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Maio de 2012 Ano 1 - Nº 4

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4ª Edição da Revista Volver, Maio/2012

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Maio de 2012Ano 1 - Nº 4

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04 MURALA voz do leitor

06 PRATA DA CASAProtetores dos animais

08ÍCONEPatrícia Galvão

09 ARTIGOO caminho da libertação

10 ESPECIALGravidez na adolescência

12 PROFISSÕESConheça a psicologia

13 ESPORTESDesafio na pista

14 RADAR ESTUDANTILGrêmio estudantil

16 CINEMAEntretenimento de qualidade

17 EVENTOSRio Preto marca presença

18 ARTIGOAtuação feminina

CARTA AO LEITOR

EXPEDIENTE

No mês das mães, preparamos um Especial que traz informações sobre a temida gravidez na adolescência, que, embora seja muito preocupante, ainda é pouco abordada em nossa sociedade. Os animais também ganharam uma atenção especial no mês de maio, vamos mostrar o trabalho de pessoas que lutam para garantir que eles tenham melhores condições de vida. Revelar os desafios do esporte em nossa cidade também faz parte desta edição. Esses e outros temas estão disponíveis nas próximas páginas. Esperamos continuar contribuindo com nossos leitores e cumprindo nosso papel. Boa leitura!

Ano 01 Nº 4 MAIO/2012

EDITORAMani Jardim

JORNALISTA RESPONSÁVELMani Jardim MTB 0066616/SP

COLABORADORESAlexandre LuizFernando StefaniniJoão Paulo RilloCeli ReginaJorge Etecheber

DESIGN & PROJETO VISUALNoroeste Mídia [email protected]

IMPRESSÃOLWC Editora Gráfica LTDA

TIRAGEM20.000 exemplares

EDITORA RESPONSÁVELApta Editora & Serviços Gráficos LTDA

PARA [email protected](17) 9203.4983

A “Revista Volver” não se responsabili-za por opiniões emitidas por cola-boradores e entrevistados, conteúdo contido em anúncios e informes publicitários. Não publicamos matérias pagas. Proibida a reprodução das matérias sem autorização. Todos os direitos são reservados.

Mani JardimEditora da Volver

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SUMÁRIO

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“A Revista Volver me chamou muito a atenção no momento que olhei a capa e vi que estava falando sobre a cultura de que eu faço parte. Ao ler, fiquei contente, justamente por que ela abre um espaço muito grande para atores, dançarinos, músicos e todo esse pessoal que lida com arte, que é o meu caso. Também fala sobre profissões e dicas de como obter sucesso com seu trabalho. Achei muito interessante a matéria sobre lazer tão distante, sobre como é difícil se locomover na cidade. Então, vejo que a revista auxilia no dia a dia de muita gente, que precisa de informações sobre o que está acontecendo na nossa cidade.Gostaria de dar parabéns pela ideia da revista. Com certeza, ela vai ganhar novos leitores conforme for ficando mais conhecida. Já estou ansioso para ver as próximas matérias. Sucesso para toda a equipe.”

CHARLES STOOPA26 anos, consultor de merchandising e diretor do grupo Fusão de Rua – Dança e Teatro

MURALDE RECADOS

ENVIE SUA OPINIÃO PARA NÓS PELO [email protected]

[email protected]

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“A iniciativa desse projeto é impor-tantíssima, pois traz ao público-alvo a ideia de inovação, expansão de perspectivas e ideais, para uma leitura dinâmica e sem a busca comercial desenfreada. Parabéns ao empre-endimento, sucesso e que traga aos leitores conhecimento, visão global dos acontecimentos e capacidade de discernimento.”

LEANDRO BONIL30 anos, pós-graduado em direito e estudante de concursos jurídicos

“Fiquei muito feliz de descobrir que, enfim, Rio Preto tem um produto com edição e visual ousados, com o design moderno que sai dos parâmetros do “comum” e do padrão “careta”. Rio Preto merece ter produtos assim e merece deixar de ser o “Blind carbon copy” (cópia oculta) da capital, e, de vez, assumir o papel de produtor e criador de tendências de produtos de quali-dade. Parabéns, galera.”

PAULO DAMAS PLEVNIA33 anos, jornalista, designer editoriale contrabaixista

“Ótima revista, com matérias atu-ais, de fácil leitura e direcionada a todos os públicos. A Revista Volver está de parabéns.”

FABIO JUNIO DE PAULA32 anos, encarregado financeiroe tutor EAD

Segue novamente o contato do artista Felipe Moreno,

[email protected] | 17 9142.5422responsável pela ilustração da capa da edição passada.

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Atualmente, há cerca de 20 milhões de animais abandona-dos no Brasil. Vítimas de maus tratos e expostos às doenças e

à fome, eles passam despercebidos pelas ruas. Sem a capacidade de se comunicar, exibem seus ossos e olhares de tristeza, esperando que a migalha desperdiçada seja capaz de suavizar a fome ou enganar a dor.

Somente a solidariedade pode livrá-los do esquecimento. Para a felicidade de alguns, esse dia pode chegar. O dia em que finalmente serão lembrados e receberão aten-ção e carinho. É o caso do Grupo Patas, de Rio Preto, que, desde 2004, resgata animais de rua e tra-balha para que recuperem sua saú-de e recebam uma nova chance de vida. De acordo com Silvana Mara Ferreira de Carvalho, presidente do Grupo, o abrigo mantém, atu-almente, 350 animais que foram abandonados.

A PROAMBI (Associação Protetores do Amigo Bicho), que existe desde 2006, orienta a população sobre os cuidados com os animais domésti-cos, as principais doenças caninas e felinas e a importância da vacinação e castração. “Não temos abrigo, trabalhamos com lares de passagem onde o animal ficará até ser adotado”, explica a presidente Isabel Cristina Salinas Miranda.

Promover campanhas de adoção e conscientizar sobre a posse responsá-vel também fazem parte do trabalho da FAUNA (Francisco de Assis União Protetora dos Animais), que atua na cidade desde 2007. No ano passado, a União realizou 42 campanhas de adoção, nas quais foram doados 947 animais. A presidente Maria Osvalda Prata Strazzi, mais conhecida como Valda, defende que o que mais afeta os animais é a falta de informação em relação à castração. “Segundo a WSPA (Sociedade Mundial de

Proteção Animal), em seis anos, uma cadela e seus descendentes poderão ser responsáveis pelo nascimento de 64 mil filhotes; se for gata, serão muitos mais.”

O CCZ de Rio Preto está realizando um trabalho de castração, mas, de acordo com Isabel, o ambiente não é adequado para cirurgias. “Nosso prefeito atual, antes mesmo de ser eleito, prometeu que faria um novo CCZ em local amplo e com estrutura necessária, porém, essa parte ficou só na promessa e o mandato já está terminando”, destaca a presidente da PROAMBI.

A FAUNA também espera a cons-trução de um novo Centro: “Estamos esperançosos que ele irá cumprir a promessa”, ressalta Valda.

Seja um Protetor dos AnimaisSem a colaboração e o incentivo da população, essas organizações sofrem coma falta de estrutura. Para que mais animais sejam resgatados, é preciso que a sociedade se comprometa e ajude da forma que puder. Doações e trabalhosvoluntários são bem-vindos. Participe dessa corrente de amor!

GRUPO PATAS: 17 3033.4714 17 3022.1019 [email protected]: 17 9729.0596 [email protected] [email protected]: [email protected] www.fauna.org.br faunafranciscodeassis.blogspot.com

PRATA DA CASA

DO BEMCorrente

Centro de Controle de Zoonoses - Uma promessa que não saiu do papel

POR MANI JARDIM

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la perfumou as páginas da nossa história. Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu, ou a “menina dos olhos moles”, como costu-mava ser chamada pelo poeta Raul Bopp, foi uma

mulher à frente de seu tempo. A jovem, que reunia atributos de beleza capazes de contentar qualquer mulher, foi além das expectativas de sua época.

Pagu nasceu em São João da Boa Vista, em 9 de junho de 1910. Aos dois anos de idade, mudou-se com sua família para a Capital. Ao completar 18, influenciada pelo casal Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, a jovem aderiu ao movimento antropofágico (modernista). Em 1930, dois anos após se unir ao movimento, Pagu se casou com Oswald. O fruto dessa união nasceu em seguida, Rudá de Andrade, seu primeiro filho. Ao lado do marido, iniciou sua vida política, tornando-se militante do Partido Comunista.

Conforme o tempo foi passando, não foram apenas seu estilo extravagante, suas blusas transparentes e seus lábios escuros que a diferenciaram. Claro que não era comum uma mulher ser vista fumando e falando palavrões pelas ruas. Mas não foram essas as principais características que a fizeram se destacar. Pagu foi uma importante figura do movimento modernista. Rebelde e articulada, foi a primeira mulher a ser presa no Brasil por motivações políticas.

A jovem foi presa em 1935, em Paris. Em seguida, a jorna-lista foi trazida para o Brasil e, no mesmo período, separou--se de Oswald, o “Sambinha”, como gostava de chamá-lo. No Brasil, foi novamente presa e torturada pelas forças da Ditadura, ficando na cadeia por cinco anos. Após sair da prisão, Pagu aderiu ao trotskismo e passou a fazer parte da redação do jornal A Vanguarda Socialista. Em 1941, a escri-tora se casou com Geraldo Ferraz, jornalista de A Tribuna de Santos. Geraldo Galvão Ferraz, seu segundo filho, nasceu em seguida.

Acometida ao câncer, Pagu morreu em dezembro de 1962, deixando seu traço forte na história do País ao se destacar multiplamente como jornalista, musa modernista, romancis-ta, militante comunista, poeta, desenhista, incentivadora da cultura brasileira e da cultura universal.

“A Pagu, para mim, é antes de tudo um exemplo de mulher. Não uma mulher preocupada com a roupa, cabelo, unha, mas uma mulher preocupada com o seu papel, preocupada com a luta da igualdade. E ainda assim conseguia ser mulher, teve maridos e filhos, um exemplo de sensibilidade”, destaca a estudante de História Victória Vizintim Galves, 19 anos.

ÍCONE

A MUSA DOMODERNISMO

EDivulgação

POR MANI JARDIM

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JOÃO PAULO RILLO

Deputado Estadual - PTcontato@ joaopaulo

rillo.com.br

ntes de ser um dirigente político, eu fui um mili-tante estudantil. Desses que levantam bandeiras e gritam com a convicção de que podem mudar o mundo, e cujas ações têm o tamanho e a in-

tensidade dos sonhos - uma lúdica demonstração do que entendia por democracia, liberdade e solidariedade.

Obviamente, não nasci um líder estudantil. Essa foi uma condição que construí durante os anos de bancos escola-res. Uma realidade que não forjei sozinho. Pelo contrário.

Da 1ª à 8ª série, estudei no SESI em Rio Preto. Fiz duas vezes a 6ª série e, por isso, dobrei o número de amigos. Sempre respirei por aparelhos na escola. Passava de ano na bacia das almas, com aulas particulares e marcação firme da professora Izabel, minha mãe.

Desde a 3ª série, fui abatido por uma “depressão peda-gógica” que me impedia de absorver os conhecimentos oferecidos pela escola. Assistia ao deslanchar dos amigos com a autoestima no pé, sem conseguir reagir.

Mais tarde, lendo a pedagogia do oprimido e a educa-ção libertadora de Paulo Freire, entendi que a minha forma de aprendizagem, e a de tantos outros, era diferente. Eu apenas tinha aptidão para outras coisas e uma atenção se-letiva, que só me permitia assimilar o que me interessava.

Tive, então, o privilégio de ser aluno da professora de português Edvânia, a quem devo minha libertação e cura da febre eterna por não me adaptar à sala de aula. Ela

salvou minha vida escolar, mostrando-me que havia vida além das fórmulas científicas, que, além dos textos a serem interpretados, existia um mundo a ser transformado.

Ela me apresentou um Brasil e um povo que, até então, estava escondido na história mal contada nas salas de aula. Com poesia e música, apresentou-me o Brasil de Zumbi dos Palmares, Antônio Conselheiro, Noel Rosa, Chico Buarque, Castro Alves, Marighella, Glauber Rocha, Renato Russo, Mano Brown, Arnaldo Antunes. Mostrou-me que, no Brasil, existiam contradições sociais agudas e uma diversidade cultural absurdamente rica a ser descoberta.

Na 7ª série, fui eleito presidente do Centro Cívico do SESI. A semente, cultivada a base de rimas e melodias, começou a germinar.

Minha militância começou de fato quando ingressei na 1ª série do ensino médio, já na escola Antônio de Barros Serra. Mas foi do SESI que saí preparado para o movimen-to político-social. Devo aos amigos de sala de aula e aos meus professores a formação do meu caráter e da minha inusitada consciência.

Esse relato que faço a vocês, caros leitores, é para dizer que sou um militante político forjado na sala de aula. Esse período da minha vida foi a base para o meu amadureci-mento como homem e agente social, para a consciência política que, hoje, guia minhas ações. É, certamente, o período mais rico que vocês, jovens, podem vivenciar.

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ARTIGO

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CONSCIÊNCIAFoto: Sxc

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ESPECIAL

adolescência é um perío-do de mudanças fisiológi-cas, psicológicas e sociais que separam a criança do adulto. A gravidez nessa

faixa etária, precoce e, muitas vezes, indesejada, ainda é bastante consi-derável, caracterizando-se como um problema de saúde pública de caráter social.

Em Rio Preto, no ano passado, foram registrados 5.214 nascimentos de crianças geradas por adolescentes entre 10 e 19 anos. De acordo com a médica hebiatra, especialista em ado-lescentes, Ana Maria dos Reis Toledo, em Rio Preto, não há serviços especí-ficos para atender adolescentes. “Até 2011, fui médica de adolescentes do Programa de adolescentes do CSE do Estoril, ligada à FAMERP, durante 16 anos, trabalhando em equipe, único serviço específico para essa faixa etá-ria no município. Infelizmente, devido a um erro na minha contratação via FAMERP, após a estadualização , tive que me afastar da instituição. Procurei o prefeito na época, solicitando um novo profissional para o serviço, o que infelizmente não ocorreu”, lamenta.

O uso de anticoncepcionais ou de outros métodos de contracepção não é uma prática comum entre os adoles-

centes. Para o psicólogo Hugo

Ramón Barbosa Oddone, a linguagem usada nos programas de prevenção não é suficientemente compreensível pelos jovens. “Os professores são obrigados a tocar nesse ou naquele tópico pela programação esco-lar; os catequistas, nas igrejas, falam de sexo como pecado e inocu-lam nos adolescentes vergonha e cul-pa e a necessidade de ‘esconder’ suas experiências de aprendizagem sexual; isso dificulta ainda mais a conscienti-zação desses jovens”, finaliza.

“Nunca pensei que fosse acontecer comigo!”

“Fiquei assustada no início e agora estou com medo do parto”. Essa afirmação resume os últimos oito meses da adolescente C.N., de 13 anos. Grávida, ela tem passado seus dias dentro de casa. O mais difícil, segundo a jovem, foi aceitar a reação dos pais. “Ficou um clima chato em casa durante uns três meses, foi bem complicado”.

A adolescente conheceu o namo-

rado em uma festa e o relacio-namento durou cerca de três meses, mas acabou “esfriando” depois da gravidez. “Ultimamente, só temos conversado por telefone.” A mãe da jovem acredita que o rapaz, que é maior de idade, tenha receio em ser denunciado por pedofilia. “Não vou fazer isso, apenas quero que ele me ajude.” A garota, que parou de estudar no ano passado, quando concluiu a 6ª série , pretende retomar os estudos no ano que vem.

A mãe da jovem, que prefere não se identificar, receia que, com a vinda desse neto, tenha que ser mais mãe do que avó. “Não vou desamparar, vou estar sempre por perto, mas quem vai ser mãe vai ser ela, não eu”, afirma A.N.

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A médica Ana Maria afirma que não háserviços para atender os adolescentes da cidade

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DA REDAÇÃO

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PROFISSÕES

A frase acima resume o trabalho de um psi-cólogo, profissional que observa e analisa o comportamento de um indivíduo em sua essência, sua mente, razão, instintos, desejos,

emoções e conflitos, e tem como principal objetivo identificar os problemas e ajudar o paciente a buscar suas próprias respostas.

De acordo com o psicoteraupeta Renato Dias Martino, a função do psicólogo é criar um ambiente suficientemente bom para que o pensamento possa expandir. Ele também afirma que a relação de amizade entre paciente e psicólogo pode existir, mas que jamais esse profissional poderá dar conselhos em suas consultas. “Nós tentamos sempre criar um vínculo de confiança com o paciente para que ele possa se sentir confortável e seguro para compartilhar seus problemas, mas as soluções de seus problemas só ele mesmo pode descobrir. Nós somos apenas orientado-res”, explica.

Apesar de ser uma ciência nova, a Psicologia é cada vez mais respeitada e presente na sociedade. Há inúmeras linhas teóricas que o profissional da área pode seguir: abordagem centrada na pessoa, gestalt, psicodrama, psicanálise, comportamental, análise tran-sacional, psicologia transpessoal, entre outras. O ideal é que os interessados em ingressar nesse universo estejam cientes da responsabilidade de seu trabalho. É imprescindível que o psicólogo tenha equilíbrio men-tal e emocional, capacidade de observação, facilidade de comunicação e, o mais importante, interesse pelos sentimentos humanos.

Com um mercado bastante abrangente, além de ter seu próprio consultório, o profissional também pode atuar em hospitais, clínicas, escolas, empresas, além da área educacional.

Atualmente, para exercer a profissão, é necessário curso superior de Psicologia, com duração de cinco anos. Em Rio Preto, o curso é oferecido pelas faculda-des Faceres, Unilago, Unip e Unorp.

Amigo Oculto“Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos.” Sigmund Freud

Fernando Stefanini

Renato Dias Martino indica as características da profissão

DA REDAÇÃO

Colaborou: Isabela Martinez

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ESPORTES

Enquanto Marcos Vinicius da Silva, o Duda, salta longe e arrebata o campeonato mundial na Turquia, o atletismo em Rio Preto enfrenta todos os tipos de problemas, alguns submersos, capazes

de desestimular até mesmo o mais dedicado atleta. O centro de todo esse conflito entre disposição e falta de condições adequadas é a pista de atletismo no Estádio Alberto Andaló, construída ainda na administração do ex-prefeito Manoel Antunes.

O local centraliza as atividades de cidadãos comuns em suas caminhadas diárias, fundistas, os paratletas do Clube de Amigos dos Deficientes (CAD), além dos atle-tas da Associação Rio-pretense Pró-Atletismo (Arpa), do Centro de Excelência implantado pelo governo estadual e os integrantes do Clube BM&F Bovespa/São Cae-tano do Sul. Esses últimos são treinados por Aristides Junqueira, o Tide, trazido para a cidade em 2006 com os atletas de ponta para criar na cidade um polo de treinamento e desenvolvimento da modalidade.

Tide calcula que, no projeto de alto rendimento, são 60 atletas e, no de formação de atletas, outros 40 jovens, com idade até 14 anos. Todo esse potencial e estrutura levaram a cidade a ser cogitada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que incluiu Rio Preto entre outras 172 cidades inicialmente aptas a receber sele-ções para treinamento. Vistoriada em setembro do ano passado, a cidade acabou sendo descartada.

Tide e Duda concordam que o local esta exigindo melhorias. Duda teme principalmente pelas condições do piso da pista. “Está esfarelando, não é seguro, ofe-rece risco de contusões”, explica. Há problemas ainda na sala de musculação, nos banheiros, e Tide reclama um refeitório funcionando para atender os atletas. “É o básico em qualquer outro país”, argumenta o técnico.

Duda sabe que os norte-americanos, por exemplo, que ele venceu no último mundial, treinam em condi-ções muito superiores. “Eles me chamam de guerreiro”, diz. Não bastassem todos os problemas aparentes, há aqueles silenciosos e insidiosos. O chão da nossa terra oferece ainda farta quantidade de minhocas que estão estragando o gramado onde são feitos os treinos espe-cíficos. “Um gramado em boas condições é indispensá-vel para os treinos das provas de impacto”, explica Tide. Irregular e fofa, a grama é mais um obstáculo nessa disputa entre o esporte e os resultados competitivos.

DESAFIOS PARASUPERAR

Duda enfrenta obstáculos diariamente

DA REDAÇÃO Fotos: Fernando Stefanini

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RADAR ESTUDANTIL

xiste um tempo em que toda ousadia é bem--vinda e todo despreparo é construtivo. Um tempo em que se tem tempo. O período que não segura os gritos na garganta é, sem dúvida, a fotografia mais bonita da lembrança.

Para fazer valer a tese de que são o futuro do País, mui-tos jovens se mobilizam e refletem coletivamente seu papel na sociedade. Aliado importante desse período, o grêmio estudantil permite que os alunos construam seu pensa-

mento crítico. Em Rio Preto, há muitos exemplos de conquistas

estudantis. De acordo com a presidente do grêmio ALPHA (Alunos do Philadelpho em

Ação), Izabella Luisa Tambones, 17 anos, do colégio Philadelpho Gouvêa Netto, para

se formar um grêmio é necessário, antes de tudo, gostar de política, ter empe-

nho e um bom grupo de pessoas para compor a chapa.

Eduardo Bercelli Mendes, 16 anos, presidente do grêmio Revo-

lucionários, do colégio Antonio de Barros Serra, conta que

compete à diretoria do grêmio desen-volver projetos culturais, sociais e ambientais, orga-

nizar campeonatos esportivos, eventos

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A jovem Izabella Tambones comemora as conquistas obtidas

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POR MANI JARDIM

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e, principalmente, representar os interesses dos alunos na escola. “2011 foi o ano da “revolução”, organizamos um protesto pacífico mostrando nossa insatisfação com a ad-ministração da atual direção e com as condições do prédio de nossa escola. Atualmente, a escola passa por reformas e por uma mudança na administração, graças ao empenho e à coragem dos alunos”, reforça Mendes, satisfeito com o resultado.

Izabella também tem motivos para comemorar. Em par-ceria com os alunos, o grêmio obteve muitas conquistas. Sobretudo, destacam-se a faixa de pedestres e o semáforo em frente à escola. “Ao longo deste ano, pretendemos con-tinuar com os projetos já iniciados, cumprir com as funções do grêmio e com os projetos futuros.”

Orientar os alunos faz parte do projeto do grêmio AUPE (Alunos Unidos Pela Escola), do colégio Dinorath do Valle. Em sua gestão, foram realizadas palestras sobre bullying e doenças sexualmente transmissíveis, além de outras mobi-lizações, explica o presidente Gianluca Honorato, 16 anos. “Nossa finalidade se resume em defender os direitos dos alunos e incentivá-los a realizar atividades na escola.”

O envolvimento dos alunos, motivado pelo grêmio, além de promover um debate produtivo também auxilia a co-municação da UMES com os estudantes. “O grêmio é uma ferramenta facilitadora, ele é essencial para a formação do envolvido na sociedade”, complementa a presidente da entidade, Beatriz Costa, 18 anos.

A organização dos jovens em grêmios estudantis é o primeiro passo na luta pelos seus direitos, é, sobretudo, um exercício de cidadania.

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verdade que, no início, quando a sétima arte nem era considerada arte e os filmes não mostravam nada além do que a câ-mera capturava, o cinema

não era mais do que uma atração de exposição. Mas o tempo passou e inúmeros cineastas transformaram aquela forma de dar movimentos às fotografias em um meio para se contar belas histórias. Com isso, o cinema passa a ter sua própria linguagem, seu próprio objetivo: emocionar através de som e imagem.

Plateias choraram com E o Vento Levou, vibraram com Ben-Hur, se divertiram com Star Wars, se assusta-ram com Drácula. Grandes obras, de grandes autores que não precisaram usar desculpas tecnológicas como muleta para conseguirem se susten-tar. Essa noção, de que o cinema se transforma cada vez mais numa atra-ção de circo, proporciona momentos que seriam cômicos, se não fossem lamentáveis. Obras como A Árvore da Vida, do diretor Terrence Malick,

são obrigadas a enfrentar a fúria do público que esquece que cinema não é só o nome do prédio onde se assiste ao filme. Cinema é uma arte. E como tal, usa de várias formas, dentro de sua proposta, para contar uma história.

Filmes nem sempre têm de ser espetáculos visuais. Claro, produ-ções assim são divertidas, mas por que se privar de assistir a um longa que estimule a inteligência? Que faça você refletir sobre determinado assunto? É isso que um bom filme, que o bom cinema, proporciona. Não são apenas 2 horas de escapismo que poderiam ser comparadas a um passeio na montanha russa. Ou será que vivemos num período tão cruel e lamentável, que precisamos de diver-são barata a todo momento?

Não que o cinema deva ser usado apenas como difusor de discussões filosóficas. Mas também que não seja uma forma de se “desligar o cére-bro”, como muita gente adora dizer para explicar fenômenos de bilhe-teria como a série Transformers, de

Michael Bay. O interessante disso é que blockbusters como De Volta Para o Futuro, Star Wars ou até mesmo recentes obras baseadas em HQs não tomam seus espectadores por má-quinas com botão de liga e desliga. E mesmo assim tem seu público fiel. E, por causa desse respeito ao especta-dor, ficaram e ficarão na memória de muita gente, por vários anos.

Pedir por entretenimento de qualidade não é “pedir muito”. É simplesmente ter o mínimo de senso de autopreservação para não querer entrar na estatística de “gente que não entende o que vê”. Exigir quali-dade é dar valor às boas produções e procurar compreender as mensagens nelas implícitas.

POR ALEXANDRE LUIZ DE BARROS

ROSAPublicitário e blogueiro

do reenter.blogspot.comalexluizbr85@

gmail.com

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CINEMA NÃO É PARQUE

Pararefletir:

A trilogia original de Star Wars. Diversão com qualidade.

Clássicos como E o Vento Levou emocionaram gerações

CINEMA

DE DIVERSÕESÉ

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EVENTOS

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Paixão deCristo2012

Ana, Valdecir, Cleber, Ântonio e Paula Iago Matioli, Ricardo Matioli e Yslla Reis Marcos José de Carvalho, Adriana MariaSantana e João Gabriel de Carvalho

Semana do

HOPHIP7ª

Oreia, Miguel, Drica, Michele e Camila Rafael Oliveira, Mc Marechal e Leandro Moska Ricka, Raffa, Juny kp!, no colo Mauá, Edson, Stan e Oreia

Chorão e Edgar Mc Gra e Kiko Mc Marechal, Taroba e Pecks

A 7ª Semana do Hip Hop agitou Rio Preto entre os dias 23 e 25 de março. Idealizado pelo grafiteiro Pecks, o MC Taroba e o Centro Cultural Vasco, o evento incentivou a cultura local. A Semana recebeu grandes nomes do hip hop nacional, além de dar voz aos artistas da cidade.

Em 31 de março e em 02 e 06 de abril, a peça “A Paixão de Cristo - A Última Semana do Homem”, produzida pela Cia. de Teatro Fulano de Tal, foi encenada em Rio Preto. Com direção de João Paulo Rillo, a peça foi um sucesso e reuniu mui-tos fiéis em cada apresentação.

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18 > VOLVER > Maio/2012

CELI REGINADA CRUZ

Professorawww.

celiregina.com.br

o falar em uma sociedade igual para homens e mulhe-res, queremos dialogar em todas as dimensões da vida

social em que estamos envolvidas, tanto no espaço público quanto no privado.

Na sociedade moderna, aos pou-cos, as mulheres estão conquistando seu espaço, no ambiente profissio-nal, na busca de participação nas mudanças sociopolíticas do nosso tempo. Lentamente, as habilidades femininas começam a ganhar valor na sociedade. Nesse novo contexto, as mulheres abandonam o papel de coadjuvante em diversos segmentos sociais e profissionais, lutando para ter acesso às posições estratégicas, principalmente nas profissões que desempenham.

Na base, os processos de reestru-turação produtiva buscam incorporar a mão-de-obra feminina - embora na cadeia de comando das empre-sas, por exemplo, a presença das mulheres seja apenas simbólica. São destinados aos homens os melhores

cargos e salários. A última pesquisa do IBGE mostra o rosto dessas dife-renças por gênero: para cada R$ 100 de salário de um homem de baixa renda, uma mulher vai receber R$ 76; para cada R$ 100 recebidos pelo funcionário do sexo masculino, uma mulher receberá R$ 66,10.

Como a ocupação de um novo es-paço social não é linear e tranquila, o conflito de opiniões acerca do lugar da mulher é atual. Mas, se é verdade que as mulheres de hoje alcançaram maior participação no mercado de trabalho e dialogam uma nova pers-pectiva no ambiente familiar, também é verdade que, na esfera política, nós não estamos tão à vontade.

A, ainda recente, vitória de Dilma Rousseff, a primeira mulher como presidente, eleita com 56% dos votos válidos, desmontou velhos limites em relação à participação feminina na política eleitoral.

A eleição de uma mulher para o principal cargo eletivo do país ainda ecoa no imaginário social como um grande impulso para a promoção de

políticas de ampliação da autonomia das mulheres, e também a sua maior inserção nos espaços públicos.

Porém, trata-se, evidentemente, de uma exceção, porque o exercício da política institucional ainda é do controle masculino. O fato de termos uma mulher na presidência do país não se reverte automaticamente em mudanças das relações sociais e tampouco na ruptura dos empecilhos à presença das mulheres nos espaços de poder.

Nessa travessia histórica de luta por direitos de igualdade, muitos são os avanços, mas muitos são os desafios a serem enfrentados nas mais diversas áreas. Por isso, toda a sociedade e, sobretudo, nós, mulhe-res, não podemos cair na armadilha de permitir que a agenda política das mulheres fique refém de temas sob nosso controle. Para isso, é preciso maior participação e que a nossa atu-ação tenha uma pauta ampla, com posições progressistas sobre todas as questões que envolvam a perspectiva de uma sociedade igual.

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ARTIGO

IGUALDADE PARAAS MULHERES: ONDE?

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*Celi Regina da Cruz é Professora e Presidente doSindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rio Preto

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