revolução copernicana em kant

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  • 7/23/2019 Revoluo Copernicana Em Kant

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    Universidade Federal de Santa CatarinaCentro de Filosofia e Cincias HumanasPrograma de Ps-graduao em Filosofia MestradoDiscilina! "eoria do Con#ecimento $

    Professor! Marco %nt&nio Franciotti' Dr(%luno! Diogo Camos da Silva

    % )evoluo Coernicana em *ant

    +m seu ref,cio segunda edio da Cr.tica da )a/o Pura' *ant 0 1astante claro

    acerca da tarefa fundamental de sua o1ra! tratava-se de rodu/ir uma verdadeira revoluo na

    metaf.sica' alterando radicalmente o m0todo or ela seguido at0 a2uele momento 34 55$$67

    +sse emreendimento' segundo *ant 34 58$6' teria algo de semel#ante ao modo comorocedeu Co0rnico em sua investigao da mec9nica celeste 3da. a e:resso com a 2ual nos

    acostumamos a nos referir aos efeitos da CRP so1re a #istria do ensamento ocidental!

    revoluo coernicana6 e no s' o m0todo a ser revelado e fundamentado ela Cr.tica deveria

    imitar o m0todo 2ue ermitiu o sucesso das cincias' mais recisamente' da matem,tica e da

    f.sica moderna7 Da. 2ue ara comreender o ro;eto de uma cr.tica da ra/o eseculativa ao

    menos devemos 1uscar comreender o modo como *ant encarava o m0todo cient.fico'

    mesmo estando fora de nosso alcance descri

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    semre entraro na cadeia de causas e efeitos7 Um e:emlo do rocedimento da metaf.sica 0 a

    con#ecida rova ontolgica da e:istncia de deus' legada or Santo %nselmo e retomada or

    Descartes! se a alma #umana ossui a ideia inata de um ente a1solutamente erfeito' logo 0

    necess,rio 2ue esse ente e:ista' or2ue caso a e:istncia no se;a um atri1uto seu o ente cu;o

    a ideia reresenta no seria o mais erfeito7 % rova at0m-se aenas ao conte?do da ideia e'

    sem 2ual2uer recurso e:erincia' confere a esse conte?do a 2ualidade da e:istncia7 Uma

    o1;eo oss.vel 0 erguntar se a e:istncia ode ser derivada analiticamente do conceito de

    deus ou se a e:istncia aenas ode ser atri1u.da a um conceito caso este ossa ser

    emiricamente ou intuitivamente reresentado7 +nfim' ara *ant' a ouca clare/a dos

    metaf.sicos acerca do seu setor de investigao deu margem' ao longo da #istria' s mais

    a1surdas conclus

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    contradi/er a e:erincia mais imediata7 > mesmo' or0m' no oderia ser dito a reseito da

    rimeira lei do movimento de eEton' a famosa lei da ersistncia ou da in0rcia' 2ue afirma

    2ue todo e 2ual2uer coro ermanecer, em estado de reouso ou em movimento uniforme em

    lin#a reta semre e na medida em 2ue no 0 forado' or foras alicadas so1re ele' a mudar

    de estado7 Mas onde encontramos na e:erincia um coro totalmente entregue a si mesmo@

    rov,vel 2ue no #a;a nen#uma e:erincia caa/ de tra/er tal coro a uma reresentao

    intuitiva' imediata7 + ainda 2ue ossamos isolar um alto n?mero de coros de todo e 2ual2uer

    tio de atrito ou resistncia' nada nos ermitir, concluir 2ue os resultados do e:erimento

    reetir-se-o infinitamente' com todas as es0cies de coros e:istentes7

    Se' or um lado' a2uela lei da teoria neEtoniana no resulta da o1servao' or

    outro' os e:erimentos ela1orados a artir de tal #itese confirmam a lei7 esse sentido' o2ue os f.sicos modernos arenderam foi a anteciar na ra/o a estrutura da realidade7 Por 2ue

    a cincia ode ela1orar so1re a nature/a ;u./os a riori desse tio e deois confirm,-los com

    e:erimentos e testes' 0 2ue *ant est, nela interessado7 > comromisso da Cr.tica 0 com

    a2uilo 2ue a ra/o' or si s' ode enunciar acerca dos o1;etos em.ricos indeendentemente

    de como esses o1;etos ossam ser 2uando no tomados desde a ersectiva do su;eito do

    con#ecimento' ou se;a' sem considerar como esses o1;etos seriam em sua realidade mais

    .ntima e incognosc.vel7 % metaf.sica' segundo *ant' deve arender esta lio da f.sica! G2ues con#ecemos a riori das coisas o 2ue ns mesmos nelas omos 34 58$$$67

    or essa ra/o 2ue a teoria #eliocntrica funciona to 1em como imagem 2ue

    resume a tarefa rincial da Cr.tica! tal como Co0rnico comreendeu 2ue a ra/o do

    movimento aarente do sol no era o rrio astro' mas sim a condio do o1servador em

    movimento ;unto "erra' #avia c#egado a #ora de a metaf.sica dar-se conta de suas

    limita

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    3% IJK' 4 LL6! ela afirma' atentando aenas ara o modo como o su;eito 0 caa/ de acol#er

    os entes' reresent,-los' 2ue toda a mudana 2ue ossa ocorrer no mundo 2ue nos 0 acess.vel

    acontecer, semre de acordo com o rinc.io da causa e efeito7 en#um movimento'

    nen#uma ao aarecer, ara ns como algo fortuito e livre de causas7 > 2ue nesse rinc.io

    0 dito no resulta da o1servao e comilao de todos os casos oss.veis de altera

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    e:erincia' em contraartida' um o1;eto como a li1erdade' or e:emlo' ser, fundamental

    numa investigao so1re a moralidade #umana 2ue se encontre destinada a demonstrar 2ue a

    fonte de nossos atos morais no ode residir na esfera da nature/a' onde as coisas esto

    semre su1metidas cadeia de causas e efeitos em 2ue nen#um ato livre 2ue contrarie os

    .metos e aetites mais 1,sicos no ente natural ode acontecer7 %inda 2ue nada se ossa

    afirmar em termos de um verdadeiro con#ecimento terico so1re a li1erdade #umana' su&-la

    e:istente 0 uma necessidade do su;eito moral7

    )eferncia 4i1liogr,fica!

    *%"' $mmanuel7 Crtica da Razo Pura7 "raduo de Manuela Pinto dos Santos e

    %le:andre Fradi2ue Moru;o7 LQ ed7 Ris1oa! Fundao Calouste ul1en=ian' IKJK7