revista vox otorrino - nº 136

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Defesa Profissional Congresso Brasileiro terá painel comparativo de remuneração no Brasil Páginas Azuis Florisval Meinão, presidente de APM, fala sobre a atual situação da classe médica Plantando o futuro Departamento de eventos, Diretor Executivo e Regimento Interno: fundamentos para o crescimento e fortalecimento da ABORL-CCF

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Julho/Agosto 2013

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Page 1: Revista Vox Otorrino - Nº 136

Defesa ProfissionalCongresso Brasileiro terá painel comparativo de remuneração no Brasil

Páginas AzuisFlorisval Meinão, presidente de APM, fala sobre a atual situação da classe médica

Plantando o futuroDepartamento de eventos, Diretor Executivo e Regimento Interno: fundamentos para o crescimento e fortalecimento da ABORL-CCF

Page 2: Revista Vox Otorrino - Nº 136

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Páginas Azuis

Congresso Brasileiro

Academia Americana

Dr. Florisval Meinão, presidente da APM

Gestão em foco no Pré-Congresso

Prepare-se para o congresso no Canadá

Uma marca global forte.

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Campanha

Defesa profissional

Perfil

Bastidores da informação

Departamento de Eventos

Especial

Balanço do caminhão e de mídia

Painel Nacional de Honorários

Dr. João Bosco Botelho, direto de Manaus

Como é produzida a informação que você lê

Reforço para divulgar a Associação

Gestão de tempo: use o relógio a seu favor

27 CapaRaízes para o futuro

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julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br4 | Revista VOX OTORRINO

Cartaao Leitor

Nesta edição da VOX Otorrino, discutimos sobre um tema cada vez mais escasso nos dias atuais: como administramos nos-so tempo? Como conseguimos aproveitar nosso período produtivo ao longo do dia? Várias dicas são dadas e a implantação de algumas delas pode nos tornar muito mais produtivos e com melhor aproveitamento para as nossas intensas atividades.

Trazemos também um pouco dos bastido-res da produção da VOX. Como elabora-mos a pauta, como são desenvolvidas as matérias. Um passo a passo de como pro-curamos cada vez mais a interação com os Otorrinos do Brasil, tanto abordando temas da nossa Associação como trazendo pon-tos de discussão e reflexão, mas nunca nos distanciando do caráter informativo e jorna-lístico.

Focamos ainda o resultado final da Campa-nha Itinerante da ABORL, que percorreu dez cidades em quatro meses e chamou a aten-ção da imprensa por onde passou e o par-cial da campanha digital. Na matéria sobre o Congresso Brasileiro, destaque para o novo formato do Pré-Congresso trazendo além dos temas de atualização da especialidade, outras pautas de grande interesse como Gestão de Carreira e Honorários Médicos. Aproveite, planeje seu tempo e boa leitura!

Um forte abraço!

Tire um tempo para a Vox

Dr. Edilson Zancanella

Presidente da Comissão de Comunicações

EXPED

IENTE

EXPEDIENTE

Boletim ABORL-CCF

Diretor de Comunicação: Edilson ZancanellaJornalista Responsável: Eliana Antiqueira / MTB: 26.733 Reportagem: Sheila Godoi e Caroline BorgesFotos:Vicent Sobrinho e DreamstimeRevisão: Gabriel MirandaCoordenação de Publicação e Diagramação: Julia Candido

Produção: Estação Brasil Produção EditorialFone: 11 3542-5264/0472

Impressão: Eskenazi Indústria Gráfica

Periodicidade:

Bimestral

Tiragem: 6.000 exemplares

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da ABORL-CCF.

Av. Indianópolis, 1.287CEP 04063-002 | São Paulo/SP

Fone: 11 5053-7500Fax: 11 5053-7512

Sugestões de pauta, críticas ou elogios? Fale conosco.

[email protected]

PrimorMeus parabéns pelas excelentes publi-cações: BJORL e Vox Otorrino. A última edição do BJORL está um primor, não só pelo material científico como também pela impressão gráfica, ao nível das pu-blicações dos países de Primeiro Mundo.

Dr. Paulo Saade – Espírito Santo

IsençãoErro inadmissível da revista em ilustrar tão bela reportagem (Rumo ao Norte, ed. 135) com foto da figura mais grotesca da política e da medicina brasileira: Ministro Alexandre Padilha. Este indivíduo lidera um grande esforço de destruição da me-dicina nacional e é inconcebível que uma publicação de nossa Associação traga sua foto ou mencione seu nome, sem dei-xar claro o seu papel de carrasco e traidor dos médicos. Lamentável.

Dr. Pedro Ivo MachadoResposta:Prezado Pedro Ivo,A reportagem procurou enaltecer o trabalho re-alizado pelo colega ORL Claudemir Borghi. Foi ilustrada com itens relevantes de cunho jorna-lístico e produzida com bastante antecedência. Como médico, compartilho a opinião sobre o descalabro que infelizmente estamos presen-ciando na condução da Saúde do Brasil pelo atual Governo. Nesta edição, leia a matéria sobre como produzimos nossos conteúdos.Edilson Zancanella

ESPAÇO LEITOR

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5Revista VOX OTORRINO |julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br

Mensagem do Presidente

Preparando o futuro

Dr. Agrício Crespo

Presidente da ABORL-CCF

DIRETORIA 2013

Dr. Agrício Nubiato Crespo - Campinas/SPPresidente

Dr. Fernando Ganança - São Paulo/SPDiretor Primeiro Vice-Presidente

Dr. Sady Selaimen Costa - Porto Alegre/RSDiretor Segundo Vice-Presidente

Dra. Fernanda Haddad - São Paulo/SPDiretora Secretária Geral

Dra. Francini Grecco de M. Pádua - São Paulo/SPDiretora Secretária Adjunta

Dr. Godofredo Campos Borges - Sorocaba/SPDiretor Tesoureiro

Dr. José Eduardo de Sá Pedroso - São Paulo/SPDiretor Tesoureiro Adjunto

Dr. Edilson Zancanella - Indaiatuba/SPPresidente da Comissão de Comunicações

Dra. Eulália Sakano - Campinas/SPPresidente da Comissão do BJORL

Dr. Fabrízio Ricci Romano - São Paulo/SPPresidente da Comissão de Eventos e Cursos

Dr. José Alexandre Medicis da Silveira - São Paulo/SPPresidente da Comissão de Residência e Treinamento

Dr. Leonardo Haddad - São Paulo/SPPresidente da Comissão de Título de Especialista

Dr. Márcio Fortini – Belo Horizonte/MGPresidente da Comissão de Defesa Profissional

Dr. Otavio Marambaia Santos - Salvador/BAPresidente da Comissão de Ética e Disciplina

Dr. Renato Roithmann - Porto Alegre/RSPresidente da Comissão de Educação Médica Continuada

Há um provérbio que diz: “uma árvore que cai faz mais barulho do que um bosque que cresce”. Tomando a analogia emprestada, afirmo que o objetivo da atual gestão da ABORL-CCF é se dedicar ao o crescimento do bosque. Atitudes estratégicas recentes refletem essa decisão. A recontratação do Diretor Executivo, a estruturação de um Departamento de Eventos profissionaliza-do e atuante e a adoção de um Regimento Interno assinalam, com segurança, que es-tas decisões são as raízes para o cresci-mento constante desta entidade, garantin-do um modus operandi que não flutue ao sabor dos humores e vaidades pessoais.

A volta da figura do Diretor Executivo asse-gura uma relação permanente e longitudinal com instituições congêneres nacionais e in-ternacionais, academias, regionais, associa-dos, parceiros e apoiadores, uma vez que a presidência é temporária. O Departamento de Eventos é importantíssimo para agregar valor a atividades que não eram tratadas com a devida relevância, além de fortalecer os eventos da ABORL, das Academias e das Sociedades Regionais. Por fim, o Re-gimento Interno normatiza e organiza as in-terações entre Comissões, Departamentos, Academias e outras. Explico.

Até hoje, a ABORL-CCF tem funcionado a contento porque conta com a prestimosa

dedicação de pessoas inteligentes, moti-vadas e honestas. Mas, a integração entre as comissões, departamentos e comitês sofria de uma certa informalidade, o que gerava desperdício de esforços e, muitas vezes, resultados aquém do esperado. O Regimento Interno trará a profissionaliza-ção ao andamento interno da Associação, o que, certamente, vai refletir nas suas ati-vidades externas.

Outro gesto estratégico para o fortalecimento da ABORL-CCF é o 1º Painel Nacional de Ho-norários, que acontecerá no Pré-Congresso, em 20 de novembro. Esta será uma atividade essencialmente prática, onde não caberão desabafos, lamentações ou indignação. Será apresentado um painel comparativo da remu-neração dos procedimentos mais frequentes na Otorrinolaringologia, com valores máximos e mínimos nas diversas regiões, seguido de exemplos das negociações bem sucedidas.

Recontratação do Diretor Executivo, Regi-mento Interno, criação de Departamento de Eventos, Painel de Honorários, reestrutura-ção do Congresso Brasileiro, reaproxima-ção com as academias e as regionais são algumas das decisões desta gestão que consolidam as atividades da ABORL-CCF e lançam bases para um crescimento seguro, fundamentado no profissionalismo e em es-tratégias sólidas e claras.

Forte abraço!

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julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br6 | Revista VOX OTORRINO

PáginasAzuis

Em defesa da classePor Eliana Antiqueira

A Otorrinolaringologia foi sua pri-meira escolha como especialidade médica?

Sou formado pela Unesp, turma de 1973 da Faculdade de Medicina de Botucatu, e fiz residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Sim, a ORL sempre foi a es-pecialidade que mais se adequava ao meu projeto de vida, porque buscava uma atividade que unisse cirurgia e especificidade clínica.

O senhor é membro da APM há mais de 30 anos, dos quais, quinze esteve ligado à Diretoria de Defesa Profissional. O que destaca como sua grande realização nessa área?

Foi ter contribuído para a ação con-junta de entidades médicas que conseguiu reverter uma injustiça de anos. Durante muito tempo, os médi-cos foram considerados os vilões do sistema de saúde, eram chamados de “máfia de branco” e responsabi-lizados por todas as dificuldades da população no acesso à saúde. Con-seguimos, com ações coordenadas pelas entidades médicas, nas quais a Defesa Profissional da APM atuou in-tensamente, esclarecer que o médico também é vítima desse sistema. Hoje, o médico goza de muito prestígio, é a segunda profissão mais bem vista pela sociedade. Somente os bombei-ros estão à nossa frente.

Os médicos estão no centro de discussões sociais novamente,

mas por motivos distintos. Como o senhor observa as recentes mani-festações populares nas quais até mesmo os médicos se mobilizaram em repúdio a algumas decisões do governo federal?

Sem dúvida, vivemos um momento único da história do país, a popula-ção saiu às ruas e descobriu que tem poder! Em função destas manifes-tações, diferentes níveis de governo voltaram atrás em várias decisões ou projetos. A atual luta dos médicos contra a MP 621, que propõe au-mentar o número de escolas médicas e de formandos, é justa e ganhou apoio popular. Um estudo feito pelo Conselho Federal de Medicina apon-ta que já temos dois médicos por mil habitantes, em breve chegaremos à proposta do governo, que é de 2,5. Em algumas cidades, como Rio, São Paulo, Recife e Brasília, esse núme-ro varia de 4 a 6, mesmo assim as dificuldades de acesso à saúde nas regiões periféricas destas cidades persistem. O problema não é a falta de médicos e sim a má distribuição geográfica desses profissionais e a falta de incentivo para que eles atuem nestas regiões. Nosso ponto de vista é de que falta ao sistema público um financiamento que possa dotá-lo de infraestrutura adequada e valorizar os profissionais de saúde. Acrescente--se também que, além de escassos, os recursos são mal geridos. (N.E.: Em 2012, 17 bilhões do orçamento destinado à saúde não foram execu-tados pelo governo federal).

Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina de

Botucatu, Dr. Florisval Meinão escolheu a Otorrinolaringologia como especialidade e a defesa da classe

médica como profissão de fé. Membro da

Associação Paulista de Medicina há

mais de 30 anos, o Otorrino está à

frente da presidência da entidade desde

2011 e aponta o momento atual como

decisivo para discutir a valorização do médico.

Articulado e com opiniões bem fundamentadas, Dr. Florisval Meinão atuou por 15 anos na Diretoria de Defesa Profissional da APM e afirma que a população hoje entende que o médico também é vítima e não vilão do sistema de saúde.

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PáginasAzuis

O governo federal procurou as entidades médicas para discutir a criação dessas novas escolas de medicina?

Não. Esta foi uma decisão unilate-ral do governo federal, nunca fomos consultados a este respeito. Havia uma comissão de avaliação das es-colas médicas que propôs ao en-tão ministro da educação Fernando Haddad (N.E.: Fernando Haddad é o atual prefeito de São Paulo), e ele acatou, a redução do número de va-gas de algumas instituições de ensi-no e o cancelamento do vestibular de outras, que teriam um prazo para se readequarem. Foi o primeiro momen-to em que se começou a rever a qua-lidade do ensino médico no Brasil. Quando Aloísio Mercadante assumiu o ministério, cancelou essa medida e a comissão nunca mais se reuniu. Neste momento, o governo federal lança a MP 621, criada de maneira imediatista, com uma série de imper-feições. A saúde é a área com pior avaliação do governo federal hoje, e é pertinente que se busquem estra-tégias para resolver este problema. Porém, se aprovado como está, este programa põe a saúde da população em risco, pois irá colocar estudantes para atender ao segmento mais vul-nerável da sociedade. Isso é abso-lutamente inaceitável! Com certeza estas novas escolas terão um baixo nível de qualidade, pois faltam docen-tes e hospitais com vocação univer-sitária.

A APM é contrária à vinda de mé-dicos estrangeiros para atuarem no País?

Somos contrários à vinda de médicos do exterior sem que se submetam a um exame que comprove estarem aptos a trabalhar no Brasil. O gover-no federal pretende trazer seis mil médicos do exterior. Sabendo-se que

o Revalida realizado nos últimos anos reprovou cerca de 90% dos candi-datos, é legítimo afirmar que mais de cinco mil desses médicos não esta-rão aptos a exercer a medicina em nosso meio. Isso é colocar a popula-ção em risco!

Cabe às associações médicas fa-zer pressão por melhorias na ges-tão da Saúde?

Nosso trabalho tem sido o de buscar equacionar o financiamento. Este é um ponto importante porque a falta e recursos é o grande problema da saúde. Com relação à gestão, sabe-mos que estes recursos poderiam ser melhor utilizados. A pressão por melhorias na gestão é um papel que cabe a toda a sociedade, através de seus representantes no parlamento, de suas entidades representativas, dos conselhos de saúde, que têm um papel importante neste contexto, e também das entidades médicas. O que observamos é que, muitas vezes, esses recursos são utilizados de for-ma política e não para atender às ne-cessidades do sistema.

São Paulo reúne o maior número de médicos do Brasil. A APM pode ser uma líder de um movimento para melhorias na classe?

A APM é uma entidade de grande pro-jeção na sociedade, mas é mais uma das representantes dos médicos. Existem outras, como sociedades de especialidades, as associações regionais, os CRMs, os sindicatos... A APM tem pautado suas ações na valorização e defesa do médico, além da sua atualização científica. Cumpri-mos um papel de interlocutores do médico com a sociedade e somos reconhecidos como tal. O exemplo da luta contra a MP 621 é uma de-monstração deste fato. Somente no mês de julho fizemos inúmeras ma-

nifestações públicas denunciando os riscos que a mesma representa para a sociedade. Apesar da forte cam-panha publicitária na qual o governo federal investiu tantos recursos, ten-tando passar a impressão de ser a grande solução para os problemas da saúde, uma parcela significativa da população nos apoia.

Hoje, o médico goza de muito prestígio, é a segunda profissão mais bem vista pela sociedade. Somente os bombeiros estão à nossa frente...

Outro impasse em constante dis-cussão é a baixa remuneração dos planos de saúde aos médicos. Qual a posição da APM para resol-ver este problema?

Os planos de saúde cobram caro e remuneram mal. Hoje não há um só brasileiro que não saiba disso, graças às constantes denúncias das entida-des médicas. Os contratos entre mé-dicos e empresas de planos de saúde não contemplam cláusulas de reajus-te. A Agência Nacional de Saúde, em 2004, divulgou a RN 71, que deter-minava que os contratos devessem ter critérios objetivos de reajuste. A própria ANS fez um levantamento três anos atrás e detectou que 100% dos contratos estavam irregulares. Criou então uma nova resolução determi-nando que nos contratos constas-se o índice específico de reajuste e, mais uma vez, isso não foi cumprido. A legislação que criou os planos de saúde (lei 9656/98) não aborda a rela-ção entre médicos e empresas, o que faz com que a negociação médicos/

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PáginasAzuis

planos seja desigual, porque o médi-co é uma figura individual negocian-do com uma grande corporação. Os contratos então são basicamente de adesão. Nos últimos anos, a classe médica reagiu. As diversas entidades reuniram-se e desenvolveram uma estratégia conjunta de ações denun-ciando publicamente como os planos de saúde nos desrespeitam. Desta forma, conseguimos reverter parcial-mente este cenário com uma recu-peração parcial dos valores de con-sultas e procedimentos. Além disso, o avanço mais significativo foi que as empresas passaram a negociar com as entidades e não mais com o mé-dico isolado. As sociedades de espe-cialidades participam ativamente des-te processo, e deve-se lembrar que a ABORL está sempre presente através de seu departamento de Defesa Pro-fissional. Aliás, a ABORL foi uma das pioneiras dentre as sociedades de especialidades em introduzir o debate sobre defesa profissional e valoriza-ção dos médicos em seus congres-sos e na agenda de suas diretorias. Temos um longo caminho pela frente e neste sentido é muito importante a união dos médicos fortalecendo suas entidades representativas.

dicos/operadoras. No entanto, como já afirmamos, as empresas sistemati-camente não cumprem as resoluções da agência. Os conflitos permane-cem e, hoje, o grande prejudicado é o usuário, que apesar de pagar vo-luntariamente por um plano de saúde tem enormes dificuldades de acesso a consultas, internações, cirurgias, atendimento de emergência, etc. A ANS alega existirem impedimentos jurídicos para fixar valores de honorá-rios profissionais. Temos um entendi-mento de que é necessário que a ANS seja mais contundente no processo de regulação. Na outra ponta, temos o SUS, que também tem dificuldade de atrair profissionais para seus quadros. A tabela SUS é defasada em relação à CBHPM e à Saúde Suplementar. A diferença é gritante! O SUS até paga mais em alguns procedimentos de maior complexidade, mas, no geral, a remuneração é muito ruim, o que afasta o profissional do sistema. Es-tados e municípios não conseguem preencher seus quadros pelos baixos salários oferecidos, além de uma in-fraestrutura precária que desmotiva e dificulta o trabalho do médico. O SUS foi idealizado para atender com equidade toda a população e, neste sentido, desempenha um papel de grande relevância para um país com enormes diferenças entre as diversas classes sociais. No entanto, devido à insuficiência de financiamento do setor, aliado a gestões ineficientes destes recursos, temos um longo ca-minho pela frente para atingir plena-mente seus objetivos.

Como a APM se coloca em relação à judicialização da saúde?

A questão deve ser olhada com dois focos distintos. O primeiro é o da le-gitimidade das pessoas recorrerem à justiça quando se sentem lesadas. Muitas vezes este é o único cami-nho para se garantir o acesso ao tratamento ou mesmo salvar a vida do paciente. Muitos procedimentos diagnósticos ou terapêuticos podem

não estar incluídos no rol da ANS ou nem serem autorizados em nosso país, pela burocracia existente para sua liberação por parte da Anvisa. Ao médico, de acordo com os princípios éticos de sua profissão, cabe reco-mendar ao paciente tudo aquilo que for cientificamente comprovado que vai lhe trazer benefício, independente do seu custo e de estar ou não libera-do pelos órgãos oficiais. Caso o ges-tor não autorize a realização de de-terminado procedimento, e este seja decisivo para o tratamento, é legitimo que as pessoas procurem a justiça. Mas, não posso deixar de dizer que hoje o número de ações judiciais é excessivo e grande parte dos recur-sos da saúde é destinada a beneficiar um ou outro indivíduo, em detrimento de uma enorme população que pode-ria ser beneficiada. É necessário um pacto entre todos os atores envolvi-dos neste processo para que o recur-so da justiça seja feito de modo res-ponsável. Existe também outro foco, que são os abusos, ações excessivas feitas, muitas vezes, para o interesse de grupos econômicos que, neste caso, não têm legitimidade e devem ser fortemente combatidas. Por sua vez, ao julgar uma determinada ação, o juiz defronta-se com o caso concre-to de um indivíduo, e decide pensan-do nesta situação específica e não no conjunto da sociedade. Muitas vezes, o magistrado é instado a tomar uma decisão em um curto espaço de tem-po, sem um suporte técnico para auxiliá-lo. A APM organizou recente-mente um fórum de debate sobre a judicialização da saúde, em parceria com a Secretaria de Saúde do Esta-do de São Paulo, e com participação dos diversos setores envolvidos neste tema, que resultou como proposta a criação ou fortalecimento de câmaras técnicas que incluem médicos, advo-gados e gestores de saúde a fimde fornecer aos juízes subsídios para sua decisão. Nosso papel não é só defender os médicos, mas também a sociedade.

Os planos de saúde cobram caro e remuneram mal. Hoje não há um só brasileiro que não saiba disso, graças às constantes denúncias das entidades médicas.

A ANS lançou duas RNs, mas não conseguiu impor essas resoluções para os planos de saúde. Por que?

Somente nos últimos anos a ANS decidiu tentar regular a relação mé-

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julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br10 | Revista VOX OTORRINO

Editoria

12 a 14 de setembro7º Curso Prático de RinoplastiaCoordenação: Dr. Cesar Soares, Dr. Cesar Berger e Dr. João ManigliaLocal: Hospital IPO - Curitiba/PRInformações: (41) 3314-1590

12 a 14 de setembro Vecto e VideonistagmoscopiaCoordenação: Dr. Pedro Luís CóserLocal: Clínica Cóser - Santa Maria/RSInformações: (55) 3221-978413 a 14 de setembroEncontro Multidisciplinar sobre Doenças de Vias AéreasCoordenação: Profs. Dra. Wilma Anselmo Lima, Fabiana Valera, Edwin Tamashiro, Virginia Ferriani, Pérsio Roxo, Elcio Vianna e Karla ArrudaLocal: Novo Shopping Espaço Empresarial - Ribeirão Preto/SPInformações: (16) 3602-2863 / (16) 3602-2523 / (16) 3602-2860

16 a 20 de setembro 1º Curso de Formação e Treinamento de Otorrino-laringologistas em Implantes CoclearesCoordenação: Dr. Rodolpho Penna Lima JuniorLocal: Hospital do Coração - Natal-RNInformações: (84) 3206-0273

18 a 21 de setembro 24º Congresso Brasileiro de Cirurgia de Cabeça e PescoçoCoordenação: Dr. Cláudio Estrella NetoLocal: Royal Brasília Alvorada - Brasília/DFInformações: (61) 3322-2626

18 a 19 de setembro 2º NOSE - Cirurgias Endoscópicas Endonasais ao VivoCoordenação: Dr. Fábio PinnaLocal: FMUSP - São Paulo/SPInformações: (11) 3068-9855

21 de setembroPPA - Projeto Próteses Auditivas - Aspectos Práticos para o OtorrinolaringologistaCoordenação geral: Dr. Marcelo Ribeiro de Toledo PizaCoordenação local: Dr. André Alencar Araripe NunesLocal: Hotel Luzeiros - Fortaleza/CEInformações: (11) 5053.7500

24 a 27 de setembro101º Curso de Dissecção Osso TemporalCoordenação: Prof. Ricardo Ferreira BentoLocal: FMUSP - São Paulo/SPInformações: (11) 3068-9855

43º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-FacialCoordenação: ABORL-CCFLocal: Anhembi Parque Informações: www.aborlccf.org.br/43cbo Telefone: (11) 5053-7500

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20 a 23 de novembro3 a 5 de outubro 2º Curso Prático Internacional de Cirurgia Plás-tica OcularCoordenação: Dr. João Maniglia, Dr. Fabio Maniglia e Dr. Ricardo Maniglia Local: Hospital IPO - Curitiba/PR Informações: (41) 3314-1590

9 a 11 de outubro Curso Teórico Prático de Endoscopia Dirigida ao ORL - Módulos 1 e 2Coordenação: Dr. Domingos Hiroshi Tsuji Local: FMUSP - São Paulo/SP Informações: (11) 3068-9855

11 a 12 de outubro 3º Curso Internacional de Cirurgia Endoscópica de OuvidoCoordenação: Dr. João Flávio Nogueira Local: Sinus Centro - Fortaleza/CE Informações: (85) 3271-1829

16 a 18 de outubro 8º Curso de Anatomia e Dissecção do Osso TemporalCoordenação: Iulo Barauna e Prof. Aldo Stamm Local: Laboratório de Dissecção Anatômica do Hospital Edmundo Vasconcelos - São Paulo - SP Informações: (11) 5080-4357 /5080-4097

17 a 19 de outubro Curso de Cirurgias Endoscópicas Endonasais Coordenação: Dr. Marcus Lessa Local: FORL - Salvador/BAInformações: (11) 3068-9855

17 a 19 de outubroCurso Teórico Prático de Microci-rurgia de Laringe com Dissecção de PeçasCoordenação: Dr. Domingos Hiroshi Tsuji Local: FMUSP - São Paulo/SP Informações: (11) 3068-9855

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11Revista VOX OTORRINO |julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br

Gestão em focoPré-Congresso traz programação voltada à gestão de negócios e abre discussão para a necessidade dos médicos em aprofundar seus conhecimentos sobre marketing e finanças

Por Eliana Antiqueira

Já vai longe o tempo em que o trabalho do médico se restringia a atender pacien-tes. A evolução tecnológica, o maior acesso da população aos serviços privados de saúde, a expansão dos convênios médicos, entre outros fatores, têm levado os profissionais a ampliar seus conhecimentos além da sua especialidade. Hoje

não é incomum que um médico tenha de lidar com a gestão de pessoal, financeira, negociação com fornecedores, agências de comunicação que divulgam sua clínica e outras demandas que fogem à sua área de atuação.

Para ajudar nesse emaranhado de novas situações, a organização do 43º Congresso Brasileiro de ORL preparou um Pré-Congresso voltado exclusivamente para a aborda-gem desses temas (ver programação na pág.22). “Viemos amadurecendo essa ideia desde o ano passado, assim que começamos a planejar o congresso de 2013. Para nos ajudar nessa tarefa, contamos com a colaboração do Dr. Diego May, gerente médico do Setor de Anestesiologia do Hospital Israelita Albert Einstein, que nos orientou na criação da grade de temas”, explica Dra. Francini Pádua, coordenadora do Projeto de Reformu-lação do Congresso da ABORL-CCF.

Outra novidade é que a feira de exposição, geralmente restrita aos dias do Congresso, estará aberta e com diversas atividades simultâneas já no Pré-Congresso. A iniciativa agradou os expositores, que ganharam mais um dia para estabelecer contatos com os congressistas. “As últimas edições do Congresso da ABORL-CCF foram excelentes tanto do ponto de vista científico como para os parceiros. Para esta próxima edição, esperamos ampliar o sucesso da nossa participação e, pelo terceiro ano, abrir as portas da sala Sanofi: um espaço diferente, de bom gosto e cuidadosamente pensado para um atendimento especial ao congressista”, adianta Tatiane Siqueira, gerente de relações

médicas da empresa.

O quadro de palestrantes internacionais também está completo, com renomados especialistas ansiosos por encontrar seus colegas

brasileiros. Veja nas próximos páginas.

Congressode ORL

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julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br12 | Revista VOX OTORRINO

Congresso de ORL

Ilustres palestrantesO 43º Congresso Brasileiro terá uma variada programação internacional com palestrantes renomados de todas as especialidades. Conheça os outros nomes estrangeiros confirmados.

Dr. Thomas Robbins - Laringe e vozDr. Thomas Robbins é professor na Divisão de Otorrinolaringologia - Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Southern Illinois School of Me-dicine e diretor do Instituto de Câncer no SIU Simmons University. Ganhou reconhecimento internacional por suas contribuições no cam-po da oncologia de cabeça e pescoço. Ele é autor de mais de 160 publicações científicas e editou vários livros.

Dr. Richard A. Cole - OtologiaAnsioso com sua primeira visita ao país, o Otologista afirma ter notado crescente contribuição científica dos pesquisadores brasileiros e prepara uma pales-tra sobre avanços nas descobertas sobre incidência de colônias de bactérias em doenças como otite média crônica, otite externa crônica, amigdalite crô-nica, sinusite crônica e infecções em implantes.

Dr. Ofer Jacobowitz - Medicina do SonoRecentemente eleito presidente da cadeira de distúrbios respiratórios do sono da Academia Americana de Medicina do Sono, Dr. Jacobo-witz tem uma longa experiência na área e deve abordar os últimos avanços científicos e tera-pêuticos para o tratamento desses distúrbios em sua palestra.

Dra. Sharon Cushing - ORL Pediátrica A especialista canadense se diz impressionada com a qualidade e inovação do trabalho realizado no Bra-sil. Dedicada às pesquisas em otologia pediátrica, incluindo implante coclear, Dra. Sharon adianta que, em sua palestra, deve abordar suas conclusões em estudos sobre equilíbrio, osso vestibular e a relação desses aspectos com a perda auditiva.

Dr. Guillermo Campos - Laringe e VozO colombiano Guillermo Campos é membro fundador, ex--presidente e atual Secretário-Geral da Associação Latino--Americana de Laringologia e Fonocirurgia, Ex-Presidente da Associação Internacional de fonocirurgia e membro de importantes entidades internacionais no campo da larin-gologia. Reconhecido internacionalmente por seu trabalho sobre o refinamento das técnicas cirúrgicas para melhorar a qualidade da voz e a permeabilidade das vias aéreas.

Dr. Craig Derkay - ORL Pediátrica

Dr. Martin Desrosiers - Rinologia

Dr. Clark Rosen - Laringe e Voz

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13Revista VOX OTORRINO |julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br

Congressode ORL

Ilustres palestrantesO 43º Congresso Brasileiro terá uma variada programação internacional com palestrantes renomados de todas as especialidades. Conheça os outros nomes estrangeiros confirmados.

Dr. Richard Harvey - RinologiaO australiano viveu um período em São Paulo, durante o fellowship com Dr. Aldo Stamm, e afirma ter experimentado o verdadeiro “paulistan way of life”. Entusiasmado com a visita à cidade, Dr. Harvey afirma que o Brasil tem um crescente grupo de pesquisadores com excelente capa-cidade científica que deve acelerar a especialidade em poucos anos.

Dr. Guillermo SanJuán de Moreta - RinologiaO médico espanhol, espe-cializado em Rinologia e Otoneurologia, conhece o Brasil desde que fez o fello-wship no Instituto Felippu. Desde 2006, é médico ad-junto do serviço de Otorri-nolaringologia do Hospital Geral Universitário Gregorio Marañon.

Dr. Philippe Rombaux - Cirurgia PlásticaEm sua primeira visita ao país, Dr. Rombaux já antecipa que irá lamentar por não ter mais tem-po para conhecer o Brasil, em especial o litoral e as Cataratas do Iguaçu. O especialista belga diz ser difícil comparar o estágio em que a ci-rurgia plástica brasileira se encontra em relação à belga. “A Bélgica é muito pequena, tem um hospital a cada cinco quilômetros. Seria uma comparação injusta”, afirma. Em sua palestra, vai abordar a relação entre o olfato, a cirurgia do nariz e a obstrução nasal.

Dr. Lars Nielsen - OtologiaProfessor e consultor do Departamento de Clínica Médica, Neurologia, Psiquiatria e Ciências Senso-riais, do Hospital Rigshospitalet, em Copenhagen, Dr. Nielsen tem uma extensa atuação e pesquisa em distúrbios auditivos e de fala relacionados.

Dr. Wolfgang Gubisch - Plástica

Dr. Jean Pierre Bebear - Otologia

Dr. Claudio Vicini – Medicina do SonoO especialista italiano espera encontrar o alto nível dos profissionais brasileiros nas contribui-ções científicas. Colaborador de longa data de especialistas brasileiros de Medicina do Sono, em sua palestra no Congresso Brasileiro, irá compartilhar seu conhecimento na especialida-de do sono e cirurgia robótica.

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Congresso de ORL

8h às 8h15Introdução - A importância de conceitos de gestão na prática médica

8h15 às 9h15A prática médica como negócio

9h15 às 10h30Introdução aos conceitos de marketing

11h às 11h45Requisitos legais mínimos para consultórios e clínicas

11h45 às 12h30Controle financeiro: custos fixos, variáveis, margem e conceitos de retorno financeiro

14h às 15h30Conceitos básicos de negociação

16h às 16h45Relacionamento com hospitais

16h45 às 17h30Relacionamento com fontes pagadoras

17h30Conclusões gerais e encerramento

INTERVALO

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INTERVALO

uma noite de gala!A cerimônia de abertura do 43º Congresso Brasileiro acontecerá na Sala

São Paulo, dia 20 de novembro, às 20h. Não fique de fora! Saiba mais.

Programação Pré-Congresso

» A solenidade será realizada na Sala São Paulo, com apresentação da Orquestra Filarmônica Bachiana SESI-SP, sob a regência do maestro João Carlos Martins.

» O auditório tem espaço limitado. Acesse www.aborlccf.org.br/abertura e faça sua reserva.

» Os assentos no auditório estão garantidos para as primeiras 1.200 reservas. Outras 600 reservas serão aceitas para assistir ao espetáculo por meio de telões posicionados no foyer do auditório.

» Os convites numerados deverão ser retirados no Anhembi, na secretaria do Congresso, unicamente no dia 20 de novembro, das 8h às 15h.

» A reserva de vagas é exclusiva para os inscritos no Congresso. Cada congressista terá direito a um acompanhante mediante a compra de um ingresso, no valor de R$ 150,00.

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Sintano bolso!

Painel de honorários a ser apresentado durante o Pré-Congresso mostra as diferenças de remuneração nos procedimentos de ORL em vários estados e discute soluções regionais bem-sucedidas.

Por Eliana Antiqueira

DefesaProfissional

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DefesaProfissional

Colaboradores: Rodrigo dos Santos Pêgo (Rio de Janeiro) Bruno Almeida A. Rossini (São Paulo) Maria Cristina C. Fanti (Goiânia)

Dr. Márcio Silva Fortini Presidente da Sociedade Mineira de ORL

Dr. Renato Breda BauabCoordenador do Grupo de Otorrinos Jaú-SP

Dr. Braz Nicodemo Neto Diretor Presidente do Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Dr. José Jarjura Jorge Jr. Professor Titular de ORL pela PUC/SP

Dra. Mara Edwirges Rocha GandaraCoordenadora do Comitê das Doenças ORL relacionadas ao trabalho da ABORL-CCF

Dr. Carlos Augusto Ferreira de Araujo Professor Titular de ORL pela Faculdade de Medicina de Petrópolis

Dr. Jamal Sobhi AzzamOtorrino com MBA Executivo em Gestão de Negócios - FGV/SP.

Dr. Casimiro Villela Junqueira FilhoMembro da Câmara Técnica de Otorrinolaringologia do CREMERJ

Dr. Eduardo Baptistella Presidente Associação Paranaense de Otorrinolaringologia

A medicina vive um momento ímpar na história do país. Nunca a profissão esteve tão em pauta e sob tanta aten-

ção da sociedade, seja pelas últimas decisões do governo federal, seja pela percepção da população de que os profissionais médicos também so-frem com o sistema de saúde vigen-te. Diante desse quadro tão atual, a comissão de Defesa Profissional, em parceria com o Comitê de Honorários e Tabelas Médicas da ABORL-CCF, prepara um painel nacional que mos-trará como são remunerados os pro-cedimentos mais frequentes da es-pecialidade e apresentadas soluções regionais. Esta atividade acontecerá no Pré-Congresso e será gratuita aos médicos inscritos no 43º Congresso Brasileiro. “Nosso objetivo com essa iniciativa é auxiliar nossos associados no relacionamento com o mercado de trabalho, seja junto às operadoras privadas de saúde ou com o SUS”, explica Dr. Agrício Crespo, presidente da ABORL-CCF.

A atividade no Pré-Congresso terá dois momentos. De manhã, será pro-jetada a tabela com dados nacionais que englobam o menor e o maior valor pago nos vinte procedimentos mais comuns em Otorrinolaringolo-gia. À tarde, será aberta a discus-são sobre as ações adotadas pelas cidades que apresentarem melhor remuneração. “Com essa amostra-gem, conseguiremos apontar não apenas as discrepâncias, mas, prin-cipalmente as soluções encontra-das. É uma oportunidade para troca de informações, de experiências e, quem sabe, até um primeiro passo para a unificação de honorários no futuro”, afirma Dr. Agrício.

Conheça os temas abordados do Painel Nacional de Honorários Médicos, durante o Pré-Congresso.

» Defasagem dos honorários médicos atualmente praticados;» Aspectos jurídicos da Saúde Suplementar;» A CBHPM no SUS: Perspectivas de implantação;» As Operadoras de Saúde e a implantação da CBHPM:

Contratos, reajustes e glosas;» Cooperativismo x Associativismo;» Histórico, estrutura, direitos e deveres dos cooperados;» Aspectos jurídicos e contábeis: regimento interno, estatuto,

tributação, lei nº 5764;» Painel dos Estados: experiências, contratos, honorários.

Painel nacional de honorários

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EditoriaHá 3 décadas aproximando pessoas!

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julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br18 | Revista VOX OTORRINO

Ouvido, Nariz e Garganta

Sucesso de público e mídiaCampanha digital e campanha itinerante se complementam, ampliam a diversidade de públicos e democratizam o acesso à informação.

Por Eliana Antiqueira e Caroline Borges

A comunicação vive hoje um momento peculiar em sua trajetória: a tão comen-tada, e pouco compreendida, convergência de mídias. Os veículos tradicionais - jornais, revistas, rádio e TV-, ganharam o suporte das redes sociais. “Engana-se quem pensa que as mídias sociais, eletrônicas e impressas são concorrentes.

Elas são complementares.”, afirma Antônio Rosa Neto, criador da primeira empresa espe-cializada em mídia do Brasil, a Dainet Multimídia.

A campanha “Ouvido, Nariz e Garganta: cuide e viva melhor”, foi baseada neste conceito de complementaridade. A campanha itinerante percorreu dez cidades em quatro meses, recebeu a atenção de 60% da imprensa nacional, com destaques para matérias veicula-das no Jornal Nacional, programa Bem-Estar e Domingo Espetacular, entre outros. Ape-nas no eixo Rio-São Paulo, atingiu mais de 11,5 milhões de espectadores. Além disso, os filmetes institucionais sobre a campanha tiveram mais de 4.300 inserções ao longo da programação da Rede Globo, parceira da ABORL-CCF.

Em paralelo à mídia tradicional, a campanha ganhou força no Facebook, com mais de 1,5 milhão de visualizações. O site www.ouvidonarizegarganta.org.br recebe cerca de 500 visitas diárias, com média de 150 compartilhamentos em cada post. A comunicação direta com o público ganhou o apoio dos anúncios veiculados no Jornal Metrô, de distri-buição gratuita; e nas revistas Saúde e Reader´s Digest.

O formato da campanha “Ouvido, Nariz e Garganta: cuide e viva melhor”, vem atingindo seus objetivos de comunicação e é possível afirmar que vem batendo todos os recordes de público. Veja, nas próximas páginas, os números da campanha.

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Ouvido, Nariz e Garganta

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São Paulo: De 14 a 16 de abril, a campanha iniciou sua jornada no Parque Ibirapuera juntamente com a 15ª Campanha Nacional da Voz, que contou com a exposição da boca gigante e apoio da Academia Brasileira de Laringologia e Voz (ABLV). Destaque para entrevistas à Folha de S. Paulo, Metro News e Catraca Livre.

Curitiba: de 3 a 5 de maio, a campanha esteve no Parque Barigui, com cobertura dos principais ve-ículos da imprensa local: TV Globo (RPC TV), TV Bandeirantes, SBT, TV Record (RIC TV) e CATVE.

Salvador: a campanha na Praça Bahia Sol teve sucesso de público e cobertura de imprensa da TV Globo (TV Bahia), SBT (TV Aratu), Rádio Me-trópole, TV Canal 9 e Jornal A Tarde.

Belém: de 28 a 30 de junho, a campanha na Pra-ça da República obteve um grande interesse de público e dos agentes públicos de saúde nas pa-lestras. Cobertura da TV Globo, SBT, TV Band, TV Cultura, Rádio CBN, Jornal O Liberal e Agên-cia Pará de Notícias.

Recife: a campanha recebeu centenas de pernam-bucanos no Parque Dona Lindu e foi destaque na TV Globo, TV Jornal, TV Clube e Rede Brasil.

Porto Alegre: a ação no Parque Moinhos de Ven-to, realizada entre os dias 26 e 28 de julho, obteve grande interesse de público e mídia. Destaque para cobertura da TV Globo (RBS), SBT, TV Record e Correio do Povo.

Rio de Janeiro: entre os dias 17 e 19 de maio, a campanha foi realizada no Parque Quinta da Boa Vista juntamente com a “Ação Global”, projeto so-cial da Rede Globo em parceria com o SESI.

Brasília: na Praça Sarah Kubitschek foi realizada em conjunto com a campanha “Respire Pelo Nariz e Viva Melhor 2013”. Sucesso em todo o país, a inicia-tiva foi promovida em parceria com a Academia Bra-sileira de Rinologia (ABR) nos dias 14 e 15 de junho.

Fortaleza: a campanha foi sucesso na Avenida Beira Mar, com diversas palestras para agentes de saúde e público leigo. Grande interesse da im-prensa local. Destaque para TV Globo (TV Verdes Mares), TV Cidade, TV União e Rádio CBN.

Aracaju: de 26 a 28 de julho, a ação de encerra-mento no Parque da Sementeira despertou grande interesse dos agentes públicos de saúde e do pú-blico geral. O evento foi destaque na TV Globo (TV Sergipe), TV Brasil (Aperipê) e TV Atalaia (Record), dentre outros.

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ItinerárioConfira os destaques de cada parada do caminhão da campanha “Ouvido, nariz e garganta: cuide e viva melhor”:

Page 20: Revista Vox Otorrino - Nº 136

Campanha da ABO RL-CCF bate todos os recordes

Mais de 50 milhões de pes soas impactadas pela mídia, re des sociais e propaganda

4,2 mil inserçõesdos filmetes sociais

Metro4 milhões de pessoas

Saúde3,6 milhões de pessoas

Seleções3,1 milhões de pessoas

60% de cobertura da mídia nacional

SP RS PR RJ BA DF PA CE PE SE

80%

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35% 30

%25%

60%

Retorno financeiro25x o valor investido na Campanha itinerante

FacebookMais de 1,5 milhão de visualizações

Mais de500 visitas

por dia

no site da Campanha

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Campanha da ABO RL-CCF bate todos os recordes

Mais de 50 milhões de pes soas impactadas pela mídia, re des sociais e propaganda

4,2 mil inserçõesdos filmetes sociais

Metro4 milhões de pessoas

Saúde3,6 milhões de pessoas

Seleções3,1 milhões de pessoas

60% de cobertura da mídia nacional

SP RS PR RJ BA DF PA CE PE SE

80%

60%50

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70%

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35% 30

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Retorno financeiro25x o valor investido na Campanha itinerante

FacebookMais de 1,5 milhão de visualizações

Mais de500 visitas

por dia

no site da Campanha

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Institucional

Troca de experiências em OtoneurologiaEnriquecer o debate clínico em Oto-neurologia. Essa foi a proposta do encontro de cerca de quarenta Otor-rinolaringologistas no dia 3 de agosto na sede da ABORL-CCF. O curso, di-vidido em quatro módulos, se desen-rolou ao longo do dia com apresen-tação de casos clínicos – quadros, diagnósticos prováveis e possibilida-des terapêuticas - a partir de doenças relacionadas à tontura e ao equilíbrio.

A relevância desse tipo de curso é permitir a discussão de casos da prá-tica clínica diária, dinamizando o aten-dimento, como coloca a Dra. Raquel Mezzalira, coordenadora do Departa-mento de Otoneurologia da Associa-ção. “Foi uma troca de experiências muito produtiva.”

Um novo encontro entre Otoneu-rologistas e interessados na área será realizado em 6 de dezembro. As inscrições para participação no curso “Highlights em Otoneurologia” serão abertas no site www.aborlccf.org.br/otoneuro. Mais informações: (11) 5053-7500.

Eleições acontecem em outubro e novembro

Aprimorando conhecimentos em Foniatria

Entre os dias 28 de outubro e 11 de novembro, será realizada pelo site www.aborl-ccf.org.br a eleição para diretor segundo vice-presidente da ABORL-CCF, cujo candidato único é o Dr. Domingos Hiroshi Tsuji.

Dr. Domingos Hiroshi Tsuji é professor asso-ciado e livre docente do Departamento de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da USP, ex-presidente da ABLV e ex-diretor de eventos da ABORL--CCF. Ele definiu sua plataforma como uma administração demo-crática, com ampla administração dos as-sociados e dignificação da especialidade.

Notícias ORLFotos: Vicent Sobrinho

A primeira das dez aulas do Curso Extensivo em Fo-niatria foi realizada no dia 10 de agosto na sede da

ABORL-CCF. Este primeiro módulo reuniu cerca de 60 alunos, que as-sistiram às explicações dos douto-res Alfredo Tabith, Mariana Fávero, Ariovaldo Silva, Simone Hage e Ana Paula Dualibi.

Para o coordenador do Depar-tamento de Foniatria da asso-ciação, Dr. Arnaldo Guilherme, a demanda do mercado por co-nhecimentos científ icos na área ficou evidente com a participa-ção dos médicos. “O curso foi criado este ano e já demonstrou que tem fôlego para muitas edi-ções. A aceitação por parte dos colegas Otorrinos reflete uma re-alidade dos consultórios, onde há uma grande demanda de pacien-

tes e poucos foniatras”, explica. O secretário do mesmo departa-mento, Dr. Ariovaldo Silva, acres-centa: “este curso é importante porque aprimora o trabalho clí-nico e oferece mais qualidade no atendimento ao paciente”.

Os módulos mensais serão disponibi-lizadas em DVD aos participantes.

Primeira edição do Curso de Foniatria recenbeu mais de 60 ialunos

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Institucional

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AcademiaAmericana

Uma das cidades mais vibrantes do Canadá, Vancouver será, por cinco dias, a casa de milhares de Otorrinolaringologistas do mundo todo. De 29 de setembro a 3 de outubro, a cidade da Colúmbia Britânica receberá a 117th Annual Meeting &

OTO EXPO, o congresso da Academia Americana de ORL.

Eleita por duas vezes pela imprensa internacional como “a melhor cida-de do mundo para se viver”, Vancouver oferece uma combinação ímpar de hotéis luxuosos, centros de convenções, lazer e restaurantes em um cenário que reúne a atmosfera cosmopolita das grandes cidades com uma paisagem que funde céu, mar e montanhas.

A cada edição do AAO-HNSF e OTO-EXPO, cerca de 6 mil especialis-tas se reúnem para 28 horas contínuas em cursos de instrução, minis-seminários e palestras científicas. A delegação brasileira é, geralmente, um dos maiores grupos estrangeiros, e a maior da América Latina, com mais de quinhentos Otorrinos presentes no evento.

Canadá à espera da Academia AmericanaVancouver será a sede do evento que acontece de 29 de setembro a 3 de outubro

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Atrações da cidadeVancouver oferece para seus visitantes belas praias, par-ques e montanhas. Destaque especial para as praias de Kit-silano e English Bay. Há tam-bém belos parques, como o Stanley Park, onde se pode nadar, fazer caminhadas, jo-gar golfe ou mesmo curtir um piquenique com deslumbran-te vista para o mar.

Estaremos lá!A ABORL-CCF estará presente com dois estandes (947 e 848) na OTO-EXPO. Nossas publicações, BJORL e Tratado de ORL, ficarão expostas para consulta e divulgação.

Não perca a foto!A tradicional foto dos participantes acontecerá dia 30 de se-tembro, às 13h. Esteja lá e registre este momento.

Mais informaçõesA programação completa da grade científica e atividades paralelas estão disponíveis no site do evento: http://entannualmeeting.org/13/.

Centro de Convenções de Vancouver, sede do Congresso da Academia Americana deste ano

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Editoria

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Capa

REGI

MEN

TO DIRETOR ExEcuTIvO

EvENTOS

Raízes para o futuroO restabelecimento do cargo de diretor executivo, a criação de um departamento de eventos e a redação de um regimento interno lança as bases para que a ABORL-CCF mantenha seu plano de expansão sem personalismos.

Por Eliana Antiqueira

Quanto mais robusto um edi-fício, mais profundas são suas bases. Essa analogia ilustra a importância de

decisões tomadas pela atual ges-tão, com Dr. Agrício Crespo à fren-te da presidência da ABORL-CCF. Atos administrativos podem parecer banais para quem observa de fora, mas fazem toda a diferença a longo prazo, quando o estabelecimento de procedimentos e a profissionalização de setores fundamenta o futuro. “É um trabalho invisível à grande massa de associados, mas é um fundamen-to indispensável e estratégico para o crescimento e a consolidação da ABORL-CCF como entidade repre-sentativa, forte e influente”, explica.

O primeiro passo para essa cami-nhada rumo à independência política foi o restabelecimento do cargo de diretor executivo, hoje ocupado por Eduardo Tadeu Lima e Silva. “A Asso-ciação tem de se desenvolver inde-pendentemente de quem esteja sen-tado na cadeira da presidência. Para isso, a presença de um executivo, profissional e apolítico, é essencial. Sua função é alcançar os melhores resultados para a entidade, não para o presidente”, afirma Dr. Agrício.

Dr. Agrício Crespo: estabelecendo as bases para o crescimento da ABORL-CCF

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Capa

Fluxograma organizacional: atribuições definidas

EVENTOS

DIREX

COM | PUBL

E M C

ÉTICA

DEFESA PROF

DIRETOR EXECUTIVO

RESIDÊNCIA EVENTOS A D M FINANCEIRO JURÍDICO

BJORL PROJETOSCAMPANHAS

CURSOSACADEMIAS

Toda tramitação será intermediada pelo Diretor Executivo, que fará os procedimentos de viabilidade,

aprovação junto a Direx e operacionalização

Outra decisão estratégica foi a criação de um Departamento de Eventos. “Eventos, nacionais ou internacionais, são vitrines da As-sociação. Precisamos nos colocar de forma profissional, refletir a pu-jança da entidade equilibrada polí-tica e financeiramente que somos, e saber capitalizar oportunidades. Com esse objetivo, voltaremos a patrocinar os eventos das socie-dades regionais e estaduais. A multiplicação desenfreada desses eventos é nociva a todos. Às re-gionais e estaduais porque se sen-tem abandonadas, aos eventuais patrocinadores, que são canibali-

zados com essa pulverização e à própria ABORL-CCF, porque enfra-quece seu caráter federativo. Nós representamos os Otorrinolaringo-logistas e devemos estar alinhados nas propostas e nos propósitos”, esclarece o presidente.

Por fim, acaba de ser aprovado pela Diretoria um regimento interno, que estabelece normas regulamenta-doras para o desenvolvimento dos trabalhos das comissões, comitês, departamentos. O regimento prevê que as ações tenham caráter edu-cativo, captação de recursos ade-quada, comunicação visual padro-

nizada, entre outros aspectos “O que observávamos na ABORL-CCF até hoje é que cada gestão co-meçava do zero, sem acúmulo de aprendizado, nem continuidade de ações. O regimento interno foi cria-do em consonância com o estatuto social da Associação e disciplinará os aspectos de organização e fun-cionamento da nossa estrutura. A normatização das relações entre as Academias, os Departamentos, as comissões e a Diretoria Executiva, assim como as definições de estru-turas funcionais, deixam claras as responsabilidades e os deveres de todos”, conclui Dr. Agrício Crespo.

A tecnologia Zumbido Multiflex tem como objetivo principal reunir as várias abordagens de terapia sonora para o gerenciamento de zumbido e as preferências específicas de cada paciente. Além disso, disponibiliza um aparelho auditivo com as mais avançadas características como o Eliminador de Feedback PureWave, Voice iQ2, Direcionalidade Invision e Spectral iQ, capazes de oferecer o melhor em qualidade sonora e clareza na fala. A solução ideal para aqueles que sofrem com o zumbido com ou sem perda auditiva.

Para maiores informações ligue: 0800-7720654

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Editoria

A tecnologia Zumbido Multiflex tem como objetivo principal reunir as várias abordagens de terapia sonora para o gerenciamento de zumbido e as preferências específicas de cada paciente. Além disso, disponibiliza um aparelho auditivo com as mais avançadas características como o Eliminador de Feedback PureWave, Voice iQ2, Direcionalidade Invision e Spectral iQ, capazes de oferecer o melhor em qualidade sonora e clareza na fala. A solução ideal para aqueles que sofrem com o zumbido com ou sem perda auditiva.

Para maiores informações ligue: 0800-7720654

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Capa

Preâmbulo

Pela sua intervenção cada vez mais abrangente, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial desenvolveu internamente uma estrutura complexa, a qual, por si im-plica na necessidade de adoção de um Regimento Interno que clarifique a funcionalidade da Associação, com-plementando o regramento do seu Es-tatuto Social.

Capitulo I

Da Finalidade do Regimento Interno da ABORL-CCF

Art. 1º - O presente Regimento Inter-no, em consonância com as diretrizes estabelecidas no Estatuto Social da ABORL-CCF, disciplinará os aspectos de organização e funcionamento de sua estrutura organizacional, consis-tente em seus Departamentos e Co-missões, ambos integrantes de sua estrutura administrativa, comandados pelo Conselho Administrativo e Fiscal, Diretoria Executiva e Assembléia Geral, organismos então especificados no Es-tatuto Social da associação.

Capitulo II

Da Estrutura Organizacional

Art. 2º – A organização estrutural da ABORL-CCF se fará por intermédio:

I – da Diretoria Executiva;

II - do Diretor Executivo;

III - das Comissões Permanentes, e Transitórias;

IV – dos Departamentos e Comitês;

V- das Academias.

Capitulo III

Das Competências Organizacionais

Seção I

Da Diretoria Executiva

Art. 3º - A Diretoria Executiva tem como função o desenvolvimento e delibera-ção de todas as atividades concernen-tes a regular administração da ABORL--CCF.

Parágrafo único - Todas as atividades classificadas como reuniões, fóruns, solenidade de posse, campanhas, en-tre outros, e comunicações emanadas desta Diretoria Executiva deverão tra-mitar pelo Departamento de Eventos, Comissão de Eventos e Cursos e Co-missão de Comunicações e Publica-ções para formatação e viabilização.

Seção II

Do Diretor Executivo

Art. 4º - O Diretor Executivo tem como função a gestão de todas as atividades administrativas da ABORL-CCF, bem como a coordenação da relação da entidade com seus associados, além de auxiliar os demais departamentos, comissões e comitês da associação no desenvolvimento de suas atividades, bem como eventual suporte as aca-demias conveniadas e que interagem com a Associação.

Parágrafo primeiro – O Diretor Exe-cutivo valer-se-á dos departamentos operacionais no planejamento, organi-zação e viabilização dos projetos ema-nados das comissões permanentes e transitórias, comitês, departamentos e academias.

Parágrafo segundo – É de responsa-bilidade do Diretor Executivo a celeri-dade dos processos que envolvem as solicitações especificadas no parágra-fo primeiro deste artigo, para os quais deverá, obrigatoriamente, reportar-se a Diretoria Executiva para aprovação final.

Seção III

Das Comissões Permanentes

Art. 5º - A Comissão de Eventos e Cur-sos tem como função a realização das atribuições previstas no artigo 52 do Estatuto Social da ABORL-CCF.

Parágrafo primeiro – Todos os even-tos, de qualquer natureza, deverão ser avaliados pelo Departamento de Even-tos e Comissão de Eventos e Cursos que receberá a solicitação das demais comissões, comitês, departamentos e academias. O braço operacional da comissão de eventos e cursos será o

departamento de eventos e suas su-báreas: captação de recursos, plane-jamento financeiro e organizacional, prospecções de novas ações, desen-volvimento da comunicação visual, en-tre outros. Sendo certo que nenhum evento poderá ser realizado sem a tra-mitação descrita acima.

Parágrafo segundo – Define-se como evento, exemplificando, porém não li-mitando a: Congresso Brasileiro; Cur-sos de extensão; Campanhas; Posse da Diretoria; Exame de Suficiência para obtenção de Titulo de Especialista; Exame de Suficiência para Certificação em Área de Atuação; Fóruns de Direto-ria e Apoio a cursos, entre outros.

Art. 6º - A Comissão de Ética e Discipli-na têm como função a realização das atribuições previstas no artigo 53 do Estatuto Social da ABORL-CCF.

Parágrafo único – Todas as atividades classificadas como eventos e comu-nicações emanadas desta comissão deverão tramitar pelo Departamento de Eventos, Comissão de Eventos e Cursos e Comissão de Comunicações e Publicações para formatação e via-bilização.

Art. 7º - A Comissão de Residência e Treinamento tem como função a re-alização das atribuições previstas no artigo 54 do Estatuto Social da ABORL--CCF.

Parágrafo primeiro – As comunica-ções emanadas desta comissão, bem como, vistorias periódicas aos serviços de residência e especialização, deslo-camentos, fóruns e reuniões deverão ser formatados e viabilizados pelo De-partamento de Eventos, Comissão de Comunicações e Publicações e Comis-são de Eventos e Cursos.

Parágrafo segundo – Definem-se como serviços de residência e especialização aqueles reconhecidos pela ABORL--CCF e/ou credenciados pelo MEC, os quais serão vistoriados de acordo com a periodicidade descritas nos itens “a” a “e”, aprovadas em Assembléia Geral da ABORL-CCF.

a) Serviços classificados como “A” – a

Leia o Regimento Interno na íntegra.Regimento Interno da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORL-CCF)

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31Revista VOX OTORRINO |julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br

Capa

cada 06 (seis) anos

b) Serviços classificados como “B+” e “B” – a cada 05 (cinco) anos

c) Serviços classificados como “C+” e “C” – a cada 04 (quatro) anos

d) Serviços classificados como “D” – Anualmente, e,

e) Serviços classificados como “E” – Semestralmente.

Art. 8º - A Comissão de Título de Espe-cialista tem como função a realização das atribuições previstas no artigo 55 do Estatuto Social da ABORL-CCF.

Parágrafo único – Todas as atividades classificadas como eventos e comu-nicações emanadas desta comissão deverão tramitar pelo Departamento de Eventos, Comissão de Eventos e Cursos e Comissão de Comunicações e Publicações para formatação e via-bilização.

Art. 9º – A Comissão de Defesa Pro-fissional tem como função a realização das atribuições previstas no artigo 56 do Estatuto Social da ABORL-CCF.

Parágrafo único – As atividades clas-sificadas como reuniões, seminários, cursos, fóruns, comunicados deverão tramitar pelo Departamento de Even-tos, Comissão de Eventos e Cursos e Comissão de Comunicações e Pu-blicações para formatação e viabiliza-ção.

Art. 10 - A Comissão de Educação Médica Continuada tem como função a realização das atribuições previstas no artigo 57 do Estatuto Social da ABORL-CCF.

Parágrafo primeiro - As atividades desta comissão são de duas nature-zas: cursos e publicações.

Parágrafo segundo – Os cursos de educação médica continuada serão direcionados ao Departamento de Eventos e Comissão de Eventos e Cursos para formatação ordinária. As publicações deverão ser encaminha-das para formatação e viabilização da Comissão de Comunicações e Publi-cações.

Art. 11 - A Comissão de Comunica-ções e Publicações tem como função a realização das suas atribuições pre-

vistas no artigo 58 do Estatuto Social da ABORL-CCF.

Parágrafo único – A Comissão de Co-municações e Publicações deverá ava-liar e formatar todas as solicitações de publicação de qualquer natureza ad-vindas das comissões permanentes e transitórias, comitês, departamentos e academias. O braço operacional des-ta comissão será o departamento de eventos e suas subáreas, tais como, captação e criação.

Art. 12 - A Comissão do Brazilian Jour-nal of Otorhinolaryngology tem como função a realização das atribuições previstas no artigo 59 do Estatuto So-cial da ABORL-CCF.

Parágrafo único – Todos os eventos e comunicações emanados desta comissão deverão tramitar pelo De-partamento de Eventos, Comissão de Eventos e Cursos e pela Comissão de Comunicações e Publicações.

Art. 13 – As comunicações e eventos emanados das Comissões Transitórias, Departamentos e Comitês deverão tramitar pelo Departamento de Even-tos, Comissão de Eventos e Cursos e Comissão de Comunicações e Publi-cações para formatação e viabilização.

Art. 14 - Definem-se como Academias: Sociedade Brasileira de Otologia, Aca-demia Brasileira de Rinologia, Acade-mia de Laringologia e Voz, Academia Brasileira de Otorrinolaringologia Pedi-átrica e Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face.

Parágrafo primeiro – De acordo com o Termo de Convênio assinado, em 15 de março de 2010 são Academias conve-niadas à ABORL-CCF: Sociedade Bra-sileira de Otologia, Academia Brasileira de Rinologia, Academia de Laringolo-gia e Voz e Academia Brasileira de Ci-rurgia Plástica da Face.

Parágrafo segundo – A época da as-sinatura do termo de convênio, em 15 de março de 2010, a Academia Brasileira de Otorrinolaringologia Pe-diátrica não estava legalmente cons-tituída, não sendo, por este motivo, mencionada no parágrafo primeiro deste artigo. Entretanto, no ato de aprovação deste regimento a Acade-mia Brasileira de Otorrinolaringologia Pediátrica encontra-se devidamente

constituída, e, portanto, aplicando a esta as regras e determinações do presente regimento interno, inclusive o especificado no parágrafo terceiro desta cláusula.

Parágrafo terceiro - Conforme cláu-sula terceira do termo de convênio de cooperação assinado pelas Acade-mias e ABORL-CCF todos os projetos de cursos, simpósios, campanhas oriundos das Academias deverão ser submetidos à Diretoria Executiva e Conselho Administrativo e Fiscal, via Diretor Executivo, para tramitação or-dinária de acordo com os processos operacionais da ABORL-CCF para analise, formatação e viabilização.

Capitulo IV

Das Disposições Gerais

Art. 15 - Todas as solicitações ema-nadas das comissões permanentes, transitórias, departamentos, comitês e academias serão intermediados, obri-gatoriamente, pelo Diretor Executivo não havendo comunicação direta entre os departamentos operacionais e esta-tutários.

Art. 16 – Todos os projetos que gerem custos e/ou captação de recursos de-verão obrigatoriamente ser apresen-tados pelas comissões permanentes, transitórias, departamentos, comitês e academias com antecedência mínima de 90 (noventa) dias de sua realização.

Art. 17 – O presente Regimento pode-rá ser alterado por deliberação da As-sembléia Geral, mediante proposta da Diretoria Executiva ad referendum do Conselho Administrativo e Fiscal.

Art. 18 – Todas as omissões ao pre-sente Regimento serão resolvidas pela Diretoria Executiva com exceção das normas disciplinadas pelo Estatuto Social; sendo que persistindo alguma dúvida serão dirimidas e alteradas em Assembléia Geral.

Art. 19 – A ordem organizacional das Comissões previstos neste Regimen-to Interno está definida no fluxograma constante do Anexo I, o qual é parte integrante deste documento.

Art. 20 – Este Regimento é subordina-do ao Estatuto Social e entra em vigor a partir da sua aprovação em Assem-bleia Geral.

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ConexãoBrasília

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O escritório da ABORL-CCF de Brasília foi inaugurado em agosto com o intuito de abrigar os trabalhos do Comitê Conexão Brasília, grupo criado pela atual gestão para agir como interlocutor no Distrito Federal, defendendo os interesses da especialidade e dos associados.

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ConexãoBrasília

Brasília abre suas portas

O escritório do Comitê Brasília fica no Edifício Sede da Associação Médica de Brasília (AMBr), SCES Trecho 03 conjunto 06 sala 209 2.º andar Asa Sul. Venha conhecer.12

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O escritório da ABORL-CCF de Brasília foi inaugurado em agosto com o intuito de abrigar os trabalhos do Comitê Conexão Brasília, grupo criado pela atual gestão para agir como interlocutor no Distrito Federal, defendendo os interesses da especialidade e dos associados.

Fotos: Eliane Colado

O escritório da ABORL-CCF é vizinho à sede da Sociedade de Otorrinolaringologia de Brasília, cujo presidente, Dr. Fayez Bahmad Jr., é membro do Comitê Conexão Brasília.

Klébia Rodrigues Lima é a funcionária responsável pelo dia a dia do escritório. Entre suas funções, estão acompanhar o Diário Oficial da União e buscar oportunidades em que o comitê possa atuar.

Amplo e iluminado, o escritório prima pela funcionalidade. Os móveis estão dispostos a fim de permitir uma boa circulação e foi reservada uma área para reuniões.

O Comitê Conexão Brasília se reúne regularmente para acompanhar o andamento de assuntos de interesse da ABORL-CCF e prospectar oportunidades.

Dr. Fayez Bahmad Jr., Dra. Elienai Meneses e Dr. Ronaldo Granjeiro compõem o grupo, que conta ainda com Dra. Paula Lobo, Dr. Arthur Castilho e Dr. Geraldo Jotz.

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Depatamento de Eventos

Conheça o novo Departamento de EventosPara que um evento seja um sucesso é preciso dedicação, experiência, objetivos definidos e cálculos corretos. O novo Departamento de Eventos da ABORL-CCF reúne estes quesitos e conta com a ajuda preciosa de um parceiro externo.

Por Eliana Antiqueira

Quem já precisou planejar um evento, por mais simples que fosse, sabe quanto tempo e trabalho isso demanda. Des-

de a escolha do local ideal até os serviços que precisam ser contratados. No caso de uma associação com a dimensão da ABORL-CCF, é preciso considerar ainda a relevância para o associado, a impor-tância científica, o fator de atração para o patrocinador, o investimento aplicado e o retorno institucional. Para alcançar este delicado equilíbrio, a solução é profissio-nalizar. “A ABORL-CCF tem uma série de eventos - como o título de especialista, os congressos das Academias e os diver-sos cursos de formação – que não eram tratados como tal. Com a criação de um departamento dedicado, teremos mais possibilidades de divulgar a imagem da Associação assim como prospectar opor-tunidades, aqui e no exterior”, afirma Dr. Agrício Crespo, presidente da entidade.

Carlos Roberto da Silva, que por 13 anos esteve à frente do departamento finan-ceiro da ABORL-CCF, é o novo diretor de eventos da associação. Engana-se que Carlinhos, como é conhecido por todos, seja um estreante na área. “Sempre atuei na área financeira de grandes eventos. Meus últimos trabalhos antes de ingres-sar na ABORL-CCF foram desenvolvidos em empresas organizadoras da área, em equipes que cuidavam especificamente da área de saúde”, conta.

Dr. Carlos Boccio, presidente da Fede-ración Argentina de

Sociedades de Otorri-nolaringología (FASO)

prestigiou o estande da ABORL-CCF durante o 1ºEncuentro Brasilero-

-Argentino de ORL.

Dra. Fernanda Haddad e Dr. Agrício Crespo no encontro argentino

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Departamento de Eventos

Com o conhecimento intrínseco do funcionamento da entidade, dos seus associados, do estatuto e de toda en-grenagem administrativa, Carlinhos tem o objetivo de manter alinhada a estrutura do departamento, com análises de via-bilidade, prospecção de novos proje-tos, buscas de novas estruturas, novas parcerias e consolidar o departamento como um dos mais importantes canais de relacionamento com os associados.

Claúdia Varandas, há 8 anos no qua-dro de colaboradoras da ABORL-CCF, já trabalhava como Coordenadora de Eventos e responsável pela captação de recursos para as publicações da casa. “O desafio agora é maior, porque essas atividades estarão centralizadas na nos-sa equipe. Isso aumenta nossa respon-sabilidade, mas também nos estimula a encontrar soluções mais eficientes e au-menta o prazer com o trabalho”, afirma.

Para colaborar nesta empreitada, o de-partamento ganhou Aline Sampaio No-vaes. Relações Públicas formada pela Faculdade Cásper Líbero, com especia-lização em Business & Media pela Lon-don School of Business and Finance, a profissional chega com uma invejável bagagem de mercado que a credencia para os desafios que se apresentam. E fôlego ela já mostrou que tem.

Em pouco mais de dois meses de casa já está dedicada a organização do Workshop de 80 anos do Brazi-lian Journal of Otorhinolaryngology (BJORL), previsto para os dias 13 e 14 de Dezembro, a participação da ABORL-CCF em e ventos internacionais como o “1º Encuentro Brasilero-Argen-tino de ORL”, realizado nos dias 7, 8 e 9 de Agosto em Buenos Aires/Argenti-na e ainda o “AAO-HNSF 2013 Annual Meeting & OTO EXPO”, da Academia Americana, que acontece em Vancou-ver, de 29 de setembro a 2 de outubro. “Encaro essa oportunidade com muito entusiasmo, energia e força de vontade, a fim de fortalecer e consolidar nosso departamento como um canal ainda mais estruturado e dinâmico. Trabalhar com eventos é o que me faz brilhar os olhos e me sinto realizada com a minha profissão”, diz.

Em paralelo, a ABORL-CCF também conta com a parceria da empresa baia-na Eventus System. Com 40 anos de mercado, a Eventus, capitaneada por Emannuel Fontes, empresta sua reco-nhecida expertise como uma das maio-res empresas de congressos da Amé-rica Latina e organizadora de eventos médicos em vários estados do Brasil e

no exterior. A escolha de uma empre-sa fora do eixo Rio-São Paulo também é estratégica. “Quem vive em grandes metrópoles tem o olhar viciado e acaba não percebendo oportunidades que se apresentam. Além do mais, a ABORL--CCF é uma entidade nacional e bus-camos essa representação em nossos quadros”, conclui Dr. Agrício.

Aline Novaes: vivência internacional

Emannuel Fontes: 40 anos de expertise na realização de congressos

Carlos Roberto da Silva: experiência em gerência financeira de eventos

Claúdia Varandas: captação de recursos

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Especial

Tempo é dinheiro!Tempo é a moeda mais preciosa

do século XXI. Se tempo é dinheiro, é preciso saber

aproveitá-lo bem e fazê-lo render cada vez mais. Seu trabalho

agradece, sua família fica satisfeita e a sensação de satisfação

pessoal aumenta. É hora de apender a gerenciar este bem.

Por Sheila Godoi

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37Revista VOX OTORRINO |julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br

Especial

Tempo é dinheiro!T

empo é o maior tesouro do ser humano. Podemos pro-duzir mais dinheiro, mas é im-possível fazer voltar os pon-

teiros do relógio. Cada minuto conta e, para não desperdiçar horas precio-sas da vida em tarefas dispersivas ou improducentes, a fórmula é simples de entender, mas difícil de adotar: organização, regras e disciplina. Este trinômio é resume a capacidade de gerir bem as atividades do dia a dia, seja em casa, no trabalho, no lazer ou nos estudos.

A queixa mais comum que se ouve diariamente é: “trabalho, trabalho, trabalho e não vejo resultado!”. Essa sensação de ter feito muito e, ao mesmo tempo, não ter rendido nada, tem explicação: temos a tendência a escolher tarefas mais agradáveis – e geralmente, menos importantes -, em detrimentos de assuntos mais relevantes e trabalhosos. Por isso, a necessidade de identificar onde está o problema e desenvolver uma estra-tégia de gestão do tempo, do curto para o longo prazo.

Dr. Bruno Rossini é Otorrinolaringolo-gista e aprendeu a gerenciar o tem-po para as atividades desde muito cedo. Ele não trabalha mais do que

oito horas diárias – pelo menos não de forma sistemática – e mantém duas agendas, física e virtual. “Evito guardar tarefas na memória. Escre-vo tudo o que posso”, diz. O espe-cialista participou da organização de dois cursos focados em gestão para Médicos e acredita que buscar ajuda profissional nesse sentido pode abrir muitas portas. “É um assunto essen-cial para o desenvolvimento de nos-sas carreiras. Todos os médicos de-veriam ter noções básicas de tópicos relacionados à gestão”, aconselha.

A melhor maneira que Rossini en-controu para distribuir as tarefas profissionais ao longo da semana foi identificar o que mais lhe dava pra-zer – no caso, as funções ligadas ao consultório próprio. “Reservo cerca de seis horas por semana para gerir essa atividade”. No âmbito acadê-mico, o mestrado na Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) também de-manda dedicação e é, para ele, bas-tante gratificante. “Além disso, procu-ro ler pelo menos um texto de gestão ao dia, o que me ajuda bastante no desenvolvimento de minha carreira”, acrescenta, assumindo que fica um tempo razoável com a família, mas ainda não conseguiu estabelecer uma rotina de exercícios físicos.

Você é um procrastinador?Quem nunca adiou aquela tarefa chata que atire a primeira agenda. Pois é. Para o ser humano, é praticamente instintivo dar preferência àquilo que se tem pre-dileção e adiar as demais atividades. “Aquilo que gostamos de fazer, fazemos na hora. Isso é o mais natural. Quando não fazemos o que gostamos é porque há algo concorrendo: algo que envolva mais pressão por parte de outrem ou algo que requer urgência. A procrasti-nação acontece em relação às ativida-des mais difíceis, mais demoradas ou menos interessantes no curto prazo”, explica o Dr. Nicolau Pergher, professor do curso de psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Não há nada de errado em adiar uma ou outra tarefa de vez em quando, o problema começa quando isso se tor-na rotina, o que deixa as pessoas infeli-zes, improdutivas e com a sensação de que estão perdendo algo, como explica o especialista em gestão do tempo e produtividade e diretor da consultoria Triad OS, Christian Barbosa. “A pessoa fica com baixa autoestima e insegura. Alguns estudos indicam que procrasti-nadores são indivíduos mais propensos à depressão. Procrastinar de vez em quando não mata ninguém, mas fazê--lo a toda hora pode literalmente atrasar uma vida de resultados e equilíbrio.”

“Tempo é uma ciência. Aplicando uma metodologia, você terá resultados mais cedo ou mais tarde”,

Christian Barbosa, especialista em gestão do tempo e produtividade e diretor da

consultoria Triad OS.

Dr. Bruno Rossini: organização

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julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br38 | Revista VOX OTORRINO

Especial

O primeiro passo para evitar que es-ses adiamentos se tornem um proble-ma é identificar quais atividades agra-dam mais e quais agradam menos. Depois disso, é a hora de selecionar as prioridades e o motivo de seu descumprimento. O que vale mais a pena? Enfrentar (e eliminar) os desa-fios ou bancar as consequências do atraso? “É extremamente importante que a pessoa estipule pequenas me-tas – aquelas que possam ser cumpri-das e, com isso, gerar a sensação de que está sendo bem sucedido na sua realização. Apenas devem se propor a metas maiores quando as menores forem atingidas. Os objetivos de longo prazo servem para dar um rumo ao caminho que está sendo trilhado”, de-talha Pergher, que também é mestre e doutor em psicologia experimental.

Administrando bem para ter produtividadeDr. Bruno Rossini aplicou ao seu cotidiano algumas práticas sim-ples que resultam em um aumento certeiro da produtividade. Confira as dicas:

Organização

Saber dizer não

Planejamento

Delegar

Importante x Urgente

Um passo de cada vez

É preciso cuidar desde a caixa de entrada do e-mail à mesa de atendi-mento do consultório;

Aprender a negar tarefas é importan-te para não se sobrecarregar;

Agenda ou aplicativos em tablets ou smartphones podem e devem ser usa-dos. Memorizar todas as tarefas pode ser uma grande fonte de estresse;

Tudo que é delegável deve ser dele-gado à pessoa certa, mas é preciso também coordenar os resultados;

Realizar as tarefas com antecedência evita preocupação e um gasto des-necessário de energia;

É muito mais produtivo terminar uma tarefa iniciada do que começar outra atividade e tentar realizá-las ao mes-mo tempo.

Christian Barbosa: procrastinar é normal

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Especial

Sem extrapolar os limitesO excesso de prioridades, a falta de planejamento, desorganização, má utilização do e-mail e das redes so-ciais, condução de reuniões de forma desfocada, falta de objetivos claros, interrupções constantes e tentativas de se executar tudo ao mesmo tem-po. Tudo isso pode ser um entrave para distribuir as tarefas. “Essas coi-sas são reflexo da incapacidade de gerenciar bem o tempo. Por isso, é importante escolher e aplicar um mé-todo de gestão do tempo que seja eficaz”, explica Barbosa. O consul-tor Rubens Pimentel Neto concorda e recomenda: “Organizar o dia sub-sequente, no último momento do dia anterior. Isto ajuda a dormir melhor, de forma despreocupada, e, portan-to, a produzir melhor no dia seguinte”.

Mas, se as coisas não saírem como planejado... É hora de colocar em prá-tica o plano B! “É importante que as pessoas não mantenham sua rotina-no limite do que é possível, tem que se contar com alguma margem de erro, de flexibilidade”, coloca Pergher.

Isso vale também para as horas ex-tras. “O profissional precisa trabalhar melhor, de forma mais inteligente, uti-lizando melhor o tempo dele no dia a dia. Ele deve descobrir aquilo que mais consome seu tempo e trabalhar na redução desse item, aprender a priorizar com base em critérios de re-sultado para conseguir planejar e ter

Cultura a serviço do tempo

maior flexibilidade”, aponta Barbosa. Criar uma meta pessoal de redução do horário de trabalho, por exemplo, é um bom começo: se o médico tra-balha 12 horas por dia, a meta inicial pode ser reduzi-la em uma hora nos primeiros 60 dias. “Isso é realista, é ir aos poucos”, reflete.

Se uma tarefa é urgente, deixá-la se tornar uma emergência é assinar uma petição de estresse extra. Vale priorizar, mas só aquilo que deve re-almente ser priorizado e se houver uma obediência à lista de funções. “Comece com o primeiro item da lista e, enquanto estiver executando essa atividade, deixe o e-mail e o na-vegador fechado, ou seja, o foco está apenas naquilo. Terminou? Aí sim, vá passear no e-mail, na internet, etc. Isso é treino, disciplina, aprender a controlar não o tempo, mas os de-dos, a ansiedade e a atenção”, deta-lha. “É se autogerenciando que você se torna o senhor do seu tempo e não o escravo dele”, complementa Christian Barbosa.

É comum a divisão do dia em três partes de oito horas cada, separan-do trabalho, lazer e descanso. Mas a verdade é que não existe uma recei-ta pronta, nem uma fórmula mágica que funcione com algumas palavras e uma varinha. Disciplina e organi-zação são os grandes players desse jogo. “Definida a forma de gestão, seguir a risca significa executar o que foi planejado”, reforça Pimentel Neto. Daí em diante, é fazer o relógio traba-lhar a seu favor.

Para assistir...Protagonizado por Lázaro Ra-mos, o filme “Amanhã Nunca Mais” mostra a relação caó-tica do médico Walter com o tempo. O DVD custa R$ 16,90, na Livraria Saraiva.

Para ler...Em “A Tríade do Tempo”, Christian Barbosa traz um modelo de organização do tempo, para gerar produti-vidade no dia a dia (Editora Sextante, 256 páginas, R$ 29,90).

Dr. Nicolau Pergher: faça primeiro o que te dá menos prazer

Rubens Pimentel Neto: planeje seu dia

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Produção

nos bastidores da informaçãoSabe como é produzida a informação que chega até você? Comunicar é preciso e envolve muitos processos e colaboradores até que a notícia seja apresentada. Aqui, você vai conhecer cada etapa, desde a seleção de assuntos até a publicação final.

Por Sheila Godoi

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Produção

Quem não se comunica, se trumbica.” Chacrinha eter-nizou o chavão sobre a re-gra máxima da comunica-

ção. O fato é que é fundamental se comunicar. Seja com os clientes, com os pacientes, com os parceiros, com o público ligado indiretamente a uma empresa ou instituição.

Uma das comissões permanentes da ABORL-CCF é responsável pela co-municação com os associados. Di-vulgação de eventos, comunicados com os públicos internos e externos, manutenção do site, coordenação da revista institucional e renova-ção constante nas novas formas de transmitir a informação. Essas são al-gumas tarefas que competem à Co-missão de Comunicações, presidida pelo Dr. Edilson Zancanella.

Comunicar, aliás, nunca foi ou será uma tarefa fácil. São desafios cons-tantes. “Rádio, TV, internet, jornal, revista, celular, tablet... Somos bom-bardeados por notícias e informa-ções o tempo todo, das mais varia-das formas e fontes. A relevância da informação, sua aplicabilidade e o formato em que a recebemos são fundamentais para assimilar o que chega”, descreve Zancanella. Nesse contexto, qual é o maior desafio da comissão? “Passar uma mensagem focada, relevante e bem direcionada ao público ORL”, responde o médico.

De olho no público jovemCerca de 70% dos associados da ABORL-CCF têm até 35 anos, ou seja, é um público jovem. A mudan-ça no formato e no próprio conteúdo das publicações institucionais parte da ideia de que o conteúdo deve ter uma linguagem mais moderna e atu-al. “Isso vem se intensificando des-de a gestão dos Drs. Marcelo Hueb e Marcelo Piza, presidente e diretor da Comissão de Comunicações res-pectivamente, e ganhou força neste ano, durante a gestão do Dr. Agrício Crespo”, como ressalta Zancanella.

Dr. Edilson classifica as transforma-ções como parte de um processo de evolução e maturidade da Associa-ção. Conceitos como facilidade na navegação, funcionalidade e rapidez, por exemplo, nortearam o desen-volvimento da nova versão do site. “A ideia era tornar o visual objetivo e com menos banners na página inicial. Criamos mais páginas de navegação, procurando agregar um conteúdo di-versificado e acessível aos diferentes públicos. Evidenciamos itens notórios para a Associação, como o BJORL,

o congresso anual e o conteúdo para leigos”, ressalta Dr. Edilson.

A revista, por sua vez, ganhou uma marca e um nome. Com um novo projeto gráfico e editorial, a Vox Otorrino, como passou a ser cha-mada, trouxe novas seções e uma variedade de pautas de consul-toria, serviços e curiosidades. “O novo enfoque editorial busca trazer – além do conteúdo institucional – algo que possa entreter e expandir os conhecimentos”, conclui Dr. Edil-son Zancanella.

“ Quem somos nós?A equipe de produção é composta por médicos e colaboradores da agência de comunicação Estação Brasil Produção Editorial. Um a um, aqueles que integram os processos de produção da informação têm uma importância peculiar. “Cada etapa tem uma preocupação diferen-te. A nossa editora cuida com um carinho muito especial dos detalhes, desde a capa aos pormenores. A participação do nosso presidente é fundamental desde a sugestão das matérias ao parágrafo final. A equipe tem um enorme envolvimento”, diz Zancanella.

Dr. Agrício Crespo – Atua como editor-chefe, participando principalmente de fechamento das notícias para os veículos.

Dr. Edilson Zancanella – Presidente da Comissão de Comunicações. Coordena a manutenção do site e o desenvolvimento da revista, participando de todo o processo de produção da informação.

Claudia Varandas – coordenadora de eventos e responsável pela captação dos anúncios pu-blicados na revista Vox Otorrino.

Edson Parente – graduado pela FMU, é gerente de comunicação e relações com a imprensa da Estação Brasil.

Eliana Antiqueira – graduada pela Faculdade Cásper Líbero, tem passagem por renomadas editoras e empresas de comunicação.. É editora e jornalista responsável pela Vox Otorrino.

Sheila Godoi – graduada pela Universidade Anhembi Morumbi, a jornalista já trabalhou em pu-blicações do segmento de decoração, marketing e entretenimento. É a repórter do site da ABORL--CCF e da revista Vox Otorrino.

Caroline Borges – jornalista pela Universidade Cásper Líbero, é colaboradora do site da Asso-ciação e da revista.

Julia Candido – graduada em design gráfico pela Centro Universitário Belas Artes, com diversas especializações pela ESPM, é a profissional responsável pelo design da Vox Otorrino.

Gabriel Miranda – revisor do site da ABORL-CCF e da revista, formado em Letras pela UNIP.

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julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br42 | Revista VOX OTORRINO

Produção

Muitas vezes, quem recebe a revis-ta em casa não imagina os proces-sos pelos quais ela foi submetida até ficar pronta. “Realizamos uma reunião de pauta como preparativo para cada edição da Vox. Discuti-

mos ideias, sugestões e procuramos adequar tudo isso aos acontecimen-tos do período em que ela será dis-tribuída. Essas propostas são ava-liadas, assim como a sua viabilidade de produção em tempo adequado”,

destaca o presidente da comissão. Cada uma das etapas tem suas pe-culiaridades e tempo de realização, para que o processo final seja bem sucedido. Confira abaixo o passo a passo da produção:

1. Reunião de pauta:

Alguns assuntos são destacados durante uma reunião com o presidente da ABORL-CCF, o diretor de comunicação e a edi-tora. Nesse encontro são definidas as reportagens da próxima edição, as possíveis fontes de informação e os prazos.

2. Apuração:

Esse é o momento de levantar os dados que darão base para as matérias. As possibilidades de desdobramento dos assun-tos e uma prévia do seu desenho na página também fazem parte dessa etapa.

3. Entrevistas:

Os especialistas e as personagens que ilustrarão os textos participam dessa etapa, composta por alguns encontros, te-lefonemas e trocas de e-mails.

4. Redação:

A reportagens são desenvolvidas, a partir do levantamento de dados e das entrevistas realizadas.

5. Edição:

Com objetivo de afinar o formato das matérias e colocá-las em sin-tonia com o restante da publicação, os textos passam por edição.

6. Diagramação:

As páginas da revista são desenhadas e o conteúdo é aplica-do. Neste momento, a capa também é produzida, de acordo com as matérias de maior relevância. Para cada proposta de tema, são feitos diversos estudos de capa.

7. Revisão:

Toda a publicação é submetida à revisão, que é importante para eliminar erros e averiguar a coerência do texto.

Passo a passo

Vox Otorrino: da pauta à leitura

8. Aprovação:

A revista é impressa em uma gráfica rápida para a che-cagem e aprovação final. Dr. Agrício Crespo e Dr. Edilson Zancanella revisam a pré-impressão - “boneco”, em jargão editorial- e fazem a liberação para a gráfica.

9. Gráfica:

Antes da impressão final, a gráfica envia uma prova de co-res para que não haja erros nos anúncios.

10. Distribuição:

Ao lado de comunicados institucionais e do BJORL, a Vox Otorrino é entregue na casa dos associados. E você pode, então, aproveitar a leitura.

Page 43: Revista Vox Otorrino - Nº 136

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julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br44 | Revista VOX OTORRINO

Educação Continuada

O que há de novo?

Caríssimos colegas, temos recebido inúmeros elogios referentes à qualidade de nossos artigos de atuali-zação. Isso nos deixa muito felizes e entusiasmados para seguir com este projeto de Educação Médica Continuada. Boa leitura.

Dr. Renato Roithmann

Cirurgia Craniofacial na Síndrome da Apneia do Sono

Nos últimos dois anos, o trata-mento dos distúrbios respirató-rios do sono (DRS) continua a

ser uma das áreas de maior contro-vérsia na Otorrinolaringologia (ORL). A terapia com pressão positiva (CPAP) e o uso de aparelhos intraorais apre-sentam maior embasamento científico para a elaboração de recomendações. Enquanto a falta de estudos prospec-tivos randomizados com longo segui-mento, comparando as várias técnicas operatórias e seleção de pacientes, tem imposto margem para dúvidas na efetividade da abordagem cirúr-gica no tratamento dos DRS. Porém, mais construtivo do que incrementar essa discussão é mudar o ponto de vista e analisar outros dados curiosos. Lembrando que o termo Distúrbios Respiratórios do Sono engloba as Sín-dromes Apnéicas e Hipopnéicas (obs-trutivas, centrais ou mistas), o Ronco Primário e a Síndrome da Resistência das Vias Aéreas Superiores.

Há três anos, a Academia Americana de Medicina do Sono em suas reco-mendações para o tratamento cirúrgi-co dos DRS enfatizou que a uvulopa-latofaringoplastia (UPFP) não oferece adequado porcentual de resolução das síndromes apneicas moderadas a graves. Os procedimentos combi-

nados, sequenciais e baseados no to-podiagnóstico ganharam espaço nas recomendações cirúrgicas.1 Friedman, em 2004, já havia descrito que quando a cirurgia da base de língua é somada à UPFP em seu grupo de pacientes es-tágio III, o sucesso terapêutico passa de 8,1% para 43,8%. Nos pacientes estágio II passa de 37,9% para 74%.2 Contraditoriamente, um estudo recen-te nos Estados Unidos concluiu que aproximadamente 35.000 cirurgias para DRS são realizadas anualmente, mas somente 20% dessas incluem procedimentos na hipofaringe. Mui-to abaixo da prevalência de 55% das obstruções nesse nível.3,4 Fricke e cols demonstraram que 33% das crianças submetidas à adenotonsilectomia que mantinham DRS residual apresenta-vam hipertrofia de tonsila lingual não observada inicialmente.5

A somnoendoscopia aparece então como uma valiosa e acessível ferra-menta na avaliação topográfica da via aérea superior. Não há outra forma ob-jetiva de identificação das obstruções, por ptose da epiglote ou medicalização das aritenóides e tecidos redundantes, se não fazendo uso da endoscopia sob sedação. Para Soares e cols a supraglote é responsável por 15% dos sítios obstrutivos de forma isolada.6

Dr. Arturo Frick. Carpes Otorrinolaringologista associado do NOSP

Cirurgião Crânio Maxilo Facial Especialista

em Medicina do Sono

Doutorando no departamento de Cirurgia

Crânio Maxilo Facial do HC – FMUSP

Page 45: Revista Vox Otorrino - Nº 136

45maio / junho 2013 | www.aborlccf.org.br Revista VOX OTORRINO |

EducaçãoContinuada

Esse é o tipo de colapso que não irá responder à cirurgia em outros níveis, aprocedimentos esqueléticos ou even-tualmente ao CPAP. Não identificar obstruções em hipofaringe ou supra-glote e oferecer abordagem específica ao paciente se tornou algo que beira a imprudência.

Neste cenário, há um ano, Kezirian e cols caracterizaram fatores que afe-tam a decisão dos cirurgiões na sele-ção de procedimentos no tratamento dos DRS.7 Segundo os autores, este processo leva em consideração não somente a história do paciente, exame físico e outras avaliações relacionadas ao padrão obstrutivo, mas também o nível de evidência científica, a expe-riência pessoal do cirurgião, prefe-rências do paciente e a remuneração envolvida. Cirurgiões, especialmente profissionais sem formação em Me-dicina do Sono, reportam não terem sido treinados adequadamente para realizar procedimentos em hipofarin-ge (como avanço genioglosso, sus-pensão hióidea, glossectomia de linha media e estabilização da língua). Além disso, eles identificam essa deficiência como fator primário na seleção da téc-nica aplicada.

Guilleminault publicou há dois anos um estudo com mais de 400 crianças, evi-denciando que alterações craniofaciais

(como micrognatia, retrognatia, palato ogival e atresia maxilar) são muito mais frequentes que a hipertrofia adenoa-migdaliana em pacientes com DRS.8

Somando a isso, inúmeros artigos evi-denciam aumento da porcentagem de sucesso no manejo dos DRS quando se trata discrepâncias esqueléticas com técnicas craniofaciais. Por outro lado, é intrigante como mais distante ainda dos centros de treinamento em ORL, se encontra o domínio das técni-cas cirúrgicas esqueléticas.

A ORL brasileira é privilegiada em possuir duas áreas de atuação (Cirur-gia Crânio Maxilo Facial e Medicina do Sono) voltadas ao tratamento dos DRS. Hoje existem dez serviços nacio-nais de formação em área de atuação Cirurgia Crânio Maxilo Facial, e ao me-nos três cursos de Medicina do Sono que complementam o longo currículo para aplicar ao exame de titulação. A cada ano, estes centros estão melhor organizados. Assim mesmo, o grau de treinamento nas condutas clínicas e ci-rúrgicas para tratamento dos DRS em nosso país não deve estar em um nível muito diferente das estatísticas ameri-canas, onde a inexperiência pessoal influencia a indicação do tratamento. É preciso estímulo ao desenvolvimento do estudo e treinamento adequados nos programas de residência e nos

cursos de educação continuados. Op-ções incluem a incorporação curricular dessas áreas de atuação para acre-ditação dos programas de residência em ORL.

Talvez o maior avanço referente ao tratamento dos DRS seja a conscienti-zação da irrevogável abordagem inter-disciplinar. Crianças, adultos, homens, mulheres (antes e após a menopausa), obesos, sindrômicos ou não, devem ser avaliados em um ambiente de equipe sadio, efetivamente multidis-ciplinar. Por que, como diria um pro-fessor admirado: “Man of many arts... master of none!”. Otorrinolaringologia, odontologia, nutrição, endocrinologia, fonoaudiologia, nutrição, genética, pe-diatria, fisioterapia devem se despir de vaidades e trabalhar juntas para que os protocolos não se tornem tenden-ciosos em opções diagnósticas e tera-pêuticas.

Para quem gosta do assunto e ainda não estabeleceu um protocolo de ma-nejo do paciente fica a dica do artigo: Practice Parameters for the Surgical Modifications of the Upper Airway for Obstructive Sleep Apnea in Adults, da Academia Americana de Medicina do Sono, publicado na Sleep em maio de 2010. O texto é aberto e conciso. Co-pie e cole o título em seu navegador, e boa leitura.

Referências Bibliográficas

1. Aurora RN, Casey KR, Kristo D, Auerbach S, Bista SR, Chowdhuri S, Karippot A, Lamm C, Ramar K, Zak R, Morgenthaler TI; American Academy of Sleep Medicine. Practice parameters for the surgical modifications of the upper airway for obstructive sleep apnea in adults. Sleep. 2010 Oct;33(10):1408 - 13.

2. Friedman M, Ibrahim H, Joseph NJ. Staging of obstructive sleep apnea/hypopnea syndrome: a guide to appropriate treatment. Laryngos-cope. 2004 Mar;114(3):454 - 9.

3. Katsantonis GP, Moss K, Miyazaki S, Walsh J. Determining the site of airway colapse in obstructive sleep apnea with airway pressure mo-nitoring. Laryngoscope. 1993 Oct;103(10):1126 - 31.

4. Kezirian EJ, Maselli J, Vittinghoff E, Goldberg AN, Auerbach AD. Obstructive sleep apnea surgery practice patterns in the United States: 2000 - 06. Otolaryngol Head Neck Surg. 2010; 142:441 - 447.

5. Fricke BL, Donnelly LF, Shott SR, Kalra M, Poe SA, Chini BA, Amin RS. Comparison of lingual tonsil size as depicted on MR imaging be-tween children with obstructive sleep apnea despite previous tonsillectomy and adenoidectomy and normal controls. Pediatr Radiol. 2006 Jun;36(6):518 - 23. Epub 2006 Apr 5.

6. Soares D, Sinawe H, Folbe AJ, Yoo G, Badr S, Rowley JA, Lin HS. Lateral oropharyngeal wall and supraglottic airway colapse associated with failure in sleep apnea surgery. Laryngoscope. 2012 Feb;122(2):473 - 9. doi: 10.1002/lary.22474. Epub 2012 Jan 17.

7. Kezirian EJ, Hussey HM, Brietzke SE, Cohen SM, Davis GE, Shin JJ, Weinberger DG, Cabana MD. Hypopharyngeal surgery in obstructive sleep apnea: practice patterns, perceptions, and attitudes. Otolaryngol Head Neck Surg. 2012 Nov;147(5):964 - 71. doi: 10.1177/0194599812453000. Epub 2012 Jun 29.

8. Kim JH, Guilleminault C. The nasomaxillary complex, the mandible, and sleep - disordered breathing. Sleep Breath. 2011 May;15(2):185 - 93.

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julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br46 | Revista VOX OTORRINO

Por Josué Vânius Hoewell

Primeiro secretário da ASSOGOT-CCF

O ano de 2012 marcou os cin-quenta anos da criação da Associação Gaúcha de Otor-rinolaringologia e Cirurgia

Cérvico -Facial (ASSOGOT-CCF). Cria-da em 1962, como um departamento de Otorrinolaringologia da Associação Médica do Rio Grande do Sul, a en-tidade foi, ao longo de sua trajetória, construída por grandes médicos expo-entes da Otorrinolaringologia do Brasil. Este marco histórico foi o que moveu um grupo de entusiastas a organizar o trabalho de pesquisa que resultou na publicação “Otorrinolaringologia Gaú-cha - Cinquenta Anos”. O livro é um apanhado de fatos políticos e culturais ao redor do mundo, entremeados com acontecimentos relevantes na especia-lidade, resgatando episódios memorá-veis acontecidos nessas cinco déca-das. Na forma de pequenas biografias, pretende homenagear os homens que construíram a grandeza da entidade que hoje congrega os Otorrinolaringo-logistas no Rio Grande do Sul.

Pelo menos desde a década de 1930, já havia no Rio Grande do Sul médicos dedicados a atender questões relacio-nadas à Otorrinolaringologia. Por ini-ciativa do professor Ivo Correa Meyer, fundou-se, em 1934, a Sociedade de Oftalmo-Otorrinolaringologia, numa in-teração entre os médicos, que se dedi-cavam às duas especialidades, até que em dezembro de 1960, descontentes com a programação da entidade, os Otorrinolaringologistas gaúchos vota-ram pelo seu desmembramento na As-sembleia Geral da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS).

Em 4 de janeiro de 1962, o Conselho Deliberativo da AMRIGS, sob a presi-dência do Dr. José Luiz Tavares Flores

Os 50 anos da ORL gaúcha

Soares, cria o Departamento de Otor-rinolaringologia e Broncoesofagologia. Em 5 de outubro de 1962, um peque-no grupo de especialistas reuniu-se para aprovar o regimento interno do novo departamento. Estiveram presen-tes àquela reunião, tendo assinado a primeira ata: Julio Ethur Bocaccio, Ivo Adolpho Kuhl, Israel Schermann, Ru-dolf Lang, Diogo Ferraz Filho, Arnaldo Linden, Eberhardt W. R. Gehring, Na-talino Marcon, Lício Maia Pavani, José de Oliveira Santiago, Breno Difini, João Pacheco Soares Xavier, Pedro Vieira, Nathan Goldenberg e Ítalo Marranghe-lo. A primeira diretoria do Departamen-to, eleita em 29 de novembro de 1962, ficou assim constituída: Presidente, Ju-lio Bocaccio; Primeiro Secretário, Lício Maia Pavani; Segundo Secretário, Ar-naldo Linden.

O segundo grande momento da ASSO-GOT-CCF aconteceu durante a terceira gestão de Manoel Antonio de Macedo Linhares no ano de 1986, que marcou a criação da Sociedade Gaúcha de Otorrinolaringologia (SOGOT). Um mo-vimento nacional orquestrado com o apoio de lideranças da especialidade, destacando-se, entre elas, o parana-ense Antônio Celso Nunes Nassif, um incansável incentivador na formação das sociedades em todos os Estados brasileiros. A partir deste impulso, a Otorrinolaringologia no Rio Grande do Sul passa a ter identidade própria, uma diretoria ativa e representatividade reco-nhecida em todo o Brasil.

Os médicos gaúchos José Seligman, Josué Vânius Hoewell e Sergio Kalil Mousalle descrevem também fatos pi-torescos e divertidos ocorridos durante estes cinquenta anos de convivência.

Históriada ORL

Page 47: Revista Vox Otorrino - Nº 136

47Revista VOX OTORRINO |julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br

Abaixo alguns trechos da obra.

Sobre Rudolf Lang:“O ano de 1973 também lhe reservou grandes emoções. Foi convidado a criar o Serviço de Otorrinolaringologia da nova Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e foi seu primeiro professor titular. Sua vocação de otologista o levou a criar, no mesmo ano, a Sociedade Brasileira de Otologia, dirigindo o primeiro Congresso da supra especialidade em Porto Alegre.” - por S. Moussalle

Sobre Manoel Linhares: “Em 1985, o Departamento de Otorrinolaringologia da AMRIGS escolheu mais uma vez Manoel Antônio para Presidência. Essa foi sua gestão mais profícua e que marcou a criação da Sociedade Gaúcha de Otorrinolarin-gologia (SOGOT) em 1986, orquestrada com apoio de lideranças da es-pecialidade, destacando-se entre elas o paranaense Antônio Celso Nunes Nassif...” – por J. Vânius Hoewell

Sobre Julio Ethur Bocaccio:“Em sua gestão, os associados do Departamento participaram de ses-sões científicas, entre as quais, “Técnica de colheita de material nas oti-tes supurativas”, ministrada por Rudolf Lang, “Cirurgia da janela oval”, por Leon Knijnik e “Tumores dos seios da face”, por Jorge Valentim.

Reeleito em 1964, organizou conferências como a de Ivo Adolpho Kuhl sobre “Vertigens”, “Foniatria”, por Leon Knijnik e pela professora Mauricila Moogen e “Considerações sobre as curvas audiométricas”, pelo colega carioca Aziz Lasmar.” – por J. Seligman

Sobre Renato Roithmann:“Em 1999, como presidente da SOGOT, inaugurou um novo estilo de ges-tão, voltada para a interiorização da sociedade, com cursos itinerantes em diversas cidades, procurando trazer o médico do interior para o seio da discussão, no sentido de dar maior abrangência a nossa entidade. Duran-te sua gestão foi criado o primeiro Congresso Gaúcho de Otorrinolaringo-logia...”- J. Vânius Hoewell

Sobre Luiz Lavinsky:“Vocês sabem que eu tenho um irmão gêmeo que não pode ser mais parecido comigo. Ele é oftalmologista e trabalha, como eu, no Hospital de Clínicas. Pois, um dia destes, entrei num daqueles elevadores imensos que, talvez pelo adiantado da hora, estava quase vazio. Apenas eu e a ascensorista, uma moça que, desconfio, seja nova no métier. Ela me olhou de alto a baixo e falou:

— O senhor trocou de casaco, doutor?...

— Menina, por favor, não espalhe. Ocorre que, há cerca de 20 anos, um tio meu, que, na época, era muito parecido comigo, depois de longa en-

fermidade, morreu neste hospital. Já me contaram, algumas vezes, que o viram perambulando pelos corredores vestido com um casaco marrom, que ele usava quando faleceu...” - Luiz Lavinsky.

Sobre Nédio Steffen:“Nascido em 1946, em um lugarejo chamado Bom Fim, foi registrado na Vila de Feliz, distrito de Bom Princípio, pertencente ao município de São Sebastião do Caí. ...Ainda jovem, aos 11 e 12 anos, estudou em Juve-nato (instituição religiosa para formação de Irmãos Maristas). Sem seguir a vocação religiosa, acredita que esse período foi determinante em sua disciplina, perseverança, determinação e tenacidade.” - por S. Moussalle

Sobre Berenice Dias Ramos:“Berenice acredita que os jovens otorrinolaringologistas devem procurar sempre participar das atividades associativas, pois o convívio com os colegas é uma oportunidade de troca de conhecimentos, experiências e emoções que jamais deve ser desperdiçada.” - por J.Seligman

Sobre Nicanor Letti:“Em 1965, volta para a Anatomia da Universidade Federal do Rio Gran-de do Sul (UFRGS), agora entusiasmado com a habilidade que adquiriu em trabalhar com ossos temporais. A partir daí, nascia um novo Otorri-nolaringologista...Rudolf Lang passou a freqüentar o Instituto de Anatomia para ver o Letti dissecar. Com o aumento da convivência, convidou-o para trabalharem juntos, mas Letti não aceitou... Em 1967, finalmente aceitou convite de Lang.” - por S. Moussalle

Sobre Simão Levin Piltcher:“Simão Piltcher nasceu em Pelotas, filho de imigrantes judeus poloneses que se radicaram na cidade por volta de 1929. Comerciantes pobres, os jovens pais de Simão quase desistiram de fixar-se no Brasil pelo grande choque cultural que encontraram ao chegar. A família, aos poucos, esta-beleceu o seu comércio e, com ajuda dos três filhos homens, viram os tempos melhorarem enquanto os meninos estudavam ... os três irmãos acabariam seguindo a medicina. Isaac, o mais velho, é oftalmologista, e Miguel, ortopedista...”- por J. Vânius Hoewell

Sobre Osvaldo Müller:“Cirurgião de extrema habilidade, nos anos 1990 foi o primeiro a realizar a técnica de Stafieri, na intercomunicação esôfago-traqueia para reabi-litação vocal de pacientes laringectomizados. Iniciou em Porto Alegre a cirurgia de base de crânio, organizando inúmeras equipes multidiscipli-nares. Foi o pioneiro da cirurgia de cabeça e pescoço na UFRGS.”- por J.

Vânius Hoewell.

Leia mais no site da ASSOGOT - CCF http://www.assogot.org.br

História da ORL

Alunos do curso ministrado por Dr. Michel Portmann, 1969

Otorrinos formados no RS entre as décadas de 1960 e 1970

Page 48: Revista Vox Otorrino - Nº 136

Fruto da terra

João Bosco Botelho, nascido em Manaus, 65 anos atrás, não atendeu ao chamado da Medicina imediatamente. Nos idos de 1960, a universidade local dava ênfase à carreira de direito, e o jovem João partiu em busca de

outro sonho na longínqua Itajubá, ao sul das Minas Gerais, para cursar engenharia, como faziam os rapazes da época. Basta-ram dois anos entre réguas e cálculos para que tivesse a con-

Minas Gerais, Rio, Paris... Nenhum desses lugares foi capaz de tomar o lugar de sua Manaus nativa no coração do Dr. João Bosco Botelho, que se dedica a levar saúde e conhecimento aos rincões mais longínquos da Amazônia.

Perfil

vicção de que os tais “números engenhosos” não fechavam as contas de sua vocação. Aprovado no vestibular unificado da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, encontrou enfim sua vocação.

Filho do advogado e funcionário público, Sebastião Botelho Ju-nior, e da dona de casa, portuguesa de Matozinhos, Maria Eliza Botelho, Dr. João Bosco Botelho é um amazonense nato, que se

Dr. João Bosco, ao centro: Doutor Honoris Causa pela Universidade de Toulouse Entre comunidades ribeirinhas e índios amazonenses: vocação solidária

Page 49: Revista Vox Otorrino - Nº 136

orgulha e cultiva as raízes da família, che-gada de Portugal há mais de 200 anos. Um homem tão apegado às suas origens jamais teria coragem de virar as costas à sua história. E assim foi.

Otorrinolaringologista e Cirurgião de Ca-beça e Pescoço por formação e agente social por amor, ficou conhecido interna-cionalmente por ter orientado uma pesqui-sa sobre bócio de grande volume (aumen-to da glândula de tireóide). Aos 63 anos, foi homenageado pela França com o título de Doutor Honoris Causa. Seu desempe-nho nas academias brasileira e francesa é reconhecido por seus pares, atende em consultório particular no mesmo en-dereço há 40 anos e, aposentado como Professor Titular da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), exerce a docência na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e na Universidade Nilton Lins. Mas o que faz os olhos de João brilharem são as horas diárias dedicadas ao atendimen-to `as comunidades ribeirinhas do estado.

Entre a academia e o campo, não foram poucas as vezes que o médico cruzou as principais cidades do interior do Amazo-nas, em especial o município de Coari, no médio rio Solimões, e pelas pequenas co-munidades ao longo do rio Copeá, um dos afluentes do mesmo rio. Acompanhado por padres e freiras do Movimento Educa-cional de Base (MEB) da CNBB e alunos da graduação da UFAM, Botelho viajou o inte-rior num pequeno barco realizando atendi-mentos médicos por onde passavam.

Há quatro décadas em Manaus, o Médi-co relembra momentos de precariedade no desenvolvimento do trabalho, mas co-memora os avanços no desenvolvimen-to da região ao longo dos últimos anos.

“Muitas, muitas vezes, na Santa Casa, as minhas cirurgias terminaram sob a luz da enorme lanterna americana nas mãos da bondosa irmã Catarina”, recorda. “Não há como comparar a assistência médica pública daqueles tempos para a da atuali-dade. Os impostos oriundos da expansão urbana, das empresas da Zona Franca e dos financiamentos federais possibilita-ram as melhorias, em Manaus, tanto com a vinda de muitos médicos de outros es-tados quanto das melhorias das estrutu-ras hospitalares”, afirma.

De volta para casaDepois de se formar, Dr. João explorou as oportunidades na capital fluminense. Tra-balhou três anos como aspirante a oficial Médico R2, no Rio, no Hospital Central do Exército, nos Serviços de Otorrinolarin-gologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Mas as águas do rio-mar, que inundavam seu peito de saudades de casa, afogaram seu coração de esperanças quando sou-be que a Universidade Federal do Amazo-nas, em Manaus, abrira concurso público para professor da especialidade. Era a oportunidade de reencontrar seu Norte.

“Aqui em Manaus poderia construir mais, pessoal e profissionalmente, além de in-terferir no processo social e formar novos especialistas como agentes multiplicado-res”, explica.

Ao lado de alunos e colegas, Botelho se orgulha de ter contribuído para a abertu-ra de três programas de residência em ORL na região Norte: Hospital Santa Jú-lia, instituição privada que funcionou en-tre 2001 e 2008, com uma vaga por ano; Hospital Universitário Getúlio Vargas, na Universidade Federal do Amazonas, com

uma vaga e que mantém as atividades; e Fundação Hospital Adriano Jorge, com duas vagas. “A maior parte dos residen-tes continuou a caminhada acadêmica. Como professores, multiplicaram os efei-tos sociais no caminho, o que só a edu-cação continuada e institucionalizada é capaz de prosperar”, diz.

Hoje, com dificuldade na acuidade visu-al, se afastou da sala de cirurgia e reco-meçou: prestou concurso público para professor e, aprovado, leciona as disci-plinas Ética Médica-Bioética e História da Medicina, na UEA e na Universidade Nilton Lins, orienta trabalhos de iniciação científica de alunos-bolsistas da FAPE-AM, em temas de ORL-CCP, e atua como professor orientador, na linha de pesquisa de tireóide, no Programa de Mestrado e Doutorado em Biotecnologia da UFAM, e como professor convidado do Programa de Mestrado e Doutorado em Doenças Tropicais Infecciosas, da UEA.

Realizado em suas escolhas, Dr. João aprofundou suas raízes e hoje divide suas conquistas com a esposa, a bibliotecária e professora da UFAM, Dayse Enne Bo-telho, que saiu de Niterói, para dar frutos na Amazônia. Da união, nasceram Rena-ta Enne Botelho (engenheira eletricista), Flávia Botelho Ladeira (advogada) e Ra-quel Enne Botelho (médica). E, semente em terra fértil, prospera! A família já está na segunda geração com os netos João Rafael (10 anos), Gabriela (10), João Pedro (7), Larissa (7) e João Guilherme (5).

Criado na imensidão amazônica, em que céu e água se confundem e o verde se perde de vista, Dr. João Bosco não encon-tra limites e determina: “A esquina é pouco! Eu quero o céu! Eu quero além!”

49Revista VOX OTORRINO |julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br

Entre comunidades ribeirinhas e índios amazonenses: vocação solidária

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julho / agosto 2013 | www.aborlccf.org.br50 | Revista VOX OTORRINO

HumORL

Contou-me um colega e ami-go que, às vésperas de com-pletar 50 anos de formatura, sua turma dedicou-se, de

corpo e alma (e também de tempo, pois a maioria já parou de trabalhar profissionalmente) para organizar uma festa do tipo arrasa-quarteirão.

Opíparos jantares, monumentais ca-fés da manhã – onde não faltavam frutas colhidas em distantes regiões do Brasil - visitas a lugares históricos e a alguns prédios da Universidade que praticamente nasceu quando eles estavam ingressando, e um jan-tar dançante como não se fazia des-de tempos imemoriais.

Contratada a orquestra e o serviço de bufê, adquiridas as lembranças para todos os participantes, depois de verificar “n” vezes quais os que re-almente viriam e aqueles que, na úl-tima hora, arranjaram uma desculpa esfarrapada do tipo “tive uma emer-gência na tarde de ontem”, quando a gente sabe que faz mais de 5 anos que o índio não atendia no hospital, enfim, tudo certo.

Começou a festa. O embalo musical chamava os pares, mas, incrivelmen-te, ninguém levantava para dançar. O tempo passando e a área do prédio dedicada à dança mais vazia do que pastel de vento.

Numa destas, um casal tomou fôlego e foi até o centro da pista. Asmático, o colega cansou em seguida e voltou para a mesa. A manobra não surtiu efeito. O resto do pessoal nada de dançar. Foi quando ele aproximou-se do colega ao lado, integrante da Co-missão Organizadora, e perguntou:

— Porque não dançam?

Jantar dançanteCom o semblante ligeiramente abati-do, o colega aproximou-se e, em voz baixa, respondeu bem em cima do aparelho auditivo do nosso amigo:

— Cara, cometemos um engano. Não calculamos esta possibilidade. Claro que não estão dançando e nem vão dançar.

E aí matou a charada:

— Ocorre que o João tem uma pró-tese no joelho, o Artur submeteu-se a uma cirurgia cardiocirculatória e está com uma recente ponte de safena, o Mauro operou a próstata e se mija cada vez que faz um movimento mais amplo, o Plínio comeu alguma coisa

no coquetel de recepção e está com cólicas, tem medo de cometer algum engano. O Pedro foi trazido ao jan-tar pela mulher – não reconhece nin-guém e não sabe o que está fazendo na festa – o Nelson casou de novo com uma garota que estava mais para neta dele e tem vergonha de sair por aí rodopiando, e o Amadeu, quando emplaca uma de tossir, lança perdi-gotos a, pelo menos, dez metros de distância. Não iam mesmo dançar.

— Tem mais, recomendo às futuras gerações. Não façam jantares dan-çantes depois de 15 anos de forma-dos para não pagar vexame.

José Seligman

Page 51: Revista Vox Otorrino - Nº 136

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2º Curso Prático Internacional de CirurgiaPlástica OcularData: 03, 04 e 05 de outubro

Vagas: 15

Coordenação: Dr. Fábio Maniglia e Dr. João Maniglia

Valor: R$ 2.000,00

4º Curso de Atualização em Microcirurgia de LaringeData: 08 e 09 de novembro

Vagas: 15

Coordenação: Dr. Evaldo Macedo

Valor: R$ 500,00

5º Curso de Septoplastia, Turbinectomia e Cirurgia Endos-cópica NasossinusalData: 13 e 14 de dezembro

Vagas: 10

Coordenação: Dr. Marco César Jorge dos Santos, Dr. Rafael

Ferri e Dr. Cássio Iwamoto

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