revista universo edição 2

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geral Segurança em Festas viagem Destino: Punta del Este Cultura Festival SESC de Música Março 2013 | Ano 1 | Edição 02 Distribuição gratuita UFPEL EM NOVAS MÃOS

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A Revista Universo é um projeto dos alunos do 5º semestre do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Pelotas. Nossa primeira edição foi lançada no primeiro semestre de 2012 com a supervisão da professora Marisa Luvielmo. E a segunda em março de 2013.

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Page 1: Revista Universo edição 2

geralSegurança em Festas

viagem Destino: Punta del Este

CulturaFestival SESC de Música

Março 2013 | Ano 1 | Edição 02 Distribuição gratuita

UFPel em novas mãos

Page 2: Revista Universo edição 2

Expediente: Universidade Federal de PelotasRua Gomes Carneiro, 1 - CentroCEP: 96010-610 - Pelotas - RS

Reitor:Mauro Augusto Burkert Del PinoVice-ReitorCarlos Rogério MauchPró-Reitor Administrativo – PRAAntônio Carlos de Freitas CleffPró-Reitora de Assuntos EstudantisRosane Maria dos Santos BrandãoPró-Reitora de Graduação – PRGFabiane Tejada da SilveiraPró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação – PRPPGDenise Petrucci GigantePró-Reitor de Gestão de Recursos Humanos – PRGRHSérgio Batista ChristinoPró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento – PRPDLuiz Osório Rocha dos SantosPró-Reitor de Extensão e Cultura – PRECAntônio Carlos Martins da CruzChefe de Gabinete do Reitor

Margarete Oleiro MarquesPró-Reitor Administrativo AdjuntoGilson Simões PorciúnculaAssessor do ReitorÁlvaro Luiz Moreira HypólitoAssessor do Vice-ReitorCarlos Antônio Pereira CampaniCoordenador de Comunicação Social – CCSSérgio Sarkis Yunes

Revista UniversoPublicação semestral do curso de Bacharelado em Jornalismo e Comunicação da Universidade Federal de PelotasAno I - Segunda edição - fevereiro /2013Centro de Letras e ComunicaçãoDiretor do Centro de Letras e ComunicaçãoPaulo Ricardo Silveira BorgesCoordenação do curso de Jornalismo e ComunicaçãoRicardo FiegenbaumCoordenação da área de JornalismoMichele NegriniCoordenadora do Projeto Revista UniversoMarisa Luvielmo MTB/RS 9204Fotos:Antoniela Rodriguez, Giorgio Guedin e arquivo da revista.

Reportagens:Alex Pires, Ana Paula Roxo, Antoniela Rodriguez, Ânderson Largue, Ândria Völz,Camila Mattos, Camila Faraco, Carlos Fetter, Douglas Lima, Eduardo Reis, Elana Mazon, Esther Louro, Ezekiel dos Santos, Giorgio Guedin, Igor de Campos, João Prietsch, Jonathan da Silva, Juliana da Silva, Leandro Domingues, Luis Alexandre Alves, Manuelle de Lima, Marcela Gomes, Maria da Graça de Siqueira, Márcio Furtado, Mônica Bandeira, Paola Fernandes, Pâmela Lautenshlager, Pedro Henrique Diemer, Rita de Cássia Pereira, Vanessa das Neves, Vinícius Waltzer.

Projeto Gráfico:Mônica BandeiraEditora de arte e diagramação:Mônica Bandeira e Juliana MouraRevisão: Mayara Lemos Impressão:Gráfica KundeTiragem:1.000 exemplares

Contato: [email protected] | revistauniversoufpel.wordpress.com

Pensada e produzida a muitas mãos, a Universo é uma revista com uma ampla variedade de temas e visões. Nem tão leve que possa ser confundida com uma publicação superficial, nem tão densa que pareça científica. A segunda edição da revista do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Pelotas está recheada de algo que ecoa nos corredores da Instituição e nas ruas da cidade: o novo.

Com gestões iniciadas em janeiro na Prefeitura Municipal e na Reitoria da UFPel, o clima é de expectativa e atenção a cada mudança. E isso é o que se buscou neste número da revista. Informação consistente, mas sem querer prever o futuro. A Universo quer apontar para frente e acompanhar seus leitores nos novos desafios que estão por vir.

O que esperar do futuro da maior instituição de ensino da região? Para embarcar nessa viagem, uma reportagem especial com o novo Reitor da Federal, professor Mauro Del Pino, uma matéria sobre a nova gestão do Diretório Central de Estudantes e um projeto muito interessante sobre usuários de drogas, executado pelo curso de Enfermagem.

Mas não é só a UFPel que tem novidades. A moda, com os maxi colares, e a tecnologia, com os diferentes tipos de notebooks, netbooks e ultrabooks trazem informação para quem gosta de estar por dentro de tudo o que é atual e inovador. E tem muito mais.

Se a Universo chegou até suas mãos, aproveite! Ela é feita para pessoas antenadas e conectadas como você.

EDITORIAL

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03 TecnologiaNotebook, Netbook ou Ultrabook, qual o melhor?

04 CulturaPelotas respirou música durante treze dias.

06 SaúdeTranstornos Mentais: é preciso estar atento.

07 ComportamentoDerrubando os muros.

08 EspecialUFPel em novas mãos.

11 ViagemViaje com a gente...

12 GeralQuanto vale a festa?

13 ModaO up do verão.

14 EsportePadel em Pelotas

14 EsporteEsporte amador alternativo em Pelotas

15 U-recomendaPara ler, ouvir, ver

Tem cheiro de novidade no arSUMÁRIO

Revista UniVerso - Edição II2

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Page 3: Revista Universo edição 2

Revista UniVerso - Edição II

Práticos, leves e eficientes. Assim podemos classificar os computadores portáteis atualmente. Desde o lançamento do primeiro microcomputador totalmente manejável, o OSBORNE 1 – em 1981, e pesando aproximadamente 10 kg, muita coisa neste segmento mudou. Os notebooks hoje ocupam espaço nas prateleiras das lojas com os netbooks (ainda menores em seu tamanho de tela) e, mais recentemente, com os ultrabooks. Mas você sabe qual a diferença entre eles?

Para quem não abre mão do desempenho e das possibilidades de programas a executar, pode optar por

um notebook convencional, já que existem no mercado diversas opções de preços e modelos. E, para quem procura durabilidade e autonomia da bateria, sem a necessidade de rodar programas mais pesados, deve optar pelo netbook. Mas se você procura desempenho, design e está disposto a desembolsar uma elevada quantia, a melhor opção são os modernos ultrabooks. A tecnologia está cada vez mais ao alcance das nossas mãos.

Portanto, pense bem antes de adquirir o seu computador e escolha o que mais se adapta às suas necessidades. ■

Tecnologia

Anderson Largue e Leandro Domingues

notebook, netbook ou Ultrabook: Qual o melhor?

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Revista UniVerso - Edição II

Pelotas resPirou música durante treze dias

Pelo terceiro ano consecutivo, Pelotas sediou o Festival Internacional SESC de Música. O evento realizado pelo Sistema Fecomércio RS/SESC, transformou a cidade, durante 13 dias, em uma das capitais mundiais da música. Segundo a organização, foram mais de 400 profissionais e alunos de 12 países envolvidos no evento. Na programação, mais de 40 espetáculos gratuitos divididos em recitais, música de câmara, concertos e apresentações de música instrumental, oficinas de musicalização para crianças e adolescentes, além de 28 oficinas de instrumentos e canto.

No dia 15 de janeiro, segundo dia de festival, a apresentação que lotou o Theatro Gurany foi do sexteto instrumental Escalandrum. O grupo foi fundado em 1999 por Daniel Pipi Piazzolla, neto de Astor Piazzolla, um dos compositores de tango mais importantes do século XX. Piazzolla completaria 90 anos em 2011, ano em que o Escalandrum lançou o disco Piazzolla plays Piazzolla. O disco, que foi a base do show, é formado apenas por composições do ícone. A empolgação e o fascínio gerados pela música e pelos instrumentos eram visíveis. Com Daniel Pipi Piazzolla na bateria, Nicolás Guerschberg no piano, Mariano Sívori no

contrabaixo, Gustavo Musso nos saxofones alto e soprano, Damián Fogiel no saxofone tenor e Martín Pantyrer no clarinete baixo e saxofone Barítono, o grupo foi intensamente aplaudido ao final de cada música.

A admiração por músicas e instrumentos pouco conhecidos, foi uma característica marcante do festival. As apresentações foram realizadas nos mais variados lugares da cidade. Do tradicional Theatro Guarany, palco do show citado acima e de outros tantos, até o Hospital Espírita de Pelotas.

Alunos também têm sua vez

O III Festival Internacional SESC de Música de Pelotas não reuniu apenas músicos profissionais de toda a América Latina. Os alunos de música de diversas partes do país também tiveram a chance de mostrar seus talentos para o público pelotense.

A partir do dia 17 de janeiro, a Biblioteca Pública Pelotense abriu as portas para estes estudantes, em recitais que aconteceram sempre às 13 horas, até o dia 26, com exceção do domingo.

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Douglas Mello e Elana Mazon

O III Festival Internacional SESC de Música encheu a cidade de músicos, instrumentos,

apresentações e emoção.

Foto: Elana Mazon

Page 5: Revista Universo edição 2

CulturaAlyson Wendhausen, organizador dos recitais pela

segunda vez, conta que eventos como esse ocorrem em todos os festivais de música pelo país, como forma de incentivar os alunos e dar a eles novas oportunidades de visibilidade.

A seleção de quem participa dos recitais acontece pelo próprio professor responsável e pela organização do evento. “Eles enviam as obras que pretendem apresentar para a organização. O professor responsável por esse aluno aprova e, então, eles começam a trabalhar”, explica Alyson, que também é músico, bacharel em violino.

Um dos destaques do primeiro dia, Mauren Frey, de 28 anos, fez uma homenagem a Arthur Rubinstein, que é pianista contemporâneo. A sonoridade diferenciada chamou a atenção do público e arrancou muitos aplausos.

Mauren, que é nascida em Ijuí, apesar de já ser graduada em música e professora de História da Música na UNIPAMPA, ainda é aluna de piano. E o gosto musical vem do berço. “Eu toco mais ou menos desde os 7 anos de idade. Toda minha família toca

piano e eu comecei por curiosidade”, conta. A gaúcha formada em Florianópolis diz que muitos músicos a influenciaram durante os 21 anos em que ela se tornou musicista, mas, em especial, Nelson Freire, Elena Grimaud e Rubenstein.

4ª edição está confirmada

No último espetáculo do evento veio a grande notícia: os pelotenses continuarão sendo, em 2014, os anfitriões do Festival Internacional SESC de Música. O anúncio foi feito antes do concerto de encerramento, que aconteceu no Parque Dom Antonio Zattera e reuniu aproximadamente três mil pessoas.

Para o gerente do SESC em Pelotas, Luiz Fernando Parada, um dos segredos para tamanho sucesso e para a garantia antecipada da quarta edição é exatamente a receptividade da cidade. Percebemos o envolvimento da população com o evento. O orgulho do pelotense em receber eventos desse porte faz com que qualquer investimento valha a pena”, afirmou. ■

Fotos: Antoniela Rodriguez

Cultura

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Saúde

Transtornos mentais: é preciso estar atentoUma em cada quatro pessoas poderá ser afetada, ao longo da vida, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ândria Völz e Vanessa Lilja

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É cada vez mais comuns, os sofrimentos psíquicos na vida dos brasileiros. Algumas vezes, são confundidos com alterações de humor e não são diagnosticados e tratados adequadamente. As manifestações dessas doenças causam grande desconforto interior e alteram o comportamento, provocando ansiedade, dificuldade de percepção, memória e pensamento. Os transtornos mentais resulta da combinação de diferentes fatores, a pré-disposição genética e/ou situações vivenciadas podem desencadear o problema.

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, 12% da população - 23 milhões de pessoas – necessitam de algum atendimento em saúde mental. Cerca de 3% destes correspondem a transtornos mentais severos e persistentes, que necessitam de cuidados mais intensivos, enquanto que 9% apresentam casos mais leves. Dentre as doenças mais comuns, podemos citar depressão, bipolaridade, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo compulsivo e síndrome do pânico. Já a esquizofrenia é uma doença considerada rara, pois apenas 1% da população sofre com esse problema.

Portadores desses transtornos sofrem com o preconceito vindo da sociedade, que tende a excluí-lo do convívio social. Isso ocorre devido conceitos herdados de gerações anteriores, antigamente qualquer problema psíquico era considerado uma ameaça à sociedade. Atualmente, os tratamentos visam à inclusão social dos pacientes. De acordo com a coordenadora do grupo de Saúde Mental e Saúde Coletiva da faculdade de enfermagem da Universidade Federal de Pelotas, professora Janaína Willrich, a discriminação imposta pela sociedade é um obstáculo na recuperação do doente mental, já que a exclusão social restringe suas oportunidades.

Se em tempos passados os problemas mentais eram sinônimo de loucura, hoje o assunto é mais

comum, tratado com menos preconceito. Devido essa mudança está havendo maior preocupação em solucionar ou minimizar o sofrimento dos portadores do distúrbio. No ano de 2010, o país investiu R$ 1,4 bilhão em melhorias para a saúde mental. Um dos exemplos da inovação do tratamento é a criação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), direcionados ao tratamento de transtornos graves. Criados em 1986, hoje, os CAPS totalizam 1.620 unidades em todo país.

Em Pelotas, são oito unidades trabalhando o lado saudável dos pacientes, buscando a inclusão social e oferecendo atividades psicoterapêuticas aos pacientes do CAPS. Além disso, possuem o Grupo Familiar, onde a família aprende e entende como lidar com a situação. Dona Edith Moura na condição de familiar acompanha seu filho, Ederlen, que possui déficit cognitivo e frequenta o CAPS há 14 anos com tratamento diário. Segundo dona Edith, Ederlen é tratado como os outros filhos, sem diferença, com imposições de limites e correções, como os outros filhos foram educados. Assim como Ederlen, o CAPS Fragata possui 225 pacientes, que são fixos. E dentre todas as avaliações e atendimentos, chegam a passar 1000 pessoas por mês no local.

A assistente social e coordenadora do CAPS Fragata, Denise de Matos, explica que a metodologia do tratamento consiste primeiramente na avaliação individual, a próxima fase são os grupos de recepção. Esses grupos são compostos por assistente social, psicólogo, enfermeira, profissionais nas áreas de artes e de educação física, que realizam uma maior análise sobre o paciente. Nessa etapa é definido o grau de intensidade da doença, indicando se há necessidade do tratamento no CAPS, ou se o paciente será indicado para outro segmento do sistema de saúde mental. Casos de internação são indicados apenas se o paciente apresentar riscos para sua própria vida ou para terceiros. ■

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Revista UniVerso - Edição II

O uso de drogas e os problemas decorrentes desse consumo fazem parte de uma realidade cada vez mais frequente no dia a dia da sociedade. A drogadição é tema de estudos, debates e encontros pelo mundo inteiro. Enxergar além dos muros que ainda separam a universidade da sociedade, através de um Projeto de Pesquisa e Extensão e do contato com usuários, é o que oportuniza aos estudantes da Faculdade de Enfermagem e de outros cursos da UFPEL conhecer e avistar uma realidade pouco conhecida sobre os usuários e o consumo de drogas na cidade de Pelotas.

Historicamente, a Faculdade de Enfermagem sempre esteve ligada à extensão e à prestação de serviços à comunidade. Através do projeto “Perfil dos Usuários de Crack e Padrões de Uso”, estudantes e professores têm o objetivo de traçar o perfil de usuários de drogas, tanto lícitas quanto ilícitas. “As drogas não são apenas um problema de saúde, temos que conhecer a realidade dos usuários para podermos proporcionar a eles políticas de acompanhamento e redes de cuidados, escassos hoje”, explica a professora da Faculdade de Enfermagem, Michele Oliveira, que é uma das idealizadoras do projeto.

Através de uma iniciativa do Grupo de Pesquisa em Saúde Mental e Saúde Coletiva da Faculdade de Enfermagem, o projeto concorreu e foi contemplado em uma seleção de projetos de estudos sobre o crack, do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) - Edital 041/2010. O objetivo do projeto é ser interdisciplinar, visando à participação de estudantes de diversos cursos da universidade, como vem acontecendo, e não só de acadêmicos ligados à área da saúde.

O estudo tem permitido aos estudantes não só um ambiente profissional prático, mas também, o contato com a realidade dos usuários. A estudante de Enfermagem, Carin Weiss, que participa do projeto desde o início, explica que o contato tem proporcionado o choque de realidade e a quebra de paradigmas em relação ao modo pelo qual a sociedade vê, na maioria das vezes, os usuários, fazendo com que estudantes e professoras conheçam uma realidade escondida por trás dessas superfícies. “Existe uma aproximação com a essência das pessoas e com a necessidade delas”, diz a estudante.

“Há quebra do acesso à sociedade e ao poder público, devido à situação de vulnerabilidade social em que os usuários se encontram”, explica a Profa. Michele. A professora também relata que os estudos já apresentam seus primeiros resultados, demonstrando que é preciso conhecer a realidade das pessoas em si e as dificuldades que lhe são impostas pelo tratamento ainda excludente e desumanizado que a sociedade dá ao tema, propiciando de fato a reinserção social dos usuários. ■

Derrubando os murosProfessores e estudantes da Faculdade de Enfermagem da UFPel buscam transparecer

uma realidae ainda pouco conhecida acerca do consumo de drogas.

7Revista UniVerso - Edição II

Luis Alexandre Alves

Page 8: Revista Universo edição 2

Revista UniVerso - Edição II

RU: E como foi o processo de candidatura? Mauro: O processo de constituição da candidatura

foi muito aberto e democrático. Nós construímos nosso programa de gestão através de plenárias abertas, em que qualquer integrante da comunidade acadêmica poderia participar e expor seus pensamentos, inclusive deliberar sobre aquilo que deveria ser por nós decidido ao longo da campanha. Isso fez com que muitos setores da universidade se incluíssem na nossa candidatura,

o que deu bastante consistência, tanto acadêmica e técnica como política. O processo de disputa foi bastante acirrado, tivemos um enfrentamento muito grande com as outras candidaturas, pois não éramos a única candidatura de oposição. Portanto, a comunidade tinha alternativas para votar. Isso fez com que a campanha fosse pesada, pois exigiu de nós uma relação direta com cada estudante, com cada professor e com cada técnico. Nós entendemos que

8 Revista UniVerso - Edição II

UFPel emnovas mãos

Marcela Lorea e Márcio Furtado

Com o lema “A UFPel pede coragem! Pede, com urgência, reconstrução!”, a chapa 4, Movimento Reconstrução, elegeu o novo Reitor da UFPel. Mauro Del Pino assumiu o cargo no dia 14 de janeiro, eleito para o período 2013/2016, e conta em entrevista para a revista Universo Jornalismo os desafios enfrentados na candidatura e os planos para sua gestão.

Mauro Augusto Burkert Del Pino foi Diretor da Faculdade de Educação da UFPel de 2009 a 2012. É Doutor em Educação pela UFRGS, Mestre em Educação também pela UFRGS e Especialista em Ensino pela UFPel. É graduado em Engenharia Civil pela UCPel e em Licenciatura Plena pela FaE/UFPel. É Editor da Revista Cadernos de Educação do PPGE/FaE/UFPel e integra o Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação. Dentre tantos outros títulos,

Mauro é, agora, Reitor da UFPel. Ele foi eleito em pleito histórico dentro da Universidade, no qual os votos obtidos junto aos discentes fizeram a diferença.

Em seu discurso eleitoral, Mauro falou sobre acessibilidade e diálogo com os estudantes. E não se contradisse ao receber a Revista Universo em seu ensolarado gabinete, com a melhor vista do canal São Gonçalo, segundo ele. Nós que já estávamos reduzindo as perguntas para não ocupar seu precioso tempo, nos surpreendemos quando soubemos que tínhamos uma hora reservada para a entrevista no meio do dia atribulado do reitor. Mauro fez questão de nos oferecer seu chimarrão que, como ele mesmo disse, é sua marca registrada. E assim se deu a entrevista, em meio a uma roda de chimarrão, num gabinete ensolarado:

“Foi uma longa preparação para assumir a reitoria da UFPel. O momento é dife-rente... A UFPel é uma uni-versidade do século 21 que tem que ser pensada de acordo com o seu tempo.”

Fotos: Antoniela Rodriguez

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Revista UniVerso - Edição II

seria fundamental ter o relacionamento mais direto possível, a partir daí passamos nas salas de aula e isso fez com que eu entrasse em todos os campus, em todos os cursos e em todas as faculdades num curto espaço de tempo. Especialmente no segundo turno, que foi curto.

Ainda tivemos um número grande de debates, não raras vezes tensos, mas que foram estratégicos para que cada eleitor pudesse ter clareza a respeito dos diferentes programas e concepções de gestão que estavam por trás das candidaturas. Alguns trechos de debates no Guarani entraram para história, com quase de 2 mil acessos no youtube.

RU: Quando o senhor soube que havia sido eleito, como se sentiu?

Mauro: Em primeiro lugar, foi uma emoção muito forte, pois isso foi a culminância de uma longa preparação para assumir a reitoria da UFPel. E, em seguida, o sentimento de responsabilidade me tomou profundamente, posto que nós temos que implementar uma política de gestão que signifique uma guinada em relação a que está hoje na UFPel. E essa responsabilidade é muito grande, sabendo das cobranças que virão da comunidade para nossa administração.

Mas ao mesmo tempo esses sentimentos todos se misturavam com uma certa tranquilidade, tendo em vista o volume de pessoas que estavam juntas preparando o programa e que se transformaram, posteriormente, em pessoas que ajudaram a constituir

RU: Quais as áreas estratégicas em que a sua gestão pretende atuar?

Mauro: As áreas estratégicas fundamentais são pesquisa, ensino, extensão e assistência.

RU: Quais são as metas da reitoria em curto prazo?Mauro: Primeiro, vai ser o processo constituinte.

Será implementada uma estatuinte universitária para rever o projeto pedagógico, o projeto de desenvolvimento institucional e o estatuto da UFPel. Esses três documentos serão revistos porque são documentos da década de 60, quando a UFPel foi criada, que representam um momento histórico de dominação do coronelismo e que estão completamente sem sintonia com o que nós queremos pra instituição hoje.

Será desenvolvido, também, um projeto de equalização das condições de ensino de graduação e pós-graduação, tendo em vista que hoje temos cursos bastante desequilibrados em termos de estrutura, laboratórios, bibliotecas, professores e técnicos administrativos. Queremos dar a mesma qualidade a todos eles, tanto na graduação quanto na pós-graduação.

Será implantado um conselho comunitário de extensão para que a universidade se relacione e dialogue com a sociedade. E, a partir desses diálogos, nós poderemos desenvolver políticas internas que

representem atendimentos das demandas históricas da sociedade.

Queremos também uma boa relação com as administrações municipais, estaduais e entidades representativas da sociedade, dentro de um fórum, para que esse fórum estabeleça as diretrizes para a pesquisa, para o ensino e para a extensão da UFPel.

Uma situação que nos possibilite constituir editais com orçamento próprio para direcionar e atender os interesses sociais.

RU: O que será feito na área de assistência à comunidade acadêmica?

Mauro: Iremos tomar medidas para buscar recursos para a casa do estudante e também desenvolver o programa de assistência, que é um programa que vai ser implementado juntamente com as cotas na UFPel, que hoje chegam a 40 % das vagas.

Esse programa visa acolher e fazer com que o estudante permaneça na UFPel. Ele prevê professor tutor para cada cotista, aluno tutor, bolsas de assistência e um conjunto importante de medidas para que o estudante realmente se sinta acolhido e possa concluir o seu curso no tempo correto.

Recursos serão buscados para aumentar o número de bolsa moradia, vale transporte, bolsa creche e bolsa alimentação, que hoje são insuficientes para atender a demanda.

Esse programa visa acolher e fazer com que o estudante permaneça na UFPel. Ele prevê professor tutor para cada cotista, aluno tutor, bolsas de assistência e um conjunto importante de medidas para que o estudante realmente se sinta acolhido e possa concluir o seu curso no tempo correto.

Recursos serão buscados para aumentar o número de bolsa moradia, vale transporte, bolsa creche e bolsa alimentação, que hoje são insuficientes para atender a demanda.

RU: Quais medidas direcionadas às relações internacionais?

Mauro: A internacionalização das universidades hoje é algo que se impõe. E nós queremos que a UFPel estabeleça relações com as universidades aqui do »

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UFPel emnovas mãos

”Foi uma emoção muito forte, pois isso foi a culminância de uma longa preparação para assumir a reitoria da UFPel.

Especial

Revista UniVerso - Edição II

Page 10: Revista Universo edição 2

Revista UniVerso - Edição II10 Revista UniVerso - Edição II

Mercosul, especialmente com as universidades do hemisfério sul. Nós temos expectativa muito forte de estabelecer convênio com universidades da África, China, Índia, além de universidades de todos os países do Mercosul. Porque os problemas dos países do hemisfério sul em termos econômicos/sociais são muito semelhantes, e nós estamos vendo um esgotamento do modelo Neoliberal enquanto um modelo predominante hoje. Isso mostra que a falência desse modelo nos impõe criarmos alternativas econômicas para desenvolvimento do planeta, e essas alternativas sem dúvida alguma não estão no hemisfério norte, porque foram esses países que, através dos erros da sua condução política/econômica, geraram problemas incríveis relacionados à falta de sustentabilidade do planeta. Eles aumentaram a miséria e aumentaram a exclusão.

Mesmo entre os países dominantes hoje, há um desequilíbrio e um acirramento das relações de forma espetacular. E isso podemos observar com o desemprego na Grécia, na Espanha e recente anúncio do primeiro ministro da Inglaterra, David Cameron, que até 2017 quer estabelecer um plebiscito para discutir a separação da Inglaterra da União Europeia. Então, isso mostra que a solução não pode ser buscada mediante esses países. Nós temos que criar alternativas de modelo econômico, social e cultural. E a América latina, ou seja, os países do hemisfério sul, sem dúvida alguma, devem ser prioritários em suas relações para que a gente busque as condições necessárias, permitindo que o planeta e as nossas civilizações sobrevivam.

RU: Em relação às questões estruturais dos cursos novos?

Mauro: Nós queremos consolidar os cursos novos, que merecem toda a nossa atenção. Queremos priorizar a busca de infraestrutura e de laboratórios para eles.

Está sendo criada uma coordenadoria de biblioteca, que não existia na UFPel. A biblioteca era apenas um núcleo vinculado à pró-reitoria de graduação. Agora ela vai estar vinculada ao gabinete do vice-reitor e será valorizada na nossa administração.

Também criaremos um núcleo de laboratórios que visa, em primeiro lugar, conhecer os laboratórios existentes e possibilitar que sejam cada vez mais interdisciplinares e que atendam cada vez mais o conjunto da demanda que existe na UFPel.

E, a partir daí, queremos criar uma política de desenvolvimento e de ampliação desses laboratórios, pretendendo justamente atender uma forte demanda desses cursos novos que a gente observa que não

possuem equipamentos e laboratórios em número e qualidade necessária. Acreditamos que temos condições de criar os mecanismos necessários pra

dar esse atendimento.RU: Qual a sua mensagem aos alunos: Mauro: É importante registrar que os alunos foram

parceiros estratégicos pra nossa vitória. Nós tivemos, praticamente, quase 70% dos votos dos estudantes. E queremos que essa boa relação que conseguimos estabelecer ao longo do processo eleitoral seja a marca da nossa gestão. Queremos estreitar cada vez mais a nossa relação, queremos dialogar fortemente com o DCE, queremos ter excelente diálogo com o centro acadêmico, com os diretórios acadêmicos e incluir os estudantes sempre em todos os fóruns de deliberação que vamos instituir. Estaremos criando em breve um conselho de gestão tripartite, portanto, também composto por estudantes, pra discutir, inclusive, o orçamento, demonstrando com esse aceno a importância da participação da comunidade acadêmica como protagonista nas deliberações da universidade. Os estudantes têm, na nossa compreensão, um papel estratégico para que a gente possa realmente democratizar e construir uma universidade transparente.

Na Gestão de Mauro Del Pino vão existir oito Pró-reitorias dentro da UFPel:

- Pró-Reitoria Administrativa,- Pró-Reitoria de Graduação- Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação- Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento- Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis- Pró-Reitoria de Gestão de Recursos Humanos. ■

Como vai funcionar a nova reitoria

Especial

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viaje com a gente...Esther Louro e Manuelle Motta

Ei, você! Já preparou o roteiro para as próximas férias? Não? Então preste atenção nas dicas desta matéria. Temos um lugar lindo para apresentar, seja você uma pessoa calma e que goste de sossego, ou mais agitada e que esteja à procura de badalação e agito. O destino que visitamos tem opções para todos os gostos e agrada desde “los niños hasta los ancianos”. Estamos falando de Punta del Leste, no Uruguai.

A cidade, localizada no Departamento de Maldonado, possui cerca de 20 mil habitantes. Porém, na alta temporada atrai cerca de 400 mil turistas. Isso mesmo, você não leu errado. Punta del Leste recebe, entre dezembro e março, 20 vezes a sua população. E a principal causa disso é saber receber muito bem seus visitantes.

São inúmeras opções de praias, bares, cassinos e restaurantes. Tanto faz se você veio com a esposa e filhos, com amigos para festejar a formatura ou com o marido comemorar as bodas de diamante. Punta oferece programas para todas as idades.

Quanto ao investimento necessário para desfrutar de alguns programas, como passeios, serviços e alimentação, prepare-se: será alto. Leve uma boa quantidade de pesos uruguaios, porque irá precisar! E se pretende tentar a sorte em algum dos Cassinos, leve dólares também.

Confira algumas dicas para facilitar sua vida caso escolha colocar Punta no roteiro de viagens:

Como ChegarDiariamente saem dois ônibus da rodoviária de

Pelotas. Um às 23h30min e outro à meia noite. O primeiro, semi-leito, custa R$131,95, o outro, leito, sai por R$ 150,40. E a vantagem é que, seis horas depois de embarcar, você chega a um dos destinos mais procurados pelos brasileiros, Punta Del Este.Como Circular

A opção mais barata e rápida, para quem não quer circular muito, é pegar uma bicicleta, já que os ônibus são raros e os táxis caros. Mas se você pretende desbravar as praias da cidade, a outra opção

é alugar um carro. O aeroporto local dispõe de diversas locadoras. Onde Ficar

Opções de hospedagem são o que não faltam em Punta. Pousadas, hotéis, resorts: lá você encontra de tudo para – quase - todos os bolsos. Mas, se ainda preferir algo mais pessoal, vale a pena pesquisar as ofertas de aluguel de casas e apartamentos. A dica é: escolha sua hospedagem junto, ou pelo menos próximo, a sua praia preferida, isso fará você economizar com deslocamento e até mesmo com as refeições.Praias

Bonita por natureza, Punta Del Este oferece mais de 40 km de praias para todos os gostos, e isso devido a sua localização geográfica. As mais conhecidas e procuradas são a Praia Mansa e a Brava.

Praia Mansa – com águas tranquilas e ondas suaves, é ideal para prática de esportes como windsurfe e nado.

Praia Brava – Lá você encontra um dos pontos turísticos mais procurados de Punta Del Este, os dedos que brotam da areia. Com ondas fortes, é ideal para prática de surf e para quem gosta de fortes emoções.Para levar na memória

Mas se além de desfrutar das praias e das opções gastronômicas você quiser trazer um álbum repleto de fotos, isso não será problema. Além do monumento dos dedos, localizado na praia Brava, você poderá desfrutar de outras opções de lazer. O clássico porto da cidade é um exemplo do que você não pode deixar de conhecer. Frequentado por visitantes e moradores de Maldonado, dispõe de um deck de madeira por onde você poderá andar e ter acesso à praia Mansa. Com certeza, de lá saem lindas imagens para ficar não só na memória como no álbum fotográfico.

Caminhar pela caprichada Avenida Gorlero, visitar galerias de arte, exposições artesanais, parques e museus são outras opções de lazer e diversão. E os famosos Cassinos irão lhe proporcionar fortes emoções e, quem sabe, alguns dígitos a mais no extrato bancário. Mas, cuidado, use com moderação. ■

Viagem

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Quanto vale a festa?

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A tragédia de Santa Maria abre os olhos dos brasileiros quanto à segurança e inspeções das casas noturnas. Em Pelotas, ações

preventivas estão sendo esquematizadas e aumenta-se a fiscalização para que a tragédia não se repita.

Pamela Mendes

Na madrugada de 27 de janeiro, o país viu os sonhos de 230 jovens serem interrompidos em um momento que deveria ser de descontração. Santa Maria, cidade universitária assim como Pelotas, foi palco do segundo maior sinistro brasileiro com o incêndio na boate Kiss. O desastre, oriundo de uma série de falhas, transforma a comoção em lições, aprendizados e medidas preventivas para a população e representantes municipais.

Em Pelotas, o reflexo do incidente não poderia ser diferente. A prefeitura aumentou a cobrança sobre a fiscalização de boates junto com a força-tarefa. Segundo o tenente Luiz Ricardo Garcia, subcomandante do Corpo de Bombeiros de Pelotas, das 80 casas noturnas registradas em atividade na cidade, aproximadamente 25% apresenta alguma irregularidade, seja com alvará ou alguma norma de segurança não cumprida. “As casas são advertidas das mudanças que devem fazer. E podem ser multadas. Caso o local não possua os itens mínimos de segurança ele é fechado. Por enquanto, há duas notificações de casas fechadas”, diz o tenente.

Após a semana da tragédia, blitz foram acionadas durante a noite, percorrendo estabelecimentos abertos. Em duas dessas ações, oito estabelecimentos foram notificados e penalizados. Entre eles, alguns estabelecimentos bastante frequentados por universitários, como o Boteco do Serginho, que não possuía licença referente à poluição sonora, ruídos e isolamento acústico; e o João Gilberto Bar, que precisava se adaptar à vigilância sanitária e projetar prevenção contra incêndio em parte da casa. Clubes sociais tradicionais da cidade foram fechados na semana do carnaval, fazendo com que as festividades neles fossem adiadas, como é o caso dos clubes Brilhantes, Caixeiral, Gonzaga e Centro Português.

A preocupação quanto à segurança também

preocupa os organizadores de festas e donos de estabelecimentos. Para André Rodrigues da Silva, produtor cultural da cidade, há ainda poucos lugares para se realizar eventos em Pelotas e muitos deles podem ficar fechados por algum tempo com a ação da fiscalização. “É muito triste que tais medidas sejam tomadas em momentos de tristeza e desordem. Muita coisa pode melhorar não só aqui, mas em todas as cidades por onde essa fiscalização está ocorrendo. Entretanto, fica cada vez mais complicado de se promover cultura dentro das casas noturnas, seja por pouco espaço ou por segurança”, comenta.

Para Rafael Thomaz Amaral, proprietário do Nova York Irish Pub, a fiscalização é fundamental e deveria ser frequente. O pub irlandês/britânico da cidade já passou pela fiscalização da força-tarefa e, segundo Rafael, foi aprovado nas questões legais referentes à segurança e alertado em relação à escada, que é a única saída do bar. “Aqui na casa possuímos uma regra de contenção de público para garantir a segurança no caso de evacuação por uma única saída, já que o imóvel oferece limitações físicas e estruturais. Além disso, nosso material isolador acústico é feito de lã de rocha que não é inflamável”, declara o empresário.

Aos poucos as iniciativas preventivas trarão benefícios aos pelotenses. A população também pode auxiliar na fiscalização. Segundo o tenente Garcia, o consumidor tem direito ao acesso de alvarás das casas e pode denunciar à Defesa Civil quanto a problemas com a segurança. As denúncias podem ser feitas através do número de telefone 156.■

(Até o fechamento da revista, os estabelecimentos citados ainda estavam em processo de adaptação às normas e algumas casas já voltavam a funcionar.)

Geral

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Mesmo as pessoas que não estão super ligadas na moda, já perceberam a invasão das cores vibrantes e fluorescentes que dominam as vitrines nessa estação.

Os famosos maxi colares, foram peças que ganharam destaque entre famosas e anônimas. Com suas diferentes cores, formatos e tamanhos, o colar já é acessório garantido no look das mulheres que não dispensam um ‘up’ no visual.

Segundo Juliana Camargo, que é designer de moda e gerente de vendas em uma loja especializada no produto, o maxi colar é considerado um ponto de luz no look, em especial as cores fluorescentes, que dão um aspecto moderno e elegante a qualquer roupa neutra.

A designer conta ainda, que a peça surgiu em meados de 2010, e ganhou maior visão no verão do ano passado, com uma mistura impressionante de cores, os colares são um conjunto das tendências de outras estações.

Sem dúvidas, a maioria das mulheres já usou, ou já viu em alguém usando um maxi colar, mas vocês sabem de onde surgiu essa ideia? A inspiração veio lá do Egito, onde os nobres e faraós usavam o famoso e requintado peitoral – uma espécie de colar enorme que cobria o peito e eram feitos de pedras e metais preciosos.

Juliana destaca ainda, que é preciso bom senso na hora de escolher qual colar usar, para que, o look não fique carregado ou exagerado.

o up do verãoModa

Paola Fernandes e Rita Pereira

Revista UniVerso - Edição II

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esporte amador alternativo em Pelotas

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Esportes

Revista UniVerso - Edição II

Neste verão, não há desculpa para ficar parado em casa. O esporte amador está ficando cada vez mais diversificado em Pelotas. A cidade está cheia de opor-tunidades para os amantes das mais diversas práti-cas esportivas.

Um esporte que vem crescendo no município é o rúgbi. O Antiqua Rugby Clube deu início à temporada 2013 no dia 19 de janeiro. Nas categorias masculino e feminino, o clube realiza seus treinos às terças-fei-ras e aos sábados, na Praça de Rodoviária e no Parque do Sesi.

Para quem gosta de esportes radicais, a Prow-ind oferece alternativas na praia do Laranjal. Para a prática do windsurf, são cinco horas de aula. E para o kitesurf, são seis horas-aula. Os custos são de R$350,00 e R$900,00, respectivamente. “Oferecemos aulas de segurança e de navegação aos alunos. For-necemos todo o equipamento necessário também”,

afirma Leonardo Duarte, proprietário da escola. Outro local propício para a prática de esportes rad-

icais é a pista pública de skate, localizada na Praça Dom Antonio Zattera. O local costuma reunir muitos entusiastas, que a veem como única alternativa para a prática segura do esporte em Pelotas.

A alternativa para os esportes a motor fica na Asso-ciação Pelotense de Automobilismo (APA). O aluguel de karts dá um gostinho de profissionalismo aos participantes, que devem usar uma indumentária digna de pilotos profissionais para correrem, com direito a macacão, luvas, capacete e tudo mais. Em uma bateria de 20 minutos, oito pilotos dão aproxim-adamente 30 voltas no circuito, em ritmo acelerado e competitivo. Para quem se habilitar a um grande desafio e considerar o início de uma carreira no au-tomobilismo, a APA também é a sede do Campeonato Pelotense de Kart. ■

Igor de Campos e Eduardo Reis

Ezekiel Dall’BelloPádel em Pelotas

A grande maioria dos pelotenses está acostumada a acompanhar o futebol da cidade, a dupla Bra-Pel e toda sua rivalidade. Campeonatos profissionais ou de “várzea” acontecem por toda cidade durante todo o ano.Além dos peladeiros de plantão, sempre dispostos a uma partida. Porém, o futebol não é a única atração dos atletas de Pelotas.

O Pádel é um esporte que já foi sensação na Princesa do Sul e que hoje está tentando se reerguer. Um esporte que se assemelha ao tênis por usar raquetes, além da mesma bolinha. Entre 1997 e 2000, a Liga Pelotense de Pádel reunia mais de 200 duplas associadas, que duelavam entre si através de sorteios, realizados uma vez ao mês ou a cada 45 dias.

Atualmente, cerca de 60 a 70 duplas ainda são federadas. Pode-se entender como uma das explicações de tal queda a elitização do esporte que por ser muito caro, acaba afastando as pessoas, semelhante ao tênis. A diferença é que, para jogar tênis, ainda existem os clubes da cidade com quadras. Porém no Pádel existem apenas duas quadras em clubes e outras seis particulares, alugadas por hora.

Marcelo Silva, empresário de 27 anos, é um dos

praticantes na cidade. Inserido no esporte aos 12 anos de idade, a convite de um amigo, ele explica que os atletas de hoje são os mesmos de antigamente, são “as crianças que cresceram.” Nessa mesma lógica, ele afirma que “por ser um esporte dinâmico, que traz rivalidade e diversão ao mesmo tempo, isso prende

e agrega turmas que jogam juntas há dez, 15 anos. Não é um esporte que se joga uma vez por semana com aquela mesma turma e deu. Tem gente que joga todo dia”.

A iniciativa dos atletas é a de difundir mais o esporte na cidade, divulgando-o para os mais diversos centros e convidando novos participantes a conhecer o Pádel. Muito próximo de Pelotas, na cidade de Jaguarão, existem 19 quadras

e muito mais atletas, apesar de ser uma cidade muito menor. O que será que teria dado errado?

Para essa pergunta, a resposta pode ser mais de uma. Mas a certeza que se tem é a de que ainda há muito para ser explorado no campo esportivo da cidade. E esse campo não é feito de gramados e traves, mas sim de redes, raquetes e bolinhas, lutando entre si para conhecer novos praticantes e reerguer o esporte na cidade. ■

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Em uma narrativa ao estilo de Hollywood, o filme trata dos dez anos de caçada a Osama Bin Laden. Em seu primeiro final de semana liderou as bilheterias de cinema na América do Norte, faturando US$ 24 milhões nos EUA e Canadá.

Os atores principais são Jessica Chastein e Kyle Chandler. Dirigido por Kathryn Bigelow, a

primeira mulher a ganhar o Oscar de Melhor Direção (Guerra ao Terror), “A hora mais escura” é um filme marcado por polêmicas políticas, mas ainda assim recebeu cinco indicações ao Oscar, inclusive para melhor filme. O filme, que faz um relato dramático da caçada ao fundador da rede Al Qaeda, teve que ser mudado às pressas. A produção foi pega de surpresa pela morte do terrorista. O roteirista teve que adaptar a morte de Bin Laden à trama. Além disso, foram investigados pelo Pentágono para impedir que revelassem segredos da operação militar.

O alto grau de cuidado na ambientação chama a atenção. Celulares, computadores e equipamentos eletrônicos são atualizados conforme a passagem do tempo. Os dez anos são perceptíveis em imagens. Os que gostam de filmes baseados em fatos reais, com ampla cobertura da mídia, não devem perder “ A hora mais escura”.

Depois de fazer muito sucesso com as canções Billionaire, Talking to the moon e The Lazy Song, o cantor havaiano Bruno Mars, 27 anos, divulgou todas as músicas de seu novo disco “Unorthodox Jukebox” para audição gratuita em seu site oficial http://www.brunomars.com/

Bruno, que já esteve no Brasil no verão de 2012, trabalha na divulgação do CD se apresentando em vários programas da TV americana. Para os saudosistas, suas canções mais dançantes lembram a época áurea do grupo inglês The Police. Na lista Hot 100 da revista americana Billboard, Locked Out of Heaven lidera a parada há mais de 14 semanas.

“Unorthodox Jukebox” tem influências do pop dos anos 80 e, em várias faixas, Mars usa bem seu falsete. Esperamos que essa liberação de lançamentos musicais na internet se torne comum entre o meio artístico e seja copiada aqui no Brasil. ■

#Para ouvirGraça Vignolo de Siqueira

#Para verGraça Vignolo de Siqueira

U-Recomenda

O apresentador Jô Soares quebrou o jejum de seis anos sem publicações

Aguardado com muita ansiedade,

“As esganadas” é o seu livro mais maduro. Com

u m humor refinado e sacadas ambíguas brincando com a língua portuguesa, a história subverte a narrativa policial quando, logo no primeiro capítulo, revela a identidade do serial killer que está solto pelas ruas do Rio de Janeiro de 1938, assassinando mulheres gordas com requintes de crueldade Possivelmente, o maior pecado do escritor se encontre em uma necessidade constante de explicações, que por muitas vezes quebram a narrativa. Mas o resultado final, felizmente, não é comprometido, deixando uma história repleta de momentos hilários e com um final surpreendente.

#Para lerAlex Pires

Após escrever “A noite que nunca acabou”, sucesso de vendas da Feira do Livro de 2011, Nauro Júnior, fotógrafo da RBS, lançou na feira de 2012 o livro “Náufrago de um mar doce”. O livro conta a história de um pescador ouvida várias vezes por Nauro de seu sogro Carlos Mazza. Sempre imaginou

que a história renderia um livro, mas quando soube que Nico era seu vizinho na Vila da Palha foi conversar com ele. Nico achava sua história comum demais, mas deu muitas informações. Infelizmente, morreu antes de ver o livro publicado.

O prefácio do livro foi feito pelo escritor e poeta Fabrício Carpinejar. Ele descreve o autor como “um fotógrafo quando escreve e um escritor quando fotografa”.

O livro foi lançado em novembro de 2012 em Pelotas, São Paulo e Rio de Janeiro. Em janeiro de 2013 foi lançado em Porto Alegre e em fevereiro na Feira do Livro na praia do Cassino.

#Para lerGraça Vignolo de Siqueira

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Nova gestão do DCE da UFPel

Com uma filosofia de mudança e oxigenação do movimento estudantil da Universidade Federal de Pelotas, um grupo de estudantes, denominados VIRAÇÃO, tomaram posse para a gestão 2013 do Diretório Central dos Estudantes. Eleitos em novembro, com mais de 2331 votos, o grupo assume também as vagas nos Conselhos Superiores da UFPel – Conselho Universitário, Conselho Diretor e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão.

Eram três chapas na disputa, mais de 22 mil estudantes aptos a votarem e como acontece ano após ano, o quórum de votação foi baixo: apenas 17,35% dos estudantes compareceram as urnas. Além dos vitoriosos, a chapa Ousadia e Alegria – que representava a situação do DCE – e a ChapaTrês, participaram da disputa. Ao todo 3.818 estudantes deixaram suas escolhas nas urnas. Os resultados

foram impactantes e marcaram a história do movimento estudantil da universidade: ao vencer a eleição, fazendo 2.331 votos, ou seja, 61,1%, a chapa VIRAÇÃO se tornou o grupo que mais votos recebeu em uma eleição de DCE. E mais: a diferença de 1.026 votos é a maior já vista neste tipo de disputa.

Com o objetivo de mudar os rumos da atuação estudantil, o grupo vencedor tem como objetivo principal a realização do congresso estudantil, antigo sonho dos discentes. A atividade promete reestruturar o estatuto e o regimento interno da entidade, que encontra-se defasado e desatualizado. Os documentos são datados da década de 60, época em que regia a ditadura militar no país. Além disso, DCE Itinerante, ciclos de debate e atuação na comunidade pelotense são algumas das metas do grupo. A intenção é fazer com que a entidade cumpra seu papel social. ■

Jonathan Costa da Silva

6 eventos imperdíveisem 2013!

1 II Colóquio Internacional Mudanças Estruturais no Jornalismo (Mejor 2013)

Dias: 7 a 10 maio de 2013Local: UFRN Natal - Brasil Mais informações: www.mejor.com.br

2 XIV Intercom - Sul

Dias: 30 de maio a 1º de junho de 2013Local: UNISC - Santa Cruz do SulA submissão de trabalhos até 19/04/2013.Mais informações: www.portalintercom.org.br

3 Seminário Meio ambiente e imprensa: fundamentos científicos, sociais e econômicos para jornalismo ambiental

Dias: 24 de junho de 2013Local: Auditório do Instituto Internacional de Ciências Sociais - São PauloTel: (11)31778303Mais informações: www.iics.edu.br

4 4º Festival Manuel Padeiro de Cinema e Animação

Dias: 04 a 07 de junho 2013Local: PelotasPrazo para submissão de textos até o dia 18 de fevereiro de 2013.Mais informações: www.compos.org.br

5 8º CONGRESSO GLOBAL DE JORNALISMO INVESTIGATIVO Dias: 11 a 15 de setembro 2013Local: PUC/RJMais informações: www.abraji.org.br

6XXXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação - INTERCOM2013

Dias: 04 A 08 de setembro 2013Local: Manaus - BrasilMais informações: intercomanaus.com/brasil

Pedro Diemer