revista ti inside 63 - novembro 2010

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AGOSTO DE 2007 | TI INSIDE 1 Brasil pode exportar serviços de cloud Segurança do Java em xeque Varejo ainda derrapa na automação Ano 6 | nº 63 | novembro de 2010 www.tiinside.com.br Usuários começam primeiras implantações e já surgem soluções baseadas em cloud computing COMUNICACAO UNIFICADA

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Revista TI Inside 63 - novembro 2010

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A G O S T O d e 2 0 0 7 | T I I n S I d e 1

Brasil pode exportar serviços de cloud

Segurança do Java em xeque

Varejo ainda derrapa na automação

Ano 6 | nº 63 | novembro de 2010 www.tiinside.com.br

Usuários começam primeiras implantações e já surgem soluções baseadas em cloud computing

comunicacaounificada

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>editorial

Instituto Verificador de Circulação

Presidente Rubens Glasberg Diretores Editoriais André Mermelstein Claudiney Santos Samuel Possebon Diretor Comercial Manoel Fernandez Diretor Financeiro Otavio Jardanovski

EditorClaudiney Santos

RedaçãoJackeline Carvalho

(Comunicação Interativa)

ColaboradoresClaudio Ferreira e Fausto Fernandes

TI Inside OnlineErivelto Tadeu (Editor)

Pedro Canário (Repórter) Victor Hugo Alves (Repórter)

ArteEdmur Cason (Direção de Arte); Débora Harue Torigoe

(Assistente); Rubens Jardim (Produção Gráfica); Geraldo José Nogueira (Edit. Eletrônica);

Alexandre Barros e Bárbara Cason (colaboradores)

Departamento ComercialManoel Fernandez (Diretor)

e Francisco Cesar Jannuzzi (Gerente de Negócios); Marco Godoi (Gerente de Negócios Online)

e Ivaneti Longo (Assistente)

Gerente de Circulação Gislaine Gaspar

Marketing Gisella Gimenez

Gerente AdministrativaVilma Pereira

TI Inside é uma publicação mensal da Converge Comunicações - Rua Sergipe, 401, Conj. 603,

CEP 01243-001. Telefone: (11) 3138-4600 e Fax: (11) 3257-5910. São Paulo, SP.

SucursalSCN - Quadra 02 - Bloco D, sala 424 - Torre B -

Centro Empresarial Liberty Mall - CEP: 70712-903 - Fone/Fax: (61) 3327-3755 - Brasília, DF.

Jornalista ResponsávelRubens Glasberg (MT 8.965)

ImpressãoIpsis Gráfica e Editora S.A.

Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas nesta revista, sem autorização

da Glasberg A.C.R. S/A

CENTRAL DE ASSINATURAS 0800 014 5022 das 9 às 19 horas de segunda a sexta-feira

Internet www.tiinside.com.brE-mail [email protected]

REDAÇÃO (11) 3138-4600E-mail [email protected]

PUBLICIDADE (11) 3214-3747E-mail [email protected]

Ano 6 | nº 63 |novembro de 2010 | www.tiinside.com.br

Será que as comunicações unificadas vão pegar?

>sumário

Os números do mercado de comunicações unificadas são superlativos. Valores divulgados pela Siemens Enterprise Communications dizem que em 2009 o setor todo movimentou

US$ 144,8 bilhões, com estimativa de atingir US$ 155,3 bilhões, em 2010, e chegar aos US$ 187,2 bilhões, em 2014, ano da Copa no Brasil.

De acordo com estudo da ABI Research, somente o mercado de serviços de hospedados de VoIP movimentará US$ 3,4 bilhões neste ano, o que representará crescimento de 15,4% em relação a 2009. Esse aumento dos gastos das empresas com soluções de voz sobre IP (VoIP) tem impulsionado os negócios da indústria de infraestrutura de comunicações unificadas, que deve registrar crescimento consistente nos próximos anos e atingir faturamento total de US$ 4,8 bilhões em 2015.

A consultoria aponta que os fabricantes de PABX IP devem vender cerca de 35 milhões linhas IP neste ano (incluindo IP nativo e linhas híbridas) e manter um ritmo de expansão acelerado nos próximos anos. Mas o conceito de comunicações unificadas ainda tem muito para avançar, em especial no que se refere à unificação dos sistemas.

Explico: isoladamente, todos os recursos que baseiam o conceito – telefonia IP, emails, telepresença, videoconferência, etc. – já existem e não é de hoje. O diferencial está na integração e isso se refere à interoperabilidade e à possibilidade de o usuário ter acesso aos diferentes meios de comunicação de forma transparente, sem qualquer esforço, tornando-

se mais produtivo, porque se desvencilha do acesso ao telefone ou ao email dentro da empresa, e pode fazer negócios de onde estiver e utilizando os recursos que tem em mãos.

Os usuários brasileiros ainda precisam assimilar o conceito, apesar de já termos referências de sucesso como as da Coca-Cola, que conseguiu medir a redução de custos e o aumento de produtividade após adotar um sistema de UC.

A aposta do mercado é que o conceito cloud computing contribua também com esse avanço das implementações, não apenas por reduzir os custos – já que a telefonia vai para dentro do servidor nesta nova modalidade – mas também a complexidade da gestão do ambiente, uma vez que vários players do mercado já preparam ofertas de UC baseada em cloud, inclusive no Brasil.

Só para comentar, a computação em nuvem foi a vedete deste ano na versão corporativa da Futurecom, ao ser indicada como a bola da vez para tirar as operadoras da ressaca dos serviços de voz e também para colocar o Brasil na rota da oferta mundial de servidores em cloud. A aposta é que os eventos esportivos dos próximos anos, leia-se Copa da Fifa e Olimpíadas, exigirão grande investimento em infraestrutura e este legado pode ser utilizado pelo país para conquistar pontos na arena internacional do outsourcing.

Boa leitura!

Claudiney SantosDiretor/editor

[email protected]

Capa: EDITORIA DE ARTE/CONVERGE

NEWS4 TI VerdeaPC foca em sustentabilidade para crescer

6 Help desk verticalnavita investe r$ 500 mil para suportar dispositivos móveis

Balanço da leir$ 579 mi de investimentos em P&d no ano passado

GESTÃO10 Gap do varejolojistas são mais conservadores nos aportes em ti

12 Salto com barreirasti pode ser a saída para a saúde no Brasil, mas são vários os obstáculos

16 Cloud-worker?Saiba o que é preciso para ser um profissional da “nuvem”

SERVIÇOS18 prova de fogonovo data center da ativas entra em operação

22 por que não pega no Brasil?Preço alto e inovação lenta emperram avanço do SVa

ESPECIAL GESTÃO FISCAL29 NFe para todosVendas para setor público exigirão nf-e a partir de dezembro

30 aporte do BIDPiauí recebe r$ 32 milhões para modernização fiscal

MERCADO32 Desconfiançao que esperar da segurança no Java

INFRAESTRUTURA34 Cloud computingBrasil pode se tornar centro global de computação em nuvem

37 Mainframe 2.0Ca technologies implementa estratégia para renovar plataforma

INTERNET38 plantão do vinhoWine.com atende aos apreciadores em 48 horas

MERCADO24 Comunicação Unificada começa a decolar Primeiros casos de sucesso dão fôlego ao avanço do conceito no país

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TI verde pelos quatro cantos

Mesmo diante da desaceleração da economia provocada pela crise financeira internacional, as

operações da subsidiária brasileira da APC, fabricante de sistemas de energia e refrigeração para ambientes de TI ligada ao grupo Schneider Electric, obtiveram resultado expressivo no ano passado, o que contribuiu para que a América Latina se tornasse a região de maior crescimento mundial da companhia. O mercado latinoamericano, junto com Índia, China e outros países emergentes, responde hoje por cerca de 34% da receita total do conglomerado, segundo o vice-presidente da APC para a região, Fernando García, que não revela cifras.

Nesse contexto, o executivo diz que o Brasil é uma das prioridades do grupo multinacional francês, que faturou 15,8 bilhões de euros no ano passado. Ele observa que o país não apenas está crescendo rapidamente como tem se desenvolvido muito na área de tecnologia e modernizado a infraestrutura. No caso específico da APC, García ressalta que a entrada da empresa no mercado de produtos para o usuário final, por meio da

compra da fabricante cearense de no-breaks e estabilizadores Microsol, ajudou a impulsionar as vendas e, por conseguinte, aumentar a participação da América Latina na receita total do grupo.

A estratégia da companhia para o Brasil agora, frisa ele, é aproveitar o crescimento do mercado consumidor local, principalmente do aumento da oferta de crédito, para fortalecer as vendas. García conta que o segmento de no-breaks e estabilizadores para

APC aposta no consumidor final e nos projetos de sustentabilidade para crescer

Estudo da IDC revela que mais da metade das empresas do setor financeiro deverá aumentar seus orçamentos de TI em 2011. O IDC Brazil Financial Insights Investment, que tem como principal objetivo entender os investimentos feitos pelas instituições do

setor financeiro em TI, ouviu 33 bancos grandes (de acordo com a lista dos dez maiores da Febraban), médios e pequenos, e 29 seguradoras, entre os meses de junho e julho deste ano.

“Tecnologia é quase o ‘core business’ de muitas dessas instituições. Este último estudo revela que 61% das empresas investiram mais em TI neste ano e 31% mantiveram seus orçamentos iguais aos de 2009. Apenas 8% investiram menos”, declara Roberto Gutierrez, diretor de consultoria da IDC Brasil.

O estudo revela ainda que, para 2011, os investimentos devem continuar em alta. Das 62 empresas, 54% têm certeza ou têm claras intenções de que vão aplicar mais em TI do que em 2010, 42% afirmaram que os valores investidos deverão ser os mesmos deste ano e apenas 3% disseram que vão investir menos.

Em relação a terceirização e cloud computing, o estudo contatou que os bancos continuam não terceirizando os sistemas ‘core’, preferindo mantê-los sob seu controle. Por outro lado, há uma tendência de aumento da terceirização de funções de TI menos críticas, como a impressão departamental, por exemplo. Segundo o estudo, mais de 20% das instituições pretendem aumentar a terceirização dessa atividade. Já quando o assunto é Cloud, 52% das empresas não têm a nuvem no radar para investimentos em TI. “As poucas iniciativas para esse segmento são de Cloud Privada”, finaliza Roberto Gutierrez.

residências foi pouco afetado pela crise mundial, e, por ter um ciclo de vendas mais curto do que o mercado corporativo, apresentou rápida recuperação, sendo hoje a principal fonte de receita da empresa no Brasil.

Já a divisão de grandes negócios, que fornece serviços e sistemas de energia e refrigeração para data centers, demorou mais a ser afetada pela retração econômica. “Por conta disso, começou a apresentar os primeiros sinais de recuperação apenas no segundo semestre do ano passado”, diz García, ao adiantar que a estratégia adotada para tentar recuperar a receita do segmento vem sendo a atuação mais agressiva nos setores financeiro e de telecomunicações, os mais representativos para a APC no Brasil e na América Latina. Outro impulsionador das vendas, aposta ele, devem ser os projetos na área de sustentabilidade na região envolvendo principalmente grandes data centers.

*O jornalista viajou a St. Louis a convite da empresa.

FERNANDO GARCíA, DA APC: A

ENTRADA DA EMPRESA NO MERCADO DE

PRODUTOS PARA O USUáRIO FINAL,

POR MEIO DA COMPRA DA FABRICANTE

CEARENSE DE NO-BREAkS E

ESTABILIzADORES MICROSOL, AJUDOU A

IMPULSIONAR AS VENDAS E, POR CONSEGUINTE,

AUMENTAR A PARTICIPAÇÃO DA AMéRICA LATINA

NA RECEITA TOTAL DO GRUPO

PARTICIPAÇÃO AINDA MAIOR

PEDRO CANáRIO, DE ST. LOUIS*

>news

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>news

A Navita, especializada em aplicativos e soluções para Mobilidade, anuncia o

lançamento de um centro de operações móveis para diversas plataformas, com foco no mercado corporativo. Trata-se de um callcenter próprio com atendimento 24x7 em três idiomas (português, inglês e espanhol) voltado a empresas de diversos países da América Latina que adotam BlackBerry, Symbian, Android, iPhone ou Windows Mobile. Seguindo o conceito Mobile Device Management (MDM), o centro recebeu investimentos de cerca de R$ 500 mil em infraestrutura e CRM para oferecer suporte técnico, gestão terceirizada do ambiente de mobilidade e outros benefícios.

O empreendimento possui uma gama de serviços que visa atender à demanda por uma gestão especializada de dispositivos móveis e servidores, contando para isto com a expertise da equipe da Navita. Atualmente, a empresa administra em torno de 7 mil smartphones em mais de 40 clientes com escritórios e usuários em diversos países.

Além do suporte à operação e configuração, garantindo a sincronia

Help desk verticalnavita investe r$ 500 mil em centro focado em mobile device management

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de e-mails e informações pessoais, os serviços do centro incluem logística de reparo de aparelhos, controle de inventário de hardware e software de mobilidade, monitoração ativa, outsourcing da gestão de ambientes de mobilidade, gestão de gastos com telecom (Telecom Expense Management) e suporte a aplicativos móveis desenvolvidos pela Navita.

Há ainda uma modalidade de atendimento diferenciado, com

O investimento da iniciativa privada em pesquisa e desenvolvimento (P&D), por meio da Lei de Informática, totalizou R$ 579 milhões no ano passado, que geraram

mais de 2,1 mil novos produtos e 335 pedidos de patentes, segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O levantamento mostra que, atualmente, cerca de 440 empresas de todo o país são beneficiadas pela renúncia fiscal prevista na lei como, por exemplo, o desconto no recolhimento do IPI referente ao produto a ser fabricado no Brasil.

De acordo com o MCT, o montante dos incentivos fiscais chegou a R$ 3 bilhões no ano passado, enquanto que o faturamento total originado dos produtos incentivados foi de R$ 23,6 bilhões. No período, o investimento nas empresas foi de R$ 546,6 milhões e a contribuição total para o Fundo Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) foi de R$ 62,2 milhões.

Na opinião do coordenador do Centro de Desenvolvimento de Tecnologias Industriais (CDTI), do MCT, Rogério Azevedo Pereira, a formulação desse instrumento foi decisiva para a criação de um ambiente atrativo para empreendimentos industriais nacionais e estrangeiros. Hoje, cerca de 170 entidades, entre instituições de ensino, centros e institutos de pesquisa e incubadoras, estão credenciadas no Comitê da Área de Tecnologia da Informação (Cati) para receber investimentos em P&D. Para assegurar que os recursos sejam realmente direcionados para a pesquisa e desenvolvimento, o MCT acompanha a aplicação da verba por meio da apresentação de relatórios demonstrativos e de visitas anuais.

Lei da Informática gera r$ 579 mi em investimentos em P&d em 2009

Balanço da Lei

contratos de nível de serviço (SLAs) estruturados para altos executivos que utilizam dispositivos móveis.

atendimento localO serviço recém-lançado inclui um

sistema de telefonia digital, permitindo que os clientes da Navita liguem para o suporte por meio de números locais na maioria das regiões metropolitanas e também fora do Brasil. “A central dispensa a inserção de DDD e DDI para grande parte dos clientes, estejam eles em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte ou mesmo em outros países”, explica Paulo Roberto Delpizzo, diretor de Soluções de Mobilidade da Navita.

Além dos mais de 20 pontos de atendimento instalados no escritório da Navita na capital paulista, foram treinadas empresas parceiras na Argentina, Chile, Colômbia, México e América Central, visando estender os serviços do centro de mobilidade para essas regiões.

“O crescimento na adoção de dispositivos móveis no mercado corporativo expandiu a procura pela gestão especializada de smartphones e servidores, e estamos preparados para preencher essa lacuna em empresas de diversos países da América Latina”, afirma Delpizzo.

“O crescimento na adoção de

dispositivos móveis no mercado

corporativo expandiu a

procura pela gestão

especializada de smartphones e

servidores”PAULO ROBERTO

DELPIzzO, DA NAVITA

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BITS, UM EVENTO CeBIT NO BRASIL.

10-12 Maio 2011CENTRO DE EVENTOS FIERGS - PORTO ALEGRE - RS

Aproveite todo o potencial de negócios da BITS. Participe. Reserve já seu espaço.

Total imersão em digital business com o know-how do maior encontro mundial do setor. Essa é a proposta da BITS. Um evento B2B completo, voltado para um público quali�cado e com poder de decisão. Garanta o seu estande.

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Page 9: Revista TI Inside 63 - novembro 2010

BITS, UM EVENTO CeBIT NO BRASIL.

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>gestão

A tecnologia avança e ganha contornos em todos os segmentos da economia. O setor de telecomunicações dá a sua contribuição, levando

a tecnologia da informação a reboque, ou será o inverso? No varejo esta evolução ainda ocorre lentamente, mas é bom dizer, que nas lojas físicas. Porque na internet a competição na arena da inovação força aportes mais velozes. Especialistas discutiram o tema no painel “Transformação do Varejo Tradicional para o Digital: Como obter sucesso em um mercado dinâmico com grande abrangência e altas taxas de crescimento”, durante o Futurecom 2010, e constataram: o varejo brasileiro só se encantou pela tecnologia a partir do Plano Real, quando precisou se

tecnologias para suprir a necessidade de comunicação entre os pontos de venda. “Estamos diante de um momento que deve provocar grande mudança”, sugeriu.

Para Ricardo Augusto de Oliveira, responsável pela área de sistemas e projetos do Banco Carrefour, esse vazio tecnológico nas lojas está relacionado com o comportamento do consumidor na hora da compra. E disse acreditar que todo o varejo está em processo de reinvenção para se adaptar à nova realidade do mercado, na qual o cliente busca uma maior interatividade em todos os ambientes, não apenas nos pontos de venda.

O executivo enfatizou, no entanto, que informatizar as redes de varejo de maneira unificada não é fácil. “Ainda mais quando falamos de um País como

autoconhecer e competir por margens diminutas.

De acordo com Ricardo Pastore, coordenador do Núcleo de Estudos do Varejo da ESPM, o setor passou a comprar tecnologia com o final da inflação e a interrupção dos conseqüentes ganhos na ciranda financeira. “A maior parte das redes varejistas tem softwares de gestão, ERPs e processos automatizados. Porém, vemos que ainda existe um vazio tecnológico dentro da loja”, afirmou.

Segundo o professor, a presença da tecnologia atinge o consumidor exclusivamente no caixa, no check-out (finalização) da compra. “Em nenhum outro momento o cliente lida com aparatos tecnológicos”, afirmou reforçando a ideia de que o setor presencia a disponibilidade de

Ao contrário de outros setores, os varejistas são mais conservadores com relação a inovações dentro da loja. O problema não é a ausência de opções tecnológicas, segundo especialistas

O fosso entre lojas físicas e a internet

FAUSTO FERNANDES *

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“A maior parte das redes varejistas tem softwares de gestão, erPs e processos automatizados. Porém, vemos que ainda existe um vazio tecnológico dentro da loja”RICARDO PASTORE, DA ESPM

o nosso no qual existem dois ‘Brasis’: o da região sudeste para cima e do sudeste para baixo”.

Pastore salientou que já existem muitas soluções de possível implantação no varejo, mas que por algum motivo não aconteceu. “O varejo precisa de uma mudança, porque o modelo atual é inspirado na época do marketing de massa do Pós-Guerra, na distribuição massiva de produtos e serviços. Desde essa época, muita coisa mudou, por isso os varejistas precisam se atualizar e transformar o ponto de venda em ponto de relacionamento”.

Diferencial“Para se destacar no mercado, uma

rede varejista deve ter um diferencial. Mas não no produto, busco soluções para agregar valor”, afirmou Alexei Koslovsky, gerente de vendas da Telefônica. Segundo ele, o grande diferencial não é a tecnologia, mas a qualidade. O executivo exemplificou usando como base o fim do ano, quando as operadoras devem ser parceiras dos varejistas, que não podem parar. “Temos que dar o suporte de qualidade, seja comercial ou atendimento. Para isso, precisamos estar muito alinhados com o cliente do setor”.

Concordando com a afirmação do representante da operadora, Severiano Leão Macedo, gerente de suporte de vendas da Alcatel-Lucent, salientou que tecnologia por si só não é suficiente. “O emprego da tecnologia de maneira inovadora é que vai dar o diferencial. Os fornecedores precisam oferecer soluções específicas para o varejo”.

O executivo apontou que sua companhia oferece soluções para superar o vazio tecnológico, com a inovação necessária. De acordo com ele, para o PDV é preciso atender a quatro níveis: atrair os clientes para dentro do ponto de venda; apresentar os produtos de maneira diferenciada; fechamento de venda e relacionamento, sendo esta última a mais relevante. “O varejo nunca pode perder a capacidade de se relacionar”, lembrou.

O professor Ricardo Pastore afirmou que quem está do lado da tecnologia tem que entender profundamente o varejo a fim de desenhar soluções específicas para cada varejista. “A área de tecnologia precisa oferecer uma solução sob medida que atenda às reais necessidades do consumidor final”.

transformar os hábitos de consumo. “Assim como nos adaptamos aos bancos, os consumidores estão ávidos a se familiarizar com isso”, disse Pastore, ao ouvir a dica do representante da Alcatel-Lucent para os varejistas colocarem um quiosque de e-commerce dentro do PDV.

“Essa sugestão (do quiosque), assim como outras, devem ser estudadas, já que a internet possui uma capilaridade geográfica infinita e a loja física tem seu raio de atuação bem definido”, explicou Ricardo Augusto de Oliveira, do Carrefour, ao exemplificar que uma promoção na loja virtual pode ser barganha de compra na loja física.

Ele salientou que experimentações como essa não devem ser implantadas como uma forma de concorrência dentro da própria empresa. “Esse é um elemento importante dentro da cadeia de varejo. Deve-se trabalhar em cima da experimentação não concorrencial”, indicou.

Outras iniciativasRicardo Pastore, coordenador do

Núcleo de Estudos do Varejo da ESPM, lembrou como as redes sociais não devem ser usadas como um veículo de marketing de massa. “É preciso utilizá-las como uma canal de comunicação que crie fidelização à marca”, indicou.

Já Ricardo Augusto de Oliveira do Carrefour deu destaque à necessidade de um modelo de banda larga mais acessível para o crescimento do e-commerce e inserção dessa nova classe C no consumo online. Severiano Leão Macedo, gerente de suporte de vendas da Alcatel-Lucent, também enfatizou que os dispositivos móveis devem ser explorados como mais um ponto de venda do varejo, seguindo a tendência do mercado.

Além disso, os participantes citaram que a tecnologia pode ser um diferencial de vendas, principalmente no que diz respeito à interação e relacionamento com o cliente, possibilitando às companhias uma alternativa ao modelo de competição de preços que impera atualmente no mercado varejista. Para Ricardo Pastore, a questão financeira não é mais um problema tão grande. Pelo lado do varejista, as opções estão cada vez maiores e torna-se uma decisão estratégica escolher uma tecnologia.

* COlaBOrOU rUaN SeGreTTI

Varejo onlineO Carrefour foi o último grande

varejista a entrar no e-commerce. Mas, para o representante da marca, o comércio eletrônico é uma unidade de negócios por si. Segundo ele, a tecnologia empregada em um ponto de venda físico de varejo e aquela utilizada em ambiente online tem em comum apenas a rentabilidade, não podendo compartilhar soluções tecnológicas. “A aplicação de inovações no varejo só será efetivada caso seja algo rentável”, salientou.

Um dos problemas do comércio eletrônico atual é a ausência do senso de negociação. “O brasileiro tem necessidade de diálogo, da interação, para conseguir descontos, por exemplo”, lembrou Ricardo Augusto de Oliveira, do Carrefour. Para ele, os desafios do e-commerce são particulares, por isso se separam essas duas cadeias (física e virtual).

Já Severiano Leão Macedo, da Alcatel-Lucent, salientou que a força do e-commerce não afeta o modelo de negociação direta. “A tecnologia não é um impeditivo. Cito como exemplo os bancos. As agências bancárias não deixaram de existir, aumentaram em número e diminuíram o tamanho”, salientou. Para ele, no comércio eletrônico, canal extremamente orientado à rentabilidade, o varejista tem que enxergar o consumidor de uma forma completamente diferente, segmentá-lo. “Do contrário, não vale a pena investir”.

O executivo também vê no teste de Pontos de Vendas virtuais dentro do estabelecimento uma maneira de

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>gestão

atualmente, tais como a necessidade de melhorar a eficiência dos processos, controlar custos, aumentar a qualidade do atendimento ao cliente, atender às regulamentações do governo e suprir às demandas originadas do processo de consolidação pelo qual passa o setor. “Ter o conceito de hospital digital é uma forma de vencer as dificuldades da área de saúde”, destaca Alves.

Entre as tecnologias que podem ser utilizadas por hospitais e operadoras de planos de saúde, seja para melhorar o contato e relacionamento com os clientes, ou mesmo para aperfeiçoar e acelerar os processos internos, o presidente

O uso de tecnologia da informação já é de extrema importância para proporcionar melhoria nos negócios e é

classificado como essencial em diversas atividades econômicas do país. No segmento de saúde, entretanto, a utilização de TI ainda está em fase incipiente e começa agora a ganhar o grau importância que lhe é atribuído em outras indústrias.

Por exemplo: é baixo o número de hospitais com sistemas e soluções de TI instaladas de forma massiva. Apenas as instituições particulares e de maior poder financeiro adotam estratégias mais ousadas de investimento em tecnologia. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), Claudio Giuliano Alves, somente 10% a 15% dos hospitais públicos utilizam alguma ferramenta de TI, parcela que é superior entre os hospitais privados.

“ Ainda há um gap na questão de uso de TI no setor de saúde”. Com esta frase, Alves alerta para a importância do uso da tecnologia da informação no setor. “Necessitamos de um grande volume de informações para melhorarmos os processos na área de saúde. E a informação está ligada a TI”, enfatizou ele, em palestra proferida no 1º Fórum Saúde Digital, evento promovido pela revista TI INSIDE e organizado pela Converge Comunicações.

O dirigente salienta que a TI pode ser um meio para o setor de saúde superar os desafios que enfrenta

Apesar de ainda muito incipiente, o uso da TI no setor de saúde é apontado por especialistas como um fator preponderante para desafios como a necessidade de melhorar a eficiência dos processos, controlar custos, aumentar a qualidade do atendimento ao cliente e suprir as demandas originadas do processo de consolidação. mobilidade é apontada como a principal tecnologia a ser utilizada

Salto com barreirasVICTOR HUGO ALVES*

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A“Ter o conceito de hospital digital

é uma forma de vencer as

dificuldades da área de saúde.

É um passo importante

adotar a tecnologia”

CLAUDIO GIULIANO, DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE

INFORMáTICA EM SAúDE (SBIS)

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Salto com barreiras

Reduzir o prazo para emissão de resultados de exames de diagnóstico por imagem, que podiam demorar dias, para 4,5 horas, em média, é um dos

resultados que comprovam o retorno sobre o investimento (ROI) da Central de Telemedicina Diagnóstica, criada em março de 2009 para centralizar a elaboração de laudos de médicos radiologistas nos diversos hospitais ligados à entidade Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem-IDI.

A informação é de Armin Spirgatis, superintendente de tecnologia da informação e teleradiologia. Ele acrescenta, no entanto, que só a economia de película de raio-X não é um fator tão relevante de redução de custo. A Central é uma das maiores provedoras de exames de diagnóstico por imagem ao serviço público de saúde do Brasil, realizando cerca de 3 milhões de exames por ano, para os quais conta com 300 médicos cadastrados, mais de mil funcionários e 584 equipamentos na base instalada, que estão espalhados por suas 46 unidades.

O serviço, segundo Spirgatis, permite melhor qualidade na realização de laudos, funcionamento ininterrupto 24x7 e maior segurança. “Além disso, evita que a pessoa faça exame em duplicidade em hospitais diferentes, que com o uso da central podem compartilhar a informação”, explica.

A Central de Laudos abriga um data center com 15 servidores, um sistema robotizado de DVD e scanner, local para administração, reuniões sala de conforto para os médicos. Diversos hospitais estão conectados por links de alta velocidade, que são dimensionados conforme o tamanho das imagens transmitidas. No caso do Hospital Perola Byington, localizado na cidade de São Paulo, por exemplo, os exames de mamografias, exigem a ligação por fibra ótica devido ao tamanho das mesmas.

Qualidade 24x7

da SBIS cita as soluções de computação em nuvem, virtualização e o uso de ferramentas da web 2.0, como as redes sociais.

Em relação às tendências de uso de tecnologia na área de saúde, ele destaca o mobile health, prescrição eletrônica, registro eletrônico e a formação de comunidades em redes sociais para o relacionamento com o paciente, o que, segundo Alves, deve ser adotado em massa nos próximos anos.

O presidente da SBIS lista a redução de custos, o aumento da produtividade e da eficiência dos processos e a minimização de erros médicos como os principais benefícios que podem ser gerados pela estratégia de adoção de sistemas de tecnologia pelos hospitais. “O hospital precisa estar totalmente integrado e se comunicando, o que é proporcionado por sistemas. Isso é um fator importante para elevar a qualidade do atendimento”, ressalta.

Como em qualquer outro setor da economia, a utilização de TI no segmento de saúde também passa pelo rompimento de algumas barreiras, analisou Alves. A maior delas, cita ele, é a dos custos de implantação de tais soluções, agravada pela falta de métricas de retorno sobre os investimentos. “Não há a percepção de que é um investimento importante e que traz resultados positivos”, observa, ressaltando a cultura das instituições e dos profissionais como outro obstáculo a ser vencido para acelerar a adoção de TI pelo setor de saúde.

No mesmo evento, o líder nas práticas de Telecom, High Tech e Mídia da McKinsey & Company para América Latina, Paulo Fernandes, alertou que os custos dos serviços de saúde estão crescendo a taxas bastante aceleradas e colocou a inovação tecnológica como um dos fatores necessários para conter tal expansão. “Caso não haja uma inovação via tecnologia para a alterar aforma de trabalhar a oferta, os custos dos serviços de saúde atingirão níveis insustentáveis em alguns anos”, pondera Fernandes.

Citando dados da Organization for Economic Co-operation e Development (OECD), o executivo apontou que a parcela de despesas de saúde sobre o PIB pode chegar a uma representatividade superior a 30% em grande parte dos países em 2080. Os Estados Unidos, em especial, deve ser o primeiro país a atingir tal nível elevado. Naquele país, gastos com saúde responderam por

15,3% do PIB em 2005, parcela que tende a se aproximar de 24,9%, em 2030; e alcançar 36,7% em 2050, segundo projeção da OECD realizada em 2008.

“Os gastos com saúde têm crescido a taxas mais rápidas do que a economia em diversos países, e isso deve ser contornado. A tecnologia pode, e deve ser usada para essa finalidade”, argumenta Fernandes. Ela salienta ainda que nos países emergentes o problema do setor de saúde não se restringe apenas aos custos, mas também envolve a barreira da falta de acesso das pessoas aos serviços de saúde. “Para ser alterado, esse cenário requer inovação tecnológica”, diz ele.

O executivo da McKinsey comentou que a tecnologia é um importante meio para expandir o alcance dos serviços de saúde, fazendo-os chegar a uma parcela maior da população. Ele coloca as soluções móveis como a principal tecnologia em potencial para proporcionar essa mudança de cenário. “Um dos elementos que vai levar a essa transformação é a

“Caso não haja uma inovação, via tecnologia, para a forma de trabalhar a oferta, os custos dos serviços de saúde atingirão níveis insustentáveis. A mobilidade pode inovar de forma fundamental os modelos de entrega de serviços de saúde”PAULO FERNANDES, DA MCkINSEy & COMPANy PARA AMéRICA LATINA

ARMIN SPIRGATIS

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tecnologia celular. A mobilidade pode inovar de forma fundamental os modelos de entrega de serviços de saúde”, afirma, ao revelar ainda que a inovação tecnológica já tem sido utilizada para a entrega de serviços de saúde em diversos países. Entre as formas para tal uso, ele cita o envio de mensagens de texto (SMS) para lembretes de consultas ou avisos para tomar remédios.

Fernandes atesta ainda que os próprios consumidores, ou pacientes, desejam essa mudança. Para embasar sua alegação ele

apresentou estudo realizado pela McKinsey em 2009 junto a 500 usuários de celular no Brasil. Destes, 26% se revelaram interessados nos

serviços de atendimentos médicos via celular e 36% gostariam de ter serviços de monitoramento remoto de sua saúde, por meio um relógio especial com tecnologia de

comunicação móvel. Segundo o consultor, 7% se mostraram dispostos a pagar por serviços de atendimento médico via celular e de

monitoramento de saúde, enquanto 16% topariam pagar por serviços de lembretes médicos via SMS.

* Colaborou Claudiney Santos

O governo do estado de São Paulo inaugurou a unidade de ressonância magnética da Baixada Santista, que estará disponível no hospital estadual Guilherme Álvaro. Cerca de mil exames deverão ser oferecidos por mês quando o serviço estiver

operando em plena capacidade. O agendamento será realizado por intermédio das unidades básicas de saúde da região. A ressonância magnética da unidade será oferecida pelo hospital em parceria com a Fundação IDI.

Antes do novo serviço, os pacientes da Baixada Santista eram encaminhados para a cidade de São Paulo para fazer o exame de ressonância ou realizar o procedimento em instituições privadas, que firmavam convênio para oferecer cotas do exame ao SUS (Sistema Único de Saúde).

“Trata-se de uma grande conquista para a população da Baixada Santista usuária do SUS, que contará com um serviço de qualidade, especializado em imagem, agilizando o diagnóstico de doenças e o tratamento dos pacientes”, afirma Nilson Ferraz Paschoa, secretário de Estado da Saúde.

“O novo serviço certamente irá aliar modernidade, eficácia e precisão nos diagnósticos de exames de ressonância, com rápida emissão de laudos assinados por especialistas”, diz o médico Jacob Szejnfeld, presidente da Fundação IDI.

I ntegrar todos os sistemas que compõem o complexo hospitalar da Unicamp (Universidade de Campinas) é o principal

desafio da Divisão de Informática do Hospital de Clinicas, que atende 115 mil pacientes por ano. Segundo Edson Luiz Kitaka, diretor da Divisão de Informática do Hospital de Clínicas da Unicamp, planejando um projeto hospedado numa nuvem (cloud) privada, onde serão integrados o prontuário eletrônico, cadastro de pacientes, sistemas de ambulatórios, enfermagem, farmácia, além da integração com a Secretaria de Saúde, laboratórios e serviços de laudos.

Em uma segunda fase, o projeto prevê a i os serviços de agendas, protocolos médicos, medicamentos/insumos, gestão de materiais e gestão técnica/administrativa De acordo com Kitaka, um sistema de gestão de saúde único baseado em cloud computing traz racionalização de infraestrutura, arquitetura usada por empresas de grande porte.

“Com essa integração evitamos o retrabalho e teremos

mais facilidade na obtenção de indicadores”, acrescenta. O volume do trabalho de assistência, pesquisa e ensino do Hospital de Clínicas contabiliza ainda 15 mil cirurgias, 350 mil consultas em 44 especialidades médicas, cerca de 2 milhões de procedimentos por ano. Oferece 379 leitos e 54 leitos de UTI (adulto e pediátrico).

O complexo é composto pelo Hospital de Clínicas (HC), Centro de Atenção Integrada à Saúde da Mulher (CAISM), Gastrocentro, Hemocentro, Centro de Saúde da Comunidade (Cecom), Centro Integrado de Pesquisas Oncohematológicas na Infância (Cipoi), Centro de Investigação em Pediatria (Ciped) e Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação (Cepre). Atende também cem municípios do estado de São Paulo e mais de 6 milhões de pessoas na região de Campinas. Nessa cloud serão conectadas as

AMEs das cidades de Limeira, Rio Claro e Mogi Guaçu. Kitaka diz ainda que o projeto prevê que o sistema esteja

numa cloud pública, onde outros agentes de saúde possam ser integrados e também se beneficiem das informações.

iniciativa do Governo

dadoS em nuvem Privada

EDSON LUIz kITAkA

envioS de SmS Para lembrar PacienteS de tomar medicação ou de conSultaS São doiS exemPloS de ServiçoS de Saúde Pelo celular

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1 4 T I I n S I d e | n O v e m b r O d e 2 0 1 0

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>gestão

Quem você é?Alguns profissionais e empresas, no

entanto, já desbravam esse novo mercado. Um deles é Nycholas Szucko, atualmente country manager da zscaler, empresa norteamericana especializada em soluções de segurança na “nuvem” e que recentemente chegou ao Brasil. Antes de assumir o cargo, o profissional atuou como gerente de canais da Cisco por dois anos, entre outras posições.

Perguntamos a ele como pode ser feita a formação de um cloud-worker. “Comecei estudando o modelo junto ao que eu fazia profissionalmente. Não

existia muito material no Brasil, mas vi que era importante analisar o modelo de vendas e li muito sobre TI como serviço. Ainda temos alguns paradigmas a serem quebrados localmente quanto à tecnologia, porém o que vejo é que as pessoas buscam essa formação em paralelo mesmo. Já existe uma demanda pela montagem de unidades cloud em fornecedores, o

Na pesquisa “2010 IBM Tech Trends Survey”, conduzida de forma online pela divisão IBM developerWorks – que fornece perspectivas

sobre as tendências mais significativas da tecnologia empresarial e da indústria, a partir de respostas de 2 mil especialistas de TI em 87 países, a prática de cloud computing está em alta, junto com as tecnologias móveis. Nela, algo como 91% dos entrevistados afirmam que a plataforma da “nuvem” vai ultrapassar a computação tradicional como principal formato das organizações adquirirem TI nos próximos cinco anos. E um reflexo possível é a mudança do perfil dos profissionais de tecnologia.

Afinal quem vai ficar diante dessa perspectiva voltado apenas para a TI como ela era ontem, no lugar de olhar a oportunidade de trilhar um novo caminho profissional? “Para melhor compreender o direcionamento da tecnologia é preciso prestar atenção àqueles que têm pulso nas exigências do mercado. E tanto os programadores como os especialistas de TI respondem a estas necessidades e criam a nova geração de aplicações de negócio”, afirma Jim Corgel, general manager da

Pesquisa da Ibm indica que os profissionais de tecnologia que migrarem para a plataforma cloud computing e quiserem trabalhar com ela estarão em grande evidência em 2015. mas não será preciso esperar tanto. essas novas posições já começam a ficar “quentes” no mundo e aqui no brasil no próximo ano. Saiba o que é preciso para ser um profissional da “nuvem”

Quem quer ser umcloud-worker?

CLAUDIO FERREIRA

IBM Independent Software Vendors e Developer Relations.

“Os resultados da pesquisa demonstram claramente que os profissionais de TI vêem na combinação de tecnologias disruptivas e nas aptidões específicas por indústria a chave para conduzir o crescimento de curto prazo dos negócios”, conclui.

Gerente de novas tecnologias aplicadas da IBM Brasil, Cezar Taurion argumenta que a plataforma de cloud computing está se disseminando e impactando modelos de negócios de empresas de TI já estabelecidas, algo

que poderá até mesmo chegar à “empregabilidade”. “No curto prazo provavelmente veremos as implementações de soluções em cloud complementando as soluções já existentes no modelo tradicional. Mas, no longo prazo, o modelo da nuvem deverá substituir gradualmente o modo computacional atual. Entretanto, seus efeitos já se fazem sentir”, aponta.

a recomendação Para o ProfiSSional Que deSeja miGrar é curSar eSPecializaçõeS em comercialização de ServiçoS e não ficar voltado ao mundo daS “caixinhaS”

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n O v e m b r O d e 2 0 1 0 | T I I n S I d e 1 7

“no curto prazo provavelmente veremos as implementações de soluções em cloud complementando as soluções já existentes no modelo tradicional. mas, no longo prazo, o modelo da nuvem deverá substituir gradualmente o modo computacional atual. entretanto, seus efeitos já se fazem sentir”, CEzAR TAURION, DA IBM

dos entrevistados antecipam que Cloud Computing ultrapassará a computação tradicional como forma principal de as organizações adquirirem TI nos próximos cinco anos;

n Aplicações móveis e Cloud Computing são seguidos pelos media sociais, business analytics e tecnologias específicas da indústria como as oportunidades de carreira mais interessantes a começar em 2011;

acreditam que é importante possuir aptidões específicas da indústria vertical para as suas profissões, enquanto 63% admitem que têm falta de conhecimento da indústria para se manterem competitivos;

n Telecomunicações, serviços financeiros, saúde, energia e utilities lideram o top das quatro indústrias identificadas como tendo as melhores oportunidades para expandirem as suas carreiras profissionais.

que gera novos empregos”, garante. Como perfil, Szucko enumera que é

preciso agregar ao embasamento técnico em TI o fato de acreditar na plataforma e em seu futuro. “Parece simples, mas é preciso confiar e saber as suas nuances. É preciso entender cloud como serviço e projeto e não tecnologia pura”, compara.

Já Tatiana Carvalhinha, gerente de marketing e negócios da distribuidora D-SaaS, especializada em software como serviço e como conseqüência em cloud, enumera que o cloud-worker precisa entender a nova cultura que se forma. Uma mudança que, como ela alerta, pode gerar a volta do “generalista”, que conheça todas as tecnologias, e isto deve se agregar à expertise de pré-venda e ao entendimento de como o cliente pode usufruir da plataforma.

Ontem e hojeÉ certo que o cenário pouco mudou

de quando Szucko começou a estudar a questão, mas melhorou. “Já existe um volume de análises de mercado, mais pesquisas e debates em blogs e em sites sobre o modelo de negócios que cloud passa a propor”, explica.

Como indicação para quem deseja migrar, ele recomenda que o profissional faça especializações em comercialização de serviços e não fique voltado para o mundo das “caixinhas”. “Faço um paralelo com o que aconteceu com o e-commerce em seu início, quem começou a praticar antes tem mais experiência, possibilidades e ganhos”, admite.

Isso significa necessariamente que, como nos primórdios da Internet, veremos profissionais mais novos tomando a dianteira do processo? “O cara mais jovem pode ser mais arrojado, entretanto, o mais importante, independente da idade, é ter uma visão de negócios moderna”, garante.

Um possível choque de gerações já é sentido na distribuidora D-SaaS, mesmo que em pequena escala. Afinal, o presidente da empresa possui 30 anos de mercado enquanto outros diretores chegam aos 25 de experiência. Já Tatiana chegou aos 5 anos e outros tem menos tempo ainda. “A moçada mais nova vem com muita ânsia, só que o legal é existir uma troca entre as pessoas. Ninguém pode ser arrogante”, ensina.

e agora?Nos últimos dois anos, ela relembra, a

empresa passou por um processo de adaptação do mercado, assim como

todos os envolvidos com a D-SaaS. “Trabalhamos com software como serviço e vimos que o profissional que não tirar da cabeça o ranço do modelo antigo vai perder tempo e espaço, independente da idade”, compara.

Tatiana admite que já é complicado contratar profissionais que tenham uma boa visão do mundo de cloud – sem falar, claro, em experiência com o tema –, independente da área em questão. E tanto SaaS como a plataforma da “nuvem” exigem uma nova visão de mercado. Para isto, ela aponta que a pessoa deve ser dinâmica, pró-ativa e interessada. “Não dá para formar esses atributos. Quando encontramos alguém interessante nós a lapidamos, oferecemos informação e se ele é bom buscamos reter ele conosco”, alerta.

A forma de captação dos profissionais, como não poderia ser

diferente, é a web e suas variações, como as redes sociais. E, claro, todos passam pelo crivo da equipe de RH da D-SaaS.

Batalhas e guerrasOutro dado interessante é que existe

um início de “batalha” pelos profissionais que coloca de um lado da mesa os fornecedores e do outro os provedores e canais de tecnologia. Se Tatiana admite que esse processo já se iniciou, Szucko minimiza. “Ainda não chegamos nesse ponto... o que vejo, por outro lado, é que muitos profissionais ainda tem medo de arriscar. Muitos não querem sair da zona de conforto, e outros temem a migração em si. A pessoa precisa ser mais visionária, até como forma de debater novos assuntos e modelos em TI”, explica.

E os salários? Ainda não existe um impacto do gênero “quem está em Cloud ganha mais que no modelo tradicional”, porém a tendência é existir um gap no futuro. Ainda mais se esse profissional associar seus ganhos ao crescimento do business, em cima dos negócios que podem ser gerados. Especialmente aqueles que adotarem uma postura frente ao cliente como um consultor de negócios, e como tal ele é mais caro naturalmente.

Se o mercado ainda não tem uma demanda explosiva, o mesmo não se pode dizer do próximo ano ou em 2012, quando clientes e fornecedores vão estar em outro momento no uso e migração de aplicações para a “nuvem”. Em resumo, ainda existe tempo para estudar e se posicionar frente à plataforma e garantir um espaço nobre no mercado de trabalho de TI.

aS concluSõeS do ibm tech trendS Survey indicam ainda:

91%

90%

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>serviço

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O setor brasileiro de serviços de outsourcing de infraestrutura de TI deve alcançar US$ 3,3 bilhões em 2012, estima a Frost & Sullivan. Na análise da

consultoria, a intensa movimentação das médias empresas, que têm se tornado alvo das provedoras de terceirização, é um dos fatores que influenciaram o grupo Asamar e Cemig a construírem um data center.

Com uma área construída de seis mil metros quadrados na região metropolitana de Belo Horizonte, inaugurada oficialmente no final de outubro, o data center Ativas está em fase de pré-carga e teste dos seus sistemas, para começar a receber os equipamentos próprios e de seus primeiros clientes. Só a área de servidores abrange 1.500 metros quadrados. E já está preparado para uma futura expansão em um terreno de 30 mil metros quadrados.

Ele já nasce com uma dupla certificação: é o primeiro da América do Sul a possuir a classificação Tier III, concedida pelo Uptime Institute, e também recebeu a certificação concedida pelo órgão alemão TÜV Rheinland, reconhecido mundialmente por aferir produtos de alta tecnologia e complexidade.

“Estamos preparados para atender ao cliente mais exigente de qualquer parte do mundo. Os clientes do Ativas podem contar com um nível de disponibilidade mínima certificada de 99,98% para as suas aplicações hospedadas no data center”, garante Antônio Phelipe, CTO da empresa.

A Ativas é uma empresa controlada pelo Grupo Asamar e Cemig Telecom (que detém 49%), com investimentos da ordem de R$ 50 milhões, e prevê faturamento de R$ 200 milhões até 2014. Na primeira fase da operação estão previstos 100 empregos, que podem chegar a 350. A empresa tem outro escritório em Belo Horizonte, onde mantém seus clientes atuais, e filiais em São Paulo e Curitiba.

Com 76 anos de experiência, o Grupo

Asamar tem abrangência nacional nas áreas de distribuição de combustíveis, exploração de petróleo, biodiesel, construção e incorporação, construção em aço e produtos florestais, atuando por meio das suas empresas Alesat Combustíveis, Alvorada Petróleo, Brasil Bioenergia, Masb, Hotel Fasano (Rio de Janeiro), Codeme, Metform, Refloralje e Mourões Touro. Para a Cemig, a participação no empreendimento veio atender a uma necessidade de expansão do grupo, que tinha projeto de construção de um novo data center.

Os serviços disponíveis incluem hospedagem de aplicações (hosting e colocation), armazenamento de informações, soluções de backup, administração de banco de dados e sistemas operacionais, gerenciamento de aplicações e vendas de softwares como serviços (do tipo ERP, CRM, BI e outros). A infraestrutura também estará preparada para oferecer plano de continuidade de negócios (PCN), que garante ao cliente a continuidade do seu negócio em caso de algum desastre. Existe uma sala de comando da operação e outra para

responder a uma possível ação de gerenciamento de crise.

Alexandre Siffert, presidente da empresa, diz que o diferencial em relação aos demais data centers instalados no Brasil será a qualidade na prestação dos serviços, com profissionais altamente capacitados; pela adoção das melhores práticas de mercado como base para construção dos processos; pelo desenvolvimento de alianças estratégicas com parceiros de negócios; e pela busca de relacionamentos duradouros e sustentáveis com os clientes.

DetalhesToda a infraestrutura do Ativas é

duplicada. Para a entrada dos equipamentos existem duas baias independentes, onde servidores, unidades de storage, e demais equipamentos são desembalados e encaminhados para a instalação nos locais definitivos de forma a não contaminar as salas climatizadas.

Os sistemas de energia da Emerson e da Schneider também são independentes, de forma a garantir o suprimento de energia, que recebem alimentação de dois provedores, e que também pode ser alimentado por um gerador a diesel em caso do restabelecimento da energia perdurar.

O cabeamento estruturado - fornecido pela CommScope garante o funcionamento da rede virtualizada controlada pela solução Nexus 5000 da Cisco, na qual foi investida cerca de US$ 2 milhões. Além disso, conta com tanques de resfriamento de água e um sistema de vigilância do perímetro com câmeras de aproximação em que o zoom pode ver um detalhe do tamanho de um crachá.

O Ativas será também o primeiro data center a utilizar no Brasil o Oblicore Guarantee, um produto que tem como principal função o gerenciamento dos múltiplos acordos de nível de serviço (SLAs), fornecido pela CA Technologies, cujo característica é dar visibilidade aos processos de TI e negócios dos clientes.

novo data center Ativas entra em operação comercial

“O diferencial da empresa em relação aos

demais data centers instalados

no brasil será a qualidade na

prestação dos serviços, com profissionais

altamente capacitados”

ALExANDRE SIFFERT, DO ATIVAS

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Prova de fogo

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Page 20: Revista TI Inside 63 - novembro 2010

Propostas e projeções políticas e regulatórias. O que muda com a posse do novo governo em 1º de janeiro.

Feira, Seminários, workshops e palestras discutem e analisam as tendências da WEB 2.0 no mais importante e completo evento do setor no Brasil.

Evento que apresenta estratégias e tecnologias que viabilizam a entrega de conteúdo audiovisual em múltiplas plataformas.

Palestras e Workshops com conteúdos que abordam as novas tecnologias para Call Center, novas ferramentas de CRM e as regulamentações do setor.

As inovações e propostas desenvolvidas por operadoras, agências de propaganda móvel, integradores de valor agregado e soluções empresariais e fabricantes de dispositivos móveis.

Único evento de satélites da América Latina, para debater os temas mais importantes do setor.

Discute as questões de estratégia, legislação e sustentabilidade em TI, abrangendo ainda temas como energia em data centers, resíduo eletrônico, projetos de facilities e infraestrutura.

Ponto de encontro de executivos de televisão de vários países, produtores, distribuidores de conteúdos e operadores de TV paga e telecom.

O maior e mais importante evento de negócios de TV por assinatura, mídia, entretenimento e telecom da América Latina.

O mais abrangente encontro que discute os modelos para a banda larga sem fi o e seus efeitos nos lares e escritórios brasileiros.

Soluções, novas tecnologias e experiências no uso da TI para melhorar os sistemas de gestão do ecossistema da saúde.

Auditório da Finatec/UnB, Brasília, DF Centro de Convenções Frei Caneca,São Paulo, SP

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Rio de Janeiro, RJ São Paulo, SP São Paulo, SP

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Transamérica Expo Center, São Paulo, SP

São Paulo, SP São Paulo, SP

Fórum Saúde Digital

Fórum

24Fev 16 a 18Mar

08 e 09Jun 27 e 28Set

05 e 06Out 25Out 09Nov

15 e 16Jun 09 a 11Ago29Jun 23Ago

Com o apoio editorial das revistas TELA VIVA, TI INSIDE e TELETIME, os eventos da CONVERGE COMUNICAÇÕES recebem um público qualifi cado cujo diferencial é a capacidade de garantir um retorno máximo para seu investimento.

A Converge trazpara você os melhores eventos do ano.

A cadeia de valor das soluções inovadoras de TI, que inclui cloud computing, virtualização e SaaS - Sotware as a Service.

Trata dos investimentos, adequação estratégica e perspectivas de resultados nas decisões sobre tecnologias, plataformas e soluções de rede, gerenciamento, provisionamento e sistemas.

A maior feira e congresso da indústria brasileira de TIC terá como foco: inovação em TI, gestão empresarial, logística e distribuição, agribusiness, telecom, mobilidade, web 2.0 e negócios digitais.

Evento com discussões sobre conteúdo para celular e entretenimento móvel, além de conceitos técnicos e de negócios aplicáveis ao setor.

O primeiro evento voltado para os setores governamentais que demandam soluções de TI e telecom em suas atividades.

Trata das redes de energia digitais e inteligentes que representam uma revolução para o mundo das telecomunicações, tecnologia da informação e do setor elétrico.

São Paulo, SP São Paulo, SP Porto Alegre, RS Centro de Convenções Frei Caneca,São Paulo, SP

Auditório da Finatec/UnB, Brasília, DF

São Paulo, SP

06Abr 26Abr 10 a 12Mai 18 e 19Mai 26Mai 31Mai

Venha debater as novas estratégias das empresas de telecomunicações para na área de TI. Os caminhos para que teles se tornem provedoras de soluçõres de cloud computing, unifi ed communications, virtualização e serviços gerenciados.

INFORMAÇÕES 0800 77 15 [email protected]

PARA PATROCINAR 11 [email protected]

Page 21: Revista TI Inside 63 - novembro 2010

Propostas e projeções políticas e regulatórias. O que muda com a posse do novo governo em 1º de janeiro.

Feira, Seminários, workshops e palestras discutem e analisam as tendências da WEB 2.0 no mais importante e completo evento do setor no Brasil.

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Fórum Saúde Digital

Fórum

24Fev 16 a 18Mar

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>serviço

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O significado de serviço de valor agregado (VAS - do inglês Valued Adde Service) é o reconhecimento do benefício alcançado pelo

cliente em relação ao recurso empregado para realizar uma atividade, ou seja, quando um cliente se sente satisfeito ao usar um recurso (e pagar por ele) oferecido por alguma empresa.

No caso de TIC, um exemplo de oferta de VAS reside no mercado de telefonia móvel. Uma recente pesquisa feita pela Acision sobre o estado de implementação de VAS no Brasil, no entanto, concluiu que no ranking mundial ficamos bem atrás, principalmente quando o “concorrente” é o Japão, onde uma das operadoras (Softbank) já chegou á 50% de sua receita em serviços de VAS. Na Europa e nos EUA as operadores estão chegando a 30% e 40%, enquanto a América Latina está com 21%. O Brasil chegou no segundo trimestre de 2010 com apenas 16,3%. Entre as operadores brasileiras a Vivo tem a maior receita.

Segundo Rafael Steinhauser, presidente de operações da Acision para América Latina, o serviço agregado mais primário que pode ser oferecido por uma operadora é o SMS, popularmente conhecido como torpedo. “Até o fim do segundo trimestre de 2010 chegamos à marca de 15 mensagens de texto mensais por usuário, enquanto a media na América Latina é de mais de 50. Os EUA chegam a 330, e o SMS é muito comum entre os jovens na faixa etária de 12 e 17 anos”, afirma.

A pesquisa também mostra que as operadoras brasileiras têm muito a fazer até alcançarem uma boa lucratividade com os serviços. O consumo desses produtos no País está bem abaixo da média mundial e um dos fatores é a política de preços. Aqui, a mensagem por SMS não tem um

valor tão atraente quanto nos EUA ou até mesmo nos demais países da América Latina. Em média, enquanto o custo de uma ligação tradicional de voz no Brasil é de R$ 0,41 por minuto, o SMS fica em torno de R$ 0,25 por mensagem enviada. Já na Argentina a diferença de preço é mais perceptível, enquanto uma ligação de voz fica em torno de R$ 0,23 por minuto, a mensagem de texto sai por R$ 0,05 cada.

Mas nem todos os pontos são negativos. Tarcilio Ribeiro, vice-presidente de vendas da Tellabs para a região do Caribe e América latina, cita que existia uma defasagem muito grande na introdução desses serviços aqui no Brasil, mas ela vem diminuindo. “A telefonia celular foi introduzida no País sete ou oito anos depois do mercado americano, a segunda geração teve uma defasagem menor, cerca de três anos. Já na introdução do 3G foi de 1 ano, e a medida que o tempo vai passando as tecnologias vão chegando aqui mais rápido, e a tendência é que a aceitação dos serviços seja mais veloz”, cita.

Iniciativas“O SMS já é hoje o serviço mais

utilizado pelos clientes da Claro,

constituindo uma forma de comunicação rápida e não intrusiva. Queremos facilitar ainda mais esta comunicação oferecendo descontos por volume de mensagens contratadas”, afirma Fiamma zarife, diretora de serviços de valor agregado e roaming da operadora. “Temos também outros serviços de VAS que incluem a conexão a internet e aplicativos, e contamos com um programa de controle parental, algo muito requisitado por nossos clientes que querem controlar o acesso de seus filhos através de smartphones e outros gadgets”, relata.

A Vivo conta com serviços como o Kantoo for All, aplicativo que promete ensinar inglês via SMS para quem não tem contato algum com o idioma, desenvolvido em parceria com a escola de inglês La Mark. “Vale a pena investir em conteúdo de qualidade”, afirma Alexandre Fernandes, diretor de produtos e serviços da empresa. “O serviço, que é tarifado a R$ 1,99 por semana por usuário, somou 10 mil usuários na primeira semana de testes e tem hoje 600 mil clientes cadastrados”, relata.

Para o diretor de serviços agregados da TIM Brasil, Flávio Ferreira, diz que a timidez das operadoras nessa área de SVA tem origem na falta de padronização tecnológica. “Um desenvolvedor quando faz um aplicativo, por exemplo, para o iPhone, consegue atingir um nível mundial, enquanto um desenvolvedor que queira prestar um serviço para a operadora tem que fazer uma customização para cada empresa. Isso também se aplica para o mobile payment. Não tem como você chegar a um estabelecimento e ter quatro formas diferentes de pagar, uma para cada operadora. Seria como se cada banco tivesse um sistema próprio. Por isso é necessária a padronização desses serviços”, afirma.

RUAN SEGRETTI, ESPECIAL PARA TI INSIDE

Preço alto e demora na introdução dos serviços deixam brasil atrasado em relação aos europeus e norte-americanos

“O SmS já é hoje o serviço mais utilizado pelos

clientes da Claro, constituindo uma

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CLAUDIO FERREIRA

O mercado local de UC (Unified Communications) e a evolução do conceito ainda tem muito o que revelar, porém os primeiros cases trazem mais fôlego para ampliar a ainda limitada utilização da tecnologia por estas bandas. e a tecnologia segue a evoluir, seja com o protocolo SIP ou mesmo ao agregar telepresença

Com grande potencial, mas ainda longe do que é feito lá fora. Esta é a fotografia do mercado de UC (Unified Communications) no

Brasil. Não existem números confiáveis do mercado da tecnologia no país, porém o montante dos projetos de comunicação em geral, como os valores divulgados pela Siemens Enterprise Communications, dão uma dimensão. Em 2009, o setor movimentou US$ 144,8 bilhões, com estimativa de atingir US$ 155,3 bilhões, em 2010, e chegar aos US$ 187,2 bilhões, em 2014, ano da Copa no Brasil.

Como conceito, UC é um neto da telefonia IP, que alguns já consideravam como um tipo de comunicação unificada. O conceito para a maioria dos fornecedores, entretanto, é mais amplo: o de união das mídias ou canais de comunicação na ponta dos usuários. Outra corrente admite que o UC surgiu da necessidade dos players de PABX se reinventarem em um segmento, falando deste tipo de equipamento, saturado. “O conceito UC surge como uma forma de renascimento em um momento de crise. Ele nasceu junto com o mundo web e se esperava uma evolução tão rápida quanto, mas não foi isso que vimos”, admite Francisco

Virgillo, diretor de alianças tecnológicas da Altitude Software (veja mais no Box: A SIP no call center).

Enquanto a penetração da tecnologia de UC fora da América Latina é significativa, o Brasil ainda patina em muitos aspectos. Do preconceito que aponta que apenas as grandes empresas podem ter projetos do gênero até a noção errônea de que a tecnologia serve apenas para diminuir custos de telefonia e “juntar” canais de comunicação. “As soluções, no que diz respeito à tecnologia, estão maduras. Os clientes é que ainda não estão. Muitos não têm consciência do que UC pode trazer. Os clientes locais ainda se

Comunicação Unificada: surge um novo mercado

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valem do medo e não são early adopters. Ainda fazemos um trabalho de evangelização localmente”, garante Yngrid Azevedo, gerente de novos negócios de soluções de comunicações unificadas da Avaya.

É lógico que o grosso dos projetos ainda se concentra nas grandes corporações, o que demonstra a baixa maturidade do mercado, mas excluir previamente a possibilidade de empresas de outros portes investirem é um erro. “Ainda se fala muito e não existem tantos projetos assim. O que é feito por aqui é mais no high-end mesmo”, admite Pierre Rodriguez, vice-presidente da Polycom na América Latina e Caribe. A empresa, aliás, montou uma parceria com a Aruba Networks para trabalhar o segmento de telepresença (veja mais no Box: Aqui e aqui).

Da goiaba à goiabadaOs problemas, no entanto, se

tornam uma oportunidade. Ainda mais em um segmento com múltiplas possibilidades e pulverizado em suas ofertas, sem um player dominante. “Cada fornecedor busca alavancar o seu conhecimento, produtos e relacionamentos com os clientes e expandir o seu papel. O objetivo comum é se tornar uma âncora para o mercado. E nenhum fornecedor consegue fazer tudo”, admite Elia San Miguel, analista de pesquisas do Gartner Brasil, que responde não apenas pelo segmento de telecomunicações puro como de UC.

Ao analisar o mercado, Elia acredita que fornecedores com o perfil de provedores de comunicação – como Cisco e Tandberg, Avaya e Polycom – levam vantagem. “Esses fornecedores oferecem soluções best-of-breed que não têm concorrência e são muito difíceis de substituir. Estas tecnologias têm grandes barreiras à entrada”, frisa a analista.

Como proposição de futuro do mercado local, o horizonte parece ser promissor. “Temos um mercado de usuários mudando para algo mais geral. A maturidade das soluções está comprovada e entre 2010 ou 2011 teremos mais força em voz e em colaboração”, aponta Alejandro Bourg, vice-presidente da Aspect para América Latina e Caribe.

Porém, o mercado ainda não possui uma grande massa crítica. “As

empresas locais ainda tem gaps de utilização de algumas ferramentas, como o uso de Instant Messenger, que ainda não é tão comum como em outros países. Ter um client que acessa todos os canais, com uma solução de

número único e baseada em presença, é algo ainda muito sofisticado para a maioria das corporações”, aponta Sérgio Fortuna, gerente da área de Information Management da IBM Brasil.

Tudo limpeza!Mesmo com um mercado ainda

buscando uma maior maturidade, já existem casos de sucesso que podem trazer luz para as corporações que ainda possuem dúvidas quanto ao uso e a implementação de um projeto de UC. A Química Amparo, fabricante de produtos químicos para higiene e limpeza e detentora das marcas Ypê e Atol, por exemplo, integrou três fábricas com a plataforma de comunicações unificadas da Avaya. O projeto consiste na implementação de uma nova plataforma de telefonia IP com este sistema. Nele, o usuário pode escutar seus e-mails via PABX além de manter uma comunicação em tempo real tanto com colaboradores da própria empresa, mesmo os que trabalham em outras sedes, e até parceiros.

A solução de UC da Avaya permite ainda que o usuário faça ligações de voz sobre IP (VoIP), tecnologia que oferece redução de custos para a empresa, estendendo o

conceito de integração aos escritórios regionais, matriz e aos demais colaboradores. A nova plataforma permite ainda um gerenciamento centralizado e o desenvolvimento de novas aplicações, de acordo com as necessidades da empresa.

As três plantas industriais da empresa já estão com os sistemas de comunicação em pleno funcionamento. E todos os equipamentos utilizados na implementação do projeto, como servidores, gateways, softphones e telefones IP, foram fornecidos pela integradora escolhida, a Anixter.

A solução de UC da Química Amparo permite o acesso de todos os funcionários ao ambiente corporativo, independente de sua localização, e com ferramentas e aplicações de telefonia, voicemail, vídeo, e-mail e chat, com um custo bem acessível. De acordo com a direção da empresa, os colaboradores agora dispõem de uma maior flexibilidade em relação ao uso dos diferentes dispositivos existentes dentro do seu parque de equipamentos, além

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em 2009, o Setor movimentou uS$ 144,8 bilhõeS, com eStimativa de atinGir uS$ 155,3 bilhõeS, em 2010, e cheGar aoS uS$ 187,2 bilhõeS, em 2014, ano da coPa no braSil

PIERRE RODRIGUEz, DA POLyCOM: PROJETOS NO BRASIL AINDA SE CONCENTRAM ENTRE AS GRANDES EMPRESAS

“Cada fornecedor busca alavancar o seu conhecimento, produtos e relacionamentos com os clientes e expandir o seu papel. O objetivo comum é se tornar uma âncora para o mercado. e nenhum fornecedor consegue fazer tudo”ELIA SAN MIGUEL, DO GARTNER

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de mais agilidade nos processos internos – até mesmo aqueles que dependem da integração com novos sistemas.

O mote do projetoGigante do segmento de bebidas, a

Coca-Cola partiu para o desafio de migrar a infraestrutura de telecomunicações da subsidiária brasileira para um sistema convergente de voz e dados. E o passo inicial era a substituição dos sistemas de voz sob tecnologia tradicional (TDM) instalados na matriz em Botafogo e em Del Castilho, ambas no Rio de Janeiro, e a interligação da rede com os escritórios de São Paulo, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília.

Para transformar a rede de comunicação, composta por seis centrais de comunicação distintas, em uma plataforma única e gerenciada centralmente e ainda modernizar seu contact center, a companhia precisava de uma solução pronta para se integrar às novas tecnologias de mercado. E a escolha recaiu pela Siemens Enterprise Communications, já parceiro global, que apresentou a melhor relação entre custo e benefício com sua ferramenta de comunicações unificadas, baseada em software e padrões abertos, o OpenScape UC Server.

Em 2008, a equipe de TI da Coca-Cola elaborou a requisição do projeto, da qual participaram, além da Siemens, os principais provedores de soluções de UC do mercado. “Foi o melhor pacote técnico e financeiro. Consideramos também a estrutura de suporte que o Network Operations Center da Siemens Enterprise Communications oferece”, avalia Carlos Anciães, gerente de technology towers & projects da Coca-Cola para a América Latina. Por meio de uma gerência de rede centralizada, o departamento de tecnologia poderia ter maior visibilidade sobre o que acontece na organização e reverter a informação em eficiência de gestão e, como conseqüência, garantir menores custos.

O executivo lembra que, anteriormente, todas as atualizações possíveis foram realizadas, mas a Coca-Cola esbarrou na falta de capacidade da infraestrutura para implementar novas funcionalidades de comunicação móvel. “Formamos uma companhia basicamente de executivos. Por isso, informação e mobilidade são as chaves

para agilizar as decisões. Não podíamos deixar de viabilizar a comunicação dos profissionais de qualquer lugar”, avalia.

Objetivos para todosA mudança era necessária e visava

principalmente garantir mais eficiência na comunicação entre funcionários, fabricantes autorizados, revendas, distribuidores e parceiros de negócios. O atendimento ao consumidor também era um ponto crítico da operação, já que milhares de consumidores da

Coca-Cola consultam a empresa. Migrar direto para um sistema IP nativo foi o caminho escolhido pela equipe de TI para obter resultados concretos em economia e aumento de produtividade, no curto prazo.

A companhia optou pela plataforma Siemens Enterprise Communications com a adoção do OpenScape UC Server, solução baseada no protocolo de iniciação de sessão (SIP) e desenvolvida sobre plataforma SOA (Arquitetura Orientada a Serviços), elementos essenciais para a integração dos serviços de comunicação com o restante da rede e com as aplicações de negócio.

O OpenScape UC Server se tornou o centro do ambiente de comunicação e colaboração. Diferente das centrais tradicionais que utilizam hardware proprietário, por ser uma solução de UC baseada em software, ela possibilita que a qualquer momento sejam incluídas novas aplicações. Para começar a usá-las, basta ativar licenças para novos usuários de voz, videoconferência, colaboração, mobilidade, mensagens unificadas, entre outras tecnologias.

A preocupação da Coca-Cola com confiabilidade da rede foi outro aspecto considerado pela Siemens. Os gateways com recursos de sobrevivência instalados em todas as localidades garantem a continuidade dos serviços, no caso da comunicação entre as localidades e o data center ficar indisponível. Os equipamentos da rede de voz foram atualizados para operar como gateways e também utilizam sistemas de mercado, graças a capacidade do OpenScape UC Server em trabalhar com padrões abertos.

Fase inicialAntes de iniciar o projeto de

migração tecnológica, no entanto, a equipe da Siemens trabalhou na área de TI da Coca-Cola por meio de serviços de consultoria de rede (VoIP

Assessment), para incorporar níveis de qualidade de serviços (QoS). Atividades de pre-assessment também foram realizadas pelo arquiteto de soluções responsável pelo projeto, apoiado por um time de consultores, o que agregou maior confiabilidade ao investimento.

Um dos resultados, obtidos por meio da nova rede, agora muito mais confiável, foi a redução na quantidade de chamadas ao help desk. “Os incidentes caíram em média 70%. Além de reduzirmos os recursos alocados na atividade, a economia anual, com o custo mensal de manutenção dos sistemas antigos, foi de cerca de US$ 100 mil”, informa Anciães. A Coca-Cola

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>mercado

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Misturar UC com contact center e IP. O conceito do SIP (Session Initiation Protocol), protocolo de sinalização de telefonia IP que serve como sinal inicial para estabelecer

o contato entre chamadas e conferências, é um dos padrões em comunicações unificadas. Uma oferta para contact center é a da Altitude por meio de seu Altitude vBox 4.0.

A solução permite, de acordo com a fornecedora, às empresas de todos os tamanhos implementar soluções multimídia para contact centers IP de última geração e em curto prazo. O vBox é baseado em Asterisk, talvez o mais popular PABX IP open source do mundo, e a solução de infraestrutura foi otimizada para potencializar desempenho, escalabilidade, usabilidade e permitir integração direta com o Altitude uCI, a suíte de gestão de interações com o cliente da empresa.

As operações com o Altitude vBox podem começar com

algumas posições de atendimento e crescer para atender às necessidades específicas de cada empresa, adicionando características e funcionalidades ao longo do projeto. Os agentes que usam soluções IP podem contar também com o Altitude Unified Desktop para fornecer dados e realizar o atendimento multimídia. A aplicação desktop multimídia inclui integração com softphones SIP, qualquer outra aplicação desktop proprietária ou soluções de CRM de terceiros.

“Associado à suíte para contact centers Altitude uCI, o Altitude vBox permite a empresas de pequeno e médio porte implementar rapidamente uma infraestrutura e soluções IP multimídia para contact center a custos muito competitivos”, garante Miguel Lopes, vice-presidente de marketing e gestão de produtos da Altitude Software. “Esta solução unificada é ideal para criação de novos sites ou para implementação de operações flexíveis em infraestruturas já instaladas“, completa.

a SiP no call center

modernizou assim as ferramentas de comunicação para melhorar o dia-a-dia dos funcionários e também o atendimento ao consumidor.

Aliás, com o objetivo de aprimorar cada vez mais o atendimento, a Coca-Cola adquiriu a aplicação OpenScape Contact Center Enterprise. São 50 posições de atendimento e seis de supervisores que podem ser ampliadas quando for necessário. Isto porque, diferente das soluções tradicionais, que necessitam de um planejamento antecipado para instalação de novos hardwares, o ambiente é 100% baseado em software e permite maior agilidade nas ampliações, pois necessita apenas da aquisição de novas licenças. O Contact Center foi integrado também ao correio de voz que a companhia utilizava.

A instalação do projeto completo, incluindo o Contact Center, ocorreu no prazo recorde de quatro meses e o contrato engloba manutenção por três anos. “Trocamos as centrais defasadas por uma solução 100% IP. Também mudamos o sistema de mensagens”, finaliza Anciães.

No setor públicoOutra história interessante é a da

Secretaria do Estado de Fazenda do Rio de Janeiro, que utilizava uma ferramenta de comunicação baseada em software livre. Com a demanda por outros serviços, além das trocas de mensagens e a dificuldade para agendar reuniões e marcar salas via correio eletrônico, a instituição resolveu migrar para uma solução com

características de UC, mesmo que não atue com todas as possibilidades de integração de voz e dados.

Com cerca de 3 mil funcionários distribuídos em 45 localidades, a Secretaria utilizava o serviço de correio eletrônico como ferramenta de comunicação desde 1998. À época, a diretiva de governo apontava para a adoção do software livre. E, em 2003, após migração, a instituição passou a usar o Postfix. Nos anos seguintes, com usuários mais exigentes e demandando outros serviços além da simples troca de mensagem, se consolidou a necessidade de adquirir uma nova solução. “A ferramenta de correio utilizava o protocolo POP em clientes Outlook. Com o aumento do tamanho das caixas postais essa

prática tornou-se complicada, pois cada usuário trabalhava com grandes arquivos PST que normalmente apresentavam problemas”, admite Bruno Lemos, responsável pela Infraestrutura da Assessoria de TI da Sefaz.

Além disso, a lista de contatos e o serviço de calendário eram individuais, o que dificultava a localização do endereço de e-mail dos usuários e o agendamento de reuniões e marcação de salas. Segundo Lemos, os funcionários cobravam a maior integração dos sistemas e o acesso móvel confiável para aqueles que trabalhavam em campo.

Troca expressaEm 2007, com a mudança de

gestão, houve troca de equipe na Secretaria e tornou-se ainda mais urgente a demanda por novas práticas, como o uso de ferramentas de correio mais colaborativas e simples, que não exigissem administração de backups ou manutenções em arquivos de mailbox. “Além dos problemas que já enfrentávamos, essa mudança de diretriz foi fundamental para iniciar o processo de melhoria do serviço de correio eletrônico”, diz o gerente.

Não houve êxito na busca por ferramentas livres que preenchessem os novos requisitos, sendo necessária a análise de soluções de mercado. O resultado é que, ainda em 2008, a Secretaria adotou o Microsoft Exchange Server 2007. E, entre os fatores que contribuíram para a tomada de decisão, estava exatamente o fato da instituição

“O conceito UC surge como uma forma de renascimento em um momento de crise. ele nasceu junto com o mundo web e se esperava uma evolução tão rápida quanto, mas não foi isso que vimos”FRANCISCO VIRGILLO, DA ALTITUDE SOFTWARE

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já ser usuária do Outlook como cliente de correio. Para implementar a solução, a instituição contou com a ajuda da Allen Informática.

A aquisição foi concretizada por meio de um registro de preço firmado entre o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj) e a Allen Informática. A parceira Microsoft fez um levantamento das necessidades do cliente, dos objetivos da migração e de suas restrições. Detalhou o ambiente da Secretaria e realizou o planejamento e o desenvolvimento do projeto para a migração. A empresa se responsabilizou pela instalação de servidores; configuração do Exchange 2007 para trabalhar em coexistência com o sistema antigo; e realização de testes de fluxo de e-mails entre os sistemas e para a internet.

Ao atuar integrado à ferramenta de software livre, o Exchange viabilizou uma migração gradual e transparente. “Os problemas foram resolvidos com tranqüilidade. Criamos uma base de conhecimento que acelerou o processo de migração e reduziu o impacto para o usuário”, diz Lemos.

Migração e integraçãoCom a rede local trabalhando em

servidores Microsoft Windows 2000 e Microsoft Windows 2003, a Secretaria de Fazenda do Rio de Janeiro observou maior facilidade de integração com o Active Directory. O gerenciamento dos usuários foi simplificado, graças ao uso de apenas uma senha para efetuar o

logon na rede e ter acesso às contas de e-mail.

“A integração do Exchange 2007 com o Outlook permite aos gestores planejar reuniões em toda a Secretaria, fazendo a consulta ao catálogo geral de e-mails e convocando os usuários com

poucos cliques”, afirma Lemos. Eles também ganharam acesso móvel confiável o que possibilita, por exemplo, navegar na Web, checar suas mensagens e fazer agendamentos pelo webmail usando um smartphone, ações que estavam comprometidas com a

solução anterior. Ao ampliar a integração entre rede e e-mails, a assessoria de TI identificou uma diminuição de 35% nos chamados de usuários.

Como lembra Lemos, com as caixas postais centralizadas no servidor e as funcionalidades do Exchange 2007, foi possível disponibilizar uma série de recursos que antes a Secretaria não podia implementar. Entre eles, a recuperação de e-mails perdidos pelo próprio usuário ou com o auxílio da equipe de suporte, o melhor uso do webmail, que passou a ser idêntico ao Outlook, facilitando a rotina do usuário, além da facilidade no processo de auditoria de mensagens.

Mas qual pode ser o driver ideal para a implementação de um projeto? “Depende da empresa e da tecnologia. Temos clientes procurando ampliar a mobilidade ou o trabalho remoto, e ainda a mobilidade interna nas empresas ou até mesmo tratando da ideia de redução de custos. Se for uma solução de diminuição dos valores de

telefonia, temos algumas ferramentas para cálculo de ROI, por exemplo, mas UC depende muito do legado e do foco”, garante Yngrid Azevedo, da Avaya, que acredita em um mercado crescente em 2011, com mais projetos e soluções em evolução.

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Oum doS reSultadoS obtidoS Pela coca-cola Por meio da nova rede foi a redução de 70% em média na Quantidade de chamadaS ao helP deSk

SéRGIO FORTUNA, DA IBM: EMPRESAS LOCAIS AINDA TEM

GAPS DE UTILIzAÇÃO DE

ALGUMAS FERRAMENTAS,

COMO O USO DE INSTANT

MESSENGER, qUE AINDA NÃO é TÃO

COMUM COMO EM OUTROS PAíSES

E specializada em soluções de telepresença, vídeo e de comunicações de voz, a Polycom trabalha em comunicações unificadas (UC) agora com a ajuda da

Aruba Networks. O conceito é auxiliar empresas que possuem filiais e colaboradores remotos com imagens em alta definição por meio de redes IP em telepresença.

As soluções vão desde telepresença pessoal até telepresença imersiva, sistemas de vídeo conferência para salas de conferência, utilização pessoal e em grupo, aparelhos de voz sobre IP e sistemas de conferência de voz. “Na medida em que as empresas ampliaram as suas iniciativas de teletrabalho para incrementar a produtividade, reduzir impactos ambientais e diminuir custos, as limitações e custos das soluções tradicionais de acesso remoto fizeram crescer a demanda por melhores alternativas”, aponta Manav Khurana, executivo da Aruba.

A solução VBN (Virtual Branch Networking), da Aruba, recém certificada pela Polycom, visa atender este aspecto com custos baixos de desenvolvimento por usuário e por site. Utilizada em conjunto com as soluções de UC da parceira, a VBN torna, de acordo com a dupla de fornecedores, mais prática a adoção de programas de teletrabalho por toda corporação, seja ela pequena ou grande.

“As empresas que utilizam ou estão planejando utilizar as soluções de comunicação unificada da Polycom, ao utilizarem em conjunto as soluções de VBN da Aruba, terão uma grande redução nos custos operacionais e de aquisição. A VBN em conjunto com a nossa solução de UC, oferece valor agregado e economia ímpar para nossos canais, permitindo, com o mínimo de treinamento, a instalação rápida e simplificada da solução”, ressalta Fernando Lobo, country manager da Aruba Networks para a América do Sul.

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>mercado

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O cronograma da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) reservou para o mês de dezembro a adesão de mais um lote de

contribuintes, o último do ano. A partir do dia 1º o documento no formato digital se fará presente nas operações de vendas para a administração pública, conforme determina a cláusula segunda do Protocolo ICMS 42, de 03 de julho de 2009.

A obrigatoriedade atingirá todas as empresas que negociam com os órgãos públicos da administração direta ou indireta, inclusive empresas e sociedades de economia mista, da União, Estados, Distrito Federal e municípios.

A NF-e substituirá os tradicionais formulários de papel modelos 1 e 1A. Outras operações que não utilizam notas desses modelos estão excluídas da obrigatoriedade, a exemplo das vendas com cupons fiscais. Esta regra alcança todos os contribuintes

e independe do valor da operação. Os que já utilizam NF-e não precisarão fazer qualquer modificação.

Já os contribuintes que não possuem sistema com recurso de emissão de NF-e podem baixar gratuitamente o Programa Emissor de NF-e, no Portal Nacional da Nota Fiscal Eletrônica (www.nfe.fazenda.gov.br).

Além do programa de emissão da NF-e, o Portal apresenta o Manual do Emissor de NF-e e uma série de vídeos explicativos do uso do sistema. Para emitir uma NF-e é necessário utilizar um certificado digital de pessoa jurídica, o qual assegura a origem e autenticidade da NF-e.

Caso o contribuinte ainda não possua um certificado digital, pode adquiri-lo

junto a uma das Autoridades Certificadoras credenciadas pela ICP-Brasil. Um único certificado digital pode ser usado para assinar as NF-e de todos os estabelecimentos da empresa.

Fisco paulista divulga nova lista de obrigados a transmitir a EFD

A Secretaria da Fazenda de São Paulo divulgou a nova lista de contribuintes do ICMS obrigados a transmitir a Escrituração Fiscal Digital (EFD) a partir do próximo ano. A EFD relativa aos períodos de referência de janeiro, fevereiro e março de 2011 poderá ser enviada até o dia 25 de março.

A partir do período de referência de abril/2011, os arquivos digitais deverão ser transmitidos até do dia 25 do mês subseqüente ao período a que se refere, como determina o artigo 10º da Portaria CAT nº 147/2009.

No Rio de Janeiro, a Secretaria da Fazenda prorrogou para o dia 30 de novembro o prazo para os contribuintes transmitirem os arquivos digitais da EFD das competências de janeiro de 2009 a outubro deste ano.

O recolhimento deve ser feito por bancos comerciais, bancos de investimento e de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários.

A lista inclui empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguro privado e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada.

CNJ distribui certificados digitais para 5,1 mil magistrados

Como parte do processo de modernização do Judiciário, que tem avançado no uso de recursos eletrônicos, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) adquiriu 5,1 mil certificados digitais, que serão distribuídos aos magistrados de todo o Brasil.

O CNJ tem metas agressivas nessa área: pretende certificar todos os 16,1 mil juízes. Atualmente, 40% deles não dispõem de certificados digitais. No ano passado, o órgão fez um registro de preços para aquisição de 10 mil certificados, volume suficiente para atender a toda a demanda existente na época.

Depois de entregue a primeira remessa, se ainda houver necessidade, o CNJ pode voltar a adquirir mais certificados, já que a licitação por registro de preços permite a aquisição da quantidade exata necessária.

“A entrega de certificados digitais é mais um passo do Conselho, auxiliando os juízes e os tribunais a se modernizarem”, comenta o conselheiro Felipe Locke Cavalcanti.

Vários sistemas utilizados pela Justiça são restritos aos magistrados certificados digitalmente. É o caso do Infojud, que permite ao Judiciário acesso aos registros da Receita Federal. A tendência é que outros sistemas também passem a exigir o certificado digital, considerado o mecanismo mais seguro para a comunicação pela internet.

Vendas para setor público exigirão NF-e a partir de dezembro

Veja mais em www.tiinside.com.br/gestaofiscal

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>especial

A Config implantou a sua solução Triangulus RD-e para gerenciar o recebimento e a emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) da Sadia, cujo fluxo diário é intenso. Contando toda a operação, que inclui 70 sites, entre

fábricas e filiais de venda, em 19 Estados, todos os dia a companhia recebe 5 mil notas e emite 70 mil.

Os documentos gerados pelos fornecedores são recebidos pelo Triangulus RD-e, que imediatamente verifica a sua validade, autenticidade e a integridade das informações. Isso sem qualquer interferência humana.

O mesmo procedimento acontece quando da emissão do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (DANFE), que acompanha a mercadoria.

A ferramenta desenvolvida pela Config garante que o emissor e o destinatário da NF-e estejam em conformidade com o estabelecido no Manual do Contribuinte, evitando o recebimento, pela Sadia, de documentos irregulares, cancelados ou com erros de preenchimento.

De acordo com Wilson Silva, diretor da Config, o Triangulus RD-e opera em missão crítica no datacenter da companhia.

Para desenvolver o projeto, a Config teve de superar o desafio de implantar uma solução de recebimento, emissão e gerenciamento de NF-e capaz de ser integrada ao sistema de ERP da Sadia, sem causar nenhum impacto à rotina da organização, ressalta Silva.

Além disso, era preciso garantir ganhos de produtividade e programar a solução para emitir NF-e em um único período de

tempo pré-determinado ao longo do dia. “O não cumprimento dessas premissas poderia comprometer, inclusive, a entrega de mercadorias, já que o sistema de notas fiscais impressas estava adaptado a esse modelo”, lembra o diretor da Config.

Sadia adota ferramenta que gerencia recebimento e emissão de NF-e

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Piauí recebe R$ 32 milhões do BID para modernização fiscalO governo do Piauí obteve empréstimo de R$ 32 milhões do

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para financiar o esforço de modernização da gestão fiscal do Estado. O aporte será aplicado no Prodaf (Projeto de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Gestão Fiscal do Piauí), com prazo de execução de quatro anos.

“Durante dois anos nos preparamos, analisamos prioridades, agora temos os recursos necessários para a instalação de programas mais modernos e tecnologias avançadas”, afirma Silvano Alencar, secretário da Fazenda, acrescentando que estão previstas reuniões para que haja cooperação entre os órgãos diretamente

envolvidos na gestão fiscal do Piauí. A Secretaria da Fazenda pretende adquirir dois postos fiscais móveis, três sistemas de pesagem (já em processo de licitação) e reformar o posto fiscal do aeroporto de Teresina.

Parte dos recursos será aplicada também na capacitação de recursos humanos, aquisição de software, atualização de equipamentos, acrescenta Alexandre Tavares, gerente de Segurança da Informação da Secretaria da Fazenda. “A expectativa é que em quatro anos tenhamos um sistema moderno que atenda satisfatoriamente tanto os servidores quanto os contribuintes”, afirma.

Veja mais em www.tiinside.com.br/gestaofiscal

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Holly Stewart, gerente do microsoft malware Protection Center (mmPC), apontou em seu blog que as tentativas de exploração dos bugs em linguagem Java dispararam nos últimos 9 meses, passando de menos de meio milhão no primeiro trimestre de 2010 para mais de 6 milhões. mas até que ponto esses números são confiáveis, quando partem de uma fonte como a microsoft, ou os problemas são realmente concretos?

É 100% confiável quando um político começa a emitir suas opiniões sobre adversários? Se na seara eleitoral isso se torna volátil ou não confiável, o que dizer quando um

executivo da Microsoft começa a divulgar números e apontar o dedo na ferida ou mesmo pressionar a ferida de plataformas e linguagens, como o Java, que representam a marca de outras companhias, com respingos para a Oracle, por exemplo?

Em seu blog, o executivo Holly Stewart, gerente do Microsoft Malware Protection Center (MMPC), falou sobre as ameaças que cercam o Java e dispôs até mesmo de números, a exemplo das tentativas de exploração dos bugs na linguagem, dizendo que elas saltaram de menos de meio milhão no primeiro trimestre de 2010 para mais de 6 milhões no último trimestre do ano.

E há quem o dê razão: “o Java, juntamente com os produtos da Adobe, são hoje os mais explorados em ataques, especialmente os originados na web. Em nosso último relatório mensal com estatísticas de malware web, os exploits que exploram falhas do Java estão entre os mais comuns. O Exploit.Java.CVE-2010-0886.a, por exemplo, aparece em terceiro lugar entre os mais comuns de outubro”, garante Fabio Assolini, analista de malware da Kaspersly Lab no Brasil. Para ele, o motivo de tal crescimento está no fato de a maior parte dos usuários não terem a preocupação de atualizar a versão do Java, o que os expõe aos ataques.

Assolini ainda cita o fato de que muitas aplicações não funcionam corretamente sem o Flash Player ou o Java. “Muitas pessoas as usam e os criminosos sabem disso. A popularidade dessas aplicações é um dos principais fatores para o número de ataques. Usar o Java como vetor de ataques tem sido inclusive explorado largamente no Brasil, com sites legítimos sendo alterados para infectar usuários de versões antigas do Java. A principal razão é pelo fato de versões antigas do Java Virtual Machine estarem instaladas na maioria dos computadores dos usuários”, alerta.

e ele descobriuAo se debruçar sobre os malwares na

análise do Microsoft Security Intelligence

Report v9, Stewart descobriu que existe uma onda avassaladora de exploração do Java. “Na verdade, no início deste ano, o número de explorações Java – e, por isso, quero dizer ataques no código Java, vulneráveis e não ataques usando JavaScript – tinham ultrapassado o número total de explorações Adobe relacionadas no monitoramento do MMPC”, garantiu. O que bate com a premissa de Assolini.

Como revelou Stewart, apenas recentemente a exploração de vulnerabilidades de Java tem vindo à luz. Scott Wu, que se apresentou recentemente no Virus Bulletin, já teria listado as mais evidentes em uma apresentação. Além disso, no post de aniversário de um ano para o Microsoft Security Essentials, como o Stewart enfatiza, fala-se sobre uma vulnerabilidade do Java que empurrou essa “família” para o topo da lista de malwares e exploits com os problemas detectadas nos Estados Unidos.

“É possível ver que esta exploração vem acontecendo há algum tempo (ele apresenta gráficos em seu blog). Então, por que não ter ninguém falando de exploits baseados em Java?”, questionou Stewart. Sua teoria é que quase ninguém notou esse aumento acentuado nos ataques em Java.

Ninguém viu antes?Uma possível razão levantada por

Stewart é que os fornecedores de sistemas de IDS/IPS – que normalmente são os primeiros a falar sobre os novos

CLAUDIO FERREIRA

O que esperar da segurança no Java

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DA kASPERSLy LAB NO BRASIL

>mercado

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tipos de exploração – não fazem uma análise em larga escala do código Java, como documentos, multimídia e JavaScript. “Agora pense sobre como incorporar um interpretador de Java em um motor IPS? O impacto no desempenho em um IPS de rede pode ser paralisante. Então, as pessoas que esperamos observar aumentos na exploração podem levar um tempo acentuado vendo esse espectro de luz específica. Chame-o de ‘Cegueira do Java’”, criticou em seu post. E ele continua: “se um antimalware pode vê-lo, porque eles não estão falando sobre isso?”

Na análise fria dos números, mesmo chegando aos 6 milhões de tentativas de exploração, esse valor é baixo se comparado a outros malwares, como o zbot. “O que temos que lembrar é que, em ameaças, não falamos apenas sobre o volume – que acontece em um instante e você tem que pegá-los no ato com um produto de proteção em tempo real, como o Microsoft Security Essentials – antes de abrir a porta aos lotes de malware. Ou seja, mesmo em pequenas quantidades, especialmente quando eles estão contra vulnerabilidades não corrigidas, é uma questão muito grave”, alerta Stewart. Mas temos que fazer uma diferenciação importante aqui: tais ataques não dizem necessariamente que a linguagem de programação Java é vulnerável. “O problema não está na linguagem Java em si – mas no uso de versões desatualizadas do Java Virtual Machine, que atua como um plugin no navegador e é requerido por alguns sites da web, como os de internet banking, para um acesso correto. Com ele é possível executar applets (pequenos programas) dentro do navegador. A diferença visual entre um applet legítimo e outro malicioso é pequena, geralmente não percebida pelos usuários que aceitam e executam sem verificar a origem, causando a infecção”, admite Assolini.

Outras vozesNo entanto, a disseminação da web

em dispositivos móveis não explica esse avanço de ataques. O uso do Java como vetor de “infecção” ainda está nos desktops e não chegou a devices como

críticas mais duras: “acho que existem muitas razões pelas quais Java pode ser desafiador, porém por estas mesmas razoes, não será a última tecnologia a ganhar o título infame de “vetor de ataque preferido””, concluiu. Para terminar, fica o aviso de Stewart ao final de seu post: “agora que os nossos olhos estão abertos, é hora de começar a reavaliar outra tecnologia ubíqua que os agressores descobriram e que podem explorar. Considerando que essas vulnerabilidades têm atualizações disponíveis, estes dados são um

Conheça mais detalhes do post de Holly Stewart, gerente do Microsoft Malware Protection Center (MMPC), que fala sobre os problemas no Java. Nesse trecho, o executivo explica como chegou ao tema.

“Apesar de trabalhar na análise para o Microsoft Security Intelligence Report v9 (divulgado em outubro), eu embarquei em uma missão de descoberta de exploração nos dados que o MMPC detecta com a nossa tecnologia antimalware. Embora o foco principal do software sejam as famílias de malware, tecnologias antimalware pode fazer um bom trabalho quando se trata de arquivos que exigem muita análise.

O pico (nos ataques) de Java no Q3 é impulsionada principalmente por três vulnerabilidades, que todos, pelo caminho, tiveram patches disponíveis para eles há algum tempo. O pico de exploração foi surpreendente para dizer o mínimo, e eu me perguntava por que ninguém mais parecia perceber. E, para ser justo, não era inteiramente verdade que ninguém notou.

Em 2008, o número de vulnerabilidades Java começou a aumentar dramaticamente (um relatório observou um salto de 264% de 2007 a 2008). Curioso, pensei na época. O principal foco de proteção contra vulnerabilidade naquela época estava se mudando do sistema operacional ao navegador, com as próximas fronteiras sendo documentos maliciosos e filmes. Eu me perguntei: poderia ser algo no Java no horizonte? De fato, foi. Devemos esperar o contrário? Java é onipresente e, como já foi verdadeiro com os navegadores e leitores de documentos, como o Adobe Acrobat, as pessoas não pensam e param para atualizá-lo. Em cima disso, Java é uma tecnologia que roda em segundo plano para fazer um trabalho com outros componentes visíveis. Como você sabe se você tem o Java instalado, ou se ele está funcionando?”

como tudo começou

smartphones, garante Assolini. “Isso não significa que não possa ser usado por cibercriminosos. O vetor de ataque é o mesmo, portanto é uma questão de tempo. Quanto maior o número de pessoas usando aplicações móveis, mais ataques a essa plataforma”, projeta.

Como forma de minimizar e relativizar o tema levantado por Stewart,

o site da Oracle afirma que: “o Java é executado em mais de 850 milhões de computadores pessoais no

executivo da microSoft Põe em xeQue a SeGurança do java ao revelar

Que aS tentativaS de exPloração da ferramenta Saltaram de menoS de meio

milhão no Primeiro trimeStre de 2010 Para maiS de 6 milhõeS no último trimeStre do ano

mundo todo e em milhares de milhões de dispositivos no mundo, incluindo dispositivos móveis e TV”. Já Seth Hanford, líder da equipe de operações IntelliShield, um dos vários grupos que fazem parte do Cisco Security Intelligence Operations, reagiu com

lembrete de que, além de executar a proteção em tempo real, é imperativo se aplicar todas as atualizações de segurança para o software, não importa qual o sabor que ele pode ter”. Mas será que não precisamos de mais fontes isentas para falar sobre o problema?

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>infraestrutura

O cloud computing está cada vez mais ganhando espaço nos orçamentos da empresa e sua maior visibilidade e

importância no cenário global resulta em um avanço acelerado das receitas geradas. Tanto que os serviços de computação em nuvem devem movimentar US$ 68,3 bilhões neste ano em todo o mundo, aumento de 16,6% ante 2009, segundo projeção do Gartner, que aponta que esta cifra mais que dobrará até 2014, quando atingirá US$ 148,8 bilhões.

O mercado de cloud computing no Brasil também caminha a passos largos e a adoção de computação em nuvem já está na agenda de grande parte dos CIOs brasileiros, sendo que a penetração dessa tecnologia no país, que atualmente é de 50%, deve saltar para 85% das companhias até o fim de 2012, de acordo com análise da Frost & Sullivan. Especialistas de mercado que

O país pode se tornar um centro de exportação de serviços de computação em nuvem no futuro, sendo que os investimentos a ser realizados em infraestrutura de telecomunicações no país para suportar a demanda da Copa do mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 serão preponderantes para o país atingir este objetivo

VICTOR HUGO ALVES*

participaram de painel sobre o assunto na Futurecom 2010 avaliaram que o Brasil tem uma grande oportunidade de ganhar com o avanço global do cloud computing. Segundo eles, o Brasil pode se tornar um centro de exportação de serviços de computação em nuvem no futuro, sendo que os investimentos a ser realizados em infraestrutura de telecomunicações no país para suportar à demanda da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 serão preponderantes para o país atingir este objetivo.

A avaliação feita por eles é que a infraestrutura desenvolvida para os dois eventos poderá ser utilizada para suportar à demanda de cloud computing e assegurar uma boa posição do país para a oferta de soluções nesse mercado. “O momento é oportuno devido aos investimentos que serão realizados em infraestrutura de telecomunicações para atender às demandas dos eventos. Isso é um passo importante para transformar o Brasil em

um centro global para cloud computing”, afirma o arquiteto de sistemas para o setor de serviços financeiros da IBM, Fábio Luis Marras.

Cristiano Rocha Hecket, diretor de serviços de rede do Ministério do Planejamento, corrobora essa opinião e observa que os jogos servirão para equacionar o atual problema existente de infraestrutura de telecomunicações no país. É consenso que a atual infraestrutura brasileira não permite sonhar tão alto. A resolução desse problema não é, porém, a única barreira que o país precisa superar para conseguir atingir o patamar de centro global de computação em nuvem. Aumentar a inteligência das redes, a qualidade e confiabilidade dos serviços e garantir maior segurança são outros pontos que precisam ser vencidos, segundo os especialistas. A capilaridade das redes para além do território nacional - com links para o exterior - e o custo da mão-de-obra, no que se refere à tributação, são outros desafios a serem superados.

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brasil pode se tornar centro global de cloud computing

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“A questão da interoperabilidade entre as redes e os sistemas é outro aspecto que precisa ser melhorado pelas operadoras para permitir ao Brasil conquistar espaço de relevância no mercado global de computação em nuvem, principalmente no que diz respeito às ofertas de cloud privado”, frisou o diretor de engenharia da Cisco, Marcelo Ehalt. Ele lembrou que uma mudança que as operadoras terão de realizar no seu modelo comercial é no sistema de cobrança, ao passo que em computação em nuvem a remuneração não é baseada no serviço, mas sim proporcional à infraestrutura utilizada.

Já o engenheiro de sistemas da Juniper Networks, Caio Pastro Klein, pondera que para conseguirem oferecer serviços de cloud computing, as operadoras de telecomunicações necessitarão firmar parcerias com empresas de TI especializadas na oferta de aplicações, já que elas não têm portfólio que abrange tais soluções. O executivo salientou, entretanto, que entre as vantagens das operadoras brasileiras está o fato delas já proporcionarem soluções de redes virtuais privadas (VPNs) com boa qualidade de disponibilidade e desempenho.

estratégiasO crescimento do mercado mundial

de computação em nuvem e a possibilidade de o Brasil se tornar um centro de excelência da tecnologia, em decorrência dos investimentos em infraestrutura que serão feitos para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, já atraem a atenção de diversas grandes empresas do país.

A IBM, por exemplo, começou a estudar a possibilidade de abrir um centro de cloud computing no país. Marras, arquiteto de sistemas para o setor de serviços financeiros da IBM Brasil, revela que a companhia está avaliando a possibilidade de montar um centro de computação em nuvem no país. Apesar de o projeto estar em uma fase incipiente, ele acredita que há boas chances de ser concretizado tal objetivo. “Estamos ainda na fase de análise, mas é grande a probabilidade de se concretizar, tanto em razão da demanda do mercado local quanto das oportunidades de exportação”, comenta.

O executivo aponta que para trazer um centro de computação em nuvem será necessário investimentos na casa de alguns milhões de reais e adiantou que

isso pode, inclusive, culminar na construção de um novo data center por parte da IBM. “Resultará em um grande investimento por parte da companhia”, observa. Ele ressalta que como ainda está na fase de estudos, não há definição de local para a montagem do centro, mas avalia que Hortolândia, no interior de São Paulo, onde a companhia já tem um centro de serviços de tecnologia, é uma possibilidade. Caso o plano da IBM se concretize, a expectativa é que o centro de cloud computing entre em operação antes de 2014, para atender à demanda a ser gerada pela Copa do Mundo e Olimpíadas, e, posteriormente, servir para a oferta de soluções tanto para o mercado interno quando o externo.

As operadoras de telecomunicações são outros players interessados em obter receitas por meio da oferta de soluções de computação em nuvem. Uma delas é a Telefônica, que atenta à crescente demanda das empresas brasileiras por soluções deste tipo decidiu apostar na oferta de serviços de cloud como parte da estratégia para ampliar seus negócios

e elevar suas receitas. O diretor executivo do segmento empresas da Telefônica, Vladimir Barbieri, disse que ainda não há uma posição concreta da companhia para tal estratégia, mas revelou que a empresa seguirá um plano de atuação que será baseado em parcerias com companhias de TI, principalmente fornecedores de software. Uma das primeiras iniciativas das Telefônica nesta direção foi o fato da empresa ter adquirido recentemente uma plataforma da NEC que permite oferecer serviços de computação em nuvem para clientes corporativos na Espanha e na América Latina. De acordo com Barbieri, a Telefônica adotará modelos híbridos de negócios, oferecendo tanto soluções padronizadas em parceria com empresas de TI, quanto soluções customizadas de acordo com às demandas do cliente. O primeiro modelo, explica Barbieri, tem como foco empresas de pequeno e médio porte, enquanto que o outro é voltado para grandes clientes. “Cloud é um dos segmentos que a Telefônica aposta e nossa atuação será baseada em parcerias”, ressalta o executivo.

O primeiro passo da companhia em direção à computação em nuvem foi o lançamento de uma solução mais robusta de serviços gerenciados de rede. Batizada de Smart, ela engloba quatro módulos e será fornecida no modelo como serviço, por meio do pagamento de uma quantia mensal. O produto já é adaptado ao cloud computing. Cisco, CA e Allot são parceiros da Telefônica na solução.

Uma das razões que levaram a Telefônica a investir nessa área é a projeção de crescimento acelerado do mercado de serviços gerenciados. Segundo Barbieri, este mercado movimentará cerca de US$ 1,3 bilhão no Brasil neste ano, cifra que deve ter expansão de 40% a 50% nos próximos quatro a cinco anos. “O mercado é extremamente interessante e o produto complementa a oferta de rede da Telefônica”, conclui Barbieri.

Cloud computing e redes sociais é a dobradinha na qual a Siemens Enterprise Communications aposta para continuar a crescer no mercado brasileiro de

comunicações unificadas e atendimento ao cliente, onde detém 28% de participação no mercado de soluções de comunicação empresarial, estimado em cerca de US$ 1,2 bilhão. Para enfatizar essa estratégia, o CEO mundial da empresa, Hamid Akhavan, esteve nesta quarta-feira, 27, no Brasil para lançar novos produtos e soluções baseados nesses conceitos.

O executivo, que assumiu o cargo há nove meses, explica que a fábrica da Siemens em Curitiba recebe investimentos de 8 milhões de euros em pesquisa e desenvolvimento e direciona 80% da sua produção para exportação. A empresa divulgou que, segundo pesquisa da MzA, ela detém 18% do mercado de comunicação empresarial na América Latina, 17% na Índia, 16% na Europa e 40 nos Estados Unidos. A consultoria estima que o mercado de comunicação empresarial deve totalizar US$ 155,3 bilhões neste ano e chegar a US$ 187,2 bilhões em 2011.

*Colaborou Claudiney Santos

cloud comPutinG e redeS SociaiS é a dobradinha na Qual a SiemenS enterPriSe communicationS aPoSta Para continuar a creScer no mercado braSileiro

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entre os obstáculos para a expansão do governo eletrônico estão volume e agilidade da indústria

e-Gov exige volume

Apesar de o governo eletrônico (ou e-gov) ter avançado muito nos últimos anos, os esforços no sentido de possibilitar o acesso a todos os

cidadãos a informações e serviços nas esferas municipal, estadual e federal ainda enfrentam inúmeras barreiras. Uma delas é a falta de disponibilidade de tecnologias e de agilidade da indústria do setor para atender às demandas do governo, aponta Clarice Coppetti, vice-presidente de Tecnologia da Caixa Econômica Federal. De acordo com ela, embora o governo eletrônico tenha evoluído muito no Brasil, principalmente na esfera federal, ainda há muitos obstáculos para o seu pleno desenvolvimento. Clarice observa que isso pode ser verificado pela própria Caixa. O banco, que funciona como um agente operador de programas e políticas públicas do governo, já que é responsável pelo pagamento do benefício às mais de 11 milhões de famílias que são atendidas pelo Bolsa Família, pelo pagamento do PIS, FGTS, entre outros, se depara com muitos problemas para implantar os serviços com agilidade.

“Encontramos muita dificuldade quando, por exemplo, vamos contratar links de comunicação para abertura de uma agência. A indústria também tem muitas limitações para atender nossa demanda por equipamentos, já que utilizamos plataformas livres e a maioria dos fornecedores atuam basicamente com sistemas proprietários. Mas eles têm de se conscientizar que existe uma grande demanda por software livre, que é uma política deste governo, por isso devem estar preparados”, ressalta Clarice, ao dizer que há a necessidade de se ter cada vez mais múltiplas soluções de tecnologia da informação e comunicação para atender as diversas regiões do país.

Segundo a executiva, o orçamento de tecnologia da Caixa no ano passado

foi de R$ 2 bilhões, sendo que somente na área de voz e dados foram gastos R$ 400 milhões. E ela frisa que o banco está trabalhando constantemente em novos projetos e cita como exemplo o das “agências caminhão”, que são uma espécie de miniagências que permitem a prestação dos serviços em regiões afetadas por enchentes, por exemplo,

por meio das quais a população pode pagar contas, sacar dinheiro ou fazer um depósito. “São desafios que requerem um nível elevado de disponibilidade e agilidade”, diz ela, que critica também os preços elevados das tecnologias no Brasil.

Para João Batista Rezende, membro do Conselho Diretor da Anatel, o Brasil tem capacidade tecnológica para atender às demandas, tanto do ponto

ERIVELTO TADEU

de vista de rede quanto de processos. O que precisa ser feito para a consolidação do governo eletrônico, na opinião dele, é que haja a inclusão digital, de fato. “E aí entra a questão do financiamento público. É preciso que se criem programas que facilitem os municípios na implantação e fortalecimento do governo eletrônico para atender o cidadão.” Ele defende que seja criada o que ele chama de política de demanda, por meio de financiamento, para que as pequenas localidades possam atender o cidadão de forma mais direta.

Na opinião de Tadeu Viana, vice-presidente de canais do grupo SEN, formado pela Enterasys e Siemens Enterprise Communications, o governo eletrônico é a ferramenta para se melhorar efetivamente o atendimento do governo na prestação de serviços ao cidadão. E hoje, diz ele, existe uma infinidade de tecnologias para isso. “O desafio é fazer um modelo de negócio que viabilize isso. As empresas têm limitações orçamentárias e isso pode ser feito por meio do modelo de serviços”, propõe. Já para o presidente da Bull no Brasil, Alberto Lemos Araujo Filho, a dificuldade para expansão do governo eletrônico está na falta de uma banda larga universalizada no país. “E o ponto crítico para isso é o mau uso do Fust, que ainda não foi utilizado”, alfineta.

O diretor de relações governamentais da Qualcomm, Francisco Giacomini Soares, vê no celular um instrumento para a ampliação do governo eletrônico. “O celular pode ser usado não apenas para promover o e-gov, mas também na área bancária, como, por exemplo, para o pagamento de benefícios previdenciários. E o governo pode ser um importante catalisador para que essas coisas sejam disponibilizadas.”

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>infra-estrutura

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>infraestrutura

A CA quer disseminar, a partir de um centro de excelência na cidade de Praga, na República Tcheca, a formação de jovens na plataforma

mainframe. Ao mesmo tempo renovar sua oferta de software para implementar iniciativas de cloud computing, para transformar-se numa interface web e integrar o gerenciamento de todas as funções através de uma única tela de dashboard com índices de SLAs associados.

Mas você deve estar se perguntando: mainframe não é um legado caro e cuja atualização, com o advento do cloud computing, perde o sentido? Para quem acredita que o mainframe morreu, basta citar que a base instalada em 2005 somava 3,5 milhões de MIPS (milhões de instrução por segundo), em 2009, ultrapassou 14,5 milhões de MIPS, ou seja, uma média de crescimento de 20% ao ano, no período.

Por ser um player de mercado de software para mainframe, a CA Technologies estabeleceu uma estratégia batizada de Mainframe 2.0, conjunto de ofertas onde enfatiza cloud computing, integração com o ambiente web, dashboard integrado de gerenciamento, o Chorus, entre outros.

O projeto inclui também um programa que visa solucionar uma das principais críticas ao futuro do mainframe: a falta de profissionais especializados para a plataforma. A CA estabeleceu em Praga, na República Tcheca, em parceria com a universidade local, um centro de formação onde já foram investidos 32 milhões de euros, trabalham 250 engenheiros, que são tutores de jovens de 16 nacionalidades.

Num programa de dois meses eles os novos engenheiros passam por uma atividade de mentoring e um programa que incluiu curso sobre o sistema operacional z/OS, linguagens Assembler, JCL, REXX, CICS e Unix. No Brasil a CA já

CA Technologies implementa estratégia para renovar plataforma

CLAUDINEy SANTOS, DE PRAGA*

fez um convênio com a Fundação Bradesco e vai estender o mesmo projeto para outras universidades.

O Centro serve também como um disseminador das novas soluções da CA para mainframe, que pretende oferecer uma significativa simplificação de seu gerenciamento e da maximização da produtividade dos operadores, estratégia que tem como peça chave o projeto Chorus, integração de todas as facilidades de uso da plataforma em uma única tela de interface gráfica, sem alterar qualquer item do sistema operacional, que terá, inclusive, uma versão de gerenciamento por dispositivo móvel.

Dayton Semerjian, gerente geral de soluções de clientes de mainframe, enfatiza as características pela qual justifica o uso de mainframe em soluções cloud computing: escalabilidade, virtualização, elasticidade para atender às características de on-demand, fácil provisionamento, multi-tenancy, software de gerenciamento de SLA (service level agreement) e sistema de charge-back e billing, que facilita o uso por provedores de serviços.

Keith Winnard, diretor da JD Williams, uma empresa de varejo inglesa de venda por marketing direto e online, diz que

desenvolveu e opera um catálogo eletrônico Java para mainframe, criado por uma equipe de apenas quatro funcionários, e considera como fundamentais as características de escalabilidade, disponibilidade e desempenho.

Mainframe na nuvemDe acordo com pesquisa realizada

pelo instituto Vanson Bourne, com 300 empresas de vários países da Europa, 75% considera vital a iniciativa de cloud para mainframe e 33% diz que isso encoraja novos investimentos na plataforma. A CA deverá disponibilizar em breve o CA System z Server Cloud in the Box, para atender a esse mercado.

A pesquisa mostra ainda que em 74% dos entrevistados o mainframe é parte de todas as iniciativas de TI da empresa; e 77% pretendem usar mais mainframe que no ano anterior. Segundo Semerjian, isso se justifica pelo fato de a plataforma ser estável, ter um custo total de propriedade menor (TCO) e apresentar confiabilidade para rodar as aplicações, com segurança e desempenho.

A nova versão do CA Mainframe Software Manager (CA MSM) será oferecida a custo zero para todos os seus clientes, e terá incluído um novo serviço de implementação automatizada. “Essa nova interface modernizada reduz o tempo de gerenciamento de instalação que passou de 6 horas para 51 minutos no primeiro release; e neste mês de novembro, o tempo vai ficaremos ainda menor, 13 minutos, e um aumento de 93% de produtividade,” explica o executivo.

Além disso, a empresa anunciou diversas atualizações em seu portifólio de produtos, incluindo análises automatizadas de ambiente, que vão oferecer aos clientes um conjunto de novas funcionalidades de software para a plataforma.

* O jornalista viajou a Praga a convite da empresa.

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Mainframe com novo recheio

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A Wine.com.br atende a mais de 25 mil clientes através de um acordo com a TAm Cargo que, de Palmas (TO), entrega encomendas em até 48 horas em 600 cidades e nas capitais brasileiras

A maturidade do mercado de comércio eletrônico trouxe muitas inovações no uso de soluções de tecnologia para atender ao consumidor. Ela foi a base para a Wine.com.

br se tornar em poucos anos destaque em webstore de vinhos da América Latina, oferecendo, hoje, mais de dois mil rótulos de vinhos finos das principais regiões vitivinícolas do mundo, além de acessórios para degustação e produtos gourmet.

A iniciativa surgiu com um plano de negócios de dois executivos que trabalhavam na área de TI e tinham uma pequena distribuidora de bebidas. Recebeu capital de investidores para se tornar uma empresa online com atendimento a todo o país. Baseada em Vila Velha, Espírito Santo, e com centro de distribuição totalmente climatizado em Palmas – TO, a Wine atende a mais de 25 mil clientes através de um acordo com a TAM Cargo.

“Depois de muita pesquisa, desenvolvemos uma embalagem especial para o transporte do vinho (WineBox), que é realizado em até 48 horas, para todas as capitais brasileiras e mais de 600 cidades, independente da quantidade solicitada”, explica Anselmo Endlich, um dos fundadores, que acumula os cargos de diretor de TI e de Marketing da empresa.

Endlich, que trabalhou na empresa de software de gestão Mega Sistemas, adotou o software como ferramenta para a gestão do novo empreendimento. O sistema fica hospedado em quatro servidores próprios colocados no data center da Alog.

Para o desenvolvimento de soluções de atendimento aos clientes, a empresa trabalha com tecnologia de modelo aberto Scrumm, “que traz melhor qualidade de código”.

e-commerceO sistema de comércio eletrônico

adotado foi da Elastic Path, empresa norteamericana que tem em sua carteira clientes como Symantec, Avis,

Sony-Ericsson, Virgin. Para entender melhor os hábitos e tendências dos consumidores, a empresa contratou um PhD matemático que foi para os Estados Unidos estudar uma metodologia com um algoritmo baseado num sistema natural chamado de “lógica do formigueiro”, para aprimorar a modelagem da base de dados.

Outro ponto importante na atuação da empresa é o CD - Centro de Distribuição, em

Palmas, que é organizado de forma a atender com rapidez a entrada e a saída dos rótulos que têm mais giro de vendas. Os contêineres desembarcados no Porto de Vitória e os produtos comprados no mercado local vão para o CD e de lá são enviados a todo o Brasil, pois existe uma isenção fiscal especial oferecida pelo Estado para sites de comércio eletrônico.

Além do serviço de atendimento ao consumidor, a Wine também se comunica com seus consumidores de forma interativa através das redes sociais Twitter, Orkut e Facebook. Os clientes também podem comentar no site sobre os vinhos que adquiriram na loja e trocar informações sobre harmonizações. Tudo é supervisionado com a ferramenta de métricas Onmiture do Google.

Clube de VinhosO clube de vinhos da Wine, o

ClubeW, é vinculado à webstore e oferece vantagens. Os membros do clube recebem mensalmente quatro garrafas de vinhos selecionados pelo sommelier, com desconto e frete grátis. “Nós importamos quatro contêineres para atender aos mais de 5 mil associados do clube, o que nos permite oferecer um mix de rótulos de qualidade por um preço compensador”, explica.

CLAUDINEy SANTOS

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No primeiro semestre de 2010, a estimativa é que o crescimento médio do mercado de vinhos tenha ficado em 28% em relação ao mesmo período do ano passado. As razões que impulsionam esse cenário são, de um lado, a

retração do mercado consumidor europeu, que faz do Brasil um destino para os produtores desovarem estoques. De outro, estaria em andamento uma antecipação

de compras pelos importadores para evitar gastos com a entrada em vigor, neste mês de novembro, do novo selo fiscal de controle no segmento.

Entre janeiro e maio, segundo os dados consolidados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) – com base em informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a importação de vinho italiano, por exemplo, aumentou 58,57%. A alta nas importações de vinho português foi de 24,8%, quase similar à compra de vinhos espanhóis, que cresceu 22,32%. Já a de vinhos franceses aumentou 11, 76%.

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Em uma recente pesquisa da Accenture, 89% dos executivosconcordaram que inovação é tão importante quanto a gestão decustos para alcançar a alta performance. Mas enquantomuitas empresas estão investindo mais em inovação, poucastêm uma rigorosa gestão deste processo. Como resultado,mesmo empresas inovadoras muitas vezes não conseguemperceber os benefícios que suas novas ideias poderiamproduzir. Para saber como nossas pesquisas e experiênciapodem ajudar a maximizar seu retorno sobre inovação,visite accenture.com.br.

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