revista universitaria

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revista universitaria

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Page 1: Revista Universitaria
Page 2: Revista Universitaria

Aproveitando que em setembro comemoramos a independência do Brasildedicamos esta edição para falar sobre política. E refletir sobre política é algocomplicado no Brasil, mas que deve ser feito por todos desde o momento emque você percebe que vive em uma sociedade baseada em leis, direitos edeveres. E acreditamos que essa percepção começa no mesmo instante emque você ingressa na vida universitária. A história nos mostra que muitosuniversitários participaram do movimento político de maneira direta e isso nãoé estranho pois é justamente na faculdade onde você adquire a consciêncianecessária para entender o que é política e para que serve a política. E aivoltamos ao título deste editorial onde questiono a necessidade de perceber apolítica como algo primordial a vida universitária. A necessidade dessequestionamento é mostrar a vocês universitários que todos nós precisamos dapolítica, que a política existe na sua vida desde que você nasceu e que durante asua passagem pela vida universitária ela vai estar presente todos os dias: sejacom os professores, com os amigos de classe ou até mesmo na hora de realizarum trabalho em grupo.

Para deixar esse debate ainda mais completo, temos a estréia do colunista TalesCalegari que vai estar presente todos os meses para falar sobre o movimentopolítico universitário e temos um excelente texto do jornalista, e universitário,Alex Contin sobre a participação direta dos universitários no meio político. Parafinalizar trazemos uma entrevista com Pietro Parronchi que vai falar sobre suatrajetória política e suas idéias sobre o papel dos universitários no contextosocial. Fico por aqui e convido todos vocês a refletir sobre os assuntosabordados nessa edição expressando a sua opinião diretamente no nosso sitewww.vidauniversitaria.com.br

Renato FrigoO Editor

// EDITORIAL

POLÍTICA PARA QUEM PRECISA DE POLÍTICA.

EditorJornalista ResponsávelProjeto Gráfico / Direção de ArteMídiaFinanceiroDistribuição

ImpressãoTiragem

Renato FrigoMariele Parronchi - MTB 49090

Clic Interativa / Ademilson BispoTalitha Benevenuto

Rodrigo ConradoA Revista Vida Universitária é uma publicação gratuita.

Conheça também a nossa versão on-line: www.vidauniversitaria.com.brGráfica Mundo

3.300 impressões

Edição #7

Page 3: Revista Universitaria

CréditosColunistas/Expediente

Conheça os colunistas quecolaboraram para esta ediçãoda Vida Universitária...

Comecepor aquiAdemilson

Bispo

MiriãRazzo

CANALCANALONDE TUDO ACONTECE

BATALHA DE BANDASNo próximo dia 27, às 14h, em São Paulo, acontece a "Batalha de Bandas", um festival aberto àbandas covers ou de som próprio de todas as tendências do Rock e Heavy Metal. Premiação emdinheiro ao 1º colocado e vale horas em estúdios para o 2º e 3º colocado, que serão escolhidosatravés de voto popular. Inscrições e informações pelo email [email protected],MSN: [email protected] ou pelo telefone (11) 8172-9153.

MULTIROCK FESTIVALTambém no dia 27, Campinas sediará o Festival Multirock, que reune 14 bandas de vários estilos do Rockde Campinas e região. Ingressos antecipados por R$5 ou R$10 na portaria. Mais informações pelo site:www.woodstockmusicbar.com/27.jpg - Ingressos antecipados pelo email [email protected]

(Campinas - SP)

3º CONTATO - Festival Multimídia de Rádio, TV, Cinema e ArteA Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) realiza anualmente o Festival Contato. Este ano, o festival vaiacontecer entre os dias 7 e 12 de outrubro e as obras aceitas deverão ser de caráter multimídia para pessoas comvínculo universitário. Mais informações pelo email [email protected] ou pelo telefone (16) 3351-8782.

CURTACOM 2009 - V Festival Universitário de CurtasUm evento cultural que visa estimular a produção de filmes curta-metragem nas Universidades e nacomunidade em geral, criando novos espaços de expressão e integração na sociedade. Podem se inscreveralunos regularmente matriculados nas instituições de ensino superior, privado e público. Também serãoaceitos trabalhos realizados por ex-alunos, desde que produzidos durante o período em que estavammatriculados. As inscrições serão realizadas no período de 1 de setembro a 14 de outubro de 2009.São gratuitas e deverão ser realizadas por meio de preenchimento de formulário específico que estarádisponível no site www.curtacom.com.

CONTOS E CANTOSA contadora Malu Neves e a cantora Ana Salvagni realizam oficinas de canto e contação de históriasdurante o segundo semestre deste ano, na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi de Campinas.A atividade, que faz parte do Projeto Encontros da Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural daUnicamp (CDC), acontece nos dias 24 de setembro, 29 de outubro, 26 de novembro e 17 dedezembro, sempre às 19 horas.

EXPOSIÇÃO PAISAGENS CÓSMICAS: da Terra ao Big BangComo parte das atividades do Ano Internacional da Astronomia, a Universidade Federal de São Carlos(Ufscar) promove, até dia 30 de setembro, a exposição "Paisagens Cósmicas: da Terra ao Big Bang".A exposição faz parte do programa FETU (From Earth To Universe), um dos projetos pilares do mundial doAno Internacional da Astronomia, e está sendo exibida em mais de 55 países. Mais informações pelotelefone (16) 3351-8747 ou pelo email [email protected].

Política - Você conheceesta palavra?

FalaLine

Quem vota nos vereadores?

Canções do Divã

Info

Você Sabia?

Canal

1614121008070605

Bandas Universitárias

Cenas da Vida Universitária

Prancheta

Poster

Garota VU

Vida em República!

MovimentAÇÃO

Relax and Play

Eu e Meu Curso

3230292824232220

Pietro - Um políticoapaixonado pela política

34

Charge

AtéTuDi

3938

VictorCorteReal

AlexContin

TalesVictorCalegari

Page 4: Revista Universitaria

// 06

Os estudantes do primeiro curso de programação para iPhone da Universidade de

Stanford, na Califórnia, Estados Unidos, terminaram seu primeiro pacote de aplicativos

para o telefone celular da Apple.

www.vidauniversitaria.com.br/blog/?p=37026

App Store vai distribuir aplicativo criado por universitários

V S ?OCÊ ABIAV S ?OCÊ ABIA INFOINFON O T Í C I A S Q U E C I R C U L A R A M P E L O N O S S O B L O G

O programa Sala de Leitura, da Rádio USP (FM 93,7 MHz), vai trazer em setembro

pesquisadores de literatura para comentar os nove livros indicados como leitura

obrigatória para o vestibular da Fuvest 2010.

www.vidauniversitaria.com.br/blog/?p=37143

Rádio USP traz programa sobre obras abordadas na Fuvest

O Tewspaper foi lançado como o ‘jornal online sem redatores’, mas é, na verdade, um

agregador de notícias que se baseia no Twitter.

www.vidauniversitaria.com.br/blog/?p=36607

Veja o Tewspaper, primeiro jornal online que reune conteúdo a partir do Twitter

A Elektro, empresa distribuidora de energia elétrica para 223 cidades no estado de São Paulo

e cinco no Mato Grosso do Sul, abriu inscrições para 20 vagas de estágio. Os interessados

em participar do processo seletivo devem se inscrever por meio do site www.elektro.com.br

até o dia 27 de setembro.

www.vidauniversitaria.com.br/portal/trampo_detalhes.php?ID_Vaga=111

Elektro abre 20 vagas de estágio no estado de São Paulo

O júri do 36º Salão Internacional de Humor de Piracicaba divulgou os vencedores da edição,

aberta sábado (29), no Engenho Central. A exposição dos selecionados vai até 18 de outubro

no armazém 14, agora batizado de Henfil.

www.vidauniversitaria.com.br/blog/?p=36852

Brasileiros dominam prêmios do Salão de Humor de Piracicaba

Os candidatos políticos nos comícioseleitorais muitas vezes, distraídos,cumprimentam as próprias esposas.

O governante que mais tempo se manteveno poder no mundo ocidental foi o rei LuísXIV, manteve-se no trono durante 72 anos.Seguindo o monarca francês vem FranciscoJosé, do Império Austro-Húngaro, quereinou 68 anos. Em terceiro lugar estáVitória, rainha da Grã-Bretanha, queostentou sua coroa por 64 anos.

Joseph Stalin estudou para ser padre emum seminário teológico russo em Tiflis, naGeórgia, durante cinco anos. Foi um alunomodelo até tomar conhecimento dasidéias políticas liberais que dominavam acidade. Tornou-se marxista e entrou parao Partido Social-Democrata. Por isso, foiexpulso do seminário.

A primeira mulher a obter um mandatopúblico no Brasil foi Alzira Soriano, em1928. Ela elegeu-se prefeita de Lajes, noRio Grande do Norte, apesar da proibição deque mulheres se envolvessem em política.Sua vitória foi possível apenas depois de umrecurso judicial.

Na polêmica sobre o que é mito ou verdadeno episódio da Inconfidência Mineira, está oretrato de Tiradentes. Para dar maisautenticidade ao toque do martírio, foiinventado um alferes de barba, parecido comCristo, quando nem mesmo a sua fisionomiase conhece. Tiradentes só foi reabilitado comoherói a partir de 1870, quando começou apropaganda republicana. Todos os retratos aele atribuídos, com barbas ou sem barbas,foram pintados a partir do fim do Império.

O Brasil destaca-se na história dos serviços postais por tersido o segundo país do mundo a emitir selos. O primeirofoi a Inglaterra. Em 1840, o governo britânico emitiu o selode um penny, valor da menor moeda britânica emcirculação. Trazia a efígie da rainha Vitória. O selo brasileirocomeçou a circular dois anos depois, por determinação doimperador Pedro II. Tinha o nome de olho-de-boi.Foi emitido com os valores de 30, 60 ou 90 réis, conformese destinasse a selar correspondência para a mesmacidade, o país ou o exterior.

F A T O S E N O T Í C I A S P A R A Q U E M T E M F O M E D E C O N H E C I M E N T O .

Page 5: Revista Universitaria

// 08

por Miriã Razzo

Dia 7 de setembro é dia de comemorar aIndependência do Brasil. Mas será que todo mundocompreende e aceita a independência que vivemosna prática? Nosso Brasil passou (e ainda passa) pormomentos delicados desde o famoso “grito doIpiranga”. Um desses momentos – e talvez o quenunca sairá da boca do povo – foi a ditadura militar,de 1964 a 1985.

Grandes nomes da música, como Chico Buarque,Caetano Veloso e Elis Regina, fizeram de suaindignação e repúdio à ditadura, uma forma deexpressão e de protesto através da música. Cançõescomo Apesar de Você, de Chico Buarque, fazem umataque explícito ao Estado e aos seus “donos”, comona primeira estrofe: “Hoje é você quem manda /Falou, tá falado / Não tem discussão, não. / A minha

gente hoje anda / Falando de lado e olhando pro chão. / Viu? Você que inventou esse Estado/ Inventou de inventar toda escuridão / Você que inventou o pecado / Esqueceu-se deinventar o perdão”.

Essa foi uma das várias músicas vetadas pela censura ditatorial, e não só ela foi expulsa,como também seu autor, o próprio Chico, que foi exilado. Ele e muitos outros sofreram amesma condenação por expressarem seus pensamentos de forma pública. Tudo aquilo quepudesse, de certa forma, influenciar o pensamento da massa, era rigidamente excluído pelacensura.

Atualmente, não há mais ditadura militar no poder, nem censura ou exílio para quem seexpressar contra o governo. Mas será que a independência é vigorada tal qual seusignificado integral? Pois é, independência é sinônimo de “autonomia” e de “liberdade”. Éóbvio que não podemos comparar a falta de liberdade existente na época da ditadura com aque vivemos hoje. Mas agora, nas últimas décadas pós-ditadura, a censura é disfarçada, échamada até de “liberdade de expressão”. Veículos de comunicação voltados para a massaditam, a todo o momento, o que devemos pensar sobre determinados assuntos, comopolítica, por exemplo.

Essa predominante falta de autonomia também inspirou músicos e bandas mais recentes,como Paulo Ricardo (com o RPM dos anos 80), a escrever em suas letras protestos contra amídia, a política e a sociedade corruptas. Uma das mais famosas músicas da banda,Alvorada Voraz, foi atualizada em 2002, numa apresentação ao vivo, provando que, mesmoapós 16 anos desde sua composição, os alvos podem mudar, mas o protesto continua omesmo: “O caso Sudam / Maluf, Lalau / Barbalho, Sarney / E quem paga o jornal? / É apropaganda / Pois nesse país é o dinheiro que manda. / Juram que não corrompemninguém / Agem assim pro seu próprio bem...”.

Esse é o Brasil em que vivemos, politicamente (in)correto, cheio de influências e controlesocultos, despercebidos pela maioria da população. Somos reféns da mídia, marionetes dechefões mafiosos, que vivem do nosso dinheiro. Mas também somos um povo de talento,de opinião e de coragem.

Viva a independência conquistada por esses bravos defensores da opinião pública!

Page 6: Revista Universitaria

As sessões da Câmara Municipal são um prato cheio para universitários manifestarem suas ideias e reclamações.

// 10 //11

por Alex Contin

Então por que as cadeiras laranjas da

Câmara estão sempre vazias?

Quando falamos em política é inevitável que venhaà cabeça imagens de corrupção, uso do dinheiropúblico de forma indevida, nomeações de parentespara cargos entre tantas outras atividades e cenasque enchem as páginas de jornais e revistas erendem assuntos para inúmeros textos opinativos.Apesar de todo o desgosto que a população estáacostumada a ter e de manter aquela velha fraseque acusa todo político de ser ladrão, são eles queestão no poder de dois dos três poderes, olegislativo e o executivo.

Nenhuma cidade é diferente e por conta dissoLimeira também tem os seus defensores do povo,aqueles que brigam por melhorias nos bairros ondeforam eleitos ou por toda uma classe da populaçãoao qual mais se identificam. Os 14 vereadores quecompôe a Câmara Municipal são os responsáveispelas leis em Limeira. Por eles passam a maiorparte das regras que movimentam a cidade. Essasleis aprovadas ou propostas pelos parlamentaresregulamentam a atividade do comércio, deservidores, de profissionais autônomos, deeventos, fiscalizações entre inúmeras atividadesque são discriminadas e regularizada a cada projetode lei que passa nas mãos desses políticos e éaprovada pelo chefe do poder Executivo, o prefeito.

Apesar de serem também políticos, e não nos cabejulgar se assumem uma conduta correta ou ilegal -afinal quem acusa tem que provar e grande parte dapopulação só sabe dizer que eles são corruptosmas não tem documentos que comprovem isso -esses 14 membros de partidos diversos estão ali naCâmara todos os dias movimentando o legislativoda cidade. Algumas vezes se movimentam demaise produzem de menos. Moção de aplausos, títulos

de cidadãos limeirenses, dia da doença hereditáriaentre tantos outros projetos e ações que pareceminsignificantes, mas ainda assim são acima de tudopolíticos, dividem espaço com temas que afetaclasses específicas da população, quando não asua totalidade.

Mesmo com toda essa importância para a qualesses políticos são eleitos a cada quatro anos,poucos eleitores acompanham de perto a atuação eos passos que eles dão na vida pública. Todas assegundas-feiras a Câmara reúne seus 14integrantes na sessão ordinária para debater ediscutir os projetos de lei, moções, indicações erequerimentos que cada um deles fez durante asemana anterior. Neste dia os documentospropostos pelos vereadores são votados oubarrados. É um momento de discursos inflamadosque lembram os eleitores a importância daquelaproposição feita pelo parlamentar.

As palavras são transmitidas pelo rádio, gravadasno circuito interno de TV e assistida porpouquíssimas pessoas. Ali são votadas tambémleis que regulamentam ou especificam regras parao uso de calçadas por estabelecimentos comobares e restaurantes - assunto que gerareclamações principalmente da população idosa edeficiente -, e até o uso das verbas públicas pelopoder Executivo, as chamadas Leis de DiretrizesOrçamentárias. Mesmo sendo vetada amanifestação da platéia enquanto os projetos sãovotados, a presença dos eleitores e dos munícipesali se faz importante, afinal fomos nós que demos ocargo e o salário para cada um daqueles vereadoresque se distribuem no plenário. Apesar dessaimportância, as cadeiras laranja da Câmara estão

Page 7: Revista Universitaria

É emprestando uma frase da música “Mulheres Negras”, da bandacapixaba Dead Fish, que dou título ao meu texto nesta edição! Ah, e recomendo a bandatambém. É Hardcore dos bons!

Primeiro preciso confessar que adorei o tema desta edição – Política – uma vez que eu tambémfui uma adolescente pseudo-revolucionária, apaixonada por Ernesto Guevara, Emiliano Zapata eOlga Benário. Na verdade esse sentimento de revolução está tomando forças, aos poucos, como auxílio da Internet. Digo aos poucos porque a TV ainda gera influência em massa, enquanto aInternet foca em grupos um tanto quanto distintos. Mesmo assim, acredito na força de quem faza Internet como potência num futuro não tão distante assim. Um exemplo que podemos verclaramente hoje é o movimento “Fora Sarney”, o qual possui perfil no Twitter e Facebook, alémde um site com a agenda das manifestações e outras informações, com o intuito de levar omovimento do mundo “online” para o “offline”. Claro que ainda não tem a dimensão domovimento estudantil de 1992, conhecido como “Caras Pintadas”, e ainda não atingiu seuobjetivo, mas será que este não é o começo de movimentações influenciadas pela Internet?

É fato que muita coisa mudou durante tantos governos pelos quais passamos, e de certa formaisso tem um lado positivo, pois ao lado das mudanças no país caminha também nossaconquista pela liberdade de expressão. E com a Internet ao alcance de um número crescente depessoas, essa liberdade está cada vez mais sendo usada, pela facilidade de se criar um blog,por exemplo, e difundir um ideal entre aspirantes, mesmo que ainda haja algum tipo derepressão por parte de forças maiores.

Eu sei que política, religião e futebol são assuntos que não se discutem, e por isso não vouterminar meu texto com uma conclusão pessoal. Prefiro deixar questionamentos em aberto:Você apoiaria um ideal propagado na Internet? Sairia às ruas para se juntar a outras pessoas efazer barulho por um objetivo? Acredita que o mundo virtual tem potencial para instaurar ummovimento estudantil no Brasil?

por Aline Bicudo

Então vamos lá,

Saudações, terráqueos!

Enfim, o que eu tinha a dizer, está aí. Agora é a sua vez!

Mande a sua opinião para [email protected]

//13

sempre vazias nas sessões e reuniões, a não serquando uma classe de trabalhadores, interessadasem um dos temas da pauta do dia, lota o local paraapoiar ou se manifestar contra o resultado dasvotações e discussões.

Indo além dessas classes específicas e dapopulação como um todo, em uma das reuniõesextraordinárias dos vereadores, em um sábado demanhã há alguns meses, um professor universitárioque estava presente na plateia chamou a atenção dacidade para um fato curioso. Ele levantou a bolapara a participação das instituições de ensinosuperior na vida do poder legislativo. Olhando paraos lados para apontar as poucas pessoas queacompanhavam o assunto daquele dia, o professordisse que muitos professores e alunos dasfaculdades da cidade deveriam participar com maisfrequência das sessões e reuniões da casa efomentar o debate público para aumentar aparticipação da população na política de Limeira.São nas universidades que se formam osprofissionais que estarão atuando em empresas eaté no serviço público depois de três, quatro oucinco anos. O conhecimento e a atualidade de cadauma das profissões estão nas carteiras dasfaculdades. Sendo assim, ninguém melhor queuniversitários, com sangue jovem e cabeça a frentedo que há de novo no mercado, para criticar eindicar soluções para os problemas de Limeira.

As sessões da Câmara são públicas. O dinheiro quemove todo o sistema provém dos bolsos dapopulação que, apesar de reclamar que política éruim, se deixa inserir nessa classe de mauspolíticos e não cobra a aplicação do seu dinheiro deforma transparente e honesta.

Page 8: Revista Universitaria

// 14

No vocal, o empresário Walter Oliveira Filho, 30anos. Na guitarra e vocal, o publicitário ReinaldoBastelli Junior, 29. No baixo, o projetista industrialMateus Xavier de Paula, 27 e na bateria, o professorLucas Guarino Dragone, 29. Esta é a banda deheavy metal limeirense True Metal Society.

A ideia de montar a banda surgiu no início de 2008,enquanto o Mateus e o Lucas assistiam a um showde uma banda de uns amigos, o Rage Against theMachine Cover. “Eles tiveram a ideia de montar umabanda, mas com a intenção de fazer um som maispesado, Heavy Metal mesmo. Aí eles meconvidaram e também o Waltinho. Somos todosamigos, a gente curtiu a ideia e começamos aensaiar”, conta Bastelli.

O nome da banda foi ideia de todos os integrantes.“Somos amigos e pensamos em criar umasociedade verdadeira de metal, devido ao som quetocamos - o metal clássico - e a amizade entrenós”, explica Bastelli.

No repertório, muitas músicas de bandas clássicasde Heavy Metal, como Iron Maiden, Metallica, BlackSabbath, Megadeth, Ozzy Obourne, James Dio,Deep Purple, Rainbow, Rush, Judas Priest,Manowar, Pantera, etc. “Escolhemos as músicasde acordo com o gosto pessoal de cada um e como que a gente acha que a galera vai curtir escutar”,falam.

De acordo com o guitarrista, o público da bandasão todas as pessoas que curtem Heavy Metal.“Todas as pessoas que curtem o verdadeiro metalou que estão afim de conhecer nossa banda estãoconvidadas a ver e ouvir a True Metal Society.Tocamos, este mês na Semana do Metal no Bar daMontanha e também temos um site, owww.truemetalsociety.com. Visitem e deixemsugestões de músicas pra gente tocar.”, conta.

Bastelli fala que um dos melhores shows da bandafoi no ano passado, em setembro, no Bar daMontanha, na Semana do Metal. “Foi um showmuito legal! O bar estava lotado, a galera agitoumuito e a noite foi demais!”, lembra.

A banda finaliza convidando a todos para conhecermais sobre a True Metal Society. É só acessar o sitewww.truemetalsociety.com. “Contatos para showspodem ser feitos pelo telefone (19) 8114-1055.Também no You Tube, há muitos vídeos da banda.Acessem!”.

B UANDAS NIVERSITÁRIASB UANDAS NIVERSITÁRIASpor Mariele Parronchi

Page 9: Revista Universitaria

// 16

Por Mariele Parronchi

O termo política é derivado

a todos os procedimentos relativos

a Estado, quanto sociedade,comunidade e definições que

do grego antigo e se refere

a polis, ou a cidade-estado.

Assim, pode se referir tanto

se referem à vida humana.

Page 10: Revista Universitaria

Nicolau Maquiavel, no livro “O Príncipe”, fala

que política é a arte de conquistar, manter e

exercer o poder, o próprio governo. Ainda

existem algumas divergências sobre o tema,

para alguns política é a ciência do poder e para

outros é a ciência do Estado.

O coronelismo foi uma experiência típica dos

primeiros anos da república brasileira. De fato,

essa experiência faz parte de um processo de

longa duração que envolve aspectos culturais,

econômicos, políticos e sociais do Brasil. A

construção de uma sociedade vinculada com

bases na produção agrícola latifundiária, desde

os tempos da colônia, poderia contar como um

dos fatos históricos responsáveis pelo

aparecimento do chamado “coronel”.

Nas cidades, os coronéis utilizavam das forças

policias para a manutenção da ordem. Além

disso, essas mesmas milícias atendiam aos

seus interesses par ticulares. Em uma

sociedade em que o espaço rural era o grande

palco das decisões políticas, o controle das

polícias fazia do coronel uma autoridade quase

inquestionável. Durantes as eleições, os favores

e ameaças tornavam-se instrumentos de

retaliação da democracia no país.

Qualquer pessoa que se negasse a votar no

candidato indicado pelo coronel era vítima de

violência física ou perseguição pessoal. Essa

medida garantia que os mesmos grupos

políticos se consolidassem no poder. Com isso,

os processos eleitorais no início da era

republicana eram sinônimos de corrupção e

conflito. O controle do processo eleitoral por

meio de tais práticas ficou conhecido como

“voto de cabresto”.

Apesar do desaparecimento dos coronéis,

podemos constatar que algumas de suas

práticas se fazem presentes na cultura política

do nosso país. A troca de favores entre chefes

de partido e a compra de votos são dois claros

exemplos de como o poder econômico e

político ainda impedem a consolidação de

princípios morais definidos nos processos

eleitorais e na ação dos nossos representantes

políticos.

Há 17 anos, o movimento estudantil,

representado pela União Nacional dos

Estudantes (UNE) e pela União Brasileira dos

Estudantes Secundaristas (UBES), foi o

primeiro a levantar a bandeira pela ética na

política durante as manifestações pró-

impeachment de Fernando Collor. Milhares de

estudantes “caras-pintadas” influenciaram a

opinião pública com a campanha “Fora Collor” e

pressionaram o ex-presidente à renúncia.

Durante o governo Fernando Henrique Cardoso,

a UNE denunciou o ataque neoliberal ao país,

repudiando as privatizações, os privilégios ao

capital estrangeiro e o descaso com as políticas

sociais e com a educação. Os estudantes

tiveram papel marcante nos anos FHC sempre

defendendo o ensino público de qualidade e

democrático.

Mas e os jovens de hoje? Será que eles têm

buscado novas formas de participar da vida

política, já que há um descontentamento grande

com as formas tradicionais de participação na

política, como partidos, sindicatos e entidades

estudantis?

Infelizmente, nossa realidade no Brasil não

estimula o jovem a participar da política

tradicional. E você? Qual seu interesse pela

política? Você participa, vota, expressa suas

opiniões e briga por seus direitos? Afinal, os

jovens de hoje serão o futuro de amanhã. Já

pensou nisso hoje?

Page 11: Revista Universitaria
Page 12: Revista Universitaria

JornalismoIsca Faculdades

Setembro 09

Milena Maróstica

[email protected] ser a próxima garota V.U.? Mande suas fotos para:

// 16// 22

Ilustrações para TCC - Design Gráfico 2007

FAAL - Limeira / SP

Maxwel Alexandre BenedictoPRANCHETAPRANCHETA

Envie sua arte para [email protected]

com seu nome completo, curso e faculdade.

Page 13: Revista Universitaria

// 24

por Mariele Parronchi

Básica Geral, do primeiro ao sexto semestre.Algumas delas são: Sociedade e Cultura do MundoContemporâneo, Ética e Cidadania, Lógica,Sistemas de Gestão, Meio Ambiente e Sociedade,Economia Brasileira, Gestão Financeira, Estratégiae Planejamento, dentre outras.“No sétimo e oitavo semestres, as disciplinasintegram o Núcleo de Especialização, quando,então, teremos aulas específicas, e algumas dasdisciplinas são: Economia do Setor Público,Laboratório de Políticas Públicas, Políticas deConcorrência, Políticas Públicas e Terceiro Setor,Análise Econômica de Políticas Públicas, PolíticasPúblicas e Proteção Social no Brasil, etc”, explica.Para Valmir, a formação de diretórios acadêmicosna faculdade é muito importante. Ele conta queatuou na discussão do Estatuto para o Diretório

Acadêmico (DA) da FCA. E tem mais! Em junho, oestudante presidiu uma Assembléia Geral, queresultou na aprovação do Estatuto do DA e naeleição da Comissão Eleitoral. “esta comissão serácomposta por quatro membros, e que, juntos, estãocomandando o processo de eleição da direção doDA, o que ocorrerá neste mês de setembro,incluindo a posse da primeira diretoria”, fala.Para Valmir, a participação na política estudantilforja líderes para atuação na sociedade como umtodo, com destaque para os partidos políticos, oumesmo em cargos de direção de órgãos públicosnas esferas de governo municipal, estadual efederal. “Não podemos esquecer que muitospermanecerão na atividade acadêmica, tambémliderando, tudo como fruto e consequência dosprimeiros passos dados no exercício da políticaestudantil”, opina.

Valmir Aparecido Caetano tem 48 anos e estácursando sua terceira faculdade. Em 1982, formou-se em direito pela Universidade Metodista dePiracicaba (Unimep) e em 1992, concluiu a deAdministração de Empresas, pelo Mackenzie emSão Paulo. Atualmente, cursa Gestão de PolíticasPúblicas (GPP) na Faculdade de CiênciasAplicadas (FCA) da Unicamp, em Limeira. Valmirtambém cursou, por dois anos, o Curso de Teologiapara Leigos, no Centro Diocesano de FormaçãoTeológica da Diocese de Limeira.Ele conta que vários fatores influenciaram suaescolha pelo curso de gestão de políticas públicas.Uma delas foi complementar suas atividades

profissionais, que têm como foco as questõespúblico-administrativas. “Outros fatoresimportantíssimos também merecem serapontados: a qualidade do ensino da Unicamp, oelevado conceito nacional e internacional daUniversidade, curso noturno, campus na cidade deLimeira e a possibilidade de se cursar parte dagraduação no exterior, em qualquer dasuniversidades com as quais a Unicamp mantémconvênio, e que tenham curso similar”, conta.As aulas, segundo Valmir, nos primeiros semestresas disciplinas são comuns a todos os cursos degestão (Gestão de Políticas Públicas, deAgronegócios, de Empresas, de ComércioInternacional), que integram o Núcleo de Formação

Page 14: Revista Universitaria

Gestão de Políticas Públicas

Na opinião do advogado, quem deve cursar o curso de gestão são todas as pessoas que se interessem

para que todos sejam, de fato, uma nação. “Creio que, graduando-se em GPP, as pessoas aprimorem

seus conhecimentos. E se tiverem a oportunidade, deverão fazê-lo na Unicamp, notadamente porque

o conhecimento adquirido, para além das disciplinas propriamente ditas, abrange conceitos globais e

impõe comprometimento social aos formandos.

Ao falar sobre a diferença de idade entre o estudante e os demais alunos da sala, Valmir classifica

como uma experiência extremamente positiva, pois a troca de experiências é constante. “É um

convívio de dupla mão, pois todos trazem consigo os mais diversos conhecimentos, mesmo os mais

jovens, pois muitos deles, antes de ingressarem na Unicamp, viveram algum tempo em outros

países”, conta.

menor condição de desenvolver um bom trabalho”,opina.Valmir finaliza dizendo que, em sua opinião, aUnicamp acertou quando implantou o curso degestão voltado para políticas públicas, nãosomente pela necessidade de profissionais nessaárea, mas, principalmente, porque não se prendeu àtecnicidade. “A graduação abrange o universodessa verdadeira ciência, possibilitando aos futurosgestores uma ampla visão e, conseqüentemente,um raio de ação singular. E, creio, a universidadeacertou ainda mais ao conscientizar os alunos deque são bolsistas dos contribuintes paulistas – que,aliás, nos custeiam, anualmente, em alto valor –, eque, portanto, devemos dar a contrapartida àsociedade, sempre.” E completa: “a política é aciência da organização e deve cumprir o seupropósito, e os cidadãos que se ocupam dessasatividades devem ter muito bem definido asimplicações e cuidados de se trabalhar com a coisapública.”

Valmir acha que, atualmente, os jovens estão numafase de indignação com a política, mas, tem certezaque eles passarão à ação, pois, não há como agir senão houver interesse pela política. “Tenho emantenho firme uma esperança nos jovens, afinal,a meu ver, a importância da política para o jovempode ser comparada com o ar que eles respiram. Ese o desejo é de sermos, o mais rápido possível,uma verdadeira nação, o caminho que os jovensdevem trilhar é o da política, nas diversas frentes eoportunidades que existem. Têm que participar. Aomissão não coaduna com a expectativa que todostêm da juventude” diz.Para ele, cada vez mais, o serviço público necessitade gente capacitada para atuar nessa área. “Paramim, essa necessidade se fará cada vez maior, éuma tendência positiva que abrirá espaço paraquem sabe trabalhar. Não teremos mais espaçopara improviso e gente despreparada. Infelizmente,ainda é comum encontrarmos pessoas queassumem determinados cargos públicos sem a

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por Ademilson Bispo

Filmes de guerra em geral fazem partede um gênero que não me atrai, talvezpelo fato da maioria ser focado nodrama, afinal guerra é um tema pra lá depesado e mega triste, ainda mais filmessobre nazismo em especial a SegundaGuerra Mundial, não digo que são ruins,longe disso, mas apenas algo que nãosou muito fã.

Porém existem exceções e a visãoi n s a n a e s e m c o n t r o l e d odiretor/roteirista Quentin Tarantino (KillBill) é algo que me interessa muito,prepare-se para ver muito vermelhojorrando na tela com BastardosInglórios (Inglorious Bastards).

O povo nazista tem um enormecurrículo de apanhar no cinema, atémesmo Indiana Jones já bateu emalguns. A trama, que conta comoprotagonista o tenente Aldo Raineinterpretado por nada menos que BradPitt, se passa na França durante osprimeiros anos da ocupação alemãliderada por Hitler. A atriz MélanieLaurent é Shosanna Dreyfus, umamulher que foge para Paris depois de

testemunhar a execução de sua famíliapelos nazistas, assumindo uma novaidentidade como dona de cinema ondeplaneja sua vingança, mais tarde odestino lhe coloca no caminho dotenente Aldo Raine e seu grupo deso ldados judeus amer i canosconhecidos como “Os Bastardos” (TheBastards). No elenco ainda temosDiane Kruger, Daniel Brühl, Mike Myers,Michael Fassbender, Julie Dreyfus,Omar Doom, Michael Bacall, MartinWuttke como Hitler, Jacky Ido, TilSchweiger, Eli Roth, Samm Levine, B.J.Novak, Christoph Waltz, Paul Rust eSamuel L. Jackson (narrador).

O filme já conta com uma boa bilheterialá fora, com enorme sucesso de públicoe critica. Tanto que a sua estreia aqui noBrasil pulou do dia 23 para o dia 9 deoutubro e ainda a pré-estreia do dia 7conta com a presença de Tarantino noFestival de Cinema do Rio de Janeiro.

Nem é preciso falar o quanto estoumaluco contando os dias para e vermais uma vez os nazistas levando umcouro na telona.

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por Tales Victor Calegari

Vida de universitário é bem movimentada, não é?Aulas, provas, atividades extra curriculares, cervejadas, festas, churrascos, política...

Peraí??Política!?

Sim política! A política está contida e muito no diaa dia universitário e os maiores exemplos dissosão os Centros Acadêmicos e demaisorganizações estudantis dentro das faculdades,como também os famosos e badaladosCongressos.Existem encontros próprios de determinada área,como por exemplo, o ENEAP – Encontro Nacionaldos Estudantes de Administração Pública – quesão, em sua grande maioria, realizados pelasFederações, neste caso a FENEAP que tem comoparticipantes os estudantes de administraçãopública e cursos afins. – por sinal, os graduandosdo novo curso de Gestão de Políticas Públicas daUnicamp - FCA aqui de Limeira que foram,aprovaram! – Como também, há os grandesCongressos Estaduais e o Congresso Nacional,nestes, todos os universitários podem participarde suas plenárias, nas quais são apresentadaspropostas sobre as mais diversas áreas e, ao fimdo congresso, medidas são votadas e posturastomadas pelas grandes entidades representativas

dos universitários em cada estado e no país.Estes congressos, conhecidos como ConUEE eConUNE acontecem a cada dois anos e contamcom a presença de muitos universitários das maisdiversas faculdades, públicas ou privadas, e dosmais distintos cursos.Nas férias de Julho deste ano, aconteceu emBrasília o 51º ConUNE – Congresso da UNE – noqual estiveram presentes militantes de todos osmovimentos e organizações estudantis, somandomais de 10.000 universitários de todos os estadosdo país. Além disso, pela primeira vez na históriada UNE, o presidente da república esteve presenteno congresso, o que comprova o grande avançodo Movimento Estudantil e toda sua importâncianacional.Congressos são uma oportunidade única de seconhecer acadêmicos do Brasil inteiro! São Paulo,Minas Gerais, Amazônia, Santa Catarina, Acre,etc. Todos num mesmo local, com várias idéias evivencias diferentes que serão, certamente,anexados ao conhecimento de mundo de cadauniversitário.Às vezes, ao presenciar um grupinho de alunos seorganizando para montar uma chapa e concorreràs eleições para o centro acadêmico, muitos nãofazem idéia da importância em esfera estadual enacional que tal atitude representa. Unidos, osestudantes são fortes, representam o futuro danação e, deste modo, compõem a classe dosmais capacitados para votarem em medidas queterão conseqüências futuras. Por isso énecessário que todas as universidades seorganizem politicamente garantindo ocrescimento do Movimento Estudantil, além deum fortalecimento interno da faculdade.Enfim, política faz parte da vida universitária eaquele antigo discurso “não gosto de política” se

torna antiquado no momento da matricula, poisuniversitário é futuro, é mudança! Política devesim ser debatida, aprendida e compreendida equal o melhor lugar para isso que a universidade?Portanto, trate de se organizar em suafaculdade (se precisar de umaajudinha é só escrever paraa gente) e daqui a doisanos espero vocêsno 52º ConUNE!

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significado das palavras latinas que o compõem, otermo passou a assumir outras aplicações, como,por exemplo, "república de estudantes", que sãohabitações divididas por grupos de estudantes,geralmente provenientes de outras cidades paracursar o ensino superior, sem recursos para alugaruma residência individualmente.

"República" também denomina uma agremiaçãoonde impera a desordem e a bagunça, em quetodos mandam, mas ninguém obedece ou cumprea sua parte. Esta tem sentido pejorativo, tanto paraassociação bagunçada como para um regime deEstado marcado por desordens, desmandos,confusões e falta de poder.

A primeira república de verdade surgiu na Romaantiga. Naquela época, ela nasceu como umaforma de organização política para tirar o poderexcessivo das mãos de monarcas. No Brasil, essemodelo de governo foi instalado há quase 120anos, no dia 15 de novembro de 1889. Algunsanos depois, em 1923, seria criada em Piracicaba(SP), na Esalq (UP), a República Copacabana. Nelaquem mandava não eram políticos eleitos pelopovo, mas um bando de estudantes, que se reuniupara dividir uma moradia. Nascia a mais antigarepública estudantil do país.

Todo mês, a gente conta aqui na Revista VidaUniversitária histórias sobre estudantes e suasrepúblicas. Mas você já parou para pensar de ondeveio este nome? Você sabe o que é república?Por que as residências estudantis chamamrepública? Calma...

República vem do latim , literalmente obem público, chamando, portanto, a etimologia dapalavra a atenção para a coisa pública, a coisacomum.

Foi Cícero, uma das mentes mais versáteis daRoma antiga, quem classicamente examinou aespecificidade do conceito de república, aodiferenciar de outras, estabelecendo,dessa maneira, uma distinção entre o público, istoé, o comum - que corresponde, no grego antigo, àsformas substanciadas do adjetivo koinós (comum,público) e, modernamente, à expressão italiana ilcomune, ao alemão die Gemeinde - e o privado,que não é comum a todos, mas é particular aalguns.

Enganam-se aqueles que pensam que "repúblicade estudantes" seria um país governado poruniversitários. Mas a expressão deriva justamentedo significado da palavra proveniente do latim, quedenomina uma forma de governo. Devido ao

res publica

res publica

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C V UENAS DA IDA NIVERSITÁRIAC V UENAS DA IDA NIVERSITÁRIA

Universitários na 3ª Semana deComunicação da Faculdade

Anhanguera de Santa Bárbara d´Oeste

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por Mariele Parronchi

E você? Tem alguma história legal sobre a sua república?e divida com a galera.Mande sua historia para redaçã[email protected]

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por Mariele Parronchi

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“Acredito que existe duas formas de entenderessa relação: primeiro precisamos fazer umaapanhado histórico, que por diversas razõesafastou a juventude dessa vida, o descaso daatual classe política desconstruiu todos oscréditos alcançados no processo deredemocratização, e não tão só, como fezsurgiu um repudio sem tamanho, junto a issosome-se o cotidiano de nossas vidas, onde osistema do capitalismo tem um perfilindividualista, as pessoas, principalmente osjovens, precisando guerrear para conseguir osucesso”. É assim que o jovem define a relaçãoatual dos jovens na política. E completa:“existe algo único e intrasferivel dos jovens,que é o sentimento da mudança, datransformação. E isso começa a emergir! Ojovem esta vendo que através de um simplesato, que é o voto consciente, pode-se ter umaarma sem tamanho.”

Para o estudante, a política é uma das esferasmais importantes, pois, segundo ele, tudosofre influência direta da condução de políticaspúblicas. “Não nos damos conta do quão éimportante votarmos com consciência. Ir assessões da Câmara também, na minha opinião,é algo imprescindível, pois é ali que entramosem contato com diversas decisões que irãoalterar nosso cotidiano. Por isso, repito, osjovens hoje não conhecem ainda o potencial ea importância da política. Por isso defendo aideia de oferecer nas escolas formaçãopolítica, pois a grande maioria não sabe opapel de um vereador, até onde ele pode agir, equal seria a forma ideal da relação entre osnossos três poderes”, opina.

Pietro finaliza parabenizando a Revista VidaUniversitária em colocar a política no mundojovem e faz um convite a todos. “Conheçam omundo da política, da real e nova política. Jáiniciamos a transformação. Agora, é muitopouco o que cada um tem que fazer paramudarmos muito.”

O estudante é um apaixonado pela política.“Meu amor pela política ultrapassa o limite donormal. Eu acordo e durmo fazendo política,isso vai além da esfera partidária e do quadroeletivo. Mesmo quando chego em casa doserviço, fico até de madrugada trabalhando emprojetos futuros e colaborando para ofuncionamento. Ou seja, vivo para a política”.

No ano passado, Pietro se lançou candidatopelo Partido da República (PR) e teve 1.122votos. Sua campanha teve como foco amobilização dos jovens limeirenses. “Omomento é de consolidar a mobilização jovem,seja com o Colegiado Político da Juventude,que é um fórum de juventudes partidárias que

produzem propostas que digam respeito aosinteresses jovens e encaminha para realizaçãoao poder público”, explica.

Pietro é o vice-presidente e coordenador doconselho de projetos e programa político e terácomo trabalho a divulgação e incentivo damobilização jovem em todo o Estado, e oauxilio as organização populares e estudantispara a implantação de projetos próprios. “Omeu projeto para o futuro é o de obter osucesso na vida política, alcançando as esferasque constituem o nosso sistema de governo.Como um jovem que sonha em ser um grandeempresário, uma referência médica, umdiretor-presidente de companhias, eu sonhoem ser Presidente do Brasil”, fala.

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V UIDA DE NIVESITÁRIOV UIDA DE NIVESITÁRIOpor Ademilson Bispopor Victor Corte Real

No fundo não costumamos ver nada de “bueno” nesse papode política, infelizmente é de um jeito bem negativo que aciência milenar do ser, pensar e agir político acaboupenetrando no inconsciente coletivo aqui no Brasil.Só em ouvir falar de política quase todo mundo já sente umador de barriga, um mal estar que mistura raiva com repulsa. Ocurioso é que existe uma divisão muito evidente entre osapaixonados por um bom papo sobre o assunto e todos osoutros que simplesmente detestam, sequer, lembrar dapalavra “política”.A questão é que a política faz parte do nosso dia-a-dia, emuitas vezes não nos tocamos disso. O problema é que quantomais odiamos ou tentamos evitar a política, mais estamosfazendo parte dela, e o pior, quando não nos posicionamosestamos dando força para o lado mais forte, estamosbeneficiando as “coisas como elas estão”, contribuímosassim com a manutenção do status quo, nem sempre essasituação é a melhor.Todas as nossas relações são intermediadas pela defesa domelhor argumento, pela luta ideológica. Quando o namoradoquer fazer uma coisa e a namorada quer outra eles entram numembate de ideias, opiniões e numa disputa de forças, que nadamais é que pura discussão política. Passamos por isso a todoo momento, em casa, no trabalho, na escola, de maneira maisou menos intensa, às vezes nem percebemos, mas estamossempre “negociando” com nossos melhores argumentos. Emmuitos casos temos que unir forças e criar alianças em buscade objetivos maiores, em outros casos precisamos abrir mãode uma posição para conquistar outra. Quando o impasse nãoé resolvido pela argumentação verbal vocês já sabem o queacontece, partimos para o braço e a discussão é resolvida pelaforça física, até bombas atômicas são lançadas.Assim é na vida cotidiana, assim é no parlamento. Política épolítica, uma ciência fantástica que não merece o desprestígioproporcionado por pessoas corruptas e sem escrúpulos.Nesse ponto é que devemos ficar sempre ligados e lutandopela justiça.

BUENAS CAMBADA!