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Revista Saúde PB

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Março de 2012 - ano-I - nº I

PBSaúdePBComunicação e Saúde

Jornalistas

Contato comercial

Emerson CaldasJânio AraújoSimone Bezerrill

Emerson Caldas DistribuiçãoMazureik e ModestoECT

EditoraAstus Editora, Publicidade e Livraria

FotografiaRoberto Stuckert FilhoErasmo SalomãoArquivo SaúdePBgoogle imagens

(83)9901.3866(83)9100.2028

(83) 9946.3361(83) 9108.0876

Jânio Araújo

Projeto gráfico e diagramação

Agradecimentos

[email protected](83) 9673.2331(83)9179.5566

Roberto Stuckert FilhoErasmo SalomãoZandre VasconcelosMaria Fátima GomesMércia MacielFernando RamosFlávio Sátiro FilhoMin. Alexandre Padilha

Ramon MartinsEditor Chefe

[email protected] Caldas

(83) 9901.3866(83) 9100.2028

Editores associadosDr. Leandro Tavares

Editoria TécnicaAlessandra BrazEmerson Caldas

Dr. Lino Costa

Gráfica Moura Ramos

5.000 exemplares

Impressão

Tiragem

Editorial

A Constituição Federal de 1988 garantiu o direito à saúde como dever do Es-

tado, consolidando uma política de saúde pública assegurando a todos, independentemente de contribui-ção, o acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde. Apesar de reconhecermos que o Sistema Único de Saúde (SUS) é um processo social em constru-ção, passadas duas décadas da sua concepção, muitas são as críticas e os desafios para se alcançar a pro-posta constitucional. Em parte, isso acontece em virtude da ineficácia do controle so-cial e do pouco desempenho de mui-tos dos conselhos de saúde institu-ídos, como conseqüência da pouca divulgação das ações e dissemina-ção dos direitos dos cidadãos inseri-dos neste contexto. Assim, esta Re-vista têm o objetivo e a pretensão de ser uma fonte natural de divulgação de notícias relacionadas à saúde; do direito à saúde; das diretrizes e prin-cípios do SUS, sendo destinada em especial a profissionais, conselhei-ros, professores e alunos desta área, bem como toda a sociedade que é na verdade a maior interessada. A Revista SaúdePB - Comu-nicação e Saúde - é um veículo al-

ternativo de comunicação, com um conteúdo por si só muito relevante e interessante com: entrevistas, notícias de saúde, colunistas espe-cialistas, artigos médicos e demais assuntos relacionados à saúde, ar-tigos científicos de profissionais pa-raibanos, dentre outros. Com uma periodicidade ini-cialmente trimestral, a publicação circulará seus exemplares a um pú-blico dirigido, profissionais de saúde e seus clientes, instituições de ensi-no de saúde, órgãos públicos em ge-ral, hospitais, laboratórios, clínicas, consultórios e muitos dos estabele-cimentos comerciais relacionados à saúde, como farmácias de manipu-lação, farmácias em geral, lojas de materiais e equipamentos médicos, etc. A revista estará presente na maioria das salas de espera destes locais. Nesta primeira edição temos vários assuntos relevantes da saú-de pública como: melhor em casa/SOS emergências, farmácia popu-lar, academias da saúde, viver sem limites, emenda 29 e orçamento em 2012, convênios da Funasa na Pa-raíba, câncer e religiosidade, entre outros, além, é claro, da entrevista exclusiva com o Excelentíssimo Sr. Ministro da Saúde, Dr. Alexandre Pa-

dilha, o que muito nos honrou já nes-ta 1ª edição. A publicação se propõe tam-bém, pautar, abrir e manter canais com os veículos de comunicação, ser fonte de divulgação de conhe-cimento técnico em saúde e, prin-cipalmente, favorecer mudanças de hábitos para a promoção da saúde. Portanto, a circulação des-te periódico denominado SaúdePB, pode e deve representar uma ini-ciativa importante para difundir o direito à saúde e provocar efetiva participação social, além de cola-borar para a melhoria da imagem da saúde, para a divulgação de suas atividades, bem como na motivação e valorização dos seus profissionais e das instituições envolvidas.

Emerson CaldasEditor Chefe

Expediente

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CapaRevista SaudePB 1ªEdição

Capa

Indice

CriaçãoRamon Martins

05”Nossas Dicas” 08/12Entrevista Exclusiva 40/43Câncer

36/37Religiosidade 49/52PAC 02 58Humor

34/35Hanseníase 44/46”Superação”

15/16Farmácia Popular 18/19Academia da Saúde 22/23Viver Sem Limites

28/30Orçamento

Programa “Saúde Não Tem Pre-ço” beneficia quase 50 mil hiper-tensos e diabéticos na Paraíba. É positivo o balanço do número de paraibanos beneficiados pelo programa federal “Saúde Não Tem Preço”.

Geração saúde: municípios para-ibanos terão academias ao ar livre para estimular prática de exercícios físicos e promover vida saudável

Orçamento para saúdetem seu maior aumento nominal

Saúde amplia ações contrahanseníase na Paraíba

No caminho da superação: uma lição de vida

“Viver Sem Limites”: plano de acessibilidade investe na pro-moção da saúde e na preven-ção da deficiência

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Nossas Dicas

Fato – Em primeiro lugar o termo “reumatismo” é um termo popular consagrado para se referir a alguma das muitas doenças que podem ter ma-

nifestações no sistema músculo esquelético. Além disso, estas doenças podem ocorrer em qualquer fai-xa etária.

Fato – O ambiente mais frio apenas au-menta a sensibilidade e a percepção dolo-rosa levando o paciente a acreditar que a doença “atacou” por causa do frio.

Fato – Este é uma expressão criada há muitos an os pelos próprios médicos para aqueles pacientes com dor e algum a alteração nos exames laboratoriais (“exames de sangue”) sem que necessariamente houvesse doença.

Fato – O termo “reumatismo” é vago como já foi mencionado acima. Os exames, quando solicitados, levam em consideração a queixa e o exame físico de cada paciente. A grande maioria deles é inespecífico e devem ser ana-lisados com muito cuidado. Além disso, mui-tos destes exames podem estar alterados em indivíduos saudáveis.

Fato – Este exame laboratorial geralmente é po-sitivo no lupus eritematoso sistêmico. Contudo, também pode estar presente em várias outras doenças, pelo uso de determinados medicamentos e até mesmo em pessoas saudáveis.

Fato – Isto não existe. Cada doença tem seu es-quema terapêutico definido. Esta tal “fórmula” geralmente consiste num coquetel de drogas com efeito paliativo e freqüentemente associado a uma grande quantidade de efeitos colaterais.

Fato - Dor articular é uma manifestação clínica como outra qualquer. Pode estar presente em diversas patologias sem qualquer relação com “reumatismo”.

Fato – O ácido úrico é um produto do metabolismo de uma va-riedade de proteínas chamada purinas. Já os encontrados em frutas e alimentos são o ácido cítrico, o ácido ascórbico e o áci-do acético. Tem em comum apenas o fato de serem ácidos.

Mito – “Reumatismo é doença de velho”. Mito – “Reumatismo ataca no frio”.

Mito – “Reumatismo no sangue”.Mito – “Exames para reumatismo”.

Mito – “FAN positivo, o paciente tem lupus”

Mito – “Fórmula para reumatismo”.

Mito – “Dor nas articulações significa reumatismo”.

Mito – “Alimentos ácidos aumentam o ácido úrico”.

Fonte: Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).

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Mitos & Fatos em Reumatologia

Reumatismo é coisa séria

Procure um Reumatologista.

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Espaço do leitor

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“Uma página com o intuito de proporcionar a intera-tividade entre os leitores e a Revista SaúdePB”

Na Revista SaúdePB você participa escrevendo e publicando seus comentários.

PARTICIPE!!!!Mande e-mail para:Emerson Caldas – Editor [email protected] ou [email protected] Sempre mencionando no ASSUNTO: Revista SaúdePB ”ESPAÇO DO LEITOR”

Ou participe também pelas redes sociais. Seguindo-nos e participando No TWITTER

- @SaúdePB ou pelo Facebook. Suas sugestões e avaliações são importantes para nós!

Onde vocês poderão enviar:

ELOGIOS,COMENTÁRIOS,OPINIÕES,SUGESTÕES,indicações de PAUTAS (sugestões de assuntos, notícias ou reportagens) para nossa equipe;CRÍTICAS, etc.

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Nosso entrevistado desta 1ª edição é nada menos que o excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde. O Dr. Alexandre Padilha é médico infectologista formado pela Unicamp, com especialização pela USP, coordenou o Núcleo de Extensão em Medicina Tropical do Departamento de Doenças Infecciosas e

Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP (Numetrop/USP), entre 2000 e 2004, período que foi também coor-denador de Projetos de Pesquisa, Vigilância e Assistência em Doenças Tropicais, no Pará, realizado em parceria com a OPAS e o Fundo de Pesquisa em Doenças Tropicais da Organização Mundial de Saúde. Ainda em 2004, assumiu o cargo de diretor Nacional de Saúde Indígena da Funasa, órgão ligado ao Ministério da Saúde. Foi nomeado ministro de estado chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República em setembro de 2009, Alexandre Padilha já atuava na coordenação política do governo Lula desde agosto de 2005, quando ingressou na Subchefia de Assuntos Federativos (SAF), a qual chefiou entre janeiro de 2007 até a posse como ministro da SRI. No Governo Dilma assumiu uma das principais pastas – a saúde – que foi elencada pela própria presidenta como prioridade no seu governo. A revista SaúdePB teve a honra de entrevistá-lo com exclusividade em dezembro .

Entrevista

Entrevista Exclusiva:

Ministro Alexandre Padilha

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Foto: Erasmo Salomão

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Revista SaúdePB: Ministro, após um ano de gestão, qual a avalia-ção do desempenho no enfrentamen-to desse grande desafio de garantir o acesso aos usuários do SUS? Ministro Alexandre Pa-dilha – Encerramos 2011 confiantes de que demos passos significativos para atingirmos a nossa grande ob-sessão: garantir acesso e atendimento de qualidade aos usuários do SUS. Com certeza, mesmo que ainda de forma modesta, as pessoas já começam a sentir melhoras nos serviços públi-cos de saúde. Exemplo disso, são os 11 medicamentos para hipertensão e diabetes distribuídos gratuitamente por meio do programa Saúde Não tem Preço. Com isso, ampliamos em 264% o acesso ao tratamento dessas do-enças, fechando o ano com cerca de seis milhões de pessoas beneficiadas e mais de 20 mil farmácias credenciadas em todo o país. Na Rede de Atenção à Mulher implantamos o Rede Cegonha e o Pro-grama de Combate e Prevenção ao Câncer de Mama e Colo de Útero. Por meio do rede cegonha a gestante terá ampliação de exames prénatal além de boas práticas de atenção ao parto. Já no programa de prevenção de cân-cer de colo de útero e mama, só neste semestre, foram realizados mais de 5,6 milhões de exames de citologia. Ainda com relação ao acesso e qualidade, lançamos em julho último o PMAQ-AB (Programa de melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Bási-ca), com a adesão de 4040 municípios de 17.669 equipes da Atenção Básica. Dando prosseguimento ao atendimento de qualidade, lançamos em novembro dois importantes pro-gramas que fazem parte da rede Saúde Toda Hora: O SOS Emergência e o Me-lhor em Casa. Em parceria com es-tados e municípios, o SOS Emergência implementará, inicialmente, ações em 11 hospitais de grande porte, em vi-sando a melhoria da gestão, qualificar e ampliar o acesso dos pacientes, além de reduzir o tempo de espera e garan-tir atendimento ágil e humanizado. Já o Melhor em Casa ampliará o atendi-mento domiciliar e, com isso, ajudará a

reduzir a demanda por internação nos hospitais. Ainda como parte do conjunto de ações para reorganizar os serviços de urgência e emergência lançamos a Força Nacional do SUS, que será com-posta por profissionais especializados no atendimento a vítimas de desastres naturais, calamidades públicas ou situ-ação de risco epidemiológico (surtos de leptospirose após enchentes, por exemplo) que exijam resposta rápida, apoio logístico e equipamentos de saú-de.

Outro grande desafio da nossa gestão tem sido o combate ao des-perdício. Ao combater o desperdício conseguimos reduzir em 45% os casos graves de dengue e em 44% o número de óbitos; redução de 31% nos casos de malária; redução de 86% no núme-ro de casos de óbitos por influenza em 2011; meta histórica de vacinação contra a pólio 13,9 milhões de crianças vacinadas contra poliomielite- 98,2% do público alvo.Além disso, ampliamos o tratamen-to para crianças e adolescentes com AIDS, para os vírus mais resistentes ou na ausência de resposta ao medi-camento. Ampliamos também a faixa etária do público doador de sangue e a faixa etária de vacinação para hepati-te B. Tivemos ainda, um acréscimo de 63% no orçamento de 2011 no trata-mento para parar de fumar.Fechando o ano, lançamos agora, em dezembro, o programa Crack, É Possí-vel Vencer, um conjunto de ações inte-gradas para enfrentar o crack e outras drogas. Na área da saúde, o plano pre-vê a estruturação da rede de cuidados Conte Com a Gente, que auxiliará os dependentes químicos e seus familia-

res na superação do vício e na rein-serção social. Também serão cria-das enfermarias especializadas nos hospitais do SUS. Até 2014, o Minis-tério da Saúde repassará recursos para que estados e municípios criem 2.462 leitos, que serão usados para atendimentos e internações de cur-ta duração durante crises de absti-nência e em casos de intoxicações graves. Nos locais em que há maior incidência de consumo de crack, se-rão criados 308 consultórios de rua, que farão atendimento volante. Já os

Centros Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPSad) passarão a fun-cionar 24 horas por dia, 7 dias por semana. Até 2014, serão 75 unida-des em todo o país. O atendimento será reforçado, ainda, pela criação de Unidades de Acolhimento, que cuidarão em regime residencial por até seis meses, para manutenção da estabilidade clínica e o controle da abstinência.Revista SaúdePB: O SOS Emergência visa, principalmente, ampliar e qualificar o acesso dos pacientes nos grandes hospitais que atendem pelo SUS. O senhor pode detalhar melhor esse programa?Ministro Alexandre Padilha - Nossa meta para este ano este ano é implementar a estra-tégia em 11 prontos-socorros de grande porte, localizados em nove capitais do país. A iniciativa integra a Rede Saúde Toda Hora e vai alcançar, até 2014, os 40 maiores prontos--socorros brasileiros, abrangendo

Entrevista

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Mesmo que ainda de forma modesta, as pessoas já começam a sentir melhoras nos serviços públicos de saúde”“

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Entrevistatodos os 26 estados e o Distrito Fe-deral. O governo federal – juntamente com estados, municípios e os ges-tores hospitalares – vai promover o enfrentamento das principais neces-sidades desses hospitais, qualificar a gestão, ampliar o acesso aos usuários em situações de urgência e garantir atendimento ágil, humanizado e com acolhimento. Esses hospitais são re-ferências regionais, possuem mais de 100 leitos, têm prontos-socorros e realizam grande número diário de in-ternações e atendimentos ambulato-riais. O S.O.S Emergências funciona-rá articulado com os demais serviços de urgência e emergência que com-põem a Rede Saúde Toda Hora. Esses serviços englobam o SAMU 192, UPAS 24 horas, Salas de Estabilização, ser-viços da Atenção Básica e Melhor em Casa. Também estamos firmando parcerias com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) e com os seis Hospitais de Excelência no Brasil – Sírio Libanês, Albert Einstein, Hospital do Coração, Samaritano, Alemão Os-valdo Cruz e Moinhos de Vento - para ampliar a qualidade do atendimento realizado. A principal contribuição será por meio do Telessaúde, ferramenta de comunicação a distância que presta teleconsultoria e segunda opinião mé-dica, além de discussão de casos com equipe multiprofissional.

Nessa primeira etapa, integram o SOS Emergência os seguintes hospi-tais: Hospital Miguel Couto e Hospital Albert Schweitzer (Rio de Janeiro-RJ); Hospital da Restauração (Recife-PE); Hospital de Base (Distrito Federal-DF), Hospital João XXIII (Belo Horizonte-MG), Santa Casa e Hospital Santa Marceli-na (São Paulo- SP) e Grupo Hospitalar Conceição (Porto Alegre-RS); Instituto Dr. José Frota (For-taleza-CE); Hospital Estadual Roberto Santos (Salvador-BA) e o Hospital de Urgências (Goiânia-GO). Revista SaúdePB- O Ministério da Saúde também tem investido em prevenção e promo-ção da saúde. Que ações estão sendo implementadas? Ministro Alexandre Padilha – O Ministério da Saúde tem entre suas prioridades a promoção da saúde, prevenção e redução de mortes pre-maturas por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) previstas no Plano de Ações Estratégicas para En-frentamento das DCNT (2011-2022), lançado este ano. A meta é reduzir em 2% ao ano as mortes prematuras pelas doenças crônicas no País, entre as quais acidente vascular cerebral, infarto, hipertensão arterial, câncer, diabetes e doenças respiratórias crô-nicas. No Brasil, os números são preo-cupantes: o percentual de mortes por esse tipo de doenças chega a 72%,

atingindo mais fortemente cama-das pobres da população. Entre os fatores de riscos estão tabagismo, álcool, sedentarismo, alimentação não saudável e obesidade. Para enfrentar e deter o avanço das doenças crônicas, im-plementamos este ano importan-tes políticas de prevenção e promo-ção à saúde, como os programas Academia da Saúde, Saúde Não tem Preço bem como firmamos acor-dos com a indústria alimentícia para eliminação de gordura trans e redu-ção do sódio. O programa Academia da Saúde, implantado em abril, prevê a construção de espaços públicos voltados para promoção de ativi-dades físicas, seguindo o modelo de iniciativas bem sucedidas realizadas em Recife, Aracaju e Belo Horizon-te. A meta é implantar quatro mil unidades nos municípios até 2014. Nosso objetivo é estimular a prática de exercícios físicos, como forma de conter a obesidade e as doenças provocadas pelo excesso de peso, como por exemplo, as cardiovascu-lares e diabetes. Agora, em dezembro, as-sinamos com a indústria alimentí-cia nova fase do acordo que prevê a redução gradual do sódio em 16 categorias de alimentos, detalhan-do metas para os produtos que es-tão entre os mais consumidos pelo público infanto-juvenil. Com relação ao enfreta-mento do tabagismo, obtivemos grandes conquistas, com a sanção da nova Lei do Fumo, em dezembro, pela presidenta Dilma Rousseff. A lei estabelece um preço mínimo de venda de cigarro no varejo, aumenta a carga tributária sobre o produto e proíbe o fumo em locais fechados – os fumódromos, sejam eles pri-vados ou públicos – e a propaganda nos pontos de venda. O Ministério da saúde deve regulamentar a questão dos fumódromos e da propaganda. É importante ressaltar que a luta contra o tabaco tem que ser incan-sável por aqueles comprometidos www.saudepb.com.br

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com a saúde pública do nosso país. Nossa meta é reduzir a frequência de fumantes em diferentes grupos, principalmente a iniciação de adoles-centes e adultos. Conforme previsto no Plano de Ações Estratégicas para Enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis, a expectativa é chegar a 2022 tendo reduzido a fre-quência de fumantes de 15% para 9% na população adulta.Revista SaúdePB - O Ministério da Saúde também integra programas do governo fede-ral como o Plano Brasil sem Miséria e o Viver Sem Limite. Como o Senhor compreende a importância de tais ini-ciativas?Ministro Alexandre Padilha – O Plano Brasil Sem Miséria en-volve um conjunto de ações que agre-ga transferência de renda, acesso a serviços públicos nas áreas de saúde , educação, assistência social, sanea-mento, energia elétrica e inclusão pro-dutiva. A meta é retirar 16,2 milhões de brasileiros da situação de extrema pobreza. A saúde participa de ações como reforma, ampliação e constru-ção de Unidades Básicas de Saúde (UBS); expansão de equipes do Programa Saúde da Família; Programa Saúde nas Escolas; Brasil Sorridente; Olhar Brasil; Aqui Tem Farmácia Po-pular, além de combate às doenças endêmicas da extrema pobreza (tu-berculose, hanseníase, tracoma, es-quistossomose, helmintíase e malária) e saneamento básico. Ações do Ministério da Saúde também fazem parte do Viver Sem Limite - Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que be-neficiará 45 milhões de pessoas. As-sinamos portaria que institui o Comitê Nacional de Assessoramento e Apoio às Ações de Saúde do Plano Nacional para Pessoas com Deficiência. . Com investimento de R$ 1,4 bilhão, de um total de R$ 7,6 bilhões, o eixo da saúde ampliará ações de prevenção às deficiências, criação de um sistema nacional para o monito-ramento e a busca ativa da triagem neonatal, com um maior número de

exames no Teste do Pezinho. Tam-bém estamos estruturando a Rede de Atenção à Saúde da Pessoa com DeficiênciaSUS, que será um conjun-to de serviços, ações e estratégias de saúde com o objetivo de garantir a assistência integral a toda população que necessita deste tipo de atendi-mento. Destaco que essa é a primeira vez uma rede desse porte é estrutu-rada. Queremos que todos os estados tenham um centro de referência com os quatro atendimentos específicos (visual, física, intelectual e auditiva) para as pessoas com deficiência. Por isso, fizemos parceria com os centros de excelência e reabilitação. A rede de reabilitação do SUS é composta por diversos serviços es-pecializados em deficiência física, vi-sual, auditiva e intelectual, oficinas or-topédicas, unidades básicas de saúde e hospitais, voltados para o enfrenta-mento de problemas das pessoas com deficiência. Dentro dessa rede, estão os Centros Especializados de Reabili-tação (CER), que serão implantados a partir de 2012. Os CERs são serviços que agregam tecnologia para atender às várias modalidades de cuidado es-pecíficas para os diferentes tipos de deficiência, com qualidade e efetivida-de no cuidado. Do valor investido pelo Ministério da Saúde, R$ 949 milhões serão destinados ao fornecimento de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, procedimentos de ma-nutenção e materiais especiais. O va-lor será investido no período de 2012 e 2014. Inédito no SUS, o investimento na manutenção das órteses e próte-ses permitirá aos usuários constante conservação do material. Revista SaúdePB - Além de garantir acesso e atendimento de qualidade aos usuários do SUS, o senhor também tem se em-penhado em combater o desperdício. Como aprimorar os mecanismos de combate à corrupção no SUS?Ministro Alexandre Padilha – Nosso grande desafio é melhorar o atendimento e para isso precisamos incentivar a qualidade, economizar e combater o desperdício dos recursos.

Nesse sentido, criamos políticas de incentivo financeiro pela qualidade. Ou seja, as equipes de saúde que prestarem um serviço melhor à po-pulação poderão ter o repasse de recursos federais maior. Quem re-duzir o tempo de espera e melhorar a qualidade de atendimento vai rece-ber mais.Outra medida adotada foi o decre-to presidencial (nº 7.508, de 28 de junho de 2011), que regulamenta o planejamento da saúde, a assistên-cia e a articulação interfederativa, propiciando a qualificação da go-vernança do SUS. P o r meio do decreto, definimos que os municípios só poderão receber ver-bas através de contas específicas para a saúde e terão de movimentar o dinheiro apenas por meios eletrô-nicos. O decreto vetou ainda o saque em espécie, “na boca do caixa”, das transferências federais e, para efe-tuar pagamentos, as prefeituras têm agora de fazer depósito direto nas contas de seus fornecedores e prestadores de serviços. Também adotamos neste ano novas ferramentas como a uti-lização de banco de preços interna-cionais, negociação direta com os fabricantes, centralização da com-pra de alguns produtos e atendi-mento a recomendações de órgãos de controle, como o Tribunal de Con-tas da União. Com estas novas medi-das, o Ministério da Saúde conseguiu economizar mais de R$ 1 bilhão em processos de aquisição de medica-mentos e insumos para a saúde. Em parceria com a CGU implantamos o Portal Transparência que contri-buirá para o aperfeiçoamento dos mecanismos de controle sobre os repasses federais. Enfim, é aprimo-rando os serviços e monitorando os recursos que levaremos à popula-ção brasileira prevenção, promoção e tratamento de qualidade

Revista SaúdePB: Ministro, per-mita-me voltar um pouquinho aqui

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Entrevistapara nosso “terreiro”. Quais as princi-pais ações para o Estado da Paraíba?

Ministro Alexandre Padilha – O Ministério da Saúde, por meio do Fundo Nacional de Saúde (FNS), repassou este ano quase R$ 885 milhões ao estado e aos municípios da Paraíba para a manutenção de diversas áreas estratégicas. Todos os 223 municípios do estado fo-ram contemplados com recursos para ações e serviços de saúde, di-vididos entre os grandes blocos de financiamento - Média e Alta Com-plexidade Ambulatorial e Hospitalar (R$ 468,2 milhões), Atenção Bási-ca (R$ 323,4 milhões), Assistência Farmacêutica (R$ 35,3 milhões), Vigilância em Saúde (R$ 28,5 mi-lhões), Investimentos (R$ 21,2 milhões), Gestão do SUS (R$ 7,6 milhões) e Diversos (R$ 210 mil). Além disso, os paraibanos foram contemplados com outros R$ 8,8 milhões, valor pactuado por meio de convênios firmados com o Mi-nistério da Saúde. Na Paraíba foram contem-pladas 106 propostas de constru-ção no PAC2 . Atualmente há no estado:1601 Centros de Saúde/ Postos de Saúde/Unidades Básicas de Saúde (UBS);8.152 Agentes Co-munitários de Saúde;1.248 Equipes

de Saúde da Família;1.176 Equipes de Saúde Bucal; 96 NASF(Núcleos de Apoio a Saúde da Família) im-plantados. O estado vai receber R$ 1.041.600,00 (20% do componen-te) de componente de qualidade referente a 624 UBS onde 576 re-ceberam o incentivo de saúde bu-cal. Com relação as UPAs, o estado conta com 14 em funcio-namento, sendo 2 já habilitadas e previsão de mais duas no PAC2. Quanto ao SAMU está previsto ex-pansão do serviço para 223 mu-

nicípios. É importante ressaltar que os municípios têm até feve-reiro para regularizar a situação das ambulâncias. Atualmente no estado há 87 ambulâncias paradas em 26 municípios. A Paraíba apresen-tou, também, projeto incluindo três municípios para implanta-ção do Telessaúde e informati-zação de UBSs envolvendo 201 Equipes de Saúde da Família.

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Queremos que todos os estados tenham um centro de referência com os quatro atendimentos es-pecíficos (visual, física, intelec-tual e auditiva) para as pessoas com deficiência”

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Artigo

Sol, Saúde e Vitamina D

Drª Alessandra Sousa Braz Caldas de AndradeMédica Reumatologista CRM PB: 4653.

Profª. Drª. de Reumatologia da UFPB.

O sol é a principal fonte natural de radiação ultravioleta, e os efeitos desta radiação nos seres humanos podem ser benéficos

ou prejudiciais à saúde, dependendo do tempo de expo-sição à radiação, idade sobre a qual foi dada esta exposi-ção, quantidade e forma de radiação recebida e dos tipos de pele de cada indivíduo. A pele humana, quando exposta à radiação solar, pode reagir através de manifestações agudas ou crôni-cas. As reações agudas são representadas por queima-duras, bronzeamento e produção de vitamina D, sendo consideradas reações crônicas o foto envelhecimento e o câncer de pele. A vitamina D age como um precursor de um hor-mônio potente, o calcitriol, que atua em receptores es-pecíficos encontrados em praticamente todos os tipos de células do corpo. Seu efeito mais conhecido é sobre o metabolismo osteomineral, mas possui ações com-provadas no sistema imune e na secreção de diversos hormônios. Sua deficiência prolongada provoca doenças ósseas na infância como o raquitismo e a osteomalácia, e em adultos pode associar-se à osteoporose com elevado risco de fraturas. Segundo alguns autores, aproximadamente 80% a 100% das necessidades desse hormônio são prove-nientes da exposição solar, embora alguns pacientes mesmo se expondo ao sol sejam geneticamente inca-pazes de produzir naturalmente este hormônio ou pro-duzam pouco. Os pacientes são orientados a tomar sol preferencialmente das seis às sete da manhã ou a partir das 16 horas, durante 15 a 30 minutos diariamente. Pes-soas impossibilitadas de tomar sol devem procurar um médico para avaliar seus níveis de vitamina D no sangue e, caso necessitem, realizar reposição medicamentosa, visto que fontes alimentares de vitamina D como óleo de fígado de bacalhau ou salmão, sardinha e atum (en-latados) habitualmente não são consumidos diariamente pela grande maioria da população, ou são consumidos em pequena quantidade. Recentemente, foi demonstrada a ação do calci-triol nos músculos, influenciando positivamente a força muscular e o equilíbrio corporal, ambos fundamentais na prevenção de quedas e redução do risco de fraturas no fêmur em pacientes idosos e/ou com osteoporose. Outros estudos mostram que o calcitriol pare-ce inibir o surgimento de algumas doenças autoimunes, como encefalomielite, esclerose múltipla, tiroidites, dia-

betes mellitus, doença intestinal inflamatória, artrites e lúpus eritematoso sistêmico, entre outras. Obser-vação esta especialmente demonstrada em regiões com baixos níveis da vitamina em altas latitudes. Estudos populacionais relacionaram a defici-ência de vitamina D com o desenvolvimento de doen-ças cardiovasculares, diabetes mellitus e com alguns tipos de câncer como de próstata, mama e cólon. Há muito é reconhecido que radiação solar pode ocasionar efeitos benéficos ou maléficos. Talvez seu efeito maléfico mais importante seja a formação dos cânceres cutâneos, e o seu principal benefício, a produção de vitamina D. O papel do protetor solar na prevenção do câncer de pele é indiscutível, principal-mente nos horários de maior incidência solar e em pacientes com sensibilidade aumentada à exposição solar, como ocorre em pacientes portadores de lúpus eritematoso sistêmico. É necessário conhecer melhor os mecanis-mos de ação e todas as funções biológicas vinculadas à vitamina D, para que, num futuro próximo, a mesma possa ser utilizada na prática clínica, não só na preven-ção das doenças do metabolismo osteomineral, como no controle ou prevenção de diversas outras doenças prevalentes na população. Por ora, exposição saudá-vel e freqüente ao sol é recomendada desde o nasci-mento até idades avançadas, mas quando necessária a reposição com medicamento, um médico reumato-logista ou outro especialista relacionado à doença do paciente deve ser consultado.

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É positivo o balanço do número de paraiba-nos beneficiados pelo programa federal “Saúde Não Tem Preço”. O total de hi-

pertensos e diabéticos assistidos passou de 5.669, em janeiro, para 44.991, em outubro. Ao todo, o avanço foi significante, apresentando um percentual de 694%, em 2011. A expectativa do Ministério da Saúde é de que esse índice seja ainda maior em 2012. Na Paraíba, existem 192 farmácias populares e 215 drogarias privadas credenciadas ao “Aqui tem Far-mácia Popular”, através das quais são distribuídas, gra-tuitamente, 11 tipos de medicamentos usados no trata-mento contra a hipertensão e a diabetes. No Nordeste, a ação possibilitou um avanço de 435% no índice de pessoas que desfrutam do benefício. Entre os estados da região, a Paraíba aparece em quinto lugar em relação ao ranking do número de pessoas favo-recidas. O Estado ficou atrás da Bahia, Ceará, Pernambu-co e Rio Grande do Norte, respectivamente. Atualmente, mais de três milhões de brasileiros estão sendo contemplados pelo “Saúde Não Tem Preço”. Desde que foi lançado, em fevereiro de 2011, o programa conseguiu atender 3.179.301 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A distribuição é feita por meio das mais

de 20 mil farmácias cadastradas em todo o país. No Brasil, a ampliação do acesso ao tratamento cresceu 273%, em 2011. A maior parcela de beneficiá-rios encontra-se na região norte, onde foi registrado um acréscimo de 763% no total de pacientes atendidos pelo programa. O “Aqui Tem Farmácia Popular” ainda propor-ciona desconto de 90% em outros 14 medicamentos utilizados no tratamento das seguintes doenças: asma, incontinência urinária, osteoporose, rinite, colesterol, do-ença de Parkinson, glaucoma. O desconto também é vá-lido para a aquisição de anticoncepcionais.

Programa “Saúde Não Tem Preço” beneficia quase 50 mil hipertensos e diabéticos na Paraíba

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De acordo com dados divulgados, em 2010, pela Vigilância de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vi-gitel), a hipertensão arterial atinge 23,3% da po-pulação adulta brasileira (maiores de 18 anos). Também segundo o estudo realizado pela Vigi-tel, a diabetes atinge 6,3% da população adulta, sendo maior a porcentagem em mulheres (7%) do que em homens (5,4%). No que diz respeito à hipertensão, a pesquisa apontou que o diagnóstico também é maior entre as mulheres (25,5%), enquanto os homens somam 20,7%. Aliás, João Pessoa é a terceira capital do país com maior índice de mulheres hipertensas (28,7%), perdendo ape-nas para o Rio de Janeiro (33,9%) e Porto Alegre (29,5%). Orientações aos usuários - Para obter os produtos disponíveis no “Saúde não Tem Preço”, o usuário precisa apresentar CPF, do-cumento com foto e receita médica, que é exi-gida pelo programa como uma forma de evitar a automedicação. A lista de farmácias credenciadas ao

programa, na Paraíba, pode ser consultada pelo site: http://portal.saude.gov.br/portal/arqui-vos/pdf/fpbrsc_pb.pdf. Qualquer dúvida poderá ser encami-nhada ao Ministério da Saúde – pelos estabe-lecimentos credenciados ou pelos usuários do programa – por meio do Disque-Saúde (0800-61-1997) ou pelo e-mail [email protected].

Diagnósticos são maiores em mulheres

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16Farmácia Popular em São Bento na Paraíba

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Estar bem com o próprio corpo não é apenas uma questão de estética, mas, principalmente,

de saúde. Para isso, os especialistas alertam sobre a importância de uma alimentação balanceada e ressaltam os benefícios obtidos com a prática regular de exercícios físicos. Infelizmente, uma pesquisa, realizada em 2010, pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), revelou que 16,4% dos brasileiros são sedentários, ou seja, uma parcela considerável da população não pratica nenhum tipo de atividade física durante o dia. Com o intuito de promover o bem-es-tar social, o Ministério da Saúde liberou mais R$ 8,4 milhões para municípios que foram ha-bilitados ao programa Academias da Saúde. Lançado em abril, o programa tem como ob-jetivo principal estimular a criação de espaços adequados para a prática de atividade física, onde deverão ser disponibilizados serviços de orientação nutricional, oficinas de artes cêni-

cas, danças, palestras e demais iniciativas que pos-sibilitem a obtenção de conhecimentos favoráveis à construção coletiva de modos de vida saudáveis. Até o momento, o governo federal desti-nou R$ 42,4 milhões para a construção de pólos do programa. De acordo com o Ministério da Saúde, a meta é financiar a implantação, até 2014, de mil pólos por ano. Vale ressaltar que os municípios que não tiveram suas propostas contempladas, em 2011, poderão se submeter a nova avaliação, neste ano. De um total de 7 mil inscritos, o Ministério selecionou 2 mil projetos oriundos de 1.828 mu-nicípios, cujas propostas atenderam aos requisitos para habilitação. Cada um deles receberá incenti-vos que variam entre R$ 80 mil (para porte básico), R$ 100 mil (para porte intermediário) e R$ 180 mil (para porte ampliado). Os Estados e os próprios municípios poderão contribuir com recursos adi-cionais.

Geração saúde: municípios paraibanos terão academias ao ar livre para estimular prática de exercícios físicos e promover vida saudável

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Na Paraíba, a verba fe-deral deverá ser destinada a 78 municípios, onde serão cons-truídas, ao ar livre, 82 unidades das Academias da Saúde. Os equipamentos instalados nes-ses locais poderão ser utiliza-dos por todos, de forma gra-tuita. Além disso, a população receberá orientações acerca de hábitos alimentares por profissionais contratados para atender ao público.

O ministro da Saúde, Ale-xandre Padilha, anunciou que a instalação dos pólos em diver-sas localidades do Brasil repre-senta a implementação de uma política pública de incentivo não apenas à prática de hábitos saudáveis, mas, sobretudo, ao combate de doenças e mortes prematuras causadas pelo ex-cesso de peso e inatividade fí-sica.

A finalidade do programa é reduzir em 2% ao ano o índice de mortes prematuras causa-das por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), cujas ocorrências são favorecidas pelo sedentarismo. Outra meta a ser alcançada diz respeito à melhoria de indicadores rela-cionados ao consumo de álcool e tabagismo.

Mais de 80 pólos na Paraíba

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Artigo

Reversão da Vasectomia

Dr. Leandro TavaresMédico Urologista, CRM/PB nº 4633.

Professor UFPBMembro titular da Sociedade Brasileira de Urologia

Com o aumento no número de va-sectomias realizadas no Brasil e nos Estados Unidos (estima-se

que cerca de 500 mil por ano), principalmente devido à sua alta eficácia, baixo custo e raríssi-mas complicações, associado ao aumento no número de divórcios e desejo de filhos em no-vos relacionamentos, os homens têm procu-rado métodos para recuperar sua fertilidade.

A Urologia dispõe atualmente de uma forma bastante eficaz de conseguir deixar um homem fértil após uma vasectomia. Trata-se da REVERSÃO DA VASECTOMIA, método cirúr-gico de ponta, realizado através de microcirur-gia, onde o cirurgião refaz a ligação entre os canais por onde passam os espermatozóides. Este canal possui 1mm de diâmetro interno, residindo aí a dificuldade e as possíveis falhas da cirurgia.

Sabemos hoje que o principal fator de sucesso da reversão é o tempo de realização da vasectomia. As estatísticas variam muito, mas, por exemplo, até 3 anos de vasectomia, temos 97% de sucesso; até 8 anos, cerca de 88%; de 9 a 14 anos, 79%. A partir dos 15 anos de cirurgia, a chance de sucesso diminui, mas ainda podemos obter espermatozóides no ejaculado, porém as taxas de gravidez são em torno de 31%. Sabe-se ainda que pode levar de 1 a 2 anos até que a esposa engravide. Por esse motivo, naqueles casais onde a esposa passa dos 37 anos, devemos desaconselhar seu uso.

Outro fator de crucial importância para o sucesso da reversão é o treinamento em microcirurgia realizado pelo Urologista, pois temos que utilizar materiais de alta complexi-dade, microscópios potentes e fios de sutura mais finos que um fio de cabelo.

Portanto, não devemos decidir por uma vasectomia, achando que vamos revertê-la depois. Mas, temos que informar a nossos pa-cientes que existem chances de engravidarem suas esposas, mesmo após a realização da vasectomia, apesar de ser um procedimento de alto custo e que só deve ser realizado por mãos habilitadas neste tipo de cirurgia.

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Nutrição

Há 12 anos fazen-do parte de uma equipe de cirurgia

bariátrica, tenho observado que quase todos os pacientes no tempo permitido (um ano e meio após a cirurgia, período em que o paciente apresenta um pla-tô de estabilidade ponderal) se submetem a alguma plástica dependendo da sua necessidade (braços- braqueoplastia, coxas- coxoplastia, face- ritidoplastia, abdômen e flancos- abdomino-plastia e flancoplastia, glúteos –gluteoplastia, elevação dos te-cidos mamários -mastopexia), isso devido ao longo tempo em que a pele ficou distendida pela gordura, perdendo a elasticidade e retração adequada após a re-dução de peso. No pré–operatório a die-ta deve ser rica em ferro, con-siderando a provável perda de sangue durante o ato cirúrgico, o que pode refletir no déficit de recuperação. Também consumir proteínas de alto valor biológico (leite e derivados, carne, peixe, frango, ovo) e alimentos ricos em vitamina C para ajudar na

absorção do ferro, produção de colágeno e facilitar a cicatrização inclusive na fase inicial, após a le-são. Restringir açúcares e gor-duras saturadas, ingerir frutas e verduras que fornecem nutrien-tes para uma imunomodulação. Evitar álcool, alimentos ricos em cafeína, sódio e alimentos pican-tes. No pós-operatório hi-dratar com água, água de côco, isotônicos ou hidratação com soro glicosado por via endoveno-sa. Equilibrar na dieta ômega 6 e ômega 9 que tem um potencial terapêutico importante no pro-cesso de cicatrização, ter boa ingestão de alimentos ricos em vit C, ferro, proteínas e albumi-na (seu déficit está associado ao edema, é marcador de falta de proteína). O colágeno hidrolisado, a glicina e micronutrientes como zinco, vit A , selênio e os ácidos graxos também colaboram para a recuperação do paciente. A proteína do soro do leite onde contém lactoferrina melhora a absorção do ferro e tem função bacteriostática que protege de infecções, por isso é muito bem

vinda nesta fase. Após a fase inflamatória, é necessário utilizar o ômega 3 e ômega 6 de forma correta para modular a inflamação, aumen-tando o consumo de vit E que é antioxidante. O uso de produtos nu-tricionais enriquecidos com ar-genina também podem reduzir as infecções pós operatórias, já que aumenta a deposição de co-lágeno nas feridas em cicatriza-ção, proporcionando uma melhor resposta imunológica. Diante dessas informa-ções, nota-se que uma deficiên-cia nutricional não contribui para uma boa cicatrização e reparo tecidual, deprimindo o sistema imunológico e dificultando este processo complexo no qual mui-tos nutrientes estão envolvidos, favorecendo o aparecimento de infecções e anemias.

A importância do acompanhamento nutricional no pré e pós cirurgia plástica

Wilza Carla Araújo do AmaralNutricionista - CRN-6 nº 2701

Especialista em Nutrição Clínica e em Obesidade e Emagrecimento

Av. Camilo de Holanda, nº 483 Centro - João Pessoa/PB. Fone: (83) 3222-8144

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“Viver Sem Limite”: plano de acessibilidade in-veste na promoção da saúde e na prevenção da de-ficiência

Para este ano, o go-verno federal dis-ponibilizou a verba

de R$ 1,4 bilhão para ser aplicado em prol da saúde das pessoas com deficiência. A ação corres-ponde ao Plano Nacional dos Di-reitos da Pessoa com Deficiência, cujo lema é “Viver Sem Limites”. O projeto traçou metas de inves-timento em diversas áreas, inclu-sive na saúde. Dentre as iniciativas, será estabelecido um sistema nacional para o monitoramento e a busca ativa da triagem neonatal a par-tir da introdução de dois novos

exames no teste do pezinho, visando à detecção da deficiência de biotinidase e da hiperplasia adrenal congênita. O re-forço também incluirá novos dez pro-tocolos clínicos e diretrizes de várias patologias associadas à deficiência. Ainda serão feitos investimen-tos nos processos de fortalecimento na habilitação e reabilitação. Aliás, a ampliação do fornecimento e manu-tenção de órtese, prótese e meios au-xiliares de locomoção passaram de R$ 217,4 milhões, em 2011. Para 2014, o valor deverá chegar a R$ 375,6 mi-lhões. Outra ação no setor diz respeito ao aumento de equipes especializadas para o atendimento odontológico.

Também será desen-volvida uma importante medi-da que objetiva oferecer apoio às pessoas com deficiência em situações de risco, po-breza, abandono e isolamen-to. Trata-se da criação de 27 Centros de Referência. Além disso, deverão ser instituídos cinco centros tecnológicos para a formação de treina-dores e instrutores de cães--guias em todas as regiões do país. Atualmente, só existem dois instrutores qualificados

Foto: Roberto Stuckert Filho

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NotíciasDireito do cidadão - Como se sabe, a prerrogativa de ir e vir é um direi-to fundamental do cidadão. No entanto, esse princípio, assegurado pela Consti-tuição Federal, não é exercido por quase 50 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência. Uma das prin-cipais restrições enfrentadas por essa parcela da sociedade, que não conse-gue exercer o pleno direito da cidadania, diz respeito à falta de infraestrutura adequada que permita não apenas a lo-comoção no espaço urbano, mas, prin-cipalmente, o acesso a bens e serviços essenciais. Com o intuito de minimizar essa problemática, o governo federal lançou o referido plano de acessibilidade, através do qual foram enumerados quatro eixos de atuação: educação, saúde, inclusão social e acessibilidade. O programa está sendo coordenado pela Secretaria de Di-reitos Humanos da Presidência da Repú-blica (SDH/PR) e conta com a articulação de 15 ministérios. Até 2014, serão investidos R$ 7,6 bilhões na execução de ações estra-tégicas nos setores citados. Lançado em

Em dezembro de 2011, a Secretaria de Estado de Desenvolvi-mento Humano da Paraíba (Sedh) deu posse aos membros do Comitê Ges-tor Estadual de Políticas de Inclusão das Pessoas com Deficiência (CGP-cD), cujo objetivo é promover ações voltadas para a inclusão de pessoas com deficiência, de forma democrá-tica e integrada com o Estado e os municípios. Criado pelo Decreto nº. 32.477 e composto por represen-

tantes de várias secretarias, o Co-mitê visa possibilitar a inclusão a partir de iniciativas governamentais relacionadas aos seguintes setores: educação, saúde, trabalho, edifica-ção pública, assistência social, habi-tação, transporte, cultura, esporte e lazer. As metas da política de in-clusão também serão desenvolvi-das por meio da Companhia Esta-dual de Habitação Popular (Cehap) e da Fundação Centro Integrado

de Apoio à Pessoa com Deficiência (Funad). De acordo com o governo estadual, as ações serão acom-panhadas das propostas do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Or-çamentárias e do Orçamento Anu-al. A sede do Comitê está localizada na Secretaria de Desenvolvimento Humano, em João Pessoa.

novembro de 2011, o plano também visa atender as diretrizes estabelecidas pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, das Nações Unidas, ratificada pelo Brasil em 2009. De acordo com dados divulgados pelo Censo de 2010, do Institu-to Brasileiro de Estatísticas e Geografia (IBGE), 45,6 milhões de brasileiros (23,91%) têm algum tipo de deficiência. O projeto de acessibilidade será executado por meio de parcerias fir-madas entre a União, os Estados e os municípios e abrange, além de ações preventivas das causas de deficiências em recém-nascidos, construções de obras, formação de profissionais especializados e adequação da infraes-trutura escolar.

A inclusão social na Paraíba

Visando, ainda, alargar o projeto de autonomia aos portadores de deficiência, o governo fe-deral investirá R$ 30 bilhões na infraestrutura de mobilidade urbana do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). As construções referentes às promoções da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 também devem cumprir os requisitos de acessibilidade.

Ações de acessibilidade para a Copa e Olimpíadas

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A presidenta da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançaram, no fi-

nal do ano passado, os programas Melhor em Casa e S.O.S Emergências, que consistem em imple-mentar ações estratégicas para a qualificação da gestão e do atendimento em grandes hospitais e a ampliação do atendimento domiciliar no Sistema Único de Saúde (SUS), respectivamente. A presidenta Dilma Rousseff defende um pacto entre governo federal, estados e municípios para melhorar a gestão e o atendimento no siste-ma público de saúde e afirmou que é possível criar um novo padrão de qualidade no atendimento às pessoas que procuram o SUS. “Para fazer funcio-nar bem o SUS, é necessária uma parceria republi-cana. Parte dos problemas pode ser resolvida com o que já temos. Podemos fazer mais. O SOS Emer-gências e o Melhor em Casa são duas oportuni-dades únicas para reforçar esse pacto em bases concretas”, disse a presidenta.

Segundo ela, governo federal, estados e municípios têm condições de avançar na “gigan-tesca tarefa” de fazer funcionar com qualidade e eficiência um sistema complexo como o SUS. De acordo com a presidente, o Brasil é o único país no mundo com mais de 100 milhões de habitantes que possui um sistema nos moldes do SUS, capaz de oferecer 500 milhões de consultas médicas por ano. “Sabemos muito bem da gigantesca tarefa que é fazer funcionar com qualidade e eficiência o modelo de gestão bastante significativo como é o SUS. Ele exige - como um sistema desse tipo mun-dialmente exige - elevados recursos humanos, fi-nanceiros e tecnológicos. Não por acaso, entre os países com mais de 100 milhões de habitantes, o Brasil é o único do mundo que assumiu o desafio de ter um sistema de saúde universal único, público e gratuito”, declarou.

Governo Federal lança “Melhor em Casa” e “SOS Emergências”: mais dois programas de saúde pública implementados, no final do exercício de 2011

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Em casa – O programa Melhor em Casa vai ampliar o atendimento domiciliar às pessoas com necessidade de reabili-tação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós--cirúrgica, por exemplo, ajudando a redu-zir as filas nos hospitais de emergência. A meta do governo federal é que, até 2014, o programa tenha mil equipes de atenção domiciliar e 400 de apoio atuando em todo o país e prestando atendimento mensal a 60 mil pessoas. O atendimento será feito por equi-pes multidisciplinares, formadas priorita-riamente por médicos, enfermeiros, téc-nicos em enfermagem e fisioterapeuta. Outros profissionais (fonoaudiólogo, nu-tricionista, odontólogo, psicólogo e far-macêutico) poderão compor as equipes de apoio. Cada equipe poderá atender, em média, 60 pacientes, simultaneamente. As equipes serão contratadas pe-los gestores estaduais e municipais de

saúde. Elas deverão estar integradas às centrais de regu-lação, facilitando a comunicação necessária entre os hos-pitais, UPAs, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e a equipe de atenção domiciliar da região onde mora o paciente. O aten-dimento à população será feito durante toda a semana (de segunda a sexta-feira), 12 horas por dia e, em regime de plantão, nos finais de semana e feriados. Até 2014, o programa contará com mil equipes de atenção domiciliar atuando em todo o país. Cada equipe po-derá atender, em média, até 60 pacientes por mês. O inves-timento previsto até 2014 soma R$ 1 bilhão. Os recursos também poderão ser utilizados para a manutenção dos ser-viços (compra de equipamentos, aquisição de medicamen-tos e insumos). Segundo o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, além de reduzir as filas nos hospitais, o Melhor em Casa trabalha com a humanização do atendimento e reduz o risco de in-fecções dos pacientes. E aqueles que necessitam de equipa-mentos em casa terão isenção da tarifa de energia elétrica. No pronto-socorro – Já o SOS Emergências prevê medidas para melhorar a gestão e o atendimento nas emer-gências de 11 grandes hospitais do SUS. Até 2014, os pron-

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sidência do paciente, desde que haja o consentimento da família. O atendimento será feito por equipes multidisciplinares, formadas prioritariamente por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeuta. Outros profissionais (fonoaudiólogo, nutricionista, odontólo-go, psicólogo e farmacêutico) poderão compor as equipes de apoio. Cada equipe poderá atender, em média, 60 pacientes, simultaneamente. Outra novidade apresentada pelo ministro é a isenção da tarifa de luz para pacientes do Saúde em Casa que preci-sarem de equipamentos que necessitam de energia elétrica. Para ter direito à isen-ção total na tarifa de eletricidade, a família deve estar inscrita no Cadastro Único do governo federal para programas sociais. A isenção será pelo período em que o pa-ciente necessitar dos equipamentos.

tos-socorros de 40 hospitais também serão beneficiados por ações que envolvem o acolhimento e a classificação de risco dos pacientes. Ao entrar no hospital, o paciente será acolhido por uma equipe que definirá o seu nível de gravidade e o encami-nhará ao atendimento específico de que necessita. Também será organizada a gestão de leitos, fluxo de internação e a implantação de protocolos clínico-assistenciais e adminis-trativos. Serão tomadas, ainda, medidas para proporcionar a adequação da estrutura e do ambiente hospitalar. Cada um dos 11 hospitais receberá, por ano, R$ 3,6 milhões do Ministério da Saúde para custear a ampliação e qualificação dos seus prontos-socorros. Também poderão receber individualmente até R$ 3 milhões para aquisição de equipamentos e realização de obras e reformas nas unida-des de emergência, o que depende de aprovação do Ministé-rio da Saúde. “Não se trata de uma ação cosmética, mas em par-ceria com a direção dos hospitais para enfrentar o ambiente mais crítico do atendimento à saúde”, explicou Padilha. O programa também ajudará a reduzir as filas nos hospitais de emergência, já que a assistência, quando hou-ver a indicação médica, passará a ser feita na própria re-

Foto: Roberto Stuckert Filho

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Orçamento para saúde

tem seu maior aumento nominal

A variação de R$ 13,2 bilhões corres-ponde a aproximadamente 17% aci-ma do montante liberado em 2011

(R$ 78,5 bilhões), sendo a maior desde o ano de 2.000

O Ministério da Saúde assegurou orçamento de R$ 91,7 bilhões para 2012, após a aprovação da Emenda 29, o que representa o maior aumento no-minal para o setor desde 2.000. A variação de R$ 13,2 bilhões corresponde a aproximadamente 17% acima do montante liberado em 2011 (R$ 78,5 bilhões). O cálculo definido pela regulamentação da Emenda Constitucional 29 garantiria aproximadamente R$ 6 bilhões a mais este ano em relação a 2011.

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Saúde pública na PB

terá orçamento ampliado em 2012

A saúde na Paraíba terá o orçamento ampliado em 2012. Isso porque a saúde pública no Brasil contará com este aumento de quase 17%, mediante a aprovação do projeto de lei que fixa os gastos mínimos a serem aplicados no setor. O investimento de R$ 91,7 bilhões representa o maior acréscimo nominal em relação aos valores repassados nos úl-timos dez anos, ou seja, desde 2.000. Após aprovada, a Emen-da Constitucional 29, determina as porcentagens mínimas que a União, os Estados e os municípios devem direcionar à área. A proposta de regulamentação aprovada pelo Senado, em dezembro, estabeleceu os valores percentuais destinados à saúde e impôs o que poderá ser gasto com os recursos. A norma foi sancionada em janeiro deste ano, após 15 vetos presidenciais. Agora, os Estados serão obrigados a destinar 12% do total de suas arrecadações à saúde, e os municípios, 15%. O Distrito Federal deverá aplicar 12% ou 15%, conforme a receita seja originária de um imposto de base estadual ou municipal. De acordo com informações publicadas no site oficial do senador Vital do Rêgo (PMDB), a previ-são orçamentária para a Paraíba deverá superar a cifra dos R$ 4 bilhões, ou seja, um aumentativo de 20%. O parlamentar, que preside a Comissão Mista do Orçamento (CMO), destacou, ainda, que os re-cursos serão usados no atendimento à população, na compra de medicamentos, na expansão da rede pública e no desenvolvimento tecnológico em saúde. “O Orçamento de 2012 pode, muito bem, ser chamado de o Orçamento da Saúde, pois saímos de uma proposta do governo de R$ 78,5 bilhões para alcançarmos R$ 91,7 bilhões com o trabalho de-sempenhado na CMO”, declarou o senador em seu site. Em 2011, a saúde recebeu verba no valor de R$ 78,5 bilhões. A variação de R$ 13,2 bilhões cor-responde a aproximadamente 17% acima do montante liberado no ano passado, já que, a União aplica-rá, neste ano, a verba investida em 2011 acrescido da variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores ao que se referir a lei orçamentária.

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Destinos dos recursos

Do montante aprovado, R$ 83,5 bilhões serão destinados ao Fundo Nacional de Saúde (FNS), órgão responsável pela gestão financeira do Sistema Único de Saúde (SUS) e pelas transferências fundo a fundo para Estados e municípios. Outra parcela da verba, no valor de R$ 4 bilhões, é direcionada à Fundação Nacional de Saúde (Funa-sa). Já para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) será liberada a quantia de R$ 2,7 bilhões. Um repasse de R$ 692,1 milhões será voltado para as iniciativas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por sua vez, a Agência Nacional de Saúde receberá o valor de R$ 209,2 milhões. Mais uma quantia considerável, de R$ 611,7 milhões, deverá ser investida no Grupo Hospital Conceição da Re-gião Sul.

O ministério que mais sofreu com o corte de R$ 55 bilhões no orçamento deste ano foi o da Saúde, totalizando R$ 5,47 bilhões em relação aos valores aprovados pelo Congresso Nacional. Assim, mesmo com a Emenda 29 aprovada e com os aumentos significativos de recursos na área, o que já era insuficiente diminuiu ainda mais. Ao cortar gastos, segundo o governo busca cumprir a meta cheia de superávit primário (economia para pagar juros da dívida) de R$ 140 bilhões em 2012.

Se já não era o suficiente:

de última hora saúde sofre corte de R$ 5,4 bi no seu orçamento

ATENÇÃO:

Manifestações na 14ª CNS em defesa da aprovação da Emenda 29 e de mais recursos para a saúde!!!!

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Artigo

O implante dentário é uma realidade acessível

Dr. Lino João da CostaOdontólogo - CRO/PB nº 2703

Professor UFPBDoutorado em diagnóstico bucal

Há poucos anos, aliás, acho que até hoje, quando se fala em implante dentário, muitas pessoas associam à rejeição

por parte do organismo ou à cirurgia complexa com dor intensa no pós-operatório. Nem uma coisa nem outra. Os implantes da geração Branemark são pinos confeccionados em titânio comercialmente puros, que se encontram disponíveis no mercado, de for-ma, diâmetro e tamanho variados, os quais têm uma excelente adaptação biológica ao osso humano, cha-mada osseointegração. Portanto, a possibilidade de rejeição é praticamente nula. Quando se realiza uma cirurgia para a instalação de um implante dentário e durante o período destinado à osseointegração ocorre algo que resulta em insucesso, existem nume-rosos elementos que poderão concorrer para este fato antes de se pensar na rejeição propriamente dita. O mais comum é o planejamento cirúrgico e re-abilitador inadequados devido às particularidades de cada caso e de cada indivíduo. Este fato poderá ocor-rer devido a ausência de elementos indispensáveis no pré-operatório, como anamnese do paciente, onde o mesmo conta toda sua história médica presente e passada e, neste caso, o mesmo poderá ser portador de alterações hematológicas que poderão complicar o ato cirúrgico ou o pós-operatório imediato, ou de hábitos ou patologias incompatíveis com o processo de osseointegração do implante, o tabagismo ou do-enças de origem endócrinas. Outro elemento que po-derá comprometer o sucesso do implante dentário é a ausência de exames complementares que forne-cerão dados para o planejamento, como radiografias e tomografias computarizadas, as quais ampliam as condições para que o profissional possa conhecer o aspecto da estrutura óssea que irá receber o pino de titânio e, a partir daí, definir o tipo, a forma, o ta-manho do implante e a melhor conexão futura que irá adaptar a prótese sobre este implante. Quanto ao

medo da cirurgia ser extensa e resultar em dor pós-operatória intensa, não condiz com a re-alidade, visto que a mesma é uma intervenção realizada no consultório odontológico, planeja-da previamente e, dependendo da quantidade de implantes a ser instalados, existe toda uma preparação pré, trans e pós-cirúrgica, onde se faz uma medicação a base de antibiótico, anal-gésico e anti-inflamatório. Em alguns casos onde o paciente é muito ansioso poderá ser in-dicado também um ansiolítico antes da cirur-gia para que o mesmo possa relaxar e permitir o procedimento sem maiores preocupações. Após a colocação dos implantes o paciente re-cebe uma prótese provisória e depois de qua-tro a seis meses será confecionada a prótese definitiva.

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Fisioterapia

Hérnia de disco, artrose da coluna, espondilolistese... são alguns dos termos

médicos que aparecem nos laudos dos exames de imagem da coluna. E aí alguém pode lhe dizer: “Xiii... pode ir es-quecendo seu futebol, sua corridinha na praia...” Ou então: “...de agora em diante você não vai poder fazer mais nenhum tipo de esforço.” Ou ainda: “Vamos marcar logo uma cirurgia?” A boa notícia é que novos tra-tamentos vêm sendo pesquisados para devolver a qualidade de vida para quem tem este problema que atinge 80% da população mundial. Foi com esse obje-tivo que uma equipe coordenada pelo Fisioterapeuta cearense Helder Mon-

tenegro, desenvolveu um programa de tratamento denominado “Reconstru-ção Músculo-Articular (RMA) da Colu-na Vertebral”, que engloba as técnicas da fisioterapia mais eficazes do mundo a fim de aliviar as dores e fazer que as pessoas possam levar uma vida normal e ativa, sem precisar de uma cirurgia. Essa equipe de profissionais organizou a primeira franquia de Fisio-terapia do Brasil, o ITC Vertebral, com a missão de aplicar a RMA da Coluna Ver-tebral em pacientes que realmente ne-cessitem desse tratamento, usando a ética e o compromisso para com todos. Um dos profissionais que parti-cipou da criação deste programa é o Fi-sioterapeuta paraibano Jailson Ferreira,

que é o representante exclusivo do ITC Vertebral na Paraíba. “As pesquisas e a experiência prática mostram que apro-ximadamente 90% dos casos de dor na coluna podem ser resolvidos sem ne-cessidade de cirurgia, mas o tratamen-to conservador precisa ser feito por um profissional muito bem qualificado.”

Fisioterapia de 1º mundo para as dores na coluna

Jailson FerreiraFisioterapeuta - CREFITO 50.901-F

Mestre em Fisioterapia (UFRN)Osteopata e Posturoterapeuta (ATMS-Bélgica)Professor de Especializações em Fisioterapia

Manipulativa (PB, RN, AL, SE)

As técnicas e equipamentos utilizados na RMA da Coluna Vertebral: - Mesa de Tração Eletrônica: Esta mesa possui uma unidade de tração computadorizada, na qual o fisioterapeuta tem total controle sobre a descompressão da coluna. Programa-se uma carga máxima, uma carga mínima, o tempo de permanência em cada uma delas, bem como a gradatividade em que o paciente é submetido a elas. Após, programada, esta unidade executa automaticamente os parâmetros selecionados pelo fisioterapeuta, que pode modificá-los em qualquer estágio do procedimento. Outro ponto positivo são os apoios para as pernas e as cintas, largas e confortáveis, para se adequar a qualquer tipo de paciente. Todos esses fatores fazem com que esta mesa possa ser usada desde a fase aguda da dor, resguardando-se os devidos cuidados. - Mesa de descompressão dinâmica: Este aparelho possibilita que o fisioterapeuta tenha total controle sobre a mobilidade da coluna vertebral do paciente, possibilitando um tratamento de forma mais confortável e preciso. Nela é possível aplicar uma força de descom-pressão na coluna associada a uma leve flexão, exatamente no nível a ser tratado. Esta mesa é capaz de ser regulada de acordo com a postura antálgica do paciente, proporcionando total conforto durante o tratamento. - Fisioterapia Manual: São utilizadas várias técnicas manuais, principalmente a Osteopatia, com o objetivo de detectar a causa das dores na coluna e tratar as disfunções de movimento articulares e musculares utilizando manobras manuais completamente indolores e altamente eficazes para o alívio da dor, desde que aplicadas correta-mente. - Estabilização Vertebral: Tem o objetivo de fortalecer a musculatura profunda da coluna e melhorar a estabilidade vertebral. É utilizado um aparelho chamado Stabilizer, que é uma bolsa pneumática,

que serve para detectar mínimos movimentos na coluna e suas compensações durante o exercício. - Pilates ou musculação: Ao final das sessões, é preciso que o paciente inicie um progra-ma de atividades físicas, bem orientado. Por isso o paciente é encaminhado para um fisioterapeuta ou educador físico que irá continuar os exercícios de forma gradativa, visando fortalecer a musculatura e evitar novas crises.

R. Walber Belo Rabelo, 181, Sala 8, Manaíra Fone: (83) 3043-3352

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Saúde amplia ações contra hanseníase na ParaíbaO tratamento da doença, que tem cura, é gratuito e pode ser realizado em qualquer unidade de saúde do SUS

O Ministério da Saú-de (MS) destina-rá um adicional no

valor de R$ 270 mil à Paraíba, em 2012. O investimento visa ampliar as ações contra a hanseníase no Estado. Aliás, este ano, o Brasil foi o país sede da assinatura do Apelo pelo fim do estigma e da discrimi-nação contra as pessoas porta-dores da doença. Segundo dados divulgados pelo MS, a hanseníase permane-ce mantendo queda no número de registros. Para se ter uma ideia, o coeficiente de detecção de ca-sos novos caiu 15%, entre 2010 e 2011. Os dados preliminares mostraram que, no ano passado, 30.298 casos novos foram de-tectados. Isso significa que houve uma redução no índice de ocor-rência, que passou de 18,22 para 15,88 casos novos por cada 100 mil habitantes. Entre os menores de 15 anos, o percentual também de-cresceu 11%. Entretanto, o país é o segundo do mundo que mais registra novos casos por ano, fi-cando atrás apenas da Índia, que apresenta cerca de 150 mil novos casos a cada ano. Na Paraíba, os casos de internações por hanseníase am-pliaram em 44,1%, em 2011. De acordo com dados divulgados pelo Datasus, o Estado registrou 98 internações. O número aumentou em relação ao ano anterior, quan-do foram internadas 68 pacien-

tes. Em relação à população geral, a Paraíba apresenta um coeficiente de detecção de 17,15 por 100 mil habitantes, sendo 646 casos novos, de acordo com esti-mativa preliminar de 2011. Até 2015, a meta traçada pelo Plano de Eliminação da Han-seníase é de que para cada grupo de 10 habitantes seja registrado menos de um caso de hanseníase. Nesta direção, o Sistema Único de Saúde (SUS) objetiva diminuir em 26,9% o percentual de registro de detecção de casos novos em me-nores de 15 anos. Além disso, apli-ca procedimentos visando alargar o índice de cura. Doença - A hanseníase é uma doença infecciosa e atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo e varia de dois a cinco anos. É importante que, ao perceber al-gum sinal, a pessoa com suspeita de hanseníase não se automedi-que e procure imediatamente um serviço de saúde mais próximo. É preciso observar man-chas esbranquiçadas, avermelha-das ou amarronzadas em qualquer parte do corpo e áreas da pele que não coçam, mas que causam a sensação de formigamento e fi-cam dormentes, com diminuição ou ausência de dor, da sensibilida-de ao calor, ao frio e ao toque. Tratamento - Todos os casos de hanseníase têm tratamento e

cura. A doença pode causar inca-pacidades físicas, que são evita-das com o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento, gratuito e eficaz pode durar de seis a doze meses. Os medicamentos devem ser tomados todos os dias em casa e uma vez por mês no servi-ço de saúde. Também fazem par-te do tratamento exercícios para prevenir as incapacidades físicas, além de orientações da equipe de saúde. Apelo global - Anualmente, a Fundação Sasakawa (The Nippon Foundation) coordena a assinatu-ra, por líderes e organismos de ex-pressão mundial, de um termo de compromisso denominado Apelo Global. O objetivo é fortalecer a de-fesa por um mundo sem hansení-ase.

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A importância da fé no tratamento das patologias

Embora não se pos-sa dizer como re-almente acontece,

sabe-se, hoje, que as orações, sejam das mais diversas religiões, podem influenciar positivamente no estado de saúde dos pacientes. A afirmação parte de estudos re-alizados por universidades de di-versos países sobre a relação en-tre espiritualidade e saúde. Assim, a medicina busca se reaproximar de conceitos mais “espirituais” ou, no mínimo, transcen-dentais, para tentar compreender a im-portância da fé nos processos de trata-mento e cura de pa-tologias. P e s q u i s a s que abordam a cor-relação entre espi-ritualidade e saúde começaram a se concretizar a par-tir do final do século XX. Para se ter uma ideia, um estudo re-alizado pela Univer-sidade de São Paulo (USP) constatou que a recuperação do câncer está direta-mente relacionada à religiosidade dos pacientes, que, de-vido possuírem uma crença, se mostram mais confiantes para enfrentar a do-ença. De acordo com

matéria publicada na revista Saú-de, da editora Abril, o estudo em questão ouviu 12 voluntários em tratamento e 11 especialistas em oncologia do Hospital Beneficên-cia Portuguesa, em Ribeirão Preto. Por outro lado, embora há mais de dois séculos venha se di-fundindo que a religiosidade per-derá seu espaço num mundo em processo de laicização, a expan-são das religiões mostra o con-

trário, pois apresentam alicerces cada vez mais firmes na socieda-de. Desse modo, a antiga concep-ção de alguns cientistas e intelec-tuais que previam que a religião seria abandonada pelos homens não se evidenciou. Um exemplo disso é a co-existência entre o laico e o reli-gioso no setor médico hospitalar. Talvez por entender que a religião dá um sentido à vida dos pacien-

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tes e auxilia na recuperação, em algumas clínicas médicas da Paraíba, como de outros esta-dos brasileiros, a prática da me-dicina coexiste com as capelas de oração. Fenômeno este que comprova que a religiosidade continua atuante na vida do ho-mem contemporâneo.

Segundo o historiador e professor do Departamen-to de Ciências das Religiões da Universidade Federal da Paraí-ba (UFPB), Carlos André Caval-cante, estudar a relação entre espiritualidade e saúde já é uma realidade em muitas universi-dades e a temática tornou-se uma das especialidades das Ci-ências da Religião.

“Na Paraíba, cresce o movimento pela espiritualiza-ção do profissional médico. Pela

teologia cristã, por exemplo, não há incongruência entre ser médico e ser religioso. E mais: a clientela do médico é majorita-riamente religiosa, o que talvez leve o profissional a atender a uma demanda por assistência espiritual”, relatou o docente.

A psicóloga e professo-ra aposentada da UFPB Zandre Barbosa de Vasconcelos dá um exemplo de superação ao con-seguir se curar de uma lesão cancerígena no cólon. Embora ela ressalte a importância dos procedimentos médicos du-rante o tratamento do câncer, não descarta a relevância da fé na sua recuperação. “Sempre acreditei na existência de uma Força Superior, e, assim, agra-decia de forma profunda a Deus cada vitória do meu tratamen-to”, disse.

Outros estudos também analisam a importância da ora-ção e meditação como méto-dos que auxiliam no tratamento dos pacientes. Tais pesquisas, impulsionadas pelo campo da neuroteologia, que avalia como o cérebro processa as emoções relacionadas à espiritualidade, demonstram que as práticas espirituais, não importando a doutrina religiosa, contribuem para o bem-estar das pessoas.

Em outras palavras, os estudos buscam verificar como as crenças interferem na saú-de, pois, em muitos casos ana-lisados, comprovou-se que in-divíduos que seguem alguma religião apresentam menor grau de sintomas autodestrutivos, tais como: estresse, depressão e baixo estima.

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Investimento no setor oncológico

os mais frenquentes permane-cem sendo os de cólon e mama. A surpresa foi a incidência de lesão cancerígena na glândula tireoide, que, pela primeira vez, aparece em quinto lugar em relação ao ranking de frequencia. No que diz respeito às novas localizações de tumores, o site do Ministério da Saúde lis-tou os seguintes: bexiga, ovário, tireoide (nas mulheres), Sistema Nervoso Central, corpo do útero, laringe (nos homens) e linfoma não Hodgkin. Aliás, os dois últimos citados foram bastante divulga-dos, recentemente, por terem acometido, respectivamente, o ex-presidente Lula, o ator Rey-

ram em 41%. Além disso, no ano passado, foram lançados impor-tantes projetos de pesquisa da Unidade de Estudos de Fase I, do INCA e da Rede Nacional de De-senvolvimento de Fármacos An-ticâncer (REDEFAC).

naldo Gianecchini e a presidente Dilma Rousseff. Este ano, 520 mil no-

vos casos de cân-cer poderão ser

diagnosticados, de acordo com estudo realizado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). A Estima-tiva 2012 – Incidência de Câncer no Brasil também indica que sete novas localizações da patologia devem entrar no ranking dos tu-mores mais frequentes no país. Ainda segundo o estudo, que tem a finalidade de orien-tar as políticas públicas voltadas para o setor, o câncer de prósta-ta continuará sendo o mais co-mum entre os homens. Já entre o sexo feminino,

Um total de R$ 2,2 bilhões foi investido na área da oncologia, em 2011. A intenção do Ministé-rio da Saúde foi de ampliar a as-sistência aos pacientes do Siste-ma Único de Saúde (SUS). Foram aproximadamen-te R$ 261 milhões destinados a ações de prevenção ao câncer de mama e de colo de útero. Um dado positivo merece destaque: os recursos federais para o setor oncológico cresceram em quatro vezes, passando de aproximada-mente R$ 470 milhões, em 1999, para R$ 2,2 bilhão, em 2011. Já os procedimentos on-cológicos oferecidos aos pacien-tes do SUS também se amplia-

Estimativas: perfil do câncer para 2012 no Brasil

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O câncer e a luta em busca da superação

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positivamente durante o tratamen-to. Dilma Russef sempre demons-trou firmeza no combate à doença, dando continuidade as suas ativida-des ministeriais, talvez como uma al-ternativa para enfrentar o problema

e evitar qualquer tipo de pensamento negativo no decorrer do tra-tamento médico. Da mesma maneira, o ex-presidente Lula e o ator Gianecchini também dão provas de que buscam superar o desafio imposto pela vida.

Ser diag-n o s t i -c a d o

com um câncer não é fácil para ninguém. Seja homem ou mu-lher, jovem ou adulto, oriundo da classe mé-dia ou baixa, a doença não escolhe suas víti-mas. Porém, a chance de cura é muito maior nos casos em que a patologia é detectada precocemente. Em 2011, dois casos tiveram grande repercussão no país. Um deles diz respeito ao que acometeu o ex--presidente Lula, que desde então vem lu-tando contra um cân-cer na laringe. O outro se refere ao ator Rey-naldo Gianecchini, que enfrenta um linfoma não-Hodgkin, um tipo que se desenvolve nos linfócitos. Já em 2009, a então ministra da casa civil, hoje presidenta Dilma Roussef tam-bém descobriu a pre-sença de um tipo de câncer semelhante ao que foi diagnosticado em Gianecchini, mas conseguiu se curar devido à descoberta do tumor logo no início. Mas, o que es-sas pessoas têm em comum? Sem dúvida, a força de vontade e a persistência como requisito fundamental na busca da cura, conduta esta que pode contribuir

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dade e medo, todos vivenciados a partir do momento em que re-cebeu o diagnóstico, mediante a iminência de passar por uma ci-rurgia e ao decorrer das sessões de quimioterapia. A psicóloga ainda aborda, no seu livro, as experiências de outros pacientes, associados a depoimentos e opiniões de espe-cialistas como os médicos Dráu-zio Varella e Servan-Schreiber, que foi acometido por um câncer no cérebro. Lançado no ano passa-do, Caminhos da Superação já vendeu um considerável número de exemplares. Zandre Vascon-

celos dá um exemplo de vida ao demonstrar que as adversida-des não a impediram de chegar à superação da doença. Confira, então, uma entrevista realizada com a psicóloga.

Visando comparti-lhar suas experi-ências com quem

já passou pelo mesmo problema ou buscando dar um exemplo de luta as que estão vivencian-do essa situação, a psicóloga e ex-professora aposentada da Universidade Federal da Paraíba, Zandre Barbosa de Vasconcelos decidiu escrever o livro Caminhos da Superação. A obra relata todo o pro-cesso enfrentado pela autora, desde a descoberta até a cura de um câncer no cólon. Enfatizando cada etapa, Zandre narra seus sentimentos de angustia, ansie-

No caminho da superação: uma lição de vida

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1 – Quanto tempo durou sua luta contra o câncer, entre descoberta, tratamento e cura? Entre o diagnóstico e a ci-rurgia, foram aproximadamente 30 dias. Quanto ao processo qui-mioterápico, este teve a duração de seis meses. Foram seis ciclos, cada ciclo com cinco aplicações seguidas (cinco dias seguidos) sendo que estes se davam a cada 28 dias. Isso ocorreu há cinco anos e 10 meses. Sinto-me per-feitamente bem, mas mantenho de forma rigorosa as avaliações oncológicas. 2 – Qual foi o pior momen-to durante essa fase? E, em que momento sentiu que conseguiria vencer a doença, ou esse senti-mento lhe acompanhou desde o diagnóstico? O pior momento foi o diagnóstico. A dor de receber o diagnóstico de um câncer é di-lacerante – difícil de definir em termos de grau. O choro vinha a qualquer hora e em qualquer si-tuação. Mas, queria viver; então, o primeiro pensamento que me veio à mente foi não desistir e cuidar de mim. Pensava: isso só acontece com quem está vivo. Então, tenho que reagir e seguir em frente. Outro momento tam-bém muito difícil foi quando o meu organismo começou a reagir em função dos efeitos colaterais deixados pelo processo quimio-terápico. Foram meses muito di-fíceis, mas, sempre acreditei que a minha vida iria seguir. 3 - O livro foi escrito du-rante o tratamento, ou após a recuperação? Se durante, a de-dicação em escrevê-lo ajudou--lhe a encarar a doença? O livro começou a ser es-crito desde os primeiros ciclos da

quimioterapia. Em princípio, co-mecei a escrever como uma for-ma de catarse. Depois, eu come-cei a ter a ideia de sistematizar melhor o conteúdo, pois, aquele relato poderia ser transformado em um livro e, assim, levaria uma mensagem de apoio e de otimis-mo a quem estivesse passando por um processo igual ao que eu estava vivenciando. 4 - Quais foram seus ali-cerces na luta contra o câncer? Lutar contra a doença. Busquei ajuda não só dos médi-cos, no sentido de tratar a do-ença, mas também o auxílio de outros profissionais: tive acom-panhamento psicológico, visando fortalecer o meu sistema emo-cional e, assim, poder enfrentar a doença com menos sofrimento. Busquei também a homeopatia, fiz acupuntura, recebi orienta-

ções de uma nutricionista, enfim, cuidei muito de mim. E a fé em Deus que esteve e que continua comigo. 5 – Já ouviu algum depoi-mento de pessoas que leram seu livro e relataram a importância dele para seus processos de tra-tamento? Sim. Várias pessoas já me ligaram para falar de forma po-sitiva do conteúdo de Caminhos de Superação, e, sobretudo, que consideraram o texto não só in-dicado para pessoas que este-jam vivenciando um processo de câncer, mas para todos aqueles que se sintam fragilizados em decorrência das adversidades da vida. 6 – Em entrevistas, a se-nhora diz que seu livro não é de auto-ajuda. Como a senhora o define?

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Especial

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te quando se encontram em situações dessa natureza. Sempre acreditei na exis-tência de uma Força Supe-

rior, e, assim, agradecia de forma profunda a Deus cada vitória do meu tratamento.

Sim. Realmente não o defino como um livro de auto-ajuda, ape-sar de que sem sombra de dúvidas levará ajuda as pessoas. Eu o defino como uma narrativa pessoal. Mas, vai além disso, tendo em vista que fui buscar pontos de vista de outros autores que tratassem do assunto para que eu pudesse enriquecer o texto.

7 - Uma pesquisa realizada na USP revelou que a recuperação de pessoas com câncer está rela-cionada à religiosidade. A senhora acredita que a fé possa ser um di-ferencial no tratamento do cân-cer? No seu caso, houve recorrên-cia a uma religião? Nos dias atuais, não se pode desconsiderar a importância da Fé na vida das pessoas, principalmen-

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PAC 2: Funasa anuncia 3,7 bilhões em saneamento A Paraíba está contemplada com mais de 138 milhões para pro-moção da saúde nos convênios do PAC 2 Funasa no ano de 2012.

A Fundação Na-cional de Saúde (Funasa), órgão

executivo do Ministério da Saú-de, disponibilizará 3,7 bilhões em saneamento ambiental só nes-te ano de 2012 para todo o Bra-sil. Neste primeiro momento são 1.116 municípios com até 50 mil habitantes de 18 estados, aten-didos pela instituição de saúde. Os recursos fazem parte da segun-da fase do Programa de Acelera-ção do Crescimento (PAC 2), nas modalidades de projetos e obras de abastecimento de água, es-gotamento sanitário e sanitário/solução estática, as conhecidas melhorias sanitárias domiciliares (MSD’s), ou seja, banheiros com lavanderia e fossa. No caso espe-

cífico da Paraíba, serão mais de 138 milhões de reais para estas ações de saúde, tudo por meio de convênios diretamente com alguns municípios e outros por in-

termédio do Governo do Estado da Paraíba, visando atender ou-tros diversos municípios.

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Notícias Na cerimônia de lança-mento, o ministro destacou que sua pasta adotou uma mudança na estratégia para atender a pe-quenos municípios e que, atual-mente, a Funasa auxilia as prefei-turas na preparação de projetos. Lembrou ainda que, os municípios mais frágeis, às vezes, não têm sequer condições de elaborar projetos. Padilha também afir-mou que os investimentos fede-rais em saneamento são funda-mentais para que o governo atinja sua principal meta que é erradicar a miséria. “Esse ato e conjunto de obras tem um símbolo especial. É dizer que nós da saúde vamos fa-zer vários esforços para priorizar a promoção e prevenção à saú-de. Pois a cada R$ 1 investido em

saneamento pode significar uma economia de R$ 4 em investimen-tos na atenção a saúde. Cada R$ 1 investido em esgotamento sa-nitário significa uma redução da taxa de mortalidade infantil”, as-sinalou o Ministro Alexandre Padi-lha. Com estas ações desen-volvidas, a Funasa está promo-vendo a promoção de saúde nos municípios pequenos e com maior necessidade de obras de sanea-mento, visando a melhoria dos in-dicadores de saúde e uma melhor qualidade de vida daquelas popu-lações consideradas mais neces-sitadas. Porém, cabe à população daqueles municípios conjunta-mente com os órgãos de contro-le, acompanhar e exercer os di-reitos de cidadãos, promovendo

assim o tão falado “controle so-cial”, para que tais investimentos não sejam desviados ou mesmo aplicados incorretamente. O órgão alerta que os mu-nicípios e o próprio Governo do Estado terão que cumprir todos os requisitos e terem seus pro-jetos técnicos das obras aprova-dos em tempo hábil para viabilizar a descentralização dos recursos que já estão empenhados. Para mais esclarecimentos procurar a Divisão de Engenharia de Saú-de Pública (Diesp) da Superin-tendência Estadual da Funasa na Paraíba, na R. Prof. Geraldo Von Shosten, nº 285, Jaguaribe, em João Pessoa/PB ou pelos telefo-nes (83) 3216-2409 e 2410.

Fotos: Roberto Stuckert Filho

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Relação dos Convênios contemplados para a Paraíba PAC 2 Funasa em 2012

Conveniado Município Objeto / Ação Valor (em R$) ÁGUA

Prefeitura Muncipal de Itaporanga

ITAPORANGA Água 1.077.238,19

Governo do Estado da Paraíba

QUEIMADAS Água 5.369.842,92

Prefeitura Muncipal de Sumé SUME Água 1.232.452,47 TOTAL da Ação R$ 7.679.533,58

Conveniado Município Objeto / Ação Valor (em R$) Prefeitura Municipal de Alagoinha

ALAGOINHA Esgoto 6.000.000,00

Prefeitura Municipal de Arara ARARA Esgoto 5.548.893,60 Governo do Estado da Paraíba

BELÉM DO BREJO DO CRUZ

Esgoto 9.985.442,15

Prefeitura Municipal de Brejo do Cruz

BREJO DO CRUZ Esgoto 5.868.025,70

Prefeitura Municipal de Caaporã

CAAPORÃ Esgoto 8.000.000,00

Governo do Estado da Paraíba

CABACEIRAS Esgoto 5.073.514,10

Prefeitura Municipal de Cacimbas

CACIMBAS Esgoto 3.483.066,17

Governo do Estado da Paraíba

CARAÚBAS Esgoto 5.470.664,73

Governo do Estado da Paraíba

COREMAS Esgoto 8.000.000,00

Governo do Estado da Paraíba

COXIXOLA Esgoto 3.365.731,42

Governo do Estado da Paraíba

LIVRAMENTO Esgoto 6.256.756,50

Prefeitura Municipal de Mogeiro

MOGEIRO Esgoto 2.619.988,33

Prefeitura Municipal de Pombal

POMBAL Esgoto 8.000.000,00

Governo do Estado da Paraíba

SÃO BENTO Esgoto 14.000.000,00

Governo do Estado da Paraíba

SÃO JOSÉ DE PIRANHAS

Esgoto 8.000.000,00

Governo do Estado da Paraíba

SÃO JOSÉ DOS CORDEIROS

Esgoto 3.351.146,27

Governo do Estado da Paraíba

SERRA BRANCA Esgoto 8.000.000,00

Governo do Estado da Paraíba

TAPEROÁ Esgoto 8.000.000,00

TOTAL da Ação R$ 119.023.228,97

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Conveniado Município Objeto / Ação Valor (em R$) Prefeitura Municipal de Alcantil

ALCANTIL MSD 500.000,00

Prefeitura de Algodão de Jandaíra

ALGODÃO DE JANDAÍRA

MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de Aroeiras

AROEIRAS MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de Bonito de Santa Fé

BONITO DE SANTA FÉ

MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de Camalaú

CAMALAÚ MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de Cuité CUITÉ MSD 500.000,00 Prefeitura Municipal de Gado Bravo

GADO BRAVO MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de Lagoa de Dentro

LAGOA DE DENTRO

MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de Mari MARI MSD 500.000,00 Prefeitura Municipal de Matinhas

MATINHAS MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de Monte Horebe

MONTE HOREBE MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de Natuba

NATUBA MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de Nazarezinho

NAZAREZINHO MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de Nova Olinda

NOVA OLINDA MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de Olho D'água

OLHO D'ÁGUA MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de Pedras de Fogo

PEDRAS DE FOGO MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de Poço Dantas

POÇO DANTAS MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de Santa Helena

SANTA HELENA MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de São Francisco

SÃO FRANCISCO MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de São João do Tigre

SÃO JOÃO DO TIGRE

MSD 500.000,00

Prefeitura Mun. de São José da Lagoa Tapada

SÃO JOSÉ DA LAGOA TAPADA

MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de Seridó

SERIDÓ MSD 500.000,00

Prefeitura Municipal de Vieiropólis

VIEIROPÓLIS MSD 500.000,00

TOTAL da Ação R$ 11.500.000,00 TOTAL GERAL R$ 138.202.762,55

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Lançamento: livro aborda problemática da saúde na América Latina a partir da bioética

Ao compreender a bioética como um conhecimento

multidisciplinar cujo fundamento é a garantia da vida e da dignidade humana, a saúde se constitui em um dos direitos primordiais à so-brevivência e ao desenvolvimento do homem. Entretanto, sua efe-tivação ainda é um problema em muitos países, onde não há políti-cas públicas capazes de assegu-rar a concretização desse direito de forma satisfatória, como é o caso do Brasil.

Pensando nos problemas sociais que envolvem o direito e o acesso a um sistema de saúde pública de qualidade, o religioso e mestre em Ciências da Religão Alexandre Andrade Martins lança o livro Bioética, saúde e vulnera-bilidade – em defesa da dignidade dos vulneráveis, tendo a América Latina como contexto de aborda-gem.

A obra, que tem como eixo de discussão a relação en-tre a bioética e a teologia, propõe

ao leitor uma reflexão acerca da fragilidade dos serviços de saúde disponibilizados nos países latino--americanos, sobretudo no Brasil, e apresenta ações em defesa do pleno exercício da cidadania por aqueles menos favorecidos na sociedade.

Em entrevista divulgada no portal podcultura, o autor dis-se que a realidade social latino--americana não pode ser des-prezada pela bioética, ainda mais

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porque as pessoas clamam por justiça, igualdade e dignidade.

“O povo do nosso conti-nente é profundamente marcado

pela religiosidade popular que o mantém na esperança de tempos melhores, sobretudo pela religião cristã. É justamente dessa força religiosa, berço da Teologia da Li-

bertação (TL), que vem uma grande contribuição para a bioética no que diz respeito aos problemas ligados ao so-cial”, explicou Alexandre ao referido site.

O livro trata-se de um convite a um debate dife-rente em torno da bioética e está à venda em todo o país pela editora Paulus. Aliás, a saúde é tema deste ano da Campanha da Fraternidade, movimento so-cial liderado pela igreja católi-ca.

Saiba mais sobre o autor: religioso camiliano, Ale-xandre Andrade Martins tem mestrado em Ciências da Re-ligião (PUC-SP) e especializa-ção em Bioética e Pastoral da Saúde (Centro Universitário São Camilo). Além disso, é do-cente do Centro Universitário São Camilo, diretor do Ins-tituto Camiliano de Pastoral da Saúde e Bioética (ICAPS) e capelão do Hospital das Clíni-cas da Faculdade de Medicina da USP. O autor também é vi-ce-coordenador da Pastoral da Saúde Nacional da CNBB.

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30 dias sem falar com a sogra

Um homem vai ao psiquiatra:- Qual é o seu problema?- Perguntou o doutor.

- Bem... é que eu tive uma discussão com a minha sogra e ela disse-me que não falaria co-migo durante um mês.E o psiquiatra: - Para muitos, isso não é problema. Mui-to pelo contrário...- Só que para mim é um grande problema!- Mas porquê? Quis saber o psiquiatra.- É que o prazo termina hoje!

O esposo que necessitava se consultar

Era uma vez um surdo que tinha a mu-lher doente. Certo dia foi com ela ao médico. Quando regressou, os amigos perguntaram-lhe o que tinha a sua mulher.

- Eu sou um bocado surdo mas, pelo que o mé-dico explicou, ou é ela que anda com vários ou então sofre dos ovários.

O índio

O Botânico, o Cômico e o Médico fo-ram fazer um trabalho numa aldeia indígena do Norte. O índio tá lá, atravessando eles na canoa, quando o Cômico fala pro indio:

- Olha... eu sou cômico. Eu faço as pes-soas rirem! Esse aqui é botânico, ele cuida das plantas. E esse aqui é médico cuida da saúde das pessoas. E você? E o índio balançando a cabeça negativa-mente, com a cara de quem não entendia nada. Então o cara diz:

- Eu vou falar diferente, explicar melhor...

Ele bo-tâ-ni-cu... Ele mé-di-cu... Eu cô-mi-cu!! Aí o índio se joga na água desesperado gritando:

- E eu, salva-cu.

O Jornalista

O jornalista foi pautado para fazer uma matéria no hospício da cidade. Ao encontrar um grupinho de 5 malucos, ele já vai perguntando para apressar a reportagem: - Quem são vocês, caros amigos? O primeiro diz que é o Bush, o segundo que é o Eistein, o terceiro que é o Pelé e o quar-to que é São Pedro. O repórter não aguentou: - Mas quem disse que você é o São Pedro? - Foi Deus, disse o maluco, sem pestane-jar. - Eu não disse coisa alguma, gritou o quinto.

Matemática correta

O professor de Biologia pergunta pro aluno: - Quantos testículos nós temos? - Quatro, responde o aluno imediatamente. - Quatro? Tá maluco, você está reprovado. - Bom, professor, pelo meus dois eu garanto!

Médico esquecido

O marido, muito ciumento, resolve inter-rogar a mulher, quando ela volta pra casa depois da consulta: - O médico perguntou o que você ti-nha? - Perguntou tudinho... e também falou da minha boca, dos meus seios, das minhas per-nas. - E do bundão, ele não falou também? - Não, de você ele nem se lembrou!

Humor

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