revista santástico - edição 5

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PUBLICAÇÃO OFICIAL DO SANTOS FUTEBOL CLUBE MAIO/JUNHO 2011 ANO 1 - NÚMERO 5 PÔSTER DE CAMPEÃO PAULISTA 2011 SÓCIO ENTREVISTA 0 GOLEIRO RAFAEL SALVADOR DA VILA SALVADOR DA VILA

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Santástico, a revista oficial do sócio do Peixe!

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Page 1: Revista Santástico - Edição 5

PUBLICAÇÃO OFICIAL DO SANTOS FUTEBOL CLUBEMAIO /JUNHO 2011 ANO 1 - NÚMERO 5

PÔSTER DE CAMPEÃO PAULISTA 2011

SÓCIOENTREVISTA 0 GOLEIRO RAFAEL

SALVADOR DA VILA

SALVADOR DA VILA

Page 2: Revista Santástico - Edição 5

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Page 3: Revista Santástico - Edição 5

24 LÉO, JOGADOR SANTISTA COM MAIS TÍTULOS APÓS A ERA PELÉ

10HISTÓRIA Coutinho, o gênio da área

14MUSA Conheça a santista Camila Caminski

34SÓCIO ENTREVISTAraFael resPonde Perguntas dos FÃs

32CONSELHO DELIBERATIVOentenda Como FunCionam as Comissões Permanentes

30SEREIAS DA VILA Pellê, CaPità do santos FC e da seleçÃo

4 Carta do Presidente6 Cartas e e-mails7 FranQuias8 marketing12 esPortes amadores16 oCtoCamPeonato18 FuteBol de Base

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20 PÔster22 Futsal27 Coleta seletiVa28 Jogos inesQueCÍVeis35 hQ38 estande turÍstiCo

Page 4: Revista Santástico - Edição 5

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Completamos, em maio de 2011, 17 meses de gestão à frente do santos FC, com três títulos conquistados – dois Paulistas e uma

Copa do Brasil – e uma campanha brilhante na Taça Libertadores da América. Escrevo esta carta aguar-dando a final deste importante torneio continental.

Mais do que títulos, temos a comemorar a recupera-ção da autoestima do torcedor do Santos e a recons-trução de um Clube que, em dezembro de 2009, apresentava um quadro administrativo e financeiro extremamente grave, com mais de R$ 70 milhões de dívidas a curto prazo, que precisavam ser sanadas ou renegociadas. Além disso, precisávamos de recursos para investir no time que havia terminado o Brasileiro daquele ano em 12º lugar e implantar uma nova men-talidade no Clube, privilegiando a base em detrimento de medalhões em fim de carreira.

Hoje posso afirmar com alegria que passamos bem pelo primeiro desafio. Renegociamos dívidas, forta-lecemos o time e mantivemos Neymar no Brasil con-tra todos os palpites em contrário. Análise da BDO, uma empresa independente que analisou os balan-ços de todos os clubes brasileiros em 2010, mostra que o Santos foi o time que mais cresceu em receita e que mais diminuiu o déficit operacional no Bra-sil. Ano passado, o Santos, efetivamente, arreca-dou mais do que gastou e só não teve lucro porque tivemos que pagar R$ 18 milhões em juros e amor-tizações decorrentes de empréstimos contraídos na administração anterior.

Nosso esforço fora de campo teve a colaboração de um Comitê de Gestão formado por alguns dos mais brilhantes executivos do País, de gerentes e diretores comprometidos e de uma equipe de funcionários que trabalha com profissionalismo e amor. O Santos é um dos maiores times do mundo e é assim que é enca-rado, hoje, pelos seus colaboradores, adversários, autoridades, imprensa e opinião pública em geral.

Mas o principal responsável pela mudança de rumo de nosso Clube é você, associado. Cada gol do Santos tem a sua assinatura e a de vários Joãos, Josés, Marias, Robertos, Cristinas, Renatos, Augustos e tantos outros nomes. Como presidente, sou um mero delegado de sua vontade e, por isso, não posso deixar de agradecer seu esforço e seu amor pelo Peixe.

E dedico todas nossas conquistas ao eterno amigo Paulo Affonso Galati Murat, que faleceu no último dia 24 de maio. Como Diretor Administrativo-Finan-ceiro do Clube, foi simplesmente brilhante. Como profissional, um exemplo. Como ser humano, uma inspiração. Como amigo, inesquecível.

Parabéns, Campeão!

PreZado sÓCio

O PRESIDENTELuis Alvaro

Mas o principal responsável

pela mudança de rumo de

nosso Clube é você,

associado. Cada gol do

Santos tem a sua assinatura e a

de vários Joãos, Josés, Marias,

Robertos, Cristinas, Renatos,

Augustos e tantos outros nomes. Como presidente, sou um mero delegado de

sua vontade e, por isso, não

posso deixar de agradecer seu esforço e seu

amor peloPeixe

DIRETORIA Presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro

Vice-Presidente Odílio Rodrigues Filho

Assessores do Presidente Álvaro Antonio Cardoso de Souza, Edu-ardo Mazzilli de Vassimon, José Menezes Berenguer Neto, José Paulo Fernandes e Luiz Eduardo Monteiro de Lucas

Diretor de Comunicação e Marketing Paulo Schiff

Diretor de Esportes João maria menano

Diretor de Futebol Pedro Luiz Nunes Conceição

Diretor de Futebol Feminino Murilo Amado Barletta

Diretor JurídicoLuciano Francisco Tavares Moita

Diretor de Patrimônio Caio marco di stefano

Diretor Social moacir Brandelero

CONSELHO DELIBERATIVO

Presidente André Monteiro de Fazio

Vice-Presidente orlando galante rollo

Primeiro Secretário José Miguel Cecchinato de Souza

Segundo Secretário José Carlos Otero Quaresma

Suplente Luiz Cláudio de Aquino Barroso Pereira

CONTEÚDO

Editor responsável: arnaldo hase (mtB) 4126/16/166

Redatora-Chefe: Carolina Rodrigues

Redatores: Hugo Genaro, Priscila Vilani ,Rafael Miramoto, Vinícius Vieira

Designer Gráfico Rodrigo Stoffel

DEPARTAMENTO DE MARKETING

Equipe: Armênio Neto, Eduardo Musa, Fernando Montanha, Ivan Rizzo, Luciana Xavier, Patrícia Guedes, Rodrigo Sirna, Gabriela Pozzi, Marcel Calixto e Nathália Petrovich

PAR PUBLICAÇÕES 13-3288.1586 parpublicacoes@ parpublicacoes.com.br

DIRETOR André Luiz Amorim Garcia [email protected] Ricardo G. Figueira Jr. ricardofigueira @parpublicacoes. com.br

DIAGRAMAÇÃO editoravox.com.br

IMPRESSÃO Gráfica PROL

TIRAGEM 35.000 A revista oficial do Santos Futebol Clube é um projeto do Departamento de Comu-nicação e Marketing do Clube licenciada para a Par Publicações, responsável pela criação, edição e comercialização em todo o território nacional. Todos os direitos reservados. As opiniões emitidas em matérias assinadas não são necessariamente a opinião da revista. Não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios nem qualquer tipo de transação comercial que envolva os anunciantes.

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6

“Sou português, estive durante 30 anos na França e foi lá que ouvi falar pela primeira vez sobre o Santos. Sempre gostei da história do time e do Pelé. Recebi as vos-sas revistas número 2 e 3 pelos meus familiares e adorei bas-tante. Uma bela revista! Parabéns à Direção!”Emídio Martins de Oliveira – Fátima (Portugal)

R: Muito bom saber que, aí de Portugal, você consegue acompa-nhar as novidades do Santos FC, Emídio. Estamos torcendo para que sua família consiga lhe enviar essa edição, para você conferir seu nome gravado na história do Peixe!

“É uma emoção muito grande presenciar o aniversário de 99 anos do Peixe, imagino só como será o ano que vem, no Centenário. A reportagem sobre a trajetória do glorioso alvinegro confirmou ainda mais que o Santos não é apenas um time, é um Clube abençoado com uma história de sucesso, os melho-res atletas do mundo, tanto no pas-sado, como agora. Também gostei muito de conhecer a nova forma-ção das Sereias da Vila. Essas meni-nas arrasam!”.Clayto LopesSantos – SP

R: Clayto, já que você gosta das Sereias, aproveita e vai até a página 30 para conhecer mais a capitã do Santos FC e da Seleção Brasileira, Aline Pellegrino.

“Desde o primeiro número, a Revista Santástico tem enchido de orgulho o coração dos torce-dores do maior time de futebol do mundo em todos os tempos. Há muito, o clube de Araken Patusca,

TWEETS@santosfcComentários sobre a quarta Revista Santástico:

Quer enviar sugestões de matérias ou comentar sobre a Revista Santás-

tico? Então mande para o e-mail [email protected] ou para o endereço: Rua Princesa Isabel, s/n, portão 16 – Departamento de Comunicação -Vila Belmiro – Santos (SP) - CEP: 11075-501Não se esqueça de colocar seu nome completo, cidade em que reside e número de sócio!

Athié, Antoninho Fernandes, Pelé, Clodoaldo, Rodolfo Rodrigues, Gio-vanni, Robinho, Diego, Neymar e Ganso merecia uma publicação com qualidade gráfica e editorial.Parabéns! Penso que a revista deve agradar especialmente aos associa-dos que moram distante da nossa querida Santos. Por meio dela, eles podem se sentir mais próximos da Vila e de seus ídolos”.Marcos Roberto A. Fonseca

“Parabéns pela qualidade do conteúdo! Sugiro matéria com os artilheiros do Peixe, aqueles que fizeram 100 ou mais gols! Outra sugestão: os Meninos da Vila de 78 e o título de 84 em cima do Corinthians!”Luiz MorgadoConselheiro Eleito e sócio

“Ontem recebi pela primeira vez a revista Santático (edição 4). Achei maravilhosas todas as matérias”.Agnaildes Carvalho de LimaTaboão da Serra - SP

R: Ficamos felizes que você tenha gostado, Agnaildes. Fique à vontade para mandar as suges-tões de matéria que você quer ler na revista!

“Fiquei sócio do Santos FC, gosto muito das histórias, com isso as crianças ganham conhecimentos de seu time. Outras matérias são interessantes para que essas crianças interessadas em praticar um esporte fiquem sabendo onde poderão encontrar o clube para sua prática. Tudo isso se resume na história do país, história do clube, tornando um instrumento de conhecimentos para elas”

Jefferson Eduardo TeixeiraCuiabá (MT).

“A exemplo da revista número quatro, que trouxe uma reportagem sobre o menino Richard, sugiro que, em todas as edições, seja apresentada uma promessa das categorias de base, pois isto muito interessa a todos que se preocupam com o surgimento de novos craques para o nosso Santos”Orlando Gruber - Balneário Camboriú (SC)

@re_hants Renato Magalhães Minha primeira revista SANTÁSTICO, a 4° edição, acabou de chegar... tá demais!!! Valeu @san-tosfc @Multiplicacao

@rafaela__sfc Rafaela Cristina Por que na revista Santástico só tem MUSA? Tem que ter MUSO também, as sócias estão pedindo.

@palomets Paloma Céa Chegou! E tá linda!!*-* Revista Santástico 4 - 99 anos banhados por glórias

@rafaela__sfc Rafaela Cristina :) Eu amei a matéria dos 99 anos do @santosfc na Revista Santástico, é emocionante. Tenho muito orgulho do meu Santos Futebol Clube S2

@wagnerrdf Wagner RibeiroMuito legal a Revista Santástico sobre os 99 anos do clube!! Valeu @santosfc

@gmarquess_ Gabriel! chegou minha revista santástico 4 edição, iraaaada!

@caiodaoria Caio Doria cara, a capa da revista Santástico dos sócios do @santosfc desse mês tá com a capa mais maravilhosa do mundo, serião, é perfeita :OOO

CARTAS E E-MAILS

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FRANQUIAS 7

Santos FC inaugura escola no Paraguai

Ultrapassando fronteiras

Ex-jogador Alberto comandará a primeira franquia fora do Brasil na América Latina

Texto: Carolina Rodrigues

Fotos: Divulgação/Santos FC

O Paraguai é um país com tradição em reve-lar bons jogadores de

futebol, principalmente zaguei-ros. E os futuros craques da nação vizinha do Brasil poderão ter um destino diferente – o San-tos Futebol Clube.

A Divisão de Escolas de Fute-bol do Clube está prestes a inau-gurar a primeira franquia fora do Brasil na América Latina. O res-ponsável pela unidade é o ex-jogador Alberto, campeão bra-sileiro de 2002. Ele já tem duas escolas no Mato Grosso do Sul (cidades de Campo grande e Dourados), Estado que faz fron-teira com o Paraguai.

Além da familiaridade com o local, já que Alberto nasceu em Campo grande (ms), essa foi a oportunidade que ele encon-trou de auxiliar os jovens da região. “Por esses lugares, o cra-que nasce morto, porque o fute-bol de lá não vai para frente. Eu conheço alguns governantes do Paraguai. Eles gostaram da pro-posta, porque vamos tirar crian-ças da rua e dar uma oportuni-dade para eles de, quem sabe, jogar no Santos”, explicou.

O conteúdo social do projeto

de Alberto veio ao encontro do desejo do Santos FC de revelar novos craques.

A franquia ficará na cidade de Pedro Juan Caballero, terá três campos, vestiários e trei-nará crianças para o futebol de campo e de quadra. Haverá três professores com a supervisão de Alberto. “Vou levar profissio-nais meus para organizar treino, horário e método”, contou o ex-jogador.

Os garotos que se inscreverem na franquia passarão por avaliações, assim como ocorre nas outras uni-dades Meninos da Vila. Além disso, a intenção é realizar intercâmbios entre os atletas do Paraguai e do Brasil. “É um de nossos projetos trazer alunos de lá para treinamen-tos em nossas categorias de base e

levar atletas daqui para intercâm-bio cultural e esportivo no Paraguai. Esse tipo de troca é muito impor-tante para o crescimento profis-sional e pessoal do atleta”, disse o diretor da Divisão de Escolas de Futebol, Nicolino Bozzella Júnior.

Para ele, a franquia do Para-guai trará um grande valor para a marca Santos. “Essa inaugura-ção é muito importante devido à localização estratégica na Amé-rica Latina. A partir de agora, milhares de jovens oriundos das periferias terão a oportuni-dade de mostrar seu talento ao Santos FC. Além disso, a expan-são da nossa marca na América Latina tem valor inestimável. Essa é uma grande conquista do Santos FC e temos certeza de que ela trará excelentes frutos”.

Diretor Nicolino Bozzella Júnior, presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, e presidente Luis Alvaro

O Clube está em busca de novos talentos e temos que buscá-los aonde ninguém vai”

Page 8: Revista Santástico - Edição 5

MARKETING8

NA PRATELEIRACamisa Comemorativa 99 anos – Multiplicação dos Peixes R$ 49,90 à venda na Umbro Store, Vila do Santos (www.viladosantos.com.br) e em lojas de artigos esportivos

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Page 9: Revista Santástico - Edição 5

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Page 10: Revista Santástico - Edição 5

10 HISTÓRIA

Texto: Rafael MiramotoFotos: Arquivo/Santos FC e Clóvis Fabiano

Dizem que os melhores dias de nossas vidas começam sem que tenhamos a menor ideia de que eles irão acontecer. Comigo isso é fato. Para mim, aquela seria apenas mais uma quinta-

feira de jogo decisivo (Libertadores: Santos FC e Cerro Porteño). Porém, perto do horário do almoço, ouvi uma pergunta crucial do meu chefe. Crucial porque, pelo livre arbítrio, viver um dia inesquecível depende puramente de saber fazer o gol na hora em que a oportunidade aparece.

Chefe: “Quer mediar o Boteco da Vila de hoje?”.Eu: “Acha que tenho esse perfil?”. Quatro ou cinco horas depois, sem pensar muito em minhas insegu-

ranças, acabei topando. Mais alguns minutos e me vi em um carro indo para São Paulo com um dos convidados para o evento. Preocupado com a mediação, comecei a fazer perguntas para tentar arrancar histórias do “sujeito” que me acompanhava, simplesmente o melhor companheiro de ataque que Pelé poderia ter: Antônio Wilson Honório, o Coutinho. Quando me dei conta, estava dando gargalhadas e o tal Boteco quase não me preocupava mais.

Até então, eu já tinha ouvido falar da tal história de um zagueiro do Vasco que, com um 2 a 0 a favor no placar, havia provocado Pelé nos minutos finais do jogo: “Cadê o Rei?”. Bom, o Rei fez dois gols e, após o segundo, entregou a bola nas mãos do defensor vascaíno. Até aquela tarde, eu achava que apenas Pelé podia decidir um jogo quando quisesse.

No Campeonato Paulista de 1963, o Jabaquara veio enfrentar o San-tos FC na última rodada precisando de uma vitória para se manter na pri-meira divisão. “O Jabaquara chegou naquele jogo precisando vencer pra

Ídolo

áreaO gênio da

Coutinho – o melhor companheiro de ataque que Pelé poderia ter tido

01/05(1964) Campeão do Torneio Rio-São Paulo

02/05(2010)Campeão Paulista pela 18ª vez

(1974)

Pelé marcava seu último gol com a camisa do Santos FC

03/05(1969)Pepe dava adeus ao futebol na Vila Belmiro

06/05(2007)Campeão Paulista pela 17ª vez

17/05(1958)Estreia de Coutinho no Peixe

19/05(1968)Campeão Paulista pela 11ª vez

19/06(1916)Diretoria santista oficializava a compra do terre-no do campo da

Vila Belmiro. A transação teve a assinatura do vice-presidente da época, Alvaro de Oliveira Ribeiro, avô do atual presidente santista

21/06(1969)

Campeão Paulista pela 12ª vez

25/06(1957)Rei Pelé assina-va primeiro con- trato profissio-nal com o Peixe

28/06(1979)Campeão Paulista pela 14ª vez

30/06(1952)Estreia de Zito no Alvinegro Praiano

MAIO

Calendário do Santos FC

Page 11: Revista Santástico - Edição 5

11não ser rebaixado. Se perdesse, a Prudentina ficaria na primeira divi-são”, explica Coutinho.

A partida começou e o Jabuca fez 2 a 0, mas uma entrada dura de um zagueiro faria toda a diferença. “Virei pro Del Pozzo e falei: Tu tá louco? Vocês estão vencendo. Ele me respondeu: ‘Não quero saber, faz o seu que eu faço o meu’. Então eu pensei: Ah é? Chamei o Dorval e disse: ‘Vem comigo’. Vencemos por 5 a 3, fiz dois e o Dorval um (e Rossi fez dois)”.

Por incrível que pareça, a his-tória desse gênio da área com o Santos FC não começou no ata-que, mas na zaga. “O Santos foi fazer um amistoso contra o XV de Piracicaba. Faltou um zagueiro no XV e entrei para completar o time, jogando como zagueiro mesmo. Fiz o gol da vitória de cabeça. Depois do jogo, no vestiá-rio, o Pelé, o Lula e os outros joga-dores vieram falar comigo: ‘Para-béns, neguinho’”.

Alguns meses depois, sem o pai saber, Coutinho pegou dinheiro emprestado e saiu de Piracicaba com destino a Santos. “Cheguei à Vila, me deram uma refeição e depois fui assistir ao treino. Mais uma vez, faltou um. Me chamaram para participar do treino e o Lula disse: ‘Vamos ver, se for bom fica, se não for já vai embora’”.

Bom, não é preciso dizer a deci-são do técnico Lula após o treino. A estreia com a camisa do Alvine-gro Praiano aconteceu em 17 de maio de 1958, em amistoso con-tra o Sirio Libanez vencido por 7 a 1 pelo Santos FC. Coutinho, que tinha então 14 anos (nasceu em 11 de junho de 1943), entrou no decorrer do jogo e marcou um gol – o primeiro dos 370 que marca-

01/05(1964) Campeão do Torneio Rio-São Paulo

02/05(2010)Campeão Paulista pela 18ª vez

(1974)

Pelé marcava seu último gol com a camisa do Santos FC

03/05(1969)Pepe dava adeus ao futebol na Vila Belmiro

06/05(2007)Campeão Paulista pela 17ª vez

17/05(1958)Estreia de Coutinho no Peixe

19/05(1968)Campeão Paulista pela 11ª vez

19/06(1916)Diretoria santista oficializava a compra do terre-no do campo da

Vila Belmiro. A transação teve a assinatura do vice-presidente da época, Alvaro de Oliveira Ribeiro, avô do atual presidente santista

21/06(1969)

Campeão Paulista pela 12ª vez

25/06(1957)Rei Pelé assina-va primeiro con- trato profissio-nal com o Peixe

28/06(1979)Campeão Paulista pela 14ª vez

30/06(1952)Estreia de Zito no Alvinegro Praiano

JUNHO

ria em 457 partidas defendendo o Clube. O número de tentos lhe dá o posto de terceiro maior arti-

lheiro da história do Peixe, atrás apenas de Pelé (1.091) e Pepe (405).

Na galeria de títulos, dois Mun-diais e duas Libertadores (62 e 63); uma Recopa Sul-Americana e uma Mundial (68); seis Brasilei-ros (61, 62, 63, 64, 65 e 68); sete Paulistas (60, 61, 62, 64, 65, 67 e 68); e quatro Torneios Rio-São Paulo (59, 63, 64 e 66).

Mas as glórias não tiraram a humildade e a simplicidade de Coutinho, que atende a todos os fãs com simpatia. Entre um chopp e uma pausa para um autógrafo ou foto, Coutinho ainda solta sorrindo um: “Espera aí, companheiro, deixa eu levan-tar se não vão pensar que estou aleijado”.

Cheguei à Vila, me deram uma refeição e depois fui assistir ao treino. Mais uma vez, faltou um. Me chamaram para participar do treino e o Lula disse: ‘Vamos ver, se for bom fica, se não for já vai embora’”

mesmo com 67 anos, o tom da voz e o olhar mostram um cara com personalidade e vitalidade. De longe, os cabelos e bigode grisalhos e os traços fortes podem até fazê-lo parecer um sujeito sério. Mas, com cinco minutos de conversa, começa a dar risada das próprias histórias que conta, o que inclui uma fobia por aviões que rende brincadeiras nos encontros com o Rei.

No Boteco da Vila, realizado no Jockey Club, em São Paulo, Cou-tinho esteve, como a vida toda, muito bem acompanhado. A tabe-linha foi com o melhor do mundo nas quadras: Falcão, que, assim como os 300 santistas presentes, também se rendeu ao papel de fã. “Já conheci o Pepe e o senhor. Agora só falta o Pelé”.

Page 12: Revista Santástico - Edição 5

12 ESPORTES AMADORES

Texto: Carolina RodriguesFotos: Divulgação

Quando a Seleção Brasileira de Taekwondo começar a disputa dos Jogos Pan-

Americanos 2011, em Guadalajara, no México, dois atletas apoiados pelo Santos FC estarão lá em meio aos seis representantes do País. A competição sul-americana aconte-cerá no próximo mês de outubro e o Taekwondo será disputado entre os dias 15 e 18.

As seletivas para o Pan aconte-ceram no último mês de março, no Peru. De acordo com a Confe-deração Brasileira de Taekwondo, o atleta santista Henrique Pre-cioso, 27 anos, garantiu a vaga para a categoria – 80 kg após derrotar Sanon Tudor, do Haiti, por 4 a 0.

Já Raphaella Galacho, 20 anos, carimbou o passaporte para defender a categoria – 67 kg depois de derrotar Sheresia Gumbs, das Ilhas Virgens, pelo expressivo placar de 17 a 0.

Mas não é apenas isso que os dois atletas têm em comum. Ambos, além de apoiados pelo Peixe, ainda foram campeões dos Jogos Sul-Americanos 2010, reali-zados na Colômbia.

Mestre cAMpeãOQuem treina Henrique Pre-

cioso é o diretor de Taekwondo do Alvinegro Praiano, Fábio Gou-lart. O mestre tem experiência no assunto, afinal, um dos diversos títulos conquistados por Goulart

é o Pan-Americano de 1991, rea-lizado em Cuba.

Ele comentou sobre a impor-tância dessa competição para a carreira de um atleta. “Quando venci o Pan, o Taekwondo não fazia parte do quadro de esportes

dos Jogos olímpicos, então era a melhor competição oficial a ven-cer. Hoje ainda é uma das melho-res competições para obter um lugar de respeito entre os maio-res atletas do país. Vencer o Pan ou ganhar uma medalha nos

Jogos Olímpicos é realizar-se pro-fissionalmente”, disse.

Para Fábio Goulart, os dois atle-tas têm chance de voltar ao Bra-sil com uma medalha e destacou o ponto forte dos competidores. “O Henrique é um batalhador. Vai

Dois atletas santistas lutam por medalhas em Guadalajara, no México

Pan-AmericanoAlvinegro Praiano noTaekwondo

2011

“O Henrique é bastante batalhador. Vai atrás do sonho de ser campeão olímpico. O momento dele é agora”.

“A Raphaela ainda é jovem, porém, já tem bastante experiência. Ela também é muito técnica”.

Mestre Fábio Goulart

Page 13: Revista Santástico - Edição 5

OUtrAs MODALIDADes

Futebol AmericanoOs atletas de futebol americano do Peixe

estão na fase final de preparação para o Campeonato Brasileiro da modalidade. A estreia do Santos FC no nacional acontecerá no dia 10 de julho. Até lá, ainda devem ocorrer dois amistosos.

GoalballA equipe feminina de goalball do

Santos FC/Lar das Moças Cegas ficou com o segundo lugar na primeira fase do Campeonato Paulista e segue firme na disputa. Já o time masculino levou a prata na decisão dos Jogos Paulistas da modalidade.

JudôOs judocas do Santos FC/ Associação

de Judô Rogério Sampaio/ Fundação Pró-Esportes (Fupes) integrantes da Seleção Brasileira disputarão o Grand Slam da Rússia e o Campeonato Brasileiro Sub 20 no fim de semana dos dias 28 e 29/05. Em junho, acontecerá a Seletiva Nacional Sub 16 e Sub 20 a partir do dia 10. Já nos dias 18 e 19/06, haverá o Grand Slam do Rio de Janeiro.

KaratêOs karatecas do Santos FC/Academia

Resistência Luíza Orsini e Matheus Alves de Almeida, ambos faixa verde, conseguiram o terceiro lugar no Campeonato Paulista da modalidade. Os dois atletas participarão dos treinos da seleção paulista para buscar uma vaga no Brasileiro de Karatê.

TaekwondoO taekwondo do Santos FC/Academia Fábio Goulart conquistou duas medalhas de ouro na terceira etapa do Campeonato Paulista, realizado em 14 e 15/05, em São José dos Campos (SP). João Paulo de Cas-tro e Matheus Nascimento ficaram com o primeiro lugar e Rodrigo Lara conquistou o segundo.Bjs

VôleiA equipe feminina de vôlei do Peixe

disputa o Campeonato Paulista no mês de maio. As atletas enfrentarão Banespa, Campinas, Osasco e Ribeirão Preto. O time masculino infanto-juvenil também jogará o Estadual no período. A competição só termina no segundo semestre de 2011, mas alguns dos adversários do Santos FC em maio e junho são São Caetano, Praia Grande e Pinheiros. As duas equipes santistas também se classificaram para as finais dos Jogos da Juventude, que acontecem na segunda semana de junho, em Osvaldo Cruz (SP).

atrás do sonho de ser campeão olímpico. O momento dele é agora. Tem muita garra e força de vontade, mas sua principal virtude como atleta é saber ouvir. A Raphaella ainda é jovem, porém, já tem bastante experiên-cia. Ela também é muito técnica”, destacou.

trAJetórIA e prepArAçãOHenrique Precioso começou a treinar na

Academia Fábio Goulart em 2005 e, no ano seguinte, já passou a receber o apoio do San-tos FC. Desde então, ele vem trilhando uma carreira de muitas conquistas. Além do Sul-americano em 2010, ele foi campeão da sele-tiva nacional para formação da Seleção Brasi-leira nos anos de 2011 e 2010, conquistou a prata nos Jogos da Lusofonia, em 2009, em Portugal, entre outros títulos.

Mas o caminho para essas conquistas nem sempre foi fácil. “Penso que a trajetória de um campeão é feita de dificuldades e comigo não foi diferente. Em 2005, quase deixei o Taekwondo por problemas pessoais, mas, com o apoio do mestre Fábio Goulart, pude continuar minha jornada. Aos poucos con-quistei alguns títulos e consequentemente algumas bolsas e patrocínios”, relembrou.

Para o atleta, os adversários mais fortes devem ser os representantes da Argentina, Canadá, Cuba e México. Para enfrentá-los, Henrique segue uma programação puxada. “Faço três treinos diários, de segunda a sábado. Tenho preparador físico e nutricionista. A parte técnica e tática fica por conta dos Mestres Fábio Goulart, Rodney Saraiva e Clayton Santos. Além disso, este ano estou fazendo várias via-gens internacionais, como o circuito europeu, visando a uma melhor preparação”, contou.

E, se depender da determinação de Hen-rique, o Brasil conquistará pelo menos uma medalha no México. “Minha expecta-tiva é de conquistar uma medalha, repre-sentar com garra meu país, minha cidade e meu clube”.

Pan-Americano“Quando venci o Pan, o Taekwondo não fazia parte do quadro de esportes dos Jogos Olímpicos, então era a melhor competição oficial a vencer. Hoje ainda é uma das melhores competições para obter um lugar de respeito entre os maiores atletas do país. Vencer o Pan ou ganhar uma medalha nos Jogos Olímpicos é realizar-se profissio-nalmente”

Page 14: Revista Santástico - Edição 5

14 MUSA

CATRINICAMINSKI

Idade: 20 anosSigno: CapricórnioAltura: 1,67 mPeso: 54 kgO que mais gosta em seu corpo: SorrisoUm lugar para namorar: Uma praia desertaMaior qualidade: CarinhosaMaior defeito: AnsiosaNão vivo sem: Sorrir

Page 15: Revista Santástico - Edição 5

Quer ver mais fotos da Musa do Santos FC? Acesse o site do Peixe:

www.santosfc.com.br.

Page 16: Revista Santástico - Edição 5

16

Como o Santos se tornou

Tricampeão brasileiro

16 OCTOCAMPEONATO

Texto: Odir CunhaFotos: Arquivo/Santos FC

A Taça Brasil de 1963, nome da terceira edi-ção do campeonato

brasileiro interclubes, contou com o acréscimo dos represen-tantes de Brasília e Goiás. Com isso, apenas os estados de ama-zonas e Mato Grosso não foram representados na disputa que definiu o campeão nacional e, consequentemente, o represen-tante brasileiro na Copa Liberta-dores de 1964.

Depois de conquistar nove títu-los oficiais consecutivos – do Pau-lista ao Mundial –, em uma faça-nha jamais igualada por um clube brasileiro, o Santos, exausto, tinha deixado escapar o Campe-onato Paulista de 1963, vencido pelo Palmeiras, mas entrou na Taça Brasil como um dos favo-ritos, já que era bicampeão da

competição. Como estava no regulamento,

o Santos pôde entrar direto nas semifinais e logo de cara enfrentou uma pedreira: o Grêmio de Porto Alegre. O primeiro jogo foi no está-dio olímpico, em 16 de janeiro de 1964, e 50 mil torcedores foram empurrar o campeão gaúcho con-tra o bicampeão do mundo.

Porém, com dois gols de Couti-nho e um de Pelé, o Santos ven-ceu por 3 a 1, fora o show. Em uma jogada muito aplaudida pelos tor-cedores locais, Pelé e Coutinho foram controlando a bola pelo alto e tabelando até a área gremista.

O deslumbramento do torcedor gaúcho pelo futebol mágico do Santos não impediu, porém, que três dias depois, no Pacaembu, o Grêmio voltasse a lutar muito pela vitória. E ela esteve próxima, já que o bravo visitante chegou a estar vencendo por 3 a 1. Mas, em

uma reação fulminante, que cul-minou com um golaço de Pelé, o Santos virou para 4 a 3 e garan-tiu nova vitória. Aos 41 minu-tos do segundo tempo, Gilmar foi expulso e Pelé atuou como goleiro, chegando a fazer duas defesas fáceis, porém comemo-radas como gols pelos torcedores.

A outra vaga na final já tinha sido decidida em outubro de 1963, nos jogos de Salvador, dia 17, e Rio de Janeiro, dia 30. Nestes dias, o time de astros do Botafogo enfrentou o Bahia, mesmo Bahia que em 1962 fora eliminado pelo Campinense da Paraíba. Pois só para compro-var que no futebol ninguém ganha de véspera, o inesperado aconte-ceu.

Em casa, impulsionado pela massa humana que sempre acompanha seus jogos importan-tes, o Bahia arrancou uma vitó-ria magra, mas importantíssima,

de 1 a 0. No Rio de Janeiro, con-tra todas as expectativas, o esqua-drão do Nordeste segurou o 0 a 0 contra o time de Nilton Santos e Garrincha, resultado que o levou à terceira final em cinco edições da Taça Brasil. Só mesmo o San-tos tinha retrospecto melhor ,e contra esse mesmo santos, com quem jogara as duas finais ante-riores, é que o Bahia disputaria novamente o título nacional.

IMpOssíveL segUrAr peLé, cOUtINHO & cIA

O primeiro jogo da final da Taça Brasil de 1963 só foi jogado no dia 25 de janeiro de 1964, em um sábado à tarde. Comemorava-se mais um aniversário da cidade de São Paulo e, para aproveitar o feriado e o clima festivo, marcou-se a partida para o Pacaembu.

O Bahia jogou com Nadinho, Hélio, Henrique, Roberto e Ivan;

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V Taça Brasil – 1963 Campeão: SantosVice: BahiaPeríodo: 7 de agosto de 1963 a 19 de janeiro de 1964Jogos: 45Gols: 120 (média de 2,67 por jogo)Artilheiro: Pelé (Santos), oito golsEstados representados: 20Clubes participantes: ABC (Rio Grande do Norte), Atlético Mineiro (Minas Gerais), Bahia (Bahia), Botafogo (Rio de Janeiro/gB), Campinense (Campina grande/PB), Capelense (Capela/al), Ceará (Ceará), Confiança (Aracaju/SE), Defelê (Brasília/DF), Fon-seca (Niterói/RJ), Grêmio (Rio Grande do Sul), Londrina (Paraná), Metropol (Criciúma/SC), Paysandu (Pará), Rio Branco (Cariacica/ES), River (Piauí), Sampaio Corrêa (Maranhão), Santos (Santos/SP), Sport (Pernambuco) e Vila Nova (Goiás).

Decisão do títuloPrimeiro jogo25/01/1964Pacaembu, São Paulo

Santos 6 Bahia 0 Santos: Gylmar, Ismael, Mauro e Geraldino; Haroldo e Lima; Dor-val, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula.Bahia: Nadinho; Hélio, Henrique, Roberto e Ivan; Nilsinho e Mário; Valença (Vermelho), Vevé, Hamilton e Biriba. Gols: Pelé (2), Pepe (2), Coutinho e Mengálvio.Árbitro: Armando Marques.Renda: Cr$ 12.432.800,00.

Segundo jogo28/01/1964Fonte Nova, Salvador

Bahia 0Santos 2Bahia: Nadinho; Hélio, Henrique, Roberto e Russo (Ivã);Nilsinho e Mário; Miro, Vevé, Hamilton e Biriba.Santos: Gilmar; Ismael, Mauro, Haroldo, (Joel) e Geraldino;Mengálvio e Lima; Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula. Gols: Pelé aos 28 minutos do primeiro tempo e aos 40 minutos do segundo.Árbitro: Armando Marques.Renda: Cr$ 21.930.000,00 (recorde).

Nilsinho e Mário; Valença (Verme-lho), Vevé, Hamilton e Biriba. O San-tos formou com Gylmar, Ismael, Mauro e Geraldino; Haroldo e Lima; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. O árbitro, Armando Mar-ques, considerado um dos melho-res daqueles tempos. A renda, Cr$ 12.432.800,00.

Prevenido pelo técnico Lula, que não queria ver o time ter a mesma sorte do Botafogo, o Santos encur-ralou o Bahia desde o começo e os gols começaram a sair com relativa facilidade. No fim, Pelé tinha mar-cado dois, Pepe mais dois, Coutinho um e Mengálvio também um. 6 a 0 foi a sonora goleada que o Bahia sofreu na capital paulista.

Porém, por mais que tivesse sido humilhado no primeiro jogo, bas-tava ao Bahia uma vitória apertada em Salvador para provocar a ter-ceira partida. No regulamento da Taça Brasil não se levava em conta o saldo de gols, a não ser após o empate no terceiro jogo. Um crité-rio bem mais justo, diga-se de pas-sagem, do que alguns campeona-tos nacionais decididos em apenas uma partida, sem a possibilidade de um jogo de volta, muito menos de uma “negra”.

assim, três dias depois, na Fonte Nova, o Bahia voltava a campo com apenas duas alterações no time que jogara em São Paulo: Russo entrava no lugar de Ivã na lateral-esquerda e Miro no de Valença, na ponta-direita. O Santos, ainda sem Zito, machu-cado, mantinha os mesmos joga-dores do primeiro jogo, apenas um pouco mais fechado no meio, pois o técnico Lula previa a pressão do adversário (não se sabe ao certo o público daquela noite, mas a renda, de Cr$ 21.930.000,00, estabeleceu novo recorde na capital baiana).

O Bahia realmente tentou, fez uma partida bem mais digna do que em

São Paulo, mas ainda assim a supe-rioridade individual dos santistas prevaleceu, principalmente a de Pelé, que marcou aos 28 minutos do primeiro tempo e voltou a mar-car aos 40 do segundo, garantindo, com os 2 a 0, o terceiro título nacio-nal seguido para o Santos.

Como tinha lugar assegurado na Taça Libertadores da América devido ao título conquistado no ano anterior, o Santos abriu mais uma vaga para um time brasileiro na competição sul-americana de 1964. Vaga que ficou com o Bahia, o vice-campeão nacional de 1963.

Porém, mais uma vez o Bahia não se destacou na Libertadores. Foi eliminado no primeiro confronto pelo Deportivo Itália, campeão venezuelano. Empatou em Salva-dor por 0 a 0, mas perdeu na Vene-zuela por 2 a 1. O Santos estreou apenas nas semifinais, mas tam-bém não teve melhor sorte.

No dia 17 de julho, no Maracanã, o Santos fez sua primeira partida contra o independiente, o cam-peão argentino de 1963. Mesmo desfalcado de Pelé, Coutinho, Mauro e Geraldinho, machuca-dos, o bicampeão sul-americano fez 2 a 0, resultado que lhe permi-tiria jogar pelo empate na Argen-tina. Porém, o adversário rea-giu admiravelmente, e com gol de Luis Suárez aos 44 minutos do segundo tempo conseguiu uma vitória que se revelaria decisiva.

Na Argentina, duas semanas depois, ainda sem Pelé e Coutinho, o Santos voltou a ser derrotado, desta vez por 2 a 1. O Independiente ganhou a decisão com o Nacional, do Uruguai, e se tornou o primeiro clube argentino a conquistar a Taça Libertadores da América. Na disputa pelo título Mundial, entretanto, o Independiente foi batido pela Inter-nazionale de Milão.

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18 FUTEBOL DE BASE

O vestibularda bolaFuturos craques

Em 2011, o Santos FC tem planejamento especial para a categoria Júnior,

considerada o vestibular para os candidatos a

“Meninos da Vila”

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O vestibularda bola

Texto: Hugo GenaroFotos: Santos FC

Aos 17 anos, a maior parte dos jovens enfrenta um dos maiores desafios de suas vidas: o vestibular, marco

inicial de uma carreira de sucesso. Da mesma forma, no mundo da bola, os jogadores desta idade também passam por um período de teste, que poderia ser representado como o funil para quem quer se tornar um profissio-nal: a categoria Júnior.

Considerando os últimos cinco anos, o time Júnior do Santos FC foi, sem dúvida, o que mais revelou nomes de expressão para o futebol brasileiro. Atletas como Neymar, PH Ganso, André, Wesley, Rafael, Felipe Anderson e Tiago Alves passaram com sucesso pela última cate-goria da base santista, provando que já esta-vam preparados para a carreira profissional.

Sendo a última etapa da fábrica de craques do Santos FC, a equipe Júnior é encarada como um dos pontos vitais da administração do Clube. Assim, a revelação de novos jogadores, mais do que uma vocação natural do Peixe, atualmente faz parte da estratégia de gestão do Alvinegro Praiano.

“A principal mudança na filosofia de traba-lho desta categoria está no maior rigor para admissão de novos jogadores. Nosso grau de exigência está maior, pois não podemos tra-zer atletas apenas para compor um elenco Júnior. Queremos formar um grupo de joga-dores com reais perspectivas de atuação no elenco profissional. Assim, temos um olhar muito mais refinado quando vamos trazer algum garoto para esta equipe”, explicou Luiz Fernando Moraes, gerente do futebol de base do Santos FC.

Com o objetivo de preparar seus atletas para competir em alto nível, a equipe Júnior do Santos FC tem seis relevantes competi-ções no calendário 2011: Campeonato Pau-lista Sub-20, Copa BH, Supercopa Eurofarma, Torneio COTIF (Espanha), Campeonato Brasi-leiro Sub-20 e a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Apesar de ser disputada em janeiro de 2012, a Copa SP entra na programação de 2011, já que os atletas têm férias somente ao final desta competição.

Outra motivação para a participação em diferentes torneios deve-se ao fato de que a categoria Júnior abriga jogadores de três idades diferentes. Por exemplo, em 2011, o grupo conta com garotos nascidos em 1991, 1992 e 1993. As demais categorias de base agrupam os atletas de dois em dois anos.

“Buscamos variar as competições para dar chances iguais para os jogadores das três diferentes idades. O Campeonato Paulista, a Copa Bh, o Campeonato Brasileiro e o torneio COTIF (España) poderão ser disputados pelos meninos nascidos a partir de 1991. A Super-copa Eurofarma (ainda não confirmada) será para nascidos a partir de 1992. Já a Copa São Paulo, em janeiro, será para nascidos em 1993

e 1994”, explicou Claudinei Oliveira, técnico da equipe Júnior do Santos FC.

Apesar da forte preparação para as competi-ções da atual temporada, o treinador dos junio-res santistas diz que o foco central da categoria é facilitar a transição da base ao time principal do Peixe. Por isso, como já é de costume, ele se prepara para “perder” algumas de suas princi-pais peças para o elenco profissional em fases decisivas dos campeonatos da base.

“No ano passado, eu era técnico do Sub-17 e nas finais do Campeonato Paulista fiquei sem o Felipe Anderson, que foi chamado para o pro-fissional. Mas a nossa maior alegria é ver um jogador chegando ao time principal, mesmo perdendo estes atletas em fases decisivas de campeonato aqui da base”, explicou o treina-dor, que, mesmo sem Felipe Anderson, levou o

Peixe ao título Paulista Sub-17.Porém, Claudinei Oliveira diz que estar no

time Júnior do Santos FC não é garantia de pas-sagem à equipe profissional. Segundo o treina-dor, devido ao alto nível técnico do atual elenco principal do Peixe, o vestibular para “Menino da Vila” está cada vez mais difícil e disputado.

“Se um garoto é destaque aqui na base, é natural que o time jogue em função dele. Mas quando ele chegar ao profissional será ape-nas mais um. Por isso, a gente procura cobrar que eles se dediquem na marcação e joguem bem taticamente. Por exemplo, se o atleta é um meia e vai jogar ao lado do Ganso, não pode querer que o Ganso corra para ele. Tem que correr muito mais que o Ganso, que já se doou bastante. Queremos atletas com este perfil”, concluiu o treinador.

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22 FUTSAL

Torcida

Nação alvinegra motiva equipe de futsal do Peixe nos jogos da Arena Santos

Texto: Vinicius VieiraFotos: Ricardo Saibun

O torcedor santista agora tem mais um tem-plo para prestigiar os

jogos do Peixe. Com o início da equipe de Futsal, a Arena Santos é o novo espaço para que os apai-xonados pelo santos FC possam acompanhar o time de Falcão e Cia. nas disputas da Liga Nacional e do Campeonato Paulista. Cons-truído pela Prefeitura Municipal de Santos para os Jogos Abertos do interior de 2010, o moderno ginásio conta com cinco mil luga-res, divididos em arquibancadas e camarotes, além de uma área

templo de santistasUm novo

especial para a imprensa. A partida inaugural do novo

reduto de santistas ocorreu no dia 21 de março, na vitória de 5 a 2 do Peixe sobre Carlos Barbosa (RS), pela Liga Nacional. Com a Arena lotada, inclusive com a presença de jogadores do time profissional de futebol como Neymar e Elano, Falcão mostrou ao Brasil e ao mundo o cartão de visita do novo ginásio: dois golaços após belos chutes do campo de defesa.

Nos jogos seguintes pela prin-cipal competição da modalidade no País, diante de londrina (Pr) e Praia Clube (MG), a ‘casa’ esteve cheia. E toda essa presença traz

muito diferença dentro de casa, segundo os próprios jogado-res do Peixe. “A torcida é muito importante em nossas partidas. Nestas disputas em que jogamos com o apoio dos santistas conse-guimos tirar sempre algo a mais, seja em um momento ruim, ou no fim do desafio. Além disso, a vibração do gol é muito bonita e nos deixa cada vez mais motiva-dos”, contou o jogador mais ova-cionado pelos visitantes da Arena Santos, o craque Falcão.

Companheiro do melhor do mundo das quadras desde os tempos de Malwee (SC) e agora no Santos FC e na Seleção Bra-

sileira, Valdin já atuou em giná-sios de todo o Brasil. Do Ceará, o ala passou por clubes de grande e pequena expressão no Futsal. “Na Malwee, era normal ter grande público nos jogos, até por contar-mos com o Falcão no grupo. Mas passei por clubes que não tinham este apoio e é sempre muito ruim. Quando estamos na Arena, nos sentimos em casa e muito à von-tade para mostrar nosso melhor”.

Para que os santistas continuem apoiando o esquadrão do Alvine-gro Praiano dentro de quadra, a diretoria fixou o preço dos ingres-sos em R$ 6. Para sócios, estudan-tes e idosos o valor é de R$ 3.

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24 MATÉRIA DE CAPA

Ídolo

Salvador

da Vila

Léo, o atleta santista com mais títulos após a Era Pelé, é maior exemplo de garra e dedicação do Alvinegro Praiano

Texto: Arnaldo HaseColaboração: Guilherme NascimentoFotos: Ricardo Saibun e Divulgação/Santos FC

Um dia você pode ver o Neymar errando um drible. Não parece,

mas ele ainda é humano.Um dia você pode ver Ganso, o Maestro da Vila, falhar na arma-ção na jogada. Acontece com os gênios.Só que o Léo desistir você não vai ver.Você pode ver Robinho falhar ao tentar uma pedalada. Eu, por exemplo, já vi o Pita, um dos cra-ques mais elegantes da história do Peixe, dar um chutão. E até o Pepe, conhecido pelo seu canhão

de pé esquerdo, um dia resolveu chutar colocado.Já vi também o Arouca ser dri-blado. É difícil, quase impossível, mas eu juro que vi!Mas o Léo desistir, nunca! Sem chance.Até o Rafael, que deixa a meta do Santos segura como se estivesse dentro de um cofre, já vi falhar uma vez. Claro que ele sempre se recupera, mas não poderia ser perfeito. E o Elano, craque da regularidade e simplicidade? Já teve um dia irregular na vida.Já vi o capitão Edu Dracena, legí-timo ganhador de títulos onde quer que jogue, passar um ano em branco. Já vi o Pará dizer que não joga em determinada posi-

ção, o Zé Eduardo ficar bonito, o Jonathan errar um cruzamento e até o Durval falar demais!Mas o Léo desistir, repito, estou pra ver...Para ele, sempre tem um minu-tinho escondido no cronômetro do juiz. Um minutinho que só ele vê e do qual se aproveita, quando nem o mais otimista apaixonado acredita na salvação.Para o Léo, sempre tem um metro a mais no gramado para ele dar um carrinho e ir buscar a bola perdida. Perdida que vira achada, e achada que vira gol.O nome dele é pequeno e a esta-tura não é alta, mas quando coloca a camisa do santos, ele se transforma de um jeito que

é impossível não enxergá-lo em campo; ele se multiplica de uma forma que intimida qualquer gigante de dez metros de altura. O curioso é que, mesmo “bai-xinho”, o Léo olha sempre nos olhos do adversário sem preci-sar olhar para cima.E é por isso que você nunca vai ver o nosso camisa 3 desis-tir. Porque quando o Léo mar-cou aquele terceiro gol em 2002 e sentiu “vontade de chorar e morrer”, ele estava multipli-cando nossa alegria e matando a fome de uma multidão inteira por títulos. E porque ele morre-ria pelo Santos e por nós, Léo é o legítimo Salvador de uma reli-gião chamada Santos.

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15/05/2011 – O Santos vence o Corinthians por 2 a 1, na Vila Belmiro, e sagra-se bicampeão pau-lista. Léo se garante como o atleta santista com mais títulos após a era Pelé.

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LINHA DO TEMPO19/12/2004 – O Peixe vence o Vasco por 2 a 1, em São José do Rio Preto, com gols de Ricardinho e Elano. Léo comemora seu bicampeonato brasi-leiro pelo Santos e sua terceira Bola de Prata.

22/06/2005 – Último jogo do Guerreiro Léo com a camisa da Seleção Brasileira, no empate com o Japão por 2 a 2, na Copa das Confederações.

03/07/2005 – Na Vila, Santos 0 a 0 Juven-tude, na partida que marcou a despedida de Léo, que partia para quatro temporadas no Benfica, de Portugal.

05/02/2009 – O Guerreiro voltou! Na Vila, o Santos vencia o São Caetano por 2 a 0 e a torcida recebia seu ídolo de volta.

14/04/2010 – Santos 8 a 1 Guarani, pela Copa do Brasil. Léo é escolhido para atuar com a camisa 98 em comemoração ao aniversário do Peixe.

02/05/2010 – No Pacaembu, o Santos é der-rotado por 3 a 2 pelo Santo André, mas conquista o título paulista. O primeiro da carreira de Léo.

19/05/2010 – Vitória sobre o Grêmio por 3 a 1, na Vila, garantia o Peixe na final da Copa do Brasil com outra bela atuação do Guerreiro. Con-tundido, não atuaria nas duas finais contra o Vitória, sendo substituído por Alex Sandro, mas as atuações de Léo foram fundamentais para o título inédito da Copa do Brasil.

15/05/2011 – O Santos vence o Corinthians por 2 a 1, na Vila Belmiro, e sagra-se bicampeão paulista. Léo se garante como o atleta santista com mais títulos após a era Pelé.

27/08/2000 - Léo estreou pelo Santos três dias após ter sido contratado junto ao União São João, de Araras. O Peixe perdia para o Palmeiras por 3 a 2, na Vila Belmiro, mas revelava um cra-que de frases fortes. “Se depender de mim, vou deixar meu sangue em campo para fazer o Santos campeão”, disse, após a partida.

25/01/2001 – Aos 40 minutos do 1º tempo, na vitória por 3 a 0 sobre o Botafogo, na Vila Bel-miro, pelo Torneio Rio São-Paulo, Léo marcava o primeiro gol pelo Santos.

02/02/2001 – O Santos empatava com o Vasco por 2 a 2, na Vila. O time não se classificou para as finais do Brasileirão, mas, mesmo assim, a atuação garantiu a Léo a primeira Bola de Prata de sua carreira.

26/04/2001 – Léo estreia pela Seleção Brasi-leira em amistoso não oficial contra o Tokio Verdy (vitória por 2 a 0). Cinco dias depois, estrearia em jogos oficiais na vitória por 2 a 0 sobre Cama-rões, pela Copa das Confederações. O técnico era Emerson Leão, que, no ano seguinte, comandaria o lateral no Peixe.

28/11/2002 – O Peixe vence o São Paulo por 2 a 1, no Morumbi, com golaços de Léo e Diego e se classifica para as semifinais do Campeonato Bra-sileiro, assombrando o Brasil.

15/12/2002 – Aos 47 minutos do segundo tempo, Léo fuzila a meta corintiana, marca o ter-ceiro gol do Santos e proclama o título brasileiro. É agarrado por Paulo Almeida e cai abraçado com o companheiro de time. Emocionado, desabafa: “Estou com vontade de chorar e morrer”.

PERFILNome: Leonardo Lourenço BastosData de nascimento: 06/07/1975Local de nascimento: Campos (RJ)Posição: LateralJogos: 375 (até o dia 25/05/2011)

TÍTULOS E PRÊMIOS2001 – Bola de Prata (Revista Placar)2002 – Campeão Brasileiro2003 - Bola de Prata (Revista Placar)2004 – Campeão Brasileiro , Troféu Osmar Santos (1º turno do Camp. Brasileiro, oferecido pelo jornal Lance!). tro-

féu João Saldanha (2º turno do Camp. Brasileiro, oferecido pelo jornal Lance!), Bola de Prata (Revista Placar)2005 – Copa das Confederações (CBF)2006 - Melhor lateral esquerdo da Liga (Portugal)2007 - Melhor lateral esquerdo da Liga (Portugal)2008 - Melhor lateral esquerdo da Liga (Portugal)2010 – Campeão Paulista e Campeão da Copa do Brasil 2011 – Campeão Paulista

Gols: 22Clubes: Americano-RJ (1996-1997), União São João-SP (1997-1999), Palmeiras-SP (1999-2000), Santos FC-SP (2000-2005, 2009 até hoje) e Benfica-POR (2005-2008); Seleção Brasileira: sete partidas oficiais e uma não oficial

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SUSTENTABILIDADE

Responsabilidade social

Coleta SeletivaTexto e fotos: Carolina Rodrigues

A preocupação com o meio-ambiente já é uma realidade em todo o planeta. A participação de todos na preservação é essencial e, por isso, o Santos FC decidiu se engajar. Desde 15 de março, o Clube realiza a coleta de lixo reci-clável na Vila Belmiro e no Centro de Treinamento Rei Pelé.

Em pouco mais de dois meses,

o Santos FC recolheu mais de 14 toneladas de lixo. Todos os fun-cionários participam da inicia-tiva. Para isso, receberam uma pequena caixa de papelão e um copo de porcelana, para evitar o uso de copos plásticos.

a torcida participa da campa-nha nos dias de jogos, desde 3 de abril, quando o Peixe enfrentou o Palmeiras na Vila. Antes dessa

partida, folhetos informativos foram entregues para que a tor-cida passasse a depositar o lixo reciclável nos 12 cestos de lixo distribuídos pelo Estádio.

O projeto foi idealizado pelas secretárias da presidência, Cláudia Prado e Karla Silva, e o funcionário Eduardo Gomes é quem organiza todo o material para coleta.

Auxiliando o Santos FC no projeto,

a empresa Fortnort concedeu todo o material utilizado para o recolhi-mento do lixo - caixas de papelão para todos os funcionários, cestos de lixo, adesivos, cestos basculantes e cinzeiros de dez litros.

Depois do recolhimento, todo o lixo é levado pela empresa Prode-san, que encaminha ao local onde se realizada a separação do mate-rial e a reciclagem.

Em pouco mais de dois meses, Clube já recolheu mais de 14 toneladas de lixo reciclável

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28 JOGOS INESQUECÍVEIS

Thiago de Carvalho D. CordeiroSócio desde 2009Morador de Sorocaba (SP)

Morumbi, 4 de junho de 2000

Quer enviar o seu jogo inesquecível? Mande um e-mail [email protected] contando sua história. Não esqueça

de enviar nome completo, número de sócio e local em que reside.

Meu jogo inesquecível foi válido pelas semifinais do Campeo-nato Paulista de 2000. A nossa

fila aumentava a cada dia e o Peixe pre-cisava de uma vitória para superar o Pal-meiras na segunda partida do confronto. saímos em cerca de 30 torcedores de Sorocaba (SP) rumo ao Morumbi, empol-gados e acreditando que vencer o atual campeão da Libertadores era possível. O jogo foi marcado para domingo, às 11h da manhã (sim, durante um tempo, a FPF mandou seus jogos nesses horários).

O jogo começou ruim para o Santos. O Palmeiras abriu 2 x 0 no placar e pratica-mente selou a nossa eliminação no tor-neio. Inclusive o zagueiro Argel, que já havia jogado pelo Santos, fez um dos gols palmeirenses e “pescou um peixe na comemoração”, provocando a ira da nossa torcida.

Tudo estava perdido, quando, aos 35 minutos do segundo tempo, Eduardo Mar-ques, meio campo canhoto formado na

Baixada, acertou um belíssimo chute e descontou para o glorioso. A comemora-ção foi grande, porém o Santos ainda per-dia e o placar era de 2 x 1, faltando apenas dez minutos para o apito final.

Cinco minutos depois, aos 40, o volante Anderson (que veio do Colorado) empatou o clássico com uma forte cabeçada, dei-xando o Santos com a esperança da virada milagrosa. Restavam apenas cinco minu-tos!

A torcida do Santos, que já estava eufó-

rica, entrou em ação, cantando e empur-rando o time, acreditando que estávamos perto de chegar à final e saindo da fila que já durava 16 anos. Já nos acréscimos, Dodô (sempre ele!), de carrinho, aproveitou um rebote e virou o jogo. Foi uma choradeira só, todo mundo se abraçando, renascendo do orgulho de ser Santista!

O final da história todos sabemos, perde-mos para o São Paulo, mas aquele soroca-bano sonhador estava feliz como se tivesse erguido uma taça!

Lembro dos santistas perma-necendo nas arquibancadas do Morumbi celebrando aquele

momento por muito tempo. Ninguém conseguia deixar o Estádio tamanho havia sido o feito conquistado pelo nosso Alvinegro.”

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0800 724 3100 I www.bancobmg.com.br

Se pra você é emocionante ver o Santos entrar em campo, imagine pra quem tem o nome estampado no peito.Banco BMG. Orgulho de ser torcedor do Santos Futebol Clube.

O Banco BMG e o Santos Futebol Clube estão juntos numa parceria que promete ser gloriosa. Um banco com a tradição e a experiência de 80 anos, líder em crédito fi nanceiro consignado. Um time com uma das camisas mais tradicionais do futebol brasileiro. Motivos não faltam pra fazer bonito dentro e fora dos campos.

Tom

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30 SEREIAS DA VILA

Capitã

Texto: Priscila VilaniFotos: Pedro Ernesto Guerra Azevedo

A zagueira Aline Pellegrino, ou Pellê, como é carinhosamente chamada pelas companheiras de equipe, iniciou a carreira futebolística ainda muito jovem, com 11 anos. Mas, como

todas as meninas que nascem com talento para a bola, ela começou a brincar de futebol no meio dos meninos, na quadra do condomí-nio fechado onde residia, no bairro Pedra Branca, em São Paulo (SP).

Durante a infância, Aline não gostava de brincar de boneca com as meninas do prédio. Seu negócio sempre foi o futebol, mas ela nunca pensou em ser uma jogadora profissional, muito menos integrar a Sele-ção Brasileira. O pai, que até então reprovava as atitudes da filha, foi ren-dido ao talento da jovem. Ainda criança, Aline descobriu uma escolinha de futebol para meninas e implorou para o pai matriculá-la. “Como só tinham meninas, ele acabou deixando e até ia assistir às aulas. Ele ficava na arquibancada e ouvia as pessoas falando bem de mim. A partir daí, ele passou a brigar comigo para ir jogar bola”, lembrou.

A carreira profissional de Aline começou em 1998, como atacante, no São Paulo FC, que tinha no elenco atletas renomadas, como Kátia Cilene e Sissi, que já vestiam a amarelinha. “Todo mundo quer ser atacante, eu não era diferente. Eu não queria ser zagueira, eu queria marcar gols. E quando me colocaram na zaga, eu pensei em largar o futebol”.

Em 2000, defendendo a UniSantanna, Aline foi incentivada pelo téc-nico Marcelo Frigério a ficar na zaga. “Ele me ensinou a ser zagueira e teve paciência para isso. Quando eu aprendi a defender, eu gostei e vi que era boa naquilo”. Ainda nessa época, Aline não pensava em servir o Brasil. “Eu sempre quis estudar. Coloquei na minha cabeça que ia fazer faculdade de Educação Física. Meus pais não tinham condições de ban-car meus estudos, por isso, fui jogar futebol na faculdade para ganhar uma bolsa de estudos”.

Aline concluiu os estudos graças ao futebol e à máxima dedicação,

PellêAline Pellegrino, a

Conheça a trajetória da atual capitã do Santos FC e da Seleção Brasileira

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Pellêconhecida dentro e fora de campo por quem convive com ela. “Eu vestia a camisa da faculdade nas competições que nós disputá-vamos. Sempre fui assim. Que-ria honrar aquilo que eu estava recebendo em troca. E eu nunca tive pretensões de ir para outros times, nem para a Seleção. Queria mesmo era concluir meus estudos e ser professora”, explicou.

A consequência do trabalho duro e do comprometimento foi a primeira convocação para a Seleção Brasileira, em 2004. Aline foi disputar os Jogos Olímpicos de Atenas. “Meu sonho desde pequena era conhecer a Gré-cia. Não sei por que, mas eu sem-pre quis ir para lá. Era um sonho de criança. Tanto é que quando eu cheguei lá eu não acreditei. Eu só fui entender o que aconteceu quando voltei para o Brasil com a medalha de prata e todo mundo ficou enlouquecido de felicidade. A minha primeira Olimpíada foi um verdadeiro sonho”.

A nova oportunidade de representar o Brasil no maior evento do esporte mundial sur-giu em 2008, nos Jogos Olímpi-cos de Pequim, na China. Nesse momento, Aline iniciava a car-reira no Santos FC e já vestia a braçadeira de capitã brasileira. Sua convocação era uma certeza para todos. Às vésperas da com-petição, a Seleção viajou para dis-putar a Copa da Paz, na Coréia do Sul, para jogar os últimos amis-tosos da fase de preparação. Na partida contra os estados uni-dos, no dia 23 de junho de 2008, Aline passou pelo pior momento de sua vida. Ela sofreu uma grave lesão no joelho direito e teve que deixar o sonho olímpico de lado. “Eu já tinha visto muita coisa acontecer no futebol e, pela cara do médico, sabia que o meu caso era grave. Foi aí que eu virei para ele e falei: ‘Doutor, eu não sou mais criança, pode falar o que aconteceu’”.

Foi então que o médico da Sele-ção deu a notícia que ela teria que deixar os gramados de seis a oito meses.

Desiludida, nervosa, triste e confusa, Aline pensou em lar-

gar o futebol. “Pensei em largar tudo e seguir a carreira de profes-sora. Até fiz planos de casar e ter cinco filhos. Tudo isso durante

o segundo tempo da partida. Quando acabou o jogo as meni-nas vieram conversar comigo e eu mudei de ideia”, comentou, rindo.

O contrato de uma das melho-res zagueiras do futebol brasileiro com o Santos FC era curto, ape-nas seis meses. Em julho de 2008, Aline assinaria com um time da Dinamarca e deixaria o futebol brasileiro. Foi então que o Depar-tamento de Futebol Feminino do Santos FC deu uma nova chance para a atleta e renovou o seu con-trato até o final daquele ano.

sempre determinada, aline deci-diu que iria encurtar sua recupe-ração e não iria ficar seis meses fazendo fisioterapia. Ao todo, foram quatro meses e 10 dias de tratamento. Aline passava nove horas por dia pensando em uma única coisa: jogar a semifinal do Paulista diante do Botucatu, grande rival santista na época. E ela conse-guiu. No primeiro confronto, jogou o primeiro tempo e mais 15 minu-tos do segundo. No jogo de volta, ela atuou nas duas etapas.

Você deve estar se perguntando

de onde ela tirou tanta força, certo? “Eu só tenho que agrade-cer ao Santos, que acreditou em mim no momento mais crítico da minha carreira. Todas as minhas companheiras de equipe foram fundamentais nesse período da minha vida. Elas me apoiaram e estiveram sempre ao meu lado, me incentivando. Sem tudo isso eu não sei se estaria aqui hoje”, contou, emocionada, deixando as lágrimas correrem pelo rosto.

Além da medalha de prata em Ate-nas, Aline foi vice-campeã na Copa do Mundo de 2007 e medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio em 2007. Pelo Santos FC, ela foi campeã Paulista em 2010, bicam-peã da Copa Libertadores da Amé-rica (2009/2010) e bicampeã da Copa do Brasil (2008/2009).

Aline Pellegrino é um exemplo de garra, luta, força, coragem, inteligência, liderança, determi-nação e comprometimento. Não é à toa que, hoje, ela lidera as Sereias da Vila e a Seleção Brasi-leira. Ela sabe o que quer, para o que veio e aonde quer chegar.

Pensei em largar tudo e seguir a carreira de professora. Até fiz planos de casar e ter cinco filhos. Quando acabou o jogo, as meninas vieram conversar comigo e eu mudei de ideia”

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32 CONSELHO DELIBERATIVO

ComissõespermanentesEntenda como funciona o trabalho das três comissões do Clube

O Conselho Deliberativo do santos FC conta com três Comissões Perma-

nentes – a de Estatuto, Fiscal e de Inquérito e Sindicância. Elas exercem um importantíssimo papel no Clube e auxiliam tanto o Conselho quanto a administra-ção do Peixe.

Cada uma é formada por seis membros (três efetivos e três suplentes), eleitos pelo Conselho Deliberativo.

cOMIssãO FIscAL Cabe à Comissão Fiscal fiscalizar

as contas do Clube, examinar os documentos e balancetes, apre-sentar ao Conselho um parecer anual sobre as contas do Santos FC, entre outras atividades.

A Comissão Fiscal do biênio 2010/2011 é formada atual-mente por José Roberto Zanetti (presidente), Celso Menezes Prado Leite (relator), Delfim Ojea Losada (revisor), Odair Ribeiro Leal Filho (1º suplente), Constan-

tino Kader Conde (2º suplente) e Rodrigo da Matta Marino (3º suplente).

mas, no início de 2010, a forma-

ção era outra. O conselheiro Rey-naldo Sérgio Marino ocupava o cargo de presidente da Comissão. Contudo, ele faleceu em julho daquele ano, passando assim José Roberto Zanetti a ocupar a posição. Com a mudança, Rodrigo da Matta Marino foi eleito como terceiro suplente.

recentemente, a Comissão aprovou as contas de 2010 e fez sugestões para a melhoria dos procedimentos. Uma auditoria, contratada para analisar as con-tas, deu parecer favorável, sem ressalvas. Finalizando o processo, os membros do Conselho Delibe-rativo, em sessão ordinária, tam-bém aprovaram as contas por ampla maioria.

Em 2010, o principal traba-lho realizado pela Comissão foi a análise das contas de 2009, da administração passada. “Foram sucessivas reuniões. Temos um grupo de apoio formado por três conselheiros. Nós analisamos todos os documentos e recusa-

mos a aprovação das contas”, relembra o presidente da Comis-são, José Roberto Zanetti. “O que nós analisamos é estritamente técnico, não político. A Comissão não foi montada para dar apoio à diretoria”, ressaltou. Com o parecer desfavorável, a situação das contas de 2009 passa para a alçada de outra Comissão Per-manente – a de Inquérito e Sin-dicância.

cOMIssãO De INqUérItO e sINDIcâNcIA

Atualmente, a Comissão de Inquérito é formada por Celestino Venâncio Ramos (presidente), Marcelo Requejo Veja (relator), Nilton Masch (revisor), Alberto Carneiro Espósito (1º suplente), alcino antonio Campos golegã (2º suplente) e José Carlos da Silva (3º suplente).

Eles são responsáveis por repre-sentações contra qualquer mem-bro da Presidência, Diretoria, Conselho ou Comissões. Também

Administração

As contas de 2010 foram aprovadas pela Comissão Fiscal e pelos membros do Conselho

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cuidam de qualquer questão dis-ciplinar por infração à lei, ao Esta-tuto ou ao Regimento Interno, entre outros.

Em 2010, a Comissão de Inqué-rito e Sindicância recebeu várias denúncias. “Isso demonstra a preocupação que os conselheiros e associados da atual gestão têm para com o Clube”, disse o presi-dente Celestino Ramos.

De acordo com ele, abre-se inquérito quando as denúncias apresentam supostas irregulari-dades. “Os principais processos são contra a ex-diretoria, pelos procedimentos irregulares apu-rados pela Comissão Fiscal. Se houver irregularidade, vai a jul-gamento”, explicou.

em 2011, a Comissão pretende concluir esse processo. “É um tra-balho árduo, pois são documen-tos de dez anos da antiga adminis-tração. É importante o julgamento para que o associado tenha uma satisfação, pois há uma cobrança muito grande”, disse Celestino Ramos.

cOMIssãO De estAtUtO Quem leu a última edição da

Revista Santástico pôde enten-der mais sobre o trabalho dessa Comissão, afinal, eles desenvol-veram o novo Estatuto do Clube, aprovado pelos conselheiros e também pelos associados.

O novo documento foi regis-trado em Cartório no dia 25 de março e já está em vigor. Agora, a Comissão estuda a reformula-ção do Código de Ética e do Regi-mento Interno do Clube.

MUDANçA Com o novo Estatuto, não

haverá mais Comissão Fiscal. No lugar, será criado um Conselho Fiscal, que será eleito pelos con-selheiros.

NOvO MeMbrO DA MesA DIretIvA

Na reunião ordinária realizada em 11 de abril, o conselheiro Luiz Cláudio de Aquino Batista

Pereira foi eleito o novo suplente da Mesa Diretiva do Conselho. Conselheiro desde 1989 e sócio desde 1965, ele já foi 3º suplente da Comissão de Estatuto no biê-nio 2009-2011.

A mudança da composição da Mesa foi realizada devido ao fale-cimento do saudoso conselheiro Roberto Mehanna Khamis, que ocupava a posição de segundo secretário.

Nova formação da Mesa Diretiva do Conselho Deliberativo

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Na próxima edição, o entrevistado será o zagueiro Durval. Quer mandar sua pergunta? É só enviar para o e-mail [email protected] com nome completo, número de sócio e cidade em que reside.

RAFAEL“A gente que se forma na

base sabe o quanto é difícil se firmar. Quando se tem uma

oportunidade, tem que acertar”

SÓCIO ENTREVISTA34

Foto: Ricardo Saibun

Ele estreou com a camisa do Santos em 2010, com 20 anos, fora de casa. Formado nas categorias de base do

Clube, mostrou que tem muito valor e hoje Rafael é uma unanimidade para a nação alvi-negra. Atualmente*, o goleiro possui uma excelente média de 1,04 gols sofridos por par-tida. E ele pretende diminuir ainda mais esse número. Dedicado, esforçado, seguro e cheio de personalidade, esse Menino da Vila respondeu as perguntas dos associados. Confira abaixo!

1. Você chamou a atenção da torcida e prin-cipalmente dos adversários na hora da cobrança de pênaltis. Da onde surgiu essa ideia de ficar se mexendo de um lado para o outro, provocando o batedor? Gabriel Neto – Santos (SP)

R: Comecei a fazer isso na base. O goleiro tem que sair na batida e, ficando parado, eu saio antes. Além disso, a responsabilidade no momento do pênalti é do atacante, então esse meu movimento já pode causar uma insegu-rança nele e também faz o gol parecer menor.

2. Para você que acompanhou essa nova gera-ção de estrelas do Santos FC (2009 - 2011), em qual momento você sentiu mais emoção?Tiago Maestre de A. Rodriguez – Santos (SP)

R: Foi quando conquistamos a Copa do Bra-sil. No primeiro jogo da final, a Vila Belmiro estava linda. E lá no Barradão, quando con-quistamos a taça, foi a melhor emoção que senti nesse período.

3. Rafael, você se inspira em algum goleiro como forma de aprimoramento da carreira?Italo Fabeni Sobreiro - São Bernardo do Campo (SP)

R: Na minha infância, o Marcos se destacou muito na Libertadores de 1999. Atualmente, me inspiro no Júlio César e no Casillas (Real Madrid).

4. Gostaria de saber como você se sente sendo um goleiro promovido das categorias de base do Santos, pois há muito tempo o clube não revelava um goleiro.Fernandes José de Oliveira - São Paulo (SP)

R: Primeiramente, vestir a camisa do Santos é uma grande alegria. Sendo da base, esse valor é maior ainda. A gente escuta que goleiro joga por muito tempo, então algumas gerações da base acabam não sendo reveladas. Então fico muito feliz por estar nessa posição e também porque outros goleiros do elenco também são da base (André, Felipe e Vladimir).

5. Sempre houve muita pressão nessa posição que um dia já foi do glorioso Rodolfo Rodrí-guez. Como foi no início da titularidade e como você reage hoje? Se sente seguro na sua posição?Bruno Renz de Azevedo - São Paulo (SP)

R: Eu sou muito seguro. Sempre trabalhei para isso e estava pronto quando surgiu a oportu-nidade. Até mais honra que vestir a camisa de Rodolfo Rodriguez é vestir a camisa do Santos. Tenho certeza de que ele também sentiu isso.

6. Você é um grande goleiro e vem provando isso. Qual é seu maior desejo atuando como titular pelo Santos FC? Joaquim da Silva Teixeira Filho - São Paulo (SP)

R: Agora é ser campeão da Libertadores da América. Depois disso, quero chegar à Seleção Brasileira vestindo a camisa do Santos.

7. Gostaria de saber se você se sente pressio-nado por vestir a camisa número 1 do Santos. E se você ainda sente aquele frio na barriga nos jogos decisivos.Claudio Sergio da Silva - São Paulo (SP)

R: Não sinto nada. Sou muito tranquilo. Não tenho nenhum tipo de superstição antes dos jogos, nada disso. A gente trabalha muito pra dar certo, então tem que ter fé.

8. Ano passado você estava como segundo goleiro e de repente virou goleiro titular com ótimas atuações e assim tendo confiança da torcida. Conta pra gente como foi seu começo em Sorocaba.Fernando Mendes – Jundiaí (SP)

R: Eu comecei com seis anos, desde pequeno mesmo. Eu jogava futsal em uma escolinha, mas não comecei no gol. Eu era do ataque. Até que um dia o nosso goleiro se machucou e eu substituí. Dei sorte, nada passava. O treinador viu potencial e começou a me treinar. Peguei gosto e comecei a me esforçar. Depois disso, com 12 anos treinei no São Paulo, aos 14 e 15 eu fiquei no Bahia. Com 16 eu estava no Ituano e, no mesmo ano, fui para a base do Peixe.

9. Rafael, qual seu jogo e defesa inesquecível? E, se não fosse goleiro, qual seria sua profissão?Luiz Carlos Rodrigues Morgado – São Paulo (SP)

R: O jogo foi a final da Copa do Brasil. A defesa pode não ser considerada a mais bonita, mas foi a mais importante. Aconte-ceu em Salvador, no primeiro tempo da final da Copa do Brasil, quando defendi um chute do Schwenck. Quanto à outra profissão, não tenho ideia. Sempre quis ser jogador de fute-bol. Até fiz faculdade de Educação Física, mas ainda não me vejo fazendo outra coisa.

10. Como foi para você vestir a Camisa 1 do San-tos FC em seu primeiro jogo como profissional?Vinicius Tenuta Taba - São Paulo (SP)

R: Foi uma surpresa. Me avisaram que eu jogaria um dia antes. Foi contra o Cruzeiro e ter-minou em 0 a 0. O Estádio estava cheio. Minha família me ligava, preocupada se eu estaria ner-voso. Mas eu fiquei tranquilo. Aquela era a rea-lização de um sonho e eu sabia que isso estava só começando. E a gente que se forma na base sabe o quanto é difícil se firmar. Quando se tem uma oportunidade, tem que acertar.

* dados de abril de 2011.

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38 NOTÍCIA

Prêmio

Estande turístico de Santos com cenário do Peixe vence Prêmio Top Aviesp 2011

Texto: Carolina RodriguesFotos: Ricardo Saibun

O Santos Futebol Clube é um dos maiores símbo-los da cidade de Santos.

Muito mais que isso, o Peixe ganha destaque por todo o mundo, devido à história gloriosa e aos craques do passado e do presente. Por esse motivo, a Secretaria de Turismo de Santos escolheu o Alvinegro Praiano para representar a cidade no estande turístico institucional, que é levado em feiras e eventos de turismo para fortalecer a imagem

da região e atrair turistas. O Clube mostrou ser uma boa

aposta, afinal, a cidade conseguiu a primeira colocação na categoria decoração do Prêmio Top Aviesp 2011, evento de renome que reúne profissionais de turismo.

O estande de Santos venceu a premiação após participar da 34ª Aviestur – Feira de Turismo dos agentes de Viagens do estado de São Paulo, realizada em abril, em Campos de Jordão (SP). Os agen-tes de viagem que comparece-ram à feira é quem escolheram os

vencedores do prêmio.

O estANDeO espaço de 24m² (8m de com-

primento e 3m de profundidade) foi desenvolvido para trazer todo o espírito do Santos Futebol Clube para os visitantes. Para isso, o estande possui um minicampo de futebol, com gramado, trave, bandeiras, banco de reserva, ilu-minação de estádio e até banners reproduzindo torcedores. Dá para se sentir um jogar na marca do pênalti em plena Vila Belmiro.

Além disso, o estande ainda tem vitrines, que exibem camisas autografadas, bolas e chuteiras do Santos FC. Para complementar o ambiente, há uma TV de LCD, de 42 polegadas, com transmissão de vídeos sobre a cidade e sobre o Peixe, e ainda um totem, em que o público pode consultar os sites do Clube e de turismo de Santos.

Em edições anteriores, a Secreta-ria de Turismo representou a orla da cidade e o bondinho de Santos, também conquistado diversos prêmios da categoria.

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