revista vision magazine 02

14
Pág. 03 ANO III - Nº 2 - 2010 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.visionsistemas.com.br BIOCOMBUSTÍVEIS M A G A Z I N E Pág. 03 ANO III - Nº 2 - 2010 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.visionsistemas.com.br M A G A Z I N E

Upload: vision-sistemas-industriais

Post on 29-Mar-2016

222 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Segunda edição da revista VISION Magazine, com destaque para a indústria de biocombustíveis.

TRANSCRIPT

Page 1: Revista VISION Magazine 02

Pág. 03

ANO III - Nº 2 - 2010

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

www.visionsistemas.com.br

BIOCOMBUSTÍVEIS

M A G A Z I N E

Pág. 03

ANO III - Nº 2 - 2010

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

www.visionsistemas.com.br

M A G A Z I N E

Page 2: Revista VISION Magazine 02

EDITORIALEm 2008, a VISION lançou a VISION Magazine, uma revista voltada exclusivamente ao mercado de automação e elétrica industrial, com o intuito de prover o mercado de informações técnicas e comerciais relevantes, bem como o de estreitar o relacionamento com seus principais clientes, parceiros e fornecedores.

Com a reformulação e o lançamento do novo site da VISION no ano passado, a revista foi obrigada a adiar o lançamento de sua segunda edição. Por este motivo, contamos com a compreensão de nossos leitores e reafirmamos que as publicações da VISION Magazine continuarão sendo gratuitas e semestrais.

Críticas, sugestões e contribuições poderão ser enviadas pelo e-mail [email protected].

VISION Magazine

Índice01

02

03

07

09

12

13

Os Biocombustíveis

Painéis Elétricos TTA e PTTA

I VISION Tech

Estudos Elétricos

Notícias

Capa

Editorial

Page 3: Revista VISION Magazine 02

www.visionsistemas.com.br VISION Magazine 03

Os biocombustíveis são produzidos a partir de matéria orgânica (produtos vegetais ou compostos de origem animal). As fontes mais conhecidas e utilizadas no mundo são a cana-de-açúcar, o milho, a soja, a semente de girassol e a celulose. A partir destas fontes é possível produzir biocombustíveis como o álcool e o biodiesel.

Atualmente no Brasil os biocombustíveis são utilizados principalmente em transportes (veículos automotores). Dentre os principais biocombustíveis produzidos, destacam-se o álcool hidratado, o álcool anidro e o biodiesel.

O Proálcool foi um programa criado pelo governo em 1975 para substituição em larga escala dos derivados de petróleo. O Brasil é pioneiro no uso do álcool como combustível em veículos automotores, destacando-se dois tipos de álcool produzidos para esta

utilização: álcool etílico hidratado, para veículos projetados para seu uso, e o álcool etílico anidro, usado na mistura com a gasolina na proporção que pode variar entre 20 a 25%.

O Brasil está entre os maiores produtores e consumidores de biodiesel do mundo, com uma produção anual (em 2008) de 1,2 bilhões de litros e uma capacidade instalada (em janeiro de 2009) de 3,7 bilhões de litros. A venda de diesel BX - nome da mistura de óleo diesel derivado do petróleo e um percentual de biodiesel (atualmente de 4%) - é obrigatória em todos os postos que revendem óleo diesel.

O novo cenário do segmento bionergético mobiliza todo o mercado. As empresas fornecedoras participam desse novo posicionamento, contribuindo para sustentabilidade e desenvolvimento do Brasil.

AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS E AS INCERTEZAS QUANTO AOS PREÇOS FUTUROS DO PETRÓLEO GERAM NOVAS OPORTUNIDADES E DESAFIOS AO SETOR ENERGÉTICO BRASILEIRO

Introdução

MundialBrasileira

MATRIZES ENERGÉTICAS

Cana de Açúcar

Outras Renováveis

Petróleo

Gás NaturalCarvão Mineral

Hidroeletricidade

Madeira e Outras Biomassas

Nuclear

13,9%

2,7%

38,4%

9,3%6,4%

15,0%

13,1%

1,2%

Outras Renováveis 2,2%

Petróleo

Gás Natural

Carvão Mineral

Hidroeletricidade

Biomassas Tradicional

Nuclear35,3%

21,1%

23,2%

2,2%

9,5%

6,5%

Biocombustíveis

Page 4: Revista VISION Magazine 02

O processo de produção de biocombustíveis exige o cumprimento de padrões rígidos de qualidade e de segurança operacional. Soma-se ao rigor das especificações, a necessidade de se operar em um ambiente potencialmente explosivo (área classificada). A automação do setor produtivo e do controle de produção é uma grande aliada no cumprimento desses objetivos. De acordo com Sidney Leal, consultor de processos da SL Process, o cliente deste mercado busca confiabilidade, segurança, informação na hora certa e rastreabilidade do processo. As soluções, além de atenderem a esses requisitos, devem ter um baixo custo para serem implementadas.

Existem hoje, em todos os níveis da automação, ferramentas que se aplicam diretamente à produção e estocagem de biocombustíveis, com ótimos resultados alcançados.

Automação aplicada à produção de biocombustíveis

A primeira preocupação ao se especificar os instrumentos é o atendimento destes às normas de área classificada. Vários aspectos devem ser observados nestes dispositivos, como o nível de tensão enviada a campo, existência de proteção contra curtos e isolamento das alimentações dos motores e instrumentos. A NBR5418, intitulada “Instalação elétrica em atmosferas explosivas”, descreve o procedimento para instalação elétrica neste tipo de aplicação.

A utilização de redes de campo associada à instru-mentação inteligente melhora a manutenção e a operação do sistema, pois disponibiliza mais informa-ções e possibilita um controle de manutenção mais eficiente. Existem hoje no mercado soluções de inter-

ligação de redes de campo, de maneira distribuída, altamente robustas, flexíveis e compactas. Estas soluções facilitam a montagem e o comissionamento da rede, economizando tempo e dinheiro.

Outra tecnologia que traz excelentes benefícios é a de Centro de Controle de Motores inteligente (CCMi), principalmente devido à melhora na rastreabilidade global do sistema. Os CCMis apresentam, além da função básica de atuação no processo (acionamento de motores), as funções de monitoração e controle, provendo, dentre outras funcionalidades, diagnósticos preventivos e de alarme.

04

TECNOLOGIAS APLICADAS AO “CHÃO DE FÁBRICA”

Pirâ

mid

e da

aut

omaç

ão: N

ívei

s

“O cliente deste mercado busca confiabilidade, segurança, informação na hora certa e rastreabilidade do processo.”

Sidney Leal, consultor de processos da SL Process

04 VISION Magazine

Page 5: Revista VISION Magazine 02

blend de óleos, carregamento e descarregamento de caminhões e de trens, entre outros. Soluções customizadas são uma constante nos projetos de sistema SCADA e facilitam a manutenção e o acesso às informações de produção e minimizam os erros operacionais.

Um exemplo de aplicação recorrente em processos de biocombustíveis é a receita de insumos de reatores, como a mistura de óleos, ou, como é comumente chamado, o blend de óleos. Os tipos de óleos e suas respectivas quantidades são listados em uma tela de receita, como a exibida na imagem abaixo. Qualquer inconsistência de valores ou tipos de insumos incompatíveis impede o operador de executar a ação, evitando erros. Depois de realizada a receita, apenas um comando inicia a operação de bombas e válvulas, de modo que a mistura seja feita no tanque escolhido e na quantidade exata. Essa operação pode ser repetida inúmeras vezes sem que haja necessidade de se refazer a receita.

Outra aplicação é a formulação de dosagens inteligentes, onde a proporção dos insumos é rigidamente controlada, com foco no balanceamento da dosagem de reação. Malhas de controle fazem a leitura das vazões de todos os insumos e caso haja uma queda ou um aumento em uma delas, as vazões dos demais reagentes são adequadas à situação atual. Este cálculo é realizado dezenas de vezes por segundo e garante que a reação ocorra sempre com o balanço mássico correto. Novamente, para o correto funcionamento da operação, uma adequada sintonia das malhas de controle é essencial.

SISTEMA DE CONTROLE

Um ponto relacionado ao sistema de controle que merece destaque pela excelente relação custo x benefício que apresenta é a sintonia das malhas do processo, utilizando técnicas avançadas de controle. Estas técnicas proporcionam uma melhoria de desempenho sem qualquer alteração estrutural, uma vez que visa maximizar o potencial dos sensores e atuadores existentes em prol do processo. A melhoria do comportamento das malhas gera uma consequente minimização de gastos com insumos, com energia e com reposição de atuadores devido ao desgaste natural de operação. Existem casos onde o estudo das malhas de controle pode revelar gargalos de produção e mal dimensionamento de instrumentos e de atuadores, permitindo-se, deste modo, orientar uma melhoria significativa do processo.

Um bom sistema de gerenciamento de alarmes é importante para as plantas de biocombustível. Este sistema ajuda o operador a corrigir uma situação potencialmente perigosa antes do desligamento automático de emergência do sistema intervir. Na prática, deve-se levar em consideração que o ambiente do operador durante situações anormais pode ser muito complexo.

SISTEMA DE SUPERVISÃO

A utilização de sistemas supervisórios no setor de biocombustíveis apresenta soluções particulares para este nicho, como sistemas auxiliares para receitas,

www.visionsistemas.com.br VISION MAGAZINE 05wwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwww ivivivi.vivivi.vi.vvi.vv iisioisiosiosiosiosiosiosios onsinsinsiiinsinsinsinsinsinsinsin stetstettstestestestestestestemasmasmasmasmasmasmasmasmasmas cococo.cocococo.co.co.co bbbbbm bbm bm.bm bm bm bm.bm.m.b.brrrr rrr r VISVISVISVISVISVISVISVISVISVISIOOIONIOIOIONIOIOIOOIOOOIO MAMAMAMMMMAMMMMMAMAMMAMMA MAGAZGAGAZGAZGAZGAZGAZGAZGAZGAZINEINEINEINEINEINEINEINEINE 050505050505055505555505050505

Page 6: Revista VISION Magazine 02

PIMS E MES: CONTROLE E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO

O mercado de biocombustíveis lida com grandes movimentações de insumos e produtos. A integração das informações do processo com o sistema de gestão torna o controle e o planejamento da produção mais ágeis e eficientes. Essas soluções de integração podem ser fornecidas por ferramentas de mercado de PIMS e MES ou desenvolvidas sob demanda. A disponibilização detalhada dos dados do processo simultaneamente em tempo real e histórico, permite uma visão unificada da produção. Tecnologias de armazenamento de arquivos, utilizando sofisticados algoritmos de compressão, permitem o armazenamento de grandes volumes de informação. Dados de produção de anos atrás podem ser consultados com rapidez e com visualização de tela sinótica, gráficos ou relatórios.

A geração automatizada de relatórios de produção, de gerenciamento de receitas e de ordens de serviços são outras facilidades que proporcionam estes siste- mas, assim como a possibilidade de se montar relató- rios de indicadores chaves do desempenho (KPIs).

REFERÊNCIAS DE PROJETOS E CASOS DE SUCESSO

• BIOCAMP: Automação da Fábrica de Biodiesel e Tancagem, Campo Verde/MT

• CPA Trading: Automação do Parque de Tanques de Álcool, Sarandi/PR

• DEDINI: Automação das Planta de Biodiesel do Alto Araguaia/MT e de Caarapó/MS

• FIAGRIL: Automação do Parque de Tanques da Usina de Biodiesel, Lucas do Rio Verde/MT

• BSBIOS / PETROBRÁS BIOCOMBUSTÍVEL: Automação da Usina de Biodiesel, Marialva/PA

Acesse nosso site - www.visionsistemas.com.br - e faça o download dos casos de sucesso do setor de Biocombustíveis.

A VISION atua no mercado de Biocombustíveis, fornecendo soluções completas e integradas. Alguns projetos recentes são:

06 VISION Magazine www.visionsistemas.com.br

Page 7: Revista VISION Magazine 02

Quando o assunto é painéis elétricos, TTA e PTTA são termos recorrentes. Contudo, ainda existem muitas dúvidas com relação à natureza e abrangência dessas expressões.

A norma NBR IEC 60439-1, publicada em 15/03/2003, define os conceitos de Conjunto de Manobra de Baixa Tensão, TTA, PTTA e os principais ensaios de verificação de conformidade.

CONJUNTO DE MANOBRA DE BAIXA TENSÃO

O conjunto de manobras de baixa tensão corresponde a qualquer painel (quadro, armário, CCM, QGBT, QDL) em que a tensão nominal não exceda 1.000 Vca em até 1.000 Hz ou 1.500 Vcc.

De acordo com a norma NBR IEC 60439-1, um conjunto de manobra e comando de baixa tensão se caracteriza pela combinação de equipamentos de manobra, controle, medição, sinalização, proteção, regulação, etc., em baixa tensão, completamente montados, com todas as interconexões internas elétricas e estrutura mecânica.

TTA - TOTALLY TESTED ASSEMBLY

TTA é um conjunto de manobra e comando de baixa tensão em conformidade com um tipo ou sistema estabelecido, sem desvios que influenciem significativamente o desempenho em relação àquele conjunto típico verificado que está em conformidade com os ensaios prescritos nas normas NBR IEC 60439-1.

São conjuntos construídos de acordo com um projeto elétrico e mecânico padrões, onde o desempenho do mesmo é assegurado por ensaios de tipo realizados individualmente nos diversos componentes (barramentos, entradas, saídas, alimentadores, partidas, etc.) ou nos conjuntos completos. Geralmente, os ensaios são realizados levando-se em conta o pior caso e reproduzindo-se a influência de componentes adjacentes.

Os ensaios têm a finalidade de assegurar o desempenho do conjunto e minimizar possíveis perigos decorrentes de erros de projeto.

PTTA - PARTIALLY TYPE TESTED

PTTA é um conjunto de manobra e comando de baixa tensão contendo disposições de tipo ensaiado e disposições de tipo não ensaiado, contanto que o último é derivado (por exemplo, por meio de cálculo) de disposições de tipo ensaiado que satisfizeram os ensaios pertinentes (conjunto parcialmente testado) NBRIEC 60439-1.

São conjuntos construídos de acordo com um projeto elétrico e mecânico padrões, onde o desempenho do mesmo é garantido através de testes, cálculo ou inferência, a partir de resultados dos testes de componentes ou conjuntos similares. Os conjuntos PTTA são definidos devido à dificuldade de se testar todas as variações possíveis que podem ser implementadas nos conjuntos. Estas variações são necessárias devido às necessidades das diversas aplicações, onde muitas vezes a mesma aplicação apresenta requisitos distintos para diferentes usuários.

Painéis elétricos TTA e PTTA?

PAINÉIS ELÉTRICOS

www.visionsistemas.com.br VISION Magazine 07

Page 8: Revista VISION Magazine 02

ENSAIOS DE TIPO

Ao todo, existem sete ensaios de tipo destinados a verificar a conformidade com os requisitos da norma IEC 60439-1. São eles:

• Verificação dos limites de elevação de temperatura*;

• Verificação das propriedades dielétricas;

A linha de painéis elétricos VIPLUS agrega praticidade, segurança e durabilidade. Ela abrange o centro de controle de motores (CCM VIPLUS PTTA) e os cubículos de média tensão (CMT VIPLUS IAC), sendo ambos ensaiados e certificados conforme as normas nacionais aplicáveis:

• CCM VIPLUS PTTA: NBR IEC 60439-1-TTA/PTTA.Testes realizados nos laboratórios da USP e do CEPEL;

• CMT VIPLUS IAC: NBR IEC 62271-200:2007.Certificado de resistência a arco interno de todas as unidades funcionais expedido pelo CEPEL.

Para maiores detalhes, acesse a seção de produtos em www.visionsistemas.com.br.

• Verificação da corrente elétrica suportável de curto-circuito*;

• Verificação da eficácia do circuito de proteção;• Verificação da distância de escoamento e

isolação;• Verificação de funcionamento mecânico;• Verificação do grau de proteção.* Ensaios que podem ser extrapolados.

VISION VIPLUS - PAINÉIS ELÉTRICOS CERTIFICADOS PTTA

08 VISION Magazine www.visionsistemas.com.br

Page 9: Revista VISION Magazine 02

VISION Tech é o nome dos workshops ministrados pela VISION e tem por objetivo discutir soluções tecnológicas inovadoras na área de engenharia elétrica e de automação industrial.

Em sua primeira edição, o I VISION TECH ‘09 apresentou os conceitos básicos do protocolo IEC 61850 e alguns resultados dos testes de desempenho e interoperabilidade realizados no laboratório da VISION. Este workshop contou com a presença de representantes de grandes empresas e fabricantes deprodutos: ELIPSE, ENERG POWER, MINERCON-

SULT, SAMARCO, SCHWEITZER, SENIOR, SIEMENS, TEKSID, USIMINAS, VALE, VSB e WESTCOM.

Para a apresentação das principais características do protocolo IEC 61850 foi montada uma plataforma no laboratório da VISION. A plataforma foi montada com equipamentos de diferentes fabricantes de modo a ser testada a interoperabilidade entre eles. Na Figura 1 é apresentada a arquitetura montada para os testes. Conforme pode ser observado, os IED’s foram posicionados seguindo a topologia em anel.

Teste de desempenho em sistemas baseados na norma IEC 61850

ARQUITETURA TESTES IEC61850

SALA ELÉTRICA

MONITORAÇÃO REMOTASCADA PIMS ESTAÇÃO DE ENGENHARIA

ETHERNET IEC 61850

FABRICANTE AMODELO 2

FABRICANTE AMODELO 3

FABRICANTE AMODELO 1

FABRICANTE BMODELO 4

FABRICANTE D(IED - 003)

FABRICANTE C(IED - 002)

FABRICANTE E(IED - 004)

FABRICANTE C(IED - 001)

LEGENDA

IRIG-BRS-232REDE ETHERNETFIBRA ÓTICA

Figura 1 - Arquitetura Testes

VISION TECH

www.visionsistemas.com.br VISION Magazine 09

Page 10: Revista VISION Magazine 02

1 - TESTES DE INTEROPERABILIDADE

Em relação à interoperabilidade entre equipamentos, isto é, a capacidade de equipamentos de diferentes fabricantes atuarem em conjunto num mesmo sistema, podem ser avaliados pontos como a estrutura de dados de cada IED e a forma de configuração dos mesmos.

Estrutura de Dados

Há algumas diferenças na estruturação dos nós lógicos entre cada fabricante o que modifica a composição da sintaxe das variáveis a serem mapeadas em outros sistemas. Mesmo assim, esse mapeamento pode ser feito de forma intuitiva devido à padronização dos nomes para nós lógicos do mesmo tipo.

Configuração dos IED’S

Apesar da configuração da comunicação de cada IED ser feita em software próprio do fabricante, os parâmetros a serem verificados são padronizados, facilitando assim o trabalho de integração entre IEDs.

A utilização dos arquivos de transferência de informações ICDs, CIDs e SCDs facilita este trabalho e minimiza o tempo despendido devido a diferenças de interface de configuração.

Segundo o protocolo, em uma arquitetura baseada

na IEC 61850 são possíveis tipos de mensagens diferentes que são utilizadas de acordo com o tipo de comunicação. Dentre os principais tipos de mensagens, existem as de Comunicação Vertical e as de Comunicação Horizontal.

Comunicação Vertical

Este tipo de comunicação é realizada entre dispositivos pertencentes a níveis funcionais diferentes (no modo cliente-servidor) e geralmente não apresenta restrição crítica de tempo. Configuração de IEDs, troca de informações e medições de processo são exemplos desta forma de comunicação. O servidor, neste caso, corresponde aos dispositivos do nível de vão (IEDs), que fornecem informações para os clientes (estações do sistema SCADA ou qualquer outro dispositivo no nível de estação).

Como um tipo de comunicação vertical entre IED’s e sistema SCADA podemos citar as mensagens MMS. Estas podem ser disponibilizadas via pooling ou via reports (relatórios). Na leitura via pooling, o sistema SCADA solicita as informações dos IED’s. Já via reports, estas informações são disponibilizadas dos IED’s para o sistema SCADA mediante o cumprimento de condições pré-configuradas, como banda morta ou após o vencimento do tempo de integridade.

Para os testes realizados no laboratório da VISION foi considerado o tipo de leitura via pooling, por admitirmos que este seja o pior caso.

De acordo com a norma, as mensagens MMS monitoradas se enquadram no requisito de tempo de 100 ms, contabilizando o processamento do IED, a transmissão e a recepção ao sistema SCADA.

Para aquisição periódica (1s), de aproximadamente 3200 tags divididos igualmente entre 4 IED’s, obteve-se, em média, 45 ms. Os resultados obtidos pela VISION foram satisfatórios, atendendo ao requisito mínimo de tempo.

2 - TESTES DE DESEMPENHO

10 VISION Magazine www.visionsistemas.com.br

Page 11: Revista VISION Magazine 02

Com o Workshop, os participantes

tornaram-se capazes de especificar e

conceber um sistema de automação e

proteção de subestação, utilizando as mais

modernas técnicas disponíveis no mercado,

através de uma aplicação aberta, eficiente,

simples e expansível o que evita a aquisição e

o emprego de soluções obsoletas e fechadas.

Os resultados práticos obtidos dos ensaios

realizados no laboratório da VISION servem

como base para avaliar vários tipos de

mensagens mencionadas no padrão IEC

61850, avaliando também o comportamento

do Sistema de Automação de Subestações

como um todo, perante aos diferentes

cenários de carregamento da rede e números

de dispositivos programados no sistema

SCADA, o que comprova a intero-

perabilidade entre fabricantes e garante ao

usuário final a sua total independência do

fornecedor.

RESULTADOS

APOIO

Comunicação Horizontal

A comunicação horizontal acontece entre os dispositivos pertencentes à mesma camada funcional, como por exemplo, as mensagens de alta prioridade entre IED’s (GOOSE, GSSE). Esta troca de mensagens é realizada no modo produtor-consumidor, onde determinado IED disponibiliza as informações na rede e o IED consumidor trata as mensagens que lhe forem necessárias.Os testes de desempenho das mensagens GOOSE tiveram como objetivo medir o tempo gasto por esta mensagem do IED origem até o IED destino. Os IED’s foram sincronizados e desta forma foi possível utilizar o log de eventos de cada IED para calcular o intervalo de tempo gasto.Consideramos o requisito de tempo de 10 ms para as mensagens GOOSE, atribuído pela norma em aplicações de Subestações de Distribuição de Energia. Na média o resultado encontrado foi de 4,4 ms, o que garante a satisfação do requisito de tempo admitido este tipo de mensagem e a interoperabilidade entre os diferentes fabricantes.É importante ressaltar que a prioridade das mensagens GOOSE foi mantida em 4 para todas as mensagens (em uma escala de 0 a 7, sendo 7 a maior prioridade). Logo, os tempos obtidos podem ser menores para mensagens GOOSE de maior prioridade.

Comparativamente foi feito o mesmo teste porém com taxa de ocupação da rede de 99%. A Figura 2 apresenta o resultado de ambos os testes.

I VISION TECH ‘09

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500

Tem

po M

édio

(ms)

Número de Tags

taxa de ocupação de rede de 99% sem taxa de ocupação

Tempo Médio x Nº de Tags

www.visionsistemas.com.br VISION Magazine 11

Figura 2

Page 12: Revista VISION Magazine 02

Um sistema de energia adequadamente planejado e concebido, de acordo com as boas práticas regidas por normas e experiências adquiridas, permite uma operação mais segura e eficiente, além de proporcionar economia com multas aplicadas pelas concessionárias de energia.

A implantação das soluções pode ocorrer de forma gradual, atingido primeiramente os objetivos prioritários ou de maneira completa, de modo que todo o sistema, desde a subestação até os circuitos de carga dos equipamentos, conviva de modo a proporcionar aprimoramento técnico e ganhos financeiros.

“A energização dos bancos de capacitores trará reflexos positivos na qualidade da energia da Mina da Mutuca, bem como redução das multas pagas na fatura da SE - Tamanduá. Agradecemos a todos os envolvidos pelo apoio, e partimos agora para a energização do BC de Capitão do Mato” - é o que afirma Raphael Brescia, do departamento de Elétrica & Automação da VALE.

ESTUDOS ELÉTRICOS

A VISION fornece estudos de sistemas elétricos com a finalidade de identificar pontos passíveis de melhorias, assim como estudos corretivos. Dentre os pontos de análise destacam-se:

• Demanda;• Correção de fator de potência;• Curto-circuito;• Harmônicos;• Seletividade e coordenação da proteção;• Adequação de aterramentos.

A VISION utiliza modernas ferramentas de análise de qualidade de energia, que possibilitam um diagnóstico rápido e preciso.

O estudo completo se divide em três etapas principais:

• Levantamento de campo;• Análise dos dados obtidos;• Implantação da solução.

“A ENERGIZAÇÃO DOS BANCOS DE CAPACITORES TRARÁ REFLEXOS POSITIVOS NA QUALIDADE DA ENERGIA DA MINA DA MUTUCA, BEM COMO REDUÇÃO DAS MULTAS PAGAS NA FATURA DA SE - TAMANDUÁ” RAPHAEL BRESCIA (VALE)

Qualidade de energia

Estudos Elétricos

12 VISION Magazine www.visionsistemas.com.br

Page 13: Revista VISION Magazine 02

Para aderir, as pessoas devem acessar o site da World Community Grid (maiores informações em visionsistemas.com.br/wcg) e simplesmente baixar e instalar um pequeno programa em seus computadores. Quando ocioso, os computadores solicitam dados do servidor da World Community Grid. Em seguida, eles executam cálculos usando esses dados, enviam os resultados de volta para o servidor e ficam prontos para uma nova parte de trabalho. Toda a operação é segura, não expondo ou colocando em risco o computador.

Hoje, centenas de milhares de voluntários ao redor do mundo estão doando tempo dos seus computadores quando os mesmos não estão em uso. Resultados sobre questões sanitárias críticas já foram alcançados, demonstrando o potencial da World Community Grid para fazer incursões significativas em um grande leque de projetos futuros que possam beneficiar o mundo.

Notícias

A VISION Sistemas Industriais tornou-se um parceiro da World Community Grid, juntando-se à IBM Corporation (www.ibm.com) e a um grupo de mais de 400 empresas, associações, fundações, entidades sem fins lucrativos, agências governamentais e instituições acadêmicas. A VISION incentiva os membros da comunidade a contribuir com o tempo ocioso de seus computadores, para ajudar na investigação humanitária.

A World Community Grid usa a tecnologia de grid computacional para criar uma rede permanente e flexível, que oferece infra-estrutura computacional que é usada pelos pesquisadores para resolver problemas que afetam a humanidade.

A tecnologia reúne muitos computadores individuais, criando um grande sistema, com enorme poder computacional, superior ao poder de muitos supercomputadores. Um fator importante: é fácil e seguro de usar.

JUNTE-SE AO TIME DA VISION NO WORLD COMMUNITY GRID!

www.visionsistemas.com.br VISION Magazine 13

http://www.visionsistemas.com.br/wcg

Page 14: Revista VISION Magazine 02

VISION SISTEMAS INDUSTRIAISRua Paraíba, 1.323 - 4º andar - Savassi

Belo Horizonte / MG - Brasil - CEP 30.130-141+55 31 3215-6200

[email protected]@visionsistemas.com.br

www.visionsistemas.com.br

M A G A Z I N E