revista rock meeting #18

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Nesta edição #18: RM Apresentou: Cruor e Caravellus, Colônia de Férias, Tributo ao Sepultura, Darth Jeder, Tarja em Brasília. www.meadiciona.com/rockmeeting

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Page 1: Revista Rock Meeting #18
Page 2: Revista Rock Meeting #18

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Page 3: Revista Rock Meeting #18

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Já estamos em fevereiro, segundo mês do ano de

2011. Menos um mês e, agora, a pergunta do momento: o

que teremos daqui por diante? Se for parar e pensar sobre

esta questão pode-se, muito bem, destacar os eventos que

acontecerão nos meses a seguir.

Um não pode deixar de ser mencionada, a maior banda

de Heavy Metal, Iron Maiden, estará se apresentando aqui do

lado, nas terras vizinhas, em abril. E levando o mesmo nome

do mês, Abril Pro Rock, também reserva grandes shows com

bandas brasileiras e internacionais. Antes teremos a volta da

cantora soprano, Tarja Turunen, em março.

Estas e outras atrações estão para acontecer no Brasil. No Brasil.

Uma grande oportunidade para por de vez o país tropical na

rota dos grandes shows de bandas renomadas mundialmente.

Ótimo! Masjáparouerefl

etiuoquevaiaconteceremAlagoasn

este

período? Pois os únicos momentos em que os Headbangers

alagoanos irão ter o ‘prazer’ de ver shows é somente criando

caravanas, indo de carro com os amigos (quem pode), pegando

ônibus interestadual ou qualquer outro transporte e ‘visitar’

os estados vizinhos.

O ápice será em abril, com certeza! E antes? E depois?

Poucos querem arriscar com tais apresentações nesta

‘época’, pois o prejuízo é eminente e inevitável em virtude

da característica do público alagoano, em geral e, claro, das

apresentações avassaladoras.

Realmente o futuro é incerto. No entanto, ouve-se

burburinhos, indagações, situaçõ

es, mas nada confirmado.

Resta-nos, como espectadores, esperar... Como sempre!

Esperar para que haja algo bem legal, que alguma turnê de

bandas brasileiras aconteça. Vamos esperar, este é o nosso

conselho, por hora.

EDITORIAL

Page 4: Revista Rock Meeting #18

Serviço

- Darth Jed

er ... 0

2

- World Metal

... 04

- Tarja em

Brasília

... 06

- World Metal

... 09

- CAPA: 29 de

janeiro

... 11

- Ratamahatta

... 13

- Colônia de Féria

s ... 15

- Perfil RM ...

17

- Eu estava

lá ... 1

9

Pei Fang Fon

Page 5: Revista Rock Meeting #18

As matérias são de responsabilidade de quem assina e não reflete, necessariamente, a opinião da Revista.

Expediente

Direção GeralPei Fang Fon

FotografiaPei Fang Fon

RevisãoJonas SutareliPei Fang Fon

CapaLucas MarquesPei Fang Fon

EquipeDaniel Lima

Jonas SutareliLucas MarquesPei Fang Fon

AgradecimentosC Design - Art of Canuto

ContatoEmail: [email protected]: Revista Rock Meeting

Twitter: http://twitter.com/rockmeeting

Veja os nossos outros links:www.meadiciona.com/rockmeeting

Page 6: Revista Rock Meeting #18

Não é possível traçar uma genealogia precisa para o surgimento do termo “heavy metal”. Na verdade, como qualquer curioso pode descobrir na internet, a designação do gênero heavy metal é complexa e congrega uma série de fatores.

Quem não “filou” as aulas de química deve lembrar que os metais pesados são os elementos situados na tabela periódica entre o cobre e o chumbo que são considerados tóxicos, já que são reagentes que não são eliminados pelo corpo humano, ou seja, uma vez presentes na corrente sanguínea, os metais pesados não nos largarão mais. Segundo parte das lendas que envolvem o surgimento do heavy metal, a nomenclatura foi um adjetivo que o crítico Lester Bangs usou para definir negativamente o som do Led Zeppelin. Somado a isso, é bom lembrar que o nome Led Zeppelin vem de uma brincadeira que o baterista do Who, Keith Moon, fez durante os primeiros ensaios da superbanda. Ele achou o som tão pesado que não acreditou que Robert Plant e companhia poderiam decolar para lugar algum. Em uma outra história, Gezzer Buttler, baixista do Black Sabbath jura que a banda foi a primeira a ser chamada de heavy metal. “Era um termo pejorativo...’Isso não é rock’. É o som de um estrondo heavy metal”. Como se lê, dificilmente alguém pode afirmar ser o dono da ideia, até porque após o estrondo metálico nos anos setenta, todos pareciam querer a patente da criação. Não podemos esquecer que a banda Steppenwolf já gritava na canção Born to Be Wild, da trilha sonora do filme Easy Rider, “Like a heavy metal thunder”. Mas o que importa não é saber quem foi o primeiro a usar o nome, na verdade como aconteceu com a maioria dos gêneros musicais que surgiram ao longo do século XX, o heavy metal é uma história que congrega todos os personagens e situações que descrevi até aqui. Afinal, bandas como Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath e Uriah Heep, as pioneiras do metal, surgiram quase ao mesmo tempo e, todas , sem exceção, respondiam a uma certa desilusão com as utopias do universo hippie e com a dureza do cotidiano dos jovens da classe trabalhadora na Inglaterra dos anos 1970.

Jeder Janotti Jr. - Headbanger e professor da UFAL-UFPE

DARTH JEDER

Heavy Metal Thunder

02 Rock Meeting

Page 7: Revista Rock Meeting #18

Mas afinal o que permanece entre o som desses

pioneiros e as bandas que são chamadas de heavy

metal hoje em dia? O que há em comum entre

Led Zeppelin e Cradle of Filth? Aos ouvidos mais

desavisados quase nada. Para os milhões de jovem

que dedicam parte de seu tempo à audição dos

discos de heavy metal, muita coisa. Vá lá, o peso das

guitarras, os vocais, os solos, as letras, tudo parece

ter mudado, Tanto é que os fãs vintage torcem os

ouvidos para a atual sonoridade do metal, com

exceção das bandas de stoner metal, que mantém um

vínculo com a sonoridade dos anos setenta. Por outro

lado, a garotada que vai aos shows de metal muitas

vezes não suporta o apego às “velharias”. Então o

que temos em comum? Atitude, aquela atitude que

faz com que os desavisados tachem de heavy metal

um garoto turrão, difícil de acariciar. Ou chamem

de heavy metal o que eles acham que é teimosia.

Também é isso, mas é muito mais.

Vamos trocar um pouco os pontos de vista, que

tal ao invés de teimosia pensar em princípios, que

tal ao invés de mau humor ver seriedade. E isso é

atitude. Posição de quem escuta música como algo

que mostra quem somos e na identificação com um

modo de ver o mundo, que é sombrio, carrancudo,

mas também prazeroso e “energizante” . Para além

da “história” e do peso é isso que une Cradle of Filth

e Deep Purple. Além das fadas e demônios, claro!

03 Rock Meeting

Page 8: Revista Rock Meeting #18

ex vocalista do Nightwish, confirma show

em Brasília

04 Rock Meeting

Page 9: Revista Rock Meeting #18

Tarja Turunen, uma das maiores vocalistas de todos os tempos, vem à Brasília para a turnê de divulgação de seu novo disco “What Lies Beneath”. A apresentação acontecerá no dia 15 de março no Garden Hall.Lançado em setembro de 2010, “What Lies Beneath” foi um grande destaque nas paradas mundiais, onde foi o mais pedido nas paradas de Heavy Metal na Itália, tendo também alcançado o Top 10 na Alemanha, República Tcheca e Finlândia. No Brasil, por duas semanas, Tarja foi campeã no Top 10 da MTV. O clipe de “Until My Last Breath” venceu concorrentes populares entre os jovens e se manteve entre os mais votados no programa, com mais de 20 mil votos diários.”

BIO

Tarja é a cantora mais popular de seu país, eleita a voz da Finlândia pela presidente Tarja Halonen. Ela também é uma das cantoras do gênero mais populares da Europa. A cantora já foi indicada para seis Emma Awards e em 2009 foi pré-nomeada para o Grammy Awards por um trabalho conjunto com o artista Schiller. A voz de Tarja é descrita pela crítica como poderosa, marcante e emocional, e mesmo críticos que não apreciam música clássica já apontaram que Tarja sabe usar suas raízes clássicas muito bem dentro do heavy metal. Até o fim de sua participação no Nightwish, Tarja era apontada como imagem e marca da banda. Ela sempre foi descrita como a responsável pelo sucesso do grupo internacionalmente. Além disso, ela sempre foi respeitada por outros artistas e bandas do gênero: Scorpions, Iron Maiden, Ozzy Osbourne e Mötley Crüe já se posicionaram favoravelmente a Tarja.

Page 10: Revista Rock Meeting #18

Checklist

Banda:Mike Terrana: bateria ( Yngwie J. Malmsteen, Rage, Masterplan)Doug Wimbish: baixo ( Rolling Stones, Madonna, Joe Satriani)Julian Barrett: guitarra (Lörihen)Christian Krestchmar: teclado (Al Bano & Romina Power, Alternative Allstars)Max Lilja: Cello (Apocalyptica)

Serviço:

Tarja Turunen - What Lies Beneath TourCidade: BrasíliaData: 15 de março, terça-feiraLocal: Garden Hall (Shtn TR 02 cj 05 Asa Norte)www.gardenhall.com.brPreços dos Ingressos:Premium R$ 100,00 (meia)Pista R$ 60,00 (meia)Desconto de meia-entrada para: estudantes, professores, funcionários públicos, Cliente Sempre Você do Correio Braziliense, Academia Abody Teck, Cartão Claro Clube, funcionários SICOOB, Clientes Clubin, Clientes do Porão 666, VIP Mormaii, OAB.

Pontos de vendasLojas Chilli BeansPela internet: bilheteriadigital.com.br Em até 12x no cartão de crédito (somente pela internet)- As vendas do show começam dia 31 de janeiro pela internet e dia 2 de fevereiro nos pontos de venda.Classificação etária: 16 anosInformações: 61 3364-0000 / twitter.com/parkshowRealização: Top Link e Park Show

06 Rock Meeting

Page 11: Revista Rock Meeting #18

07 Rock Meeting

Within Temptation: samples do novo álbum revelados

Ouça samples de todas as faixas do novo álbum da banda de metal sinfônico Within Temptation, “The Unforgiving”, no site de vendas alemão JPC: http://www.jpc.de/jpcng/poprock/detail/-/art/With in-Temptat ion-The-Unforgiv ing/hnum/2273560

Mötley Crüe: cinco datas da turnê latino-americana

A ansiedade dos fãs brasileiros do Mötley Crüe continua grande. Os boatos sobre a vinda da banda ao país ficaram maiores após o site da Galeria do Rock divulgarum possível show em São Paulo, no mês de maio.Contudo, ao menos por enquanto, foram confirmadas oficialmente cinco datas para a turnê na América Latina e o Brasil não está na lista.Na página oficial do Mötley Crüe, três

a p r e s e n t a ç õ e s no México estão agendadas para os dias 24, 26 e 27 de maio. Já o site argentino da empresa Ticketek destaca dois shows em Buenos Aires, marcados para 19 e 20 do mesmo mês.

19/05 - Buenos Aires (Estadio Cubierto Malvinas Argentinas)20/05 - Buenos Aires (Estadio Cubierto Malvinas Argentinas)24/05 - Cidade do México (Palacio De Los Deportes)26/05 - Monterrey (Teatro Banamex)27/05 - Guadalajara (Arena VFG)

Slayer: guitarrista do Exodus será o substituto de Hanneman O Slayer chamou o guitarrista Gary Holt para substituir temporariamente Jeff Hanneman. Holt é guitarrista da banda Exodus e tocará no grupo até que Hanneman se recupere de uma cirurgia. Jeff Hanneman precisou fazer uma cirurgia de emergência no seu braço direito, no mês passado, depois de contrair infecção por causa de uma picada de aranha. O guitarrista está se recuperando em casa e espera logo voltar a tocar com o Slayer. Segundo os médicos de Jeff, a infecção foi causada por uma bactéria que poderia destruir a gordura e os tecidos que compõem

os músculos do braço. Gary Holt tocará com a banda durante a turnê australiana do grupo. O Slayer vai tocar no festival australiano Soundwave.

Grave Digger: novo trailer de The Clans Are Still Marching

Está disponível online um novo trailer do próximo DVD do Grave Digger, que será lançado no dia 04 de março, via Napalm Records.Veja o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=F_26PA5yuqw&feature=player_embedded

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Nevermore: baixista passa por cirurgia no cérebro O baixista Jim Sheppard, da banda americana Nevermore, foi submetido a uma cirurgia no dia 16 de fevereiro, para remover um tumor cerebral benigno. O vocalista da banda, Warrel Dane, disse: “Por favor, todos os irmãos e irmãs metalheads, envie suas energias positivas para o nosso irmão”. Sheppard perdeu vários shows com o Nevermore devido à outra moléstia: Doença de Crohn (inflamação crônica de uma ou mais partes do tubo digestivo), um problema que o acompanha há quase 20 anos. Para substituir Sheppard a banda contou com um amigo de longa data, James MacDonough (Megadeth, ex-Iced Earth).

Cavalera Conspiracy: faixa título de álbum para audição

“Blunt Force Trauma”, a faixa título do segundo álbum do Cavalera Conspiracy (projeto com os ex-integrantes do Sepultura Max Cavalera e Igor Cavalera). O álbum será lançado no dia 28 de março juntamente com um CD/DVD. “Blunt Force Trauma” teve mais uma

vez a produção de Logan Mader (ex-Machine Head / Soulfly). A formação atual do Cavalera Conspiracy é composta por: Marc Rizzo (guitarra) que toca com Max no Soulfly e o Johnny Chow (baixo). O grupo ainda será a banda de abertura do show do Iron Maiden, dia 26 de

março, no Morumbi em São Paulo.

Ouça: http://www.roadrunnerrecords.com/music/Cavalera-Conspiracy--Blunt-Force-Trauma-3460.aspx

Morbid Angel: divulgada data de lançamento do novo álbum A gravadora francesa Season Of Mist informou a BraveWords.com que o álbum ainda sem título do Morbid Angel será lançado no dia 02 de junho e está sendo descrito como “algo entre o bizarro e sua músicas clássicas.” A turnê de primavera e verão do Morbid Angel foi confirmada. Após o show no Festival de Scion em Pomona, Califórnia, no próximo mês, a banda vai para o Japão, Singapura e Austrália, em maio, bem como Suécia, Dinamarca, França, Alemanha, Portugal, República Checa e Inglaterra neste verão.

Shadowside: com Soilwork, Dark Tranquillity e Dream Evil Mikael Stanne (Dark Tranquillity), Björn “Speed” Strid (Soilwork) e Niklas Isfeldt (Dream Evil) estiveram recentemente no Fredman Studio, em Gotemburgo, Suécia, para gravar participação em “Inner Monster Out”, música que fará parte do próximo disco de inéditas da banda brasileira Shadowside. Dani Nolden (vocal), Raphael Mattos (guitarra), Ricardo Piccoli (baixo) e Fabio Buitvidas (bateria) estão dando os últimos toques ao seu novo álbum. A produção está sob o comando de Fredrik Nordström, famoso por ter trabalhado com At The Gates, In Flames, Dark Tranquillity, Arch Enemy, Soilwork, Bring Me The Horizon e outros.

Rock in Rio: Tarja Turunen no Palco Sunset

Tarja Turunen vai participar do Rock in Rio IV. Essa informação foi confirmada pelos próprios organizadores do festival. A cantora tocará junto com a banda Angra no dia 25/09/11 no palco Sunset. Esse palco também contará com a apresentação das bandas Matanza e Sepultura no mesmo.

08 Rock Meeting

Page 13: Revista Rock Meeting #18
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Por Daniel Lima (@daniellimarm | [email protected])Fotos: Pei Fang Fon (@poifang | [email protected])

29 de janeiro. Último sábado do mês. Mais um evento organizado pela Revista Rock Meeting, no KFofo – lugar já frequentado por shows de Metal, o público compareceu para prestigiar. Desta vez, as bandas pernambucanas Caravellus e Cruor foram as arações principais ao lado das alagoanas DarkTale e Code.

O SHOW

O primeiro show do ano foi marcado pela diversidade de estilos que estão inseridos no Heavy Metal. As apresentações foram iniciadas pela banda DarkTale que representa muito bem o Doom Metal feito em Alagoas. Com um repertório marcado, principalmente por músicas próprias, a DarkTale fez um show que mostrou que, apesar do tempo que a banda passou fora dos palcos, fez muito bem à ela. Um show

havia acontecido no final do ano passado, mas esse consolidou a volta desta banda admirada pelos headbangers. Any, Braga e companhia estavam muito à vontade e isso facilitou a interação entre banda e público. Novas músicas foram tocadas como ‘Cathedral of Woe’, além das antigas do ‘...and Darkness Fell’, seu primeiro EP. O show foi encerrado com um cover do Silent Cry, ‘My tears are still falling’, que fez todos baterem cabeça.

10 Rock Meeting

Mais uma invasão

pernambucana em terras alagoana

As bandas Caravellus e Cruor foram as atrações junto com Daktale e Code no KFofo

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Em seguida, a saudosa Kedma Villar juntou-se aos seus companheiros que formam a banda Code para mostrar a agressividade que há em solo alagoano. A banda tocou músicas próprias e covers. Pequenos problemas ocorreram durante a apresentação, mas nada que viesse a abalá-los. Com um repertório reduzido, a banda fez um show rápido, porém marcante para os presentes no evento. A etapa de bandas alagoanas estava chegando ao fim no KFofo e a invasão pernambucana iria começar. Esta invasão pernambucana começou com a banda Caravellus que estava fazendo o primeiro show da turnê ‘Knowledge Machine Tour’ que irá rodar pelo Brasil. O público cantava as músicas e animava a banda que mostrava estar satisfeita com o que estava vendo. ‘Corsairs in Black’ foi a música de abertura dos corsários da Caravellus. Em um certo momento do show, o vocalista, Raphael Dantas, convidou um fã para cantar com ele e, muito emocionado, o garoto cantou junto. Essa não foi a única participação no show da Caravellus, o vocalista da banda Cruor, Wilfred Gadêlha, foi convidado para cantar uma música do Sepultura com eles e repetiram a dose no final do show. Um excelente show que deixou todos satisfeitos com o som e a técnica musical da banda.

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Para encerrar, a banda Cruor subiu no palco para mostrar o melhor do Thrash Metal pernambucano. O público já estava reduzido, mas quem estava presente não deixou a empolgação de lado e bateu cabeça junto com a banda. Tocando músicas próprias e covers, a Cruor mostrou o porquê está na estrada há bastante tempo. No final ainda rolou uma música do Metallica. Um show excelente para poucos convidados. Cruzando a barreira interestadual, as bandas Cruor e Caravellus entraram o ano de 2011 com o pé direito. Esse foi o resultado dos shows que elas fizeram e também as representantes alagoanas Code e DarkTale que estavam neste que foi o primeiro de dezenas de shows que irão ocorrer no circuito underground alagoano. O ponta pé inicial para os shows em Alagoas já foi dado.

12 Rock Meeting

Page 17: Revista Rock Meeting #18

Con

exão

PE

Um passo à frenteBandas pernambucanas gravam um tributo em homenagem a

banda mineira Sepultura

Por Pei Fang Fon (@poifang | [email protected])

Ratamahatta poderia ser qualquer outra coisa se não fosse uma música do Sepultura, umas das bandas que representam bem o Brasil por ai a fora. No entanto, ao longo de seus 26 anos de existência, o Metal pernambucano resolveu fazer uma homenagem. Idealizado por Emanuel Júnior (Recifense, 27 anos, Headbanger, fã de Sepultura), o projeto ‘Ratamahatta – De Pernambuco para o mundo’ foi algo inovador nos tempos midiáticos em que estávamos vivendo. Ele reuniu algumas bandas do estado nordestino para que regravassem, ao seu bel prazer, qualquer música do Sepultura. Bandas já conhecida do público alagoano como Cruor, Cangaço e Pandemmy fazem parte do lineup do projeto. Além destas bandas ainda contou com Malkuth, Desalma, Doleo Aeternus, Eternal Oblivion, Infested Blood, Insurrection Down, Lethal Virus, Moria, Nobb, Sonoris Fabrica, True Violence, Unscarred. Para saber um pouco mais sobre este ‘memorial’, a Rock Meeting entrevistou o idealizador do projeto que contou com a ajuda do designer e integrante da banda Inner Demons Rise, Alcides Burn. Confira!

Baixe o seu Tributo: http://sepultura.uol.com.br/v7/

13 Rock Meeting

Page 18: Revista Rock Meeting #18

Então, por qual razão fazer este projeto?Emanuel - Sou fã do Sepultura há muito tempo e a ideia do Tributo surgiu de forma natural, como uma maneira de querer homenagear a minha banda favorita. Certo dia, imaginei que seria muito interessante reunirmos bandas pernambucanas em uma homenagem ao Sepultura. Interessante pelo Tributo à maior banda nacional de todos os tempos e também por mostrar ao mundo que em Pernambuco há uma cena forte, com grandes bandas.

Você chegou a entrar em contato com o Sepultura para falar sobre o projeto?Emanuel - Antes de entrar em contato com as bandas locais, procurei saber a disponibilidade do próprio Sepultura a fim de que pudéssemos lançar o Tributo no próprio site oficial dos caras. E, desde o primeiro momento, sempre houve muita atenção e total interesse no projeto por parte tanto do Estevam (webmaster do site oficial) quanto do Andreas Kisser (guitarrista da banda) foi com os dois que sempre mantive contatos.Desde os primeiros passos deste projeto o pessoal do Sepultura foi informado e, acima de tudo, apoiou a ideia.

E as bandas locais, como foi o processo de escolha?Emanuel - Então, parti para a segunda etapa - falar com amigos e conhecidos membros de grupos locais (a esta altura, também contei com a colaboração indispensável de Alcides Burn e outros, que também fizeram o contato com algumas bandas), para saber quem estaria interessado em participar do projeto. A propósito, Alcides Burn também elaborou a capa do Tributo, que ficou espetacular. Inicialmente, tínhamos uma lista de 24 bandas predispostas, entretanto algumas ficaram pelo caminho (digamos assim) e fechamos o ciclo com 15 bandas, aquelas que foram até o final (ou seja, as que entregaram todo o material).

Depoimentos sobre o Tributo

Cangaço - "Procuramos escolher uma música que representasse a de transição entre o antigo e o novo sepultura. Além do que, Attitude tem uma letra incrível, quase de auto-ajuda e uma levada bem regional. Apesar da demora para a conclusão do tributo, não poderíamos ficar mais honrados em homenagear a banda de Metal mais importante da América Latina, certamente muitos tributos virão no futuro... Ah! Uma curiosidade, optamos por não utilizar guitarras em nossa gravação, apenas por experimentalismo. Quem escutar atentamente ouvirá vários contrabaixos alterados.”.

Pandemmy - "É um prazer muito grande participar desse projeto dedicado a uma das maiores bandas de Heavy Metal do mundo. Escolhemos gravar uma música da atual fase da banda, no caso (Convicted In LIfe do álbum Dante XXI) pois achamos que o Sepultura continua fiel a sua proposta e mesmo após 25 anos de estrada a banda continua lançando ótimos álbuns como o Dante XXI e o A-Lex."

Cruor - " Como era uma homenagem, decidimos dar uma roupagem nova e para isso mudamos algumas bases e convidamos o guitarrista de jazz rock fusion e amigo nosso há mais de 20 anos, Alexandre Bicudo, que deu um toque de Allan Holdsworth com seus impecáveis solos outsiders. Também tivemos a participação de João Carlos, conhecido no Recife como João do Cello. Ele é violoncelista da Orquestra Sinfonica do Recife e criador da Orquestra de Experimental de Câmara. A participação dos amigos nessa faixa foi fundamental."

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Por Lucas Marques (@lucasmarx | [email protected])Fotos: Tijolada na Molera

Fevereiro. Último mês de férias para a maioria das pessoas, hora de começar o ano. Para não deixar esse tempo passar em branco e aproveitar as últimas semanas livres da galera, foi criado o “Festival Colônia de Férias”.

Foram dois dias de muito som com boa diversidade de estilos, atraindo várias tribos e colocando um número considerável de pessoas dentro da casa. O evento aconteceu nos dias 14 e 15 na velha conhecida casa de eventos KFofo Show Bar. Várias bandas se apresentaram durante esses dois dias de muito Rock’n’roll, bandas das antigas e grupos mais recentes dividiram o mesmo palco, umas mais conhecidas e outras bem menos. Bandas de fora do circuito maceioense também colaram no evento, dando mais opções para quem foi prestigiar. Segue o review do primeiro dia.

O SHOW

O primeiro dia começou com um pouco de atraso, algo natural na cultura underground desta terra. Mas nada que pudesse atrapalhar o andamento normal dos shows. Quem abriu o dia foi a banda RockDog, que, como de costume, tocou para um público não muito grande, justamente por começar. Logo após, quem comandou a festa foi a banda Adrenaline, levando o seu famoso peso. Neste momento o KFOFO já estava bem cheio, surpreendendo a muitos quando comparado ao público do início do show. A Adrenaline agitou muito, dando início aos primeiros mosh-pits do dia.

15 Rock Meeting

Page 20: Revista Rock Meeting #18

Em seguida sobe ao palco uma das mais antigas bandas que ainda estão em atividade em Maceió, talvez uma das mais aguardadas da noite. A banda Abismo veio com tudo, como era esperado pelo público. Seu set-list recheado de peso e agressividade era composto por músicas próprias que oscilavam em novas e antigas, mas todas com aquela energia característica da banda. A galera já estava ensandecida àquela altura do show, protagonizando um dos maiores e mais “violentos” cicle-pits do primeiro dia. Definitivamente, Abismo foi a banda que mais agitou a noite. Mia Dolce Vendetta foi quem assumiu o comando na sequência. Com não menos empolgação que as outras, a MDV fez uma bela apresentação, não decepcionando quem foi só para vê-la. Representando super bem o estilo, a Mia Dolce Vendetta foi a última banda de uma sequência incrível de Metal, mostrando que o estilo continua cada vez mais forte no meio Rock’n’roll alagoano. Na sequência, a banda ODD veio com tudo, trazendo os maiores clássicos da banda Punk estadunidense NOFX, eles fizeram um show impecável, divertindo a todos os fãs do estilo. De Recife veio a banda Nômades, uma banda de Punk Rock com um certo reconhecimento do pessoal por aqui. A banda fez um show realmente Punk, rápido e direto. O público já era um tanto menor neste momento, mas quem estava lá mostrou o quanto essa banda é apreciada por aqui. Em seguida viria a banda Mostermorgue, de Delmiro Golveia. Mas por alguns problemas somente alguns integrantes da banda colaram por aqui. Mas isso não foi problema, pois os que compareceram resolveram tocar mesmo assim. Da forma mais espontânea e improvisada possível, os integrantes presentes fizeram um pequeno set-list e fizeram uma apresentação épica. Quem fecharia a noite seria a banda de “Grindcore Violence”, Sälädä. Que não pôde apresentar-se por conta do horário que já estava avançado. Houve uma falta de comunicação entre o evento e a banda, que teria sido escalada para fechar a noite pouco tempo antes do evento e não haviam se programado para isso. E assim encerrou o primeiro dia do Festival Colônia de Férias. Shows muito bons para um público grande e diverso, uma realização de sucesso.

16 Rock Meeting

Page 21: Revista Rock Meeting #18

- Apresente-seOlá sou Natasha Aretha, 25 anos, vocalista e micro-empreendedora, prazer!

- Você é a proprietária da mais recente loja de artigos de rock e derivados. Como surgiu tal ideia? Era uma vontade antiga?O fato de hoje está comandando uma loja de moda rock e acessórios já era uma vontade antiga, aliás um sonho de trabalhar com o que mais gosto: ‘rock’.

- Qual a verdadeira intenção de entrar neste ramo do comércio varejista de artigo para um público específico?A verdadeira intenção não é apenas me tornar alguém bem sucedida profissionalmente, mas sim, principalmente, dar apoio ao segmento que estava faltando na cidade.

- O ambiente e o design da loja são completamente diferentes do que já houve na cidade. Quais foram suas inspirações?O design da loja foi pensado com muito carinho! Sou apaixonada pelos anos 80's e 90's e isso já me inspirou bastante, junto com um toque ‘Pin up’ (estilo feminino antigo) e o retrô fechando a

ideia. As cores e os objetos foram importantes para dar um toque final.

- Há pouco mais de um mês, o que você, como empresária deste ramo, pode falar sobre o seu trabalho? Sonhos, conquistas, decepções, enfim, faça uma análise, parcial, do que você viu durante o período de abertura e continuidade da loja.Sonhos sim. Conquista ‘suadíssima’, mas decepções não. Nesse pouco tempo da abertura da ‘Pepper Shop’ posso dizer que as pessoas estão aceitando muito bem... não só apenas quem já conhece o estilo, mas também quem nunca viu. Estou aprendendo e ao mesmo tempo unindo meu conhecimento na área e está sendo uma experiência maravilhosa! Vejo todos os dias pessoas novas que, finalmente, estão se encontrando de novo e podem expressar seu visual e seu gosto musical por ai. Fico feliz de está agradando a todos no mundo Rock e recebendo de braços abertos aqueles que estão se identificando com o estilo. Sobre o futuro, estamos conquistando nosso espaço e posso dizer que isso está sendo um passo muito importante na história da cidade, a proposta veio pra ficar. Que todos sejam bem-vindos na Pepper Shop!

Per

Fil

rM

O Perfil RM desta edição traz a

proprietária da mais nova loja de artigos de Rock de Maceió,

Natasha. Conheça um pouco

mais sobre ela.

17 Rock Meeting

Page 22: Revista Rock Meeting #18

- Por você optar por ter uma loja específica para um público alvo, você sofreu algum tipo de pressão familiar, por exemplo?Eu sempre fui a estranha no ninho familiar (risos). Eles podem até falar, mas não recebi nenhum tipo de pressão e se recebesse isso não me faria parar. Costumo dizer que ser diferente não é pra todos!

- A loja é bem variada, principalmente para as meninas que gostam de ousar, você também segue um visual diferente. Você vai para um evento. Com qual roupa você vai?Sim, eu tenho meu próprio visual. Gosto de ser diferente e ousada isso marca muito a nossa personalidade e ser original é importante. Se vou para algum evento costumo primeiramente vestir roupas confortáveis, desde a minha adolescência sempre fui meio grunge apenas para me vestir, às vezes ouso ser mais ‘dark’, mas no final sempre acabo com um jeans velho,camiseta de banda e xadrez (risos).

- Saindo um pouco do trabalho, o que Natasha escuta?Adoro Red Hot Chili Peppers, sou aquela fã alucinada! Mas tenho um gosto musical amplo. Minhas bandas favoritas são: Red Hot Chilli Peppers, Faith No More, Incubus, Prodigy, Jamiroquai, Engenheiros do Hawai. E também tenho meu gosto lado B voltado pros anos 80's e 90's como:Madonna e Tina Turner

- Continuando sobre música, quais shows você já foi e destacaria como inesquecível?Nossa shows...já fui ao Faith No More em SP no ano 2009. Lá também vi Deftones, Sepultura, Janes Addiction. Em 2010 fui para o Festival SWU e vi o Incubus, Rage Against The Machine, Avenged Sevenfold, Queens of the Stone Age, Linkin Park, The Mars Volta, Infestious Grooves (que eu recomendo),

Sublime (que adoro) e Cavalera Conspirancy, que foi irado! Apesar de ter ouvido pouquíssimo. No mês seguinte ao SWU fui ver o Jamiroquai, nossa foi maravilhoso! Inesquecível foi Faith no more, Incubus e Jamiroquai por terem sido envolventes, alguns agressivos, expressivos e outro dançante. Foi demais! Mas no geral foi uma experiência maravilhosa de ver e ouvir bandas bem sucedidas e num festival desse quem já foi, ou ainda vai, com certeza vai aprender muito como lidar com diferenças musicais e ao mesmo tempo é muito legal conhecer bandas e pessoas que você jamais poderia imaginar.E agora estou esperando o Rock In Rio, Red Hot Chilli Peppers. Nossa, estou a mil! Contando os micro segundos (risos)!

- Qual o seu top 5 das músicas que você tem ouvido bastante? Expresse em poucas palavras sobre cada uma delas.‘Dig’ (Incubus) – Música que fala do companheirismos, sobre nossos fracassos, mas nunca estamos sozinhos.‘Hang it over’ (Jamiroquai) – Sofisticada, bem trabalhada e um pouco de blues. Faz parte do novo álbum ‘Rock dust like star’.‘Just a girl’ (No Doubt) – Relembrando bons tempos onde as meninas estavam ganhando mais espaço no Rock!‘Celebrity skin’ (Hole) – Bons tempos e loucura!‘Blur’ (Song 2) – Saudades [risos]

- Por último, o que está por vir de novidade na Pepper Shop? Muito obrigado, sucesso!Novidades na Pepper Shop... Sempre novos produtos, novas camisetas e acessórios. Em breve coturnos e votas estarão disponíveis. Em julho, mês do Rock, nossa coleção ganhará algumas surpresas. Aguardem! Quero agradecer o espaço na Rock Meeting e muito sucesso para todos nós! E vamos fazer mais e falar menos em nome da cena. Obrigada!

18 Rock Meeting

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EUESTAVA LÁ

A coluna de fotos deste mês traz a lembrança do show que aconteceu no último sábado de janeiro (29), onde Caravellus, Cruor, Code e DarkTale fizeram um show inesquecível. Fotos: Pei Fang Fon

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