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REVISTA SP SINAL VERDE PARA AS LOCADORAS Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo Em entrevista exclusiva, Anfavea traça panorama do mercado automotivo Manutenção: conheça os carros mais econômicos e fáceis na hora do reparo SINDLOC Ano XVIII – Edição 158 - junho 2014 Retração nas vendas das montadoras ao consumidor final abre novas oportunidades para o setor

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REVISTA

spSinal verde para aS locadoraS

Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo

Em entrevista exclusiva, Anfavea traça panorama do mercado automotivo

Manutenção: conheça os carros mais econômicos e fáceis na hora do reparo

sindlocAno XVIII – Edição 158 - junho 2014

Retração nas vendas das montadoras ao consumidor final abre novas

oportunidades para o setor

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Job: 20645-002 -- Empresa: Neogama -- Arquivo: 20645-002-Renault-Varejo-AnRv-Sindloc-210x280_pag001.pdfRegistro: 114842 -- Data: 19:07:06 11/04/2013

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revista sindloc 3

EDITORIAL

A Revista Sindloc SP é uma publicação do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros e jornalistas.

Presidente: Alberto de Camargo VidigalVice-Presidente: Eladio Paniagua JuniorDiretor Financeiro: Luiz Carlos de Carvalho Pinto LangDiretor Secretário: Paulo Miguel Jr.Consultor de Gestão: Luiz Antonio CabralConselho Fiscal: Eliane Baida, Paulo Gaba Jr. e Paulo Hermas Bonilha JúniorProdução Editorial: Scritta – www.scritta.com.brCoordenação: Leandro LuizeRedação: Ana Vasconcelos e Kátia SimõesRevisão: Dalton L.C. de Almeida e Júlio Yamamoto

Diagramação: ECo Soluções em Conteúdo

www.ecoeditorial.com.br

Jornalista Responsável: Paulo Piratininga - MTPS 17.095 -

[email protected]

Impressão: Gráfica Revelação

Tiragem: 5 mil exemplares

Circulação: distribuição eletrônica para 7 mil leitores cadastrados

Endereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cj. 22 e 23 Telefone: (11) 3123-3131

E-mail: [email protected]É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.

EXPEDIENTE

Na PaRTIDa contra o descaso,já perdemos por GolEaDa

Nada de ruas pintadas de verde e amarelo ou bandeiras tremulando pelos carros e janelas. No cenário pré-Copa, as bandeiras refletiam o protesto contra os excessos de gastos públicos com a competição. E as ruas eram ocupadas por engarrafamentos de 261 km em São Paulo provoca-dos pela greve dos motoristas de ônibus, paralisações no Rio de Janeiro, em São Luís, Teresina, Salvador, Brasília. Nem mesmo a delegação da seleção brasileira foi poupada em sua chegada a Teresópolis. Falando nisso, onde estava o poder público?

Enquanto um suposto conflito político no sindicato dos motoristas deflagrava a greve na calada da noite na Grande São Paulo, o prefeito paulistano dizia-se surpreso no dia seguinte. Em meio a manifestações que colocam em xeque a representatividade dos nossos governantes, Dilma Rousseff limitava-se a afirmar que “não se pode usar a Copa para fazer política”. Enquanto isso, senadores propunham um verdadeiro absurdo: considerar os protestos durante os jogos atos de terrorismo, sujeitos a punição com até 30 anos. Definitivamente, nossos representantes esco-lheram uma ilha para residir e nos despejar insensibilidade.

Para nossa “presidenta” que condena grevistas e manifestantes pelo uso político do mundial no Brasil, aí vão alguns dados. De acordo com uma análise da Folha de S. Paulo, governos federal, es-taduais e municipais já destinaram R$ 25,8 bilhões em investimentos para a Copa. O valor equiva-leria a 9% das despesas públicas anuais em educação, de R$ 280 bilhões, ou um mês de gasto com setor. Também está bem próximo dos R$ 30 bilhões alocados para a usina de Belo Monte (PA).

Uma despesa extra de R$ 400 milhões será utilizada exclusivamente para arcar com a instalação de estruturas provisórias, entre as quais centros de imprensa, estacionamento, geradores e equi-pamentos de segurança no entorno das arenas. Como apenas três dos 12 estádios pertencem à iniciativa privada, sabemos bem de que cofres sairá esse montante. Lembrando que, há sete anos, o então presidente Lula e seu ministro dos Esportes Orlando Silva asseguravam que o poder pú-blico teria participação financeira mínima na Copa dos sonhos dos brasileiros.

Ao ler esse editorial, não se espante se boa parte de 16 categorias profissionais que se mobi-lizavam para paralisar as atividades durante as partidas, sem reajustes salariais e reivindicações atendidas, tenham cumprido sua promessa. A lista inclui aeroviários, metroviários, seguranças, policiais federais, agentes de trânsito e até motoboys. Mas uma coisa é certa: nossos governantes estarão envolvidos na grande festa nacional, celebrando a paixão pelo futebol e conclamando a união do povo em torno da seleção. O hexa pode estar no papo, mas essa está longe de ser uma vitória para a população e para nós, empreendedores.

Alberto de Camargo VidigalPresidente do Sindloc-SP

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sumáRIO

08 SEToRSaiba quais são os modelos mais fáceis e econômicos na hora do reparo.

12 MERCaDoA redução de venda das montadoras aos consumidores finais sinaliza um bom momento para o setor de locação.

MUNDo20 Cadeirinhas infantis são exigidas por lei, mas não precisam ser grandes e de difícil manuseio. Modelos infláveis prometem resolver o problema.

TECNoloGIa18 O reconhecimento de voz já está presente em modelos de saída de diversas marcas. Saiba o que esse avanço tecnológico oferece.

16Exclusiva: Luiz Moan, da Anfavea, fala sobre as perspectivas de mercado e a importância crescente da parceria entre montadoras e locadoras.

ENTREVISTa

14 lÍDER SEToRIalLusirlei Albertine, do Sindloc-AL, enumera os potenciais, lições e desafios a serem vencidos pelo setor frotista do estado nordestino.

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Não estranhe nem um pouco se aquele sujeito que fala um português arrastado lhe apresentar uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) novinha em folha na hora de locar um car-ro. Essa cena está cada vez mais frequente, pelo menos em São Paulo. De acordo com levantamento feito pelo Departamento de Trânsito de São Paulo (Detran), o total de CNHs aumentou 196% nos últimos cinco anos. Em 2009, a capital paulista registrava 1.539 motoristas estrangeiros. Em 2013, esse número subiu para 4.559. No ano passado, a cada 100 novos motoristas, três eram gringos.

HABILITAÇÃOAs ruas de São Paulo têm mais gringos ao volante

O Inmetro atualiza lista de carros mais econômicos de 36 montadoras

ECONOMIA

Se a ordem é deixar a frota mais econômica, o caminho é re-cheá-la com boa quantidade de Renault Clio 1.0 e Volkswagen Up!, segundo a lista do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, atualizada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Nesta edição, o medidor de eficiência energética dos modelos que rodam no país con-ta com 538 veículos, de 36 montadoras. Entre os flexíveis, o Renault Clio 1.0 é o mais econômico, capaz de rodar 9,5 km/l na cidade quando abastecido com etanol e 14,3 km/l com gasolina. Em segundo lugar ficou o Volkswagen Up!, com 9,1 km/l (etanol) e 13,2 km/l (gasolina). Entre os carros com motor movido exclusivamente a gasolina, o primeiro lugar ficou com o Ford Fusion Hybrid, com 16,8 km/l na cidade e 14,7 km/l na estrada, seguido pelo Lexus CT 200h, com 15,7 km/l e 14,2 km/l, respectivamente.

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Itens Gasto mensal (em R$)

PaRticiPação (em %)

Combustíveis 344,89 31,18

Peças de reposição 187,35 16,94

Serviços 293,87 26,57

Impostos 45,65 4,13

Seguros 234,45 21,19

Total 1.106,21*

SeRviçoS acumulado (em %)

Alinhamento 1,85

Lavagem simples 1,55

Mão de obra/revisões 1,31

Estacionamento mensal 1,30

•Base carro 1000 cc para o mês de abril de 2014•Fonte: Agência AutoInforme

Fonte: Agência AutoInforme

Quanto PeSa no bolSo

SeRviçoS automotivoS Que maiS SubiRam

Quem se preocupa com o bolso na hora de fazer a manuten-ção do veículo pode respirar um pouco mais aliviado. É que o custo das peças e dos serviços automobilísticos teve um aumento abaixo da média nos primeiros quatro meses do ano – 1,09% (peças) e 1,21% (serviços), contra uma inflação de 2,76%. O grande vilão do período foi o etanol, que subiu 11,5% no período, enquanto a gasolina ficou na casa do 1,8%. Vale ressaltar que nenhum dos itens referentes a peças e ser-viços teve aumento acima da inflação. O que mais subiu foi o óleo do motor, com alta de 2%, seguido das pastilhas de freio (1,63%) e dos amortecedores (1,51%). Já a bateria teve queda de preço, ficou 0,24% mais barata.

Peças e serviços tiveram aumento abaixo da inflação de janeiro a abril

MANUTENÇÃO

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Em 10 de dezembro de 2012, foi publicada a lei nº 12.741, a Lei da Transparência Fiscal, que instituiu a obrigação para que os for-necedores de bens e mercadorias/prestadores de serviços incluam nas notas fiscais ao consumidor o valor aproximado dos seguintes impostos que influem na formação do preço de produtos e serviços – ICMS, ISS, IPI, IOF, PIS, COFINS e CIDE.

A indicação do IOF será restrita aos produtos finan-ceiros sobre os quais esse imposto incida diretamente, enquanto que a do PIS e da COFINS será limitada à tribu-tação sobre a operação de venda. Ademais, sempre que o pagamento de pessoal constituir item de custo direto do serviço ou produto, deve ser divulgada a contribuição previdenciária dos empregados e dos empregadores.

O projeto de lei também incluía o imposto sobre a renda e a contribuição social sobre o lucro líquido, mas estes tributos foram retirados sob o argumento de que a inclusão destes poderia ser contraproducente ao objetivo de transparência da lei, pois os valores recolhidos poderiam divergir consideravel-mente dos valores informados nas notas fiscais.

Esta lei entraria em vigor seis meses após a sua publicação, de modo que está vigente desde 9 de junho de 2013. Reconhecendo que as empresas precisariam de tempo para se adequar à nova obri-gação, foi estipulado que, nos primeiros 12 meses de vigência, não haveria punição. Passado este prazo, o vendedor das mercadorias/prestador de serviços estaria sujeito às punições previstas no Ca-pítulo VII do Código de Defesa do Consumidor, dentre elas a apli-cação de multa e até a cassação de registro e licença para realizar vendas/prestar serviços.

As penalidades seriam aplicadas a partir de 9 de junho de 2014. En-tretanto, no dia 6 de junho foi publicada a medida provisória n° 649/14, a qual estipulou que as fiscalizações serão meramente orientadoras até o dia 31 de dezembro, isto é, as multas serão aplicadas apenas a partir de 2015. Como a locação de veículos não é atividade sujeita ao ISS e as locadoras de veículos não emitem notas fiscais aos locatários, esta nova obrigação terá impacto reduzido sobre as atividades das empresas.

Sobre a não emissão de notas fiscais na locação de bens móveis, como automóveis, a solução de consulta n° 02/2012, emitida pela

DESTaqUE DE IMPoSToS em nota fiscal na locação de veículos com motorista

JURÍDICa

cOLunA

Prefeitura de São Paulo, é clara: “Assim sendo, não é permitida a emissão de qualquer tipo de Nota Fiscal de Serviços para as ativida-des de locação de bens móveis, porque não se pode falar em cum-primento de obrigação acessória para documentar atividade que não consta da Lista de Serviços vigente.”

Contudo, em caso de aluguel do carro com o fornecimento de condutor, há prestação de serviços pelas locadoras, estando a ativida-de sujeita ao ISS, conforme a solução de consulta n° 57/12, também emitida pela Prefeitura de São Paulo: “Incidência de ISS sobre locação de estruturas de uso temporário, manutenção de equipamentos, for-necimento de laudo e locação de caminhão com motorista”.

Na prestação deste serviço, as empresas deverão emitir a nota fis-cal de serviços, que deverá discriminar a influência que os tributos mencionados acima têm na formação final do preço do serviço.

FeRnando Souza de mandoutor em direito tributário pela universidade de maastricht, na Holanda , e coordenador da área tributária do escritório Queiroz e lautenschläger advogados

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“Sempre que o pagamento de pessoal constituir item de custo direto do serviço

ou produto fornecido ao consumidor, deve ser divulgada a contribuição previdenciária

dos empregados e dos empregadores”

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sETOR

Carro parado no pátio é sinônimo de prejuízo para qualquer locadora, principalmente se ficar fora de circulação por falta de peça para conserto. Quem deseja diminuir esse risco deve ficar de olho no estudo desenvolvido pelo Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi), batizado de Car Group. Trata-se de um levantamento que compara veículos de uma mesma catego-

conFiRa oS caRRoS maiS baRatoS e FáceiS de RePaRaROs modelos menos pontuados são os que apresentam maior facilidade de reparo.

HATCH COMPACTO UP1

SEDAN COMPACTO ETIOS SEDAN

SEDAN MÉDIO PEUGEOT 408

PICAPE COMPACTA CABINE SIMPLES NOVA

SAVEIRO

24 pontos13

pontos11 pontos

HATCH MÉDIO PEUGEOT 308

SW COMPACTA SPACEFOx

Manutenção ECoNôMICaSaiba quais são os carros mais rápidos e baratos na hora do reparo

ria quanto à facilidade e ao custo de reparo.Para chegar ao resultado final, o Cesvi realiza crash-tests dian-

teiros e traseiros nos veículos analisados, normalmente antes de seu lançamento comercial, faz os reparos necessários e uma ava-liação individual das peças envolvidas. O resultado é uma classi-ficação baseada nesse estudo, levando-se em conta as despesas

26 pontos

28 pontos

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Ryan

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MINIVAN COMPACTA C3 PICASSO

MINIVAN MÉDIA C4 PICASSO

UTILITáRIO ESPORTIVOECOSPORT

30 pontos

HATCH COMPACTO OFF-ROAD

SANDERO STEP

UTILITáRIO ESPORTIVO OFF-ROAD

SUzUkI JIMNy

HATCH MÉDIO OFF-ROADSUzUkI Sx4

de reparação, o tempo de substituição e a cesta básica de peças. Segundo Bruno Honorato, analista técnico do Cesvi, a classifi-cação dos automóveis é promovida em grupos em uma escala que varia de 10 a 60. “Quanto menor a pontuação do grupo, melhor é o seu preparo para enfrentar reparos”, afirma. “Os carros com classificação positiva, ou seja, com menos índice de repara-bilidade, têm mais chances de apresentar preços e seguros mais baixos”, acrescenta.

Honorato observa, ainda, que participam do estudo apenas veículos fabricados no Brasil, no Mercosul e importados. Não entram na análise modelos fora de linha de produção, espor-tivos, fora de série, picapes e utilitários com peso superior a 2,3 toneladas. “Atualmente, os carros têm mais componentes do que antigamente, mais tecnologia e até mesmo são fabricados com mais peças parafusadas do que soldadas, o que contribui para reduzir o tempo de reparo e facilitar esse trabalho”, observa.

A edição mais recente do ranking Car Group foi divulgada em maio, trazendo como destaque, entre os modelos hatch com-pactos, o UP!, da Volkswagen, com 11 pontos, seguido pelo Peu-geot 208, o Etios Hatch, da Toyota e o novo C3 Hatch, da Citroen, todos com 15 pontos. Na categoria de sedãs compactos, o mais econômico é o Etios Sedan, da Toyota, com 13 pontos. Entre os sedãs médios, o primeiro lugar foi ocupado pelo Peugeot 408 (24 pontos).

35pontos

39pontos36

pontos

41pontos

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Job: 2014-Fiat-Varejo-Janeiro -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 30375-003-FIAT-PECAS-REV-SINDILOC-JAN-21X28_pag001.pdfRegistro: 140042 -- Data: 18:08:58 07/01/2014

Veja a seguir alguns cuidados a serem adotados para evitar pro-blemas com multas de trânsito decorrentes das regras da Resolução 404 do Contran.

1) Muitos locatários, quando são cobrados pelo cometimento de multas leves ou médias, alegam que não podem ser responsabili-zados, pois eles têm o direito de receber apenas uma ADVERTÊN-CIA, conforme veem na imprensa, na internet, nas redes sociais etc. Quem decide a substituição da penalidade da multa pela advertên-cia é a autoridade de trânsito (e não a locadora), portanto cabe ao locatário solicitar e à autoridade acatar ou não o pedido. O problema é que a resolução prevê que o mo-mento de pedir é na defesa prévia ou defesa da autuação, aquela que vem junto com o formulário de indicação do condutor. A preocupação se dá porque muitas vezes a lo-cadora, nesse primeiro momento, atém-se a indicar o con-dutor para não agravar o valor da multa e acaba não infor-mando ao locatário que pode fazer a defesa prévia, vindo a receber apenas a segunda notificação, o que não lhe dá mais a oportunidade de pedir advertência. Esse é o momento que ele alega que, se tivesse sido avisado a tempo, teria obtido sucesso, e, além de recusar-se a pagar a multa, ainda quer mover um processo por danos morais etc., pois seu direito foi cerceado. Para evitar isso, as locadoras devem informar o locatário desde o recebimento da notificação da autuação para dar a ele a oportunidade de fazer de-fesa prévia/autuação e pedir advertência, caso queira isso;

2)A referida resolução autoriza o órgão que recebe a indicação do condutor a autuar o proprietário quando este entrega veículo a pes-soa com carteira vencida, suspensa ou sobre a qual recaia qualquer outra irregularidade. Isso ocorre quando a locadora indica o locatário, e o órgão que recebe essa informação a cruza com a do Detran de origem e do Denatran e verifica que a pessoa, no período da locação, tinha sua CNH suspensa porém não havia devolvido o documento para a autoridade. Nesse momento, o Detran gera uma autuação con-tra a locadora por entregar o veículo a pessoa com o direito de dirigir suspenso, uma vez que se trata de infração de responsabilidade do proprietário. Para evitar esse tipo de infração, a locadora deve consul-tar o Detran da localidade de origem da CNH do locatário no ato da

Evite problemas com MUlTaS DE TRâNSITo

TRâNSITo

cOLunA

locação. Para simplificar esse processo, já existem programas customi-zados para fazer esse tipo de pesquisa de maneira automática.

3) As pessoas abordadas por infração assinam o auto de infração e não avisam a locadora. Depois, quando recebem apenas a segun-da notificação, elas dizem que a locadora não informou a situação, cerceando seu direito de defesa, bloqueiam a cobrança no cartão e ainda ingressam com ação contra a locadora para pedir indenização material e moral. Em casos em que se evidencia a necessidade de

abordar (parar) o veículo para identificar a ocorrência da infração, como alcoolemia e embriaguez, habilitação irregular entre outras em que a abordagem é a única forma de verificar a infração, a orien-tação que posso dar é que seja solicitada ao órgão de trânsito a cópia do auto de infração que foi lavrado pelo agente, o que pode comprovar que, além de ter sido identificado, desde logo ele ainda assinou dando ciência da notificação, o que demonstra que a má-fé ou a negligência não se deram por parte da locadora.

maRcelo JoSÉ aRaÚJo advogado, presidente da comissão de trânsito da oab/PR, consultor do Sindloc/SP

“As locadoras devem informar o locatário desde o recebimento da notificação da autuação para dar a ele a oportunidade

de fazer defesa prévia/autuação e pedir advertência, caso queira isso”

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Job: 2014-Fiat-Varejo-Janeiro -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 30375-003-FIAT-PECAS-REV-SINDILOC-JAN-21X28_pag001.pdfRegistro: 140042 -- Data: 18:08:58 07/01/2014

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mERcADO

boM MoMENTo para as locadoras

Na gangorra do mercado, de um lado, o setor automobilístico registrou uma queda de 4,5% nas vendas de automóveis e comer-ciais leves novos no primeiro quadrimestre do ano com relação ao mesmo período de 2013. Este é considerado o pior resultado do setor, desde a crise de 2008. Do outro lado, no alto da gangorra, as locadoras podem ter neste cenário atual um momento favorável para negociar com as montadoras de automóveis revendas e obter vantagens na compra de veículos.

Isso porque locadoras e frotas têm importante participação no mercado. Nos quatro primeiros meses de 2014, os frotistas respon-deram por 23,3% dos emplacamentos da indústria, e as vendas di-retas, na qual se incluem as frotas de empresas, tiveram um cresci-mento de 0,7% no mesmo período.

queda de 4,5% no quadrimestre nas vendas de carros para o consumidor final favorece a negociação na hora da compra de veículos

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revista sindloc 13

Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave

foi a queda que o setor registrou nas vendas de automóveis. As locadoras podem ter neste cenário atual um momento favorável para negociar com as montadoras de automóveis.

10%

462 mil

correspondem aos emplacamentos feitos pelos frotistas.

veículos foram vendidos em março, sendo 229 mil de carros zero quilômetro.

foram liberados para financiamento de veículos automotores em abril, 17% a mais do que o registrado no mês anterior.

foi o crescimento no financiamento de veículos em abril, com relação a maio, atingindo 143.259 unidades em São Paulo.

A baixa procura de pessoas físicas e o excesso na produção das montadoras resul-tam em boas oportunidades para quem quer ou precisa comprar. “As montadoras mantêm a produção alta, mas quando o mercado arrefece é preciso desovar esse estoque, e a locadora é um excelente canal para equilibrar o mercado”, avalia o jorna-lista Joel Leite, diretor do Auto Informe. “As locadoras podem fazer ou antecipar uma compra grande, e as montadoras, inclusive, contam com isso. Este é o momento de as locadoras terem benefícios e contarem com preços menores.”

Aperto no CréditoA restrição ao crédito é apontada como o principal fator da queda no consumo do

varejo, com leve reação no mês de abril com relação a março. Segundo levantamento da Cetip, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), maior banco de dados privado sobre financiamentos do país, em março, as vendas financiadas de veículos chegaram a 462 mil unidades, sendo 229 mil de carros zero quilômetro. As concessões tiveram queda de 9% no período em comparação com o mesmo período em 2013.

Já em abril, os financiamentos de veículos automotores no Brasil todo somaram R$ 13,6 bilhões, 17% a mais do que o registrado no mês anterior. Em São Paulo, o financia-mento de veículos cresceu 10% em abril com relação a maio, atingindo 143.259 unidades.

O Estado de São Paulo se consolida mais uma vez como o maior mer-cado de financiamento de veículos do Brasil. “Este aumento de

financiamento favoreceu principalmente pessoas jurídicas. De um modo geral, nos últimos três anos locadoras repre-sentaram 1/3 das vendas direto de fábrica”, afirma Flavio Meneghetti, presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). “As locadoras

podem aproveitar o momento de mercado com excesso de oferta e conseguir descontos consideráveis. Até em função da

Copa do Mundo, muitos compram para atender à demanda desse mercado, que vem sendo gerada com o grande evento”, explica Meneghetti.

preço em quedAOutro fator que pode sinalizar um bom momento para as locadoras é a queda de

0,26% do preço do carro zero no mês de abril. Isso ocorre depois de altas seguidas nos três primeiros meses do ano, em função da obrigatoriedade do freio ABS e dos airbags dianteiros nos veículos, além da volta de parte do IPI. A Fiat teve a maior queda de pre-ço no mês (-0,45%), seguida da Volks (-0,44%) e GM (-0,27%). Dentre as quatro mon-tadoras, apenas a Ford manteve o ritmo de alta, com aumento médio de 0,5% no mês.

“O mercado começou o ano aumentando preços e o consumidor absorvendo. Mas essa queda de preço indica que o mercado não está bem e que o aumento de preços atingiu o limite suportado pelo consumidor”, avalia Joel Leite. Mesmo em cima dessa queda, as locadoras também podem negociar redução ainda maior na compra de car-ros. “As montadoras têm gordura para queimar nos preços dos veículos”, afirma Leite. Em artigo publicado no Auto Informe, em fevereiro deste ano, Leite escreveu que o Brasil tem o carro mais caro do mundo e que as montadoras têm uma margem de lucro muito maior no Brasil do que em outros países. Em tempos de baixa nas vendas de automóveis, aperto na concessão de crédito e redução do preço de carros zero quilômetro, vale, sim, a boa negociação na hora de fechar negócio. E pode-se ratificar o velho ditado: é nas crises que surgem as oportunidades.

4,5%

23,3%

PaNoRaMa

R$ 13,6 bilhões

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14 revista sindloc

LÍDER sETORIAL

ECoNoMIa diversificada de alagoas beneficia segmento de loCação

com cerca de 30 locadoras de expressivas, além das grandes redes, o setor sofre com a baixa diversificação da economia local, baseada na monocultura da cana, e a falta de incentivos ao turismo, sobretudo na baixa temporada

É verdade que alagoas sente saudades dos argentinos?Sim, com certeza. Na década de 80 e meados dos anos 90, argen-

tinos e uruguaios garantiam o fluxo de turistas o ano inteiro. Tínha-mos nossa frota 100% direcionada a locações de lazer e turismo de negócios. Quando eles deixaram de viajar para cá, fomos obrigados a buscar outras alternativas para manter a operação, já que o turis-mo interno é muito sazonal e a economia do estado é baseada na monocultura da cana. Carros alugados para usinas exigem manu-tenção muito alta e as frotas também são menores.

Qual é a saída que vocês encontraram?Em meados de 1997, o Sindloc-AL fez um estudo de viabilidade

de locação de frotas pelo governo e o apresentou à Secretaria da Fa-zenda. A iniciativa criou um projeto-piloto, iniciado em 2000, por um período de quatro anos. Em 2005, houve uma licitação guarda-chuva para o estado, inclusive para os carros da polícia. Hoje, 70% da frota é locada. O setor virou o carro-chefe dos nossos negócios, com 80% dos contratos destinados a empresas e 20% a locações eventuais.

Qual é o maior gargalo do setor hoje?Além da conscientização do uso adequado dos veículos locados,

nosso maior gargalo é o descarte da frota de seminovos. Na minha lo-cadora, descarto entre 20 e 25 veículos por mês, a fim de garantir uma frota entre 18 e 24 meses de uso. É difícil que uma concessionária absor-va tantos carros a cada mês. A saída é partir para a venda no varejo. O mercado de usados, contudo, está complicado. A classe média é peque-na em Alagoas. A classe A não se interessa por esse tipo de veículo, e a base da pirâmide não compra carro do ano que descartamos. Quando não vendemos, gastamos com manutenção e, se não colocamos para rodar, temos prejuízo. A rentabilidade fica comprometida.

o que falta para o setor de locação decolar no estado?Faltam mais demanda da iniciativa privada e captação de mais indús-

trias para o estado de Alagoas. No que diz respeito ao turismo, vale me-lhorar os aspectos de segurança, a questão do saneamento das praias e investir mais na divulgação das atrações locais. Com a reinauguração do Centro de Convenções, o turismo de negócios deve crescer.

a copa terá algum impacto nos negócios do setor, mesmo que maceió não seja cidade-sede?

Acredito no legado pós-Copa. Seremos área de passagem entre Sal-vador e Recife. Fora dos dias de jogos, as pessoas querem conhecer outros lugares. Uma prova disso é o número de reservas que registra-mos para locação de carros com sete lugares e bagageiro. Tivemos de investir nesses modelos, já que 70% da nossa frota é composta de veí-culos populares. Assim, acredito em uma alta de 20% no movimento.

a concorrência é grande no setor?Como em qualquer grande cidade litorânea do Nordeste, há muitas

empresas prestando serviços de locação eventual. Mas nosso grande concorrente é a locação pirata, que se instala na frente dos hotéis com prática predatória de preços. Até que o turista perceba que faltam treinamento, serviço e segurança, ele já fechou o contrato.

a alta dos juros e a diminuição do crédito provocaram algum tipo de impacto no dia a dia das locadoras?

Por um lado, temos maior dificuldade na compra e na renovação da frota. Por outro, o cliente também pensa duas vezes antes de investir em frota própria e acaba optando pela locação. A rentabili-dade cai, mas há um aumento do volume de contratos.

Quais as suas expectativas para o segundo semestre?Ano eleitoral sempre foi bom para as locadoras, com uma média

de crescimento na demanda acima de 20%. Mesmo quem não aluga frota para campanha acaba lucrando com a oferta de carro disponí-vel para locação no mercado. Acredito que em relação ao segundo semestre de 2013 teremos um crescimento de 30%.

O empresário Lusierlei Albertine, de 51 anos, à frente da Rotacar Locadora, de Maceió (AL), afirma que a atividade de locação poderia ser bem maior no estado se houvesse mais demanda da iniciativa privada. “Mantemos os negócios por meio de contratos de locação para o governo. Não temos indústrias nem grandes empresas para locar a frota.” Segundo ele, atualmente se alugam mais caminhões e máquinas do que veículos. Confira a seguir o que pensa o empresário e presidente do Sindloc-AL.

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EnTREVIsTA

a força da PaRCERIaA crescente representatividade das locadoras e frotistas nas vendas gerais das montadoras é endossada por Luiz Moan, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Em entrevista concedida com exclusividade à Revista do Sindloc-SP, o dirigente aposta no potencial dessa parceria e alerta para a necessidade da indústria auto-motiva de incorporar mais 60 milhões de veículos à frota nacional, cenário em que o setor de locação ganha atenção ainda mais estratégica.

sindloc: Hoje, as locadoras e frotistas ganham espa-ço com a retração de vendas do mercado de varejo? Luiz moan: Sem dúvida nenhuma. Tanto o segmento de frotistas como o de locadoras são estratégicos para o setor, pois são segmentos profissionais que adquirem os veículos conforme sua necessidade para atividade produ-tiva. Então num momento de queda de vendas do varejo, do ponto de vista relativo, eles ganham importância.

sindloc: qual a importância de locadoras e frotistas no volume de vendas das montadoras? Luiz moan: É grande a importância delas, tanto que houve um incremento acentuado na ordem de 8,35% no volume de vendas via locadoras, sobretudo no último ano. Isso ocorreu pela necessidade de aumento da fro-ta, seja em função de eventos como a Copa do Mundo, para o qual as locadoras fizeram investimentos, seja pela necessidade de adquirir mais veículos para a renovação da sua frota.

sindloc: especialistas argumentam que, cada vez mais, o mercado automotivo nacional aproxima-se de uma estagnação na conquista de novos clientes e que penderá para suprir as demandas de substi-tuição. essa dinâmica apresenta, naturalmente, vo-D

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lumes menores de vendas e está mais exposta aos humores da economia. por sua vez, as locadoras apresentam uma demanda mais consistente e previ-sível. Como as montadoras pretendem aprofundar esse relacionamento com o setor frotista? Luiz moan: Com o setor frotista, não somente todas as montadoras como também as associações já têm um relacionamento extremamente próximo e profissional. Somos parceiros absolutos não só das associadas como também das associações. O que eu discordo é da ideia de que nós não temos um mercado potencial. Eu lem-bro que, aqui no Brasil, temos um índice de motorização em torno de seis habitantes por veículo, enquanto nos Estados Unidos essa proporção é de 1,3 habitantes; na Europa Ocidental, dois; e na vizinha Argentina, três. Por-tanto, se quisermos atingir o nível da Argentina, eu pre-ciso comercializar ainda 26 milhões de unidades na frota brasileira, o que significa um mercado potencial enorme. E se quisermos chegar ao nível da Europa Ocidental, pre-cisamos adicionar 60 milhões de veículos na nossa frota. É em função desse potencial que nós, montadoras, no conjunto, estamos fazendo investimentos bilionários na ampliação da capacidade produtiva e na criação de no-vas fábricas. sindloc: o que as montadoras e os frotistas têm a aprender entre si para reforçar a parceria? Luiz moan: O aprendizado fundamental é que nós so-mos parte de uma mesma cadeia da economia brasilei-ra. Portanto, o desenvolvimento de uma parceria plena e cada vez mais profissional é o que nós desejamos. sindloc: Como está o mercado consumidor interno para as montadoras? o desaquecimento da econo-mia e o fantasma da desindustrialização, motivada pelo Custo Brasil, colocam em risco a manutenção de plantas produtivas no país? Luiz moan: De maneira nenhuma. Nós temos um po-tencial de crescimento enorme. Eu diria que somos o país nesse planeta com maior potencial de crescimento nas vendas e, em função disso, somos o mercado que está recebendo o maior investimento produtivo do setor au-tomotivo em nível mundial. Eu não concordo com essa colocação de “desindustrialização”, até porque nós esta-mos atraindo novas montadoras e novas marcas estão investindo aqui no Brasil em novas fábricas.

sindloc: Haveria aumento de preços devido aos cus-tos de importação?Luiz moan: Nos últimos dez anos, de 2004 a 2014, nós temos, na verdade, reduzido o preço final de vendas. Mas em última instância essa é uma decisão das montadoras. sindloc: o setor sofre com uma redução da dis-ponibilidade de crédito para a compra de auto-móveis e há uma troca de acusações entre vende-dores e empresas creditícias quanto aos motivos para isso. Como as montadoras, especialmente por meio de seus próprios bancos, buscam lidar com essa situação? Luiz moan: Não há nenhum culpado ou nenhum con-flito entre montadoras e a rede bancária, até porque nós, da indústria, fazemos parte da rede bancária. Há uma se-letividade na concessão de crédito que nesse momento, na nossa visão, não se justifica. Evidentemente, a rede bancária tem uma preocupação com o índice de ina-dimplência, mas acreditamos que o próprio mercado vai ajustar esta realidade ao seu tempo. sindloc: em que nível locadoras e frotistas colabo-ram no incremento da produção das montadoras?Luiz moan: Em primeiro lugar, por ser uma compra pro-fissional, é uma compra estável em termos de volumes o ano inteiro. Isto, de certa maneira, propicia uma certa estabilidade na produção das montadoras. Ao transitar com os veículos provenientes da sua compra, demons-tram a confiabilidade dos modelos junto ao público ge-ral. Quando um veículo é muito requisitado pelas loca-doras ou pelo público em geral, temos a certeza de que aquele é um modelo confiável em termos de manuten-ção, preço, assistência, e adequado para rodar grandes quilometragens. sindloc: qual será o impacto das desonerações de-finidas pelo governo para as montadoras? elas têm condições de serem aproveitadas pelas locadoras e frotistas? Luiz moan: Sem dúvida nenhuma. Toda desoneração tri-butária por parte do governo é repassada integralmente pelas montadoras ao nosso consumidor, seja ele o varejo normal, sejam as compras profissionais por locadoras ou frotistas. Isso é um compromisso nosso. Então, todos se-rão beneficiados com essa medida.

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TEcnOLOGIAFo

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Sistema Blue & Me, da Fiat

Sistema Discover Pro, da Volkswagen

Sistema Sync, da FordSistema Your Voice, da KIaSistema My Lynk, da GM

No final dos anos 60, quando o filme Se Meu Fusca Falasse estreou nos cinemas, as pessoas encantavam-se pela personalidade do carismático Herbie, mas sequer pode-riam imaginar que, décadas depois, seria possível falar com o próprio carro. O que era fantasia virou realidade nos anos 2000 e, agora, começa a fazer parte até do cotidia-no dos carros mais simples.

Pesquisa da Consultoria Accenture com mais de 5 mil jovens ao redor do mundo, revela que a Geração y, composta por nas-cidos entre 1981 e 1995, quer segurança, conectividade e interatividade ao volante. Segundo o levantamento, 59% dos jovens entre 20 e 31 anos querem controles para os seus smartphones acoplados ao volante e 58% deles desejam ler e editar e-mails no veículo. Uma informação importante para as locadoras, já que este é um público que ganha volume entre seus clientes.

A indústria automobilística foi rápida ao ouvir o consumidor e sistemas de coman-dos de voz, telas de cristal líquido e smar-tphones, que antes eram exclusividade de modelos de luxo, passaram a fazer parte dointegrar o conjunto dos carros menos sofisticados. Ou seja, também e estão mais próximos da realidade do setor de terceiri-zação de frotas. Modelos como o Peugeot 208 e o Chevrolet Onix, com preços na faixa dos R$ 40 mil, já contam com MP3, GPS, sis-

Fale com seu CaRRoo consumidor pediu e as montadoras atenderam. agora os chamados carros de saída também contam com dispositivos de conectividade

tema de fotos e leitura de e-mails, ampara-dos por Bluetooth ou Wi-Fi.

O novo Fiesta Hatch 2012, da Ford conta com o sistema Sync, desenvolvido em par-ceria com a Microsoft, disponibilizado em português. Por meio dele é possível parti-lhar, em segundos, toda a agenda de con-tatos do smartphone, transferir ligações do aparelho para o sistema de viva-voz, receber e enviar mensagens de texto sem soltar o volante e ouvir músicas do telefone nos au-tofalantes do carro.

Atualmente, 65% do mix de produção da General Motors do Brasil já sai com o My Link, sistema de conectividade disponível nos mo-delos Prisma, Onix, Spin, Cobalto, entre ou-tros. Em 2011, a GM lançou por aqui o Agile Wi Fi, o primeiro com conexão à internet sem fio dentro do carro. Foram produzidas apenas mil unidades, em parceria com a TIM.

A Fiat disponibilizou, em algumas versões do Punto, Línea e Bravo, o sistema Blue & Me, fruto da parceria com a Microsoft. Com comando de voz e controle no volante, permite que a pessoa ligue para qualquer contato da agenda do celular, receba men-sagens de SMS em voz alta ou ouça música.

Já o Discover Pro, da Volkswagen, disponí-vel no novo Golf, é uma tecnologia modular sensível ao toque (funciona como o iPhone) e controla todas as condições do carro (ar condicionado, freios, manutenção), além de

permitir a conexão de dois celulares por Blue-tooth e fazer ligações por comando de voz.

A kIA por sua vez, lançou vários dispo-sitivos conectados como o kia Uvo (your Voice), sistema de voz e recursos avançados ativado por toque que permite o acesso sim-ples e rápido para ao multimídia dos veículos e ao sistema de entretenimento.

O avanço dessas tecnologias, dentro de um veículo e em sua direção, é um dife-rencial com crescente demanda junto ao público-alvo da locação. Em franco barate-amento, tais opcionais são potenciais incre-mentos para o setor frotista.

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Job: 1393-SINDLOC -- Empresa: Almap BBDO -- Arquivo: JOB 1393-13671.77.139 21X28-ANUN LOCADORAS SIMPLES-JR-Folder_pag001.pdfRegistro: 142105 -- Data: 16:25:18 21/02/2014

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Desde que a lei que obriga o uso de cadeirinhas para trans-porte de crianças entrou em vigor os acidentes com morte di-minuíram 23%, de acordo com estudo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O descumprimento da lei dói no bolso, nada menos do que R$ 191,54 e, ainda, soma sete pontos na carteira de habilitação.

Embora cientes da necessidade do uso, pela própria segu-rança dos filhos, a maioria dos pais não deixa de respirar fundo para não se irritar toda vez que tem de por ou tirar a cadeira do banco de trás do carro. As cadeirinhas são grandes, pesa-das e nem sempre cabem no porta-malas. Pai de duas crian-ças, Laurence Abele, gerente de design da Volvo Monitoring, sabia exatamente o transtorno que era viajar com os pequenos, transportando as tais cadeirinhas de um lado para outro, prin-cipalmente nos aeroportos.

A fim de facilitar a vida dos pais, Abele criou, no centro de pesquisa da montadora, em Los Angeles, o primeiro assento inflável do mercado automotivo. O equipamento, desenvolvi-do com tecido drop-stitch, o mesmo material usado em aviões militares infláveis e em barcos, pesa a metade do peso médio das cadeirinhas disponíveis no mercado, em torno de 5 quilos. O grande diferencial é que a cadeirinha criada desenhada por Abele pode ser inflada em 40 segundos, graças a uma tecno-logia de bombeamento de ar, regulada por aplicativo instalado no celular. O processo pode ser acionado remotamente, já que fica conectado via Bluetooth. Depois do uso, a cadeirinha pode ser desinflada com a ajuda de uma bomba integrada e carre-gada na bolsa.

Até, então, o mercado contava apenas com uma versão “que-bra-galho” para emergências em viagens. Vendida pela internet, a Easycarseat inflável, só pode ser usada por crianças acima de quatro anos, com peso entre 15 e 36 quilos, e instalada apenas em veículos equipados com cinto de segurança de três pontos. Não se sabe, ainda, quando a nova cadeira inflável desenvolvi-da pela Volvo chegará ao mercado. Por enquanto, está em fase de testes, tem apenas o protótipo.

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Convivemos com tantas notícias ruins – cor-rupção, violência, economia estagnada, falta de ética, decadência moral, falta de educação etc, etc. – que é realmente um desafio não se deixar abater e continuar trabalhando, conti-nuar acreditando, continuar sendo honesto, não perder os valores e continuar vivendo com princípios elevados.

Temos que vencer esse desafio acreditando que ainda existam pessoas honestas, políticos que se preocupem com o bem comum, fun-cionários que trabalhem em benefício dos clientes, policiais que se preocupem em cuidar da segurança pública, juízes que julguem com isenção, prestadores de serviço que cumpram prazos e horários, professores que ensinem. Enfim, precisamos fazer um esforço para acreditar que o mundo não está perdido. Do contrário, vamos nos abater de tal maneira que iremos ape-nas engrossar a fila dos que não acreditam em mais nada, dos que jogaram a toalha e vivem num mar de lamentações. Ao nos abatermos, estaremos fazendo o jogo dos sem caráter. É isso que eles querem. Eles querem que as pessoas de bem desistam.

Temos, portanto, que nos desafiar a encontrar, talvez como uma agulha num palheiro, e em seguida valorizar quem é ho-

ARTIGO

o desafio de continuar

aCREDITaNDo“Precisamos proteger

os bons e punir os maus, pois quem poupa os

maus, ofende os bons”

“Ao nos abatermos, estaremos fazendo o jogo dos sem caráter. É isso que eles querem. Eles querem que as pessoas de bem desistam” Luiz marins (www.marins.com.br)

Antropólogo e escritor

nesto, quem trabalha, quem é moralmente defensável, quem pauta sua vida por valores éticos elevados. Embora não seja muito fácil encontrar pessoas com essas qualidades, é preciso acreditar que elas existam e que, num mundo cheio de podri-dão, elas muitas vezes se escondem, se sentem sem força para falar, para lutar, impotentes para defender seus valores, ideias e princípios. Temos que dar valor a quem trabalha, quem estuda, quem se esforça, quem ajuda, quem participa, quem se com-promete. Precisamos proteger os bons e punir os maus, pois quem poupa os maus, ofende os bons.

E por fim, temos que fazer um esforço para acreditar na de-mocracia e votar com a consciência de que nosso voto pode

fazer a diferença na construção de um Bra-sil melhor, que conte com uma sociedade menos injusta. Enfim, temos que fazer a nossa parte para vencer esse enorme de-safio e jamais perder a esperança de que a verdade, a justiça e o bem vencerão. Não podemos nos abater frente ao desafio de construir um mundo melhor. E muitas dessas tarefas dependem apenas de cada um de nós.

Pense nisso. Sucesso!

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