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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE SAÚDE DE NOVA FRIBURGO FACULDADE DE ODONTOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA ELISA GOMES DE ALBUQUERQUE AVALIAÇÃO CLÍNICA DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE APLICAÇÃO DE UM ADESIVO UNIVERSAL EM LESÕES CERVICAIS NÃO-CARIOSAS (LCNC)

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE SAÚDE DE NOVA FRIBURGO

FACULDADE DE ODONTOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

ELISA GOMES DE ALBUQUERQUE

AVALIAÇÃO CLÍNICA DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE APLICAÇÃO DE UM ADESIVO UNIVERSAL EM LESÕES

CERVICAIS NÃO-CARIOSAS (LCNC)

NOVA FRIBURGO

2018

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ELISA GOMES DE ALBUQUERQUE

AVALIAÇÃO CLÍNICA DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE APLICAÇÃO DE

UM ADESIVO UNIVERSAL EM LESÕES CERVICAIS NÃO-CARIOSAS (LCNC)

Orientador: Prof. Dr. Marcos de Oliveira Barceleiro

Orientadora: Prof.ª Drª. Fernanda Signorelli Calazans

NOVA FRIBURGO

2018ii

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense / Instituto de Saúde de Nova Friburgo, como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Mestre em Odontologia, na Área de concentração em Clínica Odontológica

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ELISA GOMES DE ALBUQUERQUE

AVALIAÇÃO CLÍNICA DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE APLICAÇÃO DE

UM ADESIVO UNIVERSAL EM LESÕES CERVICAIS NÃO-CARIOSAS (LCNC)

Aprovado em: ___/____/____

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________________

PROF. DR. MARCOS DE OLIVEIRA BARCELEIRO

__________________________________________________________________________

PROF. ª DR ª ROBERTA BARCELOS PEREIRA DE SOUZA

___________________________________________________________________________

PROF. DR.ª LARRISA MARIA ASSAD CAVALCANTE

NOVA FRIBURGO

2018iii

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense / Instituto de Saúde de Nova Friburgo, como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Mestre em Odontologia, na Área de concentração em Clínica Odontológica

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Dedico este trabalho ao Bernardo, minha família,

amigos e mestres, por estarem sempre ao meu lado

e contribuírem para a minha formação.

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AGRADECIMENTOS

- À Deus por me guiar e iluminar meus caminhos

- Ao professor orientador Marcos de Oliveira Barceleiro que através da sua genialidade me

ensinou a amar à docência, a pesquisa, os questionamentos e a vontade de ser mais para

alcançar os sonhos. Obrigada por estar sempre do meu lado quando eu mais precisei, por

seus conselhos e por nunca ter me permitido acomodar. Trabalhar com você é inquietante,

viciante e prazeroso, e isto se reflete de tal maneira que todos que têm essa experiência

sentem sempre a vontade de permanecer na sua equipe. Neste período, você se tornou

também um amigo que além de conselheiro, tenho grande respeito e admiro como pessoa,

mas também como professor. Você me ensina constantemente sobre a vida, as escolhas que

temos que fazer e a profissão que queremos ter. Sou extremamente grata por ter sido sua

orientada e espero ter o privilégio de aprender ainda mais com você.

- À professora Roberta Barcelos Pereira de Souza por aceitar o convite de participar da

Banca examinadora desta qualificação e por sempre se dispor a ajudar. Com seu carinho,

você é capaz de transformar a docência em algo prazeroso. Tenho certeza que sua

colaboração irá engrandecer muito este trabalho.

- À professora Larissa Maria Assad Cavalcante por aceitar o convite de participar da Banca

examinadora desta dissertação, colaborando com a excelência deste trabalho.

- À professora Fernanda Signorelli Calazans pela coorientação deste trabalho. Sua

dedicação que me fizeram admirá-la ainda mais. Você é um exemplo de persistência,

competência e paciência. Além de uma docente e pesquisadora brilhante, você se tornou uma

amiga, tão generosa, que doa seu tempo para ajudar ao próximo, que respeita as limitações

de cada um, mas principalmente que incentiva sempre a ser melhor. Você ao longo desses

anos me mostrou o que é persistir e lutar pelos sonhos. Por isso hoje, agradeço de coração,

por todos esses ensinamentos.

- Ao Professor Luiz Augusto da Costa Poubel, por ser um amigo, um professor dedicado, com

quem aprendi a seguir regras para obter sucesso, a dar o melhor de mim e sempre respeitar o

próximo. Você é um querido por todos nós e ter tido a oportunidade de trabalhar e aprender

com você foi um privilégio na minha vida.

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- Ao Bernardo, meu marido, por muitas vezes representar o gatilho inicial para minhas

escolhas. Através de você conheci novos olhares, lugares, pessoas e por você lutei por ser

uma pessoa melhor, uma profissional dedicada. Pelo seu exemplo, passei a admirar a

carreira da docência e através dela, ver a capacidade de transformar a vida de outras

pessoas. Você é um exemplo para mim em muitos aspectos e hoje dedico a conclusão desse

mestrado a você. Obrigada por sempre acreditar em mim e estar do meu lado.

- À minha família por sempre apoiar minhas decisões, me dando força emocional, amor

incondicional e por me respeitar em todos os momentos. Tenho certeza que vocês

construíram em mim uma base que hoje carrego com orgulho. Mesmo longe fisicamente, sei

que estamos sempre juntos.

- À Bárbara, amiga que fiz durante o Mestrado. Obrigada por ser meu anjo em Friburgo, por

me acolher como uma irmã, por me incluir na sua vida. Jamais esquecerei tudo o que fez por

mim e o Mestrado foi apenas o ponta pé inicial da nossa história de amizade.

- À Chane por ter sido um presente na minha vida. Obrigada por me fazer tão bem e por

sempre me incentivar a querer e ser mais. Te admiro profundamente como pessoa e

profissional e fico feliz por você acreditar em mim e ser uma amiga tão especial na minha

vida.

- Ao meu grupo de pesquisa e aos colegas de Mestrado obrigada por ter sido a minha

“família” neste período: Ao Rafael por trazer leveza para nosso dia a dia. Você é inovador e

tem um coração muito especial. Tenho certeza que o mundo é pequeno para tantas coisas que

você ainda vai conquistar. Ao Eduardo Titonelli, obrigada por me mostrar o quão importante

é estar a par dos estudos. Você sem dúvida foi uma fonte de inspiração para mim. À Sthefane,

com seu jeitinho doce mineiro de ser, me fez me sentir em “casa” obrigada por me acolher

tão bem. À Stela por ser um exemplo de atitude e comprometimento, sem sua ajuda jamais

teríamos feito as pesquisas da mesma forma que fizemos.

- Ao Hidalgo por trazer para nosso grupo a alegria de trabalhar em grupo e por sempre se

mostrar solicito em todos os momentos que precisei.

- A todos aqueles que, direta ou indiretamente colaboraram para a realização deste trabalho.

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RESUMO

Albuquerque, EG. Avaliação clínica de diferentes protocolos de aplicação de um adesivo universal em Lesões Cervicais Não-Cariosas (LCNC) [dissertação]. Nova Friburgo: Universidade Federal Fluminense, Faculdade de Odontologia; 2018.

O objetivo desse estudo clínico multicêntrico, randomizado e duplo cego foi avaliar

clinicamente um novo adesivo universal (Futurabond U, Voco, Alemanha) quando aplicado

em diferentes estratégias de aplicação ao longo de 12 meses. Para isso, foram realizadas 200

restaurações em Lesões Cervicais Não-Cariosas (LCNC) utilizando o adesivo Futurabond U,

nas seguintes estratégias adesivas (n=50 por grupo): autocondicionante sem ácido prévio

(SET); autocondicionante associado ao condicionamento seletivo do esmalte (SEE);

condicionamento total e dentina seca (ERDry) e condicionamento total e dentina úmida

(ERWet). As cavidades foram restauradas com a resina composta Admira Fusion unidoses

(Voco). As restaurações foram avaliadas após 06 e 12 meses segundo os critérios da FDI para

os seguintes itens: retenção/fratura, adaptação marginal, manchamento marginal, sensibilidade

pós-operatória e lesões de cárie secundárias. Na avaliação de 12 meses, apenas um paciente

(n=4 restaurações) não foi avaliado. Os resultados obtidos após 12 meses demonstraram que

dez restaurações foram perdidas/fraturadas (3 no SET, 2 no SEE, 2 no ERDry e 3 no ERWet).

As taxas de retenção aos 12 meses (intervalo de confiança de 95%) foram de 94% (83%-

97%) para SET; 96% (86%-98%) para SEE; 96% (86%-98%) para o grupo ERDry e 94%

(83%-97%) para o grupo ERWet, (p> 0,05). Após 12 meses de avaliação, 31 restaurações

apresentaram pequenos defeitos nas margens (10 no SET, 12 no SEE, 5 no ERDry e 4 no

ERWet; p>0,05) e somente 9 restaurações apresentaram descoloração marginal (4 no SET, 3

no SEE, 1 no ERDry e 1 no ERWet), sendo que todos foram considerados clinicamente

aceitáveis. O desempenho clínico do adesivo universal Futurabond U associado a resina

composta Admira Fusion unidoses foi considerado favorável após 12 meses de avaliação

clínica quando aplicado em LCNC, independentemente da estratégia adesiva empregada,

conforme as diretrizes da ADA.

Palavras-chave: Adesão; Condicionamento do tecido dentário; Restauração dentária

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ABSTRACT

Albuquerque, EG. Clinical evaluation of different protocols for the application of a universal adhesive in Non-Carious Cervical Lesions (NCCL) [dissertação]. Nova Friburgo: Universidade Federal Fluminense, Faculdade de Odontologia; 2018.

The objective of this multi-centric, double-blind, randomized clinical trial was to evaluate the

clinical performance of a new universal adhesive system (Futurabond U, Voco GbmH,

Germany) when applied with different application strategies over a period of eighteen months.

For this, 200 restorations were performed on Non-Carious Cervical Lesions (NCCL) using the

adhesive Futurabond U in the four adhesive strategies (n=50 per group): self-etch without

previous conditioner (SET); self-etch associated with selective enamel etching (SEE); etch-

and-rinse with dry dentin (ERDry) and; etch-and-rinse with wet dentin (ERWet). The cavities

were restored with Admira Fusion composite resin (Voco GmbH). These restorations were

evaluated after 06 and 12 months of clinical performance according to FDI criteria in the

following items: retention/fracture, marginal adaptation, marginal staining, postoperative

sensitivity and caries recurrence. After 12-month, only one patient (n=4 restorations) was not

evaluated. Ten restorations were lost or fractured (3 for SET, 2 for SEE, 2 for ERDry and 3

for ERWet). The retention rates for 12-month (95% confidence interval) were 94% (83%-

97%) for SET; 96% (86%-98%) for SEE; 96% (86%-98%) for ERDry, and 94% (83%- 97%)

for ERWet (p > 0.05). At the 12-month recall, 31 restorations were considered to have minor

discrepancies in marginal adaptation (10 for SET, 12 for SEE, 5 for ERDry and 4 for ERWet;

p > 0.05) and only 9 restorations were detected as a minor marginal discoloration (4 for SET,

3 for SEE, 1 for ERDry and 1 for ERWet; p>0.05). However, all of them were considered

clinically acceptable. The clinical performance of the universal adhesive Futurabond U

associated to Admira Fusion unidoses resin composite was found to be promise after 12-

month of clinical evaluation when applied in NCCL and it was not depending on the bonding

strategy employed, according to ADA guidelines.

Keywords: Adhesion; Acid etching; Composite restoration

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

LCNC Lesões Cervicais Não-Cariosas

SET Autocondicionante sem ácido prévio

SEE Autocondicionante associado ao condicionamento seletivo do esmalte

ERDry Condicionamento total com dentina seca

ERWet Condicionamento total com dentina úmida

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LISTA DE SÍMBOLOS

N Número da amostra

p Tamanho da amostra

α Nível de significância

> Maior que

< Menor que

cm Centímetro

cm² Centímetro quadrado

° Graus

s Segundos

mW mili-Watts

IC Intervalo de confiança

x

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SUMÁRIO

1) INTRODUÇÃO 1

2) OBJETIVOS 3

3) CAPÍTULOS 4

3.1) Artigo científico publicado 5

3.2) Artigo científico a ser publicado para dissertação 15

4)CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................33

ANEXOS34

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1 - INTRODUÇÃO

A Odontologia adesiva busca atingir cada vez mais a simplificação dos

procedimentos clínicos de forma a otimizar o tempo e facilitar a técnica, (DINIZ et al., 2016),

sem desmerecer, no entanto, a manutenção de uma efetiva adesão ao substrato dental ao longo

do tempo (VAN MEERBEEK et al., 2013).

O processo evolutivo dos sistemas adesivos se desenvolveu a partir dos

sistemas convencionais e continuou progredindo com o surgimento dos sistemas adesivos

autocondicionantes na busca de estabelecer uma técnica menos complexa e com maior adesão

à dentina (VAN MEERBEEK et al., 2003; CARVALHO et al., 2004).

Compostos por monômeros resinosos ácidos, os sistemas adesivos

autocondicionantes interpenetram a smear layer promovendo a infiltração da resina no tecido

dentinário (PERDIGÃO et al., 1997; YOSHIDA et al., 2004). Apesar dos adesivos

autocondicionantes eliminarem a aplicação do condicionamento ácido em dentina, o padrão

de condicionamento no esmalte é menor do que quando utilizado os sistemas adesivos

convencionais (OZER e BLATZ, 2013). Diante disso, é preconizado a técnica de

condicionamento seletivo do esmalte associada aos adesivos autocondicionantes (SZESZ et

al., 2016). Porém, quando o ácido fosfórico é aplicado no esmalte, e inadvertidamente escorre

na dentina, ele afeta negativamente os resultados de adesão a dentina dos adesivos

autocondicionantes (VAN LANDUYT et al., 2006; ERICKSON et al., 2009).

Assim, como forma de otimizar o tempo clínico e melhorar a versatilidade de

aplicação dos sistemas adesivos, levando em consideração diferentes situações clínicas,

surgiram os sistemas adesivos universais. Tais sistemas podem ser usados associados ou não a

aplicação prévia do ácido fosfórico (HANABUSA et al., 2012; PERDIGÃO et al., 2012;

LOPES et al., 2016), sem comprometer a eficácia de união quando aplicados a dentina ou ao

esmalte (MUNÕZ et al., 2013; LOGUERCIO et al., 2015). Isto só se faz possível porque

esses sistemas contêm monômeros que promovem adesão química aos tecidos duros do dente,

(HANABUSA et al., 2012; PERDIGÃO et al., 2012; MUNÕZ et al., 2013) podendo ser

usados como adesivos autocondicionantes com e sem a associação do condicionamento

seletivo do esmalte.

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Embora vários adesivos universais já tenham sido avaliados em testes

laboratoriais com o intuito de estabelecer o melhor protocolo clínico de aplicação e tenham

apresentado resultados confiáveis, (HANABUSA et al., 2012; MUNÕZ et al., 2013;

LOGUERCIO et al., 2015, MANCHESI et al., 2014) sabe-se que apenas as avaliações

clínicas podem comprovar a eficácia do material (MANCHESI et al., 2015). Infelizmente, os

estudos clínicos com esses sistemas adesivos ainda têm mostrado resultados controversos.

Adicionalmente, ainda há um número restrito de adesivos analisados e de informações

disponíveis sobre seu desempenho clínico além dos fornecidos pelos seus fabricantes, fato que

faz com que outros adesivos universais e suas diferentes técnicas de aplicação tenham de ser

ainda avaliadas (MENA SERRANO et al., 2013; LAWSON et al., 2013; LOGUERCIO et al.,

2015; LOPES et al., 2016).

No que diz respeito à sua interação com a dentina, não existem comprovações

científicas se o uso de adesivos universais resulta em um bom desempenho quando utilizados

em diferentes modos de aplicação. Portanto, se faz oportuno conduzir um estudo para avaliar

se o comportamento clínico de um novo adesivo universal quando aplicado em diferentes

estratégias de aplicação, incluindo dentina seca ou úmida, apresenta o mesmo desempenho

clínico ou não ao longo do tempo independente da estratégia adesiva utilizada.

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2 – OBJETIVOS

O objetivo desse trabalho foi avaliar o desempenho clínico de um adesivo

universal (Futurabond U, VOCO GmbH) e definir qual o melhor protocolo de aplicação

através de um ensaio clínico prospectivo utilizando dois diferentes critérios de avaliação,

objetivando assim diminuir a perda de restaurações, fraturas, manchamentos, infiltração

marginal e outras falhas indesejadas de uma adesão dentinária.

3

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3- CAPÍTULOS: ARTIGOS

3.1- A new universal simplified adhesive: 6-month randomized multi-center clinical trial (ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA BRASILEIRA DE ODONTOLOGIA)

Elisa Gomes de Albuquerque 2

Flavio Warol Klein Santana 3

Fernanda Signorelli Calazans 4

Luiz Augusto Poubel 3

Stella Soares Marins 1

Alessandra Reis 6

Marcos de Oliveira Barceleiro 5

Alessandro Dourado Loguercio 6

1 Undergraduate student, Universidade Federal Fluminense, Nova Friburgo, RJ, Brazil

2 MSc student, Universidade Federal Fluminense, Nova Friburgo, RJ, Brazil

3PhD student, Universidade Federal Fluminense, Nova Friburgo, RJ, Brazil

4 Postdoc student, Universidade Federal Fluminense, Nova Friburgo, RJ, Brazil

5 PhD, Universidade Federal Fluminense, Nova Friburgo, RJ, Brazil

6 Professor, Universidade Estadual de Ponta Grossa, PR, Brazil

Corresponding author: Marcos de Oliveira Barceleiro. Rua Dr. Silvio Henrique Braune,

22, Centro, Nova Friburgo, RJ, Brasil. CEP 28625-650

E-mail: [email protected] Telefone: (22) 2528-7166

Keywords: Adhesion; Acid etching; Composite restoration

10 p

4

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3.2- 12-month clinical trial of Futurabond U. A randomized double-blind

multi-centric clinical trial. (ARTIGO A SER SUBMETIDO PARA A

OPERATIVE DENTISTRY)

Elisa Gomes de Albuquerque 1

Stella Soares Marins 2

Flavio Warol Klein Santana 3

Fernanda Signorelli Calazans 3

Luiz Augusto Poubel 3

Marcos Oliveira Barceleiro 3

Alessandra Reis 4

Alessandro Dourado Loguercio 4

1 MSc student, Universidade Federal Fluminense, Nova Friburgo, RJ, Brazil

2 Undergraduate student, Universidade Federal Fluminense, Nova Friburgo, RJ, Brazil

3 Professor, Universidade Federal Fluminense, Nova Friburgo, RJ, Brazil

4 Professor, Universidade Estadual de Ponta Grossa, PR, Brazil

Corresponding author: Marcos de Oliveira Barceleiro. Rua Dr. Silvio Henrique Braune,

22, Centro, Nova Friburgo, RJ, Brasil. CEP 28625-650

E-mail: [email protected] Telefone: (22) 2528-7166

Keywords: Clinical trial; Adhesion;

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INTRODUÇÃO

É impossível pensar nos dias de hoje em odontologia restauradora sem falar de adesão.

Originalmente os sistemas adesivos foram criados principalmente para melhorar a

performance das restaurações diretas com resinas compostas e hoje representam uma parte

fundamental do trabalho clínico diário. A evolução dos materiais adesivos baseou-se na

necessidade de conservar, cada vez mais, a estrutura do dente e de simplificar o passo a passo

dos procedimentos para obter restaurações diretas e indiretas duradouras e com uma efetiva

adesão ao substrato dental. 1,2

Por este motivo, os adesivos universais recentemente introduzidos representam uma

opção simples para a criação de uma camada híbrida, com ou sem o uso de ácido fosfórico.

Além disso, esse material tem como proposta poder ser utilizado em diversas situações

clínicas através de somente uma solução adesiva,3,4,5 sem comprometer a eficácia de união

quando aplicados à dentina ou ao esmalte 6,7 e, sendo assim, capaz de substituir os adesivos

simplificados existentes considerados padrão-ouro (autocondicionantes de 1 passo e que usam

o condicionamento ácido de 2 passos). Isto significa proporcionar ao cirurgião-dentista a

opção simples de escolher a técnica adesiva que o favorece durante o procedimento

restaurador, seja um condicionamento ácido total em esmalte e dentina, ou um procedimento

autocondicionante ou condicionamento seletivo do esmalte. Outra característica dos adesivos

universais é que eles podem ser usados não só em substratos dentários (esmalte e dentina),

mas também em compósitos, cerâmicas de vidro, zircônia e ligas de metais.8 A sua

versatilidade na maioria das situações clínicas é, portanto, a sua maior vantagem.

Como os adesivos universais foram introduzidos recentemente no mercado ainda há

um número reduzido de informações disponíveis sobre seu desempenho clínico além dos

fornecidos pelos seus fabricantes. Assim, o objetivo desse estudo clínico multicêntrico,

randomizado e duplo cego foi avaliar o comportamento clínico de um novo adesivo universal

(Futurabond U, Voco GbmH, Cuxhauer, Alemanha) quando aplicado em diferentes

estratégias de aplicação ao longo de 18 meses de avaliação clínica.

MATERIAIS E MÉTODOS

Desenho do estudo16

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O desenho do presente estudo seguiu as normas estabelecidas pelo CONSORT

(Consolidated Standards of Reporting Trials).9 O comitê de ética em pesquisa da

Universidade Estadual de Ponta Grossa/PR/Brasil (protocolo 165.357; 2016) e o comitê de

ética em pesquisa da Universidade Federal Fluminense – Nova Friburgo/RJ/Brasil (protocolo

1.618.895; 2016) revisaram e aprovaram o protocolo de estudo e o termo de consentimento

livre e esclarecido para este mesmo estudo. Este termo de consentimento livre e esclarecido

assinado foi obtido de todos os pacientes antes do início do estudo. Esta pesquisa clínica foi

registrada no site clinicaltrial.gov (#NCT03244124). Todos os participantes foram informados

sobre a natureza e os objetivos do estudo, mas eles não sabiam qual dente iria receber qual

tratamento a ser avaliado.

Este foi um estudo clínico randomizado, multicêntrico, duplo cego, de superioridade, e

no modelo de boca dividida. Este estudo foi conduzido nas clínicas das Faculdades de

Odontologia das duas Universidades de Outubro a Novembro de 2016. Os pacientes foram

recrutados na medida em que eles compareciam às consultas de triagem, o que fez assim com

este estudo tenha utilizado uma amostra de conveniência.

Critérios de Inclusão e Exclusão

Um total de 120 participantes foram examinados por dois dentistas calibrados em cada

Universidade para verificar se os participantes preenchiam os critérios de inclusão e exclusão.

As avaliações foram realizadas usando um espelho bucal, uma sonda exploradora e uma

sonda periodontal. Os participantes tinham que ter bom estado de saúde geral, ter pelo menos

18 anos de idade, ter um nível aceitável de higiene bucal e apresentar pelo menos 20 dentes

em oclusão.

Os participantes deveriam ter pelo menos quatro lesões cervicais não-cariosas (LCNC)

para serem restauradas em quatro dentes diferentes. Essas lesões não deveriam ser retentivas,

deveriam ter profundidade maior que 1 mm, e envolver tanto o esmalte quanto a dentina dos

dentes vitais sem mobilidade. Os pacientes com higiene bucal deficitária ou usando

dispositivos ortodônticos, com periodontite grave ou crônica, ou com hábitos de bruxismo

avançado foram excluídos do estudo, pois necessitariam receber outros tratamentos antes do

procedimento restaurador. Além disso, os participantes com alergia conhecida a materiais à

base de resina ou qualquer outro material utilizado neste estudo, mulheres grávidas ou

amamentando, ou participantes sob uso crônico de drogas anti-inflamatórias, analgésicas e

17

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psicotrópicas não foram incluídos no estudo. Após as sessões de triagem, 50 pacientes foram

selecionados e 200 dentes foram randomizados em quatro grupos diferentes.

Cálculo amostral e Randomização

A taxa de falhas de retenção anual para adesivos autocondicionantes de passo único

em LCNCs foi relatada como sendo de 4,4% em uma revisão sistemática recente.10

Considerando que essa taxa de retenção segue uma tendência linear de queda, a taxa de

retenção global dos adesivos autocondicionantes de passo único será de aproximadamente

78% após 5 anos de uso clínico. Com um α de 0,05, um poder de 80% e um teste de dois

lados, o tamanho mínimo da amostra necessária foi de 50 restaurações em cada grupo, a fim

de se detectar uma diferença de 25% entre os grupos testados.

A randomização foi feita individualmente para que cada sujeito tivesse ao fim do

estudo quatro restaurações, cada uma sendo feito com uma das estratégias adesivas a serem

testadas no estudo. A randomização foi realizada usando o software disponível em

http://www.sealedenvelope.com. Um membro da equipe, não envolvido no protocolo de

pesquisa, realizou o processo de randomização com tabelas geradas por computador.

Intervenção: Procedimento restaurador

Todos os pacientes selecionados para este estudo receberam profilaxia com pasta de

pedra-pomes e água em uma taça de borracha e assinaram um Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido duas semanas antes dos procedimentos restauradores. O grau de dentina

esclerótica das LCNCs foi avaliado de acordo com os critérios descritos por Swift et al.,11 e

foi classificado nas categorias 1 (sem esclerose presente) a 4 (esclerose significativa presente).

As dimensões da cavidade em milímetros (altura, largura e profundidade), a geometria da

cavidade (avaliada por fotografia de perfil e classificada como <45o, 45o-90o, 90o <135o e>

135o),12 a presença de um antagonista e a presença de facetas de desgaste foram observadas e

registradas. A sensibilidade pré-operatória também foi avaliada pela aplicação de ar por 10 s

proveniente de uma seringa dentária colocada a 2 cm da superfície do dente e com um

explorador. Essas características foram registradas para permitir a comparação das

características iniciais das cavidades entre os grupos experimentais.

Para calibrar o procedimento restaurador, um diretor do estudo em cada centro,

colocou uma restauração de cada grupo para identificar todas as etapas envolvidas na técnica

de aplicação. Em seguida, os quatro operadores, que eram dentistas especialistas com mais de

cinco anos de experiência clínica em Dentística Restauradora, dois em cada centro, colocaram

quatro restaurações, uma de cada grupo, sob a supervisão do diretor do estudo em ambiente

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clínico. As falhas de restauração foram mostradas aos operadores antes do início do estudo.

Neste ponto, os operadores foram considerados calibrados para executar os procedimentos

restauradores. Os operadores restauraram todos os dentes. Todos os participantes receberam

quatro restaurações, uma de cada grupo experimental em diferentes lesões previamente

selecionadas de acordo com critérios de inclusão.

Antes dos procedimentos restauradores, os operadores anestesiaram os dentes com

uma solução de mepivacaína a 3% (Mepisv, Nova DFL, Rio de Janeiro, RJ, Brasil) e

promoveram limpeza de todas as lesões com pedra-pomes e água em taça de borracha (ref #

8040RA e # 8045RA, KG Sorensen, Barueri, SP, Brasil), seguido de lavagem e secagem.

Então, a seleção da cor foi feita usando uma escala de cores. Após a colocação isolamento

absoluto com lençol de borracha, o novo sistema adesivo universal Futurabond U (Voco,

GmbH, Cuxhaven, Alemanha) foi aplicado conforme as instruções do fabricante descritas

abaixo.

- Grupo Autocondicionante sem condicionamento prévio (SET) - Uma camada de adesivo

foi aplicada ativamente em toda a superfície do esmalte e dentina por aproximadamente 20 s,

de acordo com as recomendações do fabricante. Em seguida, o adesivo foi evaporado por jato

de ar suave durante 5 s e fotopolimerizado por 10 s a 1200 mW / cm2 (Bluephase, Ivoclar

Vivadent, Schaan, Liechtenstein).

- Grupo Autocondicionante associado ao condicionamento seletivo do esmalte (SEE) - O

ácido fosfórico a 35% (Vococid, Voco GmbH, Cuxhaven, Alemanha) foi aplicado por 30 s

apenas no esmalte. Em seguida, as cavidades foram lavadas e secas com ar, mantendo a

dentina visivelmente seca. A embalagem do sistema adesivo de dose única foi ativado e, em

seguida, uma camada de adesivo foi aplicada ativamente em toda a superfície do esmalte e

dentina por aproximadamente 20 s, de acordo com as recomendações do fabricante. Em

seguida, o adesivo foi evaporado por jato de ar suave durante 5 s e fotopolimerizado por 10 s

a 1200 mW / cm2 (Bluephase, Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein).

- Grupo de Condicionamento total e dentina seca (ERDry) - O ácido fosfórico a 35%

(Vococid) foi aplicado por 30 s (esmalte) e 15 s (dentina). Em seguida, as cavidades foram

lavadas e secas com ar, mantendo a dentina visivelmente seca. O sistema adesivo foi aplicado

conforme descrito no grupo SEE. Os procedimentos de evaporação de solventes e

fotopolimerização também foram os mesmos.

- Grupo de Condicionamento total e dentina úmida (ERWet) - O ácido fosfórico a 35%

(Vococid) foi aplicado por 30 s (esmalte) e 15 s (dentina). Em seguida, as cavidades foram

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lavadas e levemente secas com ar, mantendo a dentina visivelmente úmida. O sistema adesivo

foi aplicado conforme descrito no grupo SEE. Os procedimentos de evaporação de solventes e

fotopolimerização também foram os mesmos.

Após a aplicação do adesivo, a resina composta Admira Fusion unidoses (Voco

GmbH, Cuxhaven, Alemanha) foi utilizada em até três incrementos, inseridos diretamente na

cavidade com uma seringa tipo Centrix®, cada um sendo fotopolimerizado por 10 s a 1200

mW / cm2. As restaurações foram acabadas imediatamente com pontas diamantadas # 2200

finas (F) e extrafinas (FF) (KG Sorensen, Barueri, SP, Brasil) e polidas com polidor Jiffy

(Ultradent, South Jordan, Utah, EUA) sob constante resfriamento com água.

Cegamento

Os examinadores, que não estavam envolvidos com os procedimentos restauradores e,

portanto, cegos à atribuição dos grupos, realizaram a avaliação clínica. Os pacientes também

foram cegos para a atribuição dos grupos em um design de ensaio clínico randomizado duplo-

cego.

Avaliação clínica

Um formulário de papel padronizado individual foi usado para cada avaliador em cada

consulta de avaliação, de modo que os avaliadores fossem mantidos cegados para avaliações

anteriores durante as consultas de acompanhamento. As restaurações foram avaliadas pelos

critérios da Federação Mundial (FDI)13,14 logo após serem realizadas e após 6 e 18 meses de

uso clínico.

Apenas as medidas clinicamente relevantes para avaliação do desempenho adesivo

foram utilizadas e ranqueadas. O desfecho clínico primário foi a retenção/fratura da

restauração, mas os seguintes parâmetros secundários também foram avaliados: manchamento

marginal, adaptação marginal, sensibilidade pós-operatória e lesões de cárie adjacente as

restaurações. A avaliação da sensibilidade pós-operatória espontânea foi realizada uma

semana após o procedimento restaurador, perguntando ao paciente se ele teve algum tipo de

dor durante o período.

Estas variáveis foram classificadas de acordo com os critérios da FDI em clinicamente

muito boas, clinicamente boas, clinicamente suficientes/satisfatórias, clinicamente

insatisfatórias, mas reparáveis e clinicamente inapropriadas (sendo necessária a

substituição).13,14 Ambos os examinadores avaliaram todas as restaurações uma vez e de forma

independente. Quando os desentendimentos ocorreram durante as avaliações, eles tiveram que

chegar a um consenso antes de o participante ser liberado. As taxas de retenção de restauração

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foram calculadas de acordo com as diretrizes da ADA.15 Percentual de falha cumulativa =

[(FA + NF) / (FA + RA)] X 100%, onde FA é o número de falhas anteriores antes da

avaliação atual, NF é o número de falhas novas durante a avaliação atual e RR é o número de

restaurações atualmente avaliadas.

Análise estatística

As análises estatísticas seguiram o protocolo de intenção de tratamento de acordo com

a recomendação do CONSORT.9 Foram utilizadas análises estatísticas descritivas para

descrever as distribuições dos critérios avaliados. Foi realizada análise estatística para cada

item individual de avaliação do FDI. As diferenças nas avaliações dos quatro grupos após 18

meses foram testadas com a análise de variância de Friedman de medidas repetidas por

categoria (α = 0,05). As estatísticas de kappa de Cohen foram usadas para avaliar o nível de

concordância inter-examinadores. Em todos os testes estatísticos, predefinimos o nível de

significância para 5%.

RESULTADOS

Os procedimentos restauradores foram realizados exatamente como planejado e

nenhuma modificação foi realizada. Setenta dos 120 pacientes examinados para elegibilidade

não foram incluídos no estudo porque não preencheram os critérios de inclusão. Assim, um

total de 50 pacientes (23 homens e 27 mulheres) foram selecionados. Foram realizadas

duzentas restaurações, 50 para cada grupo. As estatísticas gerais de Cohen kappa mostraram

excelente concordância entre os examinadores no momento da avaliação de doze meses

(0,94). Somente um paciente (n=4 restaurações) não foi avaliado após 12 meses. Este paciente

mudou de cidade, não podendo mais comparecer as consultas de retorno para a avaliação.

Retenção / Fratura

Dez restaurações foram perdidas ou fraturadas após doze meses de avaliação clínica

(três no grupo SET, duas no grupo SEE, duas no grupo ERDry e três no grupo ERWet). De

acordo com os critérios de avaliação do FDI, as taxas de retenção de doze meses (intervalo de

confiança [IC] de 95%) foram 94% (83% -97%) para o grupo SET, de 96% (86% -98%) para

o grupo SEE, 96% (86 % -98%) para o grupo ERDry e 94% (83% - 97%) para o grupo

ERWet, sem diferença estatística identificada entre nenhum par de grupos (p> 0,05).

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Adaptação marginal

Trinta e uma restaurações apresentaram pequenos defeitos na adaptação marginal na

avaliação de doze meses usando os critérios do FDI (10 no grupo SET, 12 no grupo SEE, 5 no

grupo ERDry e 4 no grupo ERWet). Nenhuma diferença significativa foi detectada entre

qualquer par de grupos na avaliação de seis meses (p> 0,05).

Outros parâmetros de avaliação

Nenhuma restauração teve sensibilidade pós-operatória ao ar na avaliação de doze

meses. Manchamento marginal foi observado em 9 restaurações (4 no grupo SET, 3 no grupo

SEE,1 no grupo ERDry e 1 no grupo ERWet). Nenhuma restauração mostrou recorrência de

cárie após doze meses. Em geral, as restaurações mostraram bom desempenho clínico ao

longo de 12 meses.

DISCUSSÃO

O objetivo de um estudo clínico é, geralmente, simular a realidade clínica para avaliar

o desempenho de um determinado material ou técnica. Para isso, são observados vários

parâmetros. Quando se trata de estudos envolvendo sistemas adesivos aplicados em LCNC, o

parâmetro mais importante para a avaliação do desempenho da adesão é a taxa de retenção.

Desta forma, se alguma restauração for perdida, nenhum dos outros parâmetros poderá ser

avaliado.16

Deste modo, quando observados os resultados das taxas de retenção dos grupos de

estratégia SE (SET e SEE) utilizando o adesivo Futurabond U, podemos considerar os

resultados positivos após 12 meses de avaliação clínica, com uma taxa de sucesso de 94%

(83% -97%) para o grupo SET, de 96% (86% -98%) para o grupo SEE, 96% (86 % -98%)

para o grupo ERDry e 94% (83% - 97%) para o grupo ERWet. Esses resultados

provavelmente estão relacionados à presença neste adesivo de um monômero funcional ácido:

10-MDP (di-hidrogenofosfato 10-metacriloiloxidecílico).17,18 Conforme observado nos

resultados de 6 meses19, o desempenho do Futurabond U, que contém 10-MDP, não foi

afetado pela estratégia de adesão e foi comparável aos outros adesivos apresentados no

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mercado.16,20 Este monômero funcional é responsável pela ligação química do hidrogênio com

o íon cálcio da hidroxiapatita, gerando uma interface resina-dentina forte e estável.21

A importância da presença deste monômero acídico na composição de adesivos

universais pode ser observada quando os dados clínicos de acompanhamento de restaurações

realizadas com adesivos universais livres de 10-MDP são comparados com dados de

restaurações realizadas com adesivos universais contendo 10-MDP na estratégia SE. Nestas

comparações, maiores taxas de retenção são observadas para aqueles sistemas adesivos que

contém o 10-MDP, os quais mostraram taxas de retenção de 6 meses variando de 94% a 98% 17,22,23 enquanto os livres de 10-MDP mostraram taxa de retenção de cerca de 80% após 6

meses.24,25

O presente estudo mostrou também que, após 12 meses de acompanhamento clínico,

um total de 10 restaurações falharam como resultado de perda de retenção e/ou fratura: 5

vinculadas à abordagem SE (SEE e SET) e 5 ligadas à abordagem ER (ERD e ERW), o que

representa 5% de falha do total das restaurações realizadas. Assim, pode-se indicar que este

sistema adesivo apresenta um desempenho clínico ao longo de 12 meses conforme estipulado

pela ADA.15,14

Quando são analisadas as características das restaurações que falharam, a maioria

delas possuíam ângulos obtusos maiores ou próximos à 135°, com cavidades rasas com

profundidade em torno de 1mm conforme observado na tabela 4. Apesar de não haver na

literatura, uma relação observada entre o ângulo e profundidade da cavidade com a

capacidade de adesão dos adesivos autocondicionantes, sabe-se que as LCNCs são

consideradas padrão15 para avaliar os sistemas adesivos devido a diversos fatores como: 1)

não apresentarem nenhuma macro retenção, sendo adesivo-dependente; 2) têm pelo menos

50% de adesão em dentina; 3) têm margens em esmalte e dentina e 4) são amplamente

avaliadas. Apesar de haver fatores relacionados a configuração das cavidades da classe V 26,27

como a tensão interfacial, as propriedades mecânicas do compósito usado são relativamente

pouco importantes28,29 e uma adesão ineficaz resulta em perda da restauração, que é o

parâmetro de avaliação mais importante.30 Portanto, a inclusão de cavidades muito rasas pode

ser considerada um viés desta pesquisa. Ao mesmo tempo, essa situação muitas vezes retrata a

realidade clínica, o que faz com que seja necessário mais estudos para avaliar a interferência

desses parâmetros no desempenho clínico dos adesivos autocondicionantes.

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Vale ressaltar outro fator a ser discutido neste estudo. Seguindo as normas da ADA15

não foi realizado nenhum preparo com bisel prévio na dentina e no esmalte das LCNCs antes

da aplicação do sistema adesivo, afim de criar maior rugosidade superficial, como descrito por

outros estudos.31,32,33,34 Na teoria, um bisel feito em esmalte pode tornar os prismas do esmalte

mais reativos ao condicionamento, tendo sido indicado como responsável pelo maior

desempenho adesivo, principalmente para adesivos autocondicionantes.35,36 Já na dentina, as

LCNC apresentam uma camada superficial hipermineralizada de dentina esclerótica, e mesmo

que ocorra alguma remoção superficial da dentina, este fator somado a uma camada

bacteriana superficial parcialmente mineralizada podem representar potenciais obstáculos à

infiltração do adesivo.16,37 Da mesma forma que na dentina, o bisel em esmalte não foi

padronizado em ensaios clínicos publicados, sendo pouco descrito. Além disso, os benefícios

do bisel em esmalte e/ou em dentina em estudos clínicos não foram conclusivos38 e relatados

como inúteis em revisões sistemáticas.16 Por este motivo, neste estudo, também não foram

realizadas qualquer tipo de retenção adicional nas cavidades restauradas. Outro fator que

podemos destacar é a ausência de ajuste oclusal prévio nos pacientes selecionados. Conforme

descrito nos critérios de exclusão, pacientes com alterações oclusais severas não foram

incluídos. Porém, isto não significa que tais pacientes tivessem uma oclusão ideal, sendo

necessário, em alguns casos, ajustes oclusais prévios para obter uma oclusão dentro dos

padrões normais. Contudo, esta interferência poderia gerar a padronização da amostra,

confrontando com a proposta de simular a realidade clínica desejada em um estudo clínico,

que em muitos casos, não é padronizada. Por isso, o ajuste prévio da oclusão da amostra não

foi realizado.

No momento em que foram analisados os grupos de estratégias ER (ERD e ERW), os

resultados de adesão foram similares em termos de retenção, assim como outros parâmetros.

Quando comparados ao longo do tempo após 6 e 12 meses, também não houve diferença

estatística entre esses dois grupos (2 no grupo ERDry e 3 no grupo ERWet). Pode-se observar

que os dados clínicos semelhantes podem indicar que a dentina seca não intefere no resultado

de adesão com o sistema adesivo testado, principalmente porque a grande maioria dos estudos

disponíveis na literatura consideram a dentina úmida o ponto crucial para a adesão em

dentina.22,39 Uma justificativa para tal resultado poderia ser que, como os adesivos apresentam

solventes em sua composição, a presença de água desses solventes pode ser suficiente para

plastificar a rede de fibras colágenas colapsadas, permitindo assim, que ocorra uma

reexpansão e reabrimento dos espaços interfibrilares de dentina seca para que ocorra a

infiltração dos monômeros resinosos.40,41,42 No entanto, Reis et al. 2007 mostrou que uma

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adesão realmente efetiva em dentina seca desmineralizada só é possível de ser conseguida na

técnica ER, se houver uma aplicação vigorosa e ativa do adesivo.42,44 A pressão mecânica

durante a fricção vigorosa pode comprimir a rede de colágeno de tal maneira que o adesivo

pode ser puxado para dentro da malha colágena quando esta pressão é aliviada.45,46 Como foi

descrito na metodologia deste estudo, o sistema adesivo foi aplicado de forma vigorosa e

ativa, e esta pode portanto ter sido a causa da ausência de diferença entre os grupos ER

realizados em dentina úmida ou em dentina seca.

Independentemente da estratégia de adesão, o presente estudo observou uma pequena

deterioração da adaptação marginal após 6 e 12 meses de avaliação clínica quando avaliados

pelos critérios do FDI (10 no grupo SET, 12 no grupo SEE, 5 no grupo ERDry e 4 no grupo

ERWet). Esse achado já foi observado em outras publicações com adesivos universais

contendo 10-MDP.17,22,23 O Futurabond U é considerado um sistema autocondicionante leve

(pH = 2,3), assim como a maioria dos adesivos universais disponíveis no mercado.22,47,48,49

Embora o padrão de condicionamento produzido pelos sistemas autocondicionantes dependa

do tempo de aplicação, modo de aplicação e da acidez (pH) presente no adesivo, os sistemas

autocondicionantes produzem um condicionamento de esmalte de baixa qualidade, com

micro-porosidades que reduzem a infiltração de resina em esmalte.22,48,50 Esse

condicionamento inferior dos sistemas autocondicionantes pode favorecer o descolamento

marginal, permitindo a infiltração de alimentos ou do biofilme bacteriano levando à um

manchamento marginal.51 Porém, neste estudo, na maioria dos casos, os defeitos marginais

foram pequenos e considerados clinicamente aceitáveis, já que o re-polimento das

restaurações pode alterar essas discrepâncias sem causar danos à integridade da

restauração.31,52,53É importante mencionar também que quando avaliados outros parâmetros

como a sensibilidade pós-operatória e cárie recorrente ao longo de 12 meses, não foi

encontrado nenhuma incidência de cárie recorrente nas restaurações com o adesivo

Futurabond U.

CONCLUSÃO

O desempenho clínico do adesivo universal Futurabond U associado ao compósito Admira

Fusion unidoses foi considerado seguro após 12 meses de avaliação clínica quando aplicado

em lesões cervicais não cariosas e independentemente da estratégia adesiva empregada.

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43- Reis A, Loguercio AD, Azevedo CL, Carvalho RM, Singer JM, Grande RHM. Moisture spectrum of desmineralized dentin fod adhesives systems with different solventes bases. J Adhes. Dent. 2007; 5:183-192.

44- Breschi J et al. Preservation of the Hybrid Layer by ChlorhexidineIn vivo. J. Dent. Res. 2007; 123(86):529-534.

45- Dal-Bianco K et al. Effects of moisture degree and rubbing action on the immediate resin–dentin bond strength. Dent. Mater. 2006; 22(12):1150-1156.

46- Zander-Grande C, Ferreira SQ, Costa TRF, Loguercio AD, Reis A. Application of etch-and-rinse adhesives on dry and rewet dentin under rubbing action: A 24-month clinical evaluation. J Am. Dent Assoc. 2011; 142 (7): 828-835.

47- Munoz MA et al. Immediate bonding properties of universal adhesives to dentine, J Dent. 2013; 41:404–411.

48- Cardenas AM et al. Influence of conditioning time of universal adhesives on adhesive properties and enamel-etching pattern, Oper Dent. 2016; 41:481–490.

49- Goes MF, Shinohara MS, Freitas MS. Performance of a new one-step multimode adhesive on etched vs non-etched enamel on bond strength and interfacial morphology, J Adhes. Dent. 2014; 16:243–250.

50- Perdigão J, Lopes MM, Gomes G. In Vitro Bonding Performance of Self-etch Adhesives: II—Ultramorphological Evaluation. Oper. Dent. 2008; 33(5):534-549.

51- Moura SK et al. Does the acidity of self-etching primers affect bond strenght and surface morphology of enamel? J Adhes. Dent. 2006; (8): 75-83.

52- Hickel R, Brushaver K, Ilie N. Repair of restorations–criteria for decision making and clinical recommendations, Dent. Mater. 2013; 29:28–50.

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28

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TABELAS

Tabela 1: Composição e número de lote dos materiais utilizados nos procedimentos restauradores

MATERIAL

(Fabricante)

NÚMERO DE LOTE

COMPOSIÇÃO

Futurabond U

(VOCO GmbH, Cuxhaven, Alemanha)

1609415

Ácido fosfórico 35% (Vococid): Ácido fosfórico a 35%

Adesivo: HEMA, Bis-GMA, HEDMA, monômero adesivo acídico (*), uretano dimetacrilato, catalisador, nanopartículas de sílica, etanol

Admira Fusion

(VOCO GmbH, Cuxhaven, Alemanha)

- cor A2: 1607524;

- cor A3: 1606252;

-cor A3,5: 1605482

Matriz resinosa: dimetacrilatos aromáticos e alifáticos, polisiloxano metacrilato-funcionalizado

Partículas de carga inorgânica: Vidro de Ba-Al, SiO2 pirogênica, volume de carga: 78 %. Fotoiniciador: canforquinona. Sinergista: NI

Abreviações: HEMA: 2-hidroxietil metacrilato; Bis-GMA: Bisfenol-A-glicidil dimetacrilato; HEDMA: 1,6-hexanediol dimetacrilato;

(*) monômero adesivo acídico na composição do Futurabond U é o 10-MDP : 10-methacryloyloxydecyl di-hidrogênio fosfato de acordo com o químico responsável pelo adesivo ( comunicação pessoal com o Dr. Martin Danebrock)

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Tabela 2: Modo de aplicação do sistema adesivo nos grupos (*)

Grupo Modo de aplicaçãoCondicionamento ácido Adesivo Resina Composta

Autocondicionante sem condicionamento prévio (SEE)

Não

Deixar a dentina seca (não ressecar)

1. Ativar a embalagem adesiva de dose única;2. Aplicar o adesivo na superfície da cavidade com Voco Single Tim Brush por 20 s com agitação vigorosa;3. Secar com jato de ar suave por 5 s;4. Fotopolimerizar por 10 s a 1200 mW / cm2.

Inserir na cavidade incrementos de até 1 mm e fotopolimerizar cada incremento por 30 s (comprimento de onda de 470 nm, potência de 1200 mW / cm2).

Autocondicionante associado ao condicionamento seletivo do esmalte (SET)

Aplicar ácido SOMENTE em esmalte (30s), lavar por 30s, secar com ar para remover o excesso de água

Condicionamento ácido total, com dentina seca (ERDry) (**)

Aplique ácido no esmalte (30s) e dentina (15s), lavar durante 30s, secar com ar para remover o excesso de água

Condicionamento ácido total, com dentina úmida (ERWet)

Deixar a dentina úmida

(*) De acordo com as instruções do fabricante

(**) fabricante não indica este modo de aplicaçã

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Tabela 3: Número de restaurações avaliadas em cada grupo experimental (*) classificado de acordo com os critérios da Federação Dentária Internacional (FDI)25,26

Critério da FDI (**) Baseline 12 meses

SEE SET ERWet ERDry SEE SET ERDry ERWet

Manchamento marginal

A 50 50 50 50 43 42 46 45

B -- -- -- -- 03 04 01 01

C -- -- -- -- -- -- -- --

D -- -- -- -- -- -- -- --

E -- -- -- -- -- -- -- --

Fraturas e retenção

A 50 50 50 50 46 46 47 46

B -- -- -- -- -- -- -- --

C -- -- -- -- -- -- -- --

D -- -- -- -- -- -- -- --

E -- -- -- -- 02 03 02 03

Adaptação marginal

A 50 50 50 50 31 36 42 42

B -- -- -- -- 15 10 05 04

C -- -- -- -- -- -- -- --

D -- -- -- -- -- -- -- --

E -- -- -- -- -- -- -- --

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(Hiper) sensibilidade pós-operatória

A 50 50 50 50 46 46 47 46

B -- -- -- -- -- -- -- --

C -- -- -- -- -- -- -- --

D -- -- -- -- -- -- -- --

E -- -- -- -- -- -- -- --

Cárie recorrente

A 50 50 50 50 46 46 47 46

B -- -- -- -- -- -- -- --

C -- -- -- -- -- -- -- --

D -- -- -- -- -- -- -- --

E -- -- -- -- -- -- -- --

(*)SEE, autocondicionante sem condicionamento seletivo do esmalte; SET, autocondicionante com condicionamento seletivo do esmalte; ERWet, condicionamento ácido total, com dentina úmida; ERDry, condicionamento ácido total, com dentina seca.

(**) A = Clinicamente muito bom; B = Clinicamente bom; C = Clinicamente suficiente / satisfatório; D = Clinicamente insatisfatório; E = Clinicamente inapropriadas.

.

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Tabela 4: Número de características das restaurações perdidas avaliadas após 12 meses.

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Restaurações perdidas em 12 mesesGrupo Ângulo Profundidade

SET SEE ERDry ERWet 45-90° 90-135° > 135° < 1 mm 1mm > 1mm03 02 03 02 0 05 05 0 06 04

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4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento contínuo de materiais, fazem com que sempre existam

novos sistemas adesivos, alguns bons, outros não. Por essa razão, é necessário que a escolha

dos materiais seja baseada em resultados clínicos bem conduzidos.

Apesar de o desempenho clínico do adesivo universal Futurabond U associado

ao compósito Admira Fusion unidoses ter sido considerado seguro após 12 meses de

avaliação clínica ainda se faz necessário finalizar os resultados para avaliar se o adesivo

Futurabond U possui efetividade clínica ao longo de 18 meses, conforme preconizado pela

ADA.

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5 – ANEXO

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO NA REVISTA OPERATIVE DENTISTRY

INSTRUCTIONS TO AUTHORS

New Instructions as of 20 September 2008

Operative Dentistry requires electronic submission of all manuscripts. All submissions must be sent to Operative

Dentistry using the Allen Track upload site. Your manuscript will only be considered officially submitted after it

has been approved through our initial quality control check, and any problems have been fixed. You will have 6

days from when you start the process to submit and approve the manuscript. After the 6 day limit, if you have

not finished the submission, your submission will be removed from the server. You are still able to submit the

manuscript, but you must start from the beginning. Be prepared to submit the following manuscript files in your

upload:

• A Laboratory or Clinical Research Manuscript file must include: ◦ a title ◦ a running (short) title ◦ a clinical

relevance statement ◦ a concise summary (abstract) ◦ introduction, methods & materials, results, discussion and

conclusion ◦ references (see Below) ◦ The manuscript MUST NOT include any: ◾ identifying information such

as: ◾ Authors ◾ Acknowledgements ◾ Correspondence information ◾ Figures ◾ Graphs ◾ Tables • An

acknowledgement, disclaimer and/or recognition of support (if applicable) must in a separate file and uploaded

as supplemental material.

• All figures, illustrations, graphs and tables must also be provided as individual files. These should be high

resolution images, which are used by the editor in the actual typesetting of your manuscript. Please refer to the

instructions below for acceptable formats. • All other manuscript types use this template, with the appropriate

changes as listed below.

Complete the online form which includes complete author information and select the files you would like to send

to Operative Dentistry. Manuscripts that do not meet our formatting and data requirements listed below will be

sent back to the corresponding author for correction.

GENERAL INFORMATION

• All materials submitted for publication must be submitted exclusively to Operative Dentistry. • The editor

reserves the right to make literary corrections. • Currently, color will be provided at no cost to the author if the

editor deems it essential to the manuscript. However, we reserve the right to convert to gray scale if color does

not contribute significantly to the quality and/or information content of the paper. • The author(s) retain(s) the

right to formally withdraw the paper from consideration and/or publication if they disagree with editorial

decisions. • International authors whose native language is not English must have their work reviewed by a

native English speaker prior to submission. • Spelling must conform to the American Heritage Dictionary of the

English Language, and SI units for scientific measurement are preferred. • While we do not currently have

limitations on the length of manuscripts, we expect papers to be concise; Authors are also encouraged to be

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selective in their use of figures and tables, using only those that contribute significantly to the understanding of

the research. • Acknowledgement of receipt is sent automatically. If you do not receive such an

acknowledgement, please contact us at [email protected] rather than resending your paper. • IMPORTANT:

Please add our e-mail address to your address book on your server to prevent transmission problems from spam

and other filters. Also make sure that your server will accept larger file sizes. This is particularly important since

we send page-proofs for review and correction as .pdf files.

REQUIREMENTS

• FOR ALL MANUSCRIPTS

1. CORRESPONDING AUTHOR must provide a WORKING / VALID e-mail address which will be used for

all communication with the journal. NOTE: Corresponding authors MUST update their profile if their e-mail or

postal address changes. If we cannot contact authors within seven days, their manuscript will be removed from

our publication queue.

2. AUTHOR INFORMATION must include:

◾ full name of all authors ◾ complete mailing address for each author ◾ degrees (e.g. DDS, DMD, PhD) ◾

affiliation (e.g. Department of Dental Materials, School of Dentistry, University of Michigan)

3. MENTION OF COMMERCIAL PRODUCTS/EQUIPMENT must include: ◾ full name of product ◾ full

name of manufacturer ◾ city, state and/or country of manufacturer

4. MANUSCRIPTS AND TABLES must be provided as Word files. Please limit size of tables to no more than

one US letter sized page. (8 ½ ” x 11”)

5. ILLUSTRATIONS, GRAPHS AND FIGURES must be provided as TIFF or JPEG files with the following

parameters ◾ line art (and tables that are submitted as a graphic) must be sized at approximately 5” x 7” and

have a resolution of 1200 dpi. ◾ gray scale/black & white figures must have a minimum size of 3.5” x 5”, and a

maximum size of 5” x 7” and a minimum resolution of 300 dpi and a maximum of 400 dpi. ◾ color figures

must have a minimum size of 2.5” x 3.5”, and a maximum size of 3.5” x 5” and a minimum resolution of 300 dpi

and a maximum of 400 dpi. ◾ color photographs must be sized at approximately 3.5” x 5” and have a

resolution of 300 dpi.

• OTHER MANUSCRIPT TYPES

1. CLINICAL TECHNIQUE/CASE STUDY MANUSCRIPTS must include: ◾ a running (short) title ◾

purpose ◾ description of technique ◾ list of materials used ◾ potential problems ◾ summary of advantages

and disadvantages ◾ references (see below)

2. LITERATURE AND BOOK REVIEW MANUSCRIPTS must include: ◾ a running (short) title ◾ a

clinical relevance statement based on the conclusions of the review ◾ conclusions based on the literature

review…without this, the review is just an exercise ◾ references (see below)

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• FOR REFERENCES

REFERENCES must be numbered (superscripted numbers) consecutively as they appear in the text and, where

applicable, they should appear after punctuation.

The reference list should be arranged in numeric sequence at the end of the manuscript and should include: 1.

Author(s) last name(s) and initial (ALL AUTHORS must be listed) followed by the date of publication in

parentheses. 2. Full article title.

3. Full journal name in italics (no abbreviations), volume and issue numbers and first and last page numbers

complete (i.e. 163-168 NOT attenuated 163-68). 4. Abstracts should be avoided when possible but, if used, must

include the above plus the abstract number and page number. 5. Book chapters must include chapter title, book

title in italics, editors’ names (if appropriate), name of publisher and publishing address. 6. Websites may be

used as references, but must include the date (day, month and year) accessed for the information. 7. Papers in the

course of publication should only be entered in the references if they have been accepted for publication by a

journal and then given in the standard manner with “In press” following the journal name. 8. DO NOT include

unpublished data or personal communications in the reference list. Cite such references parenthetically in the

text and include a date.

EXAMPLES OF REFERENCE STYLE

• Journal article: two authors Evans DB & Neme AM (1999) Shear bond strength of composite resin and

amalgam adhesive systems to dentin American Journal of Dentistry 12(1) 19-25.

• Journal article: multiple authors Eick JD, Gwinnett AJ, Pashley DH & Robinson SJ (1997) Current concepts on

adhesion to dentin Critical Review of Oral and Biological Medicine 8(3) 306-335.

• Journal article: special issue/supplement Van Meerbeek B, Vargas M, Inoue S, Yoshida Y, Peumans M,

Lambrechts P & Vanherle G (2001) Adhesives and cements to promote preservation dentistry Operative

Dentistry (Supplement 6) 119-144.

• Abstract: Yoshida Y, Van Meerbeek B, Okazaki M, Shintani H & Suzuki K (2003) Comparative study on

adhesive performance of functional monomers Journal of Dental Research 82 (Special Issue B) Abstract #0051 p

B-19.

• Corporate publication: ISO-Standards (1997) ISO 4287 Geometrical Product Specifications Surface texture:

Profile method – Terms, definitions and surface texture parameters Geneve: International Organization for

Standardization 1st edition 1-25.

• Book: single author Mount GJ (1990) An Atlas of Glass-ionomer Cements Martin Duntz Ltd, London.

• Book: two authors Nakabayashi N & Pashley DH (1998) Hybridization of Dental Hard Tissues Quintessence

Publishing, Tokyo.

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• Book: chapter Hilton TJ (1996) Direct posterior composite restorations In: Schwarts RS, Summitt JB, Robbins

JW (eds) Fundamentals of Operative Dentistry Quintessence, Chicago 207-228.

• Website: single author Carlson L (2003) Web site evolution; Retrieved online July 23, 2003 from:

http://www.d.umn.edu/~lcarlson/cms/evolution.html

• Website: corporate publication National Association of Social Workers (2000) NASW Practice research survey

2000. NASW Practice Research Network, 1. 3. Retrieved online September 8, 2003 from:

http://www.socialworkers.org/naswprn/default

37