revista vitamina #1

94

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Page 1: Revista Vitamina #1
Page 2: Revista Vitamina #1
Page 3: Revista Vitamina #1
Page 4: Revista Vitamina #1
Page 5: Revista Vitamina #1

A P R E S E N T A

Page 6: Revista Vitamina #1

O que seria a criatividade

senão um cavalo sem cela?

Uma imagem fotográfica

indefinida com tempo errado

de revelação?

Haveria um tempo certo?

M i s t u r a

P e n s a m e n t o

D i s s o n  n c i a

A ç ã o .

ME

S

T

A

Page 7: Revista Vitamina #1

Nesses estados, nesses esforços

constantes, a experiência

muitas vezes indescritível se

transforma

na mais valia do jogo.

Desvela-se numa realidade

apartada do nosso campo de ação

que não vemos, a princípio,

nenhuma saída cabível para ela

afora pendurá-la na parede,

para em seguida despencarmos

numa admiração obtusa.

Entre os eternos estados

de emanência, os rompantes

do indivíduo/coletivo e os

trânsitos territoriais, é

possível perceber um ponto

de irradiação singular,

a criação. Trata-se de

uma misteriosa brecha

que demarca uma infinita

cartografia de semânticas

e afirmativas ameaçadoras.

E , l o g o a p ó s , n o s

r e s s e n t i m o s .

Page 8: Revista Vitamina #1

R E S P I R O I

FA

DE

IN

FA

DE

OU

T

C R I A T I V I D A D E

N Ã O

I N S P I R A T I V A

DE

SO

BE

DIÊ

NC

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CU

LT

UR

AL

Page 9: Revista Vitamina #1

RE

SP

IRO

III

R E S P I R O I I

R E F L E X Õ E S

S O B R E

U P C Y C L I N G

I N D U S T R I A L

B R E C H A

Page 10: Revista Vitamina #1

D E S O B E D I Ê N C I A C U L T U R A L

Page 11: Revista Vitamina #1

Aquele que se atreva a

escrever, ou falar sobre

criatividade e sua economia,

deve antes investigar a arte e seus

motivos.

A arte rupestre nos prova que a

habilidade humana em se expressar

artisticamente data de incríveis

40 mil anos. O Nazareno, fonte de

inspiração para algumas expressões

artísticas, tem 2 mil anos de idade

e ainda pensamos que arte é coisa

recente, da Renascença quiçá.

Picasso, ao entrar em contato

pela primeira vez com os desenhos

milenares das cavernas europeias

exclamou: “Não aprendemos nada em

todos esses anos!”. Ele estava certo!

A qualidade figurativa daqueles

desenhos é igual

à de hoje e até melhor em certos

casos. Profundidade, sobreposição,

movimento, forma e contexto são

emocionantes. Algo que permaneça

íntegro por tanto tempo deve ser

considerado em qualquer

estudo sobre criação.

Page 12: Revista Vitamina #1

se hoje temos

dificuldade em precificar

o valor criativo, é

porque deixamos de lado

a essência da criação,

abandonamos a incerteza

do sentir, para valorar a

certeza do saber, e assim

construímos a indústria

e o consumo explícito,

montado num sistema

financeiro que especula

e impõe verdades

numéricas incabíveis na

arte e na cultura

de um povo em seu tempo.

De todas as conclusões, a que mais

me chama a atenção é: a arte

rupestre não está relacionada à mera

documentação do cotidiano pré-

histórico, e sim, às manifestações

da alma em uma espécie de transe.

Essa certeza se dá pelo fato de os

desenhos terem sido executados nas

profundezas de cavernas de difícil

acesso, no escuro, situação bem

diferente do que hoje seria uma

iluminada galeria para a contemplação

artística. Alguns artistas pré-

históricos representavam um universo

imaginário – com entidades espirituais

e outros animais –, sem relação

direta com sua dieta ou forma de vida

cotidiana. Quando em espaços maiores,

os desenhos serviam também para

experiências coletivas,

como pano de fundo, para contar

histórias de uma geração para outra,

com música e figurino, assim como

faz o teatro contemporâneo.

Arte é, por fim, e para

começo de conversa,

IMAGINAÇÃO, ou seja

imagem em ação na mente,

nas mãos, no corpo e na

voz do ser humano. Esse

imaginário, fundamental

para a formação de uma

sociedade organizada,

nasce muito antes de

qualquer espécie ou

tipo de economia, muito

antes de qualquer forma

ou métrica capaz de dar

concretude a valores.

O recente documentário da BBC sobre a influencia da arte nos dias de hoje explora essas pinturas e faz descobertas surpreendente.

Page 13: Revista Vitamina #1

de

como as “coisas”

funcionam, a arte nos contempla

com a visão de como as “pessoas”

são. Numa sociedade onde ambas parecem

bem resolvidas, por que então ainda tateamos a

superfície de uma possível harmonia? Parte da resposta

está obviamente no sucesso do modelo econômico vigente.

A moeda é sem sombra de dúvida uma ferramenta eficiente.

É fantástico imaginar uma solução igual para todas as

culturas do mundo. Realmente parece que tudo fica mais

fácil quando a vida se apoia em números, que podem ser

convertidos e valorados sobre praticamente qualquer

civilização. A solução econômica se apropria do

quantitativo da matéria, único elemento

realmente palpável.

Mas

calma lá, caro

autor, nem tanto ao céu nem tanto

ao inferno. A razão também faz parte da

cultura humana, não há nada de abominável nela.

Nosso anseio por respostas racionais nos trouxe

até aqui, nos diferencia de outros animais. O doutor

Einstein já dizia que o mistério é a essência de toda

arte e ciência. Ele foi um dos poucos cientistas que nunca

brigaram com o espírito imagético e, por isso, talvez tenha

despertado tantos avanços. Trago a ciência neste momento,

pois é dela que nasce a matemática financeira e a

economia que hoje nos trazem mais dúvidas

do que respostas. Separar a arte da ciência

é desperdiçar o precioso tempo de uma

geração. Enquanto a ciência nos

entrega a razão

Page 14: Revista Vitamina #1

Na agricultura, na indústria, no mercado

imobiliário, calculam-se “bens” pela

energia (tempo + matéria) despendida na

manufatura ou aquisição daquele conforto, seja

ele natural, sintético ou artificial. Para se chegar a

essa precisão e consenso mundial, a ciência que explica

tudo precisou ser reducionista em essência. É comum ver

economistas, ditos da ciência humana, deixarem de lado o fator

intelectual e forjarem a realidade de que precisam, para darem sentido

também aos números. Por meio de contas de chegada ou engenharia reversa.

Na agricultura, na indústria, no mercado imobiliário, calculam-se “bens”

pela energia (tempo + matéria) despendida na manufatura ou aquisição

daquele conforto, seja ele natural, sintético ou artificial. Para

se chegar a essa precisão e consenso mundial, a ciência que

explica tudo precisou ser reducionista em essência. É comum

ver economistas, ditos da ciência humana, deixarem de

lado o fator intelectual e forjarem a realidade de

que precisam, para darem sentido também aos

números. Por meio de contas de chegada ou

engenharia reversa.

Page 15: Revista Vitamina #1

Fica claro que a economia,

com base na moeda,

apesar de funcional, reduz

nossa vida a uma única

manifestação de troca, que se

apresenta medíocre diante das

infinitas variedades

de expressões gestuais e

sentimentais,pelas quais o ser

humano pratica sua existência.

Quando a coisa fica complicada,

a economia simplesmente emprega

o termo salva-vidas: “fatores

externos” para não deixar feio o

balanço final daquela planilha.

Não generalizando, economistas

são contratados para dar sentido

aos números de um cliente,

que geralmente é uma empresa

ou indústria exploradora de

recursos humanos e naturais.

Por exemplo, o litro do petróleo

é calculado pelo número

de pessoas que substitui

na produção ou colheita.

Graças à tecnologia, um litro

de petróleo numa máquina

de colher grãos equivale a

impressionantes 100 pares de

mãos na lavoura. Mas nenhum

economista, fazendeiro ou

supermercadista leva em

conta o custo de famílias

desempregadas. Para eles isso

é uma variável externa. Variável

esta que tem custo muito alto

para a sociedade como um todo.

Tanto que, hoje, a maior carência

do ser humano não é de produtos ou

life st yles, mas, sim, de afeto.

Page 16: Revista Vitamina #1

Mas o que é a economia criativa? O termo nasce nos

anos 1990 batizado então de economia da cultura.

Foi nesse período recente que as pessoas, mais

uma vez, mudaram seu sistema de crenças quanto

ao consumo e às relações familiares. Nas décadas

anteriores, a capacidade da indústria evoluiu

tanto que logo sua capacidade de oferta superou a

capacidade de escolha, ou até mesmo a capacidade

de conquista. No final do século XX, ficou

claro que as possibilidades eram impossíveis. A

qualidade de vida que estava no carro, na máquina

de lavar, no emprego estável, no casamento e na

casa própria já não acontecia de forma sensata.

Era preciso cada vez mais, e a insatisfação se

tornou status quo, de uma geração as(i)solada por

querências manipuladas pelo marketing.

O carro tem de ser um jato; a casa não é para

morar e ser feliz, é para vender; o casamento não

é por amor, torna-se uma sociedade planejada;

e o reconhecimento pessoal só acontece quando se

ganha um Oscar – como se ele representasse

os milhares de filmes produzidos mas que não

chegam à sala de exibição. É nesse cenário

de natureza manipulada que a arte e a cultura

voltam para resgatar nossos valores. Elas nos

mostram que a qualidade de vida poderia muito

bem estar em uma casa no campo, nas notas

descompromissadas de um instrumento ou num vídeo

dos primeiros passos do seu filho.

Page 17: Revista Vitamina #1

Sentir é o valor. O preço é uma

doença que precisa ser tratada.

Essa visão ficou incubada por

vinte anos, até os dias de hoje.

Isso porque a tecnologia ainda

não era o suficiente para dar forma

financeira è expressão cultural.

Foi somente com o advento da

digitalização dos objetos culturais

que a economia criativa começou

a fazer algum sentido na selva

monetária. Começando pela música,

a distribuição e a visibilidade

se tornam tangíveis pelo mundo

sem a necessidade de canais

dominados pelos barões da mídia.

A ruptura foi tamanha que

afetou até mesmo a capacidade

de produção. Hoje, vivemos num

fenômeno jamais visto.

A produção criativa foi parar

nas mãos do mais jovem,

Essa nova economia se baseia no intangível, naquilo que oferece infinitas variações e contextos.

O reconhecimento e a

satisfação poderiam,

sim, vir como fruto do

trabalho ordinário,

e não somente do

extraordinário

como diziam. Valores

novos, preços antigos

Oscar Wilde já

questionava:

“Para onde vai esta

sociedade que sabe

o preço de tudo mas não

sabe o valor de nada?”.

e distribuição da música,

e de grande parte dos recursos

das práticas criativas, já não

dependem da experiência do

mais velho e suas indústrias.

A prática incansável de games

e programação da nova

linguagem digital trouxe o

amadurecimento precoce do

profissional. A promissora

economia criativa traz conforto

e significado para a rebeldia

desses talentos.

Page 18: Revista Vitamina #1

Estamos falando de design,

publicidade, moda, artesanato,

entretenimento, software e tantos

mais, numa lista que não para de

crescer de modo sustentável. Essa

capacidade se deve principalmente

à natureza bipolar da economia

criativa. Ela é ao mesmo tempo

uma forma de produção de bens

industriais – como design,

engenharia e arquitetura – e também

uma forma de expressão cultural com

serviços, entretenimento e ações

sociais. Quando uma faceta está em

baixa, a outra vem para socorrer, e

juntas erguem o corpo inteiro.

as duas últimas décadas,

lutamos para regular a criação

artística, desenvolvemos novos

modelos de negócio e, aos poucos,

vamos aceitando a instabilidade da

arte como um mal necessário para

os negócios. A economia criativa

provou na crise financeira

de 2008. De todas as economias,

a criativa foi a única que não

encolheu e, caladinha, nos salvou

da maior crise de mercado de

todos os tempos. No fundo do

poço, ninguém deixou de consumir

cultura, produtos e serviços

relacionados.

Page 19: Revista Vitamina #1

Projetos são o transporte que ideias

inovadoras utilizam para se tornarem

realidade.

Será

com base em

projetos públicos e

privados, grandes e pequenos,

que moldaremos essa economia e a

faremos decolar! Por ter inicio, meio

e fim predeterminados, um projeto não

poderá ser tratado de forma completamente

isolada. Para assegurar legados, precisamos

de uma combinação recorrente. Ao estimularmos

projetos, devemos construir uma plataforma

nacional de políticas públicas que permita

a cultura brasileira no gerúndio. Algo

que sustente sua continuidade com a

transferência de tecnologias e de

processos criativos. Só assim

projetos serão traduzidos em

diversidade e transformação

cultural.

Page 20: Revista Vitamina #1

* ESSE CONTEÚDO FOI EXTRAÍDO DO ARTIGO PÚBLICO LANÇADO EM 2011 PELO ARTICULADOR FABRÍCIO DACOSTA.

A economia que irá revolucionar a sociedade e as formas como nos relacionamos com a tecnologia, com a natureza e com o próximo.

Sem ainda saber, a economia

criativa tem como método: envolver

para desenvolver. A obsessão humana

pelo desenvolvimento deve acabar

em breve. Aquilo que desenvolve se

distancia e se isola no universo.

É preciso chamar todos de volta,

uma espécie de recall cultural. Ao

rever os fundamentos da criação,

nos envolveremos em um “poliverso”

de projetos que não focam a

autoria, e sim a interpretação;

projetos que deixam transparente o

processo criativo e se alimentam do

conhecimento em prática, projetos

que erram antes de acertar!

Sonho meu... pode ser. Mas o que

seria do “alto” se não existisse o

“baixo”? Simplesmente não seria

reconhecido como tal. Sonhos são

contraponto para a realidade.

Aquele que não sonha não enxerga

o que é real. Não há limites para

sonhar, e melhor: sonhar não custa

nada!

Page 21: Revista Vitamina #1

C R I A T I V O S

D I S S O N A N T E S

P O R

z a n k

B O U T I Q U E

H O T E L

Page 22: Revista Vitamina #1

COMPOR UMA ESTRUTURA VISUAL

DE IMAGENS E FRAGMENTOS DE

TEXTOS CORRELATOS, EXTRAÍDOS

DA PLATAFORMA DO CRIATIVOS

DISSONANTES.

1

Page 23: Revista Vitamina #1

1 Tecnolo

gia

e s

ubje

tivação:

a q

uestã

o d

a a

gência

- R

osana M

edeir

os d

e O

liveir

a

DEVE-SE PENSAR A EXISTêNCIA DE

qUASE-ObjETOS E qUASE-SUjEITOS

EM VEz DE PENSAR EM UMA PURA

LIbERDADE DA EXISTêNCIA hUMANA

E EM ObjETOS PRáTICOS-INERTES.

NãO EXISTE NATUREzA DE UM LADO E

SOCIEDADE DE OUTRO, AS DUAS NãO

CONSTITUEM PóLOS DISTINTOS. OS

ARTEFATOS PARTICIPAM NOS COLETIVOS

PENSANTES: DA CANETA AO AEROPORTO,

DOS ALFAbETOS à TELEVISãO, DOS

COMPUTADORES AOS SINAIS DE

TRâNSITO. É PRECISO PERCEbER

AS GRANDES MáqUINAS hÍbRIDAS

CONSTITUÍDAS DE PEDRAS E hUMANOS,

TINTA E PAPEL, PALAVRAS E ESTRADAS

DE FERRO, REDES TELEFôNICAS E

COMPUTADORES

1

Page 24: Revista Vitamina #1

2

Música para cogumelos - J O H N C A G E // Tradução THAÍS MEDEIROS

SE VOCê NãO TEM O INSTRUMENTO DE

PERCUSSãO REqUISITADO, VOCê PODE

SUbSTITUÍ-LO POR qUALqUER COISA

2

Page 25: Revista Vitamina #1
Page 26: Revista Vitamina #1

AMbOS, hOMENS E VAMPyROTEUThES,

ESTAMOS ENGAjADOS CONTRA

O ESqUECIMENTO, ESSA TENDêNCIA

FUNDAMENTAL DA NATUREzA. AMbOS

ARMAzENAMOS E TRANSMITIMOS

INFORMAçõES ADqUIRIDAS. AMbOS

SOMOS SERES hISTóRICOS. EMbORA

ESTEjAMOS AMbOS ENGAjADOS NA

MEMóRIA, NãO O SOMOS NO MESMO

TIPO DE MEMóRIA, NEM UTILIzAMOS

OS MESMOS MÉTODOS PARA ARMAzENAR

DADOS NELA. ESTA DIFERENçA

É DECISIVA.

3

OS TEXTOS COMPLETOS CITADOS AQUI

PODEM SER LIDOS EM CRIATIVOSDISSONANTES.COM/bLOG

PLATAFORMA DE CONTEÚDOS DO PROJETO CRIATIVOS DISSONANTES.

Page 27: Revista Vitamina #1

3 Vampyro

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4 PARÁGRAFOS S

OBRE A

RTE C

ONCEITUAL -

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Lewit

t

AS IDEIAS NãO VêM NECESSARIAMENTE

EM UMA SEqUêNCIA LóGICA. PODEM

PARTIR EM DIREçõES INESPERADAS,

MAS UMA IDEIA DEVE NECESSARIAMENTE

ESTAR COMPLETA NA CAbEçA ANTES

qUE A PRóXIMA SE FORME.

4

Page 28: Revista Vitamina #1

Parto do princípio que todo processo criativo,

nas artes ou na moda, é sempre um processo de troca.

As ideias e as imagens se configuram misturando

memórias , referências, pesquisas e desejos.

Sem sequência lógica, abrindo e fechando

em fade in e fade out, em qualquer lugar da tela

do nosso corpo, alma ou pensamento. Ora as imagens

são palavras, ora as palavras são imagens.

Page 29: Revista Vitamina #1

Parto do princípio que todo processo criativo,

nas artes ou na moda, é sempre um processo de troca.

As ideias e as imagens se configuram misturando

memórias , referências, pesquisas e desejos.

Sem sequência lógica, abrindo e fechando

em fade in e fade out, em qualquer lugar da tela

do nosso corpo, alma ou pensamento. Ora as imagens

são palavras, ora as palavras são imagens.

“ M ay b e f a s h i o n a n d c i n e m a h a d s o m e t h i n g i n c o m m o n ” W i M W e n d e r s

Page 30: Revista Vitamina #1

Quand o me refiro

a tro cas ou Às tro cas,

me refiro a uma constante

alimentação e oxigenação

d os valores estéticos e morais.

Um pouco de subversão

é s e m p r e s au dáv e l !

Sob o meu ponto de vista, moda,

arte e literatura podem e devem

borrar as suas fronteiras.

Quanto a mim, no meio da minha

trajetória, tive a felicidade

de encontrar Karlla Girot to,

que ocupa aqui uma outra página

e a quem dedico estas viagens!

COMO UM(A) PIPA CUJA RABIOLA

RABISCA O CÉU, OS INSIGHTS

DEVEM SER CONDUZIDOS PELO

FIO QUE O LIGA À TERRA.

O VENTO QUE É O FATOR

DA NATUREZA, IMPRESCINDÍVEL

E IMPREVISÍVEL, DEVE SER

CURTIDO EM TODOS

OS SEUS SABORES, CHEIROS

E TEMPERATURAS.

MAS É PRECISO FICAR ATENTO...

SENÃO O VENTO LEVA.. . !

Page 31: Revista Vitamina #1

Esta estratégia é comprovada

nos mais diversos estilistas,

artistas e cineatas: Wim Wenders

quando fala de Yohji Yamamoto 1

, nos trabalhos de Ricardo Tisci

para Givenchy, em Hélio Oiticica,

Jorge Luis Borges, Haruki

Murakami,

Kazuo Ohno, Waly Salomão,

Vanessa Beecroft,

entre tantos que gerariam

assuntos suficienteS

para teses de livre docência.

1 D o cumentario Identidade de nós mesmos,

WiM Wenders, ano 1989.

D E P E N D E N D O D A

N O S S A H I S T Ó R I A O U

C U LT U R A , O P E R A Ç Õ E S

C R I AT I VA S A C O N T E C E M

M A G R I T I A N A M E N T E O U E M

U M E S TA L O D E H A I C A I .

N O S S O C O N T E X T O C U LT U R A L

D E T E R M I N A E S T E S M É T O D O S .

É S A U D ÁV E L Q U E M E S M O

E S T E S M É T O D O S C R I AT I V O S

S E J A M R E V I S A D O S

C O N S TA N T E M E N T E PA R A Q U E

N Ã O C A I A M E M U M A Z O N A

D E C O N F O R T O , C O N H E C I D A

E N T R E O S A R T I S TA S C O M O O

A PAV O R A N T E L I M B O C R I AT I V O .

O u t r a p a r t e f u n d a m e n t a l d e t o d o s o s p r o c e s s o s d e

c r i a ç ã o é e s t a r a t e n t o a o e n t o r n o . J á d i r i a L a c r o i x :

a s r u a s s ã o p e r i g o s a m e n t e c r i a t i v a s ! ! !

Page 32: Revista Vitamina #1

C R I A T I V O S

D I S S O N A N T E S

P O R

T E A T R O

C A S T R O

A L V E S

Page 33: Revista Vitamina #1

C R I A T I V O S

D I S S O N A N T E S

P O R

A P 3 0 3

Page 34: Revista Vitamina #1

“ I N S P I R A ç Ã O é

B á S I C O , C O m P O S T O

D E 1 0 0 % A C R í L I C O

D E q U A L I D A D E

S U P E R I O R . ”CAMPANhA ASLAN TRENDS

N ã O

Page 35: Revista Vitamina #1

A primeira peça produzida a

partir de toda a conceituação do

Generator (software desenvolvido em

2008/2009 de deformação aleatória de

modelagens) me apresentou um

cenário muito novo e único; um fluxo

criativo extremamente fluido e veloz,

a não-necessidade de conhecimentos

aprofundados em modelagem para se

produzir uma roupa, uma reflexão

que busca caminhos opostos aos

tradicionais na cadeia produtiva da

moda, e a possibilidade de tornar

úteis e facilitadores ‘objetos’ que

muita vezes tememos e evitamos;

o erro e o acaso. Temas de já alguns

estudos e publicações, o que me

encanta no erro e no acaso é menos

o caminho que encontrei para meu

próprio processo criativo, mas mais

o potencial que a proposta tem para

a educação em áreas criativas

e em formas de abordar a “ideia”de

maneira leve e desprovida de receios

e hesitações.

Page 36: Revista Vitamina #1

improvável imagem dos

profissionais nas áreas criativas

(ou de outras áreas, como

exatas, biologicas, etc, ) sendo

frequentemente preenchidos por

completo pela inspiração, com soluções

inimagináveis surgindo como mágica

para desenhar todos os paradigmas

profissionais e criativos não é rara

no imaginário do observador, mas um

evento de escassa aparição para quem

a poderia exercê-la. A criatividade,

no entanto, raramente é a inspiração

ocasional. O acaso, porém, bem pode

funcionar como motor criativo quando

utilizado de maneira organizada e

visto como trabalho quase que braçal,

de tentativas e erros, práticas e

descobertas. De forma quase hermética,

porém descrita de forma muito

bem humorada e interessante, esse

processo foi explicado e recebeu

regras pelo movimento conceitualista

em meados do século XX. Desde então

uma série de criadores, cientes ou não

desta delimitação por artistas como

Sol LeWitt (e seu divertido “Sentences

on Conceptual Art”), se valem do

erro e da sorte, associados a uma

organização processual, para alcançar

um fluxo criativo único. 

A proposta do generator para o último

workshop integrante do Criativos

Dissonantes, durante os dias 6 e 7

de dezembro de 2012, partiu dessa

possibilidade, de acreditar que a

Page 37: Revista Vitamina #1

criatividade não é exclusiva de

quem recebe o dom, quase que divino

de alguma forma, de materializar

inspirações. Criar, na maior parte

das vezes, é resultado de um

processo prático e exaustivo de se

extrair o máximo (frequentemente

depois reduzido ao melhor mínimo)

de uma matéria ou ideia. E como

expectativa para os dois dias de

trabalho, conseguir compartilhar

com o grupo o pensar na criatividade

como não exclusiva das áreas que

nomalmente tomamos como criativas e a

plurificação do impulso criativo pelo

RECONhECIMENTO DO ERRO/ACASO COMO POSSIbILIDADE

DE GERAçãO DE EVOLUçõES ESTÉTICAS

E PROGRESSO PROCESSUAL.

er a dissonância como ponto

central de um projeto de processos

criativos é reconhecer a pluralidade,

transversalidade e amplitude do

que chamamos de ‘criação’, ‘design’

e ‘arte’, e entender a ausência de

limites claros e definidos entre estes

campos. É compreender o valor da

crescente transdisciplinaridade e da

flexibilização de conceitos acerca do

que, durante tanto tempo, foi tentado

conter em espaços muito bem definidos

com preceitos e leis definidoras.

Pensando sobre esta dissonância,

chegamos a algumas outras palavras

que devem levantar ainda outras

reflexões e exercícios futuros para

este grupo, que de 3 ou 4 ou 5,

conseguiu alcançar o Brasil inteiro,

sem limites de contenção. 

Page 38: Revista Vitamina #1

de vestido, blusa;

de blusa, saia;

R E S U L T A D O D A y 1

P A R T E 1

C A D ER N

O

Page 39: Revista Vitamina #1

C R I A T I V O S D I S S O N A N T E S 2 0 1 2

de resto, tecido.

de igual, único.

L A B 5

P A R T E 1

C A D ER N

O

Page 40: Revista Vitamina #1

3 m

old

es b

ásic

os, c

om d

e-

form

ações a

leató

rias

modelados por designers,

artistas, modelistas,

E S T U D A N T E S ,   A S T R O L O G O S ,

P E R F O R m E R S , A T O R E S ,

P R O F E S S O R E S ,

Page 41: Revista Vitamina #1

A C I m A

D E T U D O ,

C R I A D O R E S .

o m

old

e s

em d

ireção, o p

rimeir

o p

ed

ala

r de c

ostu

ra, o f

uro

de a

gulh

a,

o zipper em papel,

o primeiro retalho

em loop, o overlock-ventura.

Page 42: Revista Vitamina #1

formulas

projetuais

L A B 5

Page 43: Revista Vitamina #1

C R I A T I V O S D I S S O N A N T E S 2 0 1 2R E S U L T A D O D A y 2

P A RT E 2

C A D ER N O

Participar de um grupo

absolutamente heterogêneo trouxe

inenarrável enriquecimento

para a proposta inicial. O que,

a princípio, aparentava ser um

workshop de modelagem de roupas,

se transformou em um workshop

de modelagem de ideias, das mais

variadas, que foram trabalhadas,

apesar do curto prazo, em

uma consonância de interesses

em trocas de conhecimentos

amplamente plurais.

Page 44: Revista Vitamina #1

Um caderno de alterações de

superfície têxtil, um jogo-

estamparia em motivos tropicais,

imageificações de mapas astrais

temporais e pessoais, uma receita

para jantares aleatórios, uma

metodologia para modificação

P A RT E 2

C A D ER N O

Page 45: Revista Vitamina #1

de modelagens de roupas, dentre

tantos outros, objetificados e

desenvolvidos ou não,

foram apenas algumas das propostas

levantadas neste intervalo de tempo

que tomou a participação como

objeto essencial para um melhor

proveito dos fluxos criativos

e dis-sonância criativa. 

Page 46: Revista Vitamina #1

COMPOR UMA ESTRUTURA VISUAL

DE IMAGENS E FRAGMENTOS DE

TEXTOS CORRELATOS, EXTRAÍDOS

DA PLATAFORMA DO CRIATIVOS

DISSONANTES.

2

Page 47: Revista Vitamina #1

SE AbANDONAR A INGENUIDADE E OS

PRECONCEITOS DO SENSO COMUM FOR

úTIL; SE NãO SE DEIXA GUIAR PELA

SUbMISSãO àS IDEIAS DOMINANTES

E AOS PODERES ESTAbELECIDOS FOR

úTIL; SE bUSCAR COMPREENDER

A SIGNIFICAçãO DO MUNDO, DA

CULTURA, DA hISTóRIA FOR úTIL;

SE CONhECER O SENTIDO DAS CRIAçõES

hUMANAS NAS ARTES, NAS CIêNCIAS

E NA POLÍTICA FOR úTIL; SE DAR A

CADA UM DE NóS E à NOSSA SOCIEDADE

OS MEIOS PARA SEREM CONSCIENTES DE

SI E DE SUAS AçõES NUMA PRáTICA qUE

DESEjA A LIbERDADE E A FELICIDADE

PARA TODOS FOR úTIL, ENTãO PODEMOS

DIzER qUE A FILOSOFIA É O MAIS úTIL

DE TODOS OS SAbERES DE qUE

OS SERES hUMANOS SãO CAPAzES.

1

1

Convite à Filosofia – Marilena Chauí

Page 48: Revista Vitamina #1

2

PODEMOS ObSERVAR NO VAMPyROTEUThIS

qUE A PROGRAMAçãO DAS INFORMAçõES

PODE DISPENSAR APARELhOS.

O PRóPRIO ORGANISMO PODE PASSAR

A FUNCIONAR COMO APARELhO.

O FUNCIONAMENTO APARELhÍSTICO PODE

SER “INTEGRADO”.

O COMPORTAMENTO APARELhÍSTICO

PODE “SUPERAR OS APARELhOS”. PODE

SURGIR O TOTALITARISMO

DE APARELhOS INTEGRADOS, PORTANTO

INVISÍVEIS E IMPERCEPTÍVEIS,

COMO A MASSA GELATINOSA DO

VAMPyROTEUThIS. A CONTEMPLAçãO

DA ARTE VAMPyROTêUThICA EVITA

POIS qUE GLORIFIqUEMOS A ARTE

TOTAL, O ARTIFICIAL, O ARTIFÍCIO,

A ARTIMANhA. qUE EVITEMOS

TODO ROMANTISMO. PORqUE O

VAMPyROTEUThIS ILUSTRA A ESSêNCIA

DO ROMANTISMO: O INFERNO.

Page 49: Revista Vitamina #1

2

Vampyroteuthis Infernalis – Vilém Flusser e Louis Bec // tradução: Daniel P. P. da Costa

Page 50: Revista Vitamina #1

3TODA REPRESENTAçãO DA PELE SUPõE

UM PERCURSO ENTRE NATUREzA

E CULTURA COM CONFIGURAçõES

PRóPRIAS. SE COMO LIMITE DO CORPO

A PELE SANCIONA A SUA INTEGRIDADE,

COMO LUGAR DE DESFIGURAçãO E

METAMORFOSE ELA LhE SUbTRAI TAL

INTEIREzA E DEVOLVE-O AO INFORME.

COMO INVóLUCRO, A PELE EXPLICITA

UMA DINâMICA ENTRE SUPERFÍCIE

E PROFUNDIDADE AO ACEITAR E

ACOMPANhAR, AO MESMO TEMPO,

RELEVOS E DEPRESSõES.

Page 51: Revista Vitamina #1

3 META

MORFOSE D

O C

ORPO -

Ste

lla S

enra

OS TEXTOS COMPLETOS CITADOS AQUI

PODEM SER LIDOS EM CRIATIVOSDISSONANTES.COM/bLOG

PLATAFORMA DE CONTEÚDOS DO PROJETO CRIATIVOS DISSONANTES.

Page 52: Revista Vitamina #1

B R EC H AELAbORAçãO ARTÍSTICA

SObRE

O hOMEM

E A SOCIEDADE

CONTEMPORâNEA

bREChA

Page 53: Revista Vitamina #1

Esse trabalho delineia dois

territórios distintos: em um,

confronta o homem com suas

demandas sociais e sua

presença no mundo, e em outro,

propõe estados de inércia

e repouso como resposta

artística a essas demandas.

Por presença vamos nominar

o corpo e suas representações

simbólicas. E não somente

o corpo-eu, pessoal e elemento

social, mas também o corpo-

outro, alteridade.

T r a t a d a t e n s ã o p e r m a n e n t e q u e s e e s t a b e l e c e e n t r e

a s a t u a l i z a ç õ e s v i t a i s , p u l s i o n a i s ,

c r i a t i v a s e a s f i x a ç õ e s s o c i a i s , t e n d o c o m o i n t e r f a c e

o c o r p o , s u a r e p r e s e n t a ç ã o s i m b ó l i c a

e p e r f o r m a t i v i d a d e .

Page 54: Revista Vitamina #1

N o c o r p o - e u , o p u l s a n t e , o a t i v o

e p a s s í v e l d e s e r a f e t a d o ,

t r a n s f o r m a d o , p e r f o r m a t i z a d o ,

e n u n c i a d O .

Page 55: Revista Vitamina #1

N o c o r p o - e u , o p u l s a n t e , o a t i v o

e p a s s í v e l d e s e r a f e t a d o ,

t r a n s f o r m a d o , p e r f o r m a t i z a d o ,

e n u n c i a d O . A subjetividade em

constante atualização.

No corpo-outro, alteridade,

o fora que habita cada um,

parte e todo de construções

e enunciações, intensidades

e interrogações.

A presença no mundo não

diz respeito somente à

matéria percebida pela

visão, mas a toda construção

de presença que se dá a

partir do invisível, de tudo

que não pode ser visto ou

ouvido, emergindo novos

acontecimentos e gerando

novos campos de força.

A presença está sujeita

tanto à ação, entendida aqui

como manifestação de uma

afecção e, ao mesmo tempo,

experiência e produção,

como também à estagnação,

captura e mutilação do

SENSÍVEL, FORçA REACIONáRIA qUE bLOqUEIA

A PASSAGEM DE AFETOS E AFECçõES,

IMPEDINDO OS FLUXOS qUE PRODUzEM

VIDA CRIATIVA.

Page 56: Revista Vitamina #1

evidencia a estagnação como processo

permanente.

O que, numa sociedade ideal, seria

tempo de passagem e estranhamento,

grávido de possibilidades e princípios

vitais, torna-se esvaziamento e falta

A s o c i e d a d e c o n t e m p o r â n e a

c o m s e u s i m p e r a t i v o s d e c o n s u m o

e m a p a s d e v i d a d e s c a r t á v e i s

Page 57: Revista Vitamina #1

de sentido pela repetição sistematizada

e normatizada de regras e valores.

Para operar nessa frequência, perversa

e mutiladora, os mecanismos de ação dessa

sociedade anestesiam, paralisam torna-se

esvaziamento e falta de sentido pela r e p e t i ç ã o s i s t e m a t i z a d a

e n o r m a t i z a d a d e r e g r a s e

v a l o r e s .

Page 58: Revista Vitamina #1

P a r ao p e r a r NESSA FREqUêNCIA,

PERVERSA E MUTILADORA,

OS MECANISMOS DE AçãO

DESSA SOCIEDADE ANESTESIAM,

PARALISAM

E CONDICIONAM

A PRESENçA.

Estagnam-se processos

e fluxos vitais,

despotencializando

a vida e a criação.

Nesse panorama

não haveria, então,

emergências possíveis

de subjetividade, porque

estas estão por demais

expostas às escalas de

padrão e normatização

que congela os

devires minoritários

pertencentes à escala

do acontecimento, da

emergência de novas

potências.

Page 59: Revista Vitamina #1

do devir minoritário, que

têm relação íntima com a

subjetividade e faz nascerem

novas forças e potências

de ação, são congelados

e transformados em devir

majoritário, por meio de

operações de majoração

pautadas pelo sistema de

capital e consumo – e não só

por ele. Tudo isso para que as

vidas, em suas experiências

cotidianas, não se

estabeleçam em sua plenitude,

em sua potência máxima de

acontecimento, estagnando e

estancando seu fluxo e sua

pulsão vital.

NESSE

SENTIDO,

OS ACONTECIMENTOS

DA ESCALA

Temos, então, as seguintes

situações: o devir majoritário,

adequado à norma, à regra

e aos sistemas de controle,

e o devir minoritário, da ordem

da variação, da diferenciação

e da transformação, alinhado,

portanto, ao constante fluxo de

processos e atualizações vitais

e criativas.

Há que se considerar, ainda,

que o primeiro é da escala

objetiva do mundo, visível,

material e palpável e o

segundo, da escala subjetiva,

molecular, imperceptível.

Page 60: Revista Vitamina #1

por meio de ferramentas e estratégias

próprias, congela e explicita alguns

desses mecanismos, expondo, ainda,

que o homem tem potencialmente um

devir menor que o permitiria escapar

ao padrão majoritário.

O que interessa, principalmente, é a

vida cotidiana do homem de um tipo

genérico, nada singular, que pode ser

B R EC H A ,

Page 61: Revista Vitamina #1

o vizinho, o padeiro, o professor,

o tio, o transeunte, o funcionário

de escritorio.

As ferramentas e estratégias foram

concebidas a fim de criar um ritmo

próprio, dando um tratamento menor

a elementos do devir maior e, assim,

pretende fazer emergir forças menores

em atividades antes impensáveis

ou insuspeitadas por meio de brechas,

rachaduras, reais ou metafóricas. Cria

certa analogia com a natureza viva

encontrada em brechas e rachaduras

de calçadas e cimentos, aparentemente

geração espontânea de vida em estado

bruto que, em resistência silenciosa,

irrompe e permanece.

“NADA É MAIS PERTURbADOR

qUE OS MOVIMENTOS INCESSANTES

DO qUE PARECE IMóVEL”, G. DELEUzE.

Há de se citar ainda a importância

do repouso e da inércia nas

ferramentas e estratégias como

operações de reação à estagnação,

trucando e pretendendo uma possível

imobilidade ativa, visto que,

na física, inércia é a resistência

da matéria à alteração de seu estado

e responsável por conservar um corpo

em seu estado de movimento.

Para Brecha, estar em repouso

e em inércia é resistir e descarrilar

a estagnação. Retira-se a estrutura

e dispara-se a variação

e as intensidades.

Page 62: Revista Vitamina #1

E s t r a t é g i a 1

E s t r a

E s t r a t é g i a 2

E s t r a t é g i a 3

E s t r a t é g i a 4

E s t r a t é g i a 5

SONO

Dormir sobre um colchão

de cimento, tamanho casal,

com travesseiros de cimento

bordados com metal.

Performance no espaço

expositivo, tempo real (uma

noite).

Registro fotográfico de

performance produzida com

transeuntes de uma rua

qualquer, onde foram instalados

na calçada alças de um chinelo,

utilizando o concreto como a

base do chinelo.

Pode-se repetir a estratégia

no espaço expositivo.

Registro fotográfico de

performance instalada em

uma rua qualquer, num muro

de pedras com plantas que

nasceram aleatoriamente, no

qual se abrirá o recorte de um

vestido. O transeunte é

convidado a se encaixar e

“vestir” o muro.

Registro fotográfico de

performance que instala 2

botões de punho de camisa em

uma parede qualquer e abotoa

os punhos dos transeuntes,

imobilizando-os.Pode-se

repetir a estratégia no espaço

expositivo.

ChINELO/MUNDO

VESTIDO/MURO

bOTãO/PAREDE

bOTãO/PAREDE2

Registro fotográfico de performance que instala 3 botões de terno em uma esquina,

na parede de um prédio de escritórios qualquer e abotoa os ternos dos transeuntes,

imobilizando-os. Pode-se repetir a estratégia no espaço expositivo.

Page 63: Revista Vitamina #1

E s t r a t é g i a 6

E s t r a t é g i a 7

E s t r a t é g i a 8

E s t r a t é g i a 9

bOLSA/MUNDO

Utiliza rachaduras produzidas

pela ação do tempo e

aleatoriamente em calçadas e

vias públicas transformando-as

em aberturas de bolsa. Insere

zíper, alças e acessórios

típicos desse objeto. A ação/

performance consiste em

carregar a bolsa/mundo ao

mesmo tempo em que imobiliza

o carregador no chão.

Desenhar com giz numa calçada

qualquer um colchão,

localizar uma pedra no lugar

onde seria o travesseiro, e

permitir que transeuntes

deitem.

Pode-se repetir a estratégia

no espaço expositivo.

Série fotográfica de calçadas,

muros, paredes, asfaltos e

vias públicas onde a natureza

encontrou brechas e rachaduras

e, a despeito da aridez, brotou

vida.

Série fotográfica de

calçadas, muros, paredes,

asfaltos e vias públicas

em que a artista faz uso

de buracos, brechas e

rachaduras aleatórias e

preexistentes para

preenchimento com ouro.

Registro fotográfico de performance que instala 3 botões de terno em uma esquina,

na parede de um prédio de escritórios qualquer e abotoa os ternos dos transeuntes,

imobilizando-os. Pode-se repetir a estratégia no espaço expositivo.

TRAVESSEIRO/PEDRA

NATUREzA/PEDRA

PREENChENDORAChADURASCOM OURO

/ a s f o t o s s ã o r a s c u n h o s d e p r o j e t o

e n ã o n e c e s s a r i a m e n t e d e f i n e m

o t r a b a l h o f i n a l .

E s t r a t é g i a

Page 64: Revista Vitamina #1

COMO

FORMA

DE

FAzER

ROUPAS

R E F L E X Õ E S S O B R EO U P C Y C L I N G I N D U S T R I A L

Page 65: Revista Vitamina #1

R E F L E X Õ E S S O B R EO U P C Y C L I N G I N D U S T R I A L

Page 66: Revista Vitamina #1

LAb1

CRIATIVOS DISSONANTES

2012

Page 67: Revista Vitamina #1

de empilhar um monte de camadas de

tecidos, colocar um molde em cima

e cortar seguindo o molde todos os

tecidos de uma vez. 

A confecção industrializada como a

gente a conhece não existiu sempre,

as roupas eram feitas sob medida, por

costureiros e alfaiates. A confecção

industrializada foi uma nova forma de

fazer roupas. 

Em 2010,

caminhava

pelo leste de

Londres, quando

de repente vi numa

vitrina duma loja

várias roupas feitas

de roupas, levei um

susto, isto é o que faço

no projeto IN.USE desde

2008 e nunca tinha visto

uma loja especializada em

comercializar este tipo de

produtos. Entrei na loja, provei

peças, comprei uma, conversei com

o vendedor, fui no atelier. Descobri

que faziam isto desde 1995.

Quando

caminhava

indo embora

senti uma

mistura de

sentimentos.

Por um lado, uma

certa frustração por

ver um projeto similar ao

meu na rua, já andando há

tantos anos, eu me achando

tão original fazendo roupas

de roupas… Mas por outro lado,

sentia uma excitação por ver um

projeto similar ao meu num estagio

bem mais avançado, deu um ânimo bom. 

A L G U m D I A U m m A L U C O T E V E A

I D é I A

Page 68: Revista Vitamina #1

C O m E S T A m I S T U R A D E

S E N T I m E N T O S E P E N S A m E N T O S

C H E G U E I A C O N C L U S Ã O q U E

A partir de dados levantados

na Abit, chegamos a alguns

números. O Brasil produz

anualmente uma media de 9,8

bilhões de peças, destas 5%

são para exportação, ficam

no mercado brasileiro 9,32

bilhões. 

Pela experiência trabalhando

em marcas de moda, sabemos que

75% de sellout é uma media boa

de venda de coleção no varejo.

Do restante 25%, uns 20%

são vendidos na liquidação,

e o resto 5% é uma sobra

amortizada. Algo assim como

dizer que se você quer vender

7 peças e meio você vai ter

que comprar 10. Cruzando estas

porcentagens do varejo com os

dados na industria, podemos

concluir que para os negócios

funcionarem, 686 milhões de

peças sobram por ano no varejo.

o upcycling Industrial (como

chamamos na IN.USE ao ato de

fazer roupas de roupas em escala

industrial), não é uma idéia em si,

de uma marca, é uma forma de fazer

roupas. Uma forma que hoje é nova,

mas tão nova quanto foi a confecção

industrializada nos seus primórdios.

É um sistema de fazer roupas,

paralelo e alternativo ao hoje

tradicional, e que cobra sentido

no panorama de crise do mercado de

moda atual.

Page 69: Revista Vitamina #1

P A R A O N D E V A I T O D A E S S A S O B R A ?

É claro que não toda a roupa, jogada

no lixo, ou incinerada, ou armazenada,

muitas peças alimentam mercados

alternativos por exemplo de sacoleiras

Brasil dentro onde as peças ganham

uma nova chance de venda. Mas ainda

são muitas….Não negamos o sistema tradicional,

nos aliamos a ele e numa relação de

simbiose com a indústria, utilizamos

como matéria prima estas peças

paradas nos estoques das fabricas/

marcas (peças, tecidos, aviamentos),

limpando e dando lucro as industrias.

Desenvolver o conceito de Política

Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

Pessoalmente, proponho fazer desenvolvimento

de produto (que é o que os estilistas fazemos

dentro do sistema tradicional), só que

reciclando “resíduos” da industrial têxtil e

de confecção, passando a olhar este material

como matéria prima. 

FALAMOS EM EVOLUçãOE NãO REVOLUçãO.

Page 70: Revista Vitamina #1

É um método empírico, se faz

com as mãos na massa, com

as mãos pensando. O trabalho

começa com uma oficina de

moulage criativo onde se

começam buscando as muitas

outras possibilidades que

existem de vestir uma peça sem

cortá-la, sem transformá-la, se

restringindo completamente a

forma que ela tem, a modelagem,

as costuras, a estrutura: Design

por Restrição. 

É um método de exaustão,

para chegarmos ao ponto

de dar um novo significado

a uma peça que já tem um

significado tão definido,

a desconstrução dos

conhecimentos que

carregamos como axiomas

sobre a modelagem e

construção de peças, tem

que ser radical. 

S O B R E O m é T O D O D E

C R I A ç Ã O :

Page 71: Revista Vitamina #1

Para chegar no ponto de pensar com o

corpo, precisamos dar um nó no cérebro,

desorientá-lo, desarticulá-lo. E assim que

ao descontextualizar uma peça da sua função

original, experimentando com ensaio e erro,

começam a surgir possibilidades inimagináveis

racionalmente. 

qUANDO CORTAR CObRA SENTIDO porque outra forma começa a aparecer

a partir da peça original, podemos

usar a tesoura. Agora o corte vai ser

direcionado, não ansioso e impulsivo,

vai nos levar a outro estágio, a novas

possibilidades. 

Desta forma, entramos num modo de

ginástica mental, onde o cérebro de

alonga, tal como um músculo, chegando

mais longe.

Agora que temos uma idéia esboçada

de uma peça, precisamos baixá-la à

terra. Ou seja: por um lado dar a ela

uma cara de roupa boa, bem acabada

e por outro lado criar um processo

para que a mesma seja reproduzida

industrialmente. 

Estar reciclando não quer dizer que

as roupas que façamos tenham um

aspecto artesanal e hippie. Para que

o upcycling industrial faça sentido

e tenha consistência ele tem que ser

feito em escala e para que possa ser

feito em escala tem que ser comprado

em escala, ou seja compreendido por

muitos, ou melhor, desejado por muitos.

Para ser feito em escala ele precisa

ser encaixável dentro dum processo

industrial, para isto elaboramos a

receita com os passos a serem seguidos

para a produção em série. 

Partindo das peças atingidas no

exercício empírico de criação,

aplicamos o processo de Engenharia

Reversa, através do qual analisamos

a peça criada de forma livre, para a

partir dela fazer um produto final

S O B R E O m é T O D O D E P I L O T A G E m :

Page 72: Revista Vitamina #1

Com a piloto final na mão e sua ficha

técnica com memorial descritivo,

com passo a passo detalhado para

a reprodução em serie, fechamos o

processo de Upcycling Industrial. 

S O B R E O m é T O D O D E P R O D U ç Ã O :

e sua ficha técnica. Neste momento,

voltam a razão e os conhecimentos

sobre construção de peças. É a

hora de por um lado compreender e

decodificar o que aconteceu no passo

prévio irracional e por outro lado,

escolher os melhores acabamentos e

avios, sempre aproveitando ao máximo

as informações que a peça original já

carrega, o conhecimento congelado que

ela tem. Quando observamos uma peça,

o tecido, os tipos de acabamentos,

maquinário que foi utilizado,

aviamentos, linha, etiquetas,

presenciamos o estado da história da

indústria têxtil e de confecção. Anos

de evolução ficam congelados nessa

peça. Procuramos aproveitar todo este

conhecimento que ela carrega,

e toda a energia que foi utilizada

para confeccioná-la. Como numa

sucessão, a nova peça herda as

características da peça original,

da sua matéria prima.

NãO DESCOSTURAMOS, CORTAMOS, E Só CORTAMOS O MÍNIMO NECESSáRIO.

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.

Page 73: Revista Vitamina #1

COMPOR UMA ESTRUTURA VISUAL

DE IMAGENS E FRAGMENTOS

DE TEXTOS CORRELATOS,

EXTRAÍDOS DA PLATAFORMA

DO CRIATIVOS DISSONANTES.

3

Page 74: Revista Vitamina #1
Page 75: Revista Vitamina #1

O PLANEjAMENTO DINERGÉTICO,

É INCLUSIVO “E/E” E NãO DEIXA

DE LANçAR MãO DOS INSTRUMENTOS

TRADICIONAIS DE ANáLISE

E PLANEjAMENTO, MAS SE APROPRIA

DELES EM DIáLOGO COM OUTRAS

DISCIPLINAS. SãO NOVOS PADRõES

DE PENSAMENTO E AçãO. RAzãO

E INTUIçãO. CIêNCIA E ARTE.

ISTO E AqUILO. LADO DIREITO

E ESqUERDO DO CÉREbRO. CONCRETO

E AbSTRATO. TANGÍVEL E INTANGÍVEL.

SINGULARIDADE E DIVERSIDADE.

LINEAR E COMPLEXO. OS OPOSTOS

GERANDO O EqUILÍbRIO.

1

1 Economia

Cri

ati

va e

Inic

iati

vas S

ocio

cult

ura

is:

Energ

ia e

Din

erg

ia p

ara

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ender

de f

orm

a s

uste

ntá

vel

- M

inom P

inho

Page 76: Revista Vitamina #1
Page 77: Revista Vitamina #1

A SUbjETIVIDADE É FRUTO

DE UM AGENCIAMENTO SOCIAL MúLTIPLO,

E NãO há PORqUE SEPARAR hOMEM

E MáqUINA. A RELAçãO DO hUMANO

COM A MATÉRIA - COM A NATUREzA,

COM OS ObjETOS, COM AS MáqUINAS -

É UMA RELAçãO NãO DE FORMATAçãO,

MAS DE ACOPLAMENTO, DE COMPOSIçãO.

O CAMPO DE SUbjETIVAçãO

É CONSTITUTIVO TANTO DO SUjEITO-

ObjETO qUANTO DO MEIO.

3

O VAMPyROTEUThIS NãO É PROVOCADO

POR ObjETOS. O SEU INTERESSE

EXISTENCIAL NãO É DESVIADO PELOS

ObjETOS: DIRIGE-SE SEMPRE RUMO AO

OUTRO. A SUA ATIVIDADE CRIADORA, PELA

qUAL VAI ELE ARMAzENANDO VIVêNCIAS

ADqUIRIDAS, TRANSPASSA OS ObjETOS E

SE DIRIGE RUMO AO OUTRO.

2

3

Tecnologia e subjetivação: a questão da agência - Rosana Medeiros de Oliveira

Page 78: Revista Vitamina #1

2 /

/4

Vampyro

teuth

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lusser

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ouis

Bec /

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radução:

Danie

l P.

P.

da C

osta

qUANDO O hOMEM PROCURA EXPRIMIR

DETERMINADA VIVêNCIA, qUANDO

PROCURA TORNAR AUDÍVEL O INAUDITO

E VISÍVEL O INVISÍVEL, O FAz EM

FUNçãO DE DETERMINADO ObjETO.

NA ARTICULAçãO hUMANA, VIVêNCIA

E ObjETO SãO INDISSOLúVEIS UM DO

OUTRO. TUDO qUE O hOMEM VIVENCIA

É VIVENCIADO “PARA” UM DETERMINADO

ObjETO: PARA O MáRMORE, PARA

DETERMINADA LÍNGUA FALADA OU

ESCRITA, PARA SONS MUSICAIS, PARA

A FITA DE CELULOSE. E TODO ObjETO

qUE O hOMEM ENCONTRA NO SEU CAMINhO

RUMO à MORTE CONTÉM IMPLICITAMENTE

AS CATEGORIAS qUE PERMITEM ARTICULAR

DETERMINADAS VIVêNCIAS: DETERMINADO

SENTIMENTO, PENSAMENTO, VALOR,

DESEjO.

4

Page 79: Revista Vitamina #1
Page 80: Revista Vitamina #1

5

Co-criação em 11

“advérbios”

Andre Torales

ESTE CARA FALOU: “NãO IMPORTA qUEM

VOCê SEjA, A MAIORIA DAS PESSOAS

MAIS INTELIGENTES TRAbALhAM EM OUTRO

LUGAR”.

5

Page 81: Revista Vitamina #1

6

A altermodernidade 

de Nicolas Bourriaud

- Ricardo Nascimento

Fabbrini

OS TEXTOS COMPLETOS CITADOS AQUI

PODEM SER LIDOS EM CRIATIVOSDISSONANTES.COM/bLOG

PLATAFORMA DE CONTEÚDOS DO PROJETO CRIATIVOS DISSONANTES.

É VERDADE qUE, SEGUNDO bOURRIAUD,

A ARTE CONTEMPORâNEA qUESTIONA

jUSTAMENTE A IDEIA DE “SINTAXE

DA FORMA ARTÍSTICA” qUE VIGOROU

NO PERÍODO DAS VANGUARDAS, POIS

“[...] NãO SE TRATARIA MAIS DE

GERAR SENTIDO ATRAVÉS DE SIGNOS

REPRESENTADOS”, MAS “DE PRODUzIR

RELAçõES COM O MUNDO”

6

Page 82: Revista Vitamina #1

C R I A T I V O S

D I S S O N A N T E S

P O R

P E R E I R A

Page 83: Revista Vitamina #1

C R I A T I V O S

D I S S O N A N T E S

P O R

S E N A I / F I E B

Page 84: Revista Vitamina #1

O

movimento para

a primeira edição da revista

Vitamina se deu através da confluência dos

processos desenvolvidos no ciclo de laboratórios

do Criativos Dissonantes em 2012

e suas experiências decorrentes que se drebruçaram

em observar um desenho mutante e transgressor dos

sistemas tradicionais de pensar o fazer, o ensino, as

didáticas e consequentemente a relação de novos territórios

entre o design, arte contemporânea e outros setores

criativos que o feitor hoje interage.

A partir dessa relação, foi possível construir

um material que fala de si mesmo e utiliza

os “processos” como motivação de uma matriz

de experiências, tentativas e ambientes

de estímulos criativos.

WWW.

CRIATIVOS

DISSO

NANTES

.COM

Page 85: Revista Vitamina #1

Pulverizado de ações convergentes

que pensam a produção artística e

as paisagens locais como estruturas

transversais de desenvolvimento

e intercâmbio de práticas/teorias

artísticas randômicas, os limites da

arte, design e cidade são a proposta

de uma cartografia de experiências

provocativas e de repercussão que

se abre em diálogo com indivíduos

críticos, abarcados pela perspectiva

de que apenas a diversidade gera

singularidade.

Preocupado com o tempo e

espaço no trânsito, o Criativos

Dissonantes, propõe uma proliferação

transfronteiriça que cambia uma

contínua alteração da noção

dos valores e significados da

ação. Sua ênfase repousa sobre a

compartimentalização da atividade

em detrimento da perspectiva,

considerando a atual economia

de produção criativa utiliza

a dissonância de experiências

intelectuais como uma metáfora para o

“trabalho” e, de certa forma,

C O m O U m A E S T R A T é G I A P A R A D E T E R m I N A R S U A P O S I ç Ã O C O m O U m C O m P L E X O S I S T E m A S O C I A L , P O L í T I C O E C U L T U R A L .

Page 86: Revista Vitamina #1

T A R C I S I O A L M E I D ADIREÇÃO CRIATIVAwww.tarcisioalmeida.com

V I T O R B A R R E T OCOORDENAÇÃO DE GESTÃ[email protected]

A L A N A C A M A R [email protected]

M A R I A N A P A I V AREVISÃ[email protected]

A U G U S T I N A C O M A SORIENTADORA

PÁG 60 - PÁG 68

S U Z Y O K A M O T OORIENTADORA

PÁG 24 - PÁG [email protected]

K A R L L A G I R O T T OORIENTADORA

PÁG 48 - PÁG 59www.cargocollective.com/karllagirotto

L I S I B A R B E R I N OCOMUNICAÇÃ[email protected]

T h a i s m u n i zCOORDENAÇÃO DE EDIÇÃOwww.thaismuniz.com

I R I S D E O L I V E I R AAUDIOVISUALwww.vimeo.com/irisdeoliveira

A P 3 0 3PROJETO GRÁFICO EDITORIAL E DESIGNwww.ap303.com

C L A R I C E M A C H A D ODIREÇÃO DE FOTOGRAFIAwww.claricemachado.com

Page 87: Revista Vitamina #1

S U Z Y O K A M O T OORIENTADORA

PÁG 24 - PÁG [email protected]

J U L I A V A L EORIENTADORA

PÁG 30 - PÁG 41www.juliavalle.com

F A B R I C I O D A C O S T AORIENTADOR

PÁG 7 - PÁG 17www.oestudio.com.br

A G R A D E C I M E N T O E S P E C I A L

EQUIPE CENTRO TÉCNICO DO TEATRO CASTRO ALVES,EQUIPE ZANK HOTEL BOUTIQUE, MARIANA PIRES (EQUIPE PEREIRA),

PHAEDRA BRASIL E ANALIVIA LESSA (CENTRO TÉCNICO DE DESIGN FIEB),EQUIPE MUSAS (MUSEU STREET ART DE SALVADOR)

FAMÍLIAS E AMIGOS INVESTIDORES.

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V I T A M I N A. C R I A T I V O SD I S S O N A N T E S. C O M

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i n f o@ c r i a t i v o s

d i s s o n a n t e s. c o m

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