revista sindloc-mg - edição nº 70

56
Aumento de furtos e roubos continua a provocar debates no setor Evento Pós-Copa: Da euforia, o que nos sobra? Julho - Agosto 2014 Nº 70 ano12 Entrevista Revista Sindloc-MG entrevista Diretor da Nissan: “Não estamos no Brasil para sermos coadjuvantes”

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Matéria da capa: Aumento de furtos e roubos continua a provocar debates no setor.

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Page 1: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

Aumento de furtos e roubos continua a

provocar debates no setor

EventoPós-Copa: Da euforia, o que nos sobra?

Julho - Agosto 2014 Nº 70 ano12

EntrevistaRevista Sindloc-MG entrevista

Diretor da Nissan: “Não estamos no

Brasil para sermos coadjuvantes”

Page 2: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

2 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014

Aumento de furtos e roubos continua a provocar debates no setor

Benefícios

FOTO: Banco de imagens

Editorial

243

EXPEDIENTEPresidenteLeonardo Soares Nogueira SilvaVice-PresidenteLuis Fernando Porto1º Diretor TesoureiroEmerson Eduardo Ciotto2º Diretor TesoureiroRaimundo Nonato de Castro Teixeira1º Diretor SecretárioLuiz Henrique Franco Júnior2º Diretor SecretárioGustavo de Paula Botelho PennaDiretor de Relações PúblicasMarcelo Elian MoreiraDiretor de EventosAntônio Mansueto Caldeira

Diretor de Rel. InstitucionaisMauro Roberto Alves RibeiroConselho FiscalFrancisco Salles Campos JúniorMarco Aurélio Gonçalves NazaréFrederico Fonseca Martins de BarrosGerente ExecutivaRejane RibeiroPresidente de HonraSaulo Tomaz FroesAssessoria Jurídica TributáriaDr. Adriano Augusto Pereira de [email protected] Jurídica em TrânsitoDra. Luciana [email protected]

Jornalista ResponsávelLeandro LopesDRT 1179/SEProjeto Gráfico e EditoraçãoNativa Comunicação [email protected].: (31) 3261.7346Público-AlvoLocadoras e redes do estado de Minas Gerais e do país, agências de turismo, hotéis, autoridades e jornalistas especializados.Tiragem3.000 exemplares

ImpressãoGráfica Atividade

Todos os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus devidos autores. A REVISTA SINDLOC-MG não se responsabiliza pelo conteúdo e declarações neles contidos.É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que sejam citadas as fontes.

JULHO - AGOSTO 2014 Nº 70 ano12

Sejam bem-vindos!

Por dentro da Lei

28

34

Caxambu: morada das águas de cura, beleza e bem-estar

Turismo

40

37

Apropriação indébita: o fantasma que assombra as locadoras de veículos

“No Show”

Rua Contendas, 79. Prado. Belo Hori-zonte, Minas Gerais. CEP: 30411-255.

O “fim da venda” e a “era da consultoria”

Capacitação

Pense nisso!

10

14Reflexão

Why learn to speak in english?

Que tal buscar o bem-estar e a saúde no ambiente de trabalho?

8

Duas cartilhas e os incontáveis benefícios 4

5

15

19

Como a ABAV-MG percebe o turismo de Minas?

“Não estamos no Brasil para sermos coadjuvantes”

Auto Estoque BH, parceira na hospedagem da sua frotas

SINDLOC-MG traz os planos da Mongeral Aegon para você!

29

32

Eventos

Quem é Quem?

Pós-Copa: Da euforia, o que nos sobra?

Empresas do setor vibram com “Brasil e Chile” na capital mineira

Fórum P.A.R.A.R mobiliza gestores de frotas em agosto

Quem é quem?

44

47

49

51

Novidades

Entrevista

Mercado

12Longa vida ao Real

Page 3: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 3FOTO:FOTO: SINDLOC-MG

Por Leonardo SoaresPresidente do SINDLOC-MG

Editorial

Caros associados,

Existe vida após a Copa?

Claro que sim! Agora é o momento de avaliarmos o que deu certo e o que

não funcionou. É hora de um balanço minucioso. De enxergar as oportunidades

aproveitadas e perdidas, do que foi pessimismo e otimismo exagerado e por fim

cobrarmos o que foi prometido e não foi entregue.

Nosso setor obteve ganhos com o turismo nas cidades-sede, porém, os negó-

cios corporativos praticamente pararam. Nessa edição começamos a discussão

sobre esse balanço!

Como previsto, o brasileiro deu um show. As locadoras também contribuíram

para esse sucesso. Nossas equipes, que tiveram dificuldades com os variados idio-

mas, se superou pela simpatia e receptividade.

Vem aí o segundo semestre. Com uma eleição que promete ser uma das mais

disputadas da nossa história!

O empresariado está apreensivo. Sabe que o crescimento do país está muito

aquém das expectativas e da nossa capacidade. E as previsões para 2015 não são boas.

É o momento das empresas se unirem, de cuidar do nosso mercado, do nosso setor.

O SINDLOC-MG se torna cada vez mais uma ferramenta de defesa das empresas.

É hora de profissionalizar. Empresas amadoras não prosperam no setor. Em

breve iremos lançar um projeto inédito que vai ajudar a profissionalizar a gestão

das empresas associadas.

A vida segue e a Copa do Mundo entrou para a história!

Boa Leitura!

Palavra do Presidente

Existe vida após a copa?

Page 4: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

4 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014

No ano em que comemora seus 20

anos de existência, o SINDLOC-

-MG quer trazer os parceiros e os as-

sociados ainda mais para perto. Para

isso, lança duas cartilhas para difundir

a história e a atuação do sindicato no

setor de locação de veículos.

Uma delas apresenta a entidade,

seus pilares e sua trajetória. Um pas-

seio rápido pela história, missão, visão

e objetivos. Além disso, a cartilha deta-

lha as realizações e as conquistas jurí-

dicas da entidade.

Já a segunda visa divulgar os bene-

fícios disponíveis aos associados, a fim

de auxiliar a gestão das locadoras e au-

mentar o acesso aos serviços de empre-

sas parceiras, tais como os convênios

firmados com seguradoras, concessio-

nárias, montadoras, empresas de aces-

sórios automotivos, instituições finan-

ceiras, consultoria jurídica, faculdades,

software de gestão, convênio médico,

dentre outros. Lembrando que, para ter

acesso aos benefícios, a empresa asso-

ciada deve estar em dia com as mensa-

lidades do SINDLOC-MG e apresentar

ao parceiro do convênio a declaração

de associado atualizada.

Duas cartilhas e os incontáveis benefícios

Benefícios

As cartilhas podem ser solicitadas

no SINDLOC-MG, por meio do te-

lefone 31.3337-7660 ou pelo email

[email protected].

Elas também estarão disponíveis

no site do sindicato. Basta acessar:

www.sindlocmg.com.br.

ILUSTRAÇÃO: Ana Carolina Caetano

Page 5: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 5FOTO: Vagner Antônio

Antes de pensar em funcionários

dedicados, é necessário garan-

tir boa estrutura de trabalho e saúde

ocupacional junto às funções por eles

desenvolvidas. Nesse processo entra a

Ocupacional Medicina e Engenharia

de Segurança do Trabalho que oferece

diversas soluções e prevenções para o

ambiente de trabalho, como os progra-

mas: Controle Médico de Saúde Ocu-

pacional –PCMSO, Prevenção de Ris-

cos Ambientais – PPRA, Condições de

Meio Ambiente no Trabalho – PCMAT,

Conservação Auditiva – PCA, Conser-

vação Respiratória – PCR, Gerencia-

Que tal buscar o bem-estar e a saúde no ambiente de trabalho?

mento de Riscos – PGR, Conservação

Vocal e Prevenção de Riscos em Prensas

e Similares – PPRPS.

A Ocupacional, está no mercado

há quase 25 anos. Já prestou serviços

para grandes empresas como os Cor-

reios, Caixa, Copasa, CDL, Toshiba,

entre diversas outras. O SINDLOC-

-MG também acredita na Ocupacional

e já defende uma parceria de mais de

dois anos. A empresa oferece assesso-

ria completa em segurança e medicina

do trabalho, com programas específicos e

abrangentes para a aplicação das Normas

Regulamentadoras exigidas pelo Minis-

Page 6: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

6 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO:

FOTO: Vagner Antônio

tério do Trabalho e Emprego.

A Ocupacional possui consultórios

equipados e uma infraestrutura apro-

priada para realização de exames mé-

dicos. E todos os exames obedecem aos

levantamentos feitos pela Engenharia

de Segurança do Trabalho, com o ob-

jetivo de avaliar as condições clínicas

e fisiológicas dos trabalhadores. A fim

de garantir uma maneira mais eficien-

te e segura de execução das atividades

diárias, existem também os programas

ergonômicos, feitos de acordo com

as características e as especialidades

de trabalho de cada empresa. Dentre

as ações, se destacam a Ginástica La-

boral –exercícios de alongamentos e

aquecimentos realizados no ambien-

te de trabalho, utilizados como forma

preventiva e regulação das atividades

ocupacionais; Análise de Luminância e

a Blitz Postural – orientação individual

realizada no ambiente laboral, que au-

xilia o trabalhador para uma eficiente

adaptação postural.

Segundo a Consolidação das Leis de

Trabalho – CLT, a classificação de in-

salubridade e periculosidade, somente

se dá através de perícia realizada por

Atitude como estas influenciam melhor

desempenho e produtividade dos

profissionais, porém, os ganhos gerais vão

muito além.”

Page 7: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

médico ou engenheiro do trabalho, re-

gistrados no Ministério do Trabalho e

Emprego. Estes laudos, assim como o

Laudo Técnico de Condições Ambien-

tais do Trabalho são também ofereci-

dos pela empresa parceira.

Como assegura Regiane Bruzi-

guessi, do departamento comercial do

SINDLOC-MG. “Os associados ao sin-

dicato possuem vantagens e descontos

especiais junto à Ocupacional e assim

são incentivados a pensar, cuidar e

manter condições ideais do ambiente

de trabalho e preservação da saúde de

seus funcionários. Atitudes como estas

influenciam no melhor desempenho e

produtividade dos profissionais, porém,

os ganhos gerais vão muito além. Esta-

mos pensando em trabalhos que não

gerem danos ou riscos para as pessoas,

estratégias que permitam conforto e isso

é uma das diretrizes principais de uma

empresa responsável”, sublinha.

As empresas e funcionários que

quiserem utilizar os serviços ofe-

recidos pela Ocupacional, basta

entrar em contato pelo telefo-

ne 31.3337-1919 ou visitar uma

das quatro unidades: Av. João

Pinheiro, 146, 9º andar, Lour-

des; Av. Amazonas, 2340, Santo

Agostinho; Rua da Bahia, 504, 2º

e 13º andares, Centro ou na Av.

José Faria da Rocha, 1.648, 2º

andar, Eldorado, em Contagem.

Page 8: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

8 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Vinícius Resende

Em ano de Copa, uma preocupação

constante do mercado de serviços

foi pensar como se preparar para me-

lhor atender o turista. A principal de-

manda é justamente a mais elementar

das estratégias de mercado: comunicar-

-se bem. Sendo assim, o inglês se torna

ferramenta básica para quem busca bons

serviços e a expansão de seu mercado.

A parceria entre Luziana Lanna e

SINDLOC-MG surgiu pensando nes-

sas questões e ao longo de quase dois

anos de união, já formatou três turmas.

A Copa foi um grande atrativo para

quem iniciou o aprendizado há pouco

tempo, porém, os benefícios da parce-

ria com a escola de idiomas visam atin-

gir resultados bem além dela. A turma

mais recente de alunos foi iniciada em

fins de maio, pouco antes da Copa, com

funcionários da Salute Locadora e da

Locamerica. “Não tive oportunidade

ainda de aplicar o inglês no trabalho,

mas acho que ele vai me ajudar muito

no meu crescimento profissional. No

meu aperfeiçoamento curricular, com

certeza. E até em crescimento pessoal

fora do trabalho mesmo”, explica Éder

Balbino, profissional do setor de admi-

nistração e faturamento da Salute.

Os encontros do grupo acontecem

às quintas-feiras, às 19h, na unidade do

Luziana Lanna, no Gutierrez. Segundo

Regiane Bruziguessi, do departamento

Why learn to speak in english? comercial do SINDLOC-MG, as turmas

constituem-se por número reduzido de

funcionários das empresas associadas.

“Buscamos pessoas que possuam con-

dições parecidas: nível do inglês, horá-

rio e localização do trabalho e, claro, o

interesse em aprender. E assim as tur-

mas são formadas”, explica.

Um público que necessita aplicar a

língua nos negócios, no cotidiano, e

para isso os professores utilizam meto-

dologia mais objetiva e rápida no ensi-

no, dedicando atenção especial a usua-

bilidade do inglês no trabalho. “Damos

mais ênfase à conversação e aos as-

suntos do comércio, já que é o que eles

lidarão com mais frequência, porém,

obviamente, os alunos trabalham tam-

bém a gramática e a escuta. Não tem

como aprender outra língua sem esses

Capacitação

conhecimentos básicos”, explica Mara

Rodrigues, professora da nova turma.

Além disso, com duas horas de aula,

em turmas reduzidas, os alunos têm

um contato extenso com a professora,

o que os permite sanar suas dúvidas as-

sim que geradas, favorecendo o apren-

dizado da língua de maneira rápida.

Paralelo ao inglês mais voltado para

o mercado, para Gisele Aguilar, gerente

de RH da Locamerica, “o principal é o

aprendizado. O impulso que o sindicato

dá conseguindo um preço acessível e a

escola que passa o nível básico em ape-

nas um ano e meio, pra depois a gente

seguir para o intermediário, se quiser,

são os maiores atrativos. E no nosso

caso, que trabalhamos na Locamerica,

que é aqui pertinho, a localização é óti-

ma!”, argumenta Gisele.

Page 9: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 9FOTO:

A primeira turma a se formar nes-

te curso encerrou as aulas em março e

confirmou o sucesso da parceria entre

SINDLOC-MG e o Luziana Lanna. Para

Erika Cardoso, aluna da nova turma e

advogada da Locamerica, além de todos

esses atrativos, vale muito “a certeza de

estudar em um lugar sério, comprome-

FOTO: Leandro Lopes

FOTO: Leandro Lopes

tido e reconhecido.”

Para quem trabalha diretamente

com o cliente e não conseguiu desen-

volver o inglês para a Copa, o Luziana

Lanna pode ajudar na preparação para

o próximo grande evento global no

Brasil, a Olimpíada de 2016. E, claro,

para todas as demandas futuras profis-

sionais ou pessoais. O curso tem dura-

ção de apenas um ano e meio, o que

permitiria que turmas iniciadas até o

fim do ano, conquistassem seu diploma

antes do evento.

Então, porque não seguir o exemplo

desses alunos e aproveitar impulsos

como o da Copa e a parceria junto ao

sindicato para prosseguir com o estu-

do, com o desenvolvimento pessoal e

investir um pouco mais em sua capa-

citação profissional? Let’s do it? Os

interessados podem ligar no Luzia-

na Lanna, no telefone: 31.3292-4000

ou no departamento comercial do

SINDLOC-MG: 31.3337-7660 ou por

email: [email protected].

FOTO: Vinícius Resende

Page 10: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

10 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014

Por Eduardo Peres

O “fim da venda” e a “era da consultoria”

Eduardo Peres é mágico, humorista e palestrante para treinamento motivacional. Foi Campeão Mun-dial de Mágica em 2000. www.eduardoperes.com.br.

Um aviso aos vendedores: vocês estão com os dias con-

tados! Clientes odeiam vendedores. Tente vender algo

a alguém e você ganhará um inimigo. As pessoas normal-

mente detestam perceber que alguém está tentando ven-

der algo a elas. Por outro lado, as pessoas adoram comprar.

Adoram e cada vez mais precisam de informação qualificada

para perceber que estão “comprando bem”. É, portando, “o

Fim da Venda” e a “Era da Consultoria”. E a grande missão

dos setores comerciais das empresas hoje é adequar seus

profissionais a essa nova realidade.

Quando o cliente percebe que está diante de um “vende-

dor” – vendedor entre aspas mesmo – ele corre. A sensação

de estar diante de uma pessoa que “precisa” lhe “empurrar”

aquele produto para “ganhar uma comissão” não desperta

emoções positivas nos clientes. Temos que decretar, portan-

to, a extinção de profissionais de “vendas” e no lugar destes

colocar “consultores especializados em nosso negócio para

fazer clientes verdadeiramente felizes”.

A boa notícia é que nós podemos usar as mesmas pes-

soas, e transformá-las. Portanto, se por um breve acaso o

estimado leitor aqui é também vendedor, não se desespere. O

mundo não acabou para você. A sua profissão é que acabou,

você não. “Vendedor” e “Limpador de Mimeógrafo” são pro-

fissões que não existem mais, é verdade, mas as pessoas que

exerciam essas profissões podem se reinventar e alcançar

resultados muito expressivos em um curto espaço de tempo!

Vendedores: transformem-se então em consultores para

seus clientes! Os consultores são profissionais que entendem

Pense nisso!

FOTO: www.eduardoperes.com.br/ Banco de imagens

Page 11: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

profundamente de seus negócios e, através de sua postura

naturalmente generosa, apontam soluções sobmedida para

cada cliente em suas particularidades. Os clientes gostam de

estar diante de especialistas nos assuntos sobre os quais eles

pretendem efetuar alguma aquisição. O que ocorre é que o

“consultor”, com sua postura de não “querer empurrar” e de

sinceramente “querer assessorar” seu cliente, acaba conquis-

tando a confiança deste e termina por fidelizá-lo. E fideliza-

do, o cliente não compra uma vez só, mas muitas. E indica

aos amigos. E volta. E vira fã.

Em uma loja de roupas, nós como clientes podemos estar

diante de “vendedores de roupas como mercadorias” ou de

“consultores pessoais de moda”. O vendedor quer empurrar

um terno, uma camisa e uma gravata. Fala sem parar, não

ouve ou compreende as necessidades e anseios dos clientes,

tem meia dúzia de frases prontas como “este veste muito

bem” ou “esta cor é a tendência” etc., faz pressão com frases

enojantes como “e aí, vamos fechar?” e sempre reclama com

o gerente que “o preço está alto e o pessoal não está pagan-

do, é a crise, é a concorrência, é a carga tributária do país”.

E, como consequência deste estilo pré-histórico de vender,

sempre ouve dos clientes a clássica frase: “me deixe um car-

tão da loja que eu volto mais tarde e lhe procuro”. O consul-

tor não. O consultor não vende, ele ajuda o cliente a com-

prar. Ele é aquele especialista em moda que assessora seu

cliente e o ajuda a encontrar as soluções ideais para o seu

perfil. Como um que eu conheci em um shopping aqui perto

de casa, que no lugar de me empurrar um terno, uma camisa

e uma gravata, conquistou-me com sua postura, transfor-

mou-me em cliente e fã e compôs meu guarda-roupa inteiro.

Conheci-o há seis anos. Não sei ao certo quantas gravatas

ele já me ajudou a comprar. Só sei que essa dessa foto aí em

cima é de lá.

É isso: re-invente-se! Enterre aquele vendedorzão escon-

dido em você, sofistique sua postura profissional, valorize-se

e faça sucesso!

FOTO: Banco de imagens

Page 12: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

FOTO: Acervo Pessoal/ Banco de imagens12 Revista SINDLOC-MG SETEMBRO - OUTUBRO 2013

Por Rita Mundim

Longa vida ao Real

No dia primeiro de julho o Real fez 20 anos. Temos mui-

to que comemorar! É a maior conquista da sociedade

brasileira das últimas quatro décadas. Desde que a economia

brasileira e a sociedade começaram a conviver com um pro-

cesso de inflação crônico e uma sucessão trágica de planos

mirabolantes que passaram por congelamento de preços e

confisco de poupança, o Plano Real foi o bálsamo ortodoxo

capaz de estancar a inflação e nos devolver a cidadania em

forma de moeda estável, ter novamente a capacidade de pla-

nejar o futuro.

E foi esta moeda estável que preservou o poder de com-

pra do cidadão brasileiro e devolveu aos agentes econômicos

(famílias, empresas e governo) o direito e a capacidade de

planejar o futuro. Quando o poder de compra é preserva-

do, duas coisas acontecem: o padrão e a qualidade de vida

da população são preservados e se o aumento da renda real

acontece, como ocorreu nos últimos anos no Brasil, temos

uma melhora significativa dessa qualidade de vida.

Rita Mundim é mestre em Administração pela FEAD; Es-pecialista em Mercado de Capitais pela UFMG e Ciências

Contábeis pela FGV; Economista pela UFMG; Administradora de Carteira de Valores Mobiliários (CVM); Professora de Mer-cado de Capitais da Fundação Dom Cabral e do IBMEC; Ex--Conselheira e Diretora da Apimec-MG e IBEF-MG; Diretora da Aporte DTVM e Aporte Educacional; Consultora Econômi-ca da Prosper Corretora SA CVC; Comentarista econômica da RÁDIO ITATIAIA/MG – 95,7 FM e 610 AM; Prêmio Apimec Nacional – melhor profissional de mercado – 2007/2008;Prê-mio Apimec-MG de melhor profissional de Imprensa 2000 e 2008; Prêmio Minas Gerais de Desenvolvimento Econômico 2006 – ASSEMG;Publicações: Brasil 100 comentários – cole-ção Expomoney – Elsevier, 2008; Mercado Financeiro – uma abordagem prática dos principais produtos e serviços – Rio de Janeiro - Elsevier, 2008.

FOTO: Acervo Pessoal

Page 13: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 13FOTO: Google FOTO: Google

Além disso, quando temos uma moeda estável, as insti-

tuições financeiras oferecem dinheiro e crédito a um prazo

mais longo. Quanto maior a estabilidade da moeda, maior é

o prazo ofertado pelas instituições financeiras. Justamente

por isso nós tivemos, nos últimos anos no Brasil, uma explo-

são de consumo pela preservação do poder de compra, pelo

aumento da renda real e pelo aumento da oferta de crédito.

O grande problema é que o país não fez as reformas para

que se tornasse mais competitivo. Hoje, o setor industrial

definha e o setor de agronegócios que carrega o PIB nas cos-

tas. Além disso, o setor de serviços poderia estar crescendo

muito mais. O Brasil deveria estar produzindo bens e servi-

ços em condições muito melhores para concorrer no merca-

do internacional e para suprir o mercado interno. A ausência

dessas reformas, como a tributária, política, como a reforma

da própria máquina administrativa e a reforma trabalhista,

vem tirando do Brasil a sua competitividade.

Na outra ponta, o Governo gasta muito, gasta mal e não

combate a corrupção da forma como deveria. É o gasto ex-

cessivo do governo que pressiona a inflação e arranha a cre-

dibilidade do país.

Se um país gasta muito e, na outra ponta, cresce pouco,

a arrecadação de impostos e contribuições diminui e, con-

sequentemente, a equação não fecha! E aí, o risco do país

aumenta, a taxa de juros cobrada pelos nossos credores sobe

e a população inteira paga a conta. E, se o país gasta muito

e gasta mal, a inflação não cede e de novo, é a população,

como sempre, quem paga a conta.

As políticas sociais como o Bolsa Família, são bem-vindas

e necessárias, desde que não sejam a condição para o cres-

cimento de um país. Pelo contrário, elas são a consequência

dos investimentos e do crescimento do setor produtivo, da

geração de emprego e renda, e do pagamento de impostos e

contribuições, capazes de fazer e de manter políticas sociais

de sucesso.

Page 14: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

14 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014

Foi o seu pai que pagou pela sua educação?

Um jovem foi se candidatar a um alto

cargo em uma grande empresa. Passou

na entrevista inicial e estava indo ao en-

contro do diretor para a entrevista final.

O diretor viu que seu currículo era exce-

lente, e perguntou-lhe:

- você recebeu alguma bolsa na esco-

la? - o jovem respondeu - Não.

- Foi o seu pai que pagou pela sua edu-

cação?

- Sim - respondeu

ele.

- Onde é que seu

pai trabalha?

- Meu pai faz tra-

balhos de serralheria.

O diretor pediu ao

jovem para mostrar

suas mãos. O jovem

mostrou um par de

mãos suaves e per-

feitas.

- Você já ajudou seu

pai no seu trabalho?

- Nunca, meus

pais sempre quiseram que eu estudasse

e lesse mais livros. Além disso, ele pode

fazer essas tarefas melhor do que eu.

O diretor disse-lhe:

- Eu tenho um pedido: quando você

for para casa hoje, vá e lave as mãos de

seu pai. E venha me ver amanhã de manhã.

O jovem sentiu que a sua chance de

conseguir o trabalho era alta!

Quando voltou para casa, ele pediu

Reflexão

a seu pai para deixá-lo lavar suas mãos.

Seu pai se sentiu estranho, feliz, mas com

uma mistura de sentimentos e mostrou as

mãos para o filho. O rapaz lavou as mãos

de seu pai lentamente. Foi a primeira vez

que ele percebeu que as mãos de seu pai

estavam enrugadas e tinham muitas cica-

trizes. Algumas contusões eram tão do-

lorosas que sua pele se arrepiou quando

ele a tocou. Esta foi a primeira vez que o

rapaz se deu conta do significado deste

par de mãos trabalhando todos os dias

para pagar seus estudos. As contusões

nas mãos eram o preço que seu pai teve

que pagar por sua educação, suas ativida-

des escolares e seu futuro.

Depois de limpar as mãos de seu pai, o

jovem ficou em silêncio organizando e lim-

pando a oficina do pai. Naquela noite, pai

e filho conversaram por um longo tempo.

Na manhã seguinte, o jovem foi en-

contrar-se com o Diretor. O diretor per-

cebeu as lágrimas nos olhos do moço

quando ele perguntou:

- Você pode me dizer o que você fez e

aprendeu ontem em sua casa?

O rapaz respondeu:

- Lavei as mãos de meu pai e também

terminei de limpar e organizar sua ofi-

cina. Agora eu sei o que é valorizar, re-

conhecer. Sem meus

pais, eu não seria

quem eu sou hoje...

Por ajudar o meu pai

agora eu percebo o

quão difícil e duro é

para conseguir fazer

algo sozinho. Apren-

di a apreciar a impor-

tância e o valor de

ajudar a família.

O diretor disse:

- Isso é o que eu

procuro no meu pes-

soal. Quero contratar

uma pessoa que possa apreciar a ajuda dos

outros, uma pessoa que conhece os sofri-

mentos dos outros para fazer as coisas, e

que não coloca o dinheiro como seu único

objetivo na vida. Você está contratado!

Autor desconhecido / tradução: Adri Gehlen Korb.

FOTO: Banco de imagens

Page 15: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 15FOTO: Divulgação

ENTREVISTAAntônio da Matta

COMO A ABAV-MG PERCEBE O TURISMO DE MINAS?

Entrevista

O mercado é um organismo vivo, coletivo e mutável. Ne-

nhuma empresa existe por si só. Seja lá qual for o seu

negócio, ele está ligado aos demais, direto ou indiretamente,

sobretudo, dentro dos grandes setores, como o do turismo.

Da saída de um estrangeiro de seu país até uma cidade-sede

da Copa do Mundo, por exemplo, serão vários serviços uti-

lizados e, consequentemente, terão diversas empresas en-

volvidas. Da compra da passagem aérea ao pagamento do

combustível do carro alugado.

Para muitos, esse raciocínio parece óbvio, mas nem todos

percebem o segmento do turismo, que já pode muito, como

uma teia de produção coletiva que, unida e estruturada, pode

muito mais. É para isso que entidades como o SINDLOC-MG

e a Associação Brasileira de Agências de Viagem – ABAV-

-MG – trabalham: para reforçar o turismo mineiro e brasilei-

ro. É sobre isso também que a Revista Sindloc conversa com

Antônio da Matta, presidente da instituição.

Page 16: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

16 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014

Antônio, é inevitável, em junho de 2014, falar de turis-mo e não falar de Copa do Mundo. Portanto, o que a po-pulação e o Brasil como um todo, ganharam por sediar um evento deste porte?

Antônio da Matta: Penso em muitos pontos positivos.

Movimentou o comércio, criando novos empregos e a eco-

nomia de modo geral. Sem contar a visibilidade, mostrando

ao mundo os atrativos e as maravilhas deste nosso Brasil. É

um evento único, uma grande oportunidade de nos apresen-

tarmos a todos os povos deste planeta. Belo Horizonte ficará

conhecida internacionalmente, outro fator muito relevante

para o nosso estado.

Muito tem se falado sobre o atraso das obras em está-dios e aeroportos, falhas na mobilidade urbana e capa-citação dos funcionários. Quais as consequências desse contexto e dessa “imagem” brasileira para as empresas de turismo?

Antônio da Matta: Os atrasos das obras são um débito

principalmente do Governo Federal, que, claro, não é o único

culpado. Os governos estaduais também tem sua parcela, pois

tiveram oito anos para elaborar tudo isso, aeroportos, estádios,

estradas, acessibilidades, e nada foi feito dentro do prazo. As

consequências para o turismo são desastrosas. Imagina você,

nós vendemos sonhos. E aí voltamos a minha resposta ante-

rior, quando disse que este evento era a nossa grande chance

de vender o Brasil. O nosso Estado de Minas Gerais, que é tão

rico e detém 70% do acervo histórico brasileiro, com as suas

cidades históricas; a nossa querida Belo Horizonte, a terceira

capital brasileira e tão importante porta de entrada do sudes-

te, infelizmente, não são conhecidos internacionalmente e é aí

que eu digo que perdemos a grande oportunidade de nos apre-

sentarmos ao mundo, mostrando as nossas riquezas, a nossa

cultura, a nossa invejável gastronomia, o nosso comércio e o

mais importante de tudo isso: a nossa forma única e amável de

receber o turista, seja ele brasileiro ou estrangeiro.

Tradicionalmente, BH é uma cidade

de eventos de negócios e é

nisso que temos que apostar e fazer com

que os turistas permaneçam aqui por mais um ou

dois dias.”

Page 17: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 17

Fora os períodos de grandes eventos, quais as estratégias podem ser adotadas para movimentar o turismo local e fugir da sazonalidade que pode atingir o setor de viagens?

Antônio da Matta: Belo Horizonte raramente tem gran-

des eventos, mesmo porque nunca tivemos espaços para tal,

a não ser o Expominas e, hoje, a Arena Mineirão, para gran-

des shows. Tradicionalmente, BH é uma cidade de eventos

de negócios e é nisso que temos que apostar e fazer com que

os turistas permaneçam aqui por mais um ou dois dias. Para

isso, as operadoras de turismo receptivo terão que ter criati-

vidade e montar pacotes, circuitos com tarifas atrativas para

trazer cada vez mais turistas brasileiros e estrangeiros. Te-

mos que desenvolver também workshops em outros estados

brasileiros, mostrando o que Minas tem de atrativo, e, para

isso, temos que ter a participação da Secretaria de Turismo,

da Belotur, dos Conventions e, porque não, de todas as en-

tidades ligadas ao Trade. Só unindo forças poderemos chegar

a um patamar desejado por todos ligados ao turismo mineiro.

Muitos estrangeiros comentam a dificuldade de realizar viagens pelo Brasil, pelo alto preço das passagens, a sen-sação de insegurança, a falta de informação acessível, etc. Qual é o papel e como trabalham as empresas e ins-tituições do turismo para reverter esse quadro?

Antônio da Matta: Os altos preços de pacotes são outro

aspecto que afugenta os turistas brasileiros e estrangeiros

em nosso país. Temos até facilidades na forma de pagamen-

tos, porém, os preços aplicados em nossos estados não são

compatíveis com os aplicados lá fora, principalmente na Eu-

ropa, nos Estados Unidos e no Canadá. Temos que repensar

sobre o nosso turismo, pois, na alta estação, os pacotes do-

bram os preços e isso faz com que o brasileiro opte por uma

viagem internacional que tenha um custo-benefício muito

mais atrativo do que uma viagem doméstica. Sabe-se que

os impostos aqui no Brasil são terríveis, mas, mesmo assim,

acho injustificáveis os preços aplicados. Penso que têm que

haver um consenso entre as cias aéreas, hotéis, operadoras,

Page 18: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

18 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO:

enfim, todos envolvidos na formatação de um circuito, para

que mantenham um preço compatível com a realidade brasi-

leira e aí sim possamos reverter esse quadro.

Comente um pouco sobre o papel e o relacionamento das empresas locadoras de veículos e as agências de viagens.

Antônio da Matta: Confesso que no passado bem pró-

ximo o relacionamento de ambas era muito mais expressivo,

com mais profissionalismo e respeito. Hoje os tempos são

outros e não existe mais aquela fidelidade das locadoras.

Assim como acontece com as cias aéreas e hotéis que fa-

zem negócios diretamente com os nossos clientes, não res-

peitando acordos anteriores. Porém, o papel das locadoras

é fundamental para o desenvolvimento do nosso turismo e

as agências de viagens continuam indicando e vendendo o

serviço aos seus clientes.

Neste ano, em setembro, São Paulo receberá a 42ª Expo Internacional de Turismo, promovida pela ABAV. Qual a relevância desta feira para a realização de negócios no segmento do turismo.

Antônio da Matta: Em 2013 a “ABAV Expo” recebeu

mais de 60 países e 2613 marcas expositoras, que realizaram

negócios com 38706 profissionais do setor. É uma feira óti-

ma para qualquer empresa ligada ao ramo de turismo, pois

concentra expositores dos segmentos: companhias aéreas,

esportes e bem-estar, destinos internacionais e nacionais,

LGBTS, operadores de turismo, cruzeiros marítimos, hotela-

ria, ecoturismo e aventura, tecnologia e, claro, as locadoras

de veículos. Ou seja, um ótimo ambiente para desenvolvi-

mento de estratégias e fechamento de parcerias para o seg-

mento.

Nesta 42ª edição, com certeza haverá mais e melhores

negócios para todo o Trade e a ABAV-MG levará muitos

agentes de viagens em caravanas, partindo da capital e do

interior. Aproveito também para convidar o público em ge-

ral para aproveitar a área de esportes e bem-estar, assistir as

palestras na Vila do Saber e entrar em contato com lugares

magníficos, planejar as próximas férias e comprar pacotes

de viagens.

Para saber mais sobre a 42ª Expo Internacional

de Turismo, acesse: www.abavexpo.com.br.

Page 19: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 19

ENTREVISTAPedro Chaves

“NÃO ESTAMOS NO BRASIL PARA SERMOS COADJUVANTES”

Grandes desenvolvimentos tec-

nológicos e excelência em qua-

lidades são características comumente

atreladas à cultura, pensamentos e pro-

dutos japoneses. Tais associações tam-

bém abrangem o ramo de montadoras

automobilísticas, como é o caso da Nis-

san. A empresa chegou ao Brasil tarde,

apenas em 2000, com sua produção

concentrada na fábrica da Aliança Re-

nault-Nissan em São José dos Pinhais,

no Paraná, e com apenas um modelo, a

Nissan Frontier.

Em 2010, a Nissan anunciou o plano

para conquistar 5% de participação do

mercado brasileiro até 2016 e se tornar

a primeira empresa japonesa do setor.

Para atingir esse objetivo, o pilar fun-

damental foi a implantação do Com-

plexo Industrial em Resende, no Rio

de Janeiro, com investimento de R$ 2,6

bilhões, inaugurada em 15 de abril des-

te ano. Essa nova unidade é uma das

mais modernas e sustentáveis do grupo

no mundo, com capacidade para pro-

duzir 200 mil veículos por ano. É de lá

que está saindo o Nissan New March,

mais novo lançamento da montadora

no Brasil. Para explicar os rumos, a vi-

são e o planejamento da montadora no

país, a Revista Sindloc-MG conversa

com Pedro Chaves, Diretor Nacional de

vendas da Nissan.

Page 20: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

20 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Divulgação

A Nissan espera até 2016 se tornar a primeira marca ja-ponesa no país com 5% de participação no mercado au-tomotivo brasileiro. Além da unidade fabril de Resende, quais as estratégias para atingir essa meta?

Pedro Chaves: O Complexo Industrial da Nissan em

Resende é fundamental para atingirmos nossos objetivos

de crescimento no Brasil, que é o quarto maior mercado

do mundo e peça-chave para o nosso desenvolvimento na

América Latina. Nossa meta é atingir 5% de participação de

mercado, ser a primeira entre as marcas japonesas e líder em

qualidade de produtos e serviços no Brasil até 2016. Além

disso, vamos lançar novos produtos, ampliar a rede de con-

cessionários para 195 pontos (20% a mais em relação aos 169

de hoje) e focar na qualidade de produtos e serviços. Um

passo importante para reforçar o nosso pós-venda foi dado

com a inauguração oficial, agora em junho, do novo Centro

de Armazenamento e Distribuição de Peças, em Resende.

Com investimento total de R$ 70 milhões, ele tem área total

50% maior que a soma dos antigos centros que a Nissan uti-

lizava, na cidade de Jundiaí, em São Paulo, e em São José dos

Pinhais, no Paraná.

Além de aumentar a disponibilidade de peças, o serviço

de pós-venda ficará ainda melhor pela maior sinergia com a

logística da fábrica e o aumento da capacidade de processa-

mento de pedidos e rapidez de despacho. Tudo isso resulta

em mais qualidade e está de acordo com o objetivo da Nissan

de se tornar a marca que presta o atendimento de melhor

qualidade do país.

O Brasil é um dos países mais caros do mundo em valores de automóveis e mesmo assim ocupa o quarto lugar no ranking mundial de mercado automotivo. Vale a pena investir no Brasil? Por quê?

Pedro Chaves: Uma empresa que investe R$ 2,6 bilhões no

Brasil não está pensando a curto prazo, a seis meses, um ano.

Pensa para muitas décadas, no mínimo. O Brasil tem grande

potencial, pois sua taxa de motorização ainda é baixa quando

Page 21: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 21FOTO:

comparada com os principais mercados do mundo. Não esta-

mos no Brasil para sermos coadjuvantes, mas para sermos

atores principais no mercado de automóveis. Nós vamos

crescer muito!

O trânsito e a mobilidade urbana nas grandes cidades têm sido um dos problemas mais discutidos no Brasil. Como a Nissan entende essa realidade e a possibilidade de mu-danças?

Pedro Chaves: A Aliança Renault-Nissan acredita que o

futuro da mobilidade urbana

passa pelos veículos elétricos.

Por isso, investiu 4 bilhões de

euros no desenvolvimento

dessa tecnologia, que é uma

realidade para os consumi-

dores de dezenas de países

na Europa e também nos Es-

tados Unidos e Japão. Desde

o início da comercialização,

com o lançamento do hatch Nissan LEAF, em dezembro de

2010, foram mais de 115 mil veículos elétricos vendidos no

mundo. No Brasil, a Nissan participa de projetos piloto com

as prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro, nos quais 25

unidade do LEAF (15 no Rio e 10 em SP) rodam como táxi.

A Nissan também tem parcerias com a Polícia Militar e os

Bombeiros do Rio de Janeiro e, no início de junho, anun-

ciou mais um, com a Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Nele, a empresa cede um Nissan LEAF para ser usado em

ações do Projeto Fundo Verde, da Universidade, que tem o

objetivo de fomentar projetos de infraestrutura sustentável

nos setores de geração e racionalização do uso de energia e

de mobilidade urbana. Assim, demonstramos também aqui

no Brasil que os carros 100% elétricos são viáveis para a mo-

bilidade urbana.

Quais são os diferenciais dos carros produzidos pela empresa?

Pedro Chaves: Além da

confiança que uma marca japo-

nesa transmite na qualidade de

seus produtos, a Nissan oferece

muitos equipamentos com tec-

nologia de ponta. O New March,

recém-lançado no Brasil e pro-

duzido em Resende, no Rio, por exemplo, traz para o segmento de

compactos itens inéditos como câmera de ré, sistema de navegação

multimídia integrado às redes sociais e ar-condicionado digital. O

sedã grande Altima tem sistemas que usam sensores espalhados

pelo carro que alertam, por exemplo, quando o veículo sai da faixa

de rolamento, se há objetos ou pessoas atrás dele, faz o monitora-

mento da pressão dos pneus, etc.

A Aliança Renault-Nissan acredita que o futuro da mobilidade urbana passa pelos veículos elétricos.”

Page 22: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

22 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014

Existem planos futuros para atingir e melhorar seus números no mercado de locação?

Pedro Chaves: Além da Frontier, um produto conso-

lidado no mercado e no segmento, temos certeza de que a

nossa penetração aumentará com o recém-lançado New

March e, no segundo semestre, o New Versa, que será

fabricado no Brasil.

Hoje a Nissan possui algum tipo de condição diferencia-da para o empresário do setor?

Pedro Chaves: Sem dúvida, entendemos que o segmento

é de fundamental importância para a montadora. Dispomos

de uma política comercial diferenciada para os empresários

do setor. Já disponibilizamos o New March para comerciali-

zação no segmento.

A Nissan é patrocinadora oficial da Olimpíada de 2016. Qual a importância de se investir em esporte, cultura e sustentabilidade? Conte-nos sobre essa e outras ações da empresa.

Pedro Chaves: Apostar no esporte também é outra fun-

ção da empresa. Não quisemos ficar apenas no patrocínio

dos Jogos Rio 2016 e, por isso, criamos o “Time Nissan” como

parte do patrocínio dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio

2016. Esse projeto da Nissan do Brasil apoia atletas brasilei-

ros promissores de todas as regiões do país, em sua trajetória

rumo aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A Nissan

quer contribuir para a construção do verdadeiro legado es-

portivo e social que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos dei-

xarão no Brasil.

Também temos de cuidar das nossas crianças. Não há

futuro sem educação. Só seremos um país forte se dermos

educação de qualidade para os jovens. Por isso, criamos, em

junho de 2013, o Instituto Nissan, exatamente para apoiar

projetos e ações voltadas principalmente para promover a

educação de qualidade. Em apenas um ano, já somos par-

ceiros de vários projetos, como a Casa do Zezinho, em São

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JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 23

Paulo, e a Associação Miratus, no Rio. Mas a ação mais im-

portante está sendo desenvolvida em Resende: o Centro

Educacional da Primeira Infância. Ele está sendo construído

em parceria com a prefeitura e atenderá em tempo integral

170 crianças, entre três meses e seis anos.

Em consonância com o plano mundial da montadora para redução dos impactos ambientais, a unidade fa-bril de Resende será uma das mais sustentáveis e mo-dernas do mundo e pleiteará a Certificação ISO 14001. O que são estas especificidades? Fale um pouco da preocu-pação ambiental da empresa.

Pedro Chaves: O conceito de fábrica sustentável do Com-

plexo Industrial da Nissan em Resende vai além do uso de equi-

pamentos de última geração e processos avançados de produção

de veículos e motores. O compromisso em ser uma unidade verde,

uma das mais sustentáveis da Nissan em todo o mundo, nasceu

já na concepção do projeto dos prédios e de toda a infraestrutura.

O compromisso ambiental da Nissan no projeto segue para fora

das paredes de sua unidade industrial brasileira. Um “cinturão”

verde será plantado para circundar toda a área do complexo, uma

iniciativa que contribuirá para também reduzir emissões e ruídos.

Ele respeitará o bioma original da região e ocupará uma área de

mais de cinco hectares. Ao mesmo tempo em que contribui para

reflorestar zonas desmatadas antes de sua chegada ao Sul Flumi-

nense, a Nissan também investirá para preservar as áreas ver-

des ainda existentes na região.

FOTO: Leandro Lopes

Page 24: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

24 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Banco de imagens

mente o setor mais prejudicado desses

dados. A dificuldade de garantir a se-

gurança através de serviços terceiriza-

dos, a distração e displicência de alguns

clientes, e a necessidade de lidar com

os prejuízos gerados pela falta de segu-

rança pública são alguns dos desafios

enfrentados pelas locadoras. A Locar-

city Rent a Car foi uma das vítimas de

furtos e roubos de veículos neste ano.

Gustavo Penna, seu diretor executivo,

atenta para a necessidade de desenvol-

ver estratégias internas na prevenção

dos casos. Ele alerta também que há

“alguns modelos que são os preferidos

dos ladrões. Modelos que vão direto

Mais uma vez, em virtude do

crescimento expressivo de fur-

tos e roubos de automóveis, o tema

preocupa e ativa discussões no setor de

locação. Segundo a Secretaria de Esta-

do de Defesa Social – SEDS, quase dois

carros são roubados a cada hora na re-

gião metropolitana de Belo Horizonte.

Os levantamentos também são assusta-

dores no Estado, só nos primeiros três

meses de 2014 foram registrados 15.068

roubos e furtos de veículos, quase o do-

bro do que houve no mesmo período há

dois anos (8.914).

Por afetar a matéria base de seu ser-

viço, a locação de automóveis é justa-

Aumento de furtos e roubos continua a provocar debates no setor

Mercado

Page 25: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 25

VEÍCULOS PREFERIDOS PELOS BANDIDOS EM 2014

1º Pálio

2º Toyota Hilux

3º Volkswagen Gol

4º Volkswagen Voyage

5º Fiat Siena

6º Volkswagen Saveiro

7º Fiat Strada

8º Volkswagen Fox/Cross Fox

9º Honda Civic

10º Toyota Corolla

11º Hyundai i30

12º Mercedes-Benz Sprinter

13º Fiat Punto

14º Chevrolet S10

15º Ford EcoSport

16º Fiat Uno

17º Volkswagen Jetta

18º Mitsubishi L200

19º Volkswagen SpaceFox

20º Nissan Frontier

*Fonte: Grupo Tracker, rastreamento e

localização de veículos.

Page 26: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

26 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Banco de imagens

para o desmanche, sem a menor chan-

ce de recuperação. Por isso evitamos

adquirir os modelos mais visados”

afirma.

Segundo os dados divulgados pelo

grupo Tracker, uma das maiores em-

presas de rastreamento e localização de

veículos no Brasil, Minas Gerais está

em 5º lugar no ranking nacional de

furtos e roubos de veículos. De acordo

com o levantamento, nacionalmente,

de janeiro a abril, os casos aumentaram

10% em comparação ao ano anterior.

O carro mais visado do país foi o Fiat

Palio, seguindo pela Toyota Hilux e o

Volkswagen Gol. Se destacaram, de

forma geral, o aumento dos roubos a

utilitários esportivos.

Já no setor de locadoras de veículos,

através de informações da Central de

Furtos e Roubos do SINDLOC-MG, os

carros populares, como o próprio Pa-

lio, o Uno e o Gol, têm sido os mode-

los mais atacados. Dentre os 204 casos

registrados desde a criação da Central,

A intenção é identificar os padrões

desses casos para pensar estratégias conjuntas de ação no

setor, visando proteger as empresas e

usuários dos serviços.”

169 envolveram tais veículos, ou seja,

cerca de 83% das ocorrências.

Por se tratarem de automóveis po-

pulares, o principal destino desses ve-

ículos costuma ser mesmo o desman-

che. A nova lei federal, sancionada em

maio pela presidenta Dilma Rousseff

busca justamente inibir esse mercado

ilícito. A lei determina que o registro

de todas as peças que forem retiradas e

as informações sobre a destinação final

constem num banco de dados. Prevê

também que as peças devem ser todas

cadastradas para identificação. No caso

de Minas, as empresas aptas ao serviço

terão credenciamento junto ao Depar-

tamento de Trânsito do Estado de Mi-

nas Gerais – Detran-MG – e deverão

praticar a atividade de forma exclusiva.

Adriano Assunção, chefe da Delegacia

Especializada de Investigação a Furtos

e Roubos de Veículos Automotores -

DEIFRVA, explica que todo veículo que

passar pelo desmanche terá uma certi-

dão de baixa e suas informações serão

agregadas ao banco de dados nacional.

Qualquer peça que seja produto de cri-

me e esteja à disposição do consumi-

dor será identificada. “Isso inibe muito

a atividade criminosa, porque hoje as

peças são colocadas no mercado sem

fiscalização. E possibilitará, em tese, a

ação dos órgãos de segurança de ma-

neira mais eficaz”, explica o delegado.

Entretanto, as novas regras só entrarão

em vigor no ano que vem.

Page 27: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 27FOTO: Banco de imagens

clientes e a contratação de seguro total

para a frota.

Com os números de furtos e roubos

de 2014, os seguros também subiram

seus valores em 15%. A estratégia co-

mumente adotada pelos consumidores

pessoa física, entretanto, não costuma

se concretizar com facilidade no setor

de locadoras, pois o serviço agregado

aumenta substancialmente os custos

internos e diminui as margens de lucro.

“Para a Locarcity, como para a maio-

ria das locadoras, o valor do seguro de

carro inviabiliza a locação. Infelizmen-

te ainda temos que contar com a sorte

mesmo, pois somos reféns de uma po-

lítica de segurança muito mal adminis-

trada pelos nossos governantes”, expli-

ca Gustavo Penna. “Esse quadro deixa

o empresário sem alternativas para se

resguardar. Por fim, o prejuízo dos rou-

bos acaba sendo todo dele e o que resta

é desenvolver estratégias paliativas in-

ternas”, ressalta Leonardo Soares.

Leonardo Soares, Presidente do SIN-

DLOC-MG, acreditava que 2013 tinha

sido um ano violento, mas o assombro

só fez aumentar no primeiro semes-

tre de 2014. Com tais preocupações,

há cerca de um ano, foi, criada a Cen-

tral de Furtos e Roubos do sindicato, a

fim de reunir os dados sobre os casos

no segmento, como data do incidente,

modelo do veículo, localidade, se foi

ato de furto ou roubo e se o veículo

foi recuperado. “Muitas empresas nos

ajudam compartilhando seus números

e conseguimos desenvolver planilhas

e inferir práticas e situações habituais

com isso. A intenção é identificar os

padrões desses casos para pensar es-

tratégias conjuntas de ação no setor,

visando proteger as empresas e usu-

ários dos serviços”, afirma. Segundo

o Presidente, dentro das locadoras os

prejuízos reunidos no ano passado ul-

trapassaram os R$ 2 milhões. Para ele,

as melhores estratégias internas conti-

nuam sendo a cuidadosa orientação aos

Page 28: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

28 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Banco de imagens

para reforçar a participação do sindicato no interior. Sejam

Bem-vindas!Mais três importantes locadoras de automóveis mi-

neiras chegam para o plantel de associados do SIN-

DLOC-MG. Duas delas são do interior de Minas e entram

Sejam bem-vindos!

Associado Cidade Contato

Leaphar Locadora de Veículos Caratinga Raphael Ribeiro Gomes

LocaPaulo Belo Horizonte Paulo Sérgio Alves Batista

Rally Locações e Empreendi-mentos

ContagemGleise Guimarães Alvarenga

João Acácio do Amaral

Novidades

Page 29: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 29FOTO: Auto Estoque BH

Auto Estoque BH, parceira na hospedagem da sua frota

Espaço para armazenar sua fro-

ta, realizar a limpeza e entrega

dos veículos em segurança são alguns

dos desafios que sua empresa tem de

enfrentar constantemente? Pensando

nessas necessidades e nesse mercado,

nasceu em 2013 a Auto Estoque BH. A

empresa é uma das novas parceiras do

SINDLOC-MG.

Localizada no bairro Pilar, saída

para o Rio de Janeiro, a empresa pos-

sui 57 mil metros quadrados, sendo 26

mil destinados ao armazenamento de

veículos, em cinco grandes pátios, com

capacidade atual para receber 1177 ve-

ículos. Entretanto, muito além de hos-

pedar frotas, os empresários Leonardo

Dias e Henrique Lima buscam resolver

os problemas em torno da realização do

trabalho das locadoras. “Queremos dar

as melhores condições, tirar as preo-

cupações desses empresários, para que

Page 30: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

30 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Auto Estoque BH

possam efetivamente dedicar tempo,

esforço e energia ao que é seu foco de

trabalho”, defende Henrique.

Leonardo lembra que algumas ve-

zes as empresas tem que utilizar fun-

cionários de outras áreas para realizar

funções primárias, como a lavagem de

carro, a vistoria, a entrega ao cliente.

A Auto Estoque BH possui toda a es-

trutura para esses serviços e obedece a

um rígido controle de qualidade e pro-

cesso. “Os carros chegam pela cegonha

e são descarregados diretamente nos

boxes, onde são vistoriados por nos-

sos especialistas e onde são produzidos

Page 31: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 31FOTO:

relatórios que vão diretamente para o

nosso sistema. Os carros, depois disso,

seguem para as vagas que lhes foram

destinadas. As chaves são guardadas

em um quarto com o número da vaga

devidamente identificado. O carro per-

manece conosco até que o cliente pre-

cise dele”, explica Leonardo. E, nesse

momento, não é preciso realizar uma

ligação, a solicitação pode ser feita

diretamente pela internet. “O cliente

solicita o carro, as condições e as ne-

cessidades através de nosso canal de

comunicação pela internet, nós realiza-

mos o processo de saída do veículo, que

consiste na vistoria, check-out, lava-

gem e entrega através do guincho, para

não expor o carro a nenhum desgaste

ou risco”, afirma.

Aproveitando os exemplos dados

pela Copa do Mundo, os empresários

lembram também que em circunstân-

cias específicas, como protestos ou

quaisquer outras situações que colo-

quem os veículos em risco, as empre-

sas podem contar com a Auto Estoque.

Além do grande espaço, contam com

um sistema integrado de câmeras de

vigilância, segurança patrimonial 24

horas, muro equipado com cerca elé-

trica e concertina, pátio coberto com

sombreiros e iluminação de segurança

e sistema de prevenção e combate a in-

cêndio.

Atualmente a Auto Estoque BH pre-

tende se aproximar do setor de locado-

ras e quer ouvir as necessidades desses

empresários e, a partir disso, propor so-

luções específicas para cada empresa.

Além das vantagens já mencionadas, os

associados ao SINDLOC-MG possuem

benefícios como valores diferenciados

e preferência na reserva de vagas e

atendimento.

Os interessados em conhecer o

trabalho e discutir alternativas com

a Auto Estoque BH, podem acessar

www.autoestoquebh.com.br, entrar em

contato pelo telefone 31.3223-3421 ou

visitar a empresa na Rua Alice Teraia-

ma, 500 – Pilar, Belo Horizonte.

FOTO: Auto Estoque BH

Page 32: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

32 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014

O SINDLOC-MG agora tem no seu

“know how” de parceiros uma

das maiores seguradoras independen-

tes do país: a Mongeral Aegon. A em-

presa, com 180 anos de experiência

ininterrupta, disponibilizará todo seu

portfólio de serviços para os associados

do sindicato.

Segundo Ronaldo Gama, Superin-

tendente Comercial da empresa em

Belo Horizonte, a longa trajetória da

empresa representa solidez e seguran-

ça, “para que os seus clientes possam

investir seus recursos e terem a certeza

que o futuro de suas famílias e dos seus

profissionais estarão garantidos”.

Cristina Machado, Gerente Comer-

cial da Aegon, explica que cada em-

presa e cada pessoa tem necessidades

únicas e que por isso é preciso estudar

cada caso e os planos e serviços preci-

sam ser detalhados e direcionados para

as especificidades dos clientes. “Vamos

disponibilizar toda a linha de cobertu-

ras da Mongeral Aegon e a partir dela

entender as idiossincrasias dos nossos

parceiros”, afirma ela.

Sobre a parceria com o SINDLOC-

-MG, Ronaldo afirma: “A Mongeral Ae-

gon, historicamente, procura sempre

atuar através de parcerias com entida-

des de expressão em nosso mercado. E,

no caso da parceria com o SINDLOC-

SINDLOC-MG traz os planos da Mongeral Aegon para você!

Há quase 200 anos o nosso negócio é o futuro

A Mongeral Aegon é uma empresa que sabe o valor do seu tempo e seu esforço. Desde que era somente

Mongeral, há 178 anos, ajuda as pessoas a planejarem um futuro mais tranquilo. E foi ao longo de sua

história que ela construiu um dos mais completos portfolios de soluções em seguros e previdência. Para

isso, a Mongeral Aegon leva em conta as necessidades e desejos de pessoas como você, respeitando o

seu orçamento e as suas condições.

Em 2009, a empresa se uniu ao Grupo Aegon, um dos maiores grupos seguradores do mundo, com

operações em mais de 20 países e mais de 40 milhões de clientes. Hoje, a Mongeral Aegon é uma das 10

maiores seguradoras independentes do país, com mais de 600 mil clientes e as melhores soluções para

ajudar você a construir o seu amanhã e estar ao seu lado ao longo dessa jornada

Valores

Conheça os valores que sustentam e orientam todas as nossas ações.

Excelência: Qualidade, eficiência máxima e desenvolvimento contínuo dos processos de trabalho.

Inovação: Busca permanente do reconhecimento, no mercado, por seu diferencial.

Responsabilidade Social: Percepção da necessidade de atuar na construção de uma sociedade mais

saudável, promovendo programas de responsabilidade social integrado ao seu negócio.

Transparência: A base do relacionamento com todos que participam do processo produtivo da empresa,

clientes e órgãos governamentais.

Valorização dos Colaboradores: Priorização e promoção do bem-estar de todos que participam do pro-

cesso produtivo da empresa.

Mongeral Aegon em números

178 anos de experiência e tradição.

Uma das cinco empresas mais antigas do país em atividade.

1ª colocada no mercado de planos de fundo de pensão instituídos.

Mais de R$ 135 milhões em benefícios pagos em 2012.

55 unidades de produção.

Mais de 800 funcionários.

4 mil consultores de benefícios (1.500 formados pela própria companhia, em parceria com a Escola

Nacional de Seguros – Funenseg).

Mais de 600 mil clientes.

Grupo Aegon

Entre os 10 maiores grupos de seguros e previdência do mundo.

Presente em mais de 20 países.

Mais de 25 mil funcionários

Page 33: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 33FOTO:

-MG, não é diferente, pois se trata do

maior sindicato do setor”.

Para você que quer conhecer um

pouco da empresa, acesse: www.mon-

geralaegon.com.br. O atendimento será

conforme o desejo de cada associado.

“As empresas poderão fazer contato

conosco, solicitando a nossa visita, mas

também pretendemos visitá-las”, expli-

ca Cristina. Em Belo Horizonte, a Mon-

geral Aegon está localizada na Avenida

Senhora do Carmo nº 706, no Carmo. O

telefone é 31.3029-2300. Você também

pode entrar em contato com o departa-

mento comercial do SINDLOC-MG, por

meio do telefone 31.3337-7660 ou por

email: [email protected].

(...) cada empresa e cada empresa e cada pessoa tem

necessidades únicas e que por isso é preciso estudar cada caso e os planos e serviços

precisam ser detalhados e direcionados para as

especificidades dos clientes.”

Page 34: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

34 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014

A última edição da Revista do SINDLOC-MG apresen-

tou reportagem de capa sobre o “No Show”, cláusula

do contrato de locação de veículos pelo qual o consumidor

responde pelo prejuízo causado por ao comparecer na data

ajustada para honrar a reserva. O “no show” (“não apare-

ceu”, em livre tradução) é o nome comercial que se dá à pe-

nalidade contratual imposta ao consumidor por não cumprir

a obrigação estabelecida com antecedência de comparecer

no dia, hora e local ajustados para retirar o veículo reserva-

do para locação. As principais questões jurídicas sobre o “no

show” se referem à possibilidade de cobrança e ao valor da

penalidade, as quais serão apresentadas neste artigo.

A primeira questão é a possibilidade de cobrança do no

show. O “no show” é cláusula lícita, sofrendo apenas a res-

trição ao prazo mínimo de sete dias do “direito de reflexão”

do consumidor. O Código de Defesa do Consumidor prevê

algumas hipóteses nas quais o arrependimento gracioso do

cliente é permitido (CDC, art. 49). A lei confere ao consumi-

dor o prazo de reflexão de sete dias para desistir do contrato

a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do pro-

duto ou serviço no caso de contratação fora do estabeleci-

mento do fornecedor. As vendas a domicílio, por telefone ou

pela internet sofrem essa limitação do “direito de desistir”

(ou “direito de reflexão”) conferido aos consumidores. Por-

tanto, a única restrição legal para a cobrança do “no show” é

a concessão de prazo mínimo de sete dias para o cliente re-

fletir. Reservas efetuadas há mais de sete dias não têm direito

ao “no show” e não podem ser canceladas; do mesmo modo

Boas práticas e bons contratos aju-dam na solução do problema da ausência injustificada de clientes em caso de reserva

“No Show”

Por Adriano Augusto Pereira de Castro

Adriano Augusto de Castro é advogado especializado na indústria de locação de veículos (OAB/MG 94.959). Assessor Jurídico da ABLA e do SINDLOC/MG. Con-sultor do Ministério do Planejamento especialista em parcerias público-privadas pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Professor de Direito Empresarial na Faculdade de Direito Promove Mestre em Direito Empresarial (linha de pesquisa Aná-lise Econômica do Direito) pela Faculdade Milton Cam-pos. Diretor-Secretário da AMDE (Associação Mineira de Direito e Economia). Associado à ABDE (Associação Brasileira de Direito e Economia). Associado à ABRADT (Associação Brasileira de Direito Tributário). Contatos: (31) [email protected]

Por dentro da lei

FOTO: SINDLOC-MG

Page 35: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 35

as reservas efetuadas no balcão da locadora de veículos não

podem ser canceladas em tempo nenhum, pois o “direito de

reflexão” só se aplica às vendas fora do estabelecimento (te-

lefone, a domicílio ou internet).

A segunda questão envolve o valor da penalidade a ser

imposta ao cliente e isso envolve algumas considerações

mais elaboradas. A regra geral é a penalidade não poder ser

superior ao da obrigação principal (Código Civil, 411). Tra-

duzindo: a pena não pode ser superior ao valor do aluguel

e acréscimos imediatos. Esta regra geral não despertaria dú-

vida se todas as locações vigessem por um dia apenas, mas

como proceder quando a reserva foi de vários dias ou na

véspera de feriados? Nesses casos o equilíbrio é mais difícil

sob o risco de se criarem situações iníquas. Recomenda-se

limitar o valor do “no show” a poucas diárias (um fim de se-

mana prolongado, por exemplo), porque não é realista supor

que a locadora jamais alugaria o veículo novamente. Caso a

locadora consiga novo contrato, sugere-se a redução propor-

cional da penalidade.

A composição da indenização por no show também exi-

ge atenção. No contrato de locação podem se incluir diver-

sos negócios acessórios que geram receitas, tais como GPS,

cadeiras de bebê, proteção, quilometragem etc. Entretanto,

nem todas as receitas podem ser indenizadas pelo no show.

Serviços não utilizados como a proteção não podem se in-

cluir na penalidade porque o risco não ocorreu (“cláusula

iníqua”, no linguajar do CDC), por exemplo. Outras despe-

sas, como a lavagem do veículo, podem ser incluídas. Deste

modo se recomenda restringir o valor do no show ao mí-

nimo estritamente necessário para se indenizar o prejuízo

sofrido pela locadora, evitando-se seu emprego como fonte

de receitas operacionais.

A implementação do no show exige alguns cuidados pela

locadora de veículos. O mais importante é a previsão con-

tratual. O contrato deve prever a cláusula e o cliente deve

expressamente aderir às condições contratuais no ato da re-

Page 36: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

36 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014

cisarão ser compensados de alguma maneira, sendo o mais

comum pelo aumento do preço (para se embutir o índice de

receitas perdidas) ou pela menor qualidade dos serviços. A

qualidade do serviço se reduz porque o risco de não compa-

recimento injustificado induz às locadoras a aceitarem mais

reservas que a disponibilidade prevista (overbooking), o que

tende a piorar o atendimento aos clientes no médio e longo

prazos. Com essas considerações se espera colaborar com o

aperfeiçoamento do mercado de locação de veículos com a

sugestão para a previsão da multa pelo “no show” nos con-

tratos de locação de veículos.

No show

serva. Na reserva deve constar a informação clara e precisa

quanto ao prazo para desistência (se aplicável) e ao valor

a ser cobrado no caso de “no show”. Outro cuidado útil se

refere ao meio de pagamento a ser utilizado. A cobrança ju-

dicial do “no show” envolve custos e prazos proibitivos em

virtude dos pequenos valores individuais normalmente en-

volvidos, por isso se recomenda aceitar reservas apenas com

pré-autorização para débito em cartão de crédito.

As locadoras de veículos são um dos poucos elos do trade

turístico a não cobrarem o no show. As companhias aéreas

e hotéis o fazem há décadas, pois o não comparecimento do

cliente causa prejuízos irrecuperáveis. Estes prejuízos pre-

FOTO: Banco de imagens

FOTO: Banco de imagens

Page 37: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 37FOTO: SINDLOC-MG

Um dos maiores problemas vividos pelas locadoras de

veículos trata-se da “Apropriação Indébita” de veícu-

los locados. Mas, como proceder caso infelizmente tal situ-

ação aconteça?

Primeiramente faz-se necessário notificar o locatário,

cientificando o mesmo acerca dos valores em débito, bem

como cedendo-lhe um prazo para que este devolva o(s)

veículo(s) na sede/filial da locadora. Para melhor compreen-

são, segue abaixo modelo da Notificação Extrajudicial:

“N O T I F I C A Ç Ã O E X T R A J U D I C I A LBelo Horizonte, ................, .........................................................

..................................... de 20 ........

NOTIFICANTE:

END.:

CNPJ:

NOTIFICADA:

END.:

CPF/CNPJ:

Pela presente NOTIFICAÇÃO, na qualidade de .........................

............. da empresa ...................................................................,

em consonância com Contrato de Locação e com a Legislação

Civil vigente, venho por meio desta NOTIFICAR V. Sa., de que

se encontra em débito com os pagamentos devidos à NOTI-

FICANTE, este no montante de R$ .................................. (.......

................................................) da forma discriminada abaixo:

Apropriação indébita: o fantasma que assombra as locadoras de veículos

Luciana Mascarenhas é Advogada do Escritório de Advocacia Mascarenhas e Associados, Especialista em Direito de Trânsito e Pós-Graduada em Direito Público. Consultora na Área de trânsito do Jornal Estado de Minas, da Rede Globo, da Rádio Justiça do Supremo Tribunal Federal e consultora da TV Câmara.Escritório: (31) 3295.2485 | (31) 3082-4787www.advocaciadetransito.com.br

Por Luciana Mascarenhas

Page 38: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

38 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014

PLACA REFERENCIA FATURA(S) VALOR VENCIMENTO

Serve esta, portanto, para NOTIFICAR V. Sa. acerca da inadim-

plência supramencionada, que gerou a rescisão do Contrato

de Locação outrora assinado entre as partes devido ao des-

cumprimento contratual, bem como para requerer a devolu-

ção do(s) veículo(s) abaixo discriminado(s):

VEÍCULO/MARCA PLACA ANO

Salienta-se caso o(s) veículos(s) não seja(m) devolvido(s) den-

tro do prazo constante da presente NOTIFICAÇÃO, que ficará

caracterizado o crime de Apropriação indébita, crime este ti-

pificado no Código Penal da forma que se segue:

“Art. 168: Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a

posse ou a detenção:

Pena: Reclusão, de 01 (um) a 04 (quatro) anos e multa.” Ante o exposto, fica V. Sa. NOTIFICADO da obrigação de de-volver o(s) veículo(s) discriminado(s) na presente NOTIFI-CAÇÃO no PRAZO MÁXIMO E IMPRORROGÁVEL DE ............. (...........................) dias a contar do recebimento desta, bem como para no mesmo prazo efetuar o pagamento integral dos valores devidos a NOTIFICANTE, que totalizam a importância de R$ ................................... (.............................................................), importância esta a ser atualizada monetariamente e acrescida de juros e multa até a data do efetivo pagamento.Finalmente, caso não sejam atendidas as determinações constantes da presente NOTIFICAÇÃO, ficará caracterizada a MORA, quando então será lavrado pela NOTIFICANTE o res-pectivo Boletim de Ocorrência, com o devido requerimento de abertura do Inquérito Policial, bem como serão interpostas as Ações Criminais e Cíveis cabíveis.

Sem mais para o momento, subscrevo.”

Então, após o envio da Notificação Extrajudicial e expi-

ração do prazo concedido na mesma para devolução do(s)

veículo(s), caso o Locatário não o(s) devolva, far-se-á neces-

sária a lavratura do Boletim de Ocorrência, quer seja pelo re-

presentante legal da Locadora ou por algum funcionário. (de

preferência munido de procuração com poderes para tanto)

Segue abaixo modelo do que deverá constar no Boletim

de Ocorrência:

“Venho através deste informar que na data de ....................

o(s) veículo(s) de propriedade da Locadora ora qualificada

de marca ..............................., modelo ..........................., placa

................., ano ........................, cor............................... foi(ram)

locado(s) para o Locatário ......................................................

..................................., CPF/CNPJ ...........................................

..., com residência/sede à .......................................................

................................................................ com data de início do

Contrato de Locação em .......................... e de término em

........................., sendo que no curso do contrato de locação,

o Locatário acima apontado se tornou inadimplente para com

os pagamentos das locações juntamente à Locadora, bem

como no prazo para devolução do(s) veículo(s) o(s) mesmo(s)

não foi(ram) restituído(s) para a Locadora, o que acabou por

gerar a rescisão do Contrato de Locação. Após, nossa Locado-

ra, notificou a Locatário na data de .......................... tendo sido

a dita notificação recebida pelo mesmo em ...................., com

data final para devolução do(s) veículo(s) em ........................,

sendo que nesta notificação foi dado também ao Locatário um

prazo para que este efetuasse os pagamentos em débito. Mas,

em que pese o recebimento da notificação, além do Locatá-

rio não ter efetuado o pagamento dos débitos juntamente à

Locadora, também não devolveu o(s) veículo(s) de nossa pro-

Page 39: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 39

priedade, o que acabou configurando o “Crime de Apropriação

Indébita” por parte do mesmo. Face ao exposto, venho através

desta requerer o envio da “Notitia Criminis” ao representante

do Ministério Público, bem como a abertura do competente In-

quérito Policial e, posteriormente que seja o Locatário aponta-

do acima processado e condenado pelo Crime de Apropriação

Indébita, na forma da legislação pátria.”

Finalmente, após serem tomadas as providências acima,

teoricamente o delegado enviará a “Notitia Criminis” ao re-

presentante do Ministério Público, que denunciará o Loca-

tário ao Juiz (que poderá aceitar ou não a “Denúncia”). Mas,

ainda que a Ação Criminal vá ser movida pelo Promotor, a

Ação de Reintegração de Posse é do tipo “Privada”, deven-

do, portanto, ser movida pela Locadora, sendo essencial para

o seu sucesso que esta possua o endereço exato onde o(s)

veículo(s) poderá(ao) ser localizado(s).

Page 40: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

40 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014

Caxambu: morada das águas de cura, beleza e bem-estar

Circuito das ÁguasTurismo

FOTO: commons.wikimedia.org

Page 41: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 41FOTO:

Após mais de um ano passeando pelas cidades históri-

cas mineiras, a Revista Sindloc-MG estreia uma nova

série de reportagens. Iremos mergulhar no revigorante “Cir-

cuito das Águas”. E para iniciar o passeio pela região, nada me-

lhor que uma cidade que já abrigou grandes figuras públicas e

seus calorosos adjetivos à esta cidade que os acolheu: Caxambu.

Vim falar bem longe “Dos suaves privilégios deste torrão

abençoado”, como aconselhou Rui Barbosa, nos versos de

1919 em homenagem a cidade de Caxambu. Encantado com

suas estâncias naturais, o intelectual brasileiro, assim como

outros artistas e pessoas públicas – de Noel Rosa a Princesa

Isabel -, percorreu e desfrutou das “fontes de vida” ofereci-

das pelo município do sul de Minas.

Historicamente firmada naquilo que se pode chamar

“turismo de saúde”, entre as montanhas da Serra da Man-

tiqueira, a cidade de Caxambu vem comportando o maior

complexo hidromineral do mundo. Com doze fontes de água

com propriedades diferentes, em sua maioria concentradas

no Parque das Águas, os habitantes e visitantes que por lá

transitam encontram no município o lugar perfeito para tra-

tamento do corpo e da alma.

Se existem palavras definidoras do espaço em que situa-

-se a cidade, são elas: saúde e bem-estar. Dupla em que se

concentra uma das mais importantes preocupações dos dias

de hoje e, com isso, terapias alternativas são pólos atrativos

para quem quer fugir dos tratamentos convencionais. Po-

rém, não é só por esse segmento turístico que Caxambu é re-

conhecida. Suas belezas naturais oferecem e recebem olhar

inspirador para os turistas que buscam, para além de saúde

física, um aconchego para a alma.

Circuito das Águas

Page 42: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

42 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014

batuque. A forma cômica dessa per-

cussão lembrava, ainda, a topografia

exuberante e pontiaguda do Morro de

Caxambu. Além disso, as águas fer-

ventes das fontes, em orquestra com

um grande brejo que ali dominava,

produziam, borbulhando, um murmú-

rio mais ou menos violento e de certo

modo comparável ao rufar do tambor

dos escravos.

Outras hipóteses apontam ter caxam-

bu origem indígena: no dialeto tupi dos

antigos índios cataguases que habi-

tavam a região, a variação da palavra

em catãmbu significa “água que bor-

bulha”, ou “bolhas a ferver”.

O REFÚGIO DOS CRAQUESJá que esse é um ano de Copa do Mun-

do, convém lembrar que Caxambu foi a

cidade escolhida para abrigar a sele-

ção brasileira antes das competições

de 1954, aquela que revelou Pelé, dis-

putada na Suíça. A reportagem, à épo-

ca, pela Revista “O Cruzeiro”, não pou-

pa elogios para os atrativos da cidade

FOTO: Raff Catalan

Circuito das Águas

A CIDADE E O PARQUE DAS ÁGUASCaxambu, que fica à 384 km de distân-

cia de Belo Horizonte, foi fundada em

16 de setembro de 1901, e sua história

se confunde estritamente com a de seu

Parque das Águas. Apesar de impreci-

sa, a data de descoberta da primeira

fonte, como também de seus descobri-

dores, foi na metade do século XIX. Cada

uma com um tipo de água: gasosa sim-

ples (D. Pedro II), ferruginosa (D. Isabel)

e sulfurosa (D. Leopoldina). Na época,

os banhos eram gratuitos. Com o passar

do tempo, a observação de seus efeitos

fez com que a fama das águas mudas-

se de “santas” para ”virtuosas”, uma

vez que, tendo as curas registradas, os

tratamentos e as propriedades de tais

águas puderam ser entendidos.

Com altitude de 895 metros, o lugar

tem clima tropical de altitude, com

média anual de 17°C e a média do ve-

rão de 21°C. O Parque das Águas “Dr.

Lisandro Carneiro Guimarães”, de Ca-

xambu, tombado pelo Instituto Estadu-

al do Patrimônio Histórico e Artístico

– IEPHA – é o principal ponto turístico

e cartão de visita do município. Possui

uma área de 210 mil metros quadra-

dos, onde estão localizadas o balne-

ário hidroterápico e as 12 fontes de

águas minerais, cada uma com suas

características próprias.

POR QUE CAXAMBU?Alguns dizem que a palavra caxambu

é de origem africana, que deriva da

composição de duas palavras: cacha

(tambor) e mumbu (música). O vocábu-

lo, no tempo dos escravos, designava

não só o instrumento que eles tocavam

nas danças, mas a própria dança ou

CHUVA DE VENTO, DE NOEL ROSA

“[...]Quem nunca viu

Chuva de vento à fantasia

Vá em Caxambu de dia

Domingo de carnaval

Chuva de vento

Só essa de Caxambu

Domingo chove chuchu

E venta água mineral[...]”

Fonte Dom Pedro - Parque das Águas

Page 43: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 43FOTO: Raff catalan / Luis Macedo (panoramio.com)

cesa Isabel por gratidão à cura de sua

suposta esterilidade, por conta de sua

profunda anemia, com água férrea da

fonte que hoje tem o seu nome.

MATRIZ NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS

A atual Igreja Matriz, de estilo gótico,

teve sua pedra fundamental lançada

em 1892, no mesmo local da velha ca-

e de seu Parque das Águas: “podemos

facilmente concluir que os craques do

futebol brasileiro só deixaram Caxam-

bu completamente revigorados, isto é,

em absoluta forma de saúde, mesmo

porque qualquer atleta do mundo, que

se sentisse cercado de todas as opor-

tunidades esplendidamente salutares,

como as do Parque de Caxambu, teria

sobre o adversário, na hora da peleja,

uma vantagem considerável.”

O QUE VISITARPARQUE DAS ÁGUAS

Com cerca de 210 mil metros quadra-

dos, o Parque das Águas situa-se bem

ao centro da cidade. Principal atração

local, é o parque com a maior con-

centração de águas carbogasosas do

mundo e conta com 12 fontes de água

mineral, gêiser, piscina de água mine-

ral, balneário hidroterápico, lago com

pedalinhos, teleférico e muito mais.

Aberto diariamente de 7 às 18 horas.

BALNEÁRIO HIDROTERÂPICO

Localizado dentro do Parque das

Águas, conta com banhos de imersão

em água mineral, piscina de hidrote-

rapia, saunas a vapor e secas, duchas

e tratamentos estéticos. O Balneário

oferece, com seus banhos, horas e

horas de relaxamento e renovação de

energias. Seus azulejos e pisos portu-

gueses são todos decorados.

IGREJA DE SANTA ISABEL DE HUNGRIA

Tombada pelo patrimônio histórico

e artístico de Minas Gerais, teve sua

construção iniciada em 1868, em esti-

lo gótico e foi inaugurada somente em

1897. Foi construída a mando da Prin-

pelinha de Nossa Senhora dos Remé-

dios, do século XVIII. A igreja é palco

das grandes celebrações religiosas da

cidade. A festa da padroeira acontece

no dia 15 de agosto, com missas, pro-

cissão e atividades de barracas. Outra

grande procissão ocorre no dia de Cor-

pus Christi, quando as principais ruas

da cidade são enfeitadas com tapetes

coloridos feitos com materiais variados,

como serragem, sementes e pó de café.

PASSEIOS DE CHARRETE E CAVALO

Passeie de charrete pela cidade ou

visite locais como a Chácara das Ro-

sas (Centro de Hidroterapia e Tera-

pias Holísticas) ou o Portal das Águas

(chácara aberta à visitação com trilha

na mata, nascentes, lagos). Há opções

para visitas a fazendas com criação de

cavalo Mangalarga Marchador, caval-

gadas, passeios em pôneis, café colo-

nial e almoço típico.

Banho relaxante - Balneário hidroterápico

Page 44: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

44 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Banco de imagens

Pós-Copa: Da euforia, o que nos sobra?Apesar do aumento turístico, empresários concordam que ainda não se per-cebe lucros exponenciais

Bandeiras flamejando nos carros,

ruas decoradas com bandeiri-

nhas, muros com pinturas dos joga-

dores, trabalhadores vestindo o ver-

de e o amarelo e todas as televisões

ligadas quando o juiz apita o início

da partida. A euforia dos torcedores

em todo o mês de junho indica que

a Copa do Mundo aconteceu e que o

Brasil se tornou por um mês o centro

do planeta midiático. Mas, na prática,

o que fica para quem trabalhou du-

rante o evento?

Até o início de 2014, os prognós-

ticos comerciais e financeiros das

empresas locadoras de veículos apon-

tariam um aumento de quase 20%

na procura de automóveis durante a

Copa, em comparação com períodos

normais. Entretanto, com a chegada

do evento, o número de reservas não

refletiu essas projeções. “Na minha

empresa, a previsão era de um mês

aquecido. O turismo aqueceu, po-

rém, em contrapartida, o movimento

corporativo caiu. Ou seja, não houve

grande acréscimo. De certa forma, é

uma grande decepção, pois a expec-

tativa gerada foi muito grande”, ob-

serva Leonardo Soares, Presidente do

Eventos

Page 45: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 45FOTO: Banco de imagens

SINDLOC-MG e diretor da Yes Alu-

guel de Carros.

O mercado não fala em prejuízo,

mas em frustração, frente ao poten-

cial do evento e o montante que se

esperava de movimentação financei-

ra com os deslocamentos terrestres

de pessoas físicas. De forma que, os

maiores números vistos por empresas

do segmento calcularam um aumento

real próximos aos 10%. “Temos per-

cebido no último mês um incremento

na solicitação de reservas para o perí-

odo do mundial, mas, por outro lado,

em decorrência dos feriados que se-

rão decretados e dos altos custos das

viagens, as empresas reduziram seus

pedidos”, explica o diretor de marke-

ting do Grupo Localiza, Herbert An-

drade.

Essa situação torna-se ainda mais

relevante para as empresas localiza-

das no interior dos estados, porque,

como nos lembra Paulo Nemer, Pre-

sidente do Conselho Nacional da As-

sociação Brasileiras das Locadoras de

Automóveis – ABLA, o chamado “tu-

rismo de negócios” experimenta for-

te retração nesta época, o que causa

impacto principalmente para as loca-

doras que não atuam nas cidades que

recebem os jogos. “Em junho e julho

não teremos feiras de negócios, even-

tos corporativos, convenções de tra-

balho”, ressalta Nemer. “O turismo de

negócios, que é um importante gera-

dor de locação de veículos em todo o

Brasil, fica estacionado”, argumenta.

As grandes expectativas de lu-

cro estavam sobre os aluguéis dire-

tos para pessoas físicas, turistas que

viessem às cidades assistir aos jogos,

brasileiros aproveitando os feriados

com viagens, de forma que as deman-

das deste público pudessem superar

as perdas referentes ao setor corpo-

rativo, do qual a queda já seria ine-

vitável. Entretanto, para Antônio da

Matta, diretor regional da Associação

Brasileira das Agências de Viagem –

ABAV-MG, o aumento dos valores de

passagens aéreas e hospedagem cres-

ceu assustadoramente no período an-

terior à Copa, e “prejudicou a todos

porque afugentou os passageiros do

transporte aéreo e do transporte ter-

restre”, disse. Desanimou ainda uma

parte dos turistas estrangeiros que

planejavam assistir aos jogos e, de

quebra, conhecer o país. Segundo os

Page 46: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

46 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Banco de imagens

cálculos da Localiza, dos clientes pes-

soa física que procuram pelo serviço

de aluguel de veículos, a demanda

vinda dos estrangeiros responde en-

tre 35% e 45% das reservas, enquanto

os brasileiros representam algo entre

60% e 65%.

O que se vê são estádios abarrota-

dos e algumas nacionalidades trazen-

do milhares de torcedores ao país, en-

tretanto, em Minas Gerais, apesar do

aumento turístico, a situação ainda não

se reflete diretamente em lucros expo-

nenciais. A impressão geral é que esta

Copa do Mundo tenha trazido gran-

des finanças para setores específicos

envolvidos na organização do evento,

mas que não atinge, como o espera-

do, grandes valores em outros setores

secundários. A locação de veículos é

uma das categorias que esperava ga-

nhar indiretamente, através da maior

circulação de turistas entre as cidades-

-sedes. De qualquer forma, espera-se

que os lucros diretos sejam superiores,

comparados às mesmas épocas de anos

passados (sem eventos deste porte).

Paralelo a este contexto, as empre-

sas que investiram dentro do padrão de

mercado e de suas possibilidades reais

de crescimento e demanda, não perde-

ram dinheiro, uma vez que trataram o

evento como um impulso para aperfei-

çoar as qualidades dos serviços ofereci-

dos e incrementar suas infraestruturas.

“Não possuímos um cálculo específico,

mas se gastou muito em treinamento e

capacitação da equipe. Contratação iria

ter ocorrido de acordo com a demanda

e não houve necessidade. E o investi-

mento de frota não foi especificamente

para a Copa e sim para a demanda do

mercado”, explica Leonardo Soares.

Com toda essa euforia, brasileiros

e estrangeiros torcendo e transitan-

do pelo país, e as possibilidades do

comércio incrementar seus lucros, o

que preocupa os empresários não são

os protestos que tomam as ruas, mas

as brechas que podem ser abertas aos

bandidos neste período de ânimos aflo-

rados. E, portanto, ponderam a neces-

sidade de intensificar estratégias para

a prevenção de golpes no momento da

locação. “Estamos mais alertas ao ca-

dastro dos clientes, usando mais tempo

para esse procedimento. Instruímos a

equipe para ter mais atenção na con-

ferência de documentos de identifica-

ção”, explica Ronan Valério, Gerente de

Negócios da King Rent a Car.

O que se aposta é que ainda se irá

sentir as consequências, para o bem ou

para o mal, de abrigar um evento deste

porte e da exposição mundial causada

por ele. Há quem acredite que os maio-

res ganhos serão indiretos e posterio-

res, como o aumento dos investimentos

privados externos no país, a divulgação

de cidades e o consequente impulso

turístico iniciado pela Copa. “Para o

segmento, fica a expectativa do incre-

mento do turismo nos próximos anos,

a expectativa da finalização das obras

de infraestrutura, como os aeroportos

e obras de mobilidade urbana que são

fundamentais para o desenvolvimento

do nosso negócio. Além da consolida-

ção da cultura de locação de veículos

que vem acontecendo”, espera Leo-

nardo Soares.

Page 47: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 47FOTO: Divulgação

Empresas do setor vibram com “Brasil e Chile” na capital mineiraBelo Horizonte foi o “centro do

mundo” por algumas horas em 28

de junho. Em uma das disputas mais

duras enfrentadas pelo Brasil na Copa

do Mundo de 2014, o Chile foi o adver-

sário a dificultar a vaga às quartas de

final na competição. O Mineirão abri-

gou uma adrenalina que a torcida bra-

sileira não sentia há algum tempo, em

quase três horas de embate, contando

os minutos da prorrogação e pênaltis.

Certamente um momento histórico e

emocionante, para a seleção e para to-

dos brasileiros – em especial, aqueles

que acompanhavam a montanha russa

de emoções das arquibancadas.

De lá torciam representantes da

Garra Pneus e mais 100 empresários

parceiros e clientes, fruto da ação fi-

nal de uma promoção da empresa. A

campanha “Esse Lugar é Meu”, voltada

para o seguimento de locadoras e os

demais setores de veículos, se estendeu

entre os dias 17 de março e 17 de maio.

“Ao realizarem a compra de pneus as

empresas angariavam pontos e os me-

lhores colocados ganhavam ingressos

para assistirem à seleção no Gigante

da Pampulha”, explica Daniel Gonçal-

ves, gerente comercial da Garra Pneus.

Entretanto, a partida não era a única

intenção da empresa, mas a reunião de

Copa do mundo

Page 48: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

48 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO:Divulgação

representantes do seguimento em um

momento de confraternização. Sendo

assim, às 8h da manhã, no Bristol Ala-

meda Business Hotel, próximo ao está-

dio, a concentração para o jogo estava

formada. E na centena vencedora figura-

vam dois associados do SINDLOC-MG:

a Salute Locadora e a Locar Rent a Car.

Paralelo ao impulso de vendas com

a promoção, a Garra Pneus visava “es-

treitar laços, criar oportunidades de

encontro, incentivar parcerias e regis-

trar sua intenção em torná-las cada vez

mais efetivas, para gerar o crescimento

do segmento coletivamente”, como ex-

plica o gerente comercial da empresa.

As parcerias são necessárias em qual-

quer ambiente de jogo, disputa, e natu-

ralmente, a regra se aplica também ao

ambiente comercial. Assim funciona o

sindicato e funcionam as instituições

e grupos vencedores. Tendo isto em

vista, a Garra Pneus utilizou a seleção

como metáfora para reunir represen-

tantes do setor. Assim como o Brasil,

todos saíram do Mineirão vitoriosos.

“O evento foi um sucesso. As pessoas

se divertiram muito e foram premiadas

com um espetáculo de futebol, além de

um desfecho emocionante, que entrou

para história: a classificação do Brasil

para quartas de final nos pênaltis”, fes-

teja Daniel.

Que o momento de confraternização

e união sirva de exemplo para outras

ações de fortalecimento do setor.

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JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 49IMAGEM: portalparar.com.br

Fórum P.A.R.A.R mobiliza gestores de frotas em agosto

O Fórum P.A.R.A.R - Pensando Alternativas Respon-

sáveis, Administrando Frotas com Resultado – é um

evento que reúne especialistas da área de gestão de frotas

leves, para compartilhar temas sobre tecnologia, gestão de

custos, direção defensiva, política de frotas e diversos outros

assuntos relevantes ao setor de frotas.

Apenas em 2014, o evento já realizou três edições, com

palestras, discussões e cursos para gestores e executivos de

frotas corporativas, no Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Ale-

gre. Em 12 de agosto, será a vez de Belo Horizonte receber

os 23 palestrantes que compartilharão seus conhecimentos

e experiências no Hotel Ouro Minas. Flávio Tavares, diretor

do evento, explica que em quase dois anos o P.A.R.A.R. reu-

niu números superiores a 1600 executivos e 1000 empresas,

que representavam uma frota de quase um milhão de veícu-

los. “Temos tido muito retorno por parte destas empresas,

mudanças significativas que vem ocorrendo, e isso nos mos-

tra que estamos no caminho certo”, salienta.

Em 2013, para Flávio, o evento na capital mineira foi um

sucesso. “Tivemos uma grande evolução no conteúdo e nas

discussões voltadas principalmente para a profissionaliza-

ção do departamento de frotas nas empresas, questões legais

aplicadas a gestão de frotas e, também, pautas como gestão

de combustível, manutenção e um tema que sempre se es-

tende muito nas discussões: o comportamento dos conduto-

res.” Neste ano, espera uma edição ainda mais enriquecedora

e com maior adesão dos empresários – em uma expectativa

de 150 participantes.

“Iremos proporcionar informações adequadas para que as empresas possam transformar todos os indicadores negativos em números positivos”, Flávio Tavares

Page 50: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

50 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014

Para Flávio, muito além de questões estruturais, finan-

ceiras e comerciais, o fórum incentiva o debate e a busca

de soluções para problemas contemporâneos. “Todos os es-

tádios da Copa do Mundo juntos têm uma capacidade total

de 633.000 pessoas, e somente em 2013, entre feridos, se-

quelados e mortos foram 628.000 vítimas de acidentes de

trânsito”, expõe o diretor. Além da discussão da segurança

dos condutores, fazem parte da programação discussões so-

bre mobilidade urbana, o aumento de furtos e roubos e o

desenvolvimento de ideias sustentáveis, a fim de incentivar

empresas e gestores a pensarem seus resultados sem se es-

quecerem de valores de interesse coletivo.

Por isso, “o papel do P.A.R.A.R. é convocar a iniciativa

privada a se mobilizar, nós acreditamos na força das corpo-

rações e entendemos que essas empresas e seus gestores po-

dem desempenhar um papel significativo para transformar

este cenário. Se posicionar e assumir mais responsabilidades

desempenhando um papel de mudança na sociedade é um

grande desafio,” enfatiza.

Todos os profissionais que atuam direta ou diretamente

com frotas corporativas podem participar, basta se associar

de forma gratuita pelo www.portalparar.com.br.

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JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 51FOTO: Denise Reis

Quem é Quem?Parceria

QUEM É QUEM?Representar os interesses de cen-

tenas de empresários e empresas

não é tarefa fácil. Conquistar direitos,

vantagens e condições de trabalho para

todo um setor necessita de dedicação,

boa administração e jogo de cintura.

Relativizar os interesses pessoais em

detrimento dos anseios de todo conjun-

to. Dando continuidade a série “Quem

é quem?”, agora conheceremos quem

são as pessoas que tomam as grandes

decisões, representam os interesses do

setor e se tornam os grandes responsá-

veis das direções e caminhos traçados

pelo sindicato. Vamos a diretoria do

SINDLOC-MG.

LEONARDO SOARES

Função: Presidente

Natural: Belo Horizonte, Minas Gerais;

Idade: 41 anos;

Formação: Direito pela Milton Campos e pós-graduação em

Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral.

Apesar de novo, Leonardo é nosso Presidente há quatro anos e

este é seu segundo mandato. É ele quem lidera a diretoria exe-

cutiva e gerencia o SINDLOC-MG. Mas muito além, é ele a ima-

gem e representação do setor em todas as esferas de repre-

sentação sindical. Não é de hoje que ele frequenta esse meio.

Leonardo compõe a diretoria desde 2006, porém, está dentro

do sindicato desde seu primeiro ano! Um bom tempo para dar

conta de tanta responsabilidade. Paralelamente, ele é franque-

ado da Rede Yes em Belo Horizonte e está no mercado desde

1993. E sobra tempo pra mais alguma coisa? Sim! Para os jo-

gos do Atlético sempre sobra. Com o futebol não é só torcedor,

gosta também de praticar o esporte. E nos demais momentos

de folga, curte um bom churrasco e a companhia dos amigos.

LEONARDO SOARES

Page 52: Revista SINDLOC-MG - Edição nº 70

52 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO:Denise Reis

GUSTAVO PENNA

Função: Diretor Secretário;

Natural: Belo Horizonte;

Idade: 40 anos;

Formação: Administração de empresas.

Assim como Leonardo, está no segundo mandato, há quatro

anos na diretoria. A função de diretor secretário exige de

Gustavo a realização de reuniões periódicas para discutir

assuntos de interesse do segmento e desenvolvimento de

ações para o SINDLOC-MG. Atualmente participa também da

produção da Revista Sindloc-MG e da comissão que está con-

cluindo a mudança da sede do sindicato. Em 2007, assumiu

a Locarcity, empresa com sede em Belo Horizonte e filial no

Rio de Janeiro, onde atua principalmente na terceirização e

possui hoje uma frota de 900 veículos. Nos finais de semana,

sua diversão é praticar uma modalidade de ski aquático, o

wakeboard.

RAIMUNDO TEIXEIRA

Função: Diretor Financeiro;

Natural: Oliveira - MG;

Idade: 69 anos;

Formação: Engenheiro Civil, formado pela Escola de Enge-

nharia Kennedy e especialista em Engenharia Econômica

pela PUC-MG.

O atual diretor financeiro já foi presidente do SINDLOC-MG en-

tre 1999 a 2002. Entre diversas funções, é o responsável por ge-

renciar os departamentos contábeis e financeiros, desenvolven-

do normas internas, processos e procedimentos de finanças e

administração. Começou sua carreira como Engenheiro Civil e

permaneceu na área por 15 anos. Durante sete anos foi Diretor

de Franquias de uma grande rede nacional de Aluguel de Car-

ros. Desde 1995, é sócio e diretor executivo da YES Rent a Car

Franchising Ltda, uma das cinco maiores redes de aluguel de

carros do Brasil. Uma coisa que não abre mão é de suas aulas de

violão, apesar de já tocar o instrumento de ouvido. Divide o tempo

livre com a prática de basquete, futebol e peteca. E para aquietar

um pouco, gosta também de ler biografias, romances e escutar

MPB. Além de tudo, é flamenguista e atleticano! Estranho? Ele

acha que não.

GUSTAVO PENNA

RAIMUNDO TEIXEIRA

Quem é Quem?

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JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 53FOTO: Denise Reis

SAULO FROES

Função: Presidente de Honra;

Natural: Ferros - MG;

Idade: 63 anos;

O Presidente de Honra do sindicato é um dos empresários

mais experientes e atuantes no setor de locações de car-

ros de Minas Gerais e pertence à diretoria do SINDLOC-MG

desde sua criação. Sendo oito anos (quatro mandatos) como

Presidente. Saulo é um empreendedor nato, começou a atu-

ar no segmento em 1972, como office boy da locadora mul-

tinacional Hertz, onde cresceu e se tornou gerente de filial.

Até que, em 1981, quando a empresa findou suas atividades

no Brasil, adquiriu o Fundo de Negócios dela e montou sua

própria empresa. Há tempos é diretor geral da Lokamig Rent

a Car, uma das primeiras a se associar ao sindicato. Na vida

de executivo, Saulo dedica tempo também à sua paixão pelo

Cruzeiro, não só como torcedor, mas também como Conse-

lheiro Efetivo do Clube. No mais, gosta de viajar, conhecer

novos lugares e praticar futevôlei.

EMERSON CIOTTO

Função: 1º Diretor Financeiro;

Natural: Belo Horizonte - MG;

Idade: 54 anos;

Formação: Administração de Empresas

Emerson é o principal responsável pela gestão dos recur-

sos financeiros do sindicato. Tem como papel, a concilia-

ção das contas de acordo com o planejamento elaborado

pelos demais diretores. Exerce o cargo há três anos, mas

já está no sindicato há nove. Conjuntamente, às funções

descritas, é também sócio-diretor da Arcan Locadora de

Veículos. Entre as atividades de lazer, gosta de ler os li-

vros de Paulo Coelho, montar seu Mangalarga Marchador,

“o melhor cavalo do mundo”, ouvir uma boa música serta-

neja de raiz e acompanhar o Cruzeiro.

SAULO FROES

EMERSON CIOTTO

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54 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Denise Reis

FRANCISCO SALLES JR.

FRANCISCO SALLES JR.

Função: Diretor Fiscal;

Natural: Belo Horizonte - MG;

Idade: 43 anos;

Formação: Técnico em Agropecuária.

A função desempenhada por Francisco, mais conhecido como

Júnior, junto a outros diretores, é acompanhar, conferir e apro-

var a parte financeira e contábil da entidade. É também, um dos

diretores que está em seu segundo mandato, há quatro anos

desenvolvendo esta função. Nos momentos de lazer, gosta de

escutar MPB e músicas dos anos 80 e 90. E, para não fugir a

regra da atual diretoria, gosta mesmo de futebol e é torcedor

do Cruzeiro “Querido” Esporte Clube.

Quem é Quem?

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