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REVOLUÇÃO FARROUPILHA LUIZ ALVES

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REVOLUÇÃO FARROUPILHA

LUIZ ALVES

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Frente às seculares desavenças entre os reis de Portugal e Espanha, aonde não chegam à conclusão dos limites da Colônia de Sacramento. O imperador Napoleão força a Espanha declarar guerra a Portugal, complicando mais a situação na banda oriental. Em 1817, os capitães do Rio Grande do Sul se apossam dos territórios: das Sete Missões, Cerrito e terras Hispano-Platense.

O império brasileiro contava em seu quadro de nobres da corte, vinte e oito marqueses, oito condes, dezesseis viscondes e vinte e um barões. Não se esquecendo de contabilizar, as centenas de sanguessugas que sobreviviam à custa do dinheiro público.

A Cisplatina e as revoluções internas esbanjam quase cinco milhões de libras esterlinas, a base de empréstimo das instituições financeiras inglesas e francesas. Parte desse valor é desviada por D. Pedro I e Marquês de Barbacena, com o objetivo de contratar futuramente os cincos mil mercenários ingleses de Clinton, e construir a degradante mentira da revolta Miguelista, assim assumir o trono de Portugal.

A Guerra Cisplatina levou a morte mais de dez mil brasileiros e mercenários a serviço do império. Enquanto o exército inimigo tem a perda insignificante de aproximadamente quatro mil soldados, entre mortos e feridos. Além contar com apoio da Loja Maçônica, o império francês, inglês e espanhol, inclusive centenas de foragidos do continente europeu. Em 1825, general João Antônio Lavalleja consegue anexar a Província Cisplatina sob domínio da Argentina, tirando-a do Brasil. Em 1828, general Frutuoso Rivera liberta-a e denomina República Oriental do Uruguai.

A “Guerra da Cisplatina” levou ao quase completo caos econômico às estâncias e charqueadas do Rio Grande do Sul, que se encontrava com os seus rebanhos esgotados, o império sequer pensava em indenizá-los devido à guerra. Complicando mais a situação, impõem altas taxas de impostos na exportação de gado vivo, na arroba de charque, erva mate, couros, sebo e gordura. Aumentando também a taxa da importação de sal, produto vital na produção.

O comércio influenciado pelos liberais no centro do país, como represália passa a comprar o charque Cisplatino, devido ser mais barato e porque o rio-grandense usava trabalho escravo. Mas o que realmente criou pavor na província foi à falsificação de moedas do império, trazendo inúmeras complicações à economia rio-grandense.

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Na época, o Rio Grande do Sul, era composto por quatorze municípios: Porto Alegre, Rio Grande, Rio Pardo, Santo Antônio da Patrulha, Cachoeira do Sul, Pelotas, Piratini, Alegrete, Caçapava do Sul, São José do Norte, Triunfo, Jaguarão, São Borja e Cruz Alta. Entre esses municípios, destacam-se Porto Alegre, como a capital, Rio Grande por ser o porto de todo comércio, e Pelotas por ser o maior produtor de charque.

A sua população eram aproximadamente quatrocentas mil pessoas, entre brancos, índios e escravos. Apesar de ser uma região massacrada pelo império, além das guerras passadas, ainda mantinham a esperança de se erguer como tantas outras vezes anteriores. O que acontece em Abril de 1831, nomeia como tutor José Bonifácio de Andrada e Silva, que veio abdicar o cargo, devido forte pressão dos parlamentares e ministros. Os mesmos nomeiam Francisco de Lima e Silva, Nicolau Pereira Campos Vergueiro, José Joaquim Carneiro de Campos como tutores de D. Pedro II, devido não possuir idade necessária para assumir o trono imperial, que permanecem somente três meses. Ao amanhecer D. Pedro I e a família imperial embarcam no navio inglês Warspite para Portugal.

A regência provisória passa-se ser permanente: 1831 - 1834, assumindo João Bráulio Muniz, José da Costa Carvalho e Francisco de Lima e Silva. A regência una: 1834 - 1837, assumida por Diogo Antônio Feijó. 1837 - 1840, assumida por Pedro Araújo Lima.

O Monarca mantinha vários negócios financeiros escusos com marquês de Barbacena, assim consegue empréstimo com os ingleses e contrata uma Legião Estrangeira, composta de cinco mil mercenários e em Julho de 1832, derrota D. Miguel e seu exército de aliados, assumindo o trono português em nome da filha D. Maria da Glória.

D. Maria I (Maria Louca) morre em 1816, internada num convento de freiras no Rio de Janeiro. D. João VI morre em março de 1826, em Lisboa-Portugal. A imperatriz, D. Maria Leopoldina de Habsburgo, morre em 1826 no Rio de Janeiro. D. Pedro I morre em setembro de 1834, no Paço Queluz em Lisboa-Portugal. Os regentes de D. Pedro II e parlamentares do império impõem altas taxas sobre o charque, sebo, couro exportado e taxas exageradas pelo sal importado. À frente desse injusto panorama político, social econômico, a província do Rio Grande do Sul nos anos seguintes, começa a fechar com superávit. Os governos não utilizam os recursos para melhorias, mas enviando a outras províncias e para pagar suas dividas com a Inglaterra e França.

Complicando mais a situação, a regência imperial nomeia presidente desconhecido ou antipático ao povo, que governa em causa própria, de familiares e amigos, isso além de destituir vários comandantes de armas bem quistos pelas forças militares, o que trouxe um futuro clima de revolução republicana.

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Na noite de 19 de Setembro de 1835, o coronel Bento Gonçalves da Silva, o capitão José de Vasconcelos Jardim e o coronel Onofre Pires, no comando de duzentos soldados “Farrapos” tomam de assalto Porto Alegre. O presidente Antônio R. Fernandes Braga e seus secretários fogem para Rio Grande, estabelecendo ali a nova capital. Outubro de 1835, o tenente coronel João Tavares no comando de dezenas de soldados derrota um contingente de rebeldes, acampados às margens de Arroio Grande.

Marechal Sebastião Barreto no comando de um contingente de soldados imperial, é surpreendido em São Gabriel pela tropa do coronel Bento Ribeiro, havendo uma debanda geral entre os soldados.

Coronel Bento Gonçalves da Silva, no comando de duzentos soldados, em sua maioria lanceiros escravos negros e índios Minuanos, atacam Rio Grande, capital imperial.

Coronel Onofre Pires no comando de cem soldados ataca São José do Norte, vendo que tudo estava perdido, o presidente Antônio Braga, foge e embarca num navio de guerra para o Rio de Janeiro.

O poder imperial na província do Rio Grande do Sul começa a desmoronar, os líderes dos Farrapos tomam cidades importantes, revelando que não era um movimento rebelde desordenado, pensado anteriormente pelo presidente Braga.

Novembro de 1835 chega ao Rio Grande, José Araújo Ribeiro, o novo presidente enviado pelo regente imperial.

Fevereiro de 1836, coronel Bento Gonçalves reúne todas as forças de que dispunha, traça planos para o ataque, ordena ao Major João Manuel de Lima e Silva, deslocar com sua divisão ao interior.

A vanguarda dessas forças, continha quatrocentos soldados sob o comando do coronel Afonso José de Almeida Corte Real, que encontra no Arroio Canapé, o contingente de Bento Ribeiro com duzentos soldados. Houve um violento confronto, mas quando vê que a sua situação estava insustentável, o coronel ordena a retirada de seus soldados.

Março de 1836, Bento Ribeiro e os seus soldados derrotam coronel Corte Real, fazendo-o prisioneiro. Em seguida, ordena a sua tropa para marchar contra capital, mas faz frente com a tropa do então promovido general Bento Gonçalves, inclusive os temerários lanceiros, negros e índios minuanos, que o faz se retirar para Caçapava. Porto Alegre estava muito bem fortificado, enfim estavam livres dos imperiais.

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Abril de 1836, o coronel Onofre Pires com sua tropa marcham para atacar São José do Norte, fuzilando todos os prisioneiros. O major Lima e Silva com sua tropa ataca Pelotas. Nas vizinhanças a tropa do coronel Souza Neto consegue desbaratar a cavalaria com duzentos homens, sob o comando do coronel Albano de Oliveira da guarda nacional.

Junho de 1836, o major Manoel Souza, feito prisioneiro na capital, mediante suborno consegue fugir da prisão com o apoio dos conservadores, se apoderam surpreendentemente de Porto Alegre. O fato inesperado é tão grande, que prendem Pedro Boticário e muitos outros membros importantes do movimento.

Outubro de 1836, a coluna revolucionária do general Bento Gonçalves estava à margem direita do Rio Jacuí, seguia ao encontro do coronel Souza Neto. A tropa de coronel Bento Ribeiro ocupa o morro da Ilha de Fanfa, enquanto a esquadrilha de Greenfell impede a passagem dos rebeldes no Rio Jacuí.

Coronel Bento Ribeiro e Greenfell mantêm fogo cerrado contra a tropa de Bento Gonçalves, deixando-o num fogo cruzado, sem existir nenhuma possibilidade de retirada imediata, sem à custa de muitas vidas, mesmo assim permanece nessa posição de combate por três dias. Bento Gonçalves, vendo que tinham chegado a seus limites, sem qualquer chance de fuga, decide render-se, poupando a vida de seus combatentes.

Novembro de 1836, no Rio de Janeiro recebe ordem do regente Feijó para levar o general Bento Gonçalves e Pedro Boticário, à Fortaleza da Laje. Os outros três, Tito Livio, Onofre Pires e Corte Real, levá-los para o velho forte de Santa Cruz.

Na manhã de setembro de 1837, Bento Gonçalves se dirige à praia para o seu rotineiro banho de mar, sendo acompanhado pelos olhos desinteressados das sentinelas. O instante em que o general vê uma pequena canoa ha quase um quilômetro, onde os pescadores jogam as suas redes no mar, chega à conclusão de que tinha chegado o momento, em longas braçadas segue em direção aos pescadores. As sentinelas da torre vêem que o prisioneiro estava fugindo, iniciam a atirar desesperadamente contra ele. Bento Gonçalves ouve as balas zunir em seus ouvidos, mergulha por diversas vezes e volta à tona mais adiante, seguindo sempre em direção da canoa. Já dentro da canoa, exausto e contente por sua fuga, podendo agora retomar o comando da revolução.

Novembro de 1837, Garibaldi, Carniglia, Rossetti, Cúneo e Castellini chegam a Piratini, imediatamente procuram o ministro do interior e fazenda, Domingos José de Almeida, que os acolhe com cordialidade.

Janeiro de 1838, O general Bento Gonçalves manda o coronel Bento Ribeiro no comando de trezentos soldados, combaterem os legalistas acampados às margens do Rio Caí sob o comando do tenente Junqueira. Frente ao ataque surpresa dos Farrapos tenta suportar o máximo possível, perdendo dezenas de soldados.

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Março de 1838, General Bento Gonçalves se dirige com uma tropa de soldados para Lages, sabedor da revolta da população contra o império. O contingente imperial sabendo do ataque republicano decide abandonar a vila de Lages.

Abril de 1838, o coronel Bento Ribeiro e o coronel Souza Neto com uma expedição de quinhentos soldados, entram em combate com a tropa legalista de quatrocentos soldados no Rio Pardo, sob o comando do marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto, entreposto principal às margens do Jacuí.

Maio de 1838, o coronel Souza Neto e coronel Bento Ribeiro, no comando de quatrocentos soldados, cercam novamente Porto Alegre, mas os legalistas resistem. Após vários dias de combate, decidem recuar devido terem dezenas de mortos e feridos no cerco. Os dois coronéis resolvem acampar nos arredores da capital, assim não deixar nenhuma mercadoria entrar, trazida pelos tropeiros de Sorocaba na província de São Paulo.

Maio de 1838, o general Bento Gonçalves e coronel David José Canabarro, decidem enviar Garibaldi, Eduardo Matru, Carniglia, vinte e oito amigos Carbonários para a estância da Barra e do Brejo, de propriedade das irmãs do general, Ana e Antônia. O grupo deveria se apresentar ao capataz norte-americano, John Griggs (João Grande), encarregado em construir dois lanchões e restaurar outros dois no Camaquã.

Nas estâncias se encontravam trinta escravos negros e trinta índios Minuanos, no objetivo de auxiliar nos trabalhos de construção e reparos. Ele e Griggs em seguida formariam duas turmas de marinheiros experientes, onde proclamariam em Laguna a República Catarinense.

Os trabalhos de restauração dos lanchões ficam prontos após de duas semanas. Griggs e Garibaldi deixam Carniglia e Matru comandando a construção dos novos lanchões, pois tinham recebido ordens do general Bento Gonçalves para colocar os lanchões em ação na Lagoa dos Patos, Mirim e rios confluentes, confiscando tudo o que servir à Revolução. Garibaldi no comando do “Rio Pardo” com dez marinheiros, Griggs no comando do “Republicano” com outros dez marinheiros. Os dois lanchões partem rumo à Lagoa dos Patos, onde fariam serviços de Corsários à República.

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Outubro de 1838, o presidente Elisiário, ordena o ministro da guerra, Rego Barros, que redobre as sentinelas nas trincheiras em volta da capital, pois temia que os republicanos tentassem atacá-los novamente. Um simpatizante lhe trouxe o jornal “O Povo”, escrito por Rossetti, onde revela que os republicanos tinham mudado a capital para Caçapava. Devido às recentes derrotas contra os Farroupilhas é substituído por Saturnino de Sousa, e o ministro Rego Barros pelo general Manuel Jorge e Oliveira. A primeira medida de Saturnino foi enviar um barco a Montevidéu para convocar Greenfell para substituir Mariath.

O estranho cortejo leva seis dias do estaleiro até a Barra do Tramandaí, rodando oitenta quilômetros, onde decidem descansar até o amanhecer do próximo dia. Ainda estava escuro quando retomam os serviços, só que agora era mais complicado, teria de lançar os lanchões na Lagoa, a empreitada leva até as oito horas da noite do dia 11 de Julho de 1839.

O lanchão “Farroupilha” fica sob o comando de Garibaldi, com trinta tripulantes e um canhão de doze polegadas. O lanchão “Seival” fica sob o comando de Griggs com outros trinta tripulantes e um canhão de doze polegadas. Quatro dias depois, Griggs vê que um temporal estava para chegar até eles, decide ancorar na Barra da Lagoa do Camacho. O “Farroupilha” é surpreendido nas proximidades da Foz do Rio Mampituba, região com o seu fundo raso e repleto de pedras, o local era mais conhecido por cemitério de navios.

Julho de 1839, ao saber do ataque republicano à Laguna, as autoridades legalistas, inclusive o tenente coronel Vicente Paulo Oliveira Vilas Boas, tentam reunir soldados para defender a vila.

O primeiro combate dá-se no canal do Rio Tubarão, junto dos Campos da Carniça, cujo ataque é desfechado pelos imperiais no barco “Catarinense”, sob o comando de José de Jesus. Os imperiais vendo a situação crítica fogem a esmo da embarcação, perdendo mais da metade dos soldados. A notícia corre como o vento até vila, e as autoridades resolvem também debandar.

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Julho de 1839, o “Seival” chega ao Rio Tubarão e ao Canal da Barra, onde surpreende os navios imperiais “Lagunense”, Itaparica e Santana, apreendendo todos, somente consegue evadir o “Cometa”. Garibaldi e Jerônimo Castilhos decidem desembarcar em Laguna, ambos no comando de quarenta soldados. A tropa de Teixeira Nunes chega após a tomada da vila, vindo de Lages, seguido por Canabarro que veio com seus soldados de Viamão. As autoridades imperiais tinham abandonado desordenadamente Laguna, deixando o caminho livre para os rebeldes. Os republicanos ao todo apreendem quatro escumas, quatorze veleiros, quinze canhões, quatrocentos e sessenta e três carabinas e trinta mil e seiscentos e vinte cartuchos.

Garibaldi, Canabarro e os soldados republicanos são recebidos em Laguna com festa e como heróis, pelas autoridades e o vigário Francisco Vilela. O coronel Canabarro, Garibaldi, os oficiais, soldados e simpatizantes se reúnem no Paço municipal, onde proclamam a República Catarinense ou Juliana. Em seguida, convocam uma reunião extraordinária na câmara, visando eleger todo o secretariado.

Agosto de 1839, Marechal Andréia desembarca na Praia de Fora, porque o navio não consegue entrar na barra, chegando inesperadamente em Desterro. Em pouco tempo, a população sentiria na própria pele o seu pior defeito como ser humano. Setembro de 1839, Garibaldi toma uma decisão de repente, convida-a para viver com ele no “Rio Pardo”, não prometia uma vida de conforto, mas teria com certeza todo o seu amor, faria tudo para dar o melhor a ela. Anita não pensa duas vezes, aceita o convite. Naquela noite, os dois amantes conhecem a verdadeira força do amor, o poder da sedução, a intensidade das emoções descobre juntos os segredos dos amantes.

No dia seguinte aprisionam o iate “Formiga” de propriedade de tal Ramon, seguido pelo “Elisa” e “Monte Real” nas proximidades de Camboriú. Na altura de Desterro deu de encontro com o navio imperial “Andorinha”, onde se trava intenso tiroteio. Garibaldi vendo-se em situação difícil, solta os quatros navios confiscados, procurando ganhar tempo. O que não acontece, o “Caçapava” é atingido por um tiro certeiro, que quase o leva a pique. O “Seival” é avariado por um tiro certeiro, avariando o seu costado. Ele aproveita um descuido do “Andorinha” e procura refugio no Porto de Imbituba, já que não poderia alcançar Laguna.

Garibaldi aproveita o tempo que lhe restava, até que os encontrassem, manda transportar o canhão do “Seival” ao promontório próximo, sob os cuidados do artilheiro Manuel Rodrigues, onde deveria lhe auxiliar na batalha. Enquanto ele situa o “Rio Pardo” e os dois barcos no fundo da baía, dispostos a morrer se preciso. Permanece nessa posição até o início da manhã, quando surgiram os barcos imperiais “Andorinha”, “Bella Americana” e a “Patagônia” carregados com diversos canhões.

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Anita ao ver que os marinheiros estavam entrando em pânico, pega por instinto uma carabina no convés e começa atirar contra os inimigos, totalmente desprotegida e com uma coragem inigualável. Aos poucos o “Rio Pardo” estava ficando cheia de cadáveres e muitos feridos, ela passa exercer o papel de enfermeira, procurando animá-los. Um tiro de canhão cai entre Anita e dois marinheiros, despedaçando os seus corpos e jogando-a longe.

Ao ver o acontecido, Garibaldi corre ao local, vê Anita toda ensangüentada, julga que estava morta, mas levanta-se rapidamente e informa que estava bem, o sangue era dos dois marinheiros. Garibaldi temendo por sua vida grita para se abrigar no porão. Anita responde-lhe com um olhar de raiva, só se for para trazer aqueles covardes que se esconderam. Ela pega a primeira carabina que encontra, desce rapidamente ao porão, em seguida traz sob a mira três marinheiros, que tinham ali se refugiado. O combate prolonga até quase ao anoitecer, deixando muitos mortos e feridos. O líder dos capitães da esquadra imperial, surpreso com o poder de fogo e a resistência dos republicanos, também por ter perdido um capitão e dezenas de marinheiros, decide retirar-se e buscar reforços.

Garibaldi manda recolocar o canhão no “Seival”. Agora protegidos pela escuridão da noite, partem para Laguna. Mas antes na curva da praia, fazem três enormes fogueiras, dando impressão de três navios incendiados. Chegam a Laguna no amanhecer do outro dia, com todos os três navios avariados e dezenas de feridos. Enquanto que os mortos tiveram um funeral digno, os seus corpos foram entregues ao mar. Setembro de 1839, o tempo que a esquadra naval de Garibaldi se encontrava no serviço de Corsário, confiscando barcos e mercadorias, mediante duros combates e a perda de muitos amigos, o general Canabarro trocava os pés pelas mãos, impôs um regime despótico, criando antipatia entre os políticos e a população. Principalmente em seus próprios oficiais e soldados, tratando-os com dureza e expondo-os a uma situação humilhante.

O coronel José Fernandes e o capitão Mariath decidem atacar a coluna de Teixeira Nunes, enquanto Mariath atacaria pela barra de Massiambu, o coronel Fernandes com quatrocentos e cinqüenta soldados atacaria por terra, assim pegando os republicanos num fogo cruzado. O primeiro a atacar os republicanos foi Mariath, que desembarca com cinqüenta soldados, pegando-os completamente de surpresa. Teixeira no desespero tenta organizar os soldados, que se encontra em intensa fuzilaria, deixando-os mais perdidos ainda, então se obriga dar ordens para recuar.

Nesse momento, entra em cena a coluna do coronel Fernandes, deixando os republicanos completamente perdidos. Com a morte do capitão Henrique Marquês Rocha e dois soldados e dezenas de feridos, após uma hora e meia de combate, Teixeira ordena para a coluna debandar. Na fuga em direção a Laguna, são apreendidos pelos legalistas dezenas de cavalos, armas, mochilas e munição.

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Novembro de 1839, motivados pelos comerciantes, políticos e líderes locais, nasce na vila de Imaruí, fundos da baía ha vinte quilômetros de Laguna, a primeira revolta anti-republicana. General Canabarro, confia a Garibaldi o comando de duzentos e cinqüenta soldados, a ingrata tarefa de agir com rigor contra os revoltosos. Sentiu-se constrangido em cumprir as ordens, devido o seu espírito democrático.

Com Imaruí no controle dos republicanos, os soldados encontram um estoque de bebida alcoólica, passam a ingerir descontroladamente. Quase todos já praticamente bêbados, passam a saquear as casas e o comercio, degolar vários habitantes, inclusive estupradas e depois degoladas as mulheres que não tiveram tempo de fugir.

Garibaldi e uns poucos oficiais tentam impedi-los, mas todos estavam dominados pelo álcool, restando se isolarem daquela barbárie. O que restou a Garibaldi e os oficiais era pedir perdão a Deus, que lhes perdoassem pelos atos desumanos de seus soldados.

Coronel imperialista Alano consegue apoio dos habitantes, inclusive de muitos soldados republicanos revoltosos, consegue expulsá-los e retomar a vila de Lages para as forças imperiais.

O oficial republicano envia um mensageiro a Laguna, requisitando soldados para tomar novamente a vila, informando-os que ficariam nos arredores até a chegada de reforço.

Novembro de 1839, Laguna - a capital da República Juliana tinha se transformado num caos completo, o governo civil, o padre presidente, os ministros, os conselheiros desaparecem por estarem conscientes da possibilidade de um ataque maciço dos imperialistas.

Garibaldi na Fortaleza com sua luneta consegue ver melhor o poder de fogo dos imperiais, além das tropas com quase três mil soldados que estavam vindos por terra, então teve a certeza de que seria impossível derrotá-los, somente ganhar tempo para uma inesperada retirada de Laguna. Os barcos imperiais iniciam a entrada ao porto, a esquadra republicana permanecia em completa inércia.

No convés do “Rio Pardo”, Anita vendo que todos estavam esperando as ordens de Garibaldi, como já se encontrava em linha de fogo, decide dar o primeiro tiro de canhão, assim desencadeando um inferno na costa de Laguna.

Garibaldi já estava preocupado com a demora da tropa de apoio de Canabarro, pois toda a esquadra de Mariath se encontrava na entrada, viu que estavam sozinhos naquele combate. Ele passa ordens a Souza Leão (Capote) para manter fogo intenso contra os imperiais, depois corre para assumir o comando do “Rio Pardo”. Com o primeiro tiro de canhão, Anita ordena todos os marujos concentrar intensa fuzilaria contra os navios imperiais.

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Os barcos republicanos “Itaparica”, o “Seival”, o “Caçapava”, o “Lagunense” e o “Santana” sob intenso bombardeio, todos quase praticamente destruídos e centenas de marinheiros mortos, mutilados ou outros feridos menos grave. Os poucos sobreviventes jogam-se ao mar com esperança alcançar à praia, mas todos são pegos com a maior facilidade pela fuzilaria dos soldados imperiais.

Garibaldi manda que Anita suba num escaler com dois marinheiros, levando armas e munições, depois permanecesse em terra. Ela cumpre a primeira ordem, mas não a segunda. Anita faz o mesmo trajeto com o escaler lotado de armas e munições por doze vezes, sob fuzilaria constante do inimigo. Os marinheiros do escaler encolhiam-se o que podiam, enquanto que ela permanecia em pé na popa da embarcação, como tivesse desafiando os atiradores imperiais.

Nesse instante o “Itaparica” explode, seguido pelo “Caçapava”, “Seival”, “Lagunense” e o “Santana”. Já noite de 15 de Novembro de 1839, logo após incendeia o “Rio Pardo”, cumprindo a tarefa macabra. Ele atravessa com Anita a derradeira viagem no canal de Laguna, sendo acompanhados com os poucos sobreviventes tomam o rumo do Camacho, ao encontro de Canabarro, Teixeira Nunes e os demais comandantes republicanos. No confronto naval os imperialistas têm cinqüenta e um mortos e treze feridos. Já do lado dos republicanos, quase duzentos mortos e aproximadamente cem feridos.

Dezembro de 1839, a frente de vários dias de cavalgada, enfim chegam até o ponto de encontro com muito esforço e intenso cansaço, já no final da serra. Agora com as colunas juntas, se dirigem pelo Passo de Santa Vitória.

O brigadeiro viu que tinha caído numa armadilha ardilosa do inimigo, retrocede com a metade de seus soldados a uma mangueira de pedras, usada antigamente para cobrança de impostos. Teixeira Nunes aproveita o momento, ordena a seus lanceiros atacar os legalistas, combatendo no corpo a corpo, trucidando-os quase por completo. O brigadeiro vendo-se perdido e ferido na perna, auxiliado por alguns de seus oficiais, procura fugir, mas ao cruzar o Rio Pelotas o seu corpo é tragado pelas águas.

A notícia da derrota dos dois mil legalistas para quinhentos republicanos no Passo de Santa Vitória corre rapidamente e chega até a vila de Lages. O coronel Cândido Alano e os demais soldados que ajudaram a retomar a vila, decide fugir às pressas o mais longe possível, temendo represálias e por suas vidas.

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Janeiro de 1840, Teixeira Nunes fica no comando de trezentos e trinta soldados, Garibaldi no comando de cento e cinqüenta cavalarianos, Anita fica encarregada do transporte da munição com vinte soldados, que deveria ficar na retaguarda guarnecendo a munição.

Após três dias de caminhada forçada, Teixeira ordena para acampar as margens do Rio Marombas, Campos das Forquilhas, proximidades da vila de Curitibanos, onde julgava que o inimigo cruzaria em direção de Lages. No momento que o grupo de Teixeira se aproxima da margem do Marombas, são pegos num fogo cruzado pelas duas colunas do coronel Melo Manso. Teixeira viu que tinha caído numa armadilha, não tendo outra opção senão ocupar o Capão de Mato, localizado numa pequena elevação próxima.

No Capão de Mato, Teixeira vendo-se perdido, grita a seus soldados para atirar contra os legalistas, mas como eles estavam em maior número, centenas de seus soldados caem à frente da intensa fuzilaria das colunas do coronel Melo Manso.

Anita mesmo vendo os seus soldados caírem abatidos, continua resistindo bravamente. Uma bala arranca o chapéu de sua cabeça, cortando também uma mecha de cabelo, mesmo assim não se amedronta, continua atirando contra os imperiais. Quando decide bater em retirada, outra bala abate o seu cavalo, derrubando-a violentamente no chão. A se ver cercada pelos soldados legalistas, sente que não tinha outra opção, decide se entregar.

Teixeira e aproximadamente dez soldados conseguem romper o cerco, evadindo-se desordenadamente do local. Em seguida se embrenham mata adentro, desaparecendo em direção da vila de Lages. Os republicanos têm quatrocentos e vinte e sete mortos, pois todos os feridos são executados pelos soldados imperiais.

Garibaldi e sessenta e três cavaleiros ainda continuam cercados. Ele decide romper o cerco a tiro, forma três grupos. Enquanto um grupo corre até um ponto, os outros dois protege o recuo, assim consecutivamente, até estarem numa posição mais favorável.

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O sargento Padilha entra na barraca, faz sinal para ela ficar quieta, corta a corda que prendem suas mãos, pede em seguida para lhe acompanhar, cortando com sua faca a lona traseira da barraca, entrando no Capão de Mato. Só então o sargento a informa que logo adiante tinha um cavalo amarrado numa árvore, com uma arma e um facão, pede para montá-lo e desaparecer rapidamente daquele lugar. Alerta-a de que cavalgue a beira do rio Marombas, naquele lado era muito mais seguro, por não existir nenhum soldado de vigia.

No dia 18 de Março de 1840, coronel Teixeira ordena para levantar acampamento e partem para Setembrina, devido não ter nenhum contato com Canabarro. Em Setembrina, Anita e Garibaldi vive uma temporada de paz. Ela já estava no quarto mês de gravidez, era seu primeiro filho. Após muitas discussões em suas conversas, chegam a um consenso, se fosse menino o seu nome seria Menotti, ao contrário o nome seria Rosita.

Maio de 1840, o general Bento Gonçalves com um contingente de quase quatrocentos soldados, dirige-se às proximidades de Taquari, onde se une com a tropa de quase trezentos soldados do coronel Souza Neto. O comandante legalista Jorge Rodrigues no comando de seis barcos sobe o rio até as imediações da vila de Taquari, onde manda descer e esconder alguns canhões à margem do rio, auxiliado por pouco mais de mil soldados.

O general e o coronel foram atraídos naquelas imediações, onde são surpreendidos pelo fogo pesado e fuzilaria intensa do inimigo. Mas seus soldados se não intimidam, contra atacam os legalistas. O combate dura pouco mais de uma hora, o general ao ver que não conseguiria derrotá-los, decide recuar e se dirige para Setembrina, pois já tinha perdido duzentos e setenta soldados e cento e cinqüenta são feridos, enquanto que os legalistas têm duzentos e uma mortes e cento e quinze feridos.

General Bento, Domingos Crescêncio, Teixeira Nunes e Garibaldi no comando oitocentos soldados, decidem tomar de assalto em julho de 1840, a vila de São José do Norte, situado às proximidades da Lagoa dos Patos.

Coronel Antônio Soares Paiva, no comando de pouco mais de quinhentos soldados, sabedor do ataque por um simpatizante, envia quatro soldados ao Rio Grande, pedindo reforços, enquanto se concentra na defesa do próprio quartel.

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O combate dura até as primeiras horas da manhã, os legalistas têm duzentos mortos e noventa feridos, enquanto que os Farrapos têm cento e oitenta e quatro mortos e cento e cinqüenta feridos. Ao chegar os reforços pedidos pelo coronel Paiva, os Farrapos se retiram rapidamente da vila, retornam a Setembrina.

General Bento envia Garibaldi e seus marinheiros para São Luiz das Mostardas, onde deveriam reconstruir a frota naval republicana. Chegando a Mostardas, Garibaldi aceita a oferta de se hospedar na casa da família Costa, devido o estado avançado de gravidez de Anita.

Em 16 de Setembro de 1840, nasce Menotti Domingos Garibaldi. Ele parte com dois soldados para Setembrina com a finalidade de emprestar algum dinheiro de seu amigo Rossetti, depois comprar roupas para o seu filho. Garibaldi vai imediatamente à casa de Rossetti, onde soube a verdade sobre a Revolução, que ela não tinha nenhum futuro. Rossetti prevê que não era necessário lutar pela República Rio-Grandense, com o tempo os parlamentares e o povo destruiriam o império. Outubro de 1840, o tenente Moringue no comando de trezentos soldados, ataca sorrateiramente a tropa do capitão Máximo, mata alguns soldados e aprisiona os demais. Moringue é informado de que Anita tinha dado luz a um menino, que Garibaldi se encontrava em Setembrina, onde pretendia emprestar dinheiro de um amigo e comprar roupas ao seu filho.

No início da noite, ele parte para a casa dos Costa com cem soldados, imaginando que encontraria resistência no local. O pensamento de Moringue era fazer Anita prisioneira, assim conseguindo prender o mais ardiloso de seus inimigos.

Anita é avisada pelos Costa que os legalistas estavam próximos, alertando-a para fugir imediatamente do local, senão acabaria sendo presa. Anita vestida com uma camisola enrola Menotti num cobertor. Um dos Costa traz o seu cavalo e deixa-o na porta da casa, ela monta em pêlo e desaparece entre a mata, onde permanece escondida por vários dias, até ser encontrado por Garibaldi, que gritava o seu nome na mata como um louco.

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O general Bento ordena a retirada de todas as tropas nos arredores de Porto Alegre, deveriam se retirar pelas serras do Rio das Antas até Vacarias.

Em 23 de Novembro de 1840, quando os republicanos estavam fazendo os preparativos para abandonar a vila de Setembrina, são atacados de surpresa pelo tenente Moringue no comando de oitocentos soldados. Após um rápido confronto, morre Rossetti, vários soldados e outra dezena são feridos, houve uma fuga geral e desordenada de Setembrina.

General Canabarro no comando de mil e oitocentos soldados, inclusive Garibaldi, Anita e o seu Menotti, se dirigem ao encontro dos republicanos. General Bento no comando de dois mil e quinhentos soldados encontram com a frente de Canabarro em São Francisco de Paula. O caminho à frente até São Gabriel, as colunas enfrentam dias de constantes chuvas, rios transbordando, fome e intenso frio, que não era comum para época do ano. A tropa do general Bento parecia andrajos humanos, invés de soldados, em pior estado estavam às mulheres e as crianças, que não estavam acostumados com aquele clima de penúria.

Enfim, chegam a São Miguel em meados de março de 1841, Bento manda construir barracões improvisados para abrigar os soldados, outros para abrigar as mulheres e crianças, enquanto Garibaldi com ajuda de seus marinheiros improvisa uma pequena cabana para sua família.

Em fins de Abril de 1841, Garibaldi pede dispensa ao general Bento Gonçalves do exército republicano, que aceita o pedido meio contrariado, mas como não poderia mantê-lo, porque nem ele próprio tinha prognósticos do futuro, ou se a Revolução ainda continuaria.

Bento sabia que o sistema financeiro republicano se encontrava a zero, não podia pagar em dinheiro pelos serviços prestados daquele valoroso capitão, promete dar novecentos bois como forma de pagamento. No momento, Garibaldi julga ser o necessário para recomeçar, decide aceitar. Parte em abril de 1841 para Montevidéu, a caminho de uma nova guerra. Julho de 1840, a câmara dos deputados e o senado decidem adiantar a maioridade D. Pedro II aos quinze anos de idade, mas sendo coroado um ano depois, precisamente em julho de 1841, finda o período das regências.

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Outubro de 1842, o imperador resolve pacificar o Rio Grande do Sul, nomeia como presidente e comandante de armas, Luiz Alves de Lima e Silva - Duque de Caxias. A nomeação é vista com bons olhos pelos republicanos, que já se encontram esgotados com os quase dez anos de guerra.

Os anos seguintes desencadeiam conflitos entre os líderes republicanos, o assassinato do vice-presidente Antônio Paulo Fontoura, complica consideravelmente a situação já insustentável. O coronel Onofre Pires acusa o general Bento Gonçalves de ladrão, traidor e assassino, o acusado desafia-o para um duelo sem testemunhas, às margens do Sarandi.

O coronel Onofre é ferido e morre quatro dias depois. Tempo depois do drama ocorrido em Sarandi, o general Bento Gonçalves pede dispensa do exército Farroupilha, passa cuidar de sua saúde e das fazendas da família.

Dezembro de 1842, com ajuda do coronel Bento Ribeiro, os republicanos são derrotados em Triunfo e Camaquã. Bento é ferido em combate.

Maio de 1843, com ajuda do coronel Bento Ribeiro e tenente Moringue, os republicanos são derrotados em Ponche Verde, Bento Ribeiro é novamente ferido em combate. Junho de 1843 morre Felisberto Caldeira Brant Pontes Oliveira e Horta, Marquês de Barbacena, sócio de D. Pedro I em negócio escuso, também acusado de desvio de dinheiro público e falsificação de dinheiro. Agosto de 1843 morre o liberal Diogo Antônio Feijó, maçônico, carbonário, eclesiástico, filosofo e político de vital importância na construção da semente republicana. Setembro de 1843, o general Canabarro é derrotado pelos legalistas em Piratini, além de centenas de perdas, são aprisionados vários oficiais e dezenas de soldados.

Outubro de 1843, Canabarro é novamente derrotado pelos legalistas em Canguçu, era o principio do fim.

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No decorrer do ano de 1844, o exército Farroupilha é derrotado diversas vezes pelos legalistas, não restando alternativa, senão entrar em negociações de paz com Caxias.

Em 28 de Fevereiro e 1o de Março de 1845, o general Canabarro e os demais comandantes Farroupilhas, assinam o Tratado do Ponche Verde. O tratado com o Duque de Caxias dava anistia a todos os soldados republicanos, inclusive os oficiais permaneceriam com a mesma patente no exército imperial, além de terem o direito de escolha do presidente da província.

Segundo as estimativas, não foram grandes as perdas nos dez anos de revolução: Aproximadamente mil e duzentos soldados legalistas e dois mil e quatrocentos soldados republicanos mortos.

O general Bento Gonçalves da Silva, morre em 1847 em sua fazenda no Camaquã, padece também por quarenta e dois anos o espírito de liberdade e democracia no Rio Grande do Sul, até a proclamação da República pelos superiores do exército e parlamentares, inclusive as sociedades secretas e o Estados Unidos da América em 1889.

O general mercenário francês, Pierre Labatut, morre em setembro de 1849 na cidade de Salvador-Bahia, afastado da marinha imperial brasileira.

Morre em 1855, o polêmico Bento Ribeiro com setenta e dois anos de idade, considerado por muitos um traidor ou vira casaca, mas para outros o maior especialista em estratégia militar política.

Domitila de Castro Canto e Melo (Marquesa de Santos) morre em 1867, foi casada com o alferes Felício Pinto Coelho de Mendonça, depois foi amante de D. Pedro I. Frente à pressão dos nobres da corte, desliga-se do imperador e casa com Rafael Tobias de Aguiar.

Maio de 1880 morre Luiz Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias, famoso para uns como pacificador das revoluções, e outros o maior carrasco do exercito imperial brasileiro.

Dezembro de 1891, D. Pedro II morre num modesto hotel nos arredores de Paris – França, praticamente no mais completo anonimato, afastado da diretriz do poder republicano brasileiro e a corte imperial portuguesa.

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BIBLIOGRAFIAHERÓIS DA LIBERDADE – LUIZ ALVESREVOLUÇÃO FARROUPILHA – LUIZ ALVESREVOLUÇÃO FARROUPILHA – GUALDINO D. BUSATOREVOLTA DOS EXCLUÍDOS – LUIZ ALVESCAMINHO DAS TROPAS – EUCLIDES PHILIPPIFOTOS IMPORTANTES CURITIBANOS – ALDAIR GOETEN MORAESMUSEU ANTÔNIO G. SOUZA DE CURITIBANOSGOOGLE – SITE/BLOG REVOLUÇÃO FARROUPILHAEDIÇÃO DE SLIDE – LUIZ ALVESMÚSICA – SUNSHINE ON MY SHOULDER – JOHN DENVER