revista visão Ágil - edição 02

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  • 8/14/2019 Revista Viso gil - Edio 02

    1/281Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    Estratgias para

    Projetos

    de Software

    As 5 Doenas doGerenciamento de ProjetosCausa n 2:Lei de Parkinson

    Um cardpio deMetodologias geis

    Uma viso geral dos principaisprocessos geis.

    DesenvolvimentoOrientado a Testes

    Veja os principais pontos sobre TDD

    O seu canal sobre processos geis

    Ano I - Edio 02 - www.visaoagil.com

    Tabuleiro de ProjetosUma breve crnica sobre estratgias

    em projeto de software, atravs depeas de xadrez

    E mais:Humor de Projetos, Viso gil pelo Mundo,

    Referncias geis e Veio da Enquete

    Desenvolver ou no Desenvolver,eis a questo.

    Uma analogia, sobre a mecnica de projetos.

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    2/282Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    Sprint BacklogSprint BacklogConhea os temas selecionados

    para essa edio(iterao).

    As 5 Doenas doGerenciamento de ProjetosCausa n 2:Lei de ParkinsonPgina 08

    DesenvolvimentoOrientado a TestesVeja os principais pontos sobre TDDPgina 14

    Um cardpio deMetodologias geisUma viso geral dos principaisprocessos geis.

    Pgina 19

    Desenvolver ou no Desenvolver,eis a questo.Uma anologia, sobre a mecnica de projetos.Pgina 24

    Tabuleiro de ProjetosUma breve crnica sobre estratgiasem projeto de software, atravs depeas de xadrezPgina 26

    NewsPgina 05

    Veio da EnquetePgina 06

    Viso gil pelo MundoPgina 07

    Humor de ProjetosPgina 18

    Referncias geisPgina 23

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    3/283Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    EditorialEditorial com muito prazer que iniciamos essa segunda edio da Revista

    Viso gil, agora, estamos cada vz mais nos consolidando como o canal

    de informaes sobre processos geis no Brasil.

    Aps a primeira edio, tivemos vrios feedbacks positivos e vriaspessoas interessadas em colaborar com artigos em nossa revista, por issoagora, estamos trazendo alguns nomes fortes do cenrio gil atravs deartigos inditos sobre asssuntos quentes, como por exemplo a segundaparte das 5 Doenas do desenvolvimento, Desenvolvimento Orientadoa Testes, Cardpio de Metodologias geis, Desenvolver ou no

    desenvolver, eis a questo, e o Tabuleiro de Projetos.

    Alm de trazermos algumas sees inditas como Viso gil noMundo, Humor de Projetos, Referncias geis e Veio da Enquete.

    Portanto, caro amigo agilista, espero que goste dessa segundaedio, pois foi feita com muito carinho, focando em qualidade,objetividade e clareza nas informaes. Boa Leitura.

    Manoel Pimentel MedeirosDiretor Editorial

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    4/284Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    Equipe Viso gilDiretor Editorial: Manoel Pimentel Medeiros

    Diretor de Marketing: Alexandre Magno FigueiredoAcessoria Administrativa: Manuella Bulco Medeiros

    Atendimento ao leitore-mail: [email protected]

    site: www.visaoagil.com

    Edies AnterioresQualquer edio anterior pode ser baixada gratuitamente no sitewww.visaoagil.com

    PublicidadeSe voc est interessado em fazer alguma ao de marketing emparceria da Revista Viso gil, entre contato conosco atravs do

    e-mail [email protected], e teremos o maior prazer emtrabalharmos juntos.

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    5/285Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    NewsNewsVeja aqui as novidades

    do mundo gil

    Evento JavaBrasil 2007,Confira maiores informaes em:

    www.javabrasil.org

    Encontro sobre Scrum em LondresNovembro em Londres

    informaoes: www.axmagno.com

    Evento BorCon 2007http://info.borland.com.br/borcon

    WorkshopStruts 2 in Agile em Novembro

    www.fratech.net

    WorkshopJava for web in Agile em Novembro

    www.fratech.net

    Coding dojo floripa dia 01/11http://dojofloripa.wordpress.com

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    6/286Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    Veio daVeio da

    EnqueteEnqueteAcompanhe o resultadoda enquete do ms

    Neste ms, ocorreu a enquete com seguinte pergunta: Quais processos geis voc j usou

    em seus projetos? (Escolha todas que se aplicam). Confira quais eram as opes e como ficou o

    resultado dessa enquete.

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    7/287Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    Viso gilViso gil

    pelo Mundopelo MundoNossa revista se fortalecendoe ampliando seu pblico

    Desde o lanamento da primeira edio da revista Viso gil, tivemos vrias virias que se

    mostraram em nmeros. Primeiro foi o nosso grupo de usuros, que est quase atigindo o total de

    500 membros. Em seguida, segundo dados fornecidos pelo Google Analytics, tivemos uma grande

    procura em nosso site, inclusive com acessos vindos de outros paises como: United States, Israel,

    Portugal, Germany, Canada, Mozambique, United Kingdom, Belgium, Japan, Switzerland, Turkey,

    Argentina, New Zealand. Confira esses pases no mapa abaixo.

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    8/288Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    As 5 DoenasAs 5 Doenas

    do Gerenciamentodo Gerenciamentode Projetosde Projetos

    Causa n 2:Lei de Parkinson

    A multi-tarefa nociva faz os membros da equipe embutirem maior segurana nas estimativas de tarefas.

    Vamos examinar mais detalhadamente o tpico da estimao das tarefas e avaliar a validade e o prejuzo causado ao

    nflacionar a quantidade de segurana nas estimativas de durao. Quando atribui-se uma tarefa para uma pessoa, aprimeira pergunta : Quanto tempo voc vai demorar? Voc concorda que as pessoas tm uma tendncia a incluir

    proteo na estimativa da durao, para acomodar fatores externos como Murphy e multi-tarefa? Pense numa

    tarefa recente que voc estimou. Que nvel de certeza voc ofereceu? Foi 100%? Provavelmente no, pois algo

    poderia acontecer e impedir voc at de completar a tarefa, tal como uma morte e, portanto, 100% de certeza no

    alcanvel. Que tal 50%? Mesmo neste nvel de certeza voc estaria atrasado em 5 de cada 10 vezes. Talvez sua

    oferta tenha sido prxima a 90%. Isto significa que 9 em cada 10 vezes voc est no prazo. Isto parece razovel? Que

    nvel de certeza voc exige de sua equipe? Voc exige que suas estimativas sejam precisas toda vez? Ou voc est

    bem com atrasos em 5 de cada 10 vezes? A maioria dos gerentes quer que as pessoas forneam estimativas

    precisas, o que no faz sentido porque uma estimativa, por definio, apenas uma aproximao.

    Traduo de Adail Muniz Retamal

    Artigo

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    9/289Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    As 5 Doenas do gerenciamento de ProjetosAs 5 Doenas do gerenciamento de Projetos

    Intelectualmente ns entendemos que

    estimativas no so exatas. Mesmo assim, ns as

    exigimos. Por qu? H uma crena subjacente de

    que se podemos determinar precisamente o tempo

    para cada tarefa, e nos assegurarmos que cada tarefa

    seja terminada no prazo, ento o projeto terminar

    no prazo. Porm, ns tambm sabemos que o

    objetivo no terminar cada tarefa no prazo, mas

    completar o projeto no prazo.Segurana 'normal' A

    realidade do trabalho do projeto que a incertezaexiste e, portanto, o tempo das tarefas no pode ser

    determinado, apenas estimado

    O resultado da exigncia de estimativas

    precisas que as estimativas de durao so

    convertidas em compromissos. Assim, para fornecer

    uma estimativa realista devemos levar em conta

    todas as coisas que podem impactar na durao datarefa, embutindo segurana.

    Quando uma pequena segurana adicionada s

    estimativas elas no so consideradas como irrazoveis

    porque, mentalmente, ns adicionamos a segurana

    considerando uma distribuio normal do tempo.

    Numa distribuio normal, 50% do tempo est de

    um lado da mdia e 50% do tempo est do outro lado da

    mdia. Assim, avanar de 50% de probabilidade para 80%

    no parece ser significativo (veja Figura 2).

    Porm, tempos de tarefas no so normais. De

    fato, no existe tal coisa como normal. A distribuio

    normal ocorre apenas na matemtica, no na vida real.

    Devido ao Teorema do Limite Central, se incluirmos

    amostras suficientes, eventualmente teremos a distribuio

    normal. Um exemplo bobo se eu colocar um p num

    balde de gua fervente e outro p num balde de gua

    gelada, na mdia, eu devo me sentir confortvel.

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    10/2810Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    As 5 Doenas do gerenciamento de ProjetosAs 5 Doenas do gerenciamento de Projetos

    Tempos de tarefas no seguem uma curva

    normal.Segurana 'real' Em vez disso, eles comeam

    em algum lugar alm do zero (toda tarefa deve tomar

    alguma quantidade de tempo) e ento a

    probabilidade de complet-la como prometidoaumenta rapidamente, e logo comea a diminuir

    numa longa cauda (veja a Figura 3). Quando

    comparar os dois grficos ver que a pequena

    segurana embutida , na realidade, bastante grande.

    Quando maior a incerteza da tarefa, mais a cauda

    cresce. O resultado uma tarefa com

    aproximadamente metade de sua durao estimadasendo segurana.

    O nico a adicionar segurana o membro

    individual da equipe? Nunca. Posteriormente, o gerente

    toma as tarefas estimadas com segurana e adiciona a sua

    prpria segurana. Em cada nvel de gerncia mais

    segurana adicionada (ver Figura 4). Essa seguranaadicional desnecessariamente prolonga a data de trmino

    do projeto e, de fato, no protege contra a incerteza.

    Algumas vezes outra doena ocorre, isto , todo mundo

    inflaciona suas estimativas porque sabem que o nvel

    acima ir cort-las. J que o recurso no sabe o quanto

    ser arbitrariamente cortado, ele chuta o quanto

    inflacionar a durao. Continuando, j que o prximo

    nvel no tem idia de quanta segurana foi adicionada,

    ele corta chutando o quanto de segurana ele acha que

    foi adicionada. O processo todo ridculo.

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    11/2811Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    As 5 Doenas do gerenciamento de ProjetosAs 5 Doenas do gerenciamento de Projetos

    Se h tanta segurana embutida em cada

    tarefa, por que as tarefas continuam a atrasar? No

    deveriam elas terminar no prazo ou antes? Se voc

    concorda que a segurana embutida para levar em

    conta o desconhecido (Murphy), e que Murphy no

    ataca toda tarefa como previsto, ento a maioria das

    tarefas no deveria terminar no prazo. Deveria

    terminar antes. Apenas uma tarefa ocasional, que

    teve tudo imaginado durante a estimao, e a teve

    uma sorte muito pior, deveria atrasar. Se as tarefas

    no esto terminando antes na maior parte do tempo,

    ento a segurana est sendo perdida.

    Mesmo uma tarefa que termina no prazo

    inaceitvel, pois aproximadamente metade do tempo

    estimado estava reservado para eventos que nunca

    ocorreram (Murphy).

    O mais notvel ainda que as pessoas se esforam

    para cumprir o pedido absurdo de fornecer estimativas

    precisas. Por qu? Voc concordaria que a maioria das

    pessoas quer ser considerada confivel? Se assim, isto

    significa que ns tentamos cumprir nossos compromissos,

    certo? E se isso verdade, o resultado que ns

    adicionamos segurana e lutamos para impedir que ela seja

    removida por outros.

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    12/2812Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    As 5 Doenas do gerenciamento de ProjetosAs 5 Doenas do gerenciamento de Projetos

    Se temos segurana extra embutida, que no

    foi necessria, ento usamos esse tempo extra para

    fazer um trabalho melhor, em vez de reportar umtrmino antecipado.

    Afinal, se exigimos 6 semanas e entregamos

    em 4 semanas, qual ser a recompensa por

    entregar antes, na prxima vez que pedirmos 6

    semanas para uma tarefa? Nossa segurana ser

    cortada. Isto pode fazer com que falhemos em nossocompromisso, nos atrasando e nos tornando no

    confiveis. Este fenmeno to predominante que

    possui seu prprio nome:

    Lei de Parkinson. Esta lei expressa que: O

    trabalho se expande para preencher o tempo

    disponvel. Agora voc deve concordar que aspessoas realmente adicionam segurana, mas ela no

    est sendo usada apropriadamente. Sua prova que a

    maioria das tarefas no terminam antes, como seria

    esperado.

    diretor da Heptagon Tecnologia da InformaoLtda, empresa de consultoria e treinamentofocada na aplicao da Teoria das Restries emgeral, e da Corrente Crtica em particular,

    Engenharia de Software, metodologias geis degerenciamento e desenvolvimento de software,atuando como catalisador da mudanaorganizacional, alm de ajudar as organizaes aconstrurem sua estratgia e ttica para alinharseus esforos com suas metas. Adail Engenheiro Eletricista/Eletrnico, atuou comoconsultor, instrutor e arquiteto de solues para aBorland Latin America por 4,5 anos. Lecionou emuniversidades pblicas e privadas. palestrante,articulista e est escrevendo um livro. Adail pode

    ser contatado em [email protected].

    Allan Elder (*Autor) presidente da No Limits Leadership, Inc., umaempresa de consultoria dedicada a ajudar asorganizaes a entregar mais projetos, maisrpido, atrves da liderana eficaz. Allan trabalhoucomo diretor de GSI (Gerenciamento de Sistemasde Informao) para a segunda maior empresa deseguros corporativos e a maior empresa desegurana na Califrnia. Allan foi certificado comoPMP, um Jonah na Teoria das Restries,possui bacharelado em Telecomunicaes,mestrado em Gerenciamento de Projetos e Ph.D.em Organizao e Gerenciamento. Alm de seutrabalho em consultoria, Allan o principalinstrutor de gerenciamento de projetos para aUniversidade da Califrnia, Irvine, prestouconsultoria e lecionou para a UCI GraduateSchool of Business, e foi um Examinador Sniorpara o California Award for PerformanceExcellence (CAPE) por trs anos. Allan pode sercontatado em [email protected].

    Adail Muniz

    Retamal(*Tradutor)

    http://www.visaoagil.com/mailto:[email protected]:[email protected]://www.visaoagil.com/
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    14/2814Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    DesenvolvimentoDesenvolvimento

    Orientado aOrientado aTestesTestesPor Victor Hugo Germano

    Artigo

    Os tempos so de mudana. No se pode mais pensar em um modelo de negcios que no sofra influncia das

    reas econmica, poltica ou estratgica. Nosso modelo de desenvolvimento deve estar pronto para responder

    rapidamente s alteraes que por ventura afetem um projeto.

    Nesse ambiente complexo, em que requisitos nem sempre so definidos e a nica certeza que temos a da

    mudana, devemos assumir uma postura pr-ativa que d ao desenvolvimento a chance de responder rapidamente

    alterao do processo de negcio.

    Assim surgem os modelos evolucionrios de desenvolvimento, sendo o TDD (Test Driven Development),

    uma maneira de garantir o progresso sustentvel do software frente s incertezas que cercam seus requisitos e

    objetivos futuros. Trazendo um modelo de simplicidade e clareza regendo todo o ciclo de vida do produto, oDesenvolvimento Orientado a Testes pode ser uma tima opo de garantia da qualidade e robustez no

    desenvolvimento de software.

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    Desenvolvimento Orientado a TestesDesenvolvimento Orientado a Testes

    Antes de tudo, deixem-me esclarecer uma

    coisa: este no um artigo sobre testes. Este artigo

    sobre um mtodo de desenvolvimento que nos guia

    para um cdigo mais robusto e passvel de

    manuteno. Softwares complexos no precisampossuir um cdigo incompreensvel, e quanto maior

    a complexidade, maior ainda ser o impacto positivo

    gerado pelo TDD.

    Desenvolvimento Orientado a Testes uma

    tcnica de desenvolvimento de software que envolve

    a definio de um caso de teste, ou mesmo a

    mplementao de um cdigo de teste, antes deniciar a implementao de uma funcionalidade ou

    mtodo. A implementao deve ser apenas para

    fazer o teste passar. Desta maneira, pode-se ter um

    feedback rpido sobre o progresso da

    mplementao. Formalizado primeiramente atravs

    dos trabalhos de Kent Beck em sua introduo ao

    eXtreme Programming, foi atribuda ao TDD grande

    responsabilidade, sendo definido como o cerne de

    todo o Desenvolvimento gil. Fora do ambiente

    gil, entretanto, TDD torna-se um sub-processo que

    acaba fazendo parte de todo o processo de

    Desenvolvimento de Software.

    As trs Regras do TDD

    No blog Uncle bob, existe uma explicaosimples por meio de trs regras:

    Nenhum cdigo de produo ser escrito ano ser que seja para fazer um teste unitrio

    passar.

    Apenas o essencial ser codificado para queum teste unitrio falhe; e erros de compilaoso erros

    O nico cdigo de produo escrito ser osuficiente para fazer o teste unitrio passar.

    Ken Beck(2003) atribui a estas regras uma

    mudana drstica no comportamento dos indivduos da

    equipe: Desenvolvimento orgnico, com cdigo

    funcionando provendo feedback rpido entre as

    decises

    Escrever os prprios testes e no ter queesperar 20 vezes ao dia para que outra pessoa osescreva para voc

    O ambiente de desenvolvimento deve proverrespostas mais rpidas para pequenas mudanas(i.e. a necessidade de compiladores e suites deteste mais robustas)

    A arquitetura do sistema torna-se altamentecoesa e componentizada, sendo ainda menosacoplada (devido caracterstica altamentenormalizada da tcnica), tornando os testes maisfceis de serem executados.

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    16/2816Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    Desenvolvimento Orientado a TestesDesenvolvimento Orientado a Testes

    Desta maneira, viramos o desenvolvimentotradicional do avesso. Criando software atravs depassos menores, podemos manter o controle do

    cdigo escrito, garantindo que qualquerfuncionalidade adicionada deva ser previamenteprojetada e testada. Na verdade, um programador

    utilizando TDD risca, recusa-se a escrever umanova funcionalidade sem que ao menos um testetenha sido criado para validar tal incremento devalor.

    E os benefcios vo muito alm. A cada horanmeros testes so criados, e nenhuma nova

    funcionalidade adicionada sem que todos os testesanteriores estejam sendo executados perfeitamentesem falhas. Isso cria a garantia de que caso um

    problema ocorra, ele poder perfeitamente serreproduzido criando mais alguns testes, e ainda

    assim, se uma funcionalidade nova for inserida,pode-se garantir que ela no afetar outros pontos dosistema, caso todos os testes estejam validados.

    Neste caso, os testes servem no apenas paragarantir que o cdigo esteja perfeitamentefuncionando, mas obriga que desenvolvedoresdealizem o funcionamento prvio das

    funcionalidades, isto , cria a necessidade da anlisedo problema durante o desenvolvimento, fazendocom que a compreenso e o modelo emerja dacontnua tentativa de fazer um teste passar. Aonde

    chegaremos com isso? O design da aplicao criado, especificado e materializado atravs de umaferramenta que possibilita a automatizao deverificaes: o teste.

    Este modelo fora os desenvolvedores apensarem de forma desacoplada, favorecendo a

    componentizao. Tendo a inteno de testar ummdulo isoladamente, necessrio cri-lo demaneira componentizada, forando-os a pensar emotimizao de cdigo, reutilizao e em simplicidade

    Ampliando a Qualidade de SoftwareTradicionalmente temos a fase de testes de

    software ocorrendo no momento posterior mplementao, seguindo o modelo j ultrapassado,

    mas ainda utilizado, o cascata. Com esta postura,existe a idia de que a equipe de testes deve varrer osistema procura de erros e bugs. E se o realentendimento da rea de testes fosse outro? Que talnterpretar uma rea de testes como um local onde

    apenas ser verificado se os erros realmente no

    existem, assumindo que o desenvolvimento j estempenhado em evitar que tais erros aconteam,deixando para a rea de testes a funo de garantir oalinhamento entre Requisitos e Software emfuncionamento.

    O principal ganho do modelo TDD no

    descobrir erros, mas evitar que eles sejam criados.A expresso mais utilizada atualmente "build

    quality in", isto , garante-se o feedback imediato sobre aimplementao, e em funo disso amplia-se a confianano cdigo e a garantia de que o sistema realmente alcanceos requisitos propostos.

    Num modelo cascata, o custo da alterao derequisitos cresce exponencialmente medida que osistema evolui entre as fases de Anlise, Implementao,Teste e Implantao. Temos assim, o quadro abaixo,retirado do artigo "Custo da Mudana" de Barry Boehm(em ingls):

    Surge uma observao importante: sendo o custoto alto, movendo-se a fase de testes para a esquerda,talvez houvesse uma chance de reduzir o custo de umamudana, j que antes de passar entre as fases estaramosvalidando o que foi feito na fase anterior.

    Neste ponto, o desenvolvimento evolucionrioTDD acaba se favorecendo, pois permite que sejamosmais flexveis diante de mudanas nos requisitos. Ao

    invs de levar muito tempo em todas as fases dodesenvolvimento, entregando - ou no - ao final doprocesso um produto, nos encontramos em uma situaoonde se pode demonstrar partes completamentefuncionais do sistema ou funcionalidades muito antes. E,ao fazer isso, o custo de mudana torna-se imensamentemenor.

    Independentemente daopo de seutilizar XP ouqualquer outro mtodo gil, o TDD torna-se uma opo

    para qualquer modelo de desenvolvimento. Automatizartestes, tentar especificar funcionalidades de maneira

    incremental, garantir a consistncia do cdigodesenvolvido e ainda a possibilidade de calcular oimpacto gerado por bugs de maneira fcil so os pontosfortes da adoo

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    17/2817Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    Desenvolvimento Orientado a TestesDesenvolvimento Orientado a Testes

    Documentao

    Encaremos um fato: desenvolvedoresdificilmente so adeptos de manter e lerdocumentaes, preferindo, normalmente, oscdigos. Como programador, me agrada, antes de

    tudo, quando inicio o trabalho com uma novabiblioteca, verificar qual o cdigo utilizado para

    acessar essa nova biblioteca. E no h nada de erradonisso. Testes unitrios bem escritos possuem essepropsito, provendo uma especificao funcional docdigo, e em decorrncia disso so uma timareferncia tcnica.

    Da mesma forma, a definio de o que osstakeholders esperam do sistema pode serautomatizada atravs de testes. Este processo deespecificao de requisitos em forma de testes

    chamado Teste de Aceitao. Assim,transformamos o teste de sistema em uma ferramentade especificao e no apenas de validao.

    No se deve esquecer a necessidade dedocumentao do processo de negcio, essencialpara o entendimento do ambiente em que o softwareest inserido. De maneira alguma um documentoescrito torna-se obsoleto com o modelo apresentadoacima, mas pode-se concluir que possvel diminuirem muito a documentao gerada que necessite umamanuteno complexa para manter o alinhamentocom o cdigo.

    TDD x Matriz de rastreabilidade

    Segundo Clayton Vieira Fraga Filho:"A matriz de rastreabilidade oferece como grande

    acilitador a visualizao global dos Casos de Uso erequisitos do sistema em uma tabela de forma

    rfica, dando suporte ao analista para tomardecises e descobrir problemas e sua soluo de

    orma mais rpida, muitas vezes antes do fase deimplementao."

    Bastante utilizado nos modelos CMMI eMoProSoft, a Matriz de Rastreabilidade pode servirde ferramenta na estimativa do impacto de umamudana nos requisitos de sistema. Entretanto, coma progresso do desenvolvimento, torna-se muitocara a manuteno dessa tabela tendo em vista suacaracterstica no acoplada ao cdigo. O nvel de

    detalhamento possui papel importante no custo damanuteno.

    A vantagem da utilizao do DesenvolvimentoOrientado a Testes est, em grande parte, aderncia aocdigo fonte e automatizao que os testes trazem.Mesmo no apresentando a visibilidade completa doimpacto, j que testes podem falhar aps uma alteraono prevista, existem maneiras de simular o uso de uma

    matriz de rastreabilidade, com o auxlio de ferramentasde desenvolvimento. IDEs mais completas possuemformas de verificar utilizao de mtodos no cdigofonte. Com a garantia da componentizao e baixoacoplamente que o TDD traz, informaes consistentes

    podem ser geradas, simulando assim uma matriz derastreabilidade.

    Concluses

    Durante a apresentao do contedo acima, tentei

    apresentar o conceito do Desenvolvimento Orientado aTestes de maneira a mostrar as vantagens de suautilizao. Apresentaremos nas prximas reportagens olado prtico de sua aplicabilidade. Fiquem atentos!

    Referncias:

    Tudo Sobre TDD - Coding Dojo Floripahttp://dojofloripa.wordpress.com/2007/09/10/tudo-sobre-tdd/

    A Maldita Comdiahttp://malditacomedia.blogspot.com

    Bacharel em cincia da computao pela Universidadefederal de santa catarina, especializado em Gestoestratgica de TI. Atualmente trabalhando na empresaAudaces auxiliando no processo de adoo demetodologias geis.

    Victor HugoGermano(*Autor)

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    18/2818Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    Humor deHumor de

    ProjetosProjetosQuem disse que no existecomdia em projetos?

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    19/2819Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    Um cardpio deUm cardpio de

    metodologiasmetodologiasgeisgeisPor Fbio Cmara

    Artigo

    Um projeto de software est com srios problemas e quando acordei percebi que no era um pesadelo. Pegueium livro e li: O mau gerenciamento pode incrementar os custos de um projeto de software mais rapidamente quequalquer outro fator, escreveu Barry Boehm em 1981. Temi pelo meu emprego e pensei: _ antes de desistir voucontratar muitos desenvolvedores. Peguei outro livro e li: Adicionar pessoas faz um atrasado projeto atrasar aindamais, escreveu Frederick Brooks em 1995.

    Neste cenrio assustador questionei-me: o que vou fazer diferente se preciso de resultados diferentes? Comocompreender os verdadeiros obstculos do gerenciamento de um projeto de software?

    Procurei por muitos caminhos mas a resposta que mais gostei me foi ensinada pelos mtodos geis. Entremuitos aprendizados que tive, li que o pensamento gil reconhece 5 obstculos no gerenciamento de projetos desoftware. So eles: pessoas, tempo, funcionalidades, oramento e recursos (excluindo pessoas). Com isto em mente,coloquei em prtica um pouco de 4 propostas geis que estudei.

    Vamos conhecer um pouco destas propostas geis. So elas XP, MSF, SCRUM e FDD.

    eXtreme Programming

    Mtodos geis so propostas incomuns de tcnicas para projetos de software. XP, como o nome sugere, algoum pouco mais radical. Propostas estranhas de tcnicas esquisitas fazem os gerentes de projetos temerem utiliz-lasem grandes projetos. Para atrapalhar ainda mais as poucas iniciativas de se quebrar paradigmas, o radicalismo dealguns pensadores de XP afastam a compreenso sobre as reais vantagens e os benefcios para o negcio que podemosalcanar com estes mtodos.

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    20/2820Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    Um cardpio de metodologias geisUm cardpio de metodologias geis

    A programao em pares, um dos maisdiferentes e originais mtodos do XP, traz para ogerente do projeto a necessidade de uma posiosem hipocrisia. Ou voc ama, ou voc odeia. Athoje no encontrei um gestor em cima do murosobre esta tcnica.

    Como exemplo, vamos citar Karl Wiegers,famoso autor de livros tcnicos, que afirma em seusensinamentos que a programao em pares comoforma de inspecionar cdigo no efetiva nareduo dos defeitos. Segundo o mesmo, entre 25 %e 35 % o ganho atingido no aspecto defectreduction. Esta afirmativa questionada por DavidAnderson, outro grandioso autor, que defende umnmero percentual em torno de 50%.

    J em minha prpria vivncia, as reunies em

    p (stand-up meeting) so fabulosas em quase todosos aspectos. Particularmente acredito no pensamentode Jonh Kennedy, ex-presidente dos EUA, que dizia:quando se quer no fazer nada fingindo que esttrabalhando, entre em uma reunio.

    Listamos a seguir os principais mtodospolmicos do XP.

    Pair Programming; Continuous Integration; Stand-Up Meeting;

    Collective Ownership (cdigo fontecoletivo);

    Refactoring; On-Site Customer; Generalists.

    Na minha leitura, o XP uma proposta muitocompleta de ciclo de vida de desenvolvimento desoftware, agradando ou no um gestor de projetos.Um dos principais fundadores do XP chama-se KentBeck.

    FDD Feature Driven DevelopmentCriado entre 1997 e 1999 em Cingapura por

    um time liderado pelo Jeff De Luca, uma simplescompilao de prticas estabelecidas nos ltimos 30anos. Um de seus maiores desenvolvedores, PeterCoad, definiu a idia de Feature Definition e FeatureList. Diversos renomados autores participaram daconcepo das idias do FDD. Dentre estesdestacamos: Tom De Marco, Tim Lister, Jerry

    Weinberg e Frederic Brooks.Em sua essncia, FDD mais um mtodo degerenciamento de software do que um ciclo de vidade desenvolvimento de software.

    Resumidamente, FDD dividido em 5 fases queexplicam sua funo. So elas

    Shape Modeling uma forma de questionar se

    todos compreendem o que para fazer, analisar

    requisitos no-funcionais e modelo de arquitetura; Feature List a representao do escopo

    listando a compreenso do que para ser feito e osrequerimentos a serem desenvolvidos;

    Plan by subject area a modularizao da listaem conjuntos de funcionalidades relacionadas,

    permitindo o desenvolvimento de parte do sistemaautonomamente;

    Design by feature set uma orientao quedetermina o desenvolvimento com base nodomnio do problema. Sugere-se nesta fase uma

    modelagem profunda e detalhada em UML; Build by Chief Programmer Work Package

    o empacotamento de pequenas funcionalidades,uma reduo evolutiva que nasce na fase 2 at afase 4. Prioriza-se este pacote, codificando suafuncionalidades e criando unit tests.

    FDD define tambm 4 camadas de arquitetura desoftware:

    UI User Interface; PD Problem Domain (lgica do negcio); DM Data Management; SI Systems Interfaces.

    Notamos que o core de todas as fases e dascamadas de arquitetura a funcionalidade (feature). Cadafuncionalidade definida com uma frmula simples, que

    permite ser repetvel e confivel. A frmula dafuncionalidade tem a seguinte estrutura:

    Exemplo: O valor total de vendas Faturamento bruto mensal

    Produtos vendidos no perodo

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    21/2821Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    Um cardpio de metodologias geisUm cardpio de metodologias geis

    MSF Microsoft Solutions Framework

    Disseram-me que MSF s funciona emprojetos com tecnologias da Microsoft.

    mpressionante a associao restritiva quenaturalmente os desinformados impem as coisas.

    Tambm j ouvi que metodologias geis sso recomendadas para projetos pequenos. Pior quesso! Ouvi de uma diretora de TI de um banco: _

    Hoje ns somos geis (referindo-se a ausncia degesto e de anlise de requisitos de seudepartamento), queremos ser mais organizados.

    Estudando o assunto h 9 anos, eu sempreconsiderei o MSF uma proposta equilibrada, aondeseus 2 modelos e suas 3 disciplinas nunca seapresentaram como uma espcie de bblia sagrada,determinstica ao sucesso ou fracasso de seu projeto.

    Inclusive na verso 3.1 do MSF, antes daformalizao das propostas geis no ano de 2001,tinha como conceito chave: _ Stay agile, expectchanges.

    O MSF 4.2, possui duas novas instncias:MSF for Agile Software Development e MSF forCMMI Process Improvement. Podemos afirmar queo MSF Agile um mix de posies equilibradas,pois defende um SDLC (Software Development LifeCycle) mais curto com iteraes de no mximo 4semanas, contudo preserva a importncia dos papisdefinidos previamente e abomina a linha todomundo pode fazer tudo no projeto. Outro quesito dedestaque nesta fuso so os testes unitrios e apreocupao com a cobertura de 100% do cdigofonte.

    Um tema muito forte dentro do MSF Agile ntegrao. Metodologias geis nescessitam que os

    stakeholders estejam presentes o tempo tododurante o projeto. Para isso so constitudos cenriosde tarefas de trabalho que englobam atividades

    planejadas para um desenvolvedor. Estes cenriosfazem parte de uma determinada iterao do planode iteraes. Esta iterao agrupa os cenrios dedesenvolvedores e os cenrios de testes (que soefetuados em seguida ao desenvolvimento). Destaforma controla-se a integrao de um time com

    papis diversos dentro do projeto (usurio,desenvolvedor e analista de testes).

    Para o MSF, um projeto precisa dos seguintesppeis (entende-se papis como responsabilidades

    que devem ser assumidas por algum membro da

    equipe):

    Program Manager Product Manager User Experience Tester Developer

    Architect Release Manager

    rduo afirmar que foi o fundamentador do MSF, porm o grande patrocinador sempre foi a prpriaMicrosoft. Para no ficar em branco com nomes, MichaelCusomano, Steve McConnell destacam-se entre muitosoutros como personagens da histria do MSF.

    SCRUM

    SCRUM um mtodo de gerenciamento desoftware que pode ser usado com XP ou MSF. baseadona teoria do controle emprico de processos e seusfundamentos so originados na indstria de manufaturaaponesa.

    Ciclo de vida emprico um ciclo baseado naobservao dos fatos. Muitos gerentes de projetos nogostam do mtodo reativo sugerido pelo SCRUM e

    preferem trabalhar com um planejamento que na minhaleitura um trabalho especulativo, pois tenta prever uma

    seqncia de atividades lineares. Por mais que ocronograma tenha um valor que o planejamento prvio,ou seja, pensar antes de sair fazendo, perde muito emtentar prever atividades distantes cheias de dependncias

    predecessoras e no facilita o controle das mudanas derequisitos.

    Segundo o SCRUM, o desenvolvimento deve sertrabalhado em 3 nveis: Sprint, Release e Product.

    O ponto central que os requisitos soconvertidos em uma lista que contm valores do clientechamada Product Backlog. Um sub-conjunto desta lista

    criado e chamado de Release Backlog. Este sub-conjunto particionado mais uma vez transformando-se em Sprint,uma espcie de acordo de desenvolvimento defuncionalidades que aps aceito pela equipe no deve sermais alterado.

    Praticando SCRUM, o que mais chama a ateno a simplicidade. Controlar projetos desta forma

    participar de um jogo competitivo e saudvel em quetodos se auto-avaliam todos os dias (daily stand-upmeeting) tornando possvel resultados e tcnicas demelhoria contnua.

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    22/2822Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    Um cardpio de metodologias geisUm cardpio de metodologias geis

    A orientao gil :

    Considere na imagem que a seta vermelha umaconstante, a seta verde mais ou menos varivel e a setalils a mais varivel.

    Compreendendo a diferena entre as duas ealinhando com as caractersticas das expectativas de seusstakeholders, voc conseguir alcanar resultadosdiferentes. Experimente!

    O gerente de projetos como conhecemoshoje, na proposta SCRUM, chamado de SCRUMMaster. Suas principais responsabilidades resumem-se em duas: Proporcionar a passagem tcnica eretirar todos os impedimentos. A equipe do projeto dividida em apenas 3 ppeis: o SCRUM Master

    (coach), o Product Owner e a equipe.Em diversos aspectos, as tcnicas doSCRUM diferenciam-se das propostasconvencionais. Destaque para:

    Product Backlog; The 30-Day Sprint; The SCRUM Meeting; Team Size; The Sprint Review.

    Para saber mais sobre SCRUM, mprescindvel ler algum dos ttulos lanados por

    Ken Schwaber.

    O que experimentar

    Independente de sua curiosidade para novossabores, os mtodos geis so uma honesta respostaa pergunta: o que vou fazer diferente se preciso de

    resultados diferentes?Baseados em processos iterativos

    ncrementais e empricos, os mtodos geis sondiscutivelmente diferentes das propostas

    tradicionais que so fundamentadas em processoscascata. Esta diferena pode ser a resposta a suadvida tambm.

    Meus resultados mudaram significativamentequando entendi a diferena essencial da proposta gilem comparao ao modelo que eu havia aprendidonos ensinamentos do PMI Project ManagementInstitute.

    A orientao PMI : ([email protected]) MCT, MCP,MCSA, MCAD Charter, MCITP, MCTS,MCSD.NET, MSF Practitioner, Certified ITILFoundations e Certified SCRUM Master Acreditaem bons resultados em projetos com tcnicasgeis, principalmente para as caractersticas domercado brasileiro.

    Fabio Cmara(*Autor)

    http://www.visaoagil.com/mailto:[email protected]:[email protected]://www.visaoagil.com/
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    23/2823Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    RefernciasReferncias

    geisgeisVeja aqui, alguns sites e blogsindispensveis para o mundo gilBlog do Jos Papo, um timo lugar

    para voc ter acesso a um material em

    portugus bem variado, profundo,feito com resposabilidade, e abordando temascomo agile, OpenUP, UML, Modelagem earquitetura.URL:josepaulopapo.blogspot.com

    Site do papa Martin Fowler, quem ele?Imagine um cara que foi citado em todos

    os principais livros sobre programao,

    modelagem, arquiteturas,padres de projetose refatorao de cdigo.

    O resto, descubra por s s.URL: martinfowler.com

    http://www.visaoagil.com/http://www.visaoagil.com/
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    24/2824Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    DesenvolverDesenvolver

    ou noou noDesenvolver,Desenvolver,

    eis a questo.eis a questo.Uma breve crnicasobre a mecnica de um projeto de

    desenvolvimento de software

    Por Manoel Pimentel Medeiros

    Artigo

    Sei que voc pode estar pensando, Desenvolver ou no desenvolver? U, eu j ouvi uma frase

    parecida..., exatamente, usei essa adaptao da clebre frase do livro Hamlet, escrita porWilliam Shakespeare,

    para tentar mostrar uma breve metfora para explicar o cotidiano de um projeto de desenvolvimento de software.

    Ento, a idia lev-lo a uma reflexo sobre esse assunto, pois, que tal comparar a atividade de desenvolvimento de

    software, com uma pea de um grupo teatral, pois acompanhe comigo:

    O Autor da pea normalmente a escreve em conjunto de outros autores ou com ajuda de revisores.

    O Diretor e o produtor da pea precisam constantemente ler e reler os atos e cenas a fim de revisar a obra e

    buscar as melhores formas de mont-la.

    Os figurinistas, iluminadores e cengrafos tero que conhecer muito bem o texto, os personagens e o

    ambiente de cada cena.

    Os atores, precisam ler e r-ler o texto de forma minuciosa, afim de aprend-lo, e principalmente precisam

    entender as sub-linhas do mesmo, para que possam compor melhores personagens

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    25/2825Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    Desenvolver ou no Desenvolver, eis a questo.Desenvolver ou no Desenvolver, eis a questo.

    Cada ator, apesar de suas falas especficas,

    precisam conhecer o texto como um todo,

    para que haja sincronismo nas cenas e nas

    falas, para isso, ento, cada ator, ensaia o

    texto sozinho, lendo suas falas e dos outrospersonagens tambm, dessa forma, cada ator,

    consegue ter uma compreenso impar acerca

    da pea, e cada um poder sugerir melhorias

    em suas cenas.

    Quando os atores esto ensaiando em grupo,

    sua atuao posta ao conhecimento de

    outros atores e tambm do diretor, gerandoento uma grande margem para as

    sugestes, crticas, elogios e trocas de

    conhecimento acerca das tcnicas individuas

    de atuao.

    Dessa forma, como os atores adquirem um

    conhecimento pleno acerca da pea,

    possvel que quando necessrio, um ator,substitua outro ator, na interpretao de um

    personagem em algum momento da pea, o

    nvel de dependncia individual pequeno.

    E quando o grupo pequeno, comum, que

    haja uma polivalncia entre seus

    membros, dessa forma, muitas vezes, uma

    mesma pessoa, ator, maquiador, ajuda na

    direo e na produo da pea.

    importante lembrar, que uma pea

    ensaiada durante vrios meses, e a cada

    ensaio, detectado nas necessidades de

    ajustes em cada detalhe da pea, ou seja, cria

    como houvesses pequenos ciclos tambm

    conhecidos de iteraes, para que a pea

    possa ser construda e melhorada a cada

    ensaio.

    E quando finalmente pea mostrada ao pblico,

    cada apresentao ajuda a gerar uma retrospectiva

    sobre o que pode ser melhorado para as prximas

    apresentaes. Dessa forma, a pea passa por um

    processo de melhoria contnua para alcanar omximo da satisfao do pblico.

    Para terminar, veja que esses fatos e outros que no

    mencionei aqui, podem muito bem servir de metfora ao

    processo de criao de um software, principalmente pela

    idia central de que: mesmo que haja um esforo

    individual e solitrio em alguns momentos, pela prpria

    dinmica da pea, o resultado desse esforo compartilhado e validado de maneira gradual com

    todos os participantes, gerando um resultado final

    chamado obra coletiva, que ser avaliado por um grande

    pblico, ou seja um alto nvel de exigncia de qualidade e

    encantamento, portanto meu caro amigo, pense nisso, e me

    diga se a nossa rea de desenvolvimento de software no

    semelhante construo de uma pea teatral. Muito

    Obrigado e at a prxima.

    Engenheiro de Software e CSM, trabalha comprojetos Java pela Rhealeza Informtica, Tambm Dir. Editorial da Revista Viso gil, Conlunistada Java Magazine, Membro do Desenvolvimentodo NetBeans, Lder do projeto BoxSQL, efundador do XPNorte, NUG-BR, e PrPatterns e

    Frequentemente palestra em eventos sobreprocessos e tecnologias. Maiores informaesem: http://manoelpimentel.blogspot.com .

    Manoel PimentelMedeiros(*Autor)

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    26/2826Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    Tabuleiro deTabuleiro de

    projetosprojetos

    Uma breve crnica sobre estratgiasem projeto de software, atravs de peas de xadrez.

    Por Manoel Pimentel Medeiros

    Artigo

    Estratgia, esse foi um dos pensamentos mais importantes para nossa evoluo, porm, sempre imaginamosque o pensamento estratgico est distante da nossa realidade, apesar de que principalmente na rea dedesenvolvimento de software, o pensamento e aes estratgicas so fundamentais para o sucesso de um projeto.Durante muito tempo, devido a algumas vises equivocadas de alguns modelos de produo, fomos condicionados apensar que devamos apenas nos importar em apertar parafusos, no sabendo exatamente qual o parafuso certo epara que serviria aquele parafuso.

    Porm, com o passar dos tempos, o poder do pensamento mais analtico foi tomando importncia, e o poderdo pensamento estratgico foi se tornando um fator determinante para o sucesso de muitas companhias.

    Na verdade o pensamento estratgico, no algo propriamente novo, ele est presente na histria dahumanidade h muito tempo, desde as antigas guerras que contriburam sistematicamente para as mudanas de nossacivilizao.

    Voc deve est se perguntando, o que isso tem a ver com projetos de software? Eu lhe respondo: elementarmeu caro leitor, hoje em dia o sucesso de muitos projetos de software est intimamente ligado ao uso de estratgias,porm, poucas as pessoas que participam de projetos, compartilham com essa viso.

    Dado a importncia que o pensamento e aes estratgicas tm para um projeto de software, resolvi brincarum pouco com essa idia, usando como metfora um jogo de xadrez, onde atravs da figura de cada pea, vocentender de uma forma bem divertida e dinmica, como tratar cada elemento de um projeto de software.

    Mais ateno, leia atentamente a tabela abaixo, e principalmente reflita bem, sobre as correlaes entre aspeas do jogo xadrez e os elementos comuns em um projeto de software que estou tentando mostrar.

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    27/2827Revista Viso gil - www.visaoagil.com - Edio 02

    Tabuleiro de projetosTabuleiro de projetos

    Como voc deve ter percebido, muito importante, que os elementos chaves de projetos sejam gerenciadoscom muita estratgia, a fim de maximizar as chances de sucesso, evitando dessa forma os famosos atrasos, estourosde oramentos, software fora do escopo, enfim vrios outros problemas que voc deve conhecer.

    Claro que no existe uma combinao mgica, que funcione como uma bala de prata para garantir o sucesso

    de um projeto, portanto, sempre que possvel, lembre sempre desse esquema, afim visualizar o efeito de cadamovimento seu em um projeto, ou seja, o que ser ganho e poder ser perdido em cada movimento no projeto,dessa forma, voc poder tomar as decises de maneira mais conscientes e acertadas.

    Espero que voc tenha gostado desse texto, e principalmente tenha absorvido a idia principal relacionada aoselementos de um projeto e sua relao com o jogo de xadrez, portanto, muito obrigado e at a prxima.

    PeaSignificado no

    projetoPontoForte

    PontoFraco

    Pees

    Simplicidade

    Devido a sua simplicidadede movimentos, muitasvezes, ignorado peloadversrio, porm, umpeo capaz de deixar emxeque um rei adversrio ou

    at mesmo se tornar umarainha podendo determinaro sucesso de um jogo.

    Muitas vezes, para defenderalguma pea ou quandofazemos um movimentoerrado, os pees so osprimeiros a serem eliminados,ou seja, muito fcil perder

    totalmente o poder dasimplicidade durante o jogo.

    Torres

    Prazo

    Quando tudo est bem no jogo, raramente iremosmexer com a torre, masquando necessrio equando bem manipulado capaz de criar um bomxeque-mate.

    Lembrando que a torre spode ser movimentada nahorizontal e vertical, quantascasas forem necessrias,note que h um limite demovimento, pois s vezes,gostaramos que ela semovimenta-se na diagonal,mas isso no possvel, ouseja, temos limitaes ao

    tentar mover de formaeficiente essa pea.

    Bispos

    Recursos

    Representando a sabedoriano jogo, pode facilmentetransitar em qualquer parte,devido aos seusmovimentos na diagonal eusado com sabedoria, podefazer ou facilitar vriasopes de xeque-mate.

    Usado frequentemente paraproteger peas como a rainhaou o rei, e por transitarfacilmente pelo terrenoadversrio durante umataque, comum perder-los,por excesso de zelo ou pordemasiada ousadia.

    Cavalos

    Criatividade

    Pelo poder de alcance e alimitao de s se moverem forma de L, fora o

    jogador usa-lo com muitacriatividade, dessa forma,somos capazes de iniciarum jogo ou fazer o xeque-mate usando o cavalo.

    Frequentemente, o cavalo usado para proteger a torre, obispo, a rainha ou at mesmo

    o rei, dessa forma, comumterminarmos o jogo, semnenhum cavalo.

    Rei

    O Software

    o objetivo do jogo, tantopara o ataque quanto paradefesa, a vitria quandoatingimos o rei adversrio,ou seja, o famoso xeque-mate.

    Infelizmente, simplesmentequando nosso rei sofre umxeque-mate, perdemos o jogo(acho que deu para ser claro,certo?).

    Rainha

    Qualidade

    Esta pea mais poderosado jogo, pois ela pode semover em qualquer direo, quantas casasforem necessrias,podendo ser fulminantequando usado para oataque, garantindo umavitria certa no jogo.

    Porm, frequentemente,sacrificamos a rainha, paradefender o rei, e quando issoacontece, nosso poder devitria diminui drasticamente.

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