revista visão - maio 2013 - edição #85

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Moda beleza entrevista

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Page 1: Revista Visão - Maio 2013 - Edição #85
Page 4: Revista Visão - Maio 2013 - Edição #85

revista visão

<para começar04 05

Nesta EdiçãoEntrevista

Reportagem

Garota Visão

Destaque Empresarial

Educação

Festa do Pinhão

Saneamento

Beleza

Vida e Saúde

Responsabilidade SocialA maior festa da região está chegando, e neste ano vem cheia de novidades.

Aprender a ler e escrever em apenas 8 aulas? Será possível?

Empresário Nilso Berlanda e seus novos desafios, agora na indústria.

Programa desenvolvido pelo CAV dá maior qualidade de vida aos carroceiros, familiares e aos animais.

O charme de Andressa Miola, nossa Garota Visão desta edição.

Dicas práticas e informações importan-tes sobre a saúde dos seus ouvidos.

II Semana de Moda de Lages apre-senta a coleção outono/inverno.

Ir ao banco é sinônimo de espera. Saiba qual a situação das agências de Lages.

Complexo Araucária, obra de saneamento básico, terá investimento federal de R$24 milhões.

O músico Daniel Lucena fala sobre sua história de vida e do novo CD que vai lançar em breve.

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revista visão

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Ir ao banco ésinônimo de espera!

Nossa Gente

Nossa Capa

Fale Conosco

Diretor Geral Gugu Garcia Diretor de Redação Loreno Siega - Reg. Prof. 2691/165v-PRRepórter Liana Fernandes Gerência Eder Pitz de LimaDireção de Arte Chelbim Michel Poletto Morales

Thiago CórdovaIlustração André Paes Assinaturas Luiz WolffComercial Erivelton Velho | Suely MiyakeAdministrativo Edmara Muniz Distribuição Robinson MarcelinoTiragem 3.000 exemplares

Redação Rua Dr. Walmor Ribeiro, 115 Coral CEP 88.523-060 Lages/SC 49 3223.4723

www.revistavisao.com.br | blog.revistavisao.com.br www.facebook.com/revistavisao | www.twitter.com/[email protected]

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Quem nunca ficou por mais de 30 minutos na fila de um banco esperando para ser atendido? A resposta

sim é quase unânime entre os lageanos que dependem do serviço. Isso causa desconforto e revolta nos usuários. Eles não estão sendo respei-tados diante da lei municipal que determina o tempo limite para dias de movimento de 30 minutos e nos dias normais 15. A Revista Visão foi atrás dos responsáveis e dos órgãos que deveriam fiscalizar o assunto para saber os motivos. Confira na reportagem desta edição.

Alfabetização em oito dias? Será possível? A psicóloga Rita de Cassia Alves Júlio diz que sim. E para comprovar essa teoria, criou um método revolucionário que prova serem as pessoas capazes de aprender a ler e a escrever em poucas aulas. Saiba como funciona e conheça os casos que evidenciam a veracidade desta prática.

O entrevistado deste mês é o que muitos chamam de ícone musi-cal de Lages em todos os tempos. Ele é Daniel Lucena, um apaixonado pela música, talento que fez e ainda faz parte do Grupo Expresso Rural, sucesso nos anos 80 (que será, inclusive, o primeiro grupo a se apresentar na Festa do Pinhão deste ano). O cantor está prestes a lançar um novo trabalho solo (um CD com 34 músicas) e nos conta sua história de vida e de música.

Conheça o Programa Amigo do Carroceiro, encabeçado pelos pro-fessores e alunos do CAV/Udesc que auxilia estas pessoas que vivem de catar papelão e lixo reciclável em Lages. Veja ainda os looks e a tendência outono/inverno que marcaram a II Semana da Moda. Saiba mais sobre a história de sucesso do empresário Nilso Berlanda, de Curitibanos, que contabiliza 194 unidades Berlanda em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Quando a audição começar a falhar, não tenha medo de pedir ajuda. A Prontosom mostra a solução para este problema. E qual a melhor maneira de dormir bem? A recém-inaugurada loja de colchões F.A Sleep Store dá a dica.

carta ao leitor>

Ícone da música nacional contou-nos as experiências de sua carreira, planos e expectativas para o futuro.

Não é permitida a reprodução parcial ou total das reportagens, entrevistas, arti-gos e imagens sem prévia autorização por escrito do editor. A Revista Visão não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões emitidos nos artigos assinados.

Daniel Lucena•

Gugu Garcia

Tema

Foto

A RedaçãoRevista Visão

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revista visão

<leitor online06 07 Foto do mês

Pessoal, alguém conhece um casal homossexual (homem e ho-mem) que seja casado no papel aqui de Lages? RT@RevistaVisao. Non ecziste.

Que absurdo, meu Deus! Os nobres legisladores poderiam se preo-cupar com outros problemas que não a realização de carnaval de rua! Quem sabe o diminuto número de vagas nas creches, apoio a microempreendedores, mobilidade urbana, segurança?

Excelente campanha. Parabéns à Revista Visão.

Conheço pessoas com esse tipo de caráter + que imperfeito.

Balé Bolshoi emocionou e levou público de Lages ao encantamento em apresentação no Cine Marrocos, dia 05 de abril.

Marcos Ferrari de Albuquerque(Sobre a matéria: Grupo de vereadores sugere criar em Lages o Conselho Municipal do Carnaval de Rua)

Marivana Groff(Sobre a Campanha Visão de Cárater)

O Lageanista

Naor Lima(Também sobre a Campanha Visão de Cárater)

Na manhã de segunda-feira (15/04) aconteceu uma manifes-tação no CAV pelo não fechamento do Hospital Veterinário. A manifestação foi feita por estudantes, comunidade e por algumas lideranças da cidade, entre elas o vereador Marcius Marchado. Segundo o que foi divulgado, o Hospital Veteriná-rio estaria sendo fechado por falta de materiais de uso para seu funcionamento. No final do ano passado, quando deveria ter sido efetuada a licitação para a compra, a UDESC não disponibilizou dinheiro para isso.

Publicada em 15/04/13Vote acessando blog.revistavisao.com.br

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Você está satisfeito com o atendimen-to dos bancos em Lages?siga-nos: @revistavisao

blog.revistavisao.com.br

Protesto pelo não fechamento do Hospital Veterinário do CAV

3,7 %Sim

Resultado / Abril

96,3 %Não

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revista visão

06 07

Agenda Eleitoral X Realizações dos Governos

Quando o cidadão, nas eleições, vota em

determinado candidato, com certeza não o está fazendo para que seu(s) escolhido(s) ocupe um cargo com um belo salário e mordomias pelo maior tempo possível. Ou seja, este cidadão, como nós, está dando um voto de confiança a esta pessoa (candidato) para que ele nos represente no Executivo ou no Legislativo e lá trabalhe muito em defesa dos interesses públicos e para resolver pro-blemas que vão tornar nossa vida um pouco menos complicada.

Trocando em miúdos, o cidadão espera que o político em quem votou, lute por me-lhorias na educação, na saúde, na infraes-trutura, nas questões sociais, na promoção de maior desenvolvimento econômico, na

melhoria do salário e das condições de trabalho dos servidores públicos, em boas perspectivas de vida, enfim. Afora os bajuladores de plantão, que junto com o político querem “uma boqui-nha”, um “carguinho”, a

grande maioria das pessoas dá um voto de confiança, de esperança, de tentativa de que as coisas mudem para melhor.

Infelizmente, o que se vê depois das eleições, na maioria dos casos, é que o eleito (ou os eleitos), “fazem o que dá”. E absolutamente nada mais do que isso. Em geral, quando entram, passam um bom tempo se queixando das dificulda-des encontradas, das dívidas deixadas pelos antecessores, da falta de dinheiro, da “máquina” muito custosa e ineficien-te, dos projetos mal elaborados, enfim, de “quimeras mil”. Do meio do mandato em diante, começam a fazer e a anunciar grandes iniciativas, projetos, obras... E di-zem que, finalmente, “viveremos no jardim do Éden”.

Só que as tão anunciadas obras, melhorias e projetos, teimosamente, continuam em sua grande maioria só no papel, nos “protocolos de intenções”, nas “licitações que nunca encer-ram” e nas “ordens de serviço” assinadas. No meio disso, de muitas promessas e pouquíssi-mas realizações, começa uma nova agenda, a volta das articulações políticas com vistas às próximas eleições (que vão ocorrer daqui a um ano e cinco meses).

Com a “cabeça”, “o coração” (e porque não dizer também o “bolso”) só pensando naquilo (na próxima eleição), nossos representantes, infelizmente, esquecem de concretizar pelo menos parte dos vários e grandes projetos anunciados, alardeados e do presente. E con-centram-se novamente no futuro, no próximo mandato, nos partidos a serem “conquista-dos”, nas lideranças a serem aliciadas para que subam no próximo palanque para dar apoio, enfim, a agenda política se sobressai sobre qualquer outra prioridade.

Virão novamente as promessas, os compromissos grandiosos, “a realidade dos sonhos e da doce ilusão”. E muitos, novamen-te, vão embarcar nessa canoa furada. Ou vão votar contra, achando que os próximos serão infinitamente melhores. Enquanto isso, nossas rodovias continuam “detonadas”, as escolas permanecem uma vergonha, os salários do pessoal da saúde e da educação continuam “achatados”, as dezenas de empresas anuncia-das não virão mais porque “mudou a conjun-tura econômica”, as ampliações nos hospitais e a melhoria no atendimento à saúde não aconteceram, e por aí afora.

Cobrar e mostrar as incoerências é papel fundamental e preponderante da imprensa livre e da democracia. Ou então vamos nos conformar novamente com as falsas pro-messas e com os políticos carreiristas e que só pensam em sua perpetuação no poder. Estamos fazendo a nossa parte: mostrar e denunciar as contradições.

editorial>

Loreno SiegaDiretor de Redação

Infelizmente, o que se vê depois das eleições, na maioria dos ca-sos, é que o eleito (ou os eleitos),

“fazem o que dá”.

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revista visão

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Daniel Bitencourt Lucena MÚSICO, CANTOR E COMPOSITOR

Daniel Lucena nasceu em Lages, tem 53 anos e passou sua in-fância no bairro Copacabana. O pai (falecido) era locutor,

foi cantor na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, apresentador de bailes e de programas de auditório (trabalhou na Clube ao lado de Maneca, Tavinho e de outros comunicadores, no início da emissora). O avô, pai da mãe, era seresteiro. E uma irmã mais velha, Louise, também é cantora profissional (mora em Itajaí há muitos anos).

Único homem de uma família de oito filhos, Daniel é gêmeo da irmã Suzana (falecida há dois anos), o terceiro na hierarquia dos Lucena. Ele residiu em Lages até os 17 anos. Fez o Ensino Médio no antigo SENAI (Colégio Industrial – onde fez curso técnico de Mecânico Industrial). Em 1977 foi morar em Joinville para traba-lhar e fazer estágio na Faculdade de Engenharia, que estava sendo implantada.

Ficou dois anos trabalhando em Joinville. Depois foi morar em Itajaí, quan-do ingressou no Curso de Direito (cursou três anos e meio, mas não concluiu). Naquela época (1983/84), apaixonado pela música, nascia o Grupo Musical Expresso Rural, que fez muito sucesso e do qual ele fazia e ainda faz parte. E Daniel trancou a faculdade de Direito para se dedicar à música. Voltou a estu-dar somente em 1999, quando concluiu o curso superior de Administração e Segurança no Trânsito (em 2003, pela Univali, em Itajaí).

De volta a Lages depois de muitas idas e vindas, e prestes a lançar um novo trabalho solo (um CD com 34 músicas), Daniel Lucena, um dos grandes nomes de nossa música, nos conta um pouco dessa rica e bela história de vida. Acom-panhem.

revista visão

NÃO SOU ÍCONE DE NADA. O SUCESSO É EFÊMERO”

entrevista> 08 09

“ Como surgiu o Grupo Expresso Rural na tua vida?

Foi em uma festa, em Florianópolis, em 1982, quando eu ainda estudava Direito em Itajaí. A gente foi no aniversário de um amigo comum. Aí vieram dois amigos de Lages e mais dois – eu e outro – que morá-vamos em Itajaí. Fizemos um som juntos, o pessoal gostou muito. Pouco tempo depois, nos reunimos e fizemos um show ao ar livre em frente à famosa figueira, no centro de Florianópolis. O show foi um sucesso. E logo vieram outras solicitações de apresen-tações. Assim é que surgiu o Expresso.

Quem fazia parte do grupo?

O Marquinhos Ghiorzi (de Lages – hoje é arquiteto e mora em Recife), o Volnei Varasquin (de São Cristóvão do Sul – que morava em Lages, estudava no Diocesano), o Zeca Petri e o Paulo Back (de Florianó-polis), eu (Daniel Lucena – de Lages) e o Márcio Corrêa (de Blumenau). Esse era o grupo fixo do Expresso. Mas sempre tínhamos também músicos convidados. Deste grupo, hoje ainda restam quatro: eu, Volnei Varasquin, Paulo Bach e Zeca Petri. Volta e meia, ainda nos apresentamos em shows. O Márcio Côrrea, tecladista, já é falecido. E o Marquinhos Ghiorzi, primeiro baterista da banda, está em Recife. Além de nós quatro, temos hoje um saxofonista e um baterista contratados, que também participam das apresentações.

Com que idade você começou a tocar vio-lão? Quem te incentivou para a música?

Eu tinha 15 anos. A primeira aula de violão que eu tive foi com o professor Juca Krebs, que morava próximo à Praça Joca Neves (onde hoje está o também o professor de música, Sr. Dedé). Foi o Juca que me ensinou a tocar. Ele dava aulas de música para a Fundação Cultural de Lages. Na juventude, eu participei de inúmeros fes-tivais de música escolares e universitários. Participei muito. Mas nunca ganhei nada, ao contrário da minha irmã Louise, que vencia quase sempre.

Loreno Siega•

Gugu Garcia

Texto

Fotos

“O DANIEL LUCENA É O MAIOR ÍCONE DA MÚSICA DE LAGES EM TODOS OS TEMPOS. FALO ISSO COM A EXPERIÊNCIA E CONHECIMENTO DE MAIS DE 20 DE TRABALHO NO RÁDIO” – COMUNICADOR RICARDO CÓRDOVA – SOBRE DANIEL LUCE-NA, NOSSO ENTREVISTADO DESTA EDIÇÃO DA REVISTA VISÃO.

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Daniel Bitencourt Lucena MÚSICO, CANTOR E COMPOSITOR

Daniel Lucena nasceu em Lages, tem 53 anos e passou sua in-fância no bairro Copacabana. O pai (falecido) era locutor,

foi cantor na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, apresentador de bailes e de programas de auditório (trabalhou na Clube ao lado de Maneca, Tavinho e de outros comunicadores, no início da emissora). O avô, pai da mãe, era seresteiro. E uma irmã mais velha, Louise, também é cantora profissional (mora em Itajaí há muitos anos).

Único homem de uma família de oito filhos, Daniel é gêmeo da irmã Suzana (falecida há dois anos), o terceiro na hierarquia dos Lucena. Ele residiu em Lages até os 17 anos. Fez o Ensino Médio no antigo SENAI (Colégio Industrial – onde fez curso técnico de Mecânico Industrial). Em 1977 foi morar em Joinville para traba-lhar e fazer estágio na Faculdade de Engenharia, que estava sendo implantada.

Ficou dois anos trabalhando em Joinville. Depois foi morar em Itajaí, quan-do ingressou no Curso de Direito (cursou três anos e meio, mas não concluiu). Naquela época (1983/84), apaixonado pela música, nascia o Grupo Musical Expresso Rural, que fez muito sucesso e do qual ele fazia e ainda faz parte. E Daniel trancou a faculdade de Direito para se dedicar à música. Voltou a estu-dar somente em 1999, quando concluiu o curso superior de Administração e Segurança no Trânsito (em 2003, pela Univali, em Itajaí).

De volta a Lages depois de muitas idas e vindas, e prestes a lançar um novo trabalho solo (um CD com 34 músicas), Daniel Lucena, um dos grandes nomes de nossa música, nos conta um pouco dessa rica e bela história de vida. Acom-panhem.

revista visão

NÃO SOU ÍCONE DE NADA. O SUCESSO É EFÊMERO”

entrevista> 08 09

“ Como surgiu o Grupo Expresso Rural na tua vida?

Foi em uma festa, em Florianópolis, em 1982, quando eu ainda estudava Direito em Itajaí. A gente foi no aniversário de um amigo comum. Aí vieram dois amigos de Lages e mais dois – eu e outro – que morá-vamos em Itajaí. Fizemos um som juntos, o pessoal gostou muito. Pouco tempo depois, nos reunimos e fizemos um show ao ar livre em frente à famosa figueira, no centro de Florianópolis. O show foi um sucesso. E logo vieram outras solicitações de apresen-tações. Assim é que surgiu o Expresso.

Quem fazia parte do grupo?

O Marquinhos Ghiorzi (de Lages – hoje é arquiteto e mora em Recife), o Volnei Varasquin (de São Cristóvão do Sul – que morava em Lages, estudava no Diocesano), o Zeca Petri e o Paulo Back (de Florianó-polis), eu (Daniel Lucena – de Lages) e o Márcio Corrêa (de Blumenau). Esse era o grupo fixo do Expresso. Mas sempre tínhamos também músicos convidados. Deste grupo, hoje ainda restam quatro: eu, Volnei Varasquin, Paulo Bach e Zeca Petri. Volta e meia, ainda nos apresentamos em shows. O Márcio Côrrea, tecladista, já é falecido. E o Marquinhos Ghiorzi, primeiro baterista da banda, está em Recife. Além de nós quatro, temos hoje um saxofonista e um baterista contratados, que também participam das apresentações.

Com que idade você começou a tocar vio-lão? Quem te incentivou para a música?

Eu tinha 15 anos. A primeira aula de violão que eu tive foi com o professor Juca Krebs, que morava próximo à Praça Joca Neves (onde hoje está o também o professor de música, Sr. Dedé). Foi o Juca que me ensinou a tocar. Ele dava aulas de música para a Fundação Cultural de Lages. Na juventude, eu participei de inúmeros fes-tivais de música escolares e universitários. Participei muito. Mas nunca ganhei nada, ao contrário da minha irmã Louise, que vencia quase sempre.

Loreno Siega•

Gugu Garcia

Texto

Fotos

“O DANIEL LUCENA É O MAIOR ÍCONE DA MÚSICA DE LAGES EM TODOS OS TEMPOS. FALO ISSO COM A EXPERIÊNCIA E CONHECIMENTO DE MAIS DE 20 DE TRABALHO NO RÁDIO” – COMUNICADOR RICARDO CÓRDOVA – SOBRE DANIEL LUCE-NA, NOSSO ENTREVISTADO DESTA EDIÇÃO DA REVISTA VISÃO.

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Quantos discos o Grupo Expresso chegou a gravar?

Ao todo, foram seis gravações, entre LPs e CDs. O primeiro disco ao vivo fomos nós que gravamos em Santa Catarina, assim como o primeiro CD. A sede da banda ficava em Florianópolis. E nós fazíamos muitos shows na época.

E quais foram as músicas que mais fizeram sucesso?

Foram várias. Muitas delas, inclusive, tocam até hoje nas rádios. Eu citaria algumas delas: “Certos Amigos”, “Manhãs do Sul do Mundo”, “Tom Natural”, “Banho das Seis”, “Flordoardo”, entre outras que marcaram época.

O Expresso fez sucesso e shows em nível nacional?

No Sul do Brasil, especialmente, tivemos ótima aceitação. Mas apresentamos também diversos shows em São Paulo e Minas Gerais. Fizemos shows e ficamos certo tempo também na Euro-pa. Chegamos a gravar um disco na Inglaterra.

O Expresso fará a abertura nacional da Festa do Pinhão, antes do show nacional do Fábio Júnior, no dia 24 de maio. É isso mesmo?

É sim. Ficamos lisonjeados com o convite da organização do evento. Será uma oportunida-de para rememorar com os fãs, nossas antigas apresentações para um grande público.

Vocês hoje vivem da música ou têm outras atividades e profissões?

Eu e Volnei vivemos mais da música. Mas neste ano ingressei na Fundação Cultural de Lages, a convite da nova administração. Meu trabalho aqui será incentivar e apoiar os vá-rios artistas e músicos que temos na cidade. Aliás, somos há muito tempo um grande celeiro de músicos e artistas. Esse pessoal precisa de apoio, de alguém que os estimule a se organizar melhor. Meu desafio é esse. O Paulo Back, além da música, é desenhista do Maurício de Souza (faz desenhos da Mônica, Cebolinha, Cascão...). O Zeca Petri é fotógrafo e empreendedor nesta área. E o Volnei é maestro e professor de música.

Quando você retornou a Lages?

(Risos)... Já fui e voltei muitas vezes... Mas da última vez foi em julho do ano passado.

Não tocamos para ganhar dinheiro porque o sucesso é efêmero. Toca- mos muito mais por prazer e carinho pelos nossos fãs do que por qualquer outra coisa.”

Você tem família própria, filhos, esposa?

Vida de artista e boêmio é muito atribulada. Sempre fui uma espécie de andarilho, nunca morei muito tempo num só lugar. Por isso, ter família no modelo tradicional é muito difícil. Nunca casei de papel passado. Mas tenho dois filhos, com mulheres diferentes. O mais velho chama-se Luca, tem 21 anos e mora em Guaramirim. E o mais novo chama-se Luy, tem seis anos e mora aqui em Lages.

Essa vida agitada não te cansa? Não chega um momento em que você quer mais sossego e tranquilidade?

Claro que cansa. E acho que chegou este momento. Voltei a Lages, cidade que adoro, onde nasci e na qual tenho muitos amigos. Estou trabalhando na Fundação Cultural. E

também continuo no Expresso fazendo shows e apresentações mais seletivas. Então, acho que é hora de sossegar um pouco. Essa vida de cigano é muito complicada.

A música “Princesa da Serra”, muito utilizada em campanhas políticas em Lages, é de sua autoria? Nunca foi gravada em seus traba-lhos?

Eu e o Volnei é que criamos essa música. Ape-sar do lado político, acho que tem uma boa letra e melodia. Por isso mesmo, vou incluí-la no meu próximo trabalho. Estou em fase final para lançar um novo CD solo, que terá 34 mú-sicas. Esse trabalho vai estar pronto até o mês de junho ou julho. Tive apoio da Lei Rouanet e por isso preciso concluir o projeto com urgên-cia. O CD terá como título “Sete Ventos”, uma das músicas que gosto muito.

revista visão

10 11

Sou muito de colocar no papel e na música aquilo que estou vivendo ou lendo naquele momento. Fiz muitas músicas a partir de leituras.”

E o Daniel Lucena compositor? Também fez tanto sucesso como o Daniel cantor e músico?

Na verdade a composição é meu hobby, minha paixão. Adoro criar, escrever compo-sições. Devo ter pelo menos umas 150 boas composições diferentes feitas e gravadas. Muitas das minhas letras e músicas, in-clusive, foram gravadas por vários artistas diferentes. Por exemplo, tem músicas e letras minhas que foram gravadas pelo Neto Fagundes, Osvaldir e Carlos Magrão, Grupo Gaitaço Serrano, diversos corais, entre outros.

Você recebe direitos autorais por essas composições?

Recebo mensalmente. É muito pouco. Mas recebo sim, do ECAD. Na verdade o que o ECAD repassa é em torno de 10% do que deveria ser repassado aos autores das músicas e composi-ções. Mas é assim mesmo que funciona.

Há um tempo atrás você teve graves proble-mas de saúde. O que lhe aconteceu? E como superou essa fase?

Eu tive lesão medular em três diferentes locais na coluna, por desgaste natural e esforço repe-titivo. Fiz três cirurgias complicadas na época. E a recuperação foi difícil. Fiquei com paraple-gia. Até me recuperar e voltar a andar, fiquei um ano e sete meses em cadeira de rodas. Foi entre 2003 a 2005, época em que estava me formando em Administração e Segurança no Trânsito, em Itajaí. Sofri muito. Não quero nem lembrar daquela época. Mas, embora com dificuldades e com algumas sequelas (ele não anda direito e tem muitas dificuldades

para subir escadas, por exemplo), hoje estou andando novamente.

O que é mais difícil para um cadeirante?

A visão de mundo, dos desafios e da vida é totalmente diferente para quem anda e fica sentado o tempo todo. O simples fato de você enxergar as coisas de pé é muito diferente. Para mim, essa foi a principal mudança. Eu até me virava bem de cadei-ra de rodas. Aos poucos, você acostuma e vai pegando o jeito para andar. A maior dificuldade, no entanto, é com a acessibilida-de. Aqui na Fundação, por exemplo, eu não conseguiria chegar ao piso superior sozinho se estivesse em cadeira de rodas.

E para voltar a andar você fez fisioterapia?

Foram quase dois anos de fisioterapia, todos os dias. Depois comecei a usar andador. E mais tarde usava uma bengala. Certo dia, fazendo um show aqui em Lages, no Serrano Tênis Clube, notei que não encontrava mais minha bengala. Aí percebi que estava andando havia horas sem ela. Foi uma sen-sação inesquecível de liberdade e de alegria. Nunca vou esquecer.

Quais os temas e assuntos que você mais gosta de compor ou são mais presentes em tuas músicas?

Não tenho um tema predominante. Sou muito de colocar no papel e na música aquilo que estou vivendo ou lendo naquele momen-to. Fiz muitas músicas a partir de leituras. No passado eu fazia composições mais voltadas aos sentimentos, amor, paixão, essas coisas. Hoje minha preocupação é mais com a histó-ria, com lugares, acontecimentos. Eu fiz várias músicas também sobre Lages, nosso clima,

nossos costumes, valores, paisagens.

Quais os músicos que te influenciaram?

Quando jovem eu gostava muito do grupo 14 BIS, Almôndegas, Kleiton e Kledir, a banda

América (dos Estados Unidos)... Teve ainda o Bob Dylan, Beatles, Carpenters, essa turma toda...

E tua irmã Louise, que é artista. Ela não te influenciou de alguma maneira?

A Louise por muitos anos integrou a banda Quarta Redenção, fora daqui, que agora se chama Banda Açú. Ela mora em Itajaí. Foi a primeira da família que partiu para o mundo da música. Ela tem uma voz espeta-cular. Quando participávamos de festivais, na juventude, ela ganhava tudo. E eu não ganhava nada. Embora a gente nunca tenha feito trabalhos juntos, como artistas, de certa forma ela me influenciou.

Você se considera um ícone lageano na música?

(Risos)... De jeito nenhum. Tivemos e temos muitos músicos e artistas de grande talento e que marcaram nossa cidade. Sou muito crítico e não gosto desses chavões. Digamos que sou mais um, entre tantos outros, que gostam muito da música e que até agora deixou algumas marcas neste tipo de arte, uma espécie de referência. O reconhecimen-to de vocês é muito legal. E isso já me deixa muito feliz. Mas para ícone não sirvo. E nem tenho essa pretensão.

Para finalizar, qual tua expectativa neste novo desafio aqui na Fundação Cultural?

Agradeço muito à atual administração a oportunidade que estão me dando. Esta-mos no começo do trabalho. Sou humilde para reconhecer que preciso muito do apoio e da ajuda das pessoas neste novo desafio. Meu objetivo aqui é ajudar os músicos, organizar melhor o setor, fazer com que esses inúmeros talentos e artis-tas possam ter um estímulo, se apresen-tar e desenvolver sua atividade. Vamos conversar muito, e, dentro da filosofia de trabalho da FCL, tentar ajudar no máximo que for possível.

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Quantos discos o Grupo Expresso chegou a gravar?

Ao todo, foram seis gravações, entre LPs e CDs. O primeiro disco ao vivo fomos nós que gravamos em Santa Catarina, assim como o primeiro CD. A sede da banda ficava em Florianópolis. E nós fazíamos muitos shows na época.

E quais foram as músicas que mais fizeram sucesso?

Foram várias. Muitas delas, inclusive, tocam até hoje nas rádios. Eu citaria algumas delas: “Certos Amigos”, “Manhãs do Sul do Mundo”, “Tom Natural”, “Banho das Seis”, “Flordoardo”, entre outras que marcaram época.

O Expresso fez sucesso e shows em nível nacional?

No Sul do Brasil, especialmente, tivemos ótima aceitação. Mas apresentamos também diversos shows em São Paulo e Minas Gerais. Fizemos shows e ficamos certo tempo também na Euro-pa. Chegamos a gravar um disco na Inglaterra.

O Expresso fará a abertura nacional da Festa do Pinhão, antes do show nacional do Fábio Júnior, no dia 24 de maio. É isso mesmo?

É sim. Ficamos lisonjeados com o convite da organização do evento. Será uma oportunida-de para rememorar com os fãs, nossas antigas apresentações para um grande público.

Vocês hoje vivem da música ou têm outras atividades e profissões?

Eu e Volnei vivemos mais da música. Mas neste ano ingressei na Fundação Cultural de Lages, a convite da nova administração. Meu trabalho aqui será incentivar e apoiar os vá-rios artistas e músicos que temos na cidade. Aliás, somos há muito tempo um grande celeiro de músicos e artistas. Esse pessoal precisa de apoio, de alguém que os estimule a se organizar melhor. Meu desafio é esse. O Paulo Back, além da música, é desenhista do Maurício de Souza (faz desenhos da Mônica, Cebolinha, Cascão...). O Zeca Petri é fotógrafo e empreendedor nesta área. E o Volnei é maestro e professor de música.

Quando você retornou a Lages?

(Risos)... Já fui e voltei muitas vezes... Mas da última vez foi em julho do ano passado.

Não tocamos para ganhar dinheiro porque o sucesso é efêmero. Toca- mos muito mais por prazer e carinho pelos nossos fãs do que por qualquer outra coisa.”

Você tem família própria, filhos, esposa?

Vida de artista e boêmio é muito atribulada. Sempre fui uma espécie de andarilho, nunca morei muito tempo num só lugar. Por isso, ter família no modelo tradicional é muito difícil. Nunca casei de papel passado. Mas tenho dois filhos, com mulheres diferentes. O mais velho chama-se Luca, tem 21 anos e mora em Guaramirim. E o mais novo chama-se Luy, tem seis anos e mora aqui em Lages.

Essa vida agitada não te cansa? Não chega um momento em que você quer mais sossego e tranquilidade?

Claro que cansa. E acho que chegou este momento. Voltei a Lages, cidade que adoro, onde nasci e na qual tenho muitos amigos. Estou trabalhando na Fundação Cultural. E

também continuo no Expresso fazendo shows e apresentações mais seletivas. Então, acho que é hora de sossegar um pouco. Essa vida de cigano é muito complicada.

A música “Princesa da Serra”, muito utilizada em campanhas políticas em Lages, é de sua autoria? Nunca foi gravada em seus traba-lhos?

Eu e o Volnei é que criamos essa música. Ape-sar do lado político, acho que tem uma boa letra e melodia. Por isso mesmo, vou incluí-la no meu próximo trabalho. Estou em fase final para lançar um novo CD solo, que terá 34 mú-sicas. Esse trabalho vai estar pronto até o mês de junho ou julho. Tive apoio da Lei Rouanet e por isso preciso concluir o projeto com urgên-cia. O CD terá como título “Sete Ventos”, uma das músicas que gosto muito.

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Sou muito de colocar no papel e na música aquilo que estou vivendo ou lendo naquele momento. Fiz muitas músicas a partir de leituras.”

E o Daniel Lucena compositor? Também fez tanto sucesso como o Daniel cantor e músico?

Na verdade a composição é meu hobby, minha paixão. Adoro criar, escrever compo-sições. Devo ter pelo menos umas 150 boas composições diferentes feitas e gravadas. Muitas das minhas letras e músicas, in-clusive, foram gravadas por vários artistas diferentes. Por exemplo, tem músicas e letras minhas que foram gravadas pelo Neto Fagundes, Osvaldir e Carlos Magrão, Grupo Gaitaço Serrano, diversos corais, entre outros.

Você recebe direitos autorais por essas composições?

Recebo mensalmente. É muito pouco. Mas recebo sim, do ECAD. Na verdade o que o ECAD repassa é em torno de 10% do que deveria ser repassado aos autores das músicas e composi-ções. Mas é assim mesmo que funciona.

Há um tempo atrás você teve graves proble-mas de saúde. O que lhe aconteceu? E como superou essa fase?

Eu tive lesão medular em três diferentes locais na coluna, por desgaste natural e esforço repe-titivo. Fiz três cirurgias complicadas na época. E a recuperação foi difícil. Fiquei com paraple-gia. Até me recuperar e voltar a andar, fiquei um ano e sete meses em cadeira de rodas. Foi entre 2003 a 2005, época em que estava me formando em Administração e Segurança no Trânsito, em Itajaí. Sofri muito. Não quero nem lembrar daquela época. Mas, embora com dificuldades e com algumas sequelas (ele não anda direito e tem muitas dificuldades

para subir escadas, por exemplo), hoje estou andando novamente.

O que é mais difícil para um cadeirante?

A visão de mundo, dos desafios e da vida é totalmente diferente para quem anda e fica sentado o tempo todo. O simples fato de você enxergar as coisas de pé é muito diferente. Para mim, essa foi a principal mudança. Eu até me virava bem de cadei-ra de rodas. Aos poucos, você acostuma e vai pegando o jeito para andar. A maior dificuldade, no entanto, é com a acessibilida-de. Aqui na Fundação, por exemplo, eu não conseguiria chegar ao piso superior sozinho se estivesse em cadeira de rodas.

E para voltar a andar você fez fisioterapia?

Foram quase dois anos de fisioterapia, todos os dias. Depois comecei a usar andador. E mais tarde usava uma bengala. Certo dia, fazendo um show aqui em Lages, no Serrano Tênis Clube, notei que não encontrava mais minha bengala. Aí percebi que estava andando havia horas sem ela. Foi uma sen-sação inesquecível de liberdade e de alegria. Nunca vou esquecer.

Quais os temas e assuntos que você mais gosta de compor ou são mais presentes em tuas músicas?

Não tenho um tema predominante. Sou muito de colocar no papel e na música aquilo que estou vivendo ou lendo naquele momen-to. Fiz muitas músicas a partir de leituras. No passado eu fazia composições mais voltadas aos sentimentos, amor, paixão, essas coisas. Hoje minha preocupação é mais com a histó-ria, com lugares, acontecimentos. Eu fiz várias músicas também sobre Lages, nosso clima,

nossos costumes, valores, paisagens.

Quais os músicos que te influenciaram?

Quando jovem eu gostava muito do grupo 14 BIS, Almôndegas, Kleiton e Kledir, a banda

América (dos Estados Unidos)... Teve ainda o Bob Dylan, Beatles, Carpenters, essa turma toda...

E tua irmã Louise, que é artista. Ela não te influenciou de alguma maneira?

A Louise por muitos anos integrou a banda Quarta Redenção, fora daqui, que agora se chama Banda Açú. Ela mora em Itajaí. Foi a primeira da família que partiu para o mundo da música. Ela tem uma voz espeta-cular. Quando participávamos de festivais, na juventude, ela ganhava tudo. E eu não ganhava nada. Embora a gente nunca tenha feito trabalhos juntos, como artistas, de certa forma ela me influenciou.

Você se considera um ícone lageano na música?

(Risos)... De jeito nenhum. Tivemos e temos muitos músicos e artistas de grande talento e que marcaram nossa cidade. Sou muito crítico e não gosto desses chavões. Digamos que sou mais um, entre tantos outros, que gostam muito da música e que até agora deixou algumas marcas neste tipo de arte, uma espécie de referência. O reconhecimen-to de vocês é muito legal. E isso já me deixa muito feliz. Mas para ícone não sirvo. E nem tenho essa pretensão.

Para finalizar, qual tua expectativa neste novo desafio aqui na Fundação Cultural?

Agradeço muito à atual administração a oportunidade que estão me dando. Esta-mos no começo do trabalho. Sou humilde para reconhecer que preciso muito do apoio e da ajuda das pessoas neste novo desafio. Meu objetivo aqui é ajudar os músicos, organizar melhor o setor, fazer com que esses inúmeros talentos e artis-tas possam ter um estímulo, se apresen-tar e desenvolver sua atividade. Vamos conversar muito, e, dentro da filosofia de trabalho da FCL, tentar ajudar no máximo que for possível.

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Mãe! Ela dá a vida, alimenta e educa. A si mesma abandona, feliz nas alegrias

dos filhos, cujas vitórias comemora com profundo entusiasmo. Sofre as dores de suas crianças, mas, vi-bra orgulhosa suas descobertas. Sentimental, dedica a vida aos seus sempre pequeninos. Firme quando precisa, delicada sempre que pode. É sábia e tola, sempre verdadeira, é mãe e, sobretudo, ama.

Está é minha singela homenagem àquelas que amamos. Feliz Dia das Mães!

Beijos, Suely.

Thammy Tessarolo feliz da vida comemorando seu aniversário ao lado do amigo Gugu GarciaMurilo Fernandes, de óculos ficou lindo!

Os pais Aldry e Elisangela ficaram orgulhosos com o 1º ano de Julia Oleinik Cecatto. A festa toda em rosa foi uma maravilha

O dia estava lindo e as pessoas felizes. Não era para menos. Dorcel Gu-gelmin Júnior preparou com muito carinho uma recepção íntima, para demonstrar sua realização ao lado da amada Viviane Cardoso

Suely MiyakePor

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A delicadeza de Lara Bueno que adora animais! Ela queria tirar uma foto com o Bambam

Amigas inseparáveis, Vanessa Denez Scares e Camila Castaldo Tessarolo

João Gabriel Heller só aproveitando o colinho de Liza e Luiza na comemoração do seu 1° aninho

Victor Israel com sua irmã Valentina que foi batiza-da recentemente na Catedral Diocesana de Lages

Ariana Fachin e Amilcar Rodrigues da Silva aguardando ansiosos a chegada de Miguel

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DE LONGE, AS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS NO BRASIL CONSTITUEM O SETOR DA ECONOMIA QUE MAIS LUCRA. E ISSO VEM ACONTECENDO HÁ DÉCADAS, CADA VEZ COM NÚMEROS MAIS ESPETACULARES, ANO APÓS ANO. EM CONTRAPARTIDA, NUNCA SE OUVIU FALAR TANTO EM MAU ATENDIMENTO DESTAS INSTI-

TUIÇÕES COMO AGORA, PRINCIPALMENTE AQUI EM LAGES.

Loreno SiegaTexto e Fotos

Quinze ou trinta minutos é o tempo de espera estabelecido em lei. No entanto,

este prazo está longe de ser cumprido

Page 15: Revista Visão - Maio 2013 - Edição #85

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Alguns itens do Código de De-fesa do Consumidor,

para os bancos, praticamente não existem. E tampouco a legislação municipal que disciplina e regulamenta o tempo máximo para atendimento aos clientes está sendo respeitada. Isso sem falar nas cobranças abusivas de juros para o cheque especial (parece que o Governo ganha muito com isso), e a humilhação que muitos precisam enfrentar para acessar as agências (por causa dos dispositivos obrigatórios da porta giratória). Dia desses, no centro da cidade – um cliente foi tirando tudo o que podia dos pertences e roupas para acessar a agência. Chegou a ficar só de cuecas. E mesmo assim não conseguiu acessar a agência da CEF, o que gerou tumulto e um grande constrangi-mento a ele e às demais pessoas.

Em Lages, como há anos os bancos não dão importância para a questão do tempo máximo para o atendimento aos seus clientes, desde 1990 existe uma legislação municipal que regulamenta o assunto. Em junho de 2009, através de uma nova lei (número 3.559/2009), de autoria dos então vereadores Elói Bassin, Luís Marin e Luiz Amorim (ambos da bancada de situação naquele ano na Câmara), a legislação antiga foi melhorada, votada e aprovada pelos vereadores, estando em vigência desde então.

Tempo de atendimento não é respeitado

Por essa legislação, os bancos são obri-gados a atender seus clientes em dias úteis normais em no máximo até 15 minutos. E nos dias de começo de mês (quando geralmente as empresas pagam seus funcionários), vés-pera e dias logo após os feriados, esse tempo limite pode ser de até 30 minutos (o dobro dos dias normais). Acontece que esses tem-pos máximos de atendimento, quase todos

Renato Dambrós - Presidente do Sind. dos Bancários de Lages

os dias (especialmente nos horários de maior movimento), são simplesmente ignorados ou desrespeitados, o que causa revolta entre os clientes.

Há situações relatadas pelo Procon em algumas agências de pessoas aguardando atendimento por 1h30min. ou até 2 horas, o que é um absurdo. Afinal, o banco nunca deixa de ganhar. E inclusive cobra tarifa para manter aberta a conta corrente dos clientes (o que há alguns anos não existia). Além de que, cada vez mais os serviços são feitos pelo próprio cliente, nos caixas eletrônicos ou pela própria internet. Ou seja, o cliente muitas vezes faz o serviço sozinho. E o banco mesmo assim ainda cobra tarifa por isso. E quando se precisa resolver algum assunto diretamente com o gerente ou mesmo descontar algum cheque ou ter atendimento nos caixas, a lei do limite máximo de tempo é desrespeitada.

Agência fechada pelo Sindicato

No mês de março deste ano, por exemplo, o Sindicato dos Bancários de Lages, juntamente com o Procon e o Ministério Público, fecharam por um dia a agência do Itaú do bairro Coral em protesto. “Essa agência tinha só três funcionários e contava com mais de 3.500 contas. É humanamente impos-sível essas três pessoas, sozinhas, darem conta de tantos clientes. Que fique bem claro que o mau atendimento não é culpa dos funcionários. Mas dos banqueiros que só pensam

“Na região coberta por nosso sindicato, tínha-mos há 15 anos um total de 1.700 bancários. O atendimento era pessoal e bastante huma-nizado. Hoje, esse número não passa de 450 trabalhadores, quase quatro vezes menos.”

Page 16: Revista Visão - Maio 2013 - Edição #85

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Carlos Roberto de Souza - Coordenador geral do Procon de Lages

Quem espera tempo demais nas filas e não reclama a algum órgão autorizado

(PROCON) , impede que as instituições financeiras seja

devidamente fiscalizadas

no lucro e não contratam mais trabalhado-res, ao contrário, demitem cada vez mais”, explicou Renato Dambrós, presidente do Sindicato dos Bancários.

Dambrós dá alguns números para sus-tentar sua argumentação. “Na região cober-ta por nosso sindicato, tínhamos há 15 anos um total de 1.700 bancários. O atendimento era pessoal e bastante humanizado. Hoje, esse número não passa de 450 trabalhado-res, quase quatro vezes menos. Então, não tem como esses bancários atenderem as pessoas adequadamente. Tem funcionário de banco entrando para o trabalho às 8 horas e saindo às 19 horas. É um absurdo”, argumentou.

Itaú do Bairro Coral

Na agência do Itaú do Coral, por exemplo, a gerente Bianca Werncke contou que eles evitam até tomar água durante o expediente para ir menos vezes ao banhei-ro. E que eles trabalham até no horário de almoço. Caso contrário, parando alguns minutos para almoçar, a agência teria de fechar as portas naquele horário por falta de funcionários. Em determinado dia, a gerente contou ao presidente do Sindicato dos Bancários que chegou a atender 110 pessoas em cinco horas, uma média de um atendimento a cada três minutos.

Com tamanha carga de trabalho, aliada à grande pressão por metas e

resultados colocada sobre cada gerente geral ou de setor dos bancos pelos seus supervisores, não é à toa que muitos funcionários acabem com problemas de saúde. “No passado, a doença que mais existia entre os bancários era a chamada LER (Lesão por Esforço Repetitivo), que dá nas articulações das mãos e dos braços”, contou Renato Dambrós. “Agora tem muita gente afastada com problemas de estresse, fadigas múltiplas e até com graves proble-mas psicológicos”, acrescentou. Em uma determinada agência da cidade, segundo ele, no mês de março haviam oito funcio-nários afastados por doença de um total de 16 colaboradores (um índice de 50% - extremamente alto).

Legislação será modificada

De acordo com o Coordenador Geral do Procon de Lages, Carlos Roberto de Souza, os bancos estão descumprindo a lei do tempo máximo de atendimento simplesmente porque os valores das multas e notificações são muito baixos. “Pela legislação atual, para cada notificação o banco só vai pagar 11 Uni-dades Fiscais do Município de Lages (UFML), o que corresponde atualmente a R$ 2.623,50 (cada UFML vale R$ 238,50). Além disso, a legislação atual é omissa para o atendimento nas mesas dos bancos, onde mais ocorrem demoras e onde temos menor número de funcionários”, explicou. “Nós já fizemos estudos e sugestões para melhorar essa legis-lação. O projeto com essas novas alterações já está na Câmara e deverá ser apreciado e aprovado pelos vereadores em breve”, disse.

Carlos Roberto informou que as multas passarão de 11 para 20 UFMLs (R$ 4.770,00 para cada autuação e notificação); o limite de tempo de 15 ou 30 minutos também passará a valer para o atendimento nas mesas, que haverá uma fiscalização bem mais forte com relação ao seu cumprimento e que essa legis-lação também passará a ter validade para as cooperativas de crédito financeiro (que hoje estão fora da atual legislação). “Além disso, a instituição que for notificada ou multada por seis vezes, será automaticamente fechada e poderá até ter seu alvará de funcionamento cassado pelo município”, explicou o coorde-nador do Procon.

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Page 17: Revista Visão - Maio 2013 - Edição #85

seguintes providências: mudança na legis-lação municipal sobre o assunto (já citadas nesta reportagem – novo projeto está para ser apreciado a qualquer momento na Câmara de Vereadores), maior fiscalização por parte dos órgãos como Procon, OAB e Ministério Público, cumprimento integral da lei (em caso de seis autuações para uma mesma agência, fechamento e possível cas-sação do alvará de funcionamento), além de exigir todos os demais itens de seguran-ça (portas giratórias, por exemplo), conforto (banheiros e água potável para os clientes em todas as agências), atendimento priori-tário para pessoas idosas e gestantes, fun-cionário para orientar e acompanhar o uso dos caixas eletrônicos, bancos e assentos para espera, presença de sistema de senhas com identificação do horário de chegada dos clientes, entre outras questões.

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Elói Bassin - Vereador

As maiores reclamações

Com relação ao não cumprimento da Lei do tempo máximo de atendimento, os bancos que mais apresentam problemas, de acordo com o Procon, são o Itaú (principal-mente as agências do bairro Coral e da Rua Coronel Córdova, no centro), Bradesco, HSBC (que tinha uma outra agência no Coral, que foi fechada e todos os clientes de lá passaram para o centro – sem que houvesse incremen-to de funcionários), Caixa Econômica Federal (agência central, que inclusive acabou de receber mais de 4 mil clientes novos uma vez que vai administrar a conta salário dos servi-dores públicos municipais de Lages) e Banco do Brasil (antigo BESC). “A CEF e o Banco do Brasil dizem que estão tomando providências para melhorar o atendimento. Mas de longe são os bancos campeões em reclamações neste ponto”, informou o coordenador do Procon.

Assim como o presidente do Sindicato dos Bancários, o coordenador do Procon tam-bém disse que a culpa pelo mau atendimen-to não é dos funcionários, mas dos banquei-ros e dos supervisores regionais, que não autorizam novas contratações para melhorar e agilizar o atendimento. “Muitas vezes os clientes que estão há muito tempo na fila xingam e ficam irritados com os funcionários ou com o gerente. Eles não têm culpa. Na verdade, são as maiores vítimas do sistema. O mais correto, quando não for atendido dentro do tempo legal, é telefonar imedia-

tamente para o Procon e exigir que tome providências na hora”, argumentou Renato Dambrós, do Sindicato dos Bancários.

Telefone com número do Procon

Sobre este ponto, aliás, a legislação muni-cipal também prevê e exige que cada banco tenha disponível um telefone público à vista, com o número do Procon bem visível ao lado. Este telefone deverá ser acionado pelos clien-tes sempre que se julgarem prejudicados com a demora exagerada no atendimento. “Nós estaremos mais vigilantes com relação a este assunto. Vamos aumentar as visitas aos bancos. E comparecer sempre que houver denúncias. E quem não obedecer à lei poderá ter a agência fechada e até o alvará de licença municipal cassado”, explicou o coordenador local do Procon, Carlos Roberto de Souza.

Preocupados com o recorrente e rotineiro descumprimento da lei do tempo máximo de atendimento por parte dos bancos de Lages, o vereador Eloi Bassin (PP), com participação e apoio do Sindicato dos Bancários, Procon, OAB de Lages, Ministério Público e Conselho Municipal do Idoso realizaram uma audiên-cia pública para debater o assunto e buscar alternativas. Foi na Câmara de Vereadores, no dia 26 de março, com grande participação.

Outras exigências

Como encaminhamentos, de acordo com o vereador Elói Bassin, foram tomadas as

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“Esse tema há muito tempo nos preo-cupa. Especialmente porque as pessoas, muitas vezes, acabam xingando e bri-gando com os trabalhadores dos bancos, que não tem culpa alguma pela situação. O que se quer é que os bancos busquem melhorar seu atendimento. E que as pes-

soas tenham instrumentos legais e poder para agir quando for necessário”, explicou o presidente da OAB de Lages, advogado Marcelo Menegotto. A OAB solicitou ao Procon o envio de todo estudo e notifi-cações já realizadas pelo órgão contra os bancos da cidade. E prometeu buscar jun-to ao Ministério Público apoio e guarida para agir. Vamos exigir que sejam tomadas providências. E, se for o caso, até judiciali-zar”, deixou claro Menegotto.

O que dizem os bancos

A reportagem da Revista Visão foi pes-soalmente em pelo menos quatro dos ban-cos citados em busca da posição dos mes-mos acerca do assunto. Apenas a gerente do Banco Itaú do bairro Coral nos recebeu para uma entrevista. Os gerentes locais do HSBC e do Banco do Brasil alegaram que não poderiam responder pela agência e que maiores informações só poderiam ser

repassadas pela Superintendência, que fica em outra cidade. Na Caixa Econômica Federal não conseguimos ingressar devido à falta de guarda volume disponível. Além disso, o guarda que fica na porta eletrôni-ca fez pouco caso da reportagem e não se dignou a chamar a gerência.

A gerente geral do Banco Itaú do Coral, Bianca Dinorá Werncke, nos aten-deu. Destacou que a situação da agência, depois do seu fechamento pelo sindicato, melhorou. Segundo ela, a agência de fato só tinha três funcionários. “No dia 12 de abril realizamos seletiva para contratação de mais um colaborador. E uma funcio-nária emprestada de Joinville está vindo semanalmente trabalhar aqui”, informou. Bianca relatou que no dia que o sindica-to fechou a agência, um colaborador de Xanxerê foi transferido para a sua agência. Agora com cinco funcionários, Bianca afir-mou que o banco suportará a demanda.

Você está satisfeito com o atendimento dos bancos em Lages?

A enquete foi lançada no começo do mês de abril pelo blog da Revista Visão e o “Não” superou o “Sim” com mais de 95% das respostas. Fomos às ruas também perguntar aos usuários dos bancos o que eles achavam do atendimento. Vejam algumas respostas:

“Devido ao grande movimento de pessoas, o atendimento demora um pouco. Mas quando chega a minha vez sempre sou bem atendido.”

“O atendimento está horrível. Os bancos não têm funcio-nários suficientes para atender. São os que mais faturam e os que menos empregam neste país. A lei de atendimento prioritário para idosos não está sendo cumprida. É uma vergonha. Quando o idoso chega para ser atendido, eles oferecem empréstimos, seguros, todos os produtos. Só não estão vendendo refrigerante e ovo frito nos bancos. É uma falta de respeito com o ser humano”.

“Os atendentes estão discriminando as pessoas especiais que precisam de atendimento. Minha menina é autista e várias vezes foi mal atendida. A prioridade é que ela fosse atendida com mais atenção, coisa que não está acontecendo”.

“Quase sempre os atendimentos são muito demorados. Ontem fiquei mais de 40 minutos em um banco e ainda levei um não, falando que não era lá o procedimento. Dá vontade de chorar”.

“É ruim. Eles não atendem direito e demoram a atender. Já cheguei a ficar duas horas na fila”. “Você fica muito mais do que meia hora nas filas. Dias atrás

fui ao Itaú e fiquei quase 40 minutos para ser atendida. Na Caixa Econômica está na mesma situação. Se você vai com uma bolsa grande, tem que tirar tudo de dentro e ficar quase pelada para entrar. Então eu acabo deixando de ir”.

Sebastião dos Santos, funcionário público

Zoenir Antunes Macedo do Amaral, bancária aposentada

Edson Rogério Müller, autônomo.

Margarete Waltrick, secretária

Argel Moreira de Oliveira, topógrafo

Maria de Souza Pereira, aposentada

Marcelo Menegotto - Presidente da OAB de Lages

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“Esse tema há muito tempo nos preo-cupa. Especialmente porque as pessoas, muitas vezes, acabam xingando e bri-gando com os trabalhadores dos bancos, que não tem culpa alguma pela situação. O que se quer é que os bancos busquem melhorar seu atendimento. E que as pes-

soas tenham instrumentos legais e poder para agir quando for necessário”, explicou o presidente da OAB de Lages, advogado Marcelo Menegotto. A OAB solicitou ao Procon o envio de todo estudo e notifi-cações já realizadas pelo órgão contra os bancos da cidade. E prometeu buscar jun-to ao Ministério Público apoio e guarida para agir. Vamos exigir que sejam tomadas providências. E, se for o caso, até judiciali-zar”, deixou claro Menegotto.

O que dizem os bancos

A reportagem da Revista Visão foi pes-soalmente em pelo menos quatro dos ban-cos citados em busca da posição dos mes-mos acerca do assunto. Apenas a gerente do Banco Itaú do bairro Coral nos recebeu para uma entrevista. Os gerentes locais do HSBC e do Banco do Brasil alegaram que não poderiam responder pela agência e que maiores informações só poderiam ser

repassadas pela Superintendência, que fica em outra cidade. Na Caixa Econômica Federal não conseguimos ingressar devido à falta de guarda volume disponível. Além disso, o guarda que fica na porta eletrôni-ca fez pouco caso da reportagem e não se dignou a chamar a gerência.

A gerente geral do Banco Itaú do Coral, Bianca Dinorá Werncke, nos aten-deu. Destacou que a situação da agência, depois do seu fechamento pelo sindicato, melhorou. Segundo ela, a agência de fato só tinha três funcionários. “No dia 12 de abril realizamos seletiva para contratação de mais um colaborador. E uma funcio-nária emprestada de Joinville está vindo semanalmente trabalhar aqui”, informou. Bianca relatou que no dia que o sindica-to fechou a agência, um colaborador de Xanxerê foi transferido para a sua agência. Agora com cinco funcionários, Bianca afir-mou que o banco suportará a demanda.

Você está satisfeito com o atendimento dos bancos em Lages?

A enquete foi lançada no começo do mês de abril pelo blog da Revista Visão e o “Não” superou o “Sim” com mais de 95% das respostas. Fomos às ruas também perguntar aos usuários dos bancos o que eles achavam do atendimento. Vejam algumas respostas:

“Devido ao grande movimento de pessoas, o atendimento demora um pouco. Mas quando chega a minha vez sempre sou bem atendido.”

“O atendimento está horrível. Os bancos não têm funcio-nários suficientes para atender. São os que mais faturam e os que menos empregam neste país. A lei de atendimento prioritário para idosos não está sendo cumprida. É uma vergonha. Quando o idoso chega para ser atendido, eles oferecem empréstimos, seguros, todos os produtos. Só não estão vendendo refrigerante e ovo frito nos bancos. É uma falta de respeito com o ser humano”.

“Os atendentes estão discriminando as pessoas especiais que precisam de atendimento. Minha menina é autista e várias vezes foi mal atendida. A prioridade é que ela fosse atendida com mais atenção, coisa que não está acontecendo”.

“Quase sempre os atendimentos são muito demorados. Ontem fiquei mais de 40 minutos em um banco e ainda levei um não, falando que não era lá o procedimento. Dá vontade de chorar”.

“É ruim. Eles não atendem direito e demoram a atender. Já cheguei a ficar duas horas na fila”. “Você fica muito mais do que meia hora nas filas. Dias atrás

fui ao Itaú e fiquei quase 40 minutos para ser atendida. Na Caixa Econômica está na mesma situação. Se você vai com uma bolsa grande, tem que tirar tudo de dentro e ficar quase pelada para entrar. Então eu acabo deixando de ir”.

Sebastião dos Santos, funcionário público

Zoenir Antunes Macedo do Amaral, bancária aposentada

Edson Rogério Müller, autônomo.

Margarete Waltrick, secretária

Argel Moreira de Oliveira, topógrafo

Maria de Souza Pereira, aposentada

Marcelo Menegotto - Presidente da OAB de Lages

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Beleza e conteúdo

Andressa Miola da Costa é a Garota Visão do

mês de maio. A bela lageana tem 21 anos e está concluindo a faculdade de Administração Empre-sarial pela Udesc/ESAG em agosto deste ano. Ela é filha de Paulo Cesar da Costa (“Costinha”) e Kátia

Miola da Costa. “Ela é o tipo de mulher focada e cen-trada naquilo que faz”, disse a mãe sobre a filha. Assim

que se formar, Andressa pretende iniciar uma pós-graduação ou MBA na área. Como hobby, a loira dos olhos castanhos gosta

de viajar para conhecer novas culturas e lugares. Atualmente, em função dos estudos,

mora em Florianópolis. O ensaio fotográ-fico foi feito em uma chácara da família Costa, em Lages.

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FICHA TÉCNICA

MODELO | Andressa Miola da Costa

FIGURINO | Gabriela Rosa - 49 3225.5971

ACESSÓRIOS | Gabriela Rosa - 49 3225.5971

SAPATOS | Atualle Calçados - 49 3223.7733

CABELO & MAKE UP | Joice Cabeleireira - 49 3225.2180

LOCAÇÃO | Chácara da Família Costa

FOTOGRAFIA | Gugu Garcia - 49 3222.5864

ENSAIO COMPLETO | revistavisao.com.br

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HÁ APENAS 22 ANOS, EM 1991, ELE BATIA CARTÃO PONTO NO BESC, ONDE TRABALHAVA À NOITE NO SETOR DE COMPEN-SAÇÕES DAQUELE BANCO, EM CURITIBANOS. INCENTIVADO PELA ESPOSA, QUE QUERIA CON-TRIBUIR COM O AUMENTO DA RENDA DA FAMÍLIA, VENDEU UM VEÍCULO, UM TERRENO URBA-NO E UMA LINHA TELEFÔNICA E ABRIU SUA PRIMEIRA LOJA.

BERLANDA DIVERSIFICANEGÓCIOS E VIRA REFERÊNCIA NA INDÚSTRIA

<destaque empresarial

Loreno SiegaTexto e Fotos

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HÁ APENAS 22 ANOS, EM 1991, ELE BATIA CARTÃO PONTO NO BESC, ONDE TRABALHAVA À NOITE NO SETOR DE COMPEN-SAÇÕES DAQUELE BANCO, EM CURITIBANOS. INCENTIVADO PELA ESPOSA, QUE QUERIA CON-TRIBUIR COM O AUMENTO DA RENDA DA FAMÍLIA, VENDEU UM VEÍCULO, UM TERRENO URBA-NO E UMA LINHA TELEFÔNICA E ABRIU SUA PRIMEIRA LOJA.

BERLANDA DIVERSIFICANEGÓCIOS E VIRA REFERÊNCIA NA INDÚSTRIA

<destaque empresarial

Loreno SiegaTexto e Fotos

Passadas pouco mais de duas décadas,

hoje ele é o maior empresário do varejo catarinense no segmento de móveis, ele-trodomésticos e eletroeletrônicos. Sua rede de lojas não para de crescer. E até o final de abril contabilizava 194 unidades em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Trata-se do empresário Nilso Berlanda, 51 anos, nascido no município de Nova Itaberaba (próximo a Chapecó).

De Curitibanos, em seu moderno prédio administrativo, e onde fica o Centro de Distribuição (CD) de todas essas operações, ele administra a rede Berlanda, que faturou em 2012, R$ 530 milhões (quase R$ 1,5 milhão por dia corrido do ano) e que empregava diretamente até o final de abril deste ano 1.885 trabalhadores. “Para 2013 nossa meta é crescer pelo menos 20% e chegar a um fatu-ramento de R$ 636 milhões. E até o final de 2015 queremos ter pelo menos uma loja em cada um dos 295 municípios catarinenses e faturar nosso primeiro R$ 1 bilhão anual”, disse, acrescentando: “Quem não tem meta e não trabalha para isso, não prospera nos negócios”.

Móveis Curitibanos

Não bastasse ser o “rei” do varejo no segmento de lojas de móveis e eletro em solo catarinense (o que já desperta a cobiça de gigantes do setor nacional como a rede Ricardo Eletro), nos dois últimos anos Nilso Berlanda também está atacando o setor industrial, além de diversificar suas ações em outras frentes.

Em Curitibanos, por exemplo, há pouco mais de dois anos ele investiu R$ 5 milhões na montagem da sua primeira indústria – a Móveis Curitibanos – que hoje emprega em torno de 70 colaboradores e produz cerca de 30% de todos os móveis que sua rede de lojas comercializa. “Aproveitamos a disponi-bilidade de matéria-prima regional, que é a madeira. E principalmente o MDF e o MDP fabricados aqui em Curitibanos pela Berne-ck. Objetivo é diversificar os negócios, gerar novas oportunidades de empregos e suprir com fabricação própria parte de nossa de-

manda de móveis nas lojas”, argumentou.

Estofados Catarina

Poucos meses depois, em outro lance de empreendedorismo, aliado à sua visão social, Berlanda fez uma parceria com o Governo do Estado e implantou dentro da penitenci-ária de São Cristóvão do Sul outra indústria: a Estofados Catarina, que fabrica sofás, almofadas e congêneres. “Nós investimos no barracão e nas máquinas. E os detentos fazem o serviço e recebem por isso. Além disso, a cada três dias trabalhados, eles têm um dia a menos no cumprimento da pena. Sem falar que estão ocupando seu tempo dentro da penitenciária em algo produtivo e aprendendo uma profissão”, argumentou. A unidade emprega 70 detentos (e apenas dois colaboradores próprios) e já produz em torno de 1.500 unidades por mês, produção toda absorvida pela sua rede de lojas.

Espumas e Colchões Berflex

Há pouco mais de um ano, outro desafio. Berlanda vislumbrou um novo negócio. “Nossa rede de lojas vende em média men-salmente mais de 10 mil colchões. Então, por que não montar uma indústria de espumas e colchões?”, indagou-se. Dito e feito. Há pouco mais de um mês em operações, sua nova indústria – a Berflex – começou a produzir espumas e colchões. “Por enquanto, a produção ainda é pequena porque precisamos treinar as pessoas. Mas dentro de 6 meses a um ano queremos empregar nesta nova indústria de 70 a 100 colaborado-res”, argumentou. “As espumas servirão para matéria-prima de nossos colchões e também para outros clientes”, argumentou.

Demonstrando sempre estar à frente das oportunidades de negócios, Berlanda também abriu uma agência de publi-cidade e uma importadora de produtos chineses. “Minha filha, Aline, é publicitária. E nos sugeriu montar uma agência para suprir a demanda própria. Todos os

anos gastávamos muito com agências e produções. Agora esse dinheiro é canalizado para uma empresa própria. E com relação à importadora, o fizemos porque assim fica mais fácil identificar produtos de qualidade e trazê-los diretamente da China para a co-mercialização em nossas lojas”, argumentou.

No dia 22 de abril, Berlanda recebeu em Curitibanos um grupo de jovens empresá-rios da CDL de Lages. Eles foram conhecer de perto seus negócios e projetos empresariais. E também aprender um pouco mais com ele. “Fico feliz se puder inspirar outras pessoas a empreender. Nossa região precisa muito mais de gente com iniciativa e coragem”, finalizou.

revista visão

Nilso Berlanda

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Page 26: Revista Visão - Maio 2013 - Edição #85

Além de oferecer os cursos técnicos de Agroecologia,

Informática e Biotecnologia, o campus abriu oferta para os cursos técnicos de Análises Químicas, Mecatrônica e Eletro-mecânica. Ao todo são 240 vagas (40 para cada curso). E o melhor de tudo: são cursos totalmente gratuitos, com professores e infraestrutura de excelência. As inscrições devem ser feitas no site www.ingresso.ifsc.edu.br, onde também estão disponíveis os editais com todas as informações sobre o processo seletivo. De acordo com Raquel, há computadores no campus à disposição dos candidatos que não possuem internet em casa. Em caso de dúvida o candidato pode entrar em contato com o departa-mento de Ingresso do IFSC pelo telefone 0800 722 0250 (ligação gratuita).

Taxa de inscrição

Será cobrada para os cursos técnicos uma taxa de inscrição de R$ 30,00. Mas os candidatos doadores de sangue e de baixa

renda podem solicitar a isenção do paga-mento desta taxa até 15 de maio. Os cursos tem duração de dois anos e 50% das vagas são destinadas a candidatos que estuda-ram em escolas públicas. As inscrições vão até o dia 10 de junho e a prova eliminató-ria será realizada dia 30 de junho. As aulas começam dia 29 de julho.

IFSC Lages

Hoje o IFSC de Lages conta com 570 alunos matriculados (nos cursos técnicos e nas 18 outras modalidades de menor dura-ção). O campus, que começou a funcionar em fevereiro de 2011, hoje conta com cerca de 50 servidores e já formou 380 profissio-nais. O objetivo dos servidores é capacitar os alunos para o mercado de trabalho. Pro-va disso é o caso de um aluno do curso de Informática que ingressou em um curso de qualificação, em seguida fez o técnico e hoje pede para os professores por uma graduação. O aluno já está atuando profis-sionalmente na área em que estudou.

revista visão

SEIS CURSOS TÉCNICOS ESTÃO COM INSCRIÇÕES ABERTAS NO IFSC CAMPUS LAGES. DESTES, TRÊS SÃO NOVOS. A INFORMAÇÃO FOI REPASSADA PELA DIRETORA DA UNIDA-DE, RAQUEL MATYS CARDENUTO, EM COLETIVA DE IMPRENSA, DIA 24 DE ABRIL.

IFSC DOBRA A OFERTA DE CURSOS E VAGAS EM LAGES

Liana Fernandes•

Divulgação IFSC

Texto

Foto

<educação profissional26 27

Raquel Cardenuto também salientou que os alunos que não tiverem condições para se deslocarem até o local onde fica o campus (Rua Heitor Vila Lobos, bairro São Francisco), podem participar de uma seleção e ganhar ajuda de custo que varia de R$ 150,00 à R$ 500,00 por aluno. “Já ajudamos mais de 500 alunos com esse apoio. E hoje custeamos o transporte de 250 matriculados”, informa Raquel.

Cursos totalmente gratuitos

Além de professores e servidores extremamente qualificados e preparados (todos são servidores públicos federais concursados), a infraestrutura do IFSC é de alto nível (biblioteca, laboratórios, computadores, áreas para pesquisas e experimentos, área de convivência e de lazer, etc). Por isso, os alunos que se for-marem na instituição (sem pagar nada por isso), com certeza se destacarão e terão muitas oportunidades em sua vida profissional.

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Além de oferecer os cursos técnicos de Agroecologia,

Informática e Biotecnologia, o campus abriu oferta para os cursos técnicos de Análises Químicas, Mecatrônica e Eletro-mecânica. Ao todo são 240 vagas (40 para cada curso). E o melhor de tudo: são cursos totalmente gratuitos, com professores e infraestrutura de excelência. As inscrições devem ser feitas no site www.ingresso.ifsc.edu.br, onde também estão disponíveis os editais com todas as informações sobre o processo seletivo. De acordo com Raquel, há computadores no campus à disposição dos candidatos que não possuem internet em casa. Em caso de dúvida o candidato pode entrar em contato com o departa-mento de Ingresso do IFSC pelo telefone 0800 722 0250 (ligação gratuita).

Taxa de inscrição

Será cobrada para os cursos técnicos uma taxa de inscrição de R$ 30,00. Mas os candidatos doadores de sangue e de baixa

renda podem solicitar a isenção do paga-mento desta taxa até 15 de maio. Os cursos tem duração de dois anos e 50% das vagas são destinadas a candidatos que estuda-ram em escolas públicas. As inscrições vão até o dia 10 de junho e a prova eliminató-ria será realizada dia 30 de junho. As aulas começam dia 29 de julho.

IFSC Lages

Hoje o IFSC de Lages conta com 570 alunos matriculados (nos cursos técnicos e nas 18 outras modalidades de menor dura-ção). O campus, que começou a funcionar em fevereiro de 2011, hoje conta com cerca de 50 servidores e já formou 380 profissio-nais. O objetivo dos servidores é capacitar os alunos para o mercado de trabalho. Pro-va disso é o caso de um aluno do curso de Informática que ingressou em um curso de qualificação, em seguida fez o técnico e hoje pede para os professores por uma graduação. O aluno já está atuando profis-sionalmente na área em que estudou.

revista visão

SEIS CURSOS TÉCNICOS ESTÃO COM INSCRIÇÕES ABERTAS NO IFSC CAMPUS LAGES. DESTES, TRÊS SÃO NOVOS. A INFORMAÇÃO FOI REPASSADA PELA DIRETORA DA UNIDA-DE, RAQUEL MATYS CARDENUTO, EM COLETIVA DE IMPRENSA, DIA 24 DE ABRIL.

IFSC DOBRA A OFERTA DE CURSOS E VAGAS EM LAGES

Liana Fernandes•

Divulgação IFSC

Texto

Foto

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Raquel Cardenuto também salientou que os alunos que não tiverem condições para se deslocarem até o local onde fica o campus (Rua Heitor Vila Lobos, bairro São Francisco), podem participar de uma seleção e ganhar ajuda de custo que varia de R$ 150,00 à R$ 500,00 por aluno. “Já ajudamos mais de 500 alunos com esse apoio. E hoje custeamos o transporte de 250 matriculados”, informa Raquel.

Cursos totalmente gratuitos

Além de professores e servidores extremamente qualificados e preparados (todos são servidores públicos federais concursados), a infraestrutura do IFSC é de alto nível (biblioteca, laboratórios, computadores, áreas para pesquisas e experimentos, área de convivência e de lazer, etc). Por isso, os alunos que se for-marem na instituição (sem pagar nada por isso), com certeza se destacarão e terão muitas oportunidades em sua vida profissional.

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Maria Montessori, através de seu método, de-finiu o ritmo construtivo da vida como uma

representação orgânica, centrada no dinamismo do desenvolvimento da criança.

“(...) Quando a criança começa a mexer-se, a sua mente, capaz de absorver, já fez seu o am-biente; antes que comece a mover-se, já nela teve lugar um inconsciente desenvolvimento psíquico, e quando inicia os primeiros movimentos, começa a tornar-se consciente...

... “Isto significa que vai elaborando com suas mãos e metendo na sua consciência o que a sua mente, inconsciente, antes observou...” Maria Montessori. Mente Absorvente. (S/d, p.28-29)

Segundo seus estudos, a criança aprende de acordo com o próprio ritmo, a partir de seu desen-volvimento maturacional. Cada criança apresenta uma sensibilidade particular em determinados pe-ríodos de sua vida, despertando nela um interesse especial, focando-se em um só objeto (ou em al-guns objetos), fazendo dele(s) todo o seu mundo.

A estes “tempos” da criança Montessori cha-mou de Período Sensível, conceito fundamental da sua teoria, os quais podem ser assim entendidos:

• São períodos de tempo, geneticamente progra-mados, durante os quais a criança manifesta grande interesse em realizar certas tarefas.

• Durante estes períodos, a criança trabalha com todo o seu vigor psíquico para aperfeiçoar as habili-dades necessárias à execução das tarefas escolhidas.

Montessori destacou um perí-odo sensível para os movimentos (do nascimento aos 4 anos), para a ordem (18 meses a 4 anos), para o refinamento dos sentidos (do nasci-mento aos 5 anos), para a linguagem (nascimento aos 6 anos) e período sensível para os Números (dos 4 aos 6 anos).

A Montessori Foundation levan-tou onze Períodos Sensíveis, a partir dos estudos de Montessori:

• Movimento (Nascimento – um ano): do movimento aleatório para o coor-

denado: agarrar, tocar, girar, equilibrar, engatinhar, andar.

• Aquisição da linguagem (Nascimento – seis anos): uma progressão do balbuciar palavras para senten-ças, com um vocabulário em contínua expansão e compreensão - explosão da linguagem a partir dos 2 anos. A criança desprovida de estímulo da linguagem neste período pode apresentar danos severos no seu processo de desenvolvimento.

• Pequenos objetos (1-4 anos): Fixação em ob-jetos pequenos e em detalhes. Entre um e dois anos de idade, as crianças fixam sua atenção nas minúcias, o que sinaliza mudança no desenvolvi-mento psíquico da criança.

• Ordem (2-4 anos): Caracterizado por um dese-jo de consistência e de repetição. Necessidade de rotinas estabelecidas. As crianças podem tornar-se profundamente perturbadas por desordem. O am-biente deve ser cuidadosamente ordenados com um lugar para cada coisa e com regras cuidadosa-mente estabelecidas.

• Interesse por Música (2-6 anos): espontânea e propícia ao desenvolvimento de afinação, ritmo e melodia.

• Graça, imitação (2-6 anos): cortesia, comporta-mento educado e atencioso levando a uma interna-lização dessas qualidades na personalidade.

• Refinamento dos sentidos (2-6 anos): experiên-cias sensoriais (som, gosto, toque, peso, cheiro) – refinamento com discriminações sensoriais.

• Fascinação pela escrita (3-4 anos): com a tenta-tiva de reproduzir imagens, letras e números com lápis ou caneta em papel. Para Montessori, a escrita precede a leitura.

• Leitura (3-5 anos): interesse espontâneo em representações simbólicas dos sons de cada letra e na formação de palavras.

• Relações espaciais (4-6 anos): forma impres-sões cognitivas sobre relações espaciais, incluindo o layout de lugares familiares. As crianças se tor-nam mais capazes de encontrar o seu caminho em torno de seus bairros e são cada vez mais capazes de trabalhar enigmas complexos.

• Matemática (4-6 anos): for-mação dos conceitos de quanti-dade e de operações com ajuda de materiais concretos.

Professores que atuam no Método Montessori precisam, portanto, estar atentos aos Períodos Sen-síveis e preparados para observá-los nas atividades das crianças. É preciso também orientar os pais para que possam acompanhar cada um desses períodos de maior sensibilidade para determinadas aquisições, contribuindo com estímulos próprios para auxiliar no desenvolvimento da criança.

40 anos estimulando o pensar para saber escolher

Montessori e o ritmoconstrutivo da vida...

Por Rita Ramos *

*Consultora Educacional - [email protected]

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O local onde o corpo repousa é um

dos maiores responsáveis pela saúde da coluna. O impacto disso reflete no bem-estar físico, psíquico e na qualidade de vida. Dormir mal afeta o desempenho das atividades em casa e no trabalho, podendo ocasionar dores nas costas.

Seu perfil

Um bom colchão é aquele que se adapta melhor ao seu corpo, sendo ele de mola ou de espuma. É importante verificar a marca, composição, certifica-ções e o biotipo do cliente.

Um bom ambiente no quarto é mais importante do que você pensa. Tudo influencia: desde a altura do tra-vesseiro conforme a forma de dormir, a densidade do colchão, local sem lumi-nosidade ou barulho, conforto térmico e inclusive as cores das paredes.

Conforto

Do ponto de vista de conforto, é possível encontrar colchões extrama-cios, macios, firmes ou extrafirmes. Com tantas opções, como escolher o colchão certo? Vá até a Sleep Store e descubra qual o colchão ideal para você.

Sleep Store

Com o propósito de levar conforto e bem-estar à vida de seus consumi-dores, proporcionando-lhes qualidade e tranquilidade ao dormir, a Sleep Store instalou-se em Lages. A loja de colchões e acessórios inaugurou no dia 07 de maio e fica localizada na Rua Frei Rogério, nº 195.

A empresa trabalha com produtos exclusivos F.A. Maringá, atuante há mais de 45 anos no mercado, levando um conceito de vida saudável aos clientes. A empresa sempre investe em tecnolo-gia de ponta, buscando a cada dia inova-ções para garantir a tranquilidade do sono e, aliada a isso, possui as certifica-ções de qualidade ISO 9001, Pró-espuma e INMETRO. A loja é um empreendimen-to da família Godinho e será administra-da pelo casal Robson e Fabiana.

Fabiana destaca que a Sleep Store é uma loja sofisticada, com produtos elaborados e conta com os melhores lançamentos da F.A. Um diferencial da loja é a personalização do colchão. “Essa é uma ferramenta da fábrica, onde o cliente pode montar o seu pró-prio colchão, podendo escolher molas, cor, estofamento e ainda gravar o nome do casal”, finalizou.

49 3226.0462

Rua Frei Rogério, nº 195 - Centro - Lages SC

publieditorial> 28 29

SE VOCÊ PREZA PELA PAZ AO COLOCAR A CABEÇA NO TRAVESSEI-RO, UMA DICA: ESCOLHA BEM O COLCHÃO NO QUAL VAI DORMIR. BOA PARTE DA VIDA SE PASSA NA CAMA E UM BOM COLCHÃO É FUNDAMENTAL PARA TER QUALIDADE DE SONO.

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RITA DE CASSIA ALVES JULIO TEM 45 ANOS. E NA JUVENTUDE FOI NOVIÇA E MOROU DURANTE OITO ANOS (DOS 12 AOS 20) EM CON-VENTOS DE FREIRAS. DEPOIS DISSO GRADUOU-SE E FEZ VÁRIAS ESPE-CIALIZAÇÕES EM PSICOLOGIA (CLÍNICA, ORGANIZACIONAL E ESCOLAR). AO LONGO DE SEU TRABALHO PROFISSIONAL, DESENVOLVEU, APERFEI-ÇOOU E SISTEMATIZOU UM MÉTODO REVOLUCIONÁRIO DE ALFABE-TIZAÇÃO, QUE SEGUNDO ELA, ALCANÇA 100% DE ÊXITO NOS ALUNOS QUE O UTILIZAM.

Loreno SiegaTexto e Fotos

<educação30 31

Metodo para alfabetização em apenas oito aulas

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revista visão

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das drogas e da delinquência e acabem se tornando futuros marginais”, explicou ela.

Desenvolvendo o método

Rita relata que ao longo dos anos foi desenvolvendo uma forma própria de abordagem para os alunos com dificuldades de aprendizagem. “O principal enfoque era recuperar a autoestima. A partir disso, eles começavam a ter melhoras significativas na vida e também na alfabetização e aprendi-zagem”, falou. “Minha irmã Rosana, que por mais de 20 anos é professora em escolas do ensino público e particular, ficou impressio-nada. Em pouco tempo, eles aprendiam a ler e a escrever, inclusive melhorando muito seu desempenho escolar e aprendizagem. Ela chegou a dizer que eu tinha em mãos a galinha dos ovos de ouro, ou seja, algo que poderia erradicar o analfabetismo no Brasil”, acrescentou.

A psicóloga esclarece que se conside-ra uma pessoa alfabetizada quando esta consegue: 1) Reconhecer todas as letras do alfabeto; 2) Reconhecer todas as sílabas do alfabeto; 3) Ler e escrever palavras soltas; 4) Ler e escrever pequenas frases e 5) Interpre-tar pequenas frases. Estes cinco itens, o Mé-todo de Alfabetização em Oito Aulas realiza.

Edelson deu todo apoio

Um dos irmãos da psicóloga, Edelson Hortêncio Alves Julio, que é advogado e exerce a profissão em Lages, também ficou maravilhado com a metodologia. Rita informou que desde 2009 seu irmão e esposa (Adriane Costa Julio), também advogada, lhe proporcionam condições financeiras para, inicialmente “mate-rializar a metodologia”. Ao longo deste período, eles estão dando também, con-dições de Rita se dedicar exclusivamente na divulgação e procura de comprovação por órgãos públicos que lhe permitissem ter o método reconhecido oficialmente por alguma entidade governamental de Educação, facilitando a adoção pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura). Além de facilitar a captação de alguma empresa patrocinadora para divulgação gratuita a toda a população, via internet.

Graças a esse apoio, atualmente o mé-todo está totalmente sistematizado, o que facilitará o seu acesso imediato e sem custos

a todos os que tiverem interesse e necessi-dade. A metodologia foi desenvolvida para ser aplicada em apenas oito etapas (aulas) de duas horas no máximo cada. Conforme o desenvolvimento do alfabetizando, as etapas podem ser vencidas em um tempo menor que duas horas, oportunizando que várias etapas possam ser aplicadas num mesmo dia, ensejando que a pessoa analfabeta pos-sa abreviar o tempo da alfabetização.

Por ter sido desenvolvido de uma forma bem ilustrada e prazerosa, a autora também diz que o método pode ser chamado de “Aprender Brincando”. Este método utiliza apostilas que podem ser somente físicas ou utilizadas com mídia informatizada, sempre com o mesmo tipo de conteúdo didático e sequencial, independente da idade ou condição social.

Alunos alfabetizados

Para comprovar ainda mais o que diz, Rita Julio e sua irmã, a artista plástica Rosa-na Julio Gonçalves, realizaram diversas via-gens pelo Brasil para testar e convencer au-toridades da eficácia do método. Uma dessas viagens foi ao Rio de Janeiro. “Em função da polêmica da eleição do palhaço Tiririca como deputado federal, a apresentadora Ana Maria Braga, da Rede Globo, descobriu um senhor analfabeto que queria muito apren-der a ler e escrever. A produção do programa contratou uma professora especializada em alfabetização para que comprovasse a possibilidade de um adulto ser alfabetizado no período de 10 dias integrais; selecionado um aluno que frequentava um programa de alfabetização de adultos (CREJA).

O mesmo aceitou o desafio propos-to pela apresentadora Ana Maria Braga. Passado o prazo proposto, retornaram ao programa. Mas quando o senhor – Seu Antônio Borracheiro – foi ao programa, não conseguiu ler e nem escrever. Então as irmãs se dirigiram àquela capital com o firme propósito de provar que era possível. Em apenas três dias, Antônio, sua esposa e sua filha (que também eram analfabetas) aprenderam a ler e a escrever, numa es-pécie de mutirão, com aula de manhã e à tarde. A filha de seu Antônio, com 15 anos, estava no 4º ano do Ensino Fundamental. E havia sido reprovada cinco vezes. Em apenas seis horas, foi alfabetizada por Rita e por sua irmã.

Rita trabalhou por 15 anos na Pre-feitura de Correia Pinto, onde

reside e mantêm seu consultório de psicolo-gia e onde com frequência recebia alunos da rede municipal com dificuldade de aprendi-zagem. “Fui percebendo que todos tinham um traço em comum: a baixa autoestima. E com o passar dos anos, esse problema ia se agravando. Os alunos apresentavam comportamento antissocial, agressivo, depressivo, violento e acabavam deixando a escola”, disse. “Eu ficava impressionada porque chegavam crianças e adolescentes até da 5ª e 6ª série que ainda não sabiam ler e escrever”, conta.

“Crianças que não aprendem a ler e a escrever na idade certa acabam sofrendo bullying na escola, sendo discriminadas injustamente por colegas e até pela família. Elas se fecham, ficam depressivas, vão se es-condendo dentro do próprio mundo. Muitas vezes os pais e/ou colegas de aula agravam a situação, xingando e chamando-os de burros e incapazes. Isso é um primeiro passo para que entrem mais facilmente no mundo

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Esse mesmo tipo de viagem filantrópica, com razões exclusivamente para comprovar a eficácia do método de alfabetização, foi desafiado também pelas duas Senhoras Julio em Campina Grande, na Paraíba. Neste local, alfabetizaram o Sr. Manuel Batata (79 anos), famoso nacionalmente por ser o primeiro escritor analfabeto no Brasil (ele ditou um livro para sua neta de 12 anos, registrando assim as suas memórias da história da sua cidade e de sua própria vida). As duas se dispuseram a viajar mais de 6 mil quilômetros e o ensinaram a decifrar o alfabeto, permitindo-lhe sentir o prazer de ler o seu próprio livro e quem sabe até escrever outros.

Em Santa Cecília (SC), Rita prestou serviço para uma Empresa do Grupo Exatidão (de Lages), na qual desempe-nhou seus conhecimentos com os trabalhadores, visto que dos funcionários da fazenda, 31 adultos que trabalhavam no corte de pinus eram analfabetos, e passavam a semana no mato sem ter muito que fazer fora da jornada de serviço. Então, solicitaram ao dono da empresa, Sr. Mauro Wol-fart, que pudessem ter aulas de alfabetização. Rita propôs ensiná-los a ler e a escrever e assim foi feito. “Foi muito emocionante ver tantas pessoas felizes com a descoberta do mundo das letras e que muitos não mais acreditavam na realização deste sonho distante”, declarou Rita de Cássia.

Outros alfabetizados

Outros dois senhores de Lages – Claudiomiro (43), conhecido por “Gaúcho” e o pintor Lídio – popular “Baiano” (55), também eram totalmente analfabetos. Rita, com ajuda de dois irmãos (Edélsio – in memoriam – e Edelson Julio) , aplicaram o método. “Depois das oito aulas, eles estavam transformados. Liam e escreviam muito bem. E disseram que jamais na vida imaginavam que um dia pudessem ler as placas nas ruas, as orientações técnicas das obras que faziam, os letreiros dos ônibus”, contou Edelson Julio.

A dona de casa Lenira Pereira, de Goiás, mas residente em Curitiba-PR, também não era alfabetizada. E queria mui-to aprender para fazer novas receitas (já que não conseguia

ler o que estava escrito nas receitas). “O jeito que ela ensina é muito fácil. Parece que as coisas vão se encaixando na tua cabeça e você aprende com muita facilidade”, disse Lenira em um audiovisual com depoimentos de pessoas que testa-ram e aprenderam com o método.

Simplicidade

“Se a pessoa não tiver transtornos neurológicos graves ou não estiver tomando medicamentos controlados que prejudiquem a memória, pode utilizar meu método com 100% de eficácia. E não é necessário que seja eu a aplicá--lo. Outras pessoas já ministraram as aulas e deu certo do mesmo jeito”, afirmou Rita. “O método pode ser ministrado através de uma apostila com 42 páginas de memorização e pelo computador. Basta que a pessoa vá acompanhando as aulas. Só é necessário um professor ou uma pessoa alfabe-tizada que avalie o progresso na leitura e na escrita ao lado do aluno”, continuou explicando a psicóloga. “O método trabalha muito com o sonho das pessoas, com o uso da me-mória e associações. Ou seja, você deve ter uma motivação para querer ler e escrever. Eu trabalho a partir disso. E fica muito mais fácil da pessoa se envolver e aprender”.

16,5 milhões de analfabetos no Brasil

Apesar de ser um método simples, rápido e de eficá-cia comprovada, Rita e Edelson têm encontrado inúmeras dificuldades junto a órgãos públicos ligados à educação, que poderiam implantá-lo em Municípios, Estados ou mesmo em nível Federal, através das respectivas Secretarias ou do próprio MEC. “Você imagina quanto custa manter um aluno na escola pública por vários anos e essa pessoa não apren-der sequer a ler e a escrever? - perguntou Edelson Julio. “E quanto custa para o Brasil ter um número tão grande de analfabetos?”, emendou.

De fato, pela Pesquisa Nacional por Amostragem de Domi-cílio (PNAD), realizada pelo IBGE em setembro de 2012, há ainda

da população nacional são analfabetos, 16 milhões de brasileiros

da população de Santa Catarina, cerca de 200.298 catarinenses

8,6 %

4,1 %

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Esse mesmo tipo de viagem filantrópica, com razões exclusivamente para comprovar a eficácia do método de alfabetização, foi desafiado também pelas duas Senhoras Julio em Campina Grande, na Paraíba. Neste local, alfabetizaram o Sr. Manuel Batata (79 anos), famoso nacionalmente por ser o primeiro escritor analfabeto no Brasil (ele ditou um livro para sua neta de 12 anos, registrando assim as suas memórias da história da sua cidade e de sua própria vida). As duas se dispuseram a viajar mais de 6 mil quilômetros e o ensinaram a decifrar o alfabeto, permitindo-lhe sentir o prazer de ler o seu próprio livro e quem sabe até escrever outros.

Em Santa Cecília (SC), Rita prestou serviço para uma Empresa do Grupo Exatidão (de Lages), na qual desempe-nhou seus conhecimentos com os trabalhadores, visto que dos funcionários da fazenda, 31 adultos que trabalhavam no corte de pinus eram analfabetos, e passavam a semana no mato sem ter muito que fazer fora da jornada de serviço. Então, solicitaram ao dono da empresa, Sr. Mauro Wol-fart, que pudessem ter aulas de alfabetização. Rita propôs ensiná-los a ler e a escrever e assim foi feito. “Foi muito emocionante ver tantas pessoas felizes com a descoberta do mundo das letras e que muitos não mais acreditavam na realização deste sonho distante”, declarou Rita de Cássia.

Outros alfabetizados

Outros dois senhores de Lages – Claudiomiro (43), conhecido por “Gaúcho” e o pintor Lídio – popular “Baiano” (55), também eram totalmente analfabetos. Rita, com ajuda de dois irmãos (Edélsio – in memoriam – e Edelson Julio) , aplicaram o método. “Depois das oito aulas, eles estavam transformados. Liam e escreviam muito bem. E disseram que jamais na vida imaginavam que um dia pudessem ler as placas nas ruas, as orientações técnicas das obras que faziam, os letreiros dos ônibus”, contou Edelson Julio.

A dona de casa Lenira Pereira, de Goiás, mas residente em Curitiba-PR, também não era alfabetizada. E queria mui-to aprender para fazer novas receitas (já que não conseguia

ler o que estava escrito nas receitas). “O jeito que ela ensina é muito fácil. Parece que as coisas vão se encaixando na tua cabeça e você aprende com muita facilidade”, disse Lenira em um audiovisual com depoimentos de pessoas que testa-ram e aprenderam com o método.

Simplicidade

“Se a pessoa não tiver transtornos neurológicos graves ou não estiver tomando medicamentos controlados que prejudiquem a memória, pode utilizar meu método com 100% de eficácia. E não é necessário que seja eu a aplicá--lo. Outras pessoas já ministraram as aulas e deu certo do mesmo jeito”, afirmou Rita. “O método pode ser ministrado através de uma apostila com 42 páginas de memorização e pelo computador. Basta que a pessoa vá acompanhando as aulas. Só é necessário um professor ou uma pessoa alfabe-tizada que avalie o progresso na leitura e na escrita ao lado do aluno”, continuou explicando a psicóloga. “O método trabalha muito com o sonho das pessoas, com o uso da me-mória e associações. Ou seja, você deve ter uma motivação para querer ler e escrever. Eu trabalho a partir disso. E fica muito mais fácil da pessoa se envolver e aprender”.

16,5 milhões de analfabetos no Brasil

Apesar de ser um método simples, rápido e de eficá-cia comprovada, Rita e Edelson têm encontrado inúmeras dificuldades junto a órgãos públicos ligados à educação, que poderiam implantá-lo em Municípios, Estados ou mesmo em nível Federal, através das respectivas Secretarias ou do próprio MEC. “Você imagina quanto custa manter um aluno na escola pública por vários anos e essa pessoa não apren-der sequer a ler e a escrever? - perguntou Edelson Julio. “E quanto custa para o Brasil ter um número tão grande de analfabetos?”, emendou.

De fato, pela Pesquisa Nacional por Amostragem de Domi-cílio (PNAD), realizada pelo IBGE em setembro de 2012, há ainda

da população nacional são analfabetos, 16 milhões de brasileiros

da população de Santa Catarina, cerca de 200.298 catarinenses

8,6 %

4,1 %

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no Brasil um total de 16,5 milhões de pessoas com idade de 15 anos acima totalmente analfabetas (um índice de 8,6% de todos os 193 milhões de brasileiros). Isso representa mais do que toda a população do estado da Bahia (que é de pouco mais de 13 milhões) ou quase toda a população de Minas Gerais (17,9 milhões). O IBGE informa ainda que em Santa Catarina, estado com menor índice de analfabetismo do país, ainda há 4,1% de nossa população que não sabem ler e nem escrever. Isso corresponde a 200.298 pessoas (equiva-lente a toda a população de Criciúma).

É imprescindível lembrar que a criança, quando come-ça a frequentar o primeiro ano do ensino fundamental, não aprende somente o português, mas também tem outras disciplinas como história, geografia, ciências, mate-mática (a qual também necessita saber ler para entender as equações propostas), entre outras. Sendo assim, “a criança tem que entrar no primeiro ano do ensino funda-mental já sabendo ler e escrever”, justificou Edelson Julio.

Segredo não é repassado

Rita e seus irmãos sabem que o método é revolu-cionário e que poderia muito bem ser adotado pelo Governo Federal ou mesmo pelo Estado de Santa Catarina para acabar com o analfabetismo (um avanço social significativo para o país). Por isso mesmo, porque pode ser facilmente copiado por outras pessoas, eles mantêm alguns aspectos do método em segredo. “Já procuramos junto a órgãos públicos comprovar a efi-cácia do método e consequentemente repassá-lo. Mas infelizmente temos encontrado muita descrença, buro-cracia e falta de interesse em conhecer algo novo que pode transformar a vida de muitas pessoas”, informou Edelson Julio.

Apesar desse descaso da grande maioria das “auto-ridades”, Rita Julio recebe muitos convites e e-mails de prefeituras e até Estados do Nordeste para ir apresen-tar seu método naquela região. E inclusive de um país

da África (Moçambique). “Rita poderia repassar o méto-do de graça. Mas isso seria injusto com ela, que traba-lhou e investiu mais de 18 anos de sua vida profissional para desenvolvê-lo. O mais correto seria que o MEC ou a Secretaria de Estado da Educação adquirissem os direitos pelo uso do método, ou ainda, que alguma empresa brasileira de porte o fizesse com intenção de investir na área social”, argumentou Edelson. “Pode ter certeza que o valor que ela receberia seria revertido em trabalhos sociais tão necessários quanto a do analfabe-tismo”, concluiu ele.

Talvez por esta falta de compromisso e do marasmo de nossos agentes públicos que ainda tenhamos, em pleno século XXI, quase 17 milhões de brasileiros e mais de 200 mil catarinenses na “escuridão do analfabetismo”. A quem isso interessa?

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55 Livros lidos no período de 1 ano6

Edelson Hortêncio Alves Júlio - advogado

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APESAR DO POUCO TEMPO QUE A NOVA ADMINISTRA-ÇÃO DE LAGES TEVE PARA PLANEJAR, INCREMENTAR E MELHORAR O EVENTO ATÉ O FECHAMENTO DE TODA A PROGRAMAÇÃO, QUE ACON-TECEU NO DIA 24 DE ABRIL, NO SERRANO TÊNIS CLUBE, A 25ª FESTA DO PINHÃO, QUE SE REALIZA NO PERÍODO DE 24 DE MAIO A 02 DE JUNHO, NO PARQUE CONTA DINHEI-RO, EM LAGES, TERÁ DIVER-SAS MUDANÇAS.

Loreno Siega•

Gugu Garcia

Por

Fotos

<festa do pinhão 201334 35

A primeira delas, talvez a mais

importante, é uma maior participação de pessoas e entidades na organização e o res-gate da cultura e da tradição campeira, ser-rana e lageana. Para isso, a programação foi reforçada em vários aspectos, inclusive com o ingresso pela metade do preço para quem for pilchado (homens e mulheres – com vestimenta típica de acordo com regras do Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG). Isso sem falar no incremento do número de shows e atrativos da cultura tradicionalista, incluindo apresentações de chula, danças gaúchas, bailes, sapecada nacional e regio-nal, entre outras.

Uma segunda mudança relevante é o va-lor do ingresso mais barato para as famílias lageanas. Quem mora na cidade (e com-provar residência através da conta de água, energia elétrica ou carnê do IPTU) e adquirir seu ingresso antecipado, entre os dias 04 a 10 de maio, no Teatro Marajoara, das 14 às 20 horas, terá 30% de desconto. Nesta modali-dade não haverá venda de mais de um in-gresso por pessoa para cada dia do evento. E quem não for o titular da conta de água, luz ou IPTU, precisa necessariamente comprovar o grau de parentesco com o titular.

Conforto e gastronomia

Haverá ainda outras mudanças impor-tantes, como: duplicação de espaços em ca-marotes e backstage (espaço que ficará em frente às apresentações do palco nacional, com visão e conforto privilegiado – mas com ingressos mais caros). Haverá ainda maior

oferta e disponibilidade de banheiros quí-micos, além de seis contêineres espalhados pelo Parque com sanitários, pias e espelhos.

Outra preocupação importante da organização é com a qualidade, preços e dis-ponibilidade da gastronomia típica. A orga-nização do evento buscará todas as formas possíveis de incentivo para que empresas lageanas ou serranas participem da festa e ofereçam seus produtos aos visitantes, desta forma garantindo um maior padrão nas receitas da gastronomia típica, além de um controle mais rígido dos preços praticados dentro do Parque durante o evento.

Shows nacionais e valorização da cultura

Além do palco nacional – onde vão se apresentar grandes artistas como Fábio Júnior, Gilberto Gil, Só Pra Contrariar, Zezé di Camargo e Luciano, Fernando e Sorocaba, Pe. Fábio de Melo, Patati Patatá, Nando, Dazara-nha, Thiaguinho e Sambô, entre outros (pro-gramação detalhada no anúncio do evento nesta edição) – haverá ainda o Palco Nati-vista e o Palco Pinhão (antigo Palco Alterna-tivo) – sem falar em espaços diferenciados e especiais como a Arena Cultural (no Pavilhão José Arruda Ramos), onde vão se realizar apresen-tações de

Vai começar a Festa

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revista visão

Apresentações típicas marcaram o lançamento oficial da Festa do Pinhão de 2013

34 35música, dança, contação de histórias e artes visuais, além das exposições de obras de arte e amplo espaço com arquibancada para as pessoas assistirem ou participarem.

O Recanto da Tradição, no Pavilhão Afonso Ribeiro, vai abrigar apresentações de chula, trova e dan-ças de salão. O visitante que quiser aprender danças tradicionalistas, por exemplo, terá um instrutor disponí-vel. Esse espaço, inclusive, terá palco para apresentações, fogo de chão e restaurante com comidas típicas como paçoca de pinhão, entrevero, quirera e puchero. Esse espaço ficará a cargo dos CTGs Anita Garibaldi, Barbicacho Colorado e Planalto Lageano.

Parcerias mais amplas

O Shopinhão, que nos últimos anos deixou muito a desejar, estará sendo organizado neste ano pela ACIL, que buscará a participação de grandes empresas tradicionais da ci-dade, além de oportunizar a todos os seus associados (incluindo as empre-sas comerciais) para que participem, mostrem seus produtos e serviços e assim aproveitem o evento para divulgar o que Lages tem de bom na indústria, comércio e serviços.

No dia do lançamento oficial do evento, na noite de 24 de abril,

no Serrano Tênis Clube, o prefeito Elizeu Mattos, o vice-prefeito e presidente da CCO, Toni Duarte, e o Superintendente da Fundação Cultural de Lages, Maurício Neves de Jesus, demonstravam otimismo. Segundo o prefeito Elizeu Mattos, houve um grande esforço da equi-pe da Prefeitura, que mesmo num curto espaço de tempo, promove-ram diversas melhorias e novida-des no evento. “Não podemos nos esquecer das parcerias e dos apoios que já conseguimos e de todos os que ainda vamos obter até o início do evento. Queremos publicamente agradecer ao Governo do Estado, o Governo Federal, a Caixa Econômi-ca Federal, o Bradesco, o Sicoob e outras instituições com as quais já fechamos parceria”, lembrou Elizeu Mattos.

Elizeu, Toni e Maurício – que no dia do lançamento estavam acompanhados da Rainha Caroline Costa e das princesas Flávia Búrigo e Ka-mila Ghiorzi – além de gran-de número de autoridades – tam-bém pediram o apoio da imprensa na divulgação e valorização de nosso maior evento. O prefeito disse que a imprensa lageana e serrana está sendo cooperativa e que grandes e importantes par-cerias já foram fechadas para uma maior divulgação.

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revista visão

Com grande prestígio político, tomou posse na manhã do dia 05 de abril, na SDR de Lages, o advogado Gabriel Ribeiro (34 anos) como novo Secretário de Desenvolvimento Regional para a região. Antes do evento, Jurandi Agustini (que há pouco mais de dois anos estava à frente da SDR) e o pró-prio Gabriel receberam a imprensa para uma coletiva. Em seguida, no pequeno auditório da SDR, aconteceu a posse propriamente dita, com formação de mesa e discursos. Tanto na coletiva como na posse, Gabriel Ribeiro enfatizou que se sentia bastante orgulhoso e prestigiado pelo Governador Co-lombo por assumir tão importante função. Ele disse que suas prioridades à frente da SDR estarão concentradas em três áreas: educação, saúde e infraestrutura. Gabriel destacou que as Forças Tarefas serão retomadas e disse que é hora de agili-zar uma série de projetos que foram articulados por Jurandi Agustini e que agora precisam ser efetivamente realizados.

No sábado, 7 de abril, o governador Raimundo Colombo e o prefeito Elizeu Mattos lançaram o edital de licitação do prédio central do Parque Tecno-lógico de Lages, o Órion Parque. A estrutura será construída no bairro São Francisco, próximo ao campus do Instituto Federal (IFSC), para dar suporte a empresas e instituições de ensino voltadas ao ramo de Tecnologia da Informação (TI). A obra está orçada em R$ 6,2 milhões. Desse montante, R$ 5 milhões foram liberados pelo Governo do Estado, e R$ 1,2 milhão pela prefeitura. O prefeito Elizeu Mattos acredita que a ordem de serviço será entregue em breve, talvez no dia de abertura da 25ª Festa Nacional do Pinhão. O edifício terá mais de 4 mil metros quadrados, concentrando incubadoras, centros de pesquisa e desenvolvimento, museu tecnológico, auditórios, salas de treinamento e inclusão digital, áreas de convivência de praça de alimentação.

A 1ª Feira do Livro, que ocorreu nos dias 23 e 24 de abril, no Colégio Santa Rosa de Lima, teve a finalidade de aproximar os estudantes, as famílias, os professores e toda a comunidade educativa o mais próximo possível desse instrumento fantástico que é o livro. Durante os dois dias a escola experi-mentou o que há de mais moderno e atual em leitura tendo em vista as diferentes faixas etárias dos estudantes. Além disso, o Colégio preparou uma jornada intensa de atividades referentes à cultura e à aquisição de novos saberes. Teatro, conversa com escritores e poetas, exibição de filmes, contadores de histórias e muito mais, fizeram parte da programação do evento, que teve como lema “Ler: verbo que move mundos”.

Distribuição de placas indicativas padronizadas das 14 propriedades que integram o Circuito dos Lagos, palestra da equipe técnica da Epagri sobre Importância da Preserva-ção de Sementes e Espécies Crioulas, apresentação de vídeo sobre o potencial do Circuito dos Lagos e capacitação dos produtores rurais pela equipe do Projeto Acolhida da Co-lônia, de Santa Rosa de Lima. Foram algumas das atrações do 1º Dia de Campo, realizado no sábado (13/04) em Anita Garibaldi, sob organização da Agência de Desenvolvimento da Região dos Lagos (Adrel). O evento foi realizado na pro-priedade do Sr. Leonioldo Petri, o “Tio Ico”, localidade Petri, próximo à barragem da usina Barra Grande.

Gabriel Ribeiro é o novo secretário da SDR de Lages Lançada licitação do Órion Parque

Colégio Santa Rosa realizou 1ª Feira do LivroDia de Campo em Anita Garibaldi

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A e-GTA está facilitando a vida de quem transporta animais vivos para dentro e fora do

Estado. Agora, em poucos cliques você consegue a autorização para transportar a carga viva.

Aproveite a agilidade e a rapidez da tecnologia da e-GTA. Cadastre-se na Cidasc e toda vez

que for pegar a estrada, acesse www.cidasc.sc.gov.br.

Com a tecnologia da e-GTA, o seu Moacir autorizao transporte dos animais sem precisar sair do campo.Você pode fazer o mesmo.

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Com grande prestígio político, tomou posse na manhã do dia 05 de abril, na SDR de Lages, o advogado Gabriel Ribeiro (34 anos) como novo Secretário de Desenvolvimento Regional para a região. Antes do evento, Jurandi Agustini (que há pouco mais de dois anos estava à frente da SDR) e o pró-prio Gabriel receberam a imprensa para uma coletiva. Em seguida, no pequeno auditório da SDR, aconteceu a posse propriamente dita, com formação de mesa e discursos. Tanto na coletiva como na posse, Gabriel Ribeiro enfatizou que se sentia bastante orgulhoso e prestigiado pelo Governador Co-lombo por assumir tão importante função. Ele disse que suas prioridades à frente da SDR estarão concentradas em três áreas: educação, saúde e infraestrutura. Gabriel destacou que as Forças Tarefas serão retomadas e disse que é hora de agili-zar uma série de projetos que foram articulados por Jurandi Agustini e que agora precisam ser efetivamente realizados.

No sábado, 7 de abril, o governador Raimundo Colombo e o prefeito Elizeu Mattos lançaram o edital de licitação do prédio central do Parque Tecno-lógico de Lages, o Órion Parque. A estrutura será construída no bairro São Francisco, próximo ao campus do Instituto Federal (IFSC), para dar suporte a empresas e instituições de ensino voltadas ao ramo de Tecnologia da Informação (TI). A obra está orçada em R$ 6,2 milhões. Desse montante, R$ 5 milhões foram liberados pelo Governo do Estado, e R$ 1,2 milhão pela prefeitura. O prefeito Elizeu Mattos acredita que a ordem de serviço será entregue em breve, talvez no dia de abertura da 25ª Festa Nacional do Pinhão. O edifício terá mais de 4 mil metros quadrados, concentrando incubadoras, centros de pesquisa e desenvolvimento, museu tecnológico, auditórios, salas de treinamento e inclusão digital, áreas de convivência de praça de alimentação.

A 1ª Feira do Livro, que ocorreu nos dias 23 e 24 de abril, no Colégio Santa Rosa de Lima, teve a finalidade de aproximar os estudantes, as famílias, os professores e toda a comunidade educativa o mais próximo possível desse instrumento fantástico que é o livro. Durante os dois dias a escola experi-mentou o que há de mais moderno e atual em leitura tendo em vista as diferentes faixas etárias dos estudantes. Além disso, o Colégio preparou uma jornada intensa de atividades referentes à cultura e à aquisição de novos saberes. Teatro, conversa com escritores e poetas, exibição de filmes, contadores de histórias e muito mais, fizeram parte da programação do evento, que teve como lema “Ler: verbo que move mundos”.

Distribuição de placas indicativas padronizadas das 14 propriedades que integram o Circuito dos Lagos, palestra da equipe técnica da Epagri sobre Importância da Preserva-ção de Sementes e Espécies Crioulas, apresentação de vídeo sobre o potencial do Circuito dos Lagos e capacitação dos produtores rurais pela equipe do Projeto Acolhida da Co-lônia, de Santa Rosa de Lima. Foram algumas das atrações do 1º Dia de Campo, realizado no sábado (13/04) em Anita Garibaldi, sob organização da Agência de Desenvolvimento da Região dos Lagos (Adrel). O evento foi realizado na pro-priedade do Sr. Leonioldo Petri, o “Tio Ico”, localidade Petri, próximo à barragem da usina Barra Grande.

Gabriel Ribeiro é o novo secretário da SDR de Lages Lançada licitação do Órion Parque

Colégio Santa Rosa realizou 1ª Feira do LivroDia de Campo em Anita Garibaldi

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A e-GTA está facilitando a vida de quem transporta animais vivos para dentro e fora do

Estado. Agora, em poucos cliques você consegue a autorização para transportar a carga viva.

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A e-GTA está facilitando a vida de quem transporta animais vivos para dentro e fora do

Estado. Agora, em poucos cliques você consegue a autorização para transportar a carga viva.

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Com a tecnologia da e-GTA, o seu Moacir autorizao transporte dos animais sem precisar sair do campo.Você pode fazer o mesmo.

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As obras de revitalização da Av. Santa Catarina recome-çaram na sexta-feira (12/04). As empresas contratadas, a Construtora Evoluta e a CCL, iniciaram os trabalhos que preveem a pavimentação de cerca de mil metros quadra-dos, construção das calçadas, meio-fio e iluminação do can-teiro central. A obra teve início em maio do ano passado e cerca de 70% foi concluída. De acordo com o secretário de Infraestrutura, Joel Netto Momm, os trabalhos precisaram ser interrompidos porque o projeto original foi reformula-do, a pedido do prefeito Elizeu Mattos e do vice Toni Duar-te. “Com a readequação técnica, vamos ter uma economia de aproximadamente R$ 1 milhão que serão reinvestidos nas obras da Rua Cirilo Vieira Ramos”, garante Momm.

“Se o Rádio Não Toca” é o mais novo programa da Rádio 101 FM de Lages. O programa estreou no sábado (06/04) e promete ser líder de audiência das 15 às 18 horas. A programação é lide-rada pelo locutor Vetto Fernandes, pessoa conhecida na cida-de, natural de Morro da Fumaça (Sul do estado). Vetto residiu em Lages durante quase toda sua vida e passou sete anos na Inglaterra com a família. Retornou para a Serra Catarinense e trouxe na bagagem o que há de melhor em Pop/Rock/Reggae

anos 70/80/90 e 2000. Ele conta que quer levar para as tardes de sábado uma locução jovem, com os melho-res sucessos de cada época. “Além de tocar as músicas, vou dar uma prévia da história da canção”, destaca. Além do bom som, os ouvintes também vão concorrer a diversos prêmios durante o programa.

Na manhã de terça-feira (09/04) foi realizada uma Operação Força--Tarefa de combate à pirataria no centro da cidade, promovida pelo Conselho de Segurança de Lages (CONSEL). O objetivo era fiscalizar estabelecimentos comerciais e vendedores ambulantes que comer-cializam produtos pirateados e de origem ilícita. Além do efetivo da Polícia Militar, participaram da operação servidores da Prefeitura, Receitas Federal e Estadual e Polícia Federal. Durante a operação, 13 pessoas foram autuadas e foram apreendidos mais de mil unidades de mercadorias consideradas pirateadas e sem comprovação fiscal, tais como eletrônicos, brinquedos, bolsas, óculos de sol, roupas, calçados, entre outros. Diante dos fatos, todos os proprietários das mercadorias apreen-didas e respectivos produtos foram enca-minhados à Delegacia da Receita Federal para os procedimentos cabíveis.

Na noite da terça-feira (23/04) foi lançado em Lages o 12º Prêmio de Jornalismo Unimed SC. O evento aconteceu no espaço lazer da Pádua, no centro de Lages. O Prêmio visa estimular a realização de matérias, reportagens e documentários sobre saúde, assim contribuindo para a prevenção. Os temas deste ano são: prevenção em saúde, nas mais diver-sas especialidades médicas, atitudes de qualidade de vida que proporcionem uma vida saudável, esclare-cimentos e novidades concernentes às doenças e medicamentos, denún-cias envolvendo aspectos relacionados à saúde, entre outros. As inscrições podem ser feitas até o dia 02 de julho, pelo site www.premiodejornalismo.com.br. Nas categorias Profissional e Destaque Acadêmico, podem ser inscritas as matérias veiculadas no período de 03 de julho de 2012 a 02 de julho de 2013. Cada pessoa tem direito a inscrever até cinco matérias. O evento de premiação será realizado dia 27 de setembro, em Criciúma.

Recomeçaram as obras do acesso sul

Programa “Se O Rádio Não Toca” todos os sábados

Combate à pirataria em Lages

Prêmio de Jornalismo Unimed SC foi lançado em Lages

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As obras de revitalização da Av. Santa Catarina recome-çaram na sexta-feira (12/04). As empresas contratadas, a Construtora Evoluta e a CCL, iniciaram os trabalhos que preveem a pavimentação de cerca de mil metros quadra-dos, construção das calçadas, meio-fio e iluminação do can-teiro central. A obra teve início em maio do ano passado e cerca de 70% foi concluída. De acordo com o secretário de Infraestrutura, Joel Netto Momm, os trabalhos precisaram ser interrompidos porque o projeto original foi reformula-do, a pedido do prefeito Elizeu Mattos e do vice Toni Duar-te. “Com a readequação técnica, vamos ter uma economia de aproximadamente R$ 1 milhão que serão reinvestidos nas obras da Rua Cirilo Vieira Ramos”, garante Momm.

“Se o Rádio Não Toca” é o mais novo programa da Rádio 101 FM de Lages. O programa estreou no sábado (06/04) e promete ser líder de audiência das 15 às 18 horas. A programação é lide-rada pelo locutor Vetto Fernandes, pessoa conhecida na cida-de, natural de Morro da Fumaça (Sul do estado). Vetto residiu em Lages durante quase toda sua vida e passou sete anos na Inglaterra com a família. Retornou para a Serra Catarinense e trouxe na bagagem o que há de melhor em Pop/Rock/Reggae

anos 70/80/90 e 2000. Ele conta que quer levar para as tardes de sábado uma locução jovem, com os melho-res sucessos de cada época. “Além de tocar as músicas, vou dar uma prévia da história da canção”, destaca. Além do bom som, os ouvintes também vão concorrer a diversos prêmios durante o programa.

Na manhã de terça-feira (09/04) foi realizada uma Operação Força--Tarefa de combate à pirataria no centro da cidade, promovida pelo Conselho de Segurança de Lages (CONSEL). O objetivo era fiscalizar estabelecimentos comerciais e vendedores ambulantes que comer-cializam produtos pirateados e de origem ilícita. Além do efetivo da Polícia Militar, participaram da operação servidores da Prefeitura, Receitas Federal e Estadual e Polícia Federal. Durante a operação, 13 pessoas foram autuadas e foram apreendidos mais de mil unidades de mercadorias consideradas pirateadas e sem comprovação fiscal, tais como eletrônicos, brinquedos, bolsas, óculos de sol, roupas, calçados, entre outros. Diante dos fatos, todos os proprietários das mercadorias apreen-didas e respectivos produtos foram enca-minhados à Delegacia da Receita Federal para os procedimentos cabíveis.

Na noite da terça-feira (23/04) foi lançado em Lages o 12º Prêmio de Jornalismo Unimed SC. O evento aconteceu no espaço lazer da Pádua, no centro de Lages. O Prêmio visa estimular a realização de matérias, reportagens e documentários sobre saúde, assim contribuindo para a prevenção. Os temas deste ano são: prevenção em saúde, nas mais diver-sas especialidades médicas, atitudes de qualidade de vida que proporcionem uma vida saudável, esclare-cimentos e novidades concernentes às doenças e medicamentos, denún-cias envolvendo aspectos relacionados à saúde, entre outros. As inscrições podem ser feitas até o dia 02 de julho, pelo site www.premiodejornalismo.com.br. Nas categorias Profissional e Destaque Acadêmico, podem ser inscritas as matérias veiculadas no período de 03 de julho de 2012 a 02 de julho de 2013. Cada pessoa tem direito a inscrever até cinco matérias. O evento de premiação será realizado dia 27 de setembro, em Criciúma.

Recomeçaram as obras do acesso sul

Programa “Se O Rádio Não Toca” todos os sábados

Combate à pirataria em Lages

Prêmio de Jornalismo Unimed SC foi lançado em Lages

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Depois do projeto original de revitalização da Av. Duque de Caxias ter sido reformulado, devido às exigências do Badesc, as obras foram retomadas dia 22 de abril. De acordo com o secretário de Infraestru-tura, Joel Netto Momm, a principal alteração envolve a contrapartida da prefeitura. “Antes o Badesc fazia o depósito do recurso destinado à obra e o município entrava com a contrapartida. O que foi feito é que, ao invés da prefeitura fazer a contrapartida de forma financeira, será dado através de serviços”, diz. Ele explica que agora são duas planilhas separadas, uma com os serviços que ficaram a encargo da prefeitura, pela administração direta, e outra com o que será executado através do convênio com o Badesc. A partir de agora, alguns ser-viços como a construção do estacionamento e remoção dos postes passaram a encargo da prefeitura e não mais da empreiteira que executa a obra.

O maior grupo varejista do mundo – o Grupo Walmart – que detém diversas marcas no Brasil, incluindo a rede Maxxi Atacado e BIG, está construindo uma nova unidade em Lages. Desta vez, é com a marca BIG, na verdade um hipermercado, cujas obras de terraplanagem encontram-se em estágio avançado, localizadas próximo à sede do DNIT. No dia 26 de abril pela manhã, no gabinete do prefeito Elizeu Mattos, o Gerente de Relações Institucionais do grupo, José Eduardo Cidade, fez o anúncio oficial ao prefeito e a outras lideranças. O investi-mento total na construção da nova unidade do grupo em Lages vai ser de R$ 22 milhões, gerando 200 empregos diretos e mais 200 indiretos. “Queremos inaugurar a unidade até o aniversário da cidade, no final de novembro deste ano”, declarou José Eduardo. Segundo ele, apenas 3 ou 4 funcionários virão de fora. Os demais começam a ser recrutados em breve, com apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Eco-nômico, Emprego e Renda. O BIG em Lages adquiriu um terreno de 20 mil m². E a área construída terá 7.500 m². Deste total, 4.500 m² serão apenas para o espaço da loja.

Numa mesma noite, em período pouco superior a quatro horas, um grupo de pelo menos 150 micro e pequenos empresários (as) de Lages tiveram a oportunidade de conhecer as linhas de crédito para investimento e capital de giro de nove diferentes institui-ções financeiras. Puderam ainda sentar e conversar com cada uma delas (ou pelo menos com aquelas cujas linhas de financia-mento mais chamaram atenção durante a apresentação). Este foi o resultado do 1º Seminário de Crédito realizado pelo SEBRAE na cidade de Lages. O evento aconteceu na noite de terça-feira (16/04), no Map Hotel. De acordo com Altenir Agostini, coordena-dor regional do SEBRAE, “esta foi uma oportunidade muito boa para quem precisa de crédito e também para quem tem dinheiro para emprestar, no caso, as instituições financeiras. Cada um pôde conhecer as linhas de financiamento do concorrente. Assim, quem ganha são os empresários, que podem fazer a melhor escolha”, argumentou.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Governo de Santa Catarina será parceiro do Florestal e Biomassa. O anúncio foi feito pelo secretário de Desenvolvimento Regional de Lages, Gabriel Ribeiro, durante o lançamento oficial do evento, na segunda-feira (08/04). “O setor madeireiro é um dos principais vetores da nossa econo-mia. E este evento vem contribuindo para a sua modernização. Além do incentivo financeiro, o Governo ajudará na divulgação e colocará seus órgãos à disposição”, disse o secretário. A feira de negócios acontece entre os dias 18 e 20 de setembro, no Parque de Exposições Conta Dinheiro. O objetivo é difundir informa-ções voltadas à cadeia produtiva da madeira, focando em seu aproveitamento eficiente e sustentável, desde a silvicultura até a colheita, transporte, industrialização e uso de resíduos para gerar energia. Empresas de várias partes do Brasil trarão a Lages seus produtos e serviços, expandindo tecnologias avançadas.

Obras da Av. Duque de Caxias foram retomadas

BIG deve ser inaugurado em novembro deste ano

Seminário de crédito do Sebrae foi sucesso

Florestal & Biomassa foi lançado oficialmente

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Depois do projeto original de revitalização da Av. Duque de Caxias ter sido reformulado, devido às exigências do Badesc, as obras foram retomadas dia 22 de abril. De acordo com o secretário de Infraestru-tura, Joel Netto Momm, a principal alteração envolve a contrapartida da prefeitura. “Antes o Badesc fazia o depósito do recurso destinado à obra e o município entrava com a contrapartida. O que foi feito é que, ao invés da prefeitura fazer a contrapartida de forma financeira, será dado através de serviços”, diz. Ele explica que agora são duas planilhas separadas, uma com os serviços que ficaram a encargo da prefeitura, pela administração direta, e outra com o que será executado através do convênio com o Badesc. A partir de agora, alguns ser-viços como a construção do estacionamento e remoção dos postes passaram a encargo da prefeitura e não mais da empreiteira que executa a obra.

O maior grupo varejista do mundo – o Grupo Walmart – que detém diversas marcas no Brasil, incluindo a rede Maxxi Atacado e BIG, está construindo uma nova unidade em Lages. Desta vez, é com a marca BIG, na verdade um hipermercado, cujas obras de terraplanagem encontram-se em estágio avançado, localizadas próximo à sede do DNIT. No dia 26 de abril pela manhã, no gabinete do prefeito Elizeu Mattos, o Gerente de Relações Institucionais do grupo, José Eduardo Cidade, fez o anúncio oficial ao prefeito e a outras lideranças. O investi-mento total na construção da nova unidade do grupo em Lages vai ser de R$ 22 milhões, gerando 200 empregos diretos e mais 200 indiretos. “Queremos inaugurar a unidade até o aniversário da cidade, no final de novembro deste ano”, declarou José Eduardo. Segundo ele, apenas 3 ou 4 funcionários virão de fora. Os demais começam a ser recrutados em breve, com apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Eco-nômico, Emprego e Renda. O BIG em Lages adquiriu um terreno de 20 mil m². E a área construída terá 7.500 m². Deste total, 4.500 m² serão apenas para o espaço da loja.

Numa mesma noite, em período pouco superior a quatro horas, um grupo de pelo menos 150 micro e pequenos empresários (as) de Lages tiveram a oportunidade de conhecer as linhas de crédito para investimento e capital de giro de nove diferentes institui-ções financeiras. Puderam ainda sentar e conversar com cada uma delas (ou pelo menos com aquelas cujas linhas de financia-mento mais chamaram atenção durante a apresentação). Este foi o resultado do 1º Seminário de Crédito realizado pelo SEBRAE na cidade de Lages. O evento aconteceu na noite de terça-feira (16/04), no Map Hotel. De acordo com Altenir Agostini, coordena-dor regional do SEBRAE, “esta foi uma oportunidade muito boa para quem precisa de crédito e também para quem tem dinheiro para emprestar, no caso, as instituições financeiras. Cada um pôde conhecer as linhas de financiamento do concorrente. Assim, quem ganha são os empresários, que podem fazer a melhor escolha”, argumentou.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Governo de Santa Catarina será parceiro do Florestal e Biomassa. O anúncio foi feito pelo secretário de Desenvolvimento Regional de Lages, Gabriel Ribeiro, durante o lançamento oficial do evento, na segunda-feira (08/04). “O setor madeireiro é um dos principais vetores da nossa econo-mia. E este evento vem contribuindo para a sua modernização. Além do incentivo financeiro, o Governo ajudará na divulgação e colocará seus órgãos à disposição”, disse o secretário. A feira de negócios acontece entre os dias 18 e 20 de setembro, no Parque de Exposições Conta Dinheiro. O objetivo é difundir informa-ções voltadas à cadeia produtiva da madeira, focando em seu aproveitamento eficiente e sustentável, desde a silvicultura até a colheita, transporte, industrialização e uso de resíduos para gerar energia. Empresas de várias partes do Brasil trarão a Lages seus produtos e serviços, expandindo tecnologias avançadas.

Obras da Av. Duque de Caxias foram retomadas

BIG deve ser inaugurado em novembro deste ano

Seminário de crédito do Sebrae foi sucesso

Florestal & Biomassa foi lançado oficialmente

LAGES INAUGUROU NOVA AGÊNCIA DA

A Caixa inaugurou no final da tarde da

sexta-feira (19/04), em Lages, sua mais nova unidade na região da Serra Catarinense, localizada na Av Marechal Floriano, 870, no centro da cidade, com início do atendimento ao público na segunda-feira, dia 22 de abril.

Batizada em homenagem ao ilustre lageano Nereu Ramos, a agência possui uma área total de 576 metros quadrados e contará com equipe de empregados espe-cializados para atendimento aos clientes, no horário das 11 às 16 horas.

A inauguração da nova unidade faz parte das ações de expansão e reposiciona-mento da rede da Caixa, que está presente em todos os municípios do Brasil. Além de oferecer vários produtos com taxas competi-tivas, o banco é o principal agente financeiro das políticas públicas do Governo Federal, estando à frente dos mais importantes programas como Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), Programa de Aceleração do Cres-cimento (PAC) e programa Bolsa Família.

Obedecendo a um modelo atual de ergonomia e modernida-de, a unidade possui modelo de sinalização interna adequado ao padrão de atendimento privativo nos guichês de caixa. Além disso, apresenta padrão visual e funcio-nal para facilitar o direcionamento e a movimentação dos clientes.

O Superintendente Regional, Sr. Robert Kennedy Lara da Costa, destacou a expan-são e reposicionamento da rede Caixa, além dos repasses de recursos do Governo Federal, realizados através do banco. “Nos últimos 6 meses a Caixa inaugurou 7 novas agências na região abrangida pela Superintendência no intuito de qualificar seu atendimento aos clientes e munícipes. Além disso, nos últimos dois anos foram repassados através da Caixa, na região de abrangência da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures), R$ 1,4 bilhão aos municípios, dos quais, R$ 1 bilhão somente para Lages”, informou.

“Em nosso plano de governo estava a contratação de um banco público para atendimento aos servidores e à adminis-tração. No entanto, o convênio com a Caixa se mostrou ainda melhor já que é o banco das políticas públicas do Governo Federal. Atualmente temos um engenheiro da Caixa atuando especialmente nos projetos do município, o que fez com que quatro impor-

tantes obras estejam em andamento com a qualidade e agilidade necessárias”, declarou o prefeito Elizeu Mattos.

A CAIXA EM LAGES

Tendo completado em janeiro deste ano, 66 anos de presença no município, com esta inauguração a Caixa passa a oferecer à população de Lages e região, três agências (1 com penhor), 1 posto de atendimento bancário instalado nas dependências da Justiça do Trabalho, 21 unidades lotéricas, 35 correspondentes Caixa Aqui e 6 pontos de autoatendimento.

REDE DA CAIXA NO PAÍS

É composta, hoje, por 3.195 agências (479 com Penhor), sendo 623 Postos de Atendi-mento Bancário (PAB), 11.848 casas lotéricas, 16 unidades móveis, 25.069 corresponden-tes Caixa Aqui e 5.422 pontos de autoa-tendimento, totalizando 46.173 pontos de atendimento.

AGÊNCIA NEREU RAMOS FOI INAUGURADA NA SEXTA-FEIRA (19/04). ATENDERÁ CLIENTES DE UMA NOVA REGIÃO DA CIDADE, QUE ANTES PRECISAVAM SE DIRIGIR AO CENTRO OU AO CORAL. Gugu Garcia

Fotos

CAIXA

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GOVERNO FEDERAL APORTA

Em maio começam os trabalhos para a maior obra de sane-

amento básico da história da Serra Catarinense: a construção do Complexo Araucária. Ele vai beneficiar mais de 21 mil habitantes, de oito bairros de Lages. O investimento é de R$ 24.386.754,06. Serão contemplados os moradores do Araucária, Pró-Morar, Centenário, Santo Antônio, Santa Clara, Santa Catarina, São Luiz e Novo Milênio.

O início da construção só foi possível porque na manhã do dia 06 de abril, o prefeito Elizeu Mattos, acompanhado da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o vice-prefeito Toni Duarte e o se-cretário de Águas e Saneamento (Semasa), Benjamin Schultz, entre outras autorida-des, promoveram, no auditório do Caic Santa Catarina, a assinatura das ordens de serviço para as empresas vencedoras das

licitações que executarão as obras. A em-presa Itajuí Engenharia de Obras Ltda. é a encarregada pela implantação do sistema de esgotamento sanitário. E para tanto irá receber R$ 16.098.751,67.

A empresa Consórcio Araucária será responsável pelo gerenciamento, supervi-são, fiscalização, supervisão ambiental e desenvolvimento dos projetos executivos, entre outras ações. E vai receber um total de R$ 1.219.195,78. Por fim, a empresa Acor-dar Treinamento vai executar o Plano de Trabalho Técnico Social e seu contrato pre-vê o repasse de R$ 670 mil. “O prazo para a conclusão é de dois anos. Mas vamos nos reunir com as empresas participantes e tentaremos agilizar os trabalhos para que no máximo em 18 meses esteja tudo pronto”, disse o prefeito, ressaltando que a ministra Ideli confirmou que o dinheiro está garantido.

revista visão

PARA SE TER UMA IDEIA DO QUE REPRESENTA A CONSTRUÇÃO DO COMPLEXO ARAUCÁRIA, É O MES-MO QUE PROVIDENCIAR SANEA-MENTO BÁSICO PARA TODOS OS MORADORES DE CERRO NEGRO, CAPÃO ALTO, PALMEIRA, BOCAINA DO SUL, PAINEL, URUPEMA, PONTE ALTA E ABDON BATISTA”, DISSE O PREFEITO DE LAGES, ELIZEU MAT-TOS, NA SOLENIDADE DE ASSINA-TURA DA ORDEM DE SERVIÇO.

Loreno SiegaTexto e Fotos

<saneamento básico42 43

R$ 24 MILHÕESEM SANEAMENTO PARA LAGES

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Em comemoração, a Udesc Lages promoveu uma série de eventos,

que começaram na quinta-feira (25/04) quando aconteceu, no anfiteatro do prédio do curso de Agronomia, uma aula magna sobre o centro e houve homenagens a ser-vidores que colaboraram com a fundação e fazem parte da história da Universidade. Na cerimônia, a Orquestra Acadêmica da Udesc também integrou as homenagens, apresen-tando cinco peças regidas pelo professor João Eduardo Titton.

Estavam presentes, entre colaboradores, alunos, egressos e membros da comunida-de, o reitor da Udesc, Antônio Heronaldo de Sousa; o diretor-geral da Udesc Lages, Cleimon Dias; e, representando o prefeito de Lages, o secretário de Turismo, Flávio Agusti-ni. “É um momento de muitas homenagens porque foram 40 anos de trabalho intenso, nos quais milhares de pessoas contribuíram com muita luta e dedicação. É um motivo de orgulho para todos nós”, afirmou Cleimon Dias. “Num processo de avanço constante, o CAV tem alcançado resultados muito im-portantes, como o crescimento de vagas na graduação, enorme aumento nos programas

de pós-graduação e maior inserção das ações de extensão e de pes-quisa”, acrescentou.

O diretor-geral da Udesc, Antônio Heronaldo, acrescen-tou o motivo da Universida-de ser exemplo para Santa Catarina: “A Udesc Lages representa muito na área do conhecimento agrícola, em solos, ambiental, entre outros, porque, além de fornecermos profissionais altamente qualificados, produzimos conheci-mentos de alta comple-xidade, algo visto em poucos lugares”. Para registrar a história do centro, a Udesc Lages lançou um livro sobre os 40 anos. Na ma-nhã de sexta-feira (26/04), foi fundada a Associação dos Ex-Alunos do CAV (Aecav).

revista visão

A UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) CO-MEMOROU EM ABRIL 40 ANOS DE FUNDAÇÃO DA UNIDADE EM LAGES. O CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS (CAV), UM DOS MAIS ANTIGOS DA UDESC, FOI CRIADO EM 1973. ATUALMENTE OFERECE QUATRO CURSOS REGULARES DE GRADUAÇÃO E SETE DE PÓS-GRADUAÇÃO.

CAV/Udesc comemorou 40 anos de fundação

Divulgação CAV/UDESCTexto e Fotos

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revista visão

<decoração46 47

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Separe o chocolate quente, reserve um cobertor

e feche as janelas! Seguir esses passos é imprescindível já que o tema da vez é mais do que especial: a lareira ideal. Ter uma boa lareira em casa é fundamental para deixar o inverno do lado de fora do seu lar. No entan-to, para espantar o frio de vez é necessário tomar alguns cuidados. A melhor opção é prever a instalação durante a execução do projeto, pois essa medida evita quebra-que-bra no futuro. Depois dessa etapa, a próxima tarefa, segundo os arquitetos, é escolher a localização da lareira. Ela deve ter uma po-sição estratégica para o calor ser mais bem distribuído no ambiente. Mas se a casa esti-ver pronta e você quer ter uma, não desani-me. Isso não impede sua construção, pois há kits pré-moldados que podem ser instalados a qualquer momento. Sem falar nos diversos modelos disponíveis no mercado.

Lareira a gás

É uma opção muito segura, pois conta com dispositivos que a desligam automa-ticamente caso aconteça algum problema. Dispensa o uso de chaminés e possui con-trole regulável de temperatura.

Como funciona: o gás passa por um cano de cobre, que alimenta a lareira. Em alguns casos, pedras vulcânicas funcionam como combustível.

Lareira a lenha

São as campeãs de pedidos. As principais características são resistência, segurança e conforto térmico garantido, pois o modelo possui o maior valor calórico (30%).

Como funciona: basta acender a lenha e aproveitar o calor. O eucalipto é uma das madeiras mais indicadas, pois é uma opção que não agride o meio ambiente. A chaminé deve estar no ponto mais alto do imóvel (pelo menos 80 cm distante do telhado).

Lareira elétrica

A vantagem desta opção é a facilida-de de manuseio. Para ligar basta apenas apertar um botão. A diferença desta para a lareira a gás é que na elétrica não há queima de fogo. O sistema é o mesmo dos aquecedores, sendo necessária uma toma-da. E para o efeito do fogo queimando há duas opções: toras de cerâmica imitando

as lenhas de madeira ou imagens de cha-mas em 3D.

Como o princípio de funcionamento é o mesmo das estufas, a lareira elétrica tira a umidade do ambiente. Então, é indicado deixar um recipiente com água no local. Aproveite para complementar a decoração com um vaso de água que combine com os elementos da sala.

Sem fumaça

Para evitar que a fumaça invada os ambientes é essencial realizar o dimensio-namento adequado da lareira – essa caracte-rística garante a vazão. Outro item indispen-sável é o duto de saída de ar. Ele deve estar livre de obstáculos (vigas, lajes ou ripas que estruturam a cobertura).

Como manter

Para garantir que sua lareira fique boni-ta e eficaz durante muito tempo, é essencial limpar sempre após apagar o fogo. É funda-mental esperar seu resfriamento por com-pleto para evitar acidentes. É recomendado usar água ou qualquer produto líquido.

revista visão

O INVERNO ESTÁ CHEGANDO. UMA BOA OPÇÃO PARA DEIXAR O FRIO DO LADO DE FORA DA CASA É APOSTAR NO CHARME E NA FUNCIONALIDADE DAS LAREIRAS.

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A gastronomia mexicana sempre foi conhecida pe-

los seus temperos, cores e aromas atraentes e exóticos. Ela é uma herança das práticas dos antigos povos que fundaram a cultura mexicana: olmecas, maias e astecas, mesclada com a culinária europeia: espanhola, francesa e austríaca. Sem dúvidas, é uma das culinárias mais ricas do mundo.

O grande símbolo atual do México, em termos de comida, é a salsa (molho). E também seus ingredientes fundamentais, além do milho e do feijão, abacate, tomate, pimenta, entre outros. Além do gosto picante, a culinária mexicana explora os sabores mais açucarados, criando pratos agridoces com amêndoas, pas-sas ou caramelo nos molhos salgados.

Nesta edição vamos apresentar um prato bastante popular nas casas de comida mexicana: a quesadilla de frango. Ela é uma tortilla de farinha de milho (ou trigo), preenchida com uma saborosa mistura de queijo e refogado de frango. Em seguida, a quesadilla é dobrada ao meio para formar uma meia-lua. O seu nome é derivado da palavra em espanhol queso (queijo).

PALADARES RICOS, INGREDIENTES SIMPLES E RESULTADOS APETITOSOS. APRESENTAMOS UM CLÁSSICO MEXICANO DE DAR ÁGUA NA BOCA: QUESADILLA DE FRANGO.

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Ingredientes

12 discos de tortillas de trigo (facilmente encontrado nos mercados) 1 kg de filé de peito de frango cortado em cubos pequenos 1 pimenta dedo de moça bem picada 3 colheres de óleo ou azeite 1 pimentão verde em cubos 1 pimentão vermelho em cubos 1 pimentão amarelo em cubos 1 cebola roxa grande picada 2 tomates grandes picados sem pele e sem semente 2 dentes de alho 400 ml de caldo de galinha 200g de massa de tomate Coentro picado a gosto Sal e pimenta a gosto Cominho moído a gosto Molho de pimenta Tabasco a gosto 250 g de queijo prato ralado

Preparo do recheio

Tempere o frango com sal, pimenta e comi-nho. Numa panela / frigideira antiaderente bem aquecida, adicione parte do óleo e doure o frango aos poucos para não juntar água. Reserve.

Na mesma panela adicione o restante do óleo e doure rapidamente o alho, a pimenta, depois acrescente a cebola e os pimentões. Refogue até que todos os legumes fiquem macios. Adicione o tomate e refogue mais um pouco. Retorne o frango reservado à panela, adicione o caldo de galinha (1 cubo dissolvido em 400 ml de água fervente), a massa de tomate e deixe reduzir em fogo médio com a panela aberta até o molho encorpar (cerca de 10 min). Adicione o coen-tro picado no final do preparo. Se preferir, adicione molho de pimenta ao preparo para ficar ainda mais picante.

Montagem

Em uma superfície plana, coloque as tortillas e adicione queijo ralado apenas na metade do disco. Adicione 2 a 3 colheres de frango em cima e dobre a tortilla ao meio (em formato de meia lua).

Em outra frigideira coloque a tortilla (primeiro com o queijo virado para baixo), deixe dourar e depois vire e faça o mesmo processo.

Acompanhamento

Corte as tortillas em triângulos e sirva-as ainda quentes, acompanhadas de guacamo-le, sour cream (creme azedo), molho picante de tomate e salada verde.

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O ponto alto, no primeiro dia, foi o desfile

de vestidos típicos usados por rainhas e princesas da Festa Nacional do Pinhão ao longo dos anos. Foram apresentados ao público 16 trajes, que fazem parte do acervo da Fundação Cultural de Lages (FCL) e ves-tiram a realeza da Festa em várias edições. São peças confeccionadas por estilistas lageanos exclusivamente para a festa. Já no último dia do evento as modelos vestiram “a camisa” e apresentaram a coleção feminina do Inter de Lages.

As peças dos anos anteriores, que fize-ram sucesso, estão de volta, como as rendas, metalizados, animal prints e o esportivo chic. O jeans, que nunca sai de moda, também continua em alta, estampas de camuflagem, preto e branco e os tops cropped. Os trajes que desfilaram na Semana de Moda esta-vam repletos de looks que abusam de cria-tividade nas combinações. Brilhos, lenço de cabeça, spikes (acessório usado em pulseiras e roupas) e até paetês terão espaço nos dias mais frios do ano.

As mulheres poderão investir em dife-rentes calças: skinny, pantalona, cigarrete e reta. Mas a melhor notícia é que o estilo de cada uma está cada vez mais livre. Ultima-mente se vê peças que antes eram usadas apenas no inverno e que hoje já foram carinhosamente adotadas pelo verão (e vice--versa), como é o caso do couro.

revista visão

DURANTE TRÊS DIAS A CI-DADE SERRANA FOI CELEIRO DO MUNDO FASHION. A II SEMANA DA MODA DE LAGES ACONTECEU NOS DIAS 16, 17 E 18 DE ABRIL, NO SERRANO TÊNIS CLUBE. O EVENTO É CONSIDERADO VITRINE DAS TENDÊNCIAS DA MODA OUTO-NO/INVERNO E TEVE A PARTI-CIPAÇÃO DE DIVERSAS LOJAS DO COMÉRCIO LAGEANO QUE DESFILARAM SUAS COLEÇÕES.

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Liana FernandesTexto e Fotos

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O Sicredi obteve o reco-nhecimento de

lojistas, empresas e entidades ligadas ao varejo com o Prêmio Mérito Lojista Brasil 2012, na categoria Serviços, segmento Banco Cooperativo. A distinção, promovida

pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) desde 1980, foi entregue na última quinta-feira à noite, 18 de abril, em Brasília.

Os vencedores, instituições que mais se destacaram na promoção do desenvolvi-mento do varejo nacional, foram escolhi-dos durante a 53ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, realizada em Natal (RN). A partir de uma pesquisa espontânea sem indicação de marcas, os associados apontaram a empresa que melhor presta serviço ao seu negócio, levando em conta a qualidade do produto oferecido, preço, atendimento, promoção e propaganda. Considerado o “Oscar do Varejo”, o prêmio é realizado pela Confederação há 34 anos.

Segundo Paulo Valadares Pereira, superintendente de Distribuição e Core

Bancário do Banco Cooperativo Sicredi, que representou a instituição no evento, o prêmio demonstra a preocupação do Sicredi em investir constantemente em soluções financeiras que melhor aten-dem as necessidades dos associados. “É resultado também de um atendimento diferenciado, focado na proximidade, e um modelo de gestão financeira que respeita a individualidade de cada sócio e, ao mesmo tempo, valoriza o desenvolvimento mútuo”, complementa Valadares.

Esta é a nona vez consecutiva em que o Sicredi recebe o Prêmio Mérito Lojista Brasil na categoria Serviços.

Sicredi conquista o Prêmio Mérito Lojista Brasil 2012Mais uma vez, a instituição financeira cooperativa é destaque na categoria Serviços.

Informe Comercial

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ANTES DE COMPRAR UM VEÍCULO USADO, É IMPORTANTE CER-TIFICAR-SE DE QUE O CARRO ESTÁ EM BOM ESTADO. PARA ISSO, UMA AVALIAÇÃO VISUAL E UM TEST--DRIVE SÃO FUNDA-MENTAIS. VEJA QUAIS PONTOS MERECEM SUA ATENÇÃO.

<automotivo

Julgando o livro pela capa

• Examine o carro preferencialmente à luz do dia. Em locais fechados escuros, você pode ter dificuldade para observar detalhes importan-tes;

• Desconfie de ondulações e pequenos amas-sados na lataria. Caso existam diferenças nas quinas do capô (encaixes), é bastante provável que o carro tenha sido batido;

• Respingos de tinta ou diferenças de cor na lata-ria podem camuflar uma eventual batida;

• Para testar o amortecedor, chacoalhe o carro. Caso o veículo balance diversas vezes, o amorte-cedor está em más condições;

• Desgastes irregulares nos pneus podem indicar problemas com a suspensão, alinhamento ou balanceamento.

Abrindo o capô

• O som do motor é um importante indicativo de seu desgaste ou bom funcionamento;

• Verifique o óleo, retirando a vareta de seu com-partimento e avaliando seu aspecto e nível;

• Confira o sistema de refrigeração do motor. O líquido visível no depósito de água não deve apresentar sinais de ferrugem ou aspecto oleoso;

• A correia não pode apresentar rachaduras ou deformações.

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A cabine

• Ao se sentar, observe se os bancos não estão afundados, soltos ou tortos. Verifique também se não estão rasgados, sujos ou quebrados;

• Examine todos os comandos: faróis, limpadores de pára--brisas, desembaçador, indicadores de direção (pisca-pisca), luzes de freio, velocímetro, sinalização de emergência (pisca-alerta), buzina, indicador de temperatura etc.;

• Confira o estado dos espelhos retrovisores, freio de mão e pé e desgaste dos pedais e da alavanca do câmbio.

Em movimento

• Cheque a compressão do motor, reduzindo a velocidade bruscamente ou descendo uma ladeira em segunda mar-cha;

• Freie normalmente o carro. Se houver ruído metálico, as pastilhas estão gastas;

• Ao engatar todas as marchas, fique alerta a ruídos;

• Verifique se as rodas estão balanceadas e alinhadas (o carro não pode pender para os lados).

Algo mais?

Antes de comprar um veículo, certifique-se de que ele está em situação legal. Pesquise no Detran o histórico do carro. Veja se não há restrições administrativas em relação ao veículo e se há multas pendentes. Peça sempre o original dos documentos. Não aceite cópias.

Na documentação do veículo, confira a existência de ex-pressões como “Alienação Fiduciária” ou “Reserva de Domínio”, que indicam impedimentos à venda. Siga estas dicas e boa compra!

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Ouvir bem paraESTUDOS COMPROVAM QUE A PERDA AUDITIVA

AFETA A VIDA COTIDIANA. MAIS DA METADE DAS

PESSOAS QUE PRECI-SAM E NÃO USAM

APARELHOS AU-DITIVOS DIZEM

SE SENTIR UM POUCO SOLITÁ-RIAS E SENTEM

UMA REDUÇÃO SUBSTANCIAL NA

QUALIDADE DE VIDA.

<vida e saúde

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54 55viver melhorA perda auditiva faz

parte do processo natural de envelhecimento e, no início, ela é tão gradual que as pessoas não percebem que sua audição está piorando. A perda au-ditiva também pode ser causada por infecções, hereditariedade, doenças, traumas ou exposição prolongada a ruídos. De acordo com a fonoau-dióloga Alessandra Zanoni, “após a realização do exame de audiometria, se constatada a perda de audição, o primeiro passo é aceitar que se tem um problema auditivo. É normal que a maioria das pessoas passe por um pe-ríodo de negação. O lamentável é que muitos esperam de dois a cinco anos para resolver seu problema auditivo”, informou a fonoaudióloga.

Uma pessoa na fase de negação tem uma série de pensamentos típi-cos, tais como:

“Ouço bem, o que acontece é que as pessoas murmuram; não falam claro”.

“Nos lugares ruidosos é onde

tenho problemas. Deixarei de frequentá-los”.

“Posso aguentar. Somente me concentrarei mais”.

“Usar aparelhos auditivos não combina comigo”.

“O importante é não esconder a sua perda auditiva, pois o não ouvir acaba tornando-se mais perceptível do que o próprio uso do aparelho. As pessoas ao redor percebem, porque normalmente o paciente responde de forma equivocada, confunde palavras similares como faca e vaca, dia e tia, cola e bola, etc. Normalmente a pessoa aumenta muito o volume da televisão e tem o costume de pedir aos outros que repitam o que disseram”, explicou a fonoaudióloga.

Alessandra destaca que a melhor maneira de resolver esses problemas é admitir a dificuldade. “Esconder é pior, pois irá afetar sua vida social. E como consequência, a pessoa deixa-rá de realizar as atividades favoritas

para não se sentir envergonhada; evitará situações que possam ser difíceis; perderá parte de sua cria-tividade e perspicácia; e se tornará uma vítima da própria decisão em não fazer nada”, enfatizou.

Diante de todos esses exemplos, o caminho mais fácil é dominar o problema de comunicação e admitir que tem um problema auditivo irre-versível, que seu problema auditivo está afetando sua qualidade de vida, que o medicamento não aumentará sua capacidade auditiva, e que a melhor opção é usar os aparelhos auditivos.

Se você acha que tem perda au-ditiva ou está pensando em adquirir um aparelho auditivo de tecnologia mais avançada, converse com seu médico ou fonoaudiólogo para obter mais informações. Nós estamos aqui para ajudá-lo.

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revista visão

HÁ 10 ANOS O PROGRAMA AMIGO DO CARROCEIRO PROPORCIONA AOS LAGEANOS QUE UTILIZAM A TRAÇÃO ANIMAL COMO MEIO DE SOBREVIVÊNCIA, MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA E DE TRABALHO. A IN-TENÇÃO DO PROGRAMA É PROPORCIONAR O “BEM ESTAR” AOS ANIMAIS (EQUINOS), ALÉM DE FORNECER ATENDIMENTOS DE SAÚDE, CULTURA E ASSOCIATIVISMO AOS CARROCEIROS E FAMÍLIAS.

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Liana Fernandes •

Acervo Joandes Fonteque

Por

Fotos

Carroceiro Marino Alves da SilvaFilhos de Carroceiros recebem brinquedos

Atendimento equino Atendimento médico

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O programa é enca-beçado

por alunos e professores do curso de veteri-nária do CAV/UDESC e vem sendo realizado desde 2002, de forma ininterrupta. Nesses 10 anos já foram cadastrados mais de 460 carroceiros. Destes, apenas 80 frequentam o programa. De acordo com o coordenador do projeto, o professor Joandes Henrique Fonteque, desde que assumiu o trabalho, no ano de 2006, nunca houve atendimento de animais vítimas de maus tratos. “Nosso carroceiro tem média idade e usa o animal como meio de locomoção para trabalhar. Ele não quer ver o bicho machucado, por isso cuida. Nós buscamos com o programa melhorar a renda familiar e ainda fornecer noções de cidadania e cuidados ambientais a eles. Em contrapartida, oferecemos aos acadêmicos a oportunidade de aperfeiçoar o aprendizado e a aplicação dos conhecimen-tos teóricos e práticos adquiridos durante o curso de graduação na prática do manejo, semiologia e da clínica de equinos”, destaca Joandes.

Medicina equina

No Projeto de Extensão Medicina Equina os atendimentos são previamente agenda-dos e de acordo com a ordem de chegada dos animais. São realizados os exames clínicos, coleta de amostras de fezes para exame coproparasitológico, casqueamento e ferrageamento corretivos. “Quando obser-vadas enfermidades no exame físico, o tra-tamento e a prevenção são discutidos pelos acadêmicos e por mim”, comenta Joandes. Os equinos que eventualmente apresentem afecções severas são encaminhados ao Hos-pital de Clínica Veterinária (HCV), onde são triados para as aulas práticas de clínica mé-dica e realizados atendimentos específicos. Todos os exames clínicos são armazenados na forma de fichas e fotografados para futu-ras avaliações. As carroças são identificadas com placas contendo números crescentes, sendo que os equinos atendidos retornam após um período aproximado de cinco semanas. Todos os exames complementares necessários, internamento e medicamentos, são custeados pelo programa.

Medicina preventiva

No Projeto de Extensão Medicina Preventiva, que conta com as parcerias da UNIMED de Lages, e do curso de Odontologia

da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC), é realizado o acompanhamen-to médico e odontológico dos carroceiros e familiares, sendo também promovidas palestras que abrangem temas de medicina preventiva. Durante os atendimentos são avaliados o índice de massa corporal (IMC), controle da glicemia, hipertensão arterial e exames citológicos para prevenção do câncer de colo uterino. Se houver a detecção de algum problema maior o carroceiro ou familiar é encaminhado para atendimento direto à rede pública de saúde (SUS), com pré-agendamento realizado pelo médico responsável pela ação.

Carroceiro cidadão

No Projeto de Extensão Carroceiro Cidadão os trabalhadores e seus familiares recebem assistência por toda equipe do programa onde são realizadas palestras informativas sobre higiene pessoal, medici-na preventiva e orientação sobre cuidados ambientais. Por meio de toda a equipe do programa e da mobilização da comunidade acadêmica e sociedade lageana, são realiza-das ações sociais como doações de roupas (Campanha do Agasalho), alimentos (cestas básicas), brinquedos (Dia da Criança e Natal) e guloseimas (Páscoa) para as crianças. Exis-te ainda o dia do Corte de Cabelo, realizado com os profissionais do SENAC, serviço ofere-cido inteiramente grátis para os carroceiros e seus familiares, melhorando a autoestima e oferecendo melhores condições de higiene pessoal. As ações do Projeto de Extensão Car-roceiro Cidadão visam incluir essa popula-ção desfavorecida na sociedade, oferecendo melhores condições de vida.

Os carroceiros

O carroceiro Marino Alves da Silva, de 76 anos, participa do projeto há oito anos. Ele é aposentado e trabalha com tração animal para frete e venda de lenha. O nome da sua égua de 18 anos é “Pinta-da”. Ele conta que a qualidade de vida do seu animal melhorou muito depois que começou a participar do programa. “O projeto fornece ração, ferradura e remé-dios e me ajuda muito. Aqui sempre fomos bem atendidos. Além disso, sempre recebo agasalhos e comida para minha família através do programa”, disse. O carroceiro ainda relata que se o projeto não existisse não saberia como manter seu animal sau-

dável e bem cuidado por muito tempo.

Dorival de Oliveira, de 51 anos, também frequenta o programa há oito anos e se diz satisfeito com o atendimento do seu “Tordilho” de oito anos. “Meu cavalo sempre foi atendido aqui e é um animal forte e saudável. Gosto muito do programa, tem ajudado, além do meu animal, a mim e a minha família”, destacou.

revista visão

Opinião dos alunos sobre o Programa

“O programa “Amigo do Carroceiro” proporciona aos acadêmicos de Medicina Veterinária, logo no início do curso, o contato direto com os animais e proprietá-rios, além de conhecimento técnico e prático no que diz respeito ao exame clínico, manejo e enfermida-des dos equinos. O programa também traz inúmeros benefícios tanto para os equinos cadastrados quanto para as famílias, as quais são na grande maioria carentes. O programa também me oportunizou a realização de um trabalho, como bolsista de iniciação científica, utilizando os animais cadastrados. Na mi-nha vida pessoal, em frente à dura realidade de muitas famílias atendidas, desper-tou o desejo de participar não só como uma forma de aprendizado técnico, mas sim como um meio de ajudar ao próximo”.

Jackson Schade, acadêmico da 10ª fase do curso de Medicina Veterinária

“O programa me auxiliou no aprendizado da clíni-ca médica e semiologia de equinos, na realização e interpretação de exames complementares. Aprendi com o pessoal a dar mais valor às coisas e às pessoas, o que melhorou a convivência e au-xiliou no desenvolvimento do trabalho de equipe. Os acadêmicos interes-sados em trabalhar com equinos têm no programa a oportunidade de convívio direto com os animais e desenvolver seu conheci-mento. O projeto despertou em mim a responsabilidade social.”

Camila Sens Hinckel, acadêmica da 6ª fase de Medicina Veterinária

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Atendimento médico

Page 60: Revista Visão - Maio 2013 - Edição #85

Stanley Kubrick é meu diretor preferido dos que já

morreram (entre os vivos, Quentin Tarantino é o que mais gosto e escreverei sobre ele noutra oportunidade). Assisti tudo que pude dos 13 filmes de Kubrick (1928-1999) e nunca me decepcionei, até mesmo com “De Olhos Bem Fechados”, que considero um Kubrick menor, mas com material de qualidade. As técnicas de filmagens, os planos-sequência, suas adaptações e enredo são artesanais e pós-modernos, fruto de um trabalho minu-cioso, perfeccionista e indefectível, de um di-retor de difícil trato, considerado um autista da sétima arte. Kubrick não dava entrevista nem se deixava fotografar desde 1980 (ano que lançou O ILUMINADO, melhor filme de suspense de todos os tempos), muito pela maneira reservada que levava a vida, atípica do glamour de Hollywood e suas vaidades.

Dois filmes destaco de maneira especial entre os que vi e muito tem a ver com um dos critérios que destaco no primeiro pará-grafo: a maneira com que Kubrick conseguia extrair emoção de seus atores, que nunca mais fariam nada de relevante. Atuações marcantes e que viraram referência.

LARANJA MECÂNICA (A Clockwork Oran-ge, de 1971). Eu e o filme temos a mesma ida-de, apesar do filme ter uma aparência mais juvenil), Malcom Mcdowell viveu o perso-nagem Alex com uma veracidade e emoção que transformaram o filme (não a carreira de Mcdowell) em cult. Adaptado do livro de Anthony Burgess (muito bom também), La-ranja Mecânica influenciou os movimentos punks dos anos 70/80 e foi acusado de fazer apologia à violência. Claro que o filme tem seus picos de adrenalina e desconforto nesse sentido, mas ver somente isso na película é desprezar uma das melhores trilhas sonoras de todos os tempos (Gene Kelly e Beethoven, pra se ter ideia), fotografia e edição muito perto do indefectível.

NASCIDO PARA MATAR (Full Metal Jacket, 1987). Não é o segundo que mais gosto dos filmes de Kubrick, mas como resolvi escrever sobre atuações de atores pontuais (que saíram de cena depois), esse filme sobre a Guerra do Vietnã é dos melhores nesse as-pecto. A performance de R. Lee Ermey como o Sargento Hartman é sensacional. E tudo levar a crer que foi em virtude da direção minuciosa que conseguiu desentranhar um personagem que revolta e nos torna cúmplices na medida que o filme amadure-ce, mostrando um treinamento de fuzileiros muitas vezes imitado, mas nunca igualado (até o Capitão Nascimento, de Tropa de Elite foi inspirado no Sargento Hartman). Mesmo que o filme caia vertiginosamente em sua segunda hora de projeção (justamente quando partem para o Vietnã), planos aber-tos, trilha sonora e fotografia permanecem acima da média e causam aquelas sensa-ções dignas dos bons filmes, que é nos tirar do estado de letargia intelectual e mesmo que incomode, nos fazer refletir sobre mui-tas coisas.

Não sou desses apreciadores de filmes performáticos (pelo contrário, ainda quero destilar minha desaprovação sobre DAMA DE FERRO e J.EDGAR HOOVER aqui), que se apegam mais ao desempenho do ator que ao roteiro em si. Mas penso que dirigir Jack Nicholson, Kirk Douglas e Peter Seller, como Kubrick fez em respectivamente “O ILUMI-NADO”, “SPARTACUS” e “DR. FANTÁSTICO” (três filmaços de Kubrick) deve ser muito menos difícil do que fez com Mcdowell e Ermey, com grande sucesso e competência. Missão cumprida, Stanley!

Tirando leite de pedra

Marco Cordeiro•

Por

[email protected]

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revista visão

Page 62: Revista Visão - Maio 2013 - Edição #85

Brasília – esperança prateada dos planaltos, dila-

cerada (outrora) entre a cruz e a espada, entre a alviverde bandeira que o vento do futuro beija e balança e as cintilantes coroas de esmeraldas do passado, banhada em luz de exóticos jardins, violentada pelo excesso da claridade tropical, ressequida em névoas misteriosas, perdida entre o Som e Fúria – é agora uma das cidades dos homens. Patrimônio de Be-Ra-Zil... Da própria humanidade.

A história do ocidente passa a ser marca-da pelas duas cidades: Roma, cidade aberta, lembrança de memórias vagas no arquétipo imemorial das civilizações que se foram. E Brasília, cidade do futuro já eternizada no in-consciente coletivo das massas. Falta-lhe, no entanto, transformar-se em capital mundial da cultura! E esta é a proposta que passo a fazer. A cidade tem todas as condições de realizar o maior Festival de Inverno do país e talvez do mundo!

Em primeiro lugar, é época de férias escolares no Brasil e alta temporada de va-câncias na Europa e Estados Unidos. Brasília está iluminada pelo ameno sol de julho e os europeus (nesta época) não têm aonde ir. Aliás, é um grave erro turístico insistir em trazê-los apenas por ocasião do tórrido – e periculoso – verão carioca, apenas para ver carnaval e “samba no pé”. Vivemos hoje a época do turismo sindical e cooperativo, com os regimes da social democracia europeia, mandando aviões de seus operários ricos para um turismo mais ecológico e cultural.

Brasília, esperança dourada dos pla-naltos, situa-se no promontório das três

grandes ver-tentes brasileiras: a Bacia Amazônica, para o Norte, o grande rio da integração nacional que é o vale do São Francisco e a descida para a Bacia do Prata, ao Sul. Ela é o epicentro do encontro das águas que banham a pátria. Sem Brasília, talvez perdêssemos a hileia amazônica para a cobiça internacional. O Vale do São Francisco não seria a região produtiva que é hoje, e o desenvolvimento do centro-oeste, principalmente na área agrícola, não seria o que é: uma das maio-res regiões fornecedoras de alimentos do mundo.

O cerrado onde está Brasília tem as cores alviverdes da bandeira que o Brasil beija a balança, estandarte que a luz do sol encerra as promessas divinas da esperança. Quererão também transfor-mar Brasília, “de um povo, em mortalha”? Já não poderão fazê-lo, pois Brasília é patrimônio da humanidade! O festival de Inverno de Brasília seria essencialmente cultural e modernamente jovem. Reuniria música popular de todos os cantos do país, festivais de cine-vídeo e fóruns de debate nas áreas de ciências humanas, políticas, sociais e exatas. Seria realizado o Simpósio Mundial de Defesa do Meio Ambiente e o debate (permanente) sobre as cidades do futuro. A UNESCO e as principais Universi-dades do país e do mundo seriam cha-madas a colaborar. Também as áreas das “ciências ocultas” e do misticismo (por que não?) poderiam dar sua participação. Parti-dos políticos marcariam suas convenções neste festival de cosmopolismo e de novas ideias.

53 anos de Brasília

Paulo Ramos Derengoski•

Por

jornalista e escritor [email protected]

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revista visão

Page 64: Revista Visão - Maio 2013 - Edição #85

Lages possui um riquíssimo acervo de registros histó-

ricos protagonizados por grandes ilustres que se destacaram não só no Estado, como no Brasil e fazem parte do orgulho de seus conterrâneos. Mas, ao contrário do que acontece em outros lugares, nossa cidade deixa a desejar quanto às homenagens e re-conhecimentos que deveriam ser prestados a essas pessoas. Muitas ruas de nossa urbe, por exemplo, denominam clubes de futebol, cidades, datas e alguns personagens que sequer sabiam da existência da nossa terra. Nada contra, mas é preciso ascender estes nomes destacando e enaltecendo nossas personalidades.

Alguns nomes que poderiam receber mais atenção como topônimo de ruas, praças ou outras homenagens por seus relevantes serviços, pela importância dentro do contexto histórico, cultural e comunitário:

Celso Ramos – um dos mais importan-tes governadores do Estado (1961/1966) e também foi senador. Interessante que é muito homenageado em outras cidades. O antigo Colégio Industrial poderia receber seu nome como homenagem.

Licurgo Costa – um dos mais importan-tes diplomatas brasileiros, escritor, jornalista e o mais importante assessor de Getúlio Vargas. Fundou também a Empresa Brasilei-ra de Notícias.

Ludvig Wolfgang Rau – engenheiro, his-toriador. Fez obras como o Teatro Marajoara e Galeria Dr. Acaccio.

Malinverni Filho – pintor e escultor. Um dos mais importantes artistas catarinenses.

Guido Wilmar Sassi - considerado um dos mais importantes escritores catarinen-ses de sua época.

Rubens Nazareno Neves – advo-gado, delegado, secretário de Esta-do e deputado.

Farroupilha– mesmo sendo a pri-meira cidade fora do RS a proclamar a República Catarinense pelas tropas farroupilhas, Lages não tem sequer uma rua ou praça com denominação enal-tecendo este episódio.

Anita Garibaldi – mesmo não tendo a comprovação do local de seu nascimento, não impede que prestemos homenagens, afinal, seus pais moravam em Lages e seus irmãos eram lageanos. Poderia ser cons-truído um grande monumento que além de valorizar a heroína seria uma grande estratégia turística. Curioso que muitas cidades homenageiam Anita. Sem dúvidas um grande tento seria conquistado pela cidade, turisticamente falando.

Alferes Antônio José da Costa – fez o primeiro caminho Lages – Desterro em 1787.

“São” João Maria de Agostinho – monge, importante figura da Guerra do Contestado, teve participação efêmera, mas de grande significado na cidade e região.

Ernesto Canozzi – caixeiro viajante com vasto círculo comercial. Seu assassi-nato teve repercussão em todo o Sul do Brasil.

Danilo Thiago de Castro – fundador de um dos mais importantes museus de Santa Catarina.

Adelmar Paim Brascher – técnico pio-neiro da radiodifusão.

Werner Hoeschl – empresário, despor-tista, um dos fundadores do Lages Esporte Clube, Cine Marrocos, Serrano Tênis Clube e outros.

Rubens de Arruda Ramos – um dos maiores jornalistas e escritores catarinen-ses. Bastante homenageado em outras cidades.

Jorge Barroso Filho – advogado, deputa-do, empresário, diretor educacional.

José Joaquim de Córdova Passos – mi-litar do 4º Batalhão da Guarda Nacional de Lages (1881) Fundador do Jornal “O Escudo”, prefeito em 1892, deputado.

Hugo Ramos – deputado. Saulo Ramos – médico, jornalista, depu-

tado e senador.Auta de Castro Silva – fundadora do

Hospital Infantil Seara do Bem e Lar das Meninas.

Mario Augusto Souza – pioneiro na instalação dos nossos cinemas.

Rheno Rogério Vieira – professor e diretor universitário. Um dos fundadores do CAV.

Al Netto – conhecido internacionalmen-te pelo seu trabalho na imprensa mundial. Contribuiu com o desenvolvimento da pecuária na região e no Brasil.

Alguns nomes já são topônimos de rua, mas merecem outras homenagens por parte dos lageanos. O mais importante em tudo isto é que Lages precisa resgatar sua importância histórica no sul do Brasil e principalmente, mostrar aos turistas e visi-tantes alguns vultos que ainda não foram devidamente valorizados.

Nossos ilustres sem homenagem

Almirante Soares Filho•

Por

comerciante e ensaí[email protected]

revista visão

<curiosidades64 65

Page 66: Revista Visão - Maio 2013 - Edição #85

<visões do ozóide66 67

revista visão

Ozóide•

Por

Alienígena, intelectual e olheiro [email protected]

Cheio de razão, no dia 06 de abril, na solenidade de assinatura da licitação para as obras do prédio

central do Orion Parque, na SDR de Lages, o governador Raimundo Colombo falava da demora excessiva para que a grande maioria das obras públicas sejam realizadas. Naquela oportunidade, Colombo dizia: “Nem sempre isso é culpa dos governos. No caso do Órion, nós disponibilizamos os recursos em dezembro de 2011. E somente ago-ra, em abril de 2013, é que está sendo autorizada a Licitação da obra. Não foi culpa nossa dessa vez. Houve vários problemas burocráticos dos quais nós, infelizmente, não temos controle”, disse.

Demora causa irritação

Se o governador disse que aquela demora exagerada o estava perturbando (e devia estar mesmo – afinal – o tal do prédio já pode-ria estar pronto), imagina o que não deve pensar o cidadão comum, como nós, das demais obras públicas. Vamos citar apenas algumas como exemplo, sem entrar em maiores explicações: 1) Rodovia Caminho das Neves (começou em 2006); 2) Aeroporto Regional de Correia Pinto (quase 15 anos de espera); 3) Rota dos Cânions (ligando

Bom Jardim da Serra a São José dos Ausentes); 4) Recuperação das rodovias estaduais da região (muitos eventos. E obras que é bom, nada); 5) Implantação da fiação subterrânea no centro de Lages (fizeram 5 licitações e ainda não se sabe quem vai executar os servi-ços); 6) Implantação da nova ala do Hospital Tereza Ramos (projeto foi apresentado em agosto do ano passado e a obra sequer teve concluída sua licitação)... E por aí afora.

As obras e o processo eleitoral

Interessante notar, no serviço público, que em anos eleitorais – ou faltando poucos meses para isso – as obras e projetos “são acelerados de forma espetacular”. Aí não tem burocracia, não tem falta de dinheiro, não tem demora alguma... Vocês têm alguma dúvida disso? É só ver o tal do “Pacto por Santa Catarina” (sem falar em âmbito dos municípios e na esfera federal). Será que estão pen-sando no benefício do povo catarinense, de fato? Ou nas próximas eleições? Tudo o que está sendo “vendido” pelos Governos de fato vai acontecer? Estejamos alertas. E vamos mostrar essas grandes contradições.

Esse espaço também é para você leitor. Alguma coisa está errada na sua rua? Na sua cidade? Com as lideranças políticas? Denun-cie! Envie um e-mail para: [email protected]

Vai tartaruga, vai...

FIQUE DE OLHO!

Page 67: Revista Visão - Maio 2013 - Edição #85

revista visão

Governador Raimundo Colombo, no sábado, dia 06 de abril, na SDR de Lages.

Professor Ari Martendal, do Programa Lages 100 Fome, falando na Câmara de Vereadores de Lages

Topázio Silveira Neto – Flex Contact Center – falando a Jovens Empresários do comércio na

CDL de Lages.

Nem sempre o Governo do Estado é o culpado pela lentidão no início das obras da região. O dinheiro para o Órion Parque, nossa respon-sabilidade, está disponível desde dezembro de 2011. E só agora, em abril de 2013, estamos assinando a licitação para a obra”.

Temos 71 mil lageanos que vivem com renda abaixo da linha de pobreza, segundo o IBGE de 2010. Isso é um absurdo.”

Queremos implantar uma nova uni-dade em Lages, no Orion Parque, para

gerar mais 2 mil oportunidades de tra-balho. Mas sem aeroporto que funcione

regularmente isso será impossível”.

““

“66 67

Operação limpeza geral na cidade de Lages, realizada pela Secretaria de Meio Ambiente;

Comemoração dos 40 anos do CAV, no final de abril;

A volta do Inter de Lages à ativa e as boas iniciativas para “ressuscitá-lo” de vez no cenário esportivo catarinense;

O início da era da TV Digital em Lages com a entrada em operação deste sistema, em breve, pelo SBT-SC;

O novo Secretário Regional de Lages, Gabriel Ribeiro, mos-trando serviço neste início de trabalhos;

Pacto por Santa Catarina, com obras e iniciativas do Governo do Estado em todas as regiões (e muito dinheiro e propa-ganda para isso);

Diversas empresas locais sendo ampliadas e gerando novas oportunidades de trabalho;

Anúncio oficial do Big em Lages.

Hospital Veterinário do CAV ficou fechado por alguns dias por falta de materiais e medicamentos de uso contínuo;

Licitação das obras da nova ala do Hospital Tereza Ramos foi refeita (o que vai atrasar ainda mais o início das obras);

Licitação das obras do cabeamento subterrâneo da rede de energia elétrica no centro de Lages pela Celesc já foi feita 5 vezes (sempre há alguma empresa recorrendo do processo);

Ninguém mais comenta sobre a Bienal do Livro de Santa Catarina (que deveria se realizar neste ano, mas que não se sabe se vai acontecer);

Eleição para escolha do novo reitor da Uniplac sem data para acontecer (o mesmo valendo para o final da Interven-ção na instituição);

O fim da programação local da TV Araucária, no canal 13 em Lages e São Joaquim;

Seis vereadores de Ponte Alta tiveram prisão decretada. Eles falsificavam notas fiscais para poder “torrar dinheiro público” em viagens e diárias. No total, teriam “surrupiado” R$ 102 mil da Câmara com o esquema.

Page 68: Revista Visão - Maio 2013 - Edição #85

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Em apresentação única, no dia 05/04, o Cine Marrocos ficou lotado para assistir à apresentação do espetáculo “Gala Bolshoi”.

Resultado da edição 84

(DEZ)AFIOEmbora sejam muitos semelhantes, estas duas imagens apresentam 10 pequenas diferenças. Tente encontrá-las. Boa sorte!