revista sindloc-mg - edição nº 70
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Matéria da capa: Aumento de furtos e roubos continua a provocar debates no setor.TRANSCRIPT
Aumento de furtos e roubos continua a
provocar debates no setor
EventoPós-Copa: Da euforia, o que nos sobra?
Julho - Agosto 2014 Nº 70 ano12
EntrevistaRevista Sindloc-MG entrevista
Diretor da Nissan: “Não estamos no
Brasil para sermos coadjuvantes”
2 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014
Aumento de furtos e roubos continua a provocar debates no setor
Benefícios
FOTO: Banco de imagens
Editorial
243
EXPEDIENTEPresidenteLeonardo Soares Nogueira SilvaVice-PresidenteLuis Fernando Porto1º Diretor TesoureiroEmerson Eduardo Ciotto2º Diretor TesoureiroRaimundo Nonato de Castro Teixeira1º Diretor SecretárioLuiz Henrique Franco Júnior2º Diretor SecretárioGustavo de Paula Botelho PennaDiretor de Relações PúblicasMarcelo Elian MoreiraDiretor de EventosAntônio Mansueto Caldeira
Diretor de Rel. InstitucionaisMauro Roberto Alves RibeiroConselho FiscalFrancisco Salles Campos JúniorMarco Aurélio Gonçalves NazaréFrederico Fonseca Martins de BarrosGerente ExecutivaRejane RibeiroPresidente de HonraSaulo Tomaz FroesAssessoria Jurídica TributáriaDr. Adriano Augusto Pereira de [email protected] Jurídica em TrânsitoDra. Luciana [email protected]
Jornalista ResponsávelLeandro LopesDRT 1179/SEProjeto Gráfico e EditoraçãoNativa Comunicação [email protected].: (31) 3261.7346Público-AlvoLocadoras e redes do estado de Minas Gerais e do país, agências de turismo, hotéis, autoridades e jornalistas especializados.Tiragem3.000 exemplares
ImpressãoGráfica Atividade
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JULHO - AGOSTO 2014 Nº 70 ano12
Sejam bem-vindos!
Por dentro da Lei
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Caxambu: morada das águas de cura, beleza e bem-estar
Turismo
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Apropriação indébita: o fantasma que assombra as locadoras de veículos
“No Show”
Rua Contendas, 79. Prado. Belo Hori-zonte, Minas Gerais. CEP: 30411-255.
O “fim da venda” e a “era da consultoria”
Capacitação
Pense nisso!
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14Reflexão
Why learn to speak in english?
Que tal buscar o bem-estar e a saúde no ambiente de trabalho?
8
Duas cartilhas e os incontáveis benefícios 4
5
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Como a ABAV-MG percebe o turismo de Minas?
“Não estamos no Brasil para sermos coadjuvantes”
Auto Estoque BH, parceira na hospedagem da sua frotas
SINDLOC-MG traz os planos da Mongeral Aegon para você!
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Eventos
Quem é Quem?
Pós-Copa: Da euforia, o que nos sobra?
Empresas do setor vibram com “Brasil e Chile” na capital mineira
Fórum P.A.R.A.R mobiliza gestores de frotas em agosto
Quem é quem?
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Novidades
Entrevista
Mercado
12Longa vida ao Real
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 3FOTO:FOTO: SINDLOC-MG
Por Leonardo SoaresPresidente do SINDLOC-MG
Editorial
Caros associados,
Existe vida após a Copa?
Claro que sim! Agora é o momento de avaliarmos o que deu certo e o que
não funcionou. É hora de um balanço minucioso. De enxergar as oportunidades
aproveitadas e perdidas, do que foi pessimismo e otimismo exagerado e por fim
cobrarmos o que foi prometido e não foi entregue.
Nosso setor obteve ganhos com o turismo nas cidades-sede, porém, os negó-
cios corporativos praticamente pararam. Nessa edição começamos a discussão
sobre esse balanço!
Como previsto, o brasileiro deu um show. As locadoras também contribuíram
para esse sucesso. Nossas equipes, que tiveram dificuldades com os variados idio-
mas, se superou pela simpatia e receptividade.
Vem aí o segundo semestre. Com uma eleição que promete ser uma das mais
disputadas da nossa história!
O empresariado está apreensivo. Sabe que o crescimento do país está muito
aquém das expectativas e da nossa capacidade. E as previsões para 2015 não são boas.
É o momento das empresas se unirem, de cuidar do nosso mercado, do nosso setor.
O SINDLOC-MG se torna cada vez mais uma ferramenta de defesa das empresas.
É hora de profissionalizar. Empresas amadoras não prosperam no setor. Em
breve iremos lançar um projeto inédito que vai ajudar a profissionalizar a gestão
das empresas associadas.
A vida segue e a Copa do Mundo entrou para a história!
Boa Leitura!
Palavra do Presidente
Existe vida após a copa?
4 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014
No ano em que comemora seus 20
anos de existência, o SINDLOC-
-MG quer trazer os parceiros e os as-
sociados ainda mais para perto. Para
isso, lança duas cartilhas para difundir
a história e a atuação do sindicato no
setor de locação de veículos.
Uma delas apresenta a entidade,
seus pilares e sua trajetória. Um pas-
seio rápido pela história, missão, visão
e objetivos. Além disso, a cartilha deta-
lha as realizações e as conquistas jurí-
dicas da entidade.
Já a segunda visa divulgar os bene-
fícios disponíveis aos associados, a fim
de auxiliar a gestão das locadoras e au-
mentar o acesso aos serviços de empre-
sas parceiras, tais como os convênios
firmados com seguradoras, concessio-
nárias, montadoras, empresas de aces-
sórios automotivos, instituições finan-
ceiras, consultoria jurídica, faculdades,
software de gestão, convênio médico,
dentre outros. Lembrando que, para ter
acesso aos benefícios, a empresa asso-
ciada deve estar em dia com as mensa-
lidades do SINDLOC-MG e apresentar
ao parceiro do convênio a declaração
de associado atualizada.
Duas cartilhas e os incontáveis benefícios
Benefícios
As cartilhas podem ser solicitadas
no SINDLOC-MG, por meio do te-
lefone 31.3337-7660 ou pelo email
Elas também estarão disponíveis
no site do sindicato. Basta acessar:
www.sindlocmg.com.br.
ILUSTRAÇÃO: Ana Carolina Caetano
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 5FOTO: Vagner Antônio
Antes de pensar em funcionários
dedicados, é necessário garan-
tir boa estrutura de trabalho e saúde
ocupacional junto às funções por eles
desenvolvidas. Nesse processo entra a
Ocupacional Medicina e Engenharia
de Segurança do Trabalho que oferece
diversas soluções e prevenções para o
ambiente de trabalho, como os progra-
mas: Controle Médico de Saúde Ocu-
pacional –PCMSO, Prevenção de Ris-
cos Ambientais – PPRA, Condições de
Meio Ambiente no Trabalho – PCMAT,
Conservação Auditiva – PCA, Conser-
vação Respiratória – PCR, Gerencia-
Que tal buscar o bem-estar e a saúde no ambiente de trabalho?
mento de Riscos – PGR, Conservação
Vocal e Prevenção de Riscos em Prensas
e Similares – PPRPS.
A Ocupacional, está no mercado
há quase 25 anos. Já prestou serviços
para grandes empresas como os Cor-
reios, Caixa, Copasa, CDL, Toshiba,
entre diversas outras. O SINDLOC-
-MG também acredita na Ocupacional
e já defende uma parceria de mais de
dois anos. A empresa oferece assesso-
ria completa em segurança e medicina
do trabalho, com programas específicos e
abrangentes para a aplicação das Normas
Regulamentadoras exigidas pelo Minis-
6 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO:
FOTO: Vagner Antônio
tério do Trabalho e Emprego.
A Ocupacional possui consultórios
equipados e uma infraestrutura apro-
priada para realização de exames mé-
dicos. E todos os exames obedecem aos
levantamentos feitos pela Engenharia
de Segurança do Trabalho, com o ob-
jetivo de avaliar as condições clínicas
e fisiológicas dos trabalhadores. A fim
de garantir uma maneira mais eficien-
te e segura de execução das atividades
diárias, existem também os programas
ergonômicos, feitos de acordo com
as características e as especialidades
de trabalho de cada empresa. Dentre
as ações, se destacam a Ginástica La-
boral –exercícios de alongamentos e
aquecimentos realizados no ambien-
te de trabalho, utilizados como forma
preventiva e regulação das atividades
ocupacionais; Análise de Luminância e
a Blitz Postural – orientação individual
realizada no ambiente laboral, que au-
xilia o trabalhador para uma eficiente
adaptação postural.
Segundo a Consolidação das Leis de
Trabalho – CLT, a classificação de in-
salubridade e periculosidade, somente
se dá através de perícia realizada por
Atitude como estas influenciam melhor
desempenho e produtividade dos
profissionais, porém, os ganhos gerais vão
muito além.”
médico ou engenheiro do trabalho, re-
gistrados no Ministério do Trabalho e
Emprego. Estes laudos, assim como o
Laudo Técnico de Condições Ambien-
tais do Trabalho são também ofereci-
dos pela empresa parceira.
Como assegura Regiane Bruzi-
guessi, do departamento comercial do
SINDLOC-MG. “Os associados ao sin-
dicato possuem vantagens e descontos
especiais junto à Ocupacional e assim
são incentivados a pensar, cuidar e
manter condições ideais do ambiente
de trabalho e preservação da saúde de
seus funcionários. Atitudes como estas
influenciam no melhor desempenho e
produtividade dos profissionais, porém,
os ganhos gerais vão muito além. Esta-
mos pensando em trabalhos que não
gerem danos ou riscos para as pessoas,
estratégias que permitam conforto e isso
é uma das diretrizes principais de uma
empresa responsável”, sublinha.
As empresas e funcionários que
quiserem utilizar os serviços ofe-
recidos pela Ocupacional, basta
entrar em contato pelo telefo-
ne 31.3337-1919 ou visitar uma
das quatro unidades: Av. João
Pinheiro, 146, 9º andar, Lour-
des; Av. Amazonas, 2340, Santo
Agostinho; Rua da Bahia, 504, 2º
e 13º andares, Centro ou na Av.
José Faria da Rocha, 1.648, 2º
andar, Eldorado, em Contagem.
8 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Vinícius Resende
Em ano de Copa, uma preocupação
constante do mercado de serviços
foi pensar como se preparar para me-
lhor atender o turista. A principal de-
manda é justamente a mais elementar
das estratégias de mercado: comunicar-
-se bem. Sendo assim, o inglês se torna
ferramenta básica para quem busca bons
serviços e a expansão de seu mercado.
A parceria entre Luziana Lanna e
SINDLOC-MG surgiu pensando nes-
sas questões e ao longo de quase dois
anos de união, já formatou três turmas.
A Copa foi um grande atrativo para
quem iniciou o aprendizado há pouco
tempo, porém, os benefícios da parce-
ria com a escola de idiomas visam atin-
gir resultados bem além dela. A turma
mais recente de alunos foi iniciada em
fins de maio, pouco antes da Copa, com
funcionários da Salute Locadora e da
Locamerica. “Não tive oportunidade
ainda de aplicar o inglês no trabalho,
mas acho que ele vai me ajudar muito
no meu crescimento profissional. No
meu aperfeiçoamento curricular, com
certeza. E até em crescimento pessoal
fora do trabalho mesmo”, explica Éder
Balbino, profissional do setor de admi-
nistração e faturamento da Salute.
Os encontros do grupo acontecem
às quintas-feiras, às 19h, na unidade do
Luziana Lanna, no Gutierrez. Segundo
Regiane Bruziguessi, do departamento
Why learn to speak in english? comercial do SINDLOC-MG, as turmas
constituem-se por número reduzido de
funcionários das empresas associadas.
“Buscamos pessoas que possuam con-
dições parecidas: nível do inglês, horá-
rio e localização do trabalho e, claro, o
interesse em aprender. E assim as tur-
mas são formadas”, explica.
Um público que necessita aplicar a
língua nos negócios, no cotidiano, e
para isso os professores utilizam meto-
dologia mais objetiva e rápida no ensi-
no, dedicando atenção especial a usua-
bilidade do inglês no trabalho. “Damos
mais ênfase à conversação e aos as-
suntos do comércio, já que é o que eles
lidarão com mais frequência, porém,
obviamente, os alunos trabalham tam-
bém a gramática e a escuta. Não tem
como aprender outra língua sem esses
Capacitação
conhecimentos básicos”, explica Mara
Rodrigues, professora da nova turma.
Além disso, com duas horas de aula,
em turmas reduzidas, os alunos têm
um contato extenso com a professora,
o que os permite sanar suas dúvidas as-
sim que geradas, favorecendo o apren-
dizado da língua de maneira rápida.
Paralelo ao inglês mais voltado para
o mercado, para Gisele Aguilar, gerente
de RH da Locamerica, “o principal é o
aprendizado. O impulso que o sindicato
dá conseguindo um preço acessível e a
escola que passa o nível básico em ape-
nas um ano e meio, pra depois a gente
seguir para o intermediário, se quiser,
são os maiores atrativos. E no nosso
caso, que trabalhamos na Locamerica,
que é aqui pertinho, a localização é óti-
ma!”, argumenta Gisele.
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 9FOTO:
A primeira turma a se formar nes-
te curso encerrou as aulas em março e
confirmou o sucesso da parceria entre
SINDLOC-MG e o Luziana Lanna. Para
Erika Cardoso, aluna da nova turma e
advogada da Locamerica, além de todos
esses atrativos, vale muito “a certeza de
estudar em um lugar sério, comprome-
FOTO: Leandro Lopes
FOTO: Leandro Lopes
tido e reconhecido.”
Para quem trabalha diretamente
com o cliente e não conseguiu desen-
volver o inglês para a Copa, o Luziana
Lanna pode ajudar na preparação para
o próximo grande evento global no
Brasil, a Olimpíada de 2016. E, claro,
para todas as demandas futuras profis-
sionais ou pessoais. O curso tem dura-
ção de apenas um ano e meio, o que
permitiria que turmas iniciadas até o
fim do ano, conquistassem seu diploma
antes do evento.
Então, porque não seguir o exemplo
desses alunos e aproveitar impulsos
como o da Copa e a parceria junto ao
sindicato para prosseguir com o estu-
do, com o desenvolvimento pessoal e
investir um pouco mais em sua capa-
citação profissional? Let’s do it? Os
interessados podem ligar no Luzia-
na Lanna, no telefone: 31.3292-4000
ou no departamento comercial do
SINDLOC-MG: 31.3337-7660 ou por
email: [email protected].
FOTO: Vinícius Resende
10 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014
Por Eduardo Peres
O “fim da venda” e a “era da consultoria”
Eduardo Peres é mágico, humorista e palestrante para treinamento motivacional. Foi Campeão Mun-dial de Mágica em 2000. www.eduardoperes.com.br.
Um aviso aos vendedores: vocês estão com os dias con-
tados! Clientes odeiam vendedores. Tente vender algo
a alguém e você ganhará um inimigo. As pessoas normal-
mente detestam perceber que alguém está tentando ven-
der algo a elas. Por outro lado, as pessoas adoram comprar.
Adoram e cada vez mais precisam de informação qualificada
para perceber que estão “comprando bem”. É, portando, “o
Fim da Venda” e a “Era da Consultoria”. E a grande missão
dos setores comerciais das empresas hoje é adequar seus
profissionais a essa nova realidade.
Quando o cliente percebe que está diante de um “vende-
dor” – vendedor entre aspas mesmo – ele corre. A sensação
de estar diante de uma pessoa que “precisa” lhe “empurrar”
aquele produto para “ganhar uma comissão” não desperta
emoções positivas nos clientes. Temos que decretar, portan-
to, a extinção de profissionais de “vendas” e no lugar destes
colocar “consultores especializados em nosso negócio para
fazer clientes verdadeiramente felizes”.
A boa notícia é que nós podemos usar as mesmas pes-
soas, e transformá-las. Portanto, se por um breve acaso o
estimado leitor aqui é também vendedor, não se desespere. O
mundo não acabou para você. A sua profissão é que acabou,
você não. “Vendedor” e “Limpador de Mimeógrafo” são pro-
fissões que não existem mais, é verdade, mas as pessoas que
exerciam essas profissões podem se reinventar e alcançar
resultados muito expressivos em um curto espaço de tempo!
Vendedores: transformem-se então em consultores para
seus clientes! Os consultores são profissionais que entendem
Pense nisso!
FOTO: www.eduardoperes.com.br/ Banco de imagens
profundamente de seus negócios e, através de sua postura
naturalmente generosa, apontam soluções sobmedida para
cada cliente em suas particularidades. Os clientes gostam de
estar diante de especialistas nos assuntos sobre os quais eles
pretendem efetuar alguma aquisição. O que ocorre é que o
“consultor”, com sua postura de não “querer empurrar” e de
sinceramente “querer assessorar” seu cliente, acaba conquis-
tando a confiança deste e termina por fidelizá-lo. E fideliza-
do, o cliente não compra uma vez só, mas muitas. E indica
aos amigos. E volta. E vira fã.
Em uma loja de roupas, nós como clientes podemos estar
diante de “vendedores de roupas como mercadorias” ou de
“consultores pessoais de moda”. O vendedor quer empurrar
um terno, uma camisa e uma gravata. Fala sem parar, não
ouve ou compreende as necessidades e anseios dos clientes,
tem meia dúzia de frases prontas como “este veste muito
bem” ou “esta cor é a tendência” etc., faz pressão com frases
enojantes como “e aí, vamos fechar?” e sempre reclama com
o gerente que “o preço está alto e o pessoal não está pagan-
do, é a crise, é a concorrência, é a carga tributária do país”.
E, como consequência deste estilo pré-histórico de vender,
sempre ouve dos clientes a clássica frase: “me deixe um car-
tão da loja que eu volto mais tarde e lhe procuro”. O consul-
tor não. O consultor não vende, ele ajuda o cliente a com-
prar. Ele é aquele especialista em moda que assessora seu
cliente e o ajuda a encontrar as soluções ideais para o seu
perfil. Como um que eu conheci em um shopping aqui perto
de casa, que no lugar de me empurrar um terno, uma camisa
e uma gravata, conquistou-me com sua postura, transfor-
mou-me em cliente e fã e compôs meu guarda-roupa inteiro.
Conheci-o há seis anos. Não sei ao certo quantas gravatas
ele já me ajudou a comprar. Só sei que essa dessa foto aí em
cima é de lá.
É isso: re-invente-se! Enterre aquele vendedorzão escon-
dido em você, sofistique sua postura profissional, valorize-se
e faça sucesso!
FOTO: Banco de imagens
FOTO: Acervo Pessoal/ Banco de imagens12 Revista SINDLOC-MG SETEMBRO - OUTUBRO 2013
Por Rita Mundim
Longa vida ao Real
No dia primeiro de julho o Real fez 20 anos. Temos mui-
to que comemorar! É a maior conquista da sociedade
brasileira das últimas quatro décadas. Desde que a economia
brasileira e a sociedade começaram a conviver com um pro-
cesso de inflação crônico e uma sucessão trágica de planos
mirabolantes que passaram por congelamento de preços e
confisco de poupança, o Plano Real foi o bálsamo ortodoxo
capaz de estancar a inflação e nos devolver a cidadania em
forma de moeda estável, ter novamente a capacidade de pla-
nejar o futuro.
E foi esta moeda estável que preservou o poder de com-
pra do cidadão brasileiro e devolveu aos agentes econômicos
(famílias, empresas e governo) o direito e a capacidade de
planejar o futuro. Quando o poder de compra é preserva-
do, duas coisas acontecem: o padrão e a qualidade de vida
da população são preservados e se o aumento da renda real
acontece, como ocorreu nos últimos anos no Brasil, temos
uma melhora significativa dessa qualidade de vida.
Rita Mundim é mestre em Administração pela FEAD; Es-pecialista em Mercado de Capitais pela UFMG e Ciências
Contábeis pela FGV; Economista pela UFMG; Administradora de Carteira de Valores Mobiliários (CVM); Professora de Mer-cado de Capitais da Fundação Dom Cabral e do IBMEC; Ex--Conselheira e Diretora da Apimec-MG e IBEF-MG; Diretora da Aporte DTVM e Aporte Educacional; Consultora Econômi-ca da Prosper Corretora SA CVC; Comentarista econômica da RÁDIO ITATIAIA/MG – 95,7 FM e 610 AM; Prêmio Apimec Nacional – melhor profissional de mercado – 2007/2008;Prê-mio Apimec-MG de melhor profissional de Imprensa 2000 e 2008; Prêmio Minas Gerais de Desenvolvimento Econômico 2006 – ASSEMG;Publicações: Brasil 100 comentários – cole-ção Expomoney – Elsevier, 2008; Mercado Financeiro – uma abordagem prática dos principais produtos e serviços – Rio de Janeiro - Elsevier, 2008.
FOTO: Acervo Pessoal
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 13FOTO: Google FOTO: Google
Além disso, quando temos uma moeda estável, as insti-
tuições financeiras oferecem dinheiro e crédito a um prazo
mais longo. Quanto maior a estabilidade da moeda, maior é
o prazo ofertado pelas instituições financeiras. Justamente
por isso nós tivemos, nos últimos anos no Brasil, uma explo-
são de consumo pela preservação do poder de compra, pelo
aumento da renda real e pelo aumento da oferta de crédito.
O grande problema é que o país não fez as reformas para
que se tornasse mais competitivo. Hoje, o setor industrial
definha e o setor de agronegócios que carrega o PIB nas cos-
tas. Além disso, o setor de serviços poderia estar crescendo
muito mais. O Brasil deveria estar produzindo bens e servi-
ços em condições muito melhores para concorrer no merca-
do internacional e para suprir o mercado interno. A ausência
dessas reformas, como a tributária, política, como a reforma
da própria máquina administrativa e a reforma trabalhista,
vem tirando do Brasil a sua competitividade.
Na outra ponta, o Governo gasta muito, gasta mal e não
combate a corrupção da forma como deveria. É o gasto ex-
cessivo do governo que pressiona a inflação e arranha a cre-
dibilidade do país.
Se um país gasta muito e, na outra ponta, cresce pouco,
a arrecadação de impostos e contribuições diminui e, con-
sequentemente, a equação não fecha! E aí, o risco do país
aumenta, a taxa de juros cobrada pelos nossos credores sobe
e a população inteira paga a conta. E, se o país gasta muito
e gasta mal, a inflação não cede e de novo, é a população,
como sempre, quem paga a conta.
As políticas sociais como o Bolsa Família, são bem-vindas
e necessárias, desde que não sejam a condição para o cres-
cimento de um país. Pelo contrário, elas são a consequência
dos investimentos e do crescimento do setor produtivo, da
geração de emprego e renda, e do pagamento de impostos e
contribuições, capazes de fazer e de manter políticas sociais
de sucesso.
14 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014
Foi o seu pai que pagou pela sua educação?
Um jovem foi se candidatar a um alto
cargo em uma grande empresa. Passou
na entrevista inicial e estava indo ao en-
contro do diretor para a entrevista final.
O diretor viu que seu currículo era exce-
lente, e perguntou-lhe:
- você recebeu alguma bolsa na esco-
la? - o jovem respondeu - Não.
- Foi o seu pai que pagou pela sua edu-
cação?
- Sim - respondeu
ele.
- Onde é que seu
pai trabalha?
- Meu pai faz tra-
balhos de serralheria.
O diretor pediu ao
jovem para mostrar
suas mãos. O jovem
mostrou um par de
mãos suaves e per-
feitas.
- Você já ajudou seu
pai no seu trabalho?
- Nunca, meus
pais sempre quiseram que eu estudasse
e lesse mais livros. Além disso, ele pode
fazer essas tarefas melhor do que eu.
O diretor disse-lhe:
- Eu tenho um pedido: quando você
for para casa hoje, vá e lave as mãos de
seu pai. E venha me ver amanhã de manhã.
O jovem sentiu que a sua chance de
conseguir o trabalho era alta!
Quando voltou para casa, ele pediu
Reflexão
a seu pai para deixá-lo lavar suas mãos.
Seu pai se sentiu estranho, feliz, mas com
uma mistura de sentimentos e mostrou as
mãos para o filho. O rapaz lavou as mãos
de seu pai lentamente. Foi a primeira vez
que ele percebeu que as mãos de seu pai
estavam enrugadas e tinham muitas cica-
trizes. Algumas contusões eram tão do-
lorosas que sua pele se arrepiou quando
ele a tocou. Esta foi a primeira vez que o
rapaz se deu conta do significado deste
par de mãos trabalhando todos os dias
para pagar seus estudos. As contusões
nas mãos eram o preço que seu pai teve
que pagar por sua educação, suas ativida-
des escolares e seu futuro.
Depois de limpar as mãos de seu pai, o
jovem ficou em silêncio organizando e lim-
pando a oficina do pai. Naquela noite, pai
e filho conversaram por um longo tempo.
Na manhã seguinte, o jovem foi en-
contrar-se com o Diretor. O diretor per-
cebeu as lágrimas nos olhos do moço
quando ele perguntou:
- Você pode me dizer o que você fez e
aprendeu ontem em sua casa?
O rapaz respondeu:
- Lavei as mãos de meu pai e também
terminei de limpar e organizar sua ofi-
cina. Agora eu sei o que é valorizar, re-
conhecer. Sem meus
pais, eu não seria
quem eu sou hoje...
Por ajudar o meu pai
agora eu percebo o
quão difícil e duro é
para conseguir fazer
algo sozinho. Apren-
di a apreciar a impor-
tância e o valor de
ajudar a família.
O diretor disse:
- Isso é o que eu
procuro no meu pes-
soal. Quero contratar
uma pessoa que possa apreciar a ajuda dos
outros, uma pessoa que conhece os sofri-
mentos dos outros para fazer as coisas, e
que não coloca o dinheiro como seu único
objetivo na vida. Você está contratado!
Autor desconhecido / tradução: Adri Gehlen Korb.
FOTO: Banco de imagens
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 15FOTO: Divulgação
ENTREVISTAAntônio da Matta
COMO A ABAV-MG PERCEBE O TURISMO DE MINAS?
Entrevista
O mercado é um organismo vivo, coletivo e mutável. Ne-
nhuma empresa existe por si só. Seja lá qual for o seu
negócio, ele está ligado aos demais, direto ou indiretamente,
sobretudo, dentro dos grandes setores, como o do turismo.
Da saída de um estrangeiro de seu país até uma cidade-sede
da Copa do Mundo, por exemplo, serão vários serviços uti-
lizados e, consequentemente, terão diversas empresas en-
volvidas. Da compra da passagem aérea ao pagamento do
combustível do carro alugado.
Para muitos, esse raciocínio parece óbvio, mas nem todos
percebem o segmento do turismo, que já pode muito, como
uma teia de produção coletiva que, unida e estruturada, pode
muito mais. É para isso que entidades como o SINDLOC-MG
e a Associação Brasileira de Agências de Viagem – ABAV-
-MG – trabalham: para reforçar o turismo mineiro e brasilei-
ro. É sobre isso também que a Revista Sindloc conversa com
Antônio da Matta, presidente da instituição.
16 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014
Antônio, é inevitável, em junho de 2014, falar de turis-mo e não falar de Copa do Mundo. Portanto, o que a po-pulação e o Brasil como um todo, ganharam por sediar um evento deste porte?
Antônio da Matta: Penso em muitos pontos positivos.
Movimentou o comércio, criando novos empregos e a eco-
nomia de modo geral. Sem contar a visibilidade, mostrando
ao mundo os atrativos e as maravilhas deste nosso Brasil. É
um evento único, uma grande oportunidade de nos apresen-
tarmos a todos os povos deste planeta. Belo Horizonte ficará
conhecida internacionalmente, outro fator muito relevante
para o nosso estado.
Muito tem se falado sobre o atraso das obras em está-dios e aeroportos, falhas na mobilidade urbana e capa-citação dos funcionários. Quais as consequências desse contexto e dessa “imagem” brasileira para as empresas de turismo?
Antônio da Matta: Os atrasos das obras são um débito
principalmente do Governo Federal, que, claro, não é o único
culpado. Os governos estaduais também tem sua parcela, pois
tiveram oito anos para elaborar tudo isso, aeroportos, estádios,
estradas, acessibilidades, e nada foi feito dentro do prazo. As
consequências para o turismo são desastrosas. Imagina você,
nós vendemos sonhos. E aí voltamos a minha resposta ante-
rior, quando disse que este evento era a nossa grande chance
de vender o Brasil. O nosso Estado de Minas Gerais, que é tão
rico e detém 70% do acervo histórico brasileiro, com as suas
cidades históricas; a nossa querida Belo Horizonte, a terceira
capital brasileira e tão importante porta de entrada do sudes-
te, infelizmente, não são conhecidos internacionalmente e é aí
que eu digo que perdemos a grande oportunidade de nos apre-
sentarmos ao mundo, mostrando as nossas riquezas, a nossa
cultura, a nossa invejável gastronomia, o nosso comércio e o
mais importante de tudo isso: a nossa forma única e amável de
receber o turista, seja ele brasileiro ou estrangeiro.
Tradicionalmente, BH é uma cidade
de eventos de negócios e é
nisso que temos que apostar e fazer com
que os turistas permaneçam aqui por mais um ou
dois dias.”
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 17
Fora os períodos de grandes eventos, quais as estratégias podem ser adotadas para movimentar o turismo local e fugir da sazonalidade que pode atingir o setor de viagens?
Antônio da Matta: Belo Horizonte raramente tem gran-
des eventos, mesmo porque nunca tivemos espaços para tal,
a não ser o Expominas e, hoje, a Arena Mineirão, para gran-
des shows. Tradicionalmente, BH é uma cidade de eventos
de negócios e é nisso que temos que apostar e fazer com que
os turistas permaneçam aqui por mais um ou dois dias. Para
isso, as operadoras de turismo receptivo terão que ter criati-
vidade e montar pacotes, circuitos com tarifas atrativas para
trazer cada vez mais turistas brasileiros e estrangeiros. Te-
mos que desenvolver também workshops em outros estados
brasileiros, mostrando o que Minas tem de atrativo, e, para
isso, temos que ter a participação da Secretaria de Turismo,
da Belotur, dos Conventions e, porque não, de todas as en-
tidades ligadas ao Trade. Só unindo forças poderemos chegar
a um patamar desejado por todos ligados ao turismo mineiro.
Muitos estrangeiros comentam a dificuldade de realizar viagens pelo Brasil, pelo alto preço das passagens, a sen-sação de insegurança, a falta de informação acessível, etc. Qual é o papel e como trabalham as empresas e ins-tituições do turismo para reverter esse quadro?
Antônio da Matta: Os altos preços de pacotes são outro
aspecto que afugenta os turistas brasileiros e estrangeiros
em nosso país. Temos até facilidades na forma de pagamen-
tos, porém, os preços aplicados em nossos estados não são
compatíveis com os aplicados lá fora, principalmente na Eu-
ropa, nos Estados Unidos e no Canadá. Temos que repensar
sobre o nosso turismo, pois, na alta estação, os pacotes do-
bram os preços e isso faz com que o brasileiro opte por uma
viagem internacional que tenha um custo-benefício muito
mais atrativo do que uma viagem doméstica. Sabe-se que
os impostos aqui no Brasil são terríveis, mas, mesmo assim,
acho injustificáveis os preços aplicados. Penso que têm que
haver um consenso entre as cias aéreas, hotéis, operadoras,
18 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO:
enfim, todos envolvidos na formatação de um circuito, para
que mantenham um preço compatível com a realidade brasi-
leira e aí sim possamos reverter esse quadro.
Comente um pouco sobre o papel e o relacionamento das empresas locadoras de veículos e as agências de viagens.
Antônio da Matta: Confesso que no passado bem pró-
ximo o relacionamento de ambas era muito mais expressivo,
com mais profissionalismo e respeito. Hoje os tempos são
outros e não existe mais aquela fidelidade das locadoras.
Assim como acontece com as cias aéreas e hotéis que fa-
zem negócios diretamente com os nossos clientes, não res-
peitando acordos anteriores. Porém, o papel das locadoras
é fundamental para o desenvolvimento do nosso turismo e
as agências de viagens continuam indicando e vendendo o
serviço aos seus clientes.
Neste ano, em setembro, São Paulo receberá a 42ª Expo Internacional de Turismo, promovida pela ABAV. Qual a relevância desta feira para a realização de negócios no segmento do turismo.
Antônio da Matta: Em 2013 a “ABAV Expo” recebeu
mais de 60 países e 2613 marcas expositoras, que realizaram
negócios com 38706 profissionais do setor. É uma feira óti-
ma para qualquer empresa ligada ao ramo de turismo, pois
concentra expositores dos segmentos: companhias aéreas,
esportes e bem-estar, destinos internacionais e nacionais,
LGBTS, operadores de turismo, cruzeiros marítimos, hotela-
ria, ecoturismo e aventura, tecnologia e, claro, as locadoras
de veículos. Ou seja, um ótimo ambiente para desenvolvi-
mento de estratégias e fechamento de parcerias para o seg-
mento.
Nesta 42ª edição, com certeza haverá mais e melhores
negócios para todo o Trade e a ABAV-MG levará muitos
agentes de viagens em caravanas, partindo da capital e do
interior. Aproveito também para convidar o público em ge-
ral para aproveitar a área de esportes e bem-estar, assistir as
palestras na Vila do Saber e entrar em contato com lugares
magníficos, planejar as próximas férias e comprar pacotes
de viagens.
Para saber mais sobre a 42ª Expo Internacional
de Turismo, acesse: www.abavexpo.com.br.
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 19
ENTREVISTAPedro Chaves
“NÃO ESTAMOS NO BRASIL PARA SERMOS COADJUVANTES”
Grandes desenvolvimentos tec-
nológicos e excelência em qua-
lidades são características comumente
atreladas à cultura, pensamentos e pro-
dutos japoneses. Tais associações tam-
bém abrangem o ramo de montadoras
automobilísticas, como é o caso da Nis-
san. A empresa chegou ao Brasil tarde,
apenas em 2000, com sua produção
concentrada na fábrica da Aliança Re-
nault-Nissan em São José dos Pinhais,
no Paraná, e com apenas um modelo, a
Nissan Frontier.
Em 2010, a Nissan anunciou o plano
para conquistar 5% de participação do
mercado brasileiro até 2016 e se tornar
a primeira empresa japonesa do setor.
Para atingir esse objetivo, o pilar fun-
damental foi a implantação do Com-
plexo Industrial em Resende, no Rio
de Janeiro, com investimento de R$ 2,6
bilhões, inaugurada em 15 de abril des-
te ano. Essa nova unidade é uma das
mais modernas e sustentáveis do grupo
no mundo, com capacidade para pro-
duzir 200 mil veículos por ano. É de lá
que está saindo o Nissan New March,
mais novo lançamento da montadora
no Brasil. Para explicar os rumos, a vi-
são e o planejamento da montadora no
país, a Revista Sindloc-MG conversa
com Pedro Chaves, Diretor Nacional de
vendas da Nissan.
20 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Divulgação
A Nissan espera até 2016 se tornar a primeira marca ja-ponesa no país com 5% de participação no mercado au-tomotivo brasileiro. Além da unidade fabril de Resende, quais as estratégias para atingir essa meta?
Pedro Chaves: O Complexo Industrial da Nissan em
Resende é fundamental para atingirmos nossos objetivos
de crescimento no Brasil, que é o quarto maior mercado
do mundo e peça-chave para o nosso desenvolvimento na
América Latina. Nossa meta é atingir 5% de participação de
mercado, ser a primeira entre as marcas japonesas e líder em
qualidade de produtos e serviços no Brasil até 2016. Além
disso, vamos lançar novos produtos, ampliar a rede de con-
cessionários para 195 pontos (20% a mais em relação aos 169
de hoje) e focar na qualidade de produtos e serviços. Um
passo importante para reforçar o nosso pós-venda foi dado
com a inauguração oficial, agora em junho, do novo Centro
de Armazenamento e Distribuição de Peças, em Resende.
Com investimento total de R$ 70 milhões, ele tem área total
50% maior que a soma dos antigos centros que a Nissan uti-
lizava, na cidade de Jundiaí, em São Paulo, e em São José dos
Pinhais, no Paraná.
Além de aumentar a disponibilidade de peças, o serviço
de pós-venda ficará ainda melhor pela maior sinergia com a
logística da fábrica e o aumento da capacidade de processa-
mento de pedidos e rapidez de despacho. Tudo isso resulta
em mais qualidade e está de acordo com o objetivo da Nissan
de se tornar a marca que presta o atendimento de melhor
qualidade do país.
O Brasil é um dos países mais caros do mundo em valores de automóveis e mesmo assim ocupa o quarto lugar no ranking mundial de mercado automotivo. Vale a pena investir no Brasil? Por quê?
Pedro Chaves: Uma empresa que investe R$ 2,6 bilhões no
Brasil não está pensando a curto prazo, a seis meses, um ano.
Pensa para muitas décadas, no mínimo. O Brasil tem grande
potencial, pois sua taxa de motorização ainda é baixa quando
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 21FOTO:
comparada com os principais mercados do mundo. Não esta-
mos no Brasil para sermos coadjuvantes, mas para sermos
atores principais no mercado de automóveis. Nós vamos
crescer muito!
O trânsito e a mobilidade urbana nas grandes cidades têm sido um dos problemas mais discutidos no Brasil. Como a Nissan entende essa realidade e a possibilidade de mu-danças?
Pedro Chaves: A Aliança Renault-Nissan acredita que o
futuro da mobilidade urbana
passa pelos veículos elétricos.
Por isso, investiu 4 bilhões de
euros no desenvolvimento
dessa tecnologia, que é uma
realidade para os consumi-
dores de dezenas de países
na Europa e também nos Es-
tados Unidos e Japão. Desde
o início da comercialização,
com o lançamento do hatch Nissan LEAF, em dezembro de
2010, foram mais de 115 mil veículos elétricos vendidos no
mundo. No Brasil, a Nissan participa de projetos piloto com
as prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro, nos quais 25
unidade do LEAF (15 no Rio e 10 em SP) rodam como táxi.
A Nissan também tem parcerias com a Polícia Militar e os
Bombeiros do Rio de Janeiro e, no início de junho, anun-
ciou mais um, com a Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Nele, a empresa cede um Nissan LEAF para ser usado em
ações do Projeto Fundo Verde, da Universidade, que tem o
objetivo de fomentar projetos de infraestrutura sustentável
nos setores de geração e racionalização do uso de energia e
de mobilidade urbana. Assim, demonstramos também aqui
no Brasil que os carros 100% elétricos são viáveis para a mo-
bilidade urbana.
Quais são os diferenciais dos carros produzidos pela empresa?
Pedro Chaves: Além da
confiança que uma marca japo-
nesa transmite na qualidade de
seus produtos, a Nissan oferece
muitos equipamentos com tec-
nologia de ponta. O New March,
recém-lançado no Brasil e pro-
duzido em Resende, no Rio, por exemplo, traz para o segmento de
compactos itens inéditos como câmera de ré, sistema de navegação
multimídia integrado às redes sociais e ar-condicionado digital. O
sedã grande Altima tem sistemas que usam sensores espalhados
pelo carro que alertam, por exemplo, quando o veículo sai da faixa
de rolamento, se há objetos ou pessoas atrás dele, faz o monitora-
mento da pressão dos pneus, etc.
A Aliança Renault-Nissan acredita que o futuro da mobilidade urbana passa pelos veículos elétricos.”
22 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014
Existem planos futuros para atingir e melhorar seus números no mercado de locação?
Pedro Chaves: Além da Frontier, um produto conso-
lidado no mercado e no segmento, temos certeza de que a
nossa penetração aumentará com o recém-lançado New
March e, no segundo semestre, o New Versa, que será
fabricado no Brasil.
Hoje a Nissan possui algum tipo de condição diferencia-da para o empresário do setor?
Pedro Chaves: Sem dúvida, entendemos que o segmento
é de fundamental importância para a montadora. Dispomos
de uma política comercial diferenciada para os empresários
do setor. Já disponibilizamos o New March para comerciali-
zação no segmento.
A Nissan é patrocinadora oficial da Olimpíada de 2016. Qual a importância de se investir em esporte, cultura e sustentabilidade? Conte-nos sobre essa e outras ações da empresa.
Pedro Chaves: Apostar no esporte também é outra fun-
ção da empresa. Não quisemos ficar apenas no patrocínio
dos Jogos Rio 2016 e, por isso, criamos o “Time Nissan” como
parte do patrocínio dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio
2016. Esse projeto da Nissan do Brasil apoia atletas brasilei-
ros promissores de todas as regiões do país, em sua trajetória
rumo aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A Nissan
quer contribuir para a construção do verdadeiro legado es-
portivo e social que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos dei-
xarão no Brasil.
Também temos de cuidar das nossas crianças. Não há
futuro sem educação. Só seremos um país forte se dermos
educação de qualidade para os jovens. Por isso, criamos, em
junho de 2013, o Instituto Nissan, exatamente para apoiar
projetos e ações voltadas principalmente para promover a
educação de qualidade. Em apenas um ano, já somos par-
ceiros de vários projetos, como a Casa do Zezinho, em São
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 23
Paulo, e a Associação Miratus, no Rio. Mas a ação mais im-
portante está sendo desenvolvida em Resende: o Centro
Educacional da Primeira Infância. Ele está sendo construído
em parceria com a prefeitura e atenderá em tempo integral
170 crianças, entre três meses e seis anos.
Em consonância com o plano mundial da montadora para redução dos impactos ambientais, a unidade fa-bril de Resende será uma das mais sustentáveis e mo-dernas do mundo e pleiteará a Certificação ISO 14001. O que são estas especificidades? Fale um pouco da preocu-pação ambiental da empresa.
Pedro Chaves: O conceito de fábrica sustentável do Com-
plexo Industrial da Nissan em Resende vai além do uso de equi-
pamentos de última geração e processos avançados de produção
de veículos e motores. O compromisso em ser uma unidade verde,
uma das mais sustentáveis da Nissan em todo o mundo, nasceu
já na concepção do projeto dos prédios e de toda a infraestrutura.
O compromisso ambiental da Nissan no projeto segue para fora
das paredes de sua unidade industrial brasileira. Um “cinturão”
verde será plantado para circundar toda a área do complexo, uma
iniciativa que contribuirá para também reduzir emissões e ruídos.
Ele respeitará o bioma original da região e ocupará uma área de
mais de cinco hectares. Ao mesmo tempo em que contribui para
reflorestar zonas desmatadas antes de sua chegada ao Sul Flumi-
nense, a Nissan também investirá para preservar as áreas ver-
des ainda existentes na região.
FOTO: Leandro Lopes
24 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Banco de imagens
mente o setor mais prejudicado desses
dados. A dificuldade de garantir a se-
gurança através de serviços terceiriza-
dos, a distração e displicência de alguns
clientes, e a necessidade de lidar com
os prejuízos gerados pela falta de segu-
rança pública são alguns dos desafios
enfrentados pelas locadoras. A Locar-
city Rent a Car foi uma das vítimas de
furtos e roubos de veículos neste ano.
Gustavo Penna, seu diretor executivo,
atenta para a necessidade de desenvol-
ver estratégias internas na prevenção
dos casos. Ele alerta também que há
“alguns modelos que são os preferidos
dos ladrões. Modelos que vão direto
Mais uma vez, em virtude do
crescimento expressivo de fur-
tos e roubos de automóveis, o tema
preocupa e ativa discussões no setor de
locação. Segundo a Secretaria de Esta-
do de Defesa Social – SEDS, quase dois
carros são roubados a cada hora na re-
gião metropolitana de Belo Horizonte.
Os levantamentos também são assusta-
dores no Estado, só nos primeiros três
meses de 2014 foram registrados 15.068
roubos e furtos de veículos, quase o do-
bro do que houve no mesmo período há
dois anos (8.914).
Por afetar a matéria base de seu ser-
viço, a locação de automóveis é justa-
Aumento de furtos e roubos continua a provocar debates no setor
Mercado
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 25
VEÍCULOS PREFERIDOS PELOS BANDIDOS EM 2014
1º Pálio
2º Toyota Hilux
3º Volkswagen Gol
4º Volkswagen Voyage
5º Fiat Siena
6º Volkswagen Saveiro
7º Fiat Strada
8º Volkswagen Fox/Cross Fox
9º Honda Civic
10º Toyota Corolla
11º Hyundai i30
12º Mercedes-Benz Sprinter
13º Fiat Punto
14º Chevrolet S10
15º Ford EcoSport
16º Fiat Uno
17º Volkswagen Jetta
18º Mitsubishi L200
19º Volkswagen SpaceFox
20º Nissan Frontier
*Fonte: Grupo Tracker, rastreamento e
localização de veículos.
26 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Banco de imagens
para o desmanche, sem a menor chan-
ce de recuperação. Por isso evitamos
adquirir os modelos mais visados”
afirma.
Segundo os dados divulgados pelo
grupo Tracker, uma das maiores em-
presas de rastreamento e localização de
veículos no Brasil, Minas Gerais está
em 5º lugar no ranking nacional de
furtos e roubos de veículos. De acordo
com o levantamento, nacionalmente,
de janeiro a abril, os casos aumentaram
10% em comparação ao ano anterior.
O carro mais visado do país foi o Fiat
Palio, seguindo pela Toyota Hilux e o
Volkswagen Gol. Se destacaram, de
forma geral, o aumento dos roubos a
utilitários esportivos.
Já no setor de locadoras de veículos,
através de informações da Central de
Furtos e Roubos do SINDLOC-MG, os
carros populares, como o próprio Pa-
lio, o Uno e o Gol, têm sido os mode-
los mais atacados. Dentre os 204 casos
registrados desde a criação da Central,
A intenção é identificar os padrões
desses casos para pensar estratégias conjuntas de ação no
setor, visando proteger as empresas e
usuários dos serviços.”
169 envolveram tais veículos, ou seja,
cerca de 83% das ocorrências.
Por se tratarem de automóveis po-
pulares, o principal destino desses ve-
ículos costuma ser mesmo o desman-
che. A nova lei federal, sancionada em
maio pela presidenta Dilma Rousseff
busca justamente inibir esse mercado
ilícito. A lei determina que o registro
de todas as peças que forem retiradas e
as informações sobre a destinação final
constem num banco de dados. Prevê
também que as peças devem ser todas
cadastradas para identificação. No caso
de Minas, as empresas aptas ao serviço
terão credenciamento junto ao Depar-
tamento de Trânsito do Estado de Mi-
nas Gerais – Detran-MG – e deverão
praticar a atividade de forma exclusiva.
Adriano Assunção, chefe da Delegacia
Especializada de Investigação a Furtos
e Roubos de Veículos Automotores -
DEIFRVA, explica que todo veículo que
passar pelo desmanche terá uma certi-
dão de baixa e suas informações serão
agregadas ao banco de dados nacional.
Qualquer peça que seja produto de cri-
me e esteja à disposição do consumi-
dor será identificada. “Isso inibe muito
a atividade criminosa, porque hoje as
peças são colocadas no mercado sem
fiscalização. E possibilitará, em tese, a
ação dos órgãos de segurança de ma-
neira mais eficaz”, explica o delegado.
Entretanto, as novas regras só entrarão
em vigor no ano que vem.
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 27FOTO: Banco de imagens
clientes e a contratação de seguro total
para a frota.
Com os números de furtos e roubos
de 2014, os seguros também subiram
seus valores em 15%. A estratégia co-
mumente adotada pelos consumidores
pessoa física, entretanto, não costuma
se concretizar com facilidade no setor
de locadoras, pois o serviço agregado
aumenta substancialmente os custos
internos e diminui as margens de lucro.
“Para a Locarcity, como para a maio-
ria das locadoras, o valor do seguro de
carro inviabiliza a locação. Infelizmen-
te ainda temos que contar com a sorte
mesmo, pois somos reféns de uma po-
lítica de segurança muito mal adminis-
trada pelos nossos governantes”, expli-
ca Gustavo Penna. “Esse quadro deixa
o empresário sem alternativas para se
resguardar. Por fim, o prejuízo dos rou-
bos acaba sendo todo dele e o que resta
é desenvolver estratégias paliativas in-
ternas”, ressalta Leonardo Soares.
Leonardo Soares, Presidente do SIN-
DLOC-MG, acreditava que 2013 tinha
sido um ano violento, mas o assombro
só fez aumentar no primeiro semes-
tre de 2014. Com tais preocupações,
há cerca de um ano, foi, criada a Cen-
tral de Furtos e Roubos do sindicato, a
fim de reunir os dados sobre os casos
no segmento, como data do incidente,
modelo do veículo, localidade, se foi
ato de furto ou roubo e se o veículo
foi recuperado. “Muitas empresas nos
ajudam compartilhando seus números
e conseguimos desenvolver planilhas
e inferir práticas e situações habituais
com isso. A intenção é identificar os
padrões desses casos para pensar es-
tratégias conjuntas de ação no setor,
visando proteger as empresas e usu-
ários dos serviços”, afirma. Segundo
o Presidente, dentro das locadoras os
prejuízos reunidos no ano passado ul-
trapassaram os R$ 2 milhões. Para ele,
as melhores estratégias internas conti-
nuam sendo a cuidadosa orientação aos
28 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Banco de imagens
para reforçar a participação do sindicato no interior. Sejam
Bem-vindas!Mais três importantes locadoras de automóveis mi-
neiras chegam para o plantel de associados do SIN-
DLOC-MG. Duas delas são do interior de Minas e entram
Sejam bem-vindos!
Associado Cidade Contato
Leaphar Locadora de Veículos Caratinga Raphael Ribeiro Gomes
LocaPaulo Belo Horizonte Paulo Sérgio Alves Batista
Rally Locações e Empreendi-mentos
ContagemGleise Guimarães Alvarenga
João Acácio do Amaral
Novidades
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 29FOTO: Auto Estoque BH
Auto Estoque BH, parceira na hospedagem da sua frota
Espaço para armazenar sua fro-
ta, realizar a limpeza e entrega
dos veículos em segurança são alguns
dos desafios que sua empresa tem de
enfrentar constantemente? Pensando
nessas necessidades e nesse mercado,
nasceu em 2013 a Auto Estoque BH. A
empresa é uma das novas parceiras do
SINDLOC-MG.
Localizada no bairro Pilar, saída
para o Rio de Janeiro, a empresa pos-
sui 57 mil metros quadrados, sendo 26
mil destinados ao armazenamento de
veículos, em cinco grandes pátios, com
capacidade atual para receber 1177 ve-
ículos. Entretanto, muito além de hos-
pedar frotas, os empresários Leonardo
Dias e Henrique Lima buscam resolver
os problemas em torno da realização do
trabalho das locadoras. “Queremos dar
as melhores condições, tirar as preo-
cupações desses empresários, para que
30 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Auto Estoque BH
possam efetivamente dedicar tempo,
esforço e energia ao que é seu foco de
trabalho”, defende Henrique.
Leonardo lembra que algumas ve-
zes as empresas tem que utilizar fun-
cionários de outras áreas para realizar
funções primárias, como a lavagem de
carro, a vistoria, a entrega ao cliente.
A Auto Estoque BH possui toda a es-
trutura para esses serviços e obedece a
um rígido controle de qualidade e pro-
cesso. “Os carros chegam pela cegonha
e são descarregados diretamente nos
boxes, onde são vistoriados por nos-
sos especialistas e onde são produzidos
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 31FOTO:
relatórios que vão diretamente para o
nosso sistema. Os carros, depois disso,
seguem para as vagas que lhes foram
destinadas. As chaves são guardadas
em um quarto com o número da vaga
devidamente identificado. O carro per-
manece conosco até que o cliente pre-
cise dele”, explica Leonardo. E, nesse
momento, não é preciso realizar uma
ligação, a solicitação pode ser feita
diretamente pela internet. “O cliente
solicita o carro, as condições e as ne-
cessidades através de nosso canal de
comunicação pela internet, nós realiza-
mos o processo de saída do veículo, que
consiste na vistoria, check-out, lava-
gem e entrega através do guincho, para
não expor o carro a nenhum desgaste
ou risco”, afirma.
Aproveitando os exemplos dados
pela Copa do Mundo, os empresários
lembram também que em circunstân-
cias específicas, como protestos ou
quaisquer outras situações que colo-
quem os veículos em risco, as empre-
sas podem contar com a Auto Estoque.
Além do grande espaço, contam com
um sistema integrado de câmeras de
vigilância, segurança patrimonial 24
horas, muro equipado com cerca elé-
trica e concertina, pátio coberto com
sombreiros e iluminação de segurança
e sistema de prevenção e combate a in-
cêndio.
Atualmente a Auto Estoque BH pre-
tende se aproximar do setor de locado-
ras e quer ouvir as necessidades desses
empresários e, a partir disso, propor so-
luções específicas para cada empresa.
Além das vantagens já mencionadas, os
associados ao SINDLOC-MG possuem
benefícios como valores diferenciados
e preferência na reserva de vagas e
atendimento.
Os interessados em conhecer o
trabalho e discutir alternativas com
a Auto Estoque BH, podem acessar
www.autoestoquebh.com.br, entrar em
contato pelo telefone 31.3223-3421 ou
visitar a empresa na Rua Alice Teraia-
ma, 500 – Pilar, Belo Horizonte.
FOTO: Auto Estoque BH
32 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014
O SINDLOC-MG agora tem no seu
“know how” de parceiros uma
das maiores seguradoras independen-
tes do país: a Mongeral Aegon. A em-
presa, com 180 anos de experiência
ininterrupta, disponibilizará todo seu
portfólio de serviços para os associados
do sindicato.
Segundo Ronaldo Gama, Superin-
tendente Comercial da empresa em
Belo Horizonte, a longa trajetória da
empresa representa solidez e seguran-
ça, “para que os seus clientes possam
investir seus recursos e terem a certeza
que o futuro de suas famílias e dos seus
profissionais estarão garantidos”.
Cristina Machado, Gerente Comer-
cial da Aegon, explica que cada em-
presa e cada pessoa tem necessidades
únicas e que por isso é preciso estudar
cada caso e os planos e serviços preci-
sam ser detalhados e direcionados para
as especificidades dos clientes. “Vamos
disponibilizar toda a linha de cobertu-
ras da Mongeral Aegon e a partir dela
entender as idiossincrasias dos nossos
parceiros”, afirma ela.
Sobre a parceria com o SINDLOC-
-MG, Ronaldo afirma: “A Mongeral Ae-
gon, historicamente, procura sempre
atuar através de parcerias com entida-
des de expressão em nosso mercado. E,
no caso da parceria com o SINDLOC-
SINDLOC-MG traz os planos da Mongeral Aegon para você!
Há quase 200 anos o nosso negócio é o futuro
A Mongeral Aegon é uma empresa que sabe o valor do seu tempo e seu esforço. Desde que era somente
Mongeral, há 178 anos, ajuda as pessoas a planejarem um futuro mais tranquilo. E foi ao longo de sua
história que ela construiu um dos mais completos portfolios de soluções em seguros e previdência. Para
isso, a Mongeral Aegon leva em conta as necessidades e desejos de pessoas como você, respeitando o
seu orçamento e as suas condições.
Em 2009, a empresa se uniu ao Grupo Aegon, um dos maiores grupos seguradores do mundo, com
operações em mais de 20 países e mais de 40 milhões de clientes. Hoje, a Mongeral Aegon é uma das 10
maiores seguradoras independentes do país, com mais de 600 mil clientes e as melhores soluções para
ajudar você a construir o seu amanhã e estar ao seu lado ao longo dessa jornada
Valores
Conheça os valores que sustentam e orientam todas as nossas ações.
Excelência: Qualidade, eficiência máxima e desenvolvimento contínuo dos processos de trabalho.
Inovação: Busca permanente do reconhecimento, no mercado, por seu diferencial.
Responsabilidade Social: Percepção da necessidade de atuar na construção de uma sociedade mais
saudável, promovendo programas de responsabilidade social integrado ao seu negócio.
Transparência: A base do relacionamento com todos que participam do processo produtivo da empresa,
clientes e órgãos governamentais.
Valorização dos Colaboradores: Priorização e promoção do bem-estar de todos que participam do pro-
cesso produtivo da empresa.
Mongeral Aegon em números
178 anos de experiência e tradição.
Uma das cinco empresas mais antigas do país em atividade.
1ª colocada no mercado de planos de fundo de pensão instituídos.
Mais de R$ 135 milhões em benefícios pagos em 2012.
55 unidades de produção.
Mais de 800 funcionários.
4 mil consultores de benefícios (1.500 formados pela própria companhia, em parceria com a Escola
Nacional de Seguros – Funenseg).
Mais de 600 mil clientes.
Grupo Aegon
Entre os 10 maiores grupos de seguros e previdência do mundo.
Presente em mais de 20 países.
Mais de 25 mil funcionários
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 33FOTO:
-MG, não é diferente, pois se trata do
maior sindicato do setor”.
Para você que quer conhecer um
pouco da empresa, acesse: www.mon-
geralaegon.com.br. O atendimento será
conforme o desejo de cada associado.
“As empresas poderão fazer contato
conosco, solicitando a nossa visita, mas
também pretendemos visitá-las”, expli-
ca Cristina. Em Belo Horizonte, a Mon-
geral Aegon está localizada na Avenida
Senhora do Carmo nº 706, no Carmo. O
telefone é 31.3029-2300. Você também
pode entrar em contato com o departa-
mento comercial do SINDLOC-MG, por
meio do telefone 31.3337-7660 ou por
email: [email protected].
(...) cada empresa e cada empresa e cada pessoa tem
necessidades únicas e que por isso é preciso estudar cada caso e os planos e serviços
precisam ser detalhados e direcionados para as
especificidades dos clientes.”
34 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014
A última edição da Revista do SINDLOC-MG apresen-
tou reportagem de capa sobre o “No Show”, cláusula
do contrato de locação de veículos pelo qual o consumidor
responde pelo prejuízo causado por ao comparecer na data
ajustada para honrar a reserva. O “no show” (“não apare-
ceu”, em livre tradução) é o nome comercial que se dá à pe-
nalidade contratual imposta ao consumidor por não cumprir
a obrigação estabelecida com antecedência de comparecer
no dia, hora e local ajustados para retirar o veículo reserva-
do para locação. As principais questões jurídicas sobre o “no
show” se referem à possibilidade de cobrança e ao valor da
penalidade, as quais serão apresentadas neste artigo.
A primeira questão é a possibilidade de cobrança do no
show. O “no show” é cláusula lícita, sofrendo apenas a res-
trição ao prazo mínimo de sete dias do “direito de reflexão”
do consumidor. O Código de Defesa do Consumidor prevê
algumas hipóteses nas quais o arrependimento gracioso do
cliente é permitido (CDC, art. 49). A lei confere ao consumi-
dor o prazo de reflexão de sete dias para desistir do contrato
a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do pro-
duto ou serviço no caso de contratação fora do estabeleci-
mento do fornecedor. As vendas a domicílio, por telefone ou
pela internet sofrem essa limitação do “direito de desistir”
(ou “direito de reflexão”) conferido aos consumidores. Por-
tanto, a única restrição legal para a cobrança do “no show” é
a concessão de prazo mínimo de sete dias para o cliente re-
fletir. Reservas efetuadas há mais de sete dias não têm direito
ao “no show” e não podem ser canceladas; do mesmo modo
Boas práticas e bons contratos aju-dam na solução do problema da ausência injustificada de clientes em caso de reserva
“No Show”
Por Adriano Augusto Pereira de Castro
Adriano Augusto de Castro é advogado especializado na indústria de locação de veículos (OAB/MG 94.959). Assessor Jurídico da ABLA e do SINDLOC/MG. Con-sultor do Ministério do Planejamento especialista em parcerias público-privadas pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Professor de Direito Empresarial na Faculdade de Direito Promove Mestre em Direito Empresarial (linha de pesquisa Aná-lise Econômica do Direito) pela Faculdade Milton Cam-pos. Diretor-Secretário da AMDE (Associação Mineira de Direito e Economia). Associado à ABDE (Associação Brasileira de Direito e Economia). Associado à ABRADT (Associação Brasileira de Direito Tributário). Contatos: (31) [email protected]
Por dentro da lei
FOTO: SINDLOC-MG
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 35
as reservas efetuadas no balcão da locadora de veículos não
podem ser canceladas em tempo nenhum, pois o “direito de
reflexão” só se aplica às vendas fora do estabelecimento (te-
lefone, a domicílio ou internet).
A segunda questão envolve o valor da penalidade a ser
imposta ao cliente e isso envolve algumas considerações
mais elaboradas. A regra geral é a penalidade não poder ser
superior ao da obrigação principal (Código Civil, 411). Tra-
duzindo: a pena não pode ser superior ao valor do aluguel
e acréscimos imediatos. Esta regra geral não despertaria dú-
vida se todas as locações vigessem por um dia apenas, mas
como proceder quando a reserva foi de vários dias ou na
véspera de feriados? Nesses casos o equilíbrio é mais difícil
sob o risco de se criarem situações iníquas. Recomenda-se
limitar o valor do “no show” a poucas diárias (um fim de se-
mana prolongado, por exemplo), porque não é realista supor
que a locadora jamais alugaria o veículo novamente. Caso a
locadora consiga novo contrato, sugere-se a redução propor-
cional da penalidade.
A composição da indenização por no show também exi-
ge atenção. No contrato de locação podem se incluir diver-
sos negócios acessórios que geram receitas, tais como GPS,
cadeiras de bebê, proteção, quilometragem etc. Entretanto,
nem todas as receitas podem ser indenizadas pelo no show.
Serviços não utilizados como a proteção não podem se in-
cluir na penalidade porque o risco não ocorreu (“cláusula
iníqua”, no linguajar do CDC), por exemplo. Outras despe-
sas, como a lavagem do veículo, podem ser incluídas. Deste
modo se recomenda restringir o valor do no show ao mí-
nimo estritamente necessário para se indenizar o prejuízo
sofrido pela locadora, evitando-se seu emprego como fonte
de receitas operacionais.
A implementação do no show exige alguns cuidados pela
locadora de veículos. O mais importante é a previsão con-
tratual. O contrato deve prever a cláusula e o cliente deve
expressamente aderir às condições contratuais no ato da re-
36 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014
cisarão ser compensados de alguma maneira, sendo o mais
comum pelo aumento do preço (para se embutir o índice de
receitas perdidas) ou pela menor qualidade dos serviços. A
qualidade do serviço se reduz porque o risco de não compa-
recimento injustificado induz às locadoras a aceitarem mais
reservas que a disponibilidade prevista (overbooking), o que
tende a piorar o atendimento aos clientes no médio e longo
prazos. Com essas considerações se espera colaborar com o
aperfeiçoamento do mercado de locação de veículos com a
sugestão para a previsão da multa pelo “no show” nos con-
tratos de locação de veículos.
No show
serva. Na reserva deve constar a informação clara e precisa
quanto ao prazo para desistência (se aplicável) e ao valor
a ser cobrado no caso de “no show”. Outro cuidado útil se
refere ao meio de pagamento a ser utilizado. A cobrança ju-
dicial do “no show” envolve custos e prazos proibitivos em
virtude dos pequenos valores individuais normalmente en-
volvidos, por isso se recomenda aceitar reservas apenas com
pré-autorização para débito em cartão de crédito.
As locadoras de veículos são um dos poucos elos do trade
turístico a não cobrarem o no show. As companhias aéreas
e hotéis o fazem há décadas, pois o não comparecimento do
cliente causa prejuízos irrecuperáveis. Estes prejuízos pre-
FOTO: Banco de imagens
FOTO: Banco de imagens
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 37FOTO: SINDLOC-MG
Um dos maiores problemas vividos pelas locadoras de
veículos trata-se da “Apropriação Indébita” de veícu-
los locados. Mas, como proceder caso infelizmente tal situ-
ação aconteça?
Primeiramente faz-se necessário notificar o locatário,
cientificando o mesmo acerca dos valores em débito, bem
como cedendo-lhe um prazo para que este devolva o(s)
veículo(s) na sede/filial da locadora. Para melhor compreen-
são, segue abaixo modelo da Notificação Extrajudicial:
“N O T I F I C A Ç Ã O E X T R A J U D I C I A LBelo Horizonte, ................, .........................................................
..................................... de 20 ........
NOTIFICANTE:
END.:
CNPJ:
NOTIFICADA:
END.:
CPF/CNPJ:
Pela presente NOTIFICAÇÃO, na qualidade de .........................
............. da empresa ...................................................................,
em consonância com Contrato de Locação e com a Legislação
Civil vigente, venho por meio desta NOTIFICAR V. Sa., de que
se encontra em débito com os pagamentos devidos à NOTI-
FICANTE, este no montante de R$ .................................. (.......
................................................) da forma discriminada abaixo:
Apropriação indébita: o fantasma que assombra as locadoras de veículos
Luciana Mascarenhas é Advogada do Escritório de Advocacia Mascarenhas e Associados, Especialista em Direito de Trânsito e Pós-Graduada em Direito Público. Consultora na Área de trânsito do Jornal Estado de Minas, da Rede Globo, da Rádio Justiça do Supremo Tribunal Federal e consultora da TV Câmara.Escritório: (31) 3295.2485 | (31) 3082-4787www.advocaciadetransito.com.br
Por Luciana Mascarenhas
38 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014
PLACA REFERENCIA FATURA(S) VALOR VENCIMENTO
Serve esta, portanto, para NOTIFICAR V. Sa. acerca da inadim-
plência supramencionada, que gerou a rescisão do Contrato
de Locação outrora assinado entre as partes devido ao des-
cumprimento contratual, bem como para requerer a devolu-
ção do(s) veículo(s) abaixo discriminado(s):
VEÍCULO/MARCA PLACA ANO
Salienta-se caso o(s) veículos(s) não seja(m) devolvido(s) den-
tro do prazo constante da presente NOTIFICAÇÃO, que ficará
caracterizado o crime de Apropriação indébita, crime este ti-
pificado no Código Penal da forma que se segue:
“Art. 168: Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a
posse ou a detenção:
Pena: Reclusão, de 01 (um) a 04 (quatro) anos e multa.” Ante o exposto, fica V. Sa. NOTIFICADO da obrigação de de-volver o(s) veículo(s) discriminado(s) na presente NOTIFI-CAÇÃO no PRAZO MÁXIMO E IMPRORROGÁVEL DE ............. (...........................) dias a contar do recebimento desta, bem como para no mesmo prazo efetuar o pagamento integral dos valores devidos a NOTIFICANTE, que totalizam a importância de R$ ................................... (.............................................................), importância esta a ser atualizada monetariamente e acrescida de juros e multa até a data do efetivo pagamento.Finalmente, caso não sejam atendidas as determinações constantes da presente NOTIFICAÇÃO, ficará caracterizada a MORA, quando então será lavrado pela NOTIFICANTE o res-pectivo Boletim de Ocorrência, com o devido requerimento de abertura do Inquérito Policial, bem como serão interpostas as Ações Criminais e Cíveis cabíveis.
Sem mais para o momento, subscrevo.”
Então, após o envio da Notificação Extrajudicial e expi-
ração do prazo concedido na mesma para devolução do(s)
veículo(s), caso o Locatário não o(s) devolva, far-se-á neces-
sária a lavratura do Boletim de Ocorrência, quer seja pelo re-
presentante legal da Locadora ou por algum funcionário. (de
preferência munido de procuração com poderes para tanto)
Segue abaixo modelo do que deverá constar no Boletim
de Ocorrência:
“Venho através deste informar que na data de ....................
o(s) veículo(s) de propriedade da Locadora ora qualificada
de marca ..............................., modelo ..........................., placa
................., ano ........................, cor............................... foi(ram)
locado(s) para o Locatário ......................................................
..................................., CPF/CNPJ ...........................................
..., com residência/sede à .......................................................
................................................................ com data de início do
Contrato de Locação em .......................... e de término em
........................., sendo que no curso do contrato de locação,
o Locatário acima apontado se tornou inadimplente para com
os pagamentos das locações juntamente à Locadora, bem
como no prazo para devolução do(s) veículo(s) o(s) mesmo(s)
não foi(ram) restituído(s) para a Locadora, o que acabou por
gerar a rescisão do Contrato de Locação. Após, nossa Locado-
ra, notificou a Locatário na data de .......................... tendo sido
a dita notificação recebida pelo mesmo em ...................., com
data final para devolução do(s) veículo(s) em ........................,
sendo que nesta notificação foi dado também ao Locatário um
prazo para que este efetuasse os pagamentos em débito. Mas,
em que pese o recebimento da notificação, além do Locatá-
rio não ter efetuado o pagamento dos débitos juntamente à
Locadora, também não devolveu o(s) veículo(s) de nossa pro-
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 39
priedade, o que acabou configurando o “Crime de Apropriação
Indébita” por parte do mesmo. Face ao exposto, venho através
desta requerer o envio da “Notitia Criminis” ao representante
do Ministério Público, bem como a abertura do competente In-
quérito Policial e, posteriormente que seja o Locatário aponta-
do acima processado e condenado pelo Crime de Apropriação
Indébita, na forma da legislação pátria.”
Finalmente, após serem tomadas as providências acima,
teoricamente o delegado enviará a “Notitia Criminis” ao re-
presentante do Ministério Público, que denunciará o Loca-
tário ao Juiz (que poderá aceitar ou não a “Denúncia”). Mas,
ainda que a Ação Criminal vá ser movida pelo Promotor, a
Ação de Reintegração de Posse é do tipo “Privada”, deven-
do, portanto, ser movida pela Locadora, sendo essencial para
o seu sucesso que esta possua o endereço exato onde o(s)
veículo(s) poderá(ao) ser localizado(s).
40 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014
Caxambu: morada das águas de cura, beleza e bem-estar
Circuito das ÁguasTurismo
FOTO: commons.wikimedia.org
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 41FOTO:
Após mais de um ano passeando pelas cidades históri-
cas mineiras, a Revista Sindloc-MG estreia uma nova
série de reportagens. Iremos mergulhar no revigorante “Cir-
cuito das Águas”. E para iniciar o passeio pela região, nada me-
lhor que uma cidade que já abrigou grandes figuras públicas e
seus calorosos adjetivos à esta cidade que os acolheu: Caxambu.
Vim falar bem longe “Dos suaves privilégios deste torrão
abençoado”, como aconselhou Rui Barbosa, nos versos de
1919 em homenagem a cidade de Caxambu. Encantado com
suas estâncias naturais, o intelectual brasileiro, assim como
outros artistas e pessoas públicas – de Noel Rosa a Princesa
Isabel -, percorreu e desfrutou das “fontes de vida” ofereci-
das pelo município do sul de Minas.
Historicamente firmada naquilo que se pode chamar
“turismo de saúde”, entre as montanhas da Serra da Man-
tiqueira, a cidade de Caxambu vem comportando o maior
complexo hidromineral do mundo. Com doze fontes de água
com propriedades diferentes, em sua maioria concentradas
no Parque das Águas, os habitantes e visitantes que por lá
transitam encontram no município o lugar perfeito para tra-
tamento do corpo e da alma.
Se existem palavras definidoras do espaço em que situa-
-se a cidade, são elas: saúde e bem-estar. Dupla em que se
concentra uma das mais importantes preocupações dos dias
de hoje e, com isso, terapias alternativas são pólos atrativos
para quem quer fugir dos tratamentos convencionais. Po-
rém, não é só por esse segmento turístico que Caxambu é re-
conhecida. Suas belezas naturais oferecem e recebem olhar
inspirador para os turistas que buscam, para além de saúde
física, um aconchego para a alma.
Circuito das Águas
42 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014
batuque. A forma cômica dessa per-
cussão lembrava, ainda, a topografia
exuberante e pontiaguda do Morro de
Caxambu. Além disso, as águas fer-
ventes das fontes, em orquestra com
um grande brejo que ali dominava,
produziam, borbulhando, um murmú-
rio mais ou menos violento e de certo
modo comparável ao rufar do tambor
dos escravos.
Outras hipóteses apontam ter caxam-
bu origem indígena: no dialeto tupi dos
antigos índios cataguases que habi-
tavam a região, a variação da palavra
em catãmbu significa “água que bor-
bulha”, ou “bolhas a ferver”.
O REFÚGIO DOS CRAQUESJá que esse é um ano de Copa do Mun-
do, convém lembrar que Caxambu foi a
cidade escolhida para abrigar a sele-
ção brasileira antes das competições
de 1954, aquela que revelou Pelé, dis-
putada na Suíça. A reportagem, à épo-
ca, pela Revista “O Cruzeiro”, não pou-
pa elogios para os atrativos da cidade
FOTO: Raff Catalan
Circuito das Águas
A CIDADE E O PARQUE DAS ÁGUASCaxambu, que fica à 384 km de distân-
cia de Belo Horizonte, foi fundada em
16 de setembro de 1901, e sua história
se confunde estritamente com a de seu
Parque das Águas. Apesar de impreci-
sa, a data de descoberta da primeira
fonte, como também de seus descobri-
dores, foi na metade do século XIX. Cada
uma com um tipo de água: gasosa sim-
ples (D. Pedro II), ferruginosa (D. Isabel)
e sulfurosa (D. Leopoldina). Na época,
os banhos eram gratuitos. Com o passar
do tempo, a observação de seus efeitos
fez com que a fama das águas mudas-
se de “santas” para ”virtuosas”, uma
vez que, tendo as curas registradas, os
tratamentos e as propriedades de tais
águas puderam ser entendidos.
Com altitude de 895 metros, o lugar
tem clima tropical de altitude, com
média anual de 17°C e a média do ve-
rão de 21°C. O Parque das Águas “Dr.
Lisandro Carneiro Guimarães”, de Ca-
xambu, tombado pelo Instituto Estadu-
al do Patrimônio Histórico e Artístico
– IEPHA – é o principal ponto turístico
e cartão de visita do município. Possui
uma área de 210 mil metros quadra-
dos, onde estão localizadas o balne-
ário hidroterápico e as 12 fontes de
águas minerais, cada uma com suas
características próprias.
POR QUE CAXAMBU?Alguns dizem que a palavra caxambu
é de origem africana, que deriva da
composição de duas palavras: cacha
(tambor) e mumbu (música). O vocábu-
lo, no tempo dos escravos, designava
não só o instrumento que eles tocavam
nas danças, mas a própria dança ou
CHUVA DE VENTO, DE NOEL ROSA
“[...]Quem nunca viu
Chuva de vento à fantasia
Vá em Caxambu de dia
Domingo de carnaval
Chuva de vento
Só essa de Caxambu
Domingo chove chuchu
E venta água mineral[...]”
Fonte Dom Pedro - Parque das Águas
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 43FOTO: Raff catalan / Luis Macedo (panoramio.com)
cesa Isabel por gratidão à cura de sua
suposta esterilidade, por conta de sua
profunda anemia, com água férrea da
fonte que hoje tem o seu nome.
MATRIZ NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS
A atual Igreja Matriz, de estilo gótico,
teve sua pedra fundamental lançada
em 1892, no mesmo local da velha ca-
e de seu Parque das Águas: “podemos
facilmente concluir que os craques do
futebol brasileiro só deixaram Caxam-
bu completamente revigorados, isto é,
em absoluta forma de saúde, mesmo
porque qualquer atleta do mundo, que
se sentisse cercado de todas as opor-
tunidades esplendidamente salutares,
como as do Parque de Caxambu, teria
sobre o adversário, na hora da peleja,
uma vantagem considerável.”
O QUE VISITARPARQUE DAS ÁGUAS
Com cerca de 210 mil metros quadra-
dos, o Parque das Águas situa-se bem
ao centro da cidade. Principal atração
local, é o parque com a maior con-
centração de águas carbogasosas do
mundo e conta com 12 fontes de água
mineral, gêiser, piscina de água mine-
ral, balneário hidroterápico, lago com
pedalinhos, teleférico e muito mais.
Aberto diariamente de 7 às 18 horas.
BALNEÁRIO HIDROTERÂPICO
Localizado dentro do Parque das
Águas, conta com banhos de imersão
em água mineral, piscina de hidrote-
rapia, saunas a vapor e secas, duchas
e tratamentos estéticos. O Balneário
oferece, com seus banhos, horas e
horas de relaxamento e renovação de
energias. Seus azulejos e pisos portu-
gueses são todos decorados.
IGREJA DE SANTA ISABEL DE HUNGRIA
Tombada pelo patrimônio histórico
e artístico de Minas Gerais, teve sua
construção iniciada em 1868, em esti-
lo gótico e foi inaugurada somente em
1897. Foi construída a mando da Prin-
pelinha de Nossa Senhora dos Remé-
dios, do século XVIII. A igreja é palco
das grandes celebrações religiosas da
cidade. A festa da padroeira acontece
no dia 15 de agosto, com missas, pro-
cissão e atividades de barracas. Outra
grande procissão ocorre no dia de Cor-
pus Christi, quando as principais ruas
da cidade são enfeitadas com tapetes
coloridos feitos com materiais variados,
como serragem, sementes e pó de café.
PASSEIOS DE CHARRETE E CAVALO
Passeie de charrete pela cidade ou
visite locais como a Chácara das Ro-
sas (Centro de Hidroterapia e Tera-
pias Holísticas) ou o Portal das Águas
(chácara aberta à visitação com trilha
na mata, nascentes, lagos). Há opções
para visitas a fazendas com criação de
cavalo Mangalarga Marchador, caval-
gadas, passeios em pôneis, café colo-
nial e almoço típico.
Banho relaxante - Balneário hidroterápico
44 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Banco de imagens
Pós-Copa: Da euforia, o que nos sobra?Apesar do aumento turístico, empresários concordam que ainda não se per-cebe lucros exponenciais
Bandeiras flamejando nos carros,
ruas decoradas com bandeiri-
nhas, muros com pinturas dos joga-
dores, trabalhadores vestindo o ver-
de e o amarelo e todas as televisões
ligadas quando o juiz apita o início
da partida. A euforia dos torcedores
em todo o mês de junho indica que
a Copa do Mundo aconteceu e que o
Brasil se tornou por um mês o centro
do planeta midiático. Mas, na prática,
o que fica para quem trabalhou du-
rante o evento?
Até o início de 2014, os prognós-
ticos comerciais e financeiros das
empresas locadoras de veículos apon-
tariam um aumento de quase 20%
na procura de automóveis durante a
Copa, em comparação com períodos
normais. Entretanto, com a chegada
do evento, o número de reservas não
refletiu essas projeções. “Na minha
empresa, a previsão era de um mês
aquecido. O turismo aqueceu, po-
rém, em contrapartida, o movimento
corporativo caiu. Ou seja, não houve
grande acréscimo. De certa forma, é
uma grande decepção, pois a expec-
tativa gerada foi muito grande”, ob-
serva Leonardo Soares, Presidente do
Eventos
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 45FOTO: Banco de imagens
SINDLOC-MG e diretor da Yes Alu-
guel de Carros.
O mercado não fala em prejuízo,
mas em frustração, frente ao poten-
cial do evento e o montante que se
esperava de movimentação financei-
ra com os deslocamentos terrestres
de pessoas físicas. De forma que, os
maiores números vistos por empresas
do segmento calcularam um aumento
real próximos aos 10%. “Temos per-
cebido no último mês um incremento
na solicitação de reservas para o perí-
odo do mundial, mas, por outro lado,
em decorrência dos feriados que se-
rão decretados e dos altos custos das
viagens, as empresas reduziram seus
pedidos”, explica o diretor de marke-
ting do Grupo Localiza, Herbert An-
drade.
Essa situação torna-se ainda mais
relevante para as empresas localiza-
das no interior dos estados, porque,
como nos lembra Paulo Nemer, Pre-
sidente do Conselho Nacional da As-
sociação Brasileiras das Locadoras de
Automóveis – ABLA, o chamado “tu-
rismo de negócios” experimenta for-
te retração nesta época, o que causa
impacto principalmente para as loca-
doras que não atuam nas cidades que
recebem os jogos. “Em junho e julho
não teremos feiras de negócios, even-
tos corporativos, convenções de tra-
balho”, ressalta Nemer. “O turismo de
negócios, que é um importante gera-
dor de locação de veículos em todo o
Brasil, fica estacionado”, argumenta.
As grandes expectativas de lu-
cro estavam sobre os aluguéis dire-
tos para pessoas físicas, turistas que
viessem às cidades assistir aos jogos,
brasileiros aproveitando os feriados
com viagens, de forma que as deman-
das deste público pudessem superar
as perdas referentes ao setor corpo-
rativo, do qual a queda já seria ine-
vitável. Entretanto, para Antônio da
Matta, diretor regional da Associação
Brasileira das Agências de Viagem –
ABAV-MG, o aumento dos valores de
passagens aéreas e hospedagem cres-
ceu assustadoramente no período an-
terior à Copa, e “prejudicou a todos
porque afugentou os passageiros do
transporte aéreo e do transporte ter-
restre”, disse. Desanimou ainda uma
parte dos turistas estrangeiros que
planejavam assistir aos jogos e, de
quebra, conhecer o país. Segundo os
46 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Banco de imagens
cálculos da Localiza, dos clientes pes-
soa física que procuram pelo serviço
de aluguel de veículos, a demanda
vinda dos estrangeiros responde en-
tre 35% e 45% das reservas, enquanto
os brasileiros representam algo entre
60% e 65%.
O que se vê são estádios abarrota-
dos e algumas nacionalidades trazen-
do milhares de torcedores ao país, en-
tretanto, em Minas Gerais, apesar do
aumento turístico, a situação ainda não
se reflete diretamente em lucros expo-
nenciais. A impressão geral é que esta
Copa do Mundo tenha trazido gran-
des finanças para setores específicos
envolvidos na organização do evento,
mas que não atinge, como o espera-
do, grandes valores em outros setores
secundários. A locação de veículos é
uma das categorias que esperava ga-
nhar indiretamente, através da maior
circulação de turistas entre as cidades-
-sedes. De qualquer forma, espera-se
que os lucros diretos sejam superiores,
comparados às mesmas épocas de anos
passados (sem eventos deste porte).
Paralelo a este contexto, as empre-
sas que investiram dentro do padrão de
mercado e de suas possibilidades reais
de crescimento e demanda, não perde-
ram dinheiro, uma vez que trataram o
evento como um impulso para aperfei-
çoar as qualidades dos serviços ofereci-
dos e incrementar suas infraestruturas.
“Não possuímos um cálculo específico,
mas se gastou muito em treinamento e
capacitação da equipe. Contratação iria
ter ocorrido de acordo com a demanda
e não houve necessidade. E o investi-
mento de frota não foi especificamente
para a Copa e sim para a demanda do
mercado”, explica Leonardo Soares.
Com toda essa euforia, brasileiros
e estrangeiros torcendo e transitan-
do pelo país, e as possibilidades do
comércio incrementar seus lucros, o
que preocupa os empresários não são
os protestos que tomam as ruas, mas
as brechas que podem ser abertas aos
bandidos neste período de ânimos aflo-
rados. E, portanto, ponderam a neces-
sidade de intensificar estratégias para
a prevenção de golpes no momento da
locação. “Estamos mais alertas ao ca-
dastro dos clientes, usando mais tempo
para esse procedimento. Instruímos a
equipe para ter mais atenção na con-
ferência de documentos de identifica-
ção”, explica Ronan Valério, Gerente de
Negócios da King Rent a Car.
O que se aposta é que ainda se irá
sentir as consequências, para o bem ou
para o mal, de abrigar um evento deste
porte e da exposição mundial causada
por ele. Há quem acredite que os maio-
res ganhos serão indiretos e posterio-
res, como o aumento dos investimentos
privados externos no país, a divulgação
de cidades e o consequente impulso
turístico iniciado pela Copa. “Para o
segmento, fica a expectativa do incre-
mento do turismo nos próximos anos,
a expectativa da finalização das obras
de infraestrutura, como os aeroportos
e obras de mobilidade urbana que são
fundamentais para o desenvolvimento
do nosso negócio. Além da consolida-
ção da cultura de locação de veículos
que vem acontecendo”, espera Leo-
nardo Soares.
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 47FOTO: Divulgação
Empresas do setor vibram com “Brasil e Chile” na capital mineiraBelo Horizonte foi o “centro do
mundo” por algumas horas em 28
de junho. Em uma das disputas mais
duras enfrentadas pelo Brasil na Copa
do Mundo de 2014, o Chile foi o adver-
sário a dificultar a vaga às quartas de
final na competição. O Mineirão abri-
gou uma adrenalina que a torcida bra-
sileira não sentia há algum tempo, em
quase três horas de embate, contando
os minutos da prorrogação e pênaltis.
Certamente um momento histórico e
emocionante, para a seleção e para to-
dos brasileiros – em especial, aqueles
que acompanhavam a montanha russa
de emoções das arquibancadas.
De lá torciam representantes da
Garra Pneus e mais 100 empresários
parceiros e clientes, fruto da ação fi-
nal de uma promoção da empresa. A
campanha “Esse Lugar é Meu”, voltada
para o seguimento de locadoras e os
demais setores de veículos, se estendeu
entre os dias 17 de março e 17 de maio.
“Ao realizarem a compra de pneus as
empresas angariavam pontos e os me-
lhores colocados ganhavam ingressos
para assistirem à seleção no Gigante
da Pampulha”, explica Daniel Gonçal-
ves, gerente comercial da Garra Pneus.
Entretanto, a partida não era a única
intenção da empresa, mas a reunião de
Copa do mundo
48 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO:Divulgação
representantes do seguimento em um
momento de confraternização. Sendo
assim, às 8h da manhã, no Bristol Ala-
meda Business Hotel, próximo ao está-
dio, a concentração para o jogo estava
formada. E na centena vencedora figura-
vam dois associados do SINDLOC-MG:
a Salute Locadora e a Locar Rent a Car.
Paralelo ao impulso de vendas com
a promoção, a Garra Pneus visava “es-
treitar laços, criar oportunidades de
encontro, incentivar parcerias e regis-
trar sua intenção em torná-las cada vez
mais efetivas, para gerar o crescimento
do segmento coletivamente”, como ex-
plica o gerente comercial da empresa.
As parcerias são necessárias em qual-
quer ambiente de jogo, disputa, e natu-
ralmente, a regra se aplica também ao
ambiente comercial. Assim funciona o
sindicato e funcionam as instituições
e grupos vencedores. Tendo isto em
vista, a Garra Pneus utilizou a seleção
como metáfora para reunir represen-
tantes do setor. Assim como o Brasil,
todos saíram do Mineirão vitoriosos.
“O evento foi um sucesso. As pessoas
se divertiram muito e foram premiadas
com um espetáculo de futebol, além de
um desfecho emocionante, que entrou
para história: a classificação do Brasil
para quartas de final nos pênaltis”, fes-
teja Daniel.
Que o momento de confraternização
e união sirva de exemplo para outras
ações de fortalecimento do setor.
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 49IMAGEM: portalparar.com.br
Fórum P.A.R.A.R mobiliza gestores de frotas em agosto
O Fórum P.A.R.A.R - Pensando Alternativas Respon-
sáveis, Administrando Frotas com Resultado – é um
evento que reúne especialistas da área de gestão de frotas
leves, para compartilhar temas sobre tecnologia, gestão de
custos, direção defensiva, política de frotas e diversos outros
assuntos relevantes ao setor de frotas.
Apenas em 2014, o evento já realizou três edições, com
palestras, discussões e cursos para gestores e executivos de
frotas corporativas, no Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Ale-
gre. Em 12 de agosto, será a vez de Belo Horizonte receber
os 23 palestrantes que compartilharão seus conhecimentos
e experiências no Hotel Ouro Minas. Flávio Tavares, diretor
do evento, explica que em quase dois anos o P.A.R.A.R. reu-
niu números superiores a 1600 executivos e 1000 empresas,
que representavam uma frota de quase um milhão de veícu-
los. “Temos tido muito retorno por parte destas empresas,
mudanças significativas que vem ocorrendo, e isso nos mos-
tra que estamos no caminho certo”, salienta.
Em 2013, para Flávio, o evento na capital mineira foi um
sucesso. “Tivemos uma grande evolução no conteúdo e nas
discussões voltadas principalmente para a profissionaliza-
ção do departamento de frotas nas empresas, questões legais
aplicadas a gestão de frotas e, também, pautas como gestão
de combustível, manutenção e um tema que sempre se es-
tende muito nas discussões: o comportamento dos conduto-
res.” Neste ano, espera uma edição ainda mais enriquecedora
e com maior adesão dos empresários – em uma expectativa
de 150 participantes.
“Iremos proporcionar informações adequadas para que as empresas possam transformar todos os indicadores negativos em números positivos”, Flávio Tavares
50 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014
Para Flávio, muito além de questões estruturais, finan-
ceiras e comerciais, o fórum incentiva o debate e a busca
de soluções para problemas contemporâneos. “Todos os es-
tádios da Copa do Mundo juntos têm uma capacidade total
de 633.000 pessoas, e somente em 2013, entre feridos, se-
quelados e mortos foram 628.000 vítimas de acidentes de
trânsito”, expõe o diretor. Além da discussão da segurança
dos condutores, fazem parte da programação discussões so-
bre mobilidade urbana, o aumento de furtos e roubos e o
desenvolvimento de ideias sustentáveis, a fim de incentivar
empresas e gestores a pensarem seus resultados sem se es-
quecerem de valores de interesse coletivo.
Por isso, “o papel do P.A.R.A.R. é convocar a iniciativa
privada a se mobilizar, nós acreditamos na força das corpo-
rações e entendemos que essas empresas e seus gestores po-
dem desempenhar um papel significativo para transformar
este cenário. Se posicionar e assumir mais responsabilidades
desempenhando um papel de mudança na sociedade é um
grande desafio,” enfatiza.
Todos os profissionais que atuam direta ou diretamente
com frotas corporativas podem participar, basta se associar
de forma gratuita pelo www.portalparar.com.br.
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 51FOTO: Denise Reis
Quem é Quem?Parceria
QUEM É QUEM?Representar os interesses de cen-
tenas de empresários e empresas
não é tarefa fácil. Conquistar direitos,
vantagens e condições de trabalho para
todo um setor necessita de dedicação,
boa administração e jogo de cintura.
Relativizar os interesses pessoais em
detrimento dos anseios de todo conjun-
to. Dando continuidade a série “Quem
é quem?”, agora conheceremos quem
são as pessoas que tomam as grandes
decisões, representam os interesses do
setor e se tornam os grandes responsá-
veis das direções e caminhos traçados
pelo sindicato. Vamos a diretoria do
SINDLOC-MG.
LEONARDO SOARES
Função: Presidente
Natural: Belo Horizonte, Minas Gerais;
Idade: 41 anos;
Formação: Direito pela Milton Campos e pós-graduação em
Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral.
Apesar de novo, Leonardo é nosso Presidente há quatro anos e
este é seu segundo mandato. É ele quem lidera a diretoria exe-
cutiva e gerencia o SINDLOC-MG. Mas muito além, é ele a ima-
gem e representação do setor em todas as esferas de repre-
sentação sindical. Não é de hoje que ele frequenta esse meio.
Leonardo compõe a diretoria desde 2006, porém, está dentro
do sindicato desde seu primeiro ano! Um bom tempo para dar
conta de tanta responsabilidade. Paralelamente, ele é franque-
ado da Rede Yes em Belo Horizonte e está no mercado desde
1993. E sobra tempo pra mais alguma coisa? Sim! Para os jo-
gos do Atlético sempre sobra. Com o futebol não é só torcedor,
gosta também de praticar o esporte. E nos demais momentos
de folga, curte um bom churrasco e a companhia dos amigos.
LEONARDO SOARES
52 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO:Denise Reis
GUSTAVO PENNA
Função: Diretor Secretário;
Natural: Belo Horizonte;
Idade: 40 anos;
Formação: Administração de empresas.
Assim como Leonardo, está no segundo mandato, há quatro
anos na diretoria. A função de diretor secretário exige de
Gustavo a realização de reuniões periódicas para discutir
assuntos de interesse do segmento e desenvolvimento de
ações para o SINDLOC-MG. Atualmente participa também da
produção da Revista Sindloc-MG e da comissão que está con-
cluindo a mudança da sede do sindicato. Em 2007, assumiu
a Locarcity, empresa com sede em Belo Horizonte e filial no
Rio de Janeiro, onde atua principalmente na terceirização e
possui hoje uma frota de 900 veículos. Nos finais de semana,
sua diversão é praticar uma modalidade de ski aquático, o
wakeboard.
RAIMUNDO TEIXEIRA
Função: Diretor Financeiro;
Natural: Oliveira - MG;
Idade: 69 anos;
Formação: Engenheiro Civil, formado pela Escola de Enge-
nharia Kennedy e especialista em Engenharia Econômica
pela PUC-MG.
O atual diretor financeiro já foi presidente do SINDLOC-MG en-
tre 1999 a 2002. Entre diversas funções, é o responsável por ge-
renciar os departamentos contábeis e financeiros, desenvolven-
do normas internas, processos e procedimentos de finanças e
administração. Começou sua carreira como Engenheiro Civil e
permaneceu na área por 15 anos. Durante sete anos foi Diretor
de Franquias de uma grande rede nacional de Aluguel de Car-
ros. Desde 1995, é sócio e diretor executivo da YES Rent a Car
Franchising Ltda, uma das cinco maiores redes de aluguel de
carros do Brasil. Uma coisa que não abre mão é de suas aulas de
violão, apesar de já tocar o instrumento de ouvido. Divide o tempo
livre com a prática de basquete, futebol e peteca. E para aquietar
um pouco, gosta também de ler biografias, romances e escutar
MPB. Além de tudo, é flamenguista e atleticano! Estranho? Ele
acha que não.
GUSTAVO PENNA
RAIMUNDO TEIXEIRA
Quem é Quem?
JULHO - AGOSTO 2014 Revista SINDLOC-MG 53FOTO: Denise Reis
SAULO FROES
Função: Presidente de Honra;
Natural: Ferros - MG;
Idade: 63 anos;
O Presidente de Honra do sindicato é um dos empresários
mais experientes e atuantes no setor de locações de car-
ros de Minas Gerais e pertence à diretoria do SINDLOC-MG
desde sua criação. Sendo oito anos (quatro mandatos) como
Presidente. Saulo é um empreendedor nato, começou a atu-
ar no segmento em 1972, como office boy da locadora mul-
tinacional Hertz, onde cresceu e se tornou gerente de filial.
Até que, em 1981, quando a empresa findou suas atividades
no Brasil, adquiriu o Fundo de Negócios dela e montou sua
própria empresa. Há tempos é diretor geral da Lokamig Rent
a Car, uma das primeiras a se associar ao sindicato. Na vida
de executivo, Saulo dedica tempo também à sua paixão pelo
Cruzeiro, não só como torcedor, mas também como Conse-
lheiro Efetivo do Clube. No mais, gosta de viajar, conhecer
novos lugares e praticar futevôlei.
EMERSON CIOTTO
Função: 1º Diretor Financeiro;
Natural: Belo Horizonte - MG;
Idade: 54 anos;
Formação: Administração de Empresas
Emerson é o principal responsável pela gestão dos recur-
sos financeiros do sindicato. Tem como papel, a concilia-
ção das contas de acordo com o planejamento elaborado
pelos demais diretores. Exerce o cargo há três anos, mas
já está no sindicato há nove. Conjuntamente, às funções
descritas, é também sócio-diretor da Arcan Locadora de
Veículos. Entre as atividades de lazer, gosta de ler os li-
vros de Paulo Coelho, montar seu Mangalarga Marchador,
“o melhor cavalo do mundo”, ouvir uma boa música serta-
neja de raiz e acompanhar o Cruzeiro.
SAULO FROES
EMERSON CIOTTO
54 Revista SINDLOC-MG JULHO - AGOSTO 2014 FOTO: Denise Reis
FRANCISCO SALLES JR.
FRANCISCO SALLES JR.
Função: Diretor Fiscal;
Natural: Belo Horizonte - MG;
Idade: 43 anos;
Formação: Técnico em Agropecuária.
A função desempenhada por Francisco, mais conhecido como
Júnior, junto a outros diretores, é acompanhar, conferir e apro-
var a parte financeira e contábil da entidade. É também, um dos
diretores que está em seu segundo mandato, há quatro anos
desenvolvendo esta função. Nos momentos de lazer, gosta de
escutar MPB e músicas dos anos 80 e 90. E, para não fugir a
regra da atual diretoria, gosta mesmo de futebol e é torcedor
do Cruzeiro “Querido” Esporte Clube.
Quem é Quem?
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