossa conscincia, descobrir-nos-emos em outros mundos.

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    Os nossos olhos podem ver somente uma faixa limitada de luz. Osnossos ouvidos s podem captar uma certa amplitude de som. Emessncia, apenas podemos perceber uma faixa muito exgua daspossveis freqncias de energia existentes. No apenas miopia masuma incrvel prova de egosmo concluir que as ondas de energia, oufreqncias, que percebemos como o nosso mundo so o nico mundo.Aprender como deixar o corpo e levar a conscincia vgil para uma

    jornada um modo simples e bvio de obter provas evidentes e diretasdesses outros domnios vlidos da existncia.

    O MUNDO FSICO UMA ESCOLA ELEMENTAR PARACIDADOS CSMICOS.

    Estamos todos matriculados numa escola primria csmica eestamos aqui para aprender. No solo frtil da realidade fsica, o nossopropsito crescer e desabrochar. E na medida em que formos capazesde tirar proveito disso, somos convidados a gozar dos frutos de nossa

    prpria criatividade e amor.A nossa experincia cotidiana tambm escolar, e estamosaprendendo o ABC do uso da energia universal. Estamos sendoinstrudos e treinados para tornarmo-nos cidados responsveis douniverso. Somos ainda uma espcie de deuses infantis, aprendendo a daros nossos primeiros passos para nos tornarmos engenhosos criadores emcooperao com a Mente Universal (ou Deus, ou Tudo O Que , ou sejaqual for o termo que se prefira). Nesse aspecto, cada um de ns j tem

    acesso a uma energia praticamente ilimitada.

    CADA EVENTO EM NOSSA VIDA FOI GRAVADO EM NOSSAEXPERINCIA DE ACORDO COM AS IDIAS E PENSAMENTOS

    QUE POSSUMOS EM NOSSA MENTE.

    Talvez seja este o mais importante conceito fundamental que noscumpre entender. Napoleon Hill corrobora essa idia em seu famoso

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    livro Think and Grow Ricb, no qual diz: "Todos os pensamentos que foramemocionalizados (a que se incutiu sentimento) e misturados com fcomeam imediatamente a traduzir-se em seu equivalente fsico oucontraparte."2

    O que focalizamos em nossas mentes torna-se manifesto em nossaexperincia. A nossa situao geral de vida, com todos os seus matizes, um resultado dos pensamentos e idias em que nos concentramos.

    Cada um de ns est aprendendo a como adquirir um certocontrole sobre o imenso poder das nossas prprias mentes. Um enfoquefreqente sobre pensamentos e idias horrveis atrair experinciassemelhantes para a sua vida. Por exemplo, muitas pessoas acreditam que

    vivemos num mundo de competio selvagem e implacvel. Umindivduo que se apie fortemente em tal crena descobrir que aspessoas e os eventos em sua vida pessoal a confirmam. Do mesmo modo,se um indivduo opta, pelo contrrio, por acreditar que a humanidade inerentemente boa e se concentra nos seus melhores atributos, a suaexperincia confirmar esse ponto de vista. A forma de arte que estamosaprendendo consiste em como avaliar, selecionar e alterar osingredientes de nossas prprias mentes e criar assim, de um modo

    deliberado, a nossa prpria experincia.Tudo o que acontece jamais acidental. Todos os eventos socriados atravs da imaginao e da crena. Se algum deixa cair umamoeda do alto de um arranha-cu e "acontece" de ela aterrissar na cabeado leitor, no um acidente. Se a sua vida est repleta de amor, trabalhoagradvel, natureza, sade e abundncia, no acidental. Se voc seconverte num bem-sucedido explorador astral, no acidental. Se foialguma vez roubado ou de alguma outra forma "vitimado", so os seus

    prprios medos, sentimentos de desvalia ou fantasias negativas quefazem convergir para a sua vida essas experincias desagradveis.Uma das questes que surge para muitas pessoas quando

    trabalham com essa idia o "fardo" de assumir a responsabilidade portodas as coisas em suas vidas. Quando as pessoas se apercebem do poderde seus prprios pensamentos, sentem-se s vezes enervadas por causadisso. Ficam preocupadas e apreensivas a respeito de toda idia oufantasia negativa, por nfima que seja, que se insinue na cabea delas.

    2Napoleon Hill, Think and Grow Rich (Nova York: Fawcett World Library, 1960), p. 50.

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    Em primeiro lugar, alguns (pretensos) pensamentos negativos oumedos no so to poderosos que suplantem a influncia de um climamental basicamente positivo. Pensamentos e emoes tm um fluxonatural. Diferentes tipos de pensamentos e emoes deslocam-se emudam desde que a pessoa no os bloqueie. Somente se ela se concentrarem pensamentos e crenas "negativos'' que estar criando dificuldades.

    Em segundo lugar, um fardo muitssimo maior ser impotentediante dos acontecimentos de sua vida do que assumir aresponsabilidade por eles. Criar a sua prpria experincia no significaque deva examinar seus fracassos ou fraquezas e depois sentir-seculpado de tudo. Significa, outrossim, que voc tem poder poder para

    criar mudanas e fazer as coisas mais a seu gosto. Dificilmente se podechamar a isso de fardo.A verdadeira compreenso e incorporao desse conceito vida de

    um indivduo representa um marco decisivo em seu crescimento global. uma das lies mais fundamentais que teremos de aprender durante anossa permanncia na sala de aula chamada realidade fsica. Entend-laplenamente pode transformar nossas vidas.

    Essa verdade fundamental de que o pensamento o arquiteto

    da experincia sempre foi acessvel ao gnero humano. No momentoem que escrevo estas linhas, tal verdade est conquistando umreconhecimento cada vez mais slido nos crculos da Nova Era emanifesta-se com freqncia na literatura metafsica mais recente. Esperoque essa tendncia se mantenha, pois se um considervel nmero depessoas comear entendendo a natureza de seu poder para dar forma aoseu mundo, assistiremos a uma cura em escala planetria.

    Quando eu era mais moo, costumava perguntar-me por que

    haveria tanta discordncia no mundo a respeito de tudo. Comopoderemos chegar a alguma concluso com tantas interpretaesdiferentes da realidade? Por que as pessoas acreditam to fortemente emsuas crenas e convices? Por que todas elas so to obstinadas arespeito de seus pontos de vista? S mais tarde percebi que as pessoasso obstinadas a respeito de seus pontos de vista porque suasexperincias sempre lhes fornecem provas em apoio daquilo em queacreditam, seja o que for. Enquanto as pessoas no estabelecerem a

    conexo entre suas idias e os eventos de suas vidas, elas estarofracassando num ponto crucial. O fato de terem provas fsicas para

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    corroborar suas idias no significa que o modo como encaram as coisasseja o modo como as coisas realmente so ou esto destinadas a ser.

    medida que a nossa compreenso aumenta, aprendemos areconhecer sistemas de crenas que so mais propcios existnciacriativa e alegria e mais consentneos com a natureza dos nossos seres.Aprendemos a avanar para dispendiosos quadros de referncia sendoflexveis e realizando experincias com o que melhor funciona para ns.

    Estamos preparados para jogar livremente com as nossas idias,experiment-las, v-las materializar-se, reavali-las e proceder amudanas, e para focalizar, de um modo geral, um ponto de vista quenos proporciona uma vida plena. Em qualquer rea de nossa vida em

    que no gostamos do que est acontecendo, podemos criar com a mesmafacilidade o desejo que satisfaa o nosso corao.Mas o que dizer sobre as condies de nascimento, perguntar-se-.

    bvio que as pessoas nascem em situaes profundamente diversas.Acredito que todos escolhemos os nossos pais e as nossas condies denascimento tambm de acordo com os nossos prprios objetivos e os dosnossos eus "superiores". Existem enormes diferenas neste ponto arespeito de como as vrias identidades gostam de aprender e, de acordo

    com seus respectivos nveis de desenvolvimento, a sabedoria com queefetuam suas escolhas. Entretanto, medida que evolumos da infnciapara a idade adulta, podemos usar o nosso poder para mudar a situaode nossas vidas.

    A minha verdadeira introduo nesse conceito de transformaoda vida ocorreu quando estava assistindo s aulas de Jane Roberts noincio da dcada de 1970. Seth, o mestre no-fsico canalizado atravs de

    Jane, falava constantemente da importncia de se compreender que cada

    um de ns cria a sua prpria realidade com seus pensamentos, emoese crenas. de suprema importncia que essa compreenso no sejasomente intelectual. Ensinou Seth que, quando afirmamos o nossoprprio ser, confiamos em nossa direo espontnea e compreendemosque a nossa prpria realidade criada num nvel emocional, intelectual eintuitivo, a nossa conscincia sintonizar-se- num estado "superior" defuncionamento em que intuio e intelecto se fundem. As compreensesfluiro para a nossa conscincia e tornar-se-o parte integrante de ns

    prprios. Notaremos que as coisas parecem estar correndo melhor doque nunca. O livro de Jane Roberts, The Nature of Personal Reality: a Seth

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    Book, ocupa-se de todas essas questes e constitui um tratadoverdadeiramente excelente sobre a criao de nossas realidadespessoais.3

    Quando comecei a trabalhar com esses conceitos, descobri haveralgo em meu ntimo que vibrava fortemente em ressonncia com eles.Entretanto, no acreditei totalmente neles num nvel emocional. Noestava disposto a renunciar com facilidade s minhas dvidas. Queriaalguma prova. E a nica maneira de provarmos a ns mesmos quepossumos o que equivale a um poder mgico consiste em usarrealmente esse poder e ver se ele funciona em nosso benefcio.

    Comecei ento considerando aquelas reas da minha vida em que

    me sentia infeliz sobre o que estava acontecendo. Se eu realmente criavaa minha prpria realidade, isso significava que eu poderia introduzirmudanas nessas reas. Passei a observar-me para ver se conseguiaidentificar os pensamentos e emoes que estavam associados aos pontosmelindrosos de minha vida. A maior parte deles foi fcil de descobrir,uma vez que eu estava obviamente fornecendo a mim prprio, comfreqncia, certas sugestes negativas. Outros foram um pouco maisdifceis de encontrar porque eram pensamentos e emoes que eu tinha

    mas deixara de "aprovar", motivo pelo qual eram menos evidentes. Masacabaram, porm, por vir tona, porquanto prossegui com um decididoe honesto exame de minha mente consciente.

    Descobri a origem de pensamentos e aes nas crenas que osmotivavam e produziam; passei ento a mudar as crenas. Mudar umacrena no fundamentalmente difcil mas, claro, se voc acreditarque isso difcil, como acabar sendo. realmente uma questo decontrole do seu foco de ateno. Usando tcnicas simples de auto-

    hipnose, vocpode mudar suas crenas com relativa facilidade, desde queesteja disposto a faz-lo.Resumindo uma longa histria, direi que em todas as reas onde

    apliquei esses princpios, o meu poder "mgico" funcionou. Noaconteceu tudo num abrir e fechar de olhos. Levou algum tempo antesque eu comeasse realmente a entender, num nvel emocional, que tinhaesse poder. Gradualmente, porm, medida que mudava as minhascrenas e via os resultados concretizarem-se repetidas vezes, a crena em

    3Jane Roberts, The Nature of Personal Reality: A Seth Book (Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall, 1974).

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    pensamentos criam eventos num ritmo muito mais rpido do que onormal. Parece que em algumas realidades no-fsicas, os pensamentosso mais ou menos instantaneamente materializados. O mundo fsicoparece operar numa cadncia mais lenta de materializao, e creio haveruma razo muito importante para isso. Estamos nas fases iniciais doentendimento do nosso poder. A escola elementar conhecida comorealidade fsica tem sido, em certos termos e em certo grau, provada emcrianas; foi deliberadamente estabelecida de tal maneira que leva algumtempo antes que um pensamento se materialize. Aqueles pensamentosque esto materializados na realidade fsica so pensamentos queatingiram um certo nvel de concentrao e intensidade. Obviamente,

    nem todos os pensamentos extraviados ou medos so literalmentematerializados, ou todos ns estaramos em srios apuros!Acredito que estamos sendo preparados para graduar as

    dimenses da existncia em que pensamentos e emoes se materializaminstantaneamente e com uma sutileza que nos surpreender. Noestaremos prontos para esses mundos enquanto no nos tornarmoscompetentes em nosso uso de energia. Aprenderemos, contudo, erealizaremos o imenso potencial que nossa herana natural.

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    alterar os sistemas de crenas. Discutiremos este ponto com maiordetalhe no Captulo 8.

    Caso se sinta inclinado a isso, voc pode querer usar as suasemoes para descobrir crenas. Com freqncia, os nossos limitadosconceitos sobre como "devemos" comportar-nos e o que ''devemos" sentirresulta numa represso seletiva de certas emoes. Pensamos quealgumas emoes so inadequadas, outras desaprovamos e algumassimplesmente tememos. Afirmar que a represso da emoo temcausado humanidade considervel dificuldade dizer muito pouco.

    Permitir-se sentir toda a gama de suas emoes significareconhecer e sentir tudo o que estiver sentindo e deixar suas emoes

    flurem naturalmente. Ao usar emoes para descobrir crenas, permita-se sentir simples e plenamente uma emoo e depois siga-a at ospensamentos e crenas que surgem em associao com ela. Mudar ascrenas mudar as emoes.

    Descobrir as suas crenas exige trabalho mas no uma tarefainerentemente difcil. No existe conflito, desafio ou problema em suavida corrente que voc no possa enfrentar e superar. Seja qual for o seupassado, a sua situao atual um resultado do seu clima

    "contemporneo'' de crena.

    SELECIONAR NOVAS IDIAS

    Todos ns fomos consideravelmente afetados por nossos pais eprofessores, bem como pelos sistemas de crenas que nos cercaramenquanto crescamos. Se ouvimos repetidas vezes uma crena dita porpessoas que so importantes e significativas em nossas vidas, o mais

    provvel que aceitemos essa crena. Ento, essa crena torna-semanifesta em nosso mundo pessoal e acaba ficando mais solidamenteenraizada. Muitas dessas crenas podem ter sido aceitas sem o benefciodo nosso melhor julgamento crtico.

    O modo "usual" de atuao no pode ser parte dessa seleo denovas crenas. No faz sentido basear unicamente uma seleo naprpria experincia, porque a experincia de cada um um resultado desuas crenas. So necessrios novos critrios. Cada um deve encontrar

    seu prprio caminho com esse material, mas compartilharei com vocsalgumas diretrizes que tenho usado: Selecionar idias que insuflem vida

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    e beleza em sua experincia; rejeitar idias que degradem o seu poder ouvalor. Selecionar idias que lhes propiciem o que querem obter; rejeitaridias que limitem a sua alegria ou impeam o livre fluxo de sua energia.Escutem as suas intuies. Confiem nelas. Deixem que elas lhes sirvamde guia, juntamente com o intelecto, quando procederem s selees decrenas.

    Por exemplo, se acreditam ser difcil ganhar dinheiro neste mundo,podem desejar mudar essa crena para algo menos restritivo. Tentemacreditar que podem fcil e criativamente atrair a abundncia em todasas reas de sua vida. Se acreditam que a velhice uma fase imprestvel etortuosa por que se tem de passar, seria sumamente aconselhvel que

    mudassem esse ponto de vista. A sua experincia refletir sempre aquiloem que estiveram concentrando suas idias e emoes. prefervelexpelir aos poucos da mente certas crenas do que continuar sofrendo osefeitos dessas crenas inferiores na vida cotidiana.

    Repetimos, isso um processo contnuo. As crenas queescolhemos para nelas nos concentrarmos agora podem no servir aosnossos propsitos em algum ponto futuro; poderemos ento selecionaroutras novas.

    ALTERAES

    Existem modos diferentes de abordar a questo da mudana deidias, fantasias, pensamentos e emoes, mas em sua maioria so, narealidade, um tipo de auto-hipnose.

    Atuamos durante o dia inteiro como os nossos prprioshipnotizadores ao suprirmo-nos constantemente de sugestes mentais.

    Dizemos para ns prprios que estamos em plena forma ou obesos, ricosou pobres, cheios de sade ou doentes, ou algo entre esses extremos.Quando as pessoas passam por uma radical mudana no seu sistema decrenas, como ao tornarem-se membros de um culto ou seita, utilizaram-se usualmente da hipnose, consentindo em ser hipnotizadas para aaceitao de um dogma especfico e continuaro hipnotizando-se paracrer nesse dogma. Numa nota mais positiva, quando as pessoas parecemter, de sbito, melhorado espetacularmente suas auto-imagens, tambm

    se utilizaram da auto-hipnose transferindo o foco de seus dilogosinteriores para sugestes mais positivas a respeito de si mesmas.

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    TEMOS O PODER DE NOS HIPNOTIZAR A PONTO DE

    ACREDITAR EM TUDO O QUE QUEREMOS ACREDITAR, SEJA OQUE FOR.

    Por mais assustadoras que essas palavras possam soar, todospossumos essa aptido. De fato, estamos continuamente noshipnotizando para crer naquilo em que freqentemente acreditamos.Assim, como vem, mudar de crenas no basicamente difcil. Parecedifcil, s vezes, porque as pessoas so relutantes em renunciar a velhas

    crenas e em arriscar-se a acolher outras novas. Permitir-se acreditardeliberadamente em algo para o qual ainda no existe evidncia fsica ooposto do procedimento operativo corrente. A evidncia vir, mas sdepois que foi alterada a crena.

    AGINDO DE ACORDO COM SUAS NOVAS CRENAS

    Quando voc reprograma sua mente, novas oportunidades e

    anseios surgiro em sua vida. Para tirar proveito dessas oportunidades,deve comear por basear suas aes nos novos modos de pensar. Deveagir de acordo com os novos anseios a fim de materializ-los.

    Eis um exemplo do que quero dizer. Suponhamos que voc solteiro e pretende criar uma relao de amor. Trabalhou na base de suascrenas a respeito de ser digno de amor e de criar as condies propciasa um encontro com a pessoa certa. Atravs do poder de seuspensamentos, essa criatura especial aparece na confeitaria que voc

    freqenta. Voc ainda no sabe isso, mas essa pessoa j conheceu vocatravs de incontveis vidas. Voc sente um forte impulso para conheceressa pessoa. Nesse ponto, voc pode (a) sorrir e tentar iniciar umaconversa, (b) pedir que lhe passe a mostarda ou (c) fugir como umcondenado. Se escolher (c), no conseguir obviamente o que quer.Apoiar suas crenas com aes uma parte crucial do processo dematerializao.

    Trabalharemos em breve com crenas importantes para o seu

    prximo trabalho com EFDCs. Uma vez efetuado qualquer ajustamentonecessrio em seus sistemas de crenas, ter que agir de acordo com as

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    crenas ajustadas a fim de materializar seu objetivo de induzirexperincias fora-do-corpo. Por outras palavras, deve coadjuvar seusobjetivos EFDC com uma prtica sistemtica, tal como faria ao aprenderqualquer outra especializao.

    RESISTNCIA MUDANA

    Uma outra questo que surge para algumas pessoas o medo demudanas em geral. A mudana algo com que todos ns temos delidar, de qualquer modo, mas a manipulao ativa da realidade significaacelerar a mudana. importante, pois, confiarem sua direo

    espontnea, incluindo as mudanas que ocorrem medida que voc semovimenta livremente pelos caminhos de sua existncia. Sua naturalenergia e intuio indicaro onde voc e sua sabedoria interior queremir. Confiando realmente em si mesmo e soltando-se, voc acelera o seuprprio crescimento espiritual e liberta-se de crenas restritivas. Estamosusando neste livro uma abordagem holstica para se aprender a arte deinduzir experincias fora-do-corpo. Embora a maioria dos exercciosestejam especificamente orientados para as experincias fora-do-corpo,

    alguma prtica de alterao de crenas em geral ajudar o leitor apreparar-se para o trabalho de crena EFDC. A capacidade paramanipular deliberadamente o contedo de sua mente uma qualificaoinestimvel que pode ser usada para obter sucesso com as EFDCs ou emqualquer outra rea. Segue-se um exerccio geral para trabalhar comcrenas.

    Exerccio n1: Trabalho com crenas em geral

    Voc precisa de um lpis e de um caderno.

    Procedimento: Selecione algumas reas da seguinte lista (ouqualquer outra rea especfica com a qual queira trabalhar). Para cadarea, obedea ordem das 6 etapas. Trabalhe numa rea de cada vez.

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    Voc mesmo Seus filhosTrabalho SadeRelacionamentos Sua intuioSexo Seu cnjugeO seu corpo Seu poderO seu mrito HomensEnvelhecimento Mulheres

    Dinheiro

    1. Escreva alguns pargrafos (ou pginas) descrevendo toda agama de seus pensamentos, sentimentos e crenas na rea que

    selecionou.2. Examine com ateno o que escreveu. Procure cristalizar suas

    crenas em um ou dois enunciados simples e concisos.

    3. Usando suas intuies e intelecto, decida que crenas sorestritivas ou no lhe servem mais.

    4. Para qualquer crena que pense ser restritiva, formule eescreva uma nova crena que seja mais expansiva e positiva.Pode muito bem ser o oposto de sua anterior crena restritiva.

    5. Cristalize as suas novas crenas em simples e concisosenunciados ou afirmaes. Utilize o tempo presente como se anova crena j fosse verdadeira. Eis alguns exemplos:

    O meu corpo aerobicamente apto, muscularmente forte epleno de energia e sade.

    Sou uma parte importante do universo. Respeito-me e trato-me bem.

    Passo o meu tempo fazendo coisas que gosto de fazer. Esseestilo de vida atrai automaticamente abundncia para todas as

    reas da minha vida.

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    6. Dedique alguns minutos por dia para reprogramar-se atravsda auto-hipnose. Acalme simplesmente sua mente e repitapara si mesmo seus enunciados afirmativos. Diga-os comsentimento. Durante esses minutos, permita-se acreditar quese trata de afirmaes verdadeiras. Imagine que j realizoutudo o que quer.

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    CAPTULO 5

    LIBERTANDO-SE DO MEDO

    e um modo geral, a nica coisa que est entre um indivduo e aaprendizagem de como induzir experincias fora-do-corpo so

    as atitudes que ele adota. Algumas pessoas, por exemplo,podem pensar que a prtica de deixar o corpo est mexendo com forasque no se destinam a ser tocadas nem manipuladas. No fim das contas,de acordo com os modos mais convencionais de pensamento, ospraticantes de EFDCs parecem estar deixando seus corpos antes da horafixada.

    Muitos de ns, seno a maioria, fomos criados num ambiente decrenas que no inclui a validade dessas "estranhas" experincias. Com

    efeito, tais atividades poderiam ser consideradas francamente deletriaspelas religies convencionais ou fundamentalistas. Entretanto, apesar dopreconceito religioso e cientfico, as pessoas persistem em relatar essasexcurses etreas, e os parapsiclogos continuam verificando que aespcie humana possui aptides para-normais.

    Muitos que experimentaram uma breve e involuntria EFDCgostariam de realizar outro passeio, s que desta vez com um poucomais de controle. Depois, temos os que ainda no experimentaram umaEFDC mas esto ansiosos por tentar, seja por curiosidade, por um

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    John, que teve cerca de meia dzia de EFDCs involuntrias, a maioriadas quais ocorreu enquanto ele dormia ou estava prestes a adormecer.

    Na meia dzia de vezes em que me encontrei espontaneamente fora do meucorpo fsico, geralmente no prazo de um a dois minutos comecei a sentir um

    medo intenso sem qualquer razo aparente. Quando estou desperto, nosinto o menor medo a esse respeito. Quando estou" realmente vivendo aexperincia, algo se apossa de mim. Posso recordar com muita nitidez uma

    vez em que estava despertando pela manh, cerca de uma hora antes daquelaem que normalmente me levanto, e comecei subindo verticalmente acima daminha cama. Sabia estar fora-do-corpo. At a estava calmo e sentindo-memuito bem. Continuei flutuando at atingir o teto. A comecei atravessandoo teto para entrar no quarto do andar de cima. De sbito, fiquei encalhadono teto. Ignorava que isso pudesse acontecer. Disse para mim mesmo:

    "Tudo bem, estou fora do meu corpo. Esta a minha forma astral. timo.Estou no teto, no posso subir nem posso descer. Vou ficar aqui parasempre." Fiquei apavorado, o pnico comeou a tomar conta de mim esentia-me desorientado. Ento, reintegrei-me rapidamente ao meu corpofsico e saltei da minha cama fsica... Outras vezes em que me encontrei forado meu corpo, no comeo ficava curioso e bastante excitado, e feliz por estarfora de novo e ter a oportunidade de fazer experincias nesse estado. Masessa sensao no durou muito porque comecei a sentir medo outra vez. Issopunha sempre fim experincia imediatamente e eu refugiava-me s pressasno meu corpo fsico. Fico geralmente irritado e frustrado quando a

    experincia acaba, porque queria continuar por perodos mais longos detempo... O que frustrante para mim que ignoro o motivo do meu medo. simplesmente uma sensao de medo... Parece ser bastante comum porquetenho amigos que passaram por experincias semelhantes. Queremos ter asexperincias e a a coisa acontece espontaneamente, mas parece haversempre esse medo do desconhecido.

    Segundo parece, na experincia acima, John teve medo de algoespecfico, isto , de ficar encalhado para sempre no teto. No entanto, eleficou amedrontado todas as vezes em que se encontrou fora do corpo; asoutras vezes nada tinham a ver com o ficar empacado. Interroguei John arespeito do que que tinha medo, e ele rejeitou todas as possibilidadesque lhe apresentei. Declarou com firmeza ignorar realmente do que tinhamedo. "Medo do desconhecido" era a nica maneira como podiadescrev-lo. A experincia de John de ficar tolhido no teto eraprovavelmente o resultado de seus temores subjacentes algo a que oseu medo mais profundo se ligava, por assim dizer. Um remdio geralque pode ser usado em tais situaes a pessoa lembrar-se de que ela

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    est criando a situao com seus prprios pensamentos e dizer para simesma que dispe de plena liberdade para movimentar-se. Dar-se a simesma tais sugestes enquanto fora do corpo produz, com freqncia,resultados surpreendentemente imediatos.

    Algumas pessoas receiam coisas mais especficas do que John por exemplo, serem incapazes de encontrar o caminho de volta,defrontarem-se com algum ou alguma coisa hostil, ou cortaremacidentalmente o alegado "cordo de prata". Todos esses temores so

    basicamente infundados mas, no obstante, podem interferir na induode experincias fora-do-corpo. E mesmo que a pessoa consiga sair,deliberada ou espontaneamente, esse gnero de medos pode abortar a

    experincia ou simplesmente arruinar o seu aspecto ldico. Assim, sevoc tem quaisquer crenas orientadas para o medo e que pensapoderem interferir, ser muito importante que faa alguns ajustamentospreliminares quando comear o seu trabalho de crena para asexperincias fora-do-corpo, no prximo captulo. E assinale-se que,apesar do medo que John sentia toda a vez que tinha uma EFDCespontnea, sempre se viu de volta ao seu corpo fsico, so e salvo.

    ENCONTRANDO O CAMINHO DE VOLTA

    Algumas pessoas temem que se deixarem seus corpos poderomorrer. Da mesma espcie o medo de perder-se e ser incapaz deencontrar o caminho de regresso.

    Eu nunca tive qualquer problema em regressar ao meu corpo fsico.Muitos outros que tm tido numerosas experincias fora-do-corpo,

    incluindo pessoas como Oliver Fox, Sylvan Muldoon e Robert Monroe,que escreveram livros sobre o assunto, tambm conseguiram encontrar ocaminho de volta a seus corpos ou no poderiam, obviamente, terescrito seus livros.

    claro, poderia ser argumentado que, se algum decidisse deixarseu corpo permanentemente, no andaria por aquipara contar a histria.S posso dizer-lhes que todos ns j deixamos os nossos corpos inmerasvezes no estado de sono; estamos justamente aprendendo como nos

    tornarmos mais proficientes e conscientes a esse respeito. possvel experienciar uma dificuldade temporria, autocriada, no

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    regresso ao corpo, mas isso deve-se, em geral, falta de compreenso doindivduo quanto ao grau em que a experincia responde a seus prpriospensamentos. Se o leitor alguma vez se encontrar nessa situao,simplesmente relaxe e lembre-se de que o seu prprio pensamento queest causando a dificuldade. Diga para si mesmo que pode voltar ao seucorpo sempre que quiser, visualize seu corpo e decida regressar. Notardar em ver-se de novo em seu corpo fsico, seja como for.

    Uma estudante chamada Roseanne, que freqentava o meu cursosobre experincias extracorporais e sonhos, e necessitava, ao que parece,dominar e resolver certos medos antes de induzir uma EFDC, descrevesua situao.

    Muitas vezes, antes de assistir a estas aulas, comecei tendo uma experinciafora-do-corpo, mas sempre me assustei e acordei com esse sobressalto deterror. Penso que tinha um medo muito forte de morrer. O quenormalmente acontecia que esse tremendo choque de medo, assim quechegava, era como se uma mola me obrigasse a sentar-me na cama. Quando

    voc falou na aula acerca da semelhana entre o estadopost-morteme o fora-do-corpo, que a nica vez que morremos quando decidimos morrer e queera perfeitamente seguro praticar fora-dos-corpos, isso realmente me ajudou.

    Segue-se a descrio por Roseanne de sua primeira EFDC bem-sucedida. A tcnica de induo que ela usou est descrita no Captulo 10como Tcnica n 1. Antes de iniciar a experincia, Roseanne sugeriu a simesma que era seguro sair do corpo e que, quando realmente comeassea deixar seu corpo, lembrar-se-ia de que no ia correr o menor risco.

    Meu corpo estava adormecido mas eu estava consciente e senti quecomeava a deslocar-me para o alto e para fora do meu corpo. Comeou o

    mesmo medo de sempre e quis acordar depressa mas a lembrei-me dasugesto e disse para mim mesma: "No, est tudo bem. Estou segura!" Ehouve apenas esse pequeno impulso extra, essa espcie de mudana, e euestava fora do meu corpo. Pairei sobre o meu quarto pela primeira vez.

    Voltava ao meu corpo por alguns minutos para comprovar que ele ainda aliestava e fiquei saindo e voltando, saindo e voltando. Essa foi a primeira vez.

    Parece que duas coisas permitiram a Roseanne ter uma EFDC ondeantes ela teria bloqueado a experincia. Em primeiro lugar, Roseanne

    reduziu o medo de que poderia morrer se tivesse uma EFDC. Em

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    essncia, ela alterou seu sistema de crenas nessa rea. Admitido que osindivduos criam sua prpria realidade, segue-se que eles no morreroenquanto estiverem bem e em pleno uso de suas capacidades. Porconseguinte, deixar deliberadamente o corpo para divertimento eedificao no envolve mais ameaas do que caminhar at o armazm daesquina. Roseanne informou que seus sentimentos mudaram para aconvico de que "a morte no algo que nos acontece ns queescolhemos o que vai acontecer".

    Em segundo lugar, como parte do seu mtodo de induo,Roseanne usou sugestes que visavam suas preocupaes especficas.Ela deu-se essas sugestes em dois pontos essenciais: pouco antes da

    tentativa de EFDC e de novo no momento exato em que comeoualando-se do seu corpo. As sugestes que voc d a si mesmo uma vezfora do corpo podem com freqncia apresentar excelentes resultados e,neste caso, era isso o que Roseanne precisava para transpor a ltima

    barreira.Roseanne tem tido subseqentemente mais experincias fora-do-

    corpo utilizando o mesmo mtodo e sugestes. Na maioria dessasocasies, ela permaneceu em seu quarto. Aps a primeira experincia,

    ficou evidente que ela passou a sentir-se mais vontade a respeito dacoisa toda. A sua srie de aventuras fora-do-corpo culminou numa EFDCem que deixou de sentir a necessidade de lembrar-se de que estava emsegurana; ela agora sabia que estava. Durante essa experincia,aventurou-se a sair pela primeira vez pela janela do seu quarto e asobrevoar seu bairro.

    DEMNIOS, DRAGESE OUTROS CONVIVAS INDESEJVEIS

    Um outro medo que as pessoas tm o de encontrar espritoshostis demnios e coisas parecidas enquanto estiverem fora docorpo. Isso suscita algumas questes interessantes. Uma vez que criamosa nossa realidade atravs dos nossos pensamentos, se acreditamosfortemente em tais criaturas fantasmagricas, ento concebvel que

    possamos engendr-las e depois depararmos-nos com as nossas prpriascriaes. No se tratar realmente de demnios, claro, porque os

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    demnios no existem per se. No tero qualquer poder sobre ns e asnossas idias, pensamentos e emoes pessoais que determinam a nossaexperincia seja qual for a dimenso em que nos encontremos. Se oleitor alguma vez se encontrar nessa situao, diga simplesmente quecriou a sua prpria realidade e que est seguro; depois deseje sorte aoseu visitante "inamistoso" e continue tratando de sua vida.

    Jane Roberts descreve uma EFDC em The Seth Material, onde uma"enorme coisa negra, como uma forma humana inchada e enevoada", aatacou e ela "correu de volta para o seu corpo".1 Mais tarde, Seth explicouque Jane tinha gerado a criatura com seus prprios medos e haviamontado a experincia de modo que pudesse lutar contra ela e expulsar

    o que acreditava serem os elementos malficos ou negativos de suaprpria personalidade. Seth explicou que, de uma perspectiva maisampla, o mal no existe. A criatura que Jane produziu no era malficamas um fruto da sua crena. Uma vez que Jane retirasse sua energia doser recm-criado, este deixaria de ter qualquer realidade para ela.(Continuaria, porm, tendo sua realidade prpria. Nada do que criado jamais extinto. Quaisquer seres a que damos vida com os nossospensamentos continuaro aprendendo e crescendo como todos os seres.)

    Seth sugeriu ainda que como o mal, em termos mais amplos, realmenteno existe, Jane estaria a salvo em suas viagens fora-do-corpo. Contudo,era importante para Jane lembrar que o mal no existe realmente. Sethrecomendou que Jane usasse a frase "Que a paz esteja convosco" se sedefrontasse com qualquer dessas criaes prprias ou de outros.

    Por vezes, voc mesmo cria fantasmas durante uma EFDC, mesmoquando no existe absolutamente nada a temer. Eis uma de minhasprprias experincias nessa rea:

    Flutuei para fora do meu corpo no meu quarto. Um amigo estava guiando-me e disse: "A janela". Transpus a janela flutuando. Vi a imagem de umamulher tambm flutuando l fora. Voltei para a casa e entrei num outroquarto, sempre flutuando, e percebi que podia movimentar-me vontade.Estava tentando lembrar-me de alguma coisa do outro quarto como umaprova. E ento, sem qualquer razo aparente, comecei a pensar emdemnios. Fui subindo aos poucos e fiquei assustado. Mas no via nada quepudesse ser motivo de pavor; estava tudo na minha cabea. Fechei os meusolhos no-fsicos e no consegui abri-los de novo. Sentia um peso opressivo.

    1Jane Roberts, The Seth Material (Englewood Cliffs, N.J.: Prentice Hall, 1970), pp. 177-179.

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    Ento lembrei-me de que crio a minha prpria realidade e de que nada haviaa temer. Tudo ficou instantaneamente bem de novo. Sentia-me crepitar comenergia eltrica e decidi parar e acalmar-me. Voltei para o meu corpo fsico.

    As crenas de um indivduo acerca da segurana da prtica deEFDCs esto freqentemente entrelaadas com seus sistemas de crenasfundamentais em reas tais como o bem e o mal e o poder pessoal. Se oindivduo no se sente seguro a respeito de sua realidade cotidiananormal, muito provvel que ele no se sinta seguro vagueando pelouniverso sem um corpo fsico. Se pensar que o mundo fsico dominadopelo mal, o mais provvel que essa crena seja transportada para osseus sentimentos a respeito da experincia no-fsica. Seja qual for a

    razo, se voc no se sentir seguro a respeito de induzir EFDCs, quasecerto que no ficar suficientemente descontrado para conseguir isso.

    De um modo geral, se um indivduo est cheio de medo,deprimido, tenso, ou v o mundo como um lugar impregnado de mal, omelhor para ele ser adiar as viagens interiores que estivemos discutindoat que essas questes sejam esclarecidas e um clima mental maispositivo seja realizado. A realidade no-fsica to sensvel aopensamento que um quadro mental extremamente negativo pode

    resultar em experincias que s sirvam para reforar o "negativismo''.

    A ALEGADA EXISTNCIA DE UM CORDO DE PRATA

    Um outro conceito que gostaria de abordar o do cordo de pratamencionado em alguma literatura EFDC. Esse cordo ligapresumivelmente o nosso corpo astral ao corpo fsico, e pode estender-seinfinitamente para acomodar-nos em nossas viagens. Foi dito quequando um indivduo est pronto para morrer, esse cordo , de algumaforma, cortado. Depois de tomarem conhecimento dessa teoria, algumaspessoas ficaram temendo que o cordo de prata lhes pudesse ser cortadopor acidente durante uma experincia fora-do-corpo. Esse justamente ognero de pensamento alarmista a evitar.

    Eu nunca vi qualquer cordo enquanto fora do corpo. Algumaspessoas dizem que o viram e outras dizem que no. No acredito queexista qualquer perigo de no regressar, com cordo ou sem cordo,

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    pelos motivos j mencionados. De fato, creio que o cordo de prata provavelmente um modo confortvel de interpretar uma conexo entre aconscincia errante e o corpo fsico e criado, portanto, por algumaspessoas quando esto tendo uma experincia extra-corporal.

    por isso que considero to importante ser o que designo comofreelancer nas exploraes interiores. Algumas pessoas que viajam fora-do-corpo no conseguem entender como seus prprios conceitosrestritivos esto inextricavelmente ligados ao que elas experimentam.Esses conceitos podem ser qualquer coisa desde o medo irracional at odogma popular. Se voc entrar numa livraria especializada emocultismo, por exemplo, e ler um texto sobre metafsica, mais cedo ou

    mais tarde deparar-se- com sistemas de crena restritivos queprescrevem regras estritas para uma explorao interior. importanteperceber que a experincia de Cada pessoa na realidade fsica e no-fsica nica e reflete diretamente seus prprios sistemas de crena. Portanto,recomendo aos aspirantes a exploradores astrais que evitem quaisquersistemas rgidos de crenas acerca das EFDCs e procedam sempre com oesprito aberto.

    Quando ouvia Seth nas aulas de Jane Roberts, lembro-me de que

    ele nos encorajava a sentirmo-nos confiantes a respeito das tentativas deexperincias fora-do-corpo. De fito, em todos esses anos em que conheciSeth, no me recordo de que ele tenha alguma vez dito fosse o que fossede assustador ou negativo a respeito da EFDC. Num livro recm-publicado contendo algumas das mais antigas sesses de Seth deparei-me, entretanto, com algumas raras "precaues" por ele formuladas.Nesse livro, Seth, Dreams and Projection of Consciousness , Seth analisa asdiferentes formas ou estgios de conscincia em que podemos encontrar-

    nos enquanto fora-do-corpo. A forma ou estgio da conscincia maisdifcil de realizar e manter envolve aquelas viagens mais divorciadas darealidade fsica. Sublinha Seth que as imagens que voc encontra em taisviagens "no so mais alucinaes'' do que os objetos fsicos do seuquarto. Afirma que para evitar o perigo importante "respeitar arealidade em que [essas imagens] existem... Voc est seguro enquantono misturar as coisas. Pode explorar livremente, e isso tudo".2

    Esse um bom conselho, de um modo geral, mas no pretende

    2Jane Roberts, Seth, Dreams and Projection of Consciousness (Walpole, N.H.: Stillpoint Publishing, 1986),pp. 315-348.

  • 8/6/2019 Rick Stack Viagem Astral

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    reforar uma atitude receosa em relao EFDC. Simplesmente,mantenha uma atitude de respeito onde quer que v, e poder sentir-selivre para voar por a e divertir-se, com alegria no corao.

    Certa vez, acordei no meio da noite sentindo