revista ribatejo invest / janeiro 2016

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Janeiro 2016 | N.º 4 + Empreendedorismo e Inovação Meio milhão de euros para apoiar empreendedorismo na Lezíria do Tejo Desenvolvimento Regional Font Salem investe 8,6 milhões de euros para ampliação da produção IKI Mobile escolhe Coruche para instalar fábrica de telemóveis Maria do Céu Albuquerque: “A manutenção da economia só se faz com empresas bem preparadas” 2016 inicia com novos avisos

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Dar a conhecer o que de melhor se faz a nível empresarial na região do Ribatejo foi o objetivo a que nos propusemos cumprir desde a primeira edição da Revista Ribatejo Invest. Ao longo destes quatro meses, visitámos dezenas de empresas, falámos com muitos empresários e demos a conhecer os seus produtos e serviços, os seus projetos, as suas preocupações e as expetativas para o futuro. Nesta edição, para além de apresentarmos as oportunidades no âmbito do Portugal 2020, damos a conhecer alguns novos investimentos da região, bem como a capacidade o trabalho de empresas como a Renova, a Mundifer e a Cabena.

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Janeiro 2016 | N.º 4

+

Empreendedorismo e Inovação

Meio milhão de euros para apoiarempreendedorismo na Lezíria do Tejo

Desenvolvimento Regional

Font Salem investe 8,6 milhões de euros para ampliação da produção

IKI Mobile escolhe Coruche para instalar fábricade telemóveis

Maria do Céu Albuquerque: “A manutenção da economia só se faz com empresas bem preparadas”

2016 inicia com novos avisos

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ÍNDICE

Janeiro 2016 | N.º 4

FICHA TÉCNICA

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Diretora:Maria Salomé Rafael

Conselho Redatorial:Cláudia MonteiroSandra [email protected]

Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)

Publicidade:Maria João [email protected]

Propriedade:NERSANT, AE.Várzea de Mesiões - Apartado 1772354-909 Torres NovasTel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt

Periodicidade:Mensal

Tiragem:250 exemplares

DESENVOLVIMENTO REGIONAL 04 Breves

06 Empresas

08 Novos investimentos: Adega da Falua

10 Produtos / Marcas: RENOVA

13 Poder Local

16 Entrevista a Maria do Céu Albuquerque, Presidente da Câmara Municipal de Abrantes

INFORMAÇÃO E APOIO 20 Portugal 2020

22 Sustentabilidade Ambiental

26 Segurança Social Direta

27 Gesinov Social

VIVER O TEJO24 Museus, Artes e Ofícios

INFORMAÇÃO E APOIO 29 Medida Vida Ativa

30 Business Intelligence: Decidir com Sabedoria

32 Sistemas de Informação para a Gestão

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO34 Notícias

38 Empreendedorismo: Mundifer

INTERNACIONALIZAÇÃO40 Empresas exportadoras: Cabena

42 Notícias

44 Informação de mercado: Brasil e o Estado da Bahia

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4 www.nersant.ptJANEIRO 2016

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Editorial

Ribatejo Invest

Dar a conhecer o que de melhor se faz a nível empresarial na região do Ribate-jo foi o objetivo a que nos propusemos cumprir desde a primeira edição da Revista Ribatejo INVEST.

Ao longo destes quatro meses, visitámos dezenas de empresas, falámos com muitos empresários e demos a conhecer os seus produtos e serviços, os seus projetos, as suas preocupações e as expetativas para o futuro.

Visitámos empresas com apenas um colaborador, que nasceram ao abrigo de projetos de criação do próprio emprego apoiados pela NERSANT, mas estivemos também em algumas das maiores empresas da região e do país.

A diversidade das atividades económicas existentes no distrito, que mais uma vez pudemos constatar e que procurámos transpor para as páginas desta Revista é, como tantas vezes temos afi rmado, uma mais-valia que nos tem permitido mitigar os efeitos de uma crise económica que já destruiu tantas empresas e postos de trabalho.

Apesar dos problemas que persistem e que continuam a dificultar o crescimento (e em alguns casos a própria sobrevivência) das nossas empresas, como é o caso do acesso ao crédito bancário, da burocracia, da carga fi scal excessiva, temos empresas que continuam a investir, a criar emprego e a inovar.

Infelizmente, muitos outros projetos que a região tanto precisa, continuam na gaveta porque, como sabemos, a instabilidade e a incerteza não favorecem o desenvolvimento económico. Aguardamos ainda que a Instituição Financeira de Desenvolvimento (Banco de Fomento) e o Portugal 2020 entrem rapidamente em velocidade cruzeiro e assegurem às nossas empresas os apoios que elas tanto precisam e pelos quais já desesperamos.

Maria Salomé Rafael

Presidente da Direção da NERSANT

A Pistelli Engenharia Portugal instalou uma cobertura tensionada para três quadras de ténis, com cerca de 2700m², no Clube de Ténis de Paços de Brandão na Cidade Santa Maria da Feira. Esta cobertura possui um aspeto futurista e grandioso, principalmente pelo design, que se enquadra perfeitamente num espaço verde circundante. Para além disso, a cobertura permite proteger os jogadores de ténis da chuva, vento e sol, ao mesmo tempo permite a visualização dos jogos nos vários ângulos, uma vez que a mesma é aberta junto ao pavimento.Este tipo de cobertura serve para

qualquer recinto desportivo e é permanente (não desmontável), sendo fabricada à medida do cliente. A Pistelli Engenharia (Insufl ar), é uma empresa que está instalada em Constância.

PISTELLI ENGENHARIA INSTALOU COBERTURA INOVADORA EM SANTA MARIA DA FEIRA

O Hotel Marriott Lisboa instalou uma solução de Sinalética Digital desenvolvida pela Bindopor – DDS Digital Dynamic Signage. O sistema DDS agora instalado, gere e informa acerca da ocupação das diversas

salas de reunião e presta informação de carácter geral aos hóspedes do Hotel.A solução de Sinalética Digital desenvolvida pela Bindopor, empresa de Ourém, foi selecionada pelo Marriott Lisboa de entre um grupo alargado de fornecedores nacionais e internacionais. A solução adotada, integra 19 terminais distribuídos pelo Lobby e zona MICE. A plataforma de gestão de conteúdos, intuitiva e “user-friendly”, permite ao operador criar, gerir, programar no tempo e disponibilizar em tempo real e de forma individual, a informação para cada terminal.

BINDOPOR INSTALA SINALÉTICA DDS NO HOTEL MARRIOTT…

A ECS Capital, que acolheu os Hotéis CS quando estes se tornaram insol-ventes, apresentou a nova marca NAU Hotels & Resorts que substitui a ante-rior designação. A Bindopor é a empre-sa responsável pela implementação da nova imagem, tendo iniciado a primeira fase do processo, que substitui no exterior a Sinalética que identifi ca as 10 unidades do grupo Hoteleiro.Com a nova marca, a ECS Capital pretende ganhar força junto dos opera-dores internacionais e reposicionar os hotéis, que agora se viram para seg-mentos diversos do mercado. Segundo Pedro Almeida, presidente do Conse-lho de Administração da NAU, “o caminho da NAU é velejar para a frente”.No âmbito desta nova marca, inaugu-rou em dezembro, nas proximidades

da Torre de Belém, a nova unidade NAU, tendo a Bindopor desenvolvido o projeto de Wayfi nding e produzido a Sinalética interior e exterior. No interior, a opção recaiu por peças em latão com tetos e grafi smos a baixo relevo e acabamento tipo “francês”. No exterior os diversos elementos seguem as normas da marca.Como habitualmente, a Bindopor desenvolveu um trabalho colaborativo com os arquitetos Jorge Cruz Pinto e Maria Cristina Mantas, bem como com a Designer de Interiores Nini Andrade Silva.

…E NOS NOVOS HOTÉIS NAU

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O MIRANTE PASSA A SER PROPRIEDADE DA EMPRESA VALEDOTEJO E MUDA SEDE SOCIAL PARA SANTARÉM

Ao fi m de vinte e oito anos de existência, O MIRANTE deixa de pertencer à sociedade Joaquim António Emídio e Maria de Fátima Emídio, com sede na Chamusca, passan-do para a posse da empresa Valedotejo - Comunicação Social Lda., com sede em Santarém.A informação foi tornada pública em Bena-vente, no decurso da cerimónia de entrega dos galardões “Empresa do Ano”, iniciativa que O MIRANTE realiza há 15 anos em con-junto com a NERSANT – Associação Empre-sarial da Região de Santarém.Falando para galardoados, empresários, autarcas e convidados em geral, que mar-caram presença no cine-teatro municipal, o Director-Geral de O MIRANTE, Joaquim António Emídio, anunciou também que a renovação dos sites do jornal (Semanal e Diário), está a ser feita pelos designers grá-fi cos que têm a seu cargo os sites das publi-cações do grupo Impresa, nomeadamente do jornal Expresso e da Revista Visão.

INOVARCUS ELABORA PROJETO DE ARQUITETURA PARA IPSS DE OURÉM

A empresa INOVARCUS está a trabalhar com a ACRA - Associação Cultural e Recre-ativa de Alburitel para a elaboração de um projeto de arquitetura do novo edifício desta IPSS, que permitirá responder de forma adequada às solicitações da população. As atuais instalações da ACRA são mani-festamente insufi cientes para os pedidos de prestação de serviços que são solicitados nas várias valências, sobretudo na valência de Lar de Idosos. Neste sentido, e sendo a ACRA uma Instituição com objetivos cons-tantes, entendeu necessária a construção de novas instalações para albergar todas as Respostas Sociais.

Neste momento, foi já adquirido o terreno e elaborado projeto de arquitetura que possi-bilita a prestação de serviços a 30 utentes em Centro de Dia, 30 em Apoio Domiciliário e 40 em Lar. O edifício possui condições de ser mais rentabilizado em termos de núme-ro de camas, dada a alteração recentemen-te verifi cada na Lei. Possui gabinetes de direção e pessoal, cozinha do tipo industrial com apoio de dispensa geral de frios, gabi-netes de saúde, capela, sala de refeições e sala de estar e de atividades lúdicas, espa-ços de saúde como massagem, manicura e pedicura. Mantendo o intuito de servir a população em geral, mesmo a mais jovem

e de meia idade, foi também contemplado um ginásio tirando partido da orientação do edifício com a envolvente natural.O projeto de arquitetura deste novo edifício está a ser desenvolvido pela INOVARCUS, e, logo que seja concretizado, permitirá a criação de 20 novos postos de trabalho diretos.

TECNIPEC RENOVA CERTIFICAÇÃO DO SISTEMADE GESTÃO DA QUALIDADE

A Lloyd’s Register LRQA, em representação da Lloyd’s Register Quality Assurance Limited, emitiu os certifi cados de aprovação relativos à norma ISO 9001:2008, renovando a acreditação ao Sistema de Gestão da Qualidade da Tecni pec, tanto a nível nacional - pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC) - como internacionalmente - pelo United Kingdom Accreditation Service (UKAS).O procedimento anual foi realizado mediante uma auditoria externa levada a cabo por auditores da Lloyd’s Register LRQA, no seguimento de visitas e vistorias à fábrica de rações em Montalvo, à fábrica de pré-misturas em Vendas Novas e aos escritórios em Lisboa. A certifi cação ao Sistema de Gestão da Qualidade da Tecnipec é aplicável à conceção, produção e comercialização de pré-misturas e alimentos compostos para animais.

Com a recente revisão da norma, denominando-a ISO 9001:2015, a Tecnipec tem agora um prazo de 3 anos para obter a respetiva certifi cação, sendo o objetivo aproveitar a auditoria externa deste ano para cumprir esse desígnio.

A Adega Cooperativa de Alcanhões lançou em dezembro duas edições limitadas da sua marca com maior projeção no mercado, o “Cardeal D. Gui-lherme Private Collection Tinto 2013” e o “Cardeal D. Guilherme Private Collection Branco 2013”.A cerimónia de lançamento dos dois novos vinhos ocorreu no dia 07 de dezembro, com a presença do enólogo responsável pela produção da Adega de Alcanhões, João Sardinha, que explicou as especi-fi cidades do vinho.De acordo com Joaquim Júlio Saramago, Presidente da Direção da Adega de Alcanhões, o lançamento destas duas edições limitadas demonstra a evolução qualitativa da Adega Cooperativa de Alcanhões e do seu vinho mais emblemático, o Cardeal D. Guilherme, que está no mercado há 19 anos e tem vindo a conquistar medalhas e prémio em vários concursos. Cada um dos vinhos vai ter à venda apenas 3000 garrafas de cada.

DOIS NOVOS VINHOS DA ADEGA COOPERATIVA DE ALCANHÕES

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

A Nobre convidou o artista Pedro Zami-th para ilustrar cinco latas de salsichas Frankfurt da marca como parte de uma campanha solidária de luta contra a fome. A edição especial contou com 250 mil uni-dades, que estiveram à venda nos locais habituais desde junho. Como resultado desta campanha, a empresa de Rio Maior entregou em dezembro 12,5 toneladas de alimentos ao Banco Alimentar.

A campanha “Ter a Lata de Ajudar é Nobre” foi promovida pela Nobre e con-tribuiu com 12,5 toneladas de alimentos para os Bancos Alimentares. A entrega do produto decorreu nas instalações da organização, na presença da presiden-te do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet, e do presidente da Nobre, Rui Silva.

De acordo com o comunicado de imprensa da marca, a entrega do produto é o culminar desta campanha de solidarie-dade, que consistiu no desenvolvimento de uma coleção de latas inspiradas nos

Nobre entregou 12,5 toneladas de alimentos ao Banco Alimentar

A Font Salem é um dos líderes espanhóis em Marcas de Distribuição e copacking especializado, não só em diferentes tipos de cerveja, como também numa ampla variedade de refrescos com e sem gás. A empresa espanhola vai agora investir 8,6 milhões de euros na ampliação da sua fábrica em Santarém.

No presente ano de 2016, da fábrica da espanhola Font Salem em Santarém sairão dois milhões de litros de refrigerantes. A empresa catalã, que em 2010 comprou a unidade à insolvente Drinkin, estava ini-cialmente focada na produção de cerveja com a marca das maiores cadeias de distri-buição, mas o crescimento deste mercado fi cou aquém das expetativas. Além da que-da de consumo e do preço, as duas líderes do setor (Central de Cervejas e Unicer) pro-duzem marcas mais baratas em exclusivo para as cadeias de hiper e supermercados — Marina, no caso da Unicer, e Cergal, da Central de Cervejas —, deixando pouco espaço para mais cerveja nas prateleiras.

Neste sentido, a empresa avançou para a segunda ampliação da fábrica dos últimos seis anos e investiu 8,6 milhões de euros, dois milhões dos quais garantidos por fundos comunitários. Este investimento

Fábrica da Font Salem em Santarém investe 8,6 milhões para ampliação de produção

signifi ca que a fábrica de Santarém poderá fabricar, este ano, um milhão e 200 mil hectolitros de cerveja e dois milhões de litros de refrigerantes. Para além disso, este investimento irá permitir reduzir as importações nacionais de refrigerantes.

Da mesma forma, também o fecho da fábrica da Unicer em Santarém, anunciado em outubro passado e previsto para o fi nal do mês de janeiro, acabou por ser uma oportunidade para a Font Salem, que pas-sará a produzir as marcas Frisumo, Frutea ou Frutis, detidas pela cervejeira.

De referir que, em seis anos de atividade em Portugal, a Font Salem investiu mais

de 50 milhões de euros na sua fábrica por-tuguesa, valor que inclui a aquisição da unidade à Drinkin e as várias ampliações da linha de produção. Cerca de 80 por cen-to do que sai de Santarém são latas, sendo Espanha o principal destino das bebidas (40 por cento). Portugal absorve 20 por cento do que é produzido em Santarém e 10 por cento da produção é exportado para países africanos, como o Senegal, Guiné Equatorial ou Nigéria, China ou América Latina (Colômbia, México ou Peru). Os restantes 30 por cento dizem respeito a produção feita para outros fabricantes (o chamado copacking).

atos nobres praticados por cinco cidadãos homenageados pela Nobre Casa de Cidada-nia, um projeto também dinamizado pela Nobre, que visa reconhecer e homenagear cidadãos autores de Atos Nobres e, através desses exemplos, estimular e motivar para a Cidadania.

Com desenhos da autoria do artista plás-tico Pedro Zamith, foram produzidas cerca de 250.000 latas para venda. A coleção esteve disponível para o consumidor nas grandes superfícies. Por cada lata vendida, a marca doou 50 gr de produto no Apoio à Luta Contra a Fome em Portugal.

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A empresa Agro-Ribatejo, de Santarém, acaba de come-morar 60 anos, tendo entregue no dia 17 de dezembro à NERSANT, uma medalha comemorativa da efeméride. A entrega teve lugar na reunião do conselho geral da associação, órgão do qual a empresa faz parte.

“As medalhas são cunhadas para durar, assim como a parceria que nos une há largos anos – tanto nos bons como nos maus momentos – sendo nosso desejo assim continuar por muitos mais”, disse José Júlio Eloy à Pre-sidente da Direção da NERSANT, Maria Salomé Rafael, no ato da entrega da medalha. E continuou enaltecendo o trabalho da associação empresarial: “parabéns pela dedicação, empenho e persistência neste vosso projeto, em defesa e apoio aos seus associados”.

Por sua vez, a Presidente da Direção da NERSANT agradeceu a entrega da medalha, tendo elogiado o per-curso da empresa ao longo destes 60 anos em que está no mercado.

Agro-Ribatejo comemorou 60 anos

IKI Mobile escolhe Coruche para instalar fábrica de telemóveis

Coruche foi o local escolhi-do pela empresa portuguesa de telemóveis e smartphones IKI Mobile para instalar a sua primeira unidade de produção. Criada em 2013, a IKI Mobile é uma empresa portuguesa que quer concorrer com as grandes empresas internacionais e que já disponibiliza um leque alarga-do de produtos para todas as ida-des e carteiras. Por enquanto, os telemóveis e smartphones da IKI Mobile são fabricados na China mas a empresa quer começar a produzir os seus produtos em Portugal.

A opção pela instalação da fábrica no concelho de Coruche deve-se às boas acessibilidades existente e à proximidade do aeroporto de Lisboa, o que faci-lita a exportação dos produtos, afi rmou o CEO da IKI Mobile, Tito Cardoso. A empresa revelou ainda a intenção de introduzir a cortiça na produção de capas e outros acessórios para tele-móveis, facto que reforçou a escolha por Coruche, por todos conhecida como a Capital da Cortiça.

Francisco Oliveira, presidente da Câmara de Coruche, saudou o facto de o CEO da IKI Mobile ter anunciado a intenção de tra-balhar com a imagem de marca do concelho, a cortiça, elemento que irá usar em capas e outros acessórios para telemóveis e ipad, contribuindo para a sua promoção.

Outro elemento que contou na escolha do concelho foi o facto de Coruche, estando próximo de Lisboa e com uma excelente rede de acessibilidades, se encontrar numa zona de convergência, que permite um incremento de 10% na captação de fundos comuni-tários, já que a empresa quer candidatar a fábrica no âmbito do Portugal 2020, disse.

De acordo com declarações prestadas pelo autarca à Lusa, a fábrica que a IKI pretende construir em Coruche represen-tará um investimento de 12,5 milhões de euros e irá criar 200 postos de trabalho. A IKI Mobi-le vai instalar-se num terreno com 25.000 metros quadrados no Parque Empresarial do Sor-raia, estrutura com 47 hecta-res que se encontra em fase de licenciamento de urbanização, tendo sido já publicado o Plano de Pormenor.

Francisco Oliveira afirmou que o executivo decidiu avançar para a instalação de um novo parque empresarial porque a atual zona industrial está “sobre-lotada” e já sem capacidade para responder à procura.

O novo Parque Empresarial terá 94 lotes que poderão ser agregados e apresenta como mais-valias as boas acessibili-dades, a dimensão dos lotes, a fi scalidade competitiva, a proxi-midade a um centro agroindus-trial e ao gás natural. O muni-cípio espera iniciar as obras de

infraestruturação em meados de 2016, podendo as empre-sas que aí se vão instalar proceder ao licenciamento e iniciar a construção.

Francisco Oliveira adian-tou que o Gabinete de Pla-

neamento e Desenvolvimen-to Económico criado para a captação de empresas para o Parque Empresarial do Sor-raia fez ainda uma “promoção incipiente, mas há já várias empresas interessadas em instalar-se, incluindo inter-nacionais”.

A AGRO-RIBATEJO

Fundada a 09 de março de 1954, por José Virgílio Eloy Godinho, homem dinâmico e com grande sentido empresarial, a empresa tinha como objetivo principal a comercialização de máquinas, peças e acessórios para a grande lavoura e também para algumas máquinas de terraplanagem que na altura constituíam uma inovação no mercado.

Os primeiros passos foram dados com representações de algumas boas marcas já existentes no mercado nacional, mas cedo o espaço começou a tornar-se exíguo o que o levou a saltar fronteiras e a procurar em feiras da especialidade algo mais que pudesse satisfazer as suas aspirações.

É assim que em 1956 na Feira de Milão consegue contactos com importantes marcas que nele confi aram as suas representações, das quais ainda hoje algumas se mantêm e deram à empresa a possibilidade de se afi rmar em todo o país e ilhas.

O fundador da empresa, para o desenvolvimento do seu projeto, cedo se fez rodear dos seus dois fi lhos José Júlio Rosa Eloy e José Virgílio Rosa Eloy, exercendo a empresa atividade, hoje, em Santarém, Lisboa e Porto.

A Agro-Ribatejo tem como missão continuar a ser “o número UM nesta área de negócio”, reforçando esta posição através do rápido aperfeiçoamento dos serviços, processos e Recursos Humanos e na relação comercial com os clientes.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Adega da Falua investiu 180 mil euros em sistema solar fotovoltaico

A Adega da Falua – Sociedade de Vinhos, situada em Almeirim, pertencente ao grupo João Portugal Ramos Vinhos, instalou um sistema solar fotovoltaico com cerca de 600 painéis, na cobertura da adega, com uma potência de cerca de 140 kWp. Neste proje-to, foram investidos cerca de 180 mil euros.

A Falua, fundada em 1994 por João Portugal Ramos, conhecido enólogo e produtor, passará a ter a capacidade de produzir anualmente, durante 25 anos, 175 MWh (correspondente a 50 habitações alimentadas).

Esta instalação solar fotovoltaica vai evitar emissões anuais de 38,9 toneladas de CO2, o equivalente à plantação de uma fl oresta com a dimensão de oito campos de futebol, refere o comunicado de impren-sa. Este sistema não só reforça a impor-tância do investimento na energia solar, um recurso natural de grande potencial no nosso país, como também melhora a autonomia energética, o que favorece o meio ambiente.

A cobertura fotovoltaica da Adega da Falua terá um retorno de projeto anual de 16 por cento e vai permitir a recuperação do capital investido em 6 anos e uma redu-ção da fatura energética em cerca de 25 por cento. O projeto abrange uma área de 1000m2, aproveitando um recurso inativo.

João Portugal Ramos, que preside ao Grupo João Portugal Ramos Vinhos a que pertence a Adega da Falua, referiu que o grupo tem tido uma “preocupação com a sustentabilidade”, assente “não só numa boa rentabilidade económica mas também numa redução signifi cativa dos impactos ambientais”.

O fornecimento e instalação desta cen-tral foi da responsabilidade da Ikaros-Hemera, especialista neste setor.

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADEO grupo João Portugal Ramos Vinhos

tem vindo a apostar numa estratégia de desenvolvimento sustentável.

A sustentabilidade é cada vez mais importante a nível nacional e interna-cional, considerada uma matéria incon-tornável no desenvolvimento e “perpetua-ção” da rentabilidade dos negócios. Cobre um conjunto de abordagens que, de uma forma responsável, visam permitir tirar partido dos recursos naturais existentes à sua disposição assim como responder positivamente às necessidades das pessoas (clientes, colaboradores, fornecedores, comunidades, etc.)

Não é de agora que o grupo João Por-tugal Ramos Vinhos tem uma grande pre-ocupação com a sustentabilidade, que assenta não só numa boa rentabilidade económica assim como numa redução significativa dos impactos ambientais. Todo o desenvolvimento de novos pro-dutos tem como constante preocupação adquirir a máxima efi ciência em todo o processo produtivo - desde o campo onde se pratica uma agricultura integrada até ao produto fi nal (entenda-se resíduo fi nal deixado após consumo) - antevendo um

mundo onde a economia circular (closed loop) será certamente uma realidade.

Em 2012 a empresa desenvolveu, em parceria com a New Next Futures e envol-vendo especialistas internacionais, um projeto que consistiu na implementação do Framework The Natural Step, uma referência mundial em pensamento sisté-mico de inovação sustentável aplicado às cadeias de valor dos negócios e aplicado em algumas das empresas mundiais mais conhecidas e avançadas em sustentabi-lidade.

O grupo João Portugal Ramos Vinhos, ao criar uma visão sustentável ambiciosa, reconhece que tem agora um largo desafi o pela frente mas não deixará certamente de, passo-a-passo, seguir na direção deli-neada pelo bem do planeta e a pensar nas gerações futuras.

A ADEGAA Adega da Falua S.A., inaugurada

em 2004, situa-se na zona industrial de Almeirim. Por esse motivo, optou-se por construir um edifício metálico de traço moderno e arrojado que sai dos parâme-tros tradicionais do conceito de adega que conhecemos.

O sol ao serviço da produção de vinho

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

RENOVA

A cor do sucessoSabia que o papel higiénico mais famoso do mundo é produzido em Torres Novas? Insistindo na investigação tecnológica, arriscando em produtos originais e inovadores, demarcando-se com campanhas publicitárias sofi sticadas e adiantando-se no compromisso ambiental, a Renova é hoje uma marca que orgulha o Ribatejo. A pequena empresa familiar nascida nas margens do rio Almonda é hoje líder de produtos de grande consumo e especialista em artigos descartáveis de papel para uso doméstico e sanitário. Em 2005 lançou mundialmente o papel higiénico preto e desde então pode ser encontrada nas páginas da mais importante imprensa internacional e nas casas de banho de alguns dos mais famosos restaurantes e hotéis do globo.

Foi na pequena aldeia da Zibreira, mesmo junto à nascente do rio Almonda, que nasceu a Renova – Fábrica de Papel do Almonda,

S.A.. E tal como a água que dela brota, tam-bém o sucesso e crescimento da Renova parece não ter fi m. Fundada ofi cialmente como empresa em 1939 – embora a marca remonte a 1818, data de um primeiro regis-to de “marca de água” – a empresa tem sabido, desde sempre, trilhar o caminho rumo ao sucesso. E esse caminho tem passado sempre pela criação e reinvenção de novos produtos, tendo a empresa fun-dado o mercado de produtos descartáveis de papel vocacionados para a higiene do corpo e da casa. “O primeiro rolo de papel higiénico produzido em Portugal foi fabri-cado pela Renova na década de 60, o que nos levou, logo de seguida, a criar e produ-zir lenços de bolso. O mercado era de tal forma incipiente que tivemos de colocar o modo de utilização na embalagem, uma vez que as pessoas não sabiam o que fazer com um quadrado de papel!”, contou à Ribatejo Invest o Diretor de Marketing da Renova, Luís Saramago.

Mas, poderão perguntar os leitores, como conseguiu a Renova transformar o negócio do papel higiénico, num “impé-rio”? Luís Saramago responde a essa ques-tão. “Aquilo que tivemos que fazer foi apos-tar constantemente no desenvolvimento de novos produtos, de novos conceitos, incorporar valor e diferenciar os produtos. Apresentámos propostas de valor dife-rentes das já existentes e tentámos que os nossos produtos fossem associados a uma marca com valores diferentes das demais”, fez saber o Diretor de Marketing da Renova, exemplifi cando logo de seguida

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como conseguiu a empresa demarcar-se dos produtos já existentes no mercado. “Os produtos não ganham terreno exclu-sivamente devido à sua performance e funcionalidade. Estes benefícios “mate-riais” são já um dado adquirido neste tipo de produtos. Portanto, o que fi zemos foi inserir benefícios intangíveis / emocionais nos nossos produtos que trazem, segura-mente, valor acrescentado aos mesmos”, disse, referindo o design como um dos valores adotados pela Renova. “A nossa atenção e preocupação com a estética fez-nos pensar no nosso produto como um potencial elemento de decoração”, exemplifi cou.

Graças a esta estratégia, a empresa alcançou um momento de grande notorie-dade, em 2005, quando a marca percebeu que um dos elementos de diferenciação do papel higiénico estava na cor. A Renova criou, nesta altura, o papel higiénico preto. É a sua marca e passou a ser também um dos principais marcos da história da mar-ca Renova. Com o papel higiénico preto e, logo a seguir, com outras cores, surgiram

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novas oportunidades de negócio e as ven-das evoluíram 50% nos últimos 10 anos, representando o papel higiénico metade das vendas da empresa.

“A aposta no papel higiénico preto e colorido contribuiu de forma signifi cativa para o aumento das vendas, especialmente no mercado externo, onde a recetividade do produto foi ainda maior. Uma das prin-cipais vantagens que trouxe à Renova foi a visibilidade e notoriedade para a marca e a legitimidade que lhe atribuiu no meio industrial dos produtos tissue”, revelou orgulhoso, o responsável de marketing da empresa, adiantando ainda que, devido a esta inovação, a Renova tem sido case stu-dy em diversas escolas de negócio por todo o mundo, tem sido destacada pelos mais importantes jornais da imprensa interna-cional e está neste momento representada nas casas de banho das grandes cadeias de restauração e hotelaria de todo o mundo. O papel higiénico da Renova deixou de ser produto de higiene indiferenciado para passar a ser adereço com design e com “status”. Deixou de ser tabu para passar a ser prenda de Natal oferecida em caixas metálicas. Surpreendente!

Mas a cor não é, de todo, a única mani-festação da preocupação da Renova com o design. A marca aposta ainda em produtos sazonais, com um design próprio para diferentes épocas do ano, como é o caso do Natal e da Páscoa. Aposta ainda na personalização / exclusividade como for-ma de conferir valor aos produtos. “Neste momento, a empresa lançou o projeto Made By You, que permite a qualquer pessoa, poder personalizar um maço de guardanapos da Renova. À distância de um clique, expedimos em 48 horas um maço

A Renova anunciou que vai investir 40 milhões de euros na construção de uma nova máquina de produção de papel ‘tis-sue’ (destinado a lenços e guardanapos, por exemplo) e na ampliação da unidade em Torres Novas.

A marca adiantou à Ribatejo Invest que a nova linha representará “um investimento tecnologicamente inova-dor que permitirá à Renova aumentar a sua capacidade de produção de papel em 50 por cento com uma tecnologia pioneira na Europa, estando o início da produção previsto para o primeiro semestre de 2017.”

A Renova S.A. é uma empresa com capital 100 por cento português e 100 por cento privado. Tem um volume de negócios na ordem dos 140 milhões de euros e emprega 580 trabalhadores.

Renova vai investir 40 milhões de euros em Torres Novas

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A necessidade de crescer e internaciona-lizar a marca / empresa cedo se manifes-tou. Com a adesão à CEE, a concorrência tornou-se mais vasta e foi tendo em conta esta conjuntura que a empresa deu os pri-meiros passos rumo à internacionalização. Na década de 90 inicia o seu processo de internacionalização para Espanha, consolidando a sua presença em toda a Península Ibérica em meados de 1994 / 1995. No ano 2000 a empresa sente-se suficientemente forte para apostar no mercado francês e logo de seguida, no mercado do Benelux.

Mas foi de facto a estratégia de diferen-ciação da marca e inovação da empresa, em especial o lançamento do papel higi-énico preto, que ditou o seu grande salto rumo aos mercados mundiais. “Sentimos que a estratégia de diferenciação da marca / empresa é apoiada por uma inovação constante, pelo desenvolvimento de novos produtos e de novos conceitos. Caso não tivéssemos esta capacidade de inovar, não teríamos conseguido concretizar as oportunidades que temos nos mercados externos”, revelou Luís Saramago, Diretor de Marketing da Renova.

Líder de mercado em Portugal, a Reno-va está, hoje em dia, presente em mais de 60 países e com uma taxa de exportação na ordem dos 50 por cento. “Pretende-

De Torres Novas para o Mundomos continuar a crescer além-fronteiras. Pretendemos globalizar a nossa marca, pelo que vendemos sempre o nosso pro-duto com a marca Renova”, fez saber Luís Saramago, acrescentando que “quere-mos colocar a marca no maior número de potenciais utilizadores possível”. A Europa, reconhece, é o grande mercado da empresa, com especial destaque para Espanha, França, Bélgica e Luxemburgo, países, aliás, onde a empresa tem equipas a trabalhar no terreno.

Ainda este ano, a Renova vai inaugurar a primeira unidade fabril fora do Ribate-jo, tendo adquirido infraestruturas para instalação de uma operação industrial em França, em St.Yorre, Departamento Allier. Esta aquisição marca o início de um novo ciclo de expansão da empresa portuguesa de produtos de grande consumo na cate-goria de papel tissue em França, onde já está presente nas principais cadeias de distribuição e assegura a fabricação dos seus produtos para os mercados de França e Benelux. A nova unidade prevê a contra-tação de mais de 20 novos colaboradores e irá produzir papel higiénico, rolos de cozi-nha e guardanapos. No fundo, “um pouco de todos os produtos do nosso portefólio, para responder ao mercado francês, sobre-tudo nas regiões mais a norte”, explicou Luís Saramago à Ribatejo Invest.

dos nossos guardanapos, com o design, frases ou fotografi as que o cliente quiser! E cada um dos guardanapos do mesmo maço pode ter um design diferente. Há até empresas que utilizam este serviço como catálogo dos seus produtos!”, revelou Luís Saramago.

Certo é que a Renova consegue fazer inovação como poucas empresas a nível nacional. E o segredo, contou-nos Luís Saramago, é, tão só, “observar compor-tamentos e pessoas”. “A Renova tem um sistema de gestão da inovação em que qualquer colaborador pode dar contri-butos relativamente a novos produtos. Pensamos que o que temos de continuar a fazer no futuro é estar muito bem informa-dos sobre aquilo que os clientes / cidadãos procuram e valorizam, seja em Lisboa, Sydney, Nova Iorque ou Paris. Depois o que temos de fazer é transformar esse conhecimento em produtos que tenham a capacidade de criar empatia, compromis-so, paixão e cumplicidade com os cidadãos a que esses produtos se destinam. Para além de criar espaço na cabeça do con-sumidor, o que queremos é conseguir um espaço no coração do consumidor”, elu-cidou Luís Saramago, informando ainda que, por este motivo, o online é um meio de interação incontornável e importante para uma marca como a Renova. “É fun-damental estarmos presentes num espaço onde haja interatividade entre a marca e os seus seguidores, como as redes sociais, blogs, etc.”, concluiu.

Luís Saramago, Diretor de Marketing da Renova

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O Município da Chamusca investiu 225 mil euros em intervenção nas infraestru-turas e mais de 35 mil euros em equipa-mentos e materiais lúdico-didáticos na educação escolar do Concelho da Cha-musca. Entre as melhorias destacam-se as obras de requalificação de escolas e valências educativas de todo o Concelho.

No total foram investidos cerca de 260 mil euros na melhoria dos edifícios escolares, na repavimentação dos espaços exteriores, ainda em areia, na colocação de telheiros para abrigo da chuva, e na aquisi-ção de materiais didáticos e equipamentos informáticos nas E.B.1 e J.I´s das freguesias de Chamusca, Ulme, Semideiro, Vale de Cavalos, Chouto, Parreira, Carregueira e Pinheiro Grande na conservação do Edi-fício Custódio Mira, espaço atualmente dedicada às AAAF – Atividades de Ani-mação e Apoio à Família, tendo também sido criado e disponibilizado o mesmo serviço na freguesia da Carregueira. Para a Vice-Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, e Vereadora do pelouro da Educação, Cláudia Moreira “estas ini-ciativas demostram a preocupação que o executivo municipal tem desenvolvido em prol da melhoria da educação. Não nos esqueçamos que a escola não deve enve-lhecer com as crianças. Deve, sim, crescer

com elas e ser capaz de acompanhar o seu desenvolvimento.”

A proximidade da autarquia com a comunidade escolar é uma preocupação da Vereadora da Educação, e como tal todas estas melhorias são fruto de um trabalho de levantamento de necessidades ao longo do ano de 2013/2014 junto dos docentes e técnicos, segundo afi rma “para nós trata-se não só de garantir o conforto das crianças, mas também a melhoria das condições de trabalho de educadores, professores e auxiliares, melhorando consequentemente quer a motivação para aprender de uns, quer a motivação para ensinar de outros. Mais uma vez, agradeço a quem tão bem tem colaborado para cumprir estes nobres propósitos: trabalhadores do Município, do Agrupamento de Escolas, pais e encarrega-dos de educação, colegas autarcas e demais agentes da comunidade escolar.”

Isenção do IMI, isenção do IMT, bene-fícios no IRS, nos rendimentos prediais e nas mais-valias e redução da taxa do IVA. São estes os benefícios fi scais dos quais os Munícipes Maçaenses poderão usufruir no âmbito da adesão ao programa da Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Mação. Um programa que tem como objetivo con-trariar a tendência do despovoamento, assim como a degradação do edificado, dos espaços públicos e do património de Mação, promovendo a melhoria da qua-lidade urbana da vila e impulsionando a regeneração demográfica e económica. Esta é uma forma de a Câmara Municipal de Mação apoiar simultaneamente os cida-dãos e empresas do Município no processo de reabilitação de imóveis degradados.

A Câmara Municipal de Mação promo-veu, no dia 28 de dezembro, uma sessão de esclarecimento sobre a ARU – Área de Reabilitação Urbana de Mação, assim como

os incentivos e benefícios fi scais à reabili-tação urbana para imóveis abrangidos pela mesma. Uma área de reabilitação urbana é “um espaço urbano que, em virtude da insufi ciência ou obsolência dos edifícios, das infraestruturas urbanas, dos equipa-mentos ou dos espaços urbanos e verdes, justifi quem uma intervenção integrada”.

A definição dos benefícios tem como objetivo sistematizar e propor instrumen-tos e mecanismos estimulantes e mobili-zadores da reabilitação urbana que incen-tivem as entidades privadas, empresariais e individuais a aderir ao programa.

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Coruche inaugura novos Espaços do Cidadão

O Município de Coruche tem disponí-veis desde dezembro, os novos Espaços do Cidadão. O Balcão Único funciona no edifício dos Paços do Concelho , entre as 09h00 e as 16h00 e a Delegação da Câmara Municipal de Coruche no Couço está ao serviço da população entre as 09h00 e as 12h30 e das 14h00 às 16h00.

O Espaço do Cidadão é um novo espa-ço de atendimento digital assistido, que reúne serviços de diferentes entidades num único balcão. Aqui, a população tem acesso a inúmeros serviços da administra-ção central, local e de entidades privadas que prestam serviços de claro interesse público. Este serviço é resultante de uma parceria entre a AMA – Agência para a Modernização Administrativa, IP e a Câmara Municipal de Coruche e visa a otimização de recursos, a melhoria e efi -ciência dos serviços públicos, a racionali-zação de meios e a inclusão digital por via presencial, através de serviços assistidos.

O objetivo deste serviço é assegurar que a interação dos cidadãos com o Estado será feita preferencialmente por meios digitais de forma a reduzir tempos de espera e custos de contexto e de forma a aumentar, também, a efi ciência e produtividade dos funcionários da Administração Pública.

É um ponto único de contacto para pres-tação de serviços públicos online onde os cidadãos serão atendidos por pesso-as previamente formadas e qualifi cadas para ajudar os cidadãos a benefi ciar dos serviços digitalizados, assumindo o papel de mediadores de atendimento digital. Este tipo de atendimento tem também como objetivo combater a infoexclusão, promovendo a literacia digital.

A rede de Espaços do Cidadão é com-plementar à rede de Lojas do Cidadão dis-seminada pelo território nacional numa lógica de proximidade dos utilizadores, em especial dos que se encontram em territó-rios com baixa densidade populacional.

Para consultar a lista de serviços da administração central que são dis-ponibilizados nestes dois novos espa-ços, os interessados devem consultar a página oficial da Câmara Municipal de Coruche, em www.com-coruche.pt.

Área de Reabilitação Urbana de MaçãoTer casa em Mação compensa!

Chamusca investe 260 mil euros na educação escolar do concelho

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Câmara Municipal de Alcanena reúne com Infraestruturas de Portugal

A Presidente da Câmara Municipal de Alcanena, Fernanda Asseiceira, reuniu com a empresa Infraestruturas de Portugal para analisar a situação atual da R361.

Foram analisadas várias situações, com visitas ao locais para uma melhor perceção das más condições da via, que tem vindo a degradar-se de ano para ano.

Em relação ao troço de São Pedro a Monsanto e a sua ligação ao concelho de Santarém, referiu a IP estar a ser concluído o projeto que será apresentado à Câmara Municipal de Alcanena.

Em relação à segurança dos peões junto da Escola Secundária de Alcanena, será avaliada pela IP a colocação de imedia-to de uma lomba elevada, para além da

O encontro de especialistas nas áreas do desporto e saúde designado Insporthealth - Sports Innovation Meeting, decorreu no dia 11 de dezembro no Centro de Negócios e Inovação de Rio Maior.

A conferência teve como principal obje-tivo a apresentação da EPSI, a plataforma europeia para inovação no desporto que pretende unir organizações ligadas não só ao desporto mas também à saúde e tecnologia, de modo a encorajar a criação de novos produtos, processos e serviços.

Estiveram presentes muitos especialis-tas que apresentaram não só a plataforma EPSI, como também temas relacionados com projetos inovadores, nutrição, treino e gestão desportiva.

Isaura Morais, Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior esteve na mesa de honra, na abertura da conferência, tal como Augusto Baganha, Presidente do Ins-tituto Português do Desporto e Juventude, João Moutão, Diretor da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, Vasco Lagar-to, Presidente da comissão executiva do

TICE e Francisco Costa, da Insporthealth. Também estiveram presentes na sessão, o Vereador do Desporto da Câmara Munici-pal de Rio Maior, João Lopes Candoso e a Presidente do Concelho de Administração da Desmor, Diva Cobra.

A Insporthealth é um cluster transfron-teiriço para a inovação no desporto e saú-de. Surge da necessidade de dar resposta a problemas relacionados com inovação nestas áreas, através da criação de uma rede de estratégias coletiva constituída, entre outros, por organizações desportivas, unidades do sistema científi co e tecno-lógico nacional e instituições de ensino superior.

A EPSI é uma organização europeia em rede, que se centra na inovação nas áreas de atividade física relacionada com desporto, lazer e saúde. A EPSI trabalha no sentido de criar um ambiente mais favorável à inovação para a indústria de desporto na UE, a fi m de estimular a ino-vação tecnológica e a criação de empresas com foco em tecnologia inovadora.

Fundos comunitáriosdebatidos em Além daRibeira e Pedreira…

Decorreu no dia 5 de dezembro, na sede da União de Freguesias de Além da Ribeira e Pedreira, uma sessão de esclarecimento relacionada com fi nanciamentos comunitários.

Na iniciativa que contou com a presença da presidente da Câmara de Tomar, Anabela Freitas, foram focados os pequenos investimen-tos na área agrícola, no âmbito do PRODER, bem como a importância da agregação para a constituição de uma Zona de Intervenção Florestal, integrando não apenas as duas fre-guesias que constituem esta união, mas também as freguesias contíguas dos concelhos de Ourém e Ferreira do Zêzere.A sessão contou com deze-nas de participantes.

…e em ConstânciaConstância promoveu dia 15 de

dezembro, uma sessão de esclare-cimento sobre os Incentivos para as empresas no âmbito dos fundos comunitários - Portugal 2020, a qual teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Organizada pela Comissão de Coor-denação e Desenvolvimento Regional do Centro e pela Câmara Municipal de Constância, a iniciativa contou com a presença do tecido empresa-rial/comercial do concelho e também a todos aqueles que têm perspetivas de empreendedorismo.

A sessão foi dinamizada por Ana Abrunhosa, Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e por Conceição Carvalho, Secretária Técnica da UO1| Conhecimento, Inovação e Compe-titividade.

Plataforma para o Desporto e Saúde juntou especialistas em Rio Maior

reprogramação que a Câmara fará dos semáforos ali colocados que passarão a ser ativados para vermelho sempre que o radar identifi que viaturas a circular a mais de 30 km/h.

A visita contemplou também a questão das rotundas na Vila de Alcanena, para as quais será elaborado um protocolo que enquadre a manutenção e os arran-jos paisagísticos por parte do Município, bem como da área junto ao cruzamen-to para a Gouxaria, do anterior traçado, que permita a requalifi cação paisagística daquele local.

Por fim, foi visitada ainda a obra em curso da rede de coletores, nomeadamente nos pontos de atravessamento da R361.

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

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Golegã: Desenvolver negócios e investir no Centro Urbano

O Edifício Equuspolis recebeu em dezembro um Fórum dedicado aos temas “Habitar e fruir o Centro Urbano” e “Desenvolver negócios e investir no Centro Urbano”.

Marcaram presença representantes das mise-ricórdias, associações, indústria, comércio, em suma, todos os que desenvolvem as suas ativi-dades neste concelho.

Para a participação nestes fóruns a Câma-ra Municipal enviou cerca de uma centena de convites, procurando envolver nesta temática o maior número de pessoas e entidades.

Esta estratégia foi defi nida com a equipa de consultores que está a elaborar o Plano de Acção para a Regeneração Urbana do Concelho da Golegã com o intuito de consagrar no plano a o contributo de todos.

Este plano constitui-se como um documento essencial, no âmbito da regeneração urbana, para a apresentação de futuras candidaturas ao novo Quadro Comunitário Portugal 2020.

Torres Novas reclama abolição de portagens na A23

Os deputados da Assembleia Municipal de Torres Novas votaram por unanimidade uma proposta da CDU para abolir as por-tagens da A23. Os autarcas consideraram que as chamadas SCUT não trouxeram quaisquer benefícios à região.

Na moção aprovada por unanimidade é referido o efeito negativo que a introdução de portagens trouxe para as populações e para as empresas da região, no que aos custos diz respeito. A juntar a este fator há ainda a falta de alternativas à A23, obri-gando os condutores a circular dentro das localidades demorando o dobro do tempo.

A moção apela a todos os deputados pelos distritos abrangidos pela A23 Santarém, Castelo Branco e Guarda para que lutem na Assembleia da República pela abolição de portagens na A23 de forma a corresponder às aspirações das populações, autarquias e empresas da região.

Incubadora virtual de empresas nasce em Salvaterra de Magos

A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos criou o projeto “Empreender em Salvaterra – Incubadora de Empresas”. O objetivo é apoiar e promover o desen-volvimento e a criação de empresas por forma a criar mais empregos.

Por esta razão, anteriormente, foi criado o Portal do Investidor, o Gabi-nete de Apoio ao Empreendedor (GAE), a Via Verde Empresas para agilizar a aprovação de projetos de licenciamento que visam o investimento e a criação de empregos e agora o Município quer dar o primeiro passo para criar um “ninho” de empresas, pois 87% das empresas do concelho são pequenas empresas com menos de 9 trabalhadores, resul-tado que o Município obteve depois de estudo de caraterização de tecido empresarial do concelho.

A Incubadora de Empresas vai ter

numa fase inicial um “espaço virtual” e em função do seu sucesso, poderá avançar para um espaço físico. O dito “espaço virtual” será disponibilizado a quem tenha domicílio fi scal no concelho de Salvaterra de Magos e pretenda por 2 anos (o prazo pode ser mais alarga-do) utilizar o edifício do Cais da Vala, o auditório, uma sala para reuniões, a área da receção para eventos de pro-moção e divulgação, a internet e uma caixa de correio dedicada. Tudo isto sem qualquer custo ou encargo para as empresas e sempre com o apoio admi-nistrativo do GAE.

Águas do Ribatejo no centro de Torres NovasEstar mais perto dos clientes e uti-

lizadores e dar mais vida ao centro da cidade de Torres Novas são dois dos objetivos da nova Unidade de Atendi-mento Comercial (UAC) da Águas do Ribatejo, inaugurada em dezembro pelo presidente da Águas do Ribatejo e pelo presidente da Câmara Municipal de Torres Novas.

A UAC situa-se na Avenida 8 de Julho, nº 29, junto da esquadra da PSP da cida-de e ao lado da Remax.“Estamos no coração da cidade para facilitar a vida a todos os nossos clientes. Este espaço está próximo de tudo e tem boas aces-sibilidades e estacionamento”, subli-nhou o Presidente da AR, Francisco Oliveira.

A unidade recebe os clientes de todo o concelho de Torres Novas, onde existem cerca de 20 mil contratos de abaste-cimento de água. Os clientes podem requisitar a ligação de ramais de abas-tecimento e saneamento, fazer ou res-cindir contratos, pagar as faturas ou simplesmente comunicar as leituras para evitar estimativas. Podem ainda requerer o tarifário social ou para famí-lias numerosas com descontos signifi -cativos na fatura da água.

A UAC funciona em rede para poder atender clientes e consumidores de todos os concelhos que integram a

Águas do Ribatejo. “Uma pessoa de Benavente ou Salvaterra de Magos que esteja de passagem pode parar aqui e tratar dos seus assuntos”, explica o Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, e Vogal do Conselho de Administração da Águas do Ribatejo, Pedro Ferreira que se congratulou com a abertura do novo espaço.

A nova unidade de Torres Novas vai estar aberta das 9h às 16h, incluindo à hora de almoço para facilitar o aces-so a todos os clientes. Entre as 16h e as 18h os clientes podem consultar os serviços pela linha azul 808202011 e nos dias úteis entre as 18h e as 9h, fi ns-de-semana e feriados está disponível a linha verde e gratuita 800202040 assegurando desta forma contactos com a empresa 24 horas por dia. Em dia de inauguração, o Presidente da AR anunciou que em 2016 não haverá aumentos dos tarifários da água e do saneamento.

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Como caracterizaria a economia do concelho de Abrantes?

O concelho de Abrantes tem uma tradi-ção industrial muito forte nomeadamente na área da metalomecânica. As Fundições do Rossio e a Metalúrgica Duarte Ferreira, embora tenham sofrido transformações, são exemplo disso e continuam a facultar ao nosso território o cunho importante do setor industrial. São empresas cujo legado ainda hoje se faz sentir. Refi ra-se que a Metalúrgica Duarte Ferreira deu lugar à instalação da Mitsubishi no nosso concelho… a metalurgia de Abrantes está, portanto, grandemente ligada à indús-tria automóvel do concelho, que se tem afi rmado não só devido à Mitsubishi, no Tramagal, mas também devido à presença de empresas como a Foundation Chassis e a TRM – Tratamento e Revestimento de Metais, Lda., instaladas na zona industrial da cidade.

Por outro lado, não posso deixar de referir a capacidade instalada do nosso território para a produção de energia, com a Central Termoelétrica do Pego – a Tejo Energia – a assumir lugar de destaque enquanto um dos maiores empregado-res do concelho. Também na Barragem do Castelo de Bode, que tem uma infl u-

Maria do Céu Albuquerque, Presidente da Câmara Municipal de Abrantes

“A manutenção da economia só se faz com empresas bem preparadas”A cidade de Abrantes comemora este ano o centenário da cidade. A Ribatejo Invest conversou com a líder do município e fi cou a conhecer a estratégia de apoio aos empresários desenhada pela autarquia.

ência muito grande no nosso território, tem havido um reforço do investimento ao nível melhoria das infraestruturas de apoio à Praia Fluvial de Aldeia do Mato ou na construção do Cable Park para a prática de wakeboard, onde os privados têm vindo a investir na restauração e no alojamento.

Embora numa escala muito mais peque-na, gostaria também de referir o setor da agricultura e agroindústria, devido ao impacte que o mesmo tem na economia local e regional, com particular destaque

para a fi leira do Azeite, sendo que o con-celho dispõe de cerca de 50% da quota nacional do mercado.

As indústrias da madeira e da cortiça assumem também um papel muito impor-tante no contexto local.

De que se queixam atualmente as empre-sas?

Da falta de fi nanciamento. As empresas difi cilmente têm conseguido ir à banca. As taxas de juro são altíssimas e as garantias que são pedidas pelos bancos são incom-

É necessário que se criem condições para que no futuro - num futuro muito próximo – possamos colocar o dinheiro do Portugal 2020 ao serviço das instituições, das organizações, das empresas, a fi m de gerarmos valor na nossa economia. ”

ENTREVISTA

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portáveis para as empresas. O novo quadro comunitário, que teima em não sair do papel, poderia ser uma saída para estas empresas, mas temo que ocorra o mesmo que em anos anteriores. No passado, ainda no tempo do QREN, houve dinheiro que não foi utilizado por falta de fi nanciamento às empresas. Devemos olhar para estes exemplos e aprender com os erros do pas-sado. É necessário que se criem condições para que no futuro - num futuro muito próximo – possamos colocar o dinheiro do Portugal 2020 ao serviço das institui-ções, das organizações, das empresas, a fi m de gerarmos valor na nossa economia. É determinante que isto possa acontecer o quanto antes.

Sabemos também que as empresas desta região tendem a falar da interioridade como uma condicionante à atividade eco-nómica…

É um facto que nós não estamos no inte-rior do país. Estamos a uma hora e meia de Lisboa, de Coimbra e de Espanha, no entanto, dado o modelo de desenvolvi-mento centralista que tem sido aplica-do, territórios como o nosso perderam a capacidade de atrair e fi xar população e empresas.

Durante algum tempo perdemos os incentivos fi scais de interioridade, mas ganhámo-los de novo e é nesses incenti-vos que nos devemos focar. Para além dos problemas, devemos ter a capacidade de olhar um pouco mais longe e conseguir soluções. Temos excelentes acessibilidades que precisam ser potenciadas. A A23 e os preços das portagens são uma condicio-nante à atividade empresarial do concelho de Abrantes. Precisamos que a A23 possa ter um valor de portagens mais compatível com a utilização constante que é realizada pelas empresas. O Município tem reivin-dicado a descida do preço das portagens ao longo dos últimos 4 anos, para que as empresas possam ser mais competitivas. O que está a acontecer é que as empresas colocam os seus camiões a circular fora da A23, com sérios prejuízos quer para as próprias empresas, que aumentam os custos com combustíveis e manutenção das viaturas, para as próprias localidades, que fi cam com as infraestruturas rapida-mente danifi cadas, quer para os cidadãos, cuja segurança fica severamente com-prometida. Estes são fatores claramente perturbadores do desenvolvimento eco-nómico, seja para as empresas residentes, seja para a capacidade de atrair e fi xar mais empresas.

Por outro lado, o distrito de Santarém

tem também o maior entroncamento fer-roviário do país, que é o próprio Entronca-mento. Devemos saber utilizar a ferrovia como fator distintivo da nossa região. Temos também uma das maiores plata-formas logísticas do país que devemos saber potenciar.

Em tempos, esteve prevista também uma nova ponte que iria potenciar o desenvol-vimento económico deste território…

É muito importante dizer que a nova travessia sobre o Tejo que é desde há muito tempo uma reclamação da comunidade abrantina porque, em bom rigor, a traves-sia serve não só o concelho de Abrantes, mas todo o sul do nosso distrito, como é o caso de Constância e Chamusca, por exem-plo. A construção da nova travessia sobre o Tejo é essencial para que se garantam os investimentos realizados pelas empresas a sul do Rio Tejo. Temos vindo a reivindicar esta necessidade. Sabemos, obviamente, que se calhar hoje em dia o nosso país não comporta que aqui se construa uma ponte com perfil de autoestrada, como esteve perspetivado anteriormente, mas é necessário que uma nova travessia sobre o Tejo aconteça, mesmo com traçado mais simples. A ligação à A23 e ao IC9 é funda-

mental, assim como é fundamental ligar este território ao concelho de Ponte de Sôr, que constituiu com Abrantes um eixo industrial bastante importante. Só assim é que conseguiremos mitigar a questão da interioridade.

Ainda em relação à interioridade, é ver-dade que ainda persistem problemas rela-cionados com as redes de comunicação?

Nos dias que correm, é urgente que o concelho de Abrantes tenha uma cobertura integral por fi bra que permita às empresas operar de forma expedita. É uma questão que estamos a tentar resolver e dentro de muito pouco tempo teremos algumas reu-niões com operadoras para lhes fazermos chegar esta necessidade. Há ainda outro fator característico do interior do país, que diz respeito ao acesso à justiça. O atual modelo criado com o novo mapa judiciário, tende a afastar cidadãos e empresas da justiça. Mas, como já referi, há que criar condições para inverter estes problemas e é nisso que estamos focados.

De que forma está a inverter esta situa-ção? Qual o papel do Município de Abran-tes junto do seu tecido empresarial?

A nossa intervenção enquanto Município é criar as melhores condições para que os empresários possam investir ou continuar a investir no território, de maneira a que os residentes neste concelho tenham uma melhor qualidade de vida. E a qualidade de vida faz-se, em primeiro lugar, com a criação de emprego. Mas existe também outro conjunto de condições para que as pessoas se sintam bem em Abrantes. Falo de equipamentos e serviços disponíveis à população, que estão implementados mas que precisam ser dinamizados, divulga-dos, ampliados, do ponto de vista da sua

A A23 e os preços das portagens são uma condicionante à atividade empresarial do concelho de Abrantes.”

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fruição. Falo no investimento, por parte do município, em educação, formação e qualifi cação. Nos últimos anos refi zemos todo o nosso parque escolar, no primeiro ciclo e no pré-escolar, competência da autarquia, mas também segundo ciclo e no secundário, competência do ministé-rio da educação. Encontramo-nos nes-te momento também a trabalhar com o ministério da educação e com o IEFP, para a qualifi cação do polo de formação que está instalado na Tagusvalley - Parque Tecnológico do Vale do Tejo e da Escola Profi ssional de Desenvolvimento Rural de Abrantes, que carece de reconhecimento nacional e internacional. O nosso apoio começa por aqui.

Aquilo que sentimos nesta altura é que o papel das câmaras deixou de ser há muito um papel de executores de infraestruturas físicas, para passarmos a ser catalisadores das melhores condições para poder trans-formar o nosso território num território mais competitivo e com melhor qualidade de vida.

Mas que ações concretas implementa o Município para apoiar as suas empresas?

Temos como premissa, por um lado, criar condições do ponto de vista da logís-tica para a instalação de projetos novos, de ideias de negócio novas, de empresários novos que escolham Abrantes para investir. Fazemo-lo, por exemplo, através da dispo-nibilização de terrenos a preços competiti-vos nos nossos parques e áreas industriais (Abrantes e Alferrarede, Tramagal e Pego). Em matéria fi scal, salientamos a isenção de derrama para as empresas com sede no concelho que apresentem volume de negócios que não ultrapasse os 150 mil euros. Para empresas com um volume de negócios que ultrapasse os 150 mil euros, mantem-se a taxa de derrama de 1,5%.

Por outro lado, e nunca esquecendo as

empresas que já cá estão, lutamos pela criação das melhores condições para a expansão e a manutenção dos negócios. Estamos conscientes de que a manutenção de uma economia só se faz com empresas bem preparadas, com capacidade de criar riqueza e postos de trabalho. É esse o nosso foco, é esse o nosso esforço.

A Câmara Municipal de Abrantes dispõe ainda de um serviço de apoio às empresas e aos empreendedores que lhes permite benefi ciar de um acompanhamento em regime “via verde”, o que possibilita que o andamento dos projetos seja o mais célere possível, não só no tratamento interno e administrativo do Município, mas também junto de entidades externas, com quem o empresário e a própria Câmara se tenha que relacionar, nomeadamente no âmbito dos licenciamentos.

Neste momento, a Câmara Municipal de Abrantes tem também um serviço de desenvolvimento económico que está a restruturar, bem como está a elaborar um estudo para podermos ter um paco-te de incentivos fi scais e fi nanceiros que pretendemos colocar à disposição dos empresários. Este é o trabalho que o Município de Abrantes tem vindo a fazer per si, obviamente em colaboração com a sua rede alargada de parceiros, como é o caso da NERSANT, do Instituto Politécnico de Tomar e a Comunidade Intermunici-pal do Médio Tejo, num plano mais local, mas de outros parceiros nacionais e até internacionais como a Associação dos Par-ques Tecnológicos de Portugal, a AICEP, o IAPMEI, entre outros.

Estamos de igual modo sempre disponí-veis para a disponibilização de informação, seja a nível de fi nanciamento comunitário

Para as empresas, os incentivos do 2020 devem ser incorporados por forma a aumentar a sua capacidade produtiva, sendo necessário, por isso, que os mesmos cheguem às empresas o mais rapidamente possível.”

e bancário, seja a nível inclusivamente dos incentivos fi nanceiros disponibilizados pela Câmara para o estímulo ao negócio, nomeadamente para a inovação e desen-volvimento tecnológico que temos vindo a realizar através do Tagusvalley.

Existem ações para setores de atividade específi cos?

Temos algumas ações específi cas, sim. Para o setor do Turismo, lançámos recente-mente a campanha “Abrantes Tudo Inclu-ído”, no sentido de darmos visibilidade aos operadores do nosso território, aos restaurantes, aos espaços de alojamento, com o objetivo fi nal de dinamizarmos o nosso património natural e edifi cado, que está disponível para ser constituído como produto turístico. Esta é uma aposta forte que estamos a fazer.

Em 2016 Abrantes comemora 100 anos da sua elevação a cidade. A par da progra-mação regular para este ano foi concebi-do um programa comemorativo vasto e diversificado, sustentado na afirmação da identidade coletiva de Abrantes, não só para a população local mas também com o objetivo de atrair visitantes e dar visibilidade a Abrantes no exterior.

Sendo Abrantes uma cidade que sempre se assumiu como espaço comercial e cida-de prestadora de serviços num raio de atu-ação grande, com infl uência em diversos concelhos do norte do Alentejo, da Beira Baixa, do Pinhal Interior Sul e do Médio Tejo, estamos neste momento a fazer uma grande aposta na revitalização do comércio tradicional. Neste sentido, reabilitámos um edifício antigo no centro histórico degradado para instalar o novo mercado diário, temos um programa de incentivos à criação de projetos comerciais no centro histórico, com fi nanciamento de 50 por cento da renda no primeiro ano de ativi-dade da empresa e estamos a dinamizar um conjunto de iniciativas em colaboração com a associação de comerciantes local e com os próprios comerciantes, com o objetivo de acrescentarmos valor à cidade.

Em relação ao turismo, não podemos dei-xar de referir a reabertura, prevista para este ano, do Hotel Turismo de Abrantes. É um projeto importante para a cidade?

Abrantes tem alguma oferta ao nível do alojamento, que falha se nos referir-mos à cidade propriamente dita. A falta de um hotel no centro da cidade é uma falha gravíssima porque põe em causa o turismo de negócios, o turismo que é feito de eventos e até o próprio turismo cultural. É, portanto, fundamental a reabertura

ENTREVISTA

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deste hotel e, se estamos a apostar neste setor, fi camos obviamente muito satisfeitos com o investimento que vai ser levado a cabo nesta unidade turística.

Falou do Tagusvalley. Esta entidade, criada em parceria com a NERSANT, tem sido fundamental para estimular o empreendedorismo e competitividade do concelho de Abrantes. Que importância assume no concelho?

A estratégia do Tagusvalley assenta nos setores das Tecnologias da Informação e Comunicação, Energia, Metalomecânica e Agroalimentar, áreas onde se procura identifi car as oportunidades e as sinergias junto dos atores regionais, com vista à cria-ção de um sistema potenciador de inovação e de empreendedorismo, a par de uma política de atração e estímulo à fi xação de recursos humanos qualifi cados.

As mais-valias para as empresas compen-sam o grande investimento que temos vin-do a fazer no Tagusvalley, nomeadamente com o espaço para incubação de empre-sas e com a instalação dos laboratórios de serviços partilhados, com o centro de transferência de tecnologia alimentar. Por via desta oferta, estou certa de sermos um território mais competitivo. Neste momen-to, preparamo-nos para instalar defi nitiva-mente a Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (pertença ao Instituto Politécnico de Tomar) no nosso parque tecnológico para podermos agarrar a inovação e o desenvolvimento tecnológico e colocá-los defi nitivamente ao serviço das empresas.

Para além do Tecnopólo, que outros investimentos materiais estão previstas nas diversas infraestruturas de apoio à atividade empresarial?

A Câmara Municipal de Abrantes tem

neste momento três zonas industriais, a de Abrantes, a do Tramagal e a do Pego, com alguma capacidade instalada. Temos a pers-petiva de criarmos condições para amplia-ção da zona industrial a norte de Abrantes.

Que tipo de novas empresas tem surgido em Abrantes?

A indústria tradicional está a ser subs-tituída pela indústria produtora de talen-tos, pelo que temos assistido à instalação deste tipo de empresas, de empresas na área das tecnologias, nomeadamente no Tagusvalley. É o caso da Lusideias, do gru-po COMPTA.

Posso referir inclusivamente outro tipo de iniciativa de caráter associativo mas com um pendor forte na área empresarial, que são as zonas de intervenção fl orestal, onde há 3 candidaturas em curso. Depois sentimos também que o pequeno agricul-tor, o jovem agricultor, têm vindo a fazer um conjunto de investimentos nesta área, nomeadamente na produção de bagas, no olival, na produção de queijos, que são investimentos muito importantes porque permitem sustentar a nossa atividade eco-nómica em produtos locais, em produtos endógenos, e isso é claramente um fator distintivo e que vai ser capaz de promover a nossa economia e o nosso desenvolvi-mento integral e sustentado.

Em Abrantes, como está a ser utilizado o novo quadro comunitário?

O Portugal 2020 é uma oportunidade para as instituições públicas, como os municípios, que deverão ser capazes de utilizar estes recursos como catalisadores de mais investimento privado. No caso concreto de Abrantes, ambicionamos que o novo quadro comunitário seja capaz de estimular a regeneração urbana, tão

importante para manter as empresas na área do turismo, mas também e essen-cialmente, na área da construção civil e toda a fi leira.

O Portugal 2020 poderá ainda ser uma oportunidade para a modernização admi-nistrativa dos municípios, tornando mais célere a relação entre a Câmara e o cida-dão, mas especialmente entre a Câmara e o empresário. Se nos conseguirmos relacionar de forma mais expedita com o empresário, mais facilmente seremos capazes de ajudar a criar as oportunidades de desenvolvimento do negócio de que estes necessitam. É, portanto, uma forma de garantir a continuidade e consolidação do investimento público de Abrantes, em prol das empresas.

Em Abrantes entendemos também o quadro comunitário como fundamental para a criação de uma nova cultura na região, para que cada um dos municí-pios, instituições e organizações, não se centrem estritamente no seu território e nas suas funções. O quadro comunitário deve ser aplicado tendo em conta uma perspetiva de desenvolvimento regional e, em bom rigor, devemos estar certos de que o que acontece em Abrantes é bom para Tomar e Torres Novas, e vice-versa. É nesta perspetiva que entendemos que as autarquias e instituições públicas se têm que organizar.

Para as empresas, os incentivos do 2020 devem ser incorporados por forma a aumentar a sua capacidade produtiva, sendo necessário, por isso, que os mesmos cheguem às empresas o mais rapidamente possível. Mas estes incentivos terão de chegar em condições que sejam facilita-doras do acesso por parte das empresas. Se assim não for, vamos mais uma vez devolver dinheiro a Bruxelas.

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2016 inicia com novos avisosCom o início de 2016, o Portugal 2020 traz oportunidades para as empresas que pretendam fazer investimentos.

Para as empresas que gostariam de ver concretizados alguns dos seus investimentos, o programa do PORTUGAL

2020 pode ser a oportunidade ideal e apresenta novos avisos de abertura de candidatura em 2016. Apresentamos,

em modo sintetizado, as especifi cidades dos Sistemas de Incentivos mais procurados pelas PME da região, são eles:

INFORMAÇÃO E APOIO

Plano de Avisos de Abertura de Candidatura

SISTEMA DE INCENTIVO TIPOLOGIAS DE PROJETOS EXEMPLOS DE DESPESAS ELEGÍVEIS FINANCIAMENTO

Internacionalização PME

Prospeção de novos mercados, desenvolvimento e promoção internacional de marcas, marketing internacional, implementação de novos métodos de organização nas práticas comerciais e relações externas ou implementação de certifi cações específi cas para os mercados externos.

Despesas de deslocação a mercados exter-nos; aluguer de stand para participação em feiras no exterior; despesas com marketing internacional.

45% Não

reembolsável

Qualifi cação PME

Inovação Organizacional, reorganização interna, implementação de novas formas de comercialização e comunicação, (ex. economia digital), implementação de sistemas de gestão ou outro(s) que tornem a empresa mais competitiva; investimentos em propriedade industrial; investimentos em efi ciência energética.

Despesas relacionadas com a certifi cação de sistemas e/ou produtos, testes e ensaios em laboratórios acreditados; registos de marcas e patentes; desenvolvimento de aplicações, compra de software.

45% Não

reembolsável

Inovação Produtiva PME

Produção de novos bens e serviços ou melhorias signifi cativas da produção atual através da transferência e aplicação de conhecimentos; adoção de novos ou significativamente melhorados processos ou métodos de fabrico, de logística e distribuição, bem como métodos organizacionais.

Máquinas e equipamentos; despesas de construção e remodelação de edifícios (para alguns CAE’S).

35% a 75%Reembolsável

Empreendedorismo Qualifi cado e Criativo

Exclusivo para empresas criadas há menos de 2 anos, direciona-se a investimentos de natureza inovadora, relacionados com a criação de um novo estabelecimento, que se traduzam na produção de bens e serviços transacionáveis e internacionalizáveis e com elevado nível de incorporação nacional e que correspondam a um investimento inicial.

Igual ao SI Inovação Produtiva PME (linha acima).

45% a 75%Reembolsável

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Para as empresas que visam em 2016 investimento em processos de investigação e inovação, encontra-se também dispo-nível o Sistema de Incentivo à Investiga-ção e Desenvolvimento Tecnológico que permite fi nanciar despesas relacionadas com a criação ou melhorias signifi cativas de novos produtos, serviço processos ou sistemas economicamente viáveis, que permitam responder aos desafi os que se colocam nos próximos anos. Direcionado para a aposta em projetos de investigação e desenvolvimento tecnológico (I&DT) e de demonstração tecnológica, as candi-daturas a este SI podem ser apresentadas individualmente por uma empresa ou em co-promoção quando são desenvolvidos projetos em parceria com entidades não empresariais de investigação e inovação, como universidades e centros de inves-tigação.

CALENDÁRIO PREVISTO PARA ABERTURA DE CANDIDATURAS

TIPOLOGIA DE INTERVENÇÃO ABERTURA ENCERRAMENTO

Projetos Individuais de Internacionalização PME janeiro 16 abril 16

Projetos Individuais de Qualifi cação PME janeiro 16 abril 16

Inovação Produtiva PME janeiro 16 março 16

Empreendedorismo Inovação Empresarial janeiro 16 março 16

Núcleos de I&DT (Projetos Individuais) (I&DT Empresarial) janeiro 16 fevereiro 16

Projetos Individuais de I&DT (I&DT Empresarial) janeiro 16 fevereiro 16

VALE INTERNACIONALIZAÇÃO – FINANCIAMENTO 75% A FUNDO PERDIDO

Para empresas que pretendam iniciar o seu processo de internacionalização e pro-curam apoio para conhecer um novo mer-cado, angariar contactos e suportar custos com a deslocação e visita a mercados, a opção mais indicada poderá ser o projeto simplifi cado Vale Internacionalização com uma atrativa taxa de fi nanciamento de 75% a fundo perdido da despesa elegível.

Incentivo máximo – 15.000,00 €•

Consultoria individualizada na área da • Internacionalização

Estudo de mercados•

Estratégia de Internacionalização da • empresa

Angariação de contactos de potenciais • clientes e parceiros

Visita aos mercados com agenda de • contactos

A NERSANT, como entidade acreditada para prestar os serviços do Vale Inter-nacionalização, apoia as empresas com interesse por este sistema de incentivo.

Mais informações:

Departamento de Apoio Técnico, Inovação e CompetitividadeE-mail: [email protected].: 249 839 500.

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22 www.nersant.ptJANEIRO 2016

INFORMAÇÃO E APOIO

Nesse sentido têm sido registados progressos notáveis quer ao nível do controlo periódico das emissões, quer ao nível da sua

monitorização em contínuo, evitando que seja afetado o ambiente circundante.

Convém contudo salientar que em inúmeros processos do nosso quotidiano produtivo e em milhares de empresas, a libertação de gases, calor e poeiras, quando não tratadas de forma eficaz, afetam diretamente quem se encon-tra nesses indústrias, com sintomas de stress, cansaço e redução de produtivi-dade, e quem habita nas zonas limítro-fes sendo por isso necessário determi-nar e implementar em cada caso pro-jectos que resolvam estes problemas.

Ao nível das necessidades de tratamento do ar podemos como exemplo falar em processos tão comuns como a ensacagem e manuseamento de produtos alimentares, farmacêuticos ou de construção, os trata-mentos térmicos e químicos, a soldadura, maquinação e transformação de metais ou compostos de carbono, a transformação e manuseamento de calcário e sílica nor-malmente em instalações a “céu aberto”, a produção de papel e a sua transformação para livros jornais e revistas, etc....

Estas considerações levam a que a cons-trução dos edifícios que a defi nição dos postos de trabalho tenha em atenção os aspetos ambientais, referentes à quali-dade do ar em ambiente industrial, para que disponham de condições técnicas que permitam a instalação de equipamentos que resolvam os problemas inerentes a estes processos produtivos.

Sustentabilidade Ambiental

Quando estes problemas são identifi -cados nas instalações existentes têm que ser estudados localmente, e discutidos com decisores e utilizadores, para que as soluções encontradas sejam de consenso de todas as partes envolvidas.

Com base na experiência adquirida em muitas empresas dentro e fora do país e das capacidades tecnológicas disponíveis no âmbito das melhores técnicas dispo-níveis, temos criado soluções dedicadas a cada um destes problemas, seja no arrefe-cimento do ar e tratamento dos gases, na fi ltragem ou no abatimento das poeiras, no transporte pneumático, ou noutro tipo de técnicas associadas, de forma a tornar as instalações existentes ou que venham a ser construídas, mais amigas do ambiente contribuindo para a sua sustentabilidade a partir de pequenos contributos e ações e de melhoria.

Luís CostaQualidAR - Engenharia do Ambiente, Lda.

A preservação do meio ambiente ao nível das emissões para a atmosfera é normalmente associada às grandes unidades industriais, cujo número em Portugal é limitado mas de forma geral sempre controlado.

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VIVER O TEJOVIVER O TEJO

Dia 1Museus, Artes e Ofícios

Manhã:Museu Nacional Ferroviário do EntroncamentoO Museu Nacional Ferroviário pretende dar a conhecer o passado, o presente e o futuro dos caminhos-de-ferro portugueses, indo ao encon-tro da história da tecnologia e ciência, bem como das mentalidades e economia que envolvem esta realidade ferroviária. Possui uma das melhores coleções de património ferroviário da Europa! 36 000 objetos, de grandes e pequenas dimen-sões, constituem o acervo do museu. Aqui moram verdadeiros tesouros nacionais!

Museu Agrícola de RiachosO museu reúne um espólio representativo do modo de vida tradicional das gentes riachen-ses e dos vários aspetos da ruralidade da zona geográfi co-cultural de transição do bairro para a

borda-d’água ribatejana. O lagar e a eira, a casa tradicional e a maquinaria agrícola, o traje e as artes e ofícios tradicionais são as temáticas que se destacam no contexto do seu acervo etnográfi co.

Almoço:

EntroncamentoRestaurante Dom Apetite;• Torres Novas• Restaurante Saber Comer (Torres Novas);• Restaurante Casa das Enguias (Alcorochel);• Restaurante Hotel de Torres Novas.•

GolegãRestaurante Lusitanus; • Restaurante O Barriga. •

Tarde:Casa-Estúdio Carlos Relvas na GolegãA Casa Estúdio apresenta características únicas a nível mundial, como singular é o facto de ter sido construída de raiz, como monumento aos precursores da fotografi a e com o objetivo exclu-

sivo de acolher um laboratório e estúdio dedi-cados especifi camente ao desenvolvimento de uma arte e que propiciaram a Relvas um local de excelência para a revelação dos seus negativos e ensaio dos novos métodos daquela disciplina, simultaneamente científica e tecnológica. A Casa- Estúdio é um monumento expressivo da arquitetura do ferro (33 toneladas!). Será uma visita incontornável para os adeptos da fotografi a, possuindo um vasto espólio.

Parque de Escultura Contemporânea do Almourol (VN Barquinha)Pela 1.ª vez em Portugal existe um parque de escultura onde estão juntos os nomes mais representativos da escultura contemporânea portuguesa. As obras localizam-se nos sete hec-tares do Barquinha Parque, Prémio Nacional de Arquitetura Paisagista 2007 na categoria “Espaços Exteriores de Uso Público”, da autoria da dupla de Arquitetos Paisagistas – Hipólito Bettencourt e Joana Sena Rego.

Museus, Artes e OfíciosE

sta rota propõe a visita a alguns museus dedicados às artes e ofícios do Ribatejo, percorrendo o itinerário Entroncamento-Riachos-Golegã-Barquinha-Constância-Mação. Poderá constituir uma excelente proposta para um programa de fi m-de-semana familiar, para uma visita escolar ou como complemento a outras visitas no Ribatejo.

As artes e ofícios associados ao recurso Tejo constituem heranças a preservar ao longo do tempo. Conheça as nossas artes e ofícios. Visite os nossos museus e deslumbre-se com os seus espólios!

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Jantar:

Vila Nova BarquinhaRestaurante e Petiscos Bar Ribeirinho;• Restaurante Almourol (Tancos).•

Alojamento:

Vila Nova BarquinhaCasa do Patriarca (Atalaia).• Quinta do Ribeiro Tanquinhos (Tancos)•

ConstânciaCasa João Chagas.• Constância Guest House.• Parque de Campismo e Caravanismos de • Constância.

Dia 2Manhã:Museu dos Rios e Artes Marítimas de ConstânciaO museu possui um espólio predominantemente

relativo à etnografi a fl uvial, com instrumentos de trabalho e miniaturas de embarcações tradi-cionais. Aqui podem observar-se objetos de uso quotidiano, fotografi as, redes, etc., retratando um modo de vida que existiu quando Constância era um porto fl uvial.

Almoço:

ConstânciaRestaurante D. José Pinhão •

Tarde:

Museu de Arte Pré-histórica de MaçãoMuseu de Arte Pré-Histórica do Sagrado e do Vale do Tejo é um espaço que possui uma expo-sição permanente de arqueologia e arte rupestre do Vale do Ocreza, alguns espaços para ateliês de experimentação destinados aos mais jovens, um laboratório de conservação e restauro e uma biblioteca especializada em arte rupestre. Um local a visitar sob reserva prévia.

Gastronomia - A não perderJaneiro é o início da época da Lampreia não deixe de provar e deliciar-se com esta iguaria singular.

Delicie-se também com outros pratos de carne e de peixe desta região.

Lombinho de Porco Ribatejana com batatinha −a murro/ migas;

Perdiz de escabeche;−

Cataplana de garoupa;−

Broa de bacalhau…−

São apenas algumas sugestões.

Informações e reservaswww.viverotejo.pt

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INFORMAÇÃO E APOIO

Segurança Social Direta

O que é A Segurança Social Direta (SSD) é um

canal direto, rápido, eficaz, cómodo e seguro, que está disponível todos os dias, a qualquer hora, que permite às pessoas sin-gulares e às empresas, através da internet, usufruir dos serviços da Segurança Social, nomeadamente, consulta de informações registadas no sistema de Segurança Social (SISS), alterações ou pedidos, sem terem de se deslocar aos Serviços de Atendimento Presencial da Segurança Social.

Qual o principal objetivo da implemen-tação da Nova Plataforma da Segurança Social Direta

- Tal como quando foi criada, o principal objetivo é continuar a facilitar e maximizar o relacionamento e a interação do cidadão e das empresas de forma a prestar um ser-viço funcional e de proximidade de acordo com as diversas necessidades;

Não é um processo acabado. Em cada momento procurará melhorar a sua arti-culação com todas as partes interessadas associadas à Missão do Instituto de Segu-rança Social, IP.

Quais as principais alterações introduzidas com a implementação da Nova Plataforma da Segurança Social Direta

Um novo layout•

Com uma organização mais funcional dos conteúdos associados aos serviços dis-poníveis para os cidadãos (cerca de 50) e para as empresas (cerca de 35), agrupados em 6 itens de referência:– Conta-corrente – Família – Emprego – Doença – Ação Social – Pensões

Validação On-line mensal das Declara-• ções de Remunerações

O Canal de Entrada da Declaração Mensal de Remunerações, passa a ser a Segurança Social Direta, sendo que as anteriores formas de envio DRI e DR-on-line deixaram de estar disponíveis a 25 de novembro. Os dados até aqui existentes migraram para a Segurança Social Direta, e as Entidades Empregadoras, passam a

cumprir esta obrigação mensal com recur-so à nova plataforma.

Relações de Representação•

Com esta funcionalidade, no caso de as Entidades Empregadoras optarem por ser representadas por outras Entidades para efeitos cumprimento de determina-das obrigações, concedendo previamente acesso às mesmas na Segurança Social Direta, estas com a sua palavra passe pode-rão aceder aos dados das primeiras para poder dar sequência às tarefas necessárias que permitam corresponder às exigên-cias estabelecidas no Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial da Segurança Social.

Consulta das Qualifi cações dos Traba-• lhadores pelas Entidades

Para além das funcionalidades já exis-tentes, relativas à admissão e cessação de trabalhadores numa determinada Entidade Empregadora, cada uma destas ou quem as representa, poderão agora proceder a uma consulta do histórico dos trabalhadores (atuais ou que em determinado período estiveram a estas vinculados), assim como aceder às respetivas taxas contributivas.

Quais as principais vantagens para as • Empresas

De uma forma mais específi ca destaco as seguintes:– A simplifi cação do processo de entrega

mensal da Declaração de Remunera-ções;

– A Declaração Mensal de Remunerações é automaticamente pré-preenchida com a informação da última declaração entre-gue referente a cada trabalhador;

– A Entidade apenas tem de efetuar a vali-dação da informação da declaração a submeter e completar com os elementos a atualizar/alterar;

– Maior interatividade com as Entidades, disponibilizando desde logo a informa-ção necessária ao correto enquadramen-to;

– Eliminação gradual dos erros existentes no Sistema de Informação da Segurança Social, e posterior entrada de Decla-rações de Remunerações sem erros, após esta fase transitória, que por sua

vez, facilitará um maior rigor no apu-ramento da situação contributiva das Entidades Empregadoras;

– Permite um atendimento e diálogo mais facilitado e adequado às questões con-cretas das Entidades, com a disponibi-lização, nesta fase de implementação, de uma linha de atendimento telefónico nacional (300 513 000) e uma caixa de correio distrital ([email protected]).

Divulgação da Nova Plataforma da Segu-rança Social Direta

Tendo presente que as alterações a con-cretizar na Nova Plataforma da Segurança Social Direta, nas suas tarefas essências (Relações de Representação, Consulta, Admissão e Cessação de Trabalhadores e Envio das Declarações Mensais de Remu-nerações), já iriam produzir efeitos no mês de dezembro de 2015, o Centro Distrital de Santarém, procurou desde logo atuar prioritariamente, no sentido de esclarecer junto destas Entidades os aspetos essen-ciais desta atualização.

Para o efeito, promoveu a realização de 8 sessões, que decorreram no período de 17 a 26 de novembro, 2 em Fátima, 2 em Torres Novas, 2 em Benavente e 2 em Santarém.

Adicionalmente foi ainda desenvolvida uma ação específi ca junto da Ordem dos Contabilistas Certifi cados, nas instalações desta Entidade em Santarém.

A operacionalização das ações foi efetu-ada em parceria com a Associação Empre-sarial da Região de Santarém – Nersant, no que se refere à gestão, divulgação e inscrição de participantes.

Esta Entidade disponibilizou ainda as suas instalações/recursos humanos (em Torres Novas e Benavente), assim como o Centro João Paulo II – União das Misericór-dias e no Pólo do INIAV do Vale de Santa-rém (Estação Zootécnica Nacional).

Tiago LeiteDiretor Distrital da Segurança Social de Santarém

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Ao longo dos anos, a utilização de ferramentas de apoio à gestão por parte das empresas, inde-pendentemente do ramo de

actividade, tornou-se fundamental para ajudar a organizar e gerir os projectos de forma mais efi ciente, uma vez que per-mitem um planeamento mais cuidadoso, possibilitando maior atenção aos detalhes e uma comunicação mais efectiva. Além disso, proporcionam também a padroni-zação de métodos e processos e a dispo-nibilização de informações ao alcance de todos os colaboradores envolvidos nos processos, aumentando a interacção e a rapidez, potenciando a responsabilização e o alcançar dos objectivos estabelecidos.

Mais cedo ou mais tarde, a todas as entidades da economia social, sejam elas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) ou outras instituições públi-cas ou privadas, são colocadas questões importantes como:

São mantidos registos datados e assina-• dos relativos à realização dos processos?

Os registos fazem parte integrante do • processo individual do cliente?

De uma forma ou de outra, mais ou menos organizada, mais ou menos sis-tematizada, a resposta pretende-se que seja afi rmativa ou então que rapidamente passe a sê-lo.

De que forma?•

É neste sentido que a Nersant desenvol-veu e se encontra a dinamizar a implemen-tação da plataforma electrónica GESINOV SOCIAL junto das entidades da economia social, enquanto ferramenta de apoio à gestão e à implementação dos Manuais

GESINOV SOCIALFerramenta de apoio à gestão e à implementação dos Manuais da Segurança Social nas Entidades da Economia Social

da Segurança Social nas Entidades da Economia Social.

Como sistema de intranet (rede interna de acesso restrito para cada entidade), a GESINOV SOCIAL disponibiliza o acesso aos manuais, aos processos chave, às ins-truções de trabalho, aos impressos previs-tos nos Manuais da Segurança Social para cada uma das respostas sociais, fazendo ainda uma gestão mais cuidadosa de arma-zéns e economatos, compras, avaliação de fornecedores, registo de viaturas, fi chas de colaboradores, entre outras funciona-lidades.

Esta ferramenta permite sistematizar os fl uxos de comunicação, prevê a monitori-zação e avaliação da efi cácia dos processos de comunicação e a sua melhoria conti-nua. Todo o sistema é documentado, sendo registadas as actividades defi nidas.

O QUE É O GESINOV SOCIAL:

Aplicação informática de organização • interna e gestora de processos de qua-lidade, dando resposta às exigências da Segurança Social.

Intranet para a Economia Social.•

OBJETIVOS:

O GESINOV SOCIAL tem como objetivo • potenciar e facilitar a normalização de procedimentos de acordo com o previsto nos manuais da Segurança Social.

Manter os registos atualizados relativos • à realização dos processos individuais dos clientes.

CARACTERÍSTICAS E VANTAGENS:

Disponibilização dos processos chave por •

resposta social, de acordo com o previsto nos manuais da Segurança Social

Centralização de informação e disponi-• bilização a todos os colaboradores;

Processos automáticos sem necessidade • de circulação de papel;

Apoio aos Recursos Humanos (marcação • de férias, ausências e plano de formação interna);

Ferramenta administrativa;•

Ferramenta de gestão/meio para comple-• mentar as actividades de gestão;

Padronização dos modelos;•

Alinhamento às melhores práticas dos • manuais da Segurança Social;

Maior envolvimento de todos;•

Facilidade de adaptação às necessidades • das entidades;

Software fl exível facilmente adaptável • a todas as organizações;

FUNCIONALIDADES:

Disponibilização dos processos chave por • resposta social, de acordo com o previsto nos manuais da Segurança Social

Gestão documental•

Documentação geral e da Qualidade•

Gestão da Agenda•

Gestão da Facturação•

Gestão de Clientes •

Compras e avaliação de fornecedores•

Gestão de armazéns e Economato•

Gestão de viaturas e espaços•

Gestão de Recursos Humanos•

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INFORMAÇÃO E APOIO

Neste âmbito enquadram-se os cursos de formação modu-lar, com uma duração míni-ma de 25 horas e máxima de

300 horas, sendo constituídos por uma ou várias unidades de formação que integram os referenciais de nível 2 e nível 4 do Catálogo Nacional de Quali-fi cações, que permitam a aquisição de competências tecnológicas de natureza específi ca ou transversal, bem como de competências pessoais e empreendedoras que capitalizem para a obtenção de uma qualifi cação.

Estes cursos destinam-se a todos os desempregados inscritos nos Serviços de Emprego do IEFP,IP, subsidiados ou não, maiores de 18 anos, sendo considerados como prioritários/as os desempregados inscritos nos Centros de Emprego e nos Centros de Emprego e Formação Pro-fi ssional do IEFP, com uma ou mais das seguintes condições: inscritos há mais de 6 meses; que não possuam o 9º ano de escolaridade ou que não possuam

uma qualifi cação ajustada ao mercado de trabalho; que integrem agregados familiares em que ambos os membros se encontrem desempregados ou agre-gados monoparentais.

As iniciativas a desenvolver podem con-fi gurar percursos de formação modular com base em unidades de formação de curta duração (UFCD) do Catálogo Nacio-nal de Qualifi cações, formação prática em contexto de trabalho ou processos RVCC conjugados com formação qualifi cante.

A medida Vida Ativa - Emprego Quali-fi cado visa, assim, integrar os desempre-gados de forma mais célere em percur-sos de formação modular - baseados em unidades de formação de curta duração do Catálogo Nacional de Qualifi cações - ou em processos de reconhecimento, validação e certificação de competên-cias, nas vertentes profi ssional e de dupla certificação, com vista à aquisição de competências relevantes para o mercado de trabalho, que potenciem ou valorizem as que já possuem, e à mobilização para

processos subsequentes de qualifi cação ou reconversão profi ssional, particular-mente em setores de bens ou serviços transacionáveis.

Assume, ainda, especial relevância no âmbito da presente medida a possi-bilidade da formação prática decorrer em contexto de trabalho, de forma a proporcionar aos desempregados a rea-lização de atividades que contribuam para a consolidação ou para o desen-volvimento de competências adquiridas através de percursos formais ou por via da experiência profi ssional, bem como para promover um contacto regular com o mercado de trabalho e, desta forma, favorecer a respetiva inserção ou rein-serção profi ssional.

A formação no âmbito desta medida pode ser desenvolvida pelos Centros de gestão direta do IEFP, pelos Centros de gestão participada, por estabelecimen-tos de educação e formação públicos e privados e por entidades formadoras certifi cadas.

Medida Vida Ativa facilita integração no mercado de trabalhoA medida “Vida Ativa”, criada pela Portaria nº 203/2013 de 17 de Junho, insere-se nas medidas ativas de emprego e pretende consolidar e integrar um conjunto de intervenções orientadas à ativação dos desempregados, favorecendo a aprendizagem ao longo da vida, o reforço da empregabilidade e a procura ativa de emprego.

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30 www.nersant.ptJANEIRO 2016

Em tempo real, com precisão, todos os dados são processados e analisados para que se construa conhecimento e se decida com sabedoria. Decisões que tornam as organizações mais rentáveis e competitivas, quer através da economia de recursos, quer através da identifi cação de oportunidades de negócio.

Pós-Graduação em Business Intelligence: Uma resposta a uma necessidade

Para dar resposta aos desafi os de um mundo globalizado no qual as organiza-ções têm cada vez mais necessidade de gerar conhecimento em tempo útil, surgiu, numa parceria entre o Instituto Politéc-nico de Tomar (IPT) e a SoftINSA, uma empresa do grupo IBM, a Pós-Graduação em Business Intelligence.

Esta Pós-Graduação visa atender às necessidades do mercado atual e destina-se a todos aqueles que pretendem estar

capacitados para gerir organizações inte-ligentes. É uma formação que revela uma conjuntura única, proporcionando aos alunos a capacidade de integração e gestão de informação e a utilização prática de tecnologias de informação em ambiente empresarial.

As aulas decorrem nas instalações do Centro de Investigação Tecnológica de Tomar (CENIT), pertencentes à SoftINSA, e são lecionadas por uma equipa docente com vasta experiência no âmbito empre-sarial.

Conteúdos: Da teoria à práticaEste ciclo de estudos, com a duração

de um ano letivo, será sempre orientada segundo os seus quatro pilares estraté-gicos – Pessoas, Produtos, Processos e Lugar. Visa a aquisição de competências integradas de maneira a atingir o perfi l de gestor de projetos em Business Intelli-

gence sendo que, Planeamento, Imple-mentação e Controlo de Gestão, Gestão do Capital Humano, Arquitetura em Business Intelligence, Gestão e Otimização de Pro-cessos e Projetos e Modelos Matemáticos de Análise e de Apoio à Decisão são alguns dos módulos que fazem parte do plano curricular.

A 2.ª edição conta com Seminários e Provas de Conceito nas mais atuais pla-taformas de Tecnologias de Informação (TI).

1ª Edição: Sucesso de empregabilidade e Smarter Fest

Na 1ª Edição da Pós-Graduação foi desenvolvido pelos alunos um projeto denominado Smarter Fest que aliou a tecnologia à mais emblemática festa do concelho de Tomar, a Festa dos Tabulei-ros, que este ano se realizou de 4 a 13 de julho.

IPT e SoftINSA/IBM dão sequência a aposta vencedora

Business Intelligence: Decidir com sabedoriaA produção e o consumo exponencial de dados digitais marcam a era em que vivemos. Em todos os instantes surgem novos dados vindos dos nossos smartphones, tablets e computadores. Das redes sociais e blogs. Da internet. Da publicidade. Dos nossos veículos. Os códigos de barras e os identifi cadores de rádio frequência concentram todo o ciclo de produção, distribuição e consumo de um produto. Estamos rodeados de sensores digitais. Até do espaço, através dos satélites, surgem dados. Como se organizam, analisam, guardam, partilham e monitorizam todos estes dados é a missão de Business Intelligence.

INFORMAÇÃO E APOIO

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ParceirosO desenvolvimento e atuação

desta Pós-Graduação baseia-se na abordagem “tripla-hélice”, assente nas instituições de ensino e inves-tigação como indutoras de rela-ções com empresas e entidades públicas, visando a produção de novos conhecimentos, inovação tecnológica e desenvolvimento económico. Neste sentido, no iní-cio desta 2.ª edição, encetaram-se reuniões com o Presidente da Comissão Executiva da NERSANT, António Campos, e com a Presiden-te da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), Maria do Céu Albuquerque. No âmbito de atuação das duas entidades, foram identifi cadas algumas áreas que poderão benefi ciar de projetos con-juntos a desenvolver com a Pós-Graduação, sempre com base na relação privilegiada com o parceiro tecnológico SoftINSA/IBM.

Na sequência da reunião com António Campos, a equipa da Pós-Graduação encontra-se a desen-volver um inquérito em conjunto com a NERSANT, com o objetivo de conhecer a realidade do tecido empresarial regional relativamen-te ao uso efi ciente das Tecnologias da Informação no suporte à deci-são, intitulado “Das opções à deci-são”. As informações recolhidas permitirão identificar possíveis lacunas a colmatar com futuros projetos.

Relativamente à parceria com a CIMT já foram identifi cadas algu-mas possíveis áreas de atuação para projetos conjuntos, nome-adamente no setor do turismo e promoção patrimonial. Neste momento decorre uma fase de ava-liação que resultará em propostas que benefi ciem os treze concelhos integrantes do Médio Tejo.

Foi desenvolvida uma aplicação em par-ceria com a SoftINSA e o Município de Tomar, na qual encontraram uma solução tecnológica inovadora para dar resposta à enorme afl uência de visitantes a Tomar. O resultado é uma marca já registada pelo IPT e permitiu à Festa dos Tabulei-ros aliar a tradição e a inovação. A nível tecnológico, o produto é suportado pelas plataformas IBM Intelligent Operations Center (IOC) e IBM Bluemix.

A App para os visitantes esteve dispo-nível para os sistemas operativos iOS e Android e permitiu em tempo real consul-tar a agenda dos eventos, a localização e grau de ocupação de parques de estacio-namento e a localização do cortejo.

Para além da App, o Smarter Fest teve

uma importante dimensão operacional para as autoridades de segurança e pro-teção civil de Tomar. PSP, GNR, Bombei-ros e Proteção Civil interagiram, numa plataforma comum, registos e tipifi cação de todas as ocorrências relativas à Festa dos Tabuleiros. Toda esta informação foi útil não só para a monitorização e apoio à tomada de decisões, bem como para o planeamento e gestão operacional de eventos futuros em Tomar.

Ainda no que concerne à 1ª edição, há a registar a taxa de empregabilidade dos alunos de 100 por cento o que espelha bem a qualidade do saber-fazer nesta Pós-Graduação e da necessidade do mercado em obter profi ssionais qualifi cados nesta área.

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A Escola Superior de Gestão e Tecnolo-gia do Instituto Politécnico de Santarém reestruturou o seu mestrado em Sistemas de Informação para a Gestão, num pro-cesso resultante de uma parceria com a NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, atualizando o plano curricular do curso.

Com a assinatura do protocolo de parce-ria IPSantarém/NERSANT, a 23 de novem-bro de 2015, no aniversário dos 30 anos da Escola Superior de Gestão e Tecnologia, foi anunciada a 2.ª Edição do curso de mestrado em Sistemas de Informação para a Gestão.

O curso encontra-se acreditado pela A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior – e estruturado em torno de dois pilares fundamentais para as organizações: a gestão e os sistemas de informação, promovendo uma visão inte-grada de como os sistemas de informação podem estar ao serviço das organizações e da sua gestão.

A reestruturação do curso apostou na complementaridade de conhecimentos, de forma inovadora, desenvolvendo compe-tências nos mestrandos sobre realidades atuais ao nível da informação e comuni-cação, da estratégia e competitividade e da inovação e empreendedorismo.

Um mestrado da Gestão e Tecnologia em parceria com a NERSANT

Sistemas de Informação para a GestãoEspecialmente desenhado para o perfi l e

necessidades do trabalhador estudante, o mestrado irá funcionar, preferencialmen-te, às sextas-feiras à noite e aos sábados, em horário compatível com a sua vida profi ssional.

O curso funcionará nas instalações da Escola Superior de Gestão e Tecnologia mas terá, para algumas unidades curricu-lares, sessões paralelas que decorrerão em modelo de eLearning, recorrendo a vide-oconferência, a partir das instalações da NERSANT em Torres Novas. Igualmente, nestes casos, o mestrando poderá assistir a estas sessões à distância.

No terceiro semestre do curso, corres-pondente ao início do segundo ano de frequência, altura em que os mestrandos desenvolvem os trabalhos para a obtenção do grau de mestre, serão proporciona-das aos alunos temáticas e contacto com empresas para realização de um Projeto Aplicado ou de Estágio de Natureza Pro-fissional, ao abrigo de protocolos esta-belecidos com empresas associadas da NERSANT. Esta medida pretende desen-volver projetos e/ou investigação que vão ao encontro das necessidades reais do setor empresarial.

Finalmente, a opção por um custo de propina num valor anual dentro dos míni-

mos praticados para os cursos conducen-tes à obtenção do grau de mestre (1.250 €) e onde é permitido o pagamento da propina em dez prestações, sem juros, visa combater as difi culdades decorrentes da atual conjuntura. Os alunos podem ainda candidatar-se a uma Bolsa junto dos Serviços de Ação Social do Instituto Politécnico.

As candidaturas ao mestrado em Siste-mas de Informação para a Gestão encon-tram-se abertas até dia 2 de fevereiro de 2016. A fi cha de candidatura, o plano de estudos e todo um conjunto de informa-ções complementares podem ser obtidas a partir da página da Escola.

Para mais informações contactar:Coordenador do Mestrado, Professor Doutor João Paulo Rodrigues Samar-tinho, [email protected] Gabinete de Pós-Graduações e Mes-trados - D.ª Adelina Botas, [email protected]

Escola Superior de Gestão e Tecnolo-gia, Complexo Andaluz 2001-904 San-tarém, Tel. 243 303 200/17, [email protected]

INFORMAÇÃO E APOIO

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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

A dinamização da Rede de entidades que constituem o Ecossistema Empreen-dedor da Lezíria do Tejo e, através desta Rede, desenvolver um trabalho integra-do de apoio à geração de ideias inova-doras, à capacitação e qualificação dos empreendedores e dos seus projetos, e à criação de novas empresas é o objetivo do Incubar+Leziria, projeto apresentado ontem pela NERSANT, no Centro de Negó-cios e Inovação de Rio Maior. No total, são 500 mil euros de fi nanciamento que vão ser aplicados na dinamização do projeto, prevendo-se a realização de diversas ações como a formação e a criação de uma plata-forma virtual para teste da ideia e de um simulador do negócio, estando ainda pre-vistas ações de “potenciação das iniciativas empresariais”. O objetivo é, em dois anos, trabalhar 200 ideias de negócios e permitir a criação de 100 novas empresas nos vários setores de atividade, doze delas tecnológi-cas. O projeto prevê ainda a atribuição de 12 bolsas para os três melhores projetos que concorram nas áreas da agroindústria e alimentação, saúde e bem-estar, cultura/

criatividade e ambiente.Na sessão de apresentação do

Incubar+Leziria, António Campos, Presi-dente da Comissão Executiva da NERSANT referiu-se à cooperação entre a NERSANT e as diversas entidades parceiras do projeto como “um triangulo virtuoso”, uma vez que é este trabalho em rede, juntando a parte empresarial ao conhecimento académico e às infraestruturas de apoio dos municípios que está na base do sucesso do projeto. “Mais do que criar empresas, o objetivo do Incubar+Leziria é que as empresas cresçam e estou certo de que com este conjunto de parceiros, esse crescimento vai acontecer. Estamos certos de que este projeto vai ser um sucesso”, garantiu António Campos às dezenas de pessoas presentes na sessão de apresentação pública do Incubar+Leziria.

Na sessão pública de apresentação do projeto estiveram ainda presentes os repre-sentantes das entidades parceiras do mes-mo. A Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Isaura Morais, presidiu à mesa e justifi cou a pronta parceria a este projeto da NERSANT com o novo papel que os

municípios têm hoje em dia na criação de condições que permitam o emprego nos seus territórios. Estiveram ainda presentes Diva Cobra, presidente do Conselho de Administração da Desmor, António Tor-res, Secretário Executivo da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, e ainda Hélder Pereira, vice-presidente do Instituto Politécnico de Santarém, tendo todos estes enaltecido a pertinência deste projeto na região da Lezíria do Tejo, bem como colo-cado a sua instituição à disposição dos empreendedores.

A apresentação do Incubar+Lezíria seguiu-se à aprovação da candidatura da NERSANT aos Sistemas de Incentivos a Ações Coletivas, instrumento de apoio indi-reto às empresas que visa a promoção de fatores de competitividade no âmbito do Portugal 2020 (acordo de parceria adotado entre Portugal e a União Europeia). Tem como parceiros o Agrocluster Ribatejo, o Centro de Negócios e Inovação de Rio Maior, a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo e o Instituto Politécnico de Santarém.

Meio milhão de euros para apoiar empreendedorismo na Lezíria do TejoFoi apresentado em Rio Maior, o Incubar+Leziria, projeto de fomento ao empreendedorismo que vai permitir apoiar a criação de 100 empresas na região da Lezíria do Tejo nos próximos dois anos. Liderado pela NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, o projeto tem como parceiros o Agrocluster Ribatejo, o Centro de Negócios e Inovação de Rio Maior, a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo e o Instituto Politécnico de Santarém.

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A empresa Visual Wizard, especialista em prezi, software na modalidade com-putação em nuvem feito em HTML5 utilizado para a criação de apresentações não lineares, está desde janeiro instalada no Startup Santarém.

A empresa liderada por David Oliveira, trabalha já com mais de 100 clientes em todo o mundo, sendo a única empresa nacional representante deste software. O trabalho da Visual Wizard é criar apresentações com padrões de qualidade elevados ao nível do design, pelo que a empresa pode ser uma importante forne-cedora de serviços para empresas, instituições ou organizações que pretendam apostar na comunicação como forma de elevar o seu negócio a outro patamar.

Portugal vai assistir a aprofundamento do investimento em I&D em 2016

Organizado, pela primeira vez, em colaboração com a Agência Nacional de Inovação, o 12.º Encontro Nacional de Ino-vação COTEC teve lugar em dezembro, na Culturgest, em Lisboa.

O tema desta edição foi “Inovação Inten-siva em Conhecimento” e contou com a participação de Rudolf Martin Siegers, CEO da Siemens Região Alemanha, e dos líderes da Bial, da Frulact, da Novabase e da Vision-Box. José Carlos Caldeira falou à Lusa a propósito da parceria da ANI com a COTEC, no âmbito deste encontro, refe-rindo que a “valorização do conhecimento é um tema que está no centro” da missão da agência e que “Portugal tem tido um desempenho muito bom”.

“Estamos certos que vamos assistir em 2016 ao aprofundamento da tendência de investimento em investigação e desenvolvi-mento entre empresas e à colaboração do sistema científi co tecnológico e empresas”, salientou ainda, adiantando que isso irá permitir ter “uma economia mais compe-titiva e mais internacionalizada”.

Na sessão de encerramento esteve pre-sente o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

Candidaturas ao Prémio Melhor Tese de Inovação e Empreendedorismo

Estão abertas até dia 31 de janeiro as candidaturas ao ‘Prémio Melhor Tese de Inovação e Empreendedorismo’, uma ini-ciativa da COTEC Portugal e da EVERIS, que distingue a melhor dissertação de mestrado assente num tema de inovação e de empreendedorismo.

Para o prémio são consideradas ele-gíveis todas as dissertações elaboradas no âmbito da frequência de mestrados em instituições de ensino superior por-tuguesas e submetidas nos anos letivos 2013/2014 e 2014/2015, caso se candida-tarem até 31 de janeiro de 2016.

O vencedor do Prémio Melhor Tese de Inovação e Empreendedorismo recebe uma bolsa de mérito no valor de 2.000€, a possibilidade de estar presente num evento internacional de referência na área da inovação ou do empreendedorismo (com um valor global máximo de 3.000€) e um estágio remunerado por um perío-do de 6 a 9 meses numa área da EVERIS Portugal.

Caso a qualidade das dissertações o justifi que, prevê-se ainda a possibilidade de atribuição de um 2.º e 3.º prémios, no âmbito do qual está incluída a participação num evento internacional sobre os temas da inovação ou do empreendedorismo e

a realização de um estágio remunerado por um período de 6 meses numa área da EVERIS Portugal.

Desenvolvido em duas fases de sele-ção, o Prémio Melhor Tese de Inovação e Empreendedorismo conta com uma comissão técnica responsável pela sele-ção de até dez fi nalistas.

Os candidatos apurados para a segunda fase devem submeter um fi lme e apresen-tar a sua dissertação num pitch perante o painel de jurados. Nesta segunda fase, o júri constituído por personalidades por-tuguesas do mundo empresarial e socie-dade civil irá avaliar e eleger um ou mais vencedores.

Em ambas as fases, as candidaturas serão avaliadas de acordo com o con-teúdo, forma, método, originalidade da investigação desenvolvida, aplicabilidade dos resultados e potencial de difusão dos resultados a nível nacional e internacio-nal. Na segunda fase do concurso acresce à avaliação, a originalidade e qualidade do filme submetido. A capacidade de networking refl etida pela votação onli-ne será também objeto de avaliação. Os interessados podem submeter a sua can-didatura em http://barometro.cotec.pt/website/studies/premio.

Startup Santarém acolhe única representante nacional do prezi

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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Compal tem 60.000€ para apoiar projetos de empreendedorismo frutícolaEstão abertas até 18 de fevereiro as

candidaturas para a quarta edição da Academia do Centro de Frutologia Com-pal, que pretende fomentar a inovação na fruticultura nacional e estimular a colaboração e criação de parcerias para o desenvolvimento de novos negócios.

As candidaturas para aquela que é já uma formação de referência a nível nacional, podem ser feitas em www.centrofrutologiacompal.pt. Do total de candidaturas submetidas, serão escolhidos os projetos de 12 empreendedores para participar na Academia. Os três melhores projetos finais recebem uma bolsa de 20.000€.

Para responder às necessidades da nova geração de empresários agrícolas, a edição 2016 da Academia do Centro de Frutologia Compal terá um programa de formação mais robusto, reflexo da preocupação com o reforço de alguns módulos, entre os quais o de marketing. Fruticultura,

gestão agrícola, associativismo, tecno-logia e sustentabilidade são alguns dos módulos em sala que se mantêm, assim como a forte aposta na formação práti-ca através de sessões em terreno. Para além da formação teórica e prática, estes empreendedores terão ainda oportunida-de de integrar uma rede de networking, abrindo portas para novas colaborações e parcerias.

Podem candidatar-se empreendedores

Projeto ProtomateEscola Superior Agrária de Santarém desenvolve projeto inovador com os produtores de tomate

O Projeto Protomate foi um dos 200 trabalhos de investigação apresentados no encontro nacional das escolas superiores agrárias de todo o país, realizado nos dias 2 e 3 de dezembro em Bragança. A inova-ção e as novas tendências da agricultura foi o tema central do encontro em que a professora da Escola Superior Agrária de Santarém, Maria do Céu Godinho, apresentou o caso de sucesso do projeto Protomate, exemplo de projeto acadé-mico realizado com a participação dos produtores, que obteve um impacto direto nas produções, contribuindo ainda para práticas mais amigas do ambiente e da segurança alimentar.

O projeto com origem na Escola Supe-rior Agrária de Santarém foi desenvolvi-do a pedido dos produtores de tomate da região que se viram a braços com uma nova praga que estava a afetar gravemente a produção de tomate que, como se sabe, representa uma enorme importância para a economia do Ribatejo que concentra cer-ca de 95% da produção nacional de tomate. Na campanha deste ano, produziram-se 18,1 milhões de toneladas de tomate em Portugal, numa área de 19 mil hectares concentrada sobretudo no Ribatejo e

Alentejo.O projeto veio permitir aos produto-

res um combate mais eficaz à praga, com recurso a menos químicos, através do desenvolvimento de modelos de ava-liação que permitem monitorizar o risco, identifi car o momento certo para com-bater a praga, diminuindo o seu impacto na produção.

O Protomate teve ainda a virtualidade de fortalecer as relações entre as diversas

organizações de produtores da região, que trabalham agora em rede para combater esta praga da forma menos lesiva para o ambiente e contribuindo para uma cultura global de qualidade. Um excelente exem-plo do trabalho que as escolas superiores agrárias estão a desenvolver, em projetos inovadores, em parceria com os agentes do setor e com repercussões positivas nas +práticas agrícolas e na economia regional.

que pretendam criar ou expandir o seu negócio frutícola. Os seus projetos devem incidir em, pelo menos, uma das seguintes frutas: Alperce, Ameixa, Ameixa Rainha Cláudia, Cereja, Clementina, Diospiro, Figo, Laranja, Limão, Maçã, Melancia, Melão, Meloa, Marmelo, Pêssego e/ou Pera Rocha.

“Esta iniciativa surgiu em 2012 para colmatar as principais necessidades identifi cadas no setor agrícola, entre as quais a crescente aposta da nova geração de empresários agrícolas no reforço das competências de gestão” afi rma José Jor-dão, Presidente do Centro de Frutologia Compal.

A Academia é composta por vários membros que apoiam e participam nes-ta iniciativa, entre os quais entidades do setor agrícola, instituições académicas, organizações de produtores, instituições bancárias, empresas de tecnologias e energia.

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Estão abertas desde 4 de janeiro e até 4 de fevereiro as candidaturas à 6.ª edição do Programa +Inovação +Indústria, uma iniciativa da Portugal Ventures dirigida às empresas e aos empreendedores dos setores mais tradicionais da economia nacional, com o objetivo de promover spin-offs empresariais e aumentar a capacidade de inovação das PME.

O Programa +Inovação +Indústria visa aumentar a competitividade da indústria nacional através do aumento da sua capa-cidade de inovação empresarial, a partir da criação de novos equipamentos, produtos e serviços para os mercados globais, bem como reforçar a ligação entre empreen-dedores, centros de I&D do sistema cien-tífi co e tecnológico nacional e empresas dos setores mais tradicionais da indústria portuguesa.

É o programa de investimento da Por-tugal Ventures para startups que intro-

Candidaturas à 6.ª edição do ‘Programa +Inovação +Indústria’ da Portugal Ventures

duzam uma componente de inovação e capacidade tecnológica nos setores mais tradicionais da economia. Os setores-alvo do Programa são o agroindustrial, moda, fl orestal, habitat, química, tecnologias de produção e mobilidade.

O Programa destina-se a empresas com menos de 3 anos de existência, baseadas em tecnologia proprietária, que visem a produção de bens, equipamento ou servi-ços destinados à modernização e/ou inova-ção dos setores tradicionais da economia nacional e que potenciem um output de natureza escalável no mercado global.

Em cinco edições, concorreram ao +Ino-vação +Indústria 107 projetos, com um potencial de investimento de 62,8 milhões

de euros. A BeyonDevices, Follow Inspira-tion, Graphenest, Cubo, MICE e Josefi nas são algumas das startups onde a Portugal Ventures já investiu.

Os projetos selecionados podem receber um investimento de até 1,5 milhões de euros, que corresponde a uma participa-ção minoritária da Portugal Ventures, e que é atribuído por tranches, com base no cumprimento dos objetivos do plano de desenvolvimento.

Os empreendedores que quiserem con-correr ao +Inovação +Indústria têm até 4 de fevereiro para o fazer. Mais informa-ções, como regulamento, projetos elegíveis e candidaturas, em http://www.portugal-ventures.pt/.

O Centro de Inovação Tecnológica de Tomar obteve, no início de novembro, a Certifi cação de Qualidade ISO 9001:2008, logo após a celebração do seu segundo aniversário.

O CENIT de Tomar, resultante de uma parceria entre a SoftINSA, uma empresa do grupo IBM, o Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e a Câmara Municipal de Tomar, engloba hoje mais de 200 cola-boradores e continua a apostar numa oferta centrada no desenvolvimento e

manutenção de aplicações e serviços de infraestruturas de TI, tendo recentemente incorporado um centro de competências na área da banca.

Este reconhecimento, da Bureau Veritas Certifi cation, demonstra a capacidade do grupo em alcançar os mais altos standards de qualidade e comprova o compromisso com a satisfação dos seus clientes, assegu-rando que os produtos e serviços forneci-dos cumprem com os requisitos propostos e com a legislação em vigor.

A certificação ISO 9001:2008, obtida pela primeira vez em 1999, para os pri-meiros escritórios de Espanha, abrange atualmente todas as localizações da INSA e SoftINSA, incluindo os escritórios de Lisboa, Madrid, Sevilha, Valência, Málaga, Barcelona e Bilbao, e os Centros de Ino-vação Tecnológica de Tomar, Salamanca, Cáceres, Reus, Ourense e Almeria.

Centro de Inovação Tecnológica de Tomar obtém a Certifi cação de Qualidade ISO 9001

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A Mundifer é uma empresa de Ourém que desenvolve solu-ções de engenharia, fabrico e montagem em estruturas

metálicas. Presente no setor desde 2012, a empresa assume a missão de transformar as necessidades específi cas de cada cliente em soluções diferenciadoras e otimizadas, através de uma equipa altamente qualifi -cada, com base em projetos inovadores e cumprindo com os mais elevados padrões de qualidade.

E se lhe dissermos que a equipa de cola-boradores da Mundifer tem uma média de idades na ordem 30 anos? Incluindo o seu gerente, Helder Gonçalves. Questio-nado quanto à gerência de uma empresa com esta idade, o empresário respondeu

que “desde cedo me foi incutido o valor do trabalho, o sentido de responsabilidade, de trabalho em equipa e a necessidade de lutar por aquilo que queremos. É difícil falarmos de nós, mas identifi cam-me como uma pessoa perseverante, determinada e dinâmica e o gosto pela criação de um negócio tem essencialmente a ver com

estas características da minha personali-dade”, afi rmou o empresário, acrescentan-do que um empreendedor “deve assumir riscos e aprender com os erros e ser uma pessoa prática, que encontre rapidamente soluções para os problemas constantes que aparecem, que tenha uma procura de forma pró-ativa de oportunidades, mas

Mundifer é exemplo de empreendedorismo jovemHélder Gonçalves é Engenheiro Civil. Fundou a Mundifer em fi nais de 2012, empresa que gere desde essa data. Trabalho, esforço, credibilidade e dedicação, são os valores que, aliados a uma equipa jovem e dinâmica, fazem da Mundifer um caso de sucesso.

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Identifi cam-me como uma pessoa perseverante, determinada e dinâmica e o gosto pela criação de um negócio tem essencialmente a ver com estas características da minha personalidade.”

Hélder Gonçalves é Engenheiro Civil e fundador da Mundifer

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principalmente possuir paixão pelo que faz.”. E é isto que também procuramos nos colaboradores. “O recrutamento é outro dos segredos da Mundifer, para além de formação altamente qualifi cada, procura-mos sempre dinamismo e energia, poliva-lência e que tenha facilidade de adaptação a diferentes tipos de situações.”

Mas, contou à Ribatejo Invest, a joviali-dade da empresa e da sua equipa, obriga-o a mostrar de forma mais vincada o profi s-sionalismo da sua empresa e a qualidade dos serviços que presta. “Podemos dizer que somos novos, mas somos curiosos. O que nos diferencia nesta área é o facto de explorarmos e potenciarmos os projetos dos clientes ao máximo. Analisamos e propomos a solução que melhor se ade-qua ao cliente. É necessário que o projeto seja bem concebido na altura do seu nas-cimento. Temos de mostrar que somos novos, mas que fazemos mais e melhor. Temos de mostrar o nosso portfólio de trabalhos, temos de nos focar na qualidade do produto, mas também do pós-venda… temos de fazer com que o cliente conheça as nossas instalações e o nosso método de trabalho. Temos de transmitir confi ança às pessoas”, revelou, acrescentando que a empresa está, neste momento, a fazer algum investimento na área da comunica-ção e do marketing. Mas também, e natu-ralmente, na área da inovação. “Sendo uma equipa jovem, onde o dinamismo é uma constante, a inovação surge na Mundifer com grande naturalidade. Neste momento, a empresa está a desenvolver novas solu-ções construtivas aliadas à otimização da estrutura e um programa de cálculo em parceria com três universidades”, fez saber Hélder Gonçalves.

INTERNACIONALIZAÇÃOSendo uma empresa na fi leira da cons-

trução, a Ribatejo Invest questionou Hélder

Neste momento, a empresa está a desenvolver novas soluções construtivas aliadas à otimização da estrutura e um programa de cálculo em parceria com três universidades.”

Gonçalves quanto à dimensão do seu negó-cio. Com um volume de negócios superior a meio milhão de euros em 2015, a empresa quer duplicar o volume de negócios em 2016, motivo que levou o empresário a

abordar o mercado internacional. “Portu-gal tem um mercado pequeno, pelo que é fundamental a exportação”, disse o empre-sário à Ribatejo Invest, informando ainda que, devido ao esforço de internacionaliza-ção da empresa, 50 por cento do trabalho da Mundifer, já é para exportação. Neste momento, contou orgulhoso, a empresa está a trabalhar já com três mercados, sendo eles França, Argélia e Moçambique. “Estou frequentemente no estrangeiro a apresentar a empresa e a vender o nosso produto”, desabafou Hélder Gonçalves.

A internacionalização na sua estratégia de comunicação, também não fi cou esque-cida. Ciente de que é necessário apresentar um catálogo de produtos de qualidade, a Mundifer, juntamente com outras empre-sas parceiras da fi leira da construção, está a elaborar um catálogo de produtos em diversas línguas.

A Mundifer tem ao dispor dos seus clientes soluções versáteis e inovadoras ao nível da construção metálica. O fabrico segue um padrão de qualidade durante todos os processos de corte, furação, soldadura, acabamentos (tratamento da superfície, anticorrosiva, proteção ao fogo e pintura), controlo de qualidade de serviço e montagem.

Edifícios Habitacionais e Comerciais;− Unidades Industriais e Comerciais;− Estruturas e coberturas metálicas;− Revestimentos e produtos metálicos;− Portões industriais e comerciais;− Torres metálicas;− − Estruturas para máquinas e para pontes rolantes;

Reforço e Reabilitação.−

Construção

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A Cabena iniciou a sua atividade em 1980 com o fabrico de cabi-nas para tratores agrícolas e industriais. As grandes mudan-

ças que se operaram no setor, que come-çou a exigir demorados e dispendiosos processos de certifi cação e homologação das cabinas, ameaçavam a sustentabilida-de da empresa que iniciou uma mudança estratégica.

A Cabena especializou-se então num pequeno nicho de mercado, o do mobili-ário urbano. “Começámos por fazer para-gens de autocarro e abrigos de passageiros e depois fomos evoluindo na gama e na ambição”, diz José Coimeiro, administra-dor da Cabena.

INTERNACIONALIZAÇÃO

Hoje, a Cabena fabrica todo o tipo de mobiliário para espaços públicos e de lazer, como quiosques, bancos, fl oreiras, mupis, suportes informativos, palcos e bancadas, parques infantis e equipamen-tos fi tness de ar livre. A empresa comercia-liza ainda diversos tipos de equipamentos agrícolas, urbano e fl orestal, como aspira-dores urbanos, escarifi cadores de praia, roçadoras hidráulicas e retroescavadoras, fresa cepos, ceifeiras aquáticas e barcos multifunções, entre outros.

Em jeito de brincadeira, José Coimei-ro diz que “a Cabena não é uma fábrica, mas uma ofi cina grande”, com capacidade para ajustar a produção às necessidades

e vontades do cliente. E conta: “uma das obras que nos deu algum gozo de execu-tar foi um coreto que está no centro da cidade de Portimão. Recebemos da Junta de freguesia de Portimão uma foto muito antiga, sem muita qualidade, de um coreto que estava lá em 1925. O nosso desafi o foi, a partir dessa foto, recriar esse coreto, o que fi zemos.” Outras das obras que fi cam na memória “não pela complexidade do projeto, mas sim pelo que representa”, foram os cacifos solidários, desenvolvidos para a Associação Conversa Amiga. É a Cabena a responsável pela construção dos famosos cacifos amarelos destinados aos sem-abrigo.

Cabena dá cartas no setor do mobiliário urbanoCom 35 anos de história, a Cabena- Cabinas de Benavente é uma empresa especializada no fabrico de mobiliário urbano e de equipamento para espaço de jogo, recreio e lazer. Com um portfólio muito vasto, a Cabena é hoje uma das três empresas de referência do setor, em Portugal, e comercializa os seus produtos para França e Marrocos.

Procurámos identifi car mercados que fossem coerentes com a nossa realidade, com a nossa capacidade de fazer e onde fossemos capazes de utilizar o nosso potencial, de uma forma segura.”

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José Coimeiro, CEO da empresa Cabena

EXPORTAÇÃO

Esta versatilidade tem sido utilizada como uma mais-valia na estratégia de internacionalização, onde a Cabena seguiu o próprio caminho. Segundo conta José Coimeiro, “procurámos identifi car mer-cados que fossem coerentes com a nossa realidade, com a nossa capacidade de fazer e onde fossemos capazes de utilizar o nosso potencial, de uma forma segura”. A empresa fez assim algumas incursões em Marrocos e em França, onde se espe-cializou em pequenos nichos de mercado, estratégia escolhida para um mercado muito protecionista. Os equipamentos

de jardim fabricados pela Cabena fazem sucesso além-fronteiras. Em vários hotéis parisienses é possível encontrar fl oreiras, pérgulas, bancos, entre outros equipamen-tos, que decoram e harmonizam todo o espaço envolvente. A instalação de mobi-liário urbano neste mercado decorre em parceria com empresas locais na área da arquitetura paisagista.

Quanto a Marrocos, o empresário adver-te que se trata de “um país com um enor-me potencial, mas onde as coisas andam muito devagar”.

A Cabena é uma das 10 empresas que integram a TBCC - TenbestCivil um agru-pamento complementar de empresas do setor da construção civil, dinamizado pela NERSANT. Para poder atuar no mercado de Marrocos foi necessário constituir uma empresa com um sócio marroquino, passo que também já foi dado com a constituição da TBCC – Marrocos.

José Coimeiro é também o Vice-presi-dente da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil, sedeada na Bahia, função que desenvolve por “amor à camisola e no turno da meia-noite às 08h00”, diz. Por entre críticas “às instâncias que deviam apoiar as pequenas empresas a desbravar caminhos, mas não o fazem”, o empresá-rio lembra que “ a congénere alemã da AICEP tinha há 2 anos, no Brasil, 114 fun-cionários, enquanto a AICEP tem apenas 3 funcionários”.

TBCC - TenBestCivil Cooperation

Sendo o apoio à cooperação empre-sarial um dos eixos estratégicos da NERSANT, esta associação empresarial criou um agrupamento complementar de empresas na área da construção civil, o TBCC - TenBestCivil Cooperation.

As empresas agrupadas reúnem uma oferta diversificada mas com-pletar dentro do setor da construção civil, o que signifi ca que este ACE se encontra habilitado a responder a concursos nacionais e internacionais com uma oferta integrada na área da construção civil.

A constituição do TBCC - TenBest-Civil Cooperation, ACE, insere-se no âmbito da promoção da cooperação empresarial que a NERSANT tem vin-do a levar a efeito. O TBCC pretende alcançar um nível de cooperação que permita a resposta de maior valor acrescentado por parte das empresas, com base numa lógica de especializa-ção e complementaridade, através da construção de uma oferta integrada e competitiva direcionada para o mer-cado global (ex: resposta a concursos públicos internacionais). Pretende ain-da uma abordagem a determinados mercados, com referência sobretudo aos PALOP (e mais especifi camente o mercado Moçambicano) e mercados de Norte de Europa, bem como a angaria-ção de economias de escala com base na identifi cação de áreas que poderão ser trabalhadas em comum (ex: aprovi-sionamento, logística, transportes).

Um ACE permite a constituição de pessoas coletivas que resultam do agrupamento de pessoas singulares ou coletivas e de sociedades para, sem prejuízo da sua personalidade jurídica, melhorarem as condições de exercício ou de resultado das suas atividades económicas.

Mais informações:www.tbcc.eu

Cabena responsável pela produção dos Cacifos SolidáriosEm dezembro, foram inaugurados mais 12 Cacifos Solidários, desta vez em Santa

Apolónia. Implementado em 2013 o projeto atinge assim 48 cacifos metálicos de cor amarela, que pretendem oferecer alguma qualidade de vida, através da possi-bilidade de guardarem os seus pertences, àqueles cujo dia-a-dia se desenvolve sem a fi gura da “casa”. Este projeto é uma iniciativa da Associação Conversa Amiga (ACA), com fi nanciamento da Câmara Municipal de Lisboa. O equipamento foi executado pela Cabena.

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A afirmação da economia nacional e a melhoria da sua competitividade dependem em muito do incremento da capacidade exportadora e da aposta na internacionalização das empresas por-tuguesas. O NOVO BANCO e o Negócios, numa parceria com a IGNIOS destinada a premiar e promover o sucesso das empre-sas nacionais na exportação e interna-cionalização da sua atividade, lançaram a edição 2016 dos Prémios Exportação & Internacionalização.

Estes prémios, destinados a PME e Gran-des Empresas, têm duas componentes:

Prémios Exportação: que distinguem •

as empresas com melhor performance exportadoraPrémios Internacionalização: que pre-• meiam os casos de sucesso na interna-cionalizaçãoA entrega dos prémios realizar-se-á no

contexto de uma conferência, realizada a 9 de fevereiro, no Ritz Four Seasons Hotel, em Lisboa. Aos vencedores dos prémios

será entregue um troféu. Adicionalmente haverá uma forte cobertura do evento o que se traduz numa relevante exposição mediática das empresas vencedoras.

Em 2014, foi distinguida uma empresa da região do Ribatejo, a Sugal.

Mais informações em: http://premiosex-portacaoeinternacionalizacao.negocios.pt.

INTERNACIONALIZAÇÃO

A política comercial da Comtemp – Companhia dos Temperos, S.A., empresa situada na zona industrial do Entroncamento, consolidada pelo estabelecimento de relações de proximidade com os seus clientes, levou a empresa a ganhar um lugar de destaque no mercado nacional e a expandir as suas operações a novos mer-cados, ano após ano.

Atualmente, a empresa está presente em mais de 15 países, da Europa à Africa do Sul, dos Estados Unidos da América ao Médio Oriente, sendo as suas marcas reco-nhecidas como símbolos de qualidade nestes mercados.

Neste momento, a empresa que se tornou especia-lista na produção de vinagres, molhos, condimentos e vinhos frisantes e espumantes, está presente em países como Espanha, França, Reino Unido, Suíça, Bélgica, Alemanha, Polónia, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Israel, Estados Unidos da América, China, Canadá e Marrocos.

Situada no Entroncamento e com atividade desde 2008, a Comtemp continua a trabalhar arduamente para enaltecer e levar a todas as mesas, os temperos que dão sabor à vida.

Comtemp está presente em mais de 15 países

Nova delegação da AICEP na Arábia SauditaDe forma a potenciar a inter-

nacionalização da economia nacional e a captar mais e melhor investimento para Portugal, a AICEP tem vindo, no âmbito do seu plano estratégico, a alargar a sua rede externa e a realizar um Roadshow de Investimento por 23 geografi as.

Na continuação deste Roadshow, o Presidente da AICEP, Miguel Fras-quilho esteve na Arábia Saudita, entre os dias 8 e 10 de dezembro, para inaugurar a nova delegação bem como ter contatos ofi ciais e empresariais.

Foi recebido no Ministério do Comércio e Indústria pelo Vice Ministro Abdullah Al-Obaid e este-ve presente num Seminário empre-sarial no Concelho das Camaras Sauditas, onde fez a apresenta-ção de Portugal como potencial parceiro de negócios e destino de investimento.

Teve reuniões na SABIC (uma das maiores companhias públicas na área da petroquímica, plásticos e fertilizantes, com uma grande presença no exterior em termos de investimentos), com a SAMA (Auto-ridade Monetária), CMA (Autorida-de do Mercado de Capitais) além da SAGIA que é o equivalente à AICEP, ou seja a agência que controla os investimentos estrangeiros e ajuda na promoção de negócios com o Reino.

Além destas reuniões mais ins-titucionais, teve encontros com representantes de dois bancos, um local e outro estrangeiro, que permitiram ter uma ideia de como o mercado se encontra e como fun-ciona, bem como bastantes conta-tos com empresários, uns já com ligações a Portugal e outros com vontade de saberem mais sobre o ambiente e forma de poderem fazer investimentos e negócios.

A Sugal foi distinguida em 2014Premiar a Exportação e Internacionalização das Empresas Nacionais

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NERSANT apoia internacionalização 75% de apoio a fundo perdido para empresas que queiram explorar novos mercados

Nos dias 16 e 17 de fevereiro, o AgroClus-ter Ribatejo vai estar na Bélgica com um conjunto de empresas portuguesas, num encontro onde se pretende dar a conhecer os produtos portugueses. Ainda existem vagas para as empresas interessadas em integrar esta missão empresarial.

Dando continuidade às ações de promo-ção e valorização da oferta agroindustrial de Portugal em mercados externos, o Agro-cluster Ribatejo encontra-se a organizar uma mostra promocional direcionada ao mercado belga.

A mostra irá decorrer em Bruxelas nos dias 16 e 17 de fevereiro e incluirá a expo-sição de produtos em espaço comum, com destaque para cada empresa participante, o agendamento de reuniões B2B com os importadores e parceiros locais, a realiza-ção de um cocktail de degustação e uma ação de networking preparada para os

importadores e parceiros locais, onde serão confecionados os produtos cedidos pelas empresas participantes.

A viagem e alojamento, a prospeção de mercado, bem como a promoção do evento no local e o transporte de produtos, estão também incluídos na mostra promo-cional, que tem ainda como vantagem o apoio técnico permanente do AgroCluster Ribatejo.

As condições de participação nesta ação de promoção internacional estão dispo-

níveis através do AgroCluster Ribatejo, para onde as empresas devem também endereçar a sua intenção de participação. Os contactos são [email protected] ou 249 839 500. As empresas PME’s elegíveis no projeto poderão benefi ciar de um apoio de 50 por cento a fundo perdido.

A missão tem um limite de participação a 12 empresas portuguesas, pelo que as empresas interessadas em participar deve-rão efetuar a sua inscrição com a maior brevidade possível.

A NERSANT - Associação Empresa-rial da Região de Santarém, encontra-se a apoiar a internacionalização das empresas do Ribatejo através do Vale Internacionalização, projeto no âmbito do Portugal 2020 que permite apoio a fundo perdido para empresas interessa-das em explorar novos mercados inter-nacionais.

Para benefi ciar do apoio a fundo perdi-do deste projeto, as empresas candidatas terão de ter, até à data da candidatura, pelo menos três trabalhadores inscritos na Segurança Social e não poderão apre-

sentar, nos últimos 12 meses, qualquer registo de atividade exportadora.

As empresas interessadas e que cum-prem estes critérios podem benefi ciar de apoio não só para a consultoria indi-vidualizada e estudos de mercado, mas também para a deslocação aos mercados e presença em feiras, associadas a ações de prospeção realizadas nos mercados externos, efetivando contactos angaria-dos no âmbito do projeto. O incentivo a conceder no âmbito destas candidaturas segue uma taxa de 75 por cento a fundo perdido da despesa elegível apresenta-

da, com um incentivo máximo de 15 mil euros por benefi ciário.

A NERSANT é uma das entidades acre-ditadas pelo COMPETE para a prestação de serviços no âmbito do Vale Interna-cionalização, que pode ser uma evidente mais valia para quem pretende iniciar processo de internacionalização ou exportação.

Mais informações ou agendamento de reuniões no âmbito deste projeto podem ser solicitadas através do e-mail [email protected] ou através do número 249 839 500.

Ação de internacionalização é já no próximo mês de fevereiro AgroCluster organiza mostra de produtos na Bélgica

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INTERNACIONALIZAÇÃO

BRASIL: A ECONOMIA

Em consequência de um conjunto de reformas económicas profundas, de con-dições favoráveis a nível internacional e do desenvolvimento de políticas sociais, a economia brasileira registou elevadas taxas de crescimento nos anos mais recen-tes e bastante superiores às verifi cadas nas últimas três décadas. Apesar da crise económica e fi nanceira mundial, o ritmo de crescimento da economia brasileira apenas desacelerou em 2009, para voltar a um ritmo forte em 2010, 7.5 por cento, valor mais elevado dos últimos 25 anos.

O novo modelo de desenvolvimento económico e social, iniciado em 2003, no primeiro mandato de Lula da Silva, em conjunto com o crescimento da eco-nomia uma distribuição dos rendimentos mais uniforme, e a entrada de cerca de dois milhões de brasileiros no mercado de trabalho, originou o fortalecimento da classe média que passou a representar 50 por cento da população, mais de 100 milhões de pessoas. Também no primei-ro mandato de Lula da Silva se fi xaram objectivos que se revelaram fulcrais para o crescimento do país, como o da estabili-dade macroeconómica com correção dos desequilíbrios, como a infl ação, fazendo uso de uma política monetária e fiscal restritiva.

De referir que o Brasil é um dos países que menos sofrerá no caso de uma crise internacional que restrinja a atribuição de crédito, já que o país dispõe de reservas superiores 370 mil milhões de dólares.

O ESTADO DA BAHIAA Bahia é o quinto estado em extensão

territorial, ocupando 6,6 por cento da área do Brasil e 36,3 por cento do Nordeste. A região semiárida é bastante representativa no estado, abrangendo 69,6 por cento do seu território, enquanto seu litoral, com cerca de 1.183 km de extensão, é o maior do país. Com 15 milhões de habitantes representa 6,6 por cento da população brasileira e 36,3 por cento da população da região Nordeste.

O principal rio é o São Francisco, que corta o estado na direção sul-norte. Com importância análoga, os rios Paraguaçu - maior rio genuinamente baiano - e o de Contas - maior bacia situada apenas no estado -, que se somam aos rios Jequiti-nhonha, Itapicuru, Capivari, Rio Grande, entre outros, compõem um total de dezas-seis bacias hidrográfi cas.

Seu território está situado na fachada atlântica do Brasil. O relevo é caracteriza-do pela presença de planícies, planaltos, e depressões e as formas tabulares e planas. As altitudes da Bahia são modestas, de modo geral: o território baiano possui uma elevação relativa, já que 90 por cento de sua área está acima de duzentos metros em relação ao nível do mar.

O ESTADO DA BAHIA: ATIVIDADE ECONÓMICA

Conforme é possível verifi car através da análise efetuada pela Superintendência de Estudos Económicos da Bahia (SEI), a atividade económica do Estado tem uma grande variedade sendo que a agro-pecuária tem um papel relevante tendo representado 7,4 por cento do total do valor acrescentado (VA) do Estado, acima da média do país com 5,5 por cento. No entanto, o peso deste sector tem vindo a diminuir, já que em 2004 esse peso era de 10,8 por cento. No sentido contrário, o peso dos serviços tem vindo a aumentar na economia, já que no mesmo período (2004-2011) passou de 58,5 por cento para 66,3 por cento. Já a indústria viu o seu peso diminuir na economia no Estado

Brasil e o Estado da Bahia

Oportunidades de negócioO Brasil é um dos BRIC, a sétima maior economia do mundo, mas bastante próxima da sexta posição ocupada pelo Reino Unido. É a maior economia e maior mercado da América Latina. As previsões apontam para que possa vir a ser o quinto maior mercado mundial em 2030.

PRINCIPAIS ACTIVIDADES ECONÓMICASFONTE: SEI - BAHIA NO NE E NO BR: INDIC. ECON. COMP. 2002-2013, SALVADOR, V.5

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da Bahia de 30,7 por cento para 26,2 por cento.

O Estado da Bahia é responsável por cerca de 30 por cento do total do PIB da região do Nordeste, mas tem vindo a perder peso desde de 2004, altura em que tinha um peso de 32 por cento con-tra os 28,8 por cento. Esse peso tem sido transferido para Estados como o Ceará e Pernambuco. Em relação à contribuição para o PIB nacional, até entre 2004 e 2011, o valor oscilou entre 4,01 por cento e 4,23% com exceção de 2011 onde o valor desce para 3,86 por cento.

Em relação ao PIB per capita, de salien-tar a evolução bastante positiva do indi-cador entre 2004 e 2011, período no qual praticamente duplica de valor. Em 2011 o valor está acima da média da região do Nordeste (11.340 vs. 10.380), apesar de não ser o valor mais alto da região, que pertence a Pernambuco com 11.776. No entanto este valor fi ca bastante aquém dos valores dos Estados mais ricos como São Paulo (32.449) e o Distrito Federal – Brasília (63.020), valores esses que eviden-ciam as profundas assimetrias regionais existentes no país.

ESTADO DA BAHIA: SETORES ESTRATÉGICOSConstrução

Com a taxa de crescimento a superar os 10 por cento (em 2010), o setor da cons-trução no Brasil continuará a exibir um grande dinamismo nos próximos anos, em função das múltiplas oportunidades de crescimento em diversos setores. Para além das oportunidades ligadas ao PAC 2 (quer na área habitacional, quer rela-cionada com os eventos internacionais desportivos previstos para o país), estima-se que:

potencial de exportação. Uma das vias de entrada no mercado deverá ser a aborda-gem a empresas brasileiras envolvidas nas grandes obras e que, certamente, estarão abertas a conhecer novos produtos e for-necedores.

Alimentação e bebidasEmbora o Brasil seja um dos maiores

produtores mundiais de produtos agrícolas e alimentares, existem oportunidades em certos nichos, designadamente produtos gourmet, especialidades alimentares e de bebidas, ingredientes específi cos e produ-tos dietéticos, cada vez mais apreciados pelas classes com maior poder de compra (mais de 20 milhões de famílias).

As principais exportações portuguesas para o Brasil – azeite, bacalhau, vinho – enquadram-se neste grupo, que, ao nível de potencial chamamos de exportações relevantes consolidadas. A margem para crescimento insere-se, no entanto, ao nível da promoção dos produtos e das marcas. Entre outros produtos em que existe margem para crescimento, estão os queijos e os vinhos (apesar dos direitos aduaneiros elevados e do licenciamento não automático, ainda que mais facilitado face ao passado).

EnergiaComo consequência dos grandes proje-

tos anteriormente identifi cados, o setor oferece várias oportunidades de expor-tação:

Ao nível da geração, equipamento de • controlo e supervisão, rectifi cadores, conversores, inversores, geradores e condensadores, turbinas e partes de gás e vapor, turbinas de energia eóli-ca, equipamentos para energia solar (bombas líquidas para geração foto vol-taica, sistemas de arrefecimento de ar, painéis foto voltaicos, baterias e suas partes, etc.)

o mercado imobiliário continue a expan-• dir, em função do aumento do rendi-mento da classe média brasileira, mas também no segmento de luxo;

a procura pelos edifícios de escritórios • continue elevada, designadamente em grandes cidades brasileiras como São Paulo (que evidencia ritmos de cresci-mento na construção destes edifícios semelhante aos de Moscovo, Dubai ou Shangai), Rio de Janeiro, Salvador ou Brasília;

o mercado dos centros comerciais con-• tinue a crescer, em função do fulgor consumista da classe média brasileira, cada vez mais estável;

os edifícios industriais, nomeadamente • associados a construção verde e sus-tentável venham a conhecer grandes desenvolvimentos.

Os próximos anos apresentarão, pois, diversas oportunidades para as empresas de construção e de materiais de constru-ção, áreas em que Portugal possui grande

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INTERNACIONALIZAÇÃO

Ao nível da transmissão, subestações • compactas, transformadores, linhas de transmissão bidirecionais, etc.

Ao nível da distribuição, condutores • elétricos isolados, contadores eletró-nicos ou tecnologias inovadoras para reduzir perdas técnicas e comerciais (só em smart grids, está previsto o investi-mento de USD 15 mil milhões).

TransportesAs infraestruturas de transportes são

uma das áreas em que se irão desenvolver projetos de grande dimensão ao nível dos aeroportos, dos transportes ferroviários, portos e hidrovias. Neste setor haverá oportunidades relacionadas tanto com o setor público como no privado.

SaúdeO Brasil é simultaneamente exportador

e importador de equipamento médico, embora o saldo comercial lhe seja desfa-vorável na ordem dos USD 3,5 mil milhões. Trata-se essencialmente de equipamen-to e aparelhos médicos, equipamento e produtos estomatológicos, equipamento radiológico e de imagiologia, bem como equipamento de laboratório, para além de equipamento relacionado com a medicina electrónica.

As importações destes produtos são normalmente feitas por agentes locais, distribuidores e importadores que, pos-teriormente, os revendem a hospitais e clínicas. Saliente-se que a sua para o Brasil requer o registo/controlo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o que envolve a preparação de informação detalhada sobre os produtos, sua estrutura interna e componentes.

Tecnologias ambientaisAbrangendo os subsetores do abaste-

cimento de água, saneamento, gestão de

resíduos sólidos e controlo de poluição do ar, o mercado das tecnologias ambientais no Brasil encontra-se em franca expansão, com a produção nacional a não conseguir satisfazer a procura interna.

Por um lado, a preocupação da melhoria da efi ciência na prestação destes serviços (incluindo diminuição das perdas), ofe-recerá oportunidades de exportação de fi ltros para tratamento de águas, válvulas inteligentes, ou equipamento analítico e laboratorial para estações de tratamento de águas, por exemplo.

Por outro lado, o objetivo de universali-zação do abastecimento de água e do sane-amento (esta última requerendo investi-mentos de USD 100 mil milhões) a toda a população brasileira, bem como a nova política nacional de resíduos sólidos ou a legislação de controlo de emissões poluen-tes, determinarão investimentos diversos, aos quais estarão associadas oportunida-des de exportação, tais como:

Substituição de equipamento de esgo-• tos, bombas, tubos de amianto e de cimento;

Tecnologias de tratamento de resíduos • sólidos e reciclagem, nomeadamente construção de aterros sanitários;

Tecnologias de monitoria da emissão de • gazes poluentes, analisadores de gás ou fi ltros industriais.

Eixos de DesenvolvimentoTal como acontece a nível nacional,

a principal ferramenta de planeamento dos Estados são os planos plurianuais, estando em vigor desde Janeiro de 2012 o PPA 2012-2015 do Governo do Estado da Bahia. Esta ferramenta pretende ser a execução ao nível estadual do que está defi nido em termos nacionais, mas aten-dendo às necessidades particulares de cada Estado.

Em termos práticos, a execução do PPA 2012-2015 da Bahia obedece aos seguintes passos:

1. Defi nição do Plano Estratégico que inclui:a. Eixo Estruturanteb. Temasc. Diretrizes

2. Tendo as Diretrizes defi nidas avança-se para o PPA – Programa Temático em que para cada tema é defi nido:a. Compromissob. Que meios serão necessário para

alcançar os compromissos

3. Com os meios necessários defi nidos é desenhada a Lei Orçamentária Anual (LOA) onde se encontrarão as chama-das Ações Orçamentárias que levarão à dotação dos meios necessários para cumprimento do plano.

Tendo em conta esta lógica foram identi-fi cado os seguintes eixos estruturantes:

Será em tornos destes eixos que se irá posicionar a ação do governo do Estado.

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